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Page 1: Farmacologia dos Analgésicos

ANALGÉSICOS

Henrique Beloto (14462)Leonardo Guilherme de Jesus (16713)

Mateus Anderson Aguiar (8151)Renan Willian Mesquita (14628)

Ricardo Augusto Tenfen Carneiro (8208)

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TIPOS DE ANALGÉSICOS

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ANALGÉSICOS NÃO OPIÓIDES

• Dipirona

• AAS

• Paracetamol

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ACETAMINOFENO (PARACETAMOL)

• Usos terapêuticos:

• Analgésico;

• Antipirético;

• Analgésico de primeira linha na osteoartrite.

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• Mecanismo de ação:

• Analgésico:

Atua inibindo a síntese de prostaglandinas ao nível do SNC.

Eleva o limiar do impulso doloroso ao nível periférico.

• Antipirético:

Inibe a COX-1 no centro hipotalâmico regulador da temperatura.

Produz vasodilatação periférica.

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• Absorção, distribuição e eliminação• Rápida absorção no trato GI.

• Atravessa a barreira hematoencefálica e placentária.

• Liga-se fracamente as proteínas plasmáticas.

• Sofre biotransformação no fígado por conjugação com ácido glicurônico, ácido sulfúrico e cisteína.

• Excretado na urina.

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• Uso na gravidez de Paracetamol

• Embora Paracetamol possa ser utilizado durante a gravidez, o médico deve ser consultado antes da sua utilização.

• A administração deve ser feita por períodos curtos. 

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• Efeitos adversos:

• Bem tolerado em doses terapêuticas.

• Ocorrem ocasionalmente:

• Exantema e outras reações alérgicas.

• Hepatotoxicidade:

• Onde não ocorre a conversão do metabólito tóxico NAPQI pelas vias de conjugação.

• Necrose hepática.

• Condições em que há indução do CYP (p. ex., consumo de álcool).

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• Interações medicamentosas de Paracetamol

• Alimentos: a administração de Paracetamol conjuntamente com alimentos retarda sua absorção.

• Medicamentos: barbitúricos, carbamazepina, hidantoína, rifampicina e sulfimpirazona: elevam a hepatotoxicidade potencial do Paracetamol.

• Medicamentos hepatotóxicos, indutores de enzimas hepáticas: elevam o risco de hepatotoxicidade.

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NIMESULIDA

• Farmacodinâmica:• AINE seletivo da COX-2.

• Possui efeito antipirético, analgésico e anti-inflamatório.

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NIMESULIDA

• Farmacocinética:

• Bem absorvida pelo TGI

• Mais de 97.5% ligado a proteínas plamáticas

• Metabolizada no fígado (Não recomendada para hepatopatas)

• Seu metabólito também é ativo farmacologicamente

• Excretada principalmente pela urina

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NIMESULIDA

• Indicações: condições que requeiram atividade anti-inflamatória, analgésica e antipirética.

• Contra-indicações: hipersensibilidade, ulcera péptica ativa, distúrbios de coagulação grave, disfunção renal grave, disfunção hepática e crianças menores de 12 anos.

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NIMESULIDA

• Uso na gravidez: estudos sugerem embriotoxicidade potencial, fechamento do ducto arterioso, pode provacar insuficiência renal em recém-nascidos. Portanto não deve ser usado na gravidez ou no período de amamentação.

• Uso em idosos: pacientes com mais de 65 anos podem ser tratados com a menor dose efetiva.

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NIMESULIDA

• Interações medicamentosas:

• Fármacos que se agregam à proteínas plamáticas

• Lítio (reduz o clerance do Li)

• Outros AINES

• Outras drogas de deputação hepática.

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NIMESULIDA

• Reações adversas:

• Pele e tecidos subcutâneos: os mais frequentemente relatados foram: rash, urticária, prurido, eritema e angioedema.

• Gastrintestinais: os mais frequentemente relatados foram: náusea, dor gástrica, dor abdominal, diarreia, constipação e estomatite.

