Upload
marcelo-gomez
View
230
Download
6
Embed Size (px)
DESCRIPTION
BrazilExplore Magazine Edition 100
Citation preview
CEOMarcelo Gòmez
CFOAdriana S. Saraiva Gòmez
ArtEduilson Wessler Coan
PhotographyAdrianno SantosLas Vegas (702) 878-7007 | San Francisco (415)577-4436 | New York (718) 932-7169
www.brazilexplore.com | [email protected] Angeles: PHONE: (310) 837 4299 | FAX: (310) 837-4294
10826 Venice Blvd # 105 - Culver City, CA - 90232 - USA
This publication in your hands represents 100 issues
and eight years of working together with the Brazilian
community in the United States. We at Brazil Explore
have a lot to celebrate, and especially to thank you,
our loyal readers, for following our progress through
this period. A lot of changes were made, always with
the intention of making it a better magazine. Our best
results have always come from your feedback, both
complimentary and critical, and we thank you for caring
enough to speak up. In this issue, Chris Barreto is back
in Culture to tell us all about her new project: Secret
Brazil, her 100% Brazilian-inspired art collection. In
Sport, Fernanda Melazo displays the rhythm and art
behind Master Batata’s capoeira. In Tourism, Alexandre
Anan brings us the beauty and economic bombast of
Governador Valadares. And, finally, in partnership with
Abril Publishing, Career & Work talks about the impor-
tance and necessity of personal marketing (“Costume
Made Success”). Have fun and enjoy!
Cem edições. Oito anos de trabalho junto à comu-
nidade brasileira dos Estados Unidos. Nós, da Brazil
Explore, temos muito que comemorar e, principal-
mente, agradecer a vocês, nossos fiéis leitores, que
têm nos acompanhado por todo esse tempo. Muitas
mudanças foram feitas, sempre pensando em melhorar
a qualidade da revista, e o nosso melhor resultado foi o
feedback de vocês, seja em forma de elogio ou crítica.
Obrigada! Nesta edição, de volta à revista, em Cultura,
Chris Barreto nos conta sobre seu novo projeto: Brasil
Segredo, sua coleção de arte com inspiração 100%
brasileira. Em Esporte, a ginga e a arte por trás da
capoeira do Mestre Batata, por Fernanda Melazo. Em
Turismo, Alexandre Anan nos traz a beleza da maior
cidade exportadora de emigrantes do país: Governador
Valadares. E, para finalizar, em parceria com a Editora
Abril, Carreira & Trabalho nos traz uma matéria que fala
sobre a importância do marketing pessoal (“Sucesso
feito sob medida”). Divirta-se e aproveite!
What ’s Up Braz i l? ...................................06Sharing Thoughts with the Community
Soc ia l Co lumn ...........................................08 Oficina G3
Rec ipe ............................................................10 Cheese Bread
Immigra t ion ................................................11 USA Service Consultant George Castro
P ro f i le .............................................................14 Sueli Bonaparte
Cu l ture ...........................................................20Chris Barreto
In ter v iew ......................................................24Fabrício Ferraz and Felipe Gesueli
Tour ism ..........................................................26 Governador Valadares
Spec ia l ...........................................................32 Mina Olivera
Spor t ...............................................................38Master Batata
Career & Work ...........................................44 Costume Made Success
Editor ´s Letter
MarketingMilena MelloSergio Souza Portuguese EditorAndréa Eirado English EditorEdi PollardEnglish TranslatorRomina Mello
FranchiseAntônio Cajueiro (Las Vegas)Gleidson Martins (San Francisco)Josimar Moreira (New York)JournalistsBruno Romani Alexandre AnanGayre Patriota Giselle Pekelman
Clara BenjaminMaria Isabel MartinsGleidson MartinsUna ProençaManoela Maia GranjaFernanda MelazoWarner Filho Tatiana Megann Moreno Carolina Cavalieri Aryadne Oliveira
EDITORIAL
44
FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO
Nós da Brazil Explore gostaríamos de desejar a todos os nossos leitores um feliz Natal e um Ano Novo repleto de
realizações e conquistas. Que o ano de 2010 encha o coração de cada brasileiro residente nos Estados Unidos de
esperança em um futuro melhor e com a certeza que todos os esforços serão recompensados.
D E C E M B E R 2 0 0 9
What´s UpWhat´s Up Brazil?
6 | Brazil Explore Magazine
II CONFERÊNCIA DAS COMUNIDADES BRASILEIRAS NO EXTERIOR
Entre os dias 14 e 16 de outubro, a cidade do Rio de
Janeiro recebeu a II Conferência das Comunidades
Brasileiras no Exterior – “Brasileiros no Mundo”,
realizada no Palácio Itamaraty. O evento, organizado
pelo Ministério das Relações Exteriores, reuniu mais
de 300 representantes de comunidades brasileiras
espalhadas mundo afora e abordou assuntos sobre a
emigração brasileira e políticas públicas para brasileiros
no exterior, dando continuidade aos trabalhos
realizados após a I Conferência, realizada em julho de
2008, também no Rio de Janeiro.
FESTA SURPRESA PARA AL SOUSA EM HOMENAGEM AOS 40 ANOS DO BRAZIL NEWS
SILVIO’S BRAZILIAN BBQ COMEMORA UM ANO EM HERMOSA BEACH
O bar/restaurante Silvio’s Brazilian BBQ está festejando um ano de sucesso, neste mês de dezembro, no Pier de Hermosa Beach,
Califórnia. Além da famosa carne de churrasco, Silvio’s BBQ oferece tradicionais pratos brasileiros e serviço de bufê.
Para mais informações:
http://www.silviosbbq.com/
Tel: (310)376-6855
Endereço:
20 Pier Ave
Hermosa Beach, CA 90254
O pioneiro do jornalismo brasileiro nos Estados Unidos, jornalista Al Sousa, recebeu uma homenagem na noite de
23 de novembro em comemoração aos 40 anos do lançamento do primeiro jornal brasileiro, Brazil News, fundado
por ele e Abraão Udler, em 1969, em Nova Iorque. A recepção aconteceu na Rio’s Churrascaria, em Miami, e
contou com a presença de autoridades, como o embaixador Luiz Augusto de Araújo Castro (cônsul do Brasil em
Miami), jornalistas, proprietários de veículos brasileiros da Flórida e amigos do pioneiro. Durante a festa, Al recebeu
das mãos da sobrinha Esterliz Mayer Nunes um clipping com as publicações de todos os jornais, revistas, blogs e
newsletters sobre os 40 anos do Brazil News. Uma entrevista feita com Al sobre o Brazil News pelo programa da TV
Globo Internacional, Planeta Brasil, foi mostrada no telão aos presentes. A festa foi surpresa para Sousa, que ficou
emocionado ao chegar ao local e ver que todos estavam à sua espera para homenageá-lo.
Vice-cônsul César Arévalo, vice-cônsul Paulo Amado,
Al Sousa e embaixador Luiz Augusto de Araújo Castro
(cônsul do Brasil em Miami)
Al Sousa com sua esposa Lucia Martinusso e os
sobrinhos Esterliz Mayer Nunes e Jorge Moreira
Nunes, do Jornal AcheiUSA
Paulo Amado, Adriana Sabino (Centro Cultural
Brasil-USA) e Floriana Martinez (American Airlines)
Fo
tos:
Ro
nira F
ruhstu
ck
MICHAEL VENCE MAIS UMA, CONTINUA INVICTO E SE PREPARA PARA LUTAR NA ESPN
ROBERTO MENEGHINI'S EXPÕE EM LOS ANGELES
O artista plástico brasileiro Roberto Meneghini’s expõe seu trabalho - Watercolors Exhibit - na galeria de arte do Consulado Brasileiro de Los Angeles entre os dias 20 de novembro e janeiro de 2010, das 9 às 13 horas. Compareça!
Informações:
(323) 651-2664 Ext 219
Endereço:
8484 Wilshire Boulevard, # 711 & 730
Beverly Hills, CA 90211
REFORMA DE IMIGRAÇÃO
PRIMEIRA COLETIVA INTERNACIONAL DE ARTISTAS AMAZÔNICOS
Até o dia 18 de dezembro, a Amazônia é o destaque
da 1ª Coletiva Internacional de Artistas Amazônicos
produzida pela Galeria de Arte e Imaginário da
Amazônia – GAIA, em Nova Iorque, uma realização do
Instituto Dirson Costa de Arte e Cultura Amazônicas
(IDC) e produção executiva da GAIA. Ao todo, estão
em exibição 100 obras de arte, dos artistas: Duhigó
(grupo étnico: Tukano); Dhiani Pa’saro (grupo étnico:
Wanano); Iwiri-ki (grupo étnico: Apurinã); Sãnipã (grupo
étnico: Apurinã); Tóo Xac Wa (grupo étnico: Óro Náo);
Yúpuri (grupo étnico: Tukano); Tchanpan (grupo étnico:
Kokama) e Kawena (grupo étnico: Kokama). A coletiva
está dividida em dois temas – “Trançados e Cores da
Amazônia” – na galeria Ward Nasse - e “Amazônia sou
eu!” na galeria BEA Art Hall. A curadoria da Coletiva
é assinada pelo artista plástico amazonense Arnaldo
Garcez.
Endereço:
Ward Nasse – Prince Street
BEA Art Hall Gallery – 52nd Street, 240E
Informações:http://pt.brazilny.org/index.php?/
O brasileiro Michael Oliveira venceu mais uma. Em luta programada para oito assaltos, Michael venceu por nocaute técnico no sétimo
round o colombiano Francisco Ruben Osorio. O evento foi realizado no último dia 11 de novembro no famoso XL Center em Hartford, Connecticut. Com o resultado, Michael continua invicto. Agora são nove vitórias, sendo sete por nocaute. Inicialmente a luta estava marcada para seis assaltos, porém o anúncio da transmissão do combate pela HBO International fez com que a programação fosse alterada para oito assaltos, o que já estava previsto em contrato. Esta foi a primeira vez na história da HBO que uma luta envolvendo um boxeador com oito vitórias na carreira, caso de Michael, é transmitida internacionalmente. O próximo confronto do brasileiro será em janeiro ainda com a data por confirmar, porém fará parte da programação de lutas da ESPN e será um dos eventos principais da noite.
Em 18 de Novembro, a organização “Reform Immigration for America” promoveu uma reunião, que colocou ao vivo o congressista
Luis Gutierrez para dar informações atualizadas sobre
o estágio da luta pela Reforma de Imigração. Entre os
dias 12 e 20 de Janeiro haverá mobilizações e trabalhos
diretos com lideranças para que a apresentação da
proposta seja realizada. Espera-se que antes do dia
1º de maio o congressista Luis Gutierrez introduza a
proposta na Casa dos Representantes dando assim
largada para essa Reforma tão esperada.
Uma das maneiras que você pode colaborar é enviando
sua história, de preferência com fotos, para que o
Luis Gutierrez possa usar exemplos de pessoas reais
quando for apresentar sua proposta na Casa dos
Representantes.
Para participar, as pessoas devem entrar em contato
com a professora Ana Oliveira através do e-mail
[email protected], do telefone (973) 274–1929
ou ainda pessoalmente, na 148 da Wilson Avenue,
Newark – NJ 07105.
