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Revista Business Portugal | Novembro '15

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EDITORIAL

Editorial

Portugal a voar alto

SUPLEMENTO CLUSTER DA AERONÁUTICA05 - AICEP06 - PEMAS1 - Lauak

PORTUGAL, UM MERCADO ESTRATÉGICO28 - Município de Leiria32 - A Bloqueira de Vermoim34 - Isolar

Numa altura em que o futuro do país muda a cada dia, continuamos empenhados na nossa missão de revelar

um país diferente, inovador , positivo, de destaque. Acima de tudo, um país altruísta, que acredita que tem muito

para dar…. A si mesmo.

Nesta edição, e a propósito do AED Day 2015, trazemos-lhe um suplemento dedicado inteiramente à

aeronáutica, espaço e defesa, sectores fundamentais para a economia nacional, mas também do resto do

mundo, com foco no desenvolvimento tecnológico e inovação.

E não estivéssemos a destacar ‘altos voos’, para esta edição rumamos ao arquipélago da Madeira e regressamos

simplesmente deslumbrados! Há tanto para destacar que sentimos alguma dificuldade em conseguir retratar

tudo o que por lá encontramos e vivemos. Os cenários são absolutamente fantásticos, a histórica é única,

a palete de sabores é simplesmente fantástica, sem esquecer que a Madeira acolhe uma das sete praias

galardoadas com das melhores de Portugal. Estas são apenas algumas das razões pelas quais recomendamos

vivamente que embarque até ao arquipélago e se deslumbre, tal como nós.

Seguimos esta nossa viagem por um país à frente do seu tempo, que aposta fortemente na inovação nas

mais diversas áreas, através de vários projectos que mostram o lado mais empreendedor dos diversos agentes

económicos presentes em Portugal, fundamentais na árdua tarefa de gerar riqueza e emprego.

Estes são alguns dos temas que completam as nossas páginas da edição de Novembro, uma edição que onde

conhecemos um Portugal a voar alto. Faça o check-in e prepara-se para embarcar.

Diana Ferreira não segue o novo acordo ortográfico

FICHA TÉCNICA

Diretor

Fernando Silva

EDITORA

Diana Ferreira

([email protected])

REDAÇÃO

Lardyanne Guimarães

Rita Carreira

Vera Pinho

Marta Caeiro

Liliana Machado

Rita Burmester

Rui Roque

Sílvia Martins

([email protected])

PROJETO GRÁFICO, PAGINAÇÃO E DESIGN

Tiago Rodrigues

SECRETARIADO

Paula Assunção

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GESTÃO DE COMUNICAÇÃO

Fernando Lopes

Filipe Amorim

Isabel Brandão

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José Alberto

Luís Silva

Manuel Fernando

Paulo Padilha

Rui Diogo

EDIÇÃO, REDAÇÃO E PUBLICIDADE

Rua Engº Adelino Amaro da Costa nº15 6ºandar sala 6.2

4400-134 - Mafamude

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A REVISTA BUSINESS PORTUGAL NAS REDES SOCIAS

DISTRIBUIÇÃO

Gratuita no Jornal i - Dec. Regulamentar 8/99-9/6 Artº 12º nº. ID

Depósito Legal: 374969/14

Edição de novembro

Por Diana Ferreira

alguns destaques da edição de novembro

12 - município de porto santo

AÇÃO SOCIAL37 - Acredita40 - SCM Fornos de Algodres42 - Centro Social e Paroquial de Avanca

INOVAR PARA CRESCER48 - CARMIM51 - Olivaisgest54 - IDEFE - ISEG56 - Município de Alvaiázere60 - Freguesia de Nadadoura66 - Tal Simplicidade

08 - município da Câmara de lobos

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ARevista Business Portugal fez as malas e foi pela primeira vez

à ilha da Madeira. Uma viagem onde se pretendeu explorar,

conhecer e divulgar as potencialidades turísticas da região,

bem como, levantar o véu sobre o que podemos esperar da

ilha da Madeira no futuro. O fim de ano no Funchal, a Festa das Flores e

o Carnaval são os eventos que a maioria dos turistas conhece mas, numa

viagem pelo Arquipélago, percebemos muito facilmente que a Madeira

é muito mais do que o Funchal, a Festa das Flores e o Carnaval. O

clima temperado é propício a férias fora da época do verão. De fevereiro

até novembro é possível mergulhar nas águas quentes, que rodeiam

a ilha da Madeira e Porto Santo, com temperaturas que vão dos 19

aos 24 graus. Na ilha é possível a prática de todo o tipo de atividades

desportivas e de lazer, ao ar livre, como mergulho, vela, surf, windsurf e

pesca desportiva. Um passeio de barco ao longo da costa também é

aconselhável, bem como a ida a Porto Santo no navio Lobo Marinho,

já que pode ser surpreendido pelos golfinhos, baleias e lobos-marinhos

que percorrem o mar da região. Em Porto Santo, as unidades hoteleiras e

as gentes da ilha também estão de portas abertas e sorriso no rosto para

o acolher. A praia que tem ganho mais destaque devido ao seu extenso

areal dourado de nove quilómetros com água azul turquesa é a de Porto

Santo, considerada uma das Sete Maravilhas das praias de Portugal. As

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magníficas paisagens, a fantástica Floresta Laurissilva, património da Unesco,

os passeios pela levadas e pelos caminhos reais são propostas que têm atraído

milhares de turistas à região. A gastronomia aliada à simpatia dos madeirenses

tornaram o destino Madeira um dos mais requisitados a nível europeu,

procura que registou um acentuado crescimento durante este ano. A Região

Autónoma da Madeira tem cerca de 260 mil habitantes, distribuídos por onze

concelhos, entre a Costa Norte e Sul da ilha e Porto Santo. Historicamente,

a primeira ilha a ser descoberta pelos navegadores João Gonçalves Zarco e

Tristão Vaz Teixeira foi Porto Santo, em 1418, depois de uma forte tempestade

que afastou a embarcação da rota. A ilha da Madeira foi descoberta um ano

depois. A colonização do atual arquipélago teve início em 1425. A ilha da

Madeira é detentora de cenários pitorescos sem igual, proporcionados pelo

clima ameno e relevo acidentado do território. Em poucas horas, podemos

iniciar uma caminhada à beira mar e terminá-la no cimo da serra, no meio

da floresta, entre os cenários verdejantes da Floresta Laurissilva, passando

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pelas paisagens coloridas, construídas pelas diversas espécies de árvores e flores

presentes no território. As ofertas para uma estadia na Madeira são mais que

muitas, entre hotéis, unidades de turismo local, parques de campismo, estalagens,

pensões, quintas, turismo rural ou turismo de habitação, é só escolher o local que

considera mais indicado para pernoitar e descansar durante a viagem. Certo é que

uma semana não chega para conhecer toda a ilha. As diferenças entre a parte sul

e norte são notórias. O sul é mais ameno e plano, enquanto o norte é mais frio,

apresentando um relevo mais acidentado, onde abunda a água que é encaminha

para o sul, através das famosas levadas. No sul, predominam as plantações de

banana e cana de açúcar enquanto o milho domina o lado norte da ilha. A poncha,

a espetada em pau de louro, o bife de atum e as lapas são iguarias de prova

obrigatória e que se podem encontrar nos melhores restaurantes espalhados por

toda a região. Não faltam propostas para passar em beleza umas férias, na região,

em harmonia com a natureza. Nas próximas páginas apresentamos alguns dos

pontos mais emblemáticos e característicos numa visita pela ilha da Madeira e

Porto Santo. Madeira, o paraíso aqui tão perto.

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MADEIRA: BELEZA NATURAL

A beleza natural da região aliada à qualidade da oferta gastronómica tornam o concelho de Câmara de Lobos um destino apetecível.

Visitar Câmara de Lobos é saborear os pratos típicos da região, provar a tradicional poncha da Madeira e percorrer os locais junto ao

mar e no meio da serra, pontos que são muitas vezes a montra da Madeira além-fronteiras. Tudo isto, conjugado com a simpatia dos

locais, tornam o concelho um ponto de paragem de eleição.

Câmara Municipal de Câmara de Lobos

Um destino de paragem obrigatória

Câmara de Lobos aposta na cultura, nas tradições e na gastronomia sendo

hoje o turismo um dos motores da economia da região. Anteriormente

era do mar, através da atividade piscatória, que viviam grande parte das

gentes da localidade. Em entrevista ao presidente da Câmara Municipal de

Câmara de Lobos, Pedro Coelho reconhece que “o turismo tem um papel fundamental

para a região, temos um plano estratégico ligado à vinha e ao vinho, ao enoturismo,

através de novas experiências, estamos a fazer essa promoção e já estamos a sentir

os efeitos”. O concelho é composto por cinco freguesias: Câmara de Lobos, Estreito

de Câmara de Lobos, Jardim da Serra, Quinta Grande e Curral das Freiras. Entre elas

há diferenças a destacar, devido sobretudo, à diversidade proporcionada pela geografia

da região. Em Câmara de Lobos, a Baía é a porta de entrada para o centro histórico

da cidade que ganhou uma nova vida, depois da requalificação, que está a permitir a

abertura de novos espaços ligados à hotelaria e restauração. No local pode provar-se,

por exemplo, a poncha tradicional da Madeira, bebida criada pelos pescadores, mas

que hoje é apreciada por todos os que visitam a região. O presidente do município,

Pedro Coelho revela que “registámos no INPI as marcas «Câmara de Lobos, capital da

Poncha, «Estreito de Câmara de Lobos, terra de vinho», «Jardim da Serra, capital da

cereja da Madeira e o Curral das Freiras, capital da castanha”, esclarece o entrevistado,

evidenciando a riqueza da região, onde está sediada a Confraria Gastronómica da

Madeira. Câmara de Lobos também é conhecida como tendo das melhores espetadas

em pau de louro da Madeira e ainda o melhor peixe espada preto, bem como, outras

iguarias ligadas ao mar. O concelho tem 35 mil habitantes, distribuídos por 52 km2, a

beleza paisagística da região faz com que muitas vezes seja utilizada como a montra

turística da Madeira, “temos o mais alto premontório da Europa que é o Cabo Girão,

o Curral das Freiras, considerado o coração da Madeira, o Jardim da Serra, que é

um verdadeiro planalto”, destaca o responsável do município. A cultura e as tradições

são as próximas apostas fortes para dinamizar o turismo na região, exemplo disso,

foram as férias que o estadista Winston Churchill passou em Câmara de Lobos e

pedro coelhoPresidente

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MADEIRA: BELEZA NATURAL

que deixaram marcas até hoje, após o antigo primeiro-

ministro britânico ter pintado a Baía de Câmara de

Lobos. “No local vamos brevemente começar a fazer

o memorial do Churchill. Estivémos em Londres onde

reunimos com a Churchill Society e a neta de do antigo

primeiro-ministro. É uma marca que não temos sabido

explorar, mas é uma grande mais-valia para a região.

É pela cultura e educação que vamos dinamizar a

nossa terra”, destaca o autarca Pedro Coelho. Ainda

em termos culturais, o Museu da Imprensa-Madeira,

sediado em Câmara de Lobos, é outros dos pontos a

visitar e resulta de uma parceria com o Museu Nacional

da Imprensa do Porto. A autarquia está ainda a projetar

o futuro Núcleo Museológico do Vinho e da Vinha. A

potencialidade turística da região está a despertar o

interesse dos investidores estrangeiros, “temos unidades

de turismo que são empreendimentos de alemães e

franceses. Na antiga lota temos um projeto hoteleiro que

vai ser lançado em breve. Neste momento, estamos com

alguma procura neste setor, devido ao mar. Em termos

de camas hoteleiras, somos dos concelhos da Madeira,

aquele que se calhar tem menos, o que pode estar

relacionado com a proximidade ao Funchal, estamos a

tentar inverter esta situação, sem danificar a cidade e o

concelho. Vamos requalificar a entrada da cidade que

está um pouco descaracterizada. Queremos marcar o

concelho na esfera regional”, evidencia o presidente do

município Pedro Coelho. Uma outra aposta da autarquia

para rentabilizar o setor na região são as viagens de

catamaran entre o Funchal e Câmara de Lobos.

Festas e romarias

Até ao fim do ano o principal evento a ter lugar na

região está relacionado com a celebração do Natal e

o fim de ano. As propostas são diversas como revela

o nosso entrevistado, “temos previstas algumas

iniciativas para o final do ano, como a Aldeia Natal, no

Curral das Freiras, uma vila pitoresca, no coração da

Madeira, onde temos um presépio que é visitado em

média por 50 mil pessoas. Vamos ter concertos no

Museu de Imprensa-Madeira, teremos um mega bolo

rei no dia 4 de janeiro. Antes, vamos ter ainda a Noite

do Mercado que se realiza a 22 de dezembro”, revela

o interlocutor. Durante o ano, à semelhança do que se

passa em todo o Arquipélago da Madeira, o verão é

repleto de festas e romarias por todo o concelho, sendo

que a mais importante é a Festa de São Pedro, padroeiro

dos pescadores, que se comemora em junho. Este ano

foram cinco noites de música, gastronomia, animação,

marchas populares e fogo de artifício. As festas foram

organizadas pela Câmara Municipal de Câmara de

Lobos com o patrocínio dos fornecedores do município.

Futuro e economia

Para além do turismo, o concelho de Câmara de

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MADEIRA: BELEZA NATURAL

Lobos vive da agricultura, onde a produção de vinho

e banana desempenham um papel fundamental

no desenvolvimento da economia local. O facto de

serem um concelho jovem potencia o crescimento

da economia, “somos o concelho mais jovem da

Madeira, o quarto mais jovem do país, mais de 37

por cento da população tem menos de 25 anos. Mais

de 50 por cento do Vinho Madeira é produzido em

Câmara de Lobos”, evidencia o autarca Pedro Coelho.

O futuro da região passa pelo desenvolvimento da

cultura e educação sempre numa proximidade com

os cidadãos, “o nosso programa eleitoral foi feito com

base na auscultação. Ouvimos os professores, fizémos

um plano para a educação. Ouvimos os comerciantes,

fizémos o programa para a dinamização da economia

local, reunimos com os agentes culturais, fizémos um

plano de ação para a cultura, o nosso trabalho tem sido

com base nesta auscultação e as nossas decisões são

feitas com base naquilo que conhecemos no terreno.

Mantemos uma grande proximidade com a população,

dizendo que sim quando possível e não quando não é

possível”, explica Pedro Coelho, presidente da autarquia

de Câmara de Lobos. Se num passado recente a ilha da

Madeira foi alvo de intervenções profundas ao nível das

infraestruturas, no presente “o objetivo é fazer pequenas

obras, em valor monetário, mas grandiosas porque

melhoram a qualidade de vida da população”, esclarece.

No entender do nosso entrevistado “o autarca do futuro

é aquele que quatro anos depois terá de encontrar um

concelho mais positivo, mais harmonioso, com níveis

de escolarização superiores aos que tinha no início do

mandato, temos apostado muito nessa vertente. Câmara

de Lobos estava antigamente associada ao estigma

e à exclusão social. Hoje está de cara lavada, as ruas

estão arranjadas e limpas, é essa imagem que temos

tentado passar para o exterior”, revela o presidente do

município. O futuro de Câmara de Lobos passa por

melhorar a qualidade de vida das populações através da

aposta e dinamização da cultura, educação e economia,

“onde o turismo e a educação serão os principais

impulsionadores”, conclui Pedro Coelho, presidente da

Câmara Municipal de Câmara de Lobos.

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MADEIRA: BELEZA NATURAL

A ilha de Porto Santo foi considerada um dos segredos mais bem guardados do Oceano Atlântico. Fomos à descoberta desta preciosidade,

numa viagem encantadora, onde entrevistámos Filipe Menezes de Oliveira, presidente da Câmara Municipal de Porto Santo.

câmara municipal de porto santo

Redescobrir Porto Santo

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MADEIRA: BELEZA NATURAL

Porto Santo tem muitos segredos para oferecer.

O nosso slogan principal é precisamente ‘o

segredo mais bem guardado’ porque a ilha é

de facto uma pérola no meio do Atlântico que

tem muito para redescobrir”. É desta forma que Filipe

Menezes de Oliveira, presidente do município descreve

e apresenta a ilha de Porto Santo. O executivo liderado

pelo porto-santense assumiu funções há dois anos e já

conseguiu colocar Porto Santo no mapa mundial, como

um dos destinos turísticos mais atrativos da Europa.

Quem for à ilha pode “desfrutar do mar, da praia, mas

também da montanha. O mar é um recurso natural

com uma baía acolhedora. Temos também a vertente

do turismo de saúde e bem-estar, mergulho, percursos

pedestres e desportos náuticos e, ainda, os navio

cruzeiro”, revela o nosso interlocutor, acrescentando que

nesta vertente “é preciso continuar a semear para colher

frutos, num mercado que é de vital importância para

revitalizar o comércio porto-santense”. O verão deste

ano registou uma afluência de turistas sem precedentes

o que demonstra que o papel desempenhado pela

autarquia está a ter resultados. O autarca explica qual foi

a estratégia delineada quando assumiu funções, “quando

assumi o leme deste barco identificámos alguns eixos

prioritários, um deles era diferenciar o produto, aquilo

que temos para oferecer no Porto Santo, da marca

Madeira. Somos um concelho que é uma ilha e uma ilha

que é um concelho e, logo aí, começam as diferenças

em relação aos outros municípios que fazem parte da

Madeira. A insularidade traz constrangimentos onde os

bens e serviços encarecem bastante. Assim, é de vital

importância colocar o Porto Santo no mapa mundial não

virando costas à Madeira. É com muito contentamento

que verificámos que tivémos o melhor verão de sempre

e caminhamos para atingir níveis altos no inverno”,

destaca o autarca. Neste seguimento, Porto Santo está

a atrair turistas estrangeiros oriundos, sobretudo, do

norte da Europa, de países como Noruega, Dinamarca,

Inglaterra, Alemanha e a até do sul, Itália. Todo este

interesse pela ilha de Porto Santo “significa que temos

de nos virar para o turismo, à semelhança de todo o

país. É preciso servir e receber cada vez melhor, com

mais qualidade e temos de dar formação aos agentes

do setor, durante todo o ano, envolvendo as unidades

filipe menezes de oliveiraPresidente

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MADEIRA: BELEZA NATURAL

hoteleiras neste espírito de fazer mais e melhor. Tivémos o cuidado de acolher os nossos

turistas, mostrando o que temos de melhor à chegada ao aeroporto, à semelhança dos

nossos irmãos madeirenses, que sabem fazê-lo como ninguém”, evidencia o nosso

interlocutor, acrescentando que “naquilo que for necessário, Porto Santo ir ao encontro

da marca Madeira iremos, naquilo que não houver necessidade não entramos em

atropelos”. O acréscimo de visitantes a Porto Santo mostra que “é um destino que

está na moda, mas há muitos portugueses que ainda não visitaram a nossa ilha”,

refere Filipe Menezes de Oliveira. No entanto, o desenvolvimento do turismo em Porto

Santo apresenta ainda alguns desafios, devido “aos constrangimentos no setor dos

transportes, daí a necessidade de reivindicar mais transportes, a preços mais acessíveis

e, sobretudo ligações aéreas de Porto Santo para Lisboa e Porto. É preciso atrair mais

companhias aéreas incluindo as low cost” explica o nosso entrevistado.

