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Simp.TCC/ Sem.IC.2017(12);2304-2316 2304 PEDAGOGIA ATUAÇÃO DO PROFESSOR: REFLEXO NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL I TEACHER ACTING: REFLEX ON THE PROCESS OF TEACHING AND LEARNING MATH DURING THE FINAL YEARS OF ELEMENTARY SCHOOL I DRIELE DA SILVA ALVES PATRICIANA LOPES VIVALDO PATRÍCIA TOMAZ MATTÃO RODRIGUES Resumo A matemática é de suma importância, e está presente em atividades simples do cotidiano, muitos têm certa aversão por esta disciplina, e cabe ao professor desmistificar esse medo, pois o mesmo tem um papel fundamental nesse processo de ensino aprendizagem. Como objetivo, essa pesquisa, visa compreender como a atuação do professor no ensino da matemática, reflete no aprendizado do aluno nos anos finais do ensino fundamental I. O método utilizado no presente trabalho será por meio de pesquisas bibliográficas, com o objetivo de obter dados relevantes a partir de livros, dissertações, monografias, artigos, eletrônicos/digitais, além de investigar o assunto em menção, através de embasamentos teóricos em fontes confiáveis e de credibilidade. Concluiu-se, que o professor tem um papel muito importante no ensino aprendizagem da matemática, e deve estar apto a buscar novos métodos de ensino, através da formação continuada, uso de matérias concretos e aulas exploratórias, com o intuito de desenvolver uma metodologia lúdica e prazerosa, visando desmistificar a aversão que muitos têm por esta disciplina, que pode ter sido ocasionada pela abordagem ou método utilizado. Além de elaborar um bom planejamento que envolva a realidade dos alunos, respeitando os conhecimentos prévios dos mesmos e as fases de aprendizagem. Palavras-Chave: matemática; professor; formação continuada. Abstract Math is extremely important and it is present in simple daily activities. Many dislike this discipline and it's up to the teacher to demystify this fear, because it has a fundamental role in the learning process. As objective, this research seeks to comprehend how the acting of the math teacher reflects on students learning during their final years in elementary school. The method used in the present work is going to be applied by bibliographical researches, with the objective of obtaining relevant data from books, dissertations, monographs, articles, electronics/digitals, besides investigating the mentioned subject in trustful sources by means of theoretical background. It was concluded that the teacher has a very important role in the process of math learning and it must be able to pursue new teaching methods through continued education, the use of solid material and exploratory classes, striving to develop a pleasant and playful methodology and to demystify the aversion many students have, maybe occasioned by the approach or method used in the past, besides elaborating a good planning that involves students reality, respecting their previous knowledge and learning stages. Keywords: mathematics; teacher; continued education. INTRODUÇÃO A matemática está presente diariamente na nossa vida, como ao olhar as horas, na receita do bolo, etiquetas de roupas, ao fazer compras, pagar uma passagem de ônibus, por exemplo, e em demais outras atividades simples do cotidiano. Embora seja uma disciplina difícil para muitas pessoas, para outras é tratada de forma desembaraçosa. O papel do professor em mediar essa disciplina é bastante relevante, pois requer uma atenção especial para quem já possui essa dificuldade e para que não a torne ainda maior. A aproximação com o tema se deu a partir da observação da metodologia aplicada pelo professor da faculdade durante as aulas de metodologia e ensino da matemática, que explorava o concreto em suas ministrações, o que facilitava a aprendizagem dos alunos. Por meio de conversas entre os alunos compartilhando as experiências malsucedidas na educação básica, além da prática vivenciada durante o estágio no ensino fundamental I, que evidenciava a dificuldade por essa disciplina. Especificamente, a escolha do tema surgiu pelo fato de nos depararmos com muitas pessoas, inclusive no curso de pedagogia, que temem a disciplina matemática, que faz parte da nossa trajetória escolar desde a educação infantil. Por outro lado, fará parte da nossa profissão quando estivermos atuando em sala de aula. Observa-se a importância que a matemática possui, visto que está presente no nosso cotidiano. Logo, é fundamental que o professor consiga de forma clara e objetiva intermediar os conteúdos, utilizando materiais concretos, que auxiliarão na aprendizagem do aluno. Nota-se que há uma grande dificuldade à matemática, evidenciando assim, uma inquietação pelo motivo que levam as pessoas terem tanta rejeição por essa disciplina. Com base nesta breve contextualização, a presente pesquisa possui como problema. Qual a contribuição da atuação do professor no processo de ensino e aprendizagem da matemática nos anos finais do ensino fundamental I? A causa da rejeição à matemática, está relacionada à metodologia tradicional e falta de capacitação dos professores, o que desestimula a aprendizagem e torna o conteúdo desinteressante. Em busca de orientação para o trabalho em questão, o objetivo geral deste artigo é: compreender como a atuação do professor no ensino da matemática, reflete no aprendizado do aluno nos anos finais do ensino fundamental I. E como objetivos específicos: Entender o processo

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PEDAGOGIA ATUAÇÃO DO PROFESSOR: REFLEXO NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL I TEACHER ACTING: REFLEX ON THE

PROCESS OF TEACHING AND LEARNING

MATH DURING THE FINAL YEARS OF

ELEMENTARY SCHOOL I

DRIELE DA SILVA ALVES

PATRICIANA LOPES VIVALDO

PATRÍCIA TOMAZ MATTÃO RODRIGUES

Resumo A matemática é de suma importância, e está presente em atividades simples do cotidiano, muitos têm certa aversão por esta disciplina, e cabe ao professor desmistificar esse medo, pois o mesmo tem um papel fundamental nesse processo de ensino aprendizagem. Como objetivo, essa pesquisa, visa compreender como a atuação do professor no ensino da matemática, reflete no aprendizado do aluno nos anos finais do ensino fundamental I. O método utilizado no presente trabalho será por meio de pesquisas bibliográficas, com o objetivo de obter dados relevantes a partir de livros, dissertações, monografias, artigos, eletrônicos/digitais, além de investigar o assunto em menção, através de embasamentos teóricos em fontes confiáveis e de credibilidade. Concluiu-se, que o professor tem um papel muito importante no ensino aprendizagem da matemática, e deve estar apto a buscar novos métodos de ensino, através da formação continuada, uso de matérias concretos e aulas exploratórias, com o intuito de desenvolver uma metodologia lúdica e prazerosa, visando desmistificar a aversão que muitos têm por esta disciplina, que pode ter sido ocasionada pela abordagem ou método utilizado. Além de elaborar um bom planejamento que envolva a realidade dos alunos, respeitando os conhecimentos prévios dos mesmos e as fases de aprendizagem. Palavras-Chave: matemática; professor; formação continuada. Abstract Math is extremely important and it is present in simple daily activities. Many dislike this discipline and it's up to the teacher to demystify this fear, because it has a fundamental role in the learning process. As objective, this research seeks to comprehend how the acting of the math teacher reflects on students learning during their final years in elementary school. The method used in the present work is going to be applied by bibliographical researches, with the objective of obtaining relevant data from books, dissertations, monographs, articles, electronics/digitals, besides investigating the mentioned subject in trustful sources by means of theoretical background. It was concluded that the teacher has a very important role in the process of math learning and it must be able to pursue new teaching methods through continued education, the use of solid material and exploratory classes, striving to develop a pleasant and playful methodology and to demystify the aversion many students have, maybe occasioned by the approach or method used in the past, besides elaborating a good planning that involves students reality, respecting their previous knowledge and learning stages. Keywords: mathematics; teacher; continued education. INTRODUÇÃO

