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e guia participante do Missão de imersão internacional com foco em moda e design orientados para a economia criativa 12 a 20 de setembro de 2012 Londres, Inglaterra

Missão Moda e Design 2012 - Guia do Participante

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Missão de imersão internacional com foco em moda e design orientados para a economia criativa. FIERGS (CIN-RS) e Apex-Brasil

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eguia

participantedo

Missão de imersão internacional com foco em moda e design

orientados para a economia criativa

12 a 20 de setembro de 2012Londres, Inglaterra

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SumárioApresentação.................................................................................... 3

1 Agenda da missão .......................................................................... 4

2 Informações do roteiro .................................................................. 5

3 Reino Unido ................................................................................... 9

4 Londres ........................................................................................ 13

5 Da indústria criativa para a economia criativa............................. 14

6 Informações gerais - Londres ....................................................... 24

7 Informações gerais – Viagem....................................................... 30

8 Endereços de contato úteis - Reino Unido .................................. 33

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Prezado Participante,

A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), através do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI-RS) e do Centro Internacional de Negócios (CIN-RS), e com o apoio da Apex-Brasil, por meio da sua Unidade de Atendimento no Rio Grande do Sul, e do Serviço de Apoio às Micros e Pequenas Empresas no Rio Grande do Sul (SEBRAE-RS), organizam a Missão de Imersão Internacional com Foco em Moda e De-sign Orientados para a Economia Criativa 2012.

O projeto visa encontrar soluções que promovam a diferenciação do produto final, como uma aposta necessária das empresas para manter-se em um mercado extremamente competitivo. Nos segmentos ligados à moda, a diferenciação é primordial a cada coleção a ser lançada. A pesquisa é uma condição básica para possibilitar a busca por novos conhecimentos e novas informações que subsidiam e determinam o embasamento aos profissionais que atuam na área de desenvolvimento de produto, e, portanto, é funda-mental para nutrir e fomentar a criatividade.

O objetivo da Missão é de capacitar os participantes neste novo conceito e perceber os sinais subjetivos dos grupos de consumidores. Busca fortalecer a importância da cultura de pesquisa na estruturação do conceito e identidade do produto nacional fomentando a sustentabilidade e o aperfeiçoamento do empreendedorismo criativo brasileiro, atra-vés de um roteiro direcionado de pesquisa internacional em Londres, Inglaterra, con-templando atividades orientadas, com apoio dos técnicos do SENAI-RS aos participantes.

Desejamos uma excelente Missão!

Apresentação

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1. Agenda12/09 – Quarta – feira

17:30 – Encontro no Aeroporto Salgado Filho – Balcão de Check-in da TAM19:48 – Embarque para São Paulo21:35 – Chegada em São Paulo23:40 – Embarque para Londres

13/09 – Quinta – feira

15:00 – Chegada em Londres15:00 às 15:30 – Deslocamento do Aeroporto para o Hotel Marriott London Marble Arch16:00 – Check-in no Hotel17:00 – Encontro no hall do Hotel17:10 – Deslocamento a pé para Picadilly Circus19:30 – Jantar e análise dos resultados do dia

14/09 – Sexta – feira

8:00 – Encontro no hall do Hotel8:10 – Saída do Hotel para UKTI London Office8:10 às 08:50 – Deslocamento em metrô9:00 – Chegada para palestra na UKTI13:00 – Covent Garden19:00 – Shopping Center – Westfield Stratford City

15/09 – Sábado

8:00 – Encontro no hall do Hotel8:10 – Saída do Hotel para Notting Hill, Portobelo Road Market (deslocamento em metrô)9:00 – Notting Hill10:30 – Portobelo Road Market12:00 – Almoço no Borough Market13:00 – London Design Festival – Victoria and Albert Museum (V&A Museum)17:45 – Retorno para o Hotel e Jantar

16/09 – Domingo

9:00 – Encontro no hall do Hotel9:00 às 10:00 – Deslocamento para Camden Town10:00 – Camden Town

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14:00 – Visita a comércio de rua: Carnaby Street, Regent Street (Liberty – 12h às 20h), Oxford Street (Selfridges – 10h às 21h)21:00 – Retorno para o Hotel

17/09 – Segunda-feira

9:00 – Encontro no hall do Hotel9:10 – Deslocamento Hotel para a Universidade de Ravensbourne 11:30 às 13:30 – Agenda na Universidade de Ravensbourne13:30 – Deslocamento Ravensbourne para Shoreditch Area14:00 – Almoço no Brick Lane Market14:30 – Visita Shoreditch Area17:30 – Retorno para o Hotel

18/09 – Terça-feira

8:00 – Encontro no hall do Hotel8:10 – Deslocamento para os Museus (metrô e a pé)9:00 – Tate Modern12:00 – Fashion and Textile Museum13:00 – Almoço14:00 – Design Museum17:00 – London Design Festival – Craft Central19:00 – Deslocamento para o Hotel

19/09 – Quarta-feira

8:00 às 9:30 – Check-out do Hotel9:30 – Saída para lojas de departamentos (deslocamento a pé)10:00 – Harrods13:30 – Harvey Nichols15:00 – Sloane Street17:00 – Retorno para o Hotel para pegar bagagem18:00 – Deslocamento do Hotel para o Aeroporto22:35 – Embarque para São Paulo

20/09 – Quinta-feira

06:05 – Chegada em São Paulo07:50 – Embarque para Porto Alegre09:44 – Chegada em Porto Alegre

Obs.: Programação sujeita a alteração.

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2. Informações do roteiro

l Picadilly Circus – É uma famosa praça de Londres, onde está localizada a estátua de Eros. Região para pesquisa de comportamento e moda street, onde se encontram avenidas/ruas importantes da cidade rodeada de grandes letreiros luminosos, lojas, áreas de entretenimento e movimentação de pessoas. Aspecto relevante: atmosfera londrina, manifestações artísticas, observar a moda e comportamento (saída de campo) nas ruas – diversidade cultural.

Endereço: Piccadilly Circus - London - W1J 9HSMetrô: zona 1. A estação é na linha Picadilly, entre Green Park e Leicester Square. Ou na linha Bakerloo, entre Charing Cross e Oxford Circus.

l UKTI – UK Trade & Investment – A UKTI é um departamento do governo do Reino Unido, com sede em Londres e em Glasgow, na Escócia. Atua diretamente com empresas inglesas que querem ter acesso ao mercado internacional, além de incentivar as empresas estrangeiras a investirem no Reino Unido. Foi fundada em 1999, oferece uma gama de serviços para os seus clientes do Reino Unido e demais países com o objetivo de “aumentar a competitividade das empresas no Reino Unido através do comércio exterior e investimentos, e atrair um contínuo alto nível de investimento estrangeiro direto de qualidade”. Palestra sobre Economia Criativa na Agência Britânica de Atração a negócios e investimento. Objetivo: Como a Economia Criativa pode contribuir para negócios entre empresas da moda e design brasileiras e britânicas.

Endereço: UKTI’s London HQ - UK Trade & Investment - 1 Victoria Street - London, SW1H0ET Site: www.ukti.gov.uk/pt_pt/home.html?null

l Covent Garden – Pesquisa de comportamento e moda. Antigo Mercado de frutas, verduras e flores, que hoje ainda mantém arquitetura da época. Local com várias lojas, artesanatos, restaurantes e cafés. Objetivo: Pesquisa de comportamento local, através de estilos típicos, manifestações locais (expressão através do artesanato).

Endereço: Covent Garden London - Carriage Hall, 29 - Floral Street - London WC2E 9DPSite: www.coventgardenlondonuk.com

l Westfield Stratford City: shopping center – O maior shopping center da Europa. Uma meca para compradores, com cerca de 300 lojas, incluindo a loja de de-

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partamentos John Lewis. Um verdadeiro showroom das marcas da moda. Objetivo: ob-servar o panorama geral da moda (pontos de venda), marcas formadoras de opinião. Comparação entre produtos apresentados no shopping e na rua, mesmos produtos, com conceitos diferentes.

Site: uk.westfield.com/stratfordcity/

l Notting Hill e Portobelo Road Market – Região muito “trendy” com lojas de todos os tipos, mas principalmente vintage, anos 60 e 70, lojas de discos antigos, lojas de antiguidades, etc. Dá-se atenção às cores das casas dessa área que são pintadas em tons pastéis de todos os tipos, o que faz lembrar o filme Notting Hill. As lojas típicas de Notting Hill encontram-se principalmente em Portobello Road, eleito como um dos me-lhores mercados da cidade. Região para realizar pesquisa de tendências retrô (vintage) e Economia Criativa. Objetivo: vivenciar comportamentos de rua, estilo de pontos de venda, mescla entre alternativo e intelectual.

l Borough Market – É o único mercado totalmente independente, propriedade de um fundo de caridade, e um dos maiores mercados de alimentos de Londres, conta com uma variedade de produtos britânicos e internacionais. Próximo ao London Bridge, é ideal para realizar refeições e comprar produtos artesanais. Objetivo: observar design e estética do alimento diário, refletem essência da comunidade local.