• Hepatobiliar: alterações dos parâmetros hepáticos (transaminases), geralmente transitórias e reversíveis.

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NIMESULIDA

• Superdosagem: deve ser iniciado o tratamento sintomático (lavagem gástrica, investigação e restauração do balanço hidroeletrolítico).

#Se houver comprometimento da função renal, poderá ser necessária a realização de uma hemodiálise.

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ANALGÉSICOS ADJUVANTES

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DROGAS ADJUVANTES

• “É um grupo heterogêneo de

medicamentos contribui para

o alívio da dor, tratam os

efeitos adversos dos

analgésicos e melhoram

distúrbios psicológicos

associados ao quadro álgico”

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DROGAS ADJUVANTES

• Outras indicações;

• Co-analgésicos;

Aumentar a analgesia;

Controlar os efeitos

adversos e os sintomas que

contribuem para a dor do

paciente;

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DROGAS ADJUVANTES

• Antidepressivo;

• Anticonvulsivante;

• Neuroléptico;

• Benzodiazepínico;

• Anticolinérgico;

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ANTIDEPRESSIVOS Tricíclicos:

• Bloqueio dos canais de sódio;

• Aumento das projeções NA/5-HT;

AMITRIPTILINA; NORTRIPTILINA;

IMIPRAMINA

ISRS: PAROXETINA; FLUOXETINA;

CITALOPRAM

Obs: Mediada pela medula espinhal e envolver a

redução da sensibilização central;

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ANTIDEPRESSIVOS Alívio da dor se ocorre com doses menores e maior

rapidez do que seu efeito antidepressivo;

Atuam no aumento dos níveis de morfina plasmática;

Os antidepressivos tricíclicos (TCAs) são de grande valia para os casos de dor constante, com sensação de queimadura ou parestesia, embora também tenham papel importante nas dores neuropáticas lancinantes;

Efeitos colaterais: boca seca, visão embaçada, constipação, retenção urinária, hipotensão postural, confusão mental, glaucoma, cardiopatias, sonolência

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ANTICONVULSIVANTES

• Dor paroxística: neuropatias (neuralgia do

trigêmeo, pós-herpética e dor associada com

compressão medular e esclerose múltipla);

• Ação: supressão de circuitos hiperativos da medula

e do córtex cerebral e estabilização das descargas

neuronais nas membranas das vias aferentes

primárias;

• Os mais utilizados são: carbamazepina,

oxcarbamazepina, topiramato, gabapentina,

fenitoína, lamotrigina;

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Propriedades farmacológicas:

• Relacionado ao GABA;

• Sítio de ligação peptídica no tecido cerebral

(neocórtex e hipocampo), que pode estar

relacionado com a atividade

anticonvulsivante;

Propriedades farmacocinéticas:

• Biodisponibilidade é inversamente

proporcional à dose;

• Não se liga a proteínas plasmáticas;

• Excreção exclusivamente renal;

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• A gabapentina é um

análogo estrutural do ácido

gama-aminobutírico

(GABA). Não atua nos

receptores gabaérgicos,

não inibe a recaptação nem

a degradação do GABA. Seu

mecanismo de ação não

esta totalmente

esclarecido. Aumenta o

GABA e a serotonina e

diminui o gluta mato no

SNC, o que lhe confere

eficácia no trata mento das

dores neuropáticas.

Provavelmente age

bloqueando os canais de

cálcio do tipo L, subunidade

α2δ e reduzindo

discretamente a síntese de

glutama to.

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NEUROLÉPTICOS

Fenotiazidas: clorpromazina;

levomepromazina; properiazina; tioridazina;

Butirofenonas: haloperidol e droperidol;

Piperazinas: flupenazina;

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NEUROLÉPTICOS

Possuem atividade sedativa, ansiolítica e anti-

emética ( inibe vômitos);

Controlam a dor quando associados com

antidepressivos;

Os mais comuns para o tratamento da dor são a

clorpromazina e levomepromazina;

Complicações: sonolência, confusão mental,

desmaios, urticária (alergia na pele), náuseas e

dores no estômago;

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Sedação; redução da dor;

melhora quadros mentais;

Antipsicótico neuroléptico

fenotiazínico;

[ ] plasm. 1h a 3h – VO;

eliminação: urina e fezes;

Analgesia pós-operatória:

2,5 a 7,5mg em intervalos

de 4h a 6h;

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BENZODIAZEPÍNICOS

• Efeitos sedativo, ansiolítico (diminuem a ansiedade),

anticonvulsivantes e relaxantes musculares;

• Mais utilizados no manejo da dor: diazepam,

cloxazolam, alprazolam, midazolam,

clonazepam, lorazepam;

• Efeitos colaterais: hipotensão arterial, bradicardia ou

taquicardia, sedação, tontura, fraqueza, depressão,

agitação, déficit de memória e até alterações

psiquiátricas.

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• Utilizado em dores extremas;

• Inibição das sinapses no sistema

límbico;

• Duração do tratamento: menor

tempo possível;

• O diazepam e seus metabólitos

possuem uma alta ligação

às proteínas plasmáticas;

• Atuam na fibromialgia,

promovendo o relaxamento

muscular;

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ANTICOLINÉRGICOS

Medicação pré-anestésica:

Sedação; suprimir a dor, a irritabilidade e as reações

indesejáveis causadas pelos anestésicos;

Objetivos: Redução da dor;

Anticolinérgicos:

atropina

escopolamina

glicopirrolato

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• Atua inibindo a

atividade

muscarínica da

acetilcolina nos

sítios

neuroefetores

parassimpáticos

pós-ganglionares;

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Analgesia adjuvante

Água;

Calor;

Acupuntura;

Estimulação elétrica

nervosa transcutânea;

Dieta;

Riso/Bom humor;

Música;

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OPIÓIDES FRACOS

- CODEÍNA- TRAMADOL

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CODEÍNA

• Opióide fraco

• Agonista dos receptores μ opiáceos

• Administrado em associação com o paracetamol em comprimidos de 30mg de Fosfato de codeína e 500mg de Paracetamol.

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1. INDICAÇÕES

• Dores moderadas a intensas

- Traumatismos (entorses, luxações, contusões, distenções)

- Pós-operatório

- Pós-extração dentária

- Neuralgia;

- Lombalgia;

- Dores de origem articular.

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2. FARMACODINÂMICA

• Analgésico e antitussígeno

• Age nos receptores μ opiáceos (sua ação é sobre o SNC)

• Codeína é metabolizada em Morfina no fígado pela enzima 2D6 do citocromo P450.

• É um opióide fraco porque tem baixa afinidade pelo receptor opiáceo (não é efetivo contra dores graves)

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3. FARMACOCINÉTICA

• A) ABSORÇÃO

- Bem absorvido na forma oral (60% de eficácia em comparação ao parental)

- Biodisponibilidade de 50 – 80%

- Pico de concetração de 0,17 a 1h após adm

• B) DISTRIBUIÇÃO

- Entra rapidamente nos tecidos e se concentra, principalmente, nos rins, pulmões, fígado e baço.

- 10% de ligação a proteínas

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3. FARMACOCINÉTICA• C) METABOLISMO

- Convertida em morfina

- 50% sofre metabolismo pré-sistêmico no intestino e fígado

- CYP2D6 do citocromo P450

• D) ELIMINAÇÃO

- Codeína e seus metabólicos ativos, como a morfina, são excretados quase totalmente pelos RINS, principalmente como conjugados do ácido glicurônico.

- 3 A 16% da codeína é excretada na urina sem ser metabolizada

- Meia vida:

- 30 mg: 1,5 a 2,2 h

- 60 mg: 2,1 a 4,5 h

** Pacientes com comprometimento renal devem ser monitorados cuidadosamente

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4. CONTRA INDICAÇÕES

• Hipersensibilidade à codeína (e paracetamol)

• Pacientes que foram submetidos a TONSILECTOMIA e/ou ADENOIDECTOMIA

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5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

• Tolerância

• Dependência psicológica e física

• Pacientes com comprometimento rena e hepático

• Pacientes com metabolismo utrarrápido (depressão respiratória, sonolência, confusão)

• GRAVIDEZ: Categoria C

• Ultrapassa a placenta. Recém nascido pode desenvolver S. de Abstinência pós-parto.

