392
“Coletivo Articulador-Realizador” CADERNO DO FACILITADOR DA FTG - CICLO II PERCURSO SOCIOEDUCATIVO V 1ª Edição Brasília 2009 FORMAÇÃO TÉCNICA GERAL

37- Projovem Adolescente_Caderno Do Facilitador Da FTG

Embed Size (px)

Citation preview

http://slidepdf.com/reader/full/37-projovem-adolescentecaderno-do-facilitador-da-ftg 1/391
PERCURSO SOCIOEDUCATIVO V
http://slidepdf.com/reader/full/37-projovem-adolescentecaderno-do-facilitador-da-ftg 2/391
Expediente:
Esta é uma publicação técnica da Secretaria Nacional de Assistência Social.
Secretária Nacional de Assistência Social: Ana Lígia Gomes
Diretora do Departamento de Gestão do SUAS: Simone Aparecida Albuquerque
Diretora do Departamento de Proteção Social Especial: Valéria Maria Massarani Gonelli
Diretora do Departamento de Benefícios Assistenciais: Maria José de Freitas
Diretor-Executivo do Fundo Nacional de Assistência Social: Fernando Antônio Brandão
Diretora do Departamento de Proteção Social Básica: Aidê Cançado Almeida Coordenadora-Geral de Regulação das Ações de Proteção Social Básica: Mariana López Matias
 Assessor Técnico do Departamento de Proteção Social Básica: Alexandre Valle dos Reis
Colaborador: Jeison Pábulo Andrade.
Renata Gérard Bondim (Coordenação de Projeto)
Cássio Alan Ferreira Maduro
Denise Vilardo Nunes Guimarães
Fabiano Antonio dos Santos
Lucília Barbosa de Aguiar
 Vera Cristina Rodrigues
*Equipe de pesquisa e elaboração do Laboratório Trabalho&Formação/LT&F
da Coordenação dos Programas
Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.
 Tiragem: 30.000 exemplares
Impressão: Gráfica Brasil
Coordenação da Publicação: Departamento de Proteção Social Básica.
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Secretaria Nacional de Assistência Social Esplanada dos Ministérios, Bloco C, 6° andar, sala 641
CEP: 70.054-900 –Brasília – DF
 Telefone 0800 707 2003
Caderno do Facilitador da FG : Ciclo II : Percurso Socioeducativo V : “Coletivo  Articulador-Realizador” : Formação écnica Geral / Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. – 1. ed. – Brasília: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, 2009.
396 p. (Projovem Adolescente : Serviço Socioeducativo)
ISBN 978-85-60700-20-2 ISBN 978-85-60700-28-8
1. Juventude. 2. Assistência Social. 3. Políticas Públicas. 4. Serviço socio- educativo. 5. Participação cidadã. 6. Formação écnica Geral para o trabalho. 7. Programa Nacional de Inclusão de Jovens – PROJOVEM. I. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. II.ítulo.
8/18/2019 37- Projovem Adolescente_Caderno Do Facilitador Da FTG
http://slidepdf.com/reader/full/37-projovem-adolescentecaderno-do-facilitador-da-ftg 3/391
 Apresentação
O tema da juventude ocupa um lugar de destaque na Agenda Social do Governo Federal, cujos objetivos gerais são a redução da pobreza e da desigualdade, a erradicação da fome e a promoção da autonomia e da inclusão social das famílias brasileiras em situação de vulnerabilidade.
Com igual ênfase política e de maneira complementar ao Plano de Aceleração do Crescimento – PAC, a Agenda Social enuncia prioridades e organiza as ações que vêm demonstrando, na prática, ser possível promover o crescimento econômico aliado ao desenvolvimento social.
No processo de construção da Agenda Social, sob a coordenação da Secretaria-Geral da Presidência da
República, os Ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS, do rabalho e Emprego – ME, da Educação – MEC, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos – SEDH e a Secretaria Nacional de Juventude – SNJ constituíram um Grupo de rabalho com a tarefa de discutir a integração de programas governamentais voltados aos jovens – Agente Jovem de Desenvolvimento Social e Humano, Saberes da erra, Projovem, Consórcio Social da Juventude, Juventude Cidadã e Escola de Fábrica. O objetivo foi elaborar uma estratégia que articulasse intersetorialmente as políticas públicas e os respectivos programas, conferindo-lhes escala, otimizando ações e potencializando resultados.
Como resultado dessa iniciativa, optou-se pela reformulação do Programa Nacional de Inclusão de Jovens – Projovem, criado em 2005, ampliando sua faixa etária para o público de 15 a 29 anos e criando quatro modalidades: Projovem Adolescente – Serviço Socioeducativo, Projovem Urbano, Projovem rabalhador e Projovem Campo –
Saberes da erra. O novo Projovem foi lançado em setembro de 2007 pelo Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, e posteriormente regulamentado pela Lei nº 11.629, de 10 de junho de 2008.
 A intersetorialidade na concepção e implantação do Projovem vai além da sua gestão compartilhada e busca alcançar a efetiva integração de programas e ações promovidos por cada um dos ministérios parceiros. Sua lógica visa assegurar um atendimento integral e contínuo aos jovens dos 15 aos 29 anos de idade, oferecendo-lhes a possibilidade de participação nas diversas modalidades do Programa.
O Projovem Adolescente, coordenado pelo MDS, é voltado para jovens de 15 a 17 anos de famílias bene- ficiárias do Programa Bolsa Família e jovens vinculados ou egressos de programas e serviços da proteção social especial, como o Programa de Combate à Violência e à Exploração Sexual e o Programa de Erradicação do
rabalho Infantil – PEI, ou ainda jovens sob medidas de proteção ou socioeducativas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente. Como forma de promover e garantir a intersetorialidade na modalidade Projovem
 Adolescente foi consti tuído um comitê, sob a coordenação do MDS, com representantes dos ministérios e se- cretarias parceiros, a saber: Ministérios da Cultura, do Esporte, da Saúde, do Meio Ambiente, do rabalho, da Educação, Secretaria Especial de Direitos Humanos, Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e Secretaria Nacional de Juventude.
Um importante avanço na concepção da política de proteção e promoção social para os jovens e suas famílias é o aprofundamento da integração entre as transferências de renda e os serviços socioassistenciais. A alteração dos critérios de concessão dos benefícios variáveis do Programa Bolsa Família, estendidos às famílias com jovens de 16 e 17 anos que frequentam a escola, foi articulada à modalidade Projovem Adolescente, como parte de uma acertada estratégia de pro-
mover a integração das políticas sociais voltadas à juventude, público mais exposto à violência e ao desemprego.
8/18/2019 37- Projovem Adolescente_Caderno Do Facilitador Da FTG
http://slidepdf.com/reader/full/37-projovem-adolescentecaderno-do-facilitador-da-ftg 4/391
O Projovem Adolescente – Serviço Socioeducativo configura-se, assim, como mais um passo importante na con-
solidação da rede de proteção e promoção social que estamos construindo de forma republicana e pactuada no Brasil. Ele é mais um componente do processo de construção do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, implementado com a atuação solidária do Governo Federal, de Estados, de Municípios e do Distrito Federal.
Desde a criação do MDS, em janeiro de 2004, temos trabalhado vigorosamente pelo fortalecimento e institucionaliza- ção das políticas de proteção e promoção social, promovendo a estruturação de uma rede articulada de políticas de Assistência Social, de Segurança Alimentar e Nutricional e de Renda de Cidadania. Estamos ainda ampliando e integrando as ações de geração de oportunidades para a inclusão produtiva voltada às famílias em situação de pobreza e vulnerabilidade social.
