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Purificao de
Carboidratos
Disciplina: Bioqumica de Carboidratos
Profa Dra Marisa A. Nogueira Diaz
Anlise de Carboidratos
Polissacardeos Oligossacardeos
Hidrlise cida total, derivatizao e Cromatografia gasosa
Composio de monossacardeos
Metilao Posio das ligaes glicosdicas
Hidrlise enzimtica com glicosidases especficas
Sequncia de monossacardeos
Posio das unidades monossacardicas
RMN e espectrometria de massa
Confirmao dos dados de metilao
Posio e configurao das ligaes glicosdicas
Mtodos baseados em caractersticas fsico-qumicas das biomolculas:
1. Tamanho Massa Densidade (ex: centrifugao, dilise, gel-filtrao)
2. Carga eltrica (ex: cromatografia de troca inica, eletroforese)
3. Solubilidade ou hidrofobicidade (ex: cromatografia em papel, fase reversa)
Mtodos baseados em afinidade biolgica, que exploram a interao entre
duas molculas:
4. Cromatografia de afinidade (pressupe que uma das molculas do par que
interage um reagente de fcil obteno, disponvel comercialmente)
Mtodos de Isolamento de Biomolculas
Que caractersticas devem ter as resina cromatogrficas para
possibilitar separaes de molculas baseadas em diferentes
propriedades ?
Cromatografia de permeao em gel ou gel-filtrao:
separao de molculas pela massa molecular
gis so porosos, funcionando como peneiras ou filtros
Cromatografia de troca inica:
separao de molculas pela carga eltrica
gis apresentam grupos carregados positiva ou negativamente
Cromatografia de partio (fase reversa ou hidrofbica):
separao de molculas pela solubilidade relativa em meio aquoso
gis possuem carter hidrofbico
Cromatografia de afinidade:
separao de molculas pela capacidade de interagir com um ligante
gis possuem ligante especfico ligado covalente resina
Oligo e polissacardeos podem ser purificados por mtodos cromatogrficos como: Excluso ou gel filtrao Troca inica HPLC Eletroforese Eletroforese capilar
Purificao de Carboidratos
Funcionamento Bsico de uma Coluna Cromatogrfica
Uma coluna um tubo cilindrco aberto nas duas
extremidades e preenchido com a resina ou matriz ou gel
cromatogrfico. A coluna constantemente alimentada
com lquido (tampo/solvente), banhando a resina e
forando o contacto desta e as molculas que esto
sendo analisadas.
Co
nce
ntr
ao
Tempo ou volume
Coletor de
fraes
Tempo 1
Mais solvente
colocado na
coluna, forando
os componentes
da amostra a
interagirem com a
resina
Componentes da
amostra se separam
e saem da coluna
com diferentes
volumes de solvente
Tempo 2 Tempo n
Lquido que
sae da
coluna
recolhido em
tubos de um
coletor de
fraes
Os componentes da mistura so separados
por interao diferenciada com a resina, com
base em propriedades moleculares como:
massa molecular
carga eltrica
solubilidade
afinidade
Um cromatograma, como o
grfico ao lado, a maneira usual
de se representar o resultado de
uma cromatografia.
Amostra com
diferentes
componentes
Resina
embebida
em
solvente
Tempo zero
Abaixo est representado o esquema geral de uma cromatografia:
Compostos separados
Tampo
poroso
Amostra
Cromatografia Centrnfuga (Chromatroton)
Chromatotron
uma cromatografia em camada
delgada preparativa e acelerada
centrifugamente. Substitui as
CCD preparativas, pequenas
colunas e HPLC. Com
dimensies ~ 30 cm.
A amostra a ser
separada aplicada
como uma soluo
no centro do disco
giratrio umedecido
com o solvente.
A eluio com solvente gera
bandas circulares de separao
dos componentes que so
removidos juntamente com o
solvente para um tubo de
recepo.