A matemática está presente diariamente na nossa vida, como ao olhar as horas, na receita do bolo, etiquetas de roupas, ao fazer compras, pagar uma passagem de ônibus, por exemplo, e em demais outras atividades simples do cotidiano.

Embora seja uma disciplina difícil para muitas pessoas, para outras é tratada de forma desembaraçosa. O papel do professor em mediar essa disciplina é bastante relevante, pois requer uma atenção especial para quem já possui essa dificuldade e para que não a torne ainda maior.

A aproximação com o tema se deu a partir da observação da metodologia aplicada pelo professor da faculdade durante as aulas de metodologia e ensino da matemática, que explorava o concreto em suas ministrações, o que facilitava a aprendizagem dos alunos. Por meio de conversas entre os alunos compartilhando as experiências malsucedidas na educação básica, além da prática vivenciada durante o estágio no ensino fundamental I, que evidenciava a dificuldade por essa disciplina.

Especificamente, a escolha do tema surgiu pelo fato de nos depararmos com muitas pessoas, inclusive no curso de pedagogia, que temem a disciplina matemática, que faz parte da nossa trajetória escolar desde a educação infantil. Por

outro lado, fará parte da nossa profissão quando estivermos atuando em sala de aula.

Observa-se a importância que a matemática possui, visto que está presente no nosso cotidiano. Logo, é fundamental que o professor consiga de forma clara e objetiva intermediar os conteúdos, utilizando materiais concretos, que auxiliarão na aprendizagem do aluno.

Nota-se que há uma grande dificuldade à matemática, evidenciando assim, uma inquietação pelo motivo que levam as pessoas terem tanta rejeição por essa disciplina.

Com base nesta breve contextualização, a presente pesquisa possui como problema. Qual a contribuição da atuação do professor no processo de ensino e aprendizagem da matemática nos anos finais do ensino fundamental I?

A causa da rejeição à matemática, está relacionada à metodologia tradicional e falta de capacitação dos professores, o que desestimula a aprendizagem e torna o conteúdo desinteressante.

Em busca de orientação para o trabalho em questão, o objetivo geral deste artigo é: compreender como a atuação do professor no ensino da matemática, reflete no aprendizado do aluno nos anos finais do ensino fundamental I. E como objetivos específicos: Entender o processo

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histórico da matemática e sua trajetória no ambiente escolar; Analisar as causas da rejeição à matemática; Reconhecer a importância da matemática no nosso cotidiano; Identificar as razões que levam os alunos terem dificuldade de aprendizagem; Descrever a contribuição da prática pedagógica docente e o processo-ensino aprendizagem da matemática.

Nessa perspectiva o artigo foi divido em seções para uma melhor compreensão. Na primeira seção retrata o processo histórico da matemática, faz uma abordagem o por que aprender matemática; A segunda relata a matemática no cotidiano e na escola; Já a terceira faz referência sobre o ensino da matemática hoje; A quarta seção aborda o professor e a matemática; E a última seção fala sobre o processo do ensino-aprendizagem matemática e a prática pedagógica. MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, que para D’Ambrósio (2017, p.103) “[...] é focalizada no indivíduo, com toda a sua complexidade, e na sua inserção e interação com o ambiente sócio cultural e natural [...]”. Sendo assim, a concepção do tema será desenvolvida a partir de observações de estudos já realizados ou dados pesquisados.

Para Marconi e Lakatos método é:

Conjunto de atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo – conhecimentos válidos e verdadeiros -, traçando o caminho a ser seguido [...]. (MARCONI E LAKATOS,2017, p.83).

Faz-se necessário uma organização do professor para que o seu método de ensino seja aplicado de forma contextualizada, para que o mesmo alcance o resultado desejado.

No que concerne Alves a pesquisa bibliográfica: É aquela desenvolvida exclusivamente a partir de fontes já elaboradas – livros, artigos científicos, publicações periódicas, as chamadas fontes de “papel”. (ALVES, 2013, p,55).

Ou seja, uma gama de informações, obtidas por fontes já elaboradas, que auxiliarão para o embasamento da pesquisa.

Conforme exemplifica ANDRADE (1997, p. 106) a “pesquisa bibliográfica tanto pode ser um trabalho independente como constituir-se no passo inicial de outra pesquisa”.

Dessa forma, o método utilizado na presente pesquisa será por meio de pesquisas bibliográficas, com o objetivo de obter dados relevantes a partir de livros, dissertações, monografias, artigos, eletrônicos/digitais, além de investigar o assunto em menção, através de embasamentos teóricos em fontes confiáveis e de credibilidade.

Assim, entende-se que a metodologia permite uma explicação de forma minuciosa dos recursos a serem desenvolvidos. PROCESSO HISTÓRICO DA MATEMÁTICA

De acordo com o dicionário etimológico (2017), a palavra matemática deriva da palavra grega “matemathike”. “Mathema” que quer dizer arte. Portanto, a matemática é a arte ou técnica de explicar, de conhecer de entender os números e as formas geométricas.

Conforme Silva (2014), desde os primórdios, a matemática esteve presente na vida do homem, ela surgiu com o propósito de resolver problemas do cotidiano, principalmente voltado ao comércio, também, por causa das incertezas, em questão do tamanho das coisas, controle de rebanhos (animais), quantidades, necessidade de medir, contar, tudo isso contribuiu para o surgimento da matemática. O surgimento da matemática no Brasil foi com os jesuítas o que se ensinava era estritamente ancorado no conhecimento prático, dando destaque quase, exclusivamente, a escrita dos números e as operações, sendo importante ressaltar que o modelo de ensino em tela destinava-se apenas a uma pequena elite, estando, portanto, a massa excluída de quaisquer tentativas de implantação e formação de conhecimento matemático. (SILVA, 2014, p.15).

