Upload
thomaz-lessa
View
13
Download
0
Tags:
Embed Size (px)
Citation preview
5/20/2018 Semin rio 7a.Aula 27-Set-11 De Bruyne_v2.ppt
1/19
1 Programa de Estudos Ps-Graduados em ADMINISTRAO, nvel MESTRADO.
7. Aula
27/Set/11
Seminrio O POLO TERICODe Bruyne, Herman e Schoutheete
(continuando contedo Teoria e pesquisa, mtodo)
Professor Dr. Luciano Antonio Prates Junqueira
Alunos: Antonio THOMAZ P. Lessa Neto
METODOLOGIA DA PESQUISA APLICADA ADMINISTRAO
5/20/2018 Semin rio 7a.Aula 27-Set-11 De Bruyne_v2.ppt
2/192 Programa de Estudos Ps-Graduados em ADMINISTRAO, nvel MESTRADO.
SUMRIO
1. Recapitulando
2. O Livro
3. Captulo 3 O Plo Terico3.1. Funo da Teoria
3.2. Mtodo e Teorizao3.3. Formulao Terica e Explicitao Conceitual
A) A teoria como conjunto significativo pertinente (aspectoepistemolgico)
B) A teoria como conjunto explicativo coerente (aspectomorfolgico)
C) A teoria como conjunto hipottico testvel (aspecto tcnico)
4. Concluso
5/20/2018 Semin rio 7a.Aula 27-Set-11 De Bruyne_v2.ppt
3/193 Programa de Estudos Ps-Graduados em ADMINISTRAO, nvel MESTRADO.
1. RECAPITULANDO
2. Aula16/Ago/11
O trabalho acadmico: or ien taes g erais (Resenha)SEVERINO, Antonio J.Metodologia do Trabalho CientficoCap. II (p. 37-98)
3. Aula23/Ago/11
Pesq ui sa e prod uo do co nh ecimento / Cinc ias e Cinc ias So cias(Resenha)
BABBIE, EarlMtodos de Pesquisa de SurveyCap. 1 e Cap. 2
MAZZOTI-ALVES, A.J. e GEWANDSZNAJDER, F.O mtodo na CinciasNaturais e Sociaispesquisa quantitativa e qualitativaCap. 5
4. Aula30/Ago/11
Pergun ta de part ida (Resenha)
QUIVY, R. & CAMPENHOUDT, L.V.Manual de Investigao em Cincias
SociaisCap. I (p. 13-44)
6. Aula
20/Set/11
Teor ia e pesqu isa, mtodo (Resenha)
MORIN, E.; CIURAN, E.R.; MOTTA, R.D.Educar na era planetria: opensamento complexo como mtodo de aprendizagem pelo erro e incerteza
humana
Cap. I (p. 15-40)
5/20/2018 Semin rio 7a.Aula 27-Set-11 De Bruyne_v2.ppt
4/194 Programa de Estudos Ps-Graduados em ADMINISTRAO, nvel MESTRADO.
2. O LIVRO
Ttulo Original em Francs: Dynamiquede la recherche em sc iences soc iales
Ttulo em Portugus: Dinmica dapesquisa em cincias sociais: os plosda prtica metodolgica - Rio de Janeiro- Ed. Francisco Alves - 225p.
Autores: Paul de Bruyne, JacquesHERMAN e Marc de SCHOUTHEETE
Traduo:Ruth Joffily
Prefcio:Jean Ladrire
5/20/2018 Semin rio 7a.Aula 27-Set-11 De Bruyne_v2.ppt
5/195 Programa de Estudos Ps-Graduados em ADMINISTRAO, nvel MESTRADO.
3. CAPTULO 3 - O POLO TERICO
Bunge (p. 101) -Nas cincias sociais a teoriano um luxo para opesquisador, muito mais uma necessidade; [...] sob pena de privao doprprio fundamento de toda a cincia: Semteo r ia no h c inc ia.
De Bruyne, Herman e Schoutheete (1977, p. 101) -A teoria,modo de construo do objeto de conhecimento cientfico, sua condio de
possibilidade, condio necessria mas no suficiente da ruptura com asexplicaes pr-cientficas do social.
Hempel (1952, p. 47 => p. 101) - a formulao de sistemasconceituais dotados de uma pertinncia terica que opera no progressocientfico(...).
5/20/2018 Semin rio 7a.Aula 27-Set-11 De Bruyne_v2.ppt
6/196 Programa de Estudos Ps-Graduados em ADMINISTRAO, nvel MESTRADO.
3.1. Funo da Teoria
De Bruyne, Herman e Schoutheete (1977, p. 102) - O
progresso da pesquisa e o da elaborao tericano so apenas paralelos,mas tambm indissociveis.
