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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ELISÂNGELA SCHUNCK GALINDO RA: 7980715017 JULIANA FREITAS DE MORAES MARTINEL RA: 8111718749 LARISSA FERNANDA F. DA ROCHA VILARINS RA: 8305763876 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO E DA PEDAGOGIA 1

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ATPS LIBRASFACULDADE ANHANGUEARA INDAIATUBA

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP

CENTRO DE EDUCAO A DISTNCIA

ELISNGELA SCHUNCK GALINDO RA: 7980715017

JULIANA FREITAS DE MORAES MARTINEL RA: 8111718749

LARISSA FERNANDA F. DA ROCHA VILARINS RA: 8305763876

HISTRIA DA EDUCAO E DA PEDAGOGIA

INDAIATUBA/SP

2014

UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP

CENTRO DE EDUCAO A DISTNCIA

ELISNGELA SCHUNCK GALINDO RA: 7980715017.

JULIANA FREITAS DE MORAES MARTINELI RA: 8111718749

LARISSA FERNANDA F. DA ROCHA VILARINO RA: 8305763876.

HISTRIA DA EDUCAO E DA PEDAGOGIA

Atividade Pratica Supervisionada na disciplina de Histria da Educao e da Pedagogia do Curso de Pedagogia da Universidade Anhanguera UNIDERP, apresentado como requisito obteno do grau de Licenciado em Pedagogia, sob a orientao da Tutora Especialista e Tutora Presencial: Mirian A. Arioli Peromingo

INDAIATUBA/SP

2014

SUMRIO

INTRODUO.....................................................................................................4

1. ETAPA 1...........................................................................................................5

2. ETAPA 2...........................................................................................................7

3. ETAPA 3.......................................................................................................... 10

4.ETAPA 4...........................................................................................................

CONSIDERAES FINAIS................................................................................12

REFERNCIAS.....................................................................................................13

INTRODUO

Este trabalho tem como tema central a elaborao de um quadro cronolgico dos principais estabelecimentos escolares fundados em cada perodo da Histria da Educao Brasileira. Redao e texto dissertativo e a Confeco do relatrio Memria da educao escolar no Brasil contemporneo. So apresentados e discutidos os principais documentos. Dentre os temas abordados, destacamos os problemas relativos formao e ao perfil de profissionais envolvidos na implantao dos projetos nas redes regulares de ensino: professor bilngue, tradutor/intrprete e instrutor de LIBRAS, bem como a proposta de educao bilngue, que institui a Lngua de Sinais Brasileira como primeira lngua de instruo e a modalidade escrita do portugus como segunda lngua. A luta travada entre as perspectivas ora listas e as que defendem as Lnguas de Sinais, ao longo da histria, ainda tm reflexos em nossa sociedade. Muitos dos preconceitos persistem, atualmente, devido ignorncia sobre a surdez e sobre o funcionamento das Lnguas de Sinais. Alguns conceitos da sociolingustica, apresentados no ltimo captulo (Captulo 3), visam esclarecer sobre alguns mitos a respeito do tema, enfatizando que no h fundamento cientfico em qualquer afirmao que se faa a respeito de lnguas de comunidades minoritrias como sendo primitivas ou inferiores. LIBRAS, assim como qualquer lngua ou variante lingustica, totalmente adequada e suficiente para a comunicao entre os membros de uma comunidade e desempenha todas as funes das lnguas naturais, dentre as quais a de mediar o desenvolvimento cognitivo pleno. Da mesma forma, necessrio que se discuta a surdez fora do mbito mdico-biolgico que a patologia que a tomam como um fenmeno anormal. As diferenas so constitutivas da normalidade e devem-se buscar alternativas para que a incluso de fato acontea em todos os setores sociais. As propostas de educao inclusiva ainda tm um longo caminho a percorrer, dada a grande distncia observada entre os textos oficiais e as prticas. A promulgao de leis e decretos, entretanto, fora os debates e as aes para que a incluso possa efetivamente ocorrer. Palavras-chave: Surdez; Bilinguismo; Lei no. 10.436/02; Decreto 5626/05; Lngua de sinais brasileira.