Nosso compromisso é consolidar essas políticas no campo das políticas públicas de garantia de direitos de cidadania, regulamentadas com padrões de qualidade, critérios republicanos de alocação de recursos, transparência e controle social.
No Projovem Adolescente, esse compromisso está expresso neste conjunto de publicações. Aqui são apresen- tados os fundamentos, a concepção, os referenciais e princípios metodológicos estruturantes e norteadores das ações integrantes do Projovem Adolescente – Serviço Socioeducativo.
Mais do que superar a fome e a miséria – estabelecendo um patamar mínimo obrigatório de dignidade humana – é necessário garantir a todos as oportunidades para desenvolverem plenamente suas potencialidades e capacidades e, assim, viverem de forma digna e autônoma. Esse é o propósito que une as pessoas de bem, comprometidas com a jus- tiça social, que tratam as políticas sociais de forma republicana e suprapartidária, como uma responsabilidade do poder público com a melhoria da qualidade de vida de nossos cidadãos, principalmente daqueles historicamente alijados do processo de desenvolvimento do País. O investimento que estamos fazendo hoje em nossa juventude seguramente
trará frutos não apenas para seus beneficiários diretos, mas para toda a nação brasileira.
 Patrus Ananias de Sousa  Ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
8/18/2019 37- Projovem Adolescente_Caderno Do Facilitador Da FTG
http://slidepdf.com/reader/full/37-projovem-adolescentecaderno-do-facilitador-da-ftg 5/391
O Projovem Adolescente na Política Nacional de Assistência Social – PNAS
O Projovem Adolescente – Serviço Socioeducativo integra a Política Nacional de Assistência Social, política pú- blica de proteção social de caráter universalizante, que se materializa por meio do Sistema Único de Assistência Social –  SUAS, composto por uma rede articulada e orgânica de serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais.
 A política de assistência social, desenvolvida no âmbito da seguridade social, juntamente com a saúde e a previ- dência social, organiza-se em proteção social básica (que visa a prevenção de situações de risco por meio do desenvolvi- mento de potencialidades e aquisições em várias dimensões e do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários) e em proteção social especial (que visa a proteção a indivíduos e famílias em situação de risco pessoal e social, em decorrência de abandono, maus-tratos, exploração sexual, envolvimento com atos infracionais, trabalho infantil, entre outras). A intervenção de cada forma de proteção, ou de ambas, depende das necessidades dos contextos de prevenção ou da ocorrência de riscos e da complexidade dos danos sociais e do comprometimento do direito à vida e à sobrevi- vência que envolva indivíduos, famílias ou grupos sociais.
Na Política Nacional de Assistência Social (PNAS/2004), a concepção de proteção social amplia o campo da assistência social pelo significado preventivo incluído na ideia de proteção. “Estar protegido significa ter forças próprias ou de terceiros, que impeçam que alguma agressão / precarização / privação venha a ocorrer, deteriorando uma dada condição.” (SPOSAI, 2007, p. 17).
 A PNAS, nessa perspectiva, organiza sua rede socioassistencial não mais em função de públicos, mas de seguran- ças que respondam às necessidades e assegurem direito, dentre os quais:
(a) segurança de renda , cujo objetivo é garantir que todo cidadão brasileiro, independentemente de ter vín- culos ou não com trabalho, tenha acesso à provisão material necessária para suprimento de suas necessidades básicas, por meio do acesso aos benefícios socioassistenciais e a outras formas de transferência de renda. A segurança de renda também se materializa por meio da realização de projetos de enfrentamento à pobreza;
(b) segurança de acolhida , que visa garantir o direito das pessoas ao atendimento, por profissional qualificado, para obter informações sobre direitos e como acessá-los. Em casos de abandono, fragilização ou perda de vínculos familiares ou em situações que impeçam a convivência e a permanência na família, os serviços de acolhida operam na atenção às necessi- dades humanas de abrigo, reforço (ou construção) de vínculos familiares, proteção à vida, alimentação e vestuário;
(c) segurança do convívio, que tem por foco a garantia do direito constitucional à convivência familiar e à proteção à família, com vistas ao enfrentamento de situações de isolamento social, enfraquecimento ou rompimento de vínculos familiares e comunitários, situações discriminatórias e estigmatizantes, por meio de ações centradas no fortalecimento da autoestima, dos laços de solidariedade e dos sentimentos de pertença e coletividade. Alguns autores1
se referem às relações de convivência como uma rede de apoios de sociabilidades, capaz de oferecer um ambiente edu- cativo e emocionalmente seguro às pessoas em sua convivência social.
O Projovem Adolescente articula um conjunto de ações dos dois âmbitos da proteção social – básica e especial – e busca desenvolver seguranças sociais de acolhida, convívio familiar e comunitário. Destina-se a jovens de famílias em condi-
1. Entre os quais, Aldaíza Sposati (2007) e Maria do Carmo Brant de Carvalho (2003).
8/18/2019 37- Projovem Adolescente_Caderno Do Facilitador Da FTG
http://slidepdf.com/reader/full/37-projovem-adolescentecaderno-do-facilitador-da-ftg 6/391
PROJOVEM Adolescente
ções de extrema pobreza e àqueles marcados por vivências resultantes de diferentes circunstâncias de riscos e vulnerabilidades
sociais – retirados de situações de trabalho infantil, abuso e exploração sexual, violência doméstica, abandono, negligência e maus-tratos – e alguns em situação de conflito com a lei, cumprindo medidas socioeducativas em meio aberto ou egressos de medida de internação – Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA.
De forma preventiva e potencializadora do papel de referência e contrarreferência do Centro de Referência de  Assistência Social – CRAS, o Projovem Adolescente visa contribuir para fortalecer as condições de autonomia das famílias e dos jovens, para que possam gerir seu processo de segurança social.
O Projovem Adolescente, como serviço socioeducativo, apoia-se em dois importantes pilares do SUAS:
1) matricialidade sociofamiliar: que considera a capacidade protetiva e socializadora da família (seja ela bioló-
gica ou construída) em relação aos jovens em seus processos peculiares de desenvolvimento, assim como leva em contaa necessidade de que as políticas públicas compreendam a família como portadora de direitos e de proteção do Estado, bem como assegurem o seu papel de responsável pelo desenvolvimento dos jovens e garantam o exercício pleno de suas funções sociais;
2) territorialização: o serviço deve ser ofertado próximo à moradia dos jovens e suas famílias, no território de abrangência do CRAS. Define-se aí um universo cultural e histórico e um conjunto de relações e interrelações a serem considerados, bem como situações a serem objeto da ação articulada das diversas políticas públicas.
Outro fato a destacar é a intersetorialidade dos serviços socioassistenciais que diz respeito à:
a) oferta tanto do Serviço Socioeducativo do Projovem Adolescente, como de outras políticas públicas bási-cas (Saúde, Educação, Meio Ambiente, Assistência Social, rabalho, Esporte e Lazer, Cultura, Direitos Humanos e Segurança Alimentar);
b) socialização e democratização do acesso a esses serviços e benefícios; e
c) articulação e funcionamento intersetorial dos serviços, como condições para sua universalidade de acesso e de ampliação dos direitos de cidadania das pessoas.
O conjunto de necessidades decorrentes da pobreza e dos processos de exclusão social e vulnerabilidades sociais, aliado às necessidades peculiares do desenvolvimento dos jovens em seu ciclo de vida, exigem ações que vão além da
transferência de renda e bens materiais. rata-se de associar serviços e benefícios que permitam a prevenção de riscose contribuam para o reforço da autoestima dos jovens, o desenvolvimento de sua autonomia e capacidade de sobrevi- vência futura, bem como para a ampliação de seu acesso e usufruto à cultura e aos bens sociais.
