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Quinta e ci ˆ encia 15/9/2011 A Natureza e os Gregos Jürgen F. Stilck 15/9/2011 – p. 1

A Natureza e os gregos

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  1. 1. Quinta e ciencia 15/9/2011 A Natureza e os Gregos Jrgen F. Stilck 15/9/2011 p. 1
  2. 2. Bibliograa E. Schrdinger, Nature and the greeks, Cambridge University Press (1954) p. 2
  3. 3. Bibliograa E. Schrdinger, Nature and the greeks, Cambridge University Press (1954) E. Schrdinger, Science and humanism, Cambridge University Press (1951) p. 2
  4. 4. Bibliograa E. Schrdinger, Nature and the greeks, Cambridge University Press (1954) E. Schrdinger, Science and humanism, Cambridge University Press (1951) B. Farrington, A cincia grega, IBRASA (1961) p. 2
  5. 5. Bibliograa E. Schrdinger, Nature and the greeks, Cambridge University Press (1954) E. Schrdinger, Science and humanism, Cambridge University Press (1951) B. Farrington, A cincia grega, IBRASA (1961) B. Farrington, A doutrina de Epicuro, Zahar (1968) p. 2
  6. 6. Bibliograa E. Schrdinger, Nature and the greeks, Cambridge University Press (1954) E. Schrdinger, Science and humanism, Cambridge University Press (1951) B. Farrington, A cincia grega, IBRASA (1961) B. Farrington, A doutrina de Epicuro, Zahar (1968) B. Russel, A history of western philosophy, Simon & Schuster(1945) p. 2
  7. 7. E. Schrdinger - 1887-1961 Erwin Schrdinger em 1933 p. 3
  8. 8. Resumo O mundo grego. p. 4
  9. 9. Resumo O mundo grego. Porque voltar s origens remotas do pensamento cientco. Diculdades. p. 4
  10. 10. Resumo O mundo grego. Porque voltar s origens remotas do pensamento cientco. Diculdades. A aurora jnica. p. 4
  11. 11. Resumo O mundo grego. Porque voltar s origens remotas do pensamento cientco. Diculdades. A aurora jnica. A escola pitagrica: o universo matemtico. p. 4
  12. 12. Resumo O mundo grego. Porque voltar s origens remotas do pensamento cientco. Diculdades. A aurora jnica. A escola pitagrica: o universo matemtico. O conito razo sentidos. p. 4
  13. 13. Resumo O mundo grego. Porque voltar s origens remotas do pensamento cientco. Diculdades. A aurora jnica. A escola pitagrica: o universo matemtico. O conito razo sentidos. A revoluo socrtica. Aristoteles. p. 4
  14. 14. Resumo O mundo grego. Porque voltar s origens remotas do pensamento cientco. Diculdades. A aurora jnica. A escola pitagrica: o universo matemtico. O conito razo sentidos. A revoluo socrtica. Aristoteles. Voltando aos deuses. p. 4
  15. 15. O mundo grego p. 5
  16. 16. O mundo grego p. 6
  17. 17. Porque voltar s origens Diviso (intransponvel?) entre as vises religiosa e cientca do mundo, inexistente entre os pr-socrticos. c0 p. 7
  18. 18. Porque voltar s origens Diviso (intransponvel?) entre as vises religiosa e cientca do mundo, inexistente entre os pr-socrticos. c0 Crise da fsica moderna (determinismo). Qual a sua origem? c1 p. 7
  19. 19. Porque voltar s origens Diviso (intransponvel?) entre as vises religiosa e cientca do mundo, inexistente entre os pr-socrticos. c0 Crise da fsica moderna (determinismo). Qual a sua origem? c1 Diculdades: conhecimento direto fragmentrio (Diels, Die Fragmente der Vorsokratiker (1903)). Conhecimento indireto tendencioso. p. 7
