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    QUESTES

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    Considerando as ideias e estruturas do texto, julgue ositens seguintes.

    1. De acordo com o texto, nas novas normas anunciadaspara o setor de telefonia xa e mvel, banda larga e te-leviso por assinatura, recomenda-se que os usuriosdos servios utilizem estratgias de negociao para aampliao de benefcios oferecidos pelas operadoras,como solicitar a portabilidade ou manifestar desejo detrocar de empresa.

    2. O pronome relativo que empregado na linha 3 re-fere-se a novas regras para os servios de telefoniaxa e mvel, banda larga e televiso por assinatura(. 1 a 3) e o empregado na linha 19, a o consumidor(.18).

    3. Os termos de servios (.5), da agncia reguladora(.17) e s ofertas disponveis (.30) exercem a mes-ma funo sinttica.

    4. A sequncia aos que (.15) poderia ser substituda,sem prejuzo do sentido e da correo gramatical dotexto, por queles que.

    5. O emprego da forma verbal tm (.37), na 3 pessoado plural, justica-se pela concordncia com sujeitocomposto unido pela conjuno ou (.34), de valorinclusivo.

    6. A orao que o usurio permanea sempre atento sofertas disponveis no somente na empresa contra-tada como tambm em suas concorrentes (.29 a 31)

    funciona, no perodo em que se insere, como comple-mento do adjetivo aconselhvel (.29).

    7. As oraes para que o consumidor seja mais bematendido (.18) e para no perder seus consumidores(.39) estabelecem relao de nalidade com asoraes A estratgia da agncia reguladora de fatoparece contribuir (. 17 e 18) e as empresascomumente dispem de vantagens (. 38 e 39),respectivamente.

    8. Melhor atendimento ao consumidor e acesso do con-sumidor a todos os benefcios a que ele tem direitoso exemplos de melhorias na transparncia das em-presas com seus clientes e de ampliaes dos direitosdestes no que se refere oferta de servios.

    LINGUA PORTUGUESA

    CESPE/ANATEL/ANALISTA ADMINISTRATIVO

    Texto para os itens de 1 a 13

    A ANATEL anunciou novas regras para os servi-

    os de telefonia xa e mvel, banda larga e televisopor assinatura, que buscam melhorar a transparnciadas empresas com seus clientes e ampliar os direitos

    5 dos ltimos em relao oferta de servios. Desta-cam-se, entre as novas normas, aquelas que facilitama vida do usurio e reduzem as barreiras de contatocom a contratada, como a exigncia de que haja umaforma de cancelamento por meio da Internet, a obri-

    10 gatoriedade de que a empresa retorne a ligao quecaia durante um atendimento e a necessidade deque o cliente receba retornos a suas solicitaes em,no mximo, trinta dias. Alm disso, as promoesdevem ser mais transparentes e ampliadas a todos os

    15 contratantes, estendendo-se aos que j possuem pro-dutos e no usufruem de nenhuma condio especial.

    A estratgia da agncia reguladora de fato parececontribuir para que o consumidor seja mais bem atendidoe tenha acesso a todos os benefcios a que tem direito.

    20 No entanto, necessrio que a scalizao seja estrita,uma vez que as regras desse setor so recorrentementeatualizadas e mesmo assim boa parte das empresaspermanece com prticas irregulares. A baixa competi-tividade do mercado faz com que a qualidade dos

    25 servios e do atendimento oferecidos deixe a desejar epermite que os preos cobrados por pacotes de canais,

    minutos para celular ou Internet assumam valores altos,sobretudo quando comparados aos de outros pases.

    aconselhvel que o usurio permanea sempre30 atento s ofertas disponveis no somente na

    empresa contratada como tambm em suas concor-rentes, para aumentar seu poder de barganha emmomentos nos quais quiser negociar preos e con-dies melhores. A solicitao de portabilidade ou

    35 a demonstrao da inteno de trocar os serviospelos oferecidos por uma concorrente que ofereacondies melhores tm-se mostrado boas estrat-gias, visto que as empresas comumente dispem

    de vantagens para no perder seus consumidores.Samy Dana. De olho em gastos com telefonia e direitos de consumidores.

    In: Folha de S.Paulo, 21.07.2014 (com adaptaes).

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    9. Os altos preos que as empresas de telefonia, de ban-

    da larga e de TV por assinatura cobram por minutos

    para celular ou Internet e por pacotes de canais, bem

    como a qualidade aqum do esperado dos servios e

    do atendimento prestados por essas empresas so re-

    exos da pequena concorrncia que existe no merca-

    do e da falta de uma scalizao mais estrita por parte

    das agncias reguladoras.

    Cada um dos itens subsequentes apresenta uma

    proposta de reescrita de trecho do texto. Julgue-os

    com relao correo gramatical e preservao da

    informao prestada no texto original.

    10. para aumentar (...) melhores (.32 a 34): com vistas

    a aumentar seu poder de barganha em ocasies que

    desejar discutir preos e condies melhores.

    11. que buscam (...) servios (. 3 a 5): as quais visam

    melhorar a transparncia das empresas com seus

    clientes e ampliar os seus direitos no que refere-se

    oferta de servios.

    12. como a exigncia (...) trinta dias (. 8 a 13): a exem-

    plo da exigncia de que exista uma forma de cance-

    lamento por meio da Internet, uma obrigatoriedade

    da empresa retornar a ligao se ela cair durante um

    atendimento e o cliente deve retornar suas solicitaes

    em um prazo mximo de trinta dias.

    13. No entanto (...) irregulares (. 20 a 23): Todavia,

    preciso que a scalizao seja rigorosa, haja vista que

    as regras aplicveis a esse setor so frequentemente

    atualizadas e ainda assim boa parte das empresas d

    continuidade a prticas irregulares.

    Internet: .

    Considerando as ideias e estruturas lingusticas dotexto acima, julgue os itens de 14 a 17.

    14. No primeiro quadrinho, o emprego de vrgula aps o

    vocbulo Gente obrigatrio, visto que separa

    expresso de chamamento.

    15. A mensagem veiculada nesse texto centra-se no

    descompasso existente entre a alta tecnologia

    empregada nos aparelhos celulares e a baixa

    qualidade dos servios oferecidos pelas operadoras

    de telefonia celular.

    16. No primeiro quadrinho, o emprego da forma verbal

    transportasse, exigido pela presena da locuo

    como se na estrutura da orao, indica situao fac-

    tual.

    17. No segundo quadrinho, a palavra J tem valor tem-

    poral.

    ANATEL. Internet: .

    Em 2013, a ANATEL divulgou resultados comparativosde pesquisas de satisfao realizadas em 2002 e em 2012 e

    cujo objetivo era avaliar o ndice de satisfao do consumi-

    dor brasileiro em relao aos servios de telefonia, de Inter-

    net e de TV por assinatura. No grco acima, so apresen-

    tados os ndices de satisfao do consumidor brasileiro em

    relao TV por assinatura. Esses ndices, em porcenta-

    gem, variam de 0 (consumidor insatisfeito com o servio) a

    100 (consumidor muito satisfeito com o servio).

    Com base nas informaes do texto e do grfico

    acima, julgue os itens subsecutivos.

    18. A maior queda observada no que se refere ao ndice

    de satisfao comparativo nos anos de 2002 e 2012

    diz respeito satisfao do consumidor brasileiro com

    o servio de TV a cabo.

    19. Os resultados comparativos entre os anos de 2002 e

    2012 demonstram que o ndice de satisfao do con-

    sumidor brasileiro em relao TV por assinatura via

    satlite (DTH) registrou aumento.

    20. Em 2012, o consumidor brasileiro mostrou-se menossatisfeito com os servios de TV a cabo e com a TV porassinatura via micro-ondas (MMDS).

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    CESPE/ANTAQ/ANALISTA ADMINISTRATIVO

    Alexandria, no Egito, reinou quase absoluta comocentro da cultura mundial no perodo do sculo III a.C.ao sculo IV d.C. Sua famosa Biblioteca continha pra-ticamente todo o saber da Antiguidade em cerca de

    5 700.000 rolos de papiro e pergaminho e era frequentadapelos mais conspcuos sbios, poetas e matemticos. A Biblioteca de Alexandria estava muito prxima

    do que se entende hoje por Universidade. E faz-se apropriado o depoimento do insigne Carl B.10 Boyer, em A Histria da Matemtica: A Univer-

    sidade de Alexandria evidentemente no diferiamuito de instituies modernas de cultura superior.

    Parte dos professores provavelmente se nota-bilizou na pesquisa, outros eram melhores

    15 como administradores e outros ainda eram conhecidospela sua capacidade de ensinar.

    Em 47 a.C., envolvendo-se na disputa entre a vo-

    luptuosa Clepatra e seu irmo, o imperador Jlio Csarmandou incendiar a esquadra egpcia ancorada no porto

    20 de Alexandria. O fogo se propagou at as dependn-cias da Biblioteca, queimando cerca de 500.000 rolos.

    Em 640 d.C., o califa Omar ordenou que fos-sem queimados todos os livros da Biblioteca, uti-lizando o seguinte o argumento: ou os livros

    25 contm o que est no Alcoro e so desnecessrios oucontm o oposto e no devemos l-los.

    A destruio da Biblioteca de Alexandria talveztenha representado o maior crime contra o saber emtoda a histria da humanidade.

    30 Se vivemos hoje a era do conhecimento porque nos alamos em ombros de gigantes do pas-sado. A Internet representa um poderoso agente detransformao do nosso modus vivendi et operandi.

    um marco histrico, um dos maiores fenmenos35 de comunicao e uma das mais democrticas formas

    de acesso ao saber e pesquisa. Mas, como toda ino-vao, a Internet tem potencial cuja dimenso no deveser superdimensionada. Seu contedo fragmentado,desordenado e, alm disso, cerca de metade de seus

    40 bites descartvel.

    Jacir J. Ventu ri. Internet:

    (com adaptaes).

    Em relao ao texto acima, julgue os itens a seguir.

    21. No haveria prejuzo para a correo gramatical dotexto caso a forma verbal notabilizou (.14-15) fosseexionada no plural: notabilizaram .

    22. O adjetivo conspcuos (.6) poderia ser substitudo,sem prejuzo do sentido do texto, por notveis.

    23. Nesse texto, que pode ser classicado como artigo deopinio, identificam-se trechos narrativos e disser-tativos.

    24. O ltimo pargrafo do texto inicia-se com orao semsujeito.

    25. Estaria mantida a correo gramatical do trecho a In-ternet tem potencial cuja dimenso no deve ser su-perdimensionada (. 37 e 38) caso se empregasse oartigo a antes do substantivo dimenso.

    A participao e o lugar da mulher na histria fo-

    ram negligenciados pelos historiadores e, por muitotempo, elas caram sombra de um mundo domina-do pelo gnero masculino. Ao pensarmos o mundo

    5 medieval e o papel dessa mulher, o quadro de exclusose agrava ainda mais, pois, alm do silncio que encon-tramos nas fontes de consulta, os textos, que muitoraramente tratam o mundo feminino, esto impreg-nados pela averso dos religiosos da poca por elas.

    10 Na Idade Mdia, a maioria das ideias e de concei-tos era elaborada pelos escolsticos. Tudo o que sabe-mos sobre as mulheres desse perodo saiu das mos dehomens da Igreja, pessoas que deveriam viver comple-tamente longe delas. Muitos clrigos consideravam-nas

    15 misteriosas, no compreendiam, por exemplo, comoelas geravam a vida e curavam doenas utilizando ervas.

    A mulher era considerada pelos clrigos um sermuito prximo da carne e dos sentidos e, por isso,uma pecadora em potencial. Afinal, todas elas

    20 descendiam de Eva, a culpada pela queda do gnerohumano. No incio da Idade Mdia, a principalpreocupao com as mulheres era mant-las vir-gens e afastar os clrigos desses seres demonacosque personicavam a tentao. Dessa forma, a maior

    25 parte das autoridades eclesisticas desse perodo viaa mulher como portadora e disseminadora do mal.

    Isso as tornava ms por natureza e atradas pelo vcio. Apartir do sculo XI, com a instituio do casamento pelaIgreja, a maternidade e o papel da boa esposa passaram

    30 a ser exaltados. Criou-se uma forma de salvao femi-nina a partir basicamente de trs modelos femininos:Eva (a pecadora), Maria (o modelo de perfeio e san-tidade) e Maria Madalena (a pecadora arrependida).O matrimnio vinha para saciar e controlar as pulses

    35 femininas. No casamento, a mulher estaria restrita a ums parceiro, que tinha a funo de domin-la, de educ-la

    e de fazer com que tivesse uma vida pura e casta. Essa falta de conhecimento da natureza femi-

    nina causava medo aos homens. Os religiosos se40 apoiavam no pecado original de Eva para lig-la

    corporeidade e inferioriz-la. Isso porque, conformeo texto bblico, Eva foi criada da costela de Ado,sendo, por isso, dominada pelos sentidos e os dese-

    jos da carne. Devido a essa viso, acreditava-se45 que ela fora criada com a nica funo de procriar. Essa concepo de mulher, que foi construda

    atravs dos sculos, anterior mesmo ao cristianismo. Foi assegurada por ele e se deu porque permitiu a

    manuteno dos homens no poder; forneceu ao clero50 celibatrio uma segurana baseada na distncia e

    legitimou a submisso da ordem estabelecida pelos

    homens. Essa construo comeou apenas a ruir, mas osalicerces ainda esto bem ncados na nossa sociedade.

    Patrcia Barboza da Silva. Colunista do Brasil Escola. (com adaptaes).

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    A respeito das ideias e de aspectos gramaticais do tex-

    to acima, julgue os itens de 26 a 32.

    26. O acento indicativo de crase em sombra (.3) po-

    deria ser omitido sem prejuzo da correo gramatical

    do texto, visto que seu emprego opcional no contexto

    em questo.

    27. Na linha 48, o pronome ele e o sujeito da orao

    expressa pela forma verbal permitiu referem-se a

    cristianismo (.47).

    28. No texto, defende-se a tese de que as mulheres, por

    serem descendentes de Eva, so pecadoras em po-

    tencial.

    29. De acordo com o texto, a viso medieval em relao

    mulher permanece at os dias atuais.

    30. As vrgulas que isolam a orao que muito raramente

    tratam o mundo feminino (.7 e 8) poderiam ser supri-

    midas, sem prejuzo do sentido original e da correo

    gramatical do texto.

    31. O trecho Criou-se uma forma de salvao feminina a

    partir basicamente de trs modelos femininos (. 30 e

    31) poderia ser reescrito, com correo gramatical e

    sem prejuzo da informao prestada, da seguinte for-

    ma: Uma forma de salvao feminina foi criada a partir,basicamente, de trs modelos femininos.

    32. O termo Anal (.19), empregado no texto como con-

    juno, introduz orao adverbial temporal.

    CESPE/FUB/NVEL SUPERIOR

    Texto para os it ens de 33 a 39

    H muito tempo a sociedade demonstra interes-

    se por assuntos relacionados cincia e tecnologia.

    Na verdade, desde a pr-histria, o homem busca

    explicaes para a realidade e os mistrios do mundo

    5 que o cerca. Observou os movimentos das estrelas,

    manuseou o fogo, aprendeu a usar ferramentas em

    seu favor, buscou respostas para os fenmenos da

    natureza. Independentemente dos mitos, lendas e

    crenas que moldaram as culturas mais primitivas,

    10 o pensamento humano sempre esteve, de alguma

    forma, atrelado ao conhecimento cientco, que se

    renovou e se disseminou com o passar dos sculos.

    Mesmo com todo o aparato tecnolgico, que tem

    possibilitado o acesso praticamente instantneo in-15 formao, questionam-se tanto aspectos quantitativos

    como qualitativos dos contedos sobre cincia vei-

    culados pelos meios de comunicao de massa. A

    divulgao, por meio do jornalismo cientco, est

    longe do ideal. Na grande mdia, a cincia e a tecno-

    20 logia cam relegadas a segundo plano, restritas a

    notas e notcias isoladas, em uma cobertura que busca

    sempre valorizar o espetculo e o sensacionalismo.

    A televiso aberta, principal veculo condutor de con-

    tedos culturais, no contribui como deveria para o

    25 processo de alfabetizao cientca, exibindo pro-

    gramas sobre o tema em horrios de baixa audincia.

    Mas at que ponto relevante incluir a sociedade

    de massa na esfera de discusso de um grupo seleto

    de estudiosos? A promoo da informao cientca

    30 contribui para o processo de construo da cidadania,

    quando possibilita a ampliao do conhecimento e da

    compreenso do pblico leigo a respeito do processo

    cientco e de sua lgica, no momento em que constri

    uma opinio pblica informada sobre os impactos do35 desenvolvimento cientco e tecnolgico sobre a socie-

    dade e quando permite a ampliao da possibilidade e

    da qualidade de participao da sociedade na formula-

    o de polticas pblicas e na escolha de opes tec-

    nolgicas, especialmente em um pas onde a grande

    40 maioria dos investimentos na rea so pblicos.

    Luiz Fernando Dal Pian Nobre. Do jornal para o livro: ensaios curtos de

    cientistas. Internet: (com adaptaes).

    Cada um dos itens abaixo apresenta uma proposta

    de reescrita de trecho do texto entre aspas , quedeve ser julgada certa se, ao mesmo tempo, estiver

    gramaticalmente correta e no acarretar prejuzo ao

    sentido original do texto, ou errada, em caso contrrio.

    33. quando possibilita (...) lgica (.31-33): ao possibilitar

    o crescimento do saber e do entendimento do pblico

    leigo sobre o processo cientco e sua lgica.

    34. especialmente (...) pblicos (.39-40): especialmente

    em um pas cuja a quase totalidade dos investimentos

    na rea pblica.

    35. Independentemente dos mitos (...) sculos (.8-12):

    Independentemente dos mitos, lendas e crenas, que

    moldaram as culturas mais atrasadas, o pensamento

    humano sempre esteve, de certa forma, ligado ao co-

    nhecimento cientco que foi renovado e foi dissemina-

    do com o passar dos sculos.

    36. Mesmo com todo (...) meios de comunicao de mas-

    sa (.13-17): Questiona-se tanto aspectos quantita-

    tivos como qualitativos dos contedos sobre cincia

    veiculados pelos meios de comunicao de massa,apesar de todo o aparato tecnolgico que tem tornado

    possvel o acesso quase instantneo informao.

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    Julgue os itens que se seguem, relativos s estruturaslingusticas do texto.

    37. A vrgula imedia tamente aps aberta (.23) foiempregada para separar dois termos de mesmafuno sinttica, uma vez que tanto aberta quanto

    principal veculo condutor de contedos culturais(.23-24) exercem a funo de adjunto adnominal donome televiso (.23).

    38. Em o cerca (.5), o pronome o, que se refere ao ter-mo o homem (.3), exerce a funo de complementoda forma verbal cerca.

    39. Nas linhas 14 e 15, o uso do acento indicativo de craseem informao deve-se regncia do substantivoacesso e presena do artigo feminino determinandoinformao.

    Texto para os i tens de 40 a 46

    Muitas vezes, na divulgao miditica de pes-quisas e projetos cientcos, o prossional da rea decomunicao tropea em questes tericas, no d adevida importncia para a pesquisa em si, pe em foco

    5 questes do processo de pesquisa que so irrelevantespara o projeto e para o pesquisador, ou mesmo propagaconhecimentos e crenas populares em vez de ser elao trabalho do pesquisador. J o pesquisador, ao escre-ver sobre seu projeto ou pesquisa, esquece por vezes

    10 que aqueles que lero nem sempre tm conhecimento

    lingustico da rea e utiliza uma linguagem no acess-vel a pessoas que no pertencem ao meio acadmicoe, dessa forma, diculta a divulgao de sua pesquisa.

    O jornalista est dentro de uma esfera que tem15 como foco a comunicao em si e no o que se comu-

    nica. O foco uma linguagem acessvel, interessantee que chame a ateno do pblico para comprar econsumir os textos e artigos que so escritos e, se fornecessrio, ele sacrica o contedo em prol da ateno

    20 do pblico e da linguagem. J o pesquisador est emuma esfera cujo foco o contedo, o objeto de pes -quisa e a pesquisa em si e, muitas vezes, ele sacri-ca um grupo extenso de leitores ao empregar lingua-

    gem especca, cientca e no acessvel. Portanto,25 ao escrever, os dois prossionais tm de ter em mente

    que sua esfera de atividade humana e, por consequ-ncia, de comunicao, se torna mais complexa. O jor-nalista deve ter em mente que, quando escreve sobreum projeto cientco, no atua apenas em sua rea de

    30 atividade humana, a comunicao, mas na comunica-o cientca. O cientista ou pesquisador deve consi-derar que a divulgao de sua pesquisa no deve serfeita apenas para a comunidade cientca, mas parao pblico em geral. Dessa forma, o pesquisador

    35 precisa constantemente pensar mais nesse pblico e,consequentemente, na linguagem utilizada. O jorna-lista, por sua vez, precisa car mais atento pesquisaque est sendo divulgada. Cada um precisa aprendercom o outro, permitindo-se entrar mais em uma esfera

    40 de atividade humana qual no pertence originalmente.O principal motivo desse intercmbio de intenes aoescrever aumentar o acesso do pblico cincia.

    A academia no pode estar voltada apenaspara seu pblico interno. muito importante que

    45 as informaes sejam divulgadas e no permane-

    am circulando em um grupo fechado, at para quehaja crescimento da prpria comunidade cientca.

    Camila Delmondes Dias et al. Divulgando a arqueologia: comunicando

    o conhecimento para a sociedade. In: Cincia e Cultura. So Paulo,

    v. 65, n.o 2, jun./2013. Internet: (com

    adaptaes).

    De acordo com as ideias expressas no texto,

    40. para que a divulgao miditica de pesquisas e proje-

    tos seja compreensvel e acessvel, necessrio que

    os jornalistas se aproximem mais da esfera de ativida-

    de humana dos pesquisadores e vice-versa.

    41. a comunidade cientca uma das principais apoiado-

    ras da divulgao miditica de pesquisas e projetos,

    uma vez que essa divulgao contribui para o cresci-

    mento da comunidade cientca.

    42. a divulgao miditica de pesquisas e projetos preju-

    dicada pelo fato de que tanto os jornalistas quanto os

    pesquisadores, ao escreverem, se esquecem de que o

    seu texto ser lido por um pblico geral e no por uma

    comunidade especca.

    Com referncia s estruturas lingusticas do texto, jul-

    gue os itens seguintes.

    43. A forma verbal pertence (.40) est empregada no

    texto no sentido de participa, podendo ser por esta

    substituda, sem prejuzo da correo gramatical e do

    sentido do perodo.

    44. Na linha 10, o pronome aqueles exerce a funo desujeito das formas verbais lero e tm, o que justi-

    ca o emprego do plural nessas formas.

    45. O pronome sua (.26) remete ao termo os dois

    profissionais (.25), que, por sua vez, se refere

    conjuntamente a O jornalista (.14) e a o pesquisador

    (.20).

    46. As oraes que as informaes sejam divulgadas e

    no permaneam circulando em um grupo fechado

    (.44-46), ligadas entre si por uma relao de coorde-nao, exercem a funo de complemento do nome

    importante (.44).

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    Em 2006 e em 2010, o Ministrio da Cincia e Tecnolo-gia promoveu uma pesquisa de cunho nacional cujo objetivoera fazer um mapeamento do interesse, grau de informao,

    atitudes e vises dos brasileiros sobre cincia e tecnologia.Para tanto, foram realizadas 2.016 entrevistas organizadasquanto a variveis como gnero, idade, escolaridade, rendae regio de moradia. Um dos resultados a que se chegou apresentado no grco acima, que mostra a viso dos brasi-leiros em relao aos benefcios trazidos pela cincia e tec-nologia.

    Ministrio da Cincia e Tecnologia. Percepo pblica da cincia e tecno-

    logia no Brasil: resultados da enquete de 2010. Internet: (com adaptaes).

    Considerando que ns/nr signique que o entrevistadono sabe/no respondeu, julgue os itens de 47 a 50com base nas informaes acima.

    47. Apenas 2,5% dos brasileiros entrevistados em 2010acreditam que predominam os malefcios trazidos pelacincia e tecnologia.

    48. Somente em 2010, o brasileiro passou a acreditar quea cincia e a tecnologia resultam em mais benefciosque malefcios.

    49. Em relao a 2006, os dados de 2010 mostram que

    a menor queda percentual registrada envolveu a ca-tegoria dos brasileiros que creem que a cincia e atecnologia trazem apenas males.

    50. Comparando-se os dados das duas pesquisas, o maiorcrescimento percentual em 2010 foi registrado em re-lao ao nmero de brasileiros que acreditam que acincia traz apenas benefcios.

    CESPE/IBAMA/ANALISTA ADMINISTRATIVO

    Texto para os it ens de 51 a 59

    Entre os fatores que contribuem para a perdade qualidade de vida esto as pssimas condiesde habitao e transporte no espao urbano, queatingem sobremaneira a populao empobrecida.

    5 A urbanizao irresponsvel causada pelo processo

    de industrializao e pela ausncia de reforma agr-

    ria faz com que o direito de moradia e o de locomo-

    o, ainda que direitos originrios de necessidades

    humanas bsicas, expressos na Constituio, sejam

    10 sistematicamente ignorados, o que compromete o

    descanso, o bem-estar e a paz dos trabalhadores nasgrandes cidades. Em vista disso, os trabalhadores

    no podem sequer recompor diariamente suas foras.

    Temos observado que os empregados dos postos

    15 de trabalho de pior remunerao so os que moram

    mais distantes dos locais de trabalho e cotidianamente

    saem de casa duas ou trs horas antes da jornada,

    gastando o mesmo tempo para retornarem s suas

    casas. Causa-nos indignao constatar que esses

    20 empregados consomem o equivalente metade

    do tempo remunerado (e mal remunerado) para o

    deslocamento de suas casas at o trabalho e empssimas condies de transporte, sempre em p nos

    nibus superlotados, ou esperando em longas las. s

    25 vezes, ainda somos hipcritas, receitando para esses

    trabalhadores frmulas para melhorarem de vida.

    Sugerimos que voltem a estudar para ocuparem postos

    mais qualicados e com melhor remunerao, mas, no

    fundo, sabemos que impossvel, para eles, dispor de

    30 tempo para cuidar da formao prossional perdida. Por

    outro lado, a classe mdia pode at se dar ao luxo de termais de um emprego, porque tem o seu prprio trans -porte, mesmo vivendo na iluso de que, se trabalhar

    muito, poder ganhar mais e acumular dinheiro, para, um35 dia, enm, poder curtir a vida. S que, para muitos, esse

    dia no chega; as doenas modernas chegam primeiro.

    Cabe aqui acrescentar outras necessidadeshumanas que tm sido sistematicamente relegadas

    a segundo plano. So elas os valores

    40 culturais, que incluem os saberes, as paisagensnaturais, os costumes e as tradies populares. Aurbanizao acelerada em todo o mundo foi a res-ponsvel pela perda da qualidade de vida de muitostrabalhadores, apesar de aparentemente ter criado

    45 melhores condies de vida para parte da populao.

    Delze dos Santos Laureano. O meio ambiente e o trabalho: a dignidade

    humana neste espao. Internet:

    (com adaptaes).

    A respeito das ideias do texto, julgue os itens a seguir.

    51. O processo de industrializao e a inexistncia dereforma agrria no pas so os responsveis pelaurbanizao irresponsvel (.5).

    52. O texto sugere que a falta de investimento em melho-

    ria de vida pelos trabalhadores mal remunerados estassociada falta de tempo disponvel dessas pessoaspara atividades dessa natureza.

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    53. O texto, de forma geral, questiona os benefcios docrescimento urbano acelerado para a populao.

    54. De acordo com o texto, o governo brasileiro negligente com relao s necessidades bsicas daclasse operria.

    55. Infere-se do texto que as ms condies de habitaoe de transporte nas cidades contribuem para a deterio-rao do meio ambiente.

    De acordo com a estrutura lingustica do texto, julgueos itens que se seguem.

    56. O termo relegadas (.38), no texto, tem o mesmosentido de renegadas.

    57. O verbo sejam (.9) tem como referente a expresso

    direitos originrios de necessidades humanas bsi-cas (.8-9), o que justica sua exo no plural.

    58. A alterao do vocbulo distantes (.16) para distantemanteria a correo e o sentido do texto.

    59. Se, na linha 36, no lugar do ponto e vrgula, fosseempregada uma vrgula, seguida da conjuno pois,a coerncia do texto seria mantida, assim como suacorreo gramatical.

    O conceito de consumo consciente no envol-

    ve apenas o que voc consome, mas tambm comovoc consome um produto, de quem voc o adquiree qual ser o seu destino aps descart-lo. Pouco

    5 adianta usar sacolas retornveis de uma empresaque no toma o devido cuidado em seu processo deproduo, ou comprar alimentos orgnicos de umprodutor que no registra devidamente seus empre-gados, mas utiliza mo de obra infantil ou escrava.

    10 Pesquisa recente promovida pelo Ministriodo Meio Ambiente (MMA) apontou que doisteros dos brasileiros disseram desconhecer osignicado do termo consumo consciente. Dos que

    responderam saber o seu signicado, 54% o deniram15 como o ato de consumir produtos ou servios que

    no agridam o meio ambiente nem a sade humana.

    H diversas abordagens sobre a denio deconsumo consciente. De maneira geral, todas elaspassam pela prtica de consumir produtos com

    20 conscincia de seus impactos, buscando a susten-tabilidade.

    O Programa das Naes Unidas para o Meio Am-biente (PNUMA), por exemplo, indica que a utilizao debens e servios precisa atender s necessidades bsicas

    25 e proporcionar melhor qualidade de vida. Ao mesmotempo, um produto ou servio deve minimizar o uso derecursos naturais e materiais txicos, assim como dimi-nuir a emisso de poluentes e a gerao de resduos.

    Para o MMA, o consumo consciente uma30 contribuio voluntria, cotidiana e solidria do

    cidado para garantir a sustentabilidade da vidano planeta. Envolve a ampliao dos impactos po-sitivos e a diminuio dos impactos negativos nomeio ambiente, na economia e nas relaes sociais.

    Internet: (com adaptaes).

    Julgue os itens seguintes, acerca das ideias do texto ede sua estrutura lingustica.

    60. Na linha 6, o pronome seu pode fazer referncia tan-to ao processo de produo de sacolas retornveisquanto ao processo de produo utilizado pela empre-sa hipottica mencionada, de forma geral.

    61. O perodo Dos que (...) humana. (.13-16) poderiaser reescrito, sem alterar o sentido do texto nem in-correr em erro gramatical, da seguinte forma: 54%

    dos que responderam saber o signicado do termodeniram-no como o ato de consumir produtos ou ser-vios que no agridam o meio ambiente nem a sadehumana.

    62. A supresso da vrgula empregada imediatamenteaps a sigla (PNUMA) (.23) acarretaria incorreogramatical do texto.

    63. Infere-se da leitura do texto que, para que o consumoseja, de fato, consciente, preciso uma ao integradaentre os diversos membros que compem a socie -

    dade.

    64. O texto arma que os brasileiros ou desconhecem outm um conceito equivocado do conceito de consumoconsciente.

    65. No ltimo pargrafo, o texto arma que, para o MMA,o consumo consciente consiste em uma atitude indivi-

    dual, cuja iniciativa no se baseia em medidas gover-namentais.

    CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU

    Se considerarmos o panorama internacional,

    perceberemos que o Ministrio Pblico brasileiro singular. Em nenhum outro pas, h um Ministrio P -

    blico que apresente perl institucional semelhante ao5 nosso ou que ostente igual conjunto de atribuies.

    Do ponto de vista da localizao institucio-nal, h grande diversidade de situaes no que

    se refere aos Ministrios Pblicos dos demais pa-ses da Amrica Latina. Encontra-se, por exemplo,

    10 Ministrio Pblico dependente do Poder Judici-

    rio na Costa Rica, na Colmbia e, no Paraguai, e

    ligado ao Poder Executivo, no Mxico e no Uruguai. Constata-se, entretanto, que, apesar da maior

    extenso de obrigaes do Ministrio Pblico brasileiro,

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    15 a relao entre o nmero de integrantes da instituio e

    a populao uma das mais desfavorveis no quadro

    latino-americano. De fato, dados recentes indicam

    que, no Brasil, com 4,2 promotores para cada 100 mil

    habitantes, h uma situao de clara desvantagem no

    20 que diz respeito ao nmero relativo de integrantes. No

    Panam, por exemplo, o nmero de 15,3 promotorespara cada cem mil habitantes; na Guatemala, de 6,9; no

    Paraguai, de 5,9; na Bolvia, de 4,5. Em situao seme-

    lhante ou ainda mais crtica do que o Brasil, esto, por

    25 exemplo, o Peru, com 3,0; a Argentina, com 2,9; e, por

    m, o Equador, com a mais baixa relao: 2,4. correto

    dizer que h naes proporcionalmente com menos

    promotores que o Brasil. No entanto, as atribuies do

    Ministrio Pblico brasileiro so muito mais extensas30 do que as dos Ministrios Pblicos desses pases.

    Maria Tereza Sadek. A construo de um novo Ministrio Pblico resolu-

    tivo. Internet: (com adaptaes).

    Julgue os itens seguintes, relativos s ideias e a as-

    pectos lingusticos do texto acima.

    66. Os dados expostos no terceiro pargrafo indicam que

    os prossionais do Ministrio Pblico brasileiro so

    mais ecientes que os dos rgos equivalentes nos

    demais pases da Amrica do Sul.

    67. Com base nos dados apresentados no texto, correto

    concluir que a situao do Brasil, no que diz respeito

    ao nmero de promotores existentes no Ministrio P-blico por habitante, est pior que a da Guatemala, masmelhor que a do Peru.

    68. Seriam mantidas a coerncia e a correo gramaticaldo texto se, feitos os devidos ajustes nas iniciais

    maisculas e minsculas, o perodo correto (...) oBrasil (.26-28) fosse iniciado com um vocbulo devalor conclusivo, como logo, por conseguinte, assimou porquanto, seguido de vrgula.

    69. O objetivo do texto provar que o nmero total de pro-

    motores no Brasil menor que na maioria dos pasesda Amrica Latina.

    70. No primeiro perodo do terceiro pargrafo, estabele-cido contraste entre a maior extenso das obrigaesdo Ministrio Pblico brasileiro, em comparao comas de rgos equivalentes em outros pases, e o n -mero de promotores em relao populao do pas,o que evidencia situao oposta que se poderia es-perar.

    71. No ltimo perodo do texto, a palavra atribuies estsubentendida logo aps o vocbulo as (.30), que po-deria ser substitudo por aquelas, sem prejuzo para acorreo do texto.

    72. Seriam mantidas a correo gramatical e a coerncia

    do texto se o primeiro pargrafo fosse assim rees-

    crito: Quando se examina o contexto internacional,concluimos que no h situao como a do Brasil no

    que se refere a existncia e desempenho do Minis-

    trio Pblico.

    Nenhum problema da tica ou da losoa do direi-

    to to difcil e complexo como o da justia, e mltiplasso as razes para isso. Em primeiro lugar, a justia, ao mesmo tempo, uma ideia e um ideal, pois, se

    5 ela jamais se realizasse, ao contrrio de se manifestarconcretamente como um dos momentos necessrios e

    mais altos da vida humana, seria mera suposio, uma

    quimera no merecedora de nossa constante ateno. Todavia, por maiores que sejam os obstculos10 opostos ao nosso propsito de desvend-la, e mesmo

    quando proclamamos desconsoladamente a impos-

    sibilidade de chegar at ela pelas vias da razo, nodesaparece nossa aspirao de que haja atos justos

    que digniquem a espcie humana. que, ainda que15 no consigamos deni-la, no podemos viver sem ela. Por outro lado, a justia nunca se pe como

    um problema isolado, porque sempre se acha emessencial correlao com outros da mais diver-

    sa natureza, dos loscos aos religiosos, dos20 sociais aos polticos, dos morais aos jurdicos. Nem podia ser de outra forma, em se tratando de

    uma das questes basilares da histria, a qual no podeser vista segundo uma continuidade linear, devendo ser

    vista como o desenrolar de ciclos culturais diferentes,25 com diversicadas conjunturas histrico-culturais. Ora, cada ciclo ou conjuntura histrico-cultural

    tem sua experincia da justia, a sua maneira pr-

    pria de realiz-la inconcreto, o que leva concluso de que, em vez de indagar acerca de uma ideia

    30 universal de justia, melhor ser tentar congurar,no plano concreto da ao, o que sejam atos justos.

    Miguel Reale. Variaes sobre a justia (I). In: O Estado de S.Paulo,

    4.08.2001. Internet: (com adaptaes).

    Considerando os sentidos e aspectos lingusticos do

    texto acima, julgue os itens a seguir.

    73. Sem prejuzo para as ideias originais do texto ou paraa sua correo gramatical, o ltimo pargrafo do texto

    poderia ser dividido em dois perodos, substituindo-sea vrgula logo aps concreto (.28) por ponto nal ereescrevendo-se o trecho subsequente da seguinteforma: Isso leva seguinte concluso: em lugar debuscar uma ideia universal de justia, melhor tentardenir os atos justos no plano concreto da ao.

    74. No terceiro pargrafo, a partcula se empregada,

    em ambas as ocorrncias, como ndice de indeter-minao do sujeito, o que confere maior formalidadeao texto.

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    75. A forma adjetiva histrico-culturais (.25) poderiaestar exionada corretamente tambm como histricos--culturais.

    76. De acordo com o texto, a justia um ideal de impos-svel realizao, o que comprovado pela histria

    humana.

    77. Conclui-se da leitura do texto que a diculdade dese denir a justia decorre, entre outras causas, dadiversidade prpria dos grupos humanos.

    78. Pela organizao sinttica do segundo perodo dotexto, pode-se interpretar o trecho uma quimera nomerecedora de nossa constante ateno (.7-8) comouma ampliao do sentido da expresso mera supo-sio (.7).

    A parte da natureza varia ao innito. No h,no universo, duas coisas iguais. Muitas se parecemumas s outras, mas todas entre si diversicam. Osramos de uma s rvore, as folhas da mesma planta,

    5 os traos da polpa de um dedo humano, as partculasdo mesmo p, as raias do espectro de um s raiosolar ou estelar. Tudo assim, desde os astros no cu,at os micrbios no sangue, desde as nebulosas noespao at as gotas do rocio na relva dos prados.

    10 A regra da igualdade no consiste seno emquinhoar desigualmente aos desiguais na medidaem que se desigualam. Nessa desigualdade social,

    proporcionada desigualdade natural, que se achaa verdadeira lei da igualdade. O mais so desvarios

    15 da inveja, do orgulho ou da loucura. Tratar com desi-gualdade a iguais, ou a desiguais com igualdade,seria desigualdade agrante e no igualdade real.

    Essa blasfmia contra a razo e a f, contra acivilizao e a humanidade, a losoa da misria;

    20 executada, no faria seno inaugurar a organiza-o da misria. Se a sociedade no pode igualar os

    que a natureza criou desiguais, cada um, nos limi-tes da sua energia moral, no entanto, pode reagir

    sobre as desigualdades nativas, pela educao,

    25 atividade e perseverana. Tal a misso do trabalho.Ruy Barbosa. Orao aos moos. Internet:

    (com adaptaes).

    Julgue os itens seguintes, relativos ao texto acima

    apresentado.

    79. A orao quinhoar desigualmente aos desiguais na

    medida em que se desigualam (.11-12) exerce a

    funo de complemento indireto da forma verbal

    consiste (.10).

    80. No haveria prejuzo para o sentido original nem para acorreo gramatical do texto caso se inserisse quando

    ou se for imediatamente antes de executada (.20).

    81. No texto, que se classica como dissertativo-argumen-tativo, o autor constri, por meio de recursos que in-cluem o uso de exemplos e a repetio de estruturas ede elementos lexicais, os argumentos que sustentama ideia de igualdade por ele defendida.

    82. Infere-se do texto que a desigualdade agrante ocorrequando se ignora a ao da inveja, do orgulho e daloucura no momento da determinao do que justopara os que so desiguais.

    83. Sem prejuzo dos sentidos originais do texto e de suacorreo gramatical, na linha 3, o ponto nal emprega-do logo aps a forma verbal diversicam poderia sersubstitudo por sinal de dois-pontos, seguido por Osgrafado com inicial minscula.

    84. A palavra nebulosas (.8) empregada, no texto,com funo adjetiva, podendo ser substituda porobscuras , enigmticas .

    O direito a distncia semelha um bloco dejustia como a montanha semelha um bloco de azul.E isso a justia: um azul de montanha. medidaque nos aproximamos, esse azul se esvai. A nitidez

    5 e a harmonia desfazem-se num turbilho catico dedetalhes grosseiros.

    A beleza do direito transfunde-se no cipoalentranado do formalismo. Ao que nele penetrouespanta somente encontrar frmulas, s ouvir frmulas,

    10 s conseguir frmulas tudo amarelo, cor de ouro, e

    nada, nada azul, a cor da justia. O azul, a justia, a har-monia, a equidade puras iluses da tica humana.

    Velhssimas umas, vindas da Roma imperial,vindas da Idade Mdia; outras mais novas, nascidas

    15 no solo ptrio; mas s isso: frmulas e frmulas. Tenho meu Eu bipartido. Um mora no azul,

    librrimo como as andorinhas, isolado, desconheci-do de todos, sem irmo, sem Senhor. O outro, coita-do, mora na cidade da Frmula, escravo assoldado s

    20 necessidades prosaicas da vida. Que ntido exemploda dualidade humana!

    Quando o escravo vai labuta, o outro voa s

    alturas, enojado. noite, nesse momento calmo emque o isolamento e o silncio nos integram, os dois25 irmos se encontram e confabulam ou losofam.

    Jos Bento Monteiro Lobato. Literatura do minarete.

    So Paulo: Globo, 2008, p. 265 (com adaptaes).

    A respeito das ideias e estruturas lingusticas do textoacima, julgue os itens que se seguem.

    85. Nas linhas 22 e 23, o emprego do sinal indicativo decrase facultativo em labuta e s alturas; porisso, sua omisso no traria prejuzo para correogramatical do perodo.

    86. Segundo o autor do texto, a justia pode ser alcanadapela aplicao mais equnime do direito.

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    87. No terceiro pargrafo do texto, o autor enfatiza a tradi-o romanstica do direito brasileiro ao mesmo tempoem que faz aluso existncia de frmulas nacionaisinovadoras.

    88. Na linha 9, a forma verbal espanta exiona-se no sin-

    gular para concordar com o sujeito oracional Ao quenele penetrou.

    CESPE/MINISTRIO DA SADE/

    ANALISTA TCNICO ADMINISTRATIVO

    Texto para os it ens de 89 a 103

    Trecho de entrevista concedida por Lgia Giovanella

    (LG) revista Veja (VJ).

    VJ Por que o Brasil investe pouco?

    LG Temos limites nas nossas polticaseconmicas, alm de disputas sociais e polticas

    que atrapalham a discusso sobre a quantidade de

    5 recursos. Sabemos que um Sistema nico de

    Sade (SUS) de qualidade e com oferta universal de

    servios aumentaria a disposio da classe mdia

    em contribuir com o pagamento de impostos que

    nanciam o sistema. Atualmente, h baixa disposio

    10 porque a classe mdia no utiliza o servio e porque

    os servios no so completamente universalizados.

    VJ O SUS corre o risco de se tornar invivel?

    O que precisa ser feito para que no ocorra um

    colapso no sistema pblico?

    15 LG No acredito que haja risco iminente de

    colapso do SUS, mas as escolhas que zermos a partir

    de agora podem levar construo de diferentes tipos de

    sistema, a exemplo de uma poltica mais direcionada a

    parcelas mais pobres da populao ou um sistema sem

    20 acesso universal. O SUS ter de responder s

    mudanas sociais. Com a melhoria da situao eco-

    nmica de uma parcela da sociedade, precisar

    atender a expectativas da nova classe mdia baixa. VJ Alm de aumentar o investimento, o que

    25 mais importante? LG Outro desao estabelecer prioridades

    para o modelo assistencial. Atualmente, a cobertura

    de ateno bsica, por meio do programa Sade da

    Famlia, alcana apenas 50% da populao. preciso

    30 que haja uma ampliao sustentada, de modo a atingir

    80% da populao. J estamos em um momento

    avanado no SUS, em que necessrio dar populao

    garantias explcitas de que os servios iro funcionar.

    Alm disso, o Brasil precisa intensicar a formao

    35 de mdicos especializados em medicina de famlia e

    comunidade.

    Natalia Cuminale. Desafos brasileiros. Brasil precisa dobrar gasto em

    sade, diz especialista. Internet: (com adap-

    taes).

    No que diz respeito organizao das ideias no texto,julgue os itens que se seguem.

    89. De acordo com o texto, um dos desaos do Brasil ode construir, de fato, um sistema pblico universal desade, de qualidade, como o pretendido pelo SUS,

    que recebe nanciamento derivado de recursos scais.

    90. Segundo o texto, o Brasil investe pouco em sade;assim, para evitar um colapso no sistema pblico desade, necessrio ampliar a cobertura dos progra-mas assistenciais e aumentar investimentos no setor.

    91. Depreende-se do texto que o sistema pblico de sadebrasileiro corre risco de, em curto prazo, experimentardenitiva runa quanto s suas funes assistenciais,dada a limitao das polticas econmicas e a abun-dncia de impostos cobrados das classes alta e mdiapara atend-lo.

    92. Conforme o texto, o SUS autossuciente, visto quetem capacidade de gerenciar as necessidades de aten-dimento de novas demandas e expectativas; por isso,prescinde de recursos nanceiros do poder pblico.

    Com referncia s estruturas lingusticas do texto, jul-gue os itens subsequentes.

    93. O vocbulo mas (.16) exerce funo de termo aditivoem relao assero da orao que o antecede.

    94. Na orao podem levar construo de diferentestipos de sistema (.17-18), o emprego de acento indi-cativo de crase facultativo, razo pela qual o acentograve poderia ser retirado, sem que isso causasse al-teraes sintticas ou semnticas no trecho em quese insere.

    95. No trecho precisar atender a expectativas da novaclasse mdia baixa (.22-23), subentende-se que osujeito da ao de precisar atender o mesmo queo da ao verbal de ter de responder (.20).

    96. Na orao precisar atender a expectativas (.22-23),a eliminao da preposio a no acarretaria errogramatical ao texto.

    97. Desconsiderados o sentido original e a tipologia dotexto, caso se quisesse transformar a ltima perguntaem parte da fala da entrevistada, juntando-a ao incioda ltima resposta, seria gramaticalmente correta a se-guinte proposta: Um dos desaos aumentar o inves-timento; outro estabelecer prioridades para o modeloassistencial.

    98. A introduo de vrgula imediatamente antes da ora-o que atrapalham a discusso sobre a quantidadede recursos (.4-5) alteraria o sentido original do textoe as relaes sintticas nele estabelecidas.

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    99. O emprego de Temos (.2) e Sabemos (.5) indicaque a pessoa entrevistada se inclui na multiplicidadede habitantes do Brasil e que ela detm conhecimen-tos a respeito dos questionamentos propostos pelaentrevistadora.

    100. A exo no plural da forma verbal atrapalham (.4)deve-se ao emprego de limites (.2).

    101. Sem provocar erro gramatical, a forma verbalaumentaria (.7) poderia ser exionada no plural,passando a concordar com o antecedente servios(.7).

    102. No fragmento h baixa disposio porque a classemdia no utiliza o servio (.9-10), caberia, entre ostermos disposio e porque, o emprego da expressocom o pagamento de impostos, sem que isso alterasseas relaes sintticas e o sentido original do texto.

    103. orao para que no ocorra um colapso no sistemapblico (.13-14) atribuda a ideia de consequncia.

    CESPE/STF/ANALISTA JUDICIRIO

    Texto para os itens de 104 a 111

    A inrcia da vida real desaparece magicamente nanavegao pelo ciberespao, desprovida de frico. Nomercado atual, encontramos uma srie de produtosprivados de suas propriedades malignas: caf sem

    5 cafena, creme sem gordura, cerveja sem lcool cibe-respao. A realidade virtual simplesmente generalizaesse procedimento: cria uma realidade privada de subs-tncia. Da mesma maneira que o caf descafeinado temcheiro e gosto semelhantes aos do caf, sem ser caf,

    10 minha personana rede sempre um eu descafeinado.Por outro lado, existe tambm o excesso oposto, e muitomais perturbador: o excedente de minha personavirtualcom relao ao meu eu real. Nossa identidade social,a pessoa que presumimos ser em nosso intercurso

    15 social, j uma mscara, j envolve a represso denossos impulsos inadmissveis; e precisamentenessas condies de s uma brincadeira, quandoas regras que regulam os intercmbios de nossasvidas reais esto temporariamente suspensas, que

    20 podemos nos permitir a exibio dessas atitudes repri-midas.

    O fato de que eu perceba minha autoimagem vir-tual como simples brincadeira me permite, assim, sus-pender os obstculos que usualmente impedem que eu

    25 realize meu lado escuro na vida real meu idele-trnico ganha asas dessa forma. E o mesmo se aplicaaos meus parceiros na comunicao via ciberespao.No h como ter certeza de quem sejam, de quesejam realmente como sedescrevem, ou de saber se

    30 existe uma pessoa real por trs da persona online. A persona online uma mscara para uma multiplici-

    dade de pessoas? A pessoa real com quem converso

    possui e manipula mais personasno computador, ou es-

    tou simplesmente me relacionando com uma entidade

    35 digitalizada que no representa pessoa real alguma?

    Slavoj Zizek. Identidades vazias. Internet: (com adaptaes).

    A partir das ideias desenvolvidas no texto, julgue ositens a seguir.

    104. De acordo com o texto, os parceiros do espao virtual

    so pessoas que utilizam mscaras, para apresentar

    uma multiplicidade de pessoas.

    105. Para o autor do texto, mais preocupante a situao

    em que pessoas se valem do espao virtual para

    extrapolar sua identidade real que aquela em que o

    utilizam para escond-la.

    Com relao s estruturas lingusticas do texto, julgueos itens de 106 a 111.

    106. A locuo adverbial Da mesma maneira que (.8)

    poderia ser substituda, sem prejuzo para as relaesde coeso e coerncia do texto, porAssim como.

    107. Seriam mantidas as relaes sintticas e semnticas

    do primeiro perodo do texto, caso o termo desprovi-

    da (.2) fosse substitudo por desprovido, passando,

    assim, a concordar com o elemento imediatamente an-

    terior: ciberespao.

    108. Sem prejuzo para a correo gramatical do texto, otrecho encontramos uma srie de produtos privados

    de suas propriedades malignas (.3-4) poderia ser re-

    escrito da seguinte forma: encontra-se uma srie de

    produtos destitudos de suas propriedades malignas.

    109. Na linha 14, a supresso da vrgula empregada aps

    o vocbulo social no acarretaria prejuzo gramatical

    ao perodo.

    110. Sem prejuzo para a correo gramatical do texto, otrecho precisamente (...) atitudes reprimidas (.16-

    21) poderia ser assim reescrito: justamente nas con-

    dies de s uma brincadeira, ainda que as regras

    que regulam os intercmbios de nossas vidas reais es-

    tejam temporariamente suspensas, que podemos nos

    permitir exibio dessas atitudes reprimidas.

    111. Na linha 29, o termo se destacado exerce funo de

    pronome apassivador da forma verbal descrevem.

    Comigo exerceu com calma ferocidade o seu

    sadismo. Na minha nsia de ler, eu nem notava ashumilhaes a que ela me submetia: continuava a

    implorar-lhe emprestados os livros que ela no lia.

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    5 At que veio para ela o magno dia de comear aexercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casu-almente, informou-me que possua As Reinaes deNarizinho, de Monteiro Lobato.

    Era um livro grosso, meu Deus, era um livro10 para se car vivendo com ele, comendo-o,

    dormindo-o. E completamente acima de minhasposses. Disse-me que eu passasse pela suacasa no dia seguinte e que ela o emprestaria.

    At o dia seguinte eu me transformei na prpria15 esperana de alegria: eu no vivia, nadava deva-

    gar em um mar suave, as ondas me levavam e metraziam. No dia seguinte, fui sua casa, literalmentecorrendo. No me mandou entrar. Olhando bem parameus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a

    20 outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte parabusc-lo. Boquiaberta, sa devagar, mas em breve aesperana de novo me tomava toda e eu recomeavana rua a andar pulando, que era o meu modo estra-

    nho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem25 ca: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte

    viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vidainteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulandopelas ruas como sempre e no ca nenhuma vez.

    Clarice Lispector. Felicidade clandestina. In: Felicidade clandestina:

    contos. Rio de Janeiro: Rocco, 1998 (com adaptaes).

    Julgue os prximos itens, referentes s ideias e s es-truturas lingusticas do texto acima.

    112. Na linha 11, o afirmar que o valor do livro estavacompletamente acima de suas posses, a personagemdeclara no possuir livros daquele tipo.

    113. Infere-se do texto, narrado em primeira pessoa, que apersonagem principal sujeitou-se a atitudes perversasde uma colega, para conseguir emprestada uma obrade Monteiro Lobato.

    114. Na linha 17, o acento indicativo de crase em suacasa obrigatrio, uma vez que o vocbulo casaest especicado pelo pronome sua e o verbo ir fui exige a preposio a.

    115. Na orao guiava-me a promessa do livro (.25), opronome me exerce a funo de complemento da for-ma verbal guiava.

    CESPE/BACEN/ANALISTA

    (...) (...) Chegaste aos teus vinte e um anos. Ests homem, Janjo, longos bigodes, alguns namoros... Papai... Fecha aquela porta; vou dizer-te coisas

    5 importantes. Vinte e um anos, algumas aplices,um diploma; podes entrar no parlamento, na magis-tratura, na imprensa, na lavoura, na indstria, nocomrcio, nas letras ou nas artes. Qualquer que sejaa prosso da tua escolha, o meu desejo que te

    10 faas grande e ilustre, ou, pelo menos, notvel; que te

    levantes acima da obscuridade comum. (...) Creia que lhe agradeo; mas... que ofcio? Nenhum me parece mais til do que o de me-

    dalho; foi o sonho da minha mocidade. Acabo, porm,

    15 como vs, somente com as esperanas que deposito

    em ti. (...) O verdadeiro medalho comeca a manifes-

    tar-se entre os quarenta e cinco e cinquenta anos. ...

    20 Uma vez na carreira, deves pr todo o cuidadonas ideias que houveres de nutrir para uso alheio

    e prprio. O melhor ser no as ter absolutamente... Mas quem lhe diz que eu... Tu, meu lho, se me no engano, pareces25 dotado da perfeita inpia mental, conveniente ao uso

    deste nobre ofcio. Pode acontecer, porm, que, com a

    idade, venhas a ser aigido de algumas ideias prprias;

    nesse caso, ser necessrio aparelhar fortemente oesprito.

    30 Mas um tal obstculo invencvel. O nico meio lanar mo de um regime

    debilitante: ler compndios de retrica, ouvir certos

    discursos etc.; para esse m, deves evitar as livrarias,mas, de quando em quando, elas sero de grande

    35 convenincia para falares do boato do dia; de um

    contrabando, de qualquer coisa: vers que muitos

    dos leitores, estimveis cavalheiros, repetir-te-o

    as mesmas opinies, e uma tal monotonia sau-

    dvel. Com tal regime, durante suponhamos

    40 dois anos, reduzes o intelecto, por mais prdigo queseja, ao equilbrio comum.

    Isto o diabo! No poder adornar o estilo, dequando em quando...

    Podes empregar figuras expressi vas e

    45 mximas; sentenas latinas; frases feitas, frmulas

    consagradas pelos anos e incrustadas na memria indi-

    vidual e pblica. De resto, o ofcio te ir ensinando os

    elementos dessa arte difcil de pensar o pensado...

    Machado de Assis. Teoria do medalho. In: Obra completa. Rio de Janei-

    ro: Nova Aguilar, 1994, v. II (com adaptaes).

    No que se refere linguagem, tipologia textual, s

    ideias e aos aspectos gramaticais do texto Teoria

    do Medalho, de Machado de Assis , julgue os itens

    a seguir.

    116. Na linha 37, o segmento estimveis cavalheiros e um

    aposto explicativo da expressao muitos dos leitores.

    117. Se o autor do texto tivesse optado por empregar, no

    ltimo perodo do texto, uma construo com verbos

    na voz passiva, o perodo poderia ter sido corretamen-

    te reescrito da seguinte forma: De resto, os elementosdessa arte difcil de se pensar o pensado te ir sendo

    ensinado pelo ofcio...

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    118. No dilogo apresentado, entre o personagem Janjo e

    seu pai, a fala inicial introdutria do assunto e indica

    a surpresa do pai diante da maturidade de seu lho eo tom solene que ir permear a conversa em que o pai

    aconselha o lho a avaliar criticamente os valores da

    sociedade da poca, o que torna o texto de Machado

    de Assis ainda adequado atualidade.

    119. Fica provado, no dilogo apresentado, que algumas

    aplices, um diploma (.5-6) legitimam a atuao das

    elites nacionais, que, no entanto, esto afastadas do

    poder poltico, porque aderiram ao ofcio de medalho.

    120. Pela leitura do trecho De resto, o ofcio te ir ensinan-

    do os elementos dessa arte difcil de pensar o pensa-

    do (.47-48), percebe-se a inteno do autor do texto

    de mostrar que a sociedade da poca representava

    um engodo no que diz respeito a pressupostos acercada racionalidade e do conhecimento.

    121. Sendo os substantivos que compem a enumerao

    entre as linhas 6 e 8 ncleos do complemento da forma

    verbal entrar (.6), seria mantida a correo gramati-

    cal do texto caso a combinao da preposio em com

    o artigo o fosse empregada apenas no primeiro ncleo

    no parlamento , sendo suprimida nos demais

    ncleos.

    122. O segmento foi um sonho da minha mocidade (.14)

    um termo explicativo acerca da fase de ocorrncia daexpresso o [ofcio] de medalho (.13-14).

    123. A correo gramatical do texto seria mantida caso o

    trecho o meu desejo e que te faas grande (.9-10)

    fosse reescrito da seguinte forma: o meu desejo que

    sejas grande.

    Texto para os i tens de 124 a 130

    Ele agora gerente de uma loja de sapatos. No

    porque escolheu, mas foi o que lhe restou. Perguntava-sesempre: onde est o meu erro? O erro em relao a

    seu destino, queria ele dizer. Nao h grandes motivos a

    5 procurar no fato de algum ser gerente numa loja de

    sapatos. Mas uma vez que ele mesmo se pergunta e

    estende sapatos como se no pertencesse a esse mundo

    o motivo da indagao aparece. Por que realmente?

    Fora, por exemplo, o melhor aluno de histria e

    10 at por arqueologia se interessava. Mas o que parecia

    lhe faltar era cultura histrica ou arqueolgica, ele tinha

    apenas a erudio, faltava-lhe a compreenso ntima de

    que fora neste mundo e com esses mesmos homens que

    haviam sucedido os fatos, que fora na terra em que ele15 pisava que houvera um dia habitantes e que os peixes

    que se haviam transformado em anfbios eram aque-

    les mesmos que ele comia. E at hoje como um eru-dito que ele estende sapatos como se no fosse emcontato com esta spera terra que as solas se gastam.

    Clarice Lispector. O escrito. In: A descoberta do mundo. Rio de Janeiro:

    Rocco, 2008.

    Considerando as ideias e os aspectos lingusticos dotexto acima, julgue os itens seguintes.

    124. No segmento mas foi o que lhe restou (.2), a refe-rncia do pronome o e a expresso nominal uma lojade sapatos (.1), e a do pronome lhe e o substantivogerente (.1).

    125. No perodo iniciado por Mas (.6), identicam-se ascausas da existncia da pergunta onde est o meuerro? (.3).

    126. O emprego do acento grco na palavra arqueol-gica e na palavra spera justica-se com base namesma regra de acentuao.

    127. Segundo a autora, a diferena de prestgio e de remune-rao entre as prosses decorre da competncia, mastambm da realizao tcnica e organizada das tarefas,aspecto esse que escapa a indagao do gerente da lojade sapatos, por ser um erudito.

    128. A autora do texto busca evidenciar que a moderniza-o das sociedades valoriza conhecimentos tecnol-gicos em detrimento de conhecimentos relativos scincias naturais, o que, de acordo com o ponto devista do gerente, desqualica, na estrutura social e na

    organizao prossional, as atividades laborais no co-mrcio, como o de sapatos.

    129. Infere-se do texto que a autora acredita que o cenriode conitos ligado a prosses irrelevante no que serefere vida do gerente da loja de sapatos, vivida comsingela nobreza.

    130. No trecho No porque escolheu, mas foi o que lhe res-tou (.1-2), o emprego da prclise relativa ao pronomelhe explica-se pela presena do pronome relativo.

    CESPE/PCDF/AGENTE

    Texto para os it ens de 131 a 140

    Pavio do destino

    Srgio Sampaio

    O bandido e o mocinhoSo os dois do mesmo ninhoCorrem nos estreitos trilhosL no morro dos aitos

    5 Na Favela do EsqueletoSo lhos do primo pobreA parcela do silncio

    Que encobre todos os gritosE vo caminhando juntos

    10 O mocinho e o bandido

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    De revlver de brinquedoPorque ainda so meninos

    Quem viu o pavio aceso do destino?

    Com um pouco mais de idade15 E j no so como antes

    Depois que uma autoridadeInventou-lhes um agranteQuanto mais escapa o tempoDos falsos educandrios

    20 Mais a dor o documentoQue os agride e os separaNo so mais dois inocentesNo se falam cara a caraQuem pode escapar ileso

    25 Do medo e do desatino

    Quem viu o pavio aceso do destino?

    O tempo pai de tudo

    E surpresa no tem diaPode ser que haja no mundo

    30 Outra maior ironiaO bandido veste a fardaDa suprema seguranaO mocinho agora amargaUm bando, uma quadrilha

    35 So os dois da mesma safraOs dois so da mesma ilhaDois meninos pelo avessoDois perdidos Valentinos

    Quem viu o pavio aceso do destino?

    A respeito dos sentidos do texto de Srgio Sampaio,que constitui a letra de uma msica, julgue os itensseguintes.

    131. O trecho Quanto mais escapa o tempo / Dos falsoseducandrios / Mais a dor o documento / Que osagride e os separa (v.18-21) poderia, sem prejuzopara a correo gramatical, ser reescrito da seguinteforma: medida que escapa o tempo dos falsos edu-candrios, a dor vai se tornando o documento que osagride e os separa.

    132. O termo ileso (v.24) est empregado como sinnimode inclume.

    133. Infere-se da leitura dos versos O bandido veste a far-da / Da suprema segurana / O mocinho agora amarga/ Um bando, uma quadrilha (v.31-34) que houve umainverso: o menino que fazia o papel de mocinho nabrincadeira virou bandido quando adulto, e o que fa-zia o papel de bandido se tornou policial. Na mesmaestrofe, os termos surpresa (v.28), ironia (v.30) eavesso (v.37) raticam essa interpretao.

    134. O texto, pertencente a um gnero potico, faz um re-lato biogrco sobre duas crianas em uma localidade

    perifrica, contrastando a inocncia e o ludismo da in-fncia com a aspereza e a ironia do destino na vidaadulta.

    135. Os termos ninho (v.2) e safra (v.35) foram empre-gados em sentido denotativo e correspondem, res-pectivamente, ao local e poca de nascimento dosmeninos.

    Acerca de aspectos lingusticos do texto, julgue os

    itens a seguir.136. Nos versos 25 e 26, os termos Do medo, do desati-

    no e do destino exercem a mesma funo sinttica.

    137. O sentido original do texto seria alterado, mas a sua

    correo gramatical seria preservada caso o trechoPode ser que haja no mundo / Outra maior ironia

    (v.29-30) fosse assim reescrito no plural: Podem ser

    que hajam no mundo / Outras maiores ironias.

    138. O termo amarga (v.33) corresponde a uma caracte-

    rstica que, no texto, qualica quadrilha (v.34).

    139. O sujeito da forma verbal viu, nos versos 13, 26 e 39, indeterminado, pois no se revela, no texto, quem

    pratica a ao de ver.

    140. O antecedente a que se referem os termos lhes (v.17)

    e os (v.21) recuperado na primeira estrofe do texto.

    Balano divulgado pela Secretaria de Seguran-

    a Pblica do Distrito Federal (SSP/DF) aponta re-

    duo de 39% nos casos de roubo com restrio de

    liberdade, o famoso sequestro-relmpago, ocorridos

    5 entre 1 de janeiro e 31 de agosto deste ano, emcomparao com o mesmo perodo do ano passado foram 520 ocorrncias em 2012 e 316 em 2013.

    Em agosto deste ano, foram registrados 39 ca-

    sos de sequestro-relmpago em todo o DF, o que representa

    10 reduo de 32% do nmero de ocorrncias dessa natu-

    reza criminal em relao ao mesmo ms de 2012, per-

    odo em que 57 casos foram registrados. Entre as 39

    vtimas, 11 foram abordadas no Plano Piloto, regioque lidera a classicao de casos, seguida pela regio

    15 administrativa de Taguatinga, com oito ocorrncias.

    Segundo a SSP, o cenrio diferente daquele do ms

    de julho, em que Ceilndia e Gama tinham o maiornmero de casos. 38% dos crimes foram cometidos

    nos ns de semana, no perodo da noite, e quase 70%20 das vtimas eram do sexo masculino, o que mostra

    que a escolha da vtima baseada no princpio da

    oportunidade e aleatria, no em funo do gnero. Ao todo, 82% das vtimas (32 pessoas) estavam

    sozinhas no momento da abordagem dos bandidos,

    25 por isso as foras de segurana recomendam que aspessoas tomem alguns cuidados, entre os quais, noestacionar em locais escuros e distantes, no cardentro de carros estacionados e redobrar a ateno ao

    sair de residncias, centros comerciais e outros locais.DF registra 316 ocorrncias de sequestro-relmpago nos primeiros oito

    meses deste ano. R7, 06.09.2013. Internet: (com

    adaptaes).

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    Julgue os prximos itens, relativos aos sentidos e aosaspectos lingusticos do texto acima.

    141. O texto, predominantemente informativo, refuta a ideiade que os alvos preferenciais dos autores de seques-tros-relmpago seriam do sexo feminino.

    142. A expresso o famoso sequestro-relmpago (.4)est entre vrgulas porque explica, em termos popu-lares, a expresso roubo com restrio de liberdade(.3-4).

    143. A correo gramatical e o sentido da orao Em agos-to deste ano, foram registrados 39 casos de sequestro--relmpago em todo o DF (.8-9) seriam preservadoscaso se substitusse a locuo verbal foram registra-dos por registrou-se.

    144. O trecho por isso as foras de segurana recomen-dam que as pessoas tomem alguns cuidados (.25-26) expressa uma ideia de concluso e poderia, man-tendo-se a correo gramatical e o sentido do texto,ser iniciado pelo termo porquantoem vez da expres-so por isso.

    145. A correo gramatical e o sentido do texto seriampreservados caso a vrgula imediatamente aps o ter-mo quais (.26) fosse substituda pelo sinal dedois-pontos.

    146. Infere-se do texto que, em agosto, Plano Piloto e

    Taguatinga eram as localidades com os mais altos n-dices de criminalidade no DF, situao inversa dejulho, quando as regies de maior periculosidade eramCeilndia e Gama.

    A priso, em vez de devolver liberdadeindivduos corrigidos, espalha na populaodelinquentes perigosos. A priso no pode deixarde fabricar delinquentes. Fabrica-os pelo tipo de

    5 existncia que faz os detentos levarem: que quemisolados nas celas, ou que lhes seja imposto um trabalhopara o qual no encontraro utilidade, de qualquermaneira no pensar no homem em sociedade; criar

    uma existncia contra a natureza intil e perigosa;10 queremos que a priso eduque os detentos, mas um

    sistema de educao que se dirige ao homem podeter razoavelmente como objetivo agir contra o desejoda natureza? A priso fabrica tambm delinquentes

    impondo aos detentos limitaes violentas; ela se

    15 destina a aplicar as leis, e a ensinar o respeito por

    elas; ora, todo o seu funcionamento se desenrola

    no sentido do abuso de poder. A priso torna poss-

    vel, ou melhor, favorece a organizao de um meio

    de delinquentes, solidrios entre si, hierarquizados,

    20 prontos para todas as cumplicidades futuras.Michel Foucault. Ilegalidade e delinquncia. In: Michel Foucault. Vigiar

    e punir: nascimento da priso. 33.a ed. Petrpolis: Vozes, 1987, p. 221-2

    (com adaptaes).

    Os itens seguintes apresentam propostas de reescritu-ra de trechos do texto acima. Julgue-os quanto cor-reo gramatical e manuteno do sentido originaldo texto.

    147. A priso (...) fabricar delinquentes (.3-4): No permitido que a priso deixe de forjar delinquentes.

    148. Fabrica-os pelo (...) intil e perigosa (.4-9): Fabrica--os pelo tipo de existncia que impem aos detentos:que quem isolados nas celas, ou que sejam compeli-dos a um trabalho para o qual no encontraro utilida-de, de qualquer maneira no pensar no homem emsociedade; criar uma existncia que vai de encontro natureza intil e perigosa.

    149. A priso (...) por elas (.13-16): Ao impor limitaesviolentas aos detentos, a priso cria tambm delin-quentes. Ela destinada a aplicao das leis e ao en-

    sino do respeito por elas.

    150. A priso (...) delinquentes perigosos (.1-3): Con-quanto devolva indivduos corrigidos liberdade, a pri-so dissemina delinquentes perigosos na populao.

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    CESPE / ANATEL / ANALISTA ADMINISTRATIVO

    Com base no documento hipottico acima, julgue ositens seguintes.

    151. O documento apresentado no atende s recomen-

    daes do padro ofcio, visto que trata de assuntosdistintos em um mesmo pargrafo.

    152. Identica-se, no ofcio, erro de formatao em relao numerao de pargrafos, que s devem ser enumera-dos caso haja mais de trs pargrafos.

    153. O emprego das formas pronominais desta, no primei-ro pargrafo, e esta, no segundo pargrafo, atendes exigncias do padro culto da linguagem, visto quese refere primeira pessoa do discurso, ou seja, aoremetente da comunicao ocial.

    154. Nesse ofcio, deveriam constar do cabealho ou dorodap informaes acerca do remetente, tais como

    nome do rgo ou setor; endereo postal; telefone; eendereo de correio eletrnico.

    155. Nesse ofcio, a apresentao do nome e do cargo dapessoa a quem dirigida a comunicao est de acor-do com a forma e a estrutura do padro ofcio.

    CESPE / ANTAQ / ANALISTA ADMINISTRATIVO

    Considerando aspectos estruturais e lingusticos dascorrespondncias ociais, julgue os itens que se se-guem, de acordo com o Manual de Redao da Presi-

    dncia da Repblica.

    156. A estrutura da exposio de motivos varia conformesua nalidade: h uma estrutura prpria para expo-sio de motivos cuja nalidade seja unicamente in-

    formar e outra estrutura prpria para a exposio demotivos cujo objetivo seja propor alguma medida ousubmeter projeto de ato normativo.

    157. Uma mensagem de correio eletrnico s tem valor do-cumental se houver conrmao de recebimento ou deleitura da mensagem pelo destinatrio e se existir cer-ticao digital que ateste a identidade do remetente,na forma estabelecida em lei.

    158. A conciso uma qualidade dos textos ociais intima-

    mente relacionada ao princpio da economia lingusti-

    ca, que visa eliminar do texto redundncias e passa-gens que nada acrescentem ao que j tenha sido dito.

    159. O tratamento Dignssimo deve ser empregado para

    todas as autoridades do poder pblico, uma vez que adignidade tida como qualidade inerente aos ocupan-

    tes de cargos pblicos.

    CESPE / IBAMA / ANALISTA ADMINISTRATIVO

    Com base no documento apresentado acima e nosconceitos de redao de correspondncias ociais, jul-

    gue os itens a seguir.

    160. Alm do fecho utilizado no documento, o Manual deRedao da Presidncia da Repblica estabelece oemprego de mais dois fechos: Respeitosamente, paraautoridades superiores, inclusive o Presidente daRepblica; e Cordialmente, para particulares.

    161. Por se tratar de comunicao de assunto ocial entrediferentes rgos da administrao pblica, o contedodo documento em tela est adequado ao expedienteofcio.

    Considerando que o documento acima tenha sido ela-borado em resposta a documento anterior, elaboradopelo prefeito do municpio XYZ, julgue os itens seguin-tes, de acordo com as normas do Manual de Redaoda Presidncia da Repblica.

    162. O pronome Vossa Senhoria (.2) foi empregado demaneira inadequada, uma vez que, para prefeitos muni-cipais, deve-se utilizar o tratamento Vossa Excelncia.

    163. Para adequar a identicao do signatrio s recomen-daes do Manual de Redao da Presidncia da Re-pblica, suciente acrescentar o cargo da autoridadeque expediu o documento, bem como sua assinatura.

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    164. Se, na linha 5, no lugar do pronome cuja, fosse em-pregada a expresso que a, o paralelismo sinttico doperodo seria reforado e a correo gramatical do tex-to seria mantida.

    CESPE / MPU / ANALISTA DO MPU

    Acerca das caractersticas gerais dos diversos tipos decomunicao ocial, julgue os itens a seguir.

    165. Em comunicaes ociais dirigidas a ministros de tri-bunais superiores, deve-se empregar o pronome detratamento Vossa Excelncia.

    166. Para que correspondncias ociais enviadas por cor-reio eletrnico sejam aceitas como documentos ori-ginais, necessria certicao digital que ateste aidentidade do remetente.

    167. Em situaes em que se exija agilidade na comuni-cao, deve-se evitar o uso de memorandos, j quesua tramitao, por envolver diversos setores do rgopblico expedidor, prejudica a celeridade do processo.

    168. Os expedientes ociais devem caracterizar-se pela im-pessoalidade, por constiturem modalidade de comu-nicao empregada exclusivamente entre rgos doservio pblico.

    CESPE / MINISTRIO DA SADE / ANALISTA TCNICOADMINISTRATIVO

    Acerca das caractersticas gerais dos diversos tipos decomunicao ocial, julgue os itens a seguir.

    169. O texto abaixo comporia adequadamente o envelopede uma comunicao ocial enviada a cidado queocupe cargo de ministro de Estado.

    A Sua Excelncia o Senhor

    Joo Nascimento

    Ministro de Estado da Sade

    74.000-000 Braslia. DF

    170. O texto de expedientes de mero encaminhamento dedocumentos constitudo de introduo e desenvolvi-mento.

    171. Empregar linguagem tcnica nas comunicaes o-ciais uma maneira de conferir formalidade a esse tipode expediente.

    172. A forma de tratamento Dignssimo deve ser empre-gada caso o destinatrio da comunicao ocial ocupecargo hierarquicamente superior ao do remetente.

    173. Os avisos so expedientes ociais emitidos por minis-tros de Estado para autoridades de mesma hierarquia.

    CESPE / STF / ANALISTA JUDICIRIO

    Tendo como referncia a comunicao hipottica aci-ma, julgue os itens a seguir luz do Manual de Reda-o da Presidncia da Repblica.

    174. Caso ocupe mais de uma pgina, o memorando po-der ser impresso no anverso e no verso do papel,utilizando-se a denominada margem espelho.

    175. O documento ocial em apreo estaria mais adequadoao padro e teria trmite mais gil caso fosse includonele o nome do Chefe do Departamento de Materiais.

    176. O texto do documento em questo est em discordn-cia com os princpios de impessoalidade e concisonecessrios redao de correspondncias ociais.

    Acerca das correspondncias ociais, julgue os itensseguintes.

    177. Na indicao de nome ao cargo de ministro do STF,o presidente da Repblica dever fazer uso de umamensagem, qual dever anexar curriculum vitae, de-vidamente assinado, do indicado.

    178. De modo a atender aos princpios da formalidade e daimpessoalidade, os adjetivos referentes a pronomesde tratamento devem ser exionados no masculino.

    CESPE / BACEN / ANALISTA

    Julgue os itens que se seguem de acordo com o Manu-al de Redao da Presidncia da Repblica.

    179. A formalidade, entre outros aspectos, vincula-se auniformidade das comunicaes, o que implica o es-tabelecimento de um padro de redao ocial. Nessecaso, no que se refere a documentos de tramitaointerna, vale o preceito de se registrar o teor do do-cumento, no expediente do texto, em Assunto, coma palavra escrita em fonte regular, em negrito, sem anecessidade, portanto, do desenvolvimento do textoem pargrafos.

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    180. Tendo em vista a correspondncia ocial a ser dirigidaa Chefes dos Poderes, sero empregadas as formasA sua Excelncia o Senhor endereamento; par-te externa do envelope, e Excelentssimo Senhor, notexto, propriamente dito, como vocativo, no que se re-fere especicamente, ao emprego de formas de trata-

    mento indireto de pessoa.

    181. Em todos os expedientes ociais, a autoridade signa-tria deve ser identicada por meio do nome, do cargoe da assinatura.