Parsons (1968, p. 9 => 102) -Ateoriano formula apenas o quesabemos, mas tambm nos diz o que queremos saber, isto , nos d as
perguntas cuja respostaprocuramos.
De Bruyne, Herman e Schoutheete (1977, p. 102) - Oprocesso cientfico no vai dos dados teoria, mas parte de determinadasinformaes, mediatizadas por uma problemtica, para uma formulaoepistemolgica de problemas e, em seguida, desses problemas para umcorpo de hipteses que forma a base de toda teorizao.
ONeil (1972, p. 280 => p. 102) - [...].Sem fatos, as teorias noteriam objeto.
5/20/2018 Semin rio 7a.Aula 27-Set-11 De Bruyne_v2.ppt
7/197 Programa de Estudos Ps-Graduados em ADMINISTRAO, nvel MESTRADO.
3.1. Funo da Teoriacont 1
Popper (1972, p. 59 => p. 102) -Asteoriasso redes estendidas
para capturar o que chamamos o mundo, para racionaliz-lo, explic-lo edomin-lo.
De Bruyne, Herman e Schoutheete (1977, p. 103) - Quandouma teoria trabalha mais em sua autojustificao (que o papel da
epistemologia) do que na preparao minuciosa de seu confronto com osfatos experimentais, esta pseudoteor ia torna-se ideologia, isto , tentativade conservao e de justificao de uma ordem estabelecida, conceituale/ou material. No sendo especulao, mas construo da prtica cientfica, ateoriadeve implicar a pesquisa emprica, a confrontao com o real que elase esfora por apreender. Assim, a teoriadeve ser concebida em funo da
pesquisa emprica, na direo da experincia do real na qual ela confronta osfatos que ela prpria suscitou com seu sistema de hipteses.
Trata-se de marcar o lugar de uma teoria integrada na pesquisa e dedenunciar com isso toda viso dicotmica entre teoriae pesquisa.
5/20/2018 Semin rio 7a.Aula 27-Set-11 De Bruyne_v2.ppt
8/198 Programa de Estudos Ps-Graduados em ADMINISTRAO, nvel MESTRADO.
3.1. Funo da Teoriacont 2De Bruyne, Herman e Schoutheete (1977, p. 103-104) -continuando.
A prticada pesquisa emprica, objeto do plo tcnico, concerne coletadas informaes; em cincias sociais essa prtica freqentemente estdissociada do indispensvel quadro terico que o nico que a pode validar,ela se sujeita ento a um empirismo ingnuo.[...] O reconhecimento da funo indispensvel do plo terico no processo
metodolgico leva a rejeitar o datasmo (Bunge) que prolifera nas cinciassociais. Nenhuma acumulao de dados (data) pode desembocar numacincia. Tal acumulao pode apenas desnaturar toda teorizao efetiva.
Por outro lado, um processo de teo r izao sistemtica nada tem decomum com uma soma terica,sntese final,mais ou menos ecltica, de
proposies tericasesparsas.
Essa concepo t rad ic ionaldateoriaest ligada ao tema fi losf ico doconhecimento universal do real; a teoria ento a soma dosconhecimentos adquiridos num domnio e o progresso terico concebidocomo uma acumulao indefinida de dados.
5/20/2018 Semin rio 7a.Aula 27-Set-11 De Bruyne_v2.ppt
9/199 Programa de Estudos Ps-Graduados em ADMINISTRAO, nvel MESTRADO.
3.1. Funo da Teoriacont 3
De Bruyne, Herman e Schoutheete (1977, p. 104-105) -
continuando.Essa concepo concorda naturalmente com a pesquisa empirista ingnuaque acumula Pedaos de conhecimento esparsos em quadros tericosfracamente sistematizados.
Logicamente, a teoria ento o resultado de uma generalizao a partirde fatos conhecidos.
[...] A prtica tericadeve ser consciente de si mesma, mas sem cair naobsesso de pensar tudo, que caracteriza a concepo tradicional da cincia.[...] preciso evitar o terrorismo da teoriatanto quanto a relao parasitriacom os corpos tericosesclerosados, o bloqueio da pesquisa tanto quanto aerudio interesseira.[...]
Uma outra doutrina, para alm do empirismo, exige uma especificaooperacionalrigorosa de todos os termos empregados. [...]
O conceito operacional rejeita, reduz, todo sentido transitivo, todasignificao que v alm da formulao possvel em termos de operaes.[...]
5/20/2018 Semin rio 7a.Aula 27-Set-11 De Bruyne_v2.ppt
10/1910 Programa de Estudos Ps-Graduados em ADMINISTRAO, nvel MESTRADO.
