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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
Fatima Reda Lauand
Sabrina Carolina Gralik
Silvia Macul
ANALISE DAS MANIFESTAC;:OES PATOLOGICAS EM
REVESTIMENTOS CERAMICOS DE FACI-lADA
Trabillho de Conclusfio de em-so. aprcscntado aoCUfSO de P6s-GradLLa~ao ern Patologias nas ObmsCivis da Univcrsidade Tuiuti do Par-ami, comorcquisilO para a obtenr;ao do tftulo de Especialistaem Patologias das Obms Civis.
Professor Oricntndor: Eng. Civil Cesar H. SatoDaher
CURITIBA
2007
TERMO DE APROVA(:AO
Fatima Reda Lauand
Sabrina Carolina Gralik
Silvia Macul
MANIFESTA(:OES PATOLOCICAS EM REVESTIMENTOS
CERAMICOSDE FACHADA
Estc trabalho fOljulgado c aprovado para a obtenyao do titulo de Especialista em Patologias nas ObrasCivis do Curso de P6s-Graduar;:ao ern Patologias nas Ohras Civis da Universidade Tuiu!i do Parana.
Curitiba, 13 de fue"'l ~ de 2007.
Programa de P6s-Graduar;:ao Lata-Sensu PatoJogias nas Obras CivisUniversidade Tuiuli do Parana
Orientador: Professor Eng. C;~~RIQUE SATO DAHER. EspUniversidade Tuillti d~a, Departamento de Engcnharia Civil
~,~ lL~~ df <4%~pr~so~ Eng. Civil LUIS SAR S. Df'LUCA,M.ScUniversidade Tuiuti do Pa na, Departamento de Engenharia Civil
DEDICA TORIA
Aos coordcnadorcs, professores c colcgas cia l:t lurma cia P6s-Graduay3o em
Patologias nas Obras Civis.
MOIllCIIIOSbcm vividos pooem SCI"mclhorcs que anos de alguma convjvcncia.Por isso, no tempo, h:i tempo par ••tudo. ale P:lrO"lque os tempos se recncomrcm.
(Mario Quintana)
AGRADECIMENTOS
As nossas famflias, pela pacicncia, comprccnsao e infinito apoio, para esta
realizayao, apesar do tempo dcsvjado do nosso convivio familiar. Urn agradecimento
especial ao professor Sylvio Nogueira, que [unto nos incentivou durante a execw;ao
deste trabalho.
As pcssoas que son ham acordadas siio as mais perigosas,pois pOdClll vivenciar sellS sonhos com os olhos aberlos e lorna-los realidade.
(T. E. Lawrence)
SUMARlO
1 INTRODU(:AO ..
1.1 JUSTIFrCATIVA ..
1.20BJETIVOS ..
. .... 14
..... 14
..15
..... 15
.15
. 15
. 17
1.2.1 Objelivo gcral ..
1.2.2 Objelivos cspccfficos ..
1.3 PROCEDIMENTO METOLOGICO ...
2 VEDA(:OES VERTICAlS EXTERNAS ..
REVESTlMENTOS CERAMICOS DE FACHADAS DE EDIFicIOS
(RCFE)... . 19
4 COMPONENTES OOPS REVESTIMENTOS CERA-MICOS DE
FACHADAS DE EDIFicIOS (RCFE) 22
4.1 CAMADA DE REGULARIZA(:AO: ARGAMASSA 22
4.2 CAM ADA DE FIXAc;:Ao: ARGAMASSA COLANTE ..
4.3 ACABAMENTO: CERAMJCA ..
. 25
. 29
4.4.1 Juntas de aSSCnlamenlO ..
..................................... 31
. .. 32
4.4 JUNTAS ..
4.4.2 Juntas eSlrulurais 34
4.4.3 Juntas de movimcnt<u;ao ..
ESPEClFICA(:AO TECNICA DOS
.......... 34
REVESTIMENTOS
. 36
. 38
CERAiVllCOS DE FACHADA DE EDIFicIOS ..
6 TltCNICAS EXECUTlVAS ..
7 MANIFESTA<;:OES PATOLOCICAS EM REVESTIMENTOS
CERAMICOS DE FACHADAS DE EDIFICIOS (RCFE).. . .46
7.1 MANCHAMENTO.. . 51
7.1.1 Manchamento por poluentes atmosfericos.. . 51
7.1.2 Manchas provocadas pelo selante .. . 54
7.2 SUBFLORESCENCTAS E EFLORESCENCTAS 56
7.3 TRINCAS. GRETAMENTOS E FISSURAS 58
7.4 DESCOLAMENTO.. .. 60
7.5 ESTUFAMENTO .. .. 63
7.6 EXPANSAo POR UMIDADE.. .. 63
7.7 CHOQUE TERM1CO.. .. 64
8 LlMPEZA E MANUTEN<;:AO DE REVESTlMENTOS CERAMICOS
DE FACHADAS DE EDIFfcIOS (RCFE) .. . 66
8.1 LlMPEZA COM AGUA 67
8.2 LlMPEZA ABRASIVA ..
8.3 LlMPEZA QUiMICA ..
9 CONSIDERA<;:OES FINAlS ..
REFERENCIAS ..
.. 68
. 68
. 69
.. 71
LISTA DE TABELAS
TABELA 1-NORMAS TECNICAS BRASILEJRAS PARA
REVESTIMENTOS EM ARGAMASSA INORGANICA 24
TABELA 2 - NORMAS TECNICAS BRASILEIRAS PARA ARGAMASSA
COLANTE ... . 28
TABELA3-NORMAS TECNICAS BRASILEIRAS PARA PLACAS
CERAMTCAS .. . 31
TA13ELA 4 - NORMAS TECNICAS 13RAS1LE1RAS PARA ARGAMASSA
PARA REJUNTAMENTO .. . 34
TABELA 5 -MANIFESTAc;:OES PATOLOGICAS DO RCFE 69
LTSTA DE QUADROS
QUADRO 1 - PRINCIPAlS FONTES DE EFLORESCENClAS DE COR
BRANCA 57
QUADRO 2 - CAUSAS DAS TRlNCAS, GRETAMENTO E FISSURAS 59
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 .. CAMADAS CONSTITUINTES DO RCFE.. . 21
FIGURA 2 .. ASSENTAMENTO DE PLACAS EM ARGAMASSA
COLANTE.. . 28
FIGURA 3 .. VERIFfCA<;:AO DO TEMPO EM ABERTO.. . .42
FIGURA 4 .. ENSAIO DE AVALlA<;:AO DA RESISTENCIA DE
ADERENCIA A TRA<;:AO 44
FIGURA 5 .. LEI DE EVOLU<;:AO DE CUSTOS, LEI DE SITTER ..
FIGURA 6 .. DESCOLAMENT ..
..49
.. 62
FIGURA 7 .. ESTUFAMENTO DE CERAMICA 63
FIGURA 8 .. EXPANSAO POR UMIDADE 64
FIGURA 9 .. CHOQUE TERMICO COM DIMINUI<;:AO DE
TEMPERATURA .. ..65
LlSTA DE ABREVIA TURAS
ABNT ASSOCIAC;Ao BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS
AC ARGAMASSA COLANTE
ANFACER ASSOCTAC;AO NACIONAL DOS FABRICANTES DECERAMTCA PARA REVESTTMENTOS
ASTM - AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS
BIA BRICK INDUSTRY ASSOCIATION
BSI BRITSN STANDARDS INSTITUTE
INMETRO
CENTRE SCIENTlFlQUE ET TECHNIQUE DE LACONSTRUCTIONINSTITUTO NACTONAL DE METROLOGTA
CSTC
EPU EXPANSAO POR UMIDADE
NBR NORMA BRASTLETRA
RCFE REVESTIMENTO CERAMICO DE FACHADA DE EDlFicIO
PEl RESISTENCIA A AI3RASAO
USP UNIVERSIDADE DE SAO PAULO
RESUMO
Neste trabalho foram revistos e compilados as conceitos pcrtincnlCS as manifcstaC;6espatol6gicas em revcstimentos ceramicos de fachada, com 0 objctivo de relacionaraquclas manifestac;oes mais comumenlc observadas as suas prov3veis origens, ja que 0conhecimento profunda das causas contribui para a correta solw;;ao de cada problemaverificado. Para iS50 [oi realizada intensa pesquisa em bibliografia espedfica, levandoainda ern considerac;ao as experiencias relatadas em entrevistas publicadas ern revistasespecializadas, al6m de artigos, teses e disserlac;6es refcrcntcs ao assunto em estudo.Dcsta maneira, 0 prescote material constitui fonte de consulta aDs profissionaisresponsaveis pela especifica~ao e execuc;ao de revestimentos de fachadas, ampliandoos rccursos para uma aplicac;ao conscientc desse sistema, contribuindo para adiminuic;ao e racionalizac;ao das manutenc;6es.
Palol'ras-C!/{/ve: revestimenlOS cer(imicos: /acl!adas; monifestar;i5es patol6gicas.
ABSTRACT
The concepts related to the pathological manifestations in facade ceramic tiles wererevised and compiled in this paper in order to list the most commonly observedpathological manifestations in its probable inceptions, therefore, having the accurateknowledge of the causes why they happen is a major contribution to find the correctsolution of each specific problem studied. To accomplish that, this study was based 011
a great range of specific bibliography analyses, taking in consideration previousexperiences published in specialized magazines, articles, thesis and dissertaLionsrelated to this issue. So, this presented study consists in a fount of source for theprofessionals who have the responsibility for the specification and exec lilian of thefacade ceramic liles, providing a widely resourcefulness in the use of the ceramic tilefacades, cOnlributing to low down the budget and diminish the need of maintenance.
Key-words: facade ceramic tiles; buildillgfacades; palllOfogicalll1(fllifesrariom.
14
l INTRODU<;AO
o prescntc trabalho compreende urn estudo das principais manifesta90es
patol6gicas em revestirnentos ceramicos dc fachadas de ediffcios residenciais e
comcrciais, bern como as causas a clas rclacionaclas.
I.l JUSTIFICATIVA
Apesar do vasto emprego de revestimentos ceramicos em fachadas de ediffcios
c do importante papel cia prole<;ao cIa vcda9ao vertical para 0 desempenho global cia
cclifica<;3o, e possivel observar grande ocorrencia de manifesta<;5es palo16gicas nesse
lipo de sistema, em constru<;oes de diversas idadcs (JUST, A.; FRANCO, L. S., 2001).
As causas variam desde falhas de projcto, ocasionadas pelo desconhecimento
das caracteristicas dos materiais e do funcionamento de sell conjunto, ate 0 clescaso
com cujclaclos construtivos basicos, resultando em falhas construtjvas que Icvarao a
rapida deteriorac;ao cia fachada cia eclifica~ao, e conseqUente desvalorizayao dos
imavcis (PEDRO el ai, 2002).
Para dar uma adcquada solw;50 a cad a problema verificado, faz-se necessario
o conhecimento profundo de suas causas fazendo C0111 que a so1u9:10 indicada seja
definitiva, evitando assim os custos e demais inconvenientes gerados por reparos
desnecess<irios ou que niio sanem as anomalias aprescntadas (NOGUEIRA, 2006).
15
1.2 OBJETlVOS
1.2.1 Objetivo gem I
Estudar as mais frcqucntes manifesta~5es patol6gicas em revestimcnlos
ccdmicos de fachadas de cdiffcios no Brasil.
1.2.2 Objetivos cspecifieos
Estudar as caractcrfsticas dos sistemas de revcstimentos ceramicos de
fachada de ecliffcios aplicados pelo metoda aderido, rclacionando as
manifesta~6cs patol6gicas que nelcs ocorrcm com maior freqij(~ncia as suas
possfveis causas;
constituir fonte de consuila aos profissionais rcsponsavcis pela
espccifica<;ao e execuc;uo de rcvcstimentos ceramicos de fachadas de
ediffcios, ampliando os rccursos para lima aplica9ao conscienlc desse
sistema e assim contribuir para a diminuic;ao e racionaliz39ao das
manutCI190es.