  20. 20. Porque voltar s origens Diviso (intransponvel?) entre as vises religiosa e cientca do mundo, inexistente entre os pr-socrticos. c0 Crise da fsica moderna (determinismo). Qual a sua origem? c1 Diculdades: conhecimento direto fragmentrio (Diels, Die Fragmente der Vorsokratiker (1903)). Conhecimento indireto tendencioso. Ponto de vista: no racial. Fatores sociais (alfabeto fontico, deuses antropomorfos, sociedade pouco escravocrata) c2. p. 7
  21. 21. Aurora jnica Jnia (Anatlia), sec. 6 aC. Aristocracia mercantil, pouco escravocrata. Mileto: comrcio com a rea mediterrnea e a Mesopotmia. Interesse por problemas prticos. Primeira interpretao puramente naturalista do Universo. Tudo e um. p. 8
  22. 22. Aurora jnica Jnia (Anatlia), sec. 6 aC. Aristocracia mercantil, pouco escravocrata. Mileto: comrcio com a rea mediterrnea e a Mesopotmia. Interesse por problemas prticos. Primeira interpretao puramente naturalista do Universo. Tudo e um. Tales de Mileto (624-508 aC): demonstrao matemtica (tringulo inscrito em semi-crculo, triangulao, previu eclipse solar de 585 aC). Eliminou o deus Marduk do mito babilnio de criao c3: terra se forma da gua por sedimentao. Causa: manifestao prpria da matria (hilozoistas). Terra disco plano, utua na gua e h gua ao redor (chuva). Sol, lua, estrelas: vapor incandescente. p. 8
  23. 23. Aurora jnica Jnia (Anatlia), sec. 6 aC. Aristocracia mercantil, pouco escravocrata. Mileto: comrcio com a rea mediterrnea e a Mesopotmia. Interesse por problemas prticos. Primeira interpretao puramente naturalista do Universo. Tudo e um. Tales de Mileto (624-508 aC): demonstrao matemtica (tringulo inscrito em semi-crculo, triangulao, previu eclipse solar de 585 aC). Eliminou o deus Marduk do mito babilnio de criao c3: terra se forma da gua por sedimentao. Causa: manifestao prpria da matria (hilozoistas). Terra disco plano, utua na gua e h gua ao redor (chuva). Sol, lua, estrelas: vapor incandescente. gua terra (solidicao). gua ar (evaporao). terra+ar fogo e seres vivos. Nietzsche: Tales viu a unidade do ser, e quando quis exprimi-la falou de gua. p. 8
  24. 24. Aurora jnica Anaximandro de Mileto (611-547 aC): quatro elementos em camadas. Terra, guas, nvoa e fogo, formas distintas de uma substncia indeterminada. O fogo evapora a gua terra enxuta e aumento de nvoa e de presso. Corpos celestes so orifcios na nvoa, que podem fechar (eclipses). Peixes precedem os outros animais, inclusive o homem. Quando aparece a terra seca, eles se adaptaram. Terra no se apia na gua. Mundo suspenso no espao, equidistante de todas as coisas. p. 9
  25. 25. Aurora jnica Anaximandro de Mileto (611-547 aC): quatro elementos em camadas. Terra, guas, nvoa e fogo, formas distintas de uma substncia indeterminada. O fogo evapora a gua terra enxuta e aumento de nvoa e de presso. Corpos celestes so orifcios na nvoa, que podem fechar (eclipses). Peixes precedem os outros animais, inclusive o homem. Quando aparece a terra seca, eles se adaptaram. Terra no se apia na gua. Mundo suspenso no espao, equidistante de todas as coisas. Anaximenes de Mileto (586-530 aC): aluno de Anaximandro. Inuenciou Leucipo e Demcrito. gua de Tales nvoa. Rarefao (calor) e condensao (frio) (tecelagem) c4. Nvoa (R) fogo. Nvoa (c) gua (c) terra. Porque o Universo no est em repouso? p. 9