 As ações de proteção social que viabilizam um conjunto de bens sociais, serviços e benefícios não-materiais situam-se no arco dos serviços socioeducativos que se constituem no caráter principal do Projovem Adolescente e estarão refletidas no raçado Metodológico.
O Serviço Socioeducativo do Projovem Adolescente integra-se a outras estratégias de ação voltadas para as famí- lias, tais como o Programa Bolsa Família – PBF e o Serviço de Proteção e Atenção Integral à Família – PAIF, imple- mentados no Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, e aos programas e serviços de proteção social especial
executados pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS, voltados aos jovens, às famílias e
8/18/2019 37- Projovem Adolescente_Caderno Do Facilitador Da FTG
http://slidepdf.com/reader/full/37-projovem-adolescentecaderno-do-facilitador-da-ftg 7/391
PROJOVEM Adolescente
à comunidade. Essa integração se dá de forma complementar e não substitutiva, de modo a proporcionar alternativas
emancipatórias para o enfrentamento da vulnerabilidade social decorrente das condições de pobreza e de desigualdades sociais, as quais afligem milhares de famílias nas diversas regiões do Brasil.
Decerto os problemas sociais estão arraigados profundamente na vida dos homens e mulheres desse país. São problemas complexos e de difícil solução. Atuar em escala e preventivamente junto à juventude, abrindo-lhe oportu- nidades de desenvolvimento humano, inserção social e participação cidadã, como propõe o Projovem Adolescente, é um passo importante que se dá rumo à sociedade que almejamos construir.
 Secretaria Nacional de Assistência Social 
8/18/2019 37- Projovem Adolescente_Caderno Do Facilitador Da FTG
http://slidepdf.com/reader/full/37-projovem-adolescentecaderno-do-facilitador-da-ftg 8/391
http://slidepdf.com/reader/full/37-projovem-adolescentecaderno-do-facilitador-da-ftg 9/391
Sumário
PARTE I Conversando com os Facilitadores da FTG e Orientadores Sociais ........................................................................19
1. Os jovens e adolescentes e suas relações com a escola e o mundo do trabalho ..................................................................21
2. A Formação Técnica Geral – FTG no Projovem Adolescente .............................................................................................23
2.1. O conhecimento sobre o mundo do trabalho, princípios e valores ........................................................................23
2.2. A comunicação – Pontocom@ .................................................................................................................................24
3. A metodologia da FTG ............................................................................................................................................................32
4. Objetivos gerais e específicos da Formação Técnica Geral – FTG, no Percurso V ............................................................37
PARTE II Módulos, Oficinas, Dinâmicas e Momentos ............................................................................................................47
Oficinas de Abertura da Formação Técnica Geral FTG no Percurso V ...................................................................................49
Introdução ......................................................................................................................................................................................51
Dinâmica: Apresentação do Coletivo .............................................................................................................................52
Dinâmica: Debatendo Dadá e revelando os sonhos .......................................................................................................54
Oficina 3: Retomando o POP e entrando no mundo virtual ......................................................................................................58
Dinâmica 1: O ponto de partida para a construção da trajetória pessoal .....................................................................58
Dinâmica 2: Criação de endereço eletrônico (e-mail)....................................................................................................59
Dinâmica 3: Criação de blog ............................................................................................................................................61
POP – Ficha 5: Sistematização e registro individual das vivências e aquisições ao longo do Ciclo I e deste início do Percurso V ...........................................................................................................................................65
Dinâmica: Hoje e amanhã – Trajetória pessoal ..............................................................................................................65
Módulo I Trabalho e Ocupação ...................................................................................................................................................67
Introdução ......................................................................................................................................................................................71
Dinâmica 1: Qual é a moral do trabalho? .......................................................................................................................75
Dinâmica 2: Refabulando sobre os sentidos do trabalho ...............................................................................................77
Oficina 2: O que é trabalho? O que é emprego? ........................................................................................................................77
Dinâmica 1: O que é trabalho para mim? .......................................................................................................................78
Dinâmica 2: O que quero para mim: trabalho ou emprego? .........................................................................................79
8/18/2019 37- Projovem Adolescente_Caderno Do Facilitador Da FTG
http://slidepdf.com/reader/full/37-projovem-adolescentecaderno-do-facilitador-da-ftg 10/391
Dinâmica 1: A Teia das Ocupações .................................................................................................................................81
Dinâmica 2: O mundo do trabalho e sua organização formal .......................................................................................82
Dinâmica 3: Comparando as ocupações de ator e chapista de lanchonete...................................................................90
Oficina 4: Observando as Ocupações do território ...................................................................................................................92
Dinâmica 1: Imaginando o mapa do território ................................................................................................................92
Dinâmica 2: Roteiro para a observação em campo ........................................................................................................94
Dinâmica 3: Retorno da observação em campo .............................................................................................................96
Oficina 5: O outro Brasil que vem aí ..........................................................................................................................................97
Dinâmica: Imagens das Ocupações e Profissões ............................................................................................................98
Oficina 6: Repensando o Brasil e as Ocupações de trabalho ................................................................................................100
Dinâmica: A história da comunidade nos sonhos e as perspectivas profissionais ....................................................100
Oficina 7: Aguçando o olhar – O trabalho pela lente da arte .................................................................................................102
Dinâmica 1: Observando as Ocupações e os sonhos da comunidade .......................................................................103
Dinâmica 2: Aguçando o olhar para a leitura no território .........................................................................................104
Dinâmica 3: Fazendo arte e trabalho ............................................................................................................................106
Dinâmica 4: A linguagem da matemática, o trabalho e a arte ....................................................................................108
Oficina 8: Quanto vale o trabalho? E o estudo? ......................................................................................................................109
Dinâmica: Trabalho e escola .........................................................................................................................................109
Oficina 9: O Mapa das Ocupações do território – Pesquisa de campo .................................................................................112
Dinâmica 1: Pesquisando no território .........................................................................................................................113
Dinâmica 2: O Mapa das Ocupações no território ......................................................................................................119
POP – Ficha 6: Sistematização e registro individual das vivências e aquisições no Módulo I ...........................................120
Dinâmica: Hoje e amanhã – Trajetória pessoal ...........................................................................................................120
Módulo II Etapas do Trabalho ..................................................................................................................................................123
Introdução ...................................................................................................................................................................................127 Oficina 1: Curtindo o Maré e conhecendo as etapas de trabalho ...........................................................................................129
Dinâmica 1: Exibição do curta-metragem Maré capoeira ..........................................................................................130
Dinâmica 2: As etapas de trabalho no Maré capoeira .................................................................................................131
Dinâmica 3: Pesquisando e aprendendo sobre a capoeira ..........................................................................................133
Dinâmica 4: Vivenciando as etapas de trabalho .........................................................................................................139
Oficina 2: Liberdade e Trabalho ..............................................................................................................................................141
Dinâmica 1: O Trabalho e o Território .........................................................................................................................141
Dinâmica 2: Trabalho e Liberdade ...............................................................................................................................145
Oficina 3: Concebendo, planejando e programando o Grande Jogo .....................................................................................147
8/18/2019 37- Projovem Adolescente_Caderno Do Facilitador Da FTG
http://slidepdf.com/reader/full/37-projovem-adolescentecaderno-do-facilitador-da-ftg 11/391
Oficina 4: Etapa da preparação do Grande Jogo ....................................................................................................................154
