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LEPIDÓPTEROS DO BRASIL (Agenda de Campo) Geraldo Salgado-Neto Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version

Lepidopteros Brasileiros Guia de Campo

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Guia de campo ilustrado de Entomologia Agricola, sistemática e identificação da ordem Lepidoptera.Entomologia, Insecta, Lepidoptera, Borboletas, Mariposas.

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LEPIDÓPTEROS DO BRASIL(Agenda de Campo)

Geraldo Salgado-Neto

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AGRADECIMENTOS

A execução deste trabalho contou com o auxílio de amigos e colegas,

agradecemos especialmente aos colegas Antônio Carlos Paim, José Augusto Teston,

Gustavo Shwartz, Tiago B. Breier e Marcelo Lopes, que colaboraram nas coletas e

identificação das espécies de lepidópteros em especial ao professor Adelino Alvarez

Filho na identificação das plantas hospedeiras.

Agradecemos ao professor Aldo Mellender de Araújo, mentor da idéia original

de elaborar uma agenda de campo com lepidópteros do sul do Brasil, para facilitar o

reconhecimento em campo.

Agradecimentos especiais aos professores Ana Beatriz Moraes, Rocco A. Di

Mare e Dionísio Link pelos constantes estímulos e orientações.

Gostaríamos de expressar nossa gratidão a todos os colegas e amigos que

através de constantes estímulos e sugestões levaram á elaboração deste trabalho,

especialmente a Eduardo Lucof.

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PREFÁCIO

Este trabalho tem por objetivos proporcionar um tipo de guia de campo,

descrevendo características e ilustrando as espécies carismáticas de borboletas e

mariposas comuns no sul do Brasil, sem a ambição, de representar um levantamento

completo.

Destina-se especialmente a divulgar aspectos da biologia dos lepidópteros aos

estudantes dos cursos universitários de ciências biológicas, aos naturalistas, técnicos

agrícolas, gestores ambientais e pessoas leigas que se interessam pela natureza.

O conteúdo deste livro representa parte dos resultados dos estudos realizados

de 1995 à 2001 sobre coletas piloto realizadas na região do planalto central e

depressão central, nos municípios de Santa Maria – Tupanciretã – Santo Ângelo e

posteriormente estendendo-se à outras localidades do Rio Grande do Sul e outros

estados do Brasil.

As espécies coletadas foram identificadas, utilizando-se a bibliografia

correspondente recomendada (ver referências), com chaves para identificação e

comparações com a coleção do Museu Gama D’eça e Victor Bersani da UFSM.

As espécies capturadas com rede entomológica foram acondicionadas em

papel contact transparente para conservação das cores das escamas e para facilitar o

escaneamento, constituindo as ilustrações do presente livro, onde foi registrado o

local, data e número da coleta, bem como, uma breve descrição das espécies e

algumas características do local de coleta.

As ilustrações representam a face dorsal das asas dianteiras e traseiras, mais

útil na identificação das espécies, para facilitar o nome científico, logo abaixo da

figura. As borboletas podem ser melhor observadas se fotografadas ou estudadas

próximas às suas fontes de alimento ou próximas às suas plantas-hospedeiras. As

fotos são facilmente obtidas para a maioria das espécies, e representam uma

recordação muito mais agradável que espécimes mortos ou quebrados,

recomendamos deixar as borboletas em paz.

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INTRODUÇÃO

“Natura nusquam magis est tota quam in minimis” Plínio, o velho (23-79 d.c.)

“Em parte alguma encontramos a natureza na sua totalidade, como nas suas menorescriaturas.”

A mariposa como símbolo da feminilidade remonta a era neolítica, sua imagem

representa a odisséia da vida e da fertilidade, na cultura Asteca representa a

fertilidade e a vegetação, estava vinculada a alma e ao fogo do espírito e ao

renascimento. Assim a lagarta que se transforma em mariposa era uma metáfora do

conceito da vida depois da morte, do velho corpo apegado a terra que passa a uma

forma mais nova e mais bela.

Os xamãs atribuem à mariposa a condição de protetora e guardiã dos lugares de

poder, não existem energias negativas onde elas aparecem, como animal de poder a

mariposa destaca a importância da transformação no contínuo processo de

desenvolvimento e na evolução espiritual, ensina a apreciar a existência e a não

desistir de seguir seus objetivos, algumas vivem pouco tempo e manifestam a

necessidade de utilizar da melhor forma possível o tempo e os recursos.

A mariposa relembra a importância da liberdade, sem restrições auto-impostas e

a necessidade de ter a mente aberta para analisar os problemas e as dificuldades em

uma perspectiva mais ampla, a mariposa é um animal de poder que pode ajudar a

aceitar o sofrimento derivado da mudança, deixando para trás velhos conceitos e

atitudes e a ter a coragem de construir novas situações em conformidade com as

asas da esperança.

Atualmente temos registro de aproximadamente 800.000 espécies de insetos já

catalogadas, este número representa a maior diversidade do reino animal e a

Entomologia é a parte das ciências biológicas que estuda os insetos; é uma palavra

formada pelo radical grego entomo, cujo significado corresponde, em latim, ao de

Insecta, isto é dividido segmentado (CARRERA, 1989).

Borboletas e mariposas são insetos muito numerosos e fáceis de reconhecer na

natureza, juntas formam um grupo maior ou ordem conhecido como lepidópteros (do

grego lepido, escama, e ptero, asa) (WHALLEY, 1988).

A ordem divide-se em 80 famílias, que abrangem cerca de 120.000 espécies. A

separação em borboletas e mariposas baseia-se em uma série de diferenças

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observáveis; Borboletas (Lepidóptera, Rhopalocera) (aproximadamente 10.000

espécies) são insetos diurnos, muitas vezes com cores vivas, fáceis de reconhecer;

Contrastam com a maioria das Mariposas (Lepidoptera, Heterocera)

(aproximadamente 100.000 espécies) em geral pouco coloridas, furtivas e noturnas

(BROWN, Jr. 1979). Existem ainda os Microlepidópteros (traças).

A existência de fósseis comprova que as primeiras mariposas surgiram há 140

milhões de anos, as borboletas vieram depois; os fósseis mais antigos datam de 40

milhões de anos. Quando os primeiros hominídeos surgiram à aproximadamente 5

milhões de anos atrás, elas já tinham a forma que conhecemos hoje (WHALLEY,

1988).

Multifacetadas “jóias da natureza”, as borboletas são transformadas pelo homem

em símbolos de liberdade, leveza, luz, alegria, harmonia simétrica, renovação e

renascimento; e em uma das mais antigas alegorias da ressurreição e transformação

representada na metamorfose da lagarta (BROWN, Jr. 1979).

Em diversidade de espécies de lepidópteros registrados no mundo a Indonésia

ocupa o primeiro lugar, o Brasil ocupa o quarto lugar com aproximadamente 74.000

espécies registradas, 3.130 somente de espécies de borboletas.

Na ciência, as borboletas são usadas em estudos de ecologia das populações e

evolução, inclusive dispersão e migração; na genética da seleção natural, baseada

em variação e adaptação e em fatores e processos básicos como: alimentação,

predação, parasitismo, competição e defesa (substâncias tóxicas, camuflagem e

mimetismo) (BROWN, Jr. 1979).

Dentro da Genética Ecológica, para abordar questões evolutivas, as borboletas,

podem representar interessantes modelos para estudos, além de serem organismos

indicadores (bioindicadores) da diversidade orgânica do meio em questão (EHRLICH

& RAVEN, 1964).

No Brasil, as borboletas têm importância em pesquisas sobre biogeografia e

interações inseto/planta e são usadas como bioindicadores em levantamentos,

determinação de prioridades, planejamento e administração de reservas biológicas

naturais, pois são fáceis de encontrar e avaliar.

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SEX RATIO

Sexagem: Diferenças sexuais entre indivíduos adultos (Lepidópteros)

observamos a parte final do abdômen para maior diferenciação

-A fêmea possui um ovipositor para posturas; - O macho possui pênis (edeago);

-Abdômen maior e abaulado, podendo sair - Abdômen menor e reto, com

ovos a menor pressão; clásper, ganchos para prender na

-Glândula de cheiro característico fêmea no momento da cópula.

(feromônios).

-Geralmente as fêmeas são bem maiores que os machos, estão sob ação de seleção

sexual, apresentando dimorfismo sexual.

“Um dia os homens descobrirão que estes discos voadores, estavam apenasobservando a vida dos Insetos” (Mario Quintana).

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MIMETISMO

Um dos pontos mais interessantes da ecologia evolutiva é o estudo do

mimetismo. No entanto, apesar de estar sendo estudado a mais de cem anos e já se

ter um número enorme de publicações sobre este assunto, ainda existem muitos

pontos não esclarecidos na teoria. Uma das revisões mais abrangentes é de

BROWER (1988).

O Mimetismo Mülleriano foi inicialmente proposto por MÜLLER (1878, 1879),

que observou a grande semelhança entre as borboletas dos gêneros Ituna spp.

(Nymphalidae, danainae) e Thyridia spp. (Nymphalidae, ithomiinae) e entre Eueides

spp. (Nymphalidae, heliconiini) e Actinote spp. (Nymphalidae, acraeinae). Ele propôs

que a semelhança entre padrões de cores das asas nessas borboletas reduziria a

pressão de predação em cada uma dessas espécies.

Como ambas eram consideradas impalatáveis a predadores, haveria uma

soma nos efeitos de proteção conferidos às duas. Essa proposição diferia da feita por

BATES alguns anos antes (1862) que considerava que uma espécie considerada

palatável, chamada de mímico, ganhava proteção quando se tornava parecida com

uma espécie impalatável, chamada de modelo.

Quando escreveu o famoso livro: “A Origem das Espécies”, em 1859, Darwin

não tinha provas da realidade da seleção natural, a primeira prova foi fornecida três

anos mais tarde pelo naturalista britânico chamado Henry Walter Bates, que tinha sido

companheiro na expedição à Amazônia do co-descobridor da teoria da evolução pela

seleção natural, Alfred Russel Wallace; Segundo o próprio Bates (1863):

“Dediquei atenção especial às borboletas porque verifiquei que elas se prestam

mais que qualquer outro grupo do reino animal ao estudo das modificações que todas

as espécies sofrem quando se alteram as condições de vida locais.

Esta vantagem acidental, é devida, em parte à simplicidade e a fácil identificação

dos caracteres específicos desses insetos, e em parte à facilidade com que

numerosas séries de espécimes podem ser obtidas e postas lado a lado para a

comparação.

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A fácil identificação dos caracteres acima mencionados se deve provavelmente

ao fato de todos os sinais externos de modificação na espécie serem exagerados e

muito visíveis, uma vez que afetam a estrutura, a forma e a cor das asas que são

cobertas por minúsculas escamas coloridas, formando desenhos regulares que

variam de acordo com as mais leves mudanças nas condições ás quais as espécies

se acham expostas.

Podemos dizer que nas asas a natureza escreve, como se numa lousa, a

história das mutações da espécie tal a precisão com que ficam registradas nelas as

mudanças.

Uma vez que as leis da natureza devem ser as mesmas para todos os seres, as

conclusões fornecidas por esse grupo de insetos, hão de poder ser aplicadas a todo o

mundo orgânico, por conseguinte o estudo das borboletas, seres escolhidos para

típicar a inconstância e a frivolidade; Ao invés de ser desprezado, ainda há de ser um

dia considerado um dos mais importantes ramos da ciência biológica (BATES, 1863)“.

Depois de haver passado onze anos embrenhado na selva Amazônica

Brasileira, Bates embarcou de volta para a Inglaterra em 1860, levando uma

espantosa coleção de animais e plantas.

Mas em particular foram as borboletas que acabaram se tornando o principal

objeto de suas investigações, entre todas aquelas centenas de caixas repletas de

exemplares belos e exóticos, havia uma que reservava algo de muito mais importante,

ela estava rotulada com a palavra Heliconinae, indicando tecnicamente o conteúdo:

um grupo bem característico de borboletas tropicais.

Quando o naturalista passou a examiná-las detidamente com o auxílio de sua

lupa (lente de bolso), verificou surpreendido, que a caixa estava cheia de falsas

heliconinae. O fenômeno ficou conhecido como “o estranho caso das borboletas

imitadoras” foi considerado na época um dos maiores enigmas biológicos ligados à

história evolutiva das espécies, pois evidenciavam um alto padrão de imitações entre

animais sem nenhum parentesco entre si, este fenômeno, parcialmente esclarecido

por Bates, tem hoje o nome de Mimetismo Batesiano, em sua homenagem (BATES,

1862).

Este fenômeno foi suficiente para despertar em sua mente uma série de

recordações da época em que caçava insetos nas florestas Amazônica, em algumas

regiões que visitara as borboletas Heliconinae eram abundantes, e a despeito de seus

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coloridos chamativos, raras vezes eram atacadas pelos pássaros caçadores de

insetos.

Bates (1862) entregou-se, então, a uma série de suposições: “Se aquelas

borboletas não eram perseguidas pelos seus predadores naturais, possivelmente não

deveriam servir de alimento, e a causa mais provável daquilo seria um gosto muito

ruim, devido aos alcalóides de origem vegetal, absorvidos pela lagarta ao alimentar-se

de sua planta-hospedeira, talvez se o colorido de certas borboletas comestíveis se

aproximasse do padrão Heliconinae, elas tivessem alguma vantagem na luta pela

sobrevivência, ao se passar por repulsivas frente aos seus predadores. Daí por

diante, através de sucessivos cruzamentos entre si, as imitadoras produziriam raças

cada vez mais parecidas com seus modelos”.

Atualmente o nome usado para este fenômeno é Mimetismo, e embora sendo

uma palavra derivada da mímica, ela indica um mecanismo genético colocado em

funcionamento por um processo de seleção natural.

Em outras palavras: nenhum animal chega a se parecer com outro movido por

uma intenção, ou vontade própria, ainda que esta semelhança lhe confira vantagem

na luta pela sobrevivência.

Quanto mais abundante for uma espécie de borboleta impalatável e repulsiva

numa determinada área, tanto mais rápido será o aprendizado da população de

pássaros predadores, pois, uma experiência desagradável pode permanecer na

memória de um animal por um certo tempo.

Pequenas variações de colorido ou desvios na distribuição dos desenhos das

asas podem condenar a borboleta ao ataque da ave. Assim ficam geralmente

poupados os indivíduos que menos se afastam do tipo padrão, estes, ao se acasalar,

perpetuarão o padrão “sinal de reconhecimento” inalterado nas gerações seguintes.

Mas da mesma forma como acontecem variações desastrosas entre as

borboletas do grupo repulsivo – impalatável, também podem ocorrer desvios de

padrão entre as do grupo comestível – palatável que viva na mesma área. Uma

pequena mutação genética pode produzir sobre as asas das comestíveis uma

discreta mancha colorida ou desenho que se assemelhe vagamente com o sinal das

repulsivas, isso já é suficiente para provocar, no mínimo, momentos de hesitação

entre as aves predadoras durante as investidas sobre essas formas variantes.

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Como resultado, as formas variantes passam então a escapar das aves

predadoras com mais freqüência do que as formas menos desviadas do antigo

colorido, então, dos sucessivos acasalamentos dessas sobreviventes, resultam

descendentes com o novo sinal de imitação cada vez mais aperfeiçoado formando os

anéis miméticos.

São os próprios predadores que através da sua constante ação de predação,

indiretamente aperfeiçoam os padrões de imitação que irão enganá-los no futuro. Se

tudo corresse só por conta dos disfarces, as imitadoras deixariam de ter problemas

depois que as cores das suas asas atingisse um certo grau de perfeição na imitação.

Não sendo mais perseguidas, elas poderiam se multiplicar à vontade, tornando-se

mais abundantes do que as verdadeiras “repulsivas”, mas isso não acontece.

Um mecanismo de correção começa a funcionar sempre que as “imitadoras”

começam a se tornar mais numerosas; As aves novas ainda sem aprendizado, que

usam atacar as borboletas de todos os padrões acabam comendo mais borboletas

palatáveis do que impalatáveis, e assim não criam os mecanismos que as fariam

evitar o padrão da espécie modelo.

Automaticamente, começa a diminuir o número das “imitadoras” até que elas se

tornam tão raras que os pássaros predadores acertam cada vez mais nas

impalatáveis. O mecanismo então se refaz, as palatáveis ficam outra vez defendidas

pela imitação, e começam a proliferar. E assim o ciclo vai se repetindo

indefinidamente, de forma que o equilíbrio, embora momentaneamente alterado,

sempre se restabelece”.

No patrimônio genético de uma espécie, certos genes evoluem sob a ação da

seleção natural, ao passo que outros evoluem sob a ação do acaso, é o que sugere

os diversos resultados obtidos pelo biólogo inglês TURNER, (1971a, 1971b, 1977,

1981, 1984a, 1984b). Nas borboletas do gênero Heliconius spp. da América do sul,

TURNER, et al., (1979), demonstraram que em todas as espécies miméticas, os

genes responsáveis pelo mimetismo estão sempre presentes no estado homozigótico,

este fato leva a pensar que uma única variante genética foi retida pela seleção

natural, pelo contrário, os genes responsáveis pela síntese de enzimas que nada têm

a ver com o mimetismo apresentam uma grande variedade de alelos, tanto nas

espécies miméticas como nas não miméticas, isto sugere que, em grande parte, os

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alelos foram retidos ao acaso, e isto até nas espécies que sofreram a ação da seleção

natural relativamente ao mimetismo, corroborando a teoria neutralista.

As borboletas do gênero Heliconius spp., que habitam as florestas úmidas da

América Neotropical, parecem ter evoluído como resposta à ecologia particular destes

ambientes, a suas plantas hospedeiras, competidores, predadores e parasitas, bem

como ao ambiente físico. Estas borboletas apresentam padrões aposemáticos, e são

impalatáveis a diversos predadores (TURNER, 1981).

Heliconius melpomene, L I N N A E U S , 1 7 5 8

Heliconius spp. têm um comportamento social altamente desenvolvido, que

inclui a formação de repousos comunais, aos quais são bastante fiéis. Segundo

GILBERT (1975), estes “dormitórios” são localizados por inspeção visual, mesmo em

baixas condições de luminosidade.

Outra característica deste gênero é a utilização de passifloráceas como única

planta hospedeira. TURNER (1981) argumentou que o fato de nenhum heliconídeo se

alimentar de outra planta é uma forte razão para acreditar que no início da adaptação

uma borboleta ancestral desenvolveu defesas contra os glicosídeos cianogênicos e

outros alcalóides contidos nas passifloras. As larvas (lagartas) alimentam-se dos

meristemas destas plantas, o que GILBERT & SINGER (1975) sugeriram ser uma

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adaptação recente deste gênero, as fêmeas de Heliconius erato são hábeis em

reconhecer e evitar plantas hospedeiras que já foram ovipositadas por outras, uma

vez que suas larvas são canibais.

Existe uma regularidade diária em visitar os locais onde ocorrem as plantas

hospedeiras, e as fêmeas que estão ovipositando despendem muito tempo

inspecionando-as.

Heliconius melpomene L I N N A E U S , 1 7 5 8

Talvez, pelo motivo das plantas competirem com poucos outros herbívoros,

algumas espécies de Passiflora spp. desenvolveram defesas especiais contra as

Heliconius spp. pelos em forma de gancho que imobilizam larvas recém eclodidas

(GILBERT, 1971) e estruturas que imitam os ovos de Heliconius spp. (provavelmente,

para reduzir a competição à qual sua descendência seria submetida, as fêmeas de

algumas espécies de Heliconius spp. tendem a não por seus ovos em plantas que já

possuem ovos, ou estruturas que se assemelham a ovos (WILLIAMS & GILBERT,

1981) é em casos como este, no qual a interação ecológica é tão especializada que

cada espécie exerce uma pressão seletiva primária sobre a outra, que podemos

esperar respostas coevolucionárias recíprocas de espécies individuais, segundo

(EHRLICH & RAVEN, 1964) este é o fator para a coevolução.

A utilização de pólen na alimentação, além de néctar, proporciona as borboletas

Heliconius spp. uma produção contínua de ovos durante toda a vida, já que são

capazes de absorver aminoácidos livres utilizados na produção de ovos (GILBERT,

1972)

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Heliconius erato phyllis FABRICIUS, 1775fêmea - dorsal

A subespécie phyllis explora ambientes que compreendem regiões tropicais e

subtropicais (BROWN, Jr. 1979). Apesar da ampla distribuição, apresenta uma

dispersão diária bastante restrita, e, portanto, um acentuado sedentarismo.

Heliconius erato phyllis, FABRICIUS, 1775 pertence à família Nymphalidae, seu

nome popular é Maria-boba. Sua distribuição geográfica abrange a região Neotropical,

ocupando a maior parte do território brasileiro (com exceção da região norte), uma

pequena região ao leste da Bolívia, quase todo o território Paraguaio, a República do

Uruguai e um trecho do nordeste da Argentina (BROWN, Jr. 1979).

Ao longo da sua distribuição a Heliconius erato phyllis, participa de vários anéis

miméticos, entre eles como co-mímico de Heliconius melpomene. TURNER (1981)

apresentou um modelo para a evolução de mimetismo mülleriano no gênero

Heliconius e SAALFELD & ARAÚJO (1981) salientaram que H. e. phyllis caracteriza-

se por apresentar um conjunto de subpopulações com pequeno fluxo gênico entre

elas.

A H. e. phyllis é muito encontrada em bordas de mato, florestas abertas ou

perturbadas e clareiras em florestas densas, dorme em grupos de 3 a 30 indivíduos,

normalmente em ramos secos.

A larva (lagarta) é encontrada em Passiflora (suberosa, plectostemma,

sidaefolia) estudos comprovam a preferência por Passiflora capsularis. O adulto

alimenta-se durante o dia de Lantana spp. e Eupatorium spp.

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Heliconius erato phyllisventral (Red Raylets).

Nas asas anteriores do lado ventral, pode-se observar os Red Raylets,

pequenos pontos vermelhos que variam em número de 1-7, diminuem o número de

pontos vermelhos em agosto e setembro, também se pode observar o retângulo

creme na borda da asa anterior, a média do número de pontos vermelhos diminui no

período em que ocorrem indivíduos sem retângulo creme, a presença de retângulo

creme é devido á um gene recessivo e não apresenta diferenças entre os sexos

(SHEPPARD, et al ., 1985).

Aparentemente os genes que acionam a presença e o número de Red Raylets,

estão ligados ao ambiente, e a umidade, pois quanto maior a umidade do ar, maior o

número de Red Raylets.

No mimetismo Batesiano o mímico é ecologicamente um parasita do modelo e no

mimetismo Mülleriano os co-mímicos são mutualistas. Segundo FISHER (1930) os critérios

para reconhecer a existência do mimetismo são três:

-Convergência superficial em linhas filéticas divergentes, envolvendo adaptaçõescomplexas em estruturas e funções;

-Simpatria geográfica e micro-espacial razoável entre os táxons;

-Prova do efeito na natureza através de observação ecológica intensa eexperimentação em campo e laboratório.

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1- COLETA

DATA: 23-12-1994

LOCAL: Tupanciretã RSEncontramos várias posturas de aproximadamente 300 ovos, no tronco de um

gerivá - Syagrus romanzoffianum, planta autóctone da região sul e provavelmente aplanta hospedeira original das lagartas que observamos alimentando-se das folhasdurante a noite, gradualmente observamos a destruição total das folhas do coqueiro,de dia as lagartas abrigavam-se em um abrigo construído com folhas e seda chamadocartucho.

Supõe-se que estas borboletas estão se adaptando biológica e gradualmente àspalmeiras exóticas introduzidas como plantas ornamentais tais como: leque-chinês:Livistona chinensis, Butiá: Butia capitata, Palmeira real: Archontophoenixcunninghamiana, Phoenix canariensis (LINK, 1979).

Fêmea Macho

Brassolis astyra GODART, 1824, Família Nymphalidae/Morphini, nome popular:borboleta-rapé, atinge até 10 cm de envergadura, as asas são marrom-escuro, comuma faixa alaranjada de contorno irregular cruzando transversalmente as asasanteriores, o corpo é volumoso e escuro, com a porção terminal do abdômenarruivado, a face inferior das asas é um pouco mais clara, apresentando a mesmafaixa alaranjada e também na parte ventral manchas ocelares, as mais nítidas seencontram, uma perto do ápice da asa anterior e a outra, um pouco maior, abaixo dacélula discal da asa posterior.

Estas borboletas se adaptaram ao ambiente urbano, na primavera as lagartasabandonam as palmeiras hospedeiras e empupam geralmente em estruturasarquitetônicas humanas, a forma adulta possui probóscide não-funcional portanto sóse alimenta na fase larval, chegando a ser pragas em palmeiras em alguns anos deacordo com as condições climáticas, outras espécies de brassolídeos também sãoconsideradas pragas de palmeiras.

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2- COLETA

DATA: 09-09-1995

LOCAL: Irai RS

Macho

Brassolis sophorae LINNAEUS, 1758, Família Nymphalidae/Morphini,espécie adaptada ao ambiente urbano, raramente na floresta, é rara no RioGrande do Sul, sendo encontrada normalmente no norte do estado, probóscidenão-funcional, coloração geral marrom-escuro, asas anteriores e posteriores naparte dorsal mostram uma faixa amarelo-alaranjada de contorno irregularcruzando transversalmente, na parte ventral é um pouco mais clara, apresenta amesma faixa alaranjada nas asas anteriores e possui uma mancha ocelar pertodo ápice, nas asas posteriores duas manchas nítidas. Larvas em palmeirasnaturais e exóticas.

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3- COLETA

DATA: 09-04-1995

LOCAL: Santa Maria RS (Rincão do canto e Camobi - berleze)

Fêmea Macho

Opsiphanes invirae, HÜBNER, 1818, Família Nymphalidae/Morphini, aface superior das asas é de coloração marrom-escura, a asa anterior éatravessada por uma faixa alaranjada e apresenta perto do ápice duaspequenas manchas brancas, a asa posterior também possui uma faixaalaranjada acompanhando a borda externa. A face inferior das asas apresentaum mosaico de pontos e estrias em diversos tons de marrom e três nítidasmanchas ocelares, uma na asa anterior e duas na posterior, as lagartasnormalmente alimentam-se de gerivá - Syagrus romanzoffianum, e outraspalmáceas, as larvas são solitárias e controladas por parasitóides, observamoshiperparasitismo entre os complexos de parasitóides ligados á esta espécie.

Os adultos são ávidos por frutas em fermentação, secreção de troncos efezes de animais, podem detectá-los a mais de um quilômetro de distância, aOpsiphanes invirae, pode ser observada de janeiro a junho e de agosto anovembro, são de hábitos crepusculares.

A subespécie foi determinada como Opsiphanes invirae amplificatus,STICHEL, 1904.

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4- COLETA

DATA: 18-03-1995

LOCAL: Santa Maria RS (Morro do Gustavo, ao lado do morro das antenas)

Macho

Anosia plexippus ou Danaus plexippus, LINNAEUS, FamíliaNymphalidae/Danainae, atualmente Danaus plexippus erippus, CRAMER, 1775,chamada popularmente de borboleta-monarca, é uma borboleta comum em todocontinente americano, muito conhecida devido as migrações aos milhares do Méxicoaos EUA, é um panapaná gigantesco, a borboleta é marrom-alaranjada com asasmarginadas de preto, grande parte da faixa marginal preta apresenta duas fileiras depequenos pontos brancos. A larva é amarelada com listas pretas e dois apêndicesfiliformes em cada extremidade do corpo, alimenta-se de Asclepias curassavica(camará ou oficial-de-sala), pode ser confundida facilmente com Danaus gillippus.

Observamos a monarca fêmea ovipositando nos botões florais de Asclepiascurassavica, devido aos alcalóides absorvidos pela lagarta, torna o adulto impalatávelaos seus predadores.

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5- COLETA

DATA: 19-03-1995

LOCAL: Santa Maria RS (Morro do Gustavo, ao lado do morro das antenas)

Macho

Anosia gilippus ou Danaus gilippus, atualmente Danaus gilipus gilipus CRAMER,1775, Família Nymphalidae/Danainae, conhecida popularmente como borboleta vice-rei, é mimética batesiana da borboleta monarca, porém é mais escura e nãoapresenta linhas pretas, ao longo das nervuras, apresenta manchas brancas no meiodas asas.

Suas larvas são encontradas em Asclepias curassavica e Oxipetalum eeventualmente em outras plantas da família Asclepiadaceae. O macho esfrega ospincéis de feromônios (glândulas em bolsas nas asas posteriores) nas antenas dasfêmeas em vôo, em resposta a fêmea pousa e a cópula ocorre, o macho desprovidode pincéis, são capazes de cortejar a fêmea mas incapazes de seduzi-la, portanto oferomônio é afrodisíaco.

Os machos possuem bolsas nas asas posteriores para armazenar cetonas, quesomente ocorrem após a ingestão do alcalóide precursor e após a introdução dospincéis de pêlos na bolsa das asas posteriores, com os pincéis molhados de cetona, omacho esfrega nas antenas da fêmea, é um feromônio sedutor afrodisíaco, indutor dacópula.

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6- COLETA

DATA: 21-03-1995

LOCAL: Santa Maria RS (Morro do Gustavo, pedreira do Link e arredores)

Observar o padrão de coloração tigre, anel tigre (preto, laranja, amarelo e branco).

Macho Macho

Mechanitis lysimnia lysimnia, FABRICIUS, 1793, Família Nymphalidae/Ithomiini,nome popular é pequena- bandeira-espanhola, pertence ao anel mimético müllerianotigre, é impalatável aos predadores, suas larvas alimentam-se das folhas do tomateirobravo Solanum sinzibrifolium, solanácea que possui solaninas, como substânciassecundárias, garante a impalatabilidade dos adultos assim muitas outras borboletas àimitam, principalmente pierídeos (BATES, 1862).

O adulto alimenta-se de Eupatorium, a impalatabilidade do adulto pode serprovada através do teste da Nephila, esta aranha não suporta a Mechanitis lysimnia,que ao perceber estar em uma teia de aranha permanece estática, os olhos daaranha são incapazes de perceber o padrão aposemático, a borboleta avisa a aranhaatravés de infoquímicos, chamados alomônios, secreções em forma de gotículasamarelas que saem do abdômen, a Nephila detém o seu ataque pois detecta oalomônio através de pêlos tubulares quimiossensíveis, a aranha imediatamenterecorta a teia em volta da borboleta e a solta da sua teia.

A pupa ou crisálida da Mechanitis lysimnia, é toda espelhada, provavelmentepara disfarçar-se de parasitóides.

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7- COLETA

DATA: 06-09-1995

LOCAL: Irai RS

Macho Fêmea

Placidina euryanassa, C. FELDER & R. FELDER, 1860, Família Nymphalidae,Ithomiini, pode ser facilmente confundida com a Mechanitis lysimnia, pois todasfazem parte do anel mülleriano tigre, a borboleta possui cheiro característico degerânio, a parte ventral do abdômen é amarela, geralmente as lagartas sãogregárias encontradas em Brugmansia suaveolens e Brugmansia candida antigaDatura, Cyphomandra betacea, Solanáceas, próximas a riachos.

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8 – COLETA

DATA: 09-09-1995

LOCAL: Caxambu Minas Gerais

Coleta no Parque das águas

Fêmea Dorsal Ventral

Mechanitis polymnia casabranca, HAENSCH, 1905, FamíliaNymphalidae/Ithomiini, pertence ao anel mimético mülleriano tigre, é impalatávelaos predadores, suas larvas são gregárias e alimentam-se de diversas espéciesperenes do tomateiro bravo Solanum, solanácea que possui solaninas, comosubstâncias secundárias. Esta espécie é raramente encontrada no Rio Grandedo Sul.

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9 - COLETA

DATA: 21-03-1995

LOCAL: Santa Maria RS campus UFSM

Macho Macho

Actinote carycina, JORDAN, 1913, Família Nymphalidae/Acraeini, é chamadapopularmente de borboleta-palha, são diversas espécies semelhantes entre si, oque torna difícil a identificação, faixa oblíqua subapical de cor amarelo ocre nasasas anteriores, as asas posteriores com a região central alaranjada e os bordosescurecidos, as larvas vivem sobre compostas normalmente Cambará-do-campoMoquinia polymorpha, os adultos alimentam-se do néctar de Eupatorium eMikania, Compositae. O adulto tem as asas com aspecto oleoso, e a vida curtade 4 -10 dias, o grupo é predominantemente Africano, com apenas um únicogênero no sul do Brasil, composto por mais de 20 espécies semelhantes.

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10 - COLETA

DATA: 19-03-1995

LOCAL: Santa Maria RS (centro)

Praga das couves

Fêmea

Ascia monuste orseis, LATREILLE, 1764, Família: Pieridae/Pierinae, nomepopular Branca-da-couve, praga da couve e de diversas crucíferas, ovosamarelos ovipositados na face inferior das folhas de couve, as crisálidas podemser encontradas no caule ou na face inferior das folhas, existe complexo deparasitóides associados a esta espécie.

Macho

Eurema elathea flavescens, CHAVANNES, 1850, Família: Pieridae/Coliadinae,borboleta comum em floresta secundária, a larva é polífaga, mas prefere: Zornia,Styloranthes (Fabaceae) e Cassia, mas ocorre em plantas venenosas comoThevetia (Apocynaceae). O macho possui uma barra preta e laranja, na beiradainferior das asas anteriores.

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11 - COLETA

DATA: 26-03-1995

LOCAL: Santa Maria RS (Morro do Gustavo, pedreira do Link e arredores)

Passeio pela serra, observamos a diversidade

Macho dorsal

Dryas iulia alcionea, CRAMER, 1779, Família Nymphalidae/Heliconnini, Nomepopular: Fogo-no-ar ou labareda, tem coloração vermelho-arruivado, asasmarginadas de preto, pertence ao anel mimético mülleriano laranja, e pode serconfundida com a Dione juno, o adulto alimenta-se de Eupatorium, as fêmeasovipositam em plantas do gênero Passiflora, em gavinhas e galhos secos,estudos comprovam a preferência pela espécie Passiflora suberosa.

Dríades, na mitologia grega, são as ninfas das árvores (carvalho) que cuidados bosques, observamos um panapaná de dezenas de indivíduos da espécieDryas iulia, sobre o esterco do gado, provavelmente sugando sais minerais ematéria orgânica.

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Fêmea Macho

Parides anchises nephalion, GODART, 1819, Família Papilionidae/Troidini,possuem uma mancha branca no meio da asa anterior, no macho a manchabranca é menor e não invade a célula discal, na fêmea a mancha branca é bemmaior e invade a célula discal, o tamanho e a intensidade da mancha na céluladiscal é bastante variável. Além disso, as manchas vermelhas nas asasposteriores são em número maior nas fêmeas e podem também variar emtamanho e coloração, em alguns exemplos os machos apresentam dois padrõesde coloração vermelha e rosa-claro, na mesma mancha.

Observamos que a P. a. nephalion, pode ficar presa pelas patas aos tubospolínicos colantes da Asclepias curassavica, a borboleta fica se debatendo atégastar todas as suas energias e cair extenuada no chão.

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Fêmea Macho

Junonia evarete, CRAMMER, 1779, Família: Nymphalidae/Kallimini, nomepopular olho-de-pavão-diurno, é uma borboleta de vôo muito rápido e baixopousando com as asas abertas, no chão ou sobre a vegetação herbácea, habitalugares abertos (descampado) e ensolarados, a fêmea coloca os ovos sob asfolhas do gervão-cheiroso Lantana, as larvas podem ser encontradas tambémsobre Stachytarpheta, Gervão (Verbenaceae). A fêmea é mais colorida e muitoagressiva e agitada.

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Fêmea Macho

Vanessa braziliensis, MOORE, 1883, Família: Nymphalidae/Nymphalini, seuhabitat é lugares abertos, pousa em pedras e flores em topos de morros, no chão,areia, na beira dos caminhos, larva em diversas compositae herbáceas, oviposita oseu ovo escondido na axila da folha.

Fêmea Macho

Phaloe cruenta, HÜBNER, 1823, Família: Arctiidae/Pericopini, nome popular éborboleta-espumadeira, pois tem o hábito de espumar ao ser capturada,provavelmente para assustar o predador, é uma mariposa e a fêmea tem oovipositor vermelho.

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Macho Fêmea

Dryadula phaetusa, LINNAEUS, 1758, Família: Nymphalidae/Heliconniniocorrem em campos e brejos, a fêmea possui as asas anteriores na parte dorsalmais pálidas, e pode ser até amarela, o macho possui as asas anteriores naparte dorsal, mais vivamente avermelhadas, grupos podem ser encontradosdormindo em fileiras por baixo de folhas de gramíneas, a larva ocorre emPassiflora.

Fêmea

Adelpha syma, GODART, 1824, Família: Nymphalidae/Limnetidini, comum emflorestas perturbadas, larvas em morangos silvestres Rubeus fructicosus,Rosaceae.

Macho

Adelpha zea, HEWITSON, 1850 Família: Nymphalidae/Limnetidini, nomepopular é borboleta-coração.

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Macho

Hamadryas feronia, LINNAEUS, 1758, Família: Nymphalidae/Epicallini,nome popular borboleta-estaladeira ou assenta-pau-de-barriga-cinzenta, devidoao ruído que produz durante o vôo, parece um pica-pau, tem o costume depousar no tronco das árvores com as asas abertas e coladas no substrato.É um belo exemplo de padrão de coloração críptico ou camuflagem pois aborboleta se confunde com os líquenes, a fêmea oviposita, na extremidade dosbrotos da trepadeira Dalechampia, euphorbiaceae, a crisálida possuiprolongamentos cefálicos característicos.

O adulto alimenta-se da resina que exsuda do tronco das árvores, (DARWIN,1859) observou estas borboletas no Rio de Janeiro, e as chamou de borboleta-carijó, o ruído emitido ocorre somente durante o cortejo, através de um sacomembranoso característico na base das asas anteriores (DOUBLEDAY, 1845).

Macho

Hamadryas februa, HÜBNER, 1823, Família: Nymphalidae/Epicallini,comum em floresta perturbada, pousa em troncos de árvores com as asasabertas, mostrando apenas a face dorsal.

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12 - COLETA

DATA: 03-04-1995

LOCAL: Santa Maria RS (campus UFSM-prédio 17)

Macho

Caligo illioneus, CRAMER, 1775, forma: pampeiro, FRUHSTORFER,1904, Família: Nymphalidae/Morphinae, muito parecida com a borboleta-corujaCaligo beltrao, esta borboleta é uma das maiores do Brasil, possui olhos ouocelos na face inferior das asas posteriores, o que deu o nome popular decorujão, pois mimetiza os olhos de uma coruja, este fato faz com que ospássaros predadores não se aproximem, no entanto encontramos exemplarescom as asas bicadas, fato que denuncia estas borboletas serem altamentepalatáveis.

Esta espécie pode ser encontrada de março a abril, voa próximo ao solono crepúsculo e ao amanhecer sobre o leito dos rios e na borda das matas àprocura de frutos caídos no chão ou líquidos que escorrem dos troncos de certasárvores atacadas por moscas ou moléstias é comum em lugares antrópicos,cidades, jardins, campos e lavouras de cana-de-açúcar, raro em florestasnativas.

Esta espécie é comum, mas não é abundante, passa o dia pousada notronco de árvores em locais sombrios e úmidos, à noite se fixa sob alguma folha,o ciclo completo de ovo a adulto dura três meses e meio, sendo a média de vidado adulto de três meses, os ovos ovipositados isolados ou em pequenos grupos,são depositados na face superior e inferior das folhas de diversas marantáceas,as larvas aceitam folhas de bananeira Musa paradisiaca, na dieta. As larvaspodem ser encontradas em bananeiras, palmeiras, canas-de-açúcar,cyperaceae, marantaceae, heliconiaceae e outras monocotiledoneas, o adulto ea larva possuem um cheiro característico.

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Macho Fêmea

Eresia lansdorfi, GODART, 1819, existe a forma amarela sulphurata, ZIKAN,1937, Família: Nymphalidae/Melitaeini, pertence ao complexo grupo phyciodes,imita Heliconius erato phyllis e Heliconius besckei, lagarta em diversasacanthaceae, juntam-se em flores e barro avidamente, formando panapaná.

Macho Fêmea

Methona themisto, HUBNER, 1818, Família: Nymphalidae/Ithomiini, seu nomepopular é borboleta-do-manacá, devido estar intimamente associada á estaplanta, que é o único alimento das lagartas e pouso dos adultos, embora sejamboas voadoras, percorrendo longas distâncias de uma população para outra, aborboleta passa a maior parte do tempo nas proximidades do manacá.

Os machos procurando as fêmeas novas, e as fêmeas fazendo posturas deovos isolados sob as folhas o acasalamento é violento, o macho no vôo segura ejoga a fêmea no chão forçando a cópula, o adulto vive mais de três mesesalimentando-se de néctar de diferentes flores, os estágios de ovo á lagarta sãorápidos no máximo 30 dias no verão, a lagarta é bem visível sobre a planta,preta com listas amarelas, a crisálida se fixa na folha do manacá: Brunfelsiapilosa e Brunfelsia uniflora, Solanaceae, geralmente de flores brancas eperfumadas, as lagartas podem se alimentar também de jasmin-manga. Aborboleta possui um cheiro característico parecido com o do Manacá, os machospossuem pincéis de pêlos difusores de feromônios, localizados nas costas dasasas posteriores.

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13 - COLETA

DATA: 06-04-1995

LOCAL: Santa Maria Rs

Morro do Gustavo e pedreira do Link

Macho Fêmea

Dione juno juno, CRAMER, 1779, Família: Nymphalidae/Heliconnini, seunome popular é lágrimas-de-prata, devido as manchas prateadas em forma de gotas,podem ser confundidas com Dryas iulia, pela parte dorsal principalmente o macho,por ser mais avermelhado, as larvas são gregárias e alimentam-se de váriasespécies de maracujás, Passiflora.

Fêmea

Dione moneta, HÜBNER, 1825, Família: Nymphalidae/Heliconnini, coletada deuma teia de aranha, em São Martinho da Serra, altamente migratória, larva emPassiflora warmingii, a larva é coberta de tricomas glândulosos, não é comum naregião central do estado do Rio Grande do Sul, no entanto pode ter migrado deregiões ao norte.

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Fêmea

Biblis hyperia nectanabis, FRUHSTORFER, 1909, Família:Nymphalidae/Biblidinae, a fêmea oviposita em Trajia volubilis, euphorbiaceae,que é um cipó urticante (liana) se desenvolve nas bordas de florestas e matassecundárias, suas populações no centro do estado do Rio Grande do Sul nãosão constantes, podendo desaparecer completamente em certas épocas,concentram-se em fontes de álcool de fermentações através de frutos emdecomposição, o vermelho das asas lembra a faixa escarlate da Heliconiuserato phyllis, podendo ser um mimético.

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14 - COLETA

DATA: 09-04-1995

LOCAL: Santa Maria Rs

Rincão do canto (seu Jairo)

Observamos as borboletas nas fezes de animais.

Fêmea

Diaethria clymena meridionalis, BATES, 1864, família: Nymphalidae/Biblidini,antiga Callicore meridionalis, descrita por Wenry Walter Bates, chamadapopularmente de borboleta-oitenta-e-oito, as asas superiores são negras com reflexometálico azulado. Superfície inferior das asas anteriores avermelhada preta e brancano ápice, nas asas posteriores é esbranquiçada com as margens avermelhadas. Aslagartas vivem sobre plantas silvestres e também cacaueiros.

Observamos também Diaethria candrena, GODART, 1821, larvas em Celtis,Ulmaceae.

FêmeaPaulogramma pyracmon, GODART, 1824, família: Nymphalidae/Biblidini,

comum em florestas úmidas a beira de riachos.As asas posteriores mostram uma série de arabescos formando no centro

nitidamente o número oitenta e oito, em Catagramma, aparece o número oitenta,catagrama do grego significa: “letra-em-baixo”

FêmeaObservamos muitas espécies de Diaethria, sobre o esterco de animais nas

poças d’água e na beira dos riachos, pousadas sugando água sais minerais esubstâncias nitrogenadas, comuns em vários habitats inclusive os antrópicos, larvasem ulmáceas e sapindáceas, são consideradas como portadoras de sorte.

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Fêmea Macho

Chlosyne lacinia saundersi, DOUBLEDAY, 1847 Família:Nymphalidae/Melitaeini, borboleta abundante no morro do elefante, em SantaMaria – RS, pousam em grandes agregações em barro úmido, observamosrituais de corte em que o macho rodopia em volta da fêmea durante horas atéque pousam em uma folha ao sol e finalmente copulam, o aprimoramento dosrituais de corte se da com o tempo e a experiência dos casais, larvas emcompostas: Acanthospermum, Ambrosia, Helianthus (girassol-praga).

Macho

Doxocopa kallina, STAUDINGER, 1886, Família:Nymphalidae/Apaturinae, larvas em Celtis, ulmaceae, adultos visitam frutoscaídos, flores e barro úmido, esta borboleta gosta muito de pousar no ombrodas pessoas, para sugar os sais do suor.

Fêmea

Dynamine postverta, CRAMER, 1779, Nymphalidae/Biblidini muitocomum em florestas perturbadas com grande crescimento de Dalechampia.

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15 - COLETA

DATA: 18-04-1995

LOCAL: Santa Maria Rs

campus UFSM, prédio 17

Fêmea

Eryphanis reevesi, DOBLEDAY, 1849, Família: Nymphalidae/Morphini,nome popular: ferrete, borboleta de hábitos crepusculares, comum em frutos nochão (fermentados) e seiva de árvores, larvas em bambus, esta borboleta édistribuída pelo sudeste brasileiro, geralmente em regiões montanhosas até1800 metros de altitude, durante o dia repousa no tronco das árvores, sendodifícil ser localizada devido ao padrão da face inferior das asas, voa aocrepúsculo e ao amanhecer, é atraída pela luz artificial (fototaxia).

Os ovos são colocados isolados ou em pequenos grupos sob as folhasde bambus ou gramíneas bambusiformes como a Olyra, as larvas localizam-sena parte superior das folhas e se confundem de maneira extraordinária com ovegetal hospedeiro, as crisálidas parecem uma folha seca de bambu(mimetismo), a lagarta se parece com a da Opsiphanes, é marrom claro epossui cauda bífida e projeções na cabeça.

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Macho

Morpho aega, HÜBNER, 1822, Família: Nymphalidae/Morphini, estaborboleta é chamada popularmente de seda-azul, devido a cor azul metálica,que na presente figura está bem diminuída devido ao contact, os morfoideoscompreendem apenas trinta espécies exclusivamente da América tropical, aMorpho aega, possui duas manchas brancas pequenas, na margem anterior nafrente da célula discal, a face inferior das asas é marrom com cinco manchasocelares, duas nas asas anteriores e três nas posteriores.

As fêmeas podem ser além de azuis, amarelas ou amarelo-azuladas,também podem ser chamadas de telão-de-seda-azul, as larvas das espéciesdo gênero Morpho, alimentam-se de Ingá: Inga uruguensis, leguminosa ou deTambuatá: Cupania vernalis, sapindácea.

Morpho menelaus, LINNAEUS, 1758

Fêmea Macho

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16 - COLETA

DATA: 21-04-1995

LOCAL: São Martinho da Serra Rs

Água Negra

Na região de São Martinho da Serra, são característicos o cerro mesa, morroformando um platô, o cume achatado é coberto por vegetação de encosta, florestaestacional decidual mesófila da fralda da serra geral, muito característico são osvales em (v) escavados no basalto e arenito pelos cursos de água, acompanhadospela mata de galeria.

Fêmea

Sea amiflonea, Família: Notodontidae/ Dioptinae, comum em matas dealtitude, larvas em passifloráceas (maracujazinho miúdo), os dioptídeos sãomariposas semelhantes a borboletas, possuem ocelos pouco visíveis ouausentes, coloração negra, com uma lista longitudinal amarela nas asasposteriores.

Fêmea

Eacles sp., Família Saturniidae/Ceratocampinae, mariposa, exemplo demimetismo críptico, semelhante à uma folha seca.

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17 - COLETA

DATA: 29-05-1995

LOCAL: Santa Maria RS

Cascatas do Banrisul

Rapel na serra (Bar Timbaúba)

Macho Fêmea Macho

Pantherodes pardalaria, HÜBNER, 1823 Família:Geometridae/Ennominae, nome popular é oncinha ou pantera, devido aocolorido de suas asas, que são de fundo amarelo com numerosas manchascinzentas, mais escuras na margem e no centro, é uma mariposa com certasemelhança a borboletas, os geometridae alcançam mais de 5000 espécies naAmérica tropical as mariposas deste grupo, são principalmente noturnas efreqüentemente atraídos pela luz, as larvas são do tipo mede-palmos, o adultoé encontrado próximo a cachoeiras e lugares úmidos.

Macho

Urbanus sp., Família: Hesperiidae/Pyrginae, a antena é mais grossaantes da ponta dobrada, dando o aspecto de um gancho para a ponta daantena, muitas espécies tem a asa posterior prolongada, cauda, com funçãodesconhecida provavelmente, distrair predadores, pois em muitas espécies nanatureza está faltando.

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Macho

Siproeta stelenes meridionalis, FRUHSTORFER, 1909, FamíliaNymphalidae/Kallimini seu nome popular é folha-no-ar, encontrada alimentando-se debutiás podres no chão Butia capitata. As larvas alimentam-se de folhas deacantháceas, possui um colorido verde incomum, possui o hábito de se alimentartanto de néctar quanto de sucos de frutos em fermentação e pode ser facilmenteconfundida com outra borboleta verde a Philaethria wernickei, heliconídeo do qual émimético, esta não possui a pequena cauda nas asas posteriores, e outras diferençasna coloração das asas.

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Fêmea Macho

Heraclides anchysiades capys, HÜBNER, 1809, Família:Papilionidae/Papilionini, conhecida popularmente como rosa-no-luto, as fêmeasovipositam nas folhas de Citrus, suas larvas são pragas para as plantas cítricas, suasasas posteriores são pretas aveludadas tendo na parte central duas grandes manchasvermelhas ou rosadas divididas pelas nervuras escuras, as asas anteriores são pretascom a metade basal mais escura, as larvas chamadas de bicho de rumo reúnem-sede dia nos troncos das laranjeiras, à noite espalham-se atacando as folhas, as larvaspossuem glândulas próximas à cabeça chamadas de osmetério, quando sãoameaçadas estendem o osmetério emitindo substâncias repelentes contra predadores(alomônios: ácido isobutírico) comum em cidades, campos e pomares. O padrão decoloração, possui variações nas manchas rosas e claras das asas em diferentespopulações de diferentes localidades geográficas.

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Macho Fêmea

Epityches eupompe, GEYER, 1832, Família: Nymphalidae/Ithomiini, estaborboleta é muito parecida com a Episcada munda, a diferença é na venaçãoda asa posterior, a Epityches eupompe, possui os detalhes amarelos nas asastransparentes, a larva alimenta-se de Aureliana lucida, e Acnistus, solanaceae.Os ithomiinae agrupam-se em bolsões de muitas espécies (panapaná),concentradas em áreas pequenas, eventualmente produzidas por altasconcentrações de feromônios emitidos pelos machos, através de pincéis depêlos difusores de feromônios, localizados nas costas das asas posteriores(agentes esterificantes) secreção de lactona, cuja função é de repelente paraoutros machos, atuando como marcador territorial.

Macho

Episcada munda, WEYMER, 1975, Família: Nymphalidae/Ithomiini,pincéis de pêlos difusores de feromônios sexuais (líquido laranja) localizadosna face dorsal das asas posteriores, as larvas são comuns em solanáceas:Solanum, Laxiflorum caavurana.

Macho

Episcada philoclea, HEW, 1854, Família: Nymphalidae/Ithomiini, bemmais clara que a Episcada munda.

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18 - COLETA

DATA: 13-06-1995

LOCAL: Santa Maria Rs

Campus UFSM

Macho

Atlides polybe, LINNAEUS, 1763, Família: Lycaenidae/Theclinae, onome popular é chocolate, larva em erva-de-passarinho, loranthaceae,abdômen na parte ventral alaranjada e dorsal azul metálico, borboleta comcheiro bem característico, devido a mancha androconial localizada na asaanterior só dos machos, nas asas posteriores ocorrem prolongamentosfilamentosos semelhantes a antenas.

19 - COLETA

DATA: 12-08-1995

LOCAL: Tupanciretã Rs

MachoIridopsis sp. WARREN, 1894, Família: Geometridae/Ennominae, mariposa

atraída pela luz, machos com grandes antenas filiformes e plumosas, asasmarchetadas de castanho-escuro e com linhas sinuosas escuras ao longo dasmargens externas de ambas as asas cinza-claro, linhas em ziguezague, não sesabe a planta hospedeira de sua larva.

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Page 45: Lepidopteros Brasileiros Guia de Campo

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20 - COLETA

DATA: 24-08-1995

LOCAL: Santa Maria Rs

UFSM

Fêmea Macho

Sematura lunus ou Nothus lunus, LINNAEUS, no Rio Grande do Sul,ocorre a Sematura diana, GUENÉE, Família: Manidíinae/Uraníidae, seu nomepopular é cambaxira, a forma e o padrão combinam-se para tornar invisívelesta mariposa sematurídea da América do Sul e Central, os ocelos da caudapodem ser usados para deter predadores, as asas posteriores possuem umprolongamento caudiforme longo e expandido, no ápice espatuliforme, asasmarrom-claro com numerosas listas amarelas e algumas escuras, noprolongamento caudiforme existem três ocelos negros filetados de amarelo,imita borboletas papilionidae com cauda de andorinha, é uma mariposa diurna.

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21 - COLETA

DATA: 26-08-1995

LOCAL: Santa Maria Rs

Parque Itaimbé

MachoPterourus scamander scamander, BOISDUVAL, 1836, Família:

Papilionidae/Papilionini, larvas em lauraceas: Ocotea, Persea, Nectandra,Cryptocaria; e também em magnoliáceas: Michelia, Tabauma. E muitas outrasplantas urbanas, os machos adultos são territoriais e guardam suas plantas dealimentação: Brunfelsia, primavera (Solanaceae), os machos possuemandrocônias, pêlos ou escamas modificadas para apaziguar as fêmeas duranteos cortejos aéreos vigorosos e prolongados, essas estruturas localizam-se namargem interna da asa posterior, muitos papilionídeos possuem umprolongamento da asa na veia M3 da asa posterior, recebendo o nome derabo-de-andorinha ou espadinha: swallowtails ou swordtails.

As fêmeas de muitas espécies são raramente vistas e atédesconhecidas devido aos hábitos, os machos defendem territóriosvigorosamente, geralmente com flores de alimentação, nas horas mais quentesdo dia, em agosto no fim do inverno começam a aparecer sendo o seu pico dedensidade populacional no mês de dezembro, esta espécie habita campos deflores, matas sazonais e frias, zonas rurais (abacatais) e cidades, chegando atéser praga de abacateiros, imita Battus polydamas, por ser impalatável.

Pode atacar muitas outras famílias de plantas exóticas e ornamentaisem cidades.

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Page 47: Lepidopteros Brasileiros Guia de Campo

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22 - COLETA

DATA: 27-08-1995

LOCAL: Itaara Rs

região das cascatas (Timbaúva)

Macho

Doxocopa laurentia laurentia, GODART, 1824, Família:Nymphalidae/Apaturinae nome popular é furta-cor ou mal-casados, devido aoacentuado dimorfismo sexual, o macho possui traços azuis-metálicos, a fêmea éescura e pequena, as lagartas não possuem espinhos mas tem longos chifres nacabeça, a planta hospedeira é Celtis spinosa, ulmaceae, possuem o primeiro parde patas atrofiadas, a probóscide ou espiro tromba verde-claro.

Macho

Pteronymia sylvo, GEYER, 1832, Família: Nymphalidae/Ithomiini, aplanta hospedeira da larva é Solanum caavurana, solanaceae, os machospossuem pincéis de pêlos difusores de feromônios, nas asas posteriores. Osithomíneos são quase restritos as regiões neotropicais, os transparentes sãotodos muito parecidos e devem ser identificados pela venação posterior,agrupam-se em bolsões (panapaná) por várias razões, geralmente onde aumidade permanece maior ou onde os recursos estão concentrados, estaespécie estava a beira do riacho sobre Lantana, verbenaceae.

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23 - COLETA

DATA: 02-09-1995

LOCAL: Santa Maria Rs

Cascata do sapo – estrada do perau velho

Passeio com a turma de Biologia-95 - UFSM

Macho

FêmeaBattus polystictus, BUTLER, 1874, Família: Papilionidae/Troidini, as subespécies

do sul do Brasil tem muito menos amarelo nas asas, do que as espécies do norte,larvas negras e reluzentes agrupadas em Aristolochia triangularis, (cipó-mil-homens).

Battus polystichtus, voa em dossel de floresta ou campo aberto, o macho possuia parte dorsal do abdômen amarela a fêmea não tem amarelo. O macho possui setemanchas amarelas na lateral do abdômen e a parte dorsal deste é amarelo cremeconstituído de sete segmentos coloridos. O macho é territorial.

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24 – COLETA

DATA: 11-09-1995

LOCAL: Santa Maria Rs (centro)

Fêmea MachoAutomeris illustris, WALKER, 1855 Família: Saturniidae/Hemileucini,

nome popular: olho-de-pavão-alaranjado, caracteriza-se por grande manchaocelar de cores vivas na porção central das asas posteriores, nas fêmeas asasas anteriores são chocolate claro com uma linha transversal mais clara euma mancha marrom escura na parte ventral da asa anterior, as asasanteriores são cor de abóbora e a mancha acelar apresenta a íris pardo escura,marginada de amarelo.

Nos machos as asas anteriores são cinza-amarelado com as linhas emanchas mais acentuadas, nas posteriores á mancha ocelar apresenta umagrande pupila branca, as larvas em laboratório parecem aceitar várias espéciesde plantas na alimentação, a lagarta é robusta e muito urticante (taturana), alagarta é polífaga já foi encontrada em: mangueira, ingázeiro, goiabeira, roseirae algumas sobre madressilva: Lonicera; Estas foram encontradas sobreleguminosas, várias espécies de Acácia.

As larvas ao transformarem-se em pupas, constroem um casulo irregularcom fios de seda cinza-claro, em gravetos e empupam em um período de 15dias. No sul do Brasil, foram notificados vários acidentes com taturanasurticantes, principalmente as do gênero: Lonomia, em 28 municípios de regiõesagrícolas do Rio Grande do Sul, no verão de 1991 a Lonomia, fez 25 vítimas,uma das quais morreu 40 dias depois do contato com a proteína fibrinolíticaanticoagulante que se encontra nos exsudados dos pêlos e na hemolinfa dalagarta, que é capaz de alterar a cascata de coagulação de uma pessoa,apenas com uma pequena fração da toxina: 16 a 18 Kda (kilodaltons).

O erucismo, conjunto de sintomas causados pelo contato com ataturana: hemorragia interna, queimadura, edema, eritema, congestão cutânea,vermelhidão na pele; ao apresentar estes sintomas procure um médicoimediatamente.

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25 – COLETA

DATA: 20-09-1995

LOCAL: Santa Maria Rs (água negra)

Macho

Mimoides lysithous, HÜBNER, 1821, Família: Papilionidae/Leptocircini.

Macho Fêmea

Mimoides lysithous rurik, ESCHSCHOLTZ, 1821, Família: Papilionidae/Leptocircini, a larva é encontrada em Rollinia exalbida (araticum) annonaceae, eoutras annonaceas, comuns nas capoeiras (pequenas matas no campo) e emflorestas naturais e perturbadas imita diversas Parides, quando adulto, mas,pousa à beira d´água, hábito raríssimo em Parides.

Larva possui diversos tubérculos e muitas manchas claras, lagartas emAnnona cacans, Rollinia sylvatica e Rollinia emarginata, todas da famíliaannonaceae, existe grande variação muitas formas na espécie Mimoideslysithous, quanto ao colorido das asas anteriores, normalmente é uma faixavertical até o ápice da asa.

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Macho Fêmea

Mimoides lysithous lysithous, HÜBNER, 1821, forma: extendatus,WEYMER, 1895, Família: Papilionidae/Leptocircini, encontrada em florestasnaturais e perturbadas, imita diversas Parides, quando adulto, porém, pousa àbeira d´água, hábito raríssimo em Parides. Lagartas em Annona cacans, Rolliniasylvatica e Rollinia emarginata, todas da família annonaceae.

26 – COLETA

DATA: 20-09-1995

LOCAL: Santa Maria Rs (água negra)

Macho

Parides agavus, DRURY, 1782, Família: Papilionidae/Troidini, tribotroidini, o macho possui um excesso de vermelho e uma linha branca na dobra da asaposterior, larva em Aristolochia triangularis (cipó-jarrinha) prefere lugares sombrios, nointerior de matas e florestas, próximo a cachoeiras e córregos de água, abundantenos vales da serra geral (depressão central).

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27 – COLETA

DATA: 20-09-1995

LOCAL: Santa Maria Rs (campestre do divino)

Macho

Fêmea

Euryades corethrus, BOISDUVAL, 1836 Família: Papilionidae/Troidini, afêmea é maior que o macho, que possui uma pigmentação mais escura,sensivelmente visível, a fêmea que já copulou possui um lacre em forma de (y)no final do abdômen, deixado pelo macho, para que não copule outra vez, larvaem Aristolochia sessilifolia, Aristolochia fimbriata, aristolochiaceae e Hydrocotyle,umbelliferae, seu habitat preferencial é campo aberto, topos de morros, o adultoalimenta-se de Vernonia e Eupatorium, compostas.

Observamos cerca de 10 indivíduos, estáticos pelo vento frio, em ummorro, do tipo serro-mesa em Campestre do divino, Santa Maria-RS.

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Fêmea

Ascalapha odorata antigamente chamada de Erebus odora, LINNAEUS,1758, Família: Noctuidae, espécie bastante grande e comum, aproximadamente13 centímetros de envergadura, ocorrendo dos Estados Unidos ao Paraguai, oadulto é escuro com numerosas linhas e manchas de cores mais claras,algumas aveludadas e brilhantes, larva em várias Leguminosas chamadasAcácias.

Os palpos labiais são tão longos que parecem dois pares de antenas, osmachos possuem antenas plumosas, a função dos palpos labiais é provar osalimentos.

Macho

Eteona tisiphone, BOISDUVAL, 1836, Família: Nymphalidae/Satyrini,larva em bambus, as fêmeas imitam Actinote.

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28 – COLETA

DATA: 20-09-1994

LOCAL: Santa Maria RS (água negra)

Fêmea

Heraclides astyalus astyalus, GODART, 1819, Família: Papilionidae/Papilionini,fêmeas com as asas bicadas, fêmeas melaneas, ocorrem em floresta aberta, flores eareia úmida.

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29 – COLETA

DATA: 15-10-1995

LOCAL: Santa Maria RS

Rincão do soturno

machos albinos, capturados em areia úmida

Macho

Heraclides astyalus oebalus, GODART, 1819, Família: Papilionidae/Papilionini,macho capturado em areia úmida, larva em Esembeckia febrifuga, Rutaceae, eeventualmente em Citrus, a fêmea é geralmente melanea (escura), porém existemfêmeas amarelas da forma: oebalus, geneticamente recessivas, sem ligação com ocromossomo (y), a fêmea melanea (escura), imita Battus polydamas.

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30 – COLETA

DATA: 08-10-1995

LOCAL: Santa Maria RS (centro)

Fêmea

Eacles imperialis magnifica WALKER, 1855Saturniidae/Ceratocampinae, mariposas grandes geralmente com mais de 10centímetros de envergadura, habitantes de matas de lugares elevados, mariposaamarelada com pontos escuros esparsos, cada asa apresenta uma faixa diagonalmarrom-avermelhada, próxima à margem.

Os ovos são verde-escuros com uma fina penugem clara, as larvasapresentam espinhos dorsais e são encontradas em Celtis spinosa (ulmaceae) eErytrina cristagalli (leguminosae), constróem casulo, a crisálida ocorre no solo.

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31 – COLETA

DATA: 15-10-1995

LOCAL: Santa Maria RS

Rincão do soturno (área 1 – seu Olavo)

Acompanhamos o Rio Soturno, área poluída.

Macho

Heraclides hectorides, ESPER, 1794, Família: Papilionidae/Papilionini, afêmea imita Parides, habita floresta densa, os machos pousam na areia úmidae defendem flores de alimentação vigorosamente, larvas em Piper amalago,piperaceae, raramente em rutaceae, gêneros: Zanthoxylum, Citrus.

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Macho Macho

Parides bunichus perrhebus, HÜBNER, 1821, Família:Papilionidae/Papilionini, na asa posterior, manchas duplas em forma de vidro derelógio, lagarta vermelho-negra com tubérculos amarelos, alimenta-se de váriasespécies de Aristolochia, especialmente Aristolochia arcuata.

Esta borboleta é encontrada em campos e moitas floridas e também emflorestas de altitude, mesófila de encosta e formações secundárias antrópicas.

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32 – COLETA

DATA: 03-11-1995

LOCAL: Santa Maria RS

Rincão do soturno (área 1 – seu Olavo)

Fêmea

Lycorea ilione cuja sinonímia é Ituna ilione, CRAMER, 1775, Família:Nymphalidae/Euploeini, segundo MÜLLER, 1879, forma um anel mimético comtrês espécies de ithomiinae e duas espécies de mariposas diurnas, larvas emFicus glabra, moraceae, a família depende de alcalóides pirrolizidínicos para adefesa dos adultos e síntese de feromônios sexuais (perfumes atraentes).

Nos machos os feromônios são difundidos por pincéis de pêlos nascostas das asas posteriores, os ithomideos são restritos às regiões neotropicais,os danaideos são grandes e muito diversificados na Ásia e pouco diversificadosnas Américas, os machos possuem pincéis no abdômen, este espécime estavapousado em Brunfelsia, solanaceae.

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33 – COLETA

DATA: 15-10-1995

LOCAL: Santa Maria RS

Rincão do soturno (área 1 – seu Olavo)

Macho

Phoebis neocypris neocypris, HÜBNER, 1823, Família: Pieridae/Coliadinae, aslarvas alimentam-se de plantas parasíticas principalmente loranthaceae (erva-de-passarinho), larvas gregárias, os adultos ocorrem em grande panapaná, nobarro úmido a beira de regatos, fato interessante estas borboletas surgirem naépoca de grande florescimento de maria-mole, Senecio brasiliensis, compositae,fato que confunde a borboleta com o amarelo intenso da sua planta dealimentação, os pierideos possuem abundância de pigmentos pteridinas(brancas, amarelas, avermelhadas).

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34 – COLETA

DATA: 15-05-1995

LOCAL: Tupanciretã RS (Espinilho)

Macho

Phoebis philea philea, LINNAEUS, 1763, Família: Pieridae/Coliadinae, larvasem Cassia, leguminosa, ocorre desde o sul dos EUA, é fortemente migratória,migra em (panapaná) grupos de milhões, ocorre apenas em certos anos nointerior do Brasil, as fêmeas são diferentes, as brancas são mais comuns que aamarela, os adultos encontram-se em áreas abertas ou florestas, machos emflores e areia úmida.

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35 – COLETA

DATA: 29-11-1995

LOCAL: Tupanciretã RS (centro)

Fêmea Macho

Macho Ventral

Heraclides thoas brasiliensis, ROTHSCHILD & JORDAM, 1906, Família:Papilionidae/Papilionini, larvas em diversas espécies de Piper, também emdiversas rutaceae inclusive Citrus, Esembeckia e Zanthoxylum, não constituindopraga, os adultos são ativos nas horas mais quentes do dia, os machosdefendem flores de alimentação vigorosamente, ausentes no inverno.

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36 – COLETA

DATA: 12-12-1995

LOCAL: Tupanciretã RS (centro) Fêmea

MachoMorpho epistrophus argentinus, FRUHSTORFER, 1907 atualização da

nomenclatura antiga: Morpho catenarius, PERTY, 1811, forma: marmorata,FRUHSTORFER, 1912, Família: Nymphalidae/Morphini, é uma espécie comum nazona sueste do estado do Rio Grande do Sul, e rara na zona missioneira, na regiãocentral é comum preferindo voar nas clareiras e trilhas dos matos, é uma borboletavistosa de grande envergadura (10 centímetros) tanto as asas anteriores quantoposteriores apresentam uma série de manchas escuras, na face inferior da asaposterior apresenta uma série de seis manchas ocelares nítidas.As larvas sãovermelhas e gregárias, passam o inverno e primavera nas folhas de Ingá: Ingauruguensis, no Rio Grande do Sul a planta hospedeira é a Acacia longifolia, eCupania vernalis (camboatá) e também Scutia buxifolia, (coronilla).

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37 – COLETA

DATA: 06-04-1996

LOCAL: Tupanciretã RS

Encosta dos trilhos, campo de Eupatorium, asteraceae

Fêmea Macho

Tatochilia autodice, HÜBNER, 1818 Família: Pierinae/Pierini, esta espéciechega a ser praga em crucíferas, o adulto possui um cheiro de menta, derivadode óleos de mostarda, pois a lagarta alimenta-se de plantas com glicosinolatos,normalmente crucíferas do gênero Brassica:

Brassica oleraceae var. capitata (repolho-branco)

Brassica oleraceae var. botrytis (couve-flor)

Sinapsis alba (mostarda-branca)

Brassica napus (nabo)

Brassica nigra (mostarda-preta)

Lepidium sativum (mastruço)

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38 – COLETA

DATA: 04-04-1996

LOCAL: Tupanciretã RS

Macho

Battus polydamas, LINNAEUS, 1758, Família: Papilionidae/Troidini, borboletacomum em ambientes abertos e perturbados, aceita em laboratório todas as espéciesde Aristolochia, comendo a planta inteira em pequenos grupos de lagartas cinzas,vermelhas ou marrons, devastando plantas de grande porte até a raiz, as larvas sãotuberculadas, com longos filamentos no tórax, a planta hospedeira no estado do RioGrande do Sul é Aristolochia fimbriata.

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Page 66: Lepidopteros Brasileiros Guia de Campo

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39 – COLETA

DATA: 25-02-2001

LOCAL: Tupanciretã RS

Fêmea

Eunica eburnea, FRUHSTORFER, 1907, Família: Nymphalidae/Biblidini,prefere locais de vegetação primária e secundária, lagarta em Gymnanthes,euphorbiaceae.

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Page 67: Lepidopteros Brasileiros Guia de Campo

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40 – COLETA

DATA: 20-09-1996

LOCAL: Tupanciretã RS

Fêmea

Rothschildia jacobaeae, WALKER, 1855, Família: Saturniidae/Attacini,conhecida popularmente como, mariposa-espelho, devido as áreas transparentes ebrilhantes em suas asas, é também chamada de bicho-da-seda-brasileiro, pois seucasulo é feito de seda de boa qualidade, embora não seja explorada comercialmente.

O adulto ultrapassa 15 centímetros de envergadura, as asas apresentam tonsvariando entre o marrom, o castanho e o avermelhado, tanto as asas anterioresquanto as asas posteriores tem uma lista transversal sinuosa de coloraçãoavermelhada-amarelada e uma área mais ou menos triangular transparente.

A lagarta é robusta de coloração verde-claro com tubérculos vermelhos, aslarvas são polífagas e podem ser encontradas em: Cephalanthus glabratus, (sarandicolorado); Citrus sinensis, (laranja doce); Ilex paraguariensis, (erva-mate); Lonicerajaponica, (madressilva); Ricinus communis, (mamona).

Os adultos possuem antenas bipectinadas ou plumosas são mais longas nomacho do que na fêmea, as peças bucais são rudimentares e os adultos não sealimentam.

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Page 68: Lepidopteros Brasileiros Guia de Campo

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41 – COLETA

DATA: 10-11-2001

LOCAL: Tupanciretã RS

Fêmea

Rothschildia aurota, CRAMER, 1775, Família: Saturniidae/Attacini, aenvergadura das asas mede de 15 a 16 centímetros, antenas peniformespardas, corpo grosso, peludo, castanho com duas listras brancas transversais nopronoto e longitudinais laterais no abdômen , as patas são peludas da cor docorpo e com desenhos brancos.

As asas são marrom, com o bordo externo amarelado seguido de uma série demanchas de forma e cores diversas, sendo a maior próxima do ápice, depoisdestas manchas, vem uma zona parda, seguida de uma de cor rosa-violácea.

As lagartas atingem até 13 centímetros de comprimento e tem a face dorsalverde-claro com espinhos ramificados e vermelhos, e a face ventral mais escurae com pubescência clara, dos lados trazem uma faixa clara longitudinal quetermina no último segmento, as larvas são polífagas, podem ser encontradasem: laranjeira, madressilva, mandioca, mamoeiro, pessegueiro.

A Rothschildia jacobaeae, mostra semelhanças com a Rothschildia aurota,porém, a R. jacobaeae, é menor e tanto as asas como o corpo, são maisavermelhados, a mancha branca transparente da asa posterior é maior e oval enão triangular como em R. aurota.

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Page 69: Lepidopteros Brasileiros Guia de Campo

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42 – COLETA

DATA: 20-03-1997

LOCAL: Tupanciretã RS

Fêmea

Quinta cannae, HERRICH-SCHAEFFER, 1869, Família:Hesperíidae/Hesperiinae, comum em ambientes ruderais e perturbados, comocampos de gramíneas, a fêmea oviposita em Heliconia, e Canna, ocupam várioshabitats na região neotropical, característica da família é a antena, que é mais grossaantes da ponta dobrada.

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Page 70: Lepidopteros Brasileiros Guia de Campo

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43 – COLETA

DATA: 01-01-2001

LOCAL: Tupanciretã RS

Coletada em um jardim de zabumbas (Zinia elegans) (sítio Schimeneck)

Fêmea

Siproeta epaphus trayja, HÜBNER, 1823, Família: Nymphalidae/Kallimini,larvas em acanthaceae, os adultos colocam os ovos isolados nos brotos terminais. Aslagartas passam o dia no chão próximo a planta, subindo à noite para se alimentarem.

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Fêmea

Macho

Agraulis vanillae maculosa STICHEL, 1908, Família Nymphalidae/Heliconnini,seu nome popular é pingos-de-prata, devido a apresentar, na face inferior das asasnumerosas manchas prateadas e também diversos pontos e listas negras, preferehabitats abertos e ensolarados, voando de forma rápida e irregular sobre a vegetaçãoa pouca altura. Dorme em grupos semidisperso em gramíneas. Ocorre em grandeparte do continente americano, sendo suas subespécies distribuídas principalmentenos trópicos, onde é uma das mais conhecidas borboletas pela beleza incomum dasmanchas prateadas na face inferior das asas. Freqüenta os jardins e parques, ondevisita as flores cultivadas, principalmente zínia (zabumba) Zinnia elegans. As larvasocorrem em quase todas as espécies de Passifloras chegando a ser praga emalgumas plantações de maracujá. Pertencem ao anel mimético laranja. Os machostêm cheiro característico.

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Page 72: Lepidopteros Brasileiros Guia de Campo

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Macho Fêmea

Anartia amathea roeselia ESCHSCHOLTZ, 1821, FamíliaNymphalidae/Kallimini, conhecida popularmente como “alemão”, é uma dasborboletas mais comuns do Brasil, as fêmeas ovipositam ovos isolados em diversasAcanthaceae tais como: Ruellia, Justicia e Blechum, as lagartas passam o diaescondidas na base do vegetal, saindo à noite em busca de alimento, ocorrem emlocais úmidos e brejosos, sombrios ou expostos, voam pousando de asas abertaspróxima ao solo ou sobre a vegetação que cobre esses ambientes.

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44- COLETA

DATA: 04-11-1995

LOCAL: Santa Maria RS (Três Barras)

Lugar paradisíaco com muitas cachoeiras e árvores com muitas bromélias eorquídeas.

Macho

Protesilaus telesilaus telesilaus FELDER & FELDER, 1864. Família:Papilionidae, é uma espécie de vôo muito rápido e muito difícil de capturar coma rede entomológica e mesmo depois da captura permanecem se debatendofato que estraga as asas para a coleção, observamos dois machos, lado a lado,durante horas sugando água e sais minerais e evacuando líquidos através deum jato pelo abdômen, embora da mesma espécie eram de subespécies(formas) diferentes, não é comum este comportamento pois os machos sãoterritoriais e um macho expulsa o outro durante o vôo em uma interação cheiade acrobacias aéreas.

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Page 74: Lepidopteros Brasileiros Guia de Campo

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Índice em ordem alfabética das espécies

páginas1- Actinote carycina (Acraeini)......................................................................................252- Adelpha syma (Limnetidini)......................................................................................313- Adelpha zea (Limnetidini).........................................................................................314- Agraulis vanillae maculosa (Heliconiini)...................................................................735- Anartia amathea roeselia (Kallimini).........................................................................746- Ascia monuste orseis (Pieridae)...............................................................................267- Atlides polybe (Lycaenidae/Theclinae).....................................................................468- Automeris illustris (Saturnidae/Hemileucini).............................................................519- Battus polydamas (Papilionidae/Troidini).................................................................6710- Battus polystichtus (Papilionidae/Troidini)..............................................................5011- Biblis hyperia nectanabis (Biblidinae).....................................................................3612- Brassolis astyra (Morphini).....................................................................................1713- Brassolis sophorae (Morphini)................................................................................1814- Caligo illioneus pampeiro (Morphini)......................................................................3315- Chlosyne lacinia saundersi (Melitaeini)..................................................................3816- Danaus gillippus gillippus (Danainae)....................................................................2117- Danaus plexippus erippus (Danainae)...................................................................2018- Diaethria clymena meridionalis (Biblidini)...............................................................3719- Dione juno juno (Heliconiini)...................................................................................3520- Dione moneta (Heliconiini).....................................................................................3521- Doxocopa kallina (Apaturinae)...............................................................................3822- Doxocopa laurentia laurentia (Apaturinae).............................................................4923- Dryadula phaetusa (Heliconnini)............................................................................3124- Dryas iulia alcionea (Nymphalidae/Heliconnini).....................................................2725- Dynamine postverta (Biblidini)................................................................................3826- Eacles imperialis magnifica(Saturniidae/Ceratocampinae)....................................5827- Eacles sp. (Saturniidae/Ceratocampinae)..............................................................4128- Episcada munda (Ithomiini)....................................................................................4529- Episcada philoclea (Ithomiini).................................................................................4530- Epityches eupompe (Ithomiini)...............................................................................4531- Erebus odora (Noctuidae)......................................................................................5532- Eresia lansdorfi (Melitaeini)....................................................................................3433- Eryphanis reevesi (Morphini)..................................................................................3934- Eteona tisiphone (Nymphalidae/Satyrini)...............................................................5535- Eunica eburnea (Biblidini)…...................................................................................6836- Eurema elathea (Pieridae/Coliadinae)...................................................................2637- Euryades corethrus (Papilionidae/Troidini)............................................................5438- Hamadryas februa (Epicallini)................................................................................3239- Hamadryas feronia (Epicallini)...............................................................................3240- Heliconius erato phyllis (Heliconiini).......................................................................1541- Heraclides anchysiades capys (Papilionini)...........................................................44

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42- Heraclides astyalus astyalus (Papilionini)..............................................................5643- Heraclides astyalus oebalus (Papilionini)...............................................................5744- Heraclides hectorides (Papilionini).........................................................................5945- Heraclides thoas brasiliensis (Papilionini)..............................................................6446- Lycorea ilione (Nymphalidae/Euploeini).................................................................6147- Junonia evarete (Kallimini).....................................................................................2948- Mechanitis lysimnia lysimnia (Ithomiini)................................................................2249- Mechanitis polymnia casabranca (Ithomiini).........................................................2450- Methona themisto (Ithomiini)…..............................................................................3451- Mimoides lysithous extendatus (Papilionidae/Leptocircini)....................................5252- Mimoides lysithous lysithous (Papilionidae/ Leptocircini).......................................5353- Mimoides lysithous rurik (Papilionidae/ Leptocircini)..............................................5254- Morpho aega (Morphini)….....................................................................................4055- Morpho epistrophus argentinus (Morphini)….........................................................6556- Opsiphanes invirae amplificatus (Morphini)…........................................................1957- Opsiphanes invirae (Morphini)…............................................................................1958- Pantherodes pardalaria (Geometridae/Ennominae)...............................................4259- Parides agavus (Papilionini/Troidini)......................................................................5360- Parides anchises nephalion (Papilionini)................................................................2861- Parides bunichus perrhebus (Papilionini)...............................................................6062- Paulogramma pyracmon (Biblidini)….....................................................................3763- Phaloe cruenta (Pericopini)....................................................................................3064- Phoebis neocypris neocypris (Pieridae).................................................................6265- Phoebis philea philea (Pieridae/Coliadinae). .........................................................6366- Placidina euryanassa (Ithomiini)............................................................................2367- Pteronymia sylvo (Ithomiini)…................................................................................4968- Pterourus scamander scamander (Papilionini)......................................................4869- Quinta cannae (Hesperiidae).................................................................................7170- Rothschildia aurota (Saturnidae/Attacini)...............................................................7071- Rothschildia jacobaeae (Saturnidae/Ataccini)…....................................................6972- Sea amiflonea (Notodontidae/Dioptidae)...............................................................4173- Sematura diana (Uraníidae/ Manidíinae)...............................................................4774- Sematura lunus (Uraníidae/ Manidíinae)................................................................4775- Siproeta epaphus trayja (Kallimini).........................................................................7276- Siproeta stelenes meridionalis (Kallimini)...............................................................4377- Tatochilia autodice (Pieridae/Pierini)......................................................................6678- Iridopsis sp. (Geometridae) ...................................................................................4679- Urbanus sp. (Hesperiidae/ Pyrginae) ....................................................................4280- Vanessa braziliensis (Nymphalini).........................................................................3081- Protesilaus telesilaus telesilaus (Papilionidae).......................................................75

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TONANTZIN(Fogo Sagrado de Itzachilatlan)

Amada Tonantzin la vengo a decirla quiero de veras soy parte de ti

Tonantzin doy gracias por el maizel água y el aire entorno de ti

Tonantzin doy gracias por el amorTonantzin doy gracias por compartir

Tonantzin doy gracias por el amorTonantzin doy gracias por existir

Vuela vuela Mariposavuela vuela canta la canción

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