Horário mercado: 8h às 17h Endereço: 8 Southwark Street - London, SE 1 1TL Site: www.boroughmarket.org.uk

l London Design Festival – Desde 2003, o Festival de Design de Londres é um dos eventos anuais mais importantes de design do mundo, que permite ao público da econo-mia criativa a oportunidade de explorar temas, mostrar suas ideias e gerar negócios com uma audiência global convidada especificamente para o evento. Este ano o evento ocor-rerá do dia 14 ao dia 23 de setembro com uma programação composta por mais de 300 eventos e exposições reunindo pessoas e organizações de todo o espectro do design. O público estimado é de mais de 350.000 visitantes, abrangendo quatro diferentes grupos: público em geral, profissional de design, estudantes e visitantes do exterior, sem contar no grande número de jornalistas de diferentes países que produziram mais de 1.811 arti-gos sobre o evento. O Festival é tanto um evento cultural como comercial. A programação abrange exibições nacionais e internacionais, lançamento e venda de produtos dos artis-tas, seminários e conferências, recepções e festas. Grande parte dos eventos é gratuita, o que permite aos visitantes participar, ouvir, aprender e realizar compras.

Exibição no dia 18/09 – terça-feira, a partir das 17h: The ‘Inspired by London’. Especial-mente para o London Design Festival, reuniu-se um grupo eclético de designers e artistas que estão unidos em sua paixão por todas as coisas relacionadas à cidade de Londres. Esta exposição temática vai mostrar a diversidade da arte, moda, produtos para o interior

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e as joias que a Capital tem inspirado e como cada designer tem usado o seu estilo pesso-al e técnicas para criá-las. Artistas: Bronagh Kennedy – Limited Edition Art Prints – www.bronaghkennedy.com; London Kills Me – Fashion and Interior Products – www.londonkill-sme.com; Vic Lee – Limited Edition Screen Prints – www.viclee.co.uk; Rosemary Lucas – Contemporary Jewelry – www.rosemarylucas.com; Michelle Mason – Interior Products – www.michellemason.co.uk; Sarah Eyton – Fashion Accessories – www.saraheytonde-signs.co.uk. Horário: Terça: 17h – 20h; Quarta – Sexta: 12h – 19h; Sábado: 10h – 16h.

Endereço: Craft Central - Ground Floor Showcase - 33-35 St Johns Square - Clerkenwell Road - London, EC1M 4DS - United Kingdom - FarringdonTelefone: 447747635762Site: www.londondesignfestival.com/events/inspired-london

l V&A Museum – Exibição no dia 15/09 - sábado: Juliana Sissons – Knitwear Design. Foi fashion designer no V&A entre julho a dezembro de 2010. Juliana Sissons trabalha com a moda contemporânea desenvolvendo peças em malhas. Objetivo: compreender a mobilidade das tendências através da inovação dos jovens designers. Sobre a artista Juliana Sisssons: hannahestherrebecca.blogspot.com.br/. Horário: 10h às 17h45 min.

Endereço: V&A Rooms 114c & 114d, Ironwork - Cromwell Road - London, SW7 7RLSite: www.londondesignfestival.com/events/juliana-sissons-knitwear-design

l Camden Town – É a zona mais eclética de Londres, é onde se vê desde rastafáris aos punks, passando pelos góticos, hippies, indies ou todo e qualquer outro estilo que seja considerado original ou “diferente”. Além de diversas lojas e ruas diferentes, há o Camden Lock, uma espécie de mercado cheio de barracas de tudo o que se imagina, de tapetes até joias. Objetivo: análise e observação do espírito de vanguarda do bairro através da música.

Endereço: Camden Lock Ltd, 54-56 Camden Lock Place, Chalk Farm Road, London, NW1 8AFSite: camdenlockmarket.com

l Carnaby Street – É uma das ruas mais icônicas do mundo. Epicentro da revolução jovem que começou a partir dos anos 60 e onde os jovens da Swinging London circula-vam. Uma rua que viu a minissaia nascer. Objetivo: investigação das lojas e conceituação de produto, tendo como plano de fundo, o comportamento.

l Oxford Street – É uma das ruas mais famosas e popular de Londres. Um shopping a céu aberto com 548 lojas ao longo de 2.4 km. Encontram-se as lojas de marcas mais famosas e conhe-cidas do mundo, dentre elas: Selfridges, John Lewis, Marks & Spencer, Debenhams, House of Fraser, HMV, Topshop, Nike, Zara, Gap. Objetivo: marca forma-doras de opinião, observação das vitrines e comportamento de rua. Site oficial: www.oxfordstreet.co.uk.

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l Regent Street (Liberty) – Um conjunto de estilos exclusivos e de vanguarda, têm parcerias com inúmeras grifes como: Hermès, Chloé, Stella McCartney, incluindo Vivienne Westwood, Martine Sitbon e Dries Van Noten. entre outras. São produtos que variam desde lenços, roupas, acessórios, tecidos a metro completamente diferen-ciados. Objetivo: marca formadoras de opinião, observação das vitrines e comporta-mento de rua.

l Universidade de Ravensbourne – Universidade inglesa que se diferencia de outras instituições através da visão e do comprometimento em desenvolver educação especializada e de alta qualidade com integração na economia criativa. Uma universidade inovadora no setor de mídia digital e design, englobando entre os diversos cursos: televisão, moda, radiodifusão, design de produtos interativos, arquitetura e design de ambientes, design gráfico, animação, imagens em movimento e produção de música. Recepção pelos Professores dos cursos de Promoção de Moda, Gerenciamento de Marcas de Luxo, Mestrado em Design e pelo diretor e executivo-chefe da Ravensbourne. Objetivo: Mesa redonda sobre Economia Criativa e as influências nos segmentos da Moda.

Endereço: 6 Penrose Way - London SE10 0EWSite: www.rave.ac.uk/

l Brick Lane Market e Shoredict Area – Brick Lane é uma das mais famosas ruas de Londres. Popular área de artistas e de pessoas criativas, Brick Lane atrai um mix diversificado de pessoas. Há um zumbido caótico no local, com música ao vivo, pop-up tendas e arte graffiti, sempre mudando e evoluindo a cada dia. Shoreditch Area é um bairro no centro-leste de Londres que foi transformado pela Economia Criativa ao longo dos últimos 15 anos. Na década de 1990 Shoreditch começou a ser colonizada pelos artistas, o que acabou atraindo as mais diversas empresas criativas, como publicidade, arquitetura, fotografia e, especialmente, design. Objetivo: profusão cultural de diversas etnias, estética do alimento, forma de abordar cliente, posicionamento de produtos.

Endereço: Brick Lane - London - E1 5HASite: www.visitbricklane.org

l Tate Modern Art Gallery – É um dos mais importantes museus do mundo e o maior de arte moderna. O seu acervo é formado por obras de 1900 até os dias atuais. Às margens do Rio Tâmisa, o museu foi instalado em uma antiga usina elétrica no coração de Londres. Promove importantes mostras temporárias de arte moderna e contemporânea, e tornou-se a terceira maior atração londrina.

Endereço: Bankside - London SE1 9TGTelefone: 020 7887 8888 Site: www.tate.org.uk/visit/tate-modern

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l Design Museum – Por 22 anos, o Museu de Design tem defendido a economia criativa contemporânea, celebrando o talento dos melhores designers e arquitetos do mundo. O Museu já recebeu mais de cinco milhões de visitantes, mais de 100 exposi-ções e estabeleceu um programa de educação e liderança. Este programa é pioneiro em exposições, projetos educacionais e as coleções tem tornado uma voz ativa no cenário do design.

Endereço: 28 Shad Thames - London SE1 2YD, United KingdomTelefone: 020 7403 6933Site: www.designmuseum.org

l Fashion and Textile Museum – O Museu de Moda e Têxtil é um centro de vanguarda para a moda contemporânea. Fundada pela estilista britânica Zandra Rhodes, o centro apresenta um programa de exposições temporárias explorando elementos têxteis, moda e joias, bem como uma escola que oferece cursos para empresas e alunos da economia criativa. Objetivo da visita aos Museus: Capturar informações de vanguarda, evolução do design ao longo da história, as novas manifestações artísticas, a mobilidade das tendências (olhar o passado para desenhar o futuro) e a interpretação das estéticas aplicadas ao design.

