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Revista touché! Novembro 2010

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Revista touché! edição novembro de 2010

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editorial

Distribuição Gratuitaexpediente

Produção: Laser Press Comunicação Integradawww.laserpress.net – 11 4587-6499Diretor Executivo: André Luiz de Barros LeiteEditora: Mônica Tozetto

Textos: Mônica Tozetto (MTB 33.120)e Ana Maria TonelliDesigner: Alexandra TorricelliDepto. Comercial: Carla MulinariTiragem: 6.000 exemplares

w w w. r e v i s t a t o u c h e . c o m . b r

Mônica Tozetto, editora

[email protected]

O ato de dialogar com umjornal, uma revista ou qual-quer outro meio de comunica-ção sempre mereceu respeito.Afinal é necessário estímulosuficiente para que o leitoratravesse a fronteira que o se-para de um certo comodismopara sentar no computador,produzir um texto e enviarpara a redação. Convenhamos,não é pouco.

Cartas para touché!Por isso, a equipe da touché!,

após resistir por alguns meses,resolveu tornar público algu-mas missivas que sempreaterrisam em nossa caixa deemail comentando a revista. Se-jam elas portadores de boas oumás notícias. Para estrear a nos-sa sessão de cartas, o polêmicotema das sacolas recicláveis, as-sunto levantado pelo colunistaAndré Barros, foi um dos que

mais despertou as paixões.Outros assuntos também

acabaram sendo tema de nossosleitores e serão oportunamentepublicados. A touché!, que che-ga a sua 10ª edição, não tem pa-lavras para agradecer o retornode seus leitores. Na verdade,tem. E elas estão todas aí paravocê poder aproveitá-las e, sepossível, comentar também.

Um abraço

Espaço dos leitoresO artigo “Ecochatos...”, de

André Luiz de Barros Leite, quefala sobre as sacolinhas, tem le-vantado polêmica.

O articulista que fala (oudeveria falar) de tecnologia aose sentir incomodado com a fal-ta de sacolas nos supermercadosvem falar em “princípios demo-cráticos” e outras sandices, quan-do a iniciativa de abolir as saco-las, entre outras coisas, fez nos-sa cidade aparecer de maneirapositiva no noticiário nacionale realmente é positiva em ter-mos ecológicos.

Vivaldo José Breternitz

VJ Breternitz FEA/USPGostaria de parabenizar

pela revista Touche pois a rece-

bo em minha casa desde a pri-meira edição e sempre leio e meinteresso bastante pelas repor-tagens.

Apenas gostaria de fazer umcomentário sobre o artigo dos“Ecochatos...” do André Barros.Primeiro eu achei que o artigonão seguiu o propósito da revis-ta, que sempre traz assuntos dequalidade de vida, hábitos sau-dáveis, alimentação natural,equilíbrio, etc. Li o artigo commuito desgosto, principalmenteno final quando a ação de retiraras sacolinhas do supermercado écriticada com argumentos poucoembasados, demonstrando umacaracterística um tanto quanto“preguiçosa” do autor.

Atenciosamente,Thaís Cristina Sivi

Parabéns pelo artigo escritona última revista. Compartilhoda mesma opinião que a sua.Somos obrigados a engolir umaimposição absurda, da não uti-lização de sacolas de plástico nossupermercados, e não temos op-ção. Onde está a tal democracia?Ao invés de abolirem as sa-colinhas, deveriam ter feitocampanhas educativas paranão jogar em qualquer lugaro lixo e suas sacolinhas de plás-tico. Aí sim os ecochatos deplantão poderiam optar a nãousar as sacolas nos supermer-cados, deixando a opção paracada cidadão.

Abraços e continue a escre-ver artigos inteligentes comoesse.

Marcelo Orlando Menini

Acabo de ler o artigo da revistaTouché (mês Outubro), e gosta-ria de parabenizá-los pela cla-reza de exposição e sensibilida-de ao tocar no assunto.

Concordo com todas suas ar-gumentações e colocações, prin-cipalmente com o fato de algunsdos nossos ditos “administrado-res visionários” quererem defen-der o meio ambiente deixando derespeitar os princípios democrá-ticos com medidas pequenas e àsvezes com interesse duvidosos.

Juan Luis Jimenez

ParticipeComentários, críticas,

elogios e outras sugestõessão bem vindos. No site,acesse “Fale conosco” paradar sua palavra.

4 touché!

g e n t e( )

Por Ana Maria Tonelli

Pré-destinada a fazer o bem, Maria

Cristina Castilho de Andrade veio ao

mundo para proporcionar alegrias e

ajudar na retomada da auto-estima às

pessoas que tiveram um histórico de

crimes e prostituição. O trabalho vo-

luntário somado à palavra de Deus

transforma esta mulher em guerreira.

5touché!

”“Deus me chamou

para metransformar

em umapessoa melhor

Desde jovem já com um

ideal: viver para ajudar a

quem mais necessitava. As-

sim é Maria Cristina Cas-

tilho de Andrade, coordena-

dora da Pastoral da Mulher

e também presidente da As-

sociação “Maria de Mag-

dala”. Nos olhos, uma am-

bição e determinação sem

igual. E o corpo inteiro de-

dicado a um trabalho em

que a principal diferença é

que ela faz por amor, não

por dinheiro.

Um sorriso largo rea-

firma tudo isso. Cristina

foi criada em um lar de

muito carinho. Aprendeu

com o tempo que amar é

renunciar, como ela mes-

ma diz.

A experiência de vida

está resumida em 56 pri-

maveras dedicadas, como

afirma a voluntária, so-

mente aos necessitados,

aos considerados excluídos

da sociedade.

O CONVITE

Vendo a necessidade de

ajudar mulheres com histó-

rico de prostituição, em

1982, o bispo da Diocese,

Dom Roberto Pinarello, cha-

mou Maria Cristina para

iniciar um projeto de assis-

tência. Para se aprofundar

no trabalho voluntário, o

primeiro contato da coorde-

nadora da Pastoral foi com

Frei Jean Pierre Barruel,

que estava no Brasil, e na

França atuava na assistên-

cia social. Segundo ela, a

tarefa (o trabalho) que foi

proporcionado por Deus,

veio para dar sentido à sua

vida, para exercer a mater-

nidade de filhas que não

são dela.