1.3 PROCEDIMENTO METOLOGICO
o metoda de trabalho consistiu em pcsquisa rcalizada em bibliografia
cspccffica, na qual foram revistos e compilaJos os conccitos pcrtincllIcs 1.10 lema.
16
Foram levadas em considera\=ao as expericilcias relatadas em cntrCyiSlaS
publicadas em reviSlaS especializadas, al6m de artigos cicmfficos, teses e disscna90es
rerercntcs aOnssunto em cSludo.
17
2 VEDACOES VERTICAlS EXTERNAS
A veday50 venical externa tern por [uI19JO proteger 0 homcm e suas atividades
contra a ac;ao de agentcs cxtcrnos, constituincio uma barreira para a agua e poluic;ao
(KONDO,2003),
Segundo Barros et at (2003), cste subsistema cleve apresentar os seguintes
requisitos funcionais:
a) desempenho termico (principalmcntc i50Ia95.0);
b) dcsempenho acustico (principal mente isolac;ao);
c) cSlanqLlciciacic a agua;
d) contrale cia passagcm de ar;
e) prote<;ao c rcsistcncia contra 0 fogo;
f) desempcnho estrutural (estabilidade, resistencia mecanica e adequada
deformabilidade);
g) controle de iluminac;ao (natural e artificial) e de raiDs visuals (privacidade);
h) durabilidade;
i) custos iniciais c de manulcnc;ao adcquados;
j) padr6es esteticos (conforto visual);
I) facilidade de limpeza e higicniza~ao.
As vcdar;6cs vcrticais cxteriorcs sao 0 suporte dos revestimentos e sao
constitufdas pelo substrato e a camada de revestimento, que envolvem a camada de
rcgularizac;ao, cicpcndcncio da situa<;ao, isolamento tenno-acustico, camada de fixa<;ao
e de acabameniU (FLAIN, 1995).
18
Neste trabalho foram eSludadas as manifestac;6cs patol6gicas da cam ada de
revestimento, mais espccificamente, dos revestimentos ceramicos de fachada de
cdificios CRePE), aplicado pelo metoda aderido (com a utiliza<;ao de argamassa
colante), Oll seja, cujas placas ccramicas aprescntam dimensao maxima de 20 x 20 em.
19
3 REVESTlMENTOS CERAMICOS DE FACHADAS DE EDIFiclOS (RCFE)
ReveSlimento Ceramico de Fachadas de Ediffcios (RCFE) e 0 conjunto
lllonolftico de camadas (inclusive 0 cmbor;o de substrato) aderidas a base suporte cia
fachada do ediffcio (alvenaria ou estrutura), cuja eapa exterior e constitufda de placas
ccramicas, assentadas e rejulllacias com argamassa ou material adesivo (MEDEIROS,
1999).
Os RCFE dcvcm servir como protc9ao dos elementos de vcda9ao,
aprcscntando um desempenho adcquaclo a scr considerado nas etaras de projeto e
produC;iio (lbi(fj.
Os principais requisitos relacionados a fUIH;ao vedm;ao c protcr;ao dos
reveslimcntos ccdimicos dcstinados as fachadas, de acordo com Medeiros (1999) e
Esquiavcl, Barros e Simoes (2004), s50:
a) proporcionar adcquada adcrencia a base, mantcndo-se estavel ao lango da
vida util e protegenc1o a fachac1a c1a edificar;ao;
b) protegcr a estrutura c1e vedac;aa contra a ayao do inlcmperismo,
proporcjonanc1o condir;ocs adcqlladas de estanqlleidac1c cia parede;
c) auxiliar no isolamento H~nnico e acustico;
d) protcr;ao da fachada contra racliar;ao solar;
c) proteger 0 eclificio contra os efcitos da eletriciclac1e estatica;
l) permilir troca de vapor de agua do meio interno e externo;
g) ser compatfvel com outros materiais da fachada, resistindo a repeticlos
ciclos dc gradientes de tcnsao originados por gradientcs termicos c de
lllnidade;
20
h) apresentar capacidade de acompanhar as deforma~6es cia estrutura sem
apresentar fissurayao visfvel que comprometa suas demais propriedades
(estanqueidade e eSlclica, pOl' excmplo);
i) proteger contra danas ffsicos exteriores;
j) proteger contra 0 vandalismo;
I) fac:ilitar a manutenyao e limpeza.
Segundo Bonetti in Corbioli (2003), desde que bern executado, 0 revestimento
cerfirnico subSlitui a pintura com vantagens, pais cia seguranya contra infillrac;6es nas
jUJlyoes com as esquadrias e ainda protege a fachada das intempcrics c maresia.
Para lllll bom descmpenho do RePE, a especificac;ao cleve ser criteriosa e bem
dctalhada, cxplicitando toclas as caraclcrislicas a que 0 material cleve atender. Paschoal
(200 I, aplfd KONDO, 20(3) coloca que a participac;ao dos forneccdores de matcriais
junto aos conslnHores deve scr direla, para subsidiar a especificac;ao, intcgrando-a ao
sistema conslrulivo adotado, fazendo com que 0 acabamcnto entre na concepc;ao de
lodo 0 projeto.
Alcm disso, Kondo (2003) afirma scr importante que, em todas as etapas de
projeto e execuc;ao do RCFE, sejam seguidas as nOfmas tecnicas existentes. Tais
Ilormas se encontram listadas ao longo do proximo capitulo, no qual serao tratadas,
scparadamente, as camadas componentes dos sistemas de RCFE, segundo a separ<l(;:ao
proposta por Flain (l995), a saber:
camada de regularizac;ao: argamassa (chapisco e emboc;o);
camada de fix39aO: argamassa colante;
acabamelllO: Ceramica.
22
4 COMPONENTES DOPS REVESTIMENTOS CERAMICOS DE FACHADAS
DE EDlFicIOS (RCFE)
4.1 CAMADA DE REGULARIZA(:AO: ARGAMASSA
Segundo a ABNT (1998), argamassa inorganica e a mistura homogenea de
agregado(s) miudo(s), aglomerante(s) inorganico(s) e agua, con tendo ou nao aditivos
ou adic;6es, com propriedades de aderencia e endllrccimento.
Dc acordo com Daher (1993), tal mistura deve aprescntar piasticidadc,
adcsivieladc, rctenyao de agua e baixa rctrayao no estaelo fresco, a fim de garantir
adcrcncia entre os elementos por ela ou a ela ligaelos, alCm de resistcncia mecfmica,
capacidade de absorver pcquenas deformayoes, aclerencia, impermcabilidade e
durabilielaele no estado endurecido, proporcionando protec;ao ffsica e mecanica aos
sistemas ciaeelificac;ao.
A partir da dcfini9ao cia funC;ao a ser cumprida peb argamassa, devcm-se
avaliar as caracterfsticas e propriedades dos matcriais disponfvcis, e a propon;ao em
que os mesmos devem ser uLilizados para confcrir a argamassa as caracterfsticas
desejadas (Ibid).
Alern do uso, devem ser considerados para a dctcrminac;ao do lra90 fatores
como fOrlna de dosagcm c mistura, forma de aplicaC;aoe caracteristicas dos maleriais
disponivcis (Ibid).
A aelercncia cntre argamassa de emboc;o e unidade de alvenaria (tijolos, blocos
ceralllicos, blocos de concrclO, etc.), de acorelo com Pedro et al (2002), C lim
fenomello essencialmente mecanico clevido, basicamente, a penetrac;ao cia pasta
23
aglomerante ou da propria argamassa nos poros ou entre as rugosidades da base de
aplicac;ao.
Com 0 objetivo de uniformizar a abson;ao da slIpcrIfcie e mclhorar a adercncia
da camada sllbscqUcnte, aplica-se diretamente sobre a base uma camada de argamassa
de cimenlo e arcia, podcndo ou nao conter adesivos, 0 chapisco (Ibid).
Segundo a ABNT(l998), 0 emboc;o e a primcira cam ada de rcvestimcnto, ou
seja, a primeira demao de argamassa. De acordo com Pedro et at., (2002), Slla
finalidade e cobrir c reglilarizar a sllperffcic da base ou chapisco, propiciando lima
superffcie que permita receber Olltra camada de rebocD DUde revestimento decorativo,
ou mesmo se constitua no acabarnento final.
Para a execw;ao dc revestimcnto ccramico, 0 emboc;o deve ser sarrafeado com
acabamcnto aspero (ABNT, 1996 b).
o metoda de fixa95.0 dos revestimenlos ceramicos cm fachadas IS detcrminado
em I"uJ1c;5.odas dimcnsoes das pe<;:asa serem aplicadas, conforme detalhado no item 4.3
deste trabalho.
De acordo com Fontanelle (2004), muitas das manifesta90es patol6gkas em
fachadas decorrem de problemas com a argamassa de chapisco e emboyo. Muitos
desses problemas, segundo Esquiavcl, Barros e Simoes (2004), decorrem cia falta de
domfnio do processo de prodllC;aoe de especifica90es cle projeto suficientemente claras
que permitam uma Produ95.0 dentro de adequados parfimclros de descmpenho.
Segundo a ABNT( 1998), na clabora9ao das especific3c;oes do projcto para
exeCll95.0do sistema de revcstimcnto de argamassa, dcvcm conslar pelo menos:
24
a) 0 tipo de argamassa e as respectiv(}s parametros para definic;ao dos 1ra<;:os;
b) 0 numero de carnadas;
c) a espcssura de cada cam ada;
d) 0 acabamcnto superficial;
e) 0 tipo de revestimcnto decorativo.
Para garantir a qualidade das argamassas prcparadas em cbra, 0 canteiro cleve
possuir central de proclugao de argamassa, devidamente instalada com a seguinte infra-
estrutura minima (ABNT, 1998):
a) misturador mcdinico;
b) comparlimCnlOs scparados c idcntificados para cstoquc dos di[crcntcs
materiais;
c) ponto de agua canalizada pr6ximo ao mislurador mcdinico;
d) peneiras;
e) dispositivos para medic;ao de agregaclos, adh;5es e agua.
Na especificac;flo e execuyao cia argamassa para revestimcntos ccramicos de
fachadas de ediffcios, dcvem SCI' obscrvadas as scguintcs normas tecnicas:
TAUELA I - NORMAS TECNICAS DRAStLEIRAS PARA REVESTTMENTOS EMARGAMASSA lNORGANICA
NBR 13528/1995Reveslimenio de paredes e Ictos de argamassas innrgfltlicas - Deterrninat;ao darcsistcncia de adcrcncia a !ra~iioRevestimento de paredes e telos de argamassas inorganicas - TcrminologiaRevestimenio de paredes e tetas de argamassas inorgiinicas - Classifica~iioRevestirnento de paredes e tCIOSde argamassas inorgfinicas - EspeciricaC;iioExecuc;ao de revestimenlo de paredes c tctos de argarnassas inorgiinicas-Procedirnento
NI3R 1352911995NBR 1353011995NBR 13749/1996
NBR 720011998
FONTE: Associac;ao Brasileira de Norrnas Tccnicas, 2007
25
4.2 CAMADA DE FIXA(:AO: ARGAMASSA COLANTE
De acordo com a ABNT (1995 b), argamassa colante e a mhtura de
aglomerante(s) hirlniulico(s), agregados minerais e aditivo(s). Tal mistura possibilita,
quando preparada em obra com adi~ao cxclusiva de agua, a formac;ao de lima massa
viscosa, pl;lstica e aderentc, para a ulilizJ9ao no assentamenlo de pec;as ceramicas e de
pedras de revestimcmo.