Nota-se que na época dos jesuítas havia uma grande defasagem no ensino aprendizagem da matemática, devido este ensino ser disponível apenas para poucos, ou seja, para quem tivesse uma boa condição financeira, e de preferência de gênero masculino, pois acreditava-se que os homens teriam mais interesse e mais capacidade em aprender a matemática, do que as mulheres.

Segundo Gomes (2013), os jesuítas vieram para o Brasil no período Brasil colônia de 1500/1822, e ao chegar criou-se uma escola elementar, a qual foi se ampliado durante o período. Com relação ao ensino da matemática, pouco se dava relevância, devido ao ensino do latim na época ser indispensável. Havia pouco espaço de tempo para conhecimentos matemáticos e aprendia-se somente o básico, como a escrita numérica, e as quatros operações: adição, subtração, multiplicação e divisão. Mesmo depois de ter passado o período dos jesuítas ainda continuava muito escasso o ensino matemático, além de pouquíssimos alunos, já que era muito difícil encontrar professores para dar está aula.

Conforme Gomes (2013), somente no período do Brasil império, foi que a matemática começou a ganhar mais espaço, com a constituição de 1924, a matemática passou a ser considerada ensino de primeiras letras, a qual seria leitura, escrita e contagem. É interessante notar que a lei de outubro de 1827 diferenciava a educação para meninos e meninas, prevendo escolas separadas para os dois sexos.

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O currículo para as escolas de meninos envolvia “ler, escrever, as quatro operações aritméticas, prática de quebrados, decimais e proporções, noções gerais de geometria à gramática da língua nacional, moral cristã e doutrina católica”. As escolas para meninas existiriam nas localidades mais populosas, seriam dirigidas por professoras e em seu currículo eliminava-se a geometria e a prática de quebrados, incluindo-se o ensino de práticas importantes para a economia doméstica. (GOMES, 2013, p.15).

Com base no autor citado anteriormente, mesmo com a constituição de 1924, o ensino não era direito de todos, no Brasil já existia a exclusão, onde negros eram considerados escravos, índios vistos como bárbaros e para eles, claro, a educação era dispensável. Havia muitas dificuldades em criar instituições escolares, sendo o país imenso, pouco povoado as distâncias se tornaram vastas. Mesmo assim existiam alguns colégios, os quais tinham como objetivo preparar os alunos para a academia militar, além de escolas particulares. Não existia uma uniformidade no currículo, devido a priorização de algumas disciplinas serem conceituadas importantes. Como nem todos tinha acesso à educação, o índice de analfabetismo cresceu.

Tal qual Gomes (2013), somente no Brasil República, com a proclamação se deram conta da alta taxa de analfabetismo no país, o que fez com que Benjamin Constant (1836-1891), fizesse uma reforma na educação, a qual ficou conhecida pelo seu próprio nome. “A lei buscava romper com a tradição humanista e literária do ensino secundário (...)” (2013, p.17). Visava um currículo que privilegiava as disciplinas científicas e matemáticas. A partir desse ponto surgiram novas propostas para o ensino da matemática, as quais parte dos docentes questionaram e outros aceitaram sem nenhum conflito, os professores que levavam o ensinamento tradicionalista ao pé da letra disseram que essa nova proposta rebaixariam a transmissão do conhecimento.

Percebe-se que, desde muito tempo atrás, já existiam distinção e ao mesmo tempo uma seleção do público que teria total acesso ao ensino da matemática, eis o porquê de a matemática ser somente para poucos, essa distinção já causa a insegurança e o sentimento de incapacidade como se apenas algumas pessoas fossem capazes de dominar a matemática e outras não.

Para Silveira (2002): A metáfora “a matemática é para poucos” aqui toma corpo, pois se a matemática foi introduzida em academias militares, então ela excluía as mulheres. (SILVEIRA, 2002, p.8).

Diante do exposto observa-se o quanto o investimento nos meninos era maior do que nas meninas. Isso por que as mulheres eram preparadas para exercer atividades do lar, enquanto os homens se preparavam para

desenvolver funções administrativas em empresas. POR QUE APRENDER MATEMÁTICA

A aprendizagem matemática é indispensável, porquanto se faz presente a todo instante, desde ao realizar atividades descomplicadas, como ao olhar as horas, pagar uma conta, ou uma passagem, por exemplo.

Com base em Col e Luiz (2013), a matemática não tem como finalidade apenas a resolução de situações problemas do dia a dia, mas também possibilita a criação de estratégias, atribuindo, e dando sentido as coisas, como também contribui para o desenvolvimento do indivíduo na cidadania, e seu raciocínio lógico.

O aprendizado da matemática deve contribuir na formação da cidadania; saber usar o raciocínio lógico, empregar mecanismos de contagens, cálculos e medidas, reconhecer diferentes formas e propriedades, e acima de tudo utilizar-se corretamente desta bagagem de conhecimentos para interagir no meio social. Assim sendo, selecionar bem os conteúdos é fundamental para o desenvolvimento das habilidades, garantindo uma aprendizagem eficiente e significativa. (COL e LUIZ, 2013, p.3).

A aprendizagem matemática, além do conhecimento teórico, os quais envolvem cálculos e fórmulas, proporciona ao indivíduo o desenvolvimento do raciocínio lógico, possibilitando ao mesmo, confiança ao interagir com o meio social, seguro de que possa resolver e lidar com as situações problemas que poderá se deparar no dia-a-dia.

Segundo os mesmos autores:

A Educação Matemática caracteriza-se igualmente pela intervenção de um sobre o outro: um que ensina outro que deseja aprender (...). (COL E LUIZ, 2013, p.4).

Logo, a aprendizagem matemática ocorre num processo de troca de conhecimentos, entre alunos e professores.

Para que haja uma troca favorável de conhecimento, é relevante que o docente saiba qual o propósito de tal conteúdo, o por que o aluno tem quer aprendê-lo, quais as contribuições que os mesmos terão, que finalidade tem os conceitos matemáticos não se esquecendo do ambiente, o qual seria necessário ser um espaço agradável, bem aconchegante e bastante criativo, de modo que proporcione aos alunos tranquilidade e bastante interesse pelo que será proposto durante a aula.