Cromatografia de excluso ou
gel filtrao
Cromatografia de gel filtrao ou peneira molecular
gros (beads) da
resina com poros
gro da resina poroso
amostra grande
amostra pequena
Solvente
empurra
molculas
atravs da
resina
tubos
Na gel-filtrao, os carboidratos que penetram nos poros da resina precisam diferentes
volumes de solvente para sarem da coluna, conforme suas massas moleculares, percorrendo os
canais internos dos gros. Quanto maior o nmero de gros que cada molcula entra durante o
percurso atravs da coluna, maior o volume necessrio para sua sada.
Compostos maiores que o dimetro dos poros no so separadas e saem da coluna com
pouco solvente, correspondente apenas ao volume da coluna externo aos gros, tambm chamado de
volume morto (Vo).
Compostos menores que o dimetro dos poros no so separadas e saem da coluna com
um volume de solvente correspondente ao volume interno (Vi, volume total menos o volume do prprio
gel).
Molculas com massas diferentes
Fluxo do solvente
Cromatografia de troca inica
Cromatografia de troca inica
A resina para cromatografia de troca inica apresenta carga eltrica,
positiva ou negativa, em uma ampla faixa de pH.
Trocadora de nions Trocadora de ctions
DEAE CM
Existem dois tipos bsicos: resinas trocadoras de nions (possuem carga
positiva), como o dietilaminoetil (DEAE)-celulose e resinas trocadoras de ctions
(possuem carga negativa), como o carboxi-metil (CM)-celulose
- -
-
- - - -
O grfico mostra que essas resinas mantm suas cargas em uma
ampla faixa de pH. Assim, o DEAE-celulose pode ser utilizado em pH
abaixo de 10, enquanto que o CM-celulose utilizado em pH acima de
4, condies em que pelo menos 50% dos grupos dessas resinas
esto carregados.
Cromatografia de troca inica
Como funciona a Cromatografia de Troca Inica
A cromatografia de troca inica
compreende duas etapas:
1) adsoro das amostras com
carga contrria resina, e sada
da coluna das amostras com a
mesma carga;
2) eluio das amostras
adsorvidas.
Para a eluio, as condies de
adsoro da coluna (pH ou fora
inica) so alteradas para
neutralizar a interao entre as
amostras e a resina.
Adsoro
Molculas com a mesma carga,
ou sem carga, no interagem com a
resina, sendo as primeiras a sair da
coluna.
No exemplo, como funciona uma resina catinica ou
trocadora de nions, como o DEAE-celulose):
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+
+ +
+
+
+
+
+ +
+
+
+
+
Eluio
+
+
+
+
+
+
+
+
Adio de sal ao tampo
resulta em competio
entre os ons em soluo e
as molculas adsorvidas
na resina.
Na+Cl- +
Na+Cl- +
Carboximetil~celulose
(trocadora de ctions) Dietilaminoetil~celulose
(trocadora de nions)
Duas Modalidades de Cromatografia de Troca Inica
_
=
= _
+
+ + + +
(+)
(+)
(+)
(+)
0. 10 M
0. 15 M
0. 20 M
Eluio NaCl
No retidas
DEAE
Eluio NaCl
No retidas
+ +
0. 10 M
0. 15 M
0. 20 M
+
(-)
(-)
(-)
+ + +
_ =
= _ (-)
CM
HPLC
HPLC: high performance (pressure) liquid chromatography
Inicialmente desenvolvida para cromatografia de fase reversa em coluna, hoje em
dia abrange aplicaes para todos os tipos de cromatografias.
Caracterstica diferencial da cromatografia convencional:
partculas de resina com dimetro muito pequeno (poucos microns)
aumento da eficincia da separao em funo do nmero maior de gros de
resina em um mesmo volume da coluna
fase mvel - necessita bomba de alta presso para ter fluxo atravs da
coluna
Desenho bsico de um HPLC
bombas Injetor de
amostra
Coluna e
forno
Coletor de
fraes
Detector
Controle e
anlise dos
dados
Duas bombas permitem eluio em
gradiente
Detector: ndice de refrao, absorbncia
UV ou Vis, fluorescncia, etc.
Coluna pode ser aquecida para melhorar a
eluio diferencial na fase reversa
Manual
Automtico
CN Fenil NH2 C4 C8 C18
Reteno na coluna: aumenta com o tamanho da
cadeia
Condio de equilbrio: em meio cido
(0.1% de cido trifluoroactico) para
aumentar hidrofobicidade (protonar as
carboxilas)
Eluio com gradiente crescente de solvente
orgnico miscvel com gua - acetonitrila,
metanol, propanol
Fase reversa: resinas de slica derivatizadas com hidrocarbonetos de 2 C a 18 C
Fase estacionria Funo
C18 Si (CH3)2 C18 H37
C8 Si (CH3)2 C8 H17
tC2 Si C2 H5
Aminopropyl Si (CH2)3 NH2
Cyanopropyl Si (CH3)2 (CH2)3CN
Diol Si (CH2)3 OCH2CH(OH)CH2OH
Ab
sorb
n
cia
a 2
14 n
m
Tempo ou volume de reteno
% d
e a
ceto
nit
ril
a
100 Molculas
no retidas Molculas
retidas
Cromatograma de uma coluna de fase reversa, com eluio por um gradiente de acetonitrila
Fases Estacionrias
Colunas
Dimetros 15 21,2 30 50 mm
Tamanho de 50 600 mm
Partculas de 10 e 15 m
Vrias fases disponveis
Para processos de Purificao
Dimetros 4.6 X 250 mm
Partculas de 5 10 20
Tamanho de poro 50 a 10^6
Fases: C5 C18 C8 CN
SILICA PHENYL NH2 SCX
Para processos analticos
Tipos de Colunas
Analticas e semi-preparativas
Preparativas
Bombas
Isocrtica
Gradiente
Quando se usa um s eluente
Quando se usa mais de um
eluente
Detectores
UV/VIS Fluorescncia ndice de Refrao
Eletroqumico Condutividade
Cromatografia Lquida/Espectrmetro de Massas
LC/MS
Cromatografia Lquida/Espectrmetro de Ressonncia
LC/RMN
Chromatographic separation
of oligosaccharides
HPLC RI chromatograms:
(A) standard 100 mg/L, (B)
sample B, (C) sample B
spiked with tetraose
(3 mg/L) and (D) sample B
spiked with pentaose (3
mg/L).
Eletroforese Capilar
Envolve a aplicao de alta voltagem,
tipicamente 5 a 30 kV em um capilar de dimetro
reduzido gerando correntes na faixa de 10 a 100
mA.
As separaes em EC so baseadas na
presena de um fluxo eletricamente induzido,
denominado fluxo eletroosmtico (FEO),
um fenmeno eletrofortico que gera o
fluxo da soluo dentro do capilar, que faz com
que os solutos se movimentem em direo ao
detector.
Este fluxo pode reduzir significativamente
o tempo de anlise ou forar um on a reverter a
sua tendncia de migrao em direo a um
eletrodo, pelo qual est sendo atrado, devido
ao sinal de sua carga.
Fluxo Eletroosmtico
A parede do capilar de slica contm grupos
silanis (SiOH) os quais se ionizam (SiO- + H+)
quando em contato com solues tampo com pH
altos.
Esta dissociao produz uma superfcie
carregada negativamente. Uma camada de contra-
on (ctions) ento formada prxima parede do
capilar a fim de manter a eletroneutralidade.
Isto forma a dupla camada e cria uma diferena
de potencial muito prxima parede e este
fenmeno conhecido como potencial zeta.
