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1 Amber - Moda Inclusiva para Homens Amber - Inclusive Fashion for Men Ana Cláudia Nalini; Barbara Cuevas; Evelin Nicomédio; Fabíola Rampasso; Fernanda Fuini; Gabriela Rodrigues; Gabriella Maldi; Laura Azevedo; Letícia Sarmento; Luanda Jabur; Luiza Cervone; Mariana Scabia; Marília Bondança; Priscyla Bordoni; Viviane Zuim 1 Orientadores: Prof. Ms. Eloise Navalon e Prof. Ms. Álvaro Santos Gregório Filho. RESUMO Este projeto faz uma breve abordagem sobre a questão do deficiente físico e sua inclusão na sociedade como cidadão através da Moda. Estudos sobre definições de deficiência locomotora, preconceito e direitos, resultam na proposta de uma moda inclusiva, para todos. Pesquisas de campo foram efetuadas para auxiliar no diagnóstico de um público alvo. O projeto é composto por um modelo de negócios, estratégias de comunicação, identidade da marca, além de doze looks, dos quais seis foram confeccionados e expostos em um ensaio fotográfico. Palavras-chave: Moda, inclusão social, deficiência física, não deficientes, paraplegia, paraplegia adquirida, adaptabilidade, versatilidade. ABSTRACT This project makes a brief discussion about the issue of the physically handicapped and their inclusion in society as citizens. Studies about definitions of physical disability, prejudice and their rights, result in the proposal of an 1 Alunas do 6° semestre dos cursos de graduação Design de Moda e graduação Negócios da Moda, da Universidade Anhembi Morumbi. Endereços eletrônicos: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected].

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Amber - Moda Inclusiva para Homens

Amber - Inclusive Fashion for Men

Ana Cláudia Nalini; Barbara Cuevas; Evelin Nicomédio; Fabíola Rampasso;

Fernanda Fuini; Gabriela Rodrigues; Gabriella Maldi; Laura Azevedo; Letícia

Sarmento; Luanda Jabur; Luiza Cervone; Mariana Scabia; Marília Bondança;

Priscyla Bordoni; Viviane Zuim1

Orientadores: Prof. Ms. Eloise Navalon e Prof. Ms. Álvaro Santos Gregório

Filho.

RESUMO

Este projeto faz uma breve abordagem sobre a questão do deficiente físico e

sua inclusão na sociedade como cidadão através da Moda. Estudos sobre

definições de deficiência locomotora, preconceito e direitos, resultam na

proposta de uma moda inclusiva, para todos. Pesquisas de campo foram

efetuadas para auxiliar no diagnóstico de um público alvo. O projeto é

composto por um modelo de negócios, estratégias de comunicação, identidade

da marca, além de doze looks, dos quais seis foram confeccionados e expostos

em um ensaio fotográfico.

Palavras-chave: Moda, inclusão social, deficiência física, não deficientes,

paraplegia, paraplegia adquirida, adaptabilidade, versatilidade.

ABSTRACT

This project makes a brief discussion about the issue of the physically

handicapped and their inclusion in society as citizens. Studies about definitions

of physical disability, prejudice and their rights, result in the proposal of an

1Alunas do 6° semestre dos cursos de graduação Design de Moda e graduação Negócios da

Moda, da Universidade Anhembi Morumbi. Endereços eletrônicos: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected].

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inclusive fashion, for everyone. Field surveys were conducted in order to help

on diagnosis of a target audience. The project is composed by a business

model, communication strategies, brand identity, and twelve looks, from which

six were made and displayed in a photo shoot.

Keywords: Fashion, social inclusion, physical disability, non-physical

handicapped, paraplegia, acquired paraplegia, adaptability, versatility.

INTRODUÇÃO

O texto deste artigo ilustra a trajetória do projeto intercursos que conta

com o tema “Inclusão social: pessoas com deficiência no aparelho locomotor”,

onde foram realizados estudos de suas definições e características, passando

por questões como o preconceito por parte da sociedade, de fatores históricos

dos quais o mesmo deriva, de aspectos legais, além da problemática quanto ao

uso de vestuário e as respostas propostas pela moda inclusiva. Paraplegia foi

escolhida como subtema, tratando das dificuldades sociais e aspectos

ergonômicos.

Ao longo das pesquisas referenciais, chegou-se à Paraplegia Adquirida

como objeto de estudo, apresentando suas causas, questões psicológicas e

sociais enfrentadas pelos portadores dessa variação de deficiência locomotora.

Das pesquisas de campo, foi possível identificar as necessidades do

público alvo, que originou as concepções de coleção direcionada à homens

cadeirantes e não cadeirantes, além da identidade da marca. Ambos buscam

satisfazer seus usuários de forma versátil e respeitando as peculiaridades de

cada um.