A argamassa eolante deve sec flexivel, devido a elasticidade e Oexibilidade,
cste matedal corresponde as deforma96es originadas relo movimento natural da
estrutura (KONDO, 2(03).
As argamassas colantcs industrializadas rcccbcm, de acordo com suas
propriedades, a seguinlc designa<;:ao normalizada, segundo a ABNT (2004 a):
a) AC 1: argamassa cal ante industrializada com caractcrfsticas de resistencia
as soiicilac;oes mcdinicas c tcrmoigrometricas tfpicas de revestimentos
internos, com exceC;3o daqueles aplicados em saunas, churrasqueiras e
outros revestimentos especiais.
b) AC II: argamassa colante industrializada com caracteristicas de adesividade
que permitem absorver os esforyos existentcs cm rcvcstimentos de pisos e
paredes extcrnos sujcitos a ciclos de vari,[I(;5.otennoigrometrica e a ac;ao do
vento.
c) AC III: argam<Issa colante industrializada que apresenta adcrcncia superior
em relac;ao ~ISargamassas do tipo AC I e AC 11.
d) Tipo E: argamassa colante industrializada dos tipos AC 1, AC 11 e AC Ill,
com 0 tempo em aberto cstcndido.
26
Segundo Kondo (2003), placas ccramicas para fachadas dcycm scr asscnlacias
com argamassa do tipo AC II, flexfvel, propria para usa em Cell aberto.
Entretanto, Vargas ill Corbioli (2003), rccomcndada 0 uso cia argamassa
industrializada do tipo ACIII, obscrvando-sc atcntamcnlc as instrur;ocs do fabricante.
Essa argamassa polimerica, considerada urn adesivo qufrnico, garantc mais scguran~a
e, portanto, e a mais indicada para edificios.
Vargas in Corbioli (2003) argumenta que as argarnassas colantes do tipo ACI
ou ACU sao argamassas cimentfcias que penetram nos poros do tardoz e fixam a
ceramica ~I supcrffcic por imbricar;ao medinica. Por seguranr;a, slia apJica':(ao naa e
rccomcnciacia em fachaclas.
Durante a execuyao do revestimento, deve~se observar 0 tempo em abcno da
argamassa colantc. Dc acordo com a ABNT (2004 a), 0 tempo em aberlo e 0 maior
intervalo de tempo para 0 qual uma placa ceramica pode ser assent ada sabre a pasta de
argamassa colanlc, a qual proporcionani, apos um perfodo de cura, resislcncia a Ira~ao
simples ou direta.
Segundo P6voas (1999), 0 tempo em abcrlo significa 0 tempo em que a
argamassa col ante pode ficar estendida per sobre a base ate a colocagao cia ceramica,
scm que haja pcrda de sua propriedacle adesiva.
A ABNT (1996 b) afirma que 0 cmprego cia argamassa col ante deve oeorrer
no m,himo 2 horas e 30 minutos apos seu preparo (lemo de 1I1ilizw;;ao),sendo vedada
nesse periodo, a adig50 de aglla au outros produtos.
E importante nao confundir 0 tempo em aberto e 0 tempo de ulilizag50 da
argamassa calante com 0 tempo de remistura, que e 0 pcriodo de descanso cia
27
argamassa entre sua prirneira mistura e sua lItilizac;ao (geralrnente em LOrna de 15
minutos, scmprc lembrando que as recomenda<;5es do fabricanle,devcm ser
estritamente seguidas). A finalidade destc tempo e permitir que os adilivos prescntcs
se lornem alivQs e prontos a conferir propricdadcs fundarnentais, tais como retenc;ao de
agua, piaslicidade e adcsividade (/bilf).
De acordo com Vargas ill Corbioli (2003), alguns cuidados basicos dcvcm scr
tornados em reiac;ao a esse produto, para evitar imprevisto durante a obra. Dentre eies,
podcmos cilar:
a) conferir na embalagem as propricdadcs do material, ccrtificando-se que 0
produlo que chcga ao canleiro e 0 mesmo que foi especificado e estocar os
materiais elll condic;6es adequadas;
b) cuiciar para que sejam cumpridas as instnu;6es dos fabricantes de
argamassas quanto aos procedimentos de preparo e aplica<;ao. Em caso de
dtivida, e passlvel recorrer ao servic;o de suporte tecnico oferecida pelas
rabricantcs;
c) a car da argamassa de assentarnento e rejuntamenta pade interferir positiva
au negativamente no resultado estetjco. Desta rnaneira, recomenda~se de
teste para avaliar os efeitos.
Alcm destcs [atores 0 substrata deve ser adequadamente executada, ter um
bam projeto de assentamento, com mao de obra qualificada para 0 trabalho, supervisaa
\ccnica pennanente durante a fase de exeeu~ao e 0 atendimento as nOflllas tecnicas
referentes a todas as etapas do processo (KONDO, 2003).
28
No caso da argamassa colante utilizada em revestimentos ceramicos de
fachadas de ediffcios, devem ser consideradas as seguintes normas brasileiras:
TABELA 2 - NORMAS TECNICAS BRASlLEIRAS PARA ARGAMASSA COLANTE
NBR 14083/2004
Argamassa calante industrializada para assentamento de placas ceramicas -RequisitosArgamassa cal ante industrializada para assentamento de placus ceramicas -Execw;ao do substrato-padrao e aplicar;ao de argamassa para ensaiosArgamassa calante industrializada para assentamenlo de placas ceramicas -Determinar;ao do tempo em abertoArgamassa calante industrializada para assentamento de placas ceramicas-Determinayao da resistencia de aden:ncia a trayaoArgamassa calante industrializada para assentamento de placus ceramicas -Determinayao do deslizamentoArgamassa colante industrializada para assentamento de placas ceramicas -Detenninacao da densidade de massa aparente
NBR 1408112004
NBR 14082/2004
NBR 1408412004
NBR 14085/2004
NBR 14086/2004
FONTE: Associa~ao Brasileira de Normas Tecnicas, 2007
Cabe ressaltar que 0 assentamento em argamassa col ante, denominado metodo
aderido, segundo Kondo (2003) e limitado a pJacas ceramicas com dimens6es de ate
20 x 20 em. Aeima desta dimensao, as placas devem ser fixadas com insertes
metalicos.
FIGURA 2 - ASSENTAMENTO DE PLACAS EM ARGAMASSA COLANTE
FONTE: Guia Weber 2001, Quartzolit
29
4.3 ACABAMENTO: CERAMICA
A ccramica is praticamcnle tao antiga quanta a descoberta do fogo, existindo a
cerca de dez a quinze mil anos. Do grego "kcramos", "terra queimada" au "argila
qucimada" e lim material de irnensa rcsistcncia, sendo freqUentemente encontrado ern
cscava<;6cs arqucol6gicas (ANFACER, 2007).
A origem do nome azulejo provem dos mabes, scndo derivado do terma
"azuleicha", que significa "pcdra pol ida" A artc do azulejo foi largamentc difundida
pc los isJamicos. Os arabes levaram a arle do azulcjo para a Espanha e de 13 se
cspalholl por tacla a Europa (Ibid),
Atravcs dos tempos, a tccnologia de fabrica9ao roi gradativamente ampliada e
aperfeir.;:oada. Acompanhando a cvoluy8.o industrial, a industria ccramica adotou a
produc;ao em massa, garantida pela industria de equipamentos, e a introduc;ao de
tecnicas de gestao, ineluindo 0 controle de materias-primas, dos processos e dos
produlos fabricados (Ibid).
Ha cOlltroversias com rela<;ao II nacionalidade dos primciros revestimentos
cerfimieos ehegados ao Brasil. Sabe-se que no seeulo XVTJ, azulcjos em estilo barroeo,
comec;aram a ser encomendados de Lisboa. Hojc, segundo a ANFACER (2007), 0
Brasil C 0 segundo maior eOllsumidor mundial de rcvestimentos ceramicos, quarto
maior produtor e exporlador c segundo maior exportaclor para 0 mereado nortc-
america no, atualmente 0 maior importador do mUlldo.
Os revestimcntos ceramicos podem aprcscntar diversos formatos, desde
pas{ilhas ale placas com varias medidas, sendo alualmente disponfvcis em diversas
cores, lcxluras e padr6es (KONDO, 2003).
30
o tamanho das pC9as interfere na escolha do processo de fixa<;:ao. Enquanto
que placas com dimcnsocs ale 20 x 20 em podem SCI" assentadas com argamassa,
placas C0111 dimens6es maiores a 20 x 20 em devem SCI' fixadas com inserles metalicos,
cia mcsmll forma que as fachadas revestidas com placas petreas (ibid),
As paslilhas cerfllnicas possuem medidas individuals a partir de 2,5 em x 2,5
em, scnelo unidas por papel ou pontos de cola de PVC para formar placas (KONDO,
2003).
As placas cerarnicas s50 constitufdas, em geral, de tres camadas:
a) 0 supone au biscoito;
b) 0 engobe, que tern fUI1r.;ao impermeabilizante e garantc a adcrcncia cia
tcrceira camada;
c) 0 esmaltc, camada vftrca que tambcm impermeabiliza, alem de dccorar uma
das faces da placa (ANFACER, 2007).
Como vantagens cia ceramica, em rcla\ao a outros tipos de revestimento,
poclcm scr citadas, de <lCordocom Medeiros (1999), as scguintes caracterfsticas:
a) Comportamento ao fogo: A cerftmica se comparada com outros materiais de
revestimentos, proporciona imediato creal controle de prcvcn~ao contra
incendio, por scr incombustivcl, com capacidade de jnibi~ao cia chama.
b) Facilidade de Iimpeza e manulen~ao das condi<;6es de higicne: A facilidade
de limpcza e a grande vantagem dos rcveslimentos ceramicos sobre as
oulros existentes no mercado. Sua superffcie vitrificada nao rctem nenhum
liquido, nao absorve vapores, fuma<;a, chciros, lam pOll CO qualqucr tipo de
p6.
31
c) Estabilidade de corcs: Estes materiais sao estaveis a luz e resistentes a
deteriora<;ao. Esta caractcrfstica e importante para pisas e paredes em areas
eXlcrnas, sujeitas a tongo tempo de cxposi<;ao ao sol. As cores utitizadas
nos materiais ceramicos, em geral, sao estaveis em relas;ao aos efeitos de
exposi<;ao ao sol e a luz.
Entretanto, considerando as diferenc;;as de tonalidade de lim lale para outro,
Vargas in Corbioli (2003) aconselha adquirir lim percentual extra para
compicmcntayao ou reposi<;ao.
Aincia, para avaliar a uniformidadc do produlO antes cia clapa de
asscntamcnlO, pode-se improvisar urn painel de teste no pisa, misturando placas
retiradas de diferentes embalagens (Ibid).
Para a especificayao e execus;ao do RCFE, devem ser observadas, quanta as
placas ceramieas, as seguintes Normas tecnicas:
TABELA 3 - NORMAS TECNICAS llRASILEIRAS PARA PLACAS CEAAMlCAS
Reveslimento de paredes externas e rachadas com pJacas cer:1micas e cornulilizac;ao de argamassa colante - ProcedimentoPJacas ceramicas para revestimento - TerrninologiaPlacas ceramicas para revestimento - Classifical;aoPlacns cer[unicns para rcyestimcnto - Especifica<;ao e metodos de ensaios
NIlR 1375511996
NilR 1381611997NIlR 1381711997NIlR 1381811997
FONTE: Associal;ao Brasileira de Normas Tccnicas, 2007
4.4 JUNTAS
Segundo Pedro el {II. (2002), antes de inieiar a cxcew,;ao do rcvcstimento, uma
das tarel"as obrigat6rias e 0 planejamento das juntas. 0 projcto das juntas deve levar
32
em cOnLaas tipos de juntas. posicionamcnlo, largura e material que cleve precnche-Ias.
sendo elas classificadas em:
1) juntas de assentamcnto;
2) juntas cstrulurais;
3) juntas de Illovimcnta<;ao e juntas de dessolidariza~ao;
4) juntas cspcciais.
