Simulado 30 Questoes Literatura Gram Texto

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  • 8/3/2019 Simulado 30 Questoes Literatura Gram Texto

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    Literatura1 -Questo 13 - UFG 2009/1

    Os contextos a que esses fragmentos pertencem delineiam perfis femininos - a personagem Marta, do conto " a alma,no ?, de Marina Colasanti, e a protagonista Tarsila, da pea teatral homnima, de Maria Adelaide Amaral, Assim, a vozde Marta e de Tarsila, respectivamente,

    contasta a solido no casamento; demonstra a viso inovadora dos valores sociais.

    manifesta o desejo de mudana; relaciona os conflitos do casamento aos valores profissionais.

    associa a crise conjugal aos fatos sociais; denuncia o preconceito ao amor na velhice.

    amplia o apelo ertico na vida conjugal; questiona a base social da identidade feminina.

    atrela a vida conjugal aos avanos femininos; expressa a superao de conflitos do passado.

    2 -

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    Questo 12 - UFG 2011/2Nos contos da obra Livro dos Homens, de Ronaldo de Correia de Brito, h o predomnio de

    enredo linear e marcado pela plurissignificao.

    foco narrativo limitado e na 3 pessoa do singular.

    personagens-tipos e de dimenso exteriorizada.

    linguagem estilizada e de carter ambguo.

    tempo concentrado e interrompido por flashbacks.

    3 -Questo 12 - UFG 2009/1

    elementos nacionais que marcam uma perspectiva artstica.

    figuras naturalistas que estabelecem um efeito de realidade.

    desenhos infantis que resgatam elementos da cultura popular.

    linhas simtricas que rompem com a atradio do Modernismo.

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    formas proporcionais que marcam o equilbrio da paisagem.

    4 -Questo 15 - UFG 2011

    descreve a comunicao pelo isolamento da lnguagem humana e pela voz dos bichos.

    apresenta uma sociedade de afastamento pela linguagem dos bichos e plo chiste do ttulo.

    representa a solido das pessoas e dos bichos ao associar o telefone falta de comunicao.

    configura a equivalncia entre animais e objeto pela voz dos bichos e pelo som do telefone.

    tematiza a falta de comunicao e a solido humanas ao descrever a voz dos bichos.

    5 -Questo 20 - UFG 2011

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    Ao contrrio do fragmento de I-Juca Pirama, constatam-se no poema vero:

    ausncia de recursos gramaticais de pontuao grfica, emprego de linguagem coloquial e versos minimalistas.

    imagens de apresentao do ambiente, relao de causa e consequncia ao longo da descrio e cersificao concisa.

    ausncia de rima entre os versos, descrio do espa sem povoamento e apresentao coesa do ambiente.

    versos breves, economia de adjetivao na dscrio e interrioridade do eu potico afetada pela apresentao doambiente.

    versos com partculas de frases, variao de terceira primeira pessoa do singular e distanciamento do eu potico.

    6 -Questo 18 - UFG 2011/2

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    livrado Leonardo Pataca da cadeia, aps o episdio da feitiaria.

    planejado uma vida de artista para o afilhado Leonardo na Conceio.

    arranjado a unio de sua sobrinha Chiquinha com Leonardo Pataca.

    tramado contra o pretendente de Luisinha, Jos Manuel, diante de D. Maria.

    conseguido o perdo do afilhado junto a Vidigal com o apoio da chantagem de Maria-Regalada.

    7 -Questo 17 - UFG 2010/1Nos livros Memrias de um sargento de milcias, de Manuel Antnio de Almeida, e O demnio familiar, de Jos de

    Alencar, as personagens, Leonardo (o filho) e Pedro so retratadas como anti-herois. Nessa condio e no contexto dasobras, tais personagens representam a

    banalizao de aventuras picas.

    negao da idealizao romntica.

    satirizao do sistema escravocrata.

    adeso moral social vigente.

    ridicularizao dos preceitos religiosos.

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    8 -Questo 16 - UFG 2011/2

    do carter narrativo e da tendncia de voltar-se para o passado em tom heroico.

    do depoimento do narrador e da garantia de que uma histria da tradio do povo.

    da coragem do ndio Tupi e do senso de nacionalismo inerente ao tom de seu comportamento.

    da imagem indianista do cenrio e do teor de ambientao blica da histria.

    da construo dialogada do texto e do tipo descritivo detalhadamente explorado.

    9 -Questo 20 - UFG 2010/2

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    explorao de temas e espaos mticos.

    utilizao de narrador, enredo e persongens.

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    representao idealizada do tempo presente.

    personificao de seres da natureza.

    evocao de elementos da memria afetiva.

    10 -Questo 11 - UFG 2010/2

    No conto " A peleja de Sebastio Candeia", de que se extraiu o fragmento acima, presentifica-se uma das temticasrecorrentes na obra Livro dos homens, a qual se expressa pela

    reelaborao de mitos da cultura africana.

    banalizao da cultura indgena.

    valorizao de tradies culturais.

    negao de crenas religiosas.

    rendio do sertanejo s misrias humanas.

    Portugus11 - (Fuvest - 2009) Filho de um empregado pblico e rfo aos dezoito anos, Seixas foi obrigado a abandonar seusestudos na Faculdade de So Paulo pela impossibilidade em que seachou sua me de continuar-lhe a mesada.

    J estava no terceiro ano, e se a natureza que o ornara de excelentes qualidades lhe desse alguma energia e fora devontade, conseguiria ele vencendo pequenas dificuldades, concluir o curso; tanto mais quanto um colega e amigo, o

    Torquato Ribeiro, lhe oferecia hospitalidade at que a viva pudesse liquidar o esplio.

    Mas Seixas era desses espritos que preferem a trilha batida, e s impelidos por alguma forte paixo rompem com arotina. Ora, a carta de bacharel no tinha grande seduopara sua bela inteligncia mais propensa literatura e ao jornalismo.

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    Cedeu pois instncia dos amigos de seu pai que obtiveram encart-lo em uma secretaria como praticante. Assimcomeou ele essa vegetao social, em que tantos homens de talento consomem o melhor da existncia numa tarefainglria, ralados por contnuas decepes.

    Jos de Alencar, Senhora.Que fatores, segundo o narrador, teriam levado Seixas a abandonar seus estudos e entregar-se vegetao social?

    A hospitalidade oferecida por um colega e as decepes com os amigos de seus pais. A injusta distribuio de

    renda e a escassez de bons postos de trabalho. O desperdcio de talento em tarefas inglrias e a falta de apoio dafamlia. As dificuldades financeiras e a falta de tenacidade para vencer obstculos. O infortnio causado pelamorte do pai e a exigncia social de um diploma.12 - (UFG-2006) Leia o texto abaixo:

    Pode-se dizer a respeito da constituio textual em Uma mensagem comum em fotologs que se trata deum vocabulrio restrito aos jovens, cuja composio remete a um nico campo semntico, como em galera,

    amigonasss e gnt. seqncias de oraes sem valor referencial, como se pode observar em expresses do tipo

    xonei nelaaa to postandu.... um tipo discursivo cuja estruturao recruta elementos de textos mais formais, como

    se v na afirmao nd + a declarar. formas lingsticas que atestam a velocidade das mudanas sofridas pela

    lngua escrita padro, como no caso do diminutivo fotin. um padro de organizao segundo normas da lnguafalada e recursos da escrita, como a segmentao das palavras em moh lindu, fla seriu!!.13 - (Fuvest-2008)

    A borboletaCada vez que o poeta cria uma borboleta, o leitor exclama: Olha uma borboleta! O crtico ajusta os nasculos e, anteaquele pedao esvoaante de vida, murmura: - Ah!, sim, um lepidptero...Mrio Quintana, Caderno H.nasculos = culos sem hastes, ajustveis ao nariz.

    Depreende-se desse fragmento que, para Mrio Quintana,

    a crtica de poesia meticulosa e exata quando acolhe e valoriza uma imagem potica. uma imagem potica

    logo se converte, na viso de um crtico, em um referente prosaico. o leitor e o poeta relacionam-se de maneira

    antagnica com o fenmeno potico. o poeta e o crtico sabem reconhecer a poesia de uma expresso como

    pedao esvoaante de vida. palavras como borboleta ou lepidptero mostram que h convergncia entre aslinguagens da cincia e da poesia.