  26. 26. Aurora jnica Herclito de feso (540-480 aC): princpio fundamental: fogo. Tudo uic5. Agente ativo na maioria dos processos tcnicos e naturais. Tenso: estabilidade a partir da instabilidade (arco e lira). Dialtica. Foras opostas. Fogo (subir), terra (descer). p. 10
  27. 27. Aurora jnica Herclito de feso (540-480 aC): princpio fundamental: fogo. Tudo uic5. Agente ativo na maioria dos processos tcnicos e naturais. Tenso: estabilidade a partir da instabilidade (arco e lira). Dialtica. Foras opostas. Fogo (subir), terra (descer). Desprezo pela humanidade em geral, acredita que s a fora a faz procurar seu bem: Toda besta deve ser dirigida ao pasto com chicotadas, Burros preferem palha ao ouro. A guerra o pai e o rei de tudo: alguns ela transformou em deuses e e outros em homens, alguns cativos e outros livres. p. 10
  28. 28. Escola pitagrica Pitgoras de Samos (582-500 aC). Chega a Crotona em 530 aC. Dupla tradio da cincia grega: naturalista (atia) e religiosa ou idealista. Encontrar na matemtica a chave do Universo: Os nmeros so o princpio, a fonte e a raiz de todas as coisas c6. Acstica. p. 11
  29. 29. Escola pitagrica Pitgoras de Samos (582-500 aC). Chega a Crotona em 530 aC. Dupla tradio da cincia grega: naturalista (atia) e religiosa ou idealista. Encontrar na matemtica a chave do Universo: Os nmeros so o princpio, a fonte e a raiz de todas as coisas c6. Acstica. Cosmologia numrica (mnimo de pontos necessrios): 1 (ponto), 2 (linha), 3 (superfcie) 4 (slido) 10=1+2+3+4. Nmeros gurados: p. 11
  30. 30. Escola pitagrica Pitgoras de Samos (582-500 aC). Chega a Crotona em 530 aC. Dupla tradio da cincia grega: naturalista (atia) e religiosa ou idealista. Encontrar na matemtica a chave do Universo: Os nmeros so o princpio, a fonte e a raiz de todas as coisas c6. Acstica. Cosmologia numrica (mnimo de pontos necessrios): 1 (ponto), 2 (linha), 3 (superfcie) 4 (slido) 10=1+2+3+4. Nmeros gurados: Triangulares: 1 2 6 10 Quadrados: 1 4 9 16 p. 11
  31. 31. Escola pitagrica Universo com terra esfrica, girando em torno do fogo central, assim como a Lua, Sol, os 5 planetas e as estrelas xas. H tambm o Antichton (contra terra). 10 objetos, alm do fogo central. p. 12
  32. 32. Escola pitagrica Universo com terra esfrica, girando em torno do fogo central, assim como a Lua, Sol, os 5 planetas e as estrelas xas. H tambm o Antichton (contra terra). 10 objetos, alm do fogo central. Terra Antichton F. C. Lua Sol Planetas EstrelasAntichton p. 12
  33. 33. Escola pitagrica Linha composta por um nmero nito de pontos (de dimenso no nula): crise dos irracionais. Contnuo uma idia pouco intuitiva. p. 13
  34. 34. Escola pitagrica Linha composta por um nmero nito de pontos (de dimenso no nula): crise dos irracionais. Contnuo uma idia pouco intuitiva. Nmero racional: m/n, com m e n inteiros. Demonstrao pitaggica de que 2 irracional: 2 no pode ser escrito como (m/n)2, onde m e n no tm fator comum. A demonstrao feita por reduo ao absurdo. Vamos negar a tese, admitindo a hiptese de que a equao m2 = 2n2 tenha uma soluo com m e n inteiros e sem fator comum. p. 13