Endereço: The Fashion and Textile Museum - 83 Bermondsey Street - London, SE1 3XFTelefone: 020 7407 8664Site: www.ftmlondon.org

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Dados básicos e principais indicadores:

GEOGRAFIA

POPULAÇÃO

Área Hora Local (Londres)

Clima Capital

Regiões

Principais cidades

Habitantes População (%)

Composição

Língua oficialReligião

244,820 km² + 4 horas em relação à Brasília Temperado OceânicoLondres12 regiões: North East; Yorkshire-Humber; North West; East Midlands; West Midlands; Eastern; London; South East; South West; Wales; Scotland; North IrelandLondres: 8.615 milhões; Birmingham: 2.296 milhões; Manchester: 2.247 milhões; West Yorkshire: 1.541 milhões; Glasgow: 1.166 milhões (2012)

63,047 milhões de habitantes (2012) Inglaterra: 81,5%Escócia: 9,6%Irlanda: 2,4%País de Gales: 1,9%Brancos 92,1% (ingleses: 83,6%; escoceses 8,6%; galeses 4,9%; irlandeses 2,9%); pretos 2%; indianos 1,8%; paquistaneses 1,3%; outros 2,8%.Inglês71,6% (Anglicana, Católica, Presbiteriana, Metodista); Muçulmana 2,7%; Hindu 1%; não especificado ou nenhuma 23,1%.

3. Reino Unido

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Fontes: CIA World Factbook 2012, Organização Nações Unidas 2011, Euromonitor Internacional 2012

GOVERNO (Sistema Parlamentarista e Monarquia Constitucional)

ECONOMIA

MonarcaPrimeiro-Ministro

Principais Partidos Divisão Administrativa

MoedaCotação

PIBPIB – Taxa de Crescimento Real (%)

Inflação (%)Desemprego (%)

População abaixo do nível da pobreza (%)

Rainha Elizabeth II (1952)David Cameron (2011)Trabalhista e ConservadorInglaterra: 8 regiões subdivididas em condados; Escócia: 9 regiões e três zonas de autoridade insular; País de Gales: 8 condados; Irlanda do Norte: 6 condados

Libra esterlina (£), Pound em inglêsR$3,20 (24/08/2012)US$ 2.418 trilhões (2011)1,3 (2010)3,3 (2010)8,4 (2012)14 (2010)

Destaque:

Sob a costa ocidental da Europa continental, entre

o Oceano Atlântico e o Mar do Norte, o Reino Unido

é constituído de duas grandes regiões. A maior incorpora a Inglaterra, a

Escócia e o Principado de Gales, e a outra constitui a

parte nordeste da região da Irlanda do Norte.

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3.1 SITUAÇÃO ECONÔMICA

A economia da zona do euro cresceu rapidamente durante a maior parte da década ante-rior, no entanto, uma elevada desaceleração ocorreu no ano de 2008 e o Reino Unido entrou em recessão em 2009. A modesta recuperação desta economia começou em 2010 de forma muito lenta, e em 2011 o PIB real cresceu apenas 0,7%. Este ano (2012), o PIB real deverá crescer apenas 0,1% e a economia continuará operando 4% abaixo do pico pré–crise e os riscos para o curto prazo estão subindo.

A desvalorização da moeda, os recentes aumentos nos impostos indiretos e dos pre-ços mais altos das commodities empurrou a inflação para 4,5% em 2011. O enfraqueci-mento da economia prejudicou os gastos com os consumidores, no qual o consumo final privado diminuiu em termos reais 1,7% no ano passado (2011), e é esperado declinar 1,5% este ano (2012). No momento, os consumidores estão sendo pressionados a uma série de fatores, como o crescimento lento dos salários e o aumento do desemprego. A taxa de desemprego foi de 8% em 2011 e subirá para 8,4% este ano – uma das maiores taxas de desemprego em muitos anos, sendo em grande parte caracterizada pela falta de mão de obra qualificada.

A produtividade do trabalho por hora trabalhada permanece menor do que em outros países desenvolvidos. Em média, os trabalhadores no Reino Unido devem trabalhar nove ho-ras para produzir o mesmo que os alemães atingem em oito horas e os franceses em sete horas. O crescimento da produtividade também desacelerou refletindo uma relação capital-trabalho baixo.

Em 2012, a recessão voltou em abril e terá pouco crescimento nos demais meses do ano. O desemprego encontra-se perto de um pico de 20 anos, principalmente no que se refere ao desemprego dos jovens.

No entanto, os Jogos Olímpicos de Verão este ano deverão proporcionar um grande im-pulso para a economia, gerando £750 milhões em gastos com os setores de lazer, varejo e turismo. Lon¬dres estima que cerca de 18.000 novos empregos serão criados anualmente até 2015 com as Olimpíadas.

Fonte: Euromonitor Internacional, 2012.

3.2 REINO UNIDO E O COMPLExO INDUMENTáRIO

VESTUáRIOAs despesas no consumo de vestuário no Reino Unido caíram quase 10% entre 2005 e

2010, onde a maior parte deste declínio ocorreu depois de 2007 por questões econômicas. O fenômeno das lojas temporárias (Pop-Up Stores), lojas que operam em um local por um

determinado período de tempo, fez com que Londres se tornasse uma cidade de pop-ups em 2010. O sucesso desta tendência foi baseado em parte no fato de que um número crescente de locais de varejo foi deixado por questões da desaceleração econômica.

O objetivo central destas lojas não é necessariamente impulsionar as vendas, mas sim expor a marca e o consumidor familiarizar-se com a identidade destas. A tendência é gerar um

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envolvimento com os consumidores de uma forma diferente surgindo em locais aleatórios. Em 2011, a loja de departamentos Debenhams lançou uma nova coleção em um pop-up durante a London Fashion Week. A edição da loja ofereceu peças especiais de estilistas e os consumido-res puderam comprar roupas de grife a preços relativamente acessíveis.

As roupas e acessórios vintage tem se tornado popular entre as mulheres do Rei-no Unido nos últimos anos, particularmente com as mulheres mais jovens (entre 18 e 24 anos). Uma das razões para este sucesso é que o vintage reflete para muitas mulheres um estilo único, individual, diferentemente do estilo high-street. De acordo com uma pesquisa realizada entre as mulheres do Reino Unido em 2011 pela Oxfam (instituição de caridade que executa uma cadeia nacional de lojas de roupas usadas), um quarto das entrevistadas disse que havia comprado roupas vintage pelo menos uma vez, 14% destas afirmaram que haviam aumentado suas compras deste estilo ao longo dos três anos anteriores. Um terço das entrevistadas disse que escolheriam um produto vintage ao invés de algo novo, com a metade afirmando que a escolha por estes produtos seriam por questões de terem um estilo próprio, uma vez que é mais difícil de encontrar alguém usando a mesma roupa vintage, por exemplo.

Ainda não no nível de Paris, Nova Iorque ou Milão, Londres é lembrada como uma cida-de chave na hora de realizar compras de roupas e acessórios, principalmente em locais como Bond Street, Carnaby Street e Portobello Market. De acordo com um estudo realizado pelos membros do clube Shoparazzi (London Shopping Club) em 2011, mais de um milhão de pes-soas visitam o Reino Unido anualmente para fazer compras. Shoparazzi calcula que o turismo indumentário no Reino Unido é superior a £ 3 bilhões, no qual destes 30 milhões de visitantes anuais gastam em média £ 253 por compra.

Fonte: Euromonitor 2012

CALÇADOSO valor das vendas de calçados no Reino Unido diminuiu entre 2005 e 2010, chegando a

£7.8 bilhões em 2010. Enquanto a demanda por calçados infantis foi alta, a por calçados femini-nos manteve-se estável, atingindo £3.6 bilhões em 2010. Em contrapartida, houve um declínio na demanda por calçados masculinos, concentrada no segmento de calçados não esportivos.

Diferente da grande parte do público feminino, a maioria dos homens ainda considera o conforto como o fator chave na escolha do calçado. Ultimamente, os homens têm usado calçados formais apenas em ocasiões especiais, onde o estilo sportwear acaba sendo mais pre-sente no dia a dia. A marca Puma tentou encontrar um equilíbrio entre o formal e o informal nos calçados esportivos, demonstrando um ótimo desempenho neste mercado. A empresa conseguiu atingir os homens que querem vestir os mesmos calçados em casa, no trabalho ou em momentos de lazer.

De acordo com estudo conduzido pela MSN em 2011, em média as mulheres britânicas possuem 39 pares de sapatos, e normalmente chegam a 50 pares, sendo que uma em 10 mulheres concorda que quanto maior o salto melhor, não classificando em primeiro lugar o conforto. A pesquisa também revelou que uma mulher britânica está preparada para gastar em média £142,59 em sapatos, sendo que 44% destas afirmam que o valor elevado e os saltos altos prevalecem, uma vez que se sentem mais atrativas e elegantes. Segundo o esti-

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lista Poppy Dinsey, os sapatos parecem ser uma das poucas coisas que oferecem dor física e financeira, e ainda conseguem trazer tanta alegria a uma mulher.