A MISSÃO

Além do trabalho com as

mulheres, Maria Cristina

também visita presidiários

de ambos os sexos, com a

intenção de levar uma pa-

lavra de conforto e amiza-

de. “Conhecendo as históri-

as deles, entendo que so-

mente não fiz as mesmas coi-

sas porque a minha histó-

ria foi diferente. Isso me fez

perceber que não sou me-

lhor do que ninguém”, co-

menta. De família católica,

afirma que aprendeu muito

cedo sobre as perdas e se

convenceu de que somente

Deus permanece, enquanto

todas as outras coisas pas-

sam por nós com uma in-

crível rapidez. “Como escre-

veu Cecília Meireles: ‘a vida

é um instante emprestado’“.

O INÍCIO

O desejo em ajudar o

próximo surgiu cedo na

vida de Maria Cristina. Des-

de os 13 anos já colaborava

com as meninas do Educan-

6 touché!

”“Na coordenação

ou não, jamaisme afastei

do trabalho.

dário Nossa Senhora do

Desterro, ajudando nos de-

veres e tarefas escolares.

Como uma pré-destinação,

nunca mais parou de assis-

tir socialmente algumas pes-

soas. “Não me considero

uma assistente social, pois

não tenho formação para

isso. Atuo como sócio-edu-

cadora”, afirma ela. Segun-

do ela, o trabalho é extre-

mamente importante por-

que resgata e trata a auto-

estima de cada uma des-

sas mulheres que foram

vítimas de várias situa-

ções, entre elas, o rebaixa-

mento social.

A ENTIDADE

A preocupação com a

saúde física e mental das

mulheres prostituídas veio

à tona quando se percebeu

o grande fluxo de moças

vagando pelas ruas e pra-

ças, O intuito era proporcio-

nar uma vida melhor para

elas e seus familiares. Como

Maria Cristina diz, as mu-

lheres têm o desejo de pro-

porcionar uma vida digna

e confortável a seus filhos e

também trabalham para ter

moradia, um lugar para

chamar de lar.

A partir daí, sentiu-se

necessária a criação de

uma entidade que cuidas-

se somente dessas meni-

nas e mulheres desampa-

radas e desiludidas. Para

acolher esse público, dom

Roberto Pinarello de

Almeida, bispo diocesano

da época, instituiu, em 12

de outubro de 1982, a Pas-

toral da Mulher.

Em 1988, teve início as

reuniões na Catedral Nossa

Senhora do Desterro. A par-

tir de então, a entidade

nunca mais parou e, em

1995, foi fundada a Asso-

ciação “Maria de Magda-

la”, que abrangeu também

os familiares das mulheres

assistidas.

OU FAÇA PARTEHoje, uma das necessidades da Associação “Ma-

ria de Magdala” é a participação voluntária de pes-

soas que possam ministrar aulas de reforço em

Língua Portuguesa e Matemática para os filhos e

netos das mulheres assistidas pela entidade. O vo-

luntário precisa ter disponibilidade para compa-

recer à Pastoral uma vez por semana por duas ho-

ras. Há procura também por aulas de pintura em

tecido. Para as crianças entre seis e sete anos, dis-

ponibilidade para atividades recreativas. Os inte-

ressados podem comparecer na Pastoral da Mu-

lher localizada na Rua Senador Fonseca, 517, no

centro de Jundiaí.

7touché!

Quadro estatísticoMAGDALA

O nome da entidade

“Maria Magdala” vem da

história bíblica descrita no

Novo Testamento. Maria

Madalena, natural de

Magdala, uma cidade loca-

lizada na costa ocidental do

Mar da Galiléia, foi a mu-

lher que Jesus salvou do

apedrejamento e que o se-

guiu pelo resto de sua vida,

até a crucificação. Conheci-

da também como a mulher

de onde saíram sete demô-

nios, segundo o Evangelho.

A entidade leva o nome

por atender exatamente

mulheres prostituídas e

que necessitam de acolhi-

mento e conhecimento das

palavras de Deus.

A ESTATÍSTICA DE 2010Os atendimentos foram prestados de segundas àssextas feiras e contou, neste ano, com 19 voluntários eduas funcionárias fixas.Foi contabilizado um total de 203 pessoas assistidas,sendo elas:Crianças de 0 a 11 anos - 47Crianças de 12 a 17 anos - 22Mulheres (com atendimento permanente) - 48Mulheres (coma atendimento esporádico) - 86

8 touché!8 touché!

A chegada dos primeirosimigrantes árabes no Brasilaconteceu no final do séculoXIX. No início do século XX, ofluxo imigratório se tornou im-portante pelo seu crescimento.Atualmente, a maioria dos bra-sileiros que possui ascendênciaárabe é de origem libanesa.

Após uma diplomática via-gem ao Oriente Médio, o Impe-rador D. Pedro II atraiu os olha-res do povo árabe, que deu iní-cio à imigração. Dominadospelo Império Turco-Otomano,eles fugiram da violenta domi-nação turca. No início do séculoXX, surgiram problemas sócio-econômicos que aumentaram onúmero de imigrantes.

Nessa época, em 1913, osavós maternos do comercian-te Jorge Gantuz Miguel tam-bém aproveitaram para bus-car novas oportunidades nopaís tupiniquim. Junto comeles veio sua única filha, comdois anos de idade, AdéliaGantuz Miguel, mãe do co-merciante. Já no Brasil, eles ti-veram mais nove filhos e donaAdélia, como era conhecidaem Jundiaí, auxiliou seus paisnos negócios da família.

Família Gantuz Miguel ésinônimo de história em Jundiaí

O avô de Jorge, quando che-gou ao Brasil, já tinha uma vidaestabilizada financeiramente.Sem saber falar português, comoa maioria dos imigrantes da épo-ca, vieram para uma nova des-coberta, uma nova oportunida-de de vida. Aqui, se instalou emSão Roque, onde montou um ar-mazém e depois ampliou o mer-cado para Indaiatuba, Ibiúna,Mairinque entre outras cidades.Dona Adélia cresceu dentro doarmazém da família e, com oitoanos de idade já administrava ocrediário das empresas.