ETAPA 1

A surdez: Um olhar sobre as diferenas.

Nos ltimos anos o ensino especializado vem buscando metodologias para o ensino dos alunos surdos como a Lngua Brasileira de Sinais LIBRAS, estudos vem acontecendo j h algumas dcadas, com a inteno de efetivar uma proposta de educao bilngue com gramtica prpria permitindo estudos aprofundados, com elaborao de material didtico, permitindo que a mesma possa ser utilizada em sala de aula. LIBRAS uma lngua que no depende da Lngua Portuguesa ela possibilita o desenvolvimento cognitivo dos surdos facilitando o acesso ao conhecimento utilizado por eles, familiares, profissionais da rea da surdez e pessoas que convivem com o surdo ou tenham interesse em aprender essa lngua. O presente estudo, em desenvolvimento, tem como objetivos investigar, descrever e analisar como ocorre o processo de ensino e aprendizagem de Libras. Desde a dcada de 90, a educao em biossegurana vem estudando as instituies de ensino, da rea da sade, empresas, no que se refere capacitao de recursos humanos. A insero dos surdos no mercado de trabalho encontra diversas barreiras no contexto socioculturais e tambm no conhecimento de sua prpria identidade. Tais barreiras geradas pela cultura dificultam a integrao dos surdos nas atividades laborais, e tem sido um desafio para os estudiosos, at mesmo porque a carncia de estudos sobre o tema um fato notrio. Importante destacar a importncia do papel das FENEIS (Federao Nacional de Educao e Integrao dos Surdos), que tem como objetivo promover a profissionalizao de pessoa surda, atravs de convnios com entidades pblicas e/ou privadas, escolas tcnicas, artsticas e artesanais. Esse curso de 12 horas aula foi realizada em 2003, e tiveram como meta capacitar quinze alunos surdos, estudantes do ensino mdio das FENEIS, em biossegurana bsica. Constou dos seguintes temas: conceitos bsicos da biossegurana, relaes sade trabalho, principais causas de acidentes em ambientes laboratoriais, agentes qumicos, fsicos e biolgicos de riscos e meios de preveno, aplicao de instrumentos da qualidade a biossegurana. Estes contedos so considerados necessrios e adequados para o estabelecimento de uma base de sustentao da biossegurana, facilitando o processo de aprender. Esse curso teve como objetivo ter mais uma alternativa de emprego. Tendo em vista esse interesse dos alunos, foi definido que a melhor metodologia seria manter o sistema oral. Essa tcnica de expresso oral, junto com os recursos visuais atenderia os objetivos, fazendo relaes com os agentes de riscos comumente encontrados em casas, como solventes, produtos de limpeza, eletricidade, entre outros. Esta metodologia mostrou-se bastante eficaz, e as aulas ocorreram com bastante motivao, onde todos os alunos queriam citar seus exemplos, e propondo medidas de preveno. Estas experincias, baseadas no construtivismo, concebem a aprendizagem como uma construo ativa, e so as que atualmente, oferecem possibilidades mais atrativas para uma didtica. Existem dois aspectos no pensamento construtivista: que a aprendizagem mais uma consequncia da atividade mental do que aprende, do que uma acumulao de informaes, a ideias de que os alunos construam formas prprias de ver e explicar o mundo, no caso os alunos surdos. Segundo Vigotsky as interaes professor-aluno-professor; aluno-aluno e os contextos socioculturais que as envolvem de grande valia para a aprendizagem. O ensino adquire uma nova conotao, ele deixa de ser uma transmisso de conhecimentos (verdades prontas), para ser um processo de elaborao de situaes didtico-pedaggicas que facilitem a aprendizagem, isto , que favoream a construo de relaes significativas entre componentes de um universo simblico. O sistema de avaliao constou de discusses em grupo sobre determinadas situaes problemas, onde aps isso eles trocavam perguntas entre si. Este sistema contribuiu para o desenvolvimento das capacidades cognitivas, de observao, e organizacionais (mtodo de trabalho, iniciativa, cooperao), alm de familiarizar os alunos com cenrios encontrados no plano prtico. Este estudo mostrou que a biossegurana pode ser ensinada a alunos surdos, da mesma forma como ensinada para alunos ouvintes, e isto, torna-se mais um aporte a incluso social dessas pessoas portadoras de surdez, que a nosso ver possuem condies para exercerem esses conhecimentos em atividades relacionadas biossegurana, no apenas em laboratrios, mas em hospitais e outros ambientes onde ela se faa necessria. Para isso, basta que os Departamentos de Recursos Humanos envolvidos, identifiquem essas atividades e seus processos de trabalho, e promovam o devido treinamento, facilitando dessa forma, o acesso desses profissionais ao emprego, e consequentemente, ao exerccio da cidadania, at porque, as oportunidades de trabalho oferecidas aos profissionais surdos, no podem depender dos espaos vazios deixados pelos trabalhadores ouvintes.