4.4. [ Juntas de asscntamento
Ao executar 0 asscnlamcnto clas placus ccr:1micas, dcycm-se manter cspac:;os
Oll juntas entre elns. Con forme Pedro et al. (2002), juntas de asscntamcnto sao as
juntas entre as pc<;asque comp6e 0 reveslimcillo.
Ainda de acordo com Pedro el a/. (Ibid), a necessidadc elesle lipo de juntas e
devicla as seguintes causas:
a) desbilolal11cnlo elas pe<;as ccramic.:as, 0 proccsso de fabrica<;ao resulta cm
IOles com bilolns variavcis e que sao agrupadas cleillco de limites de
tolerfll1cia formando os lotes para serCIll utilizados em uma dClcrminada
area, facilitando 0 alinhalllcnto;
b) abson;ao de lens6es geradas pclas dilata~ues lcrmo-higrosc6picas sofridas
pela pe<;accdlmica, as juntas entre as pe<;as e 0 material de enchimcnlo das
mcsm3S dcvcl11 illlpedir a prop<lga~50 de tensues afaslanclo 0 risco de
flambagem das per;as;
33
c) funyao cstclica de harmonizar 0 lamanho das pcc;as, 0 tamanho do plano e
do paramclro c a largura das juntas, nao se con segue urn acabamento
exemplar scm juntas de asscntamcnto;
d) [Ullc;UOde i"aciiilar a remoc;ao das pcc;as, casa seja necessaria.
DesLa m1lncira, a (argura das juntas de assentamcnto c a elasticidade do
material de rejuntamento devcm alcncier, no minima, as dc[ormat;:6es devidas a
variac;ao tcrmica a que esta submetido 0 rcvcslimcnto, mais aque\a dcvida a expansao
por umidade das placas ceramicas (ABNT, 1996 bl.
De acordo com Sichieri, Lima c Vieira (2007), 0 rejulllc C 0 material usado
para precnchcr as juntas entre as placas ccdimicas, sendo disponfvcl em uma grande
Cjuantidadc de cores.
A escolha do rejuillc cleve SCI' feiw em conjunlo com a escolha da argamassa.
Existem rcjullles rfgidos a base de cimenlo (para areas illlcrnas secas), rejunres
flcxlvcis com baixa penncabilidade a base de cimento mais latex (para pisos e paredes
em ,ircas umidas inlcrnas) c rcjuntes com baixfssima pcnneabiUdadc c flcxfveis a base
de l{ttex(para paredes inlernas) ou a base de ep6xi (para pisos externos e em fachadas)
(Ibid).
Kondo (2003) afirma que 0 rejuntamento, quando aplicado em fachadas, cleve
ler caractcrfsticas cspeciais, dcvcndo scr impermcavel, antimofo, lavavel e flexivel,
com estabilidadc de cores e protc~ao contra raios uitravioleta, al6m de aditivo retentor
de :lgu<1.
Quando 0 revesLimento eSlivcr sujeilo a agentes agressivos como <icidos e
61eos. as juntas de asscntamento e as demais devcrao ter a largura mfnima de 7
34
miifmClros, a fim de facilitar 0 perfeilO enchimenlo com malcriais apropriados
(anliacidos, por exemplo) (JUNGITER, 2003).
Para a espccific3r;ao e execw;ao do RCFE, deve ser observada, quanta
argamassa para rejulllamento, a seguinte Norma tecniea:
TABELA 4 - NORMAS TECNICAS BRAS1LE1RAS PARA ARGAMASSA PARAREJUNTAMENTO
4.4.2 Juntas cstruturais
Sao juntas j'l. exislentes na estrulura cle concreto. Na mesma posic;ao ollele
cstivercm devem scr mantidas e com mesma largura, em Lodas as camadas que
conslituem 0 rcvestimcnto (PEDRO et aI., 2002).
4.4.3 Juntas de movimentac;ao
Dcnominadas tambem juntas de cxpansao COlltnH;fl.O Oll juntas de
clessolidarizac;ao. Eslas juntas visam pcrmitir a movimentac;ao do pano ceramico como
um toelo (JUNGIGER, 2003).
Segundo a ABNT (1996 b), elas constituem-sc de um corle no emb090, senc10
CSIC prccnchido com um material resiliente e complcmcntacio com material selante ale
a face cia ceramica.
35
A ABNT (1996 b) recomenda
( ...) cxccu~50 de juntas horizontais de m()villlcnla~ao cspavadas no maximoa cad ••3 m ou a cada pe direito. na rcgiiio de cncunhamcnto da alvenaria.Recomcnda-sc a cxccu~ao de juntas verticais de movimentar;ao cspa~adas nomaximo a cada 6 m. (...).
Ja 0 "T1LE COUNCIL or AMERICAS" [19--?] reeomenda, em exteriores
crinr juntas de movimcntat;ao a cada 3,70m a 4,90111 em cacla liircyao, com largura
mInima de 9,6 milfmetros para juntas de moviment~u;ao distantcs entre si de 3,7
metros, e mlnimo de 12,8 milimctros para juntas dislanlcs entre si de 4,9 metros.
DCVCIll scr previstas juntas de 1110vil1lCnla~50 em todo 0 cncontro do
reveslimcnto com pilarcs c vi gas, e em locais em que ocorram llludallyas dos I11mcriais
que componham a base, como, por excmplo, 1101meSilla posicrao em que a alvenaria de
tijolos maei<;os en contra " viga de concreto (JUNGIGER, 2003).
Em Jajcs e paineis de gnmdcs dimcllsoes, sujeitas h f1cxao c defonnacrao lenta
clo concreto, cstas juntas serao posicionadas nas regi5es ande ocorrem os maiores
momentos POSilivos e negativos (Ibid).
36
ESPECIFlCA<;:AO TECNICA DOS REVESTIMENTOS CERAMICOS DE
FACHAOA DE EDIFicIOS
Dc acordo com Kondo (2003), as condil'oes de exposil'f1o de urn edificio
rcrlclclll dirctamcnte na vida util e na periodicidade em que ISnecessaria a manllten~ao
clos rcYcslimcnlos utilizaclos. DcsLa forma, deve-se vcrificar que caracterfsticas 0
revcstimcnto cleverd atcndcr para apresentar um bom descmpenho frente aos falores
crfticos a que cstan't sujeito.
Dcpcndo das condir;;6es a que 0 revestimcllLO cstanl expos 10, dcve-se verificar
a rcsistcncia cia pcc;a aD ataque qufmico provocado por cvcnlOs como poluiyao all
ehuya ;'cida (VARGAS ill CORBJOLl, 2003). A superffeie ceramica deve ser capaz de
nao alterar sua aparcncia quando em con lata com determinados produLOS qufmicos au
agcnlcs manchantcs.
Embora 0 revestimento ceramico scja um material que conserva bem sua
aparcneia inicial rcsistindo ao tempo, bastando lavagcns peri6dicas para mante-Io, 0
uso cle plnens ccramicas porosas em regi6es poluiclas cleve scr evitado, ja que a
freqiicncia de limpeza e manutens;ao sera aUll1entacla (PASCHOAL, 2001, apud
KONDO, 2003).
POI' cstc motivo, na hora de espccificar c1eve-se verificar a limpabilidadc
(indice de rcsistcncia a manchas) cia pes;a. Quanta a esle criterio, os produtos das
categorias 4 c 5 segundo a c1assificas;ao cia ABNT (1997 b) ofereccm,
rcspectivilmelllc, boa (mancha rcmovfvcl com procluto de limpcza rraco) e maxima
faciliclncle de remos;ao de manchas c, por isso, sao os unicos indicados para aplicas;ao
externn.
A cxpansilo por umidade e fator critjeu em ambientes umidas, ja que produtos
ecr<imicos mal C]ueimados tenelem a apresentar mnior cxpansao por umidade c este
fenomcna pade ser Ullla das causas do cstufamento e cia grctagem (INMETRO, 2007),
37
<llem de eslar relacionado a movimenta~ao e deslacamento elas placas ceramicas,
conforme afirma Kondo (2003).
De acordo com as rccorncnc!m;6cs cia ABNT (1997 c), 0 fndice de expan sao
por umidade cleve ser menor ou igual a scis milimetros por metro, cvitando-sc a
movimentac;ao e 0 destacamento elas placas.
Cavalli (2002), entrelanlO, rccomcnda que nao sc utilizem placas ceramicas
com expans5.o por umjdade superior a 0,4 mm/ill, para cvilar 0 problema do
c!cstacamcnto. Quando as piucas cedimicas possuem expansao por umidade - EPU -
clcvada (cia ordcm de 0,6 mm/m) os problemas de descolamento podcm vir a ocorrer
em I Oll 2 allos. Se a EPU for cia ordem de 0,3 a 0,4 mmim 0 fen6mcno C mais lenlo e
os dcscolamcnlos podcm ocorrer com mais idade.
Segundo Kondo (2003), 0 indice de abson;:ao de agua infilli diretamente na
resistcncia medinica e ao congelamento. De acorclo com Paschoal (2003, apud
KONDO, 2003), em cidades frias e em locais sujeitos a temperaluras inferiores a zero
graus, seu valor cleve ficar entre 0 e 3%. Nesses locais, a consiclera~ao da resistencia
ao gelo e cle extrema importancia em se tratando de revestimentos destin ados a
fachadas. Em oulras regi6es, esle indice pode ser de ale 10%.
Em fachadas nao e necessario ter alta resistcncia a abrasao (PEL), 0 que se
traduz em lim procluto de prec;o acessivel, tomando a ceramica competitiva com outros
matcriais cle revestimento (VARGAS ill CORBIOLl, 2003). Entrctanto, a resistencia
mecanica deve ser considerada, uma vez que a aC;aodos ventos pode romper a placa,
causando seu destacamento. As pec;as mais espessas sao normal mente mais resistei1les
a prcssiio do vento (KONDO, 2003).
38
6 TECNICAS EXECUTlV AS
Segundo a ABNT (J 998), a ctapa da exccu~ao do revcstimento e a principal
rcsponsavel pOl' fcnomenos patol6gicos observados posteriormente.
Possfveis improvisac;5es durante 0 scrvic;o podcm compromclcr a qualidade do
revestimento (ABNT, 1998).
De acordo com Vargas ill Corbioli (2003) 0 segredo cia boa aplicac;ao esta em
um conjunto de falores que envolvcm a correta especifjcac;ao de todos os componentes
do sistema (ceriimica, argamassa de assentamento e rcjuntamcnlo), base
adequadamente executada, bom projcto de asscnlamento, mao-de-obra qualificada
para 0 IJabalho, supcrvisao lccnica permanente durante a fase de cxecU(;ao e 0
atcndimcnto ~IS norm as tecnicas referentes a tadas as eta pas do proccsso.
A especifica~ao OLi a aplica~ao incorreta dos produtos, bern como 0
vencimento do tempo em aberlo, podem ser rcsponsaveis pelo destacamento das pec;as
(KONDO, 2003).
Os servi~os de revestimentos devcm obedecer aos seguintes prazos mfnimos,
quando se fizer uso de argamassas preparadas em obra (Ibid):
a) 28 dias de idadc para as estruturas de concreto e alvenarias armadas
estruturais;
b) 14 dias para alvenarias nao armadas estruturais e alvenarias sem fun~ao
estrulural de lijolos, blocos cerftrnicos, blocos de concreto e concreto
celuiar, admitindo-sc que os blocos de concreto lellham sido curados
durante pelo menos 28 dias anles da slla lItiliza~ao;
39
c) 3 dias de idacle do chapisco para aplica~ao do embogo au camada unica.