Segundo os autores Col e Luiz (2013), para ter uma aprendizagem significativa do ensino da matemática, seria necessário trabalhar de forma interdisciplinar, ou seja, interligando as demais áreas dos conhecimentos com as práticas do cotidiano.

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O que concerne Japiassu:

(...) a interdisciplinaridade caracteriza-se pela intensidade das trocas entre os especialistas e pelo grau de interação real das disciplinas no interior de um mesmo projeto de pesquisa. (JAPIASSU 1976, p.74).

Logo, é possível trabalhar em sala de aula, um tema, que pode ser abordado em diferentes disciplinas, auxiliando o aluno na aquisição do conhecimento, funcionando como um reforço do conteúdo estudado, acontecendo de forma espontânea. Para que ocorra tal aprendizagem, se faz necessário também, um bom planejamento. No que diz respeito Gama e Figueiredo:

O professor, ao realizar o seu planejamento de ensino, antecipa de forma coerente e organizada todas as etapas do trabalho escolar, não permitindo que as atitudes propostas percam sua essência, ou seja, o seu trabalho a ser realizado encaixa-se em uma sequência, uma linha de raciocínio, em que o professor tem a real consciência do que ensina e quais os objetivos que espera atingir, para que nada fique dispenso ao acaso. (GAMA E FIGUEIREDO, 2013, p 7).

Sendo assim, o planejamento é indispensável para o resultado que o professor deseja obter e exige uma dinamicidade na exploração dos conteúdos, principalmente que envolva o lúdico, tornando o ensino mais prazeroso e produtivo. A MATEMÁTICA NO COTIDIANO E NA ESCOLA

A matemática é usada na identificação de propriedades, ao fazer contagem, ou até mesmo ao olhar as horas. São atividades simples que requerem conhecimentos matemáticos, os quais são usados de forma espontânea.

Segundo FRAGOSO (2001), a maioria dos estudantes tem uma aversão à matemática, muitos têm pavor, medo, e até mesmo desprezo. E tudo isso devido ter receio do desconhecimento. Assim, a escola contribui com esse medo, pois trata-se de passar excessos de conteúdos, deixando a desejar, além de impor rigidez, gerando assim, muitas dificuldades na aprendizagem dos alunos. Por conseguinte, cria um conceito de que a matemática é uma série de regras, fórmulas, e situações problemas, que não há espaço para ter uma certa dinâmica, ou seja, aprendê-la de forma divertida. Dessa forma, mudando a metodologia de ensino, não ficando preso ao método tradicional, no qual o ensino é centrado no professor, evitaria tantos traumas da matemática, tornando-a uma disciplina prazerosa de se aprender.

O primeiro grande equívoco, pelo qual a Escola é, em grande parte, responsável, consiste em considerar a arte de calcular e a Matemática iguais na sua essência ou, pelo menos, coisas

semelhantes, como se a Matemática fosse mais que a continuação da tabuada. Entretanto, a Matemática é uma “língua”, uma linguagem natural universal, nascida da mais íntima natureza da observação e do pensamento humano e construída com o máximo de coerência. É uma língua que qualquer pessoa pode aprender com perfeição, desde que tenha dominado o medo e possua a vontade firme de o fazer. (FRAGOSO, 2001, p.97).

A matemática não é um “bicho papão” como muitos pensam na maioria dos casos a escola transmite esse olhar, deixando o aluno inseguro, e fazendo com que ele sinta-se incapaz de aprender matemática e dominar o conteúdo, a forma como foi apresentada esta disciplina a criança pode também ter causado o medo do desconhecimento, até mesmo pelo fato de alguém da família ter dificuldade no aprendizado da matemática, criando assim um pré-conceito e passando para criança, dizendo ser muito difícil e complicada.

Com relação à Col e Luiz (2013), falar sobre a história da matemática com os alunos contribui para que ocorra a compreensão da sua significância no processo ensino aprendizagem, tanto no contexto escolar como quotidiano. A utilização de Investigação Matemática como alternativa de ensino em sala de aula auxilia na aprendizagem dos conceitos matemáticos, sendo assim favorece o desenvolvimento de habilidades cognitivas no aluno (...). (COL E LUIZ, 2013, p.9).

Conhecendo a origem da matemática, e relacionando-a com os conceitos já construídos, permitirá que o aluno agregue uma bagagem maior de conhecimento, além, de perceber a sua importância para a vida humana.

No âmbito escolar, por exemplo, o aluno pode vivenciar a matemática de uma maneira descontraída através do intermédio do professor. São várias as maneiras de explorar a matemática, seja ao realizar a contagem de quantos estão presentes na sala de aula e quantos faltaram, ao olhar o calendário, no momento do lanche, observando a quantidade de alimentos trazidos, identificando quantas horas faltam para iniciar o intervalo, ao compartilhar os brinquedos ou massinhas com os demais colegas, e até mesmo nas brincadeiras como amarelinha e pique esconde. Sendo assim, todas as formas mencionadas, trarão uma grande significância e entendimento para esses alunos. O ENSINO DA MATEMÁTICA HOJE

Baseado no texto dos autores Queiroz e Moita (2007), as salas de aula possuem uma verdadeira salada de tendências, devido ao ensino ser de acordo com a aprendizagem de cada professor. Sendo assim, algumas tendências surgiram ao longo dos anos.

As tendências pedagógicas liberais surgiram com a influência da Revolução Francesa no século XIX. Tendências essas, que

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contribuíram para fortalecer o saber como ferramenta de poder entre o emissor e o receptor. Cada tendência tem uma finalidade, como por exemplo: a tendência liberal tradicional, no qual o professor é o centro e o aluno apenas um mero receptor de informações, sem permissão de questionar absolutamente nada, pois ele está sendo instruído para ocupar papéis importantes na sociedade, tendo como obrigação, ouvir, e memorizar os conteúdos, ou seja, estão sujeitos a punições caso não forem bem nas avalições e no comportamento.

(...) o papel do professor estava focado em vigiar os alunos, aconselhar, ensinar a matéria ou conteúdo, que deveria ser denso e livresco, e corrigir. Suas aulas deveriam ser expositivas, organizada de acordo com uma sequência fixa, baseada na repetição e na memorização. (QUEIROZ E MOTA 2007, p.3).

Na tendência liberal renovada, a educação parte do interno, com interesses e necessidades individuais, a escola propõe um ensino no qual valorize a autoeducação, ou seja, o aluno é o objeto do conhecimento, e o ensino é centrado nele. (...) defende uma escola que possibilite a aprendizagem pela descoberta, focada no interesse do aluno, garantindo momentos para a experimentação e a construção do conhecimento, (...) muitos defendiam essa tendência, mas na prática, abriam mão de um trabalho planejado, deixando de organizar o que deveria ser ensinado e aprendido com a falsa desculpa de que o aluno é o condutor do processo. (QUEIROZ E MOITA, 2007, p.6).