ETAPA 2

Pblico alvo e cronograma:

Este plano atender um pblico de 20 crianas com oito anos de idade, do 2 ano do ensino fundamental, cujo um dos alunos surdo.

PLANO DE AULA DEFICIENTE AUDITIVO

Turma: ensino fundamental inicial

Disciplina: Lngua portuguesa

Contedo: Lngua escrita: prtica de leitura

Durao: Aproximadamente trs aulas de 50 minutos

Conhecimentos prvios trabalhados pelo professor com o aluno

Ser necessrio que os alunos estejam alfabetizados.

Objetivos: Observar e analisar, atravs de atividades prticas orientadas, as dificuldades enfrentadas por um deficiente auditivo. Desenvolver a leitura, a escrita e o senso crtico dos alunos atravs de texto informativo sobre o assunto. Conhecer e fazer uso, atravs de brincadeira, da linguagem dos surdos (libras).

Desenvolvimento: O professor iniciar a aula comentando que precisa dar um recado importante para os alunos e pedir que eles o ouam atentamente. Em seguida, o professor dir, sem emitir sons, apenas movimentando a boca: "Iremos estudar um pouco a respeito da deficincia auditiva". Provavelmente, os alunos reclamaro e diro que no ouviram o recado. Assim, o professor repetir a frase da mesma forma e perguntar os alunos se eles escutaram dessa vez. O professor repetir a frase uma terceira vez, falando, nesse momento a frase em voz bem baixa. Aps os comentrios dos alunos e as reclamaes pelo no entendimento da frase, o professor repetir a frase alto e perguntar para os alunos?

Qual foi sensao de no ouvir o recado? Foi bom?

Aps ouvir os alunos, o professor os dir que muitas pessoas no so capazes de escutar, pois elas tm uma deficincia chamada auditiva, que pode ter sido causada por alguma doena, por algum acidente ou at mesmo terem nascido assim. O professor continuar a conversa perguntando aos alunos se eles conhecem algum que surdo. Caso a resposta seja positiva, o professor indagar tambm se eles sabem se esses deficientes enfrentam alguma dificuldade. O professor ouvir os alunos e em seguida propor uma brincadeira de "Leitura de lbios".

Nessa brincadeira, ele dir algumas palavras e frases de forma pausada e os alunos tentaro adivinhar o que ele disse. Algumas sugestes de palavras e frases so as seguintes:

- Diferenas.

- Respeito

Deficiente visual

Os surdos tentam ler os lbios.

A linguagem utilizada pelos surdos chama-se libras.

Em seguida, o professor comentar com os alunos as dificuldades que eles tiveram para entender as palavras e frases, uns alunos tero mais dificuldades e outros menos. Ele comentar, tambm, que os surdos utilizam essa estratgia para entender as pessoas e que, em muitos casos, desenvolvem essa habilidade. No entanto, como j foram tidos, os surdos tem uma linguagem prpria para se comunicarem, eles utilizam uma linguagem chamada: LIBRA. O professor perguntar aos alunos se eles j ouviram falar sobre essa linguagem. E, em seguida, a apresentar, entregando uma cpia para cada aluno. O professor explicar que cada letra do alfabeto tem um sinal realizado com os dedos da mo, como observado na figura e, repetir, junto com os alunos, os gestos de cada letra. O professor realizar, aps essa apresentao de Libras, uma brincadeira, na qual os alunos tero que utilizar essa linguagem para dizerem algumas palavras, como as seguintes: Amor, casa, cu, lata, pato. Finalizando a brincadeira, o professor dir que os surdos se acostumam com essa linguagem e passam a utiliz-la naturalmente, assim como ns falamos naturalmente. Em seguida, o professor entregar um texto para os alunos lerem. Aps a leitura do texto, os alunos respondero, no caderno, as seguintes perguntas:

1. Por que o Portugus uma segunda lngua para os surdos? (Porque a primeira, ou seja, aquela que eles aprenderam primeiro a Libras).

2. O que significa LIBRAS (Lngua Brasileira de Sinais).

3. Em qual lngua os alunos dessa escola fazem provas? (Eles fazem em libras, lngua que eles utilizam).

4. A iniciativa da escola do Cear em acolher os alunos surdos e ensin-los nossa lngua boa? Justifique. (Sim, pois os surdos tm direitos de estudar como qualquer outro estudante e de conhecer o Portugus que a lngua do pas onde eles vivem.).

5. Voc acha que todas as escolas so frequentadas por alunos surdos? (Resposta pessoal).

6. Por que algumas escolas no apresentam estudantes surdos em sua opinio? (Resposta pessoal, na qual o aluno poder responder que algumas escolas podem achar difcil esse trabalho, que no esto preparadas ou que tem preconceito).

7. Por que a professora diz que ela no muda e sim surda? (Por que ela no tem problema na fala, ela s no fala por que no aprendeu a falar por no escutar.).

8. Assim como a professora, outros surdos tambm tm uma vida normal, como a nossa? (Sim, eles podem realizar todas as atividades, se comunicar, ter amigos, etc.).

O professor dar um tempo para os alunos responderem as perguntas e, em seguida, comentar as questes, ouvindo algumas respostas e as complementando.

Recursos Complementares: Caso o professor queira complementar a aula, ele poder apresentar o seguinte vdeo:

http://www.youtube.com/watch?v=Dnob5OMX6HQ

Avaliao: O professor avaliar:

a) A participao dos alunos no momento das brincadeiras;

b) A capacidade do aluno de se expressar verbalmente durante a aula;

c) O exerccio escrito sobre o texto, verificando se o aluno foi capaz de responder s perguntas de forma adequada (de acordo com o texto), organizando as ideias e argumentando.

ETAPA 3

Processo de insero da criana surda em classe de crianas ouvintes.

Breve Retrospectiva Histrica

Na Europa at do sculo XV, o surdo era considerado incapaz de ser ensinado e por essa razo no haviam escolas especializadas para tal ensino. O surdo teve sua sobrevivncia prejudicada, em alguns lugares era proibido possuir ou herdar propriedades, casar-se e votar como as demais pessoas. Houve muitas pessoas ouvintes que tentaram ensinar os surdos, por exemplo, um italiano Girolamo Cardano que utilizava sinais e linguagem escrita; um espanhol, monge Beneditino, chamado Pedro de Leon que utilizava, alm de sinais, treinamentos da voz e leitura labial. Nos sculos seguintes apareceram outros professores de surdos acreditando que a primeira etapa da educao para os surdos deveria ser o ensino da linguagem falada (chamado mtodo ora lista puro) e outros que utilizaram a linguagem de sinais j conhecida pelos alunos e o ensino da falta (chamado mtodo combinado). Entre estes professores foram Juan Pablo Bonde da Espanha, Samuel Heinicke e Moritz Hill da Alemanha, Abb Charles Michel de I`Epe da Frana e outros. Destes professores o mais importante do ponto de vista do desenvolvimento de nossa linguagem de sinais foi De I`Epe. Este usava o mtodo combinado e, atravs de seu instituto na Frana, um professor surdo chamado Ernest Huet, trouxe um mtodo de ensino, fundando a primeira escola de surdos no Brasil no ano de 1856, o Instituto Nacional da Europa de surdos (INES), onde da mistura da linguagem Francesa de sinais com sistema j usados pelos surdos das vrias regies do Brasil, surge a Linguagem Brasileira de Sinais, (LIBRAS). At 1889, tnhamos no pas seis instituies de ensino que visavam atender deficientes fsicos, visuais e auditivos. A preocupao com a educao especial no Brasil iniciou-se na dcada de 30, perodo que marca tambm o incio dos conflitos entre os educadores os princpios da Escola Nova. Atravs do movimento escola novista, a educao incorporou outros princpios: o respeito liberdade e ao interesse do educando na utilizao de mtodo ativos no processo ensino-aprendizagem os estudos de psicologia experimental e procurando colocar a criana no centro do processo educacional, dando um novo impulso educao escolar dos portadores de deficincia. As sociedades Pestalozzi (1932), motivaram em1954 criao do movimento das Associaes de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAES) e muitas escolas especiais que procuraram fundamentos uma proposta educacional que atendesse s necessidades e caractersticas prprias dos portadores de deficincia. Em todo o Brasil, alm do ILES, existem outras escolas para surdos que possuem as condies necessrias para a educao e para o desenvolvimento acadmico, integrao social, cultura ouvinte e surda, e preservao da Linguagem de Sinais das comunidades surdas brasileiras.

Fundamentao Terica

A criana ao nascer, mergulhada no complexo mundo dos sons e envolvida pele melodia da voz humana. Recebe instrues faladas de seus semelhantes e armazena as experincias de outras geraes, sendo assim introduzida gradativamente na sociedade. Este processo acontece naturalmente, sem desconfortos, visando unicamente o bem estar social do ser humano. Se a criana no ouve, jamais conseguir falar espontaneamente e ficar afastada do convvio de seus semelhantes e da integrao sociocultural. A deficincia auditiva, em sentido amplo, um dficit funcional curvel atravs da reabilitao. O surdo a pessoa que possui uma perda, maior ou menor, na percepo normal dos sons. A comunicao utilizada pela sociedade feita fundamentalmente por meio da linguagem oral e escrita, cuja aquisio dificultada pela deficincia auditiva, trazendo naturalmente consequncias, principalmente em relao compreenso de processos mais abstratos, uma vez que estes so extremamente dependentes da mesma. A presente pesquisa deu-nos a possibilidade de perceber o quanto ainda est longe de uma eficaz comunicao entre os homens, no somente no que diz respeito ao mundo dos surdos. A humanidade, de um modo geral, muito carente de uma forma de comunicao que de fato aproxime os indivduos. O que acontece com o surdo sem dvida reflexa de uma realidade muito abrangente: as relaes que se estabelecem entre os homens em toda parte do mundo, e que se constitui quase sempre em relaes de poder e domnio de grupos majoritrios sobre grupos minoritrios. O surdo est conquistando espao e mesmo de modo lento, porm gradativo, as barreiras da comunicao- que encerram os surdos no isolamento obrigatrios a viver margem da sociedade esto sendo transportas. O mercado de trabalho, bem como a instituio educacional, ainda no est preparado para a to falada e desejada incluso. No existe uma estrutura que garanta a insero da pessoa surda, pois no h intrpretes, e os ouvintes que compem essas estruturas no conhecem a Lngua de Sinais e to pouco conhecem a pessoa portadora de surdez. Existe um projeto idealizado pelo INES (Instituto Nacional de Educao de Surdos), com o apoio do ministrio da Educao do RJ, que pretende criar uma faculdade s para portadores de surdez, inicialmente oferecendo o curso de pedagogia, o que nos deixa otimistas com relao ao futuro profissional do surdo, e, por conseguinte sua insero no mercado de trabalho, na famlia e na sociedade como um todo.