Da coleção contendo doze looks, seis foram confeccionados, seguindo

informações obtidas durante as etapas do projeto. Posteriormente, foi feito um

vídeo publicitário, peça gráfica e ensaio fotográfico para apresentar a marca e

sua coleção.

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1 INCLUSÃO SOCIAL: PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO APARELHO

LOCOMOTOR

Clemente (2003, p. 17) mostra que conhecer cada tipo de deficiência é

um dos primeiros passos para que a sociedade dita “normal” se aproxime das

pessoas portadoras e passe a conviver com suas diferenças. Para o autor,

deficiência é uma redução efetiva e acentuada da capacidade de integração

social, que leva à necessidade do uso de equipamentos, adaptações, meios e

recursos especiais a fim de receber ou transmitir informações necessárias ao

desempenho de funções. É possível citar a Paraplegia que é a perda total das

funções motoras dos membros inferiores, a Tetraplegia que é perda total das

funções motoras dos membros inferiores e superiores, a Ausência de membros

inferiores e / ou superiores e a Amputação que é a perda total ou parcial de um

determinado membro ou segmento de membro2.

A inclusão social é uma proposta de construção de cidadania para estas

pessoas. Para Bartalotti (2006, p. 23), deve haver na sociedade inclusiva todos

os segmentos sociais ao transformar um modo de ser, pensar e agir que se

torna um processo de mão dupla onde pessoas com deficiência e não

deficientes precisam mudar. Esta mudança se dá com a percepção da

sociedade e do próprio deficiente sobre suas reais limitações e sua posição

como cidadão. É necessário o papel de ambos para a inserção destes à

educação, que resulta na conquista da qualificação profissional que, por sua

vez, se dá através da acessibilidade: o direito de ir e vir.

A explicação para o baixo nível educacional ou para o

desemprego de um deficiente não deveria ser buscada

nas restrições provocadas pela lesão, mas nas barreiras

sociais que limitam a expressão de suas capacidades.

(DINIZ. 2003. P. 2)

Além de constar na Constituição Federal de 1988, há latente no

inconsciente coletivo que “todos são iguais perante a lei (...)” 3. Este argumento

2 Conceito de Pessoa com Deficiência Física. Disponível em: http://www.abrami.org.br/.

3 Artigo 5º da Constituição Federal. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10098.htm

4

enfatiza os direitos a liberdade e igualdade que remete à autonomia que todos

os cidadãos possuem. A questão também é apontada no artigo 3º da

Declaração dos Direitos das Pessoas Portadores de Deficiência:

Às pessoas portadoras de deficiência, assiste o direito,

inerente a todo a qualquer ser humano, de ser respeitado,

sejam quais forem seus antecedentes, natureza e

severidade de sua deficiência. Elas têm os mesmos

direitos que os outros indivíduos da mesma idade, fato

que implica desfrutar de vida decente, tão normal quanto

possível. (CLEMENTE. 2003. P. 40)

Segundo Clemente (2003, p. 19), as pessoas portadoras de

necessidades especiais são vítimas de preconceito, da falta de transporte

adequado e também de condições de acessibilidade o que, muitas vezes as

mantém fora da escola, do mercado de trabalho e dos momentos de lazer, o

que resulta no isolamento e falta de convivência com outras pessoas.

Os portadores de mobilidades reduzidas também se deparam com a

ausência de roupas adaptadas às suas condições. Outra questão é que a

moda atua hoje como uma importante ferramenta de expressão da

personalidade dos indivíduos, que faz se sentirem inseridos em grupos ou

“tribos”. Neste caso, pessoas com deficiências não conseguem usufruí-la como

gostariam devido à falta de conforto, praticidade e adaptação para seus corpos,

o que anula o poder de escolha para elevação da autoestima.

Se levado em conta o fato de que a deficiência física não

condiz com os padrões atuais de beleza, pode-se

perceber ainda mais a importância que o vestuário

representa na vida dessas pessoas. Esses indivíduos

fazem mais esforço que as pessoas não deficientes no

sentido de se vestirem bem, como uma forma de

compensarem a sua deficiência e tentarem amenizar a

sensação de fazer parte de um grupo excluído da

sociedade. (CARVALHO; WOLTZ. 2008. P. 53)

5

De acordo com relatos de entrevistados paraplégicos para o projeto de

intercursos em questão, há uma real carência de roupas especiais, com tecidos

mais leves, de toque macio e ausentes de bolsos traseiros, o que evitam

feridas pelo corpo. Buscam também roupas de fácil manuseio que facilitem o

processo de vestir-se e despir-se: abertura maior na parte superior, bolsos sob

as pernas, com fechos nas laterais de velcro ou até mesmo de botões de

plástico.

Para propor uma solução que concilie as necessidades de adaptação de

vestuário e a expressão da identidade do indivíduo, a moda inclusiva busca

inseri-lo na sociedade levando em consideração a diversidade humana e os

variados tipos de corpos, atendendo as necessidades dos deficientes e não

deficientes.

Neste caso, o aprofundamento sobre problemas que excluem pessoas

portadoras de deficiência requer conhecimentos específicos que trazem à tona

o que foi, o que é e o que poderá ser criado para a melhoria da qualidade de

vida a todos. O texto a seguir apresenta o cenário da paraplegia e trará

maiores detalhes desse caso em particular.

2 PARAPLEGIA

Os estudos de Vasconcellos e Ribeiro (2010, p. 75), afirmam que a

paraplegia, tanto por consequência de uma lesão medular como por paralisia

cerebral, levam famílias a se confrontarem com perdas significativas, que

implicam em mudanças de funcionamento e estrutura. Essas mudanças são

complexas, demandam uma flexibilidade que não é comum a todas as

estruturas familiares. Isso sem falar no fato de que a paraplegia pode se

constituir como um fator de risco ao equilíbrio e bem-estar psicológico tanto da

família enquanto o sistema como para seus membros.

6

Fig. 1: Imagem de dois cadeirantes paraplégicos.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/bahia-testa-terapia-com-celulas-tronco-em-paraplegicos

Do ponto de vista ergonômico, pessoas paraplégicas possuem

particularidades distintas das pessoas não deficientes. Além do fato de

permanecerem sentadas devido ao trauma do qual foram submetida, de acordo

com Grave (2004, p. 76), há a questão da sensibilidade afetada, as alterações

físicas, dificuldades ao vestir-se e procurar roupas apropriadas ao seu estado.

Traz consequências também para o funcionamento dos órgãos internos,

podendo repercutir na própria sobrevivência do individuo. A adesão à

reabilitação esta estreitamente ligada ao engajamento do paciente nos

procedimentos de autocuidado, que lhe conferem uma melhor qualidade de

vida, tanto sob a óptica física, como psicológica.

3 PARAPLEGIA ADQUIRIDA

A paraplegia também pode ser adquirida e, muitas vezes, permanece

presente durante toda a vida de seu portador. Para Ribas (2003, p. 28-29), as

doenças infecciosas que adultos e crianças podem ter, geram sequelas e estas

podem causar a paraplegia. Há também doenças não infecciosas, como

hipertensão, que podem acometer derrames e consequentemente a

hemiplegia, e as doenças das artérias, que levam às amputações. Ainda há

possibilidade de adquirir em acidentes de parto, trabalho, armas de fogo ou

trânsito.

7

De acordo com Kovácks (1977, p. 201), a perda de um movimento,

desfiguração, dano ou deterioração de uma parte do organismo, alterarão a

potencialidade do sujeito, tanto na vida pessoal e afetiva, quanto profissional,

podendo relacionar a situação a um processo de perda por morte. Este fato

pode dar origem a uma série de sentimentos e reações que se inicia pelo

choque, em seguida negação, passando pela raiva, barganha e depressão, até

chegar à aceitação. Porém, para Vash (1988, p. 90), as reações dependem de

como e quando esta aconteceu, o tipo de deficiência, gravidade, autoestima,

recursos internos, apoio familiar, renda, tecnologia disponível, dentre outros.

A interrupção da vida dita “normal” na fase adulta atropela

planos em todos os contextos vividos, dificultando

retornos pela incapacidade transitória de relacionar-se

com o próprio corpo. A paralisação dos movimentos

inferiores – condição específica do paraplégico – a

ausência de mobilidade, o esvaziamento da sensibilidade,

a precariedade da sexualidade e descontroles

esfincterianos, retomam o adulto, sendo homem grande

ou mulher feita, à condição de recém-nascido. (TEIXEIRA.

2010. P. 63).

A partir das alterações em seu cotidiano que surge a necessidade de

adaptar-se a sua nova condição. Neste caso, Novaes (1975, p. 42) afirma que

a reabilitação surge como aliada ao processo, pois visa tanto à recuperação do

órgão ou membro afetado, como no resgate pleno do indivíduo, restaurando

sua posição ativa e útil à sociedade, buscando o máximo de desenvolvimento e

integração nos diversos setores de sua vida.

Mesmo sem pernas para andar, eu amo, trabalho e

participo da vida na medida em que me integro à sua

finalidade: existir transcendo-me. Simplesmente vivo.

Mesmo ajudado em muitos momentos. Mas recebo ajuda

apenas como ajuda. Não como dependência. Minha

paralisia me faz acreditar sempre na ciência e nos

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homens. Embora saiba – em razão mesmo da ciência e

dos homens – que a força mais forte esteja na crença em

mim mesmo. (PECCI, 2004, p. 135).

Ao ter consciência dos fatos, o deficiente terá condições de reiniciar sua

vida de outra maneira, buscando também recolocar-se no mercado de trabalho

para custear seu sustento ou retomando os estudos. Para viver em sociedade,

deverá ultrapassar as barreiras arquitetônicas com sua cadeira de rodas e as

do preconceito advindos de outras pessoas ou em si mesmo.

4 PÚBLICO-ALVO

A pesquisa do público-alvo foi feita da aplicação de questionários

quantitativos, em seguida efetuada uma filtragem destes, onde perguntas e

respostas foram selecionadas se adequando a um grupo específico. A partir

daí, segue a fase qualitativa, contendo entrevistas com homens, os quais se

adequavam às enquetes filtradas a fim de aprofundar as observações e

conhecimentos sobre o público.

Somam o total de trinta entrevistados na primeira fase da pesquisa e

quinze na segunda, que contém questões abertas4, múltipla escolha5, de

caracterização6 e filtro7.

Definimos o público-alvo como homens contemporâneos (apreciam viver

sua época atual) de aproximadamente 25 a 40 anos, que buscam

independência financeira para obter uma condição de vida estável, confortável.

Consequentemente, se preocupam em se tornar bem sucedidos em relação ao

trabalho. Os meios de transporte que mais utilizam são o carro próprio e o táxi,

tanto para o trabalho, quanto para se locomover no lazer.

Suas principais preocupações são com a saúde e a aparência física,

portanto praticam esportes e vão à academia com frequência, utilizam alguns

produtos básicos de cuidados com o cabelo, cremes de barbear e uso diário de

perfumes. A alimentação é considerada e procuram ter uma dieta saudável,

4 Dá ao entrevistado a oportunidade de expor seu ponto de vista sem restrições.

5 Pergunta para qual é possível a aceitação de mais de uma alternativa.

6 Usada para identificar as características do entrevistado.

7 Usada para verificar se a pessoa correta está sendo entrevistada.

9

porém não têm o peso como maior preocupação. Nota-se que há um cuidado

com aparência física, mas esta se dá moderadamente.

São homens que fazem parte de um grupo de amigos e sempre

procuram sair acompanhados destes. Outra aspiração desse público é

encontrar uma companheira que possa acompanhá-lo aos lugares e ajudá-lo

nas tarefas do dia a dia.

Para o lazer costumam viajar para lugares para se divertir com os

amigos como, por exemplo, o litoral de São Paulo. Frequentam shoppings para

fazer compras, jantar ou ir ao cinema. Neste último, preferem assistir filmes de

suspense ou ficção científica, no mínimo, duas vezes por mês. Possuem uma

vida noturna ativa, frequentando, aos finais de semana, bares, restaurantes e

casas noturnas. As baladas que mais frequentam são as que estão na moda

no momento, assim como as músicas que escutam, como sertanejo, eletrônica

e pop. Preferem restaurantes modernos, frequentados por jovens, onde haja

música alta e o ambiente se assemelhe às baladas.

Fig. 2: Imagens do público-alvo formado por cadeirantes paraplégicos e não cadeirantes.

Fonte: Acervo do grupo cedido pelos entrevistados.

Uma das preocupações destes homens é com as roupas que estão

vestindo, procurando estar bem arrumados. Entretanto, eles não procuram

informações sobre tendências de moda em sites, revistas e afins, apenas

fazem uso das referências que estão ao seu redor e de influências de amigos,

considerando o design e o conforto das peças aspectos importantes na hora de

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comprar. Faz uso de acessórios como óculos de sol para compor o look e

compram roupas, no mínimo, uma vez ao mês.

Apreciam tecnologia, possuem alto interesse por inovações, gadgets e

aparelhos eletrônicos. Além disso, possuem smartphones, ficam 24 horas por

dia conectados. Fazem uso de redes sociais (como Facebook) diariamente

para interagir com os amigos, marcar encontros, discutir sobre futebol, lutas e

outros esportes, obter informações de jornais ou portais que costumam ler,

como Folha de São Paulo, Terra e Uol, e para compartilhar os bons momentos

de suas vidas, como, por exemplo, uma promoção no trabalho ou uma nova

namorada. Postam fotos praticando esportes, na academia, no trabalho, na

balada ou realizando outra atividade, em média quatro vezes por semana na

rede social Instagram.

Seus principais medos e dores são a não realização profissional, de não

alcançar independência, ficarem deslocados, excluídos de algum grupo e

envelhecer rápido.

5 PAINEL ICONOGRÁFICO

O painel iconográfico enfatiza desde a questão de inclusão social,

dificuldades encontradas pelos portadores de deficiência no aparelho

locomotor, barreiras arquitetônicas, até sua condição de homem, cadeirante ou

não, que busca viver plenamente.

11

Fig. 3: Imagem do Painel Iconográfico.

6 ELEMENTOS FORMAIS PROJETUAIS

Os elementos formais projetuais da coleção foram desenvolvidos a partir

da ideia de inclusão social.

6.1.1. Cartela de Cores

A cartela escolhida é composta por cores que ilustram o conceito de

inclusão social e de liberdade.

13-4404TC11-0601TC

11-0710TC

17-4427TC

14-4214TC 19-4025TC

12

Cartela Jeans Tavex:

SC 2873cor: R70

nuance: 743

JD 0888cor: 591

nuance: 455

JD 092Ecor: 582

nuance: 655

50102Acor: 559

nuance: 655

JD 092Tcor: 559

nuance: 655

0846cor: 53H

nuance: 455

6.1.2. Estudo de Formas e Ergonômico

A partir do estudo realizado a respeito da inclusão social, paraplegia e

paraplegia adquirida chegamos a um estudo de formas, onde foi pensado em

cada problema do consumidor e sugerido soluções para aumentar o conforto e

a satisfação do mesmo. Na pesquisa estão presentes formas amplas em

determinadas partes da peça, pensando no conforto do usuário, cós mais alto e

traseiro mais largo para se encaixar melhor ao corpo. Zíperes e outros

aviamentos foram pensados especificamente para facilitar o vestir e o despir do

consumidor. Estes estão estrategicamente colocados para não machuca-los, e

também focando na versatilidade das peças, podendo o usuário fazer uso da

mesma de diversas maneiras.

6.1.3. Estudos de Materiais / Cartela de tecidos

De acordo com as pesquisas teóricas e de campo foram selecionados

malhas e tecidos que ofereçam durabilidade, conforto ao usuário. Temos como

base meia-malha, tricoline, denim e denim com elastano. Os dois últimos foram

cedidos pela empresa Tavex.

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Fig. 4: Imagens dos tecidos utilizados.

14

6.1.4. Coleção 6.

15

16

Fig. 5: Croquis da coleção

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6.1.4. Looks Confeccionados

18

Fig. 6: Croquis confeccionados da coleção.

7 CONCEITO IMAGÉTICO

O conceito imagético da coleção traduz de forma abstrata, metafórica e

poética os anseios do público alvo: ser livre, ter autonomia de suas próprias

ações e seguir em frente, independente das frustrações do dia a dia na cidade.

Destas ideias, originou-se um poema que posteriormente, derivou o vídeo

publicitário de divulgação da marca e coleção.

"Ir: verbo intransitivo

Trânsito, transito

Como água de chuva

Que tende aguar a terra,

Transforma a vida,

Rios em que não me repito

E desaguo na imensidão do oceano

Feito gota.

19

Que seja!

Transo!

Pelos sentidos,

Pelos pelos,

Pela pele...

AGORA

Me reconheço

Máquina perfeita

Em conformidade total

No grande formigueiro."

8 IDENTIDADE DA MARCA

De acordo com as pesquisas realizadas com o público alvo, percebeu-se

a necessidade de roupas que não atrapalhassem seus movimentos, mas que

tivessem informação de moda, que fossem esteticamente agradáveis e,

principalmente, casuais, para as atividades corriqueiras do dia-a-dia.

Com base nestes dados foi criada a marca Amber. Calumma Amber é

uma espécie de camaleão que vive na Ilha de Madagascar, na África. Uma de

suas principais características é o mimetismo (suas cores podem variar de

acordo com o ambiente, com a intensidade da luz ou até mesmo com seu

humor). Com isso, camaleões se caracterizam como seres altamente

adaptáveis a diferentes ambientes, e possuem grande capacidade de

camuflagem em seu habitat.8

A Amber tem como propósito oferecer para homens roupas casuais, com

design diferenciado e inovador, que sejam adaptadas e acessíveis às pessoas

com deficiência e vistam diferentes tipos de corpos, independente de suas

condições.

8 Disponível em: http://reptile-database.reptarium.cz/species?genus=Calumma&species=amber

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As vendas ocorrerão por meio de uma loja física que se localizará no

Shopping Morumbi, pois, conforme pesquisa de campo, percebeu-se que o

publico alvo dá preferência a lojas de shopping, devido à acessibilidade

oferecida pelo ambiente, e reside na região sul de São Paulo. Além disso este

shopping encontra-se em uma localização estratégica, de fácil acesso pela

Marginal Pinheiros.

A marca investirá em um pós venda eficiente, com serviços de ajustes e

customização de todas as peças da coleção. Os clientes poderão solicitar aos

vendedores o ajuste ou customização, de acordo com suas necessidades, dos

produtos adquiridos por ele. Haverá uma tabela de preços para os serviços

básicos, e os mais complexos passarão por uma análise da equipe de ajustes e

será feito um orçamento baseado nas particularidades de cada serviço. As

peças que sofrerem ajustes básicos serão entregues de volta ao consumidor

em, no máximo, três dias úteis, e as peças com ajustes mais complexos,

dependendo do serviço, poderão ser entregues em até 15 dias úteis.

Essência da marca:

- Versátil: As roupas da marca podem ser usadas de diversas maneiras e em

diferentes ocasiões.

Identidade essencial:

- Despojada: Oferece produtos casuais, com design diferenciado.

- Confortável: Se preocupa com o conforto de seus clientes, proporcionando

roupas que não atrapalhem seus movimentos, e visa a satisfação dos mesmos.

- Atenciosa: Sua maior preocupação é o bem estar e a satisfação dos clientes,

por conta disso investe em uma pós venda eficiente.

- Acessível: Os produtos são pensados para se adaptarem a diferentes tipos de

corpos, independente de suas condições físicas, inclusive de pessoas com

deficiências.

Identidade estendida:

- Atual: Procura sempre estar atualizada com as últimas inovações de moda

inclusiva e de tecnologia.

- Prática: Seus produtos têm como objetivo não limitar os movimentos de seus

consumidores e serem fáceis de usar.

- Contemporânea: A marca possui o espírito da época, levando em

consideração os hábitos e costumes atuais de seus consumidores.

21

- Inovadora: A marca está sempre desenvolvendo produtos inovadores, que

tragam novidades úteis para seus clientes e facilitem a realização de suas

atividades do dia-a-dia.

8.1. Identidade visual

Fig. 7: Logo da marca Amber.

O logo da marca é composto por uma figura de um camaleão mais o

nome Amber, as cores utilizadas são o preto e o amarelo. Âmbar, em

português, é o nome dado à uma cor amarelada, por conta deste fato escolheu-

se a cor amarelo como ponto de destaque para o logo, e o preto para criar

contraste.

9 MODELO DE NEGÓCIO

Modelo de negócio “é a forma como uma organização cria, entrega e

captura valor, seja ele econômico social ou outra forma de valor”

(OSTEWALDER, 2006). Para este projeto foi utilizado o modelo canvas, que é

composto de nove blocos que juntos descrevem as principais partes de um

negócio, são eles.

Bloco 01 – Segmento de cliente:

Homens de classe A e B, que possuam ou não deficiência física,

especificamente paraplegia, que trabalham e possuam vida social ativa.

Bloco 02 – Proposta de valor:

Benefícios funcionais: Os produtos são pensados para todos os tipos de

corpos com suas diferentes particularidades. As roupas vestem tanto pessoas

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deficientes quanto pessoas não deficientes e ainda, a marca conta com

serviços de customização e ajustes para a roupa de adequar exatamente ao

corpo do cliente. Os produtos têm como objetivo proporcionar maior conforto,

serem práticos de usar e não atrapalhar os movimentos dos usuários.

Benefícios emocionais: Ao comprar uma peça da Amber, o cliente se

sente especial por estar adquirindo um produto de uma marca que foi

desenvolvido a partir de suas necessidades.

Benefícios de auto expressão: Ao usarem a marca os clientes buscam

se auto afirmar como pertencentes de um estilo jovem e despojado.

Bloco 03 – Canais:

Canal direto de distribuição. A empresa será responsável pela entrega

de seus produtos, sem que haja nenhum intermédio no processo de

distribuição.

Motivos: Relacionamento mais próximo com o cliente; Minimização de

custos; Maior controle sobre a cadeia de distribuição.

Canais de comunicação: Site, Facebook, Twitter, Instagram, SACs por

telefone e email.

Bloco 04 – Relacionamento com o cliente:

Assistência pessoal de vendedores no ponto de venda (loja física)

Internet: Redes Sociais onde há forte presença do público alvo.

(Facebook, Instagram, Twitter) e site próprio da marca.

Serviços de atendimento ao cliente por telefone e por email.

Serviços de ajustes e customização das roupas, através de orçamento

feito na própria loja.

Bloco 05 – Fontes de receita:

Venda de roupas por meio de uma loja física própria localizada no

Shopping Morumbi.

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Bloco 06 – Recursos-chave:

Recursos físicos: Loja, instalações fabris, matéria prima.

Recursos intelectuais: Criação de coleções.

Recursos humanos: Equipe de designers apta a criar coleções com a

mesma identidade, que sirvam tanto para homens com paraplegia, quanto para

os que não a possuem. Equipe de vendas qualificada para atender o público da

marca.

Recursos financeiros: Custo total do projeto = R$ 4.213.240,39.

Bloco 07 – Atividades- chave:

Desenvolver coleções de roupas casuais para homens jovens,

portadores ou não de deficiência física (para este conforme necessidades

especiais), que sejam versáteis e proporcionem maior conforto ao cliente.

Bloco 08 – Parceiros-chave:

Fornecedor de tecido: Tavex, maior produtora mundial do denim, tecido

utilizado para a fabricação do jeans. Possui tecnologia para a criação de

tecidos confortáveis para pessoas portadoras de deficiência física, que sejam

de aparência próxima ao jeans.

Bloco 09 – Estrutura de custos:

Aluguel da loja, marketing, funcionários, infraestrutura, matéria prima.

10 PLANO DE COMUNICAÇÃO

Foi criado um plano de comunicação para o projeto com o objetivo de

apresentar a Amber para seu público alvo e despertar interesse deste para que

conheçam a loja no dia da inauguração e, que a partir disto, se tornem clientes

fieis da marca.

Como mídia principal será desenvolvido um website com visualização/

rolagem horizontal, que funcionará como uma revista para os consumidores da

marca. Neste site, os clientes poderão encontrar diversos assuntos

relacionados aos seus estilos de vida, que englobam informações sobre

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inclusão social, direitos das pessoas com deficiência, dicas de saúde e beleza,

lugares para sair a noite, orientações sobre como usar os produtos da marca e

os benefícios proporcionados, histórias inspiradoras de pessoas que

superaram problemas na vida e de homens que obtiveram sucesso em suas

carreiras, e, além disso, informações sobre a marca e onde encontrar os

produtos.

Uma página da Amber no Facebook servirá como mídia de apoio

atraindo os clientes para o site, que como comprovado na pesquisa de público

alvo relatada acima, estão presentes diariamente nesta rede social. Com as

funcionalidades do Facebook, os clientes poderão compartilhar a página com

os amigos e assim a marca terá mais visibilidade. Nesta plataforma, também

serão realizadas promoções com os clientes para atrair mais atenção para o

lançamento da marca. Como, por exemplo, “os 100 primeiros que curtirem o

post sobre a loja ganham 10% de desconto na primeira compra no dia da

inauguração”.

As redes sociais Instagram e Twitter também serão usadas para interagir

com os clientes da Amber, criar um relacionamento mais próximo e atrair maior

visibilidade. Na primeira, serão compartilhadas fotos e vídeos dos produtos da

marca e de assuntos que correspondem com os interesses do público; na

segunda, serão compartilhadas informações rápidas e diretas com os

consumidores. É importante ressaltar que todas as redes sociais são

interligadas e conectadas, com o mesmo objetivo de levar o cliente para a

mídia principal que é o website.

Aproximadamente um mês antes da inauguração da loja será enviado

um press-release para a imprensa informando sobre a marca, para portais

como Terra, Globo.com, Folha de São Paulo e Uol, que segundo pesquisa

realizada são os sites de notícia que o público mais acessa. Além disso, uma

parceria será formada com blogs de cadeirantes e/ou pessoas com deficiências

para que estes divulguem a marca em suas plataformas; e o anúncio do

lançamento também será disparado no portal Terra em botão navbar9 em

9 Botão navbar refere-se ao tipo de formato de publicidade localizado nas abas de navegação

do menu de sites. Disponível em: http://publicidade.terra.com.br/index.php/formato/ver/384

25

formato retangular. A divulgação também acontecerá nas páginas da marca no

Facebook, Twitter e Instagram.

A divulgação do vídeo publicitário será feita em salas de cinema em São

Paulo. O período de mostra do vídeo será de três cines semanas, que vão de

sexta-feira até quinta-feira com uma média de inserções de 35 vezes por cine

semana.

11 PROPOSTA IMPULSIONADORA

A proposta impulsionadora da marca será a realização de uma festa

chamada “AmberMove” que acontecerá no clube Royal em São Paulo duas

vezes por ano, antes do lançamento de cada coleção. A escolha da festa se

reflete numa das principais atividades do público-alvo da marca. Durante a

festa será realizada uma ação promocional da marca que consistirá numa tela

touchscreen na qual os clientes, através de um jogo interativo, poderão fazer

combinações com os produtos da marca.

O vídeo publicitário será transmitido durante a festa em um telão

instalado dentro do clube. Os copos, garrafas de bebidas e os ambientes serão

personalizados com a identidade visual da marca e será oferecida uma bebida

exclusiva chamada “amber”. O nome da festa é uma justaposição do nome da

marca com a palavra em inglês “move” que traduz movimento, palavra que faz

parte da identidade essencial da marca. Também será utilizada dentro da festa

a mídia spotwater, uma cortina de névoa (vapor seco) que servirá como tela de

projeção para o logo da marca.

O evento objetiva transgredir as formas tradicionais de publicidade e

permitir que o consumidor tenha o controle de sua experiência com a marca,

estimulando uma carga emocional intensa e comunicando a sua identidade de

marca de uma forma direcionada.

12 ESTRATÉGIAS DE ATENDIMENTO

Pensando na acessibilidade, o projeto da loja física possui características

a fim de que seja um local confortável para o público cadeirante. São estes:

Corredores largos (espaço entre 1,20 m e 1,50m) e portas também mais largas,

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(com no mínimo, 90 cm de largura); Rampas de acesso e piso sem

irregularidades, para melhor locomoção; As araras e o caixa devem ter a altura

reduzida (média entre 1,10m e 1,20m de altura); Provadores amplos (com pelo

menos 1,50m x 150m), capacitando assim o cadeirante de girar 360º, e com

barras de apoio.

Ainda dentro da loja, percebemos a necessidade de colocar um sofá ou

poltronas de espera fora do provador, já que nem todos os clientes costumam ir

ás compras sozinhos, porém, alguns não precisam que este acompanhante

entre junto no provador.

Além disso, a marca oferece treinamento aos funcionários, para que os

mesmos saibam a maneira correta de atender bem ao público com deficiência,

conforme cartilha anexa.

13 CUSTOS

Para a realização do plano de comunicação citado anteriormente foi

realizado um levantamento de custos com base no Manual de Preços e

Serviços Digitais da APADI - Associação Paulista das Agências Digitais

(ABRADI, 2013) e no Mídia Kit do Portal Terra. Portanto, o investimento inicial

necessário está relacionado abaixo:

SERVIÇO CUSTOS

Planejamento, arquitetura, criação,

implementação e conteúdo

institucional do website

R$ 20.000

Parcerias com blogs R$ 2.000,00

Veiculação do vídeo publicitário no

cinema

R$ 150.000,00

Anúncio no portal Terra.com R$ 100.000

TOTAL R$ 272.000

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Para a montagem e instalação da loja, de aproximadamente 70m2 que

estará localizada no Shopping Morumbi, apresenta-se os seguintes custos

iniciais:

SERVIÇO CUSTOS

Luva Shopping Morumbi R$ 3.080.000,00

Aluguel loja R$ 46.200,00

Infraestrutura (sistemas de TI etc) R$ 230.00,00

Arquitetura (projeto, reformas etc) R$ 154.000,00

Decoração (moveis etc) R$ 231.000,00

Visual Merchandising R$ 38.500,00

Custos fixos R$ 154.000,00

Equipe R$ 5.760,00

TOTAL R$ 3.939.460,00

Os custos para a produção/confecção das roupas deste projeto estão

relacionados abaixo:

SERVIÇO CUSTOS

Modelagem R$ 800,00

Costura R$ 600,00

Tecidos (Jeans, Flanela, Suedine) R$ 231,07

Aviamentos (Botões, zíper, elástico,

linhas)

R$ 149,32

TOTAL R$ 1.780,39

Portanto, o custo total inicial do projeto, contemplando o plano de

comunicação, o negócio e a confecção das roupas, será de R$ 4.213.240,39.

Nota-se que o custo total inicial para a implementação deste projeto é elevado.

Sem um alto investimento de empresas interessadas a realização do projeto

seria inviável.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir de estudos realizados a respeito da Inclusão Social, Paraplegia e

Paraplegia Adquirida, concluímos a importância da difusão do conhecimento

sobre estes aspectos à sociedade. Quando apresentadas as reais limitações

das pessoas portadoras de deficiência no aparelho locomotor, será mais efetivo

o conviveu harmônico entre ambas e a adoção de políticas públicas que

possam inseri-las, cada vez mais na sociedade. Percebemos que a moda

inclusiva é mais que uma necessidade: é um divisor de águas que permite

verdadeira transformação no modo de ser das pessoas.

Quanto à coleção, percebemos que para produzi-la de maneira inclusiva,

adequando às pesquisas referenciais e ao público alvo, foi importante gerar

todo um processo de experimentações que envolveram estudos de ergonomia

e anatomia, das matérias-primas e o não beneficiamento de tecidos ou peças.

Encontramos nestas algumas dificuldades em não aplicar costuras em locais

tradicionais das roupas, porém, nos programamos para que cada passo fosse

cumprido de acordo com um cronograma.

Desde o início houve a preocupação em estabelecer a identidade da

marca do projeto de acordo com as análises dos costumes do público alvo, que

derivou o conceito imagético da coleção. Foi possível entender, com a

realização deste projeto, as principais necessidades deste público em relação à

experiência de compra no ponto de venda e às estratégias de atendimento

específicas para suas particularidades. Além disso, percebeu-se que este nicho

de mercado possui um alto potencial de consumo, entretanto ainda é pouco

explorado pelas empresas de moda.

Optamos por realizar o ensaio fotográfico em estúdio, facilitando o

processo quanto à escolha de iluminação adequada e para obtermos

resultados mais precisos para a criação do vídeo publicitário.

Percebemos a importância das disciplinas oferecidas durante o semestre

letivo (Documentação Técnica de Moda, Produção de Moda, Modelagem

Plana, Branding, Estratégias Mercadológicas, Gestão do Varejo) e cada uma

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contribuiu oferecendo maior visibilidade sobre possíveis soluções nas

diferentes etapas do projeto.

Finalizamos, satisfeitas por desenvolvê-lo da maneira como planejamos

e com a certeza que carregaremos a lição de que todos nós somos

responsáveis por transmitir e receber conhecimento para eliminarmos o

preconceito da sociedade. É preciso agir e pensar em um todo.

REFERÊNCIAS

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database.reptarium.cz/species?genus=Calumma&species=amber. Acessado

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