Fonte: Euromonitor 2012

ACESSóRIOS E PRODUTOS DE LUxODespesas com joias no Reino Unido foram em grande parte estáticas entre 2005 e 2010,

com mais gastos em joias reais do que no consumo de bijuterias. Os itens mais comprados foram anéis, colares e brincos. Este mercado tem forte presença em lojas, mas as vendas pela Internet têm aumentado rapidamente.

Já a demanda por relógios diminuiu nos últimos anos, sendo que os casuais foram res-ponsáveis por quase metade das vendas em 2009. Embora o clima do Reino Unido não seja particularmente ensolarado o ano todo, os óculos de sol são acessórios populares, particular-mente entre as mulheres. As marcas mais populares de óculos de sol no mercado londrino são Ray-Ban e Oakley.

A demanda por produtos de luxo no Reino Unido permaneceu estática entre 2005 e 2010. Em 2010, houve aumento na procura por produtos de luxo no segmento de beleza, roupas de grife, calçados, vinhos/espumantes e outras bebidas. Muitos consumidores de classe média, especialmente as mulheres e cada vez mais os homens, tem buscado por produtos de luxo na Internet. Segundo o relatório UK Luxury Benchmark Report 2011, mais de 7% das marcas de luxo no Reino Unido realizaram descontos nos produtos online para atrair novos clientes.

Fonte: Euromonitor 2012

4. LondresLocalizada no rio Tâmisa, Lon-

dres é a capital da Inglaterra e do Reino Unido, e constitui a maior área metropolitana do Reino Uni-do e a maior zona urbana da União Europeia.

É considerada a cidade líder global com pontos fortes nas artes, comércio, educação, pesquisa e desenvolvimen-to, entretenimento, moda, finanças, saúde, mídia, serviços profissionais, turismo e transporte. Sendo assim, foi descrita como a capital cultural do mundo, a cidade mais visitada.

Destaques:• Principal centro financeiro, junta-mente com a cidade Nova Iorque.

• Possui o quinto maior PIB entre as cidades metropolitanas do mundo e o maior entre as cidades da Europa.

• Conta com a maior concentração de Ensino Superior da Europa, com 43 universidades.

• Será a primeira cidade a sediar os Jo-gos Olímpicos de Verão pela terceira vez.

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4.1 Sites úteis

Visit London: Guia oficial de turismo. www.visitlondon.comLondon Town: Diversas informações úteis. www.londontown.comLondon Tool Kit: Diversas informações úteis. www.londontoolkit.comMapa de Londres: Diversas informações úteis (em português). www.mapadelondres.org

5. Da Indústria para a Economia Criativa

A economia criativa tem potencial para gerar empregos, renda e divisas, e ao mesmo tempo promover inclusão social, diversidade cultural e desenvolvimento humano.

UNCTAD – United Nations Conference on Trade and Development (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento)

5.1 CONCEITO E CONTExTOS

O conceito de Economia Criativa tem se consolidado no mundo refletindo a mudan-ça de paradigma de uma economia menos centrada no tradicional modelo industrial e mais ligada à geração de ideias, à criatividade, ao talento, ao desenvolvimento de pro-jetos comuns entre uma rede de atores, o que pressupõe uma estreita aliança entre a economia e a cultura, além da possibilidade de consolidação de um desenvolvimento efetivamente sustentável.

Economia Criativa

Indústrias Criativas

É um grupo de atividades econômicas baseadas no co-nhecimento com vínculos à nível micro e macro com toda a economia.

São bens tangíveis ou serviços intangíveis que incor-poram conteúdo criativo, valor econômico e cultural e objetivos de mercado.

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A Economia Criativa encontra-se num âmbito muito vasto e interage entre di-versos setores. Estes vão desde atividades referentes à herança cultural (artesanato, festivais e folclores) até a tecnologia e serviços como audiovisual e novas mídias. É um processo dinâmico conducente à inovação em tecnologia, práticas de negócios, marketing, etc., e está intimamente ligada à obtenção de vantagens competitivas na economia dos países.

O conceito de Economia Criativa origina-se do termo Indústrias Criativas, tendo a sua origem relativamente recente, surgindo na Austrália em 1994 com o lançamento do relatório Creative Nation (Nação Criativa). Este relatório ganhou maior destaque em 1997 quando o Departamento do Reino Unido da Cultura, Mídia e Esporte criou o Gru-po de Trabalho das Indústrias Criativas (Creative Industries Task Force). A designação da indústria criativa, desde então, marcou uma mudança na abordagem dada àquelas potenciais atividades comerciais que até recentemente eram consideradas puramente ou predominantemente não econômicas, assim desenvolvendo um amplo escopo de atividades na área da cultura industrial e indo muito mais além do que apenas a indús-tria criativa nas artes.

De acordo com a Organização das Nações Unidas, existe uma série de modelos que foram apresentados nos últimos anos como meio de proporcionar uma compreensão das diferentes maneiras de interpretação estrutural característica da indústria criativa.

Um marco significativo na adoção do conceito de indústria criativa foi dado pela XI Unctad - United Nations Conference on Trade and Development (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento), em 2004. Para esta, a economia criativa se baseia nos ativos criativos, potencialmente geradores de crescimento socioeconômico,

DIMENSÃO DE DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA CRIATIVA

Fonte: E. dos Santos, Unctad, 2008

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e tem o potencial de fomentar o crescimento econômico, a criação de empregos e os ganhos de exportação, ao mesmo tempo em que promove a inclusão social, a diversi-dade cultural e o desenvolvimento humano. É o ciclo que engloba a criação, produção e distribuição de produtos e serviços que usam o conhecimento, a criatividade e o intelecto como principais recursos produtivos.

A abordagem da Unctad para as indústrias criativas é de ampliar o conceito de cria-tividade para os setores que tenham forte componente artístico em qualquer atividade econômica (próxima do mercado, tais como propaganda, mídias) e que produza pro-dutos com propriedade intelectual para um mercado mais amplo. A classificação das indústrias criativas é dividida em quatro grandes grupos: herança cultural, artes, mídia e criações funcionais. Estes grupos são, por sua vez, divididos em nove subgrupos, con-forme imagem abaixo:

Não existem informações concretas que confirmem que países começaram a uti-lizaram pela primeira vez o termo “indústria criativa”. Com a criação do Grupo de Tra-

Fonte: Unctad Creative Economy & Industries Programme, 2010

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balho das Indústrias Criativas, este influenciou a maioria dos países a desenvolverem a sua classificação nas últimas décadas. A primeira classificação publicada descrevendo as indústrias criativas veio do Departamento de Cultura, Mídia e Esporte do Reino Unido (UKDCMS), como “aquelas indústrias que têm sua origem na criatividade, na habilidade e nos talentos individuais e que têm o potencial para a geração de riqueza e de traba-lho por intermédio da criação e da exploração da propriedade intelectual”: cinema e fotografia, música, artes visuais, artes cênicas, arquitetura, publicações e publicações eletrônicas, televisão e rádio, design, artesanato mercados de arte e antiguidades. Anu-almente, dados estatísticos são publicados pela Creative Industries Economic Estimati-ves (CIEE) (ou Estimativas Econômicas da Indústria Criativa), incluindo atualmente novas categorias, como publicidade, moda, e a nova mídia.

Fonte: ONU - Creative Economy, 2010; Ana Carla Fonseca Reis, 2008; Digesto Econômico, 2010Fonte: ONU (Creative Economy, 2010)

5.2 ASPECTOS ECONÔMICOS

A economia criativa está profundamente enraizada nas economias nacionais ao produzir benefícios econômicos e empregatícios relacionados aos setores de serviços e manufaturados, e ao promover a diversificação econômica, o comércio e a inovação.

Na década atual, as indústrias criativas se tornaram um dos setores mais dinâmi-cos do comércio mundial. Até agora, nos anos 2000, o comércio de produtos e serviços criativos obteve um crescimento sem precedentes se comparado aos serviços mais tra-dicionais e às indústrias manufatureiras. Estima-se que essa rápida expansão continue nos próximos anos. Nesse contexto, as indústrias criativas são um catalisador dos ganhos do comércio, abrindo novas oportunidades para que muitos países em desenvolvimento avancem a passos largos, em setores de grande crescimento, e aumentem a sua partici-

DEFINIÇÃO DAS INDÚSTRIAS CRIATIVAS PELA UNCTAD

- São os ciclos de criação, produção e distribuição de bens e serviços que utili-zam a criatividade e capital intelectual como insumos primários;- Constituem um conjunto de atividades baseadas no conhecimento, com foco na arte (mas numa abrangência mais ampla e não limitada), gerando uma receita de comércio e direitos de propriedade intelectual. - Compreendem produtos tangíveis e intangíveis (propriedade intelectual e artístico) com conteúdo criativo, valores econômicos e objetivos do mercado.- Se relaciona entre as artes, serviços e os setores industriais. - Constitui um novo setor dinâmico do comércio mundial.