No começo da década de 30,conheceu seu então marido,Naim Miguel e, em seguida, semudaram para Jundiaí. Aqui,eles tiveram vários comércios eo que mais se destacou foi o res-taurante Haiti, vendido na dé-cada de 70. Depois, fundaram atradicional Boutique MaisonD´or e, em 1992, já com seu fi-lho Jorge, montaram o restau-rante Saudárabe, ícone dagastronomia árabe-libanesa emJundiaí. Atualmente, Jorge équem cuida do restaurante, jun-tamente com sua esposa, man-tendo a tradição da famíliaGantuz Miguel.

Jorge é quem cuida do restauranteSaudárabe, juntamente com sua esposa

gastronomia( )

9touché!

Conhecida no mundo todo, a gastronomia árabepossui pratos com aceitação internacional. Variandode uma região para outra, a culinária árabe-libanesapode ser considerada a mais conhecida no Brasil, poismuitos dos descendentes são libaneses, principalmentena região de Jundiaí. Assim, pode-se encontrar essagastronomia no Saudárabe, que conta com as seguin-tes opções: pratos frios - quibe cru (um dos mais co-nhecidos), coalhada seca, homus (pasta de grão debico com gergelim), babaganush (pasta de berinjelacom gergelim) e tabule. Pratos quentes - charuto defolha de uva e folha de repolho, quibe assado, abobri-nha recheada com arroz e carne ao molho de tomate,berinjela recheada com arroz e carne ao molho detomate, arroz egípcio, arroz mujaddara (arroz comlentilha) e arroz chalí (com macarrão cabelo de anjo).

Gastronomia árabebusca o sabor das arábias

10 touché!

Servido todas as quintas-feiras e domingos, um dos car-ros-chefe do restaurante Saudárabe, o tradicional Carneiro àModa Árabe tem um sabor inigualável. Pesando no máximo12 kg, é necessário ter uma ótima procedência. Segundo oproprietário, Jorge Gantuz Miguel, o carneiro é compradoem um frigorífico de São Paulo, que importa o animal do Uru-guai. O cordeiro já vem limpo, mas, no restaurante, ele passapor outro processo de limpeza, ficando o dia todo imerso emsete temperos árabes. No dia seguinte, é feito um arroz semi-cozido, com traseiro de outro carneiro cortado em cubos e,após, essa mistura é colocada dentro do abdômen do cordeiro,que é costurado. Depois disso, é colocado no forno por cincohoras, se tornando um prato com ótima aceitação e servindo de20 a 30 pessoas, dependendo de outros pratos que possa ter.

Carneiro àModa Árabe

11touché!

Tabule

Modo de Preparo:Picar os pepinos, os tomates e as cebolas em pequenos

cubos. Deixar o trigo de molho em água fria por 30 minutos.

Em seguida, espremer o trigo com as mãos, para tirar o ex-

cesso de água. Reservar. Colocar em uma travessa os pepi-

nos, tomates e cebolas cortados, trigo, salsinha já picada e

temperar a gosto. Recomendado para o verão, essa receita é

muito saudável e serve 15 pessoas.

Ingredientes:• 6 pepinos japonês em conserva

• 6 tomates

• 3 cebolas

• 3 xícaras (chá) de trigo para quibe

• Salsinha a gosto

• Sal a gosto

• Limão a gosto

• Uma pitada de pimenta síria

• Azeite a gosto

12 touché!

s a ú d e( )

Jaime Carlos Orsi Savazoni,Clínico Geral especializado emmedicina chinesa e homeopatia

As relações humanas se tor-nam cada vez mais superficiaise chega um momento da vida,para algumas pessoas, em queperguntas começam a ser formu-ladas: - quem eu sou?-o que euestou fazendo com a minhavida?- para que tudo isso?

Assumimos múltiplos pa-péis. O papel de profissional, fi-lho, pai, marido e temos, em to-dos esses papéis, que corres-ponder às expectativas nossas edaqueles que nos cercam e dasociedade como um todo.

nenhuma proteção, por todos os sen-tidos: as boas e as impressões ruins.

A criança nesta fase neces-sita de aconchego, carinho, ca-lor, alimento, limites e confi-ança. Aquela confiança irres-trita que quando pedimos queela se jogue para os nossosbraços ela o faz com alegria.Qual de nós, já adulto, conse-gue esta entrega total?

E esta entrega total, paraalguns relacionamentos, é fun-damental.

Bem,este é um pequenoexercício para demonstrar decomo as influências do processode educação no primeiro setêniopodem, no adulto, trazer equilí-brio ou desequilíbrio.

Por isso nós precisamosolhar com muito carinho e cora-gem para a nossa própria histó-ria, pois nela encontraremos mui-tas respostas para as perguntasiniciais: -quem eu sou?-o que euestou fazendo com a minha vida?-para que tudo isso?

TerapiaBiográfica

A sociedade estimula quesejamos todos iguais, com asmesmas ambições, sonhos e quebusquemos no material a com-pensação para as frustrações quevão se avolumando.

A sociedade estimula queleiamos as mesmas revistas, jor-nais e que assistamos aos mes-mos noticiários para que esteja-mos informados.

Nós estamos também per-dendo a relação com a naturezae da natureza estamos queren-do retirar o máximo sem levar

em conta que todos os recursosum dia terão fim.

E tudo isso leva a uma solidãocada vez maior e a umaincompreensão em relação ao pró-ximo e a nossa individualidade.

É quando chega o momentode parar e buscar ajuda paraentendermos o que está aconte-cendo.

Uma das formas de aborda-gem do autoconhecimento é achamada Terapia Biográfica.

Como o próprio nome diz, nes-ta técnica vamos trabalhar a nossahistória, a nossa BIOGRAFIA.

Com a ajuda de um tera-peuta fazemos uma retrospecti-va da nossa vida com a intençãode levantar dados do passadopara entender melhor o presen-te. Nós percorremos as fases danossa vida que é dividida emsetênios (cada 7 anos). Cadasetênio apresenta uma dinâmi-ca própria e serve de base paraa fase seguinte e alicerce para oadulto.

Vamos tentar explicar umpouco melhor.

A criança ao nascer é total-mente dependente de alguémque cuide dela. A criança teráde ser alimentada, as roupastrocadas, aquecida como ocorrenum ninho. E, este ninho é devital importância para que a cri-ança nos primeiros três anos devida aprenda a andar, falar epensar.

A criança neste primeirosetênio não é um pequeno adulto.A criança neste período da vida estátotalmente aberta às impressões domeio ambiente. E essas impressõespodem penetrar em seu interior sem

13touché!

Se você não quer, não pode – e tambémos médicos alertam que não deve – se exporaos riscos da radiação solar mas deseja exi-bir uma pele dourada, pode lançar mão dosautobronzeadores. Apesar de simples, o usodesses produtos requer algumas técnicaspara oferecem melhores resultados. A far-macêutica e bioquímica Katiana TrichêsBunn, da Omnes Cosméticos, ensina algunstruques para que sua cor fique linda e semmanchas:

1) Faça uma boa esfoliação antes de apli-car o autobronzeador. As células são remo-vidas, a pele fica mais lisa e o bronzeado,uniforme.

2) Aplique na pele limpa e completa-mente seca. Para evitar a hiperigmentaçãodas mãos, que ficarão em contato com o pro-duto durante toda a aplicação, pode-se usarluvas cirúrgicas. Isso também evita man-chas no esmalte ou unhas. Se preferir não

Acerte com seu autobronzeadorutilizar esse acessório, lave bem as mãosapós a aplicação.

3) Aplique o produto de baixo para cima(dos pés em direção ao rosto), evitando asdobras pelo corpo. Os movimentos devemser firmes até a completa absorção.

4) Use uma menor quantidade doautobronzeador em áreas como cotovelos, vi-rilha, calcanhar e joelhos, que já são maisescuras.

5) Peça para alguém aplicar o produtonas suas costas, onde você não alcança.

6)Aplique uma pequena quantidade doproduto no dorso das mãos.

7) Espere alguns minutos antes de sevestir novamente, até a secagem completado produto. Algumas fórmulas mancham asroupas.

8) Hidrate o corpo duas vezes ao diapara prolongar o bronzeado e deixá-lo maisbonito.

v e r ã o( )

14 touché!

d e s t i n o( )

Em São Paulo, umrelógio que faz café

Máquinas antigas e cu-riosas. Há relógio de umponteiro só e o da barbea-ria, que mostra as horas aocontrário, para que o clien-te possa consultá-lo pelo es-pelho. Outros são verdadei-ras jóias, como o broche deouro, cravejado com pedraspreciosas, que pertenceu àsegunda imperatriz do Brasil,Amélia de Leuchtemberg.Contar a história através dapassagem do tempo, literal-mente, é a proposta do Mu-seu do Relógio Prof. Dimasde Melo. Instalado dentroda indústria Dimep, no Bair-ro de Vila Leopoldina, emSão Paulo, foi fundado em1975. Mas sua construçãoteve início em 1950, duran-te uma viagem do empresá-rio Dimas de Melo Pimenta(1918-1996) a Aparecida(SP). Lá, adquiriu um reló-gio de bolso confeccionadoem prata lavrada, com mos-trador de esmalte decorado.Este foi o primeiro item deuma coleção que, na décadade 1990, chegou a 800 peças.

Por Mônica Tozetto

15touché!

Outras preciosidades doacervo são um relógio que fazcafé e outro em forma de flor.Há um macaco de aparência si-nistra, que revira os olhos con-forme passam os minutos. Oscucos são a grande coqueluche,atraindo principalmente osolhares das crianças. Umamonitora acompanha a visitae providencia para que o gra-cioso pássaro mecânico anun-cie as horas.

Relógios de pulso e bolso,que fizeram parte do cotidianode muita gente, estão no acervo.Falando em cotidiano, os reló-gios de ponto estão presentes,lembrando a lida dos trabalha-dores guiada pelo tique e taque.Em dezembro de 2009, foi adi-cionado à coleção o Relógio Atô-mico, referenciado pelos movi-mentos oscilatórios, a exemplodo que acontece em qualqueroutro tipo. Mas, em vez de osci-lações feita por sistema de pên-dulo, balanço ou quartzo, ocor-re com a estimulação, por meiode ondas eletromagnéticas, dosátomos Césio 133.

Museu do RelógioProf. Dimas de Melo Pimenta

Horário de funcionamento: de segunda a sexta-

feira, das 9 às 11h30 e das 14 às 17 horas. E, no

segundo sábado de cada mês, das 9 às 11h30 e das

14h00 às 17h00

Endereço: Av. Mofarrej, 840 – Vila Leopoldina –

São Paulo – SP

Informações: 11 3646-4000

Entrada gratuitaSER

VIÇ

O

Relógio de Ponto mais antigo

Ao lado, o relógio da imperatriz

Relógio Café

Abaixo, o Relógio Balança

17touché!

Participar é fácil. No site, épreciso preencher um cadastroa fim de ter login e senha e en-tão acessar a página onde estãoos sete personagens da Tectoy.Use os campos de texto ao ladode cada um deles para sugerirum nome e descrever uma per-sonalidade. Cada participantepode dar nome e personalidadea quantos personagens quiser, aqualquer momento dentro doperíodo de participação. Se maisde um personagem de um mes-mo concorrente for classificadoentre os escolhidos, ele será pre-miado somente uma vez.

p a r a b a i x i n h o s( )

Concurso da Tectoypremiará com jogo eletrônico

Crianças de 4 a 12 anos estão convidadas a dar nomes aos integrantes da Turminha Tectoy.

O concurso vai até 3 de janeiro. A participação é gratuita e sete ganhadores serão premiados

com um Mega Drive 4 Guitar Idol 100 jogos. Para concorrer é preciso acessar o site

www.playnasuadiversao.com.br.

Ao preencher o questionáriopara se inscrever no concurso, acriança deve informar os dadosde seus pais ou responsável, queserão comunicados sobre a ins-crição do menor e terão a opçãode descadastrá-lo, se não auto-rizarem o processo.

A divulgação dos ganhado-res será no dia 19 de janeiro de2011, no próprio site e em suaspáginas nas redes sociais Orkute Twitter.

Mega Drive Guitar Idol -Recentemente lançado, o MegaDrive 4 Guitar Idol vem com 100jogos na memória, entre eles clás-

sicos como Sonic 3™, Alex Kiddin the Enchanted Castle™,Altered Beast™, Golden Axe™,Kid Chameleon™ e Shinobi III™.Inclui o exclusivo jogo Guitar Idol,com 60 músicas nacionais e inter-nacionais, com sucessos comoMamonas Assassinas e Paralamasdo Sucesso. Indicado para criançasde 8 a 12 anos, permite que doisjogadores “toquem” ao mesmo tem-po, e possui entrada para cartão SDpara permitir a reprodução de ar-quivos em MP3. Vemcom dois joysticks ergo-nômicos e uma guitarraestilizada.

18 touché!

estilo

Lençode Seda

A partir da Segunda Guerra Mundial, os lenços de sedaenrolados como turbantes fizeram grande sucesso entre asmulheres, para esconder a falta do cabeleireiro. Nos anos1960, se tornaram definitivamente substitutos do chapéu.A peça, útil e estilosa, tem o poder de expandir seu guarda-roupa. Tem gente que acha que é questão de vai e vem demoda. Eu não. Só usa lenço de seda a mulher que tem cora-gem de assumir seu estilo.

Dizem que as mulheres parisienses nasceram sabendocomo usar um lenço. Usam como cinto, amarrados em bol-sas, como tops, faixas na cabeça, amarrados nos trench coatse atados no pescoço de 88 maneiras diferentes. Em 1988,Jean-Luis Dumas-Hermès produziu um panfleto ilustradochamado “Como usar seu lenço Hermès”. Se conseguirencontrá-lo, ótimo. Se não, a Internet pode ser uma grandeauxiliar. Lá podemos encontrar inúmeras e criativas ma-neiras de amarrações.

19touché!

estilo

O acessório é versátil, mas nãoprecisa ser de seda para dar seu recadode elegância. Confira algumas dicas

Se você tem blusas ou blazerscujas cores não a favorecem, use len-ços de cores que façam seu rostocorar

Lenço amarrado ao pescoço

pede brincos discretos Opte por tecidos que tenham

um caimento natural e evitem volu-me desnecessário, como a seda, al-godão e lã. Segure o lenço no meio;as pontas devem cair sem formarvolume.

Quem tem seios grandesdeve evitar lenços amarados na al-tura deles.

Roupas mais formais, comoos terninhos e tailleurs de trabalho,ficam mais alegres e elegantes quan-do combinados com lenços.

Lenço justo ao pescoço, so-mente para quem tem pescoço lon-go. Caso contrário, use-os maisfrouxos.

O tamanho do lenço deve sercompatível com o seu biotipo.

Um lenço Hermès é vendido emalgum lugar no mundo a cada 25segundos. Tem apenas 90cm e 65gde seda, mas são necessários doisanos para criar um único lençoHermès. Tecnicamente, o processocomeça no Brasil, onde a seda é fia-da dos casulos tecidos pelas larvasde 250 bichos-da-seda. Depois de aseda ser fiada no Brasil, o processode elaboração começa em Lyon, naFrança, onde todos os estilistas sãoinformados sobre como será o temada coleção da estação. Em seguida,mas de cinquenta artistas criam osmodelos para os dez lenços a seremproduzidos para aquela estação.Após os muitos meses necessários

Amarre do jeito certo

Obsessão do Guarda-roupa – o Lenço Hermèspara criar os modelos, uma máqui-na de gravar fará uma serigrafia paracada cor diferente que aparecerá emcada lenço. Se houver 30 cores emum lenço, ele deve criar trinta seri-grafias diferentes. Em seguida, háum processo intenso de coloração,uma vez que um comitê inteiro vo-tará nas matizes e tons, antes de omodelo ser finalmente enviado à fá-brica onde o trabalho pesado come-ça. Há um processo de impressãovertiginoso; em seguida, um ba-nho luxuoso de vapor para tor-nar os lenços extraordinariamen-te macios e, então, duas mulheresexaminam cuidadosamente cadacentímetro da seda à procura de

qualquer defeito. Por último, osquadrados são cortados e as cos-tureiras os debruam à mão, atéserem enviados para as mulheresno mundo todo.

Aparições notáveis Como tipóia para apoio do

braço quebrado de Grace Kelly Como enfeite no pescoço da

rainha Elizabeth em um selo dosanos 1950

Como escudo de proteçãocontra a notoriedade de JackieOnassis durante os anos 1960

Como decoração de chapéude Audrey Hepburn, em Bonequi-nha de Luxo

Como as algemas de Sharon

Stone em Instinto Selvagem Como sutiã da Madonna em

Destino Insólito Como a bandana de Sarah Jessica

Parker em Sex and the CityEleonora Ricci

Pesquisadora de Estilo

20 touché!

Miniaturas RenewA Avon acaba de lançar as verões em

miniatura dos cremes para dia, noite e pro-duto de limpeza das linhas Rejuvenate(25+), Reversalist (35+) e Ultimate (45+).A edição é limitada e integra uma açãopromocional da empresa para incentivar osconsumidores brasileiros a realizarem o ri-tual completo de cuidados com a pele. Nacompra de um creme anti-idade para uso diur-no ou noturno, a pessoa ganhará a versão minido item de limpeza e do creme que completao tratamento, que serão recebidos quando arevendedora entregar o pedido. Consulte suarevendedora ou: pelo telefone 0800-708-2866. Loja virtual: www.avon.com.br. Folhe-to virtual: www.folhetoavon.com.br.

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Para presentearadolescentes

O Boticário lançou o Estojo Capricho.Por R$ 98,00, está incluído um desodoran-te Colônia, sabonete e gloss. Acompanhauma agenda 2011, bem alegre e colorida.0800-413011 – www.boticario.com.br

Barbie paraas meninas

Colônia (150 ml – R$ 19,90), xampu (250ml – R$ 7,90) 2 em 1, loção hidradante (100 ml– R$ 7,90 e gloss labial (R$ 8,90). Esses são ositens da linha de higiene e beleza Barbie, parameninas acima de 3 anos lançados pela Avon.As fragrâncias são suaves e delicadas. O glosstem cheirinho e aroma de chocolate. Consultesua revendedora ou: pelo telefone 0800-708-2866. Loja virtual: www.avon.com.br. Folhetovirtual: www.folhetoavon.com.br.

