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fERNANDO fÉLIX fERNANDO fÉLIX fERNANDO fÉLIX fERNANDO fÉLIX fERNANDO fÉLIX espiral ANO xIV - N ANO xIV - N ANO xIV - N ANO xIV - N ANO xIV - N.º 50 - J .º 50 - J .º 50 - J .º 50 - J .º 50 - JANEIR ANEIR ANEIR ANEIR ANEIRO/mARÇO de 2013 O/mARÇO de 2013 O/mARÇO de 2013 O/mARÇO de 2013 O/mARÇO de 2013 boletim d boletim d boletim d boletim d boletim da associação fra a associação fra a associação fra a associação fra a associação frater ter ter ter ternit nit nit nit nitas mo as mo as mo as mo as moviment viment viment viment vimento papa fr papa fr papa fr papa fr papa francisco ancisco ancisco ancisco ancisco um ir um ir um ir um ir um irmão no v mão no v mão no v mão no v mão no vaticano aticano aticano aticano aticano Ás 19h22 em Lisboa, Na varanda central da Basílica de S. Pedro, no Vaticano, surgiu sorridente o recém- eleito Papa Francisco para saudar cerca de 150 mil pessoas que lotaram a Praça. As primeiras palavras foram carinhosas: «Irmãos e irmãs, boa-noite!» E fez um momento de pausa. De- pois, continuando a sorrir, prossegiu: «Sabeis que o dever do Conclave era dar um bispo a Roma. Parece que os meus irmãos cardeais foram buscá-lo quase ao fim do mundo… Eis-me aqui! Agradeço-vos o acolhi- mento.» Note-se o uso consciente das palavras. Disse «Bis- po de Roma», não disse «Papa». Depois, teve uma atitude de reconhecimento ao seu predecessor: «Antes de mais nada, quero fazer uma oração pelo nosso bispo emérito Bento XVI. Reze- mos todos juntos por ele, para que o Senhor o aben- çoe e Nossa Senhora o guarde.» Em seguida, falando ao coração dos presentes e ao mundo inteiro - era a sua primeira mensagem à cidade e ao mundo - aludiu ao caminho que quer fazer com toda a Igreja: «Um caminho de fraternidade, de amor, de confiança entre nós. Rezemos sempre uns pelos ou- tros. Rezemos por todo o mundo, para que haja uma grande fraternidade.» Antes tinha explicado como fazê- lo: «Iniciamos este caminho bispo e povo, este cami- nho da Igreja de Roma, que é aquela que preside a todas as Igrejas na caridade.» E concluiu: «Espero que este caminho de Igreja, que hoje começamos, seja fru- tuoso para a evangelização desta cidade tão bela!» Por cidade, claro, entende Roma, mas também o mundo, no sentido que usou Santo Agostinho. E antes de se retirar, surpreendeu o mundo, ao pe- dir «um favor». Inclinando-se, disse: «Peço-vos que rezeis ao Senhor para que me abençoe a mim; é a ora- ção do povo, pedindo a bênção para o seu bispo.» As surpresas do Papa Francisco Conta o jornal inglês The Guardian que, quando Mario Bergoglio foi eleito cardeal (em 2001), alguns ar- gentinos queriam viajar para Roma para celebrar a dig- nidade. Mas ele convenceu-os a dar aos pobres o di- nheiro que gastariam na viagem. Este episódio ajuda a entender a escolha do nome Francisco, o nome do san- to italiano conhecido pela dedicação aos pobres, pela humildade e simplicidade, com radicalidade. Como je- suíta, é natural que também tome como referência São Francisco Xavier, um apaixonado pela ação missionária da Igreja. Alguns sinais exteriores demonstram igualmente a per- sonalidade do Papa Francisco: a cruz que traz ao peito não é refulgente. Ele é afável e humilde, fazendo lem- brar o Papa João XXIII… Já enquanto bispo e cardeal, ele se mostrava amigo das pessoas, abdicou do palácio episcopal e vivia junto da sua catedral num singelo apar- tamento. Caminhava pela rua, viajava em transportes públicos, ia a um bar comer sandes com os seus padres. O pensamento do Papa Francisco Das homilías que fez antes de ser papa, podemos retirar a linha do seu pensamento. Acerca do aborto, diz que nunca é solução. Devemos escutar, acompanhar e compreender, e, sempre, salvar vidas. Condena a exploração e o tráfico de pessoas. Cha- ma-lhes crimes aberrantes. E não suporta que as ideolo- gias políticas e económicas causem dramas em pessoas, famílias e nações, nem tolera silêncios cúmplices, a co- meçar pela própria Igreja. Acerca da educação, diz que esta deve suscitar a har- monia, a harmonia da pessoa consigo mesma, com o seu passado, presente e futuro, e harmonia construída na aprendizagem das culturas, da identidade de cada ser. E explica que isso faz-se artesanalmente, com cui- dado, esmero, persistência. E apela à alegria, ao entusiasmo na evangelização. Não basta ter uma mensagem para transmitir, é preciso vivê-la e testemunhá-la com ânimo, para contagiar os outros.

Espiral 50

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espiralANO xIV - NANO xIV - NANO xIV - NANO xIV - NANO xIV - N.º 50 - J.º 50 - J.º 50 - J.º 50 - J.º 50 - JANEIRANEIRANEIRANEIRANEIRO/mARÇO de 2013O/mARÇO de 2013O/mARÇO de 2013O/mARÇO de 2013O/mARÇO de 2013

boletim dboletim dboletim dboletim dboletim da associação fraa associação fraa associação fraa associação fraa associação fraterterterterternitnitnitnitnitas moas moas moas moas movimentvimentvimentvimentvimentooooo

papa frpapa frpapa frpapa frpapa franciscoanciscoanciscoanciscoanciscoum irum irum irum irum irmão no vmão no vmão no vmão no vmão no vaticanoaticanoaticanoaticanoaticano

Ás 19h22 em Lisboa, Na varanda central da Basílicade S. Pedro, no Vaticano, surgiu sorridente o recém-eleito Papa Francisco para saudar cerca de 150 milpessoas que lotaram a Praça.

As primeiras palavras foram carinhosas: «Irmãos eirmãs, boa-noite!» E fez um momento de pausa. De-pois, continuando a sorrir, prossegiu: «Sabeis que odever do Conclave era dar um bispo a Roma. Pareceque os meus irmãos cardeais foram buscá-lo quase aofim do mundo… Eis-me aqui! Agradeço-vos o acolhi-mento.»

Note-se o uso consciente das palavras. Disse «Bis-po de Roma», não disse «Papa».

Depois, teve uma atitude de reconhecimento aoseu predecessor: «Antes de mais nada, quero fazer umaoração pelo nosso bispo emérito Bento XVI. Reze-mos todos juntos por ele, para que o Senhor o aben-çoe e Nossa Senhora o guarde.»

Em seguida, falando ao coração dos presentes e aomundo inteiro - era a sua primeira mensagem à cidadee ao mundo - aludiu ao caminho que quer fazer comtoda a Igreja: «Um caminho de fraternidade, de amor,de confiança entre nós. Rezemos sempre uns pelos ou-tros. Rezemos por todo o mundo, para que haja umagrande fraternidade.» Antes tinha explicado como fazê-lo: «Iniciamos este caminho bispo e povo, este cami-nho da Igreja de Roma, que é aquela que preside atodas as Igrejas na caridade.» E concluiu: «Espero queeste caminho de Igreja, que hoje começamos, seja fru-tuoso para a evangelização desta cidade tão bela!»

Por cidade, claro, entende Roma, mas também omundo, no sentido que usou Santo Agostinho.

E antes de se retirar, surpreendeu o mundo, ao pe-dir «um favor». Inclinando-se, disse: «Peço-vos querezeis ao Senhor para que me abençoe a mim; é a ora-ção do povo, pedindo a bênção para o seu bispo.»

As surpresas do Papa FranciscoConta o jornal inglês The Guardian que, quando

Mario Bergoglio foi eleito cardeal (em 2001), alguns ar-gentinos queriam viajar para Roma para celebrar a dig-nidade. Mas ele convenceu-os a dar aos pobres o di-nheiro que gastariam na viagem. Este episódio ajuda aentender a escolha do nome Francisco, o nome do san-to italiano conhecido pela dedicação aos pobres, pelahumildade e simplicidade, com radicalidade. Como je-suíta, é natural que também tome como referência SãoFrancisco Xavier, um apaixonado pela ação missionáriada Igreja.

Alguns sinais exteriores demonstram igualmente a per-sonalidade do Papa Francisco: a cruz que traz ao peitonão é refulgente. Ele é afável e humilde, fazendo lem-brar o Papa João XXIII… Já enquanto bispo e cardeal,ele se mostrava amigo das pessoas, abdicou do palácioepiscopal e vivia junto da sua catedral num singelo apar-tamento. Caminhava pela rua, viajava em transportespúblicos, ia a um bar comer sandes com os seus padres.

O pensamento do Papa FranciscoDas homilías que fez antes de ser papa, podemos

retirar a linha do seu pensamento. Acerca do aborto, dizque nunca é solução. Devemos escutar, acompanhar ecompreender, e, sempre, salvar vidas.

Condena a exploração e o tráfico de pessoas. Cha-ma-lhes crimes aberrantes. E não suporta que as ideolo-gias políticas e económicas causem dramas em pessoas,famílias e nações, nem tolera silêncios cúmplices, a co-meçar pela própria Igreja.

Acerca da educação, diz que esta deve suscitar a har-monia, a harmonia da pessoa consigo mesma, com oseu passado, presente e futuro, e harmonia construídana aprendizagem das culturas, da identidade de cadaser. E explica que isso faz-se artesanalmente, com cui-dado, esmero, persistência.

E apela à alegria, ao entusiasmo na evangelização.Não basta ter uma mensagem para transmitir, é precisovivê-la e testemunhá-la com ânimo, para contagiar osoutros.

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UrUrUrUrUrtélia Siltélia Siltélia Siltélia Siltélia Silvvvvvaaaaa

Livros de associados da Fraternitaseditados em 2012

«NATAL – VERDADE. LEN-DA. MITO”, A. Cunha de Oliveira(2012), Edição do Instituto Açoria-no de Cultura / Angra do Heroísmo,digitação e revisão de AntonietaLopes Oliveira, [formato 24x17x3com 595 páginas].

Dedicatória, página 15:«À Antonieta, ao Nuno e à

Susana, que despertaram emmim a magia do Natal.

À Catarina, ao Vasco, aoArtur, ao Pedro e ao Diogo,para que a compreendam.

Na contracapa:Embora não pareça, o que

humanamente caracteriza oNatal- esta inefável aspiraçãoao renascimento- é anterior eindependente do nascimentodo Senhor Jesus de Nazaré.Não foi, pois, o Cristianismoque criou a Festa do Natal,mas ao contrário: em Roma, acelebração pagã do “NatalisSolis Invicti” a 25 de Dezem-bro de cada ano (quando o Solprincipiava de novo a estarmais tempo acima do horizon-te) é que deu origem ao ciclofestivo do Natal cristão. Tan-to assim que, só à volta do ano330 da nossa Era, e nunca an-tes, principiou a celebrar-se onascimento do Senhor Jesus.

