TCC - 06.05.2015

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    INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE SO

    PAULO

    CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AUTOMAO INDUSTRIAL

    GABRIEL PRIETO ROMERO

    KLEBER GONALVES PEREIRA

    MATHEUS FREITAS PESTANA

    ROBSON SANTOS

    THIAGO RIBEIRO MORAIS

    PROTTIPO AUTOMATIZADO DE MISTURADOR DE CORANTES A

    PARTIR DE CORES PRIMRIAS

    Cubato2014

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    GABRIEL PRIETO ROMERO

    KLEBER GONALVES PEREIRA

    MATHEUS FREITAS PESTANA

    ROBSON SANTOS

    THIAGO RIBEIRO MORAIS

    PROTTIPO AUTOMATIZADO DE MISTURADOR DE CORANTES A

    PARTIR DE CORES PRIMRIAS

    Cubato2014

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    P967

    Prottipo Automatizado de Misturador de Corantes a Partir de

    Cores Primrias / Gabriel Prieto Romero ... [et al.].

    Cubato, 2015.74 f. ; 30 cm.

    Trabalho de Concluso de Curso (Tecnologia emautomao industrial) Instituto Federal de Educao,Cincia e Tecnologia, Cubato, 2015.Orientador: Prof. Msc. Alexandre Manioba de Oliveira

    1. Projeto. 2. Automao 3. Tonalidades. 4. Arduno. 5.Labview. I. Pereira, Kleber Gonalves. II. Pestana, MatheusFreitas. III. Santos, Robson. IV. Morais, Thiago Ribeiro.

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    GABRIEL PRIETO ROMERO

    KLEBER GONALVES PEREIRA

    MATHEUS FREITAS PESTANA

    ROBSON SANTOS

    THIAGO RIBEIRO MORAIS

    PROTTIPO AUTOMATIZADO DE MISTURADOR DE CORANTES A

    PARTIR DE CORES PRIMRIAS

    Trabalho de Projetos de Integrao

    apresentado ao Instituto Federal de

    Educao, Cincia e Tecnologia De SoPaulo, como parte dos requisitos para

    obteno do ttulo de Tecnlogo de

    Automao Industrial.

    Aprovado em: __________________________

    Banca Examinadora:

    _____________________________

    Prof. Orientador MSc. Alexandre Manioba de OliveiraIFSP - Campus Cubato

    _____________________________

    Prof. Orientador Dr. Charles Artur dos Santos de OliveiraIFSP - Campus Cubato

    _____________________________Prof. Orientador MSc. Ataliba Capasso MoraesIFSP - Campus Cubato

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    AGRADECIMENTOS

    Agradecemos aos nossos familiares, que nos apoiaram nesses anos de

    estudo com sua compreenso e carinho, auxiliando na realizao desse grande

    sonho.

    Nosso muito obrigado aos nossos colegas de turma, em especial aos

    colegas Marcio de Jesus Santos, Israel Lima, Cristiane dos Santos Guimares e

    Rubens Felix da Silva, que nos apoiaram de infinitas maneiras. E no nos

    esqueamos do colega Matheus Vendramelli, que junto a ns iniciou a ideia do

    nosso projeto, formando o embrio que hoje nasceu e nos d muita alegria.

    Aos tcnicos de laboratrios deste conceituado campus e funcionrios de

    demais reas que nos auxiliaram dando infraestrutura e espao para darmos formas

    as nossas ideias.

    Aos docentes deste nobre Instituto, em destaque ao Prof. MSc. Alexandre

    Manioba de Oliveira, que acreditou no nosso projeto e nos mostrou que se temos

    uma grande ideia, devemos lev-la at sua concretizao.

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    RESUMO

    O projeto a seguir teve como objetivo desenvolver um modelo conceitual e

    prottipo, que o valide, para a automao do processo de mistura de tonalidades

    CMYK com uma gama pr-estabelecidas de cores, utilizando uma metodologia de

    projeto hbrida das metodologias Norton, Shigley e 2HL. O desenvolvimento do

    projeto visa minimizar tempo e maximizar a qualidade no preparo das misturas,

    fazendo uso de dispositivos que faam, de fato, esses papis. A automao do

    processo partir de uma interface homem-mquina, que ser atendida por um

    microcontrolador Arduino e supervisionada por sistema feito em LABVIEW, onde

    atravs dele sero controlados volumes, vazo e nvel. Os resultados deste trabalho

    apontam para um modelo eficaz, com completa interao dos dispositivos

    envolvidos, com fcil e intuitiva operao de sua interface, o que levou a concluso

    de que o modelo totalmente factvel para uso.

    Palavras-chave: Projeto. Automao. Tonalidades. Arduino. LABVIEW.

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    ABSTRACT

    The following project was to develop a conceptual model and prototype,

    validate that, for the automation of the CMYK shades of mixing process with a pre-

    established range of colors using a hybrid design methodology of Norton

    methodologies, Shigley and 2HL. The development project aims to minimize time

    and maximize quality in the preparation of the mixtures, using schemes that, in fact,

    these roles. The automation of the process will take a man-machine interface, which

    will be answered by an Arduino microcontroller and supervised by system made in

    LABView where volumes, flow and level will be monitored through it. The results of

    this study point to an effective model, with full interaction of the devices involved, with

    easy and intuitive operation of its interface, which led to the conclusion that the

    model is completely feasible to use.

    Key-words: Project. Automation.Shades.Arduino.LABView.

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 - Cubo RGB (MANIOBA, 2008) ................................................................ 21

    Figura 2 - Observao de cores no Sistema Subtrativo. (ROCHA, 2013) ................. 22

    Figura 3 - Escala Pantone e Propores no Modelo CMYK (LIMA, 2013) ................ 23

    Figura 4 - Fluxograma da metodologia de projeto de mquina MANIOBA (2008).

    (MANIOBA, 2008) ................................................................................................... 25

    Figura 5Medio de nvel por ondas ultrassnicas (COELHO, 2008) ................... 27

    Figura 6Medidor de Vazo tipo Turbina (WEBTRNICO, 2012) .......................... 29

    Figura 7 - Vlvula solenide de ao direta de duas vias (GAXIOLA, 2011) ............ 30

    Figura 8Placa Arduino Mega 2560 (ARDUINO.CC, 2014) .................................... 32

    Figura 9 - Diferena entre Linguagem de Texto e Linguagem Grfica (CELINO,

    2009) ......................................................................................................................... 33

    Figura 10 - Ambiente de programao LabVIEW (SOUZA; BATISTA; JUNIOR,

    2013) ......................................................................................................................... 33

    Figura 11Painel de Controle das Quantidades ...................................................... 37

    Figura 12LED RGB assumindo a tonalidade escolhida ......................................... 38

    Figura 13Diagrama de blocos ............................................................................... 38

    Figura 14Esquema de montagem ......................................................................... 39

    Figura 15Painel de Converso .............................................................................. 40

    Figura 16Diagrama de blocos da converso ......................................................... 40

    Figura 17Diagrama do prottipo ............................................................................ 42

    Figura 18 - Painel base ............................................................................................. 43

    Figura 19Tanque reservatrio ............................................................................... 43

    Figura 20Padro de acoplamento da tubulao ..................................................... 44Figura 21Vlvula solenoide padro ....................................................................... 45

    Figura 22Sensor de vazo padro ........................................................................ 46

    Figura 23 - Instalao medidor de vazo Hall (CONTECH,2013) ............................. 47

    Figura 24 - Medidor rente a solenoide ....................................................................... 47

    Figura 25Posio funcional do medidor de vazo .................................................. 48

    Figura 26 - Optoacoplador (ZHENG, 2014) ............................................................... 50

    Figura 27Gama de cores (GUARANYIND,2014) .................................................... 51Figura 28Tubos de corantes (GUARANYIND,2014) ............................................... 52

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    Figura 29Soluo primria base gua ................................................................... 53

    Figura 30Soluo base guache ............................................................................... 54

    Figura 31Soluo definitiva base leite .................................................................... 55

    Tabela 6Padres e Propores das cores ............................................................. 56

    Figura 32Definio cores azul e verde .................................................................. 56

    Figura 33- Posio do Sensor ultrasnico no tanque ................................................ 58

    Figura 34Diagrama de Blocos primrio do Sensor HC-SR04 (NI, 2014) ............... 59

    Figura 35Diagrama de blocos para testes do Sensor HC-SR04 ........................... 59

    Figura 36Interface de Testes para o Sensor HC-SR04 ......................................... 60

    Figura 37Diagrama de blocos para testes do Sensor de Vazo ........................... 61

    Figura 38Interface para testes do Sensor de vazo .............................................. 61

    Figura 39Diagrama de Blocos para Testes de rels ............................................. 62

    Figura 40Tanque com dispositivos acoplados ....................................................... 63

    Figura 41- Diagrama de Blocos para testes do primeiro tanque ............................... 63

    Figura 42Interface do Sistema supervisrio .......................................................... 64

    Figura 43Diagrama de Blocos do Nvel dos Tanques ........................................... 65

    Figura 44Incio do processoCor Azul ................................................................ 65

    Figura 45a - Fluxogramas de rotinas (Incio) ............................................................. 67Figura 45b - Fluxogramas de rotinas (Rotina A)........................................................ 68

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    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1: Volume de Tinta produzido no Brasil em milhes de litros ........................ 14

    Tabela 2: Faturamento da Indstria de Tinta no Brasil em milhes de Dlares ........ 15

    Tabela 3 - Metodologia de projeto de mquina adotada ........................................... 24

    Tabela 4Teste de pulsos tanque 1 ........................................................................ 49

    Tabela 5Teste de pulsos tanque 2 ........................................................................ 49

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    SUMRIO

    CAPTULO 1 - Introduo ..................................................................................... 13

    1.1 Motivao ..................................................................................................... 14

    1.2 Problemtica ................................................................................................ 16

    1.3 Objetivos ...................................................................................................... 16

    1.4 Estrutura do Trabalho ................................................................................... 17

    CAPTULO 2 -Fundamentao Terica ................................................................ 18