Para cUmas quentes e seCDS, com temperatura acima de 30° C, este prazo
pode ser reduzido para 2 dias;
d) 21 elias de idade para embo~o, em argamassa de cal, para infcio dos servic;os
de reboco.
e) 7 dias de idade do emboc;o, ern argamassas mistas au hicid.uiicas, para
infcio dos scrvigos de [ebaco;
f) 21 dias de idade do revestimento do rcbaco ou camada unica, para execw;f1o
de acabamento decorativo;
g) Para revestimentos de argamassas inclustrializadas, dosaclas em central e
misturas scmiprontas para argamassa, estes prazos podern ser alterados, sc
hOllver inS1I"u9aO especffica do produtor, com comprova9ao alraves de
ensaios de laborat6rio crcdenciado pelo INMETRO.
h) Quando a argamassa de embm.;o for aplieada em mais de lima ciemao, deve-
se respeitar 0 prazo de 24 horns entre aplicag6es.
E importanle salientar que um maior pcrfodo de tempo entre estas elapas
garanLc lima menor suseeptibilidade aos dcseolamentos devido a rnovirnenlagao da
base do assentamento cm run~ao da retra~ao hidduliea, propriedade eornum aos
produtos cimcnticios (CARY ALHO J UNlOR, 2007).
Estas movimentag6es gcram tensues superficiais, muitas vezes de magnitude
superior as que 0 cOlljunto eeramica/argamassa col ante e capaz de suportar,
oeasiollalldo, en tao, ° descolamcnto (Ibid).
40
Um:1vez que 0 revestirnento cxtcmo C l1luilOsolicitado por sol, chuva, vcnlOs
e urnidaclc, devcm ser lOmados cuidaclos em Lodasas cLapas do projelo e execuc;ao dos
rcvcslimcillos cerfimicos, iniciando-se pela correta prcparo cia base (embo~o) a seT
revest ida (ABNT, 1998).
Para aplicac;ao cia argamassa eolante, 0 eJ1lbo~o cleve se apresentar see a e
isclllO de pocira, barra, fuligem, subsli'incias gordurosas, graxas, eflorescencias c
quaisqucr elementos csLranhos para que naa haja prcjulzQ cia aclcrencia cia argamassa
colante a ele (ABNT, 1996 b).
Vale lembrar que as pe~as ceramlcas a scrcm assentadas com argamassas
colantes dCVCI11 cstar secas para nao haver prejulzo cia adcrcncia, a nao ser que haja
rccolllcncia90Cs contr::irias do fabricante cia argamassa calante Oll da eerfunica (Pedro el
al ..2002).
Ainda, segundo a ABNT (1996 a), as manifeslac;6es palol6gicas observadas no
acabamcJlto decorativQ do revestimcnto podcm ser, na verdade. cfcitos de causas
prcscntes no revestimento de argamassa.
POI' esse Illotivo, previamcntc execuc;ao do scrvic;o de acabamento
decorativo, dcvc-se proceder a inspcc;ao do revestimenlo de argamassa quanlo ao
aspccto visual (Iextura, manchas, fissuras, efloresccncias), qu.anlo ao prumo, nivel e
plancza, c quanlo £1 aderencia (Ibid).
Alem disso, a ABNT (1998), aconsclha registrar em planilhas de
acompanhamcnlo dus servic;os as condj<;ocs de aplicac;ao do rcvcslimenlo para a
claborac;ii.odo rclat6rio quanta a:
a) condi~0es de nlvel, pruillO c phllleza da base;
41
b) tratamento cia base para corre<;ao de nfvel, prumo c planeza;
c) limpeza cia base;
d) lra<;o e prcparo das argamassas;
c) espessura do revestimento au de camadas do rcvcslimcnLo; e
J) corrc~ocs au reparos eventual mente realizados ao lango do scrvh;o.
A espessura do revestimento em argamassa de paredes externas, segundo a
ABNT (1996 a), cleve ter entre 20 e 30 milfmetros de espessura. Caso seja necessaria 0
cmprcgo de espessura superior a cstc limite, clcyc-sc lomar cuidados especiais de
rorma a garantir a aderencia do rcycstimcnto.
Dc acorclo com a ABNT (1998), eada aplicac;ao de nova camada de argarnassa
cxigc, de acordo com as conrli<;6cs do ciim<l, a umidifica<;ao cia earn ada anterior.
As jUlllas devem scr exccutadas com dimensoes que pennilam a peneLra~ao
perfeiLa do mmerial de cnchimento, evitando a rorma~ao de frestas que podcriam se
tarnal' focos de eonccntra~ao de sujcira e microorganisl11os (PEDRO el a/.,2002).
Gcra[mcntc, 0 fnbricantc da cerflillica fomeee rceomcmlacr5es quanta aos
va[ores a screm utilizados de acordo com 0 l<-lmanho cia pC9a e local a scr utilizado,
mas deve .sCI" respeitacla a largura mInima exigida em norma de 5mm entre as placas
(Ibid).
Para 0 asscnlamenLO clo revestimenLo ccrfunico, a argamassa colante cleve ser
aplicada COIll descmpenadeira metalica dcntacla, estenclendo-a na parede com 0 lade
liso e. cm scguida, frisando-a com 0 lado dcntado (ABNT, 1996 b).
Deye-sc sempre manter a atem;:ao quanto ao dcsgaste dos dentes cia
cJC:SclllpCnacJeira, pois a quanticJade de argarnassa col ante que permanece ap6s 0
42
frisamento e fun~ao da sua dimensao. As desempenadeiras que estiverem com dentes
gaslOs devem ser substitufdas (Ibid).
A ceramica cleve ser posicionada rompendo-se os filetes da argamassa colante
e, posteriormente, deve sec suficientemente percutida, com elemento nao metalico, ate
o extravasamento da argamassa peJas laterais da cedlmica (Ibid).
Oeve-se tomar especial aten<;ao para que nao seja excedido 0 tempo em aberta
da argamassa colantc. Testes "in loco" podem ser realizados para averiguar este dado.
De acordo com Carvalho Junior (2007), a verifica<;ao das situ3I;6es abaixo indica
tempo em aberto excedido:
a) observa<;ao de pelicula esbranquiyada brilhante fla superffcie da argamassa;
b) toque da argamassa colante com as pontas dos dedos e nao ocorrencia de
sujeira nos mesmos;
c) 0 arrancamento de uma ceramica recem assentada e a nao verificayao de
grande impregnayuo da area do tardoz por argamassa colante.
FIGURA 3 - VERIFICA<;:AO DO TEMPO EM ABERTO
FONTE: CCB (2007)
43
Para a execuc;ao do rejunte, deve aguardar 3 dias ap6s 0 assentamento. Nao se
clevem deixar restos de rejunte secar por sobre a face esmaltada da ceramica, pois a
dificuldade de limpeza deste material levan! a necessidade de utilizac;ao de ticidos que
possam vir a provocar manchas na pec;aceramica (CARVALHO JUNIOR, 2007).
E imporlanle que sc realize lim acompanhamento constante das etapas da
cxccll~ao, regislJando dad os e decisocs tomadas. Com isso a inspec;ao do revestimento
e facilitada, bem como a identificac;ao das causas provtivcis de falhas observadas. Esse
regislro se possibilita a montagem de um banco de dados sobre a pratica adotada em
cada cOnslnJl.ora e orienta 0 desenvolvimento de estratcgias de mclhoria da qualidade
(i\BNT, 1998).
Ap6s finalizada a execuc;ao clo revestimento, dcvc-se avaliar sua aderencia
atravcs de ensaios de percussao pOl' impaclos leves, com marleio de madeira ou outro
instrumento rijo, em J m2 a cada 100 m2 de revestimento, no caso de p<lfcdes (ABNT,
1996 a).
Caso 0 revestimento aprescntc som cavo nessa inspec;ao por amostragcm, 0
mesmo devera ser inlegralmente perclltido, para a estimativa cia area tOlal, com falha
de aciercncia, a ser reparada (Ibid).
Sempre que a fiscalizac;ao jlligar necessaria, a avaliac;ao cia resistencia de
adercncia II trac;ao cleve ser realizada cm seis corpos-de-prova de reveslimento, em
POlltosescolhidos aleatoriamente, a cada 100 m2 ou menos de ,"ireasuspeita (Ibid).
Corpo-de-prova dc reveslimento, segundo a ABNT (1995 a), c uma parte do
revestilllento de argamassa, delimitada por corte, com se<;:aocircular, de 50 milfmctros
de diamelro, au quacirada, com iUUmHimctros de lado.
44
A resistencia de aderencia a trar,;;aoe a maxima tensao suportada por urn
corpo-de-prova de revestimento, oa interface em avaliar;ao, quando submetido a urn
esfon;o normal de travao (Ibid).
Segundo a ABNT (1995 a), a realizar;ao do ensaio para determinar,;;3o da
resisu~ncia de aderencia a trayao compreende quatro etapas, a saber:
a) corte do revestimento;
b) colagem de pastilhas metalicas sabre a area delimitada;
c) arrancamento das pastilhas metalicas com auxflio do macaco hidniulico;
d) verificar;ao da forma de ruptura e da espessura do revestimento e de suas
camadas constituintes.
FIGURA 4 - ENSAIO DE AVALIA<;:Ao DA RESISTENCIA DE ADERENCIA A TRA<;:AO
FONTE: Acervo do Autor
No caso de avalia9ao do sistema de revestimento cerami co, os corpos-de-
pro va devem tCf ser.;:ao quadrada. A resistencia de aderencia a tra~ao do revestimento
ceramico estara conforme quando, no minimo 04 (quatro) de 06 (seis) corpos-de-prova
apresentarem resultados de resistencia de aderencia a tr3l;ao iguais au superiores a
0,30 MPa (ABNT, 1996 b).
45
Para a avaliagao cia argamassa de cmboc;o em si, podcm scr ulilizadas pastilhas
de se~ao quadrada au circular. Dos seis corpos-de-prova analisados em cada area
avaliada, pcla menos 04 (quatro) devem aprcscnlar rcsislellcia de adcrcncia a trac;ao
iguol ou superior a 0,20 MPa (ABNT, 1995 a).
46
7 MANIFESTAC;:OES PATOLOCICAS EM REVESTlMENTOS CERAMICOS
DE FACHADAS DE EDIFicIOS (RCFE)
Em Red Rchabilitar (2003), a patologia pode ser entcndida como parte da
cngcnharia que eSluda os sintomas, os mecanismos, as causas e as origens dos defeitos
das conslruc;6cs civis, Oll seja, e 0 estudo c1as partes que comp6e 0 diagn6stico do
problema.
Segundo Barros el al (1997), tal cstudo procura definir proceciimenlos que
diminuam au ate evitcm a ocorrencia lias manifesta~6cs patol6gicas.
Para Campante (2001), as manifeslayocs patol6gicas poclcm scr entendidas
como siLuac;ocs !las quais, em dctcrminado momento cia slia vida util, os componentcs
cia cdificac;50 deixam de aprcsentar 0 clescmpcnho esperacio, ou seja, n5.o mais
cumprclll as func;6es para as quais Coram projetados, dcixando de alcncicr as
ncccssidades dos lIsuarios.
as problemas pato16gicos ocorrem com dj{"crcntes form as dc manifestayao, c
podcm tcr origem cm dii"erentcs fatorcs, pois existe nos processos c0l1s1rutivos uma
grande complcxidade dos sistemas cnvolvidos (RED REHABTLTTAR, 2003).