Com base em Libâneo, na tendência liberal renovada progressivista, a escola busca integrar as necessidades individuais ao meio social. Essa integração ocorre por meio de experiências que visa atender os estudantes e ao mesmo tempo o meio social, e o mais importante nesse processo, é aprender a aprender.

(...) como o conhecimento resulta da ação a partir dos interesses e necessidades, os conteúdos de ensino são estabelecidos em função de experiências que o sujeito vivência frente a desafios cognitivos e situações problemáticas (...). (LIBÂNEO, 2006 p.25).

Ainda conforme Libâneo, na tendência progressista libertadora, tem-se como marca o não-formal, pois objetiva questionar a relação do homem com a natureza, e a realidade de uns com os outros, de forma crítica, procurando libertar os alunos dos depósitos de informações que são despejados sobre eles.

(...) o importante não é a transmissão de conteúdos específicos, mas despertar uma nova forma da relação com a experiência vivida. (LIBÂNEO, 2006, p.33).

Para Queiroz e Moita (2007), a tendência progressista crítico-social veio para abrir leques de aprendizagem significativa, pois possibilita os estudantes a questionar e ter seus conhecimentos prévios valorizados, proporcionando uma compreensão maior e um rendimento produtivo. Logo, são poucos que usufruem desta tendência, uma vez que o tradicionalismo prevalece no ensino da matemática.

A forma como atualmente é ensinada a matemática se mostra ineficaz em sua proposta de metodologia. O ensino tradicional, que se baseia na forma expositiva de transmissão de conteúdos, não se mostra atraente sob o olhar dos alunos. (CARNEIRO, SCHMIDT e KEGLER et al. 2014, p.260).

Com isso, torna-se frequente a indagação dos alunos do por que estudar matemática, uma vez que ensino atual da matemática está pautado em regras, fórmulas, exercícios com cálculos complexos.

Logo para Andrade (2013) a matemática ainda se baseia em um rigor algébrico, onde na aula tradicional o professor reproduz na lousa o que acha importante, produzindo um método de aprendizagem onde alunos apenas copiam o que o professor resolveu no quadro.

Diante dessa situação, o ensino da matemática baseia-se em memorização e repetição de exercícios, não desenvolvendo raciocínio lógico dos alunos, tornando isso uma problemática para o seu conhecimento.

Percebe-se, que se faz necessário uma reforma no método de ensino da matemática para que os alunos tenham confiança e autossuficiência, reformulando o ensino passado por meio de repetição e copia, trabalhando assim suas potencialidades. O PROFESSOR E A MATEMÁTICA

Os professores da atualidade ainda possuem uma metodologia muito tradicional. Segundo Queiroz e Moita (2007), a tendência tradicional está no Brasil desde a época dos jesuítas, e tinha como foco preparar o educando para exercer funções no meio social, cujo, acesso era apenas para a burguesia, ou seja, classe dominante do período. Nesta tendência tendo o professor como o centro da educação, e o ensino pautado na memorização, os alunos não tinham direito de questionar, e sim, concordar, ouvir e memorizar, pois os mesmos eram comparados a folhas brancas, as quais seriam preenchidas com conteúdos formulados. Portanto, os alunos eram meros receptores de informações.

A palavra método vem do latim, methodus que, por sua vez, tem origem no grego, das palavras meta (meta = meta) e hodus (hodus = caminho), logo, método quer dizer caminho para se chegar a determinado lugar. (…). (NÉRICE, 1989, p.53).

Conforme Nérice (1989), a metodologia é

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um conjunto de procedimentos, que envolve método e técnica de ensino, uma ferramenta que conduz o professor no direcionamento e aplicação do conteúdo. São etapas que vão da apresentação do conteúdo ao processo de avaliação. Sendo assim, quando o professor não possui uma metodologia flexível, fazendo alteração quando necessário, o bom rendimento do aluno, e melhoria na qualidade de ensino, não ocorre, tornando o ensino tradicional e centrado no professor.

O foco no ensino tradicional é exclusivamente intelectual, deixando de lado a realidade social, ou seja, o contexto onde o aluno está inserido. Por isso a importância de aplicar na sala de aula conteúdos relacionados com sua vivência.

Fonte:http://em01.powweb.com/einstein/index.html

A imagem acima, representa o ensino tradicional, já que a professora está moldando o pensamento dos alunos. Logo, percebe-se que o professor detinha o conhecimento, cabendo aos alunos reproduzi-los.

Conforme Dante (2016) a mudança no método de ensino é de fundamental importância para aprendizagem do aluno, já que ensinar a resolver problemas é mais complexo que resolução de algoritmos e equações. A conduta do professor ao ensinar algoritmo, em geral, é como alguém que conduz, que explica o passo a passo de como executar determinadas questões, já ao resolver problemas, o professor deve agir como incentivador, ou seja, fazer com que os alunos participem ativamente e não apenas observando o professor solucionar as questões.

Fonte: https://www.altoastral.com.br/descubra-se-seu-filho-sofre-de-discalculia-dificuldade-em-aprender-matematica/

Sendo assim, D’ Ambrósio (2017) retrata que, além de dedicação e amor pela profissão, o docente precisa ter uma prática reflexiva sobre o que se pretende ensinar, passando para o próximo algo que ninguém pode tirar: o conhecimento.

No trecho a seguir, o mesmo autor relata a atitude de um verdadeiro professor:

(...) O verdadeiro professor passa o que sabe não em troca de um salário (pois se assim fosse melhor seria ficar calado 49 minutos!), mas somente porque quer ensinar quer mostrar os truques e os macetes que conhece. (D’AMBRÓSIO, 2017, p. 84)

Infelizmente, muitos professores apresentam dificuldades e não se emoldam nessa perspectiva. Conforme o autor em menção, os professores, apesar de ministrarem bem suas aulas, terem uma ótima classe e com bom rendimento, detém os alunos nas mãos, porquanto não contam os truques de certo tipo de equação, e solicitam na prova justamente esse tipo de resolução. Dessa forma, os que possuem dificuldades, tem uma visão de professor impiedoso, enquanto outros que já dominam um pouco se sentem realizados ao desvendar o truque.