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pação de mercado no comércio mundial.Nos anos que antecederam a crise econômica, 2002-2008, o comércio de bens e

serviços das indústrias criativas cresceu em média 14% ao ano, mesmo levando em con-ta a forte contração da demanda mundial e comércio internacional nos últimos meses de 2008. As exportações mundiais de artes visuais dobraram em seis anos, atingindo US$ 29,7 bilhões de dólares em 2008. A mesma tendência foi notória nas exportações de serviços audiovisuais, que totalizaram US$ 13,7 bilhões em 2002 e atingiu US$ 26,4 bilhões em 2008.

Fonte: ONU - Creative Economy, 2010, Edna dos Santos-Duisenberg, 2008

ExPORTAÇÃO MUNDIAL DAS INDÚSTRIAS CRIATIVAS POR PRODUTOS EM 2005

Fonte: Ana Carla Fonseca Reis, 2008

5.3 ASPECTOS SOCIAIS E CULTURAIS

A economia criativa interage na sociedade através da participação de todas as clas-ses sociais, seja como produtores, consumidores de diferentes produtos e atividades cul-turais. Este efeito tornou-se possível a partir da possibilidade de reunir vários segmentos da sociedade, incluindo os setores público e privado, indivíduos e instituições com ou sem fins lucrativos, tais como ONGs, fundações e universidades.

O grande impacto social da indústria criativa ocorre na contribuição de empregos respondendo por cerca de 2% a 8% da força de trabalho na economia, dependendo do setor. Esta indústria exige intensivo conhecimento, habilidades específicas de alto nível de qualificação desde a elevada concentração no momento da criação até a mão de obra do produto ou serviço final.

Sendo assim, a economia criativa torna-se uma função prática e participativa atra-vés da interação, colaboração e ampliação de networks, promovendo novos modelos de

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negociações inclusivos e abertos à participação da sociedade civil, a fim de ser eficaz e estimular o conhecimento e a inovação.

Em uma sociedade contemporânea dominada por sons, imagens, textos e símbo-los, a economia criativa é onipresente em nosso cotidiano seja através da educação ou do trabalho, ou até em momentos de lazer e entretenimento. Além disso, a economia criativa é capaz de assimilar o conhecimento tradicional do passado, bem como as tec-nologias atuais. Isso requer uma visão de futuro capaz de reagir às rápidas mudanças econômicas, culturais e tecnológicas que são colocadas à nossa sociedade, mas nem sempre imediatamente percebidas.

Fonte: ONU - Creative Economy, 2010

O PAPEL DAS MíDIAS

Com o processo de globalização, o valor da diversidade cultural e o papel das in-dústrias criativas tem sido bem mais definido e entendido na promoção do desenvol-vimento econômico, social e cultural tanto nos países desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento.

Nos últimos 10 anos têm ocorrido uma verdadeira mudança no comportamento mais consciente da sociedade, principalmente devido à influência dos meios de comuni-cação, incluindo as mídias sociais e a Internet.

Através de jornais, revistas, livros, filmes e redes sociais, a mensagem enviada sobre as questões ambientais tornou-se muito presente no dia a dia de todos. Os consumido-res estão se tornando mais educados e cada vez mais procuram por produtos certifica-dos e ambientalmente sustentável.

5.4 A SUSTENTABILIDADE NA INDÚSTRIA CRIATIVA: CRIATIVIDADE E BIODIVERSIDADE

A economia do nosso planeta têm sofrido tremendas perdas nos últimos dois séculos, principalmente pela destruição dos recursos naturais, aumento da popula-ção e poluição. Graças às indústrias criativas, consumidores, empresas e governos, a importância da economia sustentável e a busca por uma melhor qualidade de vida estão cada vez mais presentes na mentalidade da população mundial.

É cada vez mais reconhecido que o conceito “sustentável” tem um alcance além da sua aplicação no meio ambiente. O capital cultural tangível e intangível de uma comunidade, uma nação ou região do mundo é algo que deve ser preservado para as futuras gerações, assim como os recursos naturais e ecossistemas precisam ser assegurados para a continuidade da vida humana no planeta.

A sustentabilidade cultural implica em um processo de desenvolvimento que mantém todos os tipos de bens culturais, línguas e rituais tradicionais para obras de arte, artefatos e patrimônios (cultural, histórico, etc.). A inovação torna-se o foco para ser sustentável não apenas para buscar soluções aplicáveis ao meio ambiente,

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mas sim para abranger diversas questões, tais como a forma de fornecer estratégias culturais que desenvolvam e promovam a indústria criativa de forma sustentável como um todo.

Segundo Michael Porter (1980), a produção de bens e serviços criativos pode servir como exemplo para aumentar a eficiência, a produtividade do crescimento sustentável e o seu desenvolvimento. Em um contexto urbano, pode-se observar este fato em centros tradicionais como Londres, Los Angeles, Nova Iorque, Paris, e mais recentemente cidades metropolitanas como Bombaim, Hong Kong, Cidade do México e Shangai.

ECO - FASHION

Um número crescente de indústrias criativas já está colocando em prática mecanismos e adotando processos que se alinhem com os objetivos da proteção ambiental e sustenta-bilidade. Proteger o meio ambiente pode se tornar um método de produção que capitalize a criatividade humana e suas habilidades, a fim de promover baixos impactos ambientais, contribuir para a sustentabilidade e a biodiversidade mundial, e buscar novas rendas.

A indústria de moda e design que utiliza materiais ecofriendly, como tecidos feitos de fibras orgânicas, naturais e reciclados, tornou-se uma nova tendência. O processo de produção destes materiais não são poluentes ou muito pouco poluentes, são produtos biodegradáveis ou de fácil reciclagem, sem contar que muitas vezes a energia utilizada é a criatividade humana, o talento e suas habilidades. Além de utilizar materiais naturais, estes produtos ecofriendly destacam as identidades locais e culturais, etnias, bem como o trabalho ético e sustentável.

Esta indústria oferece uma oportunidade para aqueles países que estão em desen-volvimento e almejam ter uma ascensão econômica, a partir de seus talentos criativos de acordo com a preocupação com o meio ambiente. Iniciativas empresariais e o envol-vimento do governo e de comunidades locais são ações que estimulam a promoção e o desenvolvimento sustentável, e criam plataformas para articular estratégias de enga-jamento em ações concretas de sustentabilidade e engajamento do consumidor final.

5.5 A ECONOMIA CRIATIVA NO MUNDO

Não há dúvidas de que, numa perspectiva mundial, a economia criativa está cres-cendo, e muito rapidamente. Em muitos países desenvolvidos, a economia criativa é re-conhecida como líder no crescimento econômico gerando empregos e ampliação do co-mércio. Na Europa, esta economia gerou um volume de negócios acima de € 654 bilhões em 2003, aumentando 12% mais rápido que a economia global. Atualmente, estima-se que a indústria criativa contribui com aproximadamente 2,6% do PIB total da União Eu-ropeia, proporcionando empregos para cerca de 5 milhões de pessoas para os países membros, tornando-se um setor prioritário e estratégico para a European 2020 Agenda.

Fonte: ONU - Creative Economy, 2010

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5.6 CIDADES CRIATIVAS

A ideia de economia criativa também foi aplicada na economia das cidades, surgin-do o conceito de “cidades criativas”. Este termo surgiu no final dos anos de 1980, mas foi publicamente inserido no início da década de 1990, no qual descreve a existência de um complexo urbano onde as diversas atividades culturais são componentes essenciais do funcionamento social e econômico das cidades, proporcionando elevada concentração de trabalho criativo e atração de investimentos a partir desta infraestrutura cultural.

Segundo o estudo The Creative City (2000), escrito por Charles Landry, as cidades possuem o seu maior recurso: as pessoas. A inteligência humana, os desejos, as motiva-ções, a imaginação e a criatividade determinarão o sucesso das cidades desenvolvendo soluções e recursos para estas.

As cidades criativas podem usar seu potencial criativo de várias maneiras. Algu-mas promovem experiências culturais para os seus habitantes e visitantes através da apresentação de ações culturais, patrimônio histórico ou atividades culturais nas artes cênicas e visuais. Cidades como Bayreuth (Alemanha), Edinburgh (Escócia) ou Salzburg (Áustria), utilizam sua criatividade através de festivais que moldam a identidade cultural na região. Já outras cidades, olham para o lado da contribuição da indústria criativa in-diretamente, como o turismo e as atrações culturais, ou diretamente com a geração de valor agregado, renda e empregos para fins de crescimento urbano e regional.

Um bom exemplo de cidade criativa é Londres, uma vez que a indústria criativa compõe o segundo maior setor desta economia. Entre 1995 e 2001, a indústria criativa de Londres cresceu mais rapidamente do que qualquer outra indústria, conforme tabela abaixo que fornece alguns indicadores relativos à força de trabalho criativo em algumas das principais cidades criativas na última década.