8 | Brazil Explore Magazine
COLUNA SOCIAL
No dia 6 de novembro, a banda Oficina G3, composta
por Duca Tambasco no baixo, Mauro Henrique no vocal,
Jean Carlos nos teclados e Juninho Afram na guitarra, se
apresentou em Pasadena, CA. Para quem não conhece
ainda, trata-se de uma das bandas evangélicas mais
conhecidas dentro e fora do Brasil.
Após uma curta temporada no Japão, através do
convite de várias igrejas brasileiras, a banda chegou em
Las Vegas. Foi lá que o grupo obteve um dos maiores
prêmios de sua carreira: Latin Grammy Awards. Foi a
terceira vez que a banda foi nominada para o prêmio,
mas foi a primeira vez que saiu com a estatueta, sob
aplausos e muita euforia.
A apresentação em Pasadena foi fruto de contatos feitos
pelo empresário da banda e o “promoter” André Ribeiro,
residente em Pasadena. André é músico, amigo da banda
há anos e sempre procurando promover algo entre as
igrejas locais da Grande Los Angeles. Infelizmente, o
público não foi o esperado, mas para quem acabava de
receber um dos maiores prêmios da música no mundo,
o que importava era tocar e agradecer a Deus pela tão
esperada honraria.
Após o show, a BrazilExplore sentou-se com os músicos
para um bate-papo.
BE: Como foi a reação de vocês ao receberem o Latin
Grammy?
Jean: Não dá pra dizer o que sentimos, a gente se
abraçou, chorou…foi demais!! É uma premiação única,
pois expõe nosso trabalho além das fronteiras do Brasil.
Nosso trabalho é reconhecido pela academia de música.
Eu adorei! Chorei muito, pois a gente espera, mas meio
que não acredita que vai ganhar… são mais de 15 mil para
serem nominados e para a gente ser um dos cinco finais…
Mauro: Foi uma explosão de emoções, pois estávamos
muito apreensivos e quem anunciou os nomes disse que
o ganhador tinha um nome difícil de pronunciar, pensei
“deve ser a gente”, daí gritamos como loucos, pois era
a terceira indicação!!! Só tenho que agradecer a Deus,
pois foi o meu primeiro CD gravado com a banda!
8 | Brazil Explore Magazine
By Sergio SouzaFotos: Sergio Souza / Brian Avey / Andre Ribeiro
Oficina G3 na Califórnia
Jean: Deus surpreendeu a todos nós, apesar de
sempre crer que o amanhã da gente estava por vir.
Deus surpreendeu a todos nós, pois não sabíamos que
iríamos ganhar. Ninguém sabe, mas sempre se espera.
BE: Vocês cantaram em inglês. Podemos esperar mais
canções assim?
Mauro: Sim. Já havíamos pensado sobre isso
antes. Nosso novo CD tem três músicas em inglês, e
esperamos poder ter mais, pois é uma língua universal
e pode abrir mais portas para o nosso trabalho.
BE: Quais os planos para o pós-Grammy da Oficina G3?
Jean: Estamos trabalhando em nosso DVD e criar
novo trabalho para o próximo CD, que será o que Deus
trouxer pra gente. Deus tem muito mais pra gente e se
vier Dele, eu quero.
Juninho: Temos que terminar o DVD e começar a
trabalhar no novo CD. Vamos fazer de tudo para lançar
o novo CD (Depois da Guerra) todo em inglês. Temos
que colocar tempo para fazer com que fique um bom
CD, que o público goste e tudo mais. Vai ficar bonito, a
versão em inglês tem que ficar bonita.
BE: Você vai cantar em inglês?
Jean: Eu “berro” em todas as línguas. Adoro música,
é minha forma de agradecer pelo que Deus faz por
mim e minha família. Não quero ser um padrão, mas
ser diferente, para provocar alegrias. Pulo, danço e faço
o que der na cabeça, como uma maneira de sempre
agradecer a Deus.
BE: Como foi a viagem ao Japão?
Juninho: Foi muito bom. A primeira vez é sempre
especial. Tem o lance da canseira da viagem etc., mas
a alegria da galera faz você esquecer tudo isso. O
público era bem misturado de brasileiros e japoneses.
(Se cantaria em Inglês): talvez em algumas eu ajude
nos backing-vocals, mas estou feliz em estar de volta
à guitarra.
BE: Pretendem retornar em breve para os Estados
Unidos?
Mauro: Temos o desejo e pedimos a Deus que nos
abençõe nesse sentido. Queremos trazer nosso trabalho
para cá mais vezes, para passar ao público aquilo que
vivemos e experimentamos.
Para eventos, contate:André Ribeirowww.proggieproduction.comTel: (626)905-1615
Brazil Explore Magazine | 9
10 | Brazil Explore Magazine
Pão deQueijo
INGREDIENTS:2 cups (200g) finely grated fresh Parmesan cheese (or Pecorino Romano)2 lg eggs2 egg yolks1¼ cup sour manioc starch (povilho azedo)¾ cup manioc starch (povilho doce)1 tsp kosher salt½ cup whole milk½ cup water ¼ cup plus 3 tbsp extra virgin olive oil
HOW TO PREPARE:Put cheese in food processor bowl. Add eggs and yolks and turn machi-ne on for about 1 minute, blending everything into a smooth paste. Set it aside. In bowl of electric mixer fitted with paddle attachment place both starches and salt. Set aside. Bring the milk, water and oil to a boil in small saucepan. Immediately pour the milk mixture in one stroke into the starch mixture and turn machine on low. Mix about 2 minutes until dough is smooth and starch is evenly dispersed. Pause machine, add cheese and egg paste. Scrape directly into starch mixture. Mix dough at low speed about 10 minutes until it turns pale yellow. We want to develop the dough structure by kneading it slowly until it feels sticky. Transfer dough to bowl, cover with plastic wrap and chill 2 hours in refrigerator. Pre-heat oven to 350˚F. Line baking sheet with parchment paper or silicone mat . Moisten hands with olive oil (or dust your hands with manioc starch) and use an ice scream scooper for portion control to make 1-inch balls, rolling them with your hands. Place them on the pan, leaving about 1½ to 2 inches between each roll (at this point you can freeze them by storing in a Ziploc freezer bag for up to 3 months). Bake cheese rolls about 12 to 14 minutes until they puff up and look lightly golden brown. To ensure even baking, rotate pan once while baking. Remove sheet pan and place in cloth-lined basket. Serve immediately while warm and chewy.
Side Bar 1:Manioc starch (povilho doce) and sour manioc starch (povilho azedo) are both extracted from yucca. The vegetable is first grated and washed, then its pulp is squeezed over a bucket. The accumulated starch is extracted from the liquid, dried and sifted. The difference between them is a natural fermentation process undergone by the sour starch when left at room temperature to ferment for 15 days. The manioc starch (povilho doce) has a much finer consistency and more delicate texture then the sour manioc starch and is mostly used in sweets and crackers.
Makes about 30 balls
INGREDIENTES:2 xícaras (200g) de queijo parmesão ralado (ou Pecorino Romano)2 ovos grandes2 gemas1 ¼ xícaras de polvilho azedo¾ xícara de polvilho doce1 colher de chá de sal ½ xícara de leite½ xícara de água¼ xícara + 3 colheres de sopa de azeite de oliva extra-virgem
MODO DE PREPARO: Coloque o queijo ralado na tigela de um processador de comida. Acrescente os ovos e as gemas ao processador, misturando tudo até formar uma pasta macia, por volta de um minuto. Coloque de lado. Na tigela de um mixer elétrico, com uma espátula ajustada, coloque os dois polvilhos e o sal. Coloque de lado. Numa panela pequena, ferva o leite, a água e o óleo. Despeje a mistura de leite imediatamente, de uma vez, na mistura de polvilho e ligue o processador em velocidade baixa. Misture até a massa ficar macia e o polvilho integrado, por volta de dois minutos. Pause a máquina e adicione a mistura de queijo e ovos, diretamente dentro da mistura de polvilho. Misture a massa em velocidade baixa até ficar amarelo-clara, por volta de 10 minutos. O objetivo é fazer a massa amassando vagarosamente. Será um pouco grudento. Transfira a massa para uma tigela, cubra com folha plástica e resfrie por duas horas na geladeira. Pré-aqueça o forno a 350ºF (175ºC). Unte uma assadeira. Unte suas mãos com azeite de oliva (alternadamente você pode untar também com o polvilho) e use uma concha de sorvete para medir as bolinhas em 2,5cm, enrolando com as mãos. Coloque na assadeira, com espaço de 4 a 5cm entre cada rolinho (esse é o ponto no qual você pode congelá-los, colocando-os em saquinhos zip-lock no freezer, por até 3 meses). Asse os rolinhos de queijo no forno até eles inflarem e ficarem levemente dourados, entre 12 e 14 minutos. Para assar igualmente, gire a assadeira uma vez enquanto assa. Tire a assadeira do forno e coloque os pãezinhos numa cesta com uma toalha decorada. Sirva imediatamente enquanto estão quentinhos e apetitosos.
Polvilho doce e polvilho azedo vêm da mandioca. O vegetal é ralado e lavado, logo sua polpa é espremida num cesto. O amido acumulado no cesto é extraído do líquido, seco e coado. A diferença entre eles é o processo de fermentação natural pelo qual o polvilho azedo passa, deixado em temperatura ambiente por um período de 15 dias para fermentação. O polvilho doce tem uma consistência mais refinada, e uma textura mais delicada do que a do polvilho azedo, e é mais usado em doces e bolachinhas.
Rendimento: aproximadamente 30 pãezinhos.
CULINÁRIA
Pão
de Q
ueijo
(C
hees
e B
read
)
“Editor's note: Some ingredients are only familiar to Brazilians. They should be available in Brazilian markets.”
Brazil Explore Magazine | 11
IMIGRAÇÃO
George Castro | Especialista em Imigração Americana | www.imigrarusa.comEnvie suas dúvidas e comentários para o e-mail: [email protected]
Foi lançada recentemente na grande maioria dos Consu-lados Brasileiros a nova Carteira de Matrícula Consular (CMC). Trata-se de um documento de registro consular e de identificação concedido pelas autoridades brasilei-ras gratuitamente a todo e qualquer cidadão brasileiro residente nos Estados Unidos, sem restrições de qual-quer natureza. Isso quer dizer que, independente de sua situação imigratória neste país, se você é brasileiro, você pode requerer sua CMC.
O governo brasileiro recomenda que todo cidadão brasi-leiro matricule-se no Consulado. Além de ser um docu-mento importante de identificação do cidadão brasileiro, a matrícula consular é um banco de dados informatizado (não se guardam cópias de documentos) que objetiva facilitar a expedição de documentos brasileiros, permitir, quando necessário, contatar com maior rapidez os bra-sileiros aqui residentes e seus familiares no Brasil (em casos de necessidade, por exemplo, desastres naturais), possibilitar ao Consulado conhecer melhor a comunida-de e permitir ao brasileiro registrado receber avisos im-portantes (tais como os relativos a eleições e imposto de renda, entre outros).