CONSIDERAES FINAIS

Aps estudo sobre o tema, o grupo chegou concluso da importncia em conhecer as relaes existentes entre o sujeito surdo e sua relao com a escola regular. O organismo humano sempre que se defronta com algo de novo tem uma capacidade incrvel de adaptao. No caso dos surdos a ausncia do sentido de audio, permite que outros sentidos o substituam, nomeadamente a viso, de forma a desenvolver uma linguagem diferente, visual ou gestual. Esta a lngua natural do surdo, a que ele aprende sem esforo que no se desenvolve de forma automtica nem ensinada, tal como a lngua oral nos ouvintes, mas que simulada no contato e nas trocas comunicativas com os que o rodeiam. Se for bvio que o surdo deve dominar a lngua oral e escrita, tambm no menos bvio que no devemos esquecer o seu prprio patrimnio lingustico. A influncia da surdez sobre o indivduo implica caractersticas particulares que vo desde o desenvolvimento fsico e mental at ao seu comportamento como ser social. A linguagem um fator importante para o desenvolvimento dos processos mentais da personalidade e integrao social do surdo, apresentando-se como elemento essencial na sua integrao. Como professores, confrontamo-nos com grandes dificuldades quando deparamos com alunos surdos, uma vez que a comunicao dbil. O problema fundamental nos surdos focaliza-se na sua dificuldade de comunicao, mais concretamente na sua dificuldade de linguagem. Desde sempre, a grande preocupao dos tericos foi introduo da linguagem verbal pura, nas crianas surdas. luz das novas teorias preconizam-se outros mtodos, nomeadamente a linguagem gestual, que facilitem a comunicao e o acesso linguagem oral. Aos professores coloca-se o problema de no dominarem a lngua natural dos surdos, o que facilitaria a capacidade de dilogo, a troca de impresses e uma melhor compreenso estrutural da lngua oral por parte dos surdos. O que se passa, na generalidade, na sala de aula e fora dela que a linguagem considerada de uma forma muito ambgua, sendo teoricamente o objetivo a atingir, ele no encarada em termos de processo a desenvolver, mas sim de produto acabado a fornecer. O desenvolvimento paralelo das linguagens gestual e oral conduziria certamente a um melhor e mais rpido desenvolvimento cognitivo. Tendo como exemplo os erros cometidos ao longo dos anos nas metodologias utilizadas no ensino dos surdos, pretende-se maximizar as potencialidades dos alunos surdos e proporcionares-lhes a conquista do lugar a que tm direito na sociedade de que fazem parte e que deles necessita.

REFERNCIAS

BRASIL. Lei 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispe sobre a Lngua Brasileira de

Sinais (LIBRAS) e d outras providncias. Disponvel em:

URL:. Acesso em:

05 Nov. 2013 s 19h30min hs.

FENEIS - Federao Nacional de Educao e Integrao dos Surdos. Disponvel em:

. Acesso em: 05 Nov 2013 s 19h45min hs.

Educao Especial Artigos e sugestes de trabalho para a incluso de crianas

surdas. Disponvel em:.

Acesso em: 05 Nov. 2013 s 20h02min hs.

Coleo Letras e Libras: Universidade Federal de Santa Catarina. Disponvel em:

. Acesso em: 05 Nov. 2013 s 20h17min hs.

Espao Universitrio de Estudos Surdos da Universidade Federal da Bahia. Disponvel em:

. Acesso em: 06 Nov. 2013 s 09h25min hs.

MANZINI, Eduardo Jos; DELIBERATO, Dbora. Portal de ajudas tcnicas para

Educao: equipamento e material pedaggico especial para educao, capacitao e.

Recreao da pessoa com deficincia fsica: recursos para comunicao alternativa.

2. Ed. Braslia: MEC, SEESP, 2006. Disponvel em:

. Acesso em: 06

Nov. 2013 s 09h53min hs.

LACERDA, Cristina Broglia Feitosa. A insero da criana surda em classe de crianas ouvintes: focalizando a organizao do trabalho pedaggico. Associao Nacional de Ps-Graduao e Pesquisa em Educao. Disponvel em: http://www.anped.org.br/reunioes/23/textos/1518t.PDF>. Acesso em 06 Nov. 2013 s 11h06min hs.

REVISTA NOVA ESCOLA: Ano 2010 (dezembro), Edio 238, PG: 3 Ttulo: A arte de incluir.

Revista Nova Escola: Ano 2010(maro), Edio 230, PG: 2 ao 5, Ttulo: coletneas de cantiga e roda. Acesso em 17 nov.2013 s 14h52min hs. http://www.youtube.com/watch?v=dnoB5OMX6HQ

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