    14 - (PUC-Campinas-2007)

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    I

    II"Como que foi, Ronaldo? Voc, eterno injustiado, vtima dacrueldade do mundo, declara, alto e bom som, que no tem

    obrigao de jogar bem todas as vezes? Tem, Ronaldo, tem. Odiabo que voc, quando no joga bem, recorre s palavras, queno so bem sua especialidade. Voc j imaginou se um escritor,quando fosse criticado pelo que escreve, corresse pra dentro do

    campo e gritasse pra galera: Deixa essa que eu chuto!?Voc s vezes ultimamente quase sempre no consegue

    jogar bem. Deveria se sentir to constrangido quanto goleiro que

    engole pnalti. Pois, pelo que ganha, voc tem a obrigao de jogarsempre bem.

    Te digo, garoto, eu, medocre artista plstico, se ganhasse oque voc ganha, ficaria profundamente envergonhado se no

    pintasse uma Capela Sistina por semana."(Millr, Revista Veja, 28/06/2006)

    correto afirmar que

    I constitui uma caricatura do que o jogador j foi, recurso de Millr para mostrar, em II, que as perdas financeiras

    foram provocadas pelo mau desempenho do atleta. Millr representa, em I, o argumento usado em II para mostrar

    que o jogador tem a necessidade moral de atuar bem. I e II esto associados para permitir que Millr, sob a

    aparncia de uma repreenso, sustente a necessidade de o esportista ser bem remunerado para defender a seleo.I e II constituem discursos irnicos de que Millr se vale para manifestar sua efetiva adeso ao comportamento do

    jogador. Millr representa, em I, o modo como os crticos do jogador o imaginam, concepo que tenta desmontar,de maneira bem-humorada, em II.

    15 - (UFSCar-2009) Leia o texto a seguir para responder a questo: No refez ento o captulo? indagou ela logo que entrei. Oh, no, Miss Jane. Suas palavras abriram-me os olhos.

    Convenci-me de que no possuo qualidades literrias e no quero insistir retruquei com ar ressentido.

    Pois tem de insistir foi sua resposta (...) Lembre-se do esforo incessante de Flaubert* para atingir a luminosaclareza que s a sbia simplicidade d. A nfase, o empolado, o enfeite, o contorcido, o rebuscamento de expresses,tudo isso nada temcom a arte de escrever, porque artifcio e o artifcio a cuscuta** da arte. Puros maneirismos que em nada contribuempara o fim supremo: a clara e fcil expresso da idia.

    Sim, Miss Jane, mas sem isso fico sem estilo ...

    Que finura de sorriso temperado de meiguice aflorou nos lbios da minha amiga!

    Estilo o senhor Ayrton s o ter quando perder em absoluto a preocupao de ter estilo. Que estilo, afinal?

    Estilo ... ia eu responder de pronto, mas logo engasguei, e assim ficaria se ela muito naturalmente no mo

    definisse de gentil maneira. ... o modo de ser de cada um. Estilo como o rosto: cada qual possui o que Deus lhe deu. Procurar ter um certoestilo vale tanto como procurar ter uma certa cara. Sai mscara fatalmente essa horrvel coisa que a mscara ...

    Mas o meu modo natural de ser no tem encantos, Miss Jane, bruto, grosseiro, inbil, ingnuo. Quer ento queescreva desta maneira?

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    Pois perfeitamente! Seja como , e tudo quanto lhe parece defeito surgir como qualidades, visto que ser reflexo dacoisa nica que tem valor num artista a personalidade.

    *Gustave Flaubert (18211880), escritor realista francs considerado um dos maiores do Ocidente.** planta parasita.

    (Monteiro Lobato, O presidente negro.)

    Para explicar estilo a Ayrton, Miss Jane lana mo de um recurso chamado

    idealizao. imposio. rebuscamento. comparao. repetio.

    16 -Questo 80 - Fuvest 2011

    Os interlocutores do dilogo contido no texto compartilham o pressuposto de que

    cidades so geralmente feias, mas interessantes.

    o empreendedorismo faz de So Paulo uma bonita cidade.

    La Paz to feia quanto So paulo.

    So Paulo uma cidade feia.

    So paulo e Bogot so as cidades mais feias do mundo.

    17 -Questo 7 - UFG 2011

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    O Texto 3 pertence ao gnero divulgao cientfica. No desenvolvimento da temtica, as autoras constroem uma linhaargumentativa baseada na

    negao da tese de que a comida pode funcionar como recompensa exposio ao estresse.

    noo de quantidade indeterminada de hormnios nos diferentes sexos.

    ideia de causa e consequncia entre o estresse e o cortisol.

    refutao de hipteses favorveis tese de que o estrognio aumenta o cortisol.

    concluso de que crianas reagem ao estresse diferentemente dos adultos.

    18 - (UERJ-2009)Piaim1

    A inteligncia do heri estava muito perturbada. Acordou com os berros da bicharia l em baixo nas ruas, disparandoentre as malocas temveis. E aquele diacho de sagi-au2 (...) no era sagim no, chamava elevador e era umamquina. De-manhzinhaensinaram que todos aqueles piados berros cuquiadas sopros roncos esturros no eram nada disso no, eram masclxons3 campainhas apitos buzinas e tudo era mquina. As onas pardas no eram onas pardas, se chamavam fordes

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    hupmobiles chevrols dodges mrmons e eram mquinas. Os tamandus os boitats4 as inajs5 de curuats6 de fumo,em vez eram caminhes bondes autobondes anncios-luminososrelgios faris rdios motocicletas telefones gorjetas postes chamins... Eram mquinas e tudo na cidade era smquina! O heri aprendendo calado. De vez em quando estremecia. Voltava a ficar imvel escutando assuntandomaquinando numa cisma assombrada. Tomou-o um respeito cheio de inveja por essa deusa de deveras foruda,Tup7 famanado que os filhos da mandioca chamavam de Mquina, mais cantadeiraque a Me-dgua8, em bulhas9 de sarapantar10.

    Ento resolveu ir brincar com a Mquina pra ser tambm imperador dos filhos da mandioca. Mas as trs cunhs11 deram

    muitas risadas e falaram que isso de deuses era gorda mentira antiga, que no tinha deus no e que com a mquinaningum nobrinca porque ela mata. A mquina no era deus no, nem possua os distintivos femininos de que o heri gostava tanto.Era feita pelos homens. Se mexia com eletricidade com fogo com gua com vento com fumo, os homens aproveitando asforas da natureza. Porm jacar acreditou? nem o heri!(...)Macunama passou ento uma semana sem comer nem brincar s maquinando nas brigas sem vitria dos f ilhos damandioca com a Mquina. A Mquina era que matava os homens porm os homens que mandavam na Mquina...Constatou pasmo que osfilhos da mandioca eram donos sem mistrio e sem fora da mquina sem mistrio sem querer sem fastio, incapaz deexplicar as infelicidades por si. Estava nostlgico assim. At que uma noite, suspenso no terrao dum arranhacu com osmanos, Macunamaconcluiu:

    Os filhos da mandioca no ganham da mquina nem ela ganha deles nesta luta. H empate.

    No concluiu mais nada porque inda no estava acostumado com discursos porm palpitava pra ele muitoembrulhadamente muito! que a mquina devia de ser um deus de que os homens no eram verdadeiramente donos sporque no tinham feito dela uma Iara explicvel mas apenas uma realidade do mundo. De toda essa embrulhada opensamento dele sacou bem clarinha uma luz: os homens que eram mquinas e as mquinas que eram homens.Macunama deu uma grande gargalhada. Percebeuque estava livre outra vez e teve uma satisfa me.

    MRIO DE ANDRADE, Macunama, o heri sem nenhum carter. Belo Horizonte: Itatiaia, 1986.

    Vocabulrio:1 Piaim personagem do romance2 sagi-au, sagim macacos pequenos3 clxon buzina externa nos automveis antigos4 boitat cobra-de-fogo, na mitologia tupi-guarani5 inaj palmeira de tamanho mdio6 curuat flor de palmeira7 Tup entidade da mitologia tupi-guarani8 Me-dgua espcie de sereia das guas amaznicas9 bulha confuso de sons10 sarapantar espantar11 cunh mulher jovem, em tupi

    Toda narrativa de herosmo costuma ter um personagem que se torna o antagonista do heri. O antagonista deMacunama no fragmento lido a Mquina. Para poder combat-la, o heri simultaneamente a humaniza e a diviniza.Esse movimento do personagem contestado no seguinte trecho:

    As onas pardas no eram onas pardas, se chamavam fordes hupmobiles chevrols dodges mrmons e eram

    mquinas. A mquina no era deus no, nem possua os distintivos femininos de que o heri gostava tanto.Macunama passou ento uma semana sem comer nem brincar s maquinando nas brigas sem vitria dos filhos da

    mandioca com a Mquina. que a mquina devia de ser um deus de que os homens no eram verdadeiramente

    donos nenhuma das alternativas anteriores19 - (UERJ-2009)

    Heri na Contemporaneidade

    Quando eu era criana, passava todo o tempo desenhando super-heris.

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    Recorro ao historiador de mitologia Joseph Campbell, que diferenciava as duas figuras pblicas: o heri (figura pblicaantiga) e a celebridade (a figura pblica moderna). Enquanto a celebridade se populariza por viver para si mesma, oheri assim se tornava por viver servindo sua comunidade. Todo super-heri deve atravessar alguma via crucis.Gandhi, lder pacifista indiano, disse que, quanto maior nosso sacrifcio, maior ser nossa conquista. Como Hrcules,como Batman.

    Toda histria em quadrinhos traz em si alguma coisa de industrial e marginal, ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto.Os filmes de super-heri, ainda que transpondo essa cultura para a grande e famigerada indstria, realizam uma outrafaanha, que

    provavelmente sem eles no ocorreria: a formao de novas mitologias reafirmando os mesmos ideais hericos daAntigidade para o homem moderno. O cineasta italiano Fellini afirmou uma vez que Stan Lee, o criador da editoraMarvel e de diversos herispopulares, era o Homero dos quadrinhos.

    Toda boa histria de super-heri uma histria de excluso social. Homem-Aranha um nerd, Hulk um monstroamaldioado, Demolidor um deficiente, os X-Men so indivduos excepcionais, Batman um rfo, Super-Homem umaliengena expatriado. So todos smbolos da solido, da sobrevivncia e da abnegao humana.

    No se ama um heri pelos seus poderes, mas pela sua dor. Nossos olhos podem at se voltar a eles por suashabilidades fantsticas, mas na humanidade que eles crescem dentro do gosto popular. Os superheris que no sofremou simplesmente trabalham para o sistema vigente tendem a se tornar meio bobos, como o Tocha-Humana ou o Capito

    Amrica.

    Hulk e Homem-Aranha so seres que criticam a inconseqncia da cincia, com sua energia atmica e suas experinciasgenticas. Os X-Men nos advertem para a educao inclusiva. Super-Homem aquele que mais se aproxima de JesusCristo, e por isso talvez seja o mais popular de todos, em seu sacrifcio solitrio em defesa dos seres humanos, mastambm tem algo de Aquiles, com seu calcanhar que a kriptonita. Humano e super-heri, como Gandhi.

    No houve nenhuma literatura que tenha me marcado mais do que essas histrias em quadrinhos. Eu raramente as leiohoje em dia, mas quando assisto a bons filmes de super-heris eu lembro que todos temos um lado ingnuo e bom, quepode ser capazde suportar a dor da solido por um princpio.

    FERNANDO CHU, Adaptado de http://fernandochui.blogspot.com

    O texto combina subjetividade e argumentao. Essa combinao confirmada pela presena de:relato pessoal e defesa de ponto de vista referncia clssica e citao do passado nfase na atualidade e

    reflexo sobre o tema afirmao generalizante e comparao de idias nenhuma das alternativas anteriores20 - (UFG-2008) Leia o texto abaixo para responder questo.

    Aprenda a falar difcil

    Em minha empresa, parece que o povo, do gerente paracima, fala outro idioma. Por que as pessoas ficam inventando

    expresses estranhas ou usando palavras estrangeiras,quando muito mais fcil falar portugus?Llio, So Caetano, SP

    Para impressionar, Llio. As pessoas que complicam ovocabulrio fazem isso com dois propsitos bem claros. Oprimeiro financeiro. Falar abobrinha pode ser sinnimode Verbalizar cucurbitceas, mas a segunda turma, via deregra, ganha mais. Voc mesmo confirmou isso, ao dizer:

    de gerente para cima. O segundo motivo se proteger.Atravs dos tempos, cada profisso foi desenvolvendo suamaneira particular de se expressar. Economista fala diferentede advogado, que fala diferente de engenheiro, que faladiferente de psiclogo, e todos eles falam diferente de ns.

    Quanto mais complicado uma pessoa fala, mais fcil elapoder depois explicar: No foi bem isso que eu disse. Naprtica, a coisa funciona assim. Se voc tiver uma pergunta

    qualquer pergunta e consultar algum de Marketing,

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    ouvir como resposta que preciso fazer um brainstorminge extrapolar os dados. Algum de Recursos Humanos dirque, enquanto seres funcionais, temos de vivenciar parmetrosholsticos. Um engenheiro opinaria que a coisa sedeve a fatores inerciais de natureza no-tcnica. E umapessoa de Sistemas diria que a empresa est num processode reformulao de contedo. E assim por diante.

    Essa foi uma grande lio que aprendi na vida corporativa.

    Quando tinha alguma dvida, perguntava a um Diretor. Eaprendia uma palavra nova. A, ia me informar com o SeuAnsio da Portaria. Porque ele era o nico capaz de meexplicar direitinho a situao. , vem chumbo grosso pora.

    Portanto, Llio, e para bem de sua carreira, sugiro que voccomece a aprender esses idiomas estranhos. Falando demaneira simples, e sendo entendido por todos, voc chegar,no mximo, a Supervisor. Adotando uma verbalizaodirecional intrnseca, poder chegar a Diretor.

    (GEHRINGER, Max. Sua carreira. poca, So Paulo: Editora Globo, n. 411, 3

    abr. 2006, p. 67.)

    Resumindo-se os motivos apresentados no texto para explicar a complicao do vocabulrio, falar difcil funciona comomarca de poder aquisitivo e mecanismo de autopreservao profissional. maneira de separar funcionrios e

    patres e ttica de garantia da produtividade. meio para aumentar lucros e artimanha para impedir as idias dos

    concorrentes. garantia de competncia tcnica e recurso para valorizar os ouvintes. indicador da competioentre funcionrios e instrumento de aproximao dos clientes.21 -(UFPR-2009)

    Plantando combustvel

    comum ouvir em qualquer faculdade de administrao histrias sobre como as empresas de rdio deveriam terdominado a indstria nascente da televiso, ou como empresas de carruagem deveriam ter dominado o mercado detrens e dos nibus e assim por diante. Todos esses perderam o bonde da histria porque no entendiam direito qual eraseu papel, qual era seu negcio. Ningum estava no mercado de transmisso de programas de rdio, estava no negciodo entretenimento. As pessoasno pagavam voc para terem os melhores e mais rpidos cavalos, as carruagens mais confortveis, pagavam paraserem transportadas de um lugar para outro com eficincia.

    De tanto martelar esse tipo de histria, parece que a ficha caiu para as grandes empresas petrolferas. Elas sabem queno esto no ramo do petrleo, e sim, de energia. E se for energia limpa, renovvel, que no agrida o meio ambiente,

    melhor ainda.Diante disso, pode-se concluir que aconteceu o fenmeno inverso. O que poderia ser uma vantagem competitiva paraalgumas empresas, deixa de s-lo quando ...

    (Adaptado de Salavip, 01 de ago. de 2008.)

    Veja como o dicionrio Aurlio apresenta o termo agredir:

    Agredir. [Do lat. aggredere.] V. t. d. 1. Atacar, assaltar, acometer. 2. Provocar, injuriar, insultar: Embriagado, agredia,inconveniente, os passantes. 3. Bater em, surrar, espancar. [Irreg. Muda o e do radical em i nas formas rizotnicas dopres. do ind., agrido, agrides, agride, agridem, e, portanto, em todo o pres. do subj. e nas formas do imperativo quedeste derivam.]Quanto ao uso do verbo agredirno texto, se aceitamos a descrio do dicionrio como a nica vlida para a lngua

    padro, correto afirmar:Est de acordo com o padro, pois a regncia recomendada foi devidamente observada.

    Est em desacordo com o padro, pois, segundo a notao v. t. d, deveria ser que no agrida ao meio ambiente.

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    Est em desacordo com o padro, pois, sendo uma forma do pres. do ind., a forma correta seria agridem.

    Est de acordo com o padro, pois o termo pode ser substitudo por todos os sinnimos sugeridos pelo dicionrio.

    A definio do dicionrio no nos permite tirar nenhuma concluso quanto ao uso da palavra.

    22 - (Fuvest-2009)Assim se explicam a minha estada debaixo da janela de Capitu e a passagem de um cavaleiro, umdandy, como ento dizamos. Montava um belo cavalo alazo, firme na sela, rdea na mo esquerda, a direita cinta,botas de verniz, figura e postura esbeltas: a cara no me era desconhecida. Tinham passado outros, e ainda outrosviriam atrs; todos iam s suas namoradas. Era uso do tempo namorar a cavalo. Rel Alencar: Porque um estudante(dizia um dos seus personagens de teatro de 1858) no pode estar sem estas duas coisas, um cavalo e uma namorada.Rel lvares de Azevedo. Uma das suas poesias destinada a contar (1851) que residia em Catumbi, e, para ver anamorada no Catete, alugara um cavalo por trs mil-ris...

    Machado de Assis. Dom Casmurro.As formas verbais Tinham passado (linha 6) e viriam (linha 7) traduzem idia, respectivamente, de anterioridade e deposterioridade em relao ao fato expresso pela palavra

    explicam. estada. passagem. dizamos. montava.23 -Questo 09 - UFG 2010/2

    Disponvel em: . Acesso em: 1 dez. 2009.

    Com base nos quadrinhos, que fenmeno de linguagem pode ser relacionado compreenso de que os registros dosciclos biogeoqumicos so imperfeitos?

    O uso de grias atuais, como "brder" e "demor", na fala do esqueleto.

    A utilizao do tempo pretrito para se referir aos fsseis.

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    O predomnio da linguagem formal na fala do cientista.

    A oposio conceitual entre os termos "pia" e "privada".

    A negao enftica e intrometida do esqueleto no segundo quadrinho.

    24 - (UECE-2008/1) A MEMRIA E O CAOS DIGITALFernanda Colavitti

    01 A era digital trouxe inovaes e facilidadespara o homem que superou de longe o que afico previa at pouco tempo atrs. Se antesprecisvamos correr em busca de informaes de

    05 nosso interesse, hoje, teis ou no, elas que nosassediam: resultados de loterias, dicas de cursos,variaes da moeda, ofertas de compras, notciasde atentados, ganhadores de gincanas, etc. Poroutro lado, enquanto cresce a capacidade dos

    10 discos rgidos e a velocidade das informaes, odesempenho da memria humana est ficandocada vez mais comprometido. Cientistas sounnimes ao associar a rapidez das informaesgeradas pelo mundo digital com a restrio de

    15 nosso disco rgido natural. Eles ressaltam,porm, que o problema no est propriamentenas novas tecnologias, mas no uso exageradodelas, o que faz com que deixemos de ladoatividades mais estimulantes, como a leitura, que

    20 envolvem diversas funes do crebro. Os maisprejudicados por esse processo tm sido crianase adolescentes, cujo desenvolvimento neuronalacaba sendo moldado preguiosamente.Responda sem pensar: qual era a manchete

    25 do jornal de ontem? Voc lembra o nome danovela que antecedeu o Clone? E quem era o

    tcnico da Seleo Brasileira na Copa do Mundo de1994? No ter uma resposta imediata para essasperguntas no deve ser causa de preocupao

    30 para ningum, mas exemplifica bem o problemaconstatado pela fonoaudiloga paulista Ana MariaMaaz Alvarez, que h mais de 20 anos estuda arelao entre audio e recordao.A pedido de duas empresas, ela realizou uma

    35 pesquisa para saber o que estava ocorrendo comos funcionrios que reclamavam com freqnciade lapsos de memria. Foram entrevistados 71homens e mulheres, com idade de 18 e 42 anos. Amaioria dos esquecimentos era de natureza

    40 auditiva, como nomes que acabavam de serouvidos ou assuntos discutidos. (Por falar nisso,responda sem olhar no pargrafo anterior: voclembra o nome da pesquisadora citada?)Ana Maria descobriu que os lapsos de

    45 memria resultavam basicamente do excesso deinformao em conseqncia do tipo de trabalhoque essas pessoas exerciam nas empresas, e dopouco tempo que dispunham para process-las,somados angstia de querer saber mais e ao

    50 excesso de atribuies. Elas no se detinham noque estava sendo dito (lido, ouvido ou visto) e,conseqentemente, no conseguiam gravar osdados na memria, afirma.

    (Fonte Internet: Superinteressante, 2001).

    Assinale a alternativa em que todas as expresses sublinhadas tm valor de adjetivo.

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    Era digital trouxe inovaes e facilidades que superaram o que previa a fico. Deixemos de

    ladoatividades que envolvem diversas funes do crebro. Hoje, teis ou no, as informaes que nos

    assediam. Responda qual era a manchete do jornal de ontem.

    n.d.a.