    2.1 Estudo das Cores e Tonalidades ................................................................. 19

    2.1.1 Sistemas de Cores ................................................................................ 19

    2.1.2 Sistema de Cores Aditivo ...................................................................... 20

    2.1.3 Sistema de Cores Subtrativo ................................................................. 21

    2.1.4 As Cores e as Tintas ............................................................................. 22

    2.2 Metodologias ................................................................................................ 24

    2.2.1 Metodologia de Projeto de Mquina ...................................................... 24

    2.3 Viso Geral dos Componentes Eltricos ...................................................... 26

    2.3.1 Sensores ............................................................................................... 26

    2.3.1.1 Definies Importantes ................................................................... 272.3.1.2 Sensor de Nvel Ultrassnico .......................................................... 27

    2.3.2 Medidores de Vazo .............................................................................. 28

    2.3.2.1 Medidor de Vazo por Turbina ........................................................ 29

    2.3.3 Vlvulas ................................................................................................. 30

    2.3.3.1 Vlvula Solenide ........................................................................... 30

    2.3.4 Arduino .................................................................................................. 31

    2.3.5 LabVIEW ............................................................................................... 322.3.5.1 LIFALabview Interface for Arduino .............................................. 34

    CAPTULO 3 - Desenvolvimento .......................................................................... 35

    3.1 Identificao da Necessidade e Definio do Problema .............................. 36

    3.2 Sntese ......................................................................................................... 37

    3.2.1 Pr-prottipo com LED RGB Alusivo a Mistura das Tintas .................... 37

    3.2.1.1 Implementao de um Modelo Conversor RGB-CMYK .................. 39

    3.3 Prottipo Misturador de Tintas Automatizado com Controle de Nvel,

    Vazo e Tonalidade ............................................................................................... 41

    3.3.1 MontagemMateriais e Mtodos.......................................................... 42

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    3.3.1.1 Divergncias de MontagemSensor de Vazo ............................. 46

    3.3.1.2 Proteo Eltrica/Eletrnica ............................................................ 50

    3.3.1.3 Optoacopladores ............................................................................. 50

    3.3.2 CoresMateriais e Testes .................................................................... 51

    3.3.2.1 Procedimentos de Testes................................................................ 52

    3.3.2.2 Validao Base Branca ................................................................... 53

    3.3.2.3 Acertos e Definies ....................................................................... 55

    3.3.3 Modelo de Comunicao ....................................................................... 57

    3.3.4 Interface de Operao ........................................................................... 57

    3.3.4.1 IVs de Testes................................................................................. 57

    3.3.4.2 IV de Testes - Sensor Ultrasnico ................................................... 583.3.4.3 IV de TestesSensor de Vazo ..................................................... 60

    3.3.4.4 IV de TestesRels (Acionamento da Vlvula Solenide) ............ 62

    3.3.4.5 VI de TesteConjunto do Primeiro Tanque ................................... 62

    3.3.5 Sistema Supervisrio ............................................................................. 64

    3.4 Fluxograma de Funcionamentos .................................................................. 67

    CAPTULO 4 - Concluses ................................................................................... 69

    APNDICES .......................................................................................................... 74APNDICE 1 Esquema Eltrico e Comunicao dos Sensores de

    NvelUltrassnicos ............................................................................................. 74

    APNDICE 2Esquema Eltrico e Comunicao dos Sensores de Vazo ..... 75

    APNDICE 3 Esquema Eltrico, Proteo e Comunicao dos Rels para as

    Vlvulas Solenides ........................................................................................... 76

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    CCAAPPTTUULLOO11

    -INTRODUO

    No primeiro capitulo ser apresentada a motivao em realizar esta pesquisa

    e trabalho, bem como toda a problemtica, objetivos e a organizao do documento.

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    1.1 Motivao

    O Brasil vive nestes ltimos anos uma ascenso mundial muito importanteque impulsiona vrias reas da indstria e infraestrutura deste pas. Isto torna o

    pas, por sua grandeza e necessidades, um dos maiores produtores e fabricantes de

    vrios produtos, um deles a tinta. Neste ramo, ele encontra-se entre os maiores

    fornecedores mundiais de matrias-primas e insumos (ABRAFATI, 2013).

    Atravs de dados disponibilizados pela ABRAFATI (2013), os segmentos em

    que o setor de tintas se divide so:

    - Tinta imobiliria: representa cerca de 80% do volume total e 63% dofaturamento

    - Tinta automotiva (montadoras): 4% do volume e 7% do faturamento

    - Tinta para repintura automotiva: 4% do volume e 8% do faturamento

    - Tinta para indstria em geral (eletrodomsticos, mveis, autopeas,

    naval, aeronutica, tintas de manuteno etc.): 12% do volume e 22% do

    faturamento.

    Na Tabela 1 observa-se o crescimento do volume de tinta fabricada no

    Brasil, o que influencia no grande aumento do faturamento das empresas

    produtores, o que apontado na Tabela 2.

    Tabela 1: Volume de Tinta produzido no Brasil em milhes de litros

    ANO Imobiliria Repintura Ind. Automotiva Ind. Geral TOTAL

    2012 1.119 55 49 176 1.398

    2011 1.119 52 51 176 1.398

    2010 1.083 51 50 174 1.359

    2009 982 47 46 157 1.232

    2008 975 49 48 171 1.243

    2007 800 45 42 158 1.045

    2006 741 40 40 147 968

    2005 722 40 39 141 942

    2004 701 37 37 138 9132003 662 34 31 133 860

    Fonte: ABRAFATI, 2013

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    Tabela 2: Faturamento da Indstria de Tinta no Brasil em milhes de Dlares

    ANO Imobiliria Repintura Ind. Automotiva Ind. Geral TOTAL

    2012 2.728 355 281 919 4.282

    2011 2.865 355 309 965 4.503

    2010 2.470 310 270 850 3.900

    2009 1.936 246 204 648 3.033

    2008 1.983 262 221 727 3.193

    2007 1.448 223 171 600 2.442

    2006 1.206 191 152 501 2.050

    2005 1.110 180 135 455 1.880

    2004 888 139 107 366 1.500

    2003 792 119 79 330 1.320Fonte: ABRAFATI, 2013

    Com este crescimento de demanda, aumenta a procura por produtos mais

    segmentados e personalizados, tonalidades de cores diferentes das que so

    encontradas facilmente no mercado. Estas tonalidades diferentes impactam, por

    exemplo, na divulgao e venda de produtos, na decorao de ambientes

    residenciais, nas diferentes cores de modelos automotivos. Entretanto, esta

    personalizao de cores influencia no valor final de empreendimentos e automveis,

    a menos que se usem tcnicas que visam diminuir custos na produo de tintas, por

    consequncia o valor do produto final. Uma delas a mistura de tons de cores.

    Misturando cores, com propores variadas, conseguem-se incontveis

    tonalidades de cores. Com o uso de um misturador de tintas tem-se a opo de

    fazer este processo de forma automatizada e ter a cor desejada de forma rpida e

    com custos reduzidos.

    Com base nesta relevncia (baixo custo e agilidade) apontada para a tcnica

    de obteno de cores diferentes a partir da mistura de algumas cores primrias,

    motivou-se esse trabalho de pesquisa e desenvolvimento de um equipamento de

    mistura de tintas.

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    1.2 Problemtica

    Devido ao crescimento do mercado de tintas (ABRAFATI, 2013), observou-

    se um aumento quanto exigncia de diferentes produtos para atender a demanda

    de variados consumidores, que querem seu material com tonalidades cada vez mais

    distintas para personalizar seus produtos.

    A indstria de tintas no tem grande flexibilidade quanto ao processo de

    fabricao de cores e tons diferentes, para isso usa o artifcio de mistura de tons.

    Este processo pode ser feito, porm com especificaes dadas ainda pelo prprio

    fabricante, limitando as escolhas do usurio final desta tinta.

    1.3 Objetivos

    Este projeto tem como objetivo definir o conceito de um equipamento para a

    automao do processo de mistura de tintas para chegar a uma cor definida pelo

    usurio no incio do processo. Para isso, desenvolve-se um estudo de um modelo

    conceitual e prottipo de misturador de tintas que ajudou a atingir as tonalidadesrequeridas.

    O usurio tem a opo de escolher cores pr-definidas pelo sistema ou

    personalizar a cor que preferir partindo das cores primrias. Tambm pode solicitar a

    quantidade do produto final, respeitando a quantidade mnima e mxima que o

    misturador atende.

    Tem-se como expectativas a serem alcanadas os seguintes pontos:

    Maior flexibilidade quanto variedade de cores; Estoque de matria-prima padronizado, diminuindo custo de estocagem e

    facilitando reposio;

    Agilidade na produo da cor solicitada;

    Fidelidade quanto proporo de cores solicitadas.

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    1.4 Estrutura do Trabalho

    Este trabalho est organizado inicialmente em quatro captulos. Inicialmente

    o Captulo 1 contendo a introduo ao projeto. No Captulo 2 apresentada a

    fundamentao terica sobre assuntos correlatos ao trabalho. O Captulo 3 descreve

    o desenvolvimento do prottipo e no Captulo 4 apresentada a concluso e as

    propostas futuras para o projeto. Em anexo segue as referncias bibliogrficas e

    glossrio.

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    CCAAPPTTUULLOO22

    -FUNDAMENTAO TERICA

    Neste captulo sero revisados conceitos histricos e teorias correlatas ao projeto.

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    2.1 Estudo das Cores e Tonalidades

    O estudo das propriedades da cor fundamental na fabricao de tintas e

    pigmentos. Cor o efeito provocado pela ao da luz sobre os olhos. A noo de cor

    fica entre de branco, que a sntese das radiaes da luz, e de preto, que a

    falta de luz. (DONADIO, 2011; CASTRO, 2002)

    Newton foi o primeiro cientista a recombinar as cores do espectro,

    descobrindo assim que todas as cores do espectro esto presentes no raio de sol

    original. As partes do espectro luminoso se dividem em: vermelho, alaranjado,

    amarelo, verde, azul e violeta. (DONADIO, 2011; CASTRO, 2002)

    As cores so classificadas em primrias geradoras, secundrias e tercirias.

    Cores primrias so as trs cores indecomponveis que, misturadas produzem todas

    as cores. Elas no so as mesmas para fsica e para a pintura. Para fsica as cores

    primrias so o vermelho o verde e o azul. J para a pintura, que abordamos neste

    projeto so o ciano, magenta e amarelo. (FELIPPE, 2013; DONADIO, 2011)

    As cores secundrias resultam da mistura, em proporo igual, de duas

    cores primrias. J as tercirias so todas as outras cores que conhecemos,podendo ser a mistura de duas cores primrias em propores diferentes, a mistura

    de trs cores primrias ou de uma primria com uma secundria. Dependendo da

    proporo usada em cada cor, pode-se adquirir qualquer tonalidade possvel.