Para prcvcnir a ocorrencia das l1lanifesla~Oes patol6gicas, e preciso conhecer
as caracteristicas dos maleriais, sua adcqu<I\=aode uso ao local, Ulilizayao de mao-de-
obra Ircjnuda e fazer 0 conlrole do uso dos malcriais no carllciro (BARROS et aI,
1997).
Enlrelanto, quando ocorrCI11, as manifcSlayoes patol6gicas devcm scr
analisadas para que sejam sugcrjdos os rcparos adequados (Ibid).
47
Cabe a tcrapia eSludar a corre~ao e a solu'Yao dos problemas palOl6gicos,
inclusive aquclcs dcvidos ao envelhecimcnlo natural (RED REHABILITAR, 2003).
Para obler exito nas mcdjdas tcrapcuticas de corrcc;ao, repara, refofC;o ou
protecrao, e necessaria que nao apenas 0 cstudo precedente, 0 diagn6stico cia qucslao,
tenha sido bern conduzido, mas principaimente que se conhc.yam mujto bern as
vantagens e desvantagcns dos maleriais, sistemas e de cada urn dos proccdimenlos de
rccupera<;fio, pais para cada situacruo particular existe uma melhar altcrnativa de
intervenc;ao (Ibid).
Dc acordo com Red Rehabililar (2003), 0 diagn6stico adequudo c complelO e
aquclc que esclarecc todos os aspectos do problema, a saber:
a) Sintomas - Salvo raras excccrocs, os problemas patol6gicos apresental1l
maniresta~ao externa caraclerlslica, a partir da qual sc pode investigar qual
a natureza, a origem e os mecanisl110s dos [enol11cnos envoividos, assil11
C0l110 IS possIvel prognosticar SlIas prov<iveis conseqiicncias. Esses
sintomas, tambcl1l dcnominados lesoes, danos, dcfeitos ou manifcsta90es
palol6gicas, podem ser descritos e ciassificados, orientando um primeiro
diagn6stico, a partir de minuciosas e expcricnles observa\=oes visuais.
b) Mccanismo - Todo problema palol6gico, chamado em linguagem jurfdica
de vfcio oculto, vieio de constrw:;50 Oll dano oeullo, ocon'c a partir de urn
proccsso, de urn mecanismo. Par exempio: a corrosfio de armaduras no
concreto armado e um ("cnol11cnode natureza elclroqull1lica, que pode scr
acelcrado pcla presen9a de agenlcs agrcssivos extcrnos, do ambicnte, au
internos, incorporaclos ao concreto.
48
c) Origem - Um diagn6sLico adcquado deve indicar em que clapa do processo
conslrutivD teve origem 0 renomeno, a saber: pianejamcIllo, projeto.
fabrica~50 de materiais e (;omponentes fora de canlciros, cxeclI({ao
propriamcnle dila e usa, esta ultima ctapa mnis ionga, que envolve a
operm;ao e manutenc;ao das obras civis. Para fins judicia is, a idemificm;ao
da origem do problema permitc lambem identificar quem cometeu a [alha.
d) Causas - Os agentes causadorcs dos problemas patol6gicos podem SCI"
varios: cargas, varias:ao da umidade, variac;6es termicas intrfnsecas e
eXlrinsecas aDconcreto, agenrcs biol6gicos, incompatibilidade de rnatcriajs,
agcntes atmosfericos C oulros. Segundo Souza (1998), os problemas
patol6gicos ocasionados par mnnutcilyao inadequnda, all mesmo pela
ausencia total de manuten9ao, tem sua origem no desconhecimento tecnico,
na incompetencia, no dcsleixo e elll problemas economicos.
e) Conseqiiencias - UIll bom diagn6stico se complela com algumas
consic1cn19oes sobre as conscqUcncias do problema no comp0rlamento geral
cia cstrulura, au seja, um prognostica cia questao. Dc forma geraJ, costuma-
se scpamr as considera~6es em dois Iipos: as que arelam as condic;6es de
seguran9<l da estrutura (associadas ao estado limite ultimo) e as que
compromelem as condi<;6cs de higiene, cstetica, elC., ou seja, as
dcnominadas condiyocs de scrvi90 c fUIlcionamcnto da edificac;ao
(associadas aos estados limiIcs de lIlilizac;:1o).
1) Opol'tunidade de intcrvenl;ao - De ,!Cordo com Sitler (1984, apud RED
REI-IAI31LlTAR, 2003), as etapas canslrlllivas e de lisa de lima edifica,50
49
podcm ser divididas em quat.ro pcrfodos: projcto, cxccu~ao propriamenle
clila, manutens;:ao preventiva efetuada antes dos cinco primeiros allos e
manuten9ao corretiva efetuada apos 0 surgimento dos problemas. Cada
perfoclo correspondera a um custo que segue uma progrcssao geometrica de
razao cinco, confonne indicado na Figura 5.
25 125
CIIS/V relativl!
FONTE: Sitter, 1984, ill Red Rehabiiitar, 2(03)
Em genii as problemas patol6gicos sao cvolutivos e tendem a se agravar com
o passar do tempo, aicm de acarretarem OlItroS problemas associ ados aD iniciaL Desta
m<lncira, pode-se afinnar que as corrcl.;oes serao mais duniveis, mais efetivas, mais
I"accis de executar e muito mais econ6micas quanta 111a1s ceda forem executadas (RED
REHAB1LlTAR,2003).
Quanto a sua origem, de acorclo com Pedro el al (2002), as manifestat;oes
patol6gicas em rcvcstimcntos de fachada pocJcm scr classificadas cia scguintc maneira:
a) CongcniLas - OIiginadas na fase de projeto, em run~ao cia nao observancia
das Normas Tecnicas, ou l"alta de detalhes construtivos, como conlra-
50
vergas, pingadciras, etc., que afetam a estabilicladc dos revestimcntos. Sao
rcspons<l.veispOl' grande p::u1edas avarias registracias em edit1ca<;oes.
b) Construtivas - Sua origem se cia na rase de exccuc;ao cia obra, dcvido aD usa
de mao de obra naa qualificada, materiais nao certificados e ausencia de
metocioiogia para assentamento das pe.;as, 0 que, segundo pesquisas
Illundiais, rambem sao responsaveis pOl' grande parte clas 31lomaiias em
edificac;6es.
c) Adquiridas - Sao resultantes cia cxposic;ao dos rcvestimcnlos ao longo de
sua vida util podcndo scr ciccolTcntes cia agrcssividade do meio ou em
f"ullc;ao de I1KlI1l11Cnc;aO inadcquada au realizac;ao de intcrfcrencia incorreta
nos reveslimcnlos, danificando as camaclas e desencadeando lim processo
patol6gico.
eI) Acidcntnis - Caracterizadas pcla ocorrenda de algum i"enomeno alipico,
resultado de lima soiicil,u;uo incolTIum, como a a~ao cia chuva com venlOS
cle intensiclaclc superior ao normal, recalqucs c, ate mesmo, incendio. Sua
ayuo provoca esror~os de natureza imprcvisfvel, cspecialmenle na camada
de base e sobre os rejuntes, quando nao atinge ale mesmo as pe~as.
provocando movimcntac;oes que poderao desellctlciear processos
patol6gicos.
Algumas manifestac;ocs patol6gicas sao cOlTIumenteobscrvtldas no sistema de
Ref-E, c Coramabordadas nesle trabalho confonne a scpanu;flo a scguir:
I) manchamento:
2) subf10resccncias e ellorescencias;
51
3) trineas, greta men lOS e fissuras;
4) descolamcnto;
5) estufamento;
6) ex pan sao pOl' umidade;
7) choque lcrmico.
7.1 MANCHAMENTO
Segundo Kondo (2003), as manchas poclcm ocoerer pOl' problemas na
prociw;50 clo rcvcslimcnto, aklll de falta cle impermcabilizayao cia basco Alem c1esscs
fatores, foram citados dos relDs autorcs c.:onsullados, 0 manchamcnlo por polucmcs
atmosfcricos C 0 manchamcnto do selantc. Estes ullimos encontr31ll-Se mais bem
dctalhados nos itens a scguir.
7.1.1 Manchamcnto por polucnles at11losf6ricos
Segundo Kondo (2003), a polui\ao almosferica c considcrada atualmClllc
como uma clas principais rcsponsavcis pcla surgimento de manchas de sujeira nas
fachadas dos ediffcios, principaimcnte nas gran des mClr6poies e ccntros industriais.
Todos os polllcntes ap6s serCIll cmitidos par Sllas fOllles intcragem [(sica ou
quimicamente com It atmosfera, caus3ndo altera96cs em seus rcceptores.
Estas altcruyocs depcndclll dos polucntcs c das condi9oes J11c(coroI6gicas da
atmosfera (vento, chuv<l e tempcratura). Em relay~o aos aspcctos ffsicos clos polucntcs
clcve-sc analisar 0 tamanho c a forma das partfcllias conslilUintcs, ullla vez que eSS:lS
52
caractcrfsticas intcrferem diretamentc na velocidadc de sedimentac;ao e nas fon;as de
"ancoragcm" do polucnte no revestimento (Ibid).
Alem do tamanho c cia forma das partfculas, um outro aspcc(Q a ser
cOl1sidcrado c a prcscnva de materiais absorvcmcs de Iliz (materiais particulados),
como a fuligcm (principal componente cia fuma/ta). Esta e a principal responsivel pelo
aparccimcnto das manchas nas fachadas dos cdificios, lima vez que as partfculas de
maiores dimcns6es possuem uma influcncia siglliricaliva apenas nas regi6cs pr6ximas
~ISfontes geradoras, aiem de serem menos alivas oplicamcnlc (VERHOEF, 1988;
BALL aplld RABL, 1999).
Em rclac;ao aos aspectos qufmicos dos poluemes devc-sc analisar,
principal mente, a rcatividade qufmica entre os pr6prios consliluinles da polui\=uo e
lambcm em rela~uo aos diversos maleriais presenles nos cdiffcios. Exemplificando,
Rabl (1999) arirm<l que algumas partfculas ou oxidantes poelem reagir com 0 di6xido
ele enxofre (S02), causando a corrosao e a deleriora9ao de alguns materiais dos
ediffcios.
Ap6s a ;:\Iullisc das caracterfsticas dos polucntcs, dcvcm-se verificar as
principais coneli~6cs atmosfcricas - vento, chuva e temperatura - que condicionam a
dispersao dos polucntes na atmosfera e, conseqiientemcnte, favorccem Oll nao 0
aparecimento das sujidades nas fachadas dos edificios. 0 vento, lllll dos Falores mais
importantes para a dislribui9ao dos poluenles na atmosfera, delermina, por meio de sua
dire~ao, para onele as partfculas irao se dispersar e, par meio de sua velocidade, a
dilui~ao das substancias emitidas pclas fontes de polui950 (Ibid).
53
OULm fator atmosferico que influencia na dispersao dos poluentes sao as aguas
de chuva, responsavcis pcla descontaminat;ao do ar atmosfcrico, au scja, pelo
clecrescimo do teor de parlfcuias em suspcnsfio na atmosfera. Carrie e Morel (1975,
lIpl/d RESENDE E MEDEIROS, 2004) afirmam que as chuvas de pequena intensidade
(menor do que 5 mm/h) favorecem 0 aparccimento de sujeira devido a elcvada taxa de
umidade que cia ocasiona, facilitando a allcoragem de particulas nas fachadas dos
ediffcios. Em contraparticla, estes autorcs salicnlarn que as chuvas de majores
intcilsidades (maior que 5 mm/h) favoreccm a lavagern dos revestimcnlos de rachadas.