O exemplo do Reino Unido, em especial Londres, tornou-se paradigmático por três razões:

• Contextualizar o programa de indústrias criativas como resposta a um quadro so-cioeconômico global em transformação;• Privilegiar os setores de maior vantagem competitiva para o país e reordenar as prioridades públicas para fomentá-los;• Divulgar estatísticas reveladoras de uma participação significativa das indústrias criativas na riqueza nacional (7,3% do PIB, em 2005) e com crescimento recorrente-mente impactante (6% ao ano, no período 1997-2005, frente a 3% do total).

Fonte: ONU - Creative Economy, 2010, Ana Carla Fonseca Reis, 2008

5.7 BRASIL E A ECONOMIA CRIATIVA

No Brasil, o debate sobre a Economia Criativa teve maior reconhecimento por ter sido tema, em 2004, da XI Reunião Ministerial da Unctad. A esse evento seguiram-se o I Fórum Internacional de Indústrias Criativas, organizado em 2005 por iniciativa do

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Embaixador Rubens Ricupero (então Secretário-Geral da Unctad) e do Ministro Gilberto Gil, em Salvador; o módulo de Economia Criativa de três dias inseridos no Fórum Cultural Mundial do Rio de Janeiro, em 2006; e de dois seminários internacionais, em dezembro de 2007, no Ceará e em São Paulo, coroados pelo seminário do Espírito Santo. Em para-lelo, a Bovespa e o BNDES também promoveram conferências sobre o tema.

A moda é um setor chave nessa nova economia, no qual corresponde a 16,4% do PIB brasileiro. Entre os setores mapeados desta economia, a moda, a arquitetura e o design aparecem como o núcleo responsável pela maior parcela da indústria criativa nacional, respondendo por 82,8% do trabalho criativo no Brasil, 82,5% dos estabelecimentos e 73,9% da massa salarial.

Mesmo sendo um setor chave para o desenvolvimento da economia criativa brasi-leira, a moda não tem recebido os necessários investimentos para que tal desenvolvi-mento se consubstancie. Além disso, o entendimento da moda como instância simbólica fundamental da cultura brasileira, patrimônio cultural do Brasil – que, segundo o estilista Jum Nakao, expõe a caleidoscópica formação miscigenada e a necessidade de fazer uma moda simbólica dos valores imateriais para atravessarmos a superficialidade do espelho da própria cultura –, determina a sua aproximação do Ministério da Cultura e o desen-volvimento de ações específicas no âmbito desse ministério.

A cadeia da Indústria Criativa como um todo responde por 21,8% do total de tra-balhadores formais do país, ou 7,6 milhões de um total de 35,2 milhões. A indústria da transformação contribuiu de forma significativa através do fornecimento de insumos e bens finais. Do total aproximado de 3 milhões de postos formais de trabalho para suprir as demandas geradas pelo núcleo criativo, quase 2 milhões foram empregados pela in-dústria de transformação.

Fonte: ONU - Creative Economy, 2010, Ana Carla Fonseca Reis, 2008

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6. Informações gerais – Londres TELEFONES ÚTEIS

Polícia e Ambulância: 999 ou 112

Saúde e informações gerais: 08 45 46 47Bombeiros: 020 7582 3811Telefonista Internacional: 155Auxílio Internacional: 153

LIGAÇÃO TELEFÔNICA • O código internacional da In-

glaterra é 44.

• 020 é o código telefônico para todos os telefones residenciais da cidade. Depois desse código, existem oito nú-meros.

• 07 é o como começam os números de telefone celular. Depois desse código, existem nove números.

Para ligar do Brasil para a Inglaterra:

• Para telefones fixos tem 20 na frente: 00 + código da operadora + 44 (código da Inglaterra) + 20 + número do telefone.

• Para telefones celulares tem 07 na fren-te: 00 + código da operadora + 44 + 7xxxx (sem 0 na frente)

Ligações de Londres para o Brasil:

• 00 + 55 + DDD da cidade + número do telefone.

• A cobrar: Serviço oferecido pela Embratel.

Ligações de telefone público

Em Central London, você ainda verá as ca-bines vermelhas. Mas não se apegue: as outras de vidro também funcionam. Algu-mas delas aceitam até cartão de crédito, porém normalmente cobram mais por isso. Como usar:

1. Tire o telefone do gancho2. Pague com moedas (10p, 20p, 50p, £1, £2).3. Disque número4. Observe no display quanto de crédito você ainda possui5. Assim que você coloca o telefone no gan-cho, as moedas restantes são devolvidas.

De onde ligar:

• Do telefone do hotel: não aconselha-mos o uso do telefone do hotel, que pode ser muito caro.

• Do telefone público: para uma ligação internacional as moedas acabam muito rapidamente.

• Call shops: opção econômica, mas pres-tar atenção na tabela de preços antes de entrar na cabine telefônica.

• A cobrar: serviço oferecido pelo Siste-ma Embratel - ligando de Londres 0800 89 0055 + número de telefone desejado.

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• Cartão telefônico: são vendidos em bancas de jornal, lojas de conveniência e costumam ter tarifas mais baratas. É uma boa opção de economizar nas ligações, mas deve-se verificar uma boa empresa de cartão telefônico, pois existem em-presas que enganam o consumidor ao anunciar taxas reduzidas e depois cobrar valores mais elevados.

• Skype: mais econômico. Se não tiver um notebook consigo, procure um cyber café e veja se há disponibilidade de utilizar o programa. Também pergunte antes se a loja cobra alguma taxa extra pela utiliza-ção do programa.

• De um celular londrino: opção econô-mica. Procedimento: mande uma mensa-gem de texto para o número 80041. Com isso, você terá crédito (e um custo) de três libras. Depois de receber uma mensagem de confirmação, ligue para 020 7124 6666. Disque o número no Brasil, com os códigos.

TEMPERATURA O verão vai de junho a setem-

bro, e o inverno de dezembro a março (média de 6°C). Setembro: máxi-mas de 19°C e mínimas de 9°C, dias chu-vosos com baixo volume, temperaturas agradáveis durante o dia e frio à noite.

FUSO HORáRIO Durante o período de verão,

Londres se encontra em fuso ho-rário de quatro horas a mais em relação ao horário oficial de Brasília.

CâMbIO

• Moeda - A moeda do Rei-no Unido é a Libra Esterlina (£),

Pound em inglês.1p e 2p (de cobre)5p, 10p, 20p e 50p (de prata) £ 1 (de ouro)£ 2 (de ouro e prata)

• Câmbio - A cotação sofre alterações ao longo do ano. O Banco Central do Brasil mantém banco de dados com as cotações das principais moedas.

Site: www.bacen.gov.br/?txcambio

Data da Cotação (24/08/2012)Taxa: 1 Libra = R$ 3,20Taxa: 1 Libra = 1,32 Dólar/EUA

CARTõES DE CRéDITO

Os mais aceitos são Master Card, Visa e American Express.

Verifique previamente com o seu banco brasileiro sobre a possibilidade de sacar dinheiro com o cartão, em caso de neces-sidade e anote os telefones da empresa para caso de emergência. Não são raros casos em que o cliente não consegue sa-car dinheiro.

HOSPEDAGEM

• MARRIOTT LONDON MARBLE ARCH

Endereço: 134 George Street London, W1H 5DN United Kingdom Tel.: + 44 20 7723 1277 Site: www.marriott.com/hotels/travel/lonma-london-marriott-hotel-marble-arch/Check-in: 15h Check-out: 12h

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Localização: central, próximo do parque Hyde Park, Oxford Street, Bond Street, Regents Street, teatros, distrito financeiro e melhores restaurantes da cidade. (ver anexo Mapa Hotel)Destaques: Oxford Street Shopping, Bu-ckingham Palace, Theatreland, Covent Garden, Houses of Parliament, Victoria & Albert Museus, Thames River Boat Crui-ses, Harros, Wimbledon Tennis Club.Serviços: serviço de quarto 24h, café e chá no quarto, serviço de Internet em todas as localidades do hotel, facilidades para reuniões. Atividades: Centro de fitness, piscina, sauna, recreação. Geral: restaurantes, bar, recepção 24 ho-ras, jornal, quartos não fumantes, eleva-dor, aquecimento, bagageira, lavanderia, estacionamento, salão de beleza.

CORRENTE ELéTRICA A voltagem da cidade de Lon-

dres é 220V e, assim como em quase toda a Europa, tem tomadas com três pinos. Aparelhos levados de outros países, como secadores de cabelos e car-regadores de baterias não encaixam nas tomadas inglesas. Compre um adaptador em qualquer loja de artigos de viagens. E não se esqueça de confirmar a voltagem de seu equipamento antes de ligá-lo na tomada.