Em outro trecho, D’AMBROSIO relata que, “(...) o professor não é o sol que ilumina tudo. Sobre muitas coisas ele sabe bem menos que seus alunos. (...)” (2017, p.85). Por isso a importância da troca de conhecimentos (professor x aluno), de oportunizar a manifestação dos alunos, e não os tratar como mero depósitos de informações. A relação entre educador e educando precisa ser horizontal posicionando ambos com sujeito do conhecimento.

O professor é espelho para aluno e suas atitudes refletirão diretamente no seu futuro. Sendo assim, experiências malsucedidas durante o processo de ensino, poderão desenvolver bloqueios ou impactos em sua trajetória profissional, ocasionando frustrações.

Muitos docentes veem essa disciplina como inimiga, pois aprenderam a detestá-la pelo método apresentado a eles, e passam a ensinar os alunos da mesma forma, fazendo com que os mesmos

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não vejam a matemática como uma disciplina prazerosa ou fácil de aprender.

Para que o sentimento frustação não venha fazer parte do educando e não seja transmitido aos alunos, é necessário que o mesmo possua uma formação continuada, pois poderá ministrar suas aulas com propriedade e domínio do assunto.

O que concerne o autor Couto (2005, p.14), “a formação continuada é condição importante para releitura das experiências e das aprendizagens. (...)” (COUTO, 2005, p.14). Isso requer do professor constante processo de aprendizagem, já que devido os avanços tecnológicos os alunos adquirem novas informações a todo instante, sendo necessário preparo e conhecimento para intermediar possíveis questionamentos. PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM E A MATEMÁTICA

Segundo o dicionário da língua portuguesa, aprendizagem é a duração do processo de aprender.

No que concerne Ramos: É a mudança sistemática do comportamento ou da conduta, que se realiza através da experiência e da repetição e depende de fatores internos e externos (...). (RAMOS, 2011, p. 116).

Com base no mesmo autor, a aprendizagem depende de condições orgânicas e fatores psicológicos, além das condições ambientais como classe social e cultural por exemplo. Cada criança possui o seu tempo de progresso e precisa ter maturidade em determinadas atividades para conseguir desenvolvê-las.

Existem dois tipos de aprendizagem, sendo elas: a casual e a organizada. A primeira se dá de forma natural na relação entre as pessoas e a segunda com finalidade específica, aprender determinados conhecimentos.

A aprendizagem pode ocorrer em vários lugares, mas na escola possuem condições específicas para a transmissão e assimilação de conhecimentos. Essa aprendizagem ocorre mediante atuação do professor, associadas a atividades físicas e mentais das crianças relacionadas ao estudo. É fundamental um preparo do educando, domínio de conteúdo e metodologia de ensino. Dessa forma, haverá um processo intelectual dos alunos.

Na citação abaixo, Ramos menciona que: A atividade de ensino é vista, normalmente, como a transmissão de matéria para alunos; o professor passa a matéria e o aluno repete várias vezes até memorizá-la. Porém, o processo de ensino deve ser muito mais que isso, deve compreender ações conjuntas entre professores e alunos, onde estes são estimulados a pensar, aplicar de forma criativa os conhecimentos que foram assimilados, utilizando-os em sua vida prática (RAMOS, 2011 p.102).”

Percebe-se a importância de o professor inserir em suas práticas pedagógicas atividades

lúdicas e jogos que reforçam a aprendizagem e assimilação dos conteúdos, além de utilizar como exemplos situações que estejam de acordo com contexto social do aluno.

Com base na “Teoria da Aprendizagem” de Jean Piaget, os autores BRASIL, LIMA e LIMA (1977), apontam que muitos professores de matemática pensam que, o ensino só é possível quando se utiliza uma matemática moderna, deixando de lado conteúdos importantes, para ensinar outros que não teriam a menor necessidade. (…) o que Piaget nos ensina é que aprender é o aspecto pedagógico da atitude biológica geral que consiste em adaptar-se por meio de acomodações e assimilações. (BRASIL, LIMA e LIMA, 1977, p.16).

No primeiro contato do aluno com a matemática, é essencial que o professor trabalhe com o processo de assimilação, ou seja, relacionar o número a quantidade, como comparar certa quantidade de balinhas, ao número correspondente, por exemplo. Sendo assim, os conhecimentos prévios dos alunos, serão primordiais nesse processo de assimilação.

Para que se tenha uma aprendizagem de excelência é imprescindível que o professor de matemática, respeite o tempo de aquisição do conhecimento de cada aluno, além de incentivá-lo, deixando-o seguro e capaz de resolver qualquer situação-problema, contribuindo para uma aprendizagem relevante. E tendo como base os estágios de desenvolvimento de cada criança estabelecidos por Piaget.

De acordo com NETO (2010), o psicólogo Jean Piaget distingue quatro estágios do desenvolvimento lógico da criança.

O primeiro estágio é o Sensório-Motor (nascimento seguindo até 24 meses).

Fonte:http://quebracabecaedu.blogspot.com.br/2011

/06/classificacao-dos-jogos-para-piaget.html

Neste período a criança é puramente reflexa, e aos poucos vai desenvolvendo a percepção começa a enxergar com nitidez, e tudo que ver ao redor quer colocar na boca como uma forma de conhecer o objeto, criando até hábitos de acordo com o que ela vai vivenciando.

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Segundo estágio, Pré-Operatório (2 a 7 anos).

Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/292493/

Nesta fase a criança desenvolve a

linguagem, e desperta a curiosidade querendo resposta para todos os seus questionamentos.

Enquanto, no terceiro estágio, Operações Concretas (7 aos 12 anos).

Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/292493

A criança mesmo estando ligada ao concreto já realiza operações simples.

Quarto estágio, das Operações Formais, (11 aos 15 anos).

Fonte:http://www.revistaestilolivre.com.br/blog/wp-content/uploads/2017/02/supera4.png

A criança vai do concreto para o abstrato, de forma que consegue manipular e representar materiais concretos, alcançando a simbolização.

Os estágios são fundamentais para a educação, pois auxilia na aplicação dos conteúdos, evitando uma abordagem precipitada para a idade da criança. (...) é necessária uma correspondência entre o desenvolvimento psicogenético e as atividades proposta na escola (...). (NETO, 2010, p.27).

Cabe ao professor identificar em qual

estágio a criança se encontra, para que se torne produtivo o ensino da matemática.

Dessa forma, o papel do professor é de fundamental importância na aprendizagem da matemática e sua metodologia decisiva no comportamento dos alunos, já que cada estágio requer uma proposta específica. Para isso é imprescindível que o educador saiba ensinar e não apenas dar aula.