Beleza natural da ilha

A natureza torna Porto Santo um dos paraísos do Atlântico. Questionado sobre

os perigos a que a ilha está exposta, o autarca porto-santense explica que “a ilha

não pode continuar a ser estar isolada no meio do Atlântico, aliás Porto Santo tem

uma posição geoestratégica muito importante, foi aqui que aportaram os primeiros

descobridores portugueses João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira, em 1418, e

Cristóvão Colombo. Quando assumi este leme, o Porto Santo era uma ilha fantasma,

estamos a sensibilizar as unidades hoteleiras para não pensarem só na maximização

do lucro. Temos um exemplo que é o Vila Baleira, aproveitando os voos divergidos

da ilha da Madeira. Temos que perceber onde queremos chegar, não queremos um

turismo de massas, para não descaracterizar a ilha. Quem procura Porto Santo sabe

que oferecemos segurança e tranquilidade, um destino onde a natureza nos invade”,

evidencia. Num concelho onde residem cerca de 5483 habitantes, a natureza também

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MADEIRA: BELEZA NATURAL

é propícia ao turismo de investigação, uma componente que também representa uma

mais-valia para a região “queremos despoletar aqui o turismo de investigação, virado

para as aves, criar um geoparque. Temos também as areias que são terapêuticas e

neste sentido é fundamental atrair as pessoas para esta vertente. Temos que criar

pólos de investigação na ilha, temos esta riqueza mineral e, daí, a necessidade de

implementar um geoparque. Consultámos vários especialistas, entre eles o professor

Mário Caixão da Universidade de Lisboa, o professor João Batista, ligado desde sempre

à Universidade de Aveiro, entre outros. Neste momento, já temos as conclusões desse

estudo e já as remetemos ao Governo Regional”, revela o Filipe Menezes de Oliveira,

presidente do município do Porto Santo.

Cultura, tradições e gastronomia

O mar permite que Porto Santo tenha uma riqueza gastronómica sem igual.

Questionado sobre o que há a destacar, o nosso entrevistado não tem dúvidas de

que “temos o melhor peixe do mundo, a melhor garoupa, o melhor bodião, o melhor

charuteiro, badejo e cherne. Tudo o que há no Porto Santo, ao nível do mar e da

terra, como tomates, alfaces, melões, melancias, uvas, batatas, tudo tem um sabor

extraordinário. Temos o bolo do caco que, contrariamente àquilo que se faz parecer,

não é originário da Madeira, mas sim de Porto Santo”, esclarece. O município faz

questão de preservar as tradições e costumes da terra, exemplo disso, foram as festas

do concelho “voltámos a dar um cariz tradicional à Festa de São João, espalhámos

a festa por todos os pontos da ilha. Fizémos o mesmo com a Festa Colombo, em

parceria com o Governo Regional”, explica o edil porto-santense.

Medidas e desafios do mandato

A equipa liderada por Filipe Menezes de Oliveira tomou posse há dois anos, o autarca

advogado de profissão revela que “sempre quis ser presidente de Câmara. Estou a

advogar por causas mais nobres e por questões de interesse público. A ilha estava

a ficar uma ilha fantasma, uma ilha perdida. Liquidámos a dívida, liquidámos o

Programa de Apoio ao Endividamento Local e já merecemos elogios por parte da

Direção-Geral das Autarquias Locais – DGAL. Fomos o primeiro município da Região

Autónoma da Madeira a consegui-lo, decorridos dois anos”, revele o nosso interlocutor,

acrescentando que esta poupança se deve ao que “imprimimos nos nossos atos

de gestão”. O presente do concelho passa agora pelas “pequenas obras que irão

representar grandes ações, através da valorização dos recursos naturais e patrimoniais,

como os moinhos e as casas de salão, dotando os miradouros de melhores condições

de acesso, como o miradouro da Fonte da Areia, um miradouro emblemático que

está fechado há muito tempo, estamos aguardando novos pareceres, e que tem uma

riqueza incalculável”, evidencia o nosso interlocutor. No que diz respeito à economia

da região, o presidente da autarquia considera que “é importante aliviar a carga fiscal

das famílias e das empresas captando investimento para a ilha, atraindo mais receita,

mais atratividade, numa conjugação de fatores positivos que irão atrair mais pessoas

à ilha. Apesar das contrariedades, o caminho é para a frente, sempre acreditei que

era preciso fazer mais e melhor. Fiz questão de me rodear de uma boa equipa com

objetivos bem definidos, isto não é fácil, mas estamos a caminhar num bom sentido”,

esclarece o autarca.

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MADEIRA: BELEZA NATURAL

Projetando o futuro de Porto Santo

Questionado sobre os desafios para os próximos anos, o entrevistado revele que

vão “criar o plano estratégico de desenvolvimento, revitalizar o centro histórico da

cidade, criar mais postos de trabalho, dinamizar a economia aproveitando, os

fundos comunitários, ajudando também na ação social”. O autarca revela que é um

presidente que gosta de estar próximo da população, mas nos últimos dois anos, tal

não foi possível, porque teve de “passar muito tempo atrás da secretária, a tratar das

burocracias, sobretudo devido à parte fiscal e financeira relacionadas com as questões

de gestão. Agora, sinto necessidade de lidar mais de perto com a população. No fundo,

a parte dura da gestão já está a ser cumprida, estamos a pagar as nossas obrigações.

Os bons atos de gestão que imprimimos permitiram credibilizar a instituição perante

os nossos parceiros e fornecedores”, revela. O futuro da ilha de Porto Santo passa

por potenciar as mais-valias da região em termos turísticos, através da criação de

mais postos de trabalho. O trabalho da atual autarquia está a dar frutos e, no entender

do nosso interlocutor, “avizinham-se bons tempos, bons ventos. O Porto Santo está a

despertar cada vez mais interesse na senda internacional. A principal marca é deixar a

terra ir ao encontro da nossa identidade e tradição. No futuro, gostaria de ver um Porto

Santo mais desenvolvido, com qualidade de vida, que atraia turistas portugueses, mas

também outros oriundos sobretudo do norte da Europa. Pretendemos que as pessoas

consigam desfrutar do que temos de bom, mas sem descaracterizar o património,

atraindo a investigação e o mergulho. Porto Santo tem de estar virado para o

desenvolvimento e conhecimento. Temos aqui muitos pontos de atração e é importante

irmos ao encontro de uma agenda cultural para atrair cada vez mais pessoas à ilha, não

só para desfrutar da praia, mas também para os turistas terem mais espaços de lazer e

ocupação”, destaca o presidente da autarquia, Filipe Menezes de Oliveira.

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MADEIRA: BELEZA NATURAL

Caraterização geográfica de Porto Santo

Situada em pleno Oceano Atlântico, Porto Santo dista 500 km

de África, 900 km Sudoeste de Lisboa, 1.300 km dos Açores e

somente a 50 km da Madeira, apresentando em relação a esta um

enorme contraste paisagístico. Com 42,48 Km² de superfície, 11,4

de comprimento e 6 de largura, a ilha apresenta uma configuração

pouco montanhosa. Ainda assim, as poucas elevações existentes são,

sobretudo, mais notórias a norte do Porto Santo, com destaque para

o Pico do Facho, cujo cume não excede os 517 metros. Ilha de

rara beleza, o Porto Santo é, pelas peculiaridades paisagísticas que

apresenta, um destino diferente dentro da Europa. A norte podemos

respirar o ar puro da montanha, proporcionado pelo já extenso pinhal

aí existente. Passear a pé por entre maravilhosas paisagens e usufruir

da sua beleza agreste num ambiente verdadeiramente idílico é, sem

dúvida, uma forma diferente de descobrir os encantos da natureza.

Recentemente recuperadas, as veredas, quer pela segurança que

oferecem, quer pela beleza a que acedem, constituem hoje os

circuitos ideais para levar a cabo este tipo de caminhada. No que

respeita à costa sul da ilha e, sobretudo, para os admiradores de

atividades balneares, a paisagem é, toda ela, dominada pelo dourado

dos 9 km de areias que fazem da praia do Porto Santo, seguramente,

uma das mais belas da Europa.

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MADEIRA: BELEZA NATURAL

Uma baía em forma de meia-lua, um vale verdejante rodeado de altas montanhas, umas rochosas e escarpadas, outras luxuriantes de

vegetação. Estes são apenas alguns dos motivos para uma visita inesquecível a Machico.

Câmara Municipal de Machico

Terra de beleza e singularidade

Ogrande potencial de Machico é realmente

a sua paisagem, a sua geografia, o seu

acidentado paisagístico e a sua história.

Localizado na costa leste da ilha da Madeira,

a aproximadamente 22 quilómetros do Funchal, este

município tem um grande significado histórico. Foi aqui

que desembarcaram Gonçalves Zarco e Tristão Vaz

Teixeira, em 1419, quando descobriram a Madeira.

Com base nesse facto histórico, este ano Machico passou

a ter junto à Praia Amarela uma escultura evocativa

desse acontecimento. “O Município considerou que

essa referência e esse elemento arquitetónico deveriam

existir. A escultura corporiza um marinheiro a levantar o

padrão, uma peça bonita do escultor machiquense Alves

Paixão”, revelou o presidente da Câmara Municipal de

Machico, Ricardo Franco,

Para o autarca, o grande potencial não só de Machico,

mas de toda a Madeira é o turismo, desde logo pelo

seu clima temperado mediterrânico, que a nível da

Europa, é único, permitindo que durante todo o ano

as pessoas possam deslocar-se à Madeira e aos seus

vários concelhos e possam usufruir das paisagens, dos

passeios pedestres, da serra e do mar.

Machico tem um arco-íris de oferta em termos de

atividades de lazer, a começar pelas caminhadas, isto

ricardo francoPresidente

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MADEIRA: BELEZA NATURAL

porque tem percursos fantásticos, alguns deles bastante conhecidos e reconhecidos,

como a Ponta de S. Lourenço, mas também muitas levadas, como por exemplo

Levada do Caniçal, um percurso que conjuga as culturas e tradições da Ilha da Madeira

com um misto de paisagens de mar e serra. Atualmente nota-se até que os próprios

madeirenses estão a aderir às caminhadas e aos trails.

Neste contexto, Ricardo Franco referenciou o MIUT – Madeira Island Ultra Trail, um

evento que se realiza no mês de abril, atravessa a ilha de lés-a-lés, no sentido noroeste-

sudeste, iniciando em Porto Moniz, ao nível do mar, com passagens pelos pontos mais

altos da ilha para depois regressar novamente ao nível do mar, em Machico. “De

ano para ano, tem ganho uma projeção muito grande, em 2014 contou com mais

de 700 participantes e, este ano, praticamente dobrou o número de participantes. É

uma prova obrigatória no circuito europeu, tendo sido integrada no restrito circuito do

UTWT – “Ultra Trail World Tour”, desvendou o autarca, sublinhando que todas estas

iniciativas são importantes para projetar Machico e a Madeira e para cativar cada vez

mais visitantes.

A oferta turística de Machico também passa pelo mar, cuja temperatura pode chegar

aos 24 graus, assumindo-se como local ideal para a prática de mergulho, canoagem

e surf. A praia de areia da Banda d’Além, também conhecida por Praia Amarela, na

cidade de Machico é uma referência incontornável, que todos os anos, regista grande

afluência de visitantes. “Importa dizer que se trata de uma praia com Bandeira de

Praia Acessível, que sinaliza uma infraestrutura adaptada a pessoas com mobilidade

reduzida, dar melhores condições aos investidores, nomeadamente na zona história,

com a recuperação de edifícios antigos, com o intuito de criar espaços de alojamento

local e de hostels”, aludiu.

Animação e cultura

No campo da animação e cultura, Ricardo Franco salientou dois dos eventos mais

emblemáticos de Machico, nomeadamente a Semana Gastronómica, um certame que

tem como objetivo divulgar a gastronomia tradicional da região, particularmente, a

do concelho de Machico e contribuir para a promoção socioeconómica e cultural da

localidade. Durante a ‘Semana Gastronómica’ os visitantes poderão deliciar-se com as

iguarias típicas do concelho de Machico e a assistir ao extenso programa de animação,

contando ainda com sessões de cozinha ao vivo, festival de cocktails, corrida da

bandeja, entre outros. Este evento conta anualmente com cerca de 150 a 200 mil

visitantes.

O Mercado Quinhentista de Machico é outro dos eventos emblemáticos, que se realiza

desde 2005. “Este projeto que nasceu no seio da Escola Básica e Secundária de

Machico, desde a primeira edição ganhou visibilidade e é hoje um sucesso, envolvendo

toda a comunidade e instituições do concelho, que através da recriação histórica

das vivências coletivas da capitania de Machico, nos primeiros anos de Quinhentos,

pretende sensibilizar para a defesa da nossa identidade cultural, valorizando-a no

contexto do património histórico português”.

Destaque ainda para as mais importantes festividades no Concelho, designadamente

os arraiais populares, bem como as festas religiosas, das quais se destacam a Festa do

Santíssimo Sacramento, no último fim de semana de agosto, na cidade de Machico, a

que esta associado a tradição dos Fachos, a celebração do Senhor dos Milagres, a 8

e 9 de outubro, com a impressionante procissão das velas e dos archotes, a Festa da

Nossa Senhora da Piedade, em meados de Setembro, com a procissão marítima, na

freguesia do Caniçal, e a Festa da Nossa Senhora da Guadalupe, na freguesia do Porto

da Cruz, que se celebra a 15 de agosto.

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MADEIRA: BELEZA NATURAL

O concelho da Ribeira Brava é um dos mais centrais da ilha da Madeira. É detentor de uma beleza natural ímpar, devido ao trajeto que

se pode fazer até à Serra da Encumeada. As paisagens que se estendem até ao mar e os percursos das levadas são alguns dos pontos

fortes que todos os dias atraem os turistas à região.

Câmara Municipal da Ribeira Brava

A natureza em todo o seu esplendor

O património histórico aliado à beleza paisagística da região fazem do

concelho da Ribeira Brava um dos locais obrigatórios de visita na ilha da

Madeira. A localização previligiada da vila favorece a região e quem a visita.

O concelho tem cerca de 13 mil habitantes, distribuídos pelas freguesias

de Ribeira Brava, Campanário, Serra de Água e Tabúa. Em entrevista ao presidente da

Câmara Municipal da Ribeira Brava, Ricardo Nascimento explica que é uma vantagem

para o concelho estar localizado “no centro da ilha. Estamos perto do Funchal, perto da

Calheta e perto de São Vicente, na costa norte. O trabalho feito pelo Governo Regional

nos últimos anos, em termos de vias de comunicação, permite uma maior facilidade

nas deslocações, antes demorávamos uma hora de carro até ao Funchal, agora são

15 minutos. A Ribeira Brava é um local de paragem obrigatória. Temos turistas que

vêm também por conta própria à procura de percursos pedonais diferentes”, evidencia

o entrevistado. A oferta hoteleira aumentou na região fruto de investimentos privados

que procuram dar resposta aos turistas. O maior aumento está a ser registado nas

pequenas unidades de turismo local. Numa pequena descrição, onde são destacados

os pontos de interesse do concelho, o autarca Ricardo Nascimento faz notar que “na

Ribeira Brava temos algum património histórico e um grande património paisagístico.

Vir à Madeira e não atravessar a Encumeada é como ir a Roma e não ver o Papa.

É uma zona que atravessa a cordilheira central da ilha, o clima é fresco, mas com

paisagens fenomenais. Temos alguns percursos de levadas, que atravessam o nosso

concelho. Além disso, podem ser vistos pequenos núcleos habitacionais, onde se vê a

ruralidade da nossa terra, falo do Espigão, da Furna, da Doceira do Murão, Terreiros e

Lugar da Serra”. No que diz respeito à riqueza e património arquitetónico da região, o

espaço onde está instalada a Câmara Municipal é por si só um monumento, o “edifício

sede da autarquia é o Solar dos Herédias, casa do solar dos fundadores do concelho.

Ribeira Brava é um dos mais recentes municípios do país, fez 100 anos, em 2014 e

deve isto ao trabalho de Francisco Correia Herédia, que fez com que esta terra fosse

elevada a concelho”, destaca Ricardo Nascimento, presidente da autarquia. Para além

do Solar dos Herédia, existe também a Igreja Matriz, que data dos finais do século XV,

a Igreja de São Brás, no Campanário, a Igreja de Tabúa e a Igreja de Serra de Água.

Podem também ser visitados na região “o Museu Etnográfico da Madeira, que era um

antigo Convento Franciscano, do século XVIII e o Forte, que é neste momento, o ponto

de informação turística”, destaca o interlocutor. Depois de uma visita pelo concelho,

é possível também dar um mergulho numa das praias da Ribeira Brava “temos três

praias de referência, uma no centro da Ribeira Brava, galardoada com Bandeira Azul

e com estatuto de Praia Acessível. Há também uma pequena praia no Campanário, na

ricardo nascimentoPresidente

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MADEIRA: BELEZA NATURAL

zona do Calhau da Lapa, onde o acesso só se faz de

barco ou por uma vereda pedonal. Por fim, temos uma

praia na Fajã dos Padres, uma zona turística em que o

acesso só é possível de barco ou de teleférico”, revela

Ricardo Nascimento. Ao nível da gastronomia, Ribeira

Brava tem também para oferecer a deliciosa espetada

em pau de louro, a carne em vinho de alhos, muito típica

do Natal e do Ano Novo e ainda a poncha. “Uma das

zonas onde se vende muito esta bebida é na Serra de

Água, é uma poncha diferente da de Câmara de Lobos”,

refere o entrevistado. Ainda a este nível há a destacar

o bolo preto ou bolo da noiva, que antigamente era

um das ofertas que os noivos davam aos convidados,

existem ainda várias sopas, onde importa salientar a

sopa de trigo.

Tradições e eventos

É nesta região que se realiza um dos maiores arraiais

da Madeira, “o São Pedro é maior arraial tradicional.

Vem gente de toda a ilha para estas celebrações. Temos

também as Festas do Senhor, que se realizam em junho,

julho e agosto e onde são feitos tapetes de flores que

enfeitam as ruas principais de todas as freguesias. As

pessoas trabalham uma semana inteira nos tapetes de

flores, para a Festa do Senhor, sobretudo na Ribeira

Brava e no Campanário”, destaca o édil.

Economia e futuro do concelho

As atividades económicas que dominam na região

estão sobretudo relacionadas com o setor terciário.

A agricultura também tem alguma expressão com as

plantações de bananas, cana de açúcar, batata e vários

produtos hortícolas, como a castanha nas zonas mais

altas. A crise económica também afetou a região,

sobretudo no setor da construção civil. Símbolo da

inovação, é na Ribeira Brava que está sediada “uma

das principais empresas do país que vende tecnologia,

a ACIN iCloud Solutions, o grande empregador do

concelho”, refere o autarca Ricardo Nascimento. O

município faz questão de apoiar as famílias e este ano

ofereceram “pela primeira vez os manuais escolares

aos alunos do primeiro ciclo. Apoiamos os alunos que

estão na universidade, trabalhamos em parceria com

associações de cariz social, aprovámos a criação do

cartão do idoso e aprovámos a medida do IMI familiar”,

revela o interlocutor. Questionado sobre os desafios

e projetos de futuro para a região, o autarca revela

que passam por “revitalizar o concelho em termos

empresariais e económicos, criando mais postos de

trabalho”. Um outro projeto de futuro ligado ao turismo

passa pela “georeferenciação”. Em jeito de convite, o

presidente da autarquia refere que a Ribeira Brava “é

uma terra linda, de pessoas acolhedoras, que vai do mar

à serra, com muito para oferecer aos seus vistantes”,

conclui Ricardo Nascimento.

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Situada na costa norte da ilha da Madeira, Santana tem as casas típicas, o mar e a serra. É neste concelho que podemos encontrar o

ponto mais alto da ilha, o Pico Ruivo. Fomos conhecer a região considerada, há quatro anos pela UNESCO, como Reserva Mundial da

Biosfera.