    (FELIPPE, 2013; DONADIO, 2011)

    Todas as cores podem passar por mais um processo onde se podem

    conseguir outras tonalidades, a gradao. Conhecida como "dgrad", nada mais

    que a adio gradativa da cor branca, ou preta, a uma cor primria ou secundria.Conseguem-se assim muitas outras tonalidades a partir de uma cor matiz (cor em

    mxima intensidade).

    2.1.1 Sistema de Cores

    Devido a grande variedade de aplicaes que se podem empregar as cores,

    como pintura, iluminao e emisso de imagens, existem padronizaes criadas

    para explicar suas constituies. Denominam-se Sistemas de Cores.

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    Como relatado anteriormente, as cores so dividas entre primrias,

    secundrias e tercirias, todas dentro da gama do branco e do preto. A mistura de

    determinadas cores primrias de um sistema de cores pode levar a cor branca e de

    outro sistema de cores pode levar ao preto. Este fenmeno influenciado pela

    incidncia da luz do sol nestas cores, que ao refletir extrai a onda de luz branca

    dominante (subtrativo) ou na mistura de cores que acentuam esta onda (aditivo).

    (MACHADO, 2006; ROCHA, 2013)

    2.1.2 Sistema de Cores Aditivo

    Este sistema de cores consiste nas cores que nossos olhos percebem as

    cores primrias (verde, vermelho e azul), a mistura destas cores nos d a

    interpretao de cores mais luminosas, sendo que na mistura das trs em sua

    intensidade mxima a cor branca. Este sistema baseia-se na emisso direta de luz

    nestas cores em um determinado ponto, e sua mistura resulta em uma nova cor.

    Dependendo da intensidade de cada onda de luz, conseguem-se tons diferentes de

    uma mesma cor. (MACHADO, 2006; ROCHA, 2013; FELIPPE, 2013; DONADIO,2011).

    Como exemplo do sistema aditivo temos o modelo RGB, conhecido como

    sistema cor-luz, usado vastamente em aparelhos emissores de luz, como a

    televiso. Este sistema baseado na teoria dos 3 estmulos (Tristimulus Color

    Theory) proposta por Young-Helmholtz. Esta teoria baseia-se no estmulo nos

    pigmentos visuais nos cones da retina, que apresenta uma maior sensibilidade

    quanto s ondas de cor vermelha, verde e azul. (MACHADO, 2006)

    Para melhor entendimento de como feita a composio de cada cor no

    modelo RGB (Fig. 1), representa-se geometricamente a determinao de uma cor

    atravs dos vetores RGB (MACHADO, 2006).

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    Figura 1 - Cubo RGB (MANIOBA, 2008).

    Contando que cada vetor possui uma escala de 0 a 255, como comumente

    usado para facilitar o calculo das propores de cores, a posio de origem (0,0,0)

    corresponde cor preta e a posio (255,255,255) representa a cor branca.

    Qualquer posio intermediria determina uma intensidade de cor diferente

    (MACHADO, 2006).

    2.1.3 Sistema de Cores Subtrativo

    O sistema de cores subtrativo funciona da seguinte forma: quando uma onda

    de luz branca incide em um objeto retornar para nossa percepo apenas a onda

    relativa cor deste, absorvendo as ondas das demais cores.

    Partindo deste princpio, entende-se que um objeto de cor preta ao receber a

    luz branca (que nada mais que a juno de ondas de luz de vrias gamas de

    cores) absorve todas as ondas, no refletindo alguma. (MACHADO, 2006; ROCHA,2013)

    O modelo de cores mais usado o CMY (Ciano, Magenta, Amarelo).

    Conhecido como sistema cor-pigmento, amplamente usado na rea de pintura.

    Este modelo compreende as cores primrias subtrativas, ou seja, quando estas

    cores tem a mesma proporo em sua intensidade mxima, chegamos cor preta.

    (MACHADO, 2006; ROCHA, 2013)

    Para uma perfeita visualizao das cores, faz-se necessrio o uso de fundobranco onde se aplica a tinta para melhor absoro da luz, refletindo perfeitamente a

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    cor desejada. Na figura 2 mostra-se como se observa a cor de uma ma vermelha.

    (MACHADO, 2006; ROCHA, 2013)

    Figura 2 - Observao de cores no Sistema Subtrativo. (ROCHA, 2013)

    2.1.4 As Cores e as Tintas

    Como visto anteriormente, usa-se como base para pigmentos o sistema

    subtrativo, principalmente o modelo CMY. Porm este sistema se mostra limitado em

    algumas aplicaes. (MACHADO, 2006; ROCHA, 2013)

    Em impresso de documentos coloridos usado um modelo semelhante,

    onde se includa cor preta. Este modelo o CMYK.

    A incluso da cor preta ao modelo se d por alguns fatores, como qualidade

    de impresso e custos. No quesito qualidade de impresso o principal motivo seria

    que o preto adquirido atravs das cores primrias no atingiria a pureza e

    padronizao ideais, podendo at alterar a cor visualizada. Sem contar que com a

    adio do preto, consegue-se melhora nos efeitos de degrad em algumas cores,

    aumentando a quantidade de cores que podem ser impressas. (MACHADO, 2006;

    ROCHA, 2013)

    Quanto ao custo, o pigmento preto muito empregado em textos, sendo

    usado mais amplamente que as outras cores e seu custo unitrio menor se

    comparar com a mistura dos pigmentos primrios. (MACHADO, 2006; ROCHA,

    2013)

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    No mercado existem vrias escalas de cores que derivam do modelo

    CMYK. Um que amplamente usado a escala Pantone. Esta escala permite o

    controle das combinaes de cores a serem impressas atravs da proporo de

    ciano, amarelo, magenta e preto quem compe cada cor. (MACHADO, 2006;

    ROCHA, 2013)

    Na figura 3, h um exemplo de como feita a proporo de cores. Onde se

    percebe que as cores derivadas so tons de amarelo, baseados na adio, em sua

    composio, de outras cores primrias nas devidas propores, contando com o

    fundo branco, a fim de se obter a tonalidade final desejada. (LIMA, 2013)

    Figura 3 - Escala Pantone e Propores no Modelo CMYK (LIMA, 2013)

    A cor escolhida s ter a mesma caracterstica se for adotado o fundo

    branco, pois a luz branca que ir incidir na superfcie pintada reflete a onda da cor

    impressa e absorve as ondas restantes. Se o fundo for diferente do branco sero

    refletidas as ondas desta cor, mudando a nossa percepo da cor realmente

    impressa. (MACHADO, 2006; ROCHA, 2013)

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    2.2 Metodologias

    Metodologia consiste em uma reflexo acerca do conjunto de mtodos

    lgicos e cientficos que so analisados e utilizados em uma determinada situao.

    (FERREIRA. 2001)

    2.2.1 Metodologia de Projeto de Mquina

    A metodologia a ser usada neste projeto ser a Metodologia de Projeto de

    Mquina (MANIOBA, 2008), que um hbrido das metodologias NORTON,

    SHIGLEY e 2HL, suas etapas (Tabela 3) destacam o processos que definem odesenvolvimento e montagem do prottipo, partindo de todo um estudo prvio at o

    momento de anlise desenvolvimento.

    Tabela 3 - Metodologia de projeto de mquina adotada

    N Etapa

    1. Identificao da necessidade

    2. Definio do problema

    3. Definio dos objetivos

    4. Sntese

    5. Seleo e otimizao

    6. Detalhamento do projeto

    7. Prototipao

    8. Anlise e otimizao9. Testes e validao

    Fonte: MANIOBA (2008)

    O fluxograma da metodologia de projeto de mquina a ser empregada neste

    trabalho mostrado na Figura 4:

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    Figura 4 - Fluxograma da metodologia de projeto de mquina MANIOBA (2008). (MANIOBA, 2008)

    Esta metodologia, alm de abranger etapas importantes e mais precisas,

    permite realimentao em qualquer etapa anterior, em qualquer combinao,

    permitindo e facilitando qualquer melhoria e correo no processo de

    desenvolvimento do projeto.

    Em seguida, detalha-se a metodologia em questo por suas etapas.

    Etapa 1 - Identificao da necessidade: Como exposto na Metodologia

    SHIGLEY, esta etapa depende da sensibilidade e percepo do projetista para

    encontrar-se uma necessidade de melhoria em um determinado cenrio.

    Etapa 2 - Definio do problema: Para sanar uma necessidade, precisa-se

    identificar o problema que a cria. Nesta etapa deve-se analisar de forma detalhada o

    problema.

    Etapa 3 - Definio dos objetivos: Definio de metas que devem ser

    atingidas durante o desenvolvimento do projeto.Etapa 4 - Sntese: Desenvolvem-se vrias propostas, sem a exigncia de

    perfeio. A criatividade a melhor caracterstica nesta etapa.

    Etapa 5 - Seleo e otimizao: Aqui, as propostas da etapa anterior

    devem ser analisadas e deve-se escolher a mais promissora, que ser lapidada para

    ser encaminhada a prxima etapa. No havendo proposta que atenda os requisitos,

    volta-se para etapa anterior.

    Etapa 6 - Detalhamento do projeto: Cria-se o conceito do projeto,constando a escolha dos materiais a serem usados, seus testes e anlises. Depois

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    de alguns aprimoramentos, d-se como concebido o projeto de construo do

    prottipo.

    Etapa 7 - Prototipao: Nesta etapa construdo o prottipo.

    Etapa 8 - Anlise e otimizao:Aqui se analisa o prottipo qualitativamente

    e otimizado.

    Etapa 9 - Testes e validao: Elabora-se uma demanda de testes,

    submetendo o prottipo as necessidades para o qual foi desenvolvido, controlando

    assim se sua eficincia est garantida.

    2.3 Viso Geral dos Componentes Eltricos

    Disposto todo um estudo, torna-se possvel examinar possibilidades de

    tornar o projeto vivel e funcional. Com o intuito de demonstrar, de modo mais

    generalista, as funes e o funcionamento dos mecanismos que sero utilizados no

    projeto, o capitulo a seguir mostrar essa viso, a fim de que, posteriormente sejam

    especificados o modelo e o modo que sero utilizados na construo final.