Entre as caracterfsticas ffsico-quimicas dos revestimentos que favorccem 0
aparecimcnLo de sujeira, pode-se citar a sua rugosidade, porosidadc c a sua capacidacle
de absoryao. Segundo Perez (1986), apesar dos revestimcntos rugosos conferircm
maior aclerencia as partfculas, as superffcies lisas propiciam cOllcel1tra~6es de fluxos
de agua sobre a parcdc, aceleralldo os desgastcs difcrenciais e, conseqiientementc, a
ocorrencia de manchalllcnto.
De forma oposta, as superffcies fugosas provocam 0 espalhamcnto dos fluxos
de agua, diminuindo os desgastes diferenciais, ou seja. evitanclo as escorrimentos
concentrados c irrcglliares de agua de chllva (Ibid).
Em rela~50 fl porosidade dos maleriais conslituintcs do rcvestimento de
fachada, Petrucci (2000) afirma que a agu<.l em Limmaterial poroso e eapilar fixa as
impLlrczas, que par capilaridade penelram nos matcriais.
Carrie e Morel (1975, apad RESENDE E MEDEIROS, 2004) cxplicam que,
nos revcstimcJ1los COlllpostos por capilarcs Illuitos finos e numerosos, a agui1 deposita-
se na entrada dos capilares, ocorrenda um intenso manchamenlo superricial do
54
reveslimcnlo. 15 nos revestimentos compostos de capilares grossos e pOlleD
numcrosos, a <lgua, juntamente com a sujeira, penctra ncslcs poms, possibilitando urn
mcnor manchamento superficial.
A polui~ao atmosferica possui, entre suas particulas constiluinlcs, bacterias,
algas e esporos de fungos. Esses microorganismos podem desenvolver-se no RCFE,
causando uma alterac;ao estetica com a fonnac;ao de manchas de difercntc coiorac;ao.
EntretanlO, 0 descnvolvimcnto desses rnicroorganismos dcpcndc de alguns falores
biol6gicos e climaticos, dentre os quais podc-se destacar: 0 pH, a temperatura, a luz, a
umidadc c as condic;5es nutritivas (Ibid).
7.1.2 Manchas provocadas pelo selante
Estes manchamentos podem ocorrcr, segundo a ASTM C 1 193 (ASTM,
2000), dcvido ~I migrar.;:ao de constituintes do selantc (plastificantcs, anLioxidanles e
oulros aditivos) para as poros ou para a parte superficial do revestimento.
A migrar.;:ao dos constituintes dos selantcs para os paras do reveslimenlo pode
ocasionar lim aspecto molhado no revestimcnto ("oil staining") all alteral" a sua
capacidade de abson;ao de cigua do revestimento ("halo stain"), all seja, quando 0
revestimenlo possui aspccto oleoso, essa parte permaneee com aspecto de seca (CHIN
el ai, 1996).
Entretanto, a migrar.;:ao dos constituintes para a parte superficial do
reveslimcnto pocic provocar, clevido a maior capacidade de atrar.;:ao, uma acumular.;:ao
de sujiclades e poiuenles atmosfericos nas bordas das juntas ou na superffcie do
reveslimenlO (Ibid).
55
AS manchamenros na supcrffcie dos scJames (altera~ao de cor), segundo a
ASTM C 1193 (ASTM, 2000), podem oeorrcr:
a) pcla exsuda9ao de componentes do selante para a sua supcrffcic, fato que os
lOrna pegajosos (bloOI1l;,tg);
b) pcla absof9fl.O de radia<;ao visfvcl c ultraviolet a, 0 que pode alterar
permanentemente 0 sclante. depcndcndo do tipo e cia qualidade dos
pigmcntos e estabilizantes~
c) pcIa calcinavao dos scIantes (chalkillg), fato causado pcla dcsintcgrayao do
polimcro c que produz a rorma~ao de po 2 na supcrrfcic do sclante;
d) pcla delcriorw;ao cia superffcic do sciante causada pcla dcgradar;;ao e erosao
dos polfmcros presentes em alguns seiantes, ocasionanclo a aitera<;ao cia cor
eo aUlllcnto cia rugosidade e porosidadc do sci ante;
e) pcla prcscntya de poluenLes na atmosfera e por produLos uLilizados para a
limpeza.
Apcsar cia exish~ncia dc varios tipos de selantes (por cxclllplo, silicone,
poliureLano, aerflieo, cpoxi, betuminoso elc.) C de fabricantes, poucos aprcsenlam um
bom desempenho, em relavao au manehamenlo, quando aplicados em fachada de
edirfcios. Chin et al (1996), apos varias analises de campo e refcrcnciando outros
aulores como Chipman C Honold, afirmam que a maioria dessas sujidades oeorre,
principalmenle, quando se utiliza selantes de siliconc. Ainda scgundo csses autores,
com 0 usa de selanlc de poliurctano a ocorrencia cia maioria dcssas sujidadcs pode ser
minimizada.
56
7.2 SUBFLORESCENCIAS E EFLORESCENCIAS
As floresccncias podem ser divididas em dais grupos: subfloresccncias
(criptoflorcscencias) e crloresccncias. As subfloresccncias saO tloresccncias nao
visfveis, porque os depositos salinas se formam sob a superficie cia pcC;a, enquanto que
nas efloresccncias os dep6sitos salinas sc formam na sllperffcie dos produlos
ceramicos. A crjslaliza~ao de sais na supcrffcic das pc<;as ccramicas n50 procluz
csror~os mccanicos importantes (BIA,1997, "plId RESENDE,2004).
Ao contnirio quando a cristaiizu<;ao se ct::} no interior do material, nos poros e
recic capilar, podclll ser produzidos esfon;os medinicos considenivcis. Assim, as
erIorcsccllcias callsam degradayao m..icroestrutural apenas nas zonas pr6ximas a
superffcic, bem COIllOdcgradac;ao e8H!tica no produto eeramico (Ibid).
Segundo Cavani (2002), para se eviLar esse tipo de anomalia devc-se garanlir
que nao haja percolar;ao de agua pelo sistema de revcstimento. Para tal, BIA (1997,
apud RESENDE, 2004) sligere alguns cuidados a scrcm t0l11ad08,tais como:
a) lItilizar na argamassa de embor;o cimcntos com baixo tcor de <l!calis;
b) ulilizar placas ccramicas de boa qualidadc, queimadas em atlas
tempcraruras 0 que elimina os sais 80luveis de sua composir;ao e a umidade
residual;
c) garantir 0 tempo necessaria para sccagem dc lad as as camadas anteriores [\
cxecuvao do revcstimento ceramico.
Dentre os dep6sitos de sais que OCOITcmnos rcvcstimenlos de faehada
clestacal1l-sc aquelas que aprcsclllam na colorar;ao branca. As principais fontes de
cfloresccneias de cor branca sc eneonlram relacionadas no quadro abaixo:
QUADRO I - PRINCiPAlS FONTES DE EFLORESCENCIAS DE COR BRANCAEnorcsccncins composi :io ( uimicn) Principais routcs
$ulfalQ de Magnesia MoSO.I) Agua de amassamcnto; tfolDS; blocosSu]falO de Ci'ilcio Dihidratndo CaS04.21-1 0) Blocos cerrunicosCarbonalo dc Pot<issio (K1C01) Argamass<.I com cimcnto de clevado leor dc alcalisCarbonato de S6dio Na COl Ar 'amassa com cimcnto de clcvado leor de filcalisBicarbonato de S6dio A.!:&lmassa com cimcnlo dc elevado lear de ,,!calis
Clarclo de POlassio (Ke!) ~li:]l:ra:.f~~~omlisa de soluc;ocs ticidas (acido
Clarclo de Sodia (NaCI) Ncvoa salinaFON I E. Adnp'.ldo de BlA (1997. apud RESENDE, 20(4)
Entretanlo, podem ocorrer depositos de difcrcntes colora~6es (por cxcmplo,
verde, marrom). originados dos sulfatos de vanadio (YaS04), provcnientes dos
eomponentcs ccrfimicos; dos oxidos tic magnesio (MnJ04), provenientes dos bloeos
eerJmicos; dos clorelOs dc vanadio (VaClz), provcnicntc cia limpez<.ldo rcvestimento
com uso de acido; clos oxidos de ferro, provcnicntes de maleriais mcHilieos, que
contenham, ferro em sua eomposiyao, pr6ximos ao reveslimcnlo (I3IA, 1997, aplfd
RESENDE,2004),
Ullla simples lavagem cia superrfeie do revestimento eerflmico c sufieiente
para a remoyao dos depositos, mas cles podclll voltar a oeorrer. Com 0 passar do
tempo, ~l llledida que os sais foreIll senclo climinados, 0 problema tcndc a diminuir
(Ibid),
A absoryflo e impcnneabilidadc, em maior au mcnor grall, Sao earaeterfslicas
intrinsccas dos matcriais utilizados na estruturayao dos pisos e revcstimentos em geral.
o mcsmo ocorre em relayno ao fato de csses matcriais possivclmente contercm
subst5ncias so]Clveis em agua. Conludo, para FiorilO (1994) c inaclmissfvel pcrmilir
Illovimentayao de LlgU<l atravcs deles, fato que pode SCI' eonsiderado como falha
57
58
conslrutiva.
7.3 TRINCAS, GRETAMENTOS E FISSURAS
Da-se 0 nome de grctamenlo a uma scrie de aberturas inferiorcs a I mm e que
ocorrcm na superficic csmaltada das placas, danclo a cia uma aparcncia de tcia de
aranha Bauer (1996).
Dc acordo corn Cavani (2002), 0 gretamcnto normalmentc ocon"c dcviclo a um
dcfcito de fabric'-I9iio, pais mao ha lillla compaLibiliza9ao do coeficiente de dilata9ao
tcrmica do vidrado com 0 do biscoito (base cia placa cedimica). Placas cerflInicas com
elevada ex pan sao por umidadc tambcm podcl1l aprescntar grctamcnlO.
As trincas, grelamentos Oll fiSSur3S oeonem gcralmentc nos primeiros c
liltimos andares do edirfcio, aparcccndo dcvido a perda de integridade cia sliperffcic cia
placa ceramica, que pode simplcsmcntc scr um defeito cSletico (no caso do
greta menlo), ou pocic evoluir para lim destacamento (no caso de trincas) (THOMAZ,
2000).
S~o comuns a auscncias de contra vergas nos peitoris das janelas, causando
fissuras. Ainda quando prcvisloS, nao sao raros os casos de vergas com apoio
insllficiente, ou com dcCormal.tao superior a lOlerada pelo rcvesLimcnLo. concenlrando
cargas cxcessivas sobre a alvenaria. Ainda que a eslrulura esteja estavel, cssas lensocs
indesejjvcis provocaram 0 descolamento do revestimcnto cia fachada (SABBATINJ e
BARROS, 1990).
Em Fiorito (1994) pura as alvcnarias ou lajes de concreto podem ocorrer: lima
lra~iio axial; lima (;ompressao axial Oll excentrica; f1exao; cisalhamcllto; e toryao. Os
revestimenlos rixados sobre as alvcnarias c lajes estarao conscqUentemcnte submctidos
59
aos meSIllQS csfon;;os. Nao sao rarcs os casas de fissurac;ao como conscqUencia cia
existencia de tais soiicitac;ocs e assinalando lima falha conslrutiva, embora 0
carregamcnlo da estrulura cSleja dentro do limite admissivel.
As C<lusas dcsle tipo de manifcSlaC;JO patol6gica se enCQntram rcsumidas no
quadro 2, adap(ado de Campan(e e Baja (2003, "pud FONTANELLE 2004).