Dinâmica 1: Preparação do Coletivo para o Grande Jogo ..........................................................................................154
Dinâmica 2: Planejando a preparação do Grande Jogo ..............................................................................................155
Dinâmica 3: Planejando e preparando a divulgação do Jogo e mobilizando a comunidade ...................................157
Oficina 5: Executando o Grande Jogo .....................................................................................................................................160
Dinâmica 1: O Jogo está rolando... ...............................................................................................................................160
Dinâmica 2: E vai rolar a festa... ...................................................................................................................................161
Oficina 6: Avaliando o Grande Jogo ........................................................................................................................................161
Dinâmica 1: Avaliando e estudando .............................................................................................................................161
Dinâmica 2: Avaliando com balões .............................................................................................................................163
POP – Ficha 7: Sistematização e registro individual das vivências e aquisições no Módulo II ..........................................163
Dinâmica: Hoje e amanhã – Trajetória pessoal ...........................................................................................................164
Módulo III Processos de Trabalho ...........................................................................................................................................165
Introdução ...................................................................................................................................................................................169
Dinâmica 1: Transformando a argila ............................................................................................................................171
Dinâmica 2: Aprendendo com o som do barro ............................................................................................................173
Dinâmica 3: Vamos fazer uma pipa? ...........................................................................................................................175
Dinâmica 4: Vamos fazer arte com a técnica do mosaico? .........................................................................................179
Oficina 2: Sistematizando as técnicas em História em Quadrinhos – HQ (produção no computador) ..............................188
Dinâmica 1: A história das técnicas numa charge .......................................................................................................188
Dinâmica 2: As técnicas em quadrinhos ......................................................................................................................189
Oficina 3: Trabalhado as técnicas teatrais ................................................................................................................................194
Dinâmica 1: Brincando com o corpo ...........................................................................................................................194
Dinâmica 2: Construindo roteiro e personagens .........................................................................................................196 Dinâmica 3: Montando uma peça teatral .....................................................................................................................198
Dinâmica 4: Produzindo o espetáculo – atores, luzes, ação .......................................................................................200
POP – Ficha 8: Sistematização e registro individual das vivências e aquisições no Módulo III ........................................202
Dinâmica: Hoje e amanhã – Trajetória pessoal ...........................................................................................................202
Módulo IV Organização do Trabalho ......................................................................................................................................205
Introdução ...................................................................................................................................................................................209
8/18/2019 37- Projovem Adolescente_Caderno Do Facilitador Da FTG
http://slidepdf.com/reader/full/37-projovem-adolescentecaderno-do-facilitador-da-ftg 12/391
Dinâmica 2: Organizando o trabalho ............................................................................................................................214
Dinâmica 3: Sistematizando os conhecimentos sobre organização do trabalho .......................................................216
Oficina 2: Explorando o território e descobrindo diferentes tipos de organizações de trabalho ........................................218
Dinâmica: Navegando na Internet e sobrevoando o território ..................................................................................218
Oficina 3: Exercitando a autogestão na organização do trabalho ..........................................................................................223
Dinâmica: A assembleia de estruturação e fundação da cooperativa .........................................................................224
Oficina 4: Este lugar tem história... um programa de rádio ....................................................................................................228
Dinâmica 1: Por que fazer um programa de rádio?.....................................................................................................228
Dinâmica 2: Definindo o formato do programa de rádio ...........................................................................................232
Dinâmica 3: Produzindo o programa ...........................................................................................................................235
POP – Ficha 9: Sistematização e registro individual das vivências e aquisições no Módulo IV .......................................238
Dinâmica: Hoje e amanhã – Trajetória pessoal ...........................................................................................................238
Módulo V Organização da Produção .......................................................................................................................................241
Introdução ...................................................................................................................................................................................245
Dinâmica: Curta Morango com limão .......................................................................................................................247
Oficina 2: Uma história, um projeto de trabalho e umafilmadora na mão ...........................................................................252
Dinâmica 1: Por que e para quem fazer um vídeo? ...................................................................................................253
Dinâmica 2: Ideias do povo do território .....................................................................................................................254
Dinâmica 3: O que é e como se faz um roteiro de vídeo? .........................................................................................258
Oficina 3: Planejando a produção do vídeo .............................................................................................................................261
Dinâmica 1: Planejando, programando e produzindo o vídeo ...................................................................................261
Dinâmica 2: Experimentando a filmadora, filmando e editando o vídeo ..................................................................264
Oficina 4: Pensando alternativas para o futuro .......................................................................................................................268
Dinâmica: Problematizando e debatendo sobre a formalização da cooperativa .......................................................268 POP – Ficha 10: Sistematização e registro individual das vivências e aquisições no Módulo V .......................................270
Dinâmica: Hoje e Amanhã – Trajetória pessoal ..........................................................................................................270
Módulo VI Projeto Coletivo de Trabalho ................................................................................................................................273
Introdução ...................................................................................................................................................................................277
Dinâmica 1: Nós do morro ...........................................................................................................................................279
Dinâmica 2: Evento para quem, por que, para quê? ...................................................................................................282
8/18/2019 37- Projovem Adolescente_Caderno Do Facilitador Da FTG
http://slidepdf.com/reader/full/37-projovem-adolescentecaderno-do-facilitador-da-ftg 13/391
Dinâmica 3: Iniciando o projeto do evento ..................................................................................................................284
Oficina 2: Um trabalho para muitos – Organizando-se em comissões e elaborando o projeto...........................................287
Dinâmica 1: As atividades para a preparação do evento.............................................................................................288
Dinâmica 2: O cronograma de atividades ....................................................................................................................292
Oficina 3: O evento – Encerramento da FTG..........................................................................................................................298
Dinâmica 1: Finalizando o Projeto ...............................................................................................................................299
Dinâmica 2: Preparando e realizando o evento ...........................................................................................................300
Dinâmica 3: Avaliando o evento ...................................................................................................................................303
Dinâmica 4: Registrando e agradecendo as parcerias e as participações no evento .................................................304
POP – Ficha 11: Sistematização e registro individual das vivências e aquisições na FTG .................................................304
Dinâmica 1: Hoje e Amanhã – Trajetória pessoal .......................................................................................................305
Dinâmica 2: Carta para alguém muito especial ...........................................................................................................305
PARTE III Coletânea de Textos, Recursos e Ferramentas de Apoio ..................................................................................... 309
A. Coletânea de Textos .............................................................................................................................................................311
Texto: Dadá, curta-metragem de Flavia Lins e Silva ..................................................................................................311