NAS PRATELEIRAS

Para eles,kit de natal

A Avon lança vários kits para o natal.Para os homens, o Patrick Dempsey 2, comeau de toilette spray e loção aos barba.Acompanha caixa presenteável dourada.Preço: R$ 95,00. Consulte sua revendedoraou: pelo telefone 0800-708-2866. Loja vir-tual: www.avon.com.br. Folheto virtual:www.folhetoavon.com.br.

22 touché!

Em outubro, foi realizado o eventoIncantare – Universo Infantil. Na pau-ta, um desfile de modas e atrações para-lelas para promover o desenvolvimentodas capacidades, habilidades e valoresna formação dos futuros cidadãos bra-sileiros. Os convites foram trocados porachocolatados, doados ao Grendacc.

Realização Canto Encanto

Patrocinadores Teddy Bear Eco Mundi Tico Bike Day by Day Multimarcas Studio Eustáquio Monteiro

Em outubro, mês das crianças, a escola TeddyBear Jundiaí levou seus alunos para um eventodiferente. A turminha foi conferir os espetáculosteatrais da Companhia The Performers, que tra-balham seus textos na língua inglesa,direcionados a crianças e adolescentes. A missãodo grupo é incorporar o teatro no ensino doidioma, oferecendo uma ferramenta poderosa,divertida e diversa da habitual. As peças sãoacompanhadas por material didático que incluicanções, atividades, jogos e diálogos.

Mas, para que eles pudessem tirar o máximoproveito desse evento, a Escola preparou uma sé-rie de atividades para antes e depois das apresen-tações. “Foram aulas preparatórias para o vocabu-lário e depois, consolidação do conhecimento adqui-rido”, comentou o diretor da Teddy, Ricardo MuriloDias. Para Ricardo, a finalidade desse tipo de ativi-dade, além do entretenimento, é estimular o apren-dizado de uma nova língua. “A Escola Teddy Bearacredita nisso e sempre pesquisa recursos que auxi-liem e entusiasmem nesse processo”.

Escola Teddy Bear JundiaíRua Jorge Zolner, 300 – Centro11 3963-5100 - www.teddybear.com.br

Teddy Bearno teatro

IncantareHabilidades, valorese doação

Organização do cerimonial de eventos e atos esportivos, de acor-do com a legislação e normas vigentes do Brasil. Esta é a propostade “Cerimonial e Protocolo Esportivo”, do professor dr. DaviRodrigues Poit. Organizado de maneira didática, ensina conceitos eregras básicas de protocolo, indispensáveis para que o evento saiaorganizado e harmônico. Lançamento: Phorte Editora

Cerimonial e Protocolo EsportivoLIVRO

Fotos: Eustáquio Monteiro

23touché!

e n t r e t e n i m e n t o( )

O setor de telecomunicaçõesvive uma verdadeira revoluçãocom a ampliação de operadorasde telefonia, banda larga e tam-bém canais a cabo. Em Jundiaí,a NET oferece pacotes com ostrês serviços desde 2006. Nesseano a empresa inovou mais umavez e colocou à disposição dosassinantes novos serviços. Acom-panhe nessa entrevista exclusi-va com Mario Sérgio Pinheiro,gerente de operações da NETJundiaí as novidades da empre-sa. Embora faça segredo das doque vem em 2011, Pinheiro,que está há três anos na cidadee 11 no segmento de telecomu-nicações, afirmou que muitosprojetos estão em andamento.

Touché!: Nesse ano a Net im-plantou o Combo em Jundiaí,oferecendo TV, telefonia e ban-da larga. Como foi a aceitaçãodos consumidores?

MSP: O Combo (pacotes que

NET já está preparada para a TV 3Doferecem TV por Assinatura,Banda Larga e Telefonia Fixa)foi lançado em Jundiaí no ano de2006. Em 2010 a NET lançouserviços de TV por AssinaturaDigital em alta definição: o NETDigital HD e o NET Digital HDMAX. A empresa também lançanovas velocidades do NETVirtua, serviço de banda larga.A aceitação dos novos produtosna cidade tem superado as expec-tativas da empresa. Este ano aNET também ampliou o forne-cimento de banda larga e telefo-ne em 10 bairros da cidade, queanteriormente contavam com ser-viço de TV por Assinatura.

Touché! Tanto o mercado deTV a cabo, como o de internet etelefonia tem passado por gran-des mudanças. A NET pareceser uma das empresas mais ati-vas nesses três segmentos. O queo assinante pode esperar pelafrente quanto as novidades?

MSP: A NET tem um histó-rico de pioneirismo, mas nãoposso adiantar nada. Só possodizer que preparamos muitasnovidades para 2011, que ain-da não podem ser reveladas.

Touché! A NET tem projetospara expandir o cabeamento nacidade. Em caso positivo, quaisbairros estão nas prioridades?

MSP: A NET investe constan-temente na ampliação e moderni-zação de sua rede. Temos sim umprojeto de expansão para Jundiaí,mas por questões estratégicas, nãopodemos divulgar os detalhes.

Touché! A grande sensaçãodos últimos tempos é a TV 3D.A NET já possuiu essa tecno-logia. Já há canais exibindo pro-gramações em 3D?

MSP: Não, ainda não temoscanais exibindo programaçãoem 3D. Nossa rede está prepa-rada para o 3D e nossos equipa-mentos decodificadores NETDigital HD e NET Digital HDMAX também. Mas para isso épreciso duas coisas: que hajaconteúdo disponível em 3D; eque os clientes tenham um tele-visor compatível com a tecno-logia. Vale lembrar que a NETfoi a primeira empresa no Bra-sil a fazer uma transmissão aovivo em HD 3D. Em fevereiro,durante o Carnaval, realizamosa transmissão dos desfiles dasescolas de samba do Rio de Ja-neiro. Em março, também fize-mos a transmissão ao vivo daFórmula Indy, em São Paulo.