    2.3.1 Sensores

    Segundo MORETTO (2005), o termo empregado para designar dispositivos

    sensveis a alguma forma de energia do ambiente quer pode ser luminosa, trmica,

    cintica, relacionando informaes sobre uma grandeza que precisa ser medida,

    como: Temperatura, presso, velocidade, corrente, acelerao, posio etc.

    Um sensor nem sempre tem as caractersticas eltricas necessrias para serutilizado em um sistema de controle. Normalmente o sinal de sada deve ser

    manipulado antes da sua leitura no sistema de controle. Isso geralmente realizado

    com um circuito de interface para produo de um sinal que possa ser lido pelo

    controlador. (MORETTO, 2005)

    Supondo que a sada de um sensor, ao ser sensibilizado por uma energia

    externa, dada por um nvel de tenso muito baixo, torna-se necessrio a sua

    amplificao. Essa interface seria ento um amplificador capaz de elevar o nvel do

    sinal para sua efetiva utilizao. (MORETTO, 2005)

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    2.3.1.1 Definies Importantes

    H uma srie de caractersticas relacionadas aos sensores que devem ser

    levadas em considerao na hora da seleo do instrumento mais indicado para

    uma dada aplicao.

    Os sensores de nvel so para o controle de lquidos ou gros slidos,

    contidos em reservatrios, stios, tanques abertos, tanques pressurizados na

    indstria. So teis na deteco de um nvel fixo (chave de nvel alarmar ou

    sinalizar, quando atinge um determinado ponto) e na medio contnua.

    Alm do princpio de funcionamento dos sensores de nvel, so

    apresentadas suas caractersticas, vantagens, desvantagens e aplicaes.(GEORGINI, 2002)

    2.3.1.2 Sensor de Nvel Ultrassnico

    Baseado no princpio da reflexo das ondas sonoras. Quando uma onda

    sonora atravessa um meio capaz de absorver som e incide em outro meio como uma

    barreira, somente uma pequena poro absorvida e a maior parte da onda refletida pela barreira (Figura 5). A reflexo das ondas um eco. O tempo decorrido

    entre o instante em que o sinal emitido e o instante em que o sinal refletido

    recebido uma referncia para a posio do nvel. (COELHO, 2013)

    Figura 5Medio de nvel por ondas ultrassnicas (COELHO, 2008)

    Algumas caractersticas destes dispositivos:

    - Frequncia da onda gerada: 1 a 20 kHz;

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    - Faixa de medio: alguns centmetros at 30 metros ou mais;

    - Preciso: 1 a 5%;

    Aplicaes com este tipo de dispositivo podem ser vrias dentre elas:

    - Utilizado quando a medio precisa ser efetuada sem que haja contato entre o

    elemento de medio e o lquido do processo.

    - Deteco de presena ou ausncia de objetos em esteiras;

    - Medio da altura de objetos;

    - Aviso de aproximao.

    Vantagens:- Sem partes mveis sujeitas ao desgaste;

    - Instalao simples e total ausncia de manuteno;

    - Instalao em qualquer posio e para vrios nveis;

    - No sofre interferncia de turbulncias, vibraes ou trepidaes;

    - Mais econmico.

    2.3.2 Medidores de Vazo

    Os medidores de vazo so utilizados no controle do fluxo de fluidos de um

    determinado processo. um dispositivo que permite quantificar lquidos, gases e

    slidos que escoam por uma seo, fazendo uso de uma unidade de tempo, como:

    litros por minuto.

    Atualmente existem muitos tipos de medidores de vazo e princpios de

    medio no mercado, como: Diferencial de Presso, Multivarivel, rea Varivel,Engrenagens Ovais, Turbina, Disperso trmica, Eletromagntico, Capacitivo-

    magntico, Vortex, Coriolis e Ultrassnico. Quase todos os princpios de medio

    podem medir tanto lquidos como gases. Para aplicao eles diferem em algumas

    caractersticas especficas que, em geral, dependem diretamente do processo a ser

    medido e do custo beneficio.

    Os medidores com sada em pulso (deslocamento positivo, turbina, vortex,

    coriolis) so indicados para totalizao; e os dispositivos com sada analgica (placa

    de orifcio, magntico) so mais apropriados para registro e controle. (CHEIS, 2013)

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    2.3.2.1 Medidor de Vazo por Turbina

    O medidor de vazo tipo turbina (Figura 6) acoplado diretamente

    tubulao do processo atravs de conexes sanitrias, roscas ou flanges. Estes

    medidores so utilizados na medio de vazo em lquidos e gases, podendo ser

    fabricados em diferentes materiais para atender a uma extensa gama de tipos de

    fluidos.

    Figura 6Medidor de Vazo tipo Turbina (WEBTRNICO, 2012)

    Conhecidos tambm por tipo spin ou flowmeter, este modelo emprega um

    eixo rotativo, instalado na direo da vazo, onde a velocidade de rotao

    proporcional velocidade de escoamento do fluido. O movimento do rotor captado

    por um sensor de efeito hall, que fornece um pulso a cada rotao.

    Vantagens dos sensores Hall:- Velocidade de resposta;

    - Robustez;

    - Durabilidade;

    - Variedade de formatos e sensibilidades;

    - No necessita de encapsulamento especial;

    - Medio sem contato.

    Desvantagens:

    - No so apropriados para medir campos magnticos de baixa intensidade.

    http://www.contechind.com.br/medidores-de-vazao/http://www.contechind.com.br/medidores-de-vazao/
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    2.3.3 Vlvulas

    Uma vlvula de controle tem como funo efetuar o controle final do

    processo, de acordo com a malha de controle e seu ajuste, portanto a vlvula

    manipula uma varivel para manter a varivel controlada dentro de seu set point.

    Uma vlvula de controle composta basicamente por trs partes: um atuador; corpo

    e internos; castelo e engraxamento (GIMENEZ, 2005).

    2.3.3.1 Vlvula Solenoide

    A vlvula solenoide, que ser utilizada nesse trabalho tem um princpio defuncionamento um tanto quanto simplificado. Basicamente, no ncleo da vlvula

    existe uma agulha com uma parte metlica e um solenoide, similar ao da Figura 7, a

    seguir.

    Figura 7 - Vlvula solenoide de ao direta de duas vias (GAXIOLA, 2011)

    Um solenoide um fio enrolado de forma espiral, fio esse que seja condutor

    de corrente eltrica. Um solenoide produz campo magntico, similar ao campo

    produzido por uma barra magnetizada. Porm esse campo gerado quando a

    corrente eltrica est atuando sobre ele, portanto esse campo magntico pode ser

    ligado e desligado.

    O solenoide recebe uma tenso de 220V alternada na sua bobina para que

    ele possa ser acionado. Quando passa corrente eltrica pela bobina do solenoide,

    essa bobina atrai a parte metlica da agulha, por eletromagnetismo, fazendo com

    que seja aberto um espao para a passagem do fludo. Quando interrompido o

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    fornecimento de energia ao solenoide, o pisto volta ao seu local, empurrado por

    uma mola, fechando assim, o orifcio de passagem do fludo.

    2.3.4 Arduino

    O Arduino Mega 2560 uma placa de microcontrolador baseada no

    ATmega2560, que possui 54 pinos de entrada/sada digital, dos quais 15 podem ser

    usados como sadas analgicas PWM, 16 entradas analgicas, 4 UARTs (portas

    seriais de hardware), um cristal oscilador de 16 MHz, uma conexo USB, uma

    entrada para alimentao, um cabealho ICSP e um boto de reset. A figura 8 ilustra

    a placa Arduino Mega 2560 (ARDUINO.CC, 2014).A sua voltagem de alimentao de 5V, sendo que a voltagem de entrada

    recomendada entre 7 12V, e os limites so de 6 20V. A corrente contnua por

    pino entrada/sada de 40 mA, sendo que o pino de 3.3V suporta 50 mA, a memria

    flash de 256 kB, a SRAM de 8 kB e EEPROM de 4 kB. Possui tambm um fusvel

    que pode ser resetado e que protege as portas USB do computador contra curtos-

    circuitos e sobre corrente. Apesar de muitos computadores possurem sua prpria

    proteo interna, o fusvel resetvel garante um nvel extra de segurana. Se maisde 500 mA forem drenados ou aplicados na porta USB , o fusvel automaticamente

    abrir o circuito at que o curto ou a sobrecarga sejam removidos(ARDUINO.CC,

    2014).

    O Arduino embarca um microcontrolador com entradas e sadas que atravs

    delas consegue-se flexibilidade e facilidade de integrao e interao com os

    dispositivos de hardware. Este microcontrolador consegue interagir com dispositivos

    ao seu redor por meio de hardware e software, ou seja, uma plataforma de

    computao fsica ou embarcada.

    Pode-se utilizar o Arduino para criar objetos que interajam

    independentemente, ou criar uma lgica onde um computador, a internet ou uma

    rede enviem dados para ele e o mesmo atue sobre eles. Enfim, este

    microcontrolador consegue controlar e ser conectado a diversos dispositivos ou

    componentes como botes, motores, sensores (presso, temperatura, etc.),

    receptores GPS, mdulos ethernet ou qualquer outro dispositivo que disponibilize

    dados ou possa ser controlado. Existem algumas verses das placas, sendo a

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    Arduino Mega 2560 (Figura 8) a mais recente, que se encontra em sua reviso de

    nmero trs (ARDUINO.CC, 2014).

    Figura 8Placa Arduino Mega 2560 (ARDUINO.CC, 2014)

    As grandes vantagens do Arduino so:

    - Baixo custose comparado aos outros microcontroladores, possui um custo muito

    baixo;

    - MultiplataformaConsegue operar em vrios sistemas operacionais, sendo que as

    maiorias dos microcontroladores operam somente no Windows;

    - Fcil programaoFcil de adaptar-se a modelos de linguagem.

    2.3.5 LabVIEW

    O LabVIEW (Laboratory Virtual Instruments Engineering Workbench) umalinguagem de programao grfica desenvolvida pela National Instruments. Em vez

    de linhas de texto, os comandos so inseridos atravs de cones, transformando a

    programao mais amigvel. Este tipo de linguagem tambm conhecido como

    Linguagem G. (SOUZA; BATISTA; JUNIOR, 2013)

    Diferente das linguagens de programao em texto, onde as instrues

    digitadas determinam a execuo do programa, o LabVIEW utiliza programao

    baseada em fluxo de dados, onde este fluxo determina a execuo dos comandos.(CELINO, 2009). Na Figura 9 visualizam-se as diferenas entre as linguagens.

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    Figura 9- Diferena entre Linguagem de Texto e Linguagem Grfica (CELINO, 2009)

    Uma aplicao em LabVIEW, tambm conhecida como instrumentos virtuais

    ou, simplesmente, IVs, divida em 3 partes principais (SOUZA; BATISTA; JUNIOR,

    2013):

    Painel Frontal: Interface com o usurio: aqui possvel inserir as variveis a

    serem manipuladas pelo sistema e visualizar os dados de sada; Diagrama de Blocos: rea onde programado o cdigo fonte;

    Painel de cones e Conectores: conjunto de terminais que indicam os

    controladores e indicadores da aplicao.

    Demonstra-se na Figura 10 o ambiente de programao do LabVIEW.

    Figura 10 - Ambiente de programao LabVIEW (SOUZA; BATISTA; JUNIOR, 2013)

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    2.3.5.1 LIFALABView Interface for Arduino

    Para realizar a comutao de dados entre o Arduino e LABView, a National

    Instruments desenvolveu um kit de ferramentas que possibilita este servio, o

    LabVIEW Interface for Arduino. Este kit consiste em sketchs em linguagem C, que

    so embarcados no Arduino, e bibliotecas adquiridas atravs da VI Package

    Manager, que uma ferramenta de gerenciamento de pacotes responsvel por

    organiz-los e mant-los dentro do ambiente LabVIEW, alm de gerir a obteno e

    configurao de bibliotecas e ferramentas de desenvolvimento. Com estasbibliotecas possvel criar IVs, ou seja, ambientes de desenvolvimento lgico

    direcionados ao microcontrolador em questo (IJEDR, 2014).

    Com tudo instalado, torna-se possvel utilizar a interface para aquisio de dados,

    tendo uma perfeita comunicao de entradas e sadas, leituras e escritas em portas

    digitais, analgicas e PWM.

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    CAPTULO 3

    -DESENVOLVIMENTO

    Neste captulo sero apresentadas as etapas determinadas na metodologia de

    montagem do prottipo.

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    3.1 Identificao da Necessidade e Definio do Problema

    Ao longo da pesquisa para a elaborao do Captulo 1 deste trabalho duas

    demandas relevantes e com diversos pontos em comum foram percebidas. A

    primeira a falta de diversidade do ramo das tintas, que se mostra muito pragmtica

    quanto a diversidade de tonalidades e interao do cliente com o produto. A

    segunda necessidade o carter facilitador, vivel e simples, porm extremamente

    funcional, de uma maquina que possa automatizar o processo de escolha e seleo

    dos mais diversos tipos de tonalidades.

    Sintetizando as duas demandas, percebe-se que o ponto em comum a

    necessidade de um equipamento que gere condies de minimizar tempo e

    maximizar a qualidade.

    Conforme apresentado na Seo 1.2, o grande problema, reside no fato de

    que a indstria de tintas impe uma inflexibilidade, com o que se diz respeito a

    tonalidades, tirando do consumidor o poder de escolha e apreciao imediata.

    Problema primrio:

    Desenvolver um modelo (conceito) de mquina para produo detonalidades previamente escolhidas.

    Problema secundrio:

    Este modelo de equipamento deve ser concebido na forma modular, tendo

    em vista atender as necessidades do cliente, com projeo de escolha em tela,

    controle de nvel dos tanques e controle de quantidades.

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    3.2 Sntese

    A mquina dever realizar as seguintes tarefas:

    1. Armazenar em tanques as cores primrias para mistura.

    2. Transmitir parmetros de nvel, atravs da variao de volume do liquido

    no tanque.

    3. Transportar os valores definidos de lquidos para um reservatrio final.

    4. Atingir o ponto de homogeneidade das misturas.

    5. Entregar a tonalidade solicitada.

    Para realizar esse sequncia de funes um modelo prottipo foi

    desenvolvido, como observa-se a seguir:

    3.2.1 Pr-prottipo com LED RGB Alusivo a Mistura das Tintas

    A fim de comprovar a viabilidade das misturas, uma simulaocomputadorizada de mistura de cores foi recriada no ambiente LabVIEW (Figura 11),

    a fim de tornar visvel a viabilidade do projeto

    Figura 11Painel de Controle das Quantidades

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    O funcionamento do sistema basicamente se baseia em uma escolha

    arbitraria do usurio pelas propores desejadas das cores e consequente projeo

    da mistura das quantidades. Quando atendida a necessidade, o LED RGB assume a

    tonalidade final (Figura 12), recriando uma aluso ao produto final da mistura do

    prottipo.

    Figura 12LED RGB assumindo a tonalidade escolhida

    A simulao do processo faz uso de uma comunicao entre omicrocontrolador Arduino e a interface grfica LabVIEW. A comunicao serial gera

    um cambio de informaes entre ambos, onde os blocos de informaes so

    transmitidos diretamente placa, reconhecidos e aplicados. A programao de

    blocos , em sntese, uma converso entre valores convencionais das cores RGB

    em um produto final, ligado a uma rotina e configurado sobre as necessidades.

    (Figura 13).

    Figura 13Diagrama de blocos

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    Para execuo da simulao foram utilizados 3 resistores de 330 ohms

    cada e um LED RGB, dispostos como na Figura 14.

    Figura 14Esquema de montagem

    3.2.1.1 Implementao de um Modelo Conversor RGB-CMYK

    Com o intuito de tornar a simulao ainda mais prxima ao prottipo, foi

    implementado um modelo de converso do sistema RGB ao modelo CMYK, de

    forma que ao usurio dispor os moldes desejados no modelo RGB, estes sero

    apresentados em uma escala de 0 a 1 nos moldes CMYK, indicando as propores

    necessrias para obteno do produto final neste modelo (Figura 15).

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    Figura 15Painel de Converso

    A programao em blocos utiliza-se de um modelo matemtico de converso

    das cores, alm da implementao de uma nova varivel no sistema (cor preta). O

    modelo executado atravs de valores de entrada, que geram valores de sada,

    porem neste caso, convertidos em imagem, ou caixa de cores (Figura 16).

    Figura 16Diagrama de blocos da converso

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    3.3 ProttipoMisturador de Tintas Automatizado com Controlede Nvel, Vazo e Tonalidade

    A proposta contempla um modelo automtico para realizar as tarefas

    descritas na seo 3.2, sendo este, baseado principalmente na seleo da cor, no

    controle de volume das tonalidades e medio do nvel dos tanques. Na pr-

    prototipao fez-se uso de uma esquemtica simples, por se tratar de um exemplo

    alusivo e comprobatrio, porm partindo para o desenvolvimento do prottipo, fez

    necessrio idealizar uma rotina de funcionamento e um planejamento de montagem.

    Sendo assim, disposto de uma interface lgica e de simples compreenso,

    o usurio selecionar a tonalidade desejada, de acordo com os tons pr-definidos,oferecidos pelo leque de cores. Concludo o processo, os valores sero enviados

    para o Arduino para que se execute o que foi pedido.

    Dada escolha, vlvulas solenoides sero abertas, uma de cada vez, de

    acordo com a receita da tonalidade selecionada. O tempo de abertura delas ir

    variar de acordo com o volume determinado e medido pelos sensores de fluxo

    correspondentes a elas, o usurio escolheu uma receita que pede 40% de ciano,

    30% de magenta e 30% de amarelo de um volume de 200 mililitros. O Arduino irenviar comandos para abrir a vlvula solenoide do tanque de fluido ciano. Assim que

    o sensor de fluxo totalizar 200 ml (200x40%) ele enviar um sinal para o Arduino e

    este retornar um sinal para que a vlvula solenoide se feche. O mesmo ir

    acontecer com as vlvulas solenoides dos tanques de fluido magenta e amarelo,

    quando os respectivos sensores totalizarem 150 ml (200x30%) cada.

    Aps o processo de abertura e fechamento das vlvulas, segundos aps o

    liquido tornar-se homogneo, uma mensagem de que o usurio poder retirar o

    recipiente onde o processo ocorreu ser mostrada na tela do programa supervisrio.

    Todo esse processo tem superviso quanto variao de nvel dos tanques, obtidos

    atravs do uso de sensores ultrassnicos posicionados no topo de cada tanque, a

    fim de obtermos uma referncia mtrica de variao do volume. A Figura 17 traz um

    modelo ilustrativo do prottipo, com seus respectivos dispositivos.

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    Figura 17Diagrama do prottipo

    3.3.1 MontagemMateriais e Mtodos

    O prottipo misturador de corantes um equipamento elaborado com metas

    simples e objetivas e procurando dispor seus componentes e acessrios de forma

    prtica, onde todos so aproveitados em seu mximo potencial, diminuindo perdas

    de carga ou a necessidade de se obter outros componentes, gerando custos e

    retrabalho.

    Painel Base

    Como painel base (Figura 18) de acoplamento dos dispositivos utilizou-se

    um corte de madeira naval medindo 1m x 0,80m, justificado pela sua resistncia,

    mobilidade e medindo 1m x 0,80m, proporcionando fixao os componentes de

    maneira uniforme e visualmente aprazvel. Seus pedestais tambm de madeira

    naval asseguram o equilbrio e sustentao.

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    Figura 18 - Painel base

    Tanque

    De material plstico, transparente, com capacidade de at 3,1 litros e tampa

    com vedao satisfatria, os tanques (Figura 19) se mantm fixados na parte

    superior da base de madeira naval, com objetivo de se utilizar a gravidade como a

    nica fora necessria para garantir o fluxo de lquido, dispensando o uso de

    bombas adicionais.

    Figura 19Tanque reservatrio

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    Tubulao

    Os instrumentos tubulares (Figura 20) compostos por: 0,30m de Tubo

    unido a uma conexo tipo joelho 90, 1 conexo tipo T e uma flange

    (responsvel por garantir a vedao na parte inferior do tanque) , todos de

    material PVC, so responsveis por manter uma linha fluxo para o liquido e foram

    selecionados por apresentar caractersticas de resistncia e durabilidade. Ligada em

    paralelo com a linha de fluxo principal, existe uma vlvula manual tipo globo que tem

    por objetivo ser utilizada em eventuais casos de emergncias como falta de energia

    ou falha de comunicao e na necessidade de um escoamento mais rpido da tinta.

    Figura 20Padro de acoplamento da tubulao

    Vlvula Solenoide

    Modelo de vlvula solenoide 220V (Figura 21) comumente usada em

    mquinas de lavar roupas, tem sua aplicao no prottipo misturador de tintas, a

    partir de um acionamento eltrico permitir ou no o fluxo de tinta para mistura fina.

    Suas medidas, modo de funcionamento e preo proporcionam um timo custo

    beneficio.

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    Figura 21Vlvula solenoide padro

    Mangueira Flexvel

    Instaladas como ligao entre a vlvula solenoide e o sensor de fluxo, a

    mangueira flexvel medindo alm da maleabilidade importante em sua aplicao

    no projeto, pois proporciona o prolongamento da linha de fluxo sem a necessidade

    de usar curvas em ngulo reto o que acarretaria em perda de carga, transparente

    permitindo a visualizao do fluxo de tintas at o final da linha.

    Medidor de vazo

    Instalados ao final da linha de fluxo, tem como objetivo maximizar a gerao

    de pulsos, sinal este que ser decodificado e entendido pelo sistema como volume

    em mililitros. Os medidores de vazo (Figura 22) esto alocados em uma base

    medindo 0,15m x 0,15m, de maneira que trabalhem o mais prximo possvel um do

    outro para facilitar a coleta de tintas no recipiente final.

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    Figura 22Sensor de vazo padro

    3.3.1.1 Divergncias de Montagem Sensor de Vazo

    Sendo uma das principais variveis do prottipo, a medio de vazo de

    sada dos reservatrios crucial para o resultado final das misturas, apesar de no

    haver controle proporcional, pelo fato de trabalhar com vlvulas on-off(solenoides),

    possvel fracionar este controle em funo da razo pulso/litro e ou por tempo. A

    composio de uma cor especifica determinada em funo da proporo do

    volume pr-definido, utilizando o Sistema de cores CMYK.

    Inicialmente na fase de montagem, algumas recomendaes de instalao

    do medidor de vazo no foram previamente observadas, ocasionando o mau

    funcionamento do mesmo, por tratar-se de medidor por efeito hall (princpio

    eletromagntico). De acordo com a recomendao de diversos fabricantes, entre

    eles Foxboro e Contech, a fim de eliminar os efeitos da turbulncia na medio da

    vazo e interferncias eletromagnticas no sensor hall, deve existir um trecho reto

    anterior ao medidor (montante) de modo a estabilizar o fluxo aps restries

    geradoras de perda de carga, como vlvulas e conexes, e outro em sua sada

    (jusante). O valor tpico recomendado de 10 vezes o dimetro do medidor, na

    Figura 23 abaixo se pode observar uma aplicao tpica de instalao

    (CONTECH,2013).

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    Figura 23 - Instalao medidor de vazo Hall (CONTECH,2013)

    No momento de execuo e instalao deste prottipo, na fase de

    montagem o medidor de vazo foi instalado em posio vertical com sua tomada a

    montante (Figura 24) rente a sada da vlvula solenoide.

    Figura 24 - Medidor rente a solenoide

    Conforme citado anteriormente, se faz necessrio o uso de um trecho reto a

    montante para o bom funcionamento do medidor de fluxo, sendo assim logo em fase

    de comunicao e testes o medidor no apresentou resultados significativos a

    princpio. Diante deste entrave inicial, foram abordadas e discutidas algumas

    hipteses, dentre elas, a viabilidade das vlvulas solenoides utilizadas e se a coluna

    de presso entre o trecho de medio e o tanque fosse suficiente para abertura total

    das vlvulas. Aps seguir recomendaes presentes em manuais de fabricantesdeste tipo de equipamento, pode-se inferir eficincia e atuao aos medidores de

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    vazo, que vieram a trabalhar de acordo com as necessidades do projeto. A Figura

    25 mostra a montagem funcional do medidor de fluxo no prottipo, adicionado o

    trecho reto de mangueira.

    Figura 25Posio funcional do medidor de vazo

    Parametrizao do medidor de fluxo

    Para programao do medidor de vazo por efeito hall, se faz necessrio a

    correlao entre pulsos por mililitros, pois tais parmetros sero equacionados nas

    rotinas do programa. Porm por existirem distrbios tanto na preciso do medidor,

    que varia entre 1% e 2%, e perdas de carga no decorrer da linha de medio, para

    uma equalizao eficaz, se fez necessrio a realizao da calibrao do medidor

    com os parmetros citados, correlacionando e proporcionalizando mililitros e pulso.Foram realizados testes em escala ascendente de 1 a 10 para ordem de 50 ml e 500

    ml a seguir na Tabela 4 e 5 respectivamente, ser apresentado os resultados

    obtidos por amostragem realizadas nos tanques 1 e 2.

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    Tabela 4Teste de pulsos tanque 1

    Tanque 1 Ml pulsos ml pulsos

    teste 1 50 118 500 1040

    teste 2 50 107 500 964

    teste 3 50 99 500 986

    teste 4 50 97 500 885

    teste 5 50 157 500 944

    teste 6 50 155 500 843

    teste 7 50 126 500 960

    teste 8 50 152 500 1010

    teste 9 50 130 500 1120

    teste 10 50 138 500 1140

    Mdia -- 127,9 989,2

    Tabela 5Teste de pulsos tanque 2

    Tanque 2 ml pulsos ml pulsos

    teste 1 50 156 500 1040

    teste 2 50 142 500 1110

    teste 3 50 149 500 986

    teste 4 50 138 500 945

    teste 5 50 164 500 944

    teste 6 50 150 500 843

    teste 7 50 152 500 960

    teste 8 50 152 500 1010

    teste 9 50 139 500 1120

    teste 10 50 161 500 1140

    Mdia -- 150,3 1009,8

    Baseado nestes valores extrados dos testes realizados em laboratrio,

    foram utilizados as mdias obtidas para parametrizao do driver do medidor de

    vazo no LABView.

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    3.3.1.2 Proteo Eltrica/Eletrnica

    O Arduino, como todo componente eletrnico, um equipamento sensvel a

    variaes de correntes e tenses e demais perturbaes. Para evitar-se um possvel

    dano ao equipamento no momento de sua operao, faz-se necessrio o

    desenvolvimento e uso de um circuito de proteo para suas sadas e entradas de

    dados, quando necessrio.

    A maior adversidade que pode ocorrer ao no usar um sistema de

    isolamento seria a contra corrente eltrica, que pode ser gerada por dispositivos

    ligados a placa. Para evitar isso, devem-se isolar ou restringir os circuitos, usando

    artifcios de componentes como os optoacopladores, resistncias e rels.

    3.3.1.3 Optoacopladores

    Optoacopladores (ou fotoacopladores) so componentes formados por um

    LED e um fototransstor alojados em um CI. Tem a funo de transferir uma

    informao eltrica entre dois circuitos atravs de luz, ou seja, sem contato eltrico

    entre eles.(SEVERO, 2012)Seu funcionamento consiste em aplicar uma tenso nos pinos pertencentes

    ao LED, que ao acender, polariza a base do transistor interno. Assim, o

    fototransstor permite que a corrente circule pelo outro circuito isolado eletricamente.

    (SEVERO,2012; ZHENG, 2014)

    Neste projeto, foi usado o optoacoplador modelo 817, como mostrado na

    Figura 26, que apresenta a representao eltrica da proteo das entradas e

    sadas digitais.

    Figura 26 - Optoacoplador (ZHENG, 2014)

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    3.3.2 CoresMateriais e Testes

    Fazendo uso de corantes TieDye, utilizados em customizaes de tecidos e

    que partem de um processo de tingimento reativo, onde apresentam como principal

    caracterstica a fuso dos corantes com o tecido a ser tingido, foram definidas as

    vertentes iniciais e as bases de aplicao das tonalidades.

    Os corantes, que possuem pigmentao baseada no sistema de cores

    CMYK, foram selecionados de acordo com as necessidades do prottipo. Foram

    utilizados corantes da marca Guarany do tipo Vivacor, indicados prioritariamentepara o tingimento de poliamida, lycra, l e seda naturais. Tal modelo possui uma

    gama de 16 cores (Figura 27), onde nela foram selecionadas as tonalidades

    correspondentes base CMYK, no caso: maravilha (magenta), turquesa (ciano),

    amarelo e preto.

    Figura 27Gama de cores (GUARANYIND,2014)

    Os corantes so distribudos em tubos cilndricos contendo 40g do p reativo

    (Figura 28) de baixa toxidade e compostos quimicamente por: cloreto de sdio,corante cido, cido ctrico, dispersante e sulfato de amnia. O contedo do tubo

    deve ser diludo em gua fervente, na proporo de 40g para 1L, onde em estado

    lquido, encontra-se preparado para suas finalidades (GUARANYIND,2014).

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    Figura 28Tubos de corantes (GUARANYIND,2014)

    As misturas dos corantes trabalham de forma alusiva as misturas das tintas

    industriais, partilhando dos mesmos princpios para gerao das tonalidades,

    diferenciando-se apenas pela particularidade de cada material. Para tanto, uma srie

    de testes foram executados com o intuito de determinar as propores ideais para

    cada tom.

    3.3.2.1 Procedimentos de Testes

    Em posse dos corantes reativos, foram elaborados uma srie de testes, afim

    de que pudssemos estabelecer um padro de cores que chegassem a um nvel dequalidade, textura e vivacidade prximos aos que foram estudados e visualizados no

    decorrer da anlise terica das misturas.

    Para incio das anlises, os contedos dos respectivos tubos de corantes

    foram diludos nas propores previamente especificadas, assim sendo, obteve-se

    1L de cada pigmento primrio.

    Os contedos de base gua, previamente tidos como padro para o

    desenvolvimento das misturas, apresentaram-se extremamente fora dasexpectativas, pois o contedo lquido deflagrou tonalidades escuras e com pouca

    vivacidade (Figura 29).

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    Figura 29Soluo primria base gua

    A partir deste momento viu-se a necessidade de imprimir a adio de algum

    contedo a soluo primria para tornar possvel o estabelecimento de um padro

    mais vivo e ativo no momento das misturas. Sendo assim, a adio de uma base

    branca foi definida como resoluo para esta deficincia, assimilando-a em

    propores exatas para atingir os nveis desejados.