Câmara Municipal de Santana

Reserva Mundial da Biosfera e não só

O concelho de Santana é composto por seis freguesias: São Roque do Faial,

Faial, Santana, Ilha, São Jorge e Arco de São Jorge. Foi elevado a Muncípio

em 1832 e dele faz parte “uma das freguesias mais antigas da costa norte

da Madeira, que fez agora 500 anos, a freguesia de São Jorge”, revela em

entrevista Teófilo Cunha, presidente da Câmara Municipal de Santana. Em termos de

extensão, é o segundo maior da ilha com 94 km2 e 7.700 habitantes. As atrações

turísticas estão relacionadas, sobretudo, com a oferta da natureza, “do mar à serra,

há de tudo para visitar. Quem visita Santana tem uma panóplia de escolhas, temos

a Reserva Natural Marítima que é a Rocha do Navio, na costa, que se pode visitar

via teleférico ou a pé por uma vereda. Na serra, há o ponto mais alto da Madeira, o

Pico Ruivo, com 1862 metros de altitude. O mar é aprazível para se fazer praia, mas

só na altura do verão, essencialmente, em três freguesias, Faial, São Jorge e Arco

de São Jorge”, explica o nosso interlocutor. Sem dúvida que o turismo de natureza

é a principal atração do concelho, como destaca o autarca Teófilo Cunha “somos

muito procurados por causa dos percursos pedonais, os caminhos antigos, apelidados

de caminhos reais. Somos detentores de um dos núcleos de caminhos reais mais

intactos de toda a ilha, principalmente entre a freguesia de Santana e São Jorge. É

um património que queremos recuperar e preservar. Há ainda a destacar as levadas,

que são das mais conhecidas da Madeira, a Levada do Caldeirão Verde, a Levada do

Caldeirão do Inferno e a Levada do Rei, estes são percursos que se podem fazer a

pé e demoram entre uma a três horas”. Ainda nesta perspetiva ligada à riqueza natural

do concelho, Santana tem “o Maciço Rochoso Central com 8.200 hectares, a Floresta teófilo cunhaPresidente

MADEIRA: BELEZA NATURAL

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Laurissilva com 15.000 hectares, Património Natural Mundial da Unesco desde 1999

onde predominam as lauráceas e está maioritariamente incluída no Parque Natural

da Madeira, criado em 1982, para salvaguardar este e outros preciosos patrimónios

naturais da Região Autónoma. No fundo, para quem gosta da envolvência com a

natureza a região tem muito para oferecer”, remata o edil de Santana. Apesar de toda

a diversidade natural, quando se chega a Santana percebemos que é neste concelho

que está a principal imagem da Madeira, “a nossa imagem de marca e imagem de

marca da Madeira são as casas típicas de Santana. Temos apoiado a recuperação

deste património, e nestes dois primeiros anos do nosso mandato já recuperamos 11

casas”, destaca o entrevistado, evidenciando a importância que estes aglomerados

representam para a região, atraindo todos os dias centenas de turistas. “Em termos

de património edificado, temos as casas típicas de Santana de duas águas, as de

São Jorge, diferentes, porque são de quatro águas e ainda a Igreja Matriz de São

Jorge, com 250 anos, considerada uma das três mais bonitas da Madeira, tem um

barroco tardio, com um enorme valor patrimonial, arquitetónico e religioso”, revela

Teófilo Cunha, presidente da autarquia.

Eventos, tradições e gastronomia

A região apresenta uma gastronomia rica sobretudo em peixe com várias sugestões “o

polvo, polvo de escabeche, atum de escabeche, bife de atum frito, peixe espada preto,

milho cozido, milho frito e o pão de Santana. Aliás, o milho faz parte dos pratos típicos

da Madeira, grande parte deste milho é produzido em Santana. Temos a espetada em

pau de louro e a carne da noite, carne de porco confecionada depois da matança do

porco, tradição que resiste mas, já teve mais expressão no concelho”, explica Teófilo

Cunha. É neste sentido, que todos os anos, a autarquia organiza a Festa Gastronómica,

“que se se realiza há mais de uma década, onde são convidados os restaurantes do

município, que ficam circunscritos aos Paços do Município. Há uma regra que têm

de seguir que é apresentar e confecionar o máximo de pratos típicos do município e

iguarias típicas da ilha da Madeira”, refere o autarca. À semelhança do que acontece

em todo o país, o concelho de Santana também celebra, entre os meses de junho a

setembro, as festas religiosas nas várias paróquias e localidades da região. Fora desta

época, o evento que tem mais importância é a Festa dos Compadres, que se realiza

sempre no fim de semana antes do Carnaval da Madeira, é o momento que marca a

“abertura do Carnaval madeirense, é uma tradição antiga que envolve, essencialmente,

a sátira entre compadres e comadres durante duas semanas, uma dedicada às

mulheres e outra aos homens. Durante estas semanas, são chamadas à ordem do

dia, aquilo que foi acontecendo ao longo do ano em cada freguesia ou sítio. No final,

fazemos um festival carnavalesco etnográfico, um cortejo onde as pessoas se vestem

à moda antiga e desfilam em carros alegóricos alusivos a um determinado tema. A

festa termina com o julgamento do compadre e da comadre, o ponto alto da festa”,

revela o nosso entrevistado, salientando a importância e o relevo que as tradições de

Carnaval representam na região, na área dos desportos radicais que, também são uma

aposta deste executivo, destacamos um, ‘Ultra Sky Marathon Madeira’, “prova de Trail

que se realiza em junho no nosso concelho, com desníveis na ordem dos 4 mil metros

acumulados e que podemos informar desde já, e em primeira mão, e com enorme

satisfação, que para o ano esta prova fará parte do circuito mundial da modalidade”.

Em jeito de convite, a natureza, o património, as tradições, gastronomia e os desportos

radicais são mais do que motivos suficientes para visitar “Santana, um destino a não

perder”, conclui Teófilo Cunha, presidente da Câmara Municipal.

MADEIRA: BELEZA NATURAL

casa típica da madeira

vista panorâmica do miradouro do pico

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MADEIRA: BELEZA NATURAL

A CASTELOGEST atua na área da gestão de condomínios desde 1997. Com sede na cidade do Funchal, ilha da Madeira, orgulha-se de

estar no mercado há 18 anos: porque a qualidade de um condomínio também depende da excelência do seu administrador.

CASTELOGEST

O PARCEIRO IDEAL

Como surgiu a CASTELOGEST e quais os principais valores pelo qual o seu

trabalho se rege?

Constituída em 1997, A CASTELOGEST começou com uma modesta carteira de

clientes, tendo hoje uma forte e vincada presença no mercado, com uma evolução

extraordinariamente positiva, progressiva e regular.

A CASTELOGEST rege-se por princípios de ética empresarial, liderança, transparência,

rigor orçamental dos condomínios que administra e informação regular da situação

das contas, bem como na qualidade dos seus serviços. Com mais de 3.500 clientes/

condóminos, tem como principal ‘chave’ do seu sucesso a satisfação e fidelização dos

seus clientes.

Quais as principais dificuldades que o setor atravessa?

O setor atravessa várias dificuldades. A primeira assenta no facto de a atividade não

estar ainda regulamentada. E isso permite que qualquer um se possa considerar

apto para administrar condomínios. E daí haver vários e importantes riscos para os

condóminos.

Sobretudo a partir dos anos 90 houve um aumento desmesurado de empresas

e candidatos, o que fez que, rapidamente, este sector de actividade caísse em total

descrédito, por violação da confiança que a natureza dos serviços prestados exige aos

consumidores, quer por fraude, quer por incumprimento das funções que são inerentes

ao administrador do condomínio.

No espeto de administração de condomínios, atualmente, há mais dificuldades na

cobrança das quotas. A crise teve consequências também a este nível. A cobrança das

quotas torna-se mais difícil. Isto acarreta sobrecarga de trabalho e custos adicionais.

A CASTELOGEST tem sido há vários anos membro dos corpos diretivos da APEGAC

(Associação Portuguesa das Empresas de Gestão e Administração de Condomínios)

que tem lutado pela publicação da legislação que regulamente a atividade de

administração de condomínios e na qual uma normas que se sugere é uma coisa

tão simples como obrigar à apresentação de uma certidão de dívida ou não dívida, a

emitir pelo administrador do condomínio, sempre que uma fração de um prédio sob o

regime de propriedade horizontal é transmitida a terceiro. Desta forma, existindo dívida,

ela transmitir-se-ia sempre para o adquirente, como acontece noutros países, como é

exemplo a vizinha Espanha.

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MADEIRA: BELEZA NATURAL

Manuel gonçalvesAdministrador

Porquê optar por uma administração profissional?

Cabe ao administrador a gestão jurídica, financeira, de

manutenção e segurança, de seguros e administrativa

dos condomínios. À administração do condomínio (órgão

executivo) compete ainda executar as deliberações da

assembleia (órgão deliberativo).

O administrador é também o responsável pelo

cumprimento da legislação quanto a inspeções

obrigatórias. O exercício não profissional da atividade

de administração de condomínio não isenta o

administrador destas responsabilidades.

O recurso da administração do condomínio a uma

empresa profissional e, sobretudo, competente e

cumpridora, na prática, resultará em poupanças e

mais-valias para o condomínio (segundo opinião do

presidente da Apegac).

Do que destacamos os seguintes pontos:

* Maior capacidade negocial junto dos prestadores de

serviços dos condomínios (empresas de elevadores, de

jardinagem, de limpeza, obras, etc.)

* Maior capacidade técnica para prestar serviços

específicos para os condomínios.

* Conhecimento de legislação e aconselhamento para

práticas adequadas, como constituição do fundo comum

de reserva, seguro do prédio, cobrança de quotas, etc.

* Melhor gestão das contas bancárias sem despesas

para os condomínios atendendo ao número de contas e

ao elevado valor global em causa).

* Conhecimento aprofundado sobre elaboração de

processos de obras.

* Aconselhamento de formas de poupança, como

temporização da luz das partes comuns, periodicidade

da limpeza e jardinagem, tipo de contrato a celebrar

com as empresas de elevadores de acordo com a sua

antiguidade, etc.

A CASTELOGEST tem também negociado com várias

empresas e atividades parcerias, com o objetivo de

conseguir economias importantes para os condóminos

dos prédios que administra, ao recorrerem a esses

serviços.

E um fator muito importante: seguro de responsabilidade

civil profissional, que a CASTELOGEST subscreveu em

2008, para cobertura de eventuais danos que possam

ocorrer ao condomínio por atuação negligente ou com

dolo da administração, no exercício da sua atividade.

Quais são os objetivos e projetos de futuro para

a Castelogest?

Os objetivos da CASTELOGEST são servir o cliente,

manter a consolidação da sua posição no mercado

e, sobretudo, criar mais-valias para os prédios que

administra, através de uma gestão e manutenção

eficazes e obter solidez financeira dos condomínios.

Quando referimos o princípio de liderança queremos

afirmar que um gestor competente gere/administra, um

líder inova e desenvolve.

Enquanto um gestor competente produz bons resultados,

um líder produz bons resultado de forma sustentável,

mesmo em contraciclo.

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port

ugal

, um

mer

cado

estr

atég

ico

ADanosa, especialista no fabrico e comercialização de produtos

e sistemas para uma construção sustentável, inaugurou no dia

29 de outubro, a Danosa Portugal, em Leiria, instalações que

a tornam líder no isolamento térmico e na impermeabilização

dentro do mercado português. A cerimónia de inauguração reuniu cerca

de 300 profissionais da construção e contou com a presença de Raul

Castro, presidente da Câmara Municipal de Leiria.

O aumento de pedidos de poliestireno (XPS) dentro do mercado

ibérico, originou a compra, no ano passado, da Eurofoam Portugal,

empresa dedicada à fabricação de produtos de isolamento térmico.

Estas instalações e as de Tudela, permitiram à Danosa, triplicar a sua

capacidade de produção.

O conselheiro geral da Danosa, Manuel del Río explicou que “a aquisição

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

29

da Eurofoam Portugal reforçou a nossa posição, quando se fala de liderança

em Portugal e na Europa, possibilitando que a maior parte da nossa faturação

seja proveniente de fora de Espanha. Neste sentido, esta compra supõe

um grande passo no processo de internacionalização que temos vindo a

desenvolver há muito tempo, onde o mercado luso é fundamental devido ao

seu potencial de crescimento”.

Saiba mais nas próximas páginas sobre este investimwento e os seus parceiros.

inauguração da danosa em portugal

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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PORTUGAL, UM MERCADO ESTRATÉGICO

Apoiar a criação de emprego e atrair investimento para o concelho tem sido um dos grandes objetivos do executivo presidido por Raul

Castro na Câmara Municipal de Leiria. O autarca entendeu que a vitalidade e o empreendedorismo dos agentes económicos locais e a

sua capacidade para gerar riqueza e emprego, constituem fatores decisivos para a afirmação de Leiria no contexto nacional.

município de leiria

A atração de investimento como âncora de desenvolvimento

O concelho de Leiria foi a localização estratégica escolhida pela empresa

espanhola Danosa para continuar o seu processo de internacionalização. A

inauguração decorreu no dia 29 de outubro e contou com a presença de

Raul Castro, presidente da Câmara Municipal de Leiria.

À margem do evento, a Revista Business Portugal falou com o autarca, que considerou

uma honra e um privilégio receber a instalação de novas empresas do concelho. “É um

orgulho poder estar nesta inauguração, na medida em que se assiste à consolidação

de uma estratégia da Danosa, ao instalar-se em Portugal, especialmente em Leiria”,

referiu o presidente da Câmara Municipal, salientando o número de postos de trabalho

que são criados com este investimento. Raul Castro entendeu que o desenvolvimento

não é plausível sem as pessoas e, se falarmos em pessoas, temos necessariamente

que falar em postos de trabalhos, empresários e empresas. Por conseguinte, tem

feito parte da estratégia da edilidade “acarinhar” a instalação de novas empresas no

concelho, uma vez que estas desempenham um papel muito importante para que

Leiria continue a afirmar-se no panorama nacional e seja uma referência em vários

segmentos. “Hoje, podemos dizer orgulhosamente que Leiria, face ao seu tecido

empresarial, consegue garantir uma taxa de desemprego bastante reduzida, abaixo

da média nacional”, revelou, reiterando que o concelho oferece qualidade de vida,

boas respostas na esfera da saúde e da educação e boas oportunidades em termos

de empregabilidade.

Por outro lado, Raul Castro destacou a localização estratégica do concelho, com

excelentes acessibilidades, que permite chegar, de uma forma célere, aos principais

mercados. O Instituto Superior Politécnico de Leiria, como instituição de ensino de

referência, foi igualmente apontado pelo autarca como uma vantagem competitiva

do concelho para os empresários e empresas. Estão portanto reunidas as condições

para que Leiria seja uma boa solução para investir e viver. “Um olhar atento ao tecido

empresarial e a captação de investimento têm sido pontos de honra na estratégia deste

município, desde o primeiro minuto, por isso temos vindo a criar estratégias e sinergias

que sirvam de âncora para que, cada vez mais empresas queiram investir em Leiria”,

sublinhou o autarca.

Estratégias e dinâmicas concertadas

Raul Castro confessou que a herança deixada pelo anterior executivo não foi “muito

famosa”, por isso foi necessário proceder a uma revolução e iniciar um novo projeto

de desenvolvimento e afirmação para o concelho de Leiria.

É portanto com orgulho que o autarca referiu que menor despesa com pessoal,

maior investimento, pagamentos quase a pronto e eficiência financeira são alguns

dos indicadores que colocam o Município de Leiria no topo do ranking nacional

raul castroPresidente

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PORTUGAL, UM MERCADO ESTRATÉGICO

o presidente, raul castro, na inauguração da danosa em portugal

das autarquias de grande dimensão, segundo o Anuário Financeiro dos Municípios

Portugueses.

Apesar das dinâmicas autárquicas preconizadas, no decorrer do mandato, Raul

Castro considera que há ainda um longo caminho a percorrer para alcançar uma

maior valorização e afirmação do concelho. “Queremos atrair cada vez mais visitantes

a Leiria”, disse o autarca, salientando que de acordo com um estudo efetuado pela

consultora internacional “Bloom Consulting”, Leiria assume-se como a terceira cidade

para viver em Portugal. E a melhor na Região Centro, uma qualificação que deve

orgulhar os Leirienses e as pessoas que vivem em Leiria. Por sua vez, no contexto dos

negócios, Leiria pode também afirmar-se como um dos principais concelhos, ocupando

a nível nacional a sexta posição, o que demonstra a vitalidade e o empreendedorismo

dos seus agentes económicos e a sua capacidade para gerar riqueza e emprego, fator

também decisivo para a afirmação de Leiria.

Ao nível do Turismo, Leiria continua a incrementar os seus fatores de atratividade,

potenciando a atividade turística e os recursos endógenos junto dos visitantes nacionais

e internacionais, com o desiderato de tornar Leiria um destino apetecível. “Queremos

alavancar o concelho e a região”, até porque Raul Castro acumula as funções de

presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL), cuja atuação

visa o desenvolvimento integrado e sustentável de projetos e atividades de interesse

comum aos municípios, contribuindo para a competitividade, coesão e economia de

escala das intervenções do território. Neste contexto, o autarca deu nota da importância

e das vantagens da abertura ao tráfego civil da base aérea de Monte Real, uma vez que

constituiria “uma âncora muito forte que iria revolucionar esta região”.

Visão estratégica

Raul Castro, presidente da Câmara Municipal de Leiria, deu conta que os objetivos

estratégicos assumidos para o concelho consistem na promoção do desenvolvimento

económico e social, na garantia das infraestruturas básicas para a melhoria da

qualidade de vida dos munícipes e na aposta no turismo e na animação cultural como

factor de afirmação de Leiria.

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A comandar os destinos da União de Freguesias de Marrazes e Barosa pelo segundo mandato está Isabel Afonso, que assumiu a

autarquia com verdadeiro espírito de missão e com uma vontade positiva de servir a freguesia e a sua população, tendo em conta que

é uma mulher de convicções e de causas, de princípios e valores, de trabalho e de diálogo.

União de Freguesias de Marrazes e Barosa

Uma filosofia de proximidade

A cumprir o segundo mandato à frente dos

destinos da União de Freguesias de Marrazes

e Barosa, Isabel Afonso assumiu o seu papel

movida pelo entusiasmo de poder devolver

à sua freguesia a dignidade e notoriedade de outros

tempos, o que se traduziu numa forte vontade de ver

os problemas resolvidos e de imprimir uma política

autárquica de proximidade.

“Escolhi uma equipa coesa, com experiências de vida

diversas e que pudesse encaixar soluções para a

freguesia, para fazer, de uma vez por todas, o que nunca

foi feito. Que a Marrazes fosse devolvida a dignidade e

importância de grande centro urbano e prolongamento

da cidade de Leiria”, revelou.

Isabel Afonso entende que o tempo ideal para estar na

liderança de uma junta de freguesia são duas legislaturas,

ou seja, a primeira para perceber as necessidades e

criar dinâmicas e a segunda para consolidar a visão

estratégica. Neste contexto, referiu que o seu grupo

de trabalho visa servir a freguesia e os interesses dos

seus habitantes, sendo este a grande máxima que tem

norteado o trabalho do executivo.

Volvidos seis anos da sua entrada na junta de freguesia,

Isabel Afonso considera que a primeira grande medida

adotada foi ligar as pessoas em termos afetivos.

“Quando chegámos à junta, percebemos que entre

trabalhadores havia disputas e mal entendidos, e não

existia um espirito de comunhão entre todos”, salientou,

acrescentando que o primeiro passo foi criar um espírito

de união assente no respeito, diálogo e entreajuda.

Se falarmos em obra física, o Lar de Terceira Idade

da AMITEI (Associação de Solidariedade Social de

Marrazes) representa, indubitavelmente, um grande

orgulho para a freguesia. A obra foi concluída dois anos

depois do previsto, uma vez que esteve parada durante

muito tempo e teve uma derrapagem financeira bastante

alta, no entanto a reestruturação da obra, permitiu

disponibilizar à freguesia uma resposta social de grande

importância.

Na esfera social, a presidente da junta de freguesia

salientou ainda o apoio às instituições e coletividades,

a Feira Social de Marrazes que vai na 4.ª edição e

que irá estender à Barosa, sendo a 1.ª edição a 12 de

dezembro de 2015, o Festival de Folclore, uma parceria

isabel afonsoPresidente

PORTUGAL, UM MERCADO ESTRATÉGICO

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

33

com o Rancho da Região de Leiria, a disponibilização

de cabazes de natal, a realização do passeio anual da

freguesia, um conjunto de dinâmicas que promovem o

convívio e a socialização entre todos.

A união faz a força

A agregação das freguesias de Marrazes e Barosa foi

muito difícil, e segundo Isabel Afonso, causou muita

dor, sobretudo aos habitantes da Barosa, mas “tudo

temos feito e estamos a fazer para que se perceba que

estamos a falar de um todo. A união faz a força. A união

vem da vontade de querer fazer. A coesão está a fazer-

se e vamos conseguindo esse estar de mãos dadas”.

Uma freguesia com indústria

Marrazes e Barosa é uma freguesia urbana com alguns

apontamentos de ruralidade saudável, onde a indústria

tem uma predominância muito forte, desde logo com

a Zona Industrial da Cova das Faias, do Casal do Cego

e Gândara dos Olivais, e na zona da Barosa, existem

também dois polos industriais. “Estes espaços trazem

riqueza, postos de trabalho e projeção ao nosso

território”, destaca Isabel Afonso.

“É muito gratificante perceber quão apelativa é esta

zona do país, perceber que nestas imediações temos

as melhores condições para este desenvolvimento

industrial”, salientou a autarca, sublinhando a felicidade

sentida pelo executivo pela instalação na sua freguesia

de empresas de referência, como é o caso da Danosa.

“A freguesia acolhe, mas também é projetada para fora

de portas, não só a freguesia, mas também o próprio

concelho de Leiria”, entendeu.

Na sua ótica, uma das vantagens competitivas deste

território para a atração de investimento e instalação

de novas empresas prende-se coma localização

estratégica, no coração de grandes acessibilidades,

que colocam a freguesia e o concelho, muito perto dos

grandes centros urbanos a norte e a sul.

Valorizar e afirmar a freguesia

Isabel Afonso confessou que a liderança da junta de

freguesia é vivida com amor e entusiasmo, por isso

mostrou-se otimista em relação ao futuro, desde logo

porque, finalmente, foi anunciado pela atual Câmara

Municipal de Leiria, o tão esperado Centro Educativo de

Marrazes, bem como os melhoramentos urbanísticos no

Bairro Social Dr. Francisco Sá Carneiro e a criação de

um espaço de desporto para beneficiar as vivências dos

seus habitantes.

Por outro lado, Isabel Afonso referiu a aposta em

devolver a Mata de Marrazes à freguesia e à cidade de

Leiria, acrescentando que a autarquia conseguiu adquirir

a antiga carreira de tiro e o objetivo é reflorestá-la.

“Outra das nossas preocupações é mexer nas malhas

urbanas apertadas dos aglomerados de Gândara dos

Olivais, Marinheiros e Marrazes”, salientou.

Isabel Afonso lembrou ainda que um dos sonhos que

ainda não saiu do papel é o Centro Cultural de Marrazes,

que visa instalar o Museu Escolar de Marrazes, que

possui um considerável espólio e acervo museológico,

além de um auditório e uma escola de música. Esta

última, a fim de colmatar as necessidades da Filarmónica

de S. Tiago de Marrazes.

A finalizar, a autarca deixou uma palavra de apoio

e esperança, prometendo continuar a lutar com

sensibilidade e competência para uma maior valorização

e afirmação da sua freguesia.

PORTUGAL, UM MERCADO ESTRATÉGICO

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

34

A Bloqueira de Vermoim é uma empresa carismática que tem percorrido um percurso de afirmação empresarial, granjeando bons

resultados. A Revista Business Portugal quis saber quais os fatores que distinguem a empresa num mercado tão competitivo como o

atual e dar a conhecer o seu contributo no desenvolvimento e na criação de valor no contexto nacional.

A Bloqueira de Vermoim

Dedicação, confiança competência profissional

Situada no concelho de Vila Nova de Famalicão,

a Bloqueira de Vermoim é uma empresa de

cariz marcadamente familiar que iniciou a

sua atividade pelas mãos de Manuel Alves

Carvalho e Engrácia Dias de Abreu, um casal sonhador

e trabalhador, que realizou um dos seus sonhos ao

fundar uma pequena empresa à qual colocou o nome

individual Manuel Alves de Carvalho. Um percurso de

trabalho e dedicação que levou à criação da Bloqueira

de Vermoim, em 1994, sendo nos dias de hoje, uma

referência empresarial do nosso país.

Como resultado da visão e experiência do sócio

fundador Manuel Alves de Carvalho e os seus

herdeiros, a empresa têm-se evidenciado no setor

da comercialização de materiais de construção civil e

alcançado bons resultados.

José Carvalho, um dos filhos do fundador da empresa,

revelou em entrevista que, juntamente com o seu irmão,

Anselmo Carvalho, que cresceram no seio da empresa

e, naturalmente, acabaram por ir trabalhar e dar o seu

contributo para o desenvolvimento da Bloqueira de

Vermoim.

Com novas instalações desde 2005, a empresa está

vocacionada para a venda por grosso de materiais de

construção, atuando de norte a sul do país.

José Carvalho deu nota de que, depois de uma fase

menos positiva da construção, surgiu o novo paradigma

da reabilitação, o que levou a empresa a diversificar a

gama de produtos que disponibiliza.

Sempre com o intuito de estar um passo à frente

do seu tempo, salvaguardando igualmente o seu

posicionamento estratégico no mercado, a Bloqueira

de Vermoim pretende agora iniciar uma nova fase no

juosé carvalho, mário carvalho e anselmo carvalhoAdministração

PORTUGAL, UM MERCADO ESTRATÉGICO

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

35

seu desenvolvimento com a abertura, em 2016, de

um espaço de venda ao público mais vocacionado ao

cliente particular. “Não queremos estar direcionados

apenas para um mercado, por isso criámos alternativas

de desenvolvimento, com investimentos para consolidar

a posição da empresa no mercado”, revela.

Parceiros de referência

Esta PME Excelência tem estabelecido ao longo do seu

percurso um vasto conjunto de parcerias de referência,

nomeadamente com a Danosa, Secil Cimentos, Telhas

CT-Cobert, Telhas Margon, Secil Martingança, Rações

Provimi, Tintas Sotinco e Fibroplac & Falper.

Na sequência da inauguração da nova fábrica da

Danosa, em Leiria, José Carvalho salientou que este

grupo espanhol fabrica uma grande variedade de

materiais e a Bloqueira de Vermoim estabeleceu esta

parceria com o intuito de ambas as empresas crescerem

juntas. “O crescimento da Danosa pode servir de âncora

para o crescimento da nossa empresa”, destacou,

acrescentando que a Bloqueira de Vermoim pretende

criar parcerias e sinergias com empresas que queiram

promover o desenvolvimento mútuo.

O segredo do sucesso

O responsável da Bloqueira de Vermoim considerou

que o trabalho e a qualidade imprimida são fatores

de sucesso. Desde o seu início que a empresa tem

procurado, sempre e como princípio fundamental,

a obtenção dos mais altos níveis de qualidade dos

seus produtos e serviços. A qualidade é uma opção

estratégica que desde o início da sua atividade tem

ajudado a consolidar todos os processos e a estrutura

organizacional, funcionando como catalisador para que

a empresa continue a evoluir. A equipa de trabalho da

Bloqueira de Vermoim, composta por dez profissionais

dedicados, é outro dos segredos do sucesso da

empresa.

Em termos de futuro, José Carvalho e Anselmo Carvalho

estão preparados para mudar com o mercado. Para tal,

pretendem ganhar raízes e experiência empresarial, para

continuar o rumo de crescimento e desenvolvimento

da empresa que nasceu pela mão de Manuel Alves

Carvalho.

A consolidação da empresa passará por um novo

espaço de venda dedicado ao cliente em particular e, a

longo prazo, “queremos abrir pequenos espaços noutras

localidades para ir ao encontro das necessidades do

pequeno cliente. Pretendemos através do conhecimento

e de visão de negócio, propor aos nossos clientes

produtos, serviços e soluções adaptadas às atuais e

futuras tendências de mercado”, remata José Carvalho.

PORTUGAL, UM MERCADO ESTRATÉGICO

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

36

Com 18 anos de história empresarial, a ISOLAR tem conseguido marcar a diferença num mercado que se assume, cada vez mais

competitivo, através dos pressupostos de inovação, qualidade e profissionalismo. Com uma filosofia vanguardista, assume-se como uma

referência no sector onde gravita, espelhando um percurso de sucesso e visão estratégica.

isolar

Um percurso de sucesso e visão estratégica

Criada em 1998, a ISOLAR nasceu com o

objetivo de colmatar uma lacuna que existia

em Portugal, no segmento da distribuição de

materiais de isolamento térmico e acústico.

O desafio de Paulo Cabral, administrador da ISOLAR,

foi criar uma empresa que, para além de vender um

determinado produto, tivesse uma gama o mais

abrangente possível de produtos.

As primeiras instalações estavam localizadas em São

João da Talha e a esfera de atuação geográfica centrava-

se na Área Metropolitana de Lisboa. No entanto, volvidos

poucos meses da criação da empresa, começaram a

surgir solicitações comerciais de todo o país e surgiu a

necessidade de crescer em termos de infraestruturas.

Até que em 2007, com uma posição consolidada no

mercado e com um volume de faturação a rondar os

seis milhões de euros, a ISOLAR apostou na aquisição

de novas instalações entre Porto Alto e Benavente,

uma localização estratégica, no coração das grandes

acessibilidades. “A nossa vinda para estas instalações

teve muito a ver a necessidade que tínhamos para

responder aos clientes e estar numa zona mais central”,

sublinhou Paulo Cabral.

A ISOLAR tem como sua principal vocação a distribuição

e o apoio aos revendedores de materiais de construção,

atuando de norte a sul do país, assumindo-se como

uma referência no sector onde se insere. “Começámos

por comercializar materiais para isolamento, mas cedo

começámos a criar parcerias com algumas empresas,

expandindo a nossa gama de produtos para outras

áreas como a cofragem, drenagem, caixas para estores

e o gesso cartonado”, revelou, acrescentando que

a empresa distribui marcas conceituadas e líderes de

mercado como a ROCKWOOL, FIBROPLAC, SEMIN,

FIXOLITE, DANOSA e, em exclusivo para o nosso país

os produtos – MURALI (cornijas plastificadas e os tubos

de cofragem).

No caso da DANOSA, Paulo Cabral entendeu que se

trata de uma empresa de referência em Portugal, que

desenvolve produtos inovadores na área do isolamento

térmico e acústico e um parceiro de futuro.

Valorizando o passado, vivendo o presente e pensando

no futuro, a ISOLAR pretende continuar a adotar uma

filosofia vanguardista, tendo como linhas orientadoras

para a prossecução dos seus objetivos, a apresentação

de soluções de qualidade e o profissionalismo dos seus

colaboradores.

Projetos para futuro

Em entrevista à Revista Business Portugal, Paulo Cabral

revelou que a empresa apresenta um volume de

faturação de cerca de quatro milhões de euros anuais

e tem diversos projetos em carteira, nomeadamente, a

criação de uma fábrica de EPS.

Pese embora, a ISOLAR tenha capacidade e capitais

próprios para levar estes projetos avante, Paulo Cabral

salienta que a empresa se encontra numa fase de

avaliação e estratégia para o desenvolvimento desta

organização.

“Em 2016, vamos consolidar a área da reciclagem dos

produtos de construção, sempre com uma finalidade

para comércio para incorporar nos pavimentos, mas

a nossa perspetiva é criar um departamento ou até

mesmo uma empresa nesta área de atuação, porque

há muito potencial de crescimento, visando a reciclagem

para criação de novo produto”, avançou o administrador,

reiterando que a ISOLAR sempre soube o que queria

e todos os passos foram dados com muita cautela e

estratégia rumo à afirmação e valorização empresarial.

paulo cabralAdministrador

PORTUGAL, UM MERCADO ESTRATÉGICO

ação

soci

al

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Nesta edição vamos conhecer algumas das instituições portuguesas que desempenham um sério

e importante trabalho voltado para a ação social. Entidades que funcionam em prol do outro,

no sentido de atender às carências existentes nas comunidades que estão inseridas. As IPSS

(Instituições Particulares de Solidariedade Social) e as Santas Casas de Misericórdias são algumas

dessas instituições. Estas são organismos sociais que oferecem diversas valências, como por exemplo, lar

para idosos, unidade de cuidados continuados, creche, pré-escolar, atividades de tempo livre, centro de dia

e apoio domiciliário.

O apoio às crianças, aos jovens, à família, a proteção dos cidadãos na velhice e na invalidez, bem como o apoio

à capacidade de trabalho, subsistência, a educação e a formação profissional dos cidadãos, são alguns dos

objetivos destas entidades que marcam sua presença na medida que estão integrados à vida da comunidade.

Alguns das destas entidades surgiram por iniciativa da Igreja Católica, outras pelo associativismo de pessoas

que se preocupam com o crescimento social, cultural e humano da sua terra. Hoje, estas instituições são

organismos que oferecem instalações modernas e confortáveis, com profissionais qualificados que procuram

adotar uma relação de proximidade para com os utilizadores.

Para estas entidades a ação social é mais do que uma atividade diária, representa acima de tudo, um estar no

mundo numa perspetiva de igualdade e fraternidade. Segundo os dados da Cooperativa António Sérgio, há

neste momento 393 Misericórdias ativas em Portugal. O número de IPSS também é bem significativo, com

mais de mil unidades distribuídas pelo país. Tudo isto contribui para que estas instituições exerçam um papel

expressivo na economia social, pois além de atenderem um número elevado de utentes, também possuem,

em algumas zonas, o maior número de funcionários.

As instituições se colocam fundamentais para que a sociedade consiga dar uma resposta efetiva aos

problemas, no qual o poder público sozinho não é capaz de responder. Numa visita às unidades é possível

ver, que acima de tudo, todas cumprem um trabalho que resgata o que há de melhor no homem, ou seja,

a sensibilidade e a solidariedade para com os seus semelhantes. Num mundo em que o individualismo se

torna, cada vez, mais forte, estas instituições nos mostram que a preocupação com o bem-estar do outro

também deve fazer parte das nossas vidas. Nestas páginas que seguem, o leitor poderá conhecer um pouco

esta realidade e a opinião daqueles que estão a frente das instituições.

38

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

39

AÇÃO SOCIAL

A ACREDITA é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, com sede no Largo do Soito em Travassós de Baixo, Viseu.

acredita

“INSTITUIÇÃO DE REFERÊNCIA CRIADA PELA VONTADE EXPRESSA DA POPULAÇÃO”

Um homem com paixão pelo associativismo

que há 23 anos aceitou o desafio de dar

respostas às necessidades existentes na sua

zona, assim podemos definir o presidente da

Acredita, Aníbal Pinhel. Com uma forte sensibilidade

para as causas sociais juntou-se a outros membros da

comunidade e criou a associação que a Revista Business

Portugal foi conhecer. O presidente começa por nos

contar que a associação foi criada, em 1992, pela

vontade expressa da população, numa freguesia onde

não havia equipamento social. A Acredita surge para

preencher uma lacuna social e para isto foi necessário

promover e imbuir as pessoas de espírito associativo.

“Sentiu-se esta necessidade e as pessoas juntaram-se

para formar uma associação que na primeira ideia seria

na área cultural, recreativa e desportiva”, mas fiz-lhe

sentir que essa não resolvia as principais carências da

populaçao, afirma o presidente. Inicialmente, a instituição

foi constituída fruto de muito trabalho voluntário, um

pequeno apoio do Estado e um grande esforço dos

associados. “O nome Acredita é sugestivo, sou o

padrinho, foi um desafio interessante virado para o

lado social, defendendo sempre o associativismo. Isto

foi feito mesmo a pulso, unimos vontades e pessoas”,

acrescenta o nosso interlocutor. A primeira iniciativa da

instituição foi uma candidatura ao ‘Clique Solidário’ que

compreendeu uma ação voltada para a formação de

competências básicas nas áreas das novas tecnologias.

Com uma preocupação sempre direcionada à formação,

instituiu-se um centro de diplomas de competências

básicas que confere certificados em novas tecnologias.

A instituição desenvolve atividades no campo da ação

social, cultural, recreativa e desportiva. Oferece diversas

valências e equipamentos, nomeadamente, creche

com capacidade para 38 crianças, ensino pré-escolar

com 25 crianças, apoio domiciliário, sala de formação,

programa ‘Clique Solidário’, cantina social, sala de

convívio, grupo coral, eventos e jogos tradicionais.

Num clima de bem-estar social, preocupação e

sensibilidade com os serviços prestados à comunidade,

a instituição tem-se destacado pelo elevado grau de

qualidade do trabalho desenvolvido. O que pode ser

explicado também pela qualificação dos seus quadros,

na sua maioria licenciados. “Sempre fomos muito

criteriosos. Na implementaçao do SGQ, propusemo-nos

logo atingir os níveis ‘A’ do Instituto de Segurança Social.

Isto é uma atividade de serviço, e por isso tem muito a

ver com recursos humanos e nós privilegiamos sempre

o jovem e o saber”, afirma o presidente. O mais novo e

moderno equipamento social construído pela Acredita,

em parceria com o Estado é a Unidade de Cuidados

Continuados de Média Duração e Reabilitação. A obra

teve um orçamento de um milhão e oitocentos mil

euros. A unidade significou um importante impacto

na sociedade com a integração da associação na

Rede Nacional de Cuidados Continuados. Aníbal Pinhel

conta-nos que a Acredita pretende tornar-se, em breve,

numa referência na área da saúde numa perspectiva

de humanização dos cuidados. “Associações, como

a nossa, vem contribuir para a humanização da

saúde, pois estamos habituados a um relacionamento

interpessoal muito forte e acompanhamos passo a

passo as pessoas”, acrescenta o interlocutor.

A Unidade de Cuidados de média Duração dispõe de

30 camas em 11 quartos duplos e oito individuais.

As 20 camas da rede estão sempre ocupadas, o que

não acontece nas restantes dez em gestao privada. Os

serviços prestados são: cuidados médicos, cuidados

de enfermagem permanentes, fisioterapia, terapia

ocupacional, terapia da fala, apoio psicossocial,

cuidados de higiene e alimentação, cabeleireiro,

podologia e serviço de lavanderia. A instituição também

desenvolve, em parceria com a Câmara Municipal de

Viseu, atividades voltadas ao envelhecimento ativo que

contempla cerca de 150 idosos. Portanto, conclui-se

que a Acredita desempenha um papel de destaque

na zona, pois oferece um vasto número de atividades,

atendendo diariamente mais de 300 pessoas e emprega

55 pessoas.

Aníbal pinhelPresidente

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

40

AÇÃO SOCIAL

É no Distrito da Guarda que encontramos a Santa Casa da Misericórdia de Celorico da Beira. Recebida pela direção, a Revista Business

Portugal foi perceber como esta instituição tem conseguido sobreviver ao logo de cinco séculos.

santa casa da misericórdia de celorico da beira

Cinco séculos de assistência à população

A Santa Casa da Misericórdia de Celorico da

Beira é uma instituição com cinco séculos de

existência e surgiu da iniciativa de um grupo

de irmãos que se juntaram em 1576. Nos

últimos 50 anos do século XX o Hospital da instituição

desempenhou um papel importante na área da saúde.

Com a revolução de abril esta Misericórdia voltou-se

para assistência aos idosos, com as infraestruturas do

antigo hospital a serem adaptadas para lar. Foi então

em 1972 que se fundou o Lar de São Francisco,

começando com 30 utentes. Nos anos oitenta sofreu

uma ampliação para 42 utentes, e hoje está aprovado

para 61, estando lotado. O atual provedor António Vaz

da Silva, o diretor técnico Fernando Brito e a animadora

Sociocultural Hermínia Vicente são as pessoas que estão

neste momento à frente da instituição e que têm trabalho

para o seu crescimento e desenvolvimento.

Fundação e desenvolvimento

Fundada no século XVI, esta instituição conseguiu, com

muito custo, sobreviver ao longo de cinco séculos, com

as suas instalações a crescerem e a serem adaptadas à

medida das necessidades da população. Ali encontramos

hoje um edifício com dois blocos, nomeadamente

o lar mais antigo e a parte onde estava o Hospital.

Ambos os espaços foram reabilitados, recuperados e

adaptados, havendo uma ligação entre os dois edifícios.

Este crescimento tem sido sustentado numa gestão

controlada dos gastos, sobrevivendo apenas com os

acordos de recuperação com a Segurança Social e as

mensalidades dos utentes.

Funcionamento e infraestruturas

A Santa Casa da Misericórdia de Celorico da Beira

tem desempenhado um forte papel na assistência

social e saúde à população. Lar, Centro de Dia e Apoio

Domiciliário são os serviços que fazem parte das suas

competências, conseguindo assim oferecer um apoio

dentro e fora da instituição. Para o provedor António

Vaz da Silva a maior preocupação é “tentar dar o

melhor aos idosos”, isto é, a humanização dos serviços.

