Aula 8 Purif i Cacao

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  • Purificao de

    Carboidratos

    Disciplina: Bioqumica de Carboidratos

    Profa Dra Marisa A. Nogueira Diaz

  • Anlise de Carboidratos

    Polissacardeos Oligossacardeos

    Hidrlise cida total, derivatizao e Cromatografia gasosa

    Composio de monossacardeos

    Metilao Posio das ligaes glicosdicas

    Hidrlise enzimtica com glicosidases especficas

    Sequncia de monossacardeos

    Posio das unidades monossacardicas

    RMN e espectrometria de massa

    Confirmao dos dados de metilao

    Posio e configurao das ligaes glicosdicas

  • Mtodos baseados em caractersticas fsico-qumicas das biomolculas:

    1. Tamanho Massa Densidade (ex: centrifugao, dilise, gel-filtrao)

    2. Carga eltrica (ex: cromatografia de troca inica, eletroforese)

    3. Solubilidade ou hidrofobicidade (ex: cromatografia em papel, fase reversa)

    Mtodos baseados em afinidade biolgica, que exploram a interao entre

    duas molculas:

    4. Cromatografia de afinidade (pressupe que uma das molculas do par que

    interage um reagente de fcil obteno, disponvel comercialmente)

    Mtodos de Isolamento de Biomolculas

  • Que caractersticas devem ter as resina cromatogrficas para

    possibilitar separaes de molculas baseadas em diferentes

    propriedades ?

    Cromatografia de permeao em gel ou gel-filtrao:

    separao de molculas pela massa molecular

    gis so porosos, funcionando como peneiras ou filtros

    Cromatografia de troca inica:

    separao de molculas pela carga eltrica

    gis apresentam grupos carregados positiva ou negativamente

    Cromatografia de partio (fase reversa ou hidrofbica):

    separao de molculas pela solubilidade relativa em meio aquoso

    gis possuem carter hidrofbico

    Cromatografia de afinidade:

    separao de molculas pela capacidade de interagir com um ligante

    gis possuem ligante especfico ligado covalente resina

  • Oligo e polissacardeos podem ser purificados por mtodos cromatogrficos como: Excluso ou gel filtrao Troca inica HPLC Eletroforese Eletroforese capilar

    Purificao de Carboidratos

  • Funcionamento Bsico de uma Coluna Cromatogrfica

    Uma coluna um tubo cilindrco aberto nas duas

    extremidades e preenchido com a resina ou matriz ou gel

    cromatogrfico. A coluna constantemente alimentada

    com lquido (tampo/solvente), banhando a resina e

    forando o contacto desta e as molculas que esto

    sendo analisadas.

  • Co

    nce

    ntr

    ao

    Tempo ou volume

    Coletor de

    fraes

    Tempo 1

    Mais solvente

    colocado na

    coluna, forando

    os componentes

    da amostra a

    interagirem com a

    resina

    Componentes da

    amostra se separam

    e saem da coluna

    com diferentes

    volumes de solvente

    Tempo 2 Tempo n

    Lquido que

    sae da

    coluna

    recolhido em

    tubos de um

    coletor de

    fraes

    Os componentes da mistura so separados

    por interao diferenciada com a resina, com

    base em propriedades moleculares como:

    massa molecular

    carga eltrica

    solubilidade

    afinidade

    Um cromatograma, como o

    grfico ao lado, a maneira usual

    de se representar o resultado de

    uma cromatografia.

    Amostra com

    diferentes

    componentes

    Resina

    embebida

    em

    solvente

    Tempo zero

    Abaixo est representado o esquema geral de uma cromatografia:

  • Compostos separados

    Tampo

    poroso

    Amostra

  • Cromatografia Centrnfuga (Chromatroton)

    Chromatotron

    uma cromatografia em camada

    delgada preparativa e acelerada

    centrifugamente. Substitui as

    CCD preparativas, pequenas

    colunas e HPLC. Com

    dimensies ~ 30 cm.

  • A amostra a ser

    separada aplicada

    como uma soluo

    no centro do disco

    giratrio umedecido

    com o solvente.

  • A eluio com solvente gera

    bandas circulares de separao

    dos componentes que so

    removidos juntamente com o

    solvente para um tubo de

    recepo.