3.1. Funo da Teoriacont 4
De Bruyne, Herman e Schoutheete (1977, p. 106) -
continuando.Toda definio, operacionalou outra qualquer, s pode ser provisria,transitria por no ser transitiva, ela favorece um acordo intersubjetivo sobreseu contedo e sobre sua extenso possvel.[...]
Uma terceira concepo, contrria a essa, recusa toda espcie deenraizamento da teoriana realidade investigada; a teoriano passa de puraconveno, til, cmoda, colocada arbitrariamente pelos pesquisadores. Ocritrio de validade destes ltimos no o teste emprico mas somente acoerncia lgica, sua verificabilidade portanto circular. Oconvencionalismo ento compatvel com um instrumentalismo que
reconhece a implicao da teoriana realidade investigada, mas que rejeita apretenso de uma cincia que se refira em ltima instncia a essa realidadeenquanto tal. Os utilitaristas, pragmatistas: a melhor teoria a que fornece omelhor instrumento para manipular uma realidade dada.
5/20/2018 Semin rio 7a.Aula 27-Set-11 De Bruyne_v2.ppt
11/1911 Programa de Estudos Ps-Graduados em ADMINISTRAO, nvel MESTRADO.
3.1. Funo da Teoriacont 5
De Bruyne, Herman e Schoutheete (1977, p. 106) -
continuando.Essa posio acarreta um paradoxo: com efeito, se uma teoria funciona, porque, afinal, ela pertinente a determinadas estruturas do real que s socognoscveis como efeito da aplicao da teoria.
5/20/2018 Semin rio 7a.Aula 27-Set-11 De Bruyne_v2.ppt
12/1912Programa de Estudos Ps-Graduados em ADMINISTRAO, nvel MESTRADO.
3.2. Mdoto e Teorizao
De Bruyne, Herman e Schoutheete (1977, p. 108) - A
teor izao inicia-se, portanto, no momento em que comea a pesquisa e amarcao constante e explcita do nvel de teor izaotorna-se primordial; aposio dos objetos de investigao comanda a pertinncia, a coerncia e averificabilidade das teorias.[...]
As grandes teoriasglobais entram ento em competio com as teoriascujo objeto limitado a alguns aspectos de uma problemtica.[...] De qualquermodo, a ambio de uma teoriageral como quadro de referncia ou comoteoria autnoma controvertida, o espao epistemolgico das cinciassociais talvez no seja de tipo eucl id iano que autorizaria uma visadatericaglobal e extensiva, mas antes de tipo r iemannianoque limitaria arazo toricaa visadas restritas e parcelares (Granger, 1960). [...]
A teoria, como plo interno do campo metodolgico de pesquisa, deverealizar a ligao entre os contextos da prova e da descoberta.
5/20/2018 Semin rio 7a.Aula 27-Set-11 De Bruyne_v2.ppt
13/1913Programa de Estudos Ps-Graduados em ADMINISTRAO, nvel MESTRADO.
3.2. Mdoto e Teorizaocont 1
De Bruyne, Herman e Schoutheete (1977, p. 108-109) -
continuandoO contexto da prova aquele no qual levantamos a questo de saber seaceitamos ou rejeitamos as hiptesese as teorias, semnos preocuparmoscom a maneira pela qual descobrimos e testamos essas hiptesese essasteorias(Rudner, 1966, p. 6).
O contexto da desco berta aquele no qual nos perguntamos comoencontramos, como construmos nossas hiptesese nossas teorias; eis a,evidentemente, um contexto que a reflexo metodolgica no pode deixar delado sem se condenar a um formalismo pouco compatvel com a funoheurstica que toda metodologia conseqente deve promover.
Os dois contextos devem ser reunidos no contexto mais englobante de um
metodologia geral [...].
5/20/2018 Semin rio 7a.Aula 27-Set-11 De Bruyne_v2.ppt
14/1914 Programa de Estudos Ps-Graduados em ADMINISTRAO, nvel MESTRADO.
3.2. Mdoto e Teorizaocont 2
De Bruyne, Herman e Schoutheete (1977, p. 109) -
continuandoEst claro, igualmente, que esses dois contextos introduzem uma distinocuja prpria pertinncia relativa; assim, observou-se que as teorias sofreqentemente escolhidas ou rejeitadas por razes estranhas a toda lgicada prova, sendo que o carter coercitivo de paradigmas, de hbitosmetodolgicos desempenha afinal papel principal na seleo.
Kuhn (1972, p. 234 => p. 109) - [...] A persuaso o modo dedifuso das teorias.
De Bruyne, Herman e Schoutheete (1977, p. 109) - Osobjetivos da teo r izao so diversos, quer se trate de explicao de fatos, de
predio por derivaes de conseqncias testveis de um corpo dehipteses, de modelizao que fornece um quadro heurstico pesquisa.
5/20/2018 Semin rio 7a.Aula 27-Set-11 De Bruyne_v2.ppt
15/1915 Programa de Estudos Ps-Graduados em ADMINISTRAO, nvel MESTRADO.
3.2. Mdoto e Teorizaocont 3
De Bruyne, Herman e Schoutheete (1977, p. 109)
continuandoPor outro lado, a teoria pode ser apreendida como atividade ou comoproduto acabado, sendo necessrio ento, antes de descrever a dinmica dateor izao, analisar suas condies e seu material.
5/20/2018 Semin rio 7a.Aula 27-Set-11 De Bruyne_v2.ppt
16/1916 Programa de Estudos Ps-Graduados em ADMINISTRAO, nvel MESTRADO.
3.3. Formulao Terica e ExplicitaoConceitual
De Bruyne, Herman e Schoutheete (1977, p. 110) -A
teoria formulada em linguagem simblica, isto , numa linguagem artificial,construda especificamente para isso e, nessa medida, ela comportaconceitos de tipo semntico,que se referem a aspectos dos fenmenos, econceitos de tipo sinttico, cujo papel de funtores o de articular outrosconceitos.
Os nveis semnticos e sintticos so dois aspectos indissociveis dossistemas tericos.[...]
O sistema terico formulado em termos de propos ies: a propos iosin ttica a forma lgica que a hiptese assume para se submeter ao testeemprico, ela dotadade sentido,passvel de ser infirmada porque tratade
realidade(Popper).Quanto a propos io analtica, reduze-se a uma simples tautologia, no
pode ser infirmada ou confirmada, tem um funo puramente operatria, deligao entre propos ies s in tticas, por exemplo.[...]
5/20/2018 Semin rio 7a.Aula 27-Set-11 De Bruyne_v2.ppt
17/1917 Programa de Estudos Ps-Graduados em ADMINISTRAO, nvel MESTRADO.
3.3. Formulao Terica e ExplicitaoConceitualcont 1
De Bruyne, Herman e Schoutheete (1977, p. 110-111) -continuandoPortanto, dois aspectos fundamentais se destacam da teoria: o aspecto
conceitual que o aspecto de exp lic itao do sen tid o e o aspectoproposic ional que o aspec to de fo rm ulao lg ica.
A fo rmu lao:obedece ao pr incp io de red uoque permite a manipulao de umobjeto terico claramente delimitado e decidvel; o aspecto propriamente sinttico assumido pelos sistemas tericoscomo articulaes de propos iessegundo regras de derivao lgica; o pr-requisito da testabilidade da teoria.
A exp lic i tao, em contrapartida:obedece ao pri ncp io de compreensoque quer dar s hiptesesde pesquisa pertinncia mais ampla. o aspecto significativo dos sistemas tericos, enquanto comportamconcei toscuja compreenso deve ser intersubjetivamente evidente;
5/20/2018 Semin rio 7a.Aula 27-Set-11 De Bruyne_v2.ppt
18/1918 Programa de Estudos Ps-Graduados em ADMINISTRAO, nvel MESTRADO.
3.3. Formulao Terica e ExplicitaoConceitualcont 2
De Bruyne, Herman e Schoutheete (1977, p. 111-113) -continuando (conceitual) manifesta a dependncia de toda teoria para com sua
problemtica.
Esta distino analtica mostrar a articulao interna dos elementos doplo terico e a dependncia deste para com outros plos epistemolgico, morfolgico e tcnicoem seu aspecto dinmico.
O sistema terico tem uma natureza hipottico-dedutiva coordenada.
As prprias propos ies dos sistemas tericos contm conceitos efornecem a forma lgica de sua vinculao.
Vrios tipos de concei tos podem ser distinguidos segundo seu papelteo rtico:
5/20/2018 Semin rio 7a.Aula 27-Set-11 De Bruyne_v2.ppt
19/19
19 Programa de Estudos Ps-Graduados em ADMINISTRAO, nvel MESTRADO.
3.3. Formulao Terica e ExplicitaoConceitualcont 3
De Bruyne, Herman e Schoutheete (1977, p. 113-114) -continuandoos con ceitos part iculares;os conc eitos universa is;os conceitos genricos;os con ceito s analtic os;os conce itos p uros;as var iveis.
O plo terico um lugar de confluncia dos outros plosmetodolgicos: o epistemolgicocom sua exigncia de pertinncia, o
morfo lgico com sua exigncia de coerncia, o tcnico com suaexigncia de testabilidade. Essas trs exigncias condicionam o valor dasteorias validadee verdade(a validade concerne o domnio formal, averdade o domnio material ou fatual). Uma teoria vlida ser portantoidealmente ao mesmo tempo falsificvel, coerente e pertinente.