    25 - (UFMT-2006/2)

    I - O tempo que vai no volta.II - Errar humano.III - Faa o bem sem olhar a quem.IV - Cor da vida, cor da morte.

    V - melhor um pssaro na mo que dois voando.

    A coluna de cima apresenta tipos de construo lingstica comuns a provrbios, a de baixo, os provrbios citados acima.Numere a coluna de cima de acordo com a de baixo.

    1 Conselho / aviso2 Juzo / assertiva

    ( ) Provrbio I( ) Provrbio II( ) Provrbio III( ) Provrbio IV( ) Provrbio V

    Assinale a seqncia correta.2, 1, 2, 1, 1 2, 2, 1, 2, 1 1, 2, 2, 1, 1 1, 1, 2, 2, 2 2, 2, 1, 2, 2

    26 - (Unemat-2007/2) "J comeou a catstrofe causada pelo aquecimento global, que se esperava para daqui a trintaanos ou quarenta anos. A cincia no sabe como reverter esses efeitos. A sada para a gerao que quase destruiu aespaonave Terra adaptar-se a furaces, inundaes e incndios florestais."

    (Veja, de 21/06/2006).

    Assinale a alternativa INCORRETA.A funo da linguagem predominante no texto a referencial. Temporalmente, a expresso daqui a trinta

    anos indica tempo decorrido. O uso do advrbio J presentifica o ato de enunciar pelo locutor. A palavra

    Terra foi metaforizada por espaonave. O verbo adaptar-se sinnimo de acomodar-se.27 - (PUC-Campinas-2007) O segmento grifado est empregado de acordo com a norma padro em:

    No correto que ela s insinui que houve erro; deve apont-lo. O advogado requereu reviso do processo

    assim que soube do caso. Problemas tnicos-sociais que no faltam na Amrica Latina. Daqui h poucos dias

    saberemos o resultado do exame. Respondeu delicadamente quem fez a pergunta em tom agressivo.28 -Questo 01 - UFG 2011/2

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    A estratgia textual utilizada para relacionar as grandes navegaes s viagens tursticas contemporneas centra-se nouso do lema navegar preciso, viver no preciso. Os sentidos construdos pelo lema, nas respectivas pocas, so:

    mercantilismo - conhecimento.

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    certeza - crena.

    fantasia - xtase.

    conquista - surpresa.

    convicoa - imaginao.

    29 - (UEPB-2008) Amaznia: a floresta sem fim

    01 Antes apontada como o pulmo do mundo, sabe-se hoje que a02 importncia da floresta amaznica muito maior. De celeiro da03 biodiversidade a elemento controlador do clima do planeta, a04 regio ainda guarda muitos mistrios sob as copas das05 rvores. [...]06 Entre o solo rico em agentes decompositores e a copa das rvores,07 a 40 metros h um hiato envolto pela penumbra. [...]

    GIASSETTI, Ricardo. Amaznia: a floresta sem fim.Revista Amaznia:conhecer fantstico. So Paulo:Arte Antiga Editora, ano 3, n. 37, 2007, p. 5.

    Em De celeiro da biodiversidade a elemento controlador do clima do planeta [...] (l. 2-3), pode-se concluir que neste fragmento deenunciado,

    o fenmeno da variao lingstica se estabelece por se aproximar do nvel coloquial. os usos de formas

    nominais so visveis por serem um exemplo tpico da linguagem informal. a inadequao da linguagem padro

    evidenciada por iniciar-se com um termo preposicional. a construo de sentido do texto no prejudicada, embora

    se constate a ausncia de formas verbais. as escolhas lexicais se apresentam inadequadas por no garantirem aeficcia do uso da lngua em situaes formais.

    30 -Questo 04 - UFG 2011/2

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    A imagem impressionista complementa as ideias do texto "o gosto da surpresa". Nesse estilo artstico, a construo dosentido parte, predominantemente,

    da forma geomtrica, pois a obra de arte representa a realidade fracionada.

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    do olhar do contemplador, pois a imagem sugere noes subjetivas e sensoriais.

    do contedo, pois iignoram-se as figuras e ressaltam-se as ideias.

    da temtica, pois o recorte da realidade social feito de modo objetivo.

    do automatismo psquico, pois as forma reproduzem o funcionamento real do pensamento.