Na citação abaixo, Lorenzato (2010) explica a diferença entre essas duas concepções:

(...) ensinar é dar condições para que o aluno construa seu próprio conhecimento. Vale salientar a concepção de que há ensino somente quando, em decorrência dele, houver aprendizagem. Note que é possível dar aula sem conhecer, entretanto, não é possível ensinar sem conhecer. Mas conhecer o quê? Tanto o conteúdo (matemática) como o modo de ensinar (didática); e ainda sabemos que ambos não são suficientes para uma aprendizagem significativa. (LORENZATO, 2010, p. 3).

Conforme explicitado acima, o professor precisa conhecer e dominar o conteúdo, além inovar e adaptar novas práticas de ensino, de acordo com a necessidade de cada aluno, já que cada um possui uma forma peculiar de aprender.

Embora seja fundamental o conhecimento, o professor precisa querer fazer algo que vá além do método tradicional, como, abrir espaço para a tendência crítico-social, mencionada no texto de Queiroz e Moita (2007), onde nessa tendência, prioriza-se o domínio do conteúdo, o desenvolvimento de habilidades, instigado os alunos a questionarem, tornando-os formadores de opiniões, capazes de lutar contra uma sociedade injusta e desigual. Lembrando que nesta pedagogia crítico-social, necessariamente o educando precisa saber interpretar as relações sociais e não apenas adquirir habilidades.

Para isso é importante que o docente encontre vias para facilitar esse entendimento, podendo optar por, elaborar jogos, buscar novas estratégias para complementar sua metodologia, visando não apenas receber algo a mais por isso, e sim proporcionar um ensino de qualidade aos alunos.

Sendo assim, é imprescindível o planejamento e organização em cada aula, que o professor tenha domínio dos conteúdos para que aprendizagem se torne produtiva e não apenas uma distração. Sabemos que, quando uma aula é preparada de qualquer maneira, e isso torna o ensino cansativo e desinteressante.

Segundo os autores Smole, Diniz e Cândido (2007), os jogos, ao contrário do que se pensa, não são para descanso ou passatempo, mas possuem uma finalidade importante como: aprendizagem, esforço na busca de solução, imaginação, capacidade de interação, além de

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diminuir a consequência de erros e fracassos do jogador, possibilitando desenvolver iniciativa e autonomia. Logo, o jogo não deixa marcas negativas, porém, propicia novas tentativas Os jogos sempre foram uma atividade natural do ser humano, tanto no sentido de brincar como de educar ao mesmo tempo. (NUHS, 2013, p.22)

Há vários tipos de jogos que podem ser usados no ensino aprendizagem da matemática, principalmente nos anos finais do Ensino fundamental I como: A atividade esquenta cabeça que tem por objetivo o desenvolvimento de cálculos mentais e noções de operações inversas.

De acordo os autores Jarandilha e Splendore (2017), o procedimento do jogo ocorre com 3 pessoas, onde um é o juiz e os outros dois são jogadores. O juiz faz uma operação (previamente combinada pelo grupo) com os números dispostos em cartas, confeccionadas em cartolina, informa o resultado das cartas aos jogadores, os quais tentam deduzir através do cálculo mental, qual valor da própria carta. O jogador que acertar primeiro o número da carta, ficará com as duas cartas da jogada. Vence que obter o maior número de cartas.

Fonte:http://www.portalescolar.net/2013/09/jogos-matematicos-3-4-5-ano-raciocinio_3280.html

Com base em NUHS (2013), observa-se, que alguns alunos do ensino fundamental aparentam ter muitas dificuldades na hora de resolver situações problemas, passadas pelo professor durante a aula, mas, quando o professor introduz uma atividade de certa forma informal, como um jogo por exemplo, o aluno sente se mais à vontade e sem rejeição para desenvolvê-la. Um dos motivos para a introdução de jogos na matemática é a possibilidade de diminuir os bloqueios apresentados por muitos dos estudantes que temem a matemática e se sentem incapacitados de aprendê-la. (NUHS, 2013, p.22).

Os jogos possibilitam uma melhor compreensão da teoria, permitindo que os alunos se sintam seguros ao desenvolver as atividades

propostas, já que o rendimento do aluno pode ser melhorado pelo brinquedo ou brincar, através do intermédio do professor. PRÁTICA PEDAGÓGICA E A MATEMÁTICA

A didática do professor é importante no processo de aprendizado, pois o modo com que expõe os conteúdos deve ser visto como algo que irá agregar conhecimentos e não preencher apenas espaços vazios.

Dessa forma, a pratica pedagógica onde o professor valorize os conceitos matemáticos ajuda o aluno a construir seus próprios conceitos, dando assim independência ao aluno e podendo ser uma possível contribuição para o ensino matemático.

Outro ponto é a importância que o concreto possui para a aprendizagem do aluno, já que manusear algo, não proporciona o mesmo que palavras propriamente ditas. O autor Lorenzato (2010), evidencia essa importância no trecho a seguir:

O “ver com as mãos” é mais popular do que geralmente se supõe: você já viu alguém numa loja escolher roupas sem passar as mãos nelas? E criança em loja de brinquedos consegue apenas olhá-los? Como comprar um veículo sem pôr a mão nele? Por que inúmeras lojas que vendem cristais expõem avisos dizendo “não toque”? Quantas vezes ouvimos de crianças a expressão “dexovê”, a qual já vem acompanhada do movimento da mãozinha para pegar o objeto a ser visto? As pessoas precisam “pegar para ver”, como dizem as crianças. Então, não começar o ensino pelo concreto é ir contra a natureza humana. Quem sabe ensinar, sabe disso. (LORENZATO, 2010, p. 18)

Sendo assim, para facilitar a aprendizagem do aluno se faz necessário inserir o concreto, para que a mesmo consiga abstrair de forma clara o conteúdo proposto. Conforme o mesmo autor, o concreto palpável facilita o primeiro conhecimento, sendo necessário para a aprendizagem inicial, mas não suficiente para ocorrer uma abstração matemática.

(...)Entre o conhecimento físico e o matemático existe um processo a ser vivenciado, o qual poderia ser iniciado com a utilização de uma matéria que está sempre disponível e é muito funcional e eficiente: o corpo humano. Ele constitui-se em um ótimo material didático para auxiliar o desenvolvimento de percepção espacial, numérica e de medidas: a seguir, poderiam ser utilizados objetos manuseáveis, que permitem aos alunos usarem o tato e a visão; em seguida, passando das três para duas dimensões, viriam as imagens (representações, desenhos). (LORENZATO, 2010, p. 20)

Com base no próprio autor, é importante que qualquer desses momentos de atividades relacionados ao corpo, a linguagem esteja

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presente para facilitar o entendimento do que é visto, feito e interpretado.