TRANSPORTE

O serviço Transport for London fornece mapas e guias gratuitos

para ajudá-lo a se locomover. Você pode retirar um mapa do metrô de Londres ao chegar na maioria das estações. As centrais de Informação Turística de Lon-dres vendem bilhetes e fornecem mapas

gratuitamente. Há centrais em todos os terminais do aeroporto de Heathrow, nas principais estações de Londres e no Cen-tro de Visitantes da Grã-Bretanha e de Londres.

• Bilhetes e tarifas: Há várias opções de bilhetes para utilizar o transporte público de Londres. É possível pagar a tarifa em dinheiro, usar um cartão pré-pago ou comprar a passagem impressa. O preço de sua viagem varia conforme o tipo de bilhete escolhido, as zonas inclusas no iti-nerário e o horário.

• Metrô (mapa em anexo)

O nome do metrô em Londres é chamado Underground, mas todos se referem a ele como “tube”, pois o formato dos túneis lembra um túnel, ou tubo. É o sistema de trens subterrâneo mais antigo do mundo. Com cerca de 300 estações e a rede ex-pandindo o tempo todo, você nunca está

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longe de uma estação. No metrô londri-no as linhas não têm números, como na maioria das outras cidades, e sim nomes: Linha Bakerloo, Central, Circle, Northern, Picadilly, District etc, cada representada por uma cor diferente. Vale a pena comprar um passe para vários dias, pois para vários des-locamentos é mais econômico que com-prar bilhetes individuais para cada viagem. O metrô de Londres divide a cidade em zonas concêntricas numeradas de 1 (a mais central) à 6 (a mais externa), e ao comprar o passe lhe perguntarão para quais zonas você quer o bilhete. A maior parte das atra-ções na cidade está nas zonas 1 e 2, por isso um passe para estas duas partes da cidade é suficiente para ir a quase todos lugares. Só compre para as zonas mais externas se você realmente pretende ir até lá. Guarde seu bilhete até sair do metrô, pois também é necessário inserir o ticket na roleta na hora de sair da estação. Na parte frontal do trem e na plataforma há indicação da última parada – normalmente a última es-

tação da linha. O horário de funcionamento se encerra por volta da meia noite. Site: www.tfl.gov.uk/modalpages/2625.aspx

• Ônibus

Londres tem uma das maiores redes de ônibus urbanos do mundo e eles são uma forma conveniente de se locomover ofe-recendo ainda a oportunidade de fazer um passeio turístico. As rotas históricas dos ônibus 9 e 15 são imperdíveis. Elas são operadas por clássicos ônibus de dois andares da Routemasterer, que podem ser tomados na maioria dos famosos pon-tos turísticos de Londres. O transporte de ônibus serve como complemento da rede de metrô, e as rotas não são muito longas. Todos os pontos da cidade tem mapas, identificando as linhas que servem àquele local e os respectivos horários. Diversos pontos de ônibus tem também painéis ele-trônicos, informando qual será o próximo ônibus a chegar, à qual linha ele pertence e o tempo estimado para chegar àquele ponto. Os ônibus não têm trocadores nem roletas, e passageiros já devem estar de posse do bilhete antes de embarcar. Estes bilhetes são os mesmo usados para andar de metrô, o que torna ainda mais vantajo-so possuir um passe para vários dias. De posse de um destes passes magnéticos, você simplesmente o aproxima da leitora ao embarcar, ouve um bip e pronto, sua viagem está liberada. Pode-se usá-los a vontade, quantas vezes quiserem por dia, dentro do período de validade.

• Táxi

Os táxis de Londres (conhecidos como Ha-ckney carriage), quase todos de cor preta, dão a impressão de pertencer a alguma época do passado. Para pegar um taxi bas-

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ta estender a mão e fazer o sinal, como es-tamos acostumados. Ao entrar num deles, no entanto, constata-se que a impressão de pertencer ao passado é apenas exter-na, pois são extremamente confortáveis e silenciosos. Passageiros viajam no banco de trás e o compartimento do motorista é separado da parte traseira por um vidro. Além do tradicional modelo preto também são vistos pela cidade táxis pintados com cores fortes enquanto outros lembram fo-lhas de jornal. Para ser motorista de um taxi em Londres é necessário enfrentar um ri-goroso e extenso programa de treinamen-to, não somente sob os aspectos técnicos e mecânico, mas também de capacitação psicológica e conhecimentos gerais. Para um grupo de três pessoas, uma corrida de média distância num destes táxis pode sair mais barata que uma viagem de ônibus.

• Caminhando em Londres

Pedestres vão perceber que em quase todas as esquinas da cidade existem pin-tadas nas ruas as expressões Look Right (“olhe à direita”) e Look Left (“olhe à es-querda”). Elas têm por objetivo lembrar aos turistas, pouco acostumados com a mão inglesa, a direção em que devem olhar ao atravessar as ruas. Pode parecer desnecessário, mas frequentemente em cruzamentos com várias vias, turistas fi-cam desorientados e sem noção de onde vem o trânsito, e estes lembretes pinta-dos no chão ajudam a evitar acidentes.

ALIMENTAÇÃO E BEBIDAS

• Pubs

Ao contrário do que alguns pensam, não são somente para beber. Muitos servem ótimos pratos durante todo o dia, com

comida quente, sanduíches ou lanches rápidos. Se quiser acompanhar com um chope, peça do tipo lager que é claro, parecido com o que temos no Brasil, e é servido gelado, ou o bitter que é amargo, avermelhado, e vem fora do gelo. Alguns dos pubs mais famosos são: Lamb and Flag (Covent Garden); The Red Lion (Pica-dilly); Salisbury (perto da Trafalgar Squa-re) e Bunch of Grapes (Brompton Road, perto da Harrod’s). Nos pubs geralmente o cliente escolhe seu prato no balcão de refeições, paga e vai para sua mesa. Quan-do seu prato estiver pronto ele é levado até você. A bebida é pedida em separado e só é servida no balcão de bebidas. Vá até lá, escolha a cerveja pela marca (há uma torneirinha para cada marca), pague e leve para sua mesa. Também há outras bebidas, como vinhos e refrigerantes.

• Restaurantes de Lojasde Departamentos

Diversas lojas de departamento têm por tradição manter restaurantes, frequen-temente no último andar. Quase todas funcionam no sistema de bandejão, ou seja, existem diversos pratos do dia, você aponta para a atendente o que deseja e ela lhe serve uma porção. Se você deseja

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um prato saboroso, simples e bem servi-do não vai se decepcionar. Estes restau-rantes em lojas de departamento geral-mente oferecem meia dúzia de opções de pratos quentes (fish and chips - peixe assado com batatas fritas, uma preferên-cia nacional), chicken ou kidney pie (em-padão de carne ou de frango), ou ainda rosbife, sendo que os acompanhamentos mais freqüentes são batatas, ervilhas, fei-jões e outros legumes. Não deixe de pe-dir por cima do prato o tradicional molho gravy, pois ele é muito saboroso. À tarde estes restaurantes oferecem o tradicional chá das cinco, com chás, cafés, sucos, tor-tas, doces, pães e os famosos scones.

• Chá das Cinco

Poucas tradições são tão britânicas quan-to o chá das cinco, e também tão sabo-rosas. Diversos restaurantes e hotéis da cidade servem, geralmente entre 15 e 19 horas, lanches acompanhados de tortas, bolos, doces, cremes, geleias e claro, chás de todos os tipos. Uma recomendação é o servido pelo restaurante The Georgian, situado no quarto andar da Harrods. Em que a sugestão são os scones com clotted cream (um tipo de bolinho/pãozinho com creme de leite).

• Supermercados

Em Londres é comum encontrar em todos os bairros pequenas vendas ou merca-dinhos, geralmente com um Indiano no caixa. Quanto às grandes redes de super-mercados, as principais redes são:

Tesco: Principal rede do Reino Unido. Tem lojas grandes e lojas ao estilo Express. Site: www.tesco.com

Sainsbury’s: Mais encontrado fora do centro. Lojas grandes e bem abastecidas. Site: www.sainsburys.co.uk/sol/index.jsp

Marks & Spencer: Na verdade uma loja de departamento, quase todas tem su-permercados no subsolo. Site: www.ma-rks-and-spencer.co.uk

REMéDIOS

Na Grã-Bretanha, não se compra remédios sem prescrição médica.

Portanto, se você faz uso regular de al-gum ou caso precise tomar algum medi-camento durante o período de viagem, o melhor é que você leve do Brasil o núme-ro necessário de remédios para o período em que ficará por lá. Levar a prescrição para óculos e lentes de contato também é válido. A Boots é a principal rede de per-fumaria, vitaminas, cremes e remédios. Está presente em todo o Reino Unido com diversas lojas pelas cidades. Site: www.boots.co.uk

Farmácia 24h: Zafash Pharmacy233 Old Brompton Road. Tel. 7373-2798 Site: www.zafash.com

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7. Informações gerais – Viagem PASSAPORTE E VISTO

Os brasileiros que desejam visitar a Inglaterra só precisam do pas-

saporte com validade de 6 meses a contar da data do embarque. Para períodos supe-riores a 3 meses de permanência no país, é necessário visto, bem como para Depar-tamentos e Territórios de ultramar. Mesmo não necessitando de visto, o viajante deverá estar munido dos seguintes documentos: passaporte, válido por pelo menos 6 meses a partir da data de entrada na Inglaterra; passagem de ida e de volta; e comprovante de recursos financeiros que custeiem sua viagem e permanência no país. Recomen-da-se, ainda, que o viajante disponha de seguro-saúde internacional vigente pelo período em que permaneça no exterior.

Antes de viajar:

• Ao receber as passagens, confira os da-dos e serviços solicitados;

• Leve sempre uma cópia do seu passa-porte.

CHECK LIST

Esta lista foi elaborada para fa-cilitar na hora de fazer as malas:

Documentos

• Passagem aérea;• Passaporte e Fotocópia;

• Cartões de Crédito Internacional;• Seguro de Viagem;• Roteiro de Viagem;• Porta Dinheiro;• Receita Médica

Roupas

• Sapato, tênis, meias e chinelo;• Roupas íntimas;• Ternos, camisas e gravatas;• Blaiser;• Calça e cinto;• Bolsas.

Remédios

• Curativos adesivos ou emplastro (Band-aid);• Termômetro;• Analgésico;• Pastilhas para garganta;• Pastilhas para o estômago;• Descongestionante nasal;• Antiácido;• Anti-inflamatório;• Colírio;• Remédios receitados

Outros

• Escova de dente, pasta de dente e fio dental;• Pente e escova de cabelo;• Algodão e cotonete;• Shampoo, condicionador e hidratante;• Protetores auriculares;• Desodorante;• Capa de chuva e guarda-chuva pequeno

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• Perfume;• Kits (manicure, costura e barbear);• Absorventes;• Lentes de contato;• Óculos escuros ou de grau;• Travesseiro inflável de pescoço (viagem); • Máquina fotográfica ou filmadora;• Adaptador - plug para celular e demais equipamentos eletrônicos.

ExCESSO DE BAGAGEM

Cada passageiro pode despa-char dois volumes de até 32Kg

cada. O volume não poderá exceder 158 centímetros cada um na soma do compri-mento, largura e altura. É permitido tam-bém uma valise de mão de até 5 quilos, de tamanho moderado (levar roupa de reserva, caso a mala não chegue no mes-mo voo). Não levar objetos cortantes na bagagem de mão.

• Protegendo a sua mala

Pendure a etiqueta personalizada ou a etiqueta da sua agência na alça da mala. IMPORTANTE: Antes de sair de casa, faça uma lista dos itens contidos nas malas com seus respectivos valores. No check-in, certifique-se de que sua mala esteja corretamente etiquetada com o código correto do aeroporto de destino, formado por letras. Se as malas chegarem danifica-das ou não chegarem, faça um relatório por escrito para a companhia aérea, antes de sair do aeroporto.

• Novas regras para embarque

Para passageiros portando líquidos em voos internacionais e nacionais: a partir de 1º de abril de 2007, os passageiros de voos internacionais (mesmo em etapas

domésticas) e os de voos nacionais que utilizam o salão de embarque destinado aos voos internacionais (voos que come-çam com o número “7”) estarão sujeitos às restrições estipuladas pela Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC) para o transporte de substâncias líquidas em suas respectivas bagagens de mão. A União Europeia já adota essa proibição desde 2006, após o Reino Unido ter anun-ciado que frustrou suposto atentado com explosivo não sólido. Algumas empresas internacionais já adotavam essa medida proibitiva em voos que partiam do Brasil. A nova regra no Brasil é uma adequação a recomendações internacionais de segu-rança para prevenir atentados terroristas que utilizem explosivos líquidos disfarça-dos. O transporte de líquidos (incluindo gel, pasta, creme, aerossol e similares) em bagagem de mão deve ocorrer da se-guinte maneira:

• O líquido deve estar em frasco com ca-pacidade de até 100 ml. Frascos acima de 100 ml não podem ser transportados, mesmo que contenham a quantidade es-tipulada.

• O passageiro deve acondicionar o fras-co adequadamente (com folga) dentro de uma embalagem plástica transparente vedada, com capacidade máxima de 1 li-tro e tamanho máximo de 20 cm x 20 cm.

Na área de embarque, a embalagem plás-tica deve ser apresentada para inspeção nos equipamentos de Raios-X separada-mente da bagagem de mão, laptop e pe-ças de roupa. Cada passageiro pode por-tar uma única embalagem plástica*. Por isso, outros frascos com líquidos devem ser transportados, prioritariamente, nas bagagens despachadas. Líquidos adquiri-

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dos em free shops podem exceder o limi-te estipulado anteriormente, desde que acondicionados em embalagens plásticas seladas com o recibo de compra à mostra e com a data do início do voo para passa-geiros que embarcaram ou estão em co-nexão. Essa medida não garante que, em caso de conexão, embalagens seladas por outros estados serão aceitas. Os produtos podem ser retidos pelas autoridades es-trangeiras.

*Não há limite de transporte para artigos medicamentosos com a devida prescrição médica, alimentação de bebê e líquidos de dietas especiais em quantidade ne-cessária para uso durante o período total de voo, incluindo eventuais escalas. Esses materiais também deverão ser apresenta-dos na área de embarque.

SEGURO-SAÚDE

É altamente recomendável viajar com seguro-saúde internacional

para qualquer tipo de viagem. O sistema de saúde na Grã-Bretanha mesmo sendo um serviço gratuito a que todos têm direi-to, deixa muito a desejar. A Embaixada e os Consulados são legalmente proibidos de cobrir qualquer dívida de brasileiros no exterior, inclusive as de caráter médico e emergencial.

• Hospitais:

Bupa Cromwell Hospital: 162-174. Cromwell Road, no centro de Londres entre Kensington e Chelsea. Site: www.cromwellhospital.com/welcome_to_cromwell_hospital.aspx

The Portland Hospital: Hospital particu-lar, maternidade e especializado na saúde

da mulher e crianças. Endereço: 205 - 209 Great Portland Street, perto da Oxford St. Site: www.theportlandhospital.com

Preventicum: É um centro de medicina preventiva. Endereço: Shepherds West, Rockley Road). Site: www.preventicum.co.uk

The Princess Grace Hospital: Hospital particular, aberto em 1977 pela Princesa Grace de Mônaco. É um dos mais bem equipados de Londres. Endereço: 42-52 Nottingham Place. Site: www.theprinces-sgracehospital.co.uk

Westover House Private Medical Facility: Endereço: 304 Westbourne Grove em Notting Hill. Site: www.thewestover.com

EQUIPE TéCNICA DURANTE A MISSÃO

Centro de Educação Profissional SENAI de Artefatos de Couro Giuseppe Fasolo – Salete Dal Mas

Centro de Educação Profissional SENAI de Moda e Design – Marcos Antônio Hamerski

Centro Tecnológico do Calçado SENAI– Elenilton Gerson Berwanger– Mônica Haisser

Centro Internacional de Negócios do Rio Grande do Sul – Thaísa Lunelli Rodrigues

Agente de Viagens– Márcio Borba

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8. Endereços de contato úteis - Reino Unido

Consulado da Inglaterra e Reino Unido

Consulado Geral Britânico no Brasil

Embaixada do Reino Unido no brasil

Embaixada do Brasilem Londres

Rua Ferreira Araújo 741, 2o andar - PinheirosCEP 05428-002 - São Paulo - SPTel: (0xx11) 3094-2700Fax: (0xx11) 3094-2717

SES - Quadra 801, conjunto K - Lote 8 Brasília, DFTel: (061) 3329-2300Fax: (061) 3329-2369E-mail: [email protected]

Endereço: a Embaixada é situada em Westmins-ter, perto do Trafalgar Square em Central London. A estação mais próxima é a Charing Cross. 1st Floor14-16 Cockspur StreetLondon SW1Y 5BL

Telefones úteis:Geral: + 44 (0) 20 7659 1550Fax: +44 (0) 20 7659 1554

Email: www.brazil.org.uk/brazilintheuk/index.html

Horário de funcionamento: Segunda à Sexta: 10h – 13h, 14h – 18h

Setor de Assistência a Brasileiros (para caso de prisão, morte, acidente, saúde)+ 44 (0) 20 7659 1558+ 44 (0) 20 7659 1559

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Mapa Hotel

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Mapa Metrô “Tube”

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FIERGS - Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul Av. Assis Brasil, 8787 - Porto Alegre/RS - Brasil - 91140/001

www.fiergs.org.br