A quase interminávelquantidade e variedade de contro-vérsias e opiniões que, nos primei-ros séculos do Cristianismo, o atra-vessaram a respeito das naturezas hu-mana e divina de Jesus de Nazaré e,oficial e magisterialmente, só termi-naram com a definição do dogma dadivindade de Jesus no Concílio Ecu-

O secretariado deseja inventariar as obras dos associados e ir anunciando no Espiral.O secretariado deseja inventariar as obras dos associados e ir anunciando no Espiral.O secretariado deseja inventariar as obras dos associados e ir anunciando no Espiral.O secretariado deseja inventariar as obras dos associados e ir anunciando no Espiral.O secretariado deseja inventariar as obras dos associados e ir anunciando no Espiral.

Continuo a basear-me nos dados dos livros de que o secretariado dispõe, desta vez apenas os editados emContinuo a basear-me nos dados dos livros de que o secretariado dispõe, desta vez apenas os editados emContinuo a basear-me nos dados dos livros de que o secretariado dispõe, desta vez apenas os editados emContinuo a basear-me nos dados dos livros de que o secretariado dispõe, desta vez apenas os editados emContinuo a basear-me nos dados dos livros de que o secretariado dispõe, desta vez apenas os editados em

2012, e por ordem de chegada.2012, e por ordem de chegada.2012, e por ordem de chegada.2012, e por ordem de chegada.2012, e por ordem de chegada.

ménico de Niceia, no ano de 325,terão contribuído bastante para a ex-pansão da Festa do Natal- a celebra-ção da humanidade do Senhor Jesusde Nazaré.

Dos quatro Evangelhoscanónicos só dois (Mateus 1,18-2,23e Lucas 1,5-2,52) principiam, à ma-

neira de prólogo, com “Narrativas daInfância”, que não são género literá-rio história, isto é, narrativas histó-ricas em que a expressão literáriacorresponda ao objecto ou facto des-crito, mas “midrash”- género literá-rio judaico com que se procura o sen-tido de textos bíblicos seja na ordem

jurídica (“halaká”), seja na ordemético/moral (“hagadá”). Assim as“Narrativas da Infância” dosevangelistas Mateus e Lucas não sãohistória, no verdadeiro sentido da pa-lavra, nem podem tomar-se ao pé daletra os acontecimentos que delasconstam. Aliás, as divergências en-

tre os dois evangelistas sãomais que muitas a respeito domesmo, convergindo em mui-to pouco.

Assim, por exemplo, as in-terpretações que se tem dadoà perícopa de Mt.1,18-25, pre-tendendo salvaguardar à vivaforça a virgindade de Maria, aBem-aventurada Mãe do Se-nhor Jesus, não resistem a umaanálise filológica cuidada dotexto e do seu género literário,nem às razões da Razão e daAutonomia das Realidades Ter-restres. Ademais, a ideia da vir-gindade de Maria não aparecenos escritos dos Padres da Igre-ja antes de Sº. Efrem (306-373). Como se vê, só a partirdo século IV, já bastante longe(portanto) da tradição apostó-lica oral ou escrita. E quanto adocumentos do magistérioeclesiástico, a expressão “vir-gem antes, no e depois do par-to” só aparece a 7 de agostode 1555 na Constituição Apos-

tólica “Cum quorumdum”, do PapaPaulo IV (1553-1559).

Pedido de aquisição: IAC-www.iac-azores.org / [email protected] / Alto das Covas, nº67 /9700 Angra do Heroísmo AÇORES;telefone: 295215825

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EM JANEIRONo dia 9 – Bráulio: «Após mais

de um mês de silêncio, estou hoje atentar retomar o meu ritmo. No dia3 de dezembro fui operado, no Hos-pital de Santa Maria, no Porto, a umnódulo, felizmente benigno, na glân-dula parótida. Foi uma operação que,pela sua especificidade, demorou 6horas. Mais uma vez Deus e a SuaMãe estiveram ao meu lado. Nestemomento sinto que estou a recupe-rar esperando não ficar com seque-las. Desejo-vos um Bom Ano 2013sobretudo com saúde. Agradeço asvossas orações.»

No dia 17 – Armando + Pamela:«Oremos! Nós por todos e todos pornós. Não estou palpavelmente me-lhor depois dos dois episódios deurgência. Estou esfalfado e titubeioainda mais. A primeira consulta pós-operação nada juntou à recuperaçãoporque o cirurgião faltou. O substi-tuto não respondeu às mais impor-tantes das minhas questões e dizen-do "tenho outro paciente" levantou-se e deixou-me só, com o meu cace-te no gabinete, saindo e dizendo:marque consulta com a enfermeira– que demorei a encontrar. Fica para4 de Abril! Orações, precisam-se!(…)»

No dia 18 – D. Manuel da SilvaMartins, bispo: «Gostei sempre muitodo Espiral. Apreciei muito este Es-piral. Felicito o diretor e colabora-

“ LICEU NACIONAL DE CHA-VES – 1903-2003”, Alípio MartinsAfonso (Setembro 2012), Edição doautor – 3ª- revista e aumentada,apoios da Câmara Municipal de Cha-ves e da Junta de Freguesia de SantaMaria Maior, [formato 24x17x3,2com 511 páginas].

Dedicatória, página 5:A minha mulher, Maria Zélia

Martins Afonso, em compensaçãodas muitas horas que este trabalhoroubou ao comum convívio e lazerfamiliares e como preito de gratidãopela sua análise crítica.

Na contracapa:Tinha-me despedido, recente-

mente, do ensino. Assinara a cartade alforria e aguardava, a todo omomento, o despacho para a melhore última profissão – «Dias e dias àboa vida».

E punha-se-me a pergunta:- Agora, enquanto não sou alista-

do na Companhia do Além, que voufazer?

Como amigo, o José AugustoFillol, pensou lá para consigo:

- Vou meter o Alípio em traba-lhos, antes que se deixe cair no torpormaligno do “come e dorme”. E me-teu.

À queima-roupa, lançou-me o de-safio:

- Alípio, tens de fazer a Históriado Liceu.

Como quem não quer comprome-ter-se, respondi-lhe, evasivamente:

- Vou tentar. Tentei e cumpri.Aqui chegado senti-me inteira-

mente desobrigado do compromis-so assumido com o saudoso e queri-do amigo José Augusto, até ser de-safiado por um novo sonho atravésda Comissão Promotora das Come-morações Centenárias do Liceu.

Voltei a tentar e a cumprir.O presente volume ultrapassa,

assim, o sonho primitivo, posto quenele se fundamente. É um trabalhoa três mãos. Oxalá agrade a todos osque confiaram e venha a merecer asimpatia dos seus leitores.

Pedido de aquisição: LivrariaAntígona - Rua de Santa Maria, 28 /5400-376 CHAVES

Tf: 276326239; Tm.: 961922577

Se puderem,levem os vossos livrose outras obraspara os Encontros Nacionais!

Correiodos sócios

Várias mensagens foram envia-Várias mensagens foram envia-Várias mensagens foram envia-Várias mensagens foram envia-Várias mensagens foram envia-

das para o Secretariado, atravésdas para o Secretariado, atravésdas para o Secretariado, atravésdas para o Secretariado, atravésdas para o Secretariado, através

do endereço de correio eletrónicodo endereço de correio eletrónicodo endereço de correio eletrónicodo endereço de correio eletrónicodo endereço de correio eletrónico

[email protected]@[email protected]@[email protected].

TTTTTrrrrranscreanscreanscreanscreanscrevvvvvem-se eem-se eem-se eem-se eem-se exxxxxcercercercercertttttos.os.os.os.os.

UrUrUrUrUrtélia Siltélia Siltélia Siltélia Siltélia Silvvvvvaaaaa

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página oficial na Internet: www.fraternitas.pt * e-mail: [email protected] * blogue: http://fraternitasmovimento.blogspot.

dores. Tenho pena que não se asso-ciem a vós tantos padres dispensa-dos. Oxalá tal venha a acontecer.Estou convosco e, neste princípio doano, peço para vós as mais genero-sas bênçãos de Deus.»

No dia 29 – Fernando Neves:«Tive ontem consulta de nefro e háum agravamentozito da situa-ção.(…) Decidiu que eu precisavade ser internado para exames, a verse se consegue estabilizar os rins,que têm vindo a piorar, e que se nãose fizer nada depressa chega ahemodiálise. (…) Admirou-se de osHUC ainda não terem feito este con-trole. Serei internado amanhã, parao efeito, na nefro. Sem alarmes!» (Vertambém dia 23 de fevereiro)

EM FEVEREIRONo dia 9 – António e Zélia

Mourinho: «PARABÉNS A TO-DOS OS ANIVERSARIANTESDESTE ANO DE 2013.Que Deusos ajude a repetir muitos anos compaz, saúde e Bênção de Deus.»

No dia 14 – Joaquim Soares:«Como devem saber, faleceu o pá-roco de Penafiel, Monsenhor Gabri-el. Foi professor e prefeito no Semi-nário Maior do Porto. O Dr. Emílio,o Dr. Quintas e eu fomos seus alu-nos. No funeral fizemo-nos represen-tar pelo Dr. Emílio. Pareceu-nos bemque o livro de condolências fosse as-sinado, assinalando a nossa condi-ção de padres casados. Fizemos sa-ber que a nossa associação estava re-presentada pelo Dr. Emílio.»

No dia 15 – Gilberto /Porto Belo– SC (Coordenador do ConselhoEditorial do Jornal RUMOS, publi-cação bimestral da Associação Ru-mos/ Movimento das Famílias dosPadres Casados do Brasil/MFPC,

também co-coordenador do respec-tivo site www.padrescasados.org):«Prezados Bispos, Padres da ativa,Padres casados do Brasil, AméricaLatina e outros continentes, Irmãs,Leigos engajados, envio-lhes a novaedição do jornal Rumos, do MFPCdo Brasil, n° 229. Esta é a ediçãoeletrônica, que será repassada a maisde quatro mil (4.000) leitores, via e-mail. (…)

Ouso convidar que assine o jor-nal impresso quem de vocês aindanão o fez. O procedimento constana pág. 2, em "EXPEDIENTE".Boa leitura. Explicito que a linha dojornal é a profética, de anunciar edenunciar. Solicito suas apreciaçõese avaliações, através de meu e-mail: [email protected] (…). Agrade-ço e transmito cordial e fraternoabraço. (…)»

No dia 19 – Fernando Félix:«Neste momento, a Maria José estáa fazer traduções. Tem três livros emcima da secretária. E neste sentido,se conheceres alguém que precise detradutor(a), de espanhol ou italiano,de preferência, estamos disponíveis.»

No dia 19 -António Limas/Buenos Aires [A propósito de umPowePoint em espanhol, para quemadmira Bento XVI]: «Me gustómucho!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Muchas gracias.Abrazos para todos.»

No dia 22 – Manuel Paiva: «Sur-giu-me um enfisema pulmonar, queé irreversível e que me obriga a estarresguardado, em casa, e com medi-camentos.»

No dia 23 – Fernando Neves:«(…) O meu problema tem-se agra-vado. A biópsia renal deu uma asso-ciação um pouco explosiva: aoMGUS (gamopatia monoclonal ou

Correio dos sócios (continuação)............

mieloma) junta-se uma amiloidoseprimária. Para manutenção da situa-ção (que é irreversível), já começa-ram a mentalização para ahemodiálise, numa 1ª fase. O restoseja o que Ele quiser e a vida deixare nós nos atrevermos a contrariar.Sem grandes alarmes para os irmãosFraternitas.»

No dia 23 – Agostinha Mendes(Tita) – Enviou mensagem a divul-gar o livro de Alípio Afonso (queapresentamos na página 3 deste bo-letim).

No dia 28 – Ramos Mendes: «Éeste o dia em que o Papa Bento XVIdeixa o ministério petrino. Uma lon-ga reflexão o assunto me proporcio-na. Mas não é o momento de o fa-zer. (…) Mas o que agora me leva aescrever é para, por intermédio donosso secretariado, enviar um abra-ço fraterno ao nosso João Simão poreste seu aniversário natalício. Que-ria enviar-lho directamente a ele, masnão encontro o contacto (…) é apa-nágio dos músicos. Que Deus con-ceda ao João Simão ainda muitosanos de vida e força para escrevercomo tem feito, com clareza, cora-gem e firmeza.»

No dia 28 – João Simão: «Venhoagradecer os parabéns pelo meu ani-versário. Fico sempre sensibilizadopor me terem "visitado" assim nomeu buraco aqui em Azurva. Ao JoséRamos Mendes quero dizer que te-nho muitas saudades de te ver e defalar contigo. Os tempos que passá-mos juntos não esquecem.»

Enviem o correio para:Urtélia SilvaR. Carlos Alberto Pinto de Abreu,

33 - 2º Esq.3040 - 245 COIMBRA

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Em memória do Eng.º AntónioManuel Marques de Sousa

página oficial na Internet: www.fraternitas.pt * e-mail: [email protected] * blogue: http://fraternitasmovimento.blogspot.pt * e-mail: [email protected] * página oficial na Internet: www.fraternitas.pt * e-mail: [email protected]

No dia 3 de Janeiro passado tive-mos a notícia da partida para a Casado Pai do nosso amigo António Ma-nuel Marques de Sousa.

Foi sempre uma pessoa de gran-de serenidade, preocupado com to-dos e com cada um, ladeado pela “sua Manuela” que sempre o acom-panhou com grande ternura.

Conheci-o ainda como Padre noexercício da Ordem e, como assis-tente do Movimento de casais de NªSenhora (equipes de que os meuspais faziam parte) de que ele foi as-sistente, e que eu admirei pela suapresença de grande tranquilidade esaber. Depois estive ausente de Por-tugal e nunca mais soube nada dele.

Quando surgiram os Retiros dePadres casados a convite do P. Fili-pe Figueiredo, nós - eu e o Vasco -fomos ao 1º Retiro realizado em Fá-tima e orientado pelo Sr. D. Serafim,e logo aí surgiu a ideia de se fazeremEncontros Regionais nas várias zo-nas do País, o que se efetivou noPorto em Fevereiro de 1997, onde oencontrei de novo com a sua MulherDrª Manuela Frada.

Começámos por um almoço numrestaurante ali perto, em comum,para de alguma forma nos irmos co-nhecendo, e tivemos esse Encontro

na Casa dos Jesuítas do Porto, quenos cederam uma sala.

Foi muito bom ouvir as suas pa-lavras de partilha de vida e de incen-tivo para que surgisse um Movimen-to que se veio a tornar a Fraternitas.O Casal esteve sempre presente ecolaborante em todas as acções e

encontros que fomos realizando noPorto

Depois em Fátima num Encon-tro-Retiro em Abril-Maio de 1998,Encontro em que participaram tam-bém, a sua presença e partilha de vidatornou-se de uma grande riquezapara nós todos.

Nós, o Vasco e eu tivemos a gra-ça de os visitar algumas vezes e sem-pre nos enterneceram com a sua ati-tude de preocupação e interesse emsaberem notícias de todos os queconheciam.

Partilhamos a alegria dos primei-ros netos gémeos que tinham nasci-do e se encontravam no estrangeiro,a alegria de terem voltado para Por-tugal e de os poderem “gozar” comoAvós.

Com os anos, surgiram as váriasdoenças do Eng. Marques de Sousa,algumas com bastante gravidade,sobretudo no coração, as quais ulti-mamente o foram levando a váriosinternamentos no Hospital de S. João,onde o Vasco, como Voluntário, ovisitou algumas vezes, embora nes-te último internamento não o tenhapodido ver, mas encontrava-se lácom a Manuela, que lhe dava notíci-as pormenorizadas e a quem trans-mitia o conforto possível.

Na nossa memória ficará sempreo sorriso constante para com todos,a solicitude em acompanhar a vidada Fraternitas e dos seus Sócios, emesmo quando deixou de poder fre-quentar Encontros e Retiros, o inte-resse constante pelo que se ia pas-sando. Duma extrema paciência paracom todas as doenças que teve quesofrer, deixou-nos essa marca de se-renidade e Paz que nunca poderemosesquecer.

Mais um “Santo” que intercedepor nós junto do Pai, demos Graçasa Deus!

OBRIGADOUm Muito Obrigado por Tudo! A Eucaristia foi muito digna e

bonita. Para isso também contribuíram, sem dúvida, as presenças (evozes!) de associados e amigos da FRATERNITAS. Sabemos que oAntónio Manuel está no Céu, unido a todos nós/vós!

Além da Sara e do David há, de facto, mais um neto, de 6 anos: oTiago Braga da Cruz Frada de Sousa. A mulher do António Manuel(filho), mãe da Sara, do David e do Tiago, chama-se Rita Braga daCruz. Um grande abraço fraterno e muito grato da,

Maria Manuela, António Manuel, RitMaria Manuela, António Manuel, RitMaria Manuela, António Manuel, RitMaria Manuela, António Manuel, RitMaria Manuela, António Manuel, Rita, Sara, Da, Sara, Da, Sara, Da, Sara, Da, Sara, Daaaaavid e Tiavid e Tiavid e Tiavid e Tiavid e Tiagogogogogo

Isabel e VIsabel e VIsabel e VIsabel e VIsabel e Vascascascascasco Fero Fero Fero Fero Fernnnnnandesandesandesandesandes

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O meu último encontro com esteirmão foi vivido na véspera do seufuneral num grande recolhimento,enquanto um grupo de amigos reza-va o terço juntamente com a sua es-posa, a nossa irmã Manuela Frada.Vivia-se aí um genuíno clima de fé eum ambiente contemplativo, que tra-duziam muito bem o traço maismarcante que eu retive deste amigo,durante o tempo em que ele era pre-feito no Seminário Maior do Porto eeu estava aí fazer os meus estudosde Teologia.

Enquanto António Manuel Mar-ques de Sousa exerceu a missão deeducador no seminário, eu nunca otive como prefeito. Por isso, o meuconvívio com ele foi muito escasso.Dele sabia que se tratava de umavocação que ao tempo se designavapor tardia, pois tinha vindo para oSeminário após ter concluído o seucurso universitário de EngenhariaCivil. Este percurso, raro naqueletempo, mostrava que a sua decisãopelo sacerdócio ministerial tinha tidouma límpida motivação de serviço àIgreja, pois naquela altura estaria aoseu alcance uma mais do que previ-sível carreira profissional de suces-so, na sociedade civil. Foi seguramen-te para dar resposta a inquietaçõesreligiosas profundas que ele se orde-nara presbítero, como se podia per-ceber pelos longos tempos que pas-sava em oração na capela do semi-nário. De facto, a imagem que deleme ficou era de uma pessoa com umaintensa vida contemplativa, que serefletia na sua postura de grande re-colhimento. Talvez por causa desseperfil modelado por uma exigentevida interior, não tinha uma relaçãopessoal muito próxima com os semi-naristas. Pressentia-se nele um certo

conflito interior que o levava a teruma relação pouco espontânea, nadadada a euforias de socialização. Adi-vinhava-se nele uma certa identida-de fragmentada por solicitações in-teriores de sinal contrário, talvezporque o espartilho do enquadra-mento institucional eclesiástico nãoestivesse a corresponder aos seusmais profundos impulsos interioresda fé nem às expectativas que o teri-am levado a ordenar-se.

Passaram-se décadas, até quevoltei a encontrar este nosso irmãonas reuniões nacionais doFraternitas. Percebi que nele se ti-nha dado uma grande transfiguração.Descobri nele uma faceta que nãomostrava, quando era para mim umsuperior hierárquico na comunidadeeducativa do Seminário. Fiquei sur-preendido de o ver agora como umirmão afável, carinhoso e próximo,que revelava uma impressionanteespontaneidade para partilhar con-nosco as narrativas das costuras davida. Mas percebi também que asmudanças determinadas pela sua vi-agem interior deram novos matizesde humanização ao traço de identi-dade que lhe descobrira nos idos dadécada de sessenta. Continuava a seralguém que procurava no silênciointerior a energia que faz dissipar o

nevoeiro das emoções fáceis e daspalavras vazias. Continuava a ter nacontemplação uma pacificação dascontrariedades do intelecto e das in-tempéries do sentimento. Continua-va a demandar os segredos íntimosda vida que não chega a dissolver-see que resiste a todas as corrupções.

Agora que o nosso amigo Mar-ques de Sousa entrou no tempo semtempo, retenho o alerta que este per-curso da sua vida deixa a cada umde nós, sempre condicionados pelaatual sociedade ativista e pragmáti-ca, em que tudo é previsto e balizado,sem deixar lugar para um verdadeiroencontro connosco e com os outros.Estar vivo, respirar em cada momen-to, é o milagre de cada instante quenós acabamos por banalizar de talmodo que acabamos por o subesti-mar. E todavia devíamos vivê-lo comuma alegria irreprimível, que nos fa-lasse de Deus, mesmo quando nosconfrontamos com experiências dasua ausência. Este ritmo iterativopontuado ao longo da nossa vidapode instilar em nós um silênciocontemplativo, que seja muito maisdo que não fazer ruído: aquele silên-cio que é voz da imensidade e mur-múrio da eterna presença, que oAntónio Manuel Marques de Sousaestará a contemplar.

Relembrando António Manuel Marques deSousa

Manuel AntónioManuel AntónioManuel AntónioManuel AntónioManuel António

Habita, agora, na pátria celeste,este sócio fundador nº 23. Percorra-mos primeiro a sua Ficha Individu-al. Nasceu em 12 de julho de 1926,na freguesia de S. Gião, concelho deOliveira do Hospital, diocese daGuarda. Ordenou-se presbítero, em3 de agosto de 1958, na diocese doPorto. Engenheiro civil casou-se, em

FLFLFLFLFLORILÉGIOORILÉGIOORILÉGIOORILÉGIOORILÉGIOenviado para [email protected] para [email protected] para [email protected] para [email protected] para [email protected]

18 de maio de 1969, com MariaManuela Pinto Félix Carneiro deFrada, residentes no Porto. Tiveramum filho. Existem 3 netos: o David ea Sara, gémeos de 8 anos e o Tiagode 6 anos. Deixou a condição de “es-trangeiro e peregrino sobre a terra ”em 3 de janeiro do corrente ano, diado Santíssimo Nome de Jesus.

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Excertos de mensagens recebidas:Janeiro 4, 2013 8:23 am«Soubemos que o Engenheiro re-

gressou à casa do Pai. Era um bomhomem, simples, simpático, amigo.Homem sério quis sempre transpa-rência, verdade. Sempre apreciei oseu sentido humano, discreto. Viveua simplicidade da consciência reta.Cumpriu o seu dever, realizou o Rei-no. Paz à sua alma, "no seio deAbraão". À sua família a nossa soli-dariedade.

A' partida' é condição da nossaexistência e assim testemunhamosAquele que nos chamou à vida, queé vida e nos garante a vida, emboranos deixe sujeitos a esta desagrega-ção material, para conseguirmos oespiritual de que nos fala São Paulo.Os valores, os princípios que nosmotivaram continuam reais, válidos.Só que esses valores são de outra or-dem. Hoje precisamos de nos dizer,uns aos outros, que não acreditamos

em vão, não corremos em vão.(…) se estiver de acordo, quando

for possível faça chegar esta mensa-gem aos nossos amigos em provação.Pedimos ao Pai que lhes faculte a luzque os ajude a manterem-se de pé.Estamos unidos, a caminho do Pai.

Um abraço amigo.»Joaquim Soares

Janeiro 4, 2013 11:42 am«Transmite os meus sentimentos

e da Maria José. (...) e confiemos emmais um intercessor no Céu.»

Fernando Félix

Janeiro 4, 2013 12:46 pm«Na "Casa do Pai" há muitas mo-

radas, Cristo o disse. Ele preparoucertamente para o nosso irmão An-tónio Manuel o lugar merecido. Porele e pela Manuela e seus filhos enetos a nossa prece e a nossa pre-sença solidária.»

Ramos Mendes

Janeiro 5, 2013 5:02 pm«Os nossos sentimentos de per-

da e de conforto para a Manuela etoda a família.»

Armando e Pamela

Janeiro 6, 2013«Não me foi possível ir ao fune-

ral, mas fui ao velório unindo-me àoração dos presentes e cumprimen-tando a sua esposa, estive presentena medida das minhas possibilidadese tenho-os presentes nas minhas ora-ções.»

Maria Beatriz Silva

«“Quando vier a multidão dosteus santos, Senhor, como gostariade estar no meio deles!”, segundo umcélebre cântico espiritual. Que aComunhão dos Santos reconforte osseus entes queridos e seja para to-dos nós estímulo de VIDA.»

Urtélia Silva

Extraordinariamente consolado e protegidoExtraordinariamente consolado e protegidoExtraordinariamente consolado e protegidoExtraordinariamente consolado e protegidoExtraordinariamente consolado e protegidopor uma força que, na fidelidadepor uma força que, na fidelidadepor uma força que, na fidelidadepor uma força que, na fidelidadepor uma força que, na fidelidadee no silêncio, me penetra,e no silêncio, me penetra,e no silêncio, me penetra,e no silêncio, me penetra,e no silêncio, me penetra,assim queria eu viver convosco estes diasassim queria eu viver convosco estes diasassim queria eu viver convosco estes diasassim queria eu viver convosco estes diasassim queria eu viver convosco estes diase convosco entrar num Novo Ano.e convosco entrar num Novo Ano.e convosco entrar num Novo Ano.e convosco entrar num Novo Ano.e convosco entrar num Novo Ano.Se o que há de velho em nósSe o que há de velho em nósSe o que há de velho em nósSe o que há de velho em nósSe o que há de velho em nósnos vier atormentarnos vier atormentarnos vier atormentarnos vier atormentarnos vier atormentare, se, nestes dias difíceis,e, se, nestes dias difíceis,e, se, nestes dias difíceis,e, se, nestes dias difíceis,e, se, nestes dias difíceis,se tornar mais pesado o nosso fardo,se tornar mais pesado o nosso fardo,se tornar mais pesado o nosso fardo,se tornar mais pesado o nosso fardo,se tornar mais pesado o nosso fardo,concede, Senhorconcede, Senhorconcede, Senhorconcede, Senhorconcede, Senhor,,,,,a este nosso coração receosoa este nosso coração receosoa este nosso coração receosoa este nosso coração receosoa este nosso coração receosoa Fa Fa Fa Fa Felicidade que Telicidade que Telicidade que Telicidade que Telicidade que Tu nos vieste prepararu nos vieste prepararu nos vieste prepararu nos vieste prepararu nos vieste preparar.....E já que nos estendes, a transbordarE já que nos estendes, a transbordarE já que nos estendes, a transbordarE já que nos estendes, a transbordarE já que nos estendes, a transbordar,,,,,o cálice amargo do sofrimento,o cálice amargo do sofrimento,o cálice amargo do sofrimento,o cálice amargo do sofrimento,o cálice amargo do sofrimento,tu bem sabes que, sem temertu bem sabes que, sem temertu bem sabes que, sem temertu bem sabes que, sem temertu bem sabes que, sem temer,,,,,TTTTTe queremos dar graçase queremos dar graçase queremos dar graçase queremos dar graçase queremos dar graçaspara, da Tpara, da Tpara, da Tpara, da Tpara, da Tua mão bondosa e amiga,ua mão bondosa e amiga,ua mão bondosa e amiga,ua mão bondosa e amiga,ua mão bondosa e amiga,o podermos aceitaro podermos aceitaro podermos aceitaro podermos aceitaro podermos aceitar.....Já que, uma vez mais,Já que, uma vez mais,Já que, uma vez mais,Já que, uma vez mais,Já que, uma vez mais,a Alegria nos queres oferecera Alegria nos queres oferecera Alegria nos queres oferecera Alegria nos queres oferecera Alegria nos queres ofereceraqui, neste mundo,aqui, neste mundo,aqui, neste mundo,aqui, neste mundo,aqui, neste mundo,debaixo do seu sol-a-brilhardebaixo do seu sol-a-brilhardebaixo do seu sol-a-brilhardebaixo do seu sol-a-brilhardebaixo do seu sol-a-brilhar,,,,,

queremos lembrar o nosso passadoqueremos lembrar o nosso passadoqueremos lembrar o nosso passadoqueremos lembrar o nosso passadoqueremos lembrar o nosso passadoe entregare entregare entregare entregare entregar-----TTTTTe inteiramentee inteiramentee inteiramentee inteiramentee inteiramentetoda a nossa vida.toda a nossa vida.toda a nossa vida.toda a nossa vida.toda a nossa vida.Que a chama que trouxesteQue a chama que trouxesteQue a chama que trouxesteQue a chama que trouxesteQue a chama que trouxesteà nossa escuridãoà nossa escuridãoà nossa escuridãoà nossa escuridãoà nossa escuridãoaqueça e ilumine, em silêncio,aqueça e ilumine, em silêncio,aqueça e ilumine, em silêncio,aqueça e ilumine, em silêncio,aqueça e ilumine, em silêncio,este nosso diaeste nosso diaeste nosso diaeste nosso diaeste nosso diae, se for possível,e, se for possível,e, se for possível,e, se for possível,e, se for possível,faz que nos encontremos de novo,faz que nos encontremos de novo,faz que nos encontremos de novo,faz que nos encontremos de novo,faz que nos encontremos de novo,pois sabemos que a Tpois sabemos que a Tpois sabemos que a Tpois sabemos que a Tpois sabemos que a Tua Lua Lua Lua Lua Luz brilhauz brilhauz brilhauz brilhauz brilhaem cada noite.em cada noite.em cada noite.em cada noite.em cada noite.Se o silêncio for mais amploSe o silêncio for mais amploSe o silêncio for mais amploSe o silêncio for mais amploSe o silêncio for mais amploe mais fundo ao nosso redore mais fundo ao nosso redore mais fundo ao nosso redore mais fundo ao nosso redore mais fundo ao nosso redor,,,,,deixa que nos atinja o toque íntimodeixa que nos atinja o toque íntimodeixa que nos atinja o toque íntimodeixa que nos atinja o toque íntimodeixa que nos atinja o toque íntimodo mundo que invisivelmente nos cercado mundo que invisivelmente nos cercado mundo que invisivelmente nos cercado mundo que invisivelmente nos cercado mundo que invisivelmente nos cercae que todos os Te que todos os Te que todos os Te que todos os Te que todos os Teus filhos possam, assim,eus filhos possam, assim,eus filhos possam, assim,eus filhos possam, assim,eus filhos possam, assim,cantarcantarcantarcantarcantar-----TTTTTe um hino de louvore um hino de louvore um hino de louvore um hino de louvore um hino de louvor.....Apoiados por esta força escondidaApoiados por esta força escondidaApoiados por esta força escondidaApoiados por esta força escondidaApoiados por esta força escondidaesperamos confiadamente tudo o que vieresperamos confiadamente tudo o que vieresperamos confiadamente tudo o que vieresperamos confiadamente tudo o que vieresperamos confiadamente tudo o que vier,,,,,porque Deus está connosco no amanhecerporque Deus está connosco no amanhecerporque Deus está connosco no amanhecerporque Deus está connosco no amanhecerporque Deus está connosco no amanhecere na noite plena,e na noite plena,e na noite plena,e na noite plena,e na noite plena,vivemos mais fundo esta certeza,vivemos mais fundo esta certeza,vivemos mais fundo esta certeza,vivemos mais fundo esta certeza,vivemos mais fundo esta certeza,em cada novo Dia.em cada novo Dia.em cada novo Dia.em cada novo Dia.em cada novo Dia.

(Dietrich Bonhöeffer)(Dietrich Bonhöeffer)(Dietrich Bonhöeffer)(Dietrich Bonhöeffer)(Dietrich Bonhöeffer)

PPPPPassagassagassagassagassagememememem

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Anthony Padovano, padre dis-pensado, teólogo, natural dos Esta-dos Unidos, foi presidente daCorpus, a associação de padres dis-pensados norte-americanos, sendoatualmente embaixador da Corpusjunto de organizações internacionais,como o movimento Nós Somos Igre-ja, a Federação Internacional de As-sociações de padres dispensados e aPlataforma Europeia para a Reno-vação do Ministério Católico, orga-nismo que foi formado a partir daFederação Internacional.

Na sequência da última reuniãodo movimento NSI Internacional,em Lisboa, escreveu este texto parao boletim da Corpus.

PACTO DAS CATACUMBASEsquecido durante muito tempo,

mas reconhecido recentemente, o“Pacto das Catacumbas” foi elabora-do nas semanas finais do Concílio Va-ticano II, em 16 de novembro de 1965,por 40 bispos que se reuniram nasCatacumbas de Santa Domitila emRoma e que acordaram testemunharcontra as vidas pomposas de muitosbispos e afirmar a simplicidade doEvangelho das origens da Cristanda-de. O Pacto compromete os bispos aviverem da mesma forma que a médiadas pessoas das suas dioceses e a es-colherem profissionais para adminis-trar as finanças de cada diocese. OPacto ecoa a opção preferencial pelospobres e o propósito do Vaticano II decriar uma Igreja solidária.

DOCUMENTO DOMINICANOEm 2007, quatro padres, pasto-

res e teólogos Dominicanos, daHolanda, divulgaram, com aprova-ção dos seus superiores, um docu-mento intitulado Igreja e Ministério.Nesse documento defendia-se que acelebração da Eucaristia é um direi-to batismal das comunidades, o qual

ultrapassa as limitações à presidên-cia da Eucaristia que não tenham aver com a natureza substancial doministério ordenado. O documentodefende que as paróquias não sãosupostas ser centradas no padre eque por isso não podem ser vítimasda ausência de padres. O VaticanoII reflete-se neste documento: a Igre-ja como Povo de Deus; os sacramen-tos e a Liturgia como património dacomunidade e o direito dosbatizados a atuarem segundo o seubatismo, a sua consciência e as suasnecessidades pastorais.

UM MANDATO TEOLÓGICOEm abril de 2011, um terço de to-

dos os professores de teologia em uni-versidades da Alemanha, Áustria eSuíça assinaram um documento a pe-dir a reforma da Igreja Católica e o di-álogo sobre o seu futuro. Às 144 assi-naturas iniciais, muitas outras se jun-taram de teólogos de todo o mundo.O documento pede diálogo sobre ofim do celibato obrigatório, a ordena-ção de mulheres e que os leigos sejamouvidos na seleção dos bispos.

Em 8 de junho de 2011, mais de160 clérigos da arquidiocese deFriburgo, Alemanha, assinaram umadeclaração a afirmar que adminis-tram a Comunhão a católicos divor-ciados e recasados, invocando ocânone que afirma que a salvaçãodas almas é a lei suprema.

APELO À DESOBEDIÊNCIAEm junho de 2011, Helmut

Schuller, antigo Vigário-Geral daArquidiocese de Viena, divulgou,em nome de 400 padres (um décimodo total), um apelo à desobediênciaem que se convidam leigos a pregar,se discute a ordenação, se acolhemcatólicos divorciados e recasados àComunhão e se apela ao diálogo so-bre o celibato obrigatório. Schuller

justifica o apelo com as exigênciasda pastoral.

POSIÇÕES DOS CARDEAISNa véspera da sua morte, o car-

deal Carlo Martini, de Milão, deuuma entrevista em que discordava dequem punha em questão as uniõescivis entre parceiros homossexuais;dizia que a Humanae Vitae fora um“erro grave”; via a negação da Co-munhão aos divorciados e recasadoscomo um “abuso de poder” e uma“injustiça”; afirmou que a Igreja“está 200 anos atrasada” e que “asnossas liturgias e vestimentos sãopomposos” e pedia que a Igreja dei-xasse de ser “receosa em vez de co-rajosa”. O cardeal Schonbrun, deViena, confirmou a eleição para umconcelho paroquial de um jovem ho-mossexual casado.

A reforma da Igreja não é umtema do passado mas do futuro. Ostemas em questão ecoam a compai-xão de Cristo.

A REUNIÃOO Movimento Internacional Nós

Somos Igreja (MINSI) foi fundadoem Roma em novembro de 1996para apoiar a Igreja enquanto comu-nidade de irmãos e irmãs, em que asmulheres participem plenamente emtodos os aspetos da vida da Igreja,em que não haja celibato obrigató-rio para os padres, em que haja umaavaliação positiva da sexualidade eda consciência e uma mensagem dealegria e inclusividade.

O MINSI reuniu em Lisboa de 26a 28 de outubro de 2012, com 22delegados da Áustria, Brasil, Dina-marca, França, Alemanha, Irlanda,Holanda, Noruega, Portugal, Espa-nha, Suécia e EUA.

Pedro Freitas, Presidentecessante do MINSI dirigiu a reuniãona qual falou a teóloga feminista

ORGANIZAR A ESPERANÇAAnthony TAnthony TAnthony TAnthony TAnthony T. P. P. P. P. Padoadoadoadoadovvvvvanoanoanoanoano

tradução e síntese: Francisctradução e síntese: Francisctradução e síntese: Francisctradução e síntese: Francisctradução e síntese: Francisco Monteiro Monteiro Monteiro Monteiro Monteirooooo

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ASSEMBLEIA GERALASSEMBLEIA GERALASSEMBLEIA GERALASSEMBLEIA GERALASSEMBLEIA GERALA realizar no dia 28 de abril de

2013, pelas 9h45, na Casa NossaSenhora das Dores (Santuário), emFátima, com a ordem de trabalhos:

1. Apreciação e votação da ataanterior.

2. Apreciação e votação do re-latórios de atividades de abril2012a abril 2013 e das contas doano de 2012. Leitura do Parecer doConselho Fiscal.

3. Apreciação e votação do pla-no de atividades de abril de 2013 aabril de 2014, e do orçamento para2013.

4. Reflexão: «Que Fraternitaspara que Igreja?»

5 - Outros assuntos.

ENCONTRONACIONAL

«««««Que Fraternitas quere-Que Fraternitas quere-Que Fraternitas quere-Que Fraternitas quere-Que Fraternitas quere-

mos, para que Igreja?mos, para que Igreja?mos, para que Igreja?mos, para que Igreja?mos, para que Igreja?

Casa Nossa Senhoradas Dores (Santuário), em

Fátima

Dia 26 de abril (6.ª-feira)20h00 – Jantar21h15 – Informações. Serão22h00 – Descanso

Dia 27 de abril (sábado)8h30 – Pequeno-almoço9h00 – Laudes10h15 – Encontro/grupos13h00 – Almoço15h15 – Encontro/grupos19h30 – Vésperas20h00 – Jantar21h15 – Tertúlia

Dia 28 de abril (domingo)8h30 – Pequeno-almoço9h00 – Laudes9h45– ASSEMBLEIA GERAL12h00 – Eucaristia13h00 – Almoço

Inscrições - Urtélia Silva:[email protected] | 914 754 706Tesouraria - Fernando [email protected] | 968 946 913

Teresa Toldy sobre “Devemos ficarou partir?” Como nova Presidentefoi eleita Martha Heizer, da Áustria,que é amiga e colaboradora deSchuller e do cardeal Schonbrun.

HISTÓRIA DO MINSIAo longo dos anos, o MINSI que

tem ligações com 41 países, tem fei-to uma reflexão teológica extensa eprofunda sobre a Igreja, organizan-do sínodos sombra, uma conferên-cia paralela ao Conclave de 2005, fa-zendo milhares de apresentações epublicando documentos e tomadasde posição, tais como um dossier de50 páginas relativo ao Concílio 50,uma celebração a ter lugar em Romaem 2015, 50.º aniversário da conclu-são do Vaticano II.

O MINSI está intimamente liga-do com a Rede Europeia, a Ordena-ção de Mulheres a nível Mundial e aFederação Internacional para a Re-novação do Ministério Católico(FIRMC). O MINSI tem feito um tra-balho considerável para a continua-ção do espírito do Vaticano II nosseguintes países:

Áustria: 1500 membros.Brasil: sobretudo no Nordeste,

com centenas de comunidades debase.

Dinamarca.França: muito influenciada pelo

Bispo Jacques Gaillot. Principais pre-ocupações: a Igreja não é um fim emsi mesma, mas existe para o mundo;direitos humanos; não violência. O

NSI – França está representada noConselho da Europa, em Estras-burgo onde regularmente toma po-sições sobre temas da reforma daIgreja.

Alemanha: tem desempenhadoum papel fulcral na forma como oMINSI se define e na formulação dasua agenda. Entre as suas priorida-des: direitos humanos, democracia,ecologia e pluralismo religioso.

Irlanda: em maio, a Associação depadres católicos juntou 1000 pesso-as no apelo pela igualdade dosbatizados e pela abertura de todosos ministérios às mulheres.

Itália: ADISTA, a principal agên-cia de informação nacional tem dadoapoio ao NSI – Itália nas suasatividades, designadamente no Pro-jeto Conclave em 2005. As relaçõesIgreja–Estado são objeto de particu-lar preocupação.

Holanda: principais preocupa-ções: comunidades de base, Igreja-Estado, eutanásia, direitos humanos.

Noruega: tenta ser afirmativa,mas não agressiva, objetiva mas nãopessoal no criticismo; no entanto,insiste no seu direito à liberdade deexpressão e ao pensamento crítico.

Portugal: começou em 1997. Nosúltimos dois anos organizou dez en-contros, habitualmente no Conven-to de S. Domingos (Dominicano),sobre: sacerdócio casado, direitosdos homossexuais e teologia da li-bertação. É muito ativo na RedeEuropeia.

África do Sul: está empenhado nodiálogo com os bispos e teve a suaprimeira reunião com a ConferênciaEpiscopal da África do Sul em se-tembro de 2012.

Espanha: está muito ativo naRede Europeia. Planeia realizar uma“Assembleia Universal do Povo Cris-tão” para celebrar o Vaticano II.

EUA: está intimamente associa-do com o consórcio de 20 organiza-ções nacionais e regionais que tra-balham em temas de reforma e jus-tiça, chamado Organizações Católi-cas para a Renovação (COR). Agrande maioria dos católicos nos

Pedro Freitas, que orientará o Encon-tro Nacional da Fraternitas

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O texto-formulário do chamadorescrito é um texto-resposta chapa-batida, quase igual para todos ospedidos de dispensa, exceptuando onome do requerente, o nome doPapa reinante, a data e a assinaturado Cardeal da Sagrada Congregaçãopara a Doutrina da Fé.

Enquanto texto em si mesmo, émuito ambivalente, podendo classi-ficar-se como uma conjugação decontrários, sobre o mesmo assunto:é, não é; pode, não pode. Como seos responsáveis da Igreja tivessem aprudência de dizer: ‘não sabemos seestamos a fazer o correcto, para ofuturo, e a entravar os caminhos doEspírito. Enfim: fecha-se a porta,mas abrem-se todas as janelas e res-piros. O que não será de admirar, sese tiver em conta os tempos imedia-tos pós-conciliares, que se viviam.

Recordo, por exemplo, porquepossuo gravação áudio, a homíliafeita, em 1969, pelo Bispo PadreConciliar Francisco Rendeiro, de sau-dosa memória, no dia da minha or-denação de presbítero, juntamentecom a de um colega subdiácono.Dizia ele, embora, pessoalmente,pendendo mais para a lei do celiba-to: “o celibato não está intimamen-te ligado com o sacerdócio de umamaneira absoluta, porque até a pró-pria Igreja de Cristo diz e ensina quepode ordenar sacerdotes casados.(…) E hoje fala-se muito nessa pos-sibilidade. (…) Apresentam-se atévantagens, que talvez houvesse, emordenar homens, sem os constituirem estado de consagração virginal.”

Recordemos também que, em1970, com 42 anos, Ratzinger, o ac-tual Papa, chegou a assinar um do-cumento conjunto de reflexão sobre

EUA não concorda com a políticada Igreja relativamente àcontraceção, ordenação de mulhe-res, celibato dos padres, direitos deorientação sexual e participação deleigos. Algumas iniciativas de setedas organizações integradas noCOR: Concelho Católico America-no adotou uma “Lei Católica de Di-reitos e Responsabilidades”.

“Chamada para a Ação” tem 25000 membros e está comprometidacom a reforma e a justiça social.

“Católicos pela Escolha” tentaredefinir a ética sexual; trabalha coma ONU.

Corpus é uma Comunidade cató-lica para a reforma e centra-se numsacerdócio inclusivo; começou em1974 e ajudou a criar o COR em1992; é muito ativo na Rede Euro-peia, MINSI e FIRMC.

Dignidade EUA tem vindo a tra-balhar há 40 anos para assegurar osdireitos das lésbicas, gays, bissexuais,travestis, transsexuais e transgéneros(LGBT), procurando desenvolveruma espiritualidade viável para osseus membros e apoiando-os legal-mente quando são discriminados.

Igreja Futura trabalha para man-ter as paróquias vivas e para expan-dir o conceito de sacerdócio.

Conferência para a Ordenação deMulheres (WOC) foi fundada em1975 e é a maior organização nacio-nal que procura ordenar mulheres emtodos os ministérios da Igreja.

CONCLUSÃOMuito do impressionante trabalho

desenvolvido pelos grupos de refor-ma católica contou com o apoio doMINSI. Todo este trabalho é conse-quência e complemento do Vatica-no II. “Tentámos fazer o nosso tra-balho respeitando a Igreja e a nossaconsciência, a nossa vocação e anecessidade da comunidade. Encon-trámos amizade e fé uns com os ou-tros.” Ansiamos pela celebração em2015 do “Concílio que, segundo cre-mos, nos convocou para novas defi-nições de nós próprios e mais pro-funda dedicação aos outros.”

Fernando NevesFernando NevesFernando NevesFernando NevesFernando Neves

os efeitos do celibato obrigatório,considerando-o como um entrave àplena acção pastoral e à plena reali-zação sacerdotal.

ANÁLISE DO RESCRITOA expressão redução ao estado

laical “reductionem ad statemlaicalem”, aparece duas vezes con-tra a expressão “ad statum laicalemredactus” (reconduzido ao estadolaical) , que aparece três vezes. E hámuita diferença no sentido das duasexpressões.

Na introduçãoO documento diz que o requeren-

te pediu a redução ao estado laicalcom dispensa de todas as obrigaçõesdecorrentes da sagrada Ordem (e daProfissão religiosa), inclusive dopeso de guardar a lei do sagrado ce-libato, sendo o mesmo conteúdo re-forçado no ponto 1.

Ora, no meu caso pessoal, segun-do fotocópia que guardo do requeri-mento original, eu pedi simplesmente– e parece que ainda bem, porque“sacerdos in aeternum” – as graçasda dispensa do exercício do múnusinerente ao Ministério Sacerdotal ea licença para poder contrair Matri-mónio Católico. E penso que, namaioria dos casos, se foi feito o pe-dido de redução ao estado laical, foimais por uma imposição formuláriado que por convicção e sentir do re-querente.

Sobre a expressão guardar a lei dosagrado celibato, convenhamos quenem sempre o sagrado é de origemdivina. Será, antes, uma criação doshomens do poder, em determinadoscontextos históricos, tendo em con-ta alguns dos seus interesses pesso-

O RESCRITO DE DISPENSADO EXERCÍCIO DA ORDEM

página oficial na Internet: www.fraternitas.pt * e-mail: [email protected] * blogue: http://fraternitasmovimento.blogspot.

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ais ou grupais.Foi contra este tipo de sagrado

que Jesus reagiu fortemente, peladesumanização que provocava.

Por exemplo, o Sábado – o sagra-do do mais sagrado que havia – édesmistificado por Jesus em Mat. 12(em dia de Sábado, com grande es-cândalo dos fariseus, os discípuloscolhem e comem espigas; David,com os seus homens, come os pãesda proposição o que só os sacerdo-tes podiam fazer; na sinagoga, nessemesmo dia de sábado, Jesus cura ohomem da mão ressequida; se umanimal cair no poço, em dia de sába-do, quem de entre vós não a irá bus-car?) e a obrigação de frequentar otemplo, na resposta à Samaritana, emJo. 4: Vai chegar o tempo em quenem neste monte, nem em Jerusa-lém, adorareis o Pai. (…) Os verda-deiros adoradores hão-de adorar oPai em espírito de verdade.”

E tantos outros sagrados contraos quais Jesus se insurgiu! Além dis-so, na escolha dos seus Apóstolos(sacerdotes, bispos), Jesus não olhouao seu estado civil de celibatário ou

casado. Não curou Ele a sogra dePedro? A conclusão é evidente: en-tão Pedro era casado. Veja-se tam-bém 1 Cor.9.

Por sua vez, a primeira comuni-dade cristã atentou contra outro sa-grado do mais sagrado e consagradoque havia: a circuncisão. Foi a cau-sa julgada no 1º Concílio de Jerusa-lém, com a seguinte conclusão: OEspírito Santo e nós próprios resol-vemos não vos impor mais outrasobrigações além destas, que são in-dispensáveis: abster-vos de carneimoladas a ídolos, do sangue, de car-nes sufocadas e da impudicícia.

Não fará o celibato obrigatório –note-se obrigatório - exactamenteparte dessa carne imolada a ídolos,com prejuízo para o santuário detantas consciências?

No seu ponto 3O rescrito diz que o sacerdote

dispensado deve ausentar-se dos lu-gares onde é conhecido como sacer-dote. Mas o Ordinário ou Superiorpode dispensar desta cláusula, se apresença do dito sacerdote não cau-

sar escândalo. Ora hoje, maior escân-dalo e incompreensão para a maio-ria do povo de Deus parece ser opadre homem-só, carregando consi-go, tantas vezes, frustrações que opodem fazer andar por caminhos tãoínvios.

Se, naqueles tempos, se falavaassim, compreende-se que esses es-cândalos não podem, hoje, ser senãodos do tipo farisaico. Alguém daCúria da minha Diocese deincardinação, há bem pouco tempome referiu - o que até me espantou,por desconhecê-lo - que, em 1976,quando as comunidades paroquiaisa que presidia tomaram conhecimen-to da minha resolução de contrairmatrimónio, uma delegação de repre-sentantes veio falar com o Bispo,pedindo-lhe que me deixasse conti-nuar a exercer o ministério, que acomunidade assumia a responsabili-dade de que nada me faltasse e àpresumível futura família. Foi tam-bém uma atitude semelhante – e tãobem conhecida porque muito bada-lada pela comunicação social -quetomou a comunidade paroquial a que

análise, comentários e considerações...

Sagrada Congregação para a Dou-trina da Fé

Excelentíssimo e ReverendissimoPai

O sacerdote da Diocese....nome… pediu a redução ao estadolaical com dispensa de todas as obri-gações decorrentes da sagrada Or-dem (e da Profissão religiosa), inclu-sive do peso de guardar a lei do sa-grado celibato.

O Ss.mo Sr. Nosso (nome de

batismo do Papa), por Divina Pro-vidência, (nome do Papa), no dia….,tendo presente o relatório do casofeito pela Sagrada Congregação paraa Doutrina da Fé, dignou-se anuir,por graça, segundo as seguintes Nor-mas:

1. O Rescrito abrangeinseparavelmente a redução ao es-tado laical e a dispensa das obriga-ções decorrentes das sagradas or-dens. Nunca é permitido ao reque-rente separar estes dois elementos,ou aceitar este e recusar o primeiro.

Se o requerente é religioso, oRescrito contem também a dispensados votos.

Além disso, o Rescrito, quantoseja preciso, leva consigo a absolvi-ção das censuras contraídas e alegitimação da prole.

Produz efeito a partir do momen-to da notificação pelo competenteprelado feita ao requerente.

2. Se o requerente é sacerdotediocesano , residente fora da sua pró-pria diocese, ou religioso, o Ordiná-rio do lugar de incardinação ou o

O RESCRITO

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presidia um padre da dita Diocese,quando se soube que ele tinha umafilha, de quem assumiu a paternida-de e com quem gostaria de convi-ver, para, juntamente com a mãe, aformar no seu processo educativo.Por isso, foi afastado e uma boa par-te da comunidade reagiu tão negati-vamente que só a força de interdi-ções canónicas fizeram com que osânimos tivessem mais ou menos deserenar.

E tantos outros casos, entretan-to acontecidos e sempre a aconte-cer, bem conhecidos das comunida-des e dos cristãos e da sociedade, emgeral, em que será mais o escândalofarisaico da hierarquia clerical, doque o escândalo propriamente dito– o autêntico, que Jesus reprovou,com a dureza da mó do moinho ata-da ao pescoço – por parte do povo.Veja-se e ouça-se o sentir das comu-nidades e do povo, em reportagenstelevisas, radiofónicas ou jornalís-

ticas, sempre que esses e outrosmomentos críticos acontecem noclero: o padre tem filhos que nãoassume, o padre vai casar-se ou opadre é pedófilo, etc.

Face à hoje notória escassez deministros ordenados que presidam àscomunidades, com aquela presença-partilha de vida da Fé, Esperança eCaridade, que seria a desejada (e nãoum passar de tempos a tempos parare/abastecer a estação de serviço.Entre rituais, sacramentos e sacra-mentais, horas gastas em deslocaçõese outras que tais, pouco tempo so-beja ao pobre do padre para o essen-cial: criar comunidade de Fé e Parti-lha, a partir do Amor de Deus e daPessoa de Jesus. E as comunidadessentem que tinham direito a isso,pois, até próprio Direito Canónicolho confere. E o que faz a hierarquia?Por questões de ordem disciplinar,entrava a acção do Espírito.

Superior religioso maior dará conhe-cimento da dispensa pontifícia aoOrdinario do lugar de residência ha-bitual do requerente e pedir-lhe-á, sefor o caso, que comunique o Rescritoao requerente e que conceda a ne-cessária delegação para a celebraçãodo matrimónio canónico. Se, porém,circunstâncias peculiares, aconse-lhem algo de diferente, o sobreditoOrdinário recorra à SagradaCongregração.

3. Espontaneamente, o sacerdo-te reconduzido ao estado laical e dis-pensado de todos os encargos ine-rentes ao sacerdócio, e muito mais osacerdote unido pelo matrimónio,deve ausentar-se dos lugares ondeseja conhecido o seu estado sacer-dotal. O Ordinário do lugar de resi-dência do requerente com o Ordi-nário próprio da incardinação ou

com o Superior maior religioso, decomum acordo, quanto preciso, po-derá dispensar desta cláusula conti-da no Rescrito, se se preveja que apresença do requerente dispensadonão ocasione escândalo.

4. No referente À celebração domatrimónio canónico, procure o Or-dinário que se abstenha de qualquerpompa ou aparato e que se faça napresença de um sacerdote aprovadoe sem testemunhas ou, se for neces-sário, cum duas testemunhas, sendoa acta arquivada no arquivo secretoda Cúria. Cabe ao Ordinário do lu-gar de residência juntamente com oOrdinário próprio, diocesano ou re-ligioso, determinar de que modo adispensa - e igualmente a celebraçãodo matrimónio - deva ser mantidaem segredo ou se possa comunicar,com as devidas precauções, aos fa-

miliares, amigos e empregadores dorequerente, para que seja respeitadaa boa fama do requerente, pelos di-reitos económico-sociais decorrentesdo novo estado de leigo e de casado.

5. Anote-se que deve ser consul-tado o Ordinário do lugar se e quan-do forem requeridas informações oudocumentos dos Livros de baptiza-dos da paróquia, quer do requerentequer da esposa.

6. O Ordinário, a quem competecomunicar o Rescrito ao requeren-te, exorte-o veementemente a queparticipe, por razão de congruênciacom a sua nova condição de vida,na vida do Povo de Deus, sejaedificante e se mostre amantíssimofilho da Igreja. Simultaneamente,porém, dê-lhe conhecimento de quea todo o sacerdote reconduzido aoestado laical e dispensado das obri-

No ponto 4«A celebração do matrimónio seja

sem pompa nem aparato: só osnubentes e o sacerdote aprovado,preferencialmente sem mais nin-guém, excepto duas testemunhas, seforem exigidas por lei civil. Mas oOrdinário pode permitir, com as de-vidas cautelas, a presença de famili-ares, amigos e empregador do sacer-dote dispensado, para obviar a suaboa fama.»

Ainda segundo o ponto 4, a actada celebração do casamento deveficar no arquivo da Cúria diocesana.Mas no ponto 5, se forem pedidasinformações ou documentos a par-tir dos livros de batizados da paró-quia do sacerdote ou da esposa, deveconsultar-se o Ordinário.

O ponto 6É o suprassumo de todo o

Rescrito, no campo das proibiçõesnão absolutas e taxativas:

O RESCRITO DE DISPENSA DO EXERCÍCIO DA ORDEM (continuação)

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a) Não exerça nenhuma função dasagrada ordem, excepto as referidasnos can. 882 e 892 par.2. Isto é, emperigo de morte de alguém, o sacer-dote dispensado, se para isso for so-licitado, mesmo estando presenteoutro/s sacerdote/s ou bispo, temobrigação e jurisdição para adminis-trar o sacramento da reconciliação/penitência/confissão. Como conci-liar isto, com o dito e redito logo naintrodução e no ponto 3 do rescrito:“…reduzido/reconduzido ao estadolaical com dispensa de todas as obri-gações decorrentes da sagrada or-dem? O padre dispensado é padre oué leigo? E, desde quando pode umleigo absolver pecados? Se o leigonão pode, então o padre não é redu-zido a leigo, mas continua, sim,presbítero, embora dispensado. Ima-ginemos, por exemplo, o que não sediria de um médico que, proibidopela Ordem de exercer a medicina,deixasse morrer à sua frente e na suapresença alguém para quem dispu-nha de recursos para salvar a vida.Mutatis mutandis, é o que se passacom o Sacerdote dispensado.

b) Não exerça qualquer função

litúrgica nas celebrações cum populo,onde a sua condição for conhecida.Então, onde a sua condição não forconhecida ou sine populo (bem sa-bemos que não há acção litúrgicasem povo, pelo menos espiritualmen-te presente – como outrora se diria)já pode exercer? E a reza doBreviário ou das Horas também não?E organista ou director do coro?

e) Não exerça a função de pro-fessor de Moral e Religião, em qual-quer escola. Todavia, o Ordinário, senão houver escândalo ou admiração,pode permiti-lo.

Tanto medo com o escândalo ouadmiração do povo – como atrás fi-cou dito - só podem hoje serfarisaicos.

Em conclusãoNão parece linguagem evangéli-

ca a contida no texto do Rescrito.Não é linguagem do sim-sim, não-não. Podemos ser vox clamans in de-serto, mas porque foi para a Verda-de (e Ela nos libertará) e para a ver-dadeira liberdade que o Espírito noschamou, não podemos deixar de di-zer o que escrevemos.

gações é proibido:a) exercer qualquer função da

ordem sagrada, excepto as contidasnos can 882 e 889 par.2 (do DirCanónico 1917);

b) fazer qualquer papel litúrgiconas celebrações cum populo, onde asua condição seja conhecida, e nun-ca homilia;

c) exercer qualquer ofício pasto-ral;

d) desempenhar cargo de Reitor( ou outro cargo directivo), de Di-rector espiritual e de Docente nosSeminários, Faculdades de Teologiae Institutos similares;

e) também exercer o cargo deDirector de Escola Católica ou deprofessor de religião em quaisquerescolas católicas ou seculares. Toda-via, o Ordinário do lugar, segundoseu juízo prudente, pode , em casos

particulares, permitir que o Sacerdo-te reconduzido ao estado laical e dis-pensado das obrigações inerentes àsagrada ordenação, ensine religiãonas escolas públicas, excepcional-mente também nas escolas católicas,conquanto não se tema escândalo ouadmiração.

Finalmente o Ordinario impo-nha-lhe alguma obra de caridade oude piedade. Oportunamente, procu-re com toda a brevidade informar aSagrada Congregação da execuçãorealizada, e providencie uma expli-cação prudente se surgir alguma ad-miração nos fiéis.

Sem efeito quaisquer coisas con-trárias.

Da Sede da S. C. para a Doutrinada Fé, no dia………

Assinatura do Prefeito

A notícia de que D. Ilídio Lean-dro, bispo de Viseu, quer contar comos padres casados para que interve-nham na preparação do sínodo en-che-me de esperança e alegria. Defacto os padres casados são deixa-dos no esquecimento, ignorados, pelaigreja oficial. A igreja é serva e po-bre, mas pródiga: deixa comunida-des sem a sua celebração eucarísti-ca, mas mantém-se orgulhosamentena observância de princípios discu-tíveis.

Também D. Manuel Martins feza ouvir a sua voz de sabedoria. Háuma esperança renovada? Há umrosto novo na igreja? A igreja sem-pre viveu entre a fidelidade ao Evan-gelho e a sua prática pastoral. Àsvezes, não coincidem e ganha rele-vo outros interesses ligados com asegunda.

Neste tempo, passa diante dosolhos coisas muito significativas: Je-sus nasce fora da cidade, é esperadopor muita gente mas recebido ape-nas por Maria, José e poucos mais...Também estes esposos vivem longedo bulício, dos archotes da cidade.Aparecem-nos Simeão e Ana quetambém não obtêm o consenso dosgrandes da terra. Não podemos es-quecer João Baptista.

A Fraternitas e os padres dispen-sados entram nesta linha: postos delado, mas não significa menor fideli-dade ao nosso Jesus. Há preocupa-ção, busca do Reino, no silêncio, napacatez da vida quotidiana, mas navivência de um amor divino, sempremais denso. Que o Senhor Jesus nes-te começo do ano nos abra caminhosnovos na Fé, nos ajude nesta aven-tura, nos dê coragem e força, parairmos sempre mais além. É evdenteque Maria já nos antecede nesta ca-minhada, Ela que "guardava muitascoisas no seu coração" nos ensine aesperar para compreender, se forpossível, melhor os mistérios do Rei-no. Fernando, para ti e tua família,para a Fraternitas, órgãos sociais esócios, simpatizantes, amigos, fami-liares... um santo e bom ano.

JoJoJoJoJoaaaaaqqqqquim Souim Souim Souim Souim Soaresaresaresaresares

Bem-hajam!

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Escreveu Frei Betto - escritor eassessor de movimentos sociais - em2012, a propósito de umaefeméride,o Dia da Mulher em8 de março:“Antes de celebrar o Dia da Mulhera 8 de março, há que comemorá-lo.Os dois verbos têm diferentes signi-ficados, embora frequentemente em-pregados como sinônimos. Celebraré promover cerimônia, destacar, tor-nar célebre, donde celebridade. Co-memorar é fazer memória, resgataro passado, atualizar lembranças.(….)”

Como tornar PRESENTE todase todos que direta e indiretamentecontribuíram para que a edição do“espiral” fosse possível ao longo des-tes cinquenta números? Ao aconte-cimento número 50 costuma associ-ar-se festivamente- celebrando e/ouhomenageando – as bodas de ouro.Começando pelo seu responsável doprimeiro número (dezembro de 1999)

ao vinte e um/vinte e dois (outubrode 2005/março de 2006) – AlbertoJosé Macedo Osório de Castro, aoseguinte e atual (1º trimestre de2013) - Fernando Jorge FélixFerreira, percorrendo os artigos detodas e todos que nele colaboraram,como maniFESTAr a gratidão deuns pelos outros?

E os editoriais dos quatro presi-dentes convidavam a espiralar o bo-letim.

Que excertos do ESPIRAL nestaefeméride?

Segue uma selecção até à retira-da do Alberto Osório, dando tributoao seu caboqueiro.

Nº 1- dezembro de 1999, edi-torial de João Simão:

«(…) Não menos certa, por de-correr da condição de ser vivo, é amudança.(…) Mudar não significa

perder o norte, é principalmente ca-minhar para um ideal de perfeição.No Povo de Deus a mudança opera-se sempre para melhor. (…) Na Igre-ja, onde é tradicional o atraso de umageração no acompanhamento dasmudanças sociais operadas na soci-edade civil, nós estamos em condi-ções de sermos um factor de mudan-ça. (…) Nós cristãos sabemos que aevolução é presidida pelo EspíritoSanto, que sopra onda quer, emboranão pelos tubos que Lhe oferecemos.Por isso devemos ser homens de es-perança. (…) Para nós um regressoao passado não é possível e o futurodepende da acção de cada um denós, quer individualmente, quercomo membros da Fraternitas.»

Nº 6- setembro de 2001, “bre-ves”, pág. 3, por Albero Osório:

«Este nosso Boletim continua aser teu! É certo que também depen-

Espiral nº 50

(CO)MEMORANDO!

PPPPPeregrinoseregrinoseregrinoseregrinoseregrinosCelebramos o número 50 do Es-

piral, como celebramos as Bodas dePrata do Vaticano II. Celebramos anossa vida de peregrinos. E servimo-nos de uma bela reflexão do cardealJosé Policarpo:

«Bento XVI proclamou um Anoda Fé, para comemorar o quinqua-gésimo aniversário da abertura doConcílio Vaticano II.

(…) O Santo Padre apresenta afé como uma porta "que introduz navida de comunhão com Deus e per-mite a entrada na sua Igreja". É umaporta sempre aberta para nós "a atra-vessar aquela porta implicaembrenhar-se num caminho que duraa vida inteira" (n01). "É preciso

redescobrir o caminho da fé para fa-zer brilhar, com evidência sempremaior, a alegria e o renovado entusi-asmo do encontro com Cristo" (n02).

No nosso caso de sacerdotes esteencontro com Cristo é muito profun-do: além de chamados a participarda sua vida nova, "na graçabaptismal, Ele associou-nos ao seuministério de amor à Igreja. Em cadaacto do nosso ministério, há um en-contro de amor, através de nós, Cris-to ama a Igreja. Ecoa em nós aquelaPalavra que lembra aos homens queDeus os ama, que não desistiu de-les. No nosso ministério descobrimo-nos a caminho, peregrinos da Pátriadefinitiva, não isoladamente, mascom a Igreja, o Povo do Senhor.Ouçamos o Papa Bento XVI: "AIgreja no seu conjunto, e os Pastoresnela, como Cristo devem pôr-se a

caminho para conduzir os homensfora do deserto, para lugares da vida,da amizade com o Filho de Deus,para Aquele que dá a vida, a vidaem plenitude" (n02).

A fé não é, apenas, uma atitudeda inteligência, é um projecto devida, uma exigência de santidade. Éesse o longo caminho da nossa pere-grinação, por onde se entra pela fé.Dessa aventura de vida nova, o pró-prio Cristo afirmou: "Eu sou a Por-ta" e "Eu sou o Caminho", para umavida que é Ele próprio: "Eu sou aVida". Há, assim, uma afinidade ín-tima entre a fé e Jesus Cristo. A ca-minhada da fé é feita com Jesus Cris-to, vivendo como Ele vive e comoquer que vivamos.

Texto completo em:http://agencia.ecclesia.pt/

cgi-bin/noticia.pl?id=92357

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«Quem se obriga a amar, obriga-se a padecer», diz o provérbio por-tuguês. Quando se tem alguém aquem se ama muito, ternamente, so-fre-se quando, a nosso ver, nos pa-rece que algo não está bem com esseente a quem queremos tudo de bom(usa-se agora muito)… como sendoalgo ou alguém de nós, do nosso san-gue, com quem convivemos, recebe-mos e damos algo, mutuamente, epor quem continuamos a interessar-nos e a acompanhar, de perto ou delonge, como nos for possível – masdo coração, com o intelecto queDeus nos deu e com a alma!

É o que, desde há muito e cadavez mais se passa ao pensar na “mi-nha” (desculpem, é uma maneira dedizer) Igreja: – ao vê-la passar… aover como tantos meus irmãos e ami-gos e Seus filhos passam por Ela –“Mãe e Mestra” – ou dela se desvi-am, se afastam, como se d’Ela nadatenham recebido, ou fosse alguémestranha, ou estrangeira e de outroplaneta; de quem nada esperam, comquem nada querem, por nada lhesdizer na vida.

Sinto, como Seu filho grato eamante, de quem continuo a beberágua do Rochedo e a ser sustentadocom leite e mel e o maná do Seu Fi-lho Eucarístico, que esta “minha” seIgreja rejuvenescesse, frutificasse(ou se santificasse) para continuar adar a Luz das nações e Salvação atodo o mundo – ainda que para tal(e a Ele peço a absolvição e milhõesde perdões…) Sua Santidade se fi-zesse “renovar”, o ColégioCardinalício também; a Igreja se in-comodasse mais com a falta de paz,de que Jesus tanto falou e que tantodesejou: «A paz esteja sempre con-vosco!»

Que a Igreja seja a nova gruta deBelém, onde todos lá reentrassem ese reencontrassem.

José SilJosé SilJosé SilJosé SilJosé Silvvvvva Pinta Pinta Pinta Pinta Pintooooo.....

A Igrejaque eu amode do dinamismo (ou ausência do

mesmo…) de quem dele está comoresponsável. Só te pedimos: partilhaos teus dons, os teus escritos, as tuasideias, as tuas críticas, as tuas …Partilha!»

Nº 13/14, outubro de 2003,“Nota do Responsável”, pág. 3:

«Este é um número especial, (…).Tal prende-se directamente com oinesperado passamento do nossoquerido Padre Filipe.(…) Julgamosprestar, assim, uma justa homenagemao homem de Deus quevisionariamente, entre nós, tambémse lançou na “recuperação” dos qua-lificados mas ostracizados baptiza-dos que, tendo recebido da Igreja,Mãe e Mestra, o sacramento da Or-dem, mas que, por razões diversas,tendo constituído família, ou não,haviam optado pelo seu não exercí-cio directo e efectivo, aí estavam …na praça e sem contrato (Mt 20, 3),alheios uns dos outros, que não domundo nem da Igreja a quem amam.

Não teremos nem a última, nema melhor palavra, pois esta, certa-mente, já lha deu o Senhor a Quemele, como bom servidor (Lc 17, 10),devotada e denodadamente serviu:“Entra no gozo do teu Senhor” (Mt25, 21).»

A. Osório, Nº 20, julho/Setem-bro de 2005, “ecos do…”, pág. 7:

N.E: temos recebido mensagensde alguns dos senhores bispos que,agradecendo, tecem comentários aonosso boletim. Eis as mais recentes.”Depois de agradecerem a oferta doboletim, acrescentam:

“(…) e felicito-o [Vasco] pelaconfiança depositada na sua pessoapelos membros da Associação, e façovotos para que possa ajudar todos aencontrar o seu lugar na Igreja, comomembros de pleno direito, sempreprontos para o serviço aos irmãos.”António Vitalino

“ Permite-me contactar com umarealidade viva da nossa Igreja eacompanhar os caminhos da Asso-

ciação com fraterna estima e atentaoração.”

Carlos Azevedo“(…) e a solidarizar-me, na co-

munhão de Igreja, com o que oVasco tão rectamente sublinhou noEditorial. Só com Comunhão e Amordo Evangelho, e com as pessoas con-cretas do nosso dia-a-dia, é possíveldar «razões de Esperança.» É neces-sário escrever, comprometendo-noscom este serviço de Honra! Desejoa todos a prossecução feliz dumacaminhada-movimento onde a fra-ternidade é sinal e fascínio. Não hámelhor carta de apresentação!”

Januário Torgal Ferreira. “(…), com votos de que conti-

nue a ser um bom instrumento deligação e formação.” Manuel Falcão

. “(…) que li de fio a pavio comosempre. Convenço-me que nada lhevai faltar para continuar no mesmoritmo. Que o nosso Deus os aben-çoe e que o vosso e nosso desejo setornem quanto antes numa atitudeda mãe Igreja.”

Manuel Martins

Nº 21/22, outubro de 2005/março de 2006, em “Nota do Edi-tor”, pág. 10:

«(…)Mas importa repensar osmoldes do nosso boletim e, princi-palmente, julgo chegado o momen-to de se proceder à minha substitui-ção. (…) é importante renovar. Va-mos pensar e andar para a frente!»

Ontem (setembro de 2001, es-piral n.º 6, pg. 3), como hoje (1º tri-mestre de 2013), como amanhã (quefuturo?! ...), voltemos ao seu primeiroeditor, Alberto Osório, não sem an-tes lhe declararmos , e ao seu su-cessor e atual editor, Fernando Félix– a nossa profunda gratidão: «Estenosso Boletim continua a ser teu! Écerto que também depende do dina-mismo (ou ausência do mesmo…) dequem dele está como responsável.Só te pedimos: partilha os teus dons,os teus escritos, as tuas ideias, astuas críticas, as tuas … Partilha!»

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A Fé conforont a-se com bloqueios

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DDDDD. Manuel Clemente, bispo do Por. Manuel Clemente, bispo do Por. Manuel Clemente, bispo do Por. Manuel Clemente, bispo do Por. Manuel Clemente, bispo do Portttttooooo

Há um espaço na blogosfera para a partilha e

reflexão da Fraternitas:

http://fraternitasmovimento.blogspot.com

Visite. Deixe comentário. Mande mensagens para

[email protected]

A exortação apostólica pós-sinodal Ecclesia in Europa,de 2003, mereceria mais atenção da nossa parte. Sempre quea releio, noto-lhe o eco da Gaudium et Spes, quatro décadasdepois. Começa também com uma leitura dos sinais dos tem-pos, para sugerir de seguida o que a Igreja há de ser e fazerno novo contexto. Trata-se de herança conciliar em sentidopleno. Olha para o “velho” continente e não demora em con-cluir: «De facto, os nossos dias, com todos os desafios quenos lançam, apresentam-se como um tempo de crise. Muitoshomens e mulheres parecem desorientados, incertos, sem es-perança; e não poucos cristãos partilham estes estados de alma.Numerosos são os sinais preocupantes que inquietam, ao iní-cio do terceiro milénio, o horizonte do continente europeu…»(Ecclesia in Europa, 7).

“Preocupantes”, são agora os sinais dos tempos. E a exor-tação apostólica enumera alguns: a “crise da memória e he-rança cristãs” (ibidem), tão coincidente com a quebra culturalacima anotada; o “medo de enfrentar o futuro” (EE, 8),porque dificilmente se projeta sem base e sem encosto; a “frag-mentação da existência” (ibidem), própria dum ego semamarração externa e interna; o “enfraquecimento progressi-vo da solidariedade” (ibidem), que a remete para as institui-ções específicas; e, mais radical ainda, “uma antropologia semDeus e sem Cristo” (EE, 9), qual “apostasia silenciosa”, ou“nova cultura”. Muito problemática, esta: «Estamos peranteo aparecimento duma nova cultura, influenciada em larga es-cala pelos mass-media, com características e conteúdos fre-quentemente contrários ao Evangelho e à dignidade da pes-soa humana. Também faz parte de tal cultura um agnosticismoreligioso cada vez mais generalizado, conexo com um relati-vismo moral e jurídico mais profundo que tem as suas raízesna crise da verdade do homem como fundamento dos direi-tos inalienáveis de cada um» (ibidem).

A estes “sinais preocupantes”, a exortação apostólica nãodeixou de contrapor alguns “sinais de esperança”, conside-rando-os outras tantas marcas do «influxo do Evangelho deCristo na vida da sociedade» (EE, 11). E especificou: a liber-dade da Igreja no Leste europeu, a concentração na missãoespiritual e na evangelização, a maior consciência dos batizadosquanto aos seus dons e tarefas e a maior presença da mulhernas estruturas e setores da comunidade cristã (cf. ibidem).Não é difícil apurar a coincidência destes pontos com as ve-rificações e expectativas da Gaudium et Spes – especialmentenos seus números 40 a 45, dedicados à «missão da Igreja nomundo do nosso tempo». Mas a persistência das análises sópode motivar-nos para uma correspondência eclesial maisexpedita. Tal correspondência, incidindo na vida interna e ex-terna da Igreja, ou melhor, redefinindo a sua vida interna no

sentido da missão e da nova evangelização, só poderá tercomo suporte a comunidade cristã nas suas váriasconcretizações, a que poderemos chamar o sujeito comunitá-rio da evangelização. Como estipulou em 1988 outra exorta-ção apostólica pós-sinodal, também em direta decorrênciaconciliar: «É urgente, sem dúvida, refazer em toda a parte otecido cristão da sociedade humana. Mas, a condição é a derefazer o tecido cristão das próprias comunidades eclesiais…»(Christifideles Laici, nº 34).

A este propósito, a Ecclesia in Europa esclarece e detalha:«O Evangelho continua a dar os seus frutos nas comunidadesparoquiais, no meio das pessoas consagradas, nas associaçõesde leigos, nos grupos de oração e de apostolado, nas diversascomunidades juvenis, e também através da presença e difu-são de novos movimentos e realidades eclesiais. De facto, emcada um deles o mesmo Espírito consegue suscitar renovadadedicação ao Evangelho, generosa disponibilidade para oserviço, vida cristã caracterizada por radicalismo evangélico ezelo missionário» (EE, 15). Inegavelmente, a paróquia conti-nua a ter um papel central, em termos de vizinhança e ritmocristão da vida para o comum dos crentes. Tem a força demilénio e meio de progressiva existência e a debilidade de ternascido sobretudo em meio rural, que dificilmente se projetatal e qual em meio urbano e, ainda mais, de urbanização mas-siva. A Ecclesia in Europa crê que, «embora carecida de cons-tante renovação», a paróquia «é capaz ainda de proporcionaraos fiéis o espaço para um real exercício da vida cristã e serlugar também de autêntica humanização e sociabilização, querno contexto dispersivo e anónimo típico das grandes cidadesmodernas quer em zonas rurais com pouca população» (15).

Renovação paroquial que passará pela sua tessitura inter-na, em termos de “comunidades de comunidades” e “famí-lia de famílias”, para usar expressões típicas do pontificadowojtyliano; passará também pela necessária cooperação inter-paroquial, no esquema de “unidades pastorais” ou outro se-melhante; e contará decerto com a cooperação que podemoferecer «os novos movimentos e as novas comunidades ecle-siais» que, sempre segundo a Ecclesia in Europa e as propos-tas sinodais que lhe subjazem, «ajudam os cristãos a viveremmais radicalmente segundo o Evangelho; são berço de diver-sas vocações e geram novas formas de consagração; promo-vem sobretudo a vocação dos leigos e levam-na a exprimir-se nos diversos âmbitos da vida; favorecem a santidade dopovo; podem ser anúncio e exortação para muitos que deoutro modo não se cruzariam com a Igreja; frequentementeapoiam o caminho ecuménico e abrem sendas para o diálo-go inter-religioso; servem de antídoto contra a difusão dasseitas; são de grande ajuda para irradiar vitalidade e alegria naIgreja» (EE, 16). Também nestes pontos se recebe a herançaconciliar, assim expressa, por exemplo, no decreto sobre oapostolado dos leigos: «Os cristãos devem exercer o seuapostolado unindo os seus esforços. Sejam apóstolos tantonas suas famílias como nas suas paróquias e dioceses – co-munidades que exprimem a natureza comunitária doapostolado -, e também nas associações e grupos que livre-mente resolverem formar» (Apostolicam Actuositatem, 18).