24 touché!

t e c n o l o g i a

[email protected]

Cris Anderson, editor daprestigiada Wired, escreveudois livros fundamentais paratodos que buscam ganhar di-nheiro na rede: “A cauda Lon-ga – do mercado de massa parao mercado de nicho” e “Free -o futuro do preço”, onde de-fende que mesmo sem cobrarnada, é possivel enriquecer apartir da internet. Mais recen-temente Gary Vaynerchuk,apresentador do videoblogWine Libray TV, lançou o li-vro “Vai fundo!”, onde revelao poder das redes sociais naconstrução de uma marca desucesso e aconselha as pessoasque odeiam seus empregos aabandoná-los para seguir seusonho.

Gary, dono de um estilo úni-co, é de fato um empreendor dos

André Barros sonha com umaaposentadoria baseada em umpequeno negócio na rede, com

rendimentos gigantescos.Enquanto esse dia não

chega, ele segue tentando.

O negócioda redee a redede negócios

novos tempos, que pegou a lojade vinho da família e a transfor-mou em um negócio nacional deUS$ 40 milhões. Seu videoblogficou flutuando na rede por 18meses sem que ninguém desseatenção para suas opiniões sobretintos nobres, frisantes e outrosconselhos etílicos. Até que a marécomeçou a mudar e ele se tornouuma celebridade. Wine LibraryTV (tv.winelibrary.com) é umaprodução de baixíssimo orça-mento, realizada no andar supe-rior da loja de Gary, que arrastauma legião crescente de fãs culti-vados ao longo dos mais de 700episódios já produzidos.

Para ele, o segredo de todoseu sucesso reside na forma maistradicional do empreende-dorismo – trabalho árduo.Acompanhar diariamente seu

negócio on line, estar presentena rede sociais, twittar, respon-der emails e ler tudo a respeitodo setor que você estiver traba-lhando.

Os conselhos de Gary pre-sentes em “Vai fundo!” aliadosaos dois textos de Anderson,mostram, de fato, como é gran-de a possibilidade de um peque-no negócio triunfar na rede. Esem gastar muito. Essa, natural-mente, é a boa notícia. A má éque há milhões de pessoas ten-tando a mesma coisa nesse exa-to momento.

Existem, porém, alguns fa-tos animadores para quem vaise arriscar. A internet continuacrescendo de forma excepcional,as ofertas de banda larga semultiplicam como amplia-se onúmero de pessoas com acesso a

computadores. As compras on-line mostraram-se seguras aolongo do tempo, confortáveis eexcepcionais quando é necessá-rio pesquisar produtos e preços.

No mundo digital, a tradi-conal economia da escassez estádando lugar a economia daabundância. Na economia tradi-cional, produção e distribuiçãocustam caro e por isso é necessá-rio apostar em produtos compoucos riscos de fracasso. Já naeconomia digital, da abundân-cia, os riscos de produção e dis-tribuição são infinitivamentemenores. Esses conceitos, de-talhados em “A Cauda Longa”,explicam porque a tecnologiavai seguir permitindo a pe-quenas empresas ter sucessoao lado de gigantes da econo-mia. A sorte está lançada –quem se arrisca?

v i v e r b e m

Fernando BalbinoGraduado em Educação Física

pela UNESP de Rio Claro,mestre em Filosofia da

Educação pela UNIMEP,doutor em Ciências Sociais

pela PUC de São [email protected]

25touché!

Cozinhar melhora a vida. Comer émuito prazeroso. Rezar ajuda muito.

O personagem principal sepercebe insatisfeito com o saborda vida e resolve buscar novosingredientes e temperos. Paraconseguir resultados diferentesem sua trajetória, sabe que épreciso fazer coisas igualmentediferentes e trilhar novos cami-nhos. Aproveita o momento deinsatisfação com seus relaciona-mentos, emprego e espirituali-dade para viajar pelo mundo:conhece lugares, coisas, pessoas,comidas, hábitos, famílias e cos-tumes. Em sua viagem, encon-tra oportunidades e experiênci-as reveladoras. A vida está cheiade caminhos ocultos que preci-sam ser revelados. Como se esti-vesse dentro de um casarão an-tigo e pouco iluminado, sua vi-são demora a decifrar o contor-no dos objetos, mas por fim asformas e cores surgem magnifi-camente. Em nossa breve exis-tência demoramos a enxergarmuita coisa boa e interessanteque estava a um palmo do na-riz. Como para aprender a vi-ver somente vivendo, vai seembrenhando em novos relacio-

Brilhante atuação de Julia Roberts em Comer, Rezar e Amar. Para quem com frequência avalia a

vida e caminhos percorridos, o filme é valoroso ao abordar relacionamento, espiritualidade e esco-

lhas: a história trata de sentimentos, de coisas complexas como o casamento e outras aparentemen-

te mais simples, como “mangiare” um prato de espaguete. O enredo toca fundo no amadurecimento

e possíveis transformações a que todos estamos sujeitos em nossa trajetória, ao mostrar que o mais

bonito é o fato das pessoas não estarem sempre iguais, e que podemos seguir mudando. E passarmos

uma vida tentando nos tornar nós mesmos ou no que queremos.

namentos e oportunidades. Des-cobre que pessoas têm diferentesolhares para enxergar o mundo evai modificando suas perspectivas.Como um “bricouleur”, junta ele-mentos diferentes para compor umaobra com identidade única.

Sua permanencia na Itália édeliciosa. A pátria geradora deinúmeras famílias brasileirasnem sempre recebe bem seusdescendentes, mas se apresentaatrativa, sensual e misteriosa. Separa alguns a vida é banquete,para outros é espiritualidade efamília. Como no título, Comer,Rezar e Amar compõe uma mes-ma paisagem, um único cenário:o mesmo fogo que prepara o ali-mento também pode evocar nos-sa transcendência e espiritua-lidade. O alimento que nos sa-cia a fome também pode nos le-var mais perto de Deus. Andan-do pela rua, conhecendo pesso-as, conversando (numa barbea-ria, como no filme), comendoespaguete, podemos aprendersobre a importância do humor,da amizade e da comida. Tudoisto pode ser vivido nas terras

dos romanos e também poraqui.

Como dizem alguns chefs ita-lianos: “comer bem é estar pertode Deus”. Sentados à mesa, aconversa pode ter sabores amar-gos ou adocicados. E comer émuito mais do que saciar a ne-cessidade do alimento. Podepreencher a alma. E então porque não convidar os queridosamigos e familiares para umabela refeição? San Lorenzo é opadroeiro dos cozinheiros Itali-anos. Quando não se cozinhabem, peça ajuda e proteção, masnão abandone a ideia de trazerpessoas queridas para a mesa.Apesar de tantas mudanças ine-rentes ao mundo globalizado, oalmoço de domingo ainda fazparte da estrutura familiar quemuitos preservam. Comer não éapenas uma necessidade: é a es-sência de coisas básicas da vida.Preparar uma deliciosa refeiçãodá trabalho, requer dedicação,carinho e requinte: da mesmamaneira que a vida nos cobramuita dedicação em nossos re-lacionamentos. A mesa é lugar

da conversa, das lembranças,das desavenças e fofocas. Permi-te que todos estejam juntos, ape-sar das diferenças. E que cadaum saia da mesa sabendo umpouco mais a respeito do serhumano.

Com o perdão da redundân-cia, precisamos estar vivos real-mente “vivendo”. Viajar podeajudar a se encontrar. Às vezestemos que partir para chegar aténós mesmos. Mudar é preciso.Abastecer nossos sentimentos,manter expectativas, descober-tas, relacionamentos, amizades,tudo faz parte de eternas bus-cas. Catalogar e colecionar omundo. Dar sentido à existên-cia. Dialogar consigo mesmo.São portas para o infinito. Sãomaneiras de se continuar sen-tindo. E mangia che ti fa bene oudolce far niente.

26 touché!

t a s t e

Godofrêdo SampaioMédico, escritor e aficionado por

vinhos, charutos e boa mesa.Membro e ex-presidente da

Academia Jundiaiense de [email protected]

Panetone dosAlpes italianospara a mesados brasileiros

Existem três versões para aorigem do panetone, contudo, to-das ligadas às tradições do norte daItália, especificamente da região deMilão. A primeira diz que um rapazchamado Ughetto, apaixonado porAdalgisa, resolveu se empregar napadaria do pai dela pra ficar pertode sua amada, isso no século XIV.Ele teria inventado o panetone, quelogo se tornou um sucesso, e o pa-deiro permitiu que Ughetto se ca-sasse com Adalgisa. A segunda re-fere-se ao mestre-cuca GianGaleazzo, primeiro Duque de Mi-lão, que preparou a iguaria para afesta natalina de 1395. A lenda maisconhecida fala que um padeiro daregião da Lombardia, chamadoToni, no século XVII, criou o pãodoce com topo em forma de abóbodade igreja, e saiu vendendo pela rua,gritando em frente às casas: “olha o

Parece fácil, e realmente é desse jeito; um pão macio, perfumado, recheado de uvas passas e

frutas cristalizadas, não foi difícil tornar-se um símbolo da gastronomia do final de ano. Com suas

inúmeras qualidades e uma história rica, o panetone tem ultrapassado os tempos com muita

criatividade, em parte, graças a receitas reinventadas conforme a cultura popular. Tradicional,

lendário e inovador, esse pão doce tem sido produzido com gotas de chocolate, sorvete, nozes,

pudim, entre muito mais.

pane di Toni”.O panetone tradicional tem aro-

ma de baunilha e recheio de uvaspassas e frutas cristalizadas comodamasco, laranja, figo, maçã e cidra.A consistência esponjosa e a maciezsão originárias do processo de fer-mentação natural. O produto final érico em carboidrato, nutriente quefornece energia para as diversasfunções orgânicas, e possui grandequantidade de gordura, o que im-plica em cerca de 300 Kcal por fatia.Por isso mesmo, deve ser consumi-do com moderação.

Entre as variações existentes,certamente o chocotone é a maisconhecida. Produzido com gotas dechocolate, o pão é um sucesso, so-bretudo em nosso meio. Há tam-bém produção desse pão doce comsorvete, nozes, toque agridoce,côco, torresmo, pudim, goiaba, etc.

Outras variantes incluem a Co-lomba Pascoal, Bolo de Panetone,Sonho de Valsa, Torradas dePanetone, e muito mais, todas comsotaque português. Entre as recei-tas italianas, destaca-se o Pandoro,que é originário de Verona, tam-bém na região norte. É mais macioque o panetone tradicional, não uti-liza uvas passas e frutas cristaliza-das, e é consumido com coberturafeita com açúcar de confeiteiro.

Uma receita artesanal, que podeser facilmente feita em casa, incluios seguintes ingredientes: 100 grde fermento biológico fresco, 4 co-lheres (sopa) de açúcar, 4 colheres(sopa) de mel, 1 colher (café) de sal,250 ml de suco de laranja, 250 mlde leite, 6 ovos inteiros, 2 gemas,100 gr de manteiga, raspas de li-mão e de laranja conforme o gosto,1 colher (sopa) de essência de

panetone, 1 kg de farinha de trigo,nozes, frutas cristalizadas e uvaspassas. Desmanche o fermento como açúcar, junte o mel, o sal, o sucode laranja, o leite, os ovos, a man-teiga, as raspas e a essência depanetone, misture tudo e adicione afarinha aos poucos, amassando atéficar uma massa macia, mas que nãogrude nas mãos. Deixe crescer poruma hora. Acrescente os recheios,pincele com as gemas batidas. Leveao forno médio (180º) até assar.

A Lombardia possui uma his-tória particular em relação às ou-tras regiões-estados da Itália. Rica,desenvolvida e populosa, é um gran-de centro industrial e comercial,considerada como propulsora damoda, da tecnologia, da publicida-de, do design e da cultura. É o localdas atrevidas soluções arquitetônicase artísticas, que convivem com sítiosarqueológicos, paisagens naturais elendas seculares, como a história dopanetone. Esse clima dos Alpes itali-anos tornou o panetone um símbolodas festas natalinas, indispensável namesa de muitos brasileiros.

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