Portanto, esse é um caminho contraditório para matemáticos que acreditam que abstração na matemática, é o único caminho para aprendizagem. Sendo que na verdade, para atingir a abstração é necessário começar pelo concreto.

Logo, o professor não precisa se atentar somente aos livros didáticos, mas adaptar as aulas usando outros métodos, materiais palpáveis como: Material Dourado

Fonte:http://aprendendocomamatematicaeseusnumeros.blogspot.com.br/2015/09/material-dourado-o-material-dourado-e.html

Ábaco

QVL (Quadro, Valor de Lugar)

Fonte:https://c.shld.net/rpx/i/s/i/spin/image/spin_prod_621916901??hei=64&wid=64&qlt=50

Outros métodos que podem ser explorados são: massinhas que auxiliam nas atividades de frações, permitindo que os alunos tenham maior clareza e compreensão do conteúdo, simulação de venda, utilizando dinheiro sem valor, tampinhas, para trabalhar com seriações e agrupamentos, além de confecções de sólidos geométricos, usando palito de churrasco unidos por bolinhas de massinha.

Fonte:http://www.riodasostras.rj.gov.br/noticia1111.html

Conforme Holz; Zenker; e Bona (2013) “o material manipulável não produz sozinho o aprendizado para o aluno(...). (2013, p.48).

Para que se tenha um resultado eficaz nos métodos mencionados, se faz necessário o auxílio e intermédio do professor durante o manuseio dos materiais, pois assim, o aluno passa ter um estímulo maior relacionando o conhecimento já adquirido como os novos desafios propostos.

Com base no PNAIC - Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (2015), o professor possui uma capacitação continuada realizada pelo ministério da educação em parceria com a secretaria de educação (SEE), vislumbrando uma

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prática inovadora do ensino da matemática. É interessante que o professor dê continuidade as práticas lúdicas em todo ensino fundamental, já que o aluno obteve esta vivências nos anos inicias, assim, amenizando o medo ou resistência que se tem da matemática. Portanto, é fundamental uma formação continuada.

Segundo o PNAIC (2015), o ponto crucial para tornar a sala de aula um ambiente cheio de possibilidades para os alunos, seria propor desafios a eles.

A criança se interessa por tarefas desafiantes. Para que isso ocorra, nós, professores, precisamos criar tarefas ou situações-problema de tal forma que a solução não possa ser obtida rapidamente, por meio de uma conta. Será necessário envolver a criança de modo que ela se sinta desafiada a descobrir o que precisaria fazer quando a proposta é aberta. (MEC, 2015, p.17).

Em qualquer nível de ensino o aluno desenvolve resolução de problemas, lembrando que é preciso que estas atividades estejam bem formuladas, de fácil entendimento. Quando é apresentado aos educandos pequenos desafios, eles tendem a se interessar mais pelas aulas, isso por ser uma forma de prover que os mesmos criem estratégias de ensino, busquem caminhos para encontrar a resposta, além de ser uma atividade que envolva raciocínio lógico, possibilita-os ampliar seus conhecimentos.

O professor deve organizar sua aula para que possa alcançar o objetivo proposto, não basta apenas passar uma atividade desafiadora aos alunos sem antes fazer uma sondagem, verificar se a situação problema está de acordo com o nível intelectual dos mesmos. “(...) quanto mais consciência o professor tiver (...) sobre sua prática, maior autonomia terá no processo de planejar (...)”. (MEC, 2015, p. 52). Para que o ensino da matemática passe a ser prazeroso, o docente não deve abrir mão de buscar algo novo para agregar a sua aula, deve estar em constante processo de aprendizagem, pois quando trabalha de forma exploratória e investigativa, o interesse dos alunos em participar, interagir durante a aula é maior, e o rendimento torna-se proveitoso. CONCLUSÃO

A matemática, assim como qualquer outra disciplina, pode ser compreendida sem embaraços. Embora pareça ser difícil, pois já foi intitulada como complicada, quando aliada a um método de ensino inovador, torna a aprendizagem prazerosa.

O ensino voltado para o tradicionalismo, onde o professor dá instruções e os alunos reproduzem o que foi transmitido não agregam nenhum conhecimento. O professor precisa atuar de forma dinâmica e ativa no desenvolvimento do aluno, identificando suas dificuldades e aplicando atividades que estejam de acordo com sua idade/

aquisição do conhecimento e com o contexto onde está inserido.

É importante que o professor tenha uma formação continuada, para obter uma bagagem maior de conhecimento, dominar o assunto, além de aperfeiçoar suas técnicas de ensino, já que para o ensino da matemática, a linguagem propriamente dita não é suficiente para a abstração dos conteúdos, sendo necessário complementar com atividades lúdicas como jogos e utilização do concreto.

O jogo permite que o aluno desenvolva o raciocínio, iniciativa, autoconfiança, autonomia e em conjunto, desenvolva a cooperação, respeito mútuo, onde ambos agregaram novas aprendizagens devido a troca de informações. Já o concreto, possibilita compreender de uma forma prática o que foi ensinado na teoria.

Dessa forma, para se trabalhar jogos requer do professor organização e clareza ao passar as instruções do que se deseja obter, trazendo para dentro de sala dinamicidade no aprendizado e aumentando o interesse do aluno, apresentando o ensino de uma forma lúdica e consequentemente aumentando o aprendizado coletivo e individual.

É de grande relevância o intermédio e auxílio do professor no decorrer do ensino fundamental, para que as crianças aprendam de forma significativa e carreguem consigo uma base que vão auxilia-los no decorrer da formação acadêmica, já que a consolidação do ensino nessa fase, será primordial para os anos posteriores.

Destarte, o professor contribui com a aprendizagem do aluno, a partir do momento que o auxilia construir os conhecimentos matemáticos e não apenas reproduzi-los, permitindo que desenvolva suas potencialidades e sinta-se confiante para superar o medo da matemática.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus que nos capacitou e nos deu forças para prosseguir. Aos nossos familiares que acompanharam de perto nossa trajetória, nos apoiando, incentivando e encorajando. A orientadora Patrícia Mattão que proporcionou a base para conduzirmos este artigo e ao Professor Gilberto Oki que foi o responsável por escolhermos esse tema, devido sua dedicação e empenho ao ministrar as aulas.

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