Textos do Módulo I....................................................................................................................................................................317
Texto 1: O trabalho infantil como forma de exploração econômica e suas raízes culturais no Brasil, OIT ........... 317
Texto 2: A cigarra e a formiga, de La Fontaine ..........................................................................................................318
Texto 3: A cigarra e a formiga (I – A formiga boa), de Monteiro Lobato ................................................................319
Texto 4: Sem barra, de José Paulo Paes ......................................................................................................................319
Texto 5: A cigarra e a formiga, de Valdo Garcia Filho ..............................................................................................320
Texto 6: Desempregado, sim, desocupado, não!, de Iara Biderman ........................................................................321
Texto 7: O outro Brasil que vem aí , de Gilberto Freyre ............................................................................................322
Texto 8: Operários, tela de Tarsila do Amaral .............................................................................................................323
Texto 9: Hands, gravura de Escher ..............................................................................................................................323 Texto 10: Homem vitruviano, desenho de Leonardo da Vinci ..................................................................................324
Texto 11: Foto da Igreja do Espírito Santo, de Filippo Brunelleschi .........................................................................324
Texto 12: Céu e água, gravura de Escher ....................................................................................................................325
Texto 13: Foto do Parthenon, Grécia ...........................................................................................................................325
Texto 14: 10 centavos, curta-metragem de Reinofy Duarte .......................................................................................326
Texto 15: Vida Maria, curta-metragem de Márcio Ramos ........................................................................................329
Textos do Módulo II ..................................................................................................................................................................330
Texto 1: Maré capoeira, curta-metragem de Paola Barreto, Rosane Svartman, Fabiana Igrejas .......................... 330
Texto 2: Mestre Bimba, de mestre Matias ...................................................................................................................331
8/18/2019 37- Projovem Adolescente_Caderno Do Facilitador Da FTG
http://slidepdf.com/reader/full/37-projovem-adolescentecaderno-do-facilitador-da-ftg 14/391
Texto 4 : Aruanda, curta-metragem de Linduarte Noronha ......................................................................................332
Texto 5: Canoa veloz , curta-metragem de Joe Pimentel e Tibico Brasil ..................................................................333
Texto 6 : O ato de estudar (A), de Paulo Freire ...........................................................................................................336
Texto 7 : O ato de estudar (B), de Paulo Freire............................................................................................................336
Textos do Módulo III .................................................................................................................................................................337
Texto 1: Som da rua – mestre Nado, curta-metragem de Roberto Berliner ..............................................................337
Texto 2: História da pipa................................................................................................................................................338
Texto 4: Assembleia na carpintaria ...............................................................................................................................340
Textos do Módulo IV ...............................................................................................................................................................342
Texto 1: Tempos modernos, longa-metragem de Charles Chaplin ............................................................................342
Texto 2: Roteiro: um olhar sobre o trabalho em diferentes organizações .................................................................342
Texto 3: Cooperativas ....................................................................................................................................................344
Texto 4: O rádio por dentro – uma adaptação de Mídia Jovem, www.se.gov.br ...................................................... 344
Texto 5: Roteiro de programa de rádio .........................................................................................................................349
Textos do Módulo V ..................................................................................................................................................................351
Texto 3: Para além do empreendedorismo, de Livia de Tommasi ..........................................................................355
Textos do Módulo VI ................................................................................................................................................................356
B. Recursos e Ferramentas de Apoio .......................................................................................................................................357
Texto 1: O que são ferramentas gratuitas (Programas Freeware)? ...........................................................................357
Texto 2: O que é e-mail ? ...............................................................................................................................................357
Texto 3: Como criar desenhos digitais com o Paint? .................................................................................................359
Texto 4: Passo a passo para a “Pesquisa de campo” ...................................................................................................362
Texto 5: Como fazer apresentações no PowerPoint? ..................................................................................................380
Texto 6: Como editar áudio com os recursos do Audacity? .......................................................................................382
Texto 7: Dicas de Utilização – Recursos e Ferramentas – Google Maps  ................................................................384
Bibliografia .................................................................................................................................................................................392
http://slidepdf.com/reader/full/37-projovem-adolescentecaderno-do-facilitador-da-ftg 15/391
 Abertura
 A principal característica da Formação écnica Geral – FG neste Percurso V é ser uma formação que parte dos sonhos e das realidades dos jovens para propor – através de ações coletivas que possibilitem a experimentação prática de conhecimentos, técnicas e valores fundamentais – novas vivências voltadas para a sua inserção no mundo do trabalho. É imperativo, no processo formativo da FG, que os jovens reflitam sobre os novos conhecimentos e novas experiências, de tal forma que, ao final deste percurso, estejam em melhores condições para enfrentar os desafios da vida cidadã.
Este material, dirigido a você, Facilitador2 da FG, reforça sua importância no planejamento e organização do itinerário formativo dos jovens, valorizando seu papel de pesquisador e de mediador no processo de elaboração de conhecimentos e de experimentação dinâmica, lúdica, criativa e participativa de novas vivências.
O que se pretende com a proposta deste material é incentivar os Facilitadores a assumirem uma atitude ativa de diálogo, de investigação, de pesquisa a respeito do conhecimento sobre o mundo do trabalho e da sua própria prática, selecionando, complementando e reformulando as atividades propostas, ao mesmo tempo em que instigam e mobili- zam os jovens para serem sujeitos nesse processo formativo.
Outro objetivo importante deste material é motivar os jovens para avançarem no seu processo de autoconhe- cimento, conhecimento e ação sobre a realidade em que vivem, instigando-os a construírem um início de percurso profissional e a se prepararem para futuras qualificações e formações que lhes permitam uma inserção criativa, crítica e pró-ativa no mundo do trabalho, o que é fundamental para sua realização pessoal e social.
Este material de apoio ao Facilitador da FG levou em conta em sua elaboração tanto a linguagem e o imaginá- rio dos jovens em sua diversidade regional, econômica, social e cultural – valorizando seus sonhos e sua perspectiva de compreensão do mundo –, quanto as condições, necessidades e oportunidades de inserção no mundo do trabalho que se descortinam para esses jovens. O processo formativo deve valorizar o desejo de realização pessoal dos adolescentes no campo profissional e lhes conferir as condições e os meios para a construção de um projeto profissional e de vida.
 A concepção e a elaboração deste material partiram do princípio de que o trabalho é uma atividade essencial para o ser humano. No entanto, o trabalho na sociedade atual, é caracterizado por uma contradição. Ao mesmo tempo em que é possibilidade de realização humana e princípio educativo de formação dos sujeitos, o trabalho apresenta-se também como forma de dominação, subordinação e alienação, sobretudo quando o desenvolvimento econômico não considera as necessidades sociais.
Por essa razão, os textos e atividades sugerem elementos para compreender a sociedade atual de forma crítica, para entender as causas das desigualdades e injustiças e, ao mesmo tempo, para possibilitar aos jovens construírem, a partir de seus anseios, novas relações humanas no trabalho e na vida.
O material para o Facilitador nas oficinas da FG está organizado em três partes:
• Parte I: sobre os jovens, seus sonhos, suas relações com a escola e o mundo do trabalho; sobre a FG, sua metodologia e princípios pedagógicos; sobre a leitura, registro, avaliação e sistematização das vivências dos jovens; sobre o desenho metodológico do processo formativo.
2. A fim de garantir a fluência textual, seguimos, também na redação deste Percurso, a norma gramatical, que reconhece a forma masculina como não marcada, portanto genérica, representativa de seres masculinos e femininos.
8/18/2019 37- Projovem Adolescente_Caderno Do Facilitador Da FTG
http://slidepdf.com/reader/full/37-projovem-adolescentecaderno-do-facilitador-da-ftg 16/391
PROJOVEM Adolescente
• Parte II: que apresenta os Módulos, as Oficinas e descreve as Dinâmicas selecionadas para a realização da
Formação écnica Geral dos Coletivos. • Parte III: que apresenta uma Coletânea de extos e orientações sobre Recursos e Ferramentas digitais, para apoiar o desenvolvimento das Oficinas e Dinâmicas.
Para o desenvolvimento da Formação écnica Geral é fundamental que os Coletivos tenham um Dicionário de Língua Portuguesa em versão impressa e virtual e equipamentos básicos para a produção e edição de áudio e imagem, além de laboratórios com computadores e conexão com a Internet. É fundamental também que jovens e Facilitadores tenham, desde a primeira oficina, seus kits  individuais ( pen drive, CD, caderno de campo, diário do POP, lápis, caneta, caixa com lápis de cor) para registro e acompanhamento das atividades.
8/18/2019 37- Projovem Adolescente_Caderno Do Facilitador Da FTG
http://slidepdf.com/reader/full/37-projovem-adolescentecaderno-do-facilitador-da-ftg 17/391
8/18/2019 37- Projovem Adolescente_Caderno Do Facilitador Da FTG
http://slidepdf.com/reader/full/37-projovem-adolescentecaderno-do-facilitador-da-ftg 18/391
http://slidepdf.com/reader/full/37-projovem-adolescentecaderno-do-facilitador-da-ftg 19/391
PROJOVEM Adolescente 21
1. OS JOVENS E ADOLESCENTES E SUAS RELAÇÕES COM A ESCOLA
E O MUNDO DO TRABALHO
Compartilhamos o conhecimento de que o público-alvo do Projovem Adolescente é constituído de jovens e adolescentes que, muito provavelmente, já tiveram, estão tendo ou estão em vias de ter alguma experimentação no mundo do trabalho. rabalham seja pelo desejo de obter renda para a conquista de alguma autonomia, seja por neces- sidade de contribuir com a geração de renda para seu sustento e o de sua família.
Sabemos também que essa inserção no mundo do trabalho – em função, sobretudo, da pouca idade e da baixa
escolaridade desses jovens – se dá, no mais das vezes, por meio de trabalhos temporários e precários: os chamados “bi- cos”. Se eles já têm 16 anos, podem encontrar oportunidades de trabalho em situações legais. Nesse caso, se continuam os estudos escolares – que é o que se espera e deseja –, terão de enfrentar jornadas de às vezes mais de 12 horas para dar conta dessas duas atividades.
Muitos dos jovens para os quais o Projovem Adolescente foi concebido estão fora da escola. Seu ingresso no Programa pressupõe compromisso de volta aos estudos. Por outro lado, os que estão na escola apresentam, no mais das vezes, defasagem em relação à idade/série escolar. Isso quase sempre redunda em profundas dificuldades no processo de ensino-aprendizagem, acentuando sua baixa autoestima. Como resultado, esses jovens adolescentes carecem de con- dições e de incentivo para o desenvolvimento de suas potencialidades na área de comunicação, de raciocínios lógicos e matemáticos. Além disso, o acesso e o uso da comunicação digital de que dispõem é insuficiente e limitado, quando
não nulo. São também poucas as situações em que podem desenvolver, de forma reflexiva, habilidades e capacidades necessárias à sua vida, sobretudo, ao seu futuro profissional.
Como todo e qualquer jovem, os do Projovem Adolescente têm sonhos de realização pessoal e profissional, têm vocações, desejo de adquirir novos conhecimentos, de desenvolver novas habilidades, têm anseios de participação e transformação da realidade. Nossos jovens são, portanto, dotados de todas as potencialidades para o desenvolvimento pleno e integral de suas capacidades, de forma a terem um futuro profissional e social digno e de acordo com suas aspirações de realização pessoal.
Nossos jovens devem saber e sentir que o trabalho tem centralidade na vida humana. O trabalho se constitui no processo que possibilita a transformação da espécie humana na perspectiva de múltiplas formas de organização social e
de sociabilidade, a partir das quais os homens criam as condições para produzir e reproduzir suas vidas. Por isso, envolve normas, valores, processos de comunicação, cooperação. Por outro lado, como processo histórico, tem origem na trans- formação da força humana de trabalho em mercadoria, raiz das formas de alienação, exploração e subordinação.
O trabalho é em si um princípio educativo, na medida em que homens e mulheres, na produção social de sua existência, se realizam, produzem, acumulam e socializam conhecimentos, base da formação das subjetividades e das identidades culturais. Em suma, podem, no trabalho, tornar-se sujeitos de seu próprio destino.
O seu desafio, Facilitador, é contribuir, através da FG, para que o jovem do Projovem Adolescente se reconheça como protagonista da sua própria vida, fortalecendo seus vínculos comunitários, conscientizando-se da centralidade do trabalho na constituição de sua identidade pessoal e social, bem como da importância da formação e da escolarida-
de para a concretização de seus sonhos.
8/18/2019 37- Projovem Adolescente_Caderno Do Facilitador Da FTG
http://slidepdf.com/reader/full/37-projovem-adolescentecaderno-do-facilitador-da-ftg 20/391
PROJOVEM Adolescente22
O nosso desafio é oferecer um material didático que proveja você, Facilitador, de concepção e metodologia de
formação técnica para o mundo do trabalho, através de textos, dinâmicas e atividades que instiguem, mobilizem e sejam instrumentos para a emancipação e autonomia dos jovens participantes dos Coletivos do Projovem Adolescente.
8/18/2019 37- Projovem Adolescente_Caderno Do Facilitador Da FTG
http://slidepdf.com/reader/full/37-projovem-adolescentecaderno-do-facilitador-da-ftg 21/391
PROJOVEM ADOLESCENTE
O processo formativo da FG neste Percurso V desenvolve um conjunto de conteúdos teóricos e práticos, mo- bilizados em dinâmicas e atividades referentes a três dimensões:
• conhecimentos sobre o mundo do trabalho, com o objetivo de que os jovens construam e reconstruam saberes inerentes ao mundo do trabalho em suas variadas dimensões, a partir de seus próprios saberes e vivências;
• comunicação – Pontocom@, com o objetivo de aprimorar a comunicação nas diferentes linguagens –oral, escrita, digitalizada e imagética – não só como meio de apreender a realidade e nela intervir, mas também como condição para o desenvolvimento de competências, capacidades e habilidades concernen- tes à realização de atividades de trabalho, escolares, sociais e culturais;
• Projeto de Orientação Profissional – POP –, com o objetivo de orientar as escolhas profissionais dos jovens, incentivando o autorreconhecimento das aptidões, ampliando os horizontes para a sua inserção no mundo do trabalho.
2.1. O CONHECIMENTO SOBRE O MUNDO DO TRABALHO, PRINCÍPIOS E VALORES
 A FG fundamenta-se em princípios e valores que concorrem para o pleno exercício da cidadania e dos di- reitos humanos, com vistas ao desenvolvimento da autoestima, ao estímulo da convivência e ao fortalecimento do protagonismo e da responsabilidade, a partir dos valores de autonomia e solidariedade.
Conhecimentos sobre técnica, tecnologia e organização do trabalho e da produção, além de permitirem aos  jovens situarem-se no abrangente mundo do trabalho, são imprescindíveis para que eles entendam quem são, iden- tifiquem o que querem ser e projetem seu futuro, vivenciando situações coletivas de trabalho de interesse social, que ensejem sua participação em sociedade e realização pessoal.
 Ao inverter o percurso tradicional de qualificação, que se inicia pela especialização, a FG propõe uma Formação écnica Geral que amplie as perspectivas e a mobilidade dos jovens no mundo do trabalho. A mobili-
dade sempre foi um valor caro ao ser humano. Para o jovem que busca novas experiências, entre elas as vinculadasao trabalho, o conceito torna-se ainda mais importante. Ao possibilitar uma aproximação de conteúdos gerais do mundo do trabalho, a FG facilita ao jovem a mobilidade profissional.
 A formação que aqui propomos aposta no desenvolvimento das potencialidades de nossos jovens adolescentes e prepara-os para estarem mais conscientes e em melhores condições para suas escolhas profissionais e para o enfren- tamento dos desafios atuais e futuros no mundo produtivo.
 A FG discute e reposiciona categorias tradicionais do mercado formal e informal de trabalho, através do recorte conceitual entre mundo e mercado de trabalho. Estimula, assim, a vivência e o conhecimento de práticas e formas de organização do trabalho que, sendo mais adequadas às reais condições dos jovens, constituam-se em
alternativas para gerar renda e para alcançar autonomia com dignidade.
8/18/2019 37- Projovem Adolescente_Caderno Do Facilitador Da FTG
http://slidepdf.com/reader/full/37-projovem-adolescentecaderno-do-facilitador-da-ftg 22/391
PROJOVEM Adolescente24
 A familiarização com o mundo do trabalho e a atuação social por meio de ações coletivas propostas pela FG
vêm, pois, contribuir para que o jovem, no serviço socioeducativo, seja o protagonista da sua história de vida, busque a realização de seus sonhos pessoais, coletivos e profissionais e a superação da exclusão no que se refere aos direitos à educação, ao trabalho e à cidadania plena.
2.2. A COMUNICAÇÃO – PONTOCOM@
O fio condutor para o aprimoramento das competências no Pontocom@ é a construção de uma rede de relacio- namento entre os Coletivos do Projovem Adolescente e outras redes de relacionamento de jovens.
O Pontocom@ está estruturado em atividades de leitura e produção de diferentes textos, em diversas situações de trabalho e comunicação, com as finalidades de contribuir para a inclusão digital e de aprimorar o uso de diferentes linguagens, sobretudo a verbal em suas modalidades oral e escrita, para propiciar o desenvolvimento pessoal do jovem e a sua preparação para o mundo do trabalho e participação social.
Trabalho e Comunicação
Entendemos que o trabalho e a comunicação são condições para a sobrevivência e realização do indivíduo em sociedade. Nascemos aptos a adquirir linguagens, vocacionados para nos constituirmos a partir da interação com o outro, e determinados a permanentemente intervir, criar, transformar para construir as condições para a existência humana.
 A ação e a interação entre os indivíduos e seu entorno produz incessantemente as condições e os sentidos de sua existência e convivência no mundo. Essa aventura humana no mundo se materializa pela criação e recriação de linguagens, discursos, valores, princípios, leis, direitos e deveres e todas as condições materiais e imateriais que criam e recriam a cultura humana.
 A comunicação é uma atividade inerente à condição humana, que se realiza a partir da ação dos indivíduos e grupos sociais para resolver problemas, partilhar conhecimentos ou simplesmente para expressar-se como quem pensa, age e cria.
Na perspectiva da FG, o acesso aos meios de comunicação como tecnologia de produção coletiva é um direito de todos. Por isso, a abrangência que atribuímos ao conceito de inclusão digital e a ênfase que damos à necessidade de que sejam criadas condições, nas sociedades, para que todos possam se valer dos recursos necessários ao exercício desse direito.
Leitura
 Ampliando o conceito de leitura, partimos da premissa de que a leitura do mundo é condição para a consti- tuição do indivíduo em sociedade. A leitura é uma ação de produção de sentidos a partir tanto do que está visível (e, na leitura do mundo, também audível, palpável), ou seja, do que está posto nos textos que são lidos, quanto do que está pressuposto, não dito, implícito. Como nos ensinou Paulo Freire, “existe uma leitura de mundo que antecede a leitura de palavras”.
Entendendo a leitura como produção de sentidos, podemos dizer que também produzimos leituras. Ao nos depararmos com um texto – seja ele verbal, gestual, imagético – construímos significados, que variam de pessoa para pessoa, dependendo da história de vida de cada um, que se diversificam de acordo com as leituras feitas anteriormente.
8/18/2019 37- Projovem Adolescente_Caderno Do Facilitador Da FTG
http://slidepdf.com/reader/full/37-projovem-adolescentecaderno-do-facilitador-da-ftg 23/391
PROJOVEM Adolescente 25
 A partir dessas reflexões, podemos sintetizar os conceitos que fundamentam as atividades de comunicação
(Pontocom@) na FG:
• o trabalho do homem sobre a natureza e do homem sobre si mesmo está na origem da prática social e, portanto, da interação entre indivíduos e grupos, isto é, da comunicação;
• a comunicação tem como ponto de partida a leitura do mundo;
• a leitura é um ato de criação e produção de sentidos a partir de outros atos já produzidos e registrados em textos. A leitura é o ponto de partida para a produção de outros textos;
• o texto é toda unidade de significação, tudo o que seja passível de ser lido. Uma imagem, um gesto, uma palavra e até apenas um único som pode ser um texto. É ao mesmo tempo processo e resultado de situa-
ções na vida prática de trabalho, social e cultural; envolve produtores, receptores e condições de produçãoe recepção específicas;
• o hipertexto é o texto em formato digital, ao qual se agregam outros conjuntos de informação, na forma de blocos de textos, imagens ou sons, cujo acesso se dá através de referências específicas denominadas hiperlinks, ou simplesmente links.
Comunicação verbal
Nas atividades do Pontocom@, o aprimoramento da produção e interpretação de textos verbais está sempre vin- culado a situações concretas de uso. Isso porque a língua é um sistema que se realiza na interlocução, na interação entre
as pessoas, ou entre textos e pessoas em situações de convivência social, para cumprir inúmeras finalidades: trabalho,lazer, arte, religião, ciência, política, enfim, qualquer finalidade relacionada à cultura humana.
 As atividades relativas à comunicação verbal privilegiam o aprimoramento da linguagem verbal em suas mo- dalidades oral e escrita. O ponto de partida para o trabalho da comunicação oral é a valorização da fala do jovem, entendida como fonte inesgotável de compreensão e interação com o mundo. É através dela que poderemos chegar à sua visão de mundo, à forma como percebe a realidade.
 A fala concretiza, fundamentalmente, o pensamento e o sentimento do indivíduo. Por isso, sugerimos atividades orientadas para o desenvolvimento da comunicação oral em diferentes situações de uso, em que o
 jovem possa expor seus pensamentos, ouvir os dos outros, compartilhar e debater ideias, exercitar o respeito
pela fala do outro, interagir com pessoas ou objetos de conhecimento, compreender a situação de comunica-ção, percebendo as variações de linguagem e de atitudes de acordo com a pessoa com quem está falando e a situação em que se dá a comunicação.
Quanto ao desenvolvimento da linguagem escrita são propostas atividades que requerem a apropriação e a com- preensão do uso do código escrito em sua função social. Para que e por que escrever? ambém aqui é necessário levar em conta o que o jovem já sabe, a maneira como ele faz uso do código escrito para produzir sentidos, seja na leitura, seja na escrita. Assim, é partindo do domínio que o jovem tem do código escrito que são propostas novas produções escritas. Esse trabalho se realiza com a pesquisa, a investigação e comparação entre textos falados e escritos, a percepção de semelhanças e diferenças. Os jovens têm sua curiosidade instigada e são desafiados a produzir novos textos, criando, recriando, brincando com outros textos.
8/18/2019 37- Projovem Adolescente_Caderno Do Facilitador Da FTG
http://slidepdf.com/reader/full/37-projovem-adolescentecaderno-do-facilitador-da-ftg 24/391
PROJOVEM Adolescente26
É a partir da necessidade e da motivação para a expressão escrita na interação social e no trabalho que se dá o
desenvolvimento e aprimoramento do domínio da linguagem escrita, com adequação aos diferentes meios e às diversas situações de comunicação.
Entrando no mundo digital
Ferramentas digitais que possibilitam a edição de textos e de vídeos, a criação gráfica e a pesquisa serão utilizadas como apoio ao desenvolvimento dos jovens, numa perspectiva criativa e prática. Durante as vivências nas oficinas, essas ferramentas darão suporte à sistematização de observações, auxiliarão os jovens em suas descobertas, além de permitirem, a partir das informações que circulam na Internet e em outras fontes, várias formas de leitura e de uso das diversas linguagens em seu território.