Na Conferência “Brasileiros no Mundo”, ocorrida recen-temente no Rio de Janeiro, a CMC foi tema de discussão na mesa temática “serviços consulares”, onde surgiram alguns depoimentos de caráter positivo de brasileiros residentes nos Estados Unidos que já possuem a nova CMC. Segundo esses brasileiros, algumas autoridades públicas municipais, estaduais e instituições privadas americanas já aceitam a CMC emitida pelo governo bra-sileiro como documento de identidade, prova de nacio-nalidade e comprovante de domicílio. Em alguns esta-dos americanos já é possível a abertura e movimentação de conta em bancos, inclusive para transferência de di-nheiro para o Brasil, bem como acesso a bibliotecas, es-colas, hospitais e outros serviços públicos. Assim sendo, a CMC ganha pouco a pouco um reconhecimento im-portante e facilita a vida de muitos brasileiros no exterior.
Durante essa mesma Conferência também foi discutida a base cadastral para as eleições do Conselho de Re-presentantes das Comunidades Brasileiras no Exterior (CRBE), que tem entre outros objetivos ajudar na orga-nização da próxima Conferência em 2010. Essa base cadastral será composta pelo conjunto de três bancos de dados, sendo que um deles será composto por bra-sileiros residentes nos Estados Unidos matriculados na
repartição consular brasileira. Portanto, a obtenção da CMC se faz imperativa para que o brasileiro residente nos Estados Unidos, documentado ou não, possa ter voz ativa nas eleições do CRBE.
É importante esclarecer que a nova CMC não constitui carteira de habilitação para dirigir, nem é comprovante de situação imigratória regular. Somente comprova que
o portador está residindo nos EUA e é registrado em uma das repartições consulares do governo brasileiro. Portanto, antes de utilizá-la, verifique se a mesma é aceita pelo estabelecimento.
O brasileiro que desejar obter sua CMC deverá com-parecer ao Consulado de sua jurisdição munido dos seguintes documentos:
Um (1) documento brasileiro válido e com foto. (ex.: RG, passaporte, carteira de motorista);
Um (1) documento brasileiro simples. (ex.: certidão de nascimento, casamento, titulo de eleitor, CPF ou al-gum dos relacionados acima);
Um (1) documento que comprove residência. (ex.: conta de água, luz, telefone ou contrato de aluguel);
Formulário devidamente preenchido e assinado.
Para saber mais sobre a Carteira de Matrícula Consular, visite o website http://www.brazilian-consulate.org.
Aproveito este artigo para desejar a todos um Feliz Na-tal e um Ano Novo repleto de alegrias e muita saúde. Que 2010 traga finalmente a tão esperada reforma imi-gratória, e que todos nós brasileiros, documentados ou não, possamos nos unir mais e mais em benefício da nossa comunidade.
Carteira de matrícula consular
Limitada à TV Globo Internacional, PFC 100% Futebol e Band Internacional e para uma conexão. Não disponível em todas as áreas ou para clientes ou ex-clientes da Comcast com contas em aberto. Requer assinatura da Comcast Cable a tarifas normais. Preço sujeito a mudança. Equipamento, instalação, taxas e fees de franquia sãoextras. Necessária assinatura ao serviço básico para receber outros níveis de serviço. Nem todos os programas disponíveis em todas as áreas. Ligue para restriçõese detalhes completos. Comcast © 2009. Todos os direitos reservados.
Globo e PFC na Comcast.O melhor do entretenimento
e do futebol brasileiros agora via cabo.
Preço (por mês)Canais$19.99$19.99$25.99
$34.99
PFC 100% FutebolTV Globo Internacional + PFC 100% Futebol
TV Globo Internacional
Brazilian Elite Package: TV Globo Internacional+ PFC 100% Futebol + Band Internacional
Disponível apenas em algumas regiões da Bay Area
(adicionalmente à sua assinatura de TV a cabo)
1-800-549-8370Para saber se os canais estão disponíveisem seu endereço, ligue para a Comcast.
www.comcast.com/internationaltv
PERFIL
No comando da Câmara de Comércio Brasil-EUA de NY
❧ In the Head of the Brazilian-American Chamber of Commerce of NY
Por Manoela Maia Granja
14 | Brazil Explore Magazine
Nos Estados Unidos, há mais de 25 anos, Sueli Bona-
parte alavancou a carreira com os títulos de mestre em
Pedagogia pela St. John’s University, com o certifica-
do em Administração ao nível de Pós-Graduação pela
Pace University e com o título honorário de Doutora em
Letras Humanas pela Thomas Aquinas College.
Mas há mais de 15 anos, a brasileira exerce o cargo de
Diretora-executiva da Câmara de Comércio Brasil-Esta-
dos Unidos de Nova Iorque. Casada com o Dr. Tony Bo-
naparte, professor de Economia da St. John’s Univer-
sity, ambos tem uma participação ativa nas entidades
de caridade onde residem. Dois fundos de assistência
a estudantes universitários carentes levam o nome de
Tony e Sueli Bonaparte na St. John’s University e St.
Thomas Aquinas College.
Nascida na cidade de Mirassol, estado de São Paulo,
Sueli tem uma experiência profissional bastante eclé-
tica. Exerceu funções gerenciais em diversas áreas,
como a acadêmica, onde foi gerente de programas do
Instituto Brasileiro da Pace University; também no se-
tor governamental, como coordenadora acadêmica do
Consulado Brasileiro em Nova Iorque; na corporativa,
ela foi diretora de marketing e vendas de várias em-
presas americanas e brasileiras; e sem fins lucrativos,
ela foi a presidente-fundadora do Instituto Brasileiro do
Arizona.
Constantemente Sueli tem a honra de proferir palestras
em universidades, bibliotecas comunitárias e organiza-
ções de classe cobrindo temas que incluem economia
brasileira e o papel da mulher no setor de negócios.
Sob sua direção visionária e incansável, a Câmara de
Comércio Brasil-Estados Unidos alçou a prestigiosa
posição de mais ativa câmara internacional de comér-
cio nos Estados Unidos.
A todos os brasileiros que aqui residem por um tem-
po determinado ou permanentemente, Sueli sugere
que encontrem tempo para aprimorar a língua inglesa,
adquirir um diploma universitário e se envolver com a
comunidade onde residem para disseminar o interes-
se de todos os aspectos da nossa cultura, economia
e história. Ela acredita que é responsabilidade de cada
cidadão brasileiro que reside no exterior representar o
Brasil com orgulho e dignidade.
Sueli Bonaparte has been in the United States for more
than 25 years. She has a master’s degree in pedagogy
from St. John’s University, a certificate in business at
the post-graduate level from Pace University and holds
the honorary title of Doctor in Human Literature by the
Thomas Aquinas College.
This Brazilian lady has been an executive director of
the Brazilian-American Chamber of Commerce of New
York for more than 15 years. She is married to Dr. Tony
Bonaparte, an economics professor at St. John’s.
They both take a very active part in charity organiza-
tions where they live. Two assistant funds for university
students bear Tony and Sueli Bonaparte’s name at St.
John’s University and St. Thomas Aquinas College.
Bonaparte was born in Mirassol, in São Paulo. Her pro-
fessional experience has been very eclectic. She has
had management positions in many fields, academia for
one, where she was program manager of the Brazilian
Institute at Pace University; the government sector, as
an academic coordinator of the Brazilian embassy in
New York; in the corporate sector where she was mar-
keting and sales director for many Brazilian and Ameri-
can companies; and as far as non-profit organizations,
she was the founder-president at the Brazilian Institute
of Arizona.
Bonaparte is constantly giving speeches at universities,
community libraries and grassroots’ organizations, talk-
ing about many subjects, from the Brazilian economy
to the role of women in the business sector. Under her
visionary and tireless direction, the Brazilian-American
Chamber of Commerce has grown to become the most
active international chamber of commerce in the United
States.
She recommends that all Brazilians living in the United
States for a short period of time or even permanently,
find some time to improve their English, to get a diploma
at some university and to get involved with their com-
munity to spread interest in every aspect of our culture,
economy and history. She believes it is the responsibil-
ity of every Brazilian citizen living abroad to represent
Brazil with pride and dignity.
San Franciscoby Gleidson Martins [email protected]
Saúde: saúde física não existe sem a mental e
vice-versa.
Amor: (risos) verdadeiro.
Altura: 1,66m
Peso: 55 kg.
Deus: tenho fé.
Sexo: melhor com amor.
Gosta de cantar ou ser cantada: cantada.
Solteira ou casada: solteira.
Qual a melhor parte do seu corpo: rosto.
Qual a melhor parte do corpo dele: tórax.
Qual o tipo de homem para você: aquele que é
sincero, inteligente e forte. Tem que ser bonito por
dentro e por fora, gosto do tipo cafajeste, embora
queira gostar do certinho.
Drogas: podem fazer tanto bem quanto mal,
sendo ilegal ou não.
Dinheiro: essencial.
Balada ou cinema: cinema.
Praia ou montanha: praia, mas só se for no Brasil.
Jackeline por Jackeline: sincera. O que é
bom e ruim. Gosto de viver intensamente e sem
frescuras. Sou do tipo que corre atrás daquilo que
pode me fazer bem.
Papo Aberto com Jackeline Oliveira
em Foccoem Focco
Jackeline, 29 anos, mudou-se para os
Estados Unidos em 1989 e ficou até 1994.
De volta ao Brasil, ela ingressou na faculdade
de Biomedicina em Goiânia. Após a
formatura, retornou aos Estados Unidos. Ao
lado, você pode conferir um pouco mais da
tímida escorpiana, que já fez alguns trabalhos
como modelo em Los Angeles.
20 | Brazil Explore Magazine
CULTURA
100% Original do Brasil❧ 100% Made in Brazil
Por Andréa Eirado Fotos Glen Dohie
The art of “fashion designer” Chris Barreto is constantly
changing. Since we published an article about her more
than three years ago, her work gained so much strength
and responses that we felt necessary to talk about her once
again. Check out the success of this girl from Espírito Santo.
The recognition of Barreto’s talent came up due to her
body paint work. When she was still living in Brazil, she
participated in the Mercado Mundo Mix (Mixed World Mar-
ket – a fashion movement from Rio de Janeiro and São
Paulo). At that time, she used to paint over tights. But it
was only after 1997, when she got to New York, that her
career shot through the roof. “Body paint is a demonstra-
tion of who I am, my Indian roots and my identity, repre-
sented through art,” she says.
Barreto left the excitement of the Big Apple and the fash-
ion shows at big New York museums like the Guggen-
heim, and in 2005 she moved to Hawaii. First she went
A arte da “fashion designer” Chris Barreto é mutante. Desde que publicamos uma matéria com ela há mais de três anos, seu trabalho ganhou força e destaque que surgiu a necessidade de abordarmos novamente a vida dessa artista. Confira o sucesso dessa capixaba.
O reconhecimento do talento de Chris veio através do trabalho de body paint (pintura sobre o corpo humano). Ainda no Brasil, ela participou do Mercado Mundo Mix – movimento de moda do Rio de Janeiro e São Paulo. Nessa época, ela pintava sob meia-calça (body paint). Mas foi a partir de 1997, quando desembarcou em Nova Iorque, que sua carreira decolou. “O body paint é a ma-nifestação de quem sou, das minhas raízes indígenas e da minha identidade, representada pela arte”, conta.