Figura - Migrao dos ons metlicos em direo ao ctodo
Este movimento de ons resulta no movimento
das espcies em direo ao detector e pode ser
considerado como um fluxo eletricamente dirigido.
Gera o movimento das espcies apesar da carga para a mesma direo
A dependncia do fluxo eletroosmtico em funo do pH
Abaixo de pH 4, a ionizao dos grupos silanis
pequena e o FEO no significante, enquanto que acima
de pH 9 os silanis ficam completamente ionizados e
portanto o FEO alto.
Exemplo de um eletroferograma
Saem mais rpido, so atridos pelo ctodo
Saem mais
lento, so
atridos pelo
nodo
Figura - Perfil do fluxo eletroosmtico, comparado com o do fluxo pressurisado
CLAE EC
EC, diferentemente das tcnicas
cromatogrficas (Cromatografia Gasosa-
CG e Cromatografia Lquida de Alta
Eficincia-CLAE), a amostra no injetada
e sim introduzida no capilar pelo lado mais
distante do detector.
Esquemas para a introduo de amostras
Injeo eletrocintica
Insero do capilar e do eletrodo no
frasco da amostra seguida da aplicao de
uma voltagem, sendo que solutos neutros
so arrastados pelo FEO, ao passo que
solutos carregados iro migrar para dentro
do capilar, por causa do FEO e tambm da
migrao eletrofortica.
Volumes tpicos de injeo so de 10 a
100 nL.
O modo de injeo mais empregado em
EC o denominado hidrodinmico, onde o
capilar mergulhado em um frasco contendo
a amostra o qual em seguida pressurizado,
submetido ao vcuo ou erguido (efeito sifo)
provocando a entrada de um certo volume de
amostra no capilar
A separao de ons a forma mais simples de EC e
denominada eletroforese capilar em soluo livre. A
separao em ECSL
Baseia-se nas diferenas nas mobilidades eletroforticas
resultantes das diferentes velocidades de migraes de
espcies inicas no tampo, contido dentro do capilar.
Eletroforese Capilar em Soluo Livre (ECSL)
A ECCM foi inicialmente desenvolvida para a
resoluo de compostos neutros, os quais no podem ser
separados usando simplesmente a ECSL.
A separao baseada na partio das molculas
entre a fase micelar (pseudo-fase estacionria) e o tampo
aquoso. As micelas de SDS tm carga negativa e migram
contra o FEO.
Eletrocromatografia Capilar Micelar (ECCM)
Dodecil-sulfato de sdio
Detectores
O detector mais frequentemente utilizado
em EC o espectrofotomtrico de absoro no
UV/Vis devido sua natureza quase universal,
ou seja, pode ser aplicado na deteco de
vrias classes de substncias
Capillary electrophoresis has emerged as a
highly promising technique for the analysis of
mono- and oligosaccharides
Para carboidratos neutros necessrio fazer a
ionizao dos grupos hidroxilas;
Complexao das hidroxilas vicinais ou das
hidroxilas alternadas com grupos boratos;
Derivatisao com reagentes que possui grupos
ionizveis.
Electropherograms of a
standard solution containing
sucrose, glucose and fructose
with a concentration of
5.0 105 mol L1, under the
optimal CZE-AD conditions:
(a) sucrose; (b) glucose; (c)
fructose.
Electropherograms of the
honey (sample 1) being diluting
10,000 times under the optimal
CZE-AD conditions: (a) sucrose;
(b) glucose; (c) fructose.
Peak identification: 1, galactose; 2, glucose; 3, rhamnose; 4, mannose;
5, arabinose; 6, xylose. The peak of methanol indicates the electroosmotic
flow (EOF). Separation conditions: +17 kV, detection at 270 nm with direct
mode, injection pressure 0.5 psi for 6 s, capillary 50/60 cm (Ldet/Ltot),
separation temperature 20 C. Electrolyte solution: 130 mM NaOH36 mM
Na2HPO42H2O (pH 12.6).