Lendo e produzindo hipertextos, os jovens estarão apreendendo as dimensões de uso das ferramentas on-line   (blog, fotolog, podcasting, e-mail, sites, portais etc.). O objetivo maior para o uso desses recursos é sua inclusão na rede mundial de computadores, para que possam apreender as relações e os valores significantes que se estabelecem nesse espaço. Para que sua entrada no mundo digital venha a favorecer sua autonomia e seu desenvolvimento como cidadão que participa do mundo e nele intervém.
 As ferramentas usadas na comunicação como meio de intervenção e apreensão da realidade
O objetivo é utilizar ferramentas para desenvolver habilidades de comunicação e inclusão digital pautadas no Pontocom@ para estimular o fortalecimento das relações entre os jovens de um mesmo Coletivo, entre os Coletivos do Projovem sediados num mesmo município, e entre os Coletivos e os territórios. Com isso, estare-
mos favorecendo o exercício da leitura e do diálogo do jovem com seu mundo, desse jovem que, como sujeito responsável e como cidadão, se prepara para o mundo do trabalho. E, também, com essas ferramentas poderemos registrar não só o perfil do Coletivo e as experiências vividas pelo grupo ao longo das oficinas componentes dos seis Módulos do Percurso V.
Vejamos algumas informações sobre recursos e ferramentas que utilizaremos com os jovens.
 Blog: é uma página da Internet que pode ser formatada por qualquer usuário, pois requer recursos simples e interativos. O objetivo é fazer dessa ferramenta on-line  um espaço onde o Coletivo publicará reflexões e conclusões acerca das leituras e experiências vividas durante as oficinas da FG. O blog  será um lugar público onde o Coletivo se mostra ao mundo e a outros Coletivos como grupo em formação. Como
tal, vive e observa suas experiências, apreende, descobre e constrói sua identidade, ao mesmo tempo em que participa de uma rede social.
 Editor de áudio: será utilizado em várias oportunidades, como peça de divulgação e mobilização no Módulo II, como programa de utilidade pública, no Módulo IV, como base para compreender a estrutura de edição de material audiovisual.
 Editor de desenho: será utilizado como ferramenta para estimular os adolescentes a expressarem-se através do desenho, aprimorando a prática no uso do mouse, atividade esta importante, sobretudo, para aqueles que nunca tiveram contato com um computador.
 Editor de imagem: será utilizado como ferramenta para edição de um vídeo que expresse as expectati-
vas profissionais (sonhos) dos jovens do Coletivo.
8/18/2019 37- Projovem Adolescente_Caderno Do Facilitador Da FTG
http://slidepdf.com/reader/full/37-projovem-adolescentecaderno-do-facilitador-da-ftg 25/391
PROJOVEM Adolescente 27
 Editor de texto: será utilizado como apoio a todas as atividades das oficinas, com o objetivo de aprimo-
rar a construção do texto escrito e de desenvolver técnicas de redação com o computador.  E-mail : recurso de entrada para a comunicação no mundo on-line.
 Fanzine: é um meio de comunicação muito simples, que pode ser feito com colagens (de textos, desenhos e figuras, fotos etc.), de forma manual. O recurso é muito adequado para o registro de experiências de grupo, pois auxilia a composição coletiva de páginas, que podem ser confeccionadas a cada semana ou ao final de cada oficina. Permite que, ao término do Módulo, o grupo visualize e avalie todo o percurso ali realizado.
 Fotolog : é um site  onde “baixamos” fotografias. A ideia é publicar no  fotolog   as fotografias de cada  jovem, acompanhadas de seu perfil. No decorrer dos encontros, o Coletivo irá registrando as fotos das experiências do grupo, com um breve relato sobre cada momento. Esta página pode ser um link  do blog .
 Planilhas: serão utilizadas para tabulação de dados e organização das produções realizadas du- rante o percurso.
 Pesquisa na web: tem o objetivo de estimular o adolescente para a busca e a pesquisa de informações que irão constituir, junto às suas reflexões sobre o mundo que o cerca, o seu desenvolvimento cognitivo, preparando-o para ser sujeito de seu conhecimento.
 Editor de slides : será utilizado como apoio aos exercícios de expressão e comunicação do coletivo.
Linguagem digital – Orientações para o Facilitador
Facilitador, você é o responsável por motivar e orientar os jovens do Projovem Adolescente na utilização do com-
putador de forma consciente e ética. Esperamos que as sugestões que apresentamos para sua atuação com os jovens no campo da linguagem digital possam ajudá-lo a vencer esse grande desafio.
 As atividades relativas à linguagem digital propostas ao longo dos Módulos têm uma dimensão que ultrapassa o espaço de um laboratório de informática. Elas visam à inclusão social dos jovens, objetivam estimular neles sentimen- tos de autoconfiança, abertura para o novo, crença em suas próprias capacidades, curiosidades e habilidades para lidar com imprevistos. Essas são algumas condições essenciais para se alcançar a autonomia no mundo do trabalho. Assim como acontece com o alfabetizador consciente – que já percebeu que o ato de ler/escrever vai além do domínio dos códigos da língua escrita – você, Facilitador, pode compreender que a linguagem digital tem importante função social, pois é mecanismo de conscientização e participação social.
O laboratório
O laboratório de informática será, muitas vezes, o local onde ocorrem as oficinas. Dependendo de como ele esteja equipado, é necessário distribuir equitativamente os jovens pelas máquinas disponíveis. Dessa forma, nunca trabalharão sozinhos, o que é muito bom, pois favorece a cooperação entre eles durante as atividades. Ao longo de algumas oficinas, os jovens que dividem uma mesma máquina devem permanecer os mesmos, para que se consolide entre eles essa relação solidária.
Em contrapartida, juntar muitos jovens num só computador pode comprometer a qualidade da participação. Se você achar conveniente, e se for possível, reorganize o tempo previsto para as oficinas, de maneira a trabalhar com grupos menores. Enfim, busque a melhor estratégia para que, efetivamente, todos os jovens tenham a oportunidade
de realizar todas as atividades práticas de forma satisfatória.
8/18/2019 37- Projovem Adolescente_Caderno Do Facilitador Da FTG
http://slidepdf.com/reader/full/37-projovem-adolescentecaderno-do-facilitador-da-ftg 26/391
PROJOVEM Adolescente28
Diretrizes metodológicas
Em nossa metodologia, devemos considerar a possível falta de familiaridade dos jovens com os computadores – e os decorrentes sentimentos de insegurança, medo, baixa autoestima, além da crença infundada nos superpoderes da máquina, que ganha status  superior ao dos seres humanos. O resultado disso costuma ser a imobilidade diante da máquina, a rejeição a ela ou, pior, a ideia equivocada de que operar o computador é algo extremamente difícil, só o conseguem alguns privilegiados. Essa ideia reforça ainda mais a baixa autoestima.
Por outro lado, há os jovens que, por frequentarem lan houses com alguma regularidade, já têm familiaridade com computadores, mas que acabam lidando com eles de maneira limitada. No geral, esses jovens só sabem lidar com
 jogos, participar de redes sociais (especialmente o Orkut) e de conversações instantâneas (usualmente o MSN).
É imprescindível que os jovens aprendam a fazer fazendo. A atividade prática deve ser ponto de partida e de che- gada, pois esse fazer deve ser sempre reflexivo. Essa é, de resto, uma condição para se atingir a autonomia. As atividades que servirão ao aprendizado não devem ser classificadas em mais fáceis, mais simples ou mais difíceis, mais complexas: as dificuldades são su