QUADRO 2 - CAUSAS DAS THJNCAS, GRETAMENTO E FISSURASCausa tlas trincas, grclamcnto e
lissuras Dcscrit;ao
Dilata~iio c relf,U;aO das placas ccrtl1l1icas
Ocorrc quando hj vari;u;ao Icrmica c/ou de umidadc. Acxpansiio por umidade e lima caraclcrlstica limitada elll0,6 mm/Ill pela t\BNT (I 997c). Estas variru;5cs geram umeslndo de tcns('Scsinternns que. quando ultrapassam 0limite de rcsistcncia cia placa cerfunica, causam trineas efissura. e qu:mdo ultrapassam 0 limite de resistcncia dacamada de esmaitc, eausam grelamcnto.
Deforma~ao cstrutural excessi"a
As defonmu;Ocs do ediffcio poclem erial" tensues naalvenaria que, quando nan silo complctamentc absOl"vidas.podcm scr transferidas aos rcvestimentos.A partir de um determinado Ilfvcl de tensOcs, arevcstimcnto ccrarnico acaba se rOlllpendo e, muilasvezes, deslacando-sc do substrato.
Ausencia de detalhes construlivos
Dctalhes conslrulivos, como vergas e contra-vergas nasabCr!llras de janelas e portas. plalibandas e juntas demovimcntayfio. podem ajudar a dissipar as tens6es quechegam aos reveslimentos. A execu(,:ao de pingadeiras nasjanclas. e a coloca~fio de rufos sabre as muros eplalibandas evilam a entrada de ::i.guasob 0 reveslimcn\o.prcvenindo a ocorrencia de diversos tipas demanifestagges...patol6 'icas.
Rctrayiio cia argamassn de fix:I"fiio
Ocorre quando nao SCtomnTll os devidos cuidados nadosagem e com a cur:.. A re[ra~ao da argamassa eausadapela hidrata9fio do cirnento pode causar (cnsues na placaceramica quc. pur eSlar finncmcnte adcrida a argamassa,pode lornar a superficie convexa e tracionadll. causanclogretamcnto. JiSSllrasou mcsmo trincas nas placascerJmicas.
DeformayOes excessivas
Pode ocarrer par dimcnsionamento inaclequado ciacslrutllrn. sobrccnrga nao prcvistn ou recalquesdifcrenciais. ocasionando deformar;Ocs incompatfvcis comas Sit)ortadas lelo rcvestimcnto.
FONTE: C.lmp.mtc c B.u.l (2003) flplld Fontanelle (2004)
60
7.4 DESCOLAMENTO
Dcntre as maniresta~6es palol6gicas cncontradas. a mais grave C 0
cicscolamcnlo, au scja, a pcrcla de aclcrencia entre 0 substrato e 0 revcstimento. Alem
de prejudicar a eSletica cia fachada c a cstanqucidade do cdirfcio, 0 descolamcIlto das
pC9as ccramicas de fachada pode causar acidenles cnvolvendo a inlcgridade ffsica dos
lIsuarios c lranSClInlCS, alem de implicar em OlUroS prejufzQs materiais como Cllstos
aclicionais de re-trabalho e rccupenu;ao e ate incicnizJc;6es pOl' parle dos responsaveis
(NEVES, 1997).
o sinal cieSla patologia caractcriza-se pelo som cavo (oeD), nas placas
ccramicas quando perel/Lilias. au ainda a obscrvJ'r3.o de estufamento da camada de
acabamento entre as placas ccramicas e rejuntes (SABBATINT c BARROS, 1990).
Cavani (2002) rccomencla que se vcrifique a cada I a 2 an os sc existem placas
com som cavo para que as mesmas sejam substituidas antes que vcnham a sc
desprcnder.
A recupera.;ao de fachadas quc aprescnt<lm 0 descolamento de placas
ceramicas e extrcmamenle trabalhosa ceara, ja que 0 rcparo localizado ncm scmpre c
cficicllLC, pois volta a aparccer em Oluras .<ireas, na rn'<lioria dos casos c neccss<'iria a
rctirada total do revcstimenlo (NEVES, 1997).
o estudo dos problemas relativos a desprendimcnto do RCFE, passa pela
analise do revestimento aplicado, peln meloclologia e qualiclade do asscntamento e
caraelerfstjcas cia argamassa de revcslimcnto (BAUER, 1997).
o emprego de mao-de-obra niio qualificada para 0 trabalho c scm a devida
61
slIpcrvisao tccnica durante a rase de execw;ao, 0 nao atcnciimcnlo as nOf1l1as tecnicas
refcrcntes a Ladas as fases do processo e a ausencia de detalhes conslfutiVQS como
conlra~vergas c juntas de soliciariz3yao, poclc1l1 ocasionar falhas levem ao
destacamento das placas ccramicas (ARANHA, 1994).
Um impOrlanle instrumento para diagn6slico preciso do problema que cstu
callsancio desprcnciimenlo sao as cnsaios em laboralorio, lajs como: de absofcrllO de
agua, expansao por umidade no caso de revcstimcnlo ceramico, ensaios de resistcncia
~Ilracrao entre as camadas componenLcs cia fachada (BAUER, 1997).
Segundo Sabbatini (1999), a perda de adercncia e lim ren6meno causado por
falhas au rupturas na interf"lcc cia ceramica com a argamassa adesiva, ou mesma desta
com 0 substrato, devido a tens6es surgidas que ullrapassam a capaeidade resistente dos
liga~6es.
Essas tens6es podem ocorrer rela inslabilidade do suporte devido a
acomod:u;:ao do edificio, defanna'.tao lenta (nucllcia) da cstrutura, varia<;6es
higrolcrmicas e de temperatura. Para evilar a descolamcllIo por estes Illolivos, 0 ideal
scrhl executar 0 revestimcnlo ccramico na rase da conslfll'.tao em que a cSlrutura n;-\o
esteja rcecm exceulada, ande pode apresentar umidade (CINCOTTO, (986).
Ballcr (1997), afirma que as cspessums cxccssivas de argamassa, superiorcs a
2 em, padem gerar, por relr;:l~ao natural, tensoes elevadas de trac;:ao entre a base c 0
chapiseo, podendo provoear 0 sell dcslocamento.
Alcm disso, segundo Cavani (2002), argamassas com execs so de finos
(provenienlc da arcia) {em lima rClra~ao elevada que pode conduzir ao fissuramento do
revestimcnto, prejudicando nssim a estanqueidade do cdiffcio.
62
Dutro fator gcrador de tensoes corresponde as grandes varia~6es de
temperatura, que podem gerar tens6es de cisalhamento oa interface argamassa-base
(BAUER,1997).
Com 0 passar do tempo essas tcns6es podem if compromclcndo a aderencia
ate 0 ponto em que a plaea ceramica venha a descolar (CAVANI, 2002).
De acordo eom Propster (1980), a ausencia de juntas de dilatac;ao (agravada
pela utiliza(,fao de placas de cor escura e ocorrencia de choque termico), coloca~ao de
juntas "fictfcias", as quais naD penetram em todas as camadas (apenas aplicavao de
selante superficial) tambem pode ocasionar 0 desplacamento da ceramica da fachada.
Deve-se observar ainda a correta prepara~ao do substralO para a execu~ao do
chapiscQ, do embo,¥o e da argamassa colante, bern como 0 tempo em aberto da mcsma.
o embo90 deve se apresentar seco e isento de poeira, barro, fuligem, substancias
gordurosas, graxas, etlorescencias ou quaisquer elementos estranhos para que nao haja
prejuizo da aderencia da argamassa colante a ele (SABBATINI, 1999).
FIGURA 6 - DESCOLAMENTO
FONTE: Souza, R. H. G., Revista Internacional Construlink, v. 3, n. 8, 2005
63
7.5 ESTUFAMENTO
o estufamento pode ser provocado par retrayao e compressao da argamassa de
assentamento, quando esta e muito espessa para regularizar desnivelamento da basc. 0
estufamento tambem ocorre em situ390es onde a ceramica apresenta alta expansao par
umidade, neste caso as pe9as tern a re-hidrata<;:lo de seus minerais (KONDO, 2003).
Outra passlveJ causa e a uliliza9ao de produtos cerfimicos mal queimados e de
granulometria de massa inadequada (grao com dimensoes acima dos padr6es), que
apresentam elevado Indice de absofyao d'agua (acima de 10%) (Ibid).
FIGURA 7 - ESTUFAMENTO DE CERAMICA
FONTE: Acervo do Autar
7.6 EXPANSAO POR UMlDADE
Conforme Chiari el at (1996), expansao por umidade e a expansao sofrida por
alguns materiais ceramicos provocada par abSOfyaO de agua na forma IJquida au de
64
vapor.
A causa da expansao e a rehidratw;ao dos materiais argilosos que comp5cm 0
carpo cerfimico. Essa expansao geralmente ocorre lentamente durante urn longo
pedodo e e pequena. Argilas com caractcrfsticas ffsico-qufmicas inferiores podcm
apresentar baixa rcsistencia a flexao e ao desgaste. elevada absor~ao e dilatavao,
descolamento e deslOrroamento em funvao de intemperies e rnaresias (Ibid),
7.7 CHOQUE TERMICO
Os revestimentos e suas camadas suportes de argamassa. de alvenaria, au de
concreto sofrem defonna~5es termicas d.iferentes devido a diferen~a de seus
coeficientes de dilatac;ao e, especiaimente, a temperatura diferencial entre as faces
externa e interna dos ediffcios OU, ainda, pelas condic;6es ambientais de temperatura
(PEDRO et al., 2002).
No caso do revestimento ceramico 0 coeficiente de dilata~ao linear e a melade
do coeficiente de dilatm;ao termica linear da argamassa e do concreto. Haven\
compressao a medida que temperatura cai em todo 0 conjunto (Ibid).
FIGURA 9 - CHOQUE TERMICO COM DIMINUI<;:AO DE TEMPERATURA
Oiminuicao deTemperatura
DESTACAMENTO
FONTE: Pedro et aI, 2002
65
66
8 LIMPEZA E MANUTENC;:AO DE REVESTIMENTOS CERAMICOS DE
FACHADAS DE EDIFiCIOS (RCFE)
Se formos observar os agentes de degrada\3.o nos eciirfcios, nota-se que eles
agem primeiramcnlc e de fomla mais intensa sabre as revestimentos de fachada,
possibilitando a sua rapida deteriorac;ao (POLISSENI, 1985).
Dcntrc estes agcntcs. Selma (1989) lista as for~as de impacto, 0 vento, a
chuva, a umidadc, a poluir;ao atmosferica, as plantas e microorganismos, a variac;ao de
temperatura, a radia~ao solar e as vibra~oes.
Alcm cia conserva<,:ao dos aspectos csteticos cia fachada, a limpeza dos
revestimcnlos de fachada c jmportantc para uma melhor avaliac;ao das conciic;6cs de
conservar;ao dos componentes clcste subsistcma, compos to pOl' pJacas ceramicas, as
rejulltes, as selanlcs, al6m cia climinac;ao de microorganismos e de Olltras slibstancias
delelcrias (por cxcmplo, oxidos de nilrogcnio, anidrido sulfuroso) que acumulam sobre
os rcvestimentos (KADLUBOWSK1; BYNUM, 2001).
Kadlubowski e Bynum (2001) ainda consideram que a limpeza do
reveslimenlo permite a transpirac;ao normal da umjdade. uma vez que elimina dos
poros algumas subslfincias que impedcm ou dificultam esla lranspirac;ao.
IS10 posto, eSle trabalho aprescnta principais proccdimcnlos de limpeza de
RCFE nos ilens a seguir.
67
8.1 LLMPEZA COM AGUA
ESle tiro de limpcza conla com a capacidadc cia agua em dissolver e
desprcndcr diversos tipos de sujciras prescntes nos revestimentos. Apesar desle
grande pacler de dissoluc;ao, 0 lisa indiscriminado cia agