25
ARTETERAPIA COMO RECURSO PARA ALUNOS COM DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL ARTETERAPY AS A RESOURCE FOR STUDENTS WITH DIFFICULTY OF LEARNING IN FUNDAMENTAL TEACHING Rosana Cristina da Silva Souza – [email protected] Graduanda em Psicologia – UNISALESIANO - Lins Profº Oscar Xavier de Aguiar – UNISALESIANO - Lins – [email protected] RESUMO O presente trabalho tem como objetivo trabalhar com crianças de 11 a 14 anos de idade, cursando o 6º Ano do Ensino Fundamental - classe de RCI, através da arteterapia, a fim de resgatar a autoimagem positiva e estimular mudanças. As classes de RCI possuem um programa diferenciado para ajudar os alunos que apresentaram algum retardo no processo de aprendizagem, o trabalho desenvolvido em arteterapia, contribuiu para que esses alunos pudessem expressar suas angustias e dificuldades, mostrando sua individualidade e trabalhando suas emoções, assim participando ativamente de seu aprendizado. Dessa forma o aluno se enxerga como agente transformador, capaz de agir em seu meio utilizando a linguagem artística. Palavras-chave:Arteterapia. Aprendizado. Relaxamento. Auto- estima. ABSTRACT The present work aims to work with children from 11 to 14 years of age, attending the 6th Year of Elementary School - Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 7, n.15, jul- dez de 2016

Universitári@ - UNISALESIANO - CENTRO … · Web viewO presente trabalho tem como objetivo trabalhar com crianças de 11 a 14 anos de idade, cursando o 6º Ano do Ensino Fundamental

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Universitári@ - UNISALESIANO - CENTRO … · Web viewO presente trabalho tem como objetivo trabalhar com crianças de 11 a 14 anos de idade, cursando o 6º Ano do Ensino Fundamental

1

ARTETERAPIA COMO RECURSO PARA ALUNOS COM DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL

ARTETERAPY AS A RESOURCE FOR STUDENTS WITH DIFFICULTY OF LEARNING IN FUNDAMENTAL TEACHING

Rosana Cristina da Silva Souza – [email protected] em Psicologia – UNISALESIANO - LinsProfº Oscar Xavier de Aguiar – UNISALESIANO - Lins – [email protected]

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo trabalhar com crianças de 11 a 14 anos de idade, cursando o 6º Ano do Ensino Fundamental - classe de RCI, através da arteterapia, a fim de resgatar a autoimagem positiva e estimular mudanças. As classes de RCI possuem um programa diferenciado para ajudar os alunos que apresentaram algum retardo no processo de aprendizagem, o trabalho desenvolvido em arteterapia, contribuiu para que esses alunos pudessem expressar suas angustias e dificuldades, mostrando sua individualidade e trabalhando suas emoções, assim participando ativamente de seu aprendizado. Dessa forma o aluno se enxerga como agente transformador, capaz de agir em seu meio utilizando a linguagem artística.

Palavras-chave:Arteterapia. Aprendizado. Relaxamento. Auto-estima.

ABSTRACT

The present work aims to work with children from 11 to 14 years of age, attending the 6th Year of Elementary School - class of RCI, through art therapy, in order to rescue positive self-image and stimulate changes. The RCI classes have a differentiated program to help students who presented some delay in the learning process, the work developed in art therapy, contributed to these students to express their anguish and difficulties, showing their individuality, working their emotions, thus actively participating Of their learning. In this way the student sees himself as a transforming agent, capable of acting in his environment using the artistic language.

Keywords:Artterapia. Learning.Relaxation.Self esteem.

Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 7, n.15, jul-dez de 2016

Page 2: Universitári@ - UNISALESIANO - CENTRO … · Web viewO presente trabalho tem como objetivo trabalhar com crianças de 11 a 14 anos de idade, cursando o 6º Ano do Ensino Fundamental

2

INTRODUÇÃO

Faz-se necessário uma breve conceituação histórica para contextualizar a

Arteterapia Contemporânea, focando o relato de Carvalho (1995), e em seguida será

apresentado definições sob a ótica de vários autores.

Em 1876 Max Simon (apud, , médico psiquiatra, publica pesquisas feitas

sobre manifestações artísticas em seus doentes mentais, fazendo uma classificação

sobre diversas patologias e essas produções artísticas. Em 1888, Lombroso,

advogado criminalista, faz análises psicopatológicas de desenhos criados por

doentes mentais com a mesma finalidade de classificação.

Carvalho (1995) em seu livro “A Arte Cura”, ainda cita outros autores

europeus como Morselli(1894), Júlio Dantas (1900) e Fursac (1906) que também

estudaram e se interessaram pelas artes dos enfermos psiquiátricos. Nesse mesmo

período Freud começa escrever sobre artistas e suas obras, e sob a ótica

psicanalista nascente analisa profundamente manifestações inconscientes que

compõe aprodução artística. Freud observa que o inconsciente manifesta-se através

de imagens, sendo uma comunicação simbólica com a representação catártica,

afirma ainda que essas imagens fogem com mais facilidade da censura, podendo

transmitir de forma mais direta seus significados.

Na década de 20, Jung começa a usar a imagem expressiva ou artística em

seus tratamentos psicoterápicos. Criatividade para Jung é uma função psíquica

natural e estruturante, no entanto, pode e deve ser usada como componente de

cura. Jung pedia aos seus clientes para fazerem desenhos livres ou retratar imagens

ou sonhos, sentimentos situações conflitivas, etc... Assim as expressões verbais e

artísticas corriam juntas nas sessões analíticas, uma enriquecendo a outra.

Teorias psicológicas mais recentes, como Psicodrama de Moreno, a Gestalt

de Perls, as linhas Humanista, Transpessoal, Sistêmica e Construtivista tem

contribuído com fortes considerações teóricas para a arteterapia, utilizando as

expressões artísticas nas diferentes abordagens existentes.

Atualmente Arteterapia é conhecida como o uso de recursos artísticos com

finalidade terapêutica. Carvalho (1995), descreve o seguinte:

“Arteterapia é uma profissão assistencial ao ser humano”. Ela oferece

oportunidades de exploração de problemas e de potencialidade pessoal por meio da

Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 7, n.15, jul-dez de 2016

Page 3: Universitári@ - UNISALESIANO - CENTRO … · Web viewO presente trabalho tem como objetivo trabalhar com crianças de 11 a 14 anos de idade, cursando o 6º Ano do Ensino Fundamental

3

expressão verbal e não verbal e do desenvolvimento de recursos físicos, cognitivos

e emocionais, bem como a aprendizagem de habilidades por meio de experiências

terapêuticas com linguagens artísticas variadas. Ainda que as formas visuais de

expressão tenham sido básicas nas sociedades desde que existe história registrada,

a arte-terapia surgiu como profissão na década de 30. A terapia por meio das

expressões artísticas reconhece tanto os processos artísticos com as formas, os

conteúdos e as associações como reflexos de desenvolvimento, habilidades,

personalidade, interesses e preocupações do paciente.O uso da arte como terapia

implica que o processo criativo pode ser um meio tanto de reconciliar conflitos

emocionais, como de facilitar a auto-percepção e o desenvolvimento pessoal.

Arteterapia é a utilização de linguagens artísticas, especialmente das artes

visuais, com as demais linguagens como música, teatro e dança, para tratamentos

terapêuticos que visa por meio da linguagem não verbal, a manifestação e

expressão do que se passa interiormente em cada individuo, ou seja, os medos,

sonhos, ideais, frustrações, realizações... (ENCONTRO Revista de Psicologia,

2011).

A Arteterapia é um processo terapêutico que faz uso da arte e a entende

como uma representação simbólica da vida intrapsíquica do indivíduo e também

como um recurso mediador da interação com as pessoas. Este processo terapêutico

trabalha com a intersecção de vários conhecimentos: educação, saúde, arte e

ciências. É um dispositivo terapêutico que possui uma prática transdisciplinar,

visando resgatar o homem em sua integridade por meio de processos de

autoconhecimento e transformação. A arte em si é uma forma de expressão,

comunicação, linguagem e é inerente ao ser humano além de estar ao alcance de

todos (VALLADARES, 2008).

De acordo com Philippini(1998), existem inúmeras maneiras de conceituar a

Arteterapia. Uma delas é considerá-la como um processo terapêutico decorrente da

utilização de modalidades expressivas diversas, que servem à materialização de

símbolos. Estas criações simbólicas expressam e representam níveis profundos e

inconscientes da psique, configurando um documentário que permite o confronto, no

nível da consciência, destas informações, propiciando insights e posterior

Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 7, n.15, jul-dez de 2016

Page 4: Universitári@ - UNISALESIANO - CENTRO … · Web viewO presente trabalho tem como objetivo trabalhar com crianças de 11 a 14 anos de idade, cursando o 6º Ano do Ensino Fundamental

4

transformação e expansão da estrutura psíquica. Uma outraforma de dizer, poderá

ser simplesmente terapia através da Arte.

Para Ciornai (2005)Quando utilizamos técnicas expressivas, deixamos de

utilizar a linguagem verbal. Isso facilita muito o processo terapêutico, o contato com

o grupo. Mas esta não é a única razão. O trabalho que lida com a criatividade ajuda

a ressaltar os aspectos mais positivos do ser humano. Não podendo ficar explorando

somente o que dói, e mesmo para a elaboração do doloroso é necessário o suporte

dos aspectos positivos de cada um.

A escola é a experiência organizadora central na vida da maioria dos

adolescentes. Ela oferece oportunidade para adquirir informações, para dominar

novas habilidade e aguçar as já adquiridas, para participar de atividades esportivas,

artísticas e de outra natureza, para explorar opções vocacionais e para estar entre

amigos. Ela amplia os horizontes intelectuais e sociais. É de extrema importância a

comunicação não verbal do adolescente. O modo como ele se senta, se movimenta,

suas expressões faciais comunicam tanto quanto sua fala. Por meio dessas

manifestações o profissional da educação pode perceber as dúvidas do aluno, os

fatores que lhe causam ansiedade ou medo e suas inseguranças.

Ao julgar as produções artísticas dos alunos, o educador não deve categorizá-

las simplesmente em certas ou erradas. Essas produções são representações de

suas capacidades mentais naquele momento e devem ser respeitadas e servir como

auxiliar no ponto de partida para que o profissional trabalhe o raciocínio da criança,

explorando o significado dos comportamentos, aproveitando-os ao máximo. Quando

os alunos tem a oportunidade de expor suas ideias livremente, sentem-se mais

confiantes de suas capacidades, facilitando o processo ensino-aprendizagem.

A arte não se restringe apenas a museus e galerias, ela está presente no

nosso cotidiano e o artista não é somente aquele que se apresenta nos palcos. O

artista é caracterizado pela capacidade de criar, trabalhar e realizar ações e obras

que agradem seus sentidos e os dos outros. Na criança, a arte é encontrada de

forma inata e espontânea e geralmente se manifesta em suas brincadeiras. Muitos

pesquisadores já comprovaram a importância do brincar para o desenvolvimento

saudável da criança. Eles destacam que o brincar ajuda no desenvolvimento

Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 7, n.15, jul-dez de 2016

Page 5: Universitári@ - UNISALESIANO - CENTRO … · Web viewO presente trabalho tem como objetivo trabalhar com crianças de 11 a 14 anos de idade, cursando o 6º Ano do Ensino Fundamental

5

sensório motor, intelectual, no processo de socialização, no aperfeiçoamento da

criatividade e autoconsciência (FRANÇANI ET AL 1998).

A Arteterapia no Brasil constitui-se ainda como algo recente, sendo uma

formação dada por meio decursos de especialização e, com isso, atrelada à

formação inicial do profissional. Apresenta um campo de atuação tão amplo quanto

à própria formação dos arteterapeutas, com intervenções focadas na área da saúde,

da educação, das artes, dentre outras (CIORNAI, 2005). Na área da educação,

diversos autores defendem a importância da Arteterapia no contexto escolar, com

emprego dos recursos arteterapêuticos tanto em sala de aula (BONOMI, 2006),

quanto no contexto psicopedagógico, com crianças com dificuldades de

aprendizagem(ALLESSANDRINI, 1996; FAGALI, 2005; SANTOS, 2005 apud

POLITY, 2009).

No Brasil, dois psiquiatras se destacam por suas contribuições na

fundamentação teórica da arteterapia: Osório César, em 1923, e Nise da Silveira,

em 1946. Osório César trabalhou com arte no hospital do Juqueri, em São Paulo,

sob a influência da Psicanálise, enquanto Nise da Silveira desenvolveu um trabalho

no Centro Psiquiátrico Dom Pedro II, no Rio de Janeiro sob a influência junguiana,

procurando compreender as imagens produzidas pelos pacientes.

As atividades artísticas têm como característica o estímulo à criatividade, à

livre expressão, com caráter lúdico. No caso da Arteterapia, tem-se a oferta destes

recursos artísticos pelo arteterapeuta juntamente a um ambiente suficientemente

bom, atento às necessidades da criança. Defende-se o uso da Arteterapia no

contexto escolar, com objetivo de promoção do desenvolvimento emocional e

cognitivo dos participantes, a partir da crença na interligação entre áreas e

impossibilidade de dissociação entre aspectos emocionais e cognitivos no ser

humano. Assim, o aspecto emocional assume relevante papel no processo

educativo, no que concerne a passagem de um estágio para outro, processo esse

denominado “Equilibração” (PIAGET, 1975).

Para o desenvolvimento emocional da criança é preciso oferecer um ambiente

educativo que permita a aquisição da confiança em si e nos outros e a valorização

positiva. Isso acontece quando as relações entre o educador e a criança são

pautadas no respeito, na compreensão, afeto, acolhimento. Num ambiente isento de

Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 7, n.15, jul-dez de 2016

Page 6: Universitári@ - UNISALESIANO - CENTRO … · Web viewO presente trabalho tem como objetivo trabalhar com crianças de 11 a 14 anos de idade, cursando o 6º Ano do Ensino Fundamental

6

tensões, coações, autoritarismo, a criança encontra a oportunidade de escolher e

realizar a atividade que lhe interessa, participar das decisões que orientam a

organização da classe, expressar livremente seus sentimentos e emoções (ASSIS,

2009).

Para Furth (1974), a verdadeira causa dos fracassos da educação formal

relaciona-se com o fato dos educadores se apoiarem em aulas expositivas

(acompanhada de demonstrações, ações fictícias narradas) ao invés de

fundamentarem-se na ação real e concreta. É importante o emprego de ações que

envolvam, por exemplo, sentimentos, desejos, a vontade de experimentar, tocar,

cheirar, provar e de conhecer.

Segundo a teoria de Piaget, o período das operações formais (11/12 anos em

diante), nesta fase a criança, ampliando as capacidades conquistadas na fase

anterior, já consegue raciocinar sobre hipóteses na medida em que ela é capaz de

formar esquemas conceituais abstratos e através deles executar operações mentais

dentro de princípios da lógica formal. Com isso, conforme aponta Rappaport

(op.cit.:74) a criança adquire "capacidade de criticar os sistemas sociais e propor

novos códigos de conduta: discute valores morais de seus pais e constrói os seus

próprios, adquirindo portanto, autonomia".

De acordo com a tese piagetiana, ao atingir esta fase, o indivíduo adquire a

sua forma final de equilíbrio, ou seja, ele consegue alcançar o padrão intelectual que

persistirá durante a idade adulta. Isso não quer dizer que ocorra uma estagnação

das funções cognitivas, a partir do ápice adquirido na adolescência, como enfatiza

Rappaport (op.cit.:63), "esta será a forma predominante de raciocínio utilizada pelo

adulto. Seu desenvolvimento posterior consistirá numa ampliação de conhecimentos

tanto em extensão como em profundidade, mas não na aquisição de novos modos

de funcionamento mental".

Souza (2010) nos lembra que a auto-estima de uma criança está muito

relacionada com a sua aprendizagem, uma vez que é através de seus sucessos e

fracassos neste âmbito, que durante a infância ocupa a maior parte de sua vida, que

ele vai formando o seu autoconceito.

Em sua pesquisa sobre o autoconceito de crianças com dificuldades de

aprendizagem Stevanatoet al. (2003), nos mostra que estas crianças têm uma

Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 7, n.15, jul-dez de 2016

Page 7: Universitári@ - UNISALESIANO - CENTRO … · Web viewO presente trabalho tem como objetivo trabalhar com crianças de 11 a 14 anos de idade, cursando o 6º Ano do Ensino Fundamental

7

imagem muito mais negativa de si mesmas do que as crianças sem dificuldades de

aprendizagem. Além disso, quando se verificam problemas de conduta acrescidos a

estas dificuldades de aprendizagem, o prejuízo é ainda maior, visto que mais do que

receberem feedback negativo do ambiente em relação à aprendizagem, estas

crianças também o recebem à respeito de sua conduta.

Ao trabalhar com a autoimagem, com crianças que apresentam dificuldades

na aprendizagem escolar, conseguimos destacar a potencialidade e a beleza de

cada individuo, assim podemos valorizar o que há de melhor em cada um, sem

estereótipos e preconceitos.

Campos (2003, p. 1):

A maioria destas crianças tem estruturas depressivas do seu

funcionamento psíquico, isto é, são: desvalorizadas na sua

autoimagem (são vulgares expressões do tipo: "sou burro",

"não sou nada bom", "não faço nada bem") são inseguras (são

vulgares expressões do tipo: "não sei se consigo, faço isto ou

faço aquilo?"), têm pouca tolerância à frustração, desistindo

rapidamente à primeira contrariedade ou respondendo

agressivamente contra os outros, antecipam negativamente as

situações escolares, sobretudo de teste ou avaliação formal

(são vulgares expressões do tipo: "vou falhar, amanhã não vou

conseguir"), têm dificuldades em interpor pensamento entre o

sentir e o agir, pelo que a alteração dos comportamentos

(instabilidade, hiperatividade ou agressividade ou, mais

raramente, pela inibição e retirada) e esta é a melhor imagem

de marca desta situação.

Desde o inicio da colonização brasileira, ocorreram influencias de várias

culturas, que foram incorporadas e metabolizadas, configurando a diversidade da

cultura brasileira expressa nas nossas singularidades regionais.

O que mais caracteriza um povo e a diversidade de um país, senão sua

musica, teatro, suas formas e cores, suas danças, folclore e poesia. A cultura é

transmitida de geração em geração e demonstra aspectos locais de uma população.

Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 7, n.15, jul-dez de 2016

Page 8: Universitári@ - UNISALESIANO - CENTRO … · Web viewO presente trabalho tem como objetivo trabalhar com crianças de 11 a 14 anos de idade, cursando o 6º Ano do Ensino Fundamental

8

Em um país de grandes dimensões territoriais e composto por diversos povos como

africanos, europeus, indígenas, asiáticos são de extrema importância trabalhar a

diversidade cultural em uma sala de aula. Segundo publicação no site Brasil

Escola/Canal do Educador (2016), ao abordar a pluralidade cultural do Brasil, o

profissional da educação deve promover no aluno o sentimento de valorização

cultural do país, além do reconhecimento e respeito das diferentes culturas,

mostrando que não existe uma melhor, mais bonita ou mais desenvolvida que a

outra.

O presente trabalho tem o objetivo de através das artes plásticas e de

atividades que destaquem o “EU”, estimular mudanças que facilitem o processo

ensino-aprendizagem, assim contribuindo na formação de uma auto-imagem positiva

com intuito de tornar essas crianças indivíduos confiantes e capazes no futuro.

1. DESENVOLVIMENTO

1.1. Sujeito: Esse trabalho foi desenvolvido com 13 alunos, com idade

entre 11 a 14 anos, matriculados no 6º Ano do Ensino Fundamental que

apresentaram déficit no processo de aprendizagem esperado para este ciclo.

Esses alunos foram encaminhados para uma turma de RCI, “Recuperação

Contínua e Intensiva”, sala composta por no mínimo 10 e no máximo vinte alunos

organizada para atender esse público com atividades de ensino específicas,

permitindo aos mesmos, compreenderem os conceitos básicos e necessários a

seu prosseguimento nos estudos.

1.2. Instituição: Trabalho desenvolvido na Escola Estadual Professor João

Candido Fernandes Filho, situada na cidade de Sabino, região de Lins, município

formado em sua maioria por trabalhadores da área rural e alguns comerciantes, a

instituição possui uma grande taxa em evasão escolar, trabalhando

insistentemente para reduzir esses números.

1.3. Procedimento: Nesse projeto de Arteterapia, os alunos em 10

encontros programados, terão oportunidade de conhecer e treinar diversas

habilidades, que estimularão a criatividade em seu sentido mais amplo. Trata-se

de um trabalho qualitativo, com a intenção de através de arteterapia resgatar a

autoimagem, auxiliando assim no desenvolvimento cognitivo e afetivo desses

Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 7, n.15, jul-dez de 2016

Page 9: Universitári@ - UNISALESIANO - CENTRO … · Web viewO presente trabalho tem como objetivo trabalhar com crianças de 11 a 14 anos de idade, cursando o 6º Ano do Ensino Fundamental

9

alunos. Optou-se por trabalhar também com sessões de relaxamento. O primeiro

e imediato efeito das sessões de relaxamento nas crianças é acalmar-se, se

tranquilizar. As crianças, assim como os adultos, quando estão calmos, é quando

podem focar sua atenção no que vai ocorrer. Além disso, percebemos uma maior

concentração, uma vez que a calma chega. O passo seguinte é o enfoque da

atenção naquilo que deseja, isso pode ser controlar uma emoção, fazer um

exercício, ouvir uma explicação, assistir a um filme, brincar com os colegas de

classe, planejar uma ação, compreender o problema de um amigo, dizer “não” a

algo que possa ser perigoso.

2. METODOLOGIAO ponto de partida para a realização das atividades foram as pinturas de

Ademir Martins e Ivan Cruz, artistas consagrados com as séries “Gatos” e

“Brincadeiras de Crianças” respectivamente. O auto-retrato foi baseado em obras de

diversos pintores, esclarecendo aos alunos o principal intuito da obra que era a

identidade e a individualidade, representando o que ele imagina, deseja ou idealiza

ser. A auto-representação pode significar também um exercício de

autoconhecimento, na observação de si mesmo podem-se compreender tudo o que

somos além da superficialidade, o que nos afeta e o que nos motiva.

1º Encontro:Foi o primeiro encontro com a referida turma, Apresentação do projeto,

realizou-se sessão de relaxamento, em seguida foi confeccionado e apresentado o

quadro de regras, onde os próprios alunos criaram as regras que deveriam ser

cumpridas pelo grupo durante os encontros, promoveu-se roda de conversa e

atividade de desenho em papel Kraft, sendo discutido o tema: “O que é BELEZA?

2º EncontroIniciamos o encontro com sessão de relaxamento, com acompanhamento de

música de origem indígena. Em seguida cada criança recebeu um recorte de

papelão com um pedaço de papel alumínio fixado, representando um espelho.

Foram disponibilizados materiais como: miçangas, sementes, bolinhas de papel,

pedacinhos de papel coloridos, glitter e lantejoulas, o objetivo do trabalho era

Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 7, n.15, jul-dez de 2016

Page 10: Universitári@ - UNISALESIANO - CENTRO … · Web viewO presente trabalho tem como objetivo trabalhar com crianças de 11 a 14 anos de idade, cursando o 6º Ano do Ensino Fundamental

10

produzir com os alunos uma moldura nesse espelho simbólico com os objetos que

eles considerassem mais próximos a sua realidade.

3º EncontroUtilizou-se a técnica de relaxamento com a música CanzonetaSull’aria de

Mozart mais a confecção da pintura “Retrato do Amigo”, utilizando tinta guache,

acrílica, papel Paraná gramatura 30, próprio para pintura e tinta relevo várias cores.

O objetivo da atividade foi promover relaxamento e um ambiente tranqüilo

para o trabalho de Arteterapia. Junto aos alunos identificar os pontos positivos de

cada componente do grupo e através da pintura abrir um espaço de comunicação

para que eles demonstrem características que embeleze o outro.

4º EncontroSessão de Relaxamento seguida com o término do trabalho “Retrato do

Colega”. O objetivo desta atividade era através da arteterapia, promover uma melhor

interação e comunicação, auxiliando alunos com dificuldade de aprendizagem a fim

de resgatar a autoimagem positiva e estimular mudanças significativas.

5º EncontroHouve necessidade de reforço sobre o quadro de regras. Foi utilizada técnica

de relaxamento, seguida por confecção de cartaz onde o intuito era pintar ou

desenhar crianças e suas diversas brincadeiras. O objetivo era trazer aos alunos

obras de artes de Ivan Cruz série “Brincadeiras de Crianças” que se aproximassem

de suas atividades diárias, mostrando que suas rotinas são especiais e que por mais

simples que pareça uma brincadeira, ela é muito importante para a formação de

grupos, auxiliando para construir amizades sólidas.

6º EncontroFoi utilizado vídeo de “Relaxamento para crianças” – Faixa 1 – Magda Vilas

Boas, seguida por continuação da confecção de cartaz onde o intuito era pintar ou

desenhar crianças e suas diversas brincadeiras.

Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 7, n.15, jul-dez de 2016

Page 11: Universitári@ - UNISALESIANO - CENTRO … · Web viewO presente trabalho tem como objetivo trabalhar com crianças de 11 a 14 anos de idade, cursando o 6º Ano do Ensino Fundamental

11

7º EncontroFoi utilizada a Observação da turma, durante o período normal em sala de

aula. Exposição do Vídeo “Regras de Convivência Escolar” contendo curtas da

Pixar.

Após a Reunião de Pais referente ao 3º bimestre, foi relatado por diversos

professores que o comportamento da referida turma tinha se modificado

positivamente no decorrer dos meses e que esses alunos que antes apresentavam

uma grande incidência em advertências verbais e escritas, passaram a agir com

mais moderação e respeito, evitando assim a interferência da Diretora. Após esse

relato, foi necessário um encontro para observação dos alunos durante o período

comum de aula. Sendo confirmados os relatos positivos.

8º EncontroFoi utilizada a obra do artista plástico Aldemir Martins, que por ser repleta de

cores intensas e contrastantes, proporcionou aos alunos um espaço para as

brincadeiras com a tinta. Decidiu-se trabalhar com os alunos a série “Gatos”, por

utilizar traços fortes e linhas sinuosas, facilitando o manuseio dos pincéis. O

brasileiro Aldemir Martins foi pintor, gravador, desenhista e ilustrador. Nasceu no

Ceará, em 1922 e morreu em São Paulo, em 2006. O objetivo desta atividade foi

proporcionar ao aluno um encontro com as obras deste reconhecido artista plástico,

além de familiarizá-los com as obras, deixá-los livres para pintar o gato, do jeito que

eles achassem mais interessante, possibilitando uma brincadeira com as cores e os

traços. A alegria que o quadro transmite trouxe um clima de descontração ao grupo.

9º EncontroSessão com exercícios de relaxamento e respiração, seguida de continuidade

e finalização da reprodução da obra do artista plástico Aldemir Martins. O objetivo da

atividade era permitir aos alunos um contato mais próximo com as obras do autor e

levá-los a trabalhar com as cores e formas que a série “Gatos” proporciona.

10º EncontroFinalização e exposição dos trabalhos realizados pelo grupo, festa de

confraternização onde a terapeuta agradeceu o empenho da turma, reforçando a

Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 7, n.15, jul-dez de 2016

Page 12: Universitári@ - UNISALESIANO - CENTRO … · Web viewO presente trabalho tem como objetivo trabalhar com crianças de 11 a 14 anos de idade, cursando o 6º Ano do Ensino Fundamental

12

qualidade do trabalho em grupo. Roda de conversa para que os alunos pudessem

relatar a experiência vivida por cada um durante os encontros.

3. RESULTADODurante os encontros foi possível notar o desenvolvimento individual e social

da turma, esses alunos selecionados para o projeto apresentavam baixa auto-

estima, dificuldade de concentração, déficit de aprendizagem, além de uma relação

conflituosa entre alunos e professores.

Já no sexto encontro pode-se notar através de relatos dos professores o

alcance de algumas metas no aprendizado desenvolvidas pelos mesmos, a melhora

do relacionamento e do desempenho escolar, o respeito pelas diferenças e o

controle das emoções negativas.

O empenho e o interesse dos alunos pela reprodução das obras, nos mostra

como a arte pode ser um grande auxiliar no processo ensino-aprendizagem,

colaborando para que o aluno entenda que o ambiente escolar significa mais do que

regras rígidas e limites estabelecidos, que eles têm capacidade para compreender a

realidade que os cerca e agir de maneira a construir um ambiente saudável para o

aprendizado. Assim o aluno se enxerga como um agente transformador, capaz de

agir em seu meio utilizando a linguagem artística.

As classes de RCI possuem um programa diferenciado para ajudar os alunos

que apresentaram algum retardo no processo de aprendizagem. O trabalho

desenvolvido colaborou intensivamente para que esses alunos criassem uma auto-

imagem positiva de si mesmos, percebendo que apesar de suas dificuldades

existem outros meios de comunicação, onde eles poderiam expressar suas

angustias e dificuldades, mostrar sua individualidade, trabalhar suas emoções e

participar ativamente de seu aprendizado.

Trabalhar com as cores, os diversos materiais, e o ambiente diferenciado

permitiu a esses alunos usarem a imaginação e conhecer o que há por trás de cada

pintura, ao trabalharmos com artistas consagrados que retratam em suas obras

aspectos bastante próximos de suas realidades, trouxemos um toque de mágica

para as atividades e quando esses alunos perceberam que sua rotina também

poderia ser retratada como algo especial e artístico, abriu-se um mundo de

possibilidades e realizações.

Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 7, n.15, jul-dez de 2016

Page 13: Universitári@ - UNISALESIANO - CENTRO … · Web viewO presente trabalho tem como objetivo trabalhar com crianças de 11 a 14 anos de idade, cursando o 6º Ano do Ensino Fundamental

13

Iniciar cada encontro com sessões de relaxamento contribuiu para criarmos

um ambiente calmo e saudável, ao término do período percebeu-se que todos os

participantes encontravam-se mais colaborativos, respeitosos e atentos durante as

instruções.

CONCLUSÃO

Trabalhar em um ambiente escolar nos leva a pensar sobre a formação do ser

social, não apenas a formação pedagógica como a matemática, o português ou as

ciências humanas e biológicas, mas aquela formação que prepara para a vida em

sociedade, para este mundo em constantes transformações e para o próprio

conhecimento.

No planejamento do projeto a ideia original era apresentar as artes plásticas

para os alunos, assim permitindo o conhecimento de algo diferente e inusitado, com

uma beleza representada através de pinturas, e para isso todo o trabalho foi

baseado em obras de Michelangelo, Picasso, Renoir, Da Vinci, Portinari e Tarsila do

Amaral.

Acreditando que essas obras provocariam grande interesse e que esses

alunos conseguiriam através da reprodução de algumas obras demonstrarem algo

que não conseguiam verbalmente, portanto possibilitando ao terapeuta a

compreensão das dificuldades do aprendizado e das relações interpessoais,

preparou-se um trabalho que não conseguiu trazer nenhuma representatividade para

os alunos em questão.

Diante do pouco interesse apresentado, logo no segundo encontro foi

necessário elaborar uma nova proposta dentro da Arteterapia. Assim optou-se pelas

obras de Ivan Cruz e Aldemir Martins. Através das obras desses autores conseguiu-

se desses alunos o retorno esperado, a reprodução das obras provocou rodas de

conversa onde os temas principais eram: respeito, sinceridade, afeto,

companheirismo, beleza, amizade, família, entre outros de igual importância.

Assim percebe-se que, baseado em fatos concretos como os boletins

escolares e as fichas de evolução, os alunos que participaram do projeto

apresentaram: notas escolares mais altas, baixo índice de violência, comportamento

Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 7, n.15, jul-dez de 2016

Page 14: Universitári@ - UNISALESIANO - CENTRO … · Web viewO presente trabalho tem como objetivo trabalhar com crianças de 11 a 14 anos de idade, cursando o 6º Ano do Ensino Fundamental

14

adequado entre os colegas de classe e professores, diminuição das intervenções

como suspensão e advertência.

Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 7, n.15, jul-dez de 2016

Page 15: Universitári@ - UNISALESIANO - CENTRO … · Web viewO presente trabalho tem como objetivo trabalhar com crianças de 11 a 14 anos de idade, cursando o 6º Ano do Ensino Fundamental

15

REFERÊNCIAS

ALVES, Patrícia dos Prazeres. Auto-imagem de crianças e a contribuição da

Arteterapia. ENCONTRO: Revista de Psicologia. Faculdade Anhanguera – Taboão

da Serra. Vol. 14, nº21, p. 91-103, Ano 2011. Disponível em

ASSIS, A. M. Os efeitos da Arteterapia na aprendizagem: uma análise do

desempenho de alunos concluintes do Ensino Fundamental de uma escola pública.

Dissertação de Mestrado. Instituto de Educação. Universidade Lusófona, Lisboa,

2013.

ASSIS, A. M. Arteterapia no processo ensino-aprendizagem. Monografia de

Especialização em Arteterapia apresentada a Universidade UNIPOTIGUAR para o

título de especialista, orientada por Margareth Perla, 2009.

ASSIS, O. Z. M.; ASSIS, M. C. (org). PROEPRE – Fundamentos Teóricos. 3 ed.

UNICAMP/FE/LPG; Campinas, 2000.

BIAGGIO, Angela M. Brasil. Psicologia do Desenvolvimento. Petropólis, Vozes,

1983.

BONOMI, M. C.; FERREIRA, L. H. ARTETERAPIA: a mudança do olhar em

educação. In Associação de Arteterapia do Estado de São Paulo. Revista de

Arteterapia da AATESP, vol. 2, n. 1, p. 03-17, 2011.

CAMPOS. Shirley de. Dificuldades na Aprendizagem.15 jun. 2003. Disponívelem:

<http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/1773>. Acesso em: 06/11/2016.

CARVALHO, Maria Margarida M. F. “A ARTE CURA?” Recursos Artísticos em

Psicoterapia. Campinas – SP.Ed. Psy II – 1995.

CIORNAI, S. (Org.) Percursos em Arteterapia: Arteterapia e Educação / Arteterapia e

Saúde. São Paulo: Summus, 2005

Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 7, n.15, jul-dez de 2016

Page 16: Universitári@ - UNISALESIANO - CENTRO … · Web viewO presente trabalho tem como objetivo trabalhar com crianças de 11 a 14 anos de idade, cursando o 6º Ano do Ensino Fundamental

16

COQUEIRO, Neusa Freire; VIEIRA, Francisco Ronaldo Ramos; FREITAS, Marta

Maria Costa. RELATO DE EXPERIÊNCIA. Arteterapia como dispositivo terapêutico

em saúde mental. Acta paul. enferm. vol.23 no.6 São Paulo 2010.

FERREIRA, L. H. e BONOMI, M. C. Grupos na Educação: experiências no Ensino

Infantil e Fundamental. Em SEI, M. B. & GONÇALVES, T. F. Arteterapia com grupos:

aspectos teóricos e práticos. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2010.

FRANÇANI, G.M.; ZILIOLI, D.; SILVA, P.R.F.; SANT’ANA, R.P.de M.; LIMA,

R.A.G.de. Prescrição do dia: infusão de alegria. Utilizando a arte como instrumento

na assistência à criança hospitalizada. Rev. Latinoamericana de enfermagem,

Ribeirão Preto, v. 6, n. 5, p. 27-33, dezembro 1998.

FRANCISCO, W. C. A diversidade cultural brasileira em sala de aula. Brasil Escola. Disponível em http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/a-diversidade-cultural-brasileira-sala-aula.htm. Acessado em 12/10/2016.

FURTH, H.G. Piaget e o conhecimento: Fundamentos teóricos. Rio de Janeiro:

Forense Universitária, 1974.

MELLO, M. T. de C. Integração através da arteterapia - faculdade integração da

zona oeste – FIZO - Curso de Especialização em Arteterapia. Osasco, 2008.

PIAGET, J. A equilibração das estruturas cognitivas. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.

POLITY, S. Recontar É Viver: resgatando a história de vida e a auto-estima de

crianças com dificuldades de aprendizagem. Universidade do Estado da Bahia.

Constr. psicopedag. v.17 n.15 São Paulo dez. 2009. Acessado em 10/09/2016.

RAPPAPORT, C.R. Psicologia do Desenvolvimento vol. 4: a idade escolar e a

adolescência. São Paulo; E.P.U.. 2005

RIBEIRO, A. R.; SOUZA, F. A.; MAGALHÃES, R. “Catálogo de Abordagens

Terapêuticas” – São Paulo; Casa do Psicólogo. 2005.

SOUZA, Maria do Rosário Silva. Auto estima. Disponível em:

<http://w.saudevidaonline.com.br/artigo57.htm>. Publicado em 2010. Acessado em:

12 de Set. 2016.

Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 7, n.15, jul-dez de 2016

Page 17: Universitári@ - UNISALESIANO - CENTRO … · Web viewO presente trabalho tem como objetivo trabalhar com crianças de 11 a 14 anos de idade, cursando o 6º Ano do Ensino Fundamental

17

STEVANATO, Indira Siqueira et al. Autoconceito de crianças com dificuldadesde

aprendizagem e problemas de comportamento. Psicologia em Estudo,Maringá, v. 8,

n. 1, p. 67-76, jan./jun. 2003.

VALLADARES, A. C. A. A arteterapia humanizando os espaços de saúde. São

Paulo. Casa do Psicólogo; 2008.

WEISS, L. Brinquedos e Engenhocas: atividades com sucata – São Paulo: Scipione,

1997.

Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 7, n.15, jul-dez de 2016