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"Educação Especial Inclusiva em Timor-Leste Modelo Estratégico para a Fase 1 - 2009-2011" (Frances Gentle, Abril de 2008)Tradução A. M. Azevedo
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DOCUMENTO DE TRABALHO
Educação Especial Inclusiva em Timor-
Leste Modelo Estratégico para a Fase 1
2009-2011
Frances Gentle
Abril de 2008
Tradução para Português Internacional a partir do original (Inglês da Austrália) “INCLUSIVE SPECIAL EDUCATION IN TIMOR-LESTE - A STRATEGIC MODEL FOR PHASE 1 2009-2011” (Gentle, 2008) de Alda Margarida de Moura Neves Ribeiro de Azevedo & Maria Helena Pio Espadinha (Revisão)
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CONTEÚDO
INTRODUÇÃO...............................................................................................................................3
SUMÁRIO.....................................................................................................................................4
1 Metas do Modelo Estratégico................................................................................................4
2 Objectivos do Modelo Estratégico.........................................................................................4
3 Objectivos e Estratégias de Implementação..........................................................................5
Objectivos.............................................................................................................................5
Estratégias de Implementação.............................................................................................5
3
INTRODUÇÃO
No final de 2007, foi-me solicitado pela Sra.
Kirsty Sword-Gusmão, ‘Embaixadora da Boa
Vontade para a Educação em Timor-Leste’, a
elaboração de um plano detalhado para a
implementação da primeira fase da
“Estratégia preliminar de Gentle e Leach
(2004) para a Educação Especial”. Desde
então, venho desenvolvendo o Modelo
Estratégico para a Educação Especial Inclusiva,
Fase nº. 1, 2009-2011, que se apresenta neste
documento.
O Modelo baseia-se numa visão inclusiva para
Educação Especial em Timor-Leste. A sua
finalidade é desenvolver os serviços
educativos existentes de modo a que estes
incluam todas as crianças com necessidades
especiais e suas famílias, através da
introdução de novos serviços, eficientes e
sustentáveis, baseados na escola e na
comunidade. O Modelo define objectivos
específicos, estratégias e acções importantes
e recomenda áreas-chave e indicadores de
sucesso que podem ser utilizados para avaliar
o progresso dos resultados atingidos pelas
crianças, famílias e comunidades.
Espera-se que o Ministro da Educação e os
Bispos das Dioceses de Díli e de Baucau
aceitem analisar o Modelo, tendo em conta
que a implementação das suas várias partes
servirá de base ao ‘Plano Estratégico para a
Educação Especial Inclusiva’ para o período
As contribuições do Irmão Graeme Leach,
co-autor da ‘Estratégia para o
Desenvolvimento da Educação Especial’
(2004), foram recebidas com muito
agrado. Os princípios subjacentes e as
directrizes do modelo apresentado foram
orientados pelo seu conhecimento e
experiência no desenvolvimento de
serviços de educação especial inclusiva,
adquiridos ao longo de 20 anos, na Papua,
Nova Guiné.
Agradeço à Sra. Sword-Gusmão ter-me
proporcionado esta oportunidade de
contribuir para o futuro de novas e
estimulantes políticas para a Educação
Especial Inclusiva em Timor-Leste.
Frances Gentle
Abril de 2004
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2009-2011.
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SUMÁRIO
1 METAS DO MODELO ESTRATÉGICO
1.1. O Modelo Estratégico de Educação Especial Inclusiva tem como objectivo primordial
apresentar um plano nacional para o desenvolvimento de um serviço nacional de
Educação Especial Inclusiva. O modelo assenta numa parceria entre o Ministério da
Educação e a Igreja de Timor-Leste, baseado em relações de cooperação entre os
principais intervenientes nacionais e parceiros internacionais de desenvolvimento.
1.2. O Modelo é orientado para as soluções e pretende fornecer respostas inovadoras para a
educação da maioria das crianças em idade escolar e pré-escolar, incluindo as crianças que
apresentam necessidades especiais e que, actualmente, não frequentam a escola. A
UNICEF (2006) fez notar que os serviços educativos devem adoptar outro tipo de
abordagens, que incluam a criação de parcerias, para o desenvolvimento de capacidades
dum sistema de educação inclusivo e de recursos humanos específicos.
2 OBJECTIVOS DO MODELO ESTRATÉGICO
Objectivo 1: Estabelecer uma infra-estrutura governamental administrativa na qual se possam
desenvolver os Serviços de Educação Especial Inclusiva.
Objectivo 2: Estabelecer e implementar um Serviço Nacional de Educação Especial Inclusiva,
eficaz e sustentável, através da alteração das actuais estruturas do Ministério da Educação, e do
estabelecimento de uma nova infra-estrutura educativa, da contratação de colaboradores e da
criação de programas e serviços para as crianças com necessidades especiais, suas famílias e
comunidades.
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3 OBJECTIVOS E ESTRATÉGIAS DE IMPLEMENTAÇÃO
O modelo estratégico tem seis objectivos chave. Cada objectivo é suportado por estratégias
adequadas à sua implementação durante um período de três anos, 2009-2011.
OBJECTIVOS ESTRATÉGIAS DE IMPLEMENTAÇÃO
O1 PARCERIAS
Estabelecer e manter as parcerias que
enriqueçam e desenvolvam as capacidades dos
recursos humanos e das infra-estruturas da
educação especial inclusiva.
S1.1 Estabelecer uma estrutura nacional de educação especial inclusiva, eficaz, sustentável e equitativa, através de parcerias com os principais intervenientes nacionais.
S1.2 Promover parcerias com agências internacionais para promover o capital humano, as infra-estruturas e os recursos da educação especial inclusiva
S1.3 estabelecer parcerias com pais e educadores com vista ao desenvolvimento e prestação de serviços da educação especial inclusiva nas escolas e nas comunidades.
O2 GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO
Estabelecer e manter uma LIDERANÇA e
capacidade de gestão fortes, através de uma
estrutura financeira transparente que se traduza
num financiamento sustentável e numa elevada
qualidade dos intervenientes em todos níveis de
prestação de serviços
S2.1 Estabelecer estruturas organizacionais de acordo com a estrutura orgânica do Ministério da Educação e das Direcções Regionais de Educação.
S2.2 Estabelecer processos administrativos e de gestão financeira eficientes e responsáveis e que vão de encontro às necessidades do Governo, da Igreja e da equipa da EI, a todos os níveis.
S2.3 Implementar processos regulares de monitorização e revisão para assegurar que elevados níveis de prestação e de contabilização sejam parte integrante da estrutura de serviços a todos os níveis.
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O3 CAPITAL HUMANO
O3.1 Equipa da EI: Desenvolver e manter
colaboradores competentes e motivados,
empenhados nos direitos-base duma filosofia
inclusiva e que prestem serviços de elevado
nível.
O3 2 Equipa Escolar: Desenvolver uma cultura
de escola inclusiva e ambiente de
aprendizagem através do desenvolvimento
profissional dos líderes e funcionários da
escola em métodos de ensino e de
programação inclusivos.
S3.1 Atrair e manter uma equipa de qualidade e ética elevadas, capaz de promover de as melhores práticas de serviços ao nível da educação especial inclusiva.
S3.3 Proporcionar um conjunto de oportunidades de desenvolvimento profissional que permitam à equipa da EI atingir os seus objectivos profissionais.
S3.4 Potenciar oportunidades de formação profissional através de colaborações nacionais e internacionais.
O4 PROGRAMAS E SERVIÇOS
Estabelecer e manter programas e serviços de
educação especial inclusiva, formais e
informais, eficazes e sustentáveis, que
conduzam ao acesso e participação equitativa
das crianças com necessidades especiais e
suas famílias à escola e à comunidade.
S4.1 incorporar a Política Nacional da Educação Especial e as suas directrizes de implementação no desenvolvimento de todos os programas e serviços.
S4.2 Promover soluções flexíveis e adaptadas às escolas e comunidades que vão de encontro às necessidades educacionais destas crianças e suas famílias/educadores.
S4.3 Sempre que possível, integrar os programas e serviços da educação especial inclusiva em programas e serviços educacionais já existentes.
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05 GESTÃO DA INVESTIGAÇÃO, INOVAÇÃO E
CONHECIMENTO
Estabelecer mecanismos para implementar a
investigação, compilação e divulgação dos
dados da educação especial inclusiva que
fundamentem a prestação de serviços de
qualidade aos níveis nacional, regional e de
escola.
S5.1 investigar soluções globais para a implementação de serviços de educação especial inclusiva em países que enfrentam desafios de limitação de capacidade humana, de infra-estruturas e de recursos na educação.
S5.2 Estabelecer um sistema de informação nacional para compilação e divulgação de informação e dados relacionados com a EI
S5.3 Definir prioridades nacionais para a investigação em educação especial inclusiva.
O6 CONSCIENCIALIZAÇÃO PÚBLICA E
ENVOLVIMENTO
Incrementar o envolvimento e o acesso à
educação de crianças com necessidades
especiais e suas famílias, aumentando a
consciência, a compreensão e inter-ajuda
entre os pais e as entidades intervenientes
sobre o potencial da educação para todas as
crianças.
S6.1 Implementar estratégias de consciencialização pública no sentido de promover os novos serviços de educação especial inclusiva e estimular a procura pela educação.
S6.2 Envolver os pais e famílias, através da partilha de informação, de modo a tornarem-se intervenientes activos no processo de administração e gestão dos serviços de educação especial inclusiva.
S6.3 Promover a participação dos pais e da comunidade no desenvolvimento e implementação dos programas e serviços comunitários, formais e informais.