    CESPE / PCDF / AGENTE

    Com fundamento no Manual de Redao da Presidn-cia da Repblica, julgue os itens a seguir, referentes adequao da linguagem e do formato do texto scorrespondncias ociais.

    182. Se, para tratar de interesse de um liado seu, o Sin-dicato dos Policiais Civis do DF tiver de se comuni-car ocialmente com a chea da Seo de RegistrosFuncionais (SRFUN) do Departamento de Gesto dePessoas da PCDF, ele dever encaminhar SRFUNum memorando, em cujo cabealho devero constaras seguintes informaes:

    Governo do Distrito FederalPolcia Civil do Distrito FederalSindicato dos Policiais Civis do Distrito FederalSEDE: Plano Piloto, SCLRN 716, Bloco F, Loja 59, Edi-

    fcio do Policial CivilCEP 70.770-536 Braslia-DFTelefone: (61) 3701-1300 Email: secpre@sinpoldf.

    com.br

    183. O texto de um ofcio a ser encaminhado pela chea daDiviso de Tramitao de Autos da PCDF DelegaciaEstadual de Represso a Furtos e Roubos de Cargas,sediada na capital do estado de Gois, dever conter aapresentao do assunto que motiva a comunicao,o detalhamento desse assunto e a rearmao ou re-apresentao da posio recomendada a respeito do

    assunto.

    184. Caso a diretora da Academia de Polcia Civil do Distri-to Federal, no uso de suas atribuies, necessite tra-tar de assuntos ociais com o ministro de Estado daDefesa, dever encaminhar-lhe um aviso, documentoocial usado para essa nalidade, em cujo vocativodever ser empregada a expresso Senhor Ministro,seguida de vrgula.

    CESPE / ANS / ANALISTA ADMINISTRATIVO

    Com base no Manual de Redao da Presidncia da

    Repblica, julgue os itens seguintes, referentes a ade-quao da linguagem, formato e caractersticas da cor-respondncia ocial.

    185. Formalidade de tratamento, clareza datilogrca,correta diagramao do texto e utilizao de papis demesma espcie so necessrias para a uniformidadedas comunicaes ociais.

    186. Considere que o diretor de normas e habilitao das

    operadoras da ANS precise comunicar-se com o mi-nistro de Estado da Sade. Nessa situao, o diretordever utilizar o aviso como forma de correspondnciaocial, dado o fato de o ministro ser autoridade de hie-rarquia superior e dada a vinculao da ANS ao Minis-trio da Sade.

    187. Considere que a Diretoria Colegiada da ANS compo-nha-se pelo diretor-presidente da ANS e pelo diretorinterino da Diretoria de Gesto. Considere, ainda, queo diretor-presidente da ANS pretenda encaminhar umacomunicao ocial ao diretor interino da Diretoria deGesto, para a exposio de diretrizes a serem adota-das pela ANS. Nessa situao, o diretor-presidente daANS dever elaborar um memorando com o seguintefecho: Atenciosamente.

    188. Na redao ocial, a impessoalidade refere-se aoemprego adequado de estruturas formais, como autilizao de pronomes de tratamento para determinadaautoridade, polidez e civilidade no enfoque dado aoassunto que se pretende comunicar.

    189. Nas comunicaes ociais, o agente comunicador o servio pblico, e o assunto relaciona-se s atribui-

    es do rgo ou da entidade que comunica, devendoa correspondncia ocial estar isenta de impressesindividuais do remetente do documento, para a ma-nuteno de certa uniformidade entre os documentosemanados de diferentes setores da administrao.

    CESPE / DEPEN / ESPECIALISTA

    Com base no Manual de Redao da Presidncia daRepblica, julgue os itens a seguir.

    190. So partes essenciais do aviso, do ofcio e do memo-rando, na seguinte ordem, o tipo e o nmero do expe-diente, o local e a data de sua expedio, o nome eo cargo da autoridade remetente, o corpo do texto, ofecho e, por m, a assinatura da autoridade autora dacomunicao ocial.

    191. O aviso, modalidade de comunicao utilizada parao tratamento de assuntos ociais entre rgos da ad-ministrao pblica, expedido exclusivamente porministro de Estado para autoridades de mesma hie-rarquia.

    192. Em memorando expedido pelo chefe do setor de tec-

    nologia para o diretor-geral do Departamento Peniten-cirio Nacional, deve-se empregar o vocativo SenhorDiretor-Geral Fulano de Tal.

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    QUESTES

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    CESPE / SERPRO / ANALISTA

    Com fundamento no Manual de Redao daPresidncia da Repblica, julgue os seguintes itens,relativos adequao da linguagem e do formato dacorrespondncia ocial acima apresentada.

    193. Na correspondncia ocial apresentada, o emprego daprimeira pessoa do singular, por meio das formas ver-bais Submeto e permitindo-me sugerir, embora norepresente uma postura de modstia, possibilitou queo assunto fosse comunicado de modo claro e impesso-al, o que se verica pela ausncia, no corpo do texto,de impresses individuais e parciais do remetente.

    194. A forma de tratamento empregada no vocativo Senho-ra Presidenta da Repblica est adequada ao gnerode correspondncia ocial expedida e autoridade aque est dirigida.

    195. No documento ocial em questo, verica-se a apresen-tao do problema que reclama a adoo da medidaou do ato normativo proposto e tambm da medida quedeve ser tomada ou do ato normativo que deve ser edi-tado para solucionar o problema.

    CESPE / TJSE / ANALISTA JUDICIRIO

    luz das orientaes presentes no Manual de Reda-o da Presidncia da Repblica, julgue os prximositens.

    196. Nas comunicaes ociais dirigidas a ministros de tri-bunais superiores, deve-se empregar a forma de trata-mento Vossa Excelncia. Caso possua o ttulo de dou-tor, o ministro destinatrio pode, ainda, ser designadocomo doutor.

    197. Os atributos da comunicao ocial, a exemplo daclareza, conciso, formalidade e uniformidade, estoassociados aos princpios que, segundo a ConstituioFederal, norteiam a administrao pblica, como os dapublicidade e da impessoalidade.

    198. A mensagem que tenha por nalidade recomendar au-toridades para a ocupao de cargos deve ser acom-panhada do curriculum vitaedo indicado, devidamenteassinado.

    199. Embora aviso e ofcio sigam o mesmo padro formal o padro ofcio , as funes desses documentosso distintas.

    200. O trecho seguinte adequado para constar de um me-morando: Solicita-se a esse respeitvel departamento,o envio, ao Setor de Limpeza e Conservao, dos ma-teriais arrolados abaixo.

    G A B A R I T O

    1. E

    2. E

    3. E

    4. C

    5. C

    6. E

    7. E

    8. C

    9. C10. E

    11. E

    12. E

    13. C

    14. C

    15. C

    16. E

    17. E

    18. C

    19. C

    20. C21. C

    22. C

    23. C

    24. E

    25. E

    26. E

    27. C

    28. E

    29. C

    30. E

    31. C

    32. E

    33. E

    34. E

    35. E

    36. E

    37. E

    38. C

    39. C

    40. C

    41. E

    42. E43. E

    44. E

    45. C

    46. E

    47. C

    48. E

    49. C

    50. C

    51. E

    52. C

    53. C54. E

    55. E

    56. E

    57. E

    58. C

    59. C

    60. C

    61. X

    62. C

    63. C

    64. E

    65. E

    66. E

    67. C

    68. E

    69. E

    70. C

    71. C

    72. E

    73. X

    74. E

    75. E76. E

    77. C

    78. C

    79. C

    80. E

    81. C

    82. E

    83. C

    84. E

    85. E

    86. E87. C

    88. E

    89. C

    90. C

    91. E

    92. E

    93. E

    94. E

    95. C

    96. C

    97. C

    98. C

    99. C

    100. E

    101. E

    102. E

    103. E

    104. E

    105. C

    106. C

    107. E

    108. C109. E

    110. E

    111. E

    112. X

    113. C

    114. E

    115. C

    116. C

    117. E

    118. E

    119. E120. C

    121. E

    122. E

    123. C

    124. E

    125. C

    126. C

    127. E

    128. E

    129. C

    130. C

    131. E

    132. C

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    1.000QUESTES

    TJDFT

    20

    133. C

    134. C

    135. E

    136. E

    137. E

    138. E

    139. E

    140. C

    141. C

    142. C

    143. E

    144. E

    145. C

    146. E

    147. E

    148. E

    149. E

    150. E

    151. E

    152. E

    153. E

    154. C

    155. C

    156. C

    157. E

    158. C

    159. E

    160. E

    161. C

    162. C

    163. E

    164. E

    165. C

    166. C

    167. E

    168. E

    169. C

    170. E

    171. E

    172. E

    173. C

    174. E

    175. E

    176. C

    177. C

    178. E

    179. E

    180. C

    181. E

    182. E

    183. C

    184. E

    185. C

    186. E

    187. C

    188. E

    189. C

    190. E

    191. C

    192. E

    193. C

    194. E

    195. C196. C197. C198. C199. C200. E

    INFORMTICA

    201. (CESPE/ TRE/ES/ BSICO NVEL SUPERIOR) Os ca-racteres TCP/IP designam um conjunto de protocolosde comunicao entre computadores ligados em redeque utilizado para comunicao na internet.

    202. (CESPE/ ABIN/ AGENTE TCNICO DE INTELIGN-CIA) No Internet Explorer, ao acessar uma pgina por

    meio do protocolo seguro HTTP, que utiliza o algoritmo

    de criptograa SSL (secure socket layer), o usurio in-

    formado pelo navegador, mediante a exibio de um co-ne contendo um cadeado, de que a conexo segura.

    203. (CESPE/ SERPRO/ TCNICO) Os protocolos POP3(post ofce protocol) e SMTP (simple transfer protocol)

    so usados, na internet, para o envio e o recebimentode mensagens de correio eletrnico, respectivamente.

    204. (CESPE/ BRB/ ADVOGADO) O DNS (domain namesystem) um protocolo de aplicao que faz a conver-so de um nome em um endereo IP.

    205. (CESPE/ CAIXA/ TCNICO BANCRIO) Quando se

    digita o endereo de uma pgina web, o termo http

    signica o protocolo de acesso a pginas em formatohtml, por exemplo.

    206. (CESPE/ CAIXA/ TCNICO BANCRIO) FTP o pro-

    tocolo de envio e recebimento de e-mail utilizado quan-

    do as mensagens de correio eletrnico no possuemremetentes.

    207. (CESPE/ BRB/ TCNICO BANCRIO) O uso de HT-

    TPS (HTTP seguro) permite que as informaes envia-das e recebidas em uma conexo na internet estejam

    protegidas por meio de certicados digitais.

    208. (CESPE) As intranets podem ter os mesmos servi-os e produtos que a internet, sejam eles de correioeletrnico, acesso a pginas de hipertextos, upload edownload de arquivos. A nica diferena entre intranete internet que a intranet destinada ao acesso deusurios externos a uma organizao, como clientes e

    fornecedores, por exemplo, ou para acesso remoto decasa pelos empregados de uma empresa.

    209. (CESPE) A intranet, rede que usa tecnologias e pro-tocolos da internet, est disponvel somente para de-terminadas pessoas, como os funcionrios de umaorganizao.

    210. (CESPE) Um computador conectado internet pormeio de um provedor de aces