    3.3.2.2 Validao Base Branca

    Disposto das solues primrias e assumindo a adio de uma base branca,

    duas frentes de testes foram determinadas:

    Base Guache Branca

    A partir de um pote de guache branca contendo aproximadamente 15ml,

    subtraiu-se o equivalente a uma colher de ch, adicionando-a nas respectivas

    solues primrias das bases CMYK. Segundos aps a homogeneizao da mistura

    as tonalidades apresentaram mudana radical na vivacidade, chegando virtualmente

    prximas ao esperado.

    Porm, aps alguns segundos, devido a diferena de densidade entre a

    soluo primria e a base, a guache depositou-se gradativamente no fundo do

    recipiente (Figura 30). Este fator possui alto nvel de criticidade no projeto, pois

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    inviabilizaria o perfeito funcionamento das vlvulas solenoides, desconstituindo a

    harmonia do prottipo.

    Figura 30Soluo base guache

    Base Leite

    A segunda frente de testes tem como base o leite, que fora escolhido

    basicamente em razo da sua cor e viscosidade. Sendo assim, a partir das soluesprimrias de um 1L cada, foram adicionados o equivalente a 500ml de leite nos

    respectivos recipientes. O contedo, aps homogeneizao, apresentou alta

    vivacidade (Figura 31), atingindo quase que 100% os padres referenciais do

    modelo CMYK. Alm do mais, os lquidos reagiram extremamente bem e

    consolidaram homogeneidade ao produto, sanando qualquer problema desta escala.

    Como ponto negativo, aponta-se o fato de o leite ser um produto perecvel e,

    se caso deixado por longos perodos sem qualquer tipo de conservao viria apubar. Porm, a criticidade do ponto em questo baixa, pois partindo de uma

    reciclagem constante do produto aps a produo, ou seja, trocas peridicas em

    dados perodos de funcionamento do prottipo, o problema seria corrigido e este

    fator no interferiria nos procedimentos de atuao e controle do prottipo.

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    Figura 31Soluo definitiva base leite

    3.3.2.3 Acertos e Definies

    Acerca dos testes com relao as cores primrias, analisando as duas

    frentes, foi possvel elencar pontos positivos e negativos de cada. Portanto, julgando

    por parmetros de harmonia, visual, vivacidade e homogenia, definiu-se a base leitecomo padro para o desenvolvimento das misturas.

    Dada esta resoluo, adentramos em um novo patamar de testes,

    relacionado basicamente s definies das misturas e leque de cores. Sendo assim,

    adotando um padro com 10 cores, alm das cores primrias CMYK, uma serie de

    testes que confrontam os valores tericos e os resultados prticos foram

    estabelecidos.

    Fazendo uso de padres dosados e definindo o produto final composto por

    200ml, foi possvel estabelecer as propores reais para cada cor desejada (Tabela

    6).

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    Tabela 6Padres e Propores das cores

    C M Y K

    VERDE 50 0 150 0VERDE-ESCURO 95 0 95 10

    VERMELHO 0 70 120 0

    VINHO 0 80 80 20

    AZUL 180 20 0 0

    AZUL-ESCURO 170 10 0 20

    ROXO 0 180 0 20

    LARANJA 0 0 180 20

    ROSE 0 150 50 0

    VERDE MUSGO 0 0 190 10

    Convertendo esses valores em forma de produto, os testes nos forneceram

    cores como o azul e o verde (figura 32) com extrema fidedignidade e satisfao.

    Figura 32Definio cores azul e verde

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    3.3.3 Modelo de Comunicao

    A comunicao entre Arduino/Computador/LabVIEW muito importante para

    o bom funcionamento da mquina. A comunicao entre si feita por USB (serial), o

    controle feito por protocolo de comunicao e apenas funciona com a

    comunicao limpa entre computador e Arduino, independentemente do tipo de

    transmisso dos dados. Isso quer dizer que para o Arduino funcionar, ela deve estar

    conectado ao computador com a velocidade mxima, via cabo. Caso o Arduino seja

    desconectado indevidamente, um erro pode ocorrer. Toolkits encontram-se

    disponveis para facilitar a comunicao supervisrio/microcontrolador. O toolkit foi

    desenvolvido na plataforma de programao LabVIEW, sendo assim, a programaocom a plataforma grfica e utilizando blocos de funes, interpretada, compilada e

    sua execuo por fluxo de dados.

    3.3.4 Interface de Operao

    A programao do software de interface usa como base dados coletados

    durante os testes dos tanques e dos dispositivos usados para controle do processo.

    O algoritmo tem o objetivo de controlar de forma confivel e verossmil as misturas,

    como identificar e informar ao usurio possvel erros e problemas durante a

    execuo do processo.

    Com uma interface simples, o usurio tem a opo de escolher a tonalidade

    a ser produzida, sendo informado em tempo real quanto ao andamento do processo.

    O controle de vlvulas, tanto como a aquisio de dados por sensores so

    feitos por rotinas criadas e testadas em VI diversos, e depois agrupados em um

    mesmo sistema, integrando estas funcionalidades, fazendo o prottipo responder as

    expectativas dos usurios.

    3.3.4.1 IVs de Testes

    Para a execuo de cada sub-processo inerente ao prottipo, necessrio a

    elaborao de rotinas para cada sensor e atuador envolvido no processo. Isto

    tambm implica em variveis inerentes a cada componente, o que torna a aplicao

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    de testes focada a cada componente do equipamento importante antes da

    montagem definitiva e testes finais.

    Para isso, desenvolveu-se para cada tipo de componente de controle um VI

    de testes, que consiste basicamente em aferir os dados coletados por sensores e

    testar o bom funcionamento de atuadores antes da montagem.

    Esta etapa do projeto tem grande importncia, pois mostra de forma isolada

    a caractersticas do hardware usado, possibilitando possveis deteces de erros e

    propor melhorias do projeto.

    3.3.4.2 IV de Testes - Sensor Ultrassnico

    Os sensores ultrassnicos so usados pelo propsito de aferir o nvel de

    cada tanque. O processo de identificao do nvel do lquido transmitida em

    centmetros, que a distncia da linha superior do lquido e o sensor.

    Abaixo, na Figura 33, demonstra-se como ser alocado o sensor para aferir

    o nvel da soluo.

    Figura 33- Posio do Sensor ultrassnico no tanque

    Para comunicar com o sensor, desenvolvedores da National Instruments,

    fabricante do software LABView, desenvolveram diagramas especficos para alguns

    sensores usados para o Arduino, na Figura 34 temos o diagrama de blocos para osensor HC-SR04, usado neste prottipo.

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    Figura 34Diagrama de Blocos primrio do Sensor HC-SR04 (NI, 2014)

    Usando como base o VI acima, foi criado um outro VI. Na figura 35, temos

    os diagramas de blocos do VI de testes para este sensor.

    Figura 35Diagrama de blocos para testes do Sensor HC-SR04

    A interface de testes bem simples, como demonstra a Figura 36. Aqui

    pode-se visualizar o funcionamento do sensor e deve-se comparar com o que ocorre

    fisicamente com o tanque.

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    Figura 36Interface de Testes para o Sensor HC-SR04

    O processo de testes pode ser finalizado atravs do boto STOP ou

    quando o tanque atinge o nvel mnimo estabelecido na programao (5 cm),

    mostrando uma mensagem de alerta.

    3.3.4.3 IV de TestesSensor de Vazo

    O sensor de vazo usado neste prottipo um sensor de efeito Hall, ou seja,

    quanto maior o fluxo de lquido que passa por ele, maior ser a frequncia captada

    de pulsos.

    No processo em questo, a quantidade de pulsos ser proporcional ao

    volume de lquido despejado do tanque, logo a contagem desses pulsos primordialpara o controle dos lquidos primrio usado para cada mistura.

    Na Figura 37, temos o diagrama de blocos de teste do sensor de vazo, que

    consiste basicamente em contar a quantidade de variaes de pulsos (borda de

    subida) do sensor na passagem do lquido.

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    Figura 37Diagrama de blocos para testes do Sensor de Vazo

    Na prxima Figura 38 est demonstrado a interface onde pode-se visualizar

    os picos de pulsos e a quantidade de pulsos identificados no campo Qtde. de

    pulsos. Em Zerar qtde zera-se o contador de pulsos, possibilitando o reinicio da

    contagem para novos testes.

    Figura 38Interface para testes do Sensor de vazo

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    3.3.4.4 IV de TestesRels (Acionamento da Vlvula Solenoide)

    O acionamento e fechamento das vlvulas sero determinadas por

    comandos enviados aos rels que asseguram o isolamento dos circuitos eltricos da

    rede alternada(que alimentam a vlvula solenoide) do circuito contnuo.

    Em seguida, na Figura 39, est demonstrado do diagrama de blocos deste

    VI.

    Figura 39Diagrama de Blocos para Testes de rels

    Quando acionado o VI, o rel acionado, liberando a passagem de correntedo circuito alternado, acionando a vlvula.

    3.3.4.5 VI de TesteConjunto do Primeiro Tanque

    Finalizado os testes individuais de cada componente e atestando que as

    interfaces de testes correspondem aos requisitos propostos, pode-se realizar testes

    mais derivados. Neste momento criado um VI que controla um tanque.Usando como base os VIs dos testes mencionados anteriormente, pode-se

    fazer testes quanto o uso em conjunto de todos os componentes testados

    anteriormente, podendo-se constatar problemas de compatibilidade na montagem e

    assegurar sucesso prtico do sistema.

    Na Figura 40 temos um exemplo preliminar da montagem do sistema de um

    dos tanques, possibilitando o teste do VI.

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    Figura 40Tanque com dispositivos acoplados

    Cada processo do sistema possui um Case no VI, correspondente ao VI de

    testes j apresentado, que segue a seguinte ordem: Incio do processo, Conferncia

    do nvel, abertura da vlvula, contagem de vazo, fechamento de vlvula e fim do

    processo.

    Na Figura 41, um exemplo de como o diagrama de blocos feito para

    abranger as funes criadas anteriormente.

    Figura 41- Diagrama de Blocos para testes do primeiro tanque

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    3.3.5 Sistema Supervisrio

    Aps testes e validao dos dados coletados, temos a criao do sistema

    supervisrio que ser usado para o prottipo validada. A Interface que o usurio ir

    interagir tem uma estrutura intuitiva, como demonstra a Figura 42. Porm, como

    visto anteriormente nos VIs criados para testes, o diagrama de blocos deste sistema

    no algo simples.

    Figura 42Interface do Sistema supervisrio

    Como indicado em outros captulos desta dissertao, foram escolhidas 10

    tonalidades como produto final da mistura das cores primrias. Para cada mistura foi

    criada uma rotina que far a disperso dos corantes em sua quantidade necessria

    para chegar a tonalidade requerida pelo usurio.

    Para isso, faz-se necessrio observar o nvel dos tanques de corantes

    primrios. O nvel atualizado na tela enquanto no se inicia nenhum processo de

    solicitao de mistura. A rotina est expressa na Figura 43.

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    Figura 43Diagrama de Blocos do Nvel dos Tanques

    As indicaes dos tanques na tela correspondem a altura preenchida por

    lquido em centmetros, abaixo em tempo real, tempos a quantidade em litros.

    O processo tem incio no momento que o operador seleciona a tonalidade

    deseja e pressiona o boto para iniciar o funcionamento do prottipo. Na Figura 44 o

    processo do boto iniciar e de seleo de cores no diagrama de blocos.

    Figura 44Incio do processoCor Azul

    O prximo passo do processo observar se os tanques tem o nvel mnimo

    para chegar ao produto final. Obtendo=se uma resposta negativa, o processo

    finalizado com uma mensagem de erro, e retorna para selecionar nova cor e reiniciar

    o processo. Ocorrendo uma resposta positiva, o processo de mistura prossegue.

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    O processo segue com a abertura da vlvula do primeiro corante e a

    contagem de pulsos da vazo da quantidade necessria (dados coletados e

    testados previamente). Chegando ao valor definido, a prxima rotina fecha a vlvula

    e abre a vlvula do prximo tanque e executa processo similar.

    Terminando a sequncia com sucesso, o sistema apresenta ao usurio uma

    mensagem sinalizando o final do processo. Ocorrendo qualquer erro, uma

    mensagem de erro apresentada e o processo paralisa.

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    3.4 Fluxograma de Funcionamentos

    Figura 45a - Fluxogramas de rotinas (Incio)

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    A

    LIBERA VOLUMExPORCENTAGEMDE CIANO

    LIBERA VOLUMExPORCENTAGEMDE MAGENTA

    LIBERA VOLUMExPORCENTAGEMDE PRETO

    LIBERA VOLUMExPORCENTAGEMDE AMARELO

    ACIONAMISTURADOR

    FIM

    PRODUTO PRONTO

    EFETUA LIMPEZA

    VERIFICA GUA PARALIMPEZA

    FALTA GUA

    Limpeza Concluda

    Figura 45b - Fluxogramas de rotinas (Rotina A)

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    CAPTULO 4

    -CONCLUSES

    O mercado de tintas mostra-se em constante crescente, devido ao aumento

    de demanda, diretamente ligado, principalmente, ao setor imobilirio (ABRAFATI,

    2013). Dessa forma, o mercado se mostra extremamente importante e um

    mecanismo que venha para adicionar novas opes ticas ao ramo e valide novastecnologias, se mostra relevante e, tecnologicamente, positivo.

    Durante as pesquisas do projeto verificou-se que alm do carter facilitador

    e interativo, outro problema de equivalente relevncia foi constatado, o de haver

    certa carncia de distribuio de opes ao consumidor, tornando o desejo dele uma

    realidade submetida ao que j est preestabelecido, no caso, as opes de cores.

    Este fato motivou ao desenvolvimento do projeto, para que ele se tornasse um

    modelo conceitual e fsico, de um desenvolvedor de misturas de cores primrias, a

    fim de obter tonalidades desejadas, com base no modelo CMYK e catalogo

    PANTONE.

    Atravs do uso da metodologia de projeto de mquina foi possvel detalhar

    seguimentos, descrever passos, idealizar o pr-prottipo, definir dispositivos, criar

    simulaes e desenvolver o prottipo. O processo de criao e aplicao do console

    de simulao se mostrou muito eficiente e atendeu totalmente as perspectivas, nele,

    fez-se uso de um controle quantitativo dos padres primrios de cores, gerando uma

    simulao de mistura disposto em tela.

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    No todo, a metodologia de projeto adotada se mostrou eficiente no que se

    diz respeito estruturao de pesquisa e simulao, atendendo a todas as

    necessidades dispostas e criando recurso e meios para desenvolvimento fsico do

    projeto e por fim pde-se concluir que o modelo conceitual mostrou-se factvel e

    promissor, conforme observa-se nos resultados desta pesquisa.

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    REFERNCIAS

    ABRAFATI, Associao Brasileira dos Fabricantes de Tintas; TINTAS & VERNIZES

    - VOL. 1- Cincia & Tecnologia, 2 Edio,2013ARDUINO.CC. ARDUINO UNO: SUMMARY. Disponvel em:. Acesso em 25 Nov. 2014.

    CASTRO, A. P. A. S. ANLISE DA REFLETNCIA DE CORES DE TINTASATRAVS DATCNICA ESPECTROFOTOMTRICA. 2002. 127f. Dissertao(Mestrado do Curso de Engenharia Civil na rea de Concentrao de Edificaes)Faculdade de Engenharia Civil, Universidade Estadual de Campinas. Campinas.

    CELINO, R. A.; INTEGRANDO O LABVIEW NA ENGENHARIA, 2009. (Monografia

    apresentada ao Curso de Graduao em Engenharia Eltrica da Faculdade PioDcimo, em cumprimento s exigncias e requisitos para avaliao final dadisciplina Projeto em Engenharia Eltrica.) Faculdade Pio Dcimo.

    CHEIS, Daiana, ARTIGO REVISTA E PORTAL MEIO FILTRANTE, Edio n61Ano XI Maro/Abril de 2013.

    COELHO, M. S. TCNICAS DE MEDIO DE NVEL. Disponvel em Acesso em 01 Maio 2013.

    CONTECHIND, CATLOGO MEDIDOR DE VAZO. Disponvel emAcesso 17 Nov. 2014.

    DONADIO, P. A., ABRAFATI. MANUAL BSICO SOBRE TINTAS. 2011.

    FELIPPE, L. L.; AS CORES. Disponvel em Acesso 01 Jul. 2013.

    GAXIOLA, W; VALVULA SOLENOIDE. Disponvel em Acesso

    em 14 Abr. 2013

    GEORGINI, M. AUTOMAO APLICADA. 3. ed. Tatuap: rica, 2002

    GIMENEZ, Rogrio Diaz, ARTIGO REVISTA MECATRNICA ATUAL, n23, Ano 4,Editora Saber, Set. 2005

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    JEFFERSON SOLENOID VALVES USAINC.,VLVULAS SOLENIDESINFORMAO DE ENGENHARIA. Disponvel em

    Acesso em 14 Abr. 2013

    LIMA, Prof.Ms. P. A.; CONVERSO DA ESCALA DE CORES PANTONE COATEDPARA VALORES CMYK. Disponvel em Acesso em 04 Set.2013.

    MACHADO, A.M.L. EXTRAO AUTOMTICA DE CONTORNOS DEEDIFICAES UTILIZANDO IMAGEM GERADA POR CMERA DIGITAL DEPEQUENO FORMATO E DADO LIDAR. Tese. Universidade Federal do Paran,Curitiba, 2006.

    MANIOBA, Prof.M.Sc. A.O.;PROJETO E PROTOTIPAO DE UMA MQUINAPARA SEPARAO E DIGITALIZAO DE GROS DE MILHO. Dissertao(Trabalho de Graduao de Engenharia apresentado Universidade Catlica deSantos como parte dos requisitos para obteno do ttulo de Bacharel emEngenharia Eltrica Modalidade Computao) Universidade Catlica de Santos.

    MORETTO, D. A. SISTEMA DIDTICO DE CONTROLE DE NVEL COMTANQUES ACOPLADOS. 2005. Trabalho de Concluso de Curso (Bacharelado emInformtica) Departamento de Cincias Exatas e Tecnolgicas, Universidade doPlanalto Catarinense, Lages.

    NATIONAL INTRUMENTS WEBSITE, 2014. Disponvel em Acessoem: 07 de jun. de 2014.

    PEREIRA, .;COSTA, K.;CARMO, M.; CONTROLE AUTOMTICO DATEMPERATURA DA GUA EM UM PROCESSO INDUSTRIAL. Disponvel emAcesso em 14 Abr. 2013

    ROCHA, Prof.Ms. J. C.; COR LUZ, COR PIGMENTO E OS SISTEMAS RGB E

    CMY. Disponvel em. Acesso em 07 Set. 2013.

    SEVERO, J. A. A. SISTEMA MICROCONTROLADO PARA FUNCIONAMENTOALTERNADO E AUTOMTICO DE MOTOBOMBAS DE RECALQUE, 2012.Dissertao (Trabalho apresentado ao Centro Universitrio de Braslia (UniCEUB)como pr-requisito para a obteno de Certificado de Concluso de Curso deEngenharia de Computao).

    SOUZA, A. E. B.; BATISTA, F. R.; JUNIOR, M. S . P. S. L.; DESENVOLVIMENTO

    DE UM SISTEMA SUPERVISRIO E DE CONTROLE PARA PLANTA PILOTO DEESCOAMENTO MULTIFSICO, 2013. Dissertao (Trabalho de Concluso deCurso de Graduao, apresentado disciplina de Trabalho de Concluso de curso

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    do curso de Engenharia Industrial Eltrica nfase em Automao doDepartamento Acadmico de Eletrotcnica (DAELT) da Universidade TecnolgicaFederal do Paran (UTFPR), como requisito parcial para obteno do ttulo deEngenheiro Eletricista.) Universidade Tecnolgica Federal do Paran.

    ZHENG, Y. M. PAINEL ELETRNICO DE COMANDO COM INTERFACESENSVEL A TOQUE PARA EMBARCAES MARTIMAS, 2014 . Dissertao(Projeto de Graduao apresentado ao Curso de Engenharia Eletrnica e deComputao da Escola Politcnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, comoparte dos requisitos necessrios obteno do ttulo de Engenheiro).

    WEBTRNICO, SENSOR DE VAZO DE GUA 1/2". Disponvel em Acesso em: 30 de jun.de 2013.

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    APNDICES

    APNDICE 1Esquema Eltrico e Comunicao dos Sensores de NvelUltrassnicos

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    APNDICE 2Esquema Eltrico e Comunicao dos Sensores de Vazo

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    APNDICE 3Esquema Eltrico, Proteo e Comunicao dos Rels paraas Vlvulas Solenoides