Chris largou a agitação da “Big Apple” e “fashion sho-ws” em grandes museus de Nova Iorque, como o Gu-ggenheim, e em 2005 se mudou para o Havaí; primeiro
Brazil Explore Magazine | 21
foi para Kona, depois para Honolulu. Muito à vontade com a beleza e natureza do lugar, o cenário foi propício para por em prática um antigo conceito: SERHUMA-NARTE! “Eu defino esse conceito como o ser humano do futuro. Um ser afinado com sua essência, voltado às raízes da natureza, da mesma forma como os índios se relacionam com o mundo”, diz. SERHUMANARTE sig-nifica “você é uma obra de arte”, e nada mais é do que se respeitar como parte da natureza e integrado com as outras criaturas.
Hoje, Chris tem um projeto que traz do Brasil para o Ha-vaí a influência latina e a moda brasileira: Brasil Segredo. É uma coleção de biquínis, roupas esportivas e casuais. Entre suas clientes, estão: Madonna e Faith Fay, da série Lost (Faith usou um vestido feito por ela no Red carpet do SAG Award). “Sou 100% original do Brasil: natural-
to Kona, then to Honolulu. She was so comfortable with
the beauty and nature of that place, that the scenario was
perfect to practice an old concept of hers: HUMANBE-
INGART! “I define this concept as a human being of the
future. Someone in balance with their essence, interested
in nature’s roots, just like the Indians deal with the world,”
she says. HUMANBEINGART means “you are a work of
art”, and nothing is more important than to respect your-
self as part of nature, integrated with other creatures.
Today, Barreto has this project that brings a Latin influence and
Brazilian fashion all the way from Brazil to Hawaii: the Brasil
Segredo (Secret Brazil). It is a collection of bikinis, sports and
casual wear. Among their clients are Madonna and Faith Fay
from Lost (Faith wore one of her dresses on the SAG Award’s
red carpet). “I am 100% original from Brazil: naturally creative,
modern, authentic and multimedia,” she insists.
mente criativa, moderna, autêntica e multimídia”, conta.
Chris recebeu duas manifestações de reconhecimento do seu trabalho. Uma foi a participação, em abril, no “eco-fashion show”: “Green Style on the Big Island”. A outra foi o prêmio – certificate of appreciation - conce-dido pelo Centro Cultural Brasileiro da Universidade do Havaí. A participação naquele evento marca a sua nova fase. “No momento, estou voltada ao aspecto susten-tável. Tento criar minha arte em tudo que é orgânico, renovável, criativo e harmônico com o planeta”, finaliza.
Para ver ou comprar as peças produzidas por Chris Bar-reto, acesse a loja virtual: www.shop.chrisbarreto.com
No momento, Chris busca parcerias para que seu tra-balho chegue ao Brasil. Ela está trazendo produtos eco-brasileiros para a sua nova coleção, como o couro ecológico vegetal extraído da seringueira e o jeans or-gânico feito com fios 100% orgânicos.
Se você tiver interesse, entre em contato:www.chrisbarreto.com | [email protected] | (808)989-4986
Barreto received two proofs of recognition of her work.
One was the part she took at the eco-fashion show in
April: “Green Style on the Big Island.” The other was the
certificate of appreciation she got from the Brazilian Cul-
tural Center of the University of Hawaii. The part she took
in that event highlights her new phase. “Right now I am
focused on the sustainable aspect. I try to create my art
in everything that’s organic, renewable, creative and har-
monic with the planet,” she concludes.
To check her pieces out or to purchase them, visit her
website: www.shop.chrisbarreto.com
Right now Chris is looking for partnerships to get her work
to Brazil. She is bringing eco-Brazilian products to her
new collection, like ecological veggie leather, extracted
from the rubber tree, and organic jeans, made with 100%
organic thread.
If you are interested, contact:
www.chrisbarrteto.com | [email protected] | (808)989.4986
22 | Brazil Explore Magazine
Brazil Explore Magazine | 23
24 | Brazil Explore Magazine
ENTREVISTA
Improved technology will increase the number of lonely people
Por Gleidson Martins
In 2001, Fabrício Ferraz and Felipe Gesueli started Big
Promoter from a company called Netzez. Today, Big Pro-
moter reaches California, Nevada and Massachusetts in
the United States, as well as many Brazilian states. It’s
Internet based, but it’s also about keeping loyal customers
who might need operational repair. These businessmen
are dedicated to implementing new technological findin-
gs. Ferraz, born in Minas Gerais, specialized in techno-
logical web development at Boston College. Gesueli has
a degree in electrical engineering in telecommunications
from a Brazilian university in Campinas. He started at the
company in 2006 and is still honing his expertise at the
College of Marin. They are generous enough to share their
methods of avoiding competition and achieving success
in the U.S.
A great number of your customers are Brazilian. Is this a result of your early actions?
Gesueli: Yes.
Ferraz: Sixty percent of our customers are Brazilian, 30%
are Latin, 10% American and we’ve already developed
more than 150 Websites. We have four people working
with us: Dheinny Marques (Web designer), Enaldy Lazaro
(SEO specialist), Valdenor Oliveira (graphic designer) and
Sara Silva (account manager). We started with computer
repair, which came about because of our refinement and
credibility. Now we also offer technical assistance, but our
main focus is on Web site development and SEO.
The company was born in 2001, a very tense year. How was it in your experience?
Ferraz: Californian commerce didn’t suffer much of an
impact from the events of September 11. It was almost
Brazil Explore Magazine | 25
an isolated fact. (At that time, Gesueli wasn’t working for
the company yet).
Bill Gates was quoted once in a lecture saying that cars could be like computers. A few days later so-meone commented that if this were so we’d have problems on a daily basis.
Gesueli: Most of our clients want to invest in the Internet.
Most of them see how their competitors are doing. In turn,
their success brings us more clients.
Ferraz: Speaking of complaints, there are a lot, primarily
configuration problems and viruses.
You also do consulting. How do you develop the ma-rket research that you offer your clients?
Gesueli: The big companies function as our
research sources; we observe their best in
a specific area and customize our results
accordingly. Nothing new is created on the
Internet, only recycled. If one of our clients
needs a service we don’t have, we refer
them to other professionals, especially when
opening a company.
Ferraz: Nowadays the highlights are Web
2.0 (Web site programming language) and
SEO (Search Engine Optimization). They are
the two top technological mechanisms in re-
search that we offer our partners.
What is the future of the computer?
Gesueli: There will be no more cables;
everything will be inside the screen, like a
parlor. And I’m talking about a very near future, one de-
fined by software and machines that only require you to
touch the screen.
Ferraz: My words exactly.
Would that be the future of the world, where humans depend on computers in order to live?
Gesueli: We believe that everything is converging to the
Internet, and the tendency is to explore technological
mechanisms even more. On the one hand, this is good
because it’s more comfortable to develop a project from
home. But as with everything it has a downside: the loss
of human contact.
Ferraz: I believe the new generation will be educated sepa-
rately, but we have to be careful with children on the Internet.
There are a lot of disonest people just waiting for the opportu-
nity to get lucky. However, this future you’re talking about will
be a combination of isolation and great technology.
What’s the difference between MacIntosh and PC? Why are so many people interested in Mac?
Gesueli: The MacIntosh is a computer for lazy people.
PC still dominates the market because more people have
PCs worldwide.
Ferraz: The technology was created four years ago, and
the lifespan of a computer is four years. In other words,
there’s still a lot to learn about Macs. For example, there
are virtually no viruses written for Macs.
And why there are no viruses?
Ferraz: Because more people have PCs than Macs and
its platform is more sophisticated than a Mac’s, although
there are good and bad things about both brands.
Gesueli: The Mac’s technology is more enclosed, more
secure. However, if the number of Mac consumers increa-
ses, there will be a compatible virus someday.
What’s a good Web site in your opinion?
Gesueli: Google, MSN and Yahoo! defined that a Web
site has to have substance. We believe that a Web site
consolidates itself on the number of visits. A Web site has
to attend all of the customer’s necessities. It has to be
objective and capture the visitor quickly, because the ave-
rage Web site visit lasts about a minute.
What hints can you give our readers to maintain their computer’s security?
Gesueli: When entering a Web site, don’t click on
anything. When an unknown screen pops up, never click
on it. The virus could be there.
Ferraz: The best antivirus you can have is yourself. You can
open unknown email, but don’t open their attachments.
Before opening a file, save it first and scan it. Be careful
when opening those emails sent by banks, asking you to
redo your password or saying that you’ve won a prize.
26 | Brazil Explore Magazine
COMPORTAMENTO
❧ Governador Valadares: From Immigration to Hang Gliding
TURISMO
Por Alexandre Anan Fotos Portal GV
Governador Valadares: da emigração ao voo* livre
During the ’80s, Governador Valadares, a city in the state
of Minas Gerais, was known as the country’s biggest im-
migrant exporter. Such a reputation was not good for the
city, because most of these workers got into the United
States using fake documents. As the hunt for counter-
feiters increased, Governador Valadares turned into
the capital of hang gliding and precious stones. Lately,
it does not really matter how GV is remembered. What
really matters is getting to know the city as it is today,
one that many Brazilians left behind in search of better
opportunities.
Durante a década de 1980, a cidade mineira de Go-
vernador Valadares ficou conhecida como a maior
exportadora de emigrantes do país. Tal fama não era
favorável à cidade, já que grande parte dos trabalha-
dores viajava aos Estados Unidos com documentação
falsa. O cerco contra os falsificadores aumentou e Go-
vernador Valadares passou a ser conhecida como a
capital do voo* livre, ou capital das pedras preciosas.
Não importa como GV é mais lembrada atualmente,
o que vale é conhecer a cidade que tantos brasileiros
deixaram por melhores oportunidades.
Brazil Explore Magazine | 27
A 324 km de Belo Horizonte, Governador Valadares
fica à margem esquerda do rio Doce. Seu ponto mais
alto é também o principal cartão postal, o Pico da Ibi-
turuna. Com 990 m, o pico abriga a nascente do rio
que dá nome à região do Vale do Rio Doce. É também
de onde saltam os praticantes de voo* livre, como asa
delta e parapente.
A geografia da cidade é o principal diferencial para os
praticantes do voo* livre. Por ter um pico de grande
altitude e nenhuma formação montanhosa por perto,
os pilotos atingem distâncias de mais de 70 km. Além
disso, várias estradas cortam a área ao redor do pico,
o que facilita e agiliza o resgate. Sem ventos fortes e
com vasta área para voo* e aterrissagem, pilotos de
diferentes nacionalidades vão a Governador Valadares
para encontros e campeonatos.
Não é necessário ter experiência para se aventurar no
voo* livre, basta o tempo estar bom, o que não é difícil,
para fazer um voo* duplo. Se tomar gosto pela prática,
a Associação Valadarense de Voo* Livre oferece cur-
sos de parapente e asa delta. A duração do curso varia
conforme o rendimento do aluno, mas são necessárias
de 15 a 20 aulas, em média.
Se o assunto é badalação, Governador Valadares tem
o GV Folia, que atrai milhares de foliões para quatro
dias de festa. O carnaval fora de época lota os hotéis
da cidade e aumenta as vendas do comércio. Essa
maratona de axé baiano acontece sempre no mês de
abril, quando o carnaval começa a dar um gostinho
de saudade.
Em meados do século passado, a extração da mica
e a construção da ferrovia Vitória-Minas formavam a
base da economia de GV. O envolvimento de empre-
sas americanas nas duas atividades permitiu o con-
tato direto entre valadarenses e norte-americanos em
trabalho na cidade, o que alimentou o sonho de fazer
a América. Sonho que começou a ser planejado com
o fim do ciclo da mica. Mesmo com a diminuição das
atividades extrativistas, Governador Valadares mante-
ve a posição de principal centro de comércio de pe-
dras preciosas do país.
A Brazil Gem Show acontece anualmente na cidade
e atrai compradores de 22 países. Durante essa tem-
porada, a ocupação dos hotéis chega a 100% e as
vendas no comércio aumentam cerca de 10%. A feira,
além de mostrar a qualidade do trabalho e das gemas
brasileiras, dá a oportunidade de mostrar ao mundo o
potencial de desenvolvimento da região leste de Minas
Gerais.
28 | Brazil Explore Magazine
Governador Valadares is 201 miles from Belo Horizonte
on the left bank of the Doce River. Its highest point, Ibitu-
runa Peak, is also the most visited. At 3,250 feet, it is
the fountainhead of the river that runs through the val-
ley bearing its name. It is also the point from which hang
gliders jump, whether they are parachuting or ski-diving.
The city’s geography is the main attraction for hang glid-
ers. A high peak with no surrounding mountains allows
pilots to glide out for up to 43 miles. In addition, many
roads cut the areas surrounding the peak, making any
necessary rescue fast and easy. With no strong winds
and a large take-off and landing area, hang gliding afi-
cionados from many countries head for Governador Va-
ladares for meetings and championships.
One do not need to be experienced to have an adventure
in hang gliding. It only takes nice weather to go tandem
diving. If you fall in love with it, the Hang Gliding Associa-
tion of Governador Valadares offers hang gliding lessons.
The course lasts as long as the student needs, but the
average student’s requirement usually runs between 15
and 20 sessions.
If you want to go partying, Governador Valadares has the
GV Folia, a carnival party lasting four days that attracts
thousands of people. It sells out hotels and increases
city commerce. Brazilian axe music is played every April,
when people already miss the regular carnival.
Around the middle of the last century, mica mining and
the construction of the Vitória-Minas railroad were the
economic base of GV. The involvement of American
companies in both activities allowed direct contact be-
tween the native residents of Governador Valadares and
American working people in the city, making the dream
of coming to ou going to America grow even more. This
dream started to be planned at the end of mica’s cycle.
Even with the fading down of mining activities, Governa-
dor Valadares maintained the country’s central standing
in precious stone commerce.
The Brazil Gem Show is an annual event in the city and
brings buyers from 22 different countries. During this
time, hotel occupancy reaches 100% and sales increase
by roughly 10%. The fair shows the quality of Brazilian
work and gems, and also shows the world the develop-
ment potential east of Minas Gerais.
With at least three big events in the city, it is clear that
Governador Valadares is not a typical and calm city, but
its 260,000 residents maintain the congeniality of historic
villages. It is said that everyone in the city has a family
member living in the United States, which sounds like an
TURISMO
Brazil Explore Magazine | 29
Com pelo menos três grandes eventos na cidade, fica
claro que GV não é uma típica e pacata cidade minei-
ra, mas seus 260 mil habitantes conservam a simpatia
das vilas históricas. Costuma-se dizer que todo mun-
do na cidade tem alguém na família que vive nos Esta-
dos Unidos. Parece exagero, mas nem tanto. Segundo
pesquisa do Centro de Informação, Apoio e Amparo à
Família e ao Trabalhador no Exterior (CIAAT), 54% das
famílias de Governador Valadares têm algum parente
que trabalha no exterior.
Com o intuito de juntar dinheiro para abrir um negócio
próprio, ser dono de um imóvel acabou virando um
negócio mais seguro. O “valadólar”, como é chamado
o dinheiro enviado pelos emigrantes, acaba ficando na
cidade em forma de bens. Consequentemente*, GV
cresceu e o comportamento de seus cidadãos tam-
bém. Se antes as casas significavam conforto e espa-
ço, hoje a preferência por apartamentos leva em conta
a segurança e comodidade.
A crise econômica mundial balançou os planos dos
valadarenses nos Estados Unidos. Segundo a prefei-
tura, houve uma redução de 20% nas remessas vindas
do exterior. Agora, o ciclo migratório leva os valada-
renses à Europa, principalmente a Portugal e Espanha.
Para quem conhece Governador Valadares apenas
como exportador de emigrantes, a cidade parece ter
pouco a oferecer. É claro que as oportunidades de tra-
balho são menores, mas de forma alguma é uma cida-
de desinteressante. Se estiver por perto, vale dar uma
passada. Todos os caminhos levam a GV.
exaggeration, but it really is not. According to research
from the Information and Support Center to Families and
Workers Abroad (CIAAT), 54% of Governador Valadares
families have a relative working in the northern hemi-
sphere.
In order to make enough money to open a business, be-
ing a home or apartment owner became a more secure
option. The “valadollar” – as they call the money sent by
immigrants – ends up staying in the city as assets. Con-
sequently, GV developed more, as well as the behavior of
its citizens. If a house meant comfort and space before,
apartments are preferable now as security and amenities
become more desirable factors.
The world’s economic crisis has shaken up the plans of
many people from GV in the United States. According to
city hall, there was a 20% decrease of money coming
from abroad. The immigration cycle has now been taking
people from GV to Europe, specially Portugal and Spain.
To the ones who know Governador Valadares only as an
immigrant exporter, the city seems to have very little to
offer. Job opportunities are few, but it remains an interest-
ing city. If you are around, it is worth a leisurely look. After
all, all roads lead to GV. * Nova grafia de acordo com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa em vigor a partir de 1º de janeiro de 2009.
30 | Brazil Explore Magazine
Brazil Explore Magazine | 31
32 | Brazil Explore Magazine
ESPECIAL
Atriz Brasileira mostra seu valor em Hollywood
❧ Brazilian actress shows her worth in Hollywood
By Luciana Chama
I didn’t really care when the play opened, and I must
confess that I only left my home in Venice to go watch
it downtown after seeing my friend’s comments posted
on Facebook. A comedy about the adventures and chal-
lenges faced by a Brazilian girl in a new country, chasing
her dreams, keeping in mind her grandmother’s advice:
“Show them your worth.” Despite thematic similarities to
my own path, I wasn’t that intrigued. I bite my tongue for hav-
ing been so judgmental. LOL: Latina on the Loose is delicious.
It’s the kind of play in which the actor is the stage mas-
ter, sustained by quality writing and acting. What a great
surprise it was to witness the talented Mina Olivera. Pre-
sented mainly in English (with some lines in Spanish and
Portuguese) the play is autobiographical, written by and
starring herself. Using her body as the vehicle, her voice
gives personality and charisma to the many characters
Não dei a menor bola quando o espetáculo entrou em
cartaz e confesso só ter despencado da minha casa, em
Venice, até Downtown para assisti-lo depois de ler os
comentários positivos de uma amiga no Facebook. Uma
comédia sobre as aventuras e os desafios de uma brasi-
leira em terras estrangeiras que busca por seus sonhos,
mantendo na memória o ensinamento de sua avó “show
them your worth”. Apesar da semelhança com a minha
vivência, o tema não me instigou. Paguei a minha língua*
por ter sido preconceituosa: “LOL – Latina on the Loose”
é uma delícia.
É teatro no qual o ator é o senhor do palco, sustentado
pela qualidade da escrita e interpretação. Que surpresa
boa foi testemunhar o talento que é Mina Olivera. Apre-
sentado principalmente em inglês (com algumas inserções
também em espanhol e português), o texto é autobiográ-
fico, escrito e estrelado pela própria. Seu instrumento é o
Brazil Explore Magazine | 33
corpo e com sua voz ela denota a personalidade e o afeto
das muitas personagens que interpreta. Mina segura a
onda dos 90 minutos de espetáculo sozinha e com graça,
carisma e atitude - visivelmente conquista cada coração
ocupado dos 300 lugares do Los Angeles Theatre Center.
A atriz relata sua história e de sua família desde a vida
pobre dos avós, o casamento nada convencional de seus
pais até sua jornada pelas Américas,
quando sai em busca de sua liberda-
de, autoconhecimento* e o sonho de
estudar teatro na concorrida Univer-
sidade da California em Los Angeles
(UCLA). Enfrentando preconceitos,
e até mesmo frustrada depois de ser
desencorajada pela racista consultora
da Universidade, Mina se sobressai e é
aceita pela UCLA; gradua-se com hon-
ra e passa na frente dos colegas ame-
ricanos. A garota insegura vinda do Rio
de Janeiro transforma-se em mulher
guerreira e aprende a se respeitar.
O espetáculo me ganhou pela verda-
de com que Mina apresenta a história
de sua vida e a coragem de levá-la em
cena aqui nos Estados Unidos. Quem
passa pela experiência de viver fora de
sua pátria entende com propriedade o
valor da luta pela ousadia da aventura.
Superando com dignidade as dificul-
dades do mega competitivo mercado
cinematográfico em Hollywood, a atriz
carioca decidiu transformar a herança
latina em vantagem: construiu a própria oportunidade e
lotou o teatro nas poucas semanas que ficou em cartaz.
Foi com enorme prazer que assisti a brasileira desempe-
nhar com sucesso, na terra dos gringos, a sua função
máxima como artista: Mina tocou, lá no fundo, o coração do
seu público. Na entrevista abaixo, com vocês, Mina Olivera.
Luciana Chama: Mina, parabéns pela performance.
Adorei o texto, o que te levou a escrevê-lo?
Mina Olivera: Primeiro, por causa da minha avó. Eu
sempre senti uma culpa, ela morreu e eu estava aqui... A
gente tinha um relacionamento único, e eu sempre gostei
de repetir as histórias dela, minha avó sempre foi muito
verdadeira, até no episódio do dia em que cheguei em
casa e tinha um recado na secretária eletrônica dizendo
“Neguinha, tô indo pro hospital e é pra morrer, viu? Só tô
ligando pra despedir, te amo, adeus, tchau”.
LC: Ela falou assim mesmo?
MO: Falou. Cheguei em casa e quase morri (risos). Engra-
çado que, hoje, penso que minha avó estava me dando
todas as falas para o meu primeiro trabalho como escrito-
ra, e eu que não estava sabendo! Outro motivo foi porque
eu queria passar a mensagem de você comandar a sua
vida; de não ficar esperando, de realmente ir à luta e não
ter medo de fracassar. Não dá pra ficar no banco do pas-
sageiro enquanto a vida passa.
she plays. Solo, Mina makes a 90-minute play go by very
smoothly with a lot of fun and attitude. She clearly reaches
the heart of each of the 300 audience members attending
her performance at the Los Angeles Theatre Center. The
actress tells us her story and that of her family, from her
grandparents’ poverty and her parents’ unconventional
marriage, to her journey around Amer-
ica—when she left to find freedom,
self knowledge and pursue her dream
of studying theatre at UCLA. Facing
prejudice and frustration after being put
down by a racist university counselor,
Mina was accepted by UCLA; she
graduated with honor, outperforming
her American peers. The insecure girl
from Rio de Janeiro became a fighter and
in the process learned to respect herself.
The truth in Mina’s story and her cour-
age in seeing it through captured my
heart. Whoever experiences living
abroad should be able to understand
the value of daring to be adventurous.
Surmounting the difficulties of Holly-
wood’s super-competitive movie indus-
try, this actress decided to transform
her Latin heritage into an advantage:
She made her own opportunity and
sold out every show during the play’s
stand of only a few weeks. It was with
great pleasure that I watched this Brazilian girl success-
fully portray her biggest role as an artist: Mina touched
the depths of her audience’s heart. Below is her interview.
Luciana Chama: Mina, congratulations. I loved the writ-
ing, what inspired you?
Mina Oliveira: First, it was my grandmother. I’ve always
felt guilty, she passed away and I was here… We had a
unique relationship, and I’ve always wanted to pass her
stories along. My grandma was always very truthful. When
I got home, there was this voicemail from her saying:
“Sweetie, I’m going to the hospital and I’m going to die,
OK? I’m just calling to say goodbye. I love you, bye.”
LC: Did she really say it like that?
MO: Yes, I got home and almost died myself (LOL). It’s
funny to realize now that my grandma was giving me all
the lines for my first gig as a writer, and I had no idea.
Another reason was that I wanted to spread her message
that you should lead your life; you can’t wait around, you
have to go for it and fear no failure. You can’t ride in the
passenger’s seat while life passes you by.
LC: What’s the hardest part of doing theatre in Los An-
geles?
MO: Having an audience! L.A. is a city dominated by
❧Mina Olivera encanta
plateias* com o seu “LOL – Latina on the
Loose”
❧Mina Oliveira
enchants the audience with her play “LOL – Latina on the Loose”
34 | Brazil Explore Magazine
ESPECIAL
the movie industry. The
actors finish shooting,
become unemployed
and go do some theatre
in order to make some
money, or because they
need an agent or man-
ager to put them back
in the movie business.
They get together and do
theatre focusing on at-
tracting these business-
men, with not so much
care for the quality of the
production. That way the
level decreases a little bit
and people don’t feel too
motivated to go to the
theatre. They go to watch
it a few times, don’t like
it, then they don’t come
back, regardless of the
fact that it’s hard to act
and produce theatre. I
worked really hard to get this production done.
LC: Did the Brazilian community come to watch you?
MO: It’s funny, because when I started to promote the
play, a lot of people warned me: don’t count on the Brazil-
ian audience! But when I went to ask the support of the
Brazilian Consulate in L.A., I said to the vice-ambassador:
“Dorival, I might be wrong, but I’m counting on the Brazil-
ian people!” (laughs) Brazilians love theatre. I know that if
they see how good my play is, they will support me. So I
saw a lot of Brazilians, especially because a lot of people
go through the same experiences and difficulties that ap-
pear in the play.
LC: The audience relates a lot with your staged experi-
ences. The play talks about overcoming difficulties; people
see themselves up there, it’s everybody’s story…
MO: It’s funny, I think the more sincere I am about my life
and the more I put myself out there in the play, the more
people relate. I didn’t try to make everybody’s story; I tried
to be very specific with the facts. But it’s very honest, and
because I even show the times when I was humiliated, the
times when I got emotional, people could relate even more.
LC: Since the experience is not so familiar to the American au-
dience, what was the biggest artistic challenge in portraying it?
MO: The challenge of this play was: I always thought that
for people to relate to my grandma, they had to know
LC: Qual a maior dificulda-
de de se fazer teatro em
Los Angeles?
MO: Público! L.A. é uma
cidade dominada pelo ci-
nema. Os atores terminam
de filmar, ficam desempre-
gados, daí vão fazer teatro
pra fazer uma grana, ou
porque precisam de um
agente ou empresário para
se recolocar no mercado
cinematográfico, se jun-
tam e fazem teatro focan-
do atrair esses executivos,
sem se voltar muito pra
qualidade da produção.
Então o nível do que é fei-
to cai um pouco, e as pes-
soas não se sentem muito
motivadas a frequentar* o
teatro; elas foram assistir
algumas vezes, não gos-
taram, e não voltam. Fora
que é difícil a vida de fazer
teatro, produzir, eu ralei muito para realizar essa peça.
LC: E a comunidade brasileira daqui, veio te assistir?
MO: Olha, engraçado porque quando comecei a promo-
ver o espetáculo, muita gente aqui me adiantou: não con-
te com o público brasileiro! Mas quando eu fui pedir apoio
ao Consulado Brasileiro de LA, eu disse ao vice-cônsul
“Dorival, pode ser que eu esteja errada, mas eu vou con-
tar com o povo brasileiro!” (risos) Porque o brasileiro gosta
de teatro, eu sei que se eles virem uma peça legal vão me
apoiar. Então vi bastante brasileiro sim durante a tempo-
rada, até porque muita gente passa pelas experiências e
dificuldades que eu mostro na peça.
LC: O público se identifica muito com as suas experiências
em cena. O texto trata da superação de dificuldades, as
pessoas se veem* ali no palco, é a historia de todo mundo...
MO: Engraçado, acho que quanto mais sincera sou sobre a
minha vida, quando coloco mais de mim no espetáculo, mais
vira a história de todo mundo. Eu não tentei fazer a história de
todo mundo, eu fui bem específica com as coisas que acon-
teceram. Mas por ser uma versão bem sincera, de mostrar
mesmo as vezes que eu fui humilhada, as vezes que eu me
emocionei, mais as pessoas se identificam.
LC: A história não é tão comum para o público america-
no, qual foi o maior desafio artístico para encená-la?
MO: O desafio dessa peça foi: eu sempre achei que para
as pessoas se identificarem com a minha avó, elas ti-
nham que saber de onde ela vinha. Eu tinha que explicar
que essa mulher, apesar de não ter dinheiro nenhum e
ter vindo do nada, sempre foi muito digna. Casou com
marido rico que perdeu tudo, uma das filhas morreu nos
seus braços e ela nunca perdeu a dignidade. Então se
eu deixasse de contar essa parte, não ia fazer sentido a
mensagem da peça: de ela querer que eu mostrasse o
meu valor.
LC: Faz alguma diferença ser brasileira e não hispânica
para esse mercado de trabalho?
MO: Eu sempre trabalhei muito aqui, fiz muito papel em
filme e televisão, mas sempre fiquei chateada com o tipo
de papel escrito para latinos, porque não tem escritores
que entendem esse valor, começa por aí. É um americano
que não tem a menor familiaridade com a cultura latina e
que escreve um papel para latino. Daí o que acontece:
não é um personagem inteiro, vira um estereótipo! Faltam
papéis bons, e como tem uma quantidade muito maior de
imigrantes que vem do México e outros países da Amé-
rica Latina, então claro que a maioria dos papéis é pra
esse tipo.
Leia a entrevista completa no www.lucianachama.blogspot.com.
Mais sobre a atriz: www.minaolivera.com e www.latinaontheloose.com
where she came from. I had to explain that this woman,
even though she had no money, was always very digni-
fied. She married a rich man who had lost everything.
One of her daughters died in her arms, yet she never lost
her dignity. So if I’d left out this detail, the play wouldn’t
have had a message or make any sense. She truly want-
ed me to show my worth.
LC: Does it make any difference to be Brazilian and not
Hispanic, in this job market?
MO: I’ve always worked a lot here, always had roles in
movies and TV shows, but I was always very bummed by
the roles written for Latinos, because there are no writers
that understand this value. Generally, Americans with no
proximity to Latin culture write roles for Latinos. What
happens then is that you don’t get the whole character,
you get a two-dimensional stereotype! The industry lacks
good roles, and because there are more immigrants from
Mexico than other Latin American countries, it’s much
more common to have roles for them.
Read the whole interview at
www.lucianachama.blogspot.com.
More about the actress:
www.minaolivera.com and www.latinaontheloose.com
* Nova grafia de acordo com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa em vigor a partir de 1º de janeiro de 2009.
PREÇOS IMBATÍVEIS PARA O BRASIL!
(877) 222-2329
E AGORA TAMBÉM DO BRASIL PARA OS ESTADOS UNIDOS.
Travel Packages to Brazil, Hawaii, Tahiti, Caribbean,Europe, Japan and more!
2917 Canon StreetSan Diego, CA 92106
CALL FOR THE LOWEST FARES:
WE WORK WITH ALL THE MAJOR AIRLINESFares subject to availability and change without notice. Taxes NOT included. Preços sujeitos a reajuste e disponibilidade sem aviso prévio. Preços NÃO incluem taxas.
Consulte-nos para qualquer cidade!
Los Angeles $645 San Diego $660 San Francisco $650 Miami $450 Chicago $730 Boston $580 New York $475
ROUNDTRIP TO BRAZIL FROM:
ESPORTE
A Ginga do Mestre❧ The Master Sway
Por Fernanda Melazo Fotos: Thang Truong (www.thangtroung.com)
The location was Morro do Sapê, at the Vaz Lobo neighborhood, in Rio de Janeiro. During the late 70’s, Ronaldo was only eight and, together with the other lo-cal kids, he waited for the end of another candomblé. As soon as the rite was done, the empty space was dominated by kids, the sound of the berimbau (Brazil-ian musical instrument) and the capoeira dance. When the party was over, they always got a treat: mortadela sandwiches and juice.
That is how Master Batata (meaning “potato,” his ca-poeira nickname), 41 years old, started practicing ca-poeira. At first it was just a game. “That was something incredible for us,” he remembers. After a while, when he was over 18 and had just left the Brazilian Army, he found out that capoeira was strapped to his destiny. “Capoeira chose me, educated me and formed my character. Capoeira was my family,” the master says, “and the most positive part of my life.”
O cenário era o Morro do Sapê, no bairro Vaz Lobo, no
Rio de Janeiro. Na segunda metade dos anos 70, o me-
nino Ronaldo tinha apenas oito anos e, junto com toda
a garotada local, ele aguardava o fim de mais uma ses-
são de candomblé. Assim que o rito terminava, o terrei-
ro vazio dava lugar à meninada, ao som do berimbau e
à ginga da capoeira. Terminada a festa, as crianças ain-
da recebiam um prêmio: pão com mortadela e ki-suco.
Foi assim que Mestre Batata, hoje com 41 anos, come-
çou a jogar capoeira. No início era só uma brincadeira.
“Aquilo era uma coisa incrível para a gente”, lembra-se
ele. Depois, quando já tinha mais de 18 anos e havia
terminado o serviço militar, descobriu que a capoeira já
estava amarrada ao seu destino. “A capoeira é que me
escolheu, que me educou, formou meu caráter. A capo-
eira foi minha família e a parte mais positiva da minha
vida”, diz o mestre.
Mestre Batata mora em Los Angeles desde 2002. Mu-dou-se para os Estados Unidos depois que conheceu a americana Michelle Nilsson no Brasil, em 2001. Nesse ano, Batata dava aulas de capoeira para meninos da favela no Espírito Santo, para onde se mudou no início dos anos 90. O projeto reunia crianças pobres na cida-de de Serra e oferecia aulas de reforço escolar, dança e capoeira. Batata já tinha bastante experiência com tra-balho social. Já havia dado aulas de capoeira para me-ninos de rua nas praças, ensinado a arte marcial para menores infratores da Unidade de Integração Social do Espírito Santo.
De visita ao Brasil, Michelle, que já treinava capoeira nos Estados Unidos, quis conhecer também o projeto para as crianças pobres. E conheceu Batata. Casados e com uma filha de 1 ano, eles tocam hoje o Estúdio Capoeira Besouro, que tem o mesmo nome do gru-po Capoeira Besouro fundado no Brasil em 1979 pelo Mestre Beiçola. O casal também criou a organização não-governamental Ginga Arts, que trabalha com crian-ças e estudantes de famílias pobres de Los Angeles, sobretudo, de Pico Union e South Los Angeles, dando aulas gratuitas de capoeira.
Quando não está dando aulas de capoeira no estúdio ou nos terrenos das escolas de Pico Union e South Los Angeles, Batata organiza campeonatos, “garage sales” e programas para levantar recursos financeiros para manter o trabalho com as crianças pobres. “Estamos sempre procurando parceiros para tocar o projeto”, afir-ma ele. “Isso é o que eu gosto de fazer. Gosto de educar as crianças. E a capoeira é um veículo de informação incrível”, diz. “Temos a preocupação de cuidar da terra e do meio ambiente. E também de zelar pela qualidade dos filhos que a gente vai deixar nesta terra”.
Master Batata has been living in Los Angeles since 2002. He moved to the United States after he met an American girl in Brazil named Michelle Nilsson in 2001. Around that time, Batata taught capoeira to kids in the slums of Espírito Santo, a Brazilian state, where he moved in the early 90’s. The project united poor kids in the city of Serra and offered tutoring, dance and ca-poeira classes. Batata already had a lot of experience with social work. He had taught capoeira for kids in the streets and squares of the city, teaching this martial art to young delinquents of the Espírito Santo’s Social In-tegration Union.
While visiting Brazil, Michelle, who was already training capoeira in the United States, wanted to find out about this project. That’s where she ended up meeting Batata. They are now married and have a one-year-old daugh-ter. Together they own the Capoeira Besouro Studio (be-souro means beetle), same name as the group founded in 1979 by Master Beiçola (Big Lips). The couple also created the non-governmental organization Ginga Arts, which works with kids and students from poor families in Los Angeles, especially Pico-Union and South Los Angeles, teaching capoeira for free.
When he is not teaching capoeira at the studio or in the schools of Pico-Union and South L.A., Batata organizes championships, garage sales and benefits to raise mon-ey to support the project for poor kids. “We are always trying to look for partners to keep it going,” he affirms. “I like to educate children, that’s what I do. And capoeira is an incredible way to inform them,” he says. “We are worried about the earth and the environment, but we also need to take care of the children who will be here after we are gone.”
US-BRAZIL TRADE
Rosaliene Bacchus | 11730 W. Washington Blvd., #9 | Los Angeles – CA 90066 | Tel. (310) 490-4751
Envie suas dúvidas e comentários para o e-mail: [email protected]
As the world’s tenth largest economy and fifth largest
country, Brazil is a regional economic power. Its abundant
agricultural, mineral and energy resources have led to the
development of an extensive industrial base, diversified
economy and infrastructure. Lower inflation coupled with
a strong currency regime, reduction in governmental debt
and high commodity prices have all contributed to stable
economic growth. Living standards have risen and a gro-
wing middle class has emerged.
According to The Global Competitiveness Report 2009-
2010, published by the World Economic Forum in Geneva,
Brazil’s main global competitive advantage lies in its gro-
wing domestic market (ranked 9th out of 133 economies).
Its population is estimated at 191.9 million (IBGE–Brazilian
Institute of Geography and Statistics, October 2009), of
which 109 million are economically active (Central Bank of
Brazil, Economic Indicators, August 2009). Moreover, the
financial situation of Brazilian households has improved as
a result of income transfer programs, minimum wage in-
creases, tax exemption measures, and low inflation.
The Consumer Confidence Index (ICC) issued by the Ge-
túlio Vargas Foundation (FGV) reveals that Brazilian con-
sumer confidence continues to increase steadily since
February 2009. The index for September 2009 is a few
points lower than the same period last year. Renewed
consumer confidence is evident in retail sales figures re-
leased by IBGE in October 2009. Retail sales for August
2009 increased 0.7 percent in volume and 0.8 percent in
value over July 2009. When compared with August 2008,
retail sales represented an increase of 4.7 percent in volu-
me and 8.0 percent in value.
Other competitive advantages evident in The Global Com-
petitiveness Report 2009-2010 include a highly sophis-
ticated business sector (32nd); facility in absorbing and
adapting foreign technology (36th); knack for generating
innovation (43rd); and one of the most sophisticated finan-
cial markets in the region (51st).
Export incentives are available to producers and manufac-
turers for promoting Brazilian exports. For imported goods
that will be used in the manufacture of products for export,
the Special Customs Drawback Regime provides suspen-
sion and exemption of import tariffs, excise tax (IPI) and
value-added tax on sales and services (ICMS). Other tax
exemptions comprise social security on billings (COFINS)
and contributions to the social integration program (PIS/
PASEP).
Since opening its market to imports in the 1990s, Brazil
has gradually reduced its import tariffs and trade barriers.
Importation has also been encouraged as a means of re-
gulating internal market prices of certain products as well
as supplementing shortfalls in local production. In addi-
tion, in order to stimulate the expansion, modernization,
and restructuring of its industrial park, the Brazilian gover-
nment offers reductions on import tariffs or tax deductions
for imported capital goods not available locally.
Low-cost financing for capital investments for micro, small
and medium-size enterprises (MPMEs) is available through
the National Bank for Social and Economic Development
(BNDES). Financing also covers importation of equipment,
production of goods and services for export, and com-
mercialization in foreign markets.
In order to further stimulate exports among the MPMEs,
the Foreign Trade Chamber (CAMEX) of the Ministry of
Development, Industry and Foreign Trade (MDIC) appro-
ved the creation of Proex Financing – Export Financing
Program – on August 26, 2009. Exports of approved pro-
ducts by eligible companies will obtain financing and ex-
port credit guarantees.
An active participant and voice for other developing eco-
nomies at the World Trade Organization, Brazil is commit-
ted to expanding its global market and opening its markets
to foreign competition. As the country prepares to host the
2014 Soccer World Cup and 2016 Olympics, investment
opportunities, as well as the need for goods and servi-
ces will abound in transport infrastructure; construction in
urban infrastructure, sports complexes, and hotels; and
telecommunications network expansion.
Benefits Of Doing Business With Brazil
Brazil Explore Magazine | 43
44 | Brazil Explore Magazine
CARREIRA E TRABALHO
Sucesso feito sob medida❧ Costume made success
By Silvia Rogar / Editora Abril / Veja
Taking care of every single detail of their image is part of
the routine of those who live on the spotlight. Before clos-
ing a marketing deal, choosing what to wear at a party or
interview, stars of movie, TV and entertainment business, as
well as politicians and businessmen listen carefully to their
contributor’s opinions. Among them are the public relations,
style consultants and coaches, personal and professional
advisors. Having a bright public image is part of being fa-
mous. The news is that some of this procedure is becom-
ing a routine for people who would not take so much care
before. That coworker that always says the right words in
a meeting with the boss and dresses well in every occa-
sion might not only be a smart and tasteful guy. Chances
are he or she is under professional orientation. In Brazil and
abroad, specialists in shining silver started to work for those
who want to upgrade their personal marketing, even if not
that famous. “Want you or not, people are judging each
other all the time. That is why you have to be your better
Cuidar de cada detalhe da imagem faz parte da rotina
das pessoas que vivem sob os holofotes. Antes de fechar
um contrato publicitário, escolher o que vestir numa festa
ou dar uma entrevista, os astros do cinema, da televisão,
do entretenimento, da política e dos negócios ouvem a
opinião de colaboradores. Entre eles se incluem relações-
públicas, consultores de estilo e coaches, conselheiros
pessoais e profissionais. Faz parte do trabalho dos famo-
sos ter uma imagem pública reluzente. A novidade é que
parte desses procedimentos está se tornando rotineira
para pessoas que antes se sentiam desobrigadas desses
cuidados. Aquele colega do escritório que fala sempre a
palavra certa nas reuniões com o chefe e se veste bem
em qualquer situação pode não ser apenas um sujeito
inteligente e de bom gosto. É grande a chance de que ele
esteja sob a orientação de profissionais. No Brasil e no
exterior, especialistas em lapidar estampas passaram a
prestar o serviço a quem quer melhorar o marketing pes-
Brazil Explore Magazine | 45
soal, mesmo sem viver em função da fama. “Querendo
ou não, as pessoas julgam umas às outras o tempo todo.
Por isso, você precisa ser a sua melhor criação”, defende
o inglês Stephen Bayley, que acaba de lançar o livro Life’s
a Pitch... (em tradução livre, algo como A vida é uma au-
topromoção). Fundador do Design Museum de Londres,
consultor de empresas, como a Coca-Cola e a Ford, ele
ensina que as pessoas se beneficiam profissionalmente
quando aprendem a emitir de si mesmas um conjunto de
sinais cuja soma é traduzida pelos circundantes como
uma “imagem positiva”.
Esse cuidado é o mesmo que as em-
presas têm com seus produtos e as
celebridades com sua fama. É o desa-
fio de criar uma marca, no caso uma
marca pessoal. Essa idéia ganhou for-
ça primeiro nos Estados Unidos e na
Inglaterra. No Brasil, começa a se di-
fundir. Não existe uma fórmula simples
para a construção de uma marca pró-
pria, e é constante o perigo de se pare-
cer artificial ou falso como uma nota de
três reais. Portanto, quem decide polir
e dar unidade à imagem profissional
que projeta precisa investir, submeter-
se a avaliações periódicas de um orien-
tador e aceitar os sacrifícios de even-
tuais mudanças de rumo na carreira
e nos hábitos da vida pessoal. Pelos
bons resultados apresentados até ago-
ra, a idéia é tratada com seriedade no
mundo corporativo. Depois de traba-
lhar para gigantes internacionais como
a IBM e a KPMG, o consultor america-
no William Arruda, da Reach Commu-
nications, agora atende uma clientela
individual. “Esses processos não são
feitos para criar uma falsa imagem de alguém, algo sem
substância”, explica Arruda. “Os profissionais aprendem a
mostrar o que têm de mais autêntico e, assim, a ressaltar
aquilo em que são melhores que os outros. Fala-se aqui
de ensinar as pessoas a usar melhor suas qualidades”.
A professora de psicologia social Nalini Ambady, da Uni-
versidade Harvard, conduziu uma pesquisa na qual estu-
dantes avaliavam professores na sala de aula enquanto
outro grupo assistia aos vídeos de até 10 segundos das
mesmas aulas, mas sem som. Ao observarem o desem-
penho dos mestres em 15 quesitos, os dois grupos de-
ram notas muito semelhantes. O estudo leva à conclusão
de que a imagem pessoal está quase tão ligada à postura
quanto ao conteúdo demonstrado pelo profissional. “Fa-
tores emocionais como confiança e bom humor costu-
mam pesar tanto ou mais do que as informações objeti-
vas sobre o currículo”, diz Stephen Bayley.
creation,” defends the British Stephen Bayley, who recently
launched the book Life’s a Pitch. He founded the Design
Museum of London and is a companies’ consultant for en-
terprises such as Coke and Ford. He teaches that people
can benefit professionally when they learn how to emanate
sings of a “positive image”
The same attention companies have with their products,
celebrities have with their fame. It is the challenge of cre-
ating a brand, a personal one, in the case. This idea was
built in the United States and England
and is just spreading in Brazil. There is
no formula to create a personal brand,
and the danger of looking artificial or
fake is just around the corner. Whoever
decides to take this path has to invest,
to submit to a guiding evaluation every
now and than and to accept sacrifices
of eventual course changes in their ca-
reer and personal habits. Due to the
great results up until now, this idea has
been taking seriously into the coopera-
tive world. After working for international
giants like IBM and KPGM, the Ameri-
can Consultant William Arruda, from
Reach Communications, now has an
individual patronage. “These processes
are not supposed to create a false im-
age of someone, something with no
substance,” he explains. “The profes-
sionals learn how to show the most au-
thentic stuff they have and, to highlight
what they have better than the others.
We are talking about teaching people
how to use their qualities better.”
The Social Psychology Professor Nalini
Ambady, from Harvard University, con-
ducted a study in which students from
one group evaluate teachers in the classroom, while anoth-
er group watched 10-second videos of the same classes,
but with the sound off. Observing the teachers in 15 topics,
both groups graded them very alike. The conclusion is that
the personal image is almost as connected to the posture
that it is to the content a professional has. “Emotional factor,
such as confidence and good humor can have the same
value or more that the objective information about their re-
sume,” says Stephen Bayley.
Only two decades ago, all a candidate had to do to impress
was present a nicely done resume, wear classic clothes
and demonstrate main qualities: talent, dynamism and
boldness. That is not all that counts now. You have to have
had published articles, a good presence in the internet, and
style as a trademark. Another changing: staying too long
at the same job was not a sign of trust – compensated
with decades of stability. Nowadays, it does not really mat-
❧Na era da
superexposição da imagem não basta ser competente: é
preciso projetar uma convincente marca
pessoal
❧In times of super
exposition of images, being competent is not enough: it is necessary to project a convincing personal trademark.
46 | Brazil Explore Magazine
CARREIRA E TRABALHO
Há apenas duas décadas, tudo o que um candidato a
uma vaga tinha para impressionar eram um currículo
bem-arrumado, roupas sóbrias e os atributos que sempre
estiveram em alta: talento, dinamismo e ousadia. Não é
mais apenas isso que conta. É preciso ter artigos publi-
cados, uma presença marcante na internet e um estilo
definido, como uma marca. Outra mudança: permanecer
muito tempo no emprego era sinal de confiança – devi-
damente recompensada com décadas de estabilidade.
Hoje, não importa mais que o profissional não emplaque
dois Carnavais trabalhando na mesma empresa. “O que
se busca é um funcionário internacional. Desde cedo, ele
precisa ter repertório para interagir com outras culturas”,
afirma o headhunter (recrutador de executivos) Antônio
Carlos Martins. Nem mesmo o guarda-roupa escapou
das mudanças. De alguns anos para cá, um funcionário
que não abre mão de ir trabalhar de terno pode ser visto,
em boa parte das empresas, como um sujeito antiquado.
Diretora jurídica da GRSA, subsidiária do grupo Accor de
hotelaria e restaurantes, a advogada Marcia Cubas, 38
anos, decidiu apostar numa nova imagem ao ser convida-
da a incorporar também as funções de diretora de recur-
sos humanos da empresa. Acostumada à sobriedade dos
tribunais, agravada pelo 1,80 metro de altura, ela perce-
beu que precisava mudar para adequar seu perfil à nova
tarefa. Contratou uma equipe de fazer inveja até mesmo a
ter that the professional has not celebrated two years at
the same company. “What we are looking for is an interna-
tional worker. He has to be able to interact with other cul-
tures,” says headhunter Antônio Carlos Martins. Not even
the wardrobe has escaped from these changes. Today a
worker that does not give his suit up can be seen, in some
companies, as an outdated person.
The director of law of GRSA, a subsidiary of the Accor
Hotels and Restaurants Group, lawyer Marcia Cubas, 38,
decided to bet on a new image when she was invited to
direct Human Resources at the company. She was used
to the sobriety of the courts, and also challenged by her
height (5’9”). She realized that she had to change in order to
match her profile to the new task. She hired a dream team:
a coach, a personal stylist and signed up for verbal com-
munication classes. She says: “I am not high maintenance.
I want to emit a more accessible image.”
Excessive informality is the most common opposite sin.
Fábio Moraes, 36, from São Paulo is responsible for col-
lecting international clients for a law firm. He travels a lot to
countries like China, Portugal and Mozambique. “I thought
I was too laid back. I could lose our client’s trust,” he says.
Four months ago he looked for and found image consultant
Ilana Berenholc, with whom he started taking posture and
gesture classes, as well as improving his wardrobe and his
Brazil Explore Magazine | 47
atrizes de novela das oito: coach, estilista pessoal e aulas
de comunicação verbal. Diz ela: “Não sou perua. Queria
passar uma imagem mais acessível”.
O excesso de informalidade é o pecado oposto e mais
comum. Responsável pela captação de clientes interna-
cionais em um escritório de advocacia, o paulistano Fábio
Morais, 36 anos, viaja com freqüência para países como
China, Portugal e Moçambique. “Eu me achava descon-
traído demais. Poderia perder a credibilidade com os
clientes”, diz. Há quatro meses, ele procurou a consultora
de imagem Ilana Berenholc, com quem passou a ter aulas
para melhorar a postura, o gestual, o guarda-roupa e seu
desempenho em apresentações. “Muitas vezes, o profis-
sional tem excelente currículo, mas desconhece certos
protocolos e perde o controle da situação”, afirma Ilana,
que cobra 250 reais por hora de trabalho.
Nas universidades americanas, a criação de uma marca
pessoal já é ensinada até mesmo em cursos de gradu-
ação. No Brasil, os alunos do mestrado do Coppead, a
escola de negócios da Universidade Federal do Rio de
Janeiro, também começaram um treinamento no qual
passam por simulações e avaliações entre si. “No Brasil,
a expressão marketing pessoal ainda é vista com certo
receio. Mas hoje é fundamental saber como usar o pró-
prio potencial”, diz Eva Hirsch Pontes, organizadora do
programa do Coppead. Projetar-se como uma marca foi
o que levou o empresário paulistano Sergio Kamalakian,
24 anos, ao sucesso. Ele adotou em sua grife, a Sergio K,
seu jeito de vestir e o próprio estilo de vida. Quando de-
cidiu abrir a empresa, Kamalakian contratou a consultora
de imagem Ana Lúcia Zambon, responsável por refletir o
universo do empresário na grife. “Eu não inventei o Sér-
gio. Só dou mais seriedade ao trabalho dele, que ainda é
muito jovem”, diz Ana Lúcia.
A ideia* por trás da marca pessoal é valorizar o que cada
um tem de melhor. Mas, ainda que seja possível produzir
uma imagem positiva de qualquer pessoa, há uma regra
universal: o conteúdo e a qualificação profissional são in-
dispensáveis. “Um ator que encarna Hamlet perfeitamen-
te é admirável, mas sabemos que o texto de Shakespeare
foi fundamental para sua boa atuação”, afirma o inglês
Stephen Bayley, sobre a importância do conteúdo. Cuidar
da marca pessoal tornou-se um aspecto a mais na imen-
sa lista de qualificações que habilitam alguém a perseguir
uma carreira vitoriosa. Como dizem os gurus do ramo, “a
pior coisa que pode acontecer a um mau produto é uma
boa propaganda”.
* Nova grafia de acordo com o Novo Acordo Ortográfico da
Língua Portuguesa em vigor a partir de 1º de janeiro de 2009.
performance in presentations. “Many times one can have
a great resume, but not know some protocols and lose
control of the situation,” affirms Ilana, who charges around
$130 per hour.
At American universities, the creation of a personal brand is
taught even in graduate courses. In Brazil, master’s degree
students of Coppead, the business school of the Univer-
sity of Rio de Janeiro, also started a trainee where they go
through simulations and evaluations among each other. “In
Brazil, the expression personal marketing is still seen with
a little misgiving. But nowadays it is crucial to know how
to use your own potential,” says Eva Hirsch Pontes, who
organizes the Coppead program. Projecting himself as a
brand took Sergio Kamalakian, a 24-year-old businessman
from São Paulo, to success. He incorporated his brand,
Sergio K, his dressing style and also his own life style. When
he decided to open his company, Kamalakian hired image
consultant Ana Lúcia Zambon, who was responsible for
reflecting the executive’s universe at his brand. “I did not
invent Sergio. I only gave a little bit more seriousness to his
work, because he is still too young.”
The idea behind the personal brand is to value the best in
everybody. Even if it is possible to create a positive image
for anybody, there is a universal rule: content and profes-
sional qualifications are indispensable. “An actor who in-
terprets Hamlet perfectly is admirable, but we know that
Shakespeare’s text was crucial for his good acting,” says
Briton Stephen Bayley, about the importance of the con-
tent. Taking care of the personal brand became one more
aspect on the huge list of qualifications that can lead some-
one to a successful career. As the line of business gurus
would say: “The worst thing that can happen to a bad prod-
uct is a great advertisement.”
48 | Brazil Explore Magazine
Giro com o Tuka de Oliveira
FUTURO PROMISSORO pequeno e “grandioso” Lucas Daniel Quinto Khair, 9 anos, pratica caratê e
Kung Fu há sete meses e já conquistou dois troféus. Com apenas uma semana
de aulas de caratê, ele ficou em 4º lugar durante uma competição realizada em
sua escola. A segunda vitória aconteceu em San Rafael, no dia 22 de novembro,
onde Lucas conquistou o 2º lugar. Se continuar assim, Quinto, que adora as artes
marciais, terá um futuro promissor. E quem sabe não irá escrever seu nome entre
os melhores do mundo.
DIA DE AGRADECERMuitos brasileiros entraram no clima de celebrar o Dia de
Ação de Graças (ThanksGiving – comemorado sempre
na última quinta-feira do mês de novembro). A data
festejada, no outono, tem uma razão bastante simples:
agradecimento a Deus após a colheita nos Estados
Unidos. E não pense você que somente este país celebra
a data. No Brasil, o presidente Gaspar Dutra instituiu o Dia
Nacional de Ação de Graças, através da lei 781, de 17 de
agosto de 1949, por sugestão do embaixador brasileiro
Joaquim Nabuco, em Washington. Além de agradecer,
os americanos também aproveitam o momento para ir às
compras após o dia em que o peru foi servido, pois as lojas
fazem excelentes promoções. Veja algumas pessoas que
entraram no clima!
Leni ao centro; à direita, Niele
e Paul e à esquerda, Kim e Kirk.
APÓS O THANKSGIVING…É momento de pensar em Natal, Ano Novo… E com isso
mais compras e talvez agradecimento. Nestes dias atuais,
tudo é motivo para uma festinha básica. Bom, aqui em San
Francisco, o réveillon promete e em duas cores: branco e
preto. Esse é o tema da festa de despedida de 2009, que
será realizada no Kellys Mission Rock, na noite do dia 31.
Lucas e
seu p
rofe
ssor
Anto
ny
Doug M
ilano c
ele
bra
nd
o T
hanksgiv
ing e
m N
ova
Iorq
ue
Brazil Explore Magazine | 49