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AULA 3 - BEHAVIORISMOS: METODOLÓGICO, RADICAL E SOCIAL PROFª MS LUDMILA DE MOURA 2014

Aula 3 behaviorismos

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Os slides comparam as teorias do Behaviorismo Metodológico, Radical e Social

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AULA 3 - BEHAVIORISMOS: METODOLÓGICO, RADICAL E SOCIAL

PROFª MS LUDMILA DE MOURA

2014

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Behaviorismo Metodológico

1ª geração de behavioristas: Ivan P. Pavlov, John B. Watson, Edward Thorndike

Segundo Malerbi (2003), para o behaviorismo metodológico, o ambiente refere-se apenas às condições externas, neste sentido tal behaviorismo considera importante o critério de “verdade” via consenso público, ou seja, o qual só pode ser alcançado para eventos externos e públicos (visto igualmente por mais pessoas além do observador).

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Lei do efeito - Thorndike

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Condicionamento reflexo

comportamento involuntário e eliciado produzido pelos estímulos especiais do meio.

Mas também podem ser provocados por outros estímulos, que originalmente nada tem a ver com o comportamento, graças a associação entre estímulos.

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Behaviorismo Metodológico

“Na medida em que os aspectos do ambiente interno não são, e não podem ser observados por observadores independentes, eles não podem, ser objeto de uma ciência”.

“o objeto de estudo pode ser somente o comportamento observável”.

mesmo que não ignorasse os sentimentos, a subjetividade, Watson não acreditava que estes deveriam ser unidades de análise sobre o homem, enquanto um objeto de estudo.

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Behaviorismo Metodológico

Figueiredo e Santi (2003), afirmam que a perspectiva do comportamentalismo de Watson enquadra-se na busca de uma sociedade administrativa e estritamente funcional, onde o comportamentalismo na verdade não seria um projeto de psicologia científica, mas um projeto de uma nova ciência , ou seja, uma ciência do comportamento que viria ocupar o lugar da psicologia.

A Psicologia deveria ser, segundo Watson, uma ciência natural, um ramo da biologia, onde o sujeito era caracterizado como um sujeito que não sente, não pensa, não decide, não deseja e não é responsável pelos seus atos, seria então, apenas um organismo e enquanto organismo, o ser humano se assemelharia a qualquer outro animal.

Por estas influências é que a forma de conhecer a psicologia científica dedicou grande atenção aos estudos dos seres humanos com ratos, pombos, cachorros e macacos, dentre outros animais.

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Behaviorismo Radical

2ª geração de behavioristas:

Clark L. Hull, B. F. Skinner Edward C. Tolman

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Behaviorismo Radical

o Behaviorismo Radical é a filosofia da análise do comportamento, análise aplicada do comportamento, psicologia experimental, psicologia analítico–comportamental, psicologia cognitivo–comportamental,

enquanto filosofia, visa trazer subsídios epistemológicos para um sólido embasamento teórico, que posteriormente, fornecerá meios para o deslanche de experimentos (psicologia experimental, estudos de laboratório, etc.), de formação de conceitos (análise do comportamento, psicologia comportamental, etc.) e aplicação de conceitos (análise aplicada do comportamento, psicologia analítico – comportamental, etc.)

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Behaviorismo Radical

propõe que o objeto de estudo da psicologia deva ser o comportamento dos seres vivos, especialmente do homem (Matos & Tomanari, 2002).

É radical na medida em que nega ao psiquismo a função de explicar o comportamento,

embora não negue a possibilidade de , por meio de uma estrutura da linguagem, estudar eventos encobertos, tais como pensamento e as emoções, só acessíveis ao próprio sujeito.

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Behaviorismo Radical

Segundo Forisha e Milhollan (1978), devido a sua preocupação com controles científicos, Skinner, frente aos rigores científicos, não fez diferente, realizou a maioria de suas experiências com animais inferiores – principalmente pombo e rato branco.

Desenvolveu o que se tornou conhecido como “caixa de Skinner”, um aparelho adequado para o estudo animal.

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Caixa de Skinner

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Caixa de Skinner

um rato era colocado dentro de uma caixa fechada que contém apenas uma alavanca e um fornecedor de alimento,

quando o animal aperta a alavanca sob as condições / critérios estabelecidos pelo experimentador, uma bolinha de alimento cai sobre a tigela, recompensando-o,

após o animal ter fornecido esta resposta, o experimentador poderia então, colocar o comportamento deste animal sob controle de uma infinita variedade de estímulos,

além disso, tal (is) comportamento (s) poderia ainda, ser modelado ou modificado gradativamente até que aparecerem respostas que ordinariamente não faziam parte do repertório comportamental do indivíduo, ou seja,

diferente de Watson, êxitos nestes esforços levaram Skinner a acreditar que as leis da aprendizagem aplicam-se a todos os organismos vivos, independente de “entidade” internalista.

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Condicionamento operante

Caixa de Skinner – experimento com ratos: o que propicia a aprendizagem dos comportamentos é

a ação do organismo sobre o meio e o efeito resultante, no sentido de satisfazer alguma necessidade – relação que se estabelece entre uma ação e seu efeito.

Este condicionamento operante pode ser representado da seguinte maneira: R – S, onde R é a resposta (pressionar a barra), a flecha significa levar a e S é o estímulo reforçador (água).

Assim agimos ou operamos no mundo em função das consequências que nossa ação cria.

O estímulo de nossas ações está em suas consequências.

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Condicionamento operante

comportamento voluntário abrange quantidade muito maior da atividade humana - desde os comportamentos do bebê até os comportamentos mais sofisticados do adulto.

Inclui todos os movimentos de um organismo dos quais se possa dizer que, em algum momento, tem um efeito sobre ou fazem algo ao mundo em redor.

Opera sobre o mundo.

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Reforço e extinção

O reforço pode ser positivo (atua para fortalecer o comportamento que o precede) ou negativo (aquele que fortalece a resposta que o remove).

Ou seja, o reforçamento positivo oferece alguma coisa ao organismo, enquanto o negativo permite a retirada de algo indesejável/desagradável.

Skinner trabalhou também no processo de eliminação de comportamentos indesejáveis, denominando-o de extinção.

Se é o reforço ou o efeito que mantém um comportamento operante, com certeza a ausência desse reforço fará desaparecer a resposta.

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Behaviorismo Radical

um grande passo dado por Skinner que superou os “buracos” do behaviorismo metodológico foi o de considerar o comportamento como algo que está sempre em reconstrução, ou seja, acreditar em um modelo de seleção pelas consequências, não só frente as características anatômicas e fisiológicas, mas também as comportamentais que passam por sucessivos crivos de uma seleção baseada nos contatos com dos organismos vivos com o seu ambiente, neste crivo, alguns comportamentos são eliminados, por inadequados, e outros são mantidos, por eficazes em garantir a adaptação e sobrevivência (Matos & Tomanari, 2002),

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Behaviorismo Radical

o comportamento humano passou a ser compreendido, considerando-se que o homem sofre influências de contingências filogenéticas (atuando no nível do banco genético das espécies), de contingências ontogenéticas (atuando no nível de repertórios comportamentais dos indivíduos) e de contingências culturais (atuando no nível das práticas grupais de uma cultura ou sociedade),

a integração destes três níveis trouxe aos analistas do comportamento a ferramenta para avaliar o sujeito como um todo, incluindo os seus aspectos subjetivos como a consciência e o autoconhecimento por exemplo.

A Analise funcional do comportamento (estimulo antecedente – resposta do organismo – evento consequente à resposta), ferramenta coerente com os determinantes citados por Matos e Tomanari (2002) busca dar ao observador, terapeuta, cientista do comportamento uma “luz” que esclareça ordem entre eventos sujeito – ambiente.

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Exemplo: análise funcional de comportamento

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Behaviorismo Radical

Além de considerar sentimentos, subjetividade, consciência, o analista do comportamento com base filosófica no behaviorismo radical defende o uso de laboratório (analise experimental do comportamento, por exemplo) com alguns diferenciais, tais como:

a possibilidade de acompanhar todas as mudanças nas condições experimentais relevantes para a pergunta que fazemos (problema de pesquisa),

tal restrição permite definições e medidas precisas, objetivas, tanto da conduta que nos preocupa, como das condições de observação,

considerar que o laboratório permite alterar o ambiente de um sujeito e então retorná-lo ao seu estado original – obtem-se controle sobre as condições experimentais, tornando-as possíveis de descobertas (Sidman, 2003).

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Anotações da frequência do comportamento

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Máquina de ensinar

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Behaviorismo Social

Arthur W. Staats (3ª geração de

behavioristas) livro

Comportamento humano complexo

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Behaviorismo Social - A 1ª grande modificação

a análise do comportamento deve considerar os processos simbólicos, uma vez que a capacidade de utilizar a linguagem instrumentaliza a possibilidade de representação de eventos e de situar o presente com base em experiências passadas.

o interesse concentra-se na análise cuidadosa do pensamento e dos mecanismos que este utiliza para controlar a ação.

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Behaviorismo Social - A 2ª inovação

"à concepção de comportamento como uma interação contínua e recíproca entre fatores ambientais, comportamentais e cognitivos" (DAVIS, s/d: 77).

Uma nova visão que se contrapõe à de Skinner que concebe o comportamento como uma via de mão única, ou seja, assujeitando o homem à ação do ambiente.

Em contraste aos pressupostos deterministas das abordagens anteriores que tratam os homens como organismos meramente passivos a um constante bombardeio de estímulos ambientais, o behaviorismo social coloca em pauta a ênfase nos processos auto-regulatórios.

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Behaviorismo Social

Passa a vigorar um determinismo recíproco entre homem-ambiente.

O homem é capaz de direcionar o curso da sua ação, isto é, transforma-se em um organismo ativo que é capaz de selecionar e organizar dentre os estímulos que determinam as suas respostas, aqueles que considera relevantes.

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Behaviorismo Social – a 3ª modificação

"aprendizagem através de modelação" que se refere à aquisição de conhecimentos e comportamentos novos por meio de observação.

A característica fundamental dessa abordagem é a de que "grande parte da aprendizagem humana depende de processos perceptuais e cognitivos".

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Behaviorismo Social – a 3ª modificação

Quer dizer, "o reforço direto da própria ação é apenas uma das variáveis que atuam o processo de aquisição de novos padrões de respostas".

Assim, as expectativas individuais independem de resultados produzidos pelas próprias ações, ou seja, as respostas às ações de outros são importantes para guiar o próprio comportamento.

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Behaviorismo Social

Enfim, a noção de behaviorismo social caminha em direção a uma explicação do comportamento que leva em conta a interação homem-ambiente de uma forma mais ampla do que os programas das duas gerações do behaviorismo anteriores tentaram propor.

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Referências

ALENCAR, E. Behaviorismo Radical x Behaviorismo metodológico: Paradigmas da abordagem comportamental. Disponível em: http://www.redepsi.com.br/2006/09/13/behaviorismo-radical-x-behaviorismo-metodol-gico-paradigmas-da-abordagem-comportamental/. Acessado em 14/08/2014

STAATS, Arthur W. Behaviorismo social: uma ciência do homem com liberdade e dignidade.

Arq. bras. Psic., Rio de Janeiro, 32 (4): 97-116, out./dez.1980 . Disponível em: < http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/abp/article/viewFile/18424/17178> Acessado em: 25/08/2014.