  35. 35. Escola pitagrica Linha composta por um nmero nito de pontos (de dimenso no nula): crise dos irracionais. Contnuo uma idia pouco intuitiva. Nmero racional: m/n, com m e n inteiros. Demonstrao pitaggica de que 2 irracional: 2 no pode ser escrito como (m/n)2, onde m e n no tm fator comum. A demonstrao feita por reduo ao absurdo. Vamos negar a tese, admitindo a hiptese de que a equao m2 = 2n2 tenha uma soluo com m e n inteiros e sem fator comum. Da equao, vemos que m2 par, pois 2n2 divisvel por 2. Logo, m par (o quadrado de um nmero impar impar). Se m par, ento m = 2, para algum inteiro , ento: m2 = (2)2 = 42. p. 13
  36. 36. Escola pitagrica Linha composta por um nmero nito de pontos (de dimenso no nula): crise dos irracionais. Contnuo uma idia pouco intuitiva. Nmero racional: m/n, com m e n inteiros. Demonstrao pitaggica de que 2 irracional: 2 no pode ser escrito como (m/n)2, onde m e n no tm fator comum. A demonstrao feita por reduo ao absurdo. Vamos negar a tese, admitindo a hiptese de que a equao m2 = 2n2 tenha uma soluo com m e n inteiros e sem fator comum. Da equao, vemos que m2 par, pois 2n2 divisvel por 2. Logo, m par (o quadrado de um nmero impar impar). Se m par, ento m = 2, para algum inteiro , ento: m2 = (2)2 = 42. Podemos, agora, reescrever a primeira equao como: 42 = 2n2, ou seja, 22 = n2. Ento n2 par e n par. p. 13
  37. 37. Escola pitagrica Logo, n e m so ambos pares e tm um fator comum (2). Isso contradiz a hiptese, portanto ela falsa. p. 14
  38. 38. Escola pitagrica Logo, n e m so ambos pares e tm um fator comum (2). Isso contradiz a hiptese, portanto ela falsa. Vamos mostrar como o conceito de contnuo intrincado: Tripartio sucessiva do segmento [0, 1] (Cantor): Consideramos esses nmeros na base 3: 0, 1021 . . . = 1 1/3 + 0 1/32 + 2 1/33 + 1 1/34 + . . . 0, 1021 = 1 1/3 + 2 1/27 + 1 1/81 0, 419753086 . . . p. 14
  39. 39. Escola pitagrica Logo, n e m so ambos pares e tm um fator comum (2). Isso contradiz a hiptese, portanto ela falsa. Vamos mostrar como o conceito de contnuo intrincado: Tripartio sucessiva do segmento [0, 1] (Cantor): Consideramos esses nmeros na base 3: 0, 1021 . . . = 1 1/3 + 0 1/32 + 2 1/33 + 1 1/34 + . . . 0, 1021 = 1 1/3 + 2 1/27 + 1 1/81 0, 419753086 . . . 0 1 0 1/3 2/3 1 0,1 0,2 0 3/21/9 2/9 1/3 7/9 8/9 1 0,01 0,20,02 0,1 0,21 0,22 p. 14
  40. 40. Escola pitagrica Primeira iterao: eliminamos todos os nmeros com 1 na primeira casa depois da vrgula. Segunda iterao: eliminamos todos os nmeros com 1 na segunda casa depois da vrgula. E assim por diante indenidamente. O que sobra? Apenas aqueles que no tm o algarismo 1 em nenhuma casa depois da vrgula (por exemplo 0,2020022002...). Conjunto extremamente escasso quando comparado com o original. p. 15
  41. 41. Escola pitagrica Primeira iterao: eliminamos todos os nmeros com 1 na primeira casa depois da vrgula. Segunda iterao: eliminamos todos os nmeros com 1 na segunda casa depois da vrgula. E assim por diante indenidamente. O que sobra? Apenas aqueles que no tm o algarismo 1 em nenhuma casa depois da vrgula (por exemplo 0,2020022002...). Conjunto extremamente escasso quando comparado com o original. Mas: fazendo a transposio 0 0 e 2 1, temos uma correspondncia biunvoca entre os nmeros remanescentes e todos os nmeros no intervalo [0, 1] (na base 2)! p. 15
  42. 42. Escola pitagrica Conhecimento matemtico oresceu e foi compilado por Euclides (?-300 aC) nos seus Elementos. Inuncia pitagrica: A unidade aquilo em virtude da qual cada uma das coisas que existe se chama una (Denies, livro VII). Exemplo aritmtico: a prova da existncia de innitos nmeros primos, por reduo ao absurdo (livro IX, proposta 20). p. 16
  43. 43. Escola pitagrica Conhecimento matemtico oresceu e foi compilado por Euclides (?-300 aC) nos seus Elementos. Inuncia pitagrica: A unidade aquilo em virtude da qual cada uma das coisas que existe se chama una (Denies, livro VII). Exemplo aritmtico: a prova da existncia de innitos nmeros primos, por reduo ao absurdo (livro IX, proposta 20). Admitimos uma sequncia nita de nmeros primos: 1, 2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, . . . , P, de maneira que P o maior nmero primo que existe. p. 16
  44. 44. Escola pitagrica Conhecimento matemtico oresceu e foi compilado por Euclides (?-300 aC) nos seus Elementos. Inuncia pitagrica: A unidade aquilo em virtude da qual cada uma das coisas que existe se chama una (Denies, livro VII). Exemplo aritmtico: a prova da existncia de innitos nmeros primos, por reduo ao absurdo (livro IX, proposta 20). Admitimos uma sequncia nita de nmeros primos: 1, 2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, . . . , P, de maneira que P o maior nmero primo que existe. Considere o nmero N = 1 2 3 5 7 . . . P + 1. Ele no divisvel por nenhum dos primos e maior que P, de maneira que existe um nmero primo maior que P. p. 16
  45. 45. Razo sentidos Parmnides de Elia (535-460 aC): O caminho da verdade, O caminho da opinio. Ataque cincia observacional c7. Nada muda. Herclito: A sabedoria a compreenso do modo pelo qual age o mundo. Parmnides: O Universo no age, permanece imvel. Movimento e variao so iluses dos sentidos. separao entre a losoa e suas razes na vida prtica. Ser No ser. Realidade verdadeira est no pensamento. Discipulo: Zeno de Elia. p. 17
  46. 46. Razo sentidos Parmnides de Elia (535-460 aC): O caminho da verdade, O caminho da opinio. Ataque cincia observacional c7. Nada muda. Herclito: A sabedoria a compreenso do modo pelo qual age o mundo. Parmnides: O Universo no age, permanece imvel. Movimento e variao so iluses dos sentidos. separao entre a losoa e suas razes na vida prtica. Ser No ser. Realidade verdadeira est no pensamento. Discipulo: Zeno de Elia. Protgoras de Abdera (492-460 aC): Extremo oposto a Permnides. Sosta. Percepo dos sentidos so a nica coisa existente. O homem a medida de todas as coisas. c8. p. 17
  47. 47. Razo sentidos Empdocles de Agrigento (490-435 aC): Recuperao da credibilidade dos sentidos. Experimentos sobre a corporalidade do ar invisvel. 4 elementos (movimento). Pluralidade, oposio a Parmnides. A Natureza age por corpos invisveis. Duas foras: amor (fundir) e dio (separar). Sobrevivncia dos mais aptos c9. p. 18
  48. 48. Razo sentidos Empdocles de Agrigento (490-435 aC): Recuperao da credibilidade dos sentidos. Experimentos sobre a corporalidade do ar invisvel. 4 elementos (movimento). Pluralidade, oposio a Parmnides. A Natureza age por corpos invisveis. Duas foras: amor (fundir) e dio (separar). Sobrevivncia dos mais aptos c9. Demcrito de Abdera (460-360 aC) precedido por Leucipo de Mileto (475-? aC): tomos imutveis (Parmnides) em permanente movimento e recombinao (Herclito). Vcuo innito em extenso, tomos innitos em nmero. tomos espacialmente divisveis mas fsicamente indivisveis. Determinismo estrito (livre arbtrio) c10. Epicuro de Atenas relaxa o determinismo, admitindo que Os tomos so capazes de desviar-se ligeiramente em qualquer ponto do espao ou do tempo. p. 18
  49. 49. Revoluo socrtica Scrates de Atenas(469-399 aC): mais preocupaes ticas que cientcas. Nada tenho a ver com especulaes fsicas. Substitui o ideal da cincia experimental pela teoria das idias, explica teolgicamente a Natureza, a histria da humanidade pela providncia e a justia como idia eterna, independente do tempo, lugar e contingncias. Abandona a concepo cientca c11. p. 19
  50. 50. Revoluo socrtica Scrates de Atenas(469-399 aC): mais preocupaes ticas que cientcas. Nada tenho a ver com especulaes fsicas. Substitui o ideal da cincia experimental pela teoria das idias, explica teolgicamente a Natureza, a histria da humanidade pela providncia e a justia como idia eterna, independente do tempo, lugar e contingncias. Abandona a concepo cientca c11. Plato de Atenas (428-348 aC): Afastamente entre losoa e tcnica c12 ataca a astronomia naturalista jnica, devolvendo o sobrenatural a ela. Teologia astral: estrelas servem de modelo para regularidade divina. Planetas (vagabundos) destoam. Proposta: Quais so os movimentos uniformes e ordenados que geram o movimento dos planetas?. Eudxio e Calipo: trinta circunvolues. Fundou a academia (durou 900 anos!) p. 19
  51. 51. Aristteles Aristteles de Estagira (384-322 aC): aos 18 anos ingressou na academia, onde permaneceu por 20 anos, at a morte de Plato. Foi preceptor de Alexandre o Grande e fundou o Liceu. Aumenta a importncia da observao c13. Ressalta a importncia do mtodo indutivo: Para chegar ao universal, partimos do particular. No entanto, inuncia platnica forte. Grande contribuio na Biologia (dissecou cerca de 500 animais). p. 20
  52. 52. Aristteles Sentido de Fsica para Aristteles: natureza de todo ser, qual o seu destino, seu lugar natural. Porque as pedras caem, porque alguns homens so escravos: procuram seu lugar natural. Movimento natural nal, outros movimentos precisam de um agente. Movimento violento de uma exa: ar. Ausncia do vcuo no mundo sublunar. Escala de perfeio dos seres vivos com o homem no topo. No evoluo. Quintessncia: os quatro elementos se movem em linha reta, a quintessncia em crculos. p. 21
  53. 53. Voltando aos deuses Voltando aos deuses gregos: Dionsio (Baco). Reformador: Orfeu (transmigrao das almas, almejar pureza). Vinho virou smbolo: intoxicao entusiasmo (unio com o deus). Pitgoras foi reformador do orsmo. Plato. p. 22
  54. 54. Voltando aos deuses Voltando aos deuses gregos: Dionsio (Baco). Reformador: Orfeu (transmigrao das almas, almejar pureza). Vinho virou smbolo: intoxicao entusiasmo (unio com o deus). Pitgoras foi reformador do orsmo. Plato. Deusas da fertilidade (Ishtar, da Babilnia, deusa da terra): origem de Artemis (Diana). Cristianismo: Virgem Maria p. 22
  55. 55. Voltando aos deuses Voltando aos deuses gregos: Dionsio (Baco). Reformador: Orfeu (transmigrao das almas, almejar pureza). Vinho virou smbolo: intoxicao entusiasmo (unio com o deus). Pitgoras foi reformador do orsmo. Plato. Deusas da fertilidade (Ishtar, da Babilnia, deusa da terra): origem de Artemis (Diana). Cristianismo: Virgem Maria Deuses no exlio, de Heinrich Heine. Tannhuser. p. 22
  56. 56. Como pensamos a natureza p. 23
  57. 57. Como pensamos a natureza p. 24