• Presente no Leite materno

• Não indicado para menores de 12 anos

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6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

• Depressores do SNC (barbitúricos, benzodiazepínicos)

• Analgésicos opióides

• Inibidores da CYP2D6 (quinidina, metadona, paroxetina)

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7. POSOLOGIA

• Dose máx diária: 240 mg (codeína) e 4000 mg (paracetamol)

• 1 comp a cada 4 h

ou

• 2 comp a cada 6 h

**Não ultrapassar 8 comprimidos/dia (1 comprimido= paracetamol (500mg) + fosfato de codeína (30mg)

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8. REAÇÕES ADVERSAS

• Distúrbios GI:

- náusea

- vômito

• Distúrbios SNC:

- tontura

- sonolência

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9. SUPERDOSE

• Efeitos:

• Insuficiência renal

• Insuficiência respiratória

• Depressão respiratória

• Parada cardiorespiratória

• Constipação

• Íleo paralítico

• Hipotensão

• Coma

• Edema cerebral

• Confusão

• Agitação e convulsões (jovens)

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OPIOIDES POTENTES

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TIPOS DE OPIOIDES POTENTES

• Agonistas:

• Morfina (Protótipo);

• Oxicodona/hidrocodona.

• Agentes sintéticos:

• Fentanil;

• Metadona;

• Meperidina/petidina.

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MORFINA

• Comprimidos, solução injetável, cápsulas de liberação programada, solução oral.

• Dor intensa aguda e crônica;

• Analgésico de escolha para dor oncológica moderada a severa;

• Ação nos receptores µ e κ.

DIMORF®, sulfato de morfina

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MORFINA - FARMACOCINÉTICA

• Absorção

• 30 minutos para 50% da dose intacta atingir o compartimento central.

• Pico na dose oral: 1 a 2 horas, com duração de 4 a 5 horas.

• Distribuição:

• Forma livre: ampla pelos tecidos parenquimatosos.

• Metabolismo:

• Hepático;

• Sofre metabolismo de primeira passagem;

• Seu metabólito é excretado no rim.

• Excreção:

• Meia vida de eliminação: 2 a 3h;

• Eliminação primária: 85% renal (9 a 12% excretados sem alteração).

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MORFINA – CONTRAINDICAÇÕES

• Hipersensibilidade;

• Insuficiência/depressão respiratória;

• Depressão grave do SNC;

• DPOC, etilismo, asma brônquica, ICS;

• Gravidez: categoria C (Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista).

• Menores de 18 anos: contraindicado.

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MORFINA – REAÇÕES ADVERSAS COMUNS

• Depressão respiratória (principal);

• Depressão circulatória;

• Parada respiratória;

• Choque;

• Parada cardíaca.

• Em caso de SUPERDOSE: reestabelecimento de troca respiratória adequada e uso de naxolona (antagonista opioide).

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REFERÊNCIAS

• ANVISA. Bulário Eletrônico: Dimorf. Disponível em http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=7256232014&pIdAnexo=2188083. Acessado em 30 de agosto de 2014.

• “Princípios de Farmacologia: A Base Fisiopatológica da Farmacoterapia”. GOLAN, David E. e col. Guanabara Koogan, 3ª edição, 2009.

• Medicina net disponível em http://www.medicinanet.com.br/bula/8292/paracetamol.htm acessado em 01/09/14 as 14:59

• Goodman e Gilman – as bases farmacológicas da terapêutica 12. ed. pg. 982, 983 e 984.

• Medicina net disponível em http://www.medicinanet.com.br/bula/3702/nimesulida.htm acessado em 01/09/14 as 22:40