  • Cromatografia de excluso ou

    gel filtrao

  • Cromatografia de gel filtrao ou peneira molecular

    gros (beads) da

    resina com poros

    gro da resina poroso

    amostra grande

    amostra pequena

    Solvente

    empurra

    molculas

    atravs da

    resina

    tubos

    Na gel-filtrao, os carboidratos que penetram nos poros da resina precisam diferentes

    volumes de solvente para sarem da coluna, conforme suas massas moleculares, percorrendo os

    canais internos dos gros. Quanto maior o nmero de gros que cada molcula entra durante o

    percurso atravs da coluna, maior o volume necessrio para sua sada.

    Compostos maiores que o dimetro dos poros no so separadas e saem da coluna com

    pouco solvente, correspondente apenas ao volume da coluna externo aos gros, tambm chamado de

    volume morto (Vo).

    Compostos menores que o dimetro dos poros no so separadas e saem da coluna com

    um volume de solvente correspondente ao volume interno (Vi, volume total menos o volume do prprio

    gel).

    Molculas com massas diferentes

    Fluxo do solvente

  • Cromatografia de troca inica

  • Cromatografia de troca inica

    A resina para cromatografia de troca inica apresenta carga eltrica,

    positiva ou negativa, em uma ampla faixa de pH.

    Trocadora de nions Trocadora de ctions

    DEAE CM

    Existem dois tipos bsicos: resinas trocadoras de nions (possuem carga

    positiva), como o dietilaminoetil (DEAE)-celulose e resinas trocadoras de ctions

    (possuem carga negativa), como o carboxi-metil (CM)-celulose

  • - -

    -

    - - - -

    O grfico mostra que essas resinas mantm suas cargas em uma

    ampla faixa de pH. Assim, o DEAE-celulose pode ser utilizado em pH

    abaixo de 10, enquanto que o CM-celulose utilizado em pH acima de

    4, condies em que pelo menos 50% dos grupos dessas resinas

    esto carregados.

    Cromatografia de troca inica

  • Como funciona a Cromatografia de Troca Inica

    A cromatografia de troca inica

    compreende duas etapas:

    1) adsoro das amostras com

    carga contrria resina, e sada

    da coluna das amostras com a

    mesma carga;

    2) eluio das amostras

    adsorvidas.

    Para a eluio, as condies de

    adsoro da coluna (pH ou fora

    inica) so alteradas para

    neutralizar a interao entre as

    amostras e a resina.

  • Adsoro

    Molculas com a mesma carga,

    ou sem carga, no interagem com a

    resina, sendo as primeiras a sair da

    coluna.

    No exemplo, como funciona uma resina catinica ou

    trocadora de nions, como o DEAE-celulose):

    +

    +

    +

    +

    +

    +

    +

    +

    +

    +

    + +

    +

    +

    +

    +

    + +

    +

    +

    +

    +

  • Eluio

    +

    +

    +

    +

    +

    +

    +

    +

    Adio de sal ao tampo

    resulta em competio

    entre os ons em soluo e

    as molculas adsorvidas

    na resina.

    Na+Cl- +

    Na+Cl- +

  • Carboximetil~celulose

    (trocadora de ctions) Dietilaminoetil~celulose

    (trocadora de nions)

    Duas Modalidades de Cromatografia de Troca Inica

    _

    =

    = _

    +

    + + + +

    (+)

    (+)

    (+)

    (+)

    0. 10 M

    0. 15 M

    0. 20 M

    Eluio NaCl

    No retidas

    DEAE

    Eluio NaCl

    No retidas

    + +

    0. 10 M

    0. 15 M

    0. 20 M

    +

    (-)

    (-)

    (-)

    + + +

    _ =

    = _ (-)

    CM

  • HPLC

  • HPLC: high performance (pressure) liquid chromatography

    Inicialmente desenvolvida para cromatografia de fase reversa em coluna, hoje em

    dia abrange aplicaes para todos os tipos de cromatografias.