Neste âmbito, e para o conseguir, a instituição conta

atualmente com três enfermeiros e um fisioterapeuta a

tempo inteiro.

No que toca ao Apoio Domiciliário, neste momento dão

apoio a 30 famílias, englobando as refeições, higiene

pessoal, tratamento de roupas, enfermagem, bem

como acompanhamento/deslocações a consultas,

sendo que a maior preocupação é conciliar a casa

dos utentes com os serviços que a instituição lhes

pode prestar. Relativamente ao Centro de Dia, são 15

os utentes inscritos, e este serviço é prestado sempre

numa perspetiva de os manter ativos e aptos. Para

assumir todas estas valências, a instituição conta com

um edifício totalmente equipado, moderno e eficiente,

numa extensão de quatro pisos. Salienta-se que, na

parte do Lar, a maioria dos quartos são duplos, com

todas as comodidades, incluindo casa de banho

privativa. Destaque para a sala de fisioterapia, que foi

totalmente equipada há pouco mais de um ano. Temos

ainda o espaço da capela que se pode reconverter em

sala de reuniões e eventos sociais. Ademais, esta é uma

instituição detentora de um património rico, da qual faz

parte a sua Igreja da Misericórdia, a Capela do Calvário

e a Capela de São João.

O diretor técnico Fernando Brito destacou a sua

metodologia diferente de atuação, com a integração dos

utentes que recebem apoio domiciliário nas atividades

da Instituição. A atual direção está a fazer um esforço

para mudar as ideias pré-concebidas relativas aos lares

de idosos, procurando abrir a estes utentes as suas

atividades, como é o caso da ginástica, dos ateliers

de trabalhos manuais, a musicoterapia e os jogos. A

animadora sociocultural Hermínia Vicente acrescentou

mesmo que “é muito importante dar vida aos anos e

não anos à vida”.

Crescimento e novas apostas

Consciente de que as Misericórdias estiveram algum

tempo fechadas para a comunidade, o corpo diretivo

da Santa Casa da Misericórdia de Celorico da Beira tem

trabalhado para conseguir um maior envolvimento com

a comunidade. Exemplo disso é a iniciativa DVD filme

“As nossas gentes”, que pretende dar visibilidade ao

trabalho que é feito dentro da instituição pelos utentes.

A atual direção tem feito crescer a instituição, dotando-a

e adaptando-a, sempre com atenção à qualidade da

prestação de serviços e à realidade do utente. O diretor

Técnico avançou mesmo que há intenções de alargar

as valências da instituição para a área dos Cuidados

Continuados, uma vez que há cada vez mais idosos na

região, além de uma valência dedicada em exclusivo ao

problema da demência.

Paralelamente, um dos objetivos é então a formação e

certificação dos funcionários na área da demência. A

Santa Casa da Misericórdia de Celorico da Beira é uma

instituição que se impõe no seu meio por todo o trabalho

que tem desenvolvido em prol da comunidade e que

pretende crescer sempre numa perspetiva de qualidade

e transparência.

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

41

AÇÃO SOCIAL

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

42

AÇÃO SOCIAL

A Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Fornos de Algodres comemora no próximo ano o seu 350º aniversário. A Revista

Business esteve à conversa com o atual provedor, Luís Miguel da Fonseca, para conhecer o trabalho que esta instituição tem feito em

prol da comunidade.

santa casa da misericórdia de fornos de algodres

Uma instituição que promove a qualidade de vida

Tendo como fim a promoção, apoio e realização

de atividades que visem a melhoria do bem-

estar das pessoas, prioritariamente dos mais

desprotegidos, a Santa Casa da Misericórdia

de Fornos de Algodres tem voltado o seu trabalho para

as prestações de ação social e saúde. Como Provedor

desde janeiro de 2015, Luís Miguel Fonseca viu na

Santa Casa da Misericórdia de Fornos de Algodres

um projeto aliciante, sempre consciente de que a sua

missão é dar qualidade de vida às pessoas que mais

precisam.

Da fundação à gestão

Fundada em 1666, por decreto régio de D. Afonso VI, a

Santa Casa da Misericórdia de Fornos de Algodres teve

o seu início com a doação da Capela da Nossa Senhora

das Dores. Anos mais tarde, fundou-se o Hospital da

Misericórdia, edifício onde hoje funciona uma moderna

e funcional estrutura residencial para idosos. Em 2008,

esta Santa Casa procedeu ao alargamento dos seus

serviços, com a abertura de uma Unidade de Cuidados

Continuados, que na visão do Provedor Luís Miguel

Fonseca “tem uma capacidade enorme para dar

qualidade de vida aos nossos utentes”. Hoje, a gestão

luís miguel da fonsecaProvedor

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

43

AÇÃO SOCIAL

é feita exclusivamente pela Santa Casa, sem depender

de privados; uma gestão apostada num crescimento

sustentado, onde não há gastos supérfluos e o trabalho

em equipa é a chave do sucesso. São um total de

32 funcionários, nomeadamente seis enfermeiros, um

médico, dois diretores técnicos (ERPI/UCC), nutricionista,

animadora sociocultural, psicóloga, dois fisioterapeutas,

terapeuta da fala, TOC, Serviços Operacionais e

Administrativos. Trata-se de uma equipa muito jovem e

proativa, desafiada em tornar a prestação de cuidados

humanizada e individualizada, numa intervenção

interdisciplinar, promovendo o bem-estar do utente. O

Provedor Luís Miguel Fonseca não esquece o propósito

de criação das Santas Casas, alicerçado nas catorze

obras da misericórdia. “Os objetivos da Irmandades e

das Santas Casas é fazer o melhor de si, pro-bono, em

prol do outro”, relembra o Provedor, acrescentando que

um dos processos que mais orgulho lhe deu foi trabalhar

o Compromisso Santa Casa.

O envolvimento com a comunidade

Há 10 meses como provedor da Santa Casa de Fornos

de Algodres, Luís Miguel Fonseca sente que devolveu a

Santa Casa a Fornos de Algodres. “Por uma Irmandade

Aberta” é assim que o Provedor tem assentado todo

o trabalho desta instituição, que hoje é uma estrutura

aberta à comunidade, com os idosos a participarem

nas iniciativas da região. A Feira do Queijo da Serra

da Estrela, Caminhada Solidária, o projeto “Tricota esta

Ideia – Uma Manta pelos Direitos dos Idosos”, são disso

exemplo. De salientar o sucesso da primeira Feira da

Saúde, onde foram realizadas avaliações de condição

física e de saúde em rastreios gratuitos de enfermagem

e outras, que mostrou a capacidade de intervenção da

Santa Casa na comunidade.

De momento estão a ser feitas obras de requalificação

nas infraestruturas para dar mais dignidade aos utentes.

O objetivo é rentabilizar o espaço já existente, que conta

com uma sala de fisioterapia, uma sala de psicologia,

sala de tratamentos, cozinha equipada, sala de convívio,

e quartos de topo apetrechados com casa de banho

individual, entre outros. De salientar, os dois quartos

(três camas) particulares autorizados pela Administração

Regional de Saúde do Centro para as pessoas que

estão em lista de espera para a Unidade de Cuidados

Continuados. A taxa de ocupação mostra o bom trabalho

que tem sido feito na Santa Casa da Misericórdia de

Fornos de Algodres, com o lar a ter uma ocupação de

19 utentes e a Unidade de Cuidados Continuados 20

utentes.

O futuro e novas valências

Como pessoa ativa na comunidade, tendo já sido

vice-presidente dos Bombeiros e vereador na Câmara

Municipal de Fornos de Algodres, o provedor Luís

Miguel Fonseca cedo percebeu que só duas valências

não chegavam para as necessidades do concelho.

Neste sentido, vão tentar abraçar mais valências,

nomeadamente na área da Educação, de que é exemplo

o ensino pré-escolar. Para além disso, são entidade

promotora, com um projeto de três anos, para trabalhar

em prol do emprego e da exclusão social, através do

Programa de Contratos Locais de Desenvolvimento

Social de 3ª Geração (CLDS-3G).

Paralelamente, no decorrer do próximo ano de 2016,

é objetivo da ISCMFA comemorar o 350º aniversário

através de um programa vasto que contemple a história

desta Irmandade. Foi lançada uma coleção de selos

comemorativa desta efeméride, e está previsto ainda a

realização de várias palestras e a celebração de uma

missa com a presença do Bispo de Viseu, D. Ilídio

Leandro.

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AÇÃO SOCIAL

O Centro Paroquial e Social de Santa Marinha de Avanca, está localizado em Avanca, no concelho de Estarreja, Distrito de Aveiro. Ele

tem desenvolvido ao longo de anos um trabalho social que oferece uma grande variedade de valências.

Centro Paroquial e Social de Santa Marinha de Avanca

UMA INSTITUIÇÃO FUNDAMENTAL AO SETOR SOCIAL

A instituição tem desempenhado um papel

fundamental no bom funcionamento da região

em que está inserida, no que diz respeito as

necessidades sociais existentes. Na liderança

da instituição encontramos o Padre José Henriques da

Silva. Foi ele que deu vida a este projeto, que hoje, além

de uma realização é também uma necessidade que se

faz vital ao povo daquela terra. Conta-nos que chegou a

Avanca, há 26 anos atrás, e encontrou um projeto ainda

inicial que não estava definido quanto à valência, mas

que, entretanto, era uma grande obra. “Eu gostei sempre

de obras, isso é uma questão de família. A preocupação

que eu tive foi terminar aquela obra, estavam prometidos

doze mil contos, na altura, para fazer a obra, mas aquilo

não chegava para nada. Ela só foi possível de facto pela

adoção de uma administração rigorosa, pela ajuda das

empresas e também pela ajuda do povo que tem sido o

grande benemérito”, afirma o padre.

Atualmente como respostas sociais, a instituição tem:

creche, pré-escolar, centro de atividades de tempos

livres, lar para idosos, centro de dia, serviço de apoio

domiciliário, um banco de ajudas técnicas e a Unidade

de Cuidados Continuados e Lar Dr. Egas Moniz. Na

creche há um acordo para 42 crianças, numa faixa

etária de quatro meses a três anos de idade. A creche

dispõe de berçário, uma sala de aquisição de marcha

e uma sala de transição. A pré-escolar dispõe de duas

salas, com crianças entre os três e os seis anos, sendo

o acordo para 44 crianças que são orientadas por

dois educadores, apoiados por dois ajudantes de ação

educativa.

No C.A.T.L. (Centro de Atividades de Tempos Livres), há

35 crianças do primeiro ciclo mais dez do segundo ciclo.

No Lar há 50 idosos apoiados por uma equipa composta

de profissionais diversificados. O Padre José Henriques

afirma que a instituição tem que se adaptar aos idosos,

adotando sempre uma postura de respeito e de cuidado,

mas também considera fundamental a presença

da família para o bem-estar deles. “Antigamente, as

pessoas iam para o lar por falta de apoio da família.

Naquela época as famílias eram muito numerosas. Hoje,

há uma necessidade, porque as famílias são pequenas e

o idoso acaba por ficar sozinho em casa, pois os filhos e

netos precisam de trabalhar”, sublinha o Padre.

No Centro de Dia estão 20 idosos. “Penso que eles

estão felizes porque há uma interação, eles passeiam,

realizam atividades e isso tudo é muito importante para

não caírem no isolamento”, acrescenta o padre. O SAD

(Serviço de Apoio Domiciliário) é outra valência da

instituição que atende 35 idosos.

O mais novo equipamento da instituição é a Unidade

de Cuidados Continuados e Lar Dr. Egas Moniz. O novo

equipamento entrou em funcionamento no dia primeiro

de outubro, de 2014, e contou com a presença do

Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho. O equipamento

tem 28 camas, sendo 25 protocoladas e três por conta

própria. “Houve aqui um requinte, posso dizer que

tivemos um requinte, os tetos são acústicos, todos os

quartos têm varanda, exceto quatro. Tanto no Lar como

nos Cuidados Continuados os quartos têm varanda”,

afirma o Padre que fala com entusiasmo das condições

que oferece aos utilizadores.

josé henriques da silvaPresidente

REVISTA BUSINESS PORTUGALTEMA

46

inov

ar pa

ra c

resc

er

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Inovar é a palavra de ordem nas empresas e nos mercados altamente competitivos, onde as novidades

são aguardadas com expectativa, principalmente quando se trata de novas tecnologias. As empresas

precisam estimular a inovação entre seus colaboradores para poderem ser competitivas, visando crescer

e, principalmente, conquistar novos mercados, sempre ávidos de produtos e serviços que os surpreendam.

A competitividade alavanca progresso e faz com que desafios sejam estipulados, incentivando a participação

dos colaboradores, para usarem a criatividade descobrindo soluções inovadoras que levem a empresa a ter

fatores distintivos que a tornem líder no mercado. Num mercado cada vez mais globalizado e exigente é

necessário encontrar fatores de diferenciação para captar e fidelizar clientes. Para crescer de forma sustentada

e ganhar vantagem competitiva, as empresas têm de ser inovadoras e eficientes, prestando serviços de

elevada qualidade, potenciando os seus canais de distribuição e promovendo eficazmente os seus produtos.

A inovação marca o ritmo da civilização atual, por isso o desafio passa por transformar ideias novas em

resultados sustentáveis e a inovação passa muito pela internacionalização e pela ligação aos centros de saber.

O conceito de inovação deve extravasar as fronteiras da ciência e da tecnologia, campos intuitivamente

associados à inovação, e alargar-se a muitos outros domínios de atividade. A inovação tem de ser perspetivada,

fundamentalmente, como alavanca do desenvolvimento. As suas forças motrizes que, no essencial, são a

investigação, a tecnologia, a concorrência, a qualificação dos recursos humanos, bem como a organização

e a dinâmica de acesso à informação qualificada e estruturada, deverão interagir e articular-se em redes de

cooperação, na persecução de objetivos integrados, criando as condições e um ambiente propício a uma

cultura generalizada de inovação, catalisador, absolutamente, essencial da melhoria da competitividade de

uma sociedade, nos diversos campos de atividade, sendo certo que inovar exige a capacidade de antecipar

o futuro.

A insatisfação com o presente e a vontade de transformação num futuro diferente devem ser consideradas

as grandes forças renovadoras das empresas. Uma inovação sustentada pode estabelecer o sucesso e o

crescimento de uma empresa, seja qual for a sua dimensão e posicionamento no mercado. Em Portugal, a

procura pela inovação começa a ser uma realidade e resultado disso mesmo é o surgimento de uma política

para a inovação assente nos pequenos e médios empresários, que apesar das dificuldades, conseguiram

vingar num mundo tão competitivo como é o mercado de trabalho.

Nesta edição da Revista Business Portugal colocamos em evidência alguns exemplos de empresas que

têm valorizando o passado, vivendo o presente e pensando no futuro, adotando uma filosofia vanguardista,

estando sempre um passo à frente do seu tempo, tendo como linhas orientadoras para a prossecução dos

seus objetivos, a simplificação da criação de conhecimento e a criação e disponibilização de soluções de

qualidade. Estes ideais expressam a sua determinação em oferecer as soluções mais avançadas que vão ao

encontro das necessidades de uma sociedade em constante mudança e evolução. Estes valores basilares

encontram-se ainda representados na manifestação do seu empenho em continuar este percurso de contínua

inovação.

46

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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INOVAR PARA CRESCER

Reguengos de Monsaraz, em pleno Alentejo, foi eleita a Cidade Europeia do Vinho 2015 pela Rede Europeia de Cidades do Vinho, que

integra, além de Portugal, países como a Alemanha, Áustria, Eslovénia, Espanha, França, Hungria e Itália, todos reconhecidos pela

sua excecional produção de vinho. Dado o prestígio e reconhecimento da região e dos seus vinhos, conversamos com Miguel Feijão,

presidente da Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz - CARMIM.

carmim - vinhos

A IMPONÊNCIA DOS VINHOS

A CARMIM nasce em 1971 pela vontade de 60 viticultores de se agruparem, de modo a contornarem

a difícil situação económica que, à época, se vivia. “A partir daí, temos vindo sempre em crescimento

contínuo”, refere o presidente da cooperativa, salientando que o apoio de todos foi crucial para que a

CARMIM tivesse o estatuto e o reconhecimento que tem hoje.

Os vinhos da cooperativa já foram galardoados com mais de 300 prémios nos diversos concursos nacionais e

internacionais em que participaram. Para tal, contribui em muito a qualidade da matéria-prima, ou não estivessem

as suas terras numa região denominada de origem, sem esquecer o capital humano e o complexo agro-industrial

dotado da mais alta tecnologia. A mesma, permite a receção de um milhão e quinhentos mil quilos de uva por dia,

o armazenamento até 33 milhões de litros e o engarrafamento de 24 mil garrafas por hora, ou não fosse esta, uma

das adegas mais bem equipada da Península Ibérica.

Diferentes sabores

Sob as marcas ‘Monsaraz’, ‘Terras D’El Rei’ e ‘Reguengos’, a oferta dos vinhos CARMIM contempla cerca de 40

referências, oriundas de castas bem definidas, “que tentamos preservar desde início, se bem que foi necessário, a

uma certa altura, adaptar outras tipologias consoante iam surgindo pedidos de clientes”, explica Miguel Feijão.

A adega presenteia os seus clientes com vinhos brancos e tintos, que vão desde os mais jovens a reservas, sem

esquecer os licorosos, rosés e espumantes. Há ainda tempo para a produção de aguardente.

O nosso interlocutor faz ainda questão de frisar que a ‘disciplina’ imposta aos seus associados é um componente

fundamental para o sucesso da CARMIM. “Exigimos que tratem as suas vinhas de modo precavido, aplicando os

fitofármacos de um modo sustentável e cumprindo sempre as orientações dos nossos técnicos, bem como as dos

técnicos da Ateva, que connosco colaboram. É esta postura que nos tem permitido evitar qualquer falha na nossa

capacidade de produção e qualidade ao longo de todos estes anos”.

Cidade Europeia do Vinho 2015

Reguengos de Monsaraz foi eleita Capital Europeia

do Vinho 2015, desafio que a CARMIM recebeu, de

imediato, de braços abertos. Mas, revela-nos Miguel

Feijão, o mesmo não aconteceu com todos os produtores

da região. “Houve alguma desconfiança inicialmente no

que diz respeito a esta nomeação. Começamos apenas

com quatro produtores e há que referir o empenho e

apoio da Câmara Municipal desde o primeiro minuto.

Felizmente as pessoas e os produtores foram-se

apercebendo do quão bom isto poderia ser, e que, na

verdade, tem sido para Reguengos e a adesão foi-se

alargando ao longo do tempo”. O nosso interlocutor

faz questão de agradecer publicamente o trabalho

de todos aqueles que estão envolvidos no projeto,

“estão todos de parabéns e graça à Cidade Europeia

do Vinho, já podemos afirmar que existe enoturismo

em Reguengos de Monsaraz e isso é uma mais-valia

para todos”, completa. Questionado sobre se o projeto

alcançou as expetativas, o nosso interlocutor afirma que

a agitação que Reguengos viveu, no último ano, graças

a este projeto e em torno do mesmo, revelam que as

expetativas foram amplamente superadas.

miguel feijãoPresidente

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INOVAR PARA CRESCER

A Carmim – Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz surgiu em 1971, apostando na produção de vinhos e azeites. Volvidos 43

anos, a qualidade dos vinhos, a par dos azeites Carmim passou a ser sinónimo de excelência.

carmim - azeite

Azeites de excelência e qualidade

A produção de azeite é uma aposta

preconizada pela CARMIM desde a sua

fundação, numa lógica de produção para os

associados. Passados 43 anos, a produção

de azeite passou a ter uma visão comercial, seguindo

uma lógica de promoção e divulgação do produto, que

apesar da sua quantidade limitada, representa já cerca

de quatro por cento da faturação da CARMIM.

“É uma produção de excelente qualidade que neste

momento, está a ser divulgada juntos dos consumidores”,

Além-fronteiras

Falar nos vinhos do Alentejo é, forçosamente, falar

em Reguengos de Monsaraz. A zona é mundialmente

conhecida pela sua tradição vitivinícola e é responsável

por um terço do total da produção de vinho de

Denominação de Origem do todo o Alentejo que, por sua

vez, em 2013, representou 43 por cento do volume de

vendas da quota de mercado comercial nacional total.

Atualmente, no universo CARMIM, 20 por cento da

produção está destinada à exportação, sendo que o seu

mercado mais forte é a Polónia, seguindo-se o Brasil,

os Estados Unidos da América, Angola, França e Suíça.

desvendou Rodrigo Caeiro, membro da direção

Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz,

sublinhando que podemos encontrar os azeites CARMIM

em lojas da especialidade e lojas gourmet, no contexto

do mercado alentejano, no entanto avançou que esta é

uma área na qual a CARMIM quer crescer.

Os azeites CARMIM estão divididos em três gamas:

azeites Terras d’el Rei, disponível em embalagem de

cinco litros; azeites Monsaraz, disponível em embalagens

de três litros e garrafas de 0, 25 litros, 0, 5 litros e 0,

75 litros; e por último a gama azeites Reguengos, um

produto gourmet.

A nível de características organoléticas e sensoriais,

Rodrigo Caeiro salienta que os azeites CARMIM são

muito suaves, característicos das variedades que são

predominantes da região, nomeadamente, a Galega e

a Cobrançosa. “Essencialmente, 80 por cento da nossa

produção é da variedade Galega, são azeites suaves,

amendoados, dourados, macios, muito bons para

temperar e muito saborosos. Estas características são

francamente diferenciadoras em relação aos azeites

existentes na grande distribuição”, consubstancia,

destacando que o fator solo e o microclima são

determinantes nesta diferenciação.

Visão de futuro

A atual direção da Cooperativa Agrícola de Reguengos de

Monsaraz tem como objetivo a promoção e divulgação

dos seus produtos, “criando valor acrescentado,

permitindo assim que os seus associados obtenham do

esforço que dedicam a esta produção, um valor mais

correto que permita rentabilizar as suas estruturas”,

clarificou Rodrigo Caeiro.

Paralelamente, a CARMIM pretende aumentar a

capacidade de receção, bem como potenciar o próprio

relacionamento com os associados, para que estes se

sintam motivados para cuidar dos olivais e levem toda

a sua produção para a CARMIM. “Penso que, num

horizonte de cinco anos, estamos em condições de

conseguirmos aumentar a produção”, avançou.

Rodrigo Caeiro revelou ainda que a CARMIM apresentou

uma candidatura ao PDR 2020, para adquirir uma nova

linha de engarrafamento, no sentido de dar resposta

às encomendas, em termos de azeite engarrafado, e

melhorar os depósitos de armazenamento, com intuito

de cada vez mais garantir o cumprimento das normas

de higiene e segurança no trabalho vigentes.

A CARMIM tem ainda como desiderato proceder a uma

reestruturação das gamas, uma renovação da imagem

e a disponibilização de um sub-produto, que será o

galheteiro para entrar na restauração, “uma referência

que ainda não temos, juntamente com o vinagre, que

também vamos produzir”, revelou Rodrigo Caeiro,

sublinhando a aposta na modernização da estrutura da

cooperativa, que resulta da aplicação prática daquelas

que são as exigências do mercado, por forma a

demonstrar que Reguengos e a CARMIM não são só

vinhos, mas também azeites de excelência e qualidade.

rodrigo caeiroMembro da Direção

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INOVAR PARA CRESCER

restaurante mauritânia real

artur moreiraSócio-Gerente

Um bom prato de marisco? Sim, por favorAberto há 20 anos, o Restaurante Mauritânia Real distingue-se, em Matosinhos, pela sua especialidade em marisco. Quem vai ao

restaurante encontra uma grande variedade de pratos tradicionais portugueses de qualidade e a bom preço, bem como um ambiente

familiar. Quanto aos pratos de marisco, estes são sempre preparados na hora.

Artur Moreira, sócio-gerente do Mauritânia Real está nesta casa desde a

sua abertura, “Sou um apaixonado pela restauração. Comecei muito cedo

e muito novo nesta atividade. Quando me foi feito um convite pelo grupo

Mauritânia para gerir esta casa eu aceitei de imediato. Desenvolvi-a ao

máximo, dando tudo de mim, todo o meu empenho e dedicação”, afirmou-nos Artur

Moreira.

De referir, que o Mauritânia Real é um dos cinco restaurantes, distribuídos por Leça da

Palmeira e Matosinhos, pertencentes ao grupo Mauritânia.

Com capacidade para 120 pessoas, sendo os lugares repartidos por dois pisos, os

preços dos pratos do Mauritânia Real variam entre os 12 e 13 euros por pessoa.

Pratos estes que, nas palavras do sócio-gerente, acompanham os tempos para ir ao

encontro dos gostos dos clientes.

Desde a sua abertura, o restaurante tem alternado entre picos altos e menos altos,

mas em todas as situações a gerência soube sempre reagir à situação em que se

encontrava. Artur Moreira explicou à equipa da Portugal em Destaque que “fomos

remodelando o espaço para ir ao encontro dos mais jovens para não permitir que o

restaurante envelhecesse com o cliente”. Fazendo assim, com que conseguissem dar

uma resposta capaz às situações de crise e captar um grupo de clientes mais jovens,

na faixa etária dos 30 anos, os quais “podem garantir mais 20/30 anos de fidelização

à casa”, afirma Artur Moreira. E adianta, “fomos crescendo e quando a crise chegou

e se acentuou já estávamos equilibrados e preparados para aguentar toda esta fase”.

Situado numa zona central da cidade de Matosinhos, o Restaurante Mauritânia Real

está aberto todos os dias do ano das 12h às 00h30, com serviço de restauração,

snack-bar e take-away e com parque de estacionamento privativo. Os pratos mais

procurados no Mauritânia Real são o bacalhau à Mauritânia, frito com cebola, presunto

e uma camada de maionese, acompanhado de batata frita, a francesinha e os já

famosos preguinhos em pão. O arroz de lagosta e o arroz de marisco também são os

pratos ex-libris desta casa.

A qualidade do Mauritânia Real prima-se, igualmente, pelo tratamento que é dado

ao cliente, “tentamos fidelizar o nosso cliente e sempre que chega um cliente novo,

queremos que goste do nosso serviço e do nosso atendimento para que volte uma

segunda vez. E se voltar, temos de estar extremamente atentos porque significa

que gostou de alguma coisa. É um teste e temos de corresponder de novo às suas

expectativas”.

Assim, o restaurante Mauritânia Real é uma casa com um número considerável de

clientes habituais de há muitos anos e bastante reconhecido em Matosinhos. A equipa

também é ela constituída por 19 pessoas com bastantes anos de casa que vão

mantendo as receitas tradicionais, mas evoluindo conforme a necessidade, “há alguns

pratos que temos de manter porque são a imagem da casa, mas a ementa foi-se

adaptando com o tempo e com a procura que se tem sentido na cidade”, explica-nos

o sócio-gerente.

Para além de uma página no facebook e do site do restaurante, Artur Moreira considera

que a divulgação da casa e dos seus serviços é feita maioritariamente pelo ‘boca a

boca’. “A imagem da casa, a imposição da nossa qualidade e do nosso serviço é o

suficiente para divulgarmos o Mauritânia Real”.

Quanto ao futuro do Restaurante Mauritânia Real, “para já não tenho nenhum projeto

em cima da mesa mas posso dizer que não vou ficar por aqui. Todos nós temos

sonhos e projetos. E eu sou um ambicioso”, conclui Artur Moreira.

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O aumento das responsabilidades levou à divisão da Carlos A. S. Marques, Lda, resultando em duas empresas, com funções distintas.

Uma dedica-se à contabilidade e outra, a OlivaisGest trabalha, desde 2009, no ramo da administração e gestão de condomínios. Mas a

experiência na área começou, em 1999, altura em que a empresa de Carlos Marques passou a gerir as primeiras frações. Fomos ouvir

o protagonista de mais um negócio de sucesso, regido pela honestidade e competência.

OlivaisGest – Administração de Condomínios

“A formação e a regulamentação são fundamentais”

O prédio onde está situada a sede da

OlivaisGest foi o primeiro que a empresa teve

a cargo, enquanto responsável na gestão e

administração de condomínios. O sucesso

levou a que, mais tarde, tivessem mais solicitações,

levando ao crescimento do negócio. “Começámos por

ser um gabinete de contabilidade com a designação

de Carlos A. S. Marques, Lda, fundado em 1978.

Em 1994, estreámos este edifício, ao fim de dois

anos, fomos convidados para fazer a contabilidade do

condomínio, em troca do pagamento da quota. Anos

mais tarde, passámos a fazer também a gestão e já lá

vão 16 anos. Depois, começámos a ser convidados para

fazer mais condomínios na zona dos Olivais”, relata o

administrador da OlivaisGest, Carlos Marques. No final

de 2009, o acentuar do trabalho levou a que a empresa

fosse dividida em duas, surgindo a OlivaisGest, com

sede em Lisboa, ao lado da Gare do Oriente. Atualmente,

administra cerca de 60 condomínios, a maioria na Grande

Lisboa, fora desta região “temos um em Sesimbra e

outro no Estoril, não trabalhamos com condomínios fora

desta zona, porque o custo da deslocação faria subir o

preço dos nossos serviços”, esclarece o administrador.

Quando a OlivaisGest foi criada, a administração decidiu

“admitir pessoal e fazer formação específica. Temos dois

gestores de condomínios, um administrativo e contamos

ainda com os Contabilistas Certificados, que apoiam na

contabilidade. Trabalhamos com uma rede de parceiros,

para a limpeza e manutenção dos edifícios”, acrescenta

o nosso interlocutor. A empresa assegura a coordenação

dos procedimentos da área administrativa, a cobrança

de quotas, o pagamento a fornecedores, o cumprimento

dos regulamentos em vigor, a manutenção e o controlo

das contas bancárias dos condomínios, apresentando a

contabilidade de forma transparente. Questionado sobre

o panorama do setor, Carlos Marques entende que “a

atividade da gestão de condomínios está a atravessar

uma fase semelhante à que atravessou a contabilidade

há cerca de 25 anos. Temos pessoas que não têm

competência para isto, há pessoas desonestas no ramo,

mas também há pessoas sérias (a maior parte) que

estão a tentar lutar pela profissão. A atual direção da

APEGAC tem sido bastante proativa, através de ações

de formação, que antes não existiam. A associação

tem tentado lutar pela regulamentação. Há dois pilares

importantíssimos nesta atividade, são eles: a formação

contínua dos profissionais e a regulamentação, sem isto

não há crescimento”, remata o entrevistado. No que

diz respeito ao peso que o setor tem na economia, o

responsável da OlivaisGest explica que “o mercado ainda

é pequeno, as empresas de gestão de condomínios não

representam uma grande fatia no mercado, daí que não

seja dada a devida atenção ou importância por parte

das entidades oficiais”, considera. Projetando o futuro,

a OlivaisGest vai continuar a apostar na “formação

contínua dos colaboradores e num crescimento

e evolução sustentados, onde o passa palavra é

fundamental. Queremos continuar a ser a empresa séria

e de competência, que somos hoje”, finaliza Carlos

Marques, administrador da OlivaisGest.

carlos marquesAdministrador

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Habitalimpa é uma empresa pioneira na Gestão e Administração de Condomínios. Um trabalho feito com dedicação, honestidade e

satisfação, é desta forma que funciona a Habitalimpa, uma das empresas mais notórias e respeitadas do setor de Gestão e Administração

de Condomínios.

habitalimpa

UMA EMPRESA QUE MARCA A DIFERENÇA

Criada em 1982, surge fruto da sensibilidade

de Vitorino Saraiva Gomes, um homem

empreendedor que fala com amor de sua

empresa e do trabalho que desenvolve há 33

anos. “Aqui toda gente nos conhece, sabem a maneira

como trabalhamos, somos uma empresa honesta e de

confiança, razão porque temos uma boa carteira de

clientes. Isto é um serviço simpático, contactamos com

muita gente e aprendemos com eles e eles também

apreendem connosco”, afirma.

Com um sorriso no rosto e suavidade no uso palavras,

Saraiva Gomes fala-nos de como iniciou o seu

empreendimento, numa época que a zona de Telheiras,

onde tudo começou, era um lugar problemático.

“Quando eu cheguei cá, vindo do Porto, não tínhamos

segurança, não havia luz, nem telefone, vivíamos

uma situação preocupante”, afirma. Mas apesar das

adversidades existentes, o nosso interlocutor não

desanimou e colocou-se, de imediato, a pensar no que

poderia fazer para favorecer o seu bairro e, ao mesmo

tempo, ganhar a vida. “Depois de fazer um estudo de

mercado pensei nesta área. Na altura, os primeiros

clientes que eu contactei ficaram encantados, porque

viram um problema resolvido que dificilmente seria mais

Saraiva GomesAdministrador

INOVAR PARA CRESCER

53

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

bem resolvido por eles”, diz.

A empresa presta serviços de limpeza e de administração,

gestão e manutenção de condomínio, atuando com

planos contratuais específicos às exigências de cada

condomínio. O gerente da empresa, Ricardo Antunes,

conta-nos que a empresa presta um serviço diferente,

pois na Habitalimpa o gestor do condomínio ocupa-

se prioritariamente com a constante visita aos prédios.

Assim, conseguem mais facilmente identificar as

possíveis necessidades existentes. Desse modo, o

gestor não fica sobrecarregado com outras atividades

e está sempre atualizado sobre o que se passa no

condomínio que gere. “Na nossa empresa, o gestor

andar na rua, quando há uma infiltração numa casa ele

desloca-se à mesma, vai acompanhar a companhia de

seguros, fala com o morador e vai conhecer o local.

Isso é uma grande diferença das outras empresas,

porque conhecemos o problema e a pessoa”, completa.

O gerente explica ainda que este trabalho só é possível

porque a empresa está organizada num sistema de

trabalho que permite uma divisão de trabalho por setores,

assim o gestor não necessita tratar de pagamentos no

banco ou enviar cartas ao correio.

Na área da limpeza, a empresa oferece uma variedade

imensa de serviços, como por exemplo, limpeza

de condomínios, escritórios, garagens, fachadas,

apartamentos, obras, desentupimento, desinfeção de

condutas do lixo, desentupimento de caixas de esgoto

e limpeza de coberturas e caleiras. “Temos cerca de

36 colaboradores na área de limpeza que formam

uma equipa qualificada, trabalhando com os melhores

produtos, utensílios e uma maquinaria moderna.

Além disso, temos a porta aberta e quando há algum

problema tentamos resolver logo, porque não somos

perfeitos, mas tentamos ser”, completa Saraiva Gomes.

Atualmente, a Habitalimpa administra 170 condomínios

que estão distribuídos em Telheiras, Odivelas e Lisboa.

O número impressiona, sobretudo, porque 60 por cento

deles estão administrados pela empresa há 33 anos, ou

seja, desde do início da sua atividade. “O sucesso veio

do trabalho de qualidade, da confiança, da honestidade

e da sinceridade para com os nossos clientes, portanto,

foi aí o nosso maior sucesso. A nossa maior publicidade

tem sido feita pelos nossos clientes, penso que esta é a

melhor publicidade”, acrescenta Saraiva Gomes.

Outro fator que pode explicar o sucesso da Habitalimpa

é a relação de proximidade que estabelece com seus

clientes, pois além de prestar os serviços utilitários

há sempre um espírito de amizade posto em cada

contacto. “Os nossos condóminos por vezes não vem

tratar de assuntos do condomínio, mas procuram-nos

para desabafar sobre a própria vida, consideram que

temos experiência e por isso somos bons conselheiros”,

completa.

A empresa considera que além do profissionalismo e da

seriedade também é necessário que haja sensibilidade

para trabalhar neste setor, pois há diferentes perfis de

clientes com níveis económicos distintos. Destaca ainda

que há muitas empresas que se lançam nesta atividade

por pensarem que é um trabalho fácil, no entanto, é

uma atividade complexa e morosa. “Isto é uma atividade

que requer dedicação, há muitos problemas, mas com

a experiencia que temos sabemos resolver todas as

situações. Isto é acima de tudo uma atividade que nos

alegra”, coloca Saraiva Gomes. De portas abertas à

comunidade, a empresa coloca-se a inteira disposição

para tirar qualquer dúvida sobre o setor.

INOVAR PARA CRESCER

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54

INOVAR PARA CRESCER

O IDEFE (Instituto para o Desenvolvimento e Estudos Económicos, Financeiros e Empresariais, SA) criado em 1993 tem como objectivo

desenvolver a ligação do ISEG às empresas, à administração pública e com a sociedade em geral, designadamente através da formação

pós-graduada, dos cursos de curta duração para executivos e ainda na prestação de serviços de consultoria nos mais variados setores

de atividade.

IDEFE – ISEG

Aposta em formações com conteúdos inovadores

Qual o principal propósito do IDEFE – ISEG?

Os programas formativos do IDEFE visam aprofundar

as competências técnicas e de gestão dos seus

participantes, que inclui cerca de 30 cursos de Pós-

Graduação, um MBA com acreditação da AMBA e vários

cursos de formação para executivos com temáticas

muito especificas.

O que diferencia o IDEFE – ISEG dos restantes

institutos a nível nacional?

O ISEG é mais antiga escola de Economia e Gestão

em Portugal, mas ao longo dos anos, o ISEG procurou

sempre manter uma posição de liderança entre as

escolas universitárias nacionais, através das unidades

de investigação, e da regular atividade de prestação

de serviços de alta qualidade aos agentes económicos

da sociedade em que está inserido. Desenvolveu,

igualmente, importantes laços de intercâmbio científico

e cultural internacional. Para além disso, o ISEG

procura inovar na forma e nos conteúdos da formação,

oferecendo cursos de pós-graduação cada vez mais

orientados para uma realidade empresarial internacional.

Em que áreas incidem a vossa oferta?

O ISEG, através do Idefe, disponibiliza cerca de

30 pós-graduações, algumas com foco setorial

(exemplos: Winebusiness, Agribusiness, Gestão e

Avaliação Imobiliária, e Administração de Organizações

Religiosas), e outras especializadas por área científica

(exemplos: Análise Financeira, Economia, Marketing,

Sales Management, Gestão de Projetos, e Contabilidade

e Fiscalidade).

Disponibilizam pós-graduações, MBA, CEDE e

formações executivas. É possível esclarecer-nos

um pouco sobre as mais-valias de cada uma

destas áreas?

A experiência no mercado de trabalho exige conteúdos

focados em áreas científicas ou em setores de atividade.

equipa do iseg

As Pós-graduações, o MBA e os Cursos Executivos são apropriados para quem quer

aprofundar os conhecimentos. Anualmente, o ISEG tem cerca de 700 alunos em cursos

executivos.

Por exemplo, o MBA ISEG destina-se primariamente ao middle management, ou seja, ao

corpo directivo que ocupa uma posição central nas organizações, e em particular àqueles

executivos que, estando nessas posições centrais, aspiram a ascender na carreira, e por

conseguinte necessitam de aumentar as suas competências em várias vertentes.

Uma recompensa intrínseca com a formação num MBA é a atualização e aquisição

de várias competências destinadas a aumentar a eficácia do trabalho dos gestores. O

desenvolvimento das soft skills em liderança e gestão eficaz de equipas, por seu lado,

permite aumentar as competências não-técnicas essenciais para se vir a assumir posições

de maior estatuto e relevo nas organizações. Por fim, as unidades curriculares destinadas à

gestão da mudança, inovação e empreendedorismo, têm como propósito a criação de uma

atitude orientada para a transformação criativa nas organizações e indústrias portuguesas.

Para os profissionais e executivos, que dispõem de pouco tempo e pretendem resolver

lacunas específicas de conhecimento e competência, o ISEG oferece cursos de Formação

Executiva com menos horas, em horários pós-laborais, que vão de encontro às restrições

profissionais. Exemplos são “Finanças para Gestores não Financeiros”, “Futuros Opções e

Swaps”, “Fast-track MBA”, e o “Luxury Brand Management”.

Qual a importância da contínua formação nos profissionais portugueses?

Presentemente, investir em formação contínua, pode ser um adjuvante profissional, pois

permite obter competências em áreas específicas, em alguns casos complementares à

licenciatura, ou adquirir know-how noutra área de estudo, o que se traduz em vantagens

competitivas quer para uma carreira já consolidada ou ainda no seu início.

Independentemente do patamar académico ou profissional de cada um, apostar

em formação é sempre uma escolha acertada, pois representa um investimento com

impacto muito positivo junto dos empregadores. O próprio contexto de crise em que nos

encontramos, com menor oferta de emprego, impõe uma ‘seleção natural’ favorecendo os

que possuem mais formação.

Há a noção da mais valia da formação contínua num mercado de trabalho cada

vez mais competitivo? Porque devem optar pelo IDEFE para a sua formação? O

que vos distingue das restantes instituições?

O mercado tende a procurar cada vez mais indivíduos que se diferenciem dos demais, i.e.,

não é suficiente possuir uma boa formação académica de base e ser um bom técnico.

A globalização veio forçar a diferenciação, e nesse sentido, as organizações valorizam

cada vez mais, a par dos conhecimentos técnicos, as competências sociais de cada um. O

desenvolvimento de competências interpessoais, como espírito de liderança, capacidade

de comunicação, gestão do tempo, e de trabalho em equipa, entre outras, são muito

valorizadas e podem fazer a diferença num CV.

Quais as estratégias para se conseguir desenvolver a relação da escola com as

empresas?

O ISEG pretende continuar a estender a cadeia de valor do ensino para o serviço pós-

formação, procurando ajudar o desenvolvimento das carreiras profissionais dos nossos

alunos e ex-alunos.

Por onde passa o futuro do IDEFE – ISEG?

Naturalmente, o foco passará a nível nacional por apostar em formações com conteúdos

inovadores e que proporcionem soluções à medida para os executivos e para as empresas.

A internacionalização será muito provavelmente outro percurso a desenvolver, quer seja,

através da oferta formativa local para alunos estrangeiros lecionada em português ou

inglês, ou por outro lado, mediante a realização de cursos no exterior em função das

realidades locais.(+351) 213 925 813

[email protected]

|

MBA ISEG 33ªed (2016-2018)

Candidaturas AbertasCondições Especiais até 31 de Dezembro

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

MBA_Nov.pdf 1 16/11/2015 17:41:19

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

56

Desde há quase uma década que a Growtrade inova nas soluções de Gestão, Web e Mobilidade, assente numa política de capital

humano, situação que tem garantido grande estabilidade, quer na estratégia quer na estrutura empresarial.

growtrade

o seu crescimento é o nosso negócio

Qual a génese da GROWTRADE e qual o seu

posicionamento estratégico?

Júlio Maia de Matos (Director Comercial) - A mobilidade

é uma realidade presente na necessidade das empresas

há vários anos e os colaboradores da Growtrade, há mais

de 15 anos, que desenvolvem soluções de mobilidade,

garantindo-nos a pole position do desenvolvimento de

software focado nesta vertente, com muito trabalho e

excelentes profissionais.

Qual é o core business da GROWTRADE e quais as

principais áreas de competência?

Luís Nina (CEO) – Desenvolvimento e implementação

de soluções informáticas de gestão transversais e

integradas. A Growtrade conta com um vasto conjunto

de competências e, nesta medida, temos implementado

projetos em áreas que passam pela mobilidade (auto

venda, pré-venda, assistência técnica e vending e apps

empresariais) a soluções globais de gestão (ERP’s)

com a informatização de processos, tais como gestão

de retalho, fabricação, comerciais e fidelização (CRM),

logística (WMS e logística de alto impacto), entre outros.

A ligação da Growtrade ao conhecimento, objetivos e

necessidades dos clientes, levou ainda à coordenação

da implementação de projetos de Business Intelligence

e BPM (Business Performance Management), no sentido

de associar a informação à tomada de decisão quer

operacional quer estratégica.

Quais as soluções disponibilizadas pela

GROWTRADE e quais as suas vantagens

competitivas?

LN - São inúmeras as soluções disponibilizadas pela

Growtrade, sobretudo porque se baseiam em produtos

altamente customizáveis, permitindo tornarem-se um

“fato à medida” de cada cliente.

JMM - A Solução de Mobilidade do Vending foi

concebida para simplificar e agilizar as operações

de gestão e controlo das máquinas de vending. Uma

das principais vantagens da sua utilização é o nível de

rapidez que assegura nas operações de abastecimentos,

permitindo realizar rotas mais longas, sempre em

modo offline, a sincronização da informação recolhida

é efectuada a qualquer altura, sem a necessidade de

ligação permanente a dados móveis.

A integração da solução Growtrade com os moedeiros

adiciona ao controlo total de stocks o confronto com

o controlo dos valores recebidos nos moedeiros,

verificando assim os desvios que normalmente existem.

Através do software, a empresa tem a possibilidade da

gestão do parque de máquinas, definição de rotas, bem

como um conjunto elevado de análises que vão desde a

rentabilidade por máquina, aos produtos mais vendidos,

valor de inventário, taxa de quebras, entre outras.

Aliados aos seus produtos, a GROWTRADE oferece

um conjunto de serviços de qualidade nas áreas

da Consultoria, Formação e Desenvolvimento. Em

que consistem concretamente estes serviços?

JMM - Os nossos serviços vão desde a consultoria ao

nível de sistemas de informação, onde passamos a ser o

diretor informático dos clientes, até ao desenvolvimento

de ferramentas, sites, apps que identificámos como

sendo críticas para as organizações.

Qual a importância das parcerias estabelecidas

pela GROWTRADE?

LN - Um dos nossos valores é a procura incessante pela

excelência. Acreditamos em parcerias como espaços de

intensa aprendizagem e partilha de experiências, onde a

especialização e know-how de cada parceiro permitam

criar valor para os nossos clientes.

Quais os valores adotados pela GROWTRADE

que têm permitido seguir um rumo de afirmação

empresarial?

JMM - A capacidade de criar satisfação aos nossos

clientes, através da melhoria dos seus processos,

da funcionalidade dos seus meios humanos, do

conhecimento que as ferramentas lhe disponibilizam

para uma gestão e crescimento do seu negócio.

Que objetivos estão nos horizontes da

GROWTRADE?

LN - O nosso futuro passa por continuar a apoiar os

nossos parceiros a nível nacional, e ajudando no suporte

às suas operações a nivel internacional, com a expansão

dos nossos serviços.

JMM – Cimentar a posição da Growtrade noutras áreas

além do Vending, Assistência Técnica e Manutenção,

Field e Trade Marketing, é o objetivo para 2016.

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Alvaiázere é uma vila portuguesa conhecida internacionalmente como a Capital do Chícharo. Marcada pelas características da sua

paisagem e pelos seus relevos calcários do maciço do Sicó, a sua biodiversidade e qualidade ambiental são alguns dos fatores que

merecem destaque e atenção como mote de desenvolvimento local. Mas muitos são os projetos que Célia Marques e o seu Executivo

têm para o progresso e crescimento de Alvaiázere.

município de alvaiázere

A capital do chícharo

É com orgulho na voz que Célia Marques fala

de Alvaiázere, ou não fosse esta a vila que

a viu nascer e crescer. Deixou a sua terra

para estudar, mas depressa sentiu ser a hora

de voltar e fazer algo por Alvaiázere. Primeiro como

arquiteta, atualmente como presidente da Câmara

Municipal, Célia Marques tem visto esta ‘Terra de Sicó’

ganhar um novo alento.

“Alvaiázere é uma terra muito particular. Temos uma

paisagem singular, fruto do nosso património cársico,

mas também da maior mancha de carvalho cerquinho da

Europa”, refere a nossa interlocutora, sem esquecer de

fazer menção à “luz diferente que existe em Alvaiázere”.

O seu solo calcário propicia a existência de inúmeras

outras espécies vegetais e animais, de que se destacam

as orquídeas selvagens e as oliveiras milenares.

Chícharo a festival

Localizada exatamente na transição entre o litoral e

o interior, Alvaiázere tem ganho relevo no panorama

nacional, graças a um alimento característico da região,

o chícharo. Com honras de festival gastronómico, esta

leguminosa foi muito popular em épocas remotas. “Foi

a convite de dois alvaiazerenses que surgiu o festival.

Assim que apresentaram o projeto à Câmara Municipal,

o mesmo foi imediatamente aceite”, refere a nossa

interlocutora. “O festival conta já com 15 edições e tem

sido muito gratificante perceber que a população e o

comércio local têm aderido à iniciativa”. Aquando do

festival, são lançados alguns concursos gastronómicos

com a utilização deste produto, de onde já nasceram

doces e salgados à base de chícharo. Mas, afinal, o

que é o chícharo? “O chícharo, também conhecido por

‘xíxaras’, é uma leguminosa muito rica em proteínas,

hidratos de carbono e sais minerais, cultivada desde

épocas remotas como um legume comestível. Em

Alvaiázere é muito utilizado nas migas, acompanhadas

com azeite, couves e broa”.

Mas outras produções têm ganho destaque na região,

nomeadamente a oliveira para a produção de azeite

“de uma qualidade superior graças ao nosso solo

característico, muito rico em calcário”, mas também

frutos vermelhos e ervas aromáticas. “Os nossos

produtores já recebem encomendas de todo o país, têm

vindo a crescer significativamente”, refere a edil.

Turismo em ascensão

Com uma aposta forte no turismo, e inserido no projeto

‘Alvaiázere – Património Gerador de Riqueza’, que

contempla 11 antigas escolas primárias e um antigo

forno de cal, todos desativados, a Câmara Municipal

procedeu para já à requalificação de quatro antigas

escolas primárias centenárias e transformou-as em

mini unidades de alojamento e centros de interpretação,

cada um dedicado a um tema diferente. “Cada

escola é completamente diferente das outras, a única

obrigação a que nos impusemos foi manter a fachada

exatamente como a original”, refere. “Em vez de deixar

este património ao abandono, vender a particulares ou

ceder a associações, a Câmara decidiu recuperar as

escolas e reconvertê-las em espaços de turismo de

habitação”. De referir que as escolas foram entregues a

quatro arquitetos diferentes, todos eles residente ou com

origens em Alvaiázere.

Estes são apenas algumas das razões para marcar uma

visita a Alvaiázere na sua agenda.

célia marquesPresidente

INOVAR PARA CRESCER

Bem próximo de Penafiel, a freguesia de Guilhufe e Urrô nasce da recente reforma administrativa, sendo uma das mais populosas

do concelho. Vitorino de Oliveira, outrora presidente da antiga freguesia de Guilhufe, cumpre este seu mandato com espírito de

responsabilidade, mas igualmente ciente de que tem feito tudo em prol dos seus fregueses, como comprovam as obras e projetos já

realizados nestes dois primeiros anos de mandato.

junta de freguesia de guilhufe e urrô

Exemplo de união e proximidade

Ao contrário de muitas uniões de freguesias,

este é um caso de sucesso. O nosso

interlocutor elucida que esta união foi

benéfica para ambas as freguesias, “até

porque as gentes de Guilhufe e Urrô foram sempre

muito próximas, elo que não se sentiu uma perda de

identidade, como aconteceu em várias freguesias do

país”.

Fazendo um balanço destes dois primeiros anos de

mandato, Vitorino de Oliveira refere as obras mais

importantes que estão já concluídas, e que tanta falta

fazia aos habitantes de Guilhufe e Urrô. “Fizemos várias

obras de reparação da pavimentação das estradas da

freguesia, assim como a construção de passeios, alguns

muros e também sinalização e colocação de passadeiras.

Mas das obras mais importantes e que estão finalizadas

é a questão do saneamento e das águas pluviais”, refere

o edil. Algumas pinturas exteriores e a iluminação das

estradas completa o rol de obras já concluídas. Mas há

muitos mais projetos para este Executivo.

Projetos a curto prazo

A construção da Casa da Associação para o Centro de

Dia é ATL da freguesia é já uma certeza deste Executivo

para os seus fregueses. Com a elaboração deste projeto,

a freguesia contará com um belo e funcional edifício

para acolher a população mais idosa, no seu centro

de dia, mas também os mais novos, em ATL, além de

outras valências que aqui terão lugar, nomeadamente o

apoio domiciliário.

“Esta é uma obra da comunidade e que vai ao encontro

e anseio de todos, pelo que todos vamos ser necessários

para a sua concretização”, refere Vitorino de Oliveira.

O edil, assim como o seu Executivo, está ciente de

que esta obra é um grande desafio, uma vez que é

necessária a intervenção de todos. “Contamos com

o apoio incondicional e imprescindível da Câmara

Municipal, assim como à paróquia, na pessoa do senhor

Padre, que cedeu à freguesia o território onde este

empreendimento crescerá”.

A requalificação da Avenida Central de Guilhufe é

também uma ambição deste Executivo, projeto esse

que tem já o aval das entidades competentes. Assim,

esta Avenida, parte da Estrada Nacional 15, sofrerá, em

breve, uma duplicação das vias, construção de passeios

e ainda uma rotunda, num investimento total de cerca de

três milhões de euros. “Com a localização do hospital na

freguesia e o grande afluxo de ambulâncias, a saída da

A4, a zona industrial e a zona comercial existente e com

o início da entrada da cidade, assim como o facto de

muitas pessoas se deslocarem da Estação de Paredes

para o hospital, é de uma importância vital a construção

de passeios para uma maior segurança dos peões, uma

vez que as bermas existentes não oferecem qualquer

segurança devido ao tráfego que ali circula diariamente”,

refere o presidente da Freguesia de Guilhufe e Urrô.

A romaria de S. Simão

A 28 de outubro, Urrô enche-se de gente para honrar o

S. Simão. Milhares de pessoas percorrem os caminhos

do concelho a pé até chegarem à Capela de S. Simão

para o pagamento das suas promessas. A feira que

decorre durante uma semana já não tem a dimensão

de outros tempos, mas continua a ser uma das tradições

mais conhecidas do concelho de Penafiel. Este Santo

Apostólico é, segundo os crentes, especialmente eficaz

contra os cravos (verrugas da pele) e em defender as

populações das trovoadas.

Aproveite ainda para visitar a Igreja Matriz de Guilhufe e

a Igreja Matriz de Urrô, além do miradouro no S. Simão

e as capelas de S. Brás e da Póvoa.

vitorino de oliveiraPresidente

REVISTA BUSINESS PORTUGALINOVAR PARA CRESCER

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60

No concelho de Nazaré, encontramos a Freguesia de Famalicão com cerca 21,8 km2 e 2000 habitantes. A Revista Business Portugal

fez uma visita a esta terra dotada de uma natureza exuberante.

Freguesia de Famalicão de Nazaré

FREGUESIA COM GRANDE POTENCIAL TURÍSTICO

Uma combinação única de paisagens

fascinantes, ar puro e integração com a

natureza, a Freguesia de Famalicão é tudo

isto, e ainda mais. Aqui, o visitante poderá

encontrar além das belezas naturais, uma gente solícita

que recebe o visitante com simpatia.

O presidente da Junta de Freguesia, José Filipe, conta-

nos que a freguesia tem uma área de floresta e outra de

mar, além da pitoresca zona de São Gião. Reconhecidas

pelo potencial turístico, estas zonas ainda estão pouco

desenvolvidas. “Temos aqui muitas casas antigas que

poderiam ser reabilitadas em função do turismo rural, o

que poderia gerar cerca de 1.500 empregos. No verão,

Famalicão fica sem casas para alugar, pois a procura é

grande”, afirma.

A praia do Salgado é um dos principais recantos de

beleza e de bem-estar da freguesia. Esta fica protegida

ao norte, pela Serra da Pescaria, e ao sul pela Serra

dos Mangues, e oferece, além da tranquilidade, uma

natureza propícia à prática de asa delta e do parapente.

A água balnear da praia foi distinguida com o certificado

‘Qualidade de Ouro’, pela associação ambientalista

Quercus. O certificado reconhece a qualidade de

excelência da água balnear. A praia do Salgado encanta

rapidamente aqueles que por lá passam por suas areias.

A Igreja de S. Gião, localizada na Quinta de São Gião,

é outro importante monumento turístico e histórico.

Classificada como Património Monumento de Interesse

Nacional, a antiguidade da igreja foi destacada, pela

primeira vez, por Frei Bernardo de Brito, no seu livro

‘Monarquia Lusitana’. O livro faz referência às várias

inscrições romanas existentes na igreja. É também

considerada um templo visigótico pelo escritor Eduíno

Borges Garcia. Assim, a igreja constitui-se num relevante

marco da história da sociedade ocidental que merece

ser conhecido.

No entanto, a igreja encontra-se, neste momento,

fechada por necessitar de uma restauração. “Existe um

projeto de restauração em curso que será desenvolvido

a partir de recursos do fundo comunitário. Temos a

perspetiva que em 2016 teremos a abertura do quadro

comunitário”, completa o presidente da freguesia.

O visitante pode ainda aproveitar a área de floresta

da freguesia para realizar caminhadas, piqueniques

e passeios. “O turismo tem várias vertentes. Temos o

turista que prefere a agitação, e outro que prefere o

ambiente da natureza. O turismo é uma aposta de futuro

que tem de ser colocada em prática”, afirma o secretário

da Junta da Freguesia, José Marques. A região tem

como base económica a agricultura e a fruticultura. Há

também, em significativo crescimento,a indústria de

anabela gomes, josé filipe e josé marquesTesoureira, presidente e secretário

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61

fibras de madeira.

Numa viagem a esta terra, deve também reservar um

tempo para conhecer a vida portuguesa, as festas

populares que acontece ao longo do ano, regadas

pelo bom vinho e os bons sabores da região. “Temos

aqui a festa de Nossa Senhora da Vitória e a Festa das

Tasquinhas no qual os visitantes podem conhecer as

coisas típicas da nossa região” completa o presidente.

No campo da educação encontramos a Universidade

Sénior de Nazaré – Polo de Famalicão, que funciona

nas antigas instalações da Junta da Freguesia. “Estamos

a auxiliar os idosos da nossa freguesia no transporte.

Assim, fazemos o seu transporte para as aulas de

ginástica e de natação”. A junta também disponibiliza

o transporte para as crianças do pré-escolar e do 1º

ciclo sem nenhum custo. “Hoje, este transporte é

fundamental, pois temos uma freguesia muito dispersa,

assim os pais ficam sossegados”, finaliza o presidente.

No plano da saúde , a Freguesia de Famalicão conta

com um polo da Unidade de Saúde Familiar Global da

Nazaré com consultas de Medicina Geral e Familiar,

Diabetes e Hipertensos.

A Freguesia de Famalicão têm como futura ambição, a

expansão do espaço físico do Polo de Saúde, e garantir

os cuidados de saúde primários na Freguesia, com

todas as valências exigidas pelas OMS, nomeadamente

saúde materno-infantil.

No campo cultural, pode conhecer a Orquestra Juvenil

da Freguesia que fomenta e promove o ensino da

música a custos muito reduzidos, permitindo fazer

apresentações em eventos e nas procissões realizadas

no verão. Segundo o presidente, a Freguesia protocolou

uma importante iniciativa em conjunto com um

agrupamento de escolas. A ação consiste na presença

do maestro nas escolas primárias, a fim de incentivar a

prática da música.

Ainda no campo cultural,pode contatar mais de perto

com o Agrupamento de Escuteiros nº 924, que existe

na freguesia há mais de 27 anos, o qual está inserido

no núcleo escutista do Oeste e na Região de Lisboa.

O escutismo na nossa localidade surge como

consequência do método escutista, contribuindo para

a educação dos nossos jovens, seguindo valores que

estão patentes na Lei e Promessa escutistas, onde

cada um se sinta realizado como indivíduo tendo um

papel positivo e de construção da sociedade em que

coabita. Só assim, envolvendo os jovens na realidade

local e fazendo deles parte ativa, se consegue colocar

em prática o método escutista idealizado há mais de um

século por Robert Baden-Powell.

O Agrupamento 924, prima por ter atividades próprias

de escutismo católico, entre as quais: acampamentos,

refleções, caminhadas, jogos, formação, participação

ativa na realidade da manifestação religiosa/paroquial,

participação em atividades escutistas locais na vivência

com a comunidade, participação em iniciativas de cariz

humanitário, sensibilização para a proteção da floresta,

ativa dinamização na participação da proteção / impacto

ambiental tanto na costa marítima bem como do meio

envolvente, mantendo assim uma constante relação

com as entidades locais.

No campo social, a freguesia dispõe de um

centro social com múltiplas valências, desde logo

berçario,creche,centro dia, cantina social (única no

concelho), ATL, Serviço de Apoio Domiliário, entre

outras. “A direção tem como futura ambição a construção

de um lar de idosos, uma necessidade que se faz

sentir, pois temos uma freguesia muito envelhecida”,

acrescenta o presidente. A freguesia também estabelece

parcerias com outras coletividades, no sentindo de

apoiar a implementação de projetos sociais e culturais

que contribuam para o desenvolvimento da comunidade.

A construção de um centro escolar e a conclusão do

pavilhão desportivo são alguns dos projetos para o

futuro. “Queremos dotar a freguesia com condições

para a prática desportiva e também criar condições para

que os alunos do centro escolar possam desenvolver

as atividades desportivas dentro da componente letiva”,

conclui o secretário da junta. O presidente José Filipe

aproveita para deixar uma mensagem de Feliz Natal e

um próspero Ano Novo a todos os seus fregueses e aos

leitores da Revista Business Portugal.

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62

A Freguesia de Nadadouro faz parte do concelho de Caldas da Rainha, sendo formada por uma área de 10km2 e uma população de

2000 habitantes.

Freguesia de nadadouro

“UMA FREGUESIA DE LINDAS PAISAGENS E TRANQUILIDADE”

Numa terra onde se pode ouvir o canto dos

pássaros e todos os sons que a natureza

oferece, somos recebidos pela linda lagoa

de Óbidos e pelo sol que, em pleno mês

de novembro, faz um dia de verão. A Freguesia de

Nadadouro é um recanto de tranquilidade e de contacto

com a natureza. A presidente da Junta Alice Gesteiro,

afirma que o visitante encontra em Nadadouro, além

paisagens fantásticas, boa comida e sossego, mas que

ao mesmo tempo está perto de tudo. “Estamos perto da

cidade de Caldas da Rainha e também estamos menos

de 1 hora de Lisboa. Aqui é um lugar excelente para

relaxar, passear, andar á pé ou de bicicleta”, acrescenta.

O nome Nadadouro teria surgido a partir de um hábito

dos pastores de gado que saiam da Serra do Bouro até

aquela zona da Lagoa que hoje pertence a freguesia.

Eles traziam o gado para pastar e, nos intervalos,

banhavam-se na Lagoa. A partir daí, passaram a chamar

aquela terra o ‘Nadadouro’. O nome curioso da terra

explica também a relação de respeito e o sentimento

de preservação dos moradores para com a lagoa. “Há

certas zonas junto da lagoa onde podemos ficar a ouvir

o silêncio”, a ouvir os passarinhos que cantam, a ouvir o

peixe que salta e os patinhos e toda a fauna a andarem

por aí. Há colónias de flamingos chegam aqui para a

ALICE GESTEIROPresidente

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63

nossa lagoa”, afirma a presidente da Junta.

A Lagoa de Óbidos é o mais extenso, sistema lagunar

costeiro da costa Portuguesa, com aproximadamente

6.9km2 e uma profundidade média de dois metros.

Sua fauna é constituída por diversas espécies piscícolas,

nomeadamente, o linguado, a dourada, a choupa, a

tainha e outros. Há também, entre outras espécies, a

amêijoa, o berbigão, o camarão, a enguia, o caranguejo

verde e o mexilhão. A atividade piscatória é realizada ao

longo da lagoa e tem um importante papel na economia

da região.

O que contribui para uma culinária rica em pratos a

base de peixe e de mariscos. Uma das especialidades

da região é a enguia que pode ser preparada de várias

maneiras, “temos o ensopado de enguia, a caldeirada

e as enguias fritas. Temos melhor enguia de Portugal”,

sublinha a presidente. Ela justifica que o sabor único da

enguia pescada na zona pode ser explicado pelo fato da

água da lagoa ser salgada “a nossa fica mais inteira é

diferente por exemplo daquela que é pescada noutras

zonas, que é mais mole. A nossa enguia tem um sabor

especial”.

Para aqueles que gostam das praticas desportivas

aquáticas há também diversas modalidades que são

praticadas na lagoa, como por exemplo, a Vela, o

Windsurf, a Canoagem, o Remo, o Kitebord, o Jetski,

o Ski náutico, o Stand Up Paddleboarding. “Temos a

aqui escola de vela. Há muita gente de fora que vem

praticar, sobretudo no verão. Fazer a lagoa de canoa é

um espetáculo” sublinha a presidente.

A lagoa é, sem dúvida, um espaço de contemplação

da natureza que desperta uma paz interior e faz-nos

sentir parte daquele ambiente único. “Já tem havido

muita gente que chega aqui e diz que já percorreu

por aí vários sítios, mas depois quando chegam aqui e

observam aquela lagoa, a mistura do azul com o verde

da natureza, das plantas ficam encantados”, acrescenta

a presidente.

Na freguesia também é possível encontrar restauração,

cafés e infraestruturas desportivas. “Temos das melhores

infraestruturas desportivas do concelho de Caldas

da Rainha, com um campo de futebol sintético e um

pavilhão gimnodesportivo onde se praticam vários

desportos”, refere a presidente. Na parte cultural há o

Rancho Folclórico Esperança na Juventude constituído

por crianças e adultos que cantam músicas do

Nadadouro, de Sintra, de Viana do Castelo e de várias

partes de Portugal, até mesmo o Vira da Madeira. Na

área social, temos uma IPSS que presta apoio à 3ª

idade, prevendo os seus estatutos também o apoio

social noutras áreas.

A Junta da Freguesia afirma que também há uma

intenção de requalificar alguns percursos pedestres,

mas, que, entretanto, já há percursos aos quais o

visitante pode ter acesso por meio da aplicação on-

line ‘City Guide’. A aplicação está disponível de forma

gratuita no ‘Google Play’, nela o utilizador tem acesso

aos caminhos históricos, aos percursos turísticos, a

agenda cultural e outras informações sobre a região.

Entre os elementos mais emblemáticos do Património

Histórico da Freguesia, destaca: a igreja que completa

160 anos, em abril, e a Escola Primária. “A escola

primária foi construída pela ordem do grande industrial

Francisco de Almeida Grandela, ele construiu escolas

também em outras freguesias, mas apenas a nossa

e a de Foz do Arelho ainda funcionam como escola”,

sublinha a presidente. Revela-nos ainda que este ano

será inaugurada uma exposição itinerante sobre a vida

e obra de Grandela. A exposição passará pelas cinco

freguesias onde existe um vasto património construído

pela Família Grandela.

No Nadadouro há também as festas populares como

o Carnaval com quatro noites de bailes, o Cortejo

de Oferendas e a festa em honra de Nossa de Bom

Sucesso que é a padroeira da freguesia, entre outras.

“Somos uma freguesia simpática e acolhedora, com

paisagens deslumbrantes, onde as pessoas se sentem

bem”, conclui a presidente.

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INOVAR PARA CRESCER

dream gym

“Este espaço é o local onde podes atingir os teus objetivos”O DreamGym nasceu há 11 anos, da vontade de concretizar um sonho antigo por parte de Sérgio Fonseca, ex-atleta de culturismo, que

tinha como objetivo criar um espaço onde as pessoas pudessem atingir os seus objetivos, em termos de sáude e bem estar. Sediado

em Vila do Conde, “Born to Win” é o lema deste espaço. Em entrevista à Revista Portugal em Destaque, o empresário fala-nos sobre a

dinâmica deste ginásio, uma referência neste setor.

Um sonho concretizado e objetivos por cumprir

Hoje em dia, mais que nunca, a sociedade em geral preserva cada vez mais e melhor

a sua saúde e em termos estéticos, cada vez mais se preocupa com a sua aparência

física e bem-estar interior. Em termos de competição, em Vila do Conde, há uns anos,

havia um défice de espaços onde os atletas de alta competição pudessem treinar e

desenvolver as suas aptências. Assim, Sérgio Fonseca, cria o espaço ideal que não

existira até então.

“O Dream GYM nasceu há quase doze anos, a 1 de dezembro de 2003, foi um sonho

tornado realidade por mim e uma das principais característica do meu ginásio acho que

é o ambiente familiar, onde quase toda a gente se conhece e se ajuda mutuamente

para cumprir os seus objectivos pessoais, sendo para competição ou o simplesmente

pelo seu bem-estar. O DreamGym não é apenas um ginásio, tão pouco um ginásio de

sonho, é o lugar onde cada pessoa pode atingir os seus objetivos”, começa por nos

explicar o empresário.

Culturismo, uma forma de vida

Sendo um ex-atleta de alto rendimento de culturismo, a partilha de experiências e a

procura de atletas desta modalidade no DreamGym, surgiram de imediato.

“Eu diria que o Culturismo é uma paixão. O meu ginásio está direccionado para o

culturismo mas não só. Pessoalmente o que realmente me motiva é preparar atletas

para competições desta modalidade, é a minha zona de conforto”, revela.

Sendo o principal objetivo deste desporto, a harmonia e perfeição do corpo, o

empresário considera que esta variante desportiva começa, só agora, a ser valorizada

pela sociedade em geral.

“Eu acho que os anos vão passando e a mentalidade da sociedade está um pouco

mais aberta para este desporto. Há uns anos era um desporto mal visto pela população,

aliada a diversos fatores, normalmente uma pessoa mais musculada é apelidada de

pouco inteligente. As pessoas não sabem ou não têm a noção, que para atingir um

determinado nível, têm que possuir conhecimentos não só a nível de treino, como de

nutrição, aliada a uma vida regrada”, enaltece Sérgio Fonseca.

Em termos de aconselhamento, vários atletas e outros ginásios procuram o nosso

sérgio fonsecaAdministrador

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

65

INOVAR PARA CRESCER

entrevistado para aconselhamento posterior derivado à sua vasta experiência na

área.

“Felizmente, tenho atletas de outros ginásios de várias zonas do país que me pedem

alguma ajuda, também posso dizer que tenho amigos em Espanha , França , Suíça,

Irlanda e Brasil, que me pedem algumas dicas ou trocamos ideias sobre métodos de

treino, dietas, entre outros”.

Outras modalidades e métodos de trabalho

Para além de culturismo, o DreamGym disponibiliza outras modalidades no seu

espaço como manutenção, cardio, step, aeróbica e ginástica localizada e são vários os

treinadores especializados nestas áreas no ginásio. Para além disso, disponibiliza ainda

cerca de 26 máquinas de treino distribuídas por três amplas salas.

“Na sala de musculação, o Bruno Vale e o Paulo Furtado são os treinadores de serviço

sendo que aos sábado e domingos, é o Ricardo Rodrigues. Nas aulas de grupo, a

professora Paula Lapa assegura toda a dinâmica da aula. São treinadores com muita

experiência nas várias modalidades onde estão inseridos”, explica.

Com métodos de trabalho rigorosos e adaptados às necessidades de cada cliente, as

perspetivas de futuro deste espaço são de contínuo crescimento a todos os níveis e o

empresário promete novidades para breve.

“Futuramente ,espero que tudo continue a correr, pelo menos como correram estes

quase 12 anos, mas acredito que muito em breve haverá novidades do Dream GYM,

talvez para o ano”, conclui Sérgio Fonseca.

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66

INOVAR PARA CRESCER

clinica veterinária do castêlo

15 anos a tratar da saúde animalSituada na cidade da Maia, a Clínica Veterinária do Castêlo, nasceu em Maio de 2000 com o objetivo de colmatar uma certa carência

deste setor na região. Carlos Paulos, médico veterinário e fundador da clínica, começou a sua formação académica e profissional em

virologia na área de investigação, no IIVA e Faculdade de Medicina Veterinária de Luanda.

equipa da clínica veterinária do castêlo

Em Portugal, esteve ligado ao Laboratório Nacional de Investigação. Veterinária

durante cerca de cinco anos. Dedicou-se à avicultura industrial, concretamente

em aviários de multiplicação e em nutrição animal (fábrica de rações para

animais) por quase 3 décadas.

Atualmente, possui a Clínica Veterinária do Câstelo com uma equipa constituída

por quatro médicos veterinários e três auxiliares de veterinária onde, com meios

de diagnóstico auxiliares como radiografia digital, análises clínicas, ecografia, ECG,

endoscopia e dois internamentos, disponibiliza consultas de medicina geral e profilaxia,

cirurgia geral e ortopédica, banhos e tosquias, entre muitos outros serviços veterinários,

tendo desde sempre disponibilizado urgências 24 horas e consultas domiciliárias, com

duas ambulâncias.

Columbofilia, o desporto com mais atletas federados a nível nacional

Carlos Paulos pioneiro e uma referência na medicina e patologia aviárias, assegura

outra vertente que a clínica dispõe, desde sempre, a columbofilia. Disponibilizando um

vasto conhecimento em clínica desportiva, como responsável técnico da Associação

Columbófila do Distrito do Porto há 22 anos, fornece apoio técnico e clínico de

excelência ligados ao pombo-correio.

O que pouca gente sabe é que este é um desporto com mais de dois milhões de

atletas federados, enquanto o futebol tem apenas 150 mil. Na perspetiva de Carlos

Paulos, este tipo de atividades lúdicas deveria ser mais introduzido nas escolas, já

que desenvolve o espírito competitivo, exige dedicação e contribui para alternativas a

comportamentos desviantes.

Certificação Cat Friendly Clinic

Em Maio deste ano, a clínica recebeu o certificado de “Cat Friendly Clinic” pela

Internacional Society of Feline Medicine. Em Portugal existem apenas 15 clínicas

certificadas, três na região norte. A aquisição deste certificado exige a realização de

REVISTA BUSINESS PORTUGAL

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INOVAR PARA CRESCER

formações em bem-estar felino, bem como a alteração do ambiente da clínica

de forma a torná-la o menos stressante possível. Assim, a clínica possui uma

entrada, sala de espera e consultório exclusivos para gatos, bem como ma

panóplia de equipamentos específicos, como máquinas de tosquia e balanças

próprias para felinos. Mas ser “cat friendly” não é só isto. Toda a equipa está

sensibilizada para a natureza única do gato, proporcionando um atendimento

especializado para tal.

“Com a Cat Friendly o objetivo é que os animais, neste caso os felinos e seus

tutores, venham à nossa clínica com o mínimo stress e possam receber de nós

os melhores cuidados. Nestas condições, o diagnóstico e o tratamento serão

mais fáceis, a recuperação melhor e a cura mais rápida e mais consistente”,

explica Carlos Paulos.

Evolução da medicina veterinária ao longo dos tempos

Hoje, admite Carlos Paulos, as pessoas têm uma maior preocupação em tratar

dos seus animais nas mais diversas áreas e a nutrição animal tem sido um

importante aliado no tratamento animal.

“Corria o ano de 1978, ainda na Policlínica Pecuária Central de Aveiro, éramos

nós que cozinhávamos as rações para os animais, em grandes panelas, de

forma totalmente artesanal, ainda que, com as necessidades específicas e

princípios nutritivos subjacentes mas, nesse sentido, a medicina veterinária

evoluiu muito. Em termos de nutrição, estamos muito avançados e até costumo

dizer que tomara os humanos estar tão bem cientificamente apoiados quando

se trata de alimentação comercial como a que nós e os tutores dos animais

hoje dispõe, não só com as rações fisiológicas, mas também com as dietéticas.

Depois de uma medicação alopática, explica o empresário, é possível fazer a

manutenção de uma doença ou a reversão de determinado problema que afeta

aos animais, apenas através da nutrição dietética específica”.

Hoje, admite Carlos Paulos, existe ainda uma outra área de maior preocupação

que é a do comportamento animal, com crescente importância na sociabilização

familiar e na medicina veterinária.

Foi neste sentido que a Clínica organizou este ano, dois seminários, tendo sido

o primeiro exclusivamente direcionado para o comportamento felino e conceito

“Cat Friendly”. Dada a boa adesão por parte dos proprietários, o segundo

também incluiu o comportamento canino e a vertente do ensino e dos princípios

do adestramento. Estes seminários, com entrada gratuita, tiveram o intuito de

transmitir aos tutores, conhecimentos que lhes permitam proporcionar às suas

mascotes a melhor qualidade de vida, prevenindo simultaneamente patologias

comportamentais, bem como comportamentos indesejados no seu dia a dia.

Projetos de futuro

A pensar no próximo ano, o objetivo passa por investir nas medicinas

alternativas, nomeadamente a acupunctura laser – foto-bio-modulação, já que,

acredita, será uma mais-valia no tratamento de algumas doenças, com redução

de riscos ou efeitos secundários.

Um projeto que a clínica acarinha e quer manter é a realização anual de

seminários gratuitos para tutores. Carlos Paulos acrescenta ainda que

“Estes seminários tiveram boa receptividade e representam uma excelente

oportunidade de troca de conhecimentos e experiências”.

Paralelamente, outro objectivo é manter a actualização constante do site da

clínica e redes sociais com conteúdos relevantes e conselhos práticos para

os donos e seus animais de companhia, (o veterinário à distância de um click)

estando também em execução uma área dedicada à adoção de animais.

TS_MAIACentro Empresarial Câstelo da MaiaRua Manuel Assunção Falcão, 273 - Arm. 94475-041 Avioso Sta. Maria - MaiaT +351 229 864 393

TS_SANTO TIRSOZona Industrial Alto da Cruz, Lote 24780-470 Santo TirsoT +351 252 853 586

www.talsimplicidade.pt

Com base numa equipa com mais de 20 anos de experiência, a Tal Simplicidade!

iniciou a sua atividade com a vontade clara de conquistar o mercado nacional

das Artes Gráficas.

Após a aquisição de máquinas de impressão offset folha a folha de pequeno

e médio formato (35 x 50 cms e 50 x 70 cms), o crescimento da empresa

ditou a aquisição de uma máquina de grande formato (70 x 100 cms), de uma

rotativa de grande formato e também de uma rotativa a 4 cores para impressão

de formulários o que propulsa a empresa para o topo das maiores gráficas

nacionais.

Com base no crescimento sustentado, a Tal Simplicidade! além do polo industrial

na Maia, alargou a sua produção para um pólo industrial em Santo Tirso.

A preparação para a Certificação da empresa torna-nos numa indústria gráfica

sólida com uma implantação em todo o território nacional e internacional.

No nosso departamento de pré-impressão utilizamos ambientes de Mac e Pc e

uma vasta gama de programas de manipulação de imagem e imposição.

Contamos também com um moderno CTP que permite o processamento de

chapas automático garantindo igualmente a obtenção de chapas com uma

reprodução fidedigna dos ficheiros enviados.

Para nos auxiliar na obtenção de excelentes resultados de impressão dispomos

de calibradores com tecnologia alemã.

Todos os nossos colaboradores possuem uma vasta experiência na área da

Pré-Impressão de modo a satisfazer as necessidades dos nossos clientes,

disponibilizando-se para em parceria com eles, possamos atingir os melhores

resultados.

Dispomos de equipamento para impressão digital da última geração que nos

permite satisfazer o cliente em pequenas quantidades e em prazos reduzidos.

• Impressão de etiquetas e autocolantes.

• Catálogos e brochuras.

• Cartões, convites, ementas, cartazes, etc.

• Personalização com dados variáveis.

O resultado de um bom trabalho gráfico depende não só de uma boa

pré-impressão e impressão, mas, igualmente, de um primoroso acabamento.

Na Tal Simplicidade! temos a preocupação de possuir um vasto parque de

equipamentos para acabamento, tais como máquinas para plastificar, dobrar,

cortar, coser à linha, colar à capa, linha de revista, estampar, corte e vinco, entre

muitas outras.

Os nossos clientes são a nossa fonte de inspiração. É para eles que a Tal

Simplicidade! disponibiliza um vasto staff de profissionais muito competentes,

que são o garante da qualidade do nosso trabalho.

Consulte-nos e verá que somos a escolha certa para ir de encontro aos desafios

do mercado da sua empresa.

[email protected]

TS_MAIACentro Empresarial Câstelo da MaiaRua Manuel Assunção Falcão, 273 - Arm. 94475-041 Avioso Sta. Maria - MaiaT +351 229 864 393

TS_SANTO TIRSOZona Industrial Alto da Cruz, Lote 24780-470 Santo TirsoT +351 252 853 586

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