    Caracterstica diferencial da cromatografia convencional:

    partculas de resina com dimetro muito pequeno (poucos microns)

    aumento da eficincia da separao em funo do nmero maior de gros de

    resina em um mesmo volume da coluna

    fase mvel - necessita bomba de alta presso para ter fluxo atravs da

    coluna

    Desenho bsico de um HPLC

    bombas Injetor de

    amostra

    Coluna e

    forno

    Coletor de

    fraes

    Detector

    Controle e

    anlise dos

    dados

    Duas bombas permitem eluio em

    gradiente

    Detector: ndice de refrao, absorbncia

    UV ou Vis, fluorescncia, etc.

    Coluna pode ser aquecida para melhorar a

    eluio diferencial na fase reversa

  • Manual

    Automtico

  • CN Fenil NH2 C4 C8 C18

    Reteno na coluna: aumenta com o tamanho da

    cadeia

    Condio de equilbrio: em meio cido

    (0.1% de cido trifluoroactico) para

    aumentar hidrofobicidade (protonar as

    carboxilas)

    Eluio com gradiente crescente de solvente

    orgnico miscvel com gua - acetonitrila,

    metanol, propanol

    Fase reversa: resinas de slica derivatizadas com hidrocarbonetos de 2 C a 18 C

    Fase estacionria Funo

    C18 Si (CH3)2 C18 H37

    C8 Si (CH3)2 C8 H17

    tC2 Si C2 H5

    Aminopropyl Si (CH2)3 NH2

    Cyanopropyl Si (CH3)2 (CH2)3CN

    Diol Si (CH2)3 OCH2CH(OH)CH2OH

    Ab

    sorb

    n

    cia

    a 2

    14 n

    m

    Tempo ou volume de reteno

    % d

    e a

    ceto

    nit

    ril

    a

    100 Molculas

    no retidas Molculas

    retidas

    Cromatograma de uma coluna de fase reversa, com eluio por um gradiente de acetonitrila

  • Fases Estacionrias

  • Colunas

  • Dimetros 15 21,2 30 50 mm

    Tamanho de 50 600 mm

    Partculas de 10 e 15 m

    Vrias fases disponveis

    Para processos de Purificao

    Dimetros 4.6 X 250 mm

    Partculas de 5 10 20

    Tamanho de poro 50 a 10^6

    Fases: C5 C18 C8 CN

    SILICA PHENYL NH2 SCX

    Para processos analticos

    Tipos de Colunas

    Analticas e semi-preparativas

    Preparativas

  • Bombas

    Isocrtica

    Gradiente

    Quando se usa um s eluente

    Quando se usa mais de um

    eluente

  • Detectores

    UV/VIS Fluorescncia ndice de Refrao

    Eletroqumico Condutividade

  • Cromatografia Lquida/Espectrmetro de Massas

    LC/MS

  • Cromatografia Lquida/Espectrmetro de Ressonncia

    LC/RMN

  • Chromatographic separation

    of oligosaccharides

  • HPLC RI chromatograms:

    (A) standard 100 mg/L, (B)

    sample B, (C) sample B

    spiked with tetraose

    (3 mg/L) and (D) sample B

    spiked with pentaose (3

    mg/L).

  • Eletroforese Capilar

  • Envolve a aplicao de alta voltagem,

    tipicamente 5 a 30 kV em um capilar de dimetro

    reduzido gerando correntes na faixa de 10 a 100

    mA.

  • As separaes em EC so baseadas na

    presena de um fluxo eletricamente induzido,

    denominado fluxo eletroosmtico (FEO),

    um fenmeno eletrofortico que gera o

    fluxo da soluo dentro do capilar, que faz com

    que os solutos se movimentem em direo ao

    detector.

    Este fluxo pode reduzir significativamente

    o tempo de anlise ou forar um on a reverter a

    sua tendncia de migrao em direo a um

    eletrodo, pelo qual est sendo atrado, devido

    ao sinal de sua carga.

  • Fluxo Eletroosmtico

    A parede do capilar de slica contm grupos

    silanis (SiOH) os quais se ionizam (SiO- + H+)

    quando em contato com solues tampo com pH

    altos.

    Esta dissociao produz uma superfcie

    carregada negativamente. Uma camada de contra-

    on (ctions) ento formada prxima parede do

    capilar a fim de manter a eletroneutralidade.

    Isto forma a dupla camada e cria uma diferena

    de potencial muito prxima parede e este

    fenmeno conhecido como potencial zeta.

  • Figura - Migrao dos ons metlicos em direo ao ctodo

    Este movimento de ons resulta no movimento

    das espcies em direo ao detector e pode ser

    considerado como um fluxo eletricamente dirigido.

    Gera o movimento das espcies apesar da carga para a mesma direo

  • A dependncia do fluxo eletroosmtico em funo do pH

    Abaixo de pH 4, a ionizao dos grupos silanis

    pequena e o FEO no significante, enquanto que acima

    de pH 9 os silanis ficam completamente ionizados e

    portanto o FEO alto.

  • Exemplo de um eletroferograma

    Saem mais rpido, so atridos pelo ctodo

    Saem mais

    lento, so

    atridos pelo

    nodo

  • Figura - Perfil do fluxo eletroosmtico, comparado com o do fluxo pressurisado

    CLAE EC

  • EC, diferentemente das tcnicas

    cromatogrficas (Cromatografia Gasosa-

    CG e Cromatografia Lquida de Alta

    Eficincia-CLAE), a amostra no injetada

    e sim introduzida no capilar pelo lado mais

    distante do detector.

  • Esquemas para a introduo de amostras

  • Injeo eletrocintica

    Insero do capilar e do eletrodo no

    frasco da amostra seguida da aplicao de

    uma voltagem, sendo que solutos neutros

    so arrastados pelo FEO, ao passo que

    solutos carregados iro migrar para dentro

    do capilar, por causa do FEO e tambm da

    migrao eletrofortica.

  • Volumes tpicos de injeo so de 10 a

    100 nL.

    O modo de injeo mais empregado em

    EC o denominado hidrodinmico, onde o

    capilar mergulhado em um frasco contendo

    a amostra o qual em seguida pressurizado,

    submetido ao vcuo ou erguido (efeito sifo)

    provocando a entrada de um certo volume de

    amostra no capilar

  • A separao de ons a forma mais simples de EC e

    denominada eletroforese capilar em soluo livre. A

    separao em ECSL

    Baseia-se nas diferenas nas mobilidades eletroforticas

    resultantes das diferentes velocidades de migraes de

    espcies inicas no tampo, contido dentro do capilar.

    Eletroforese Capilar em Soluo Livre (ECSL)

  • A ECCM foi inicialmente desenvolvida para a

    resoluo de compostos neutros, os quais no podem ser

    separados usando simplesmente a ECSL.

    A separao baseada na partio das molculas

    entre a fase micelar (pseudo-fase estacionria) e o tampo

    aquoso. As micelas de SDS tm carga negativa e migram

    contra o FEO.

    Eletrocromatografia Capilar Micelar (ECCM)

    Dodecil-sulfato de sdio

  • Detectores

    O detector mais frequentemente utilizado

    em EC o espectrofotomtrico de absoro no

    UV/Vis devido sua natureza quase universal,

    ou seja, pode ser aplicado na deteco de

    vrias classes de substncias

  • Capillary electrophoresis has emerged as a

    highly promising technique for the analysis of

    mono- and oligosaccharides

    Para carboidratos neutros necessrio fazer a

    ionizao dos grupos hidroxilas;

    Complexao das hidroxilas vicinais ou das

    hidroxilas alternadas com grupos boratos;

    Derivatisao com reagentes que possui grupos

    ionizveis.

  • Electropherograms of a

    standard solution containing

    sucrose, glucose and fructose

    with a concentration of

    5.0 105 mol L1, under the

    optimal CZE-AD conditions:

    (a) sucrose; (b) glucose; (c)

    fructose.

  • Electropherograms of the

    honey (sample 1) being diluting

    10,000 times under the optimal

    CZE-AD conditions: (a) sucrose;

    (b) glucose; (c) fructose.

  • Peak identification: 1, galactose; 2, glucose; 3, rhamnose; 4, mannose;

    5, arabinose; 6, xylose. The peak of methanol indicates the electroosmotic

    flow (EOF). Separation conditions: +17 kV, detection at 270 nm with direct

    mode, injection pressure 0.5 psi for 6 s, capillary 50/60 cm (Ldet/Ltot),

    separation temperature 20 C. Electrolyte solution: 130 mM NaOH36 mM

    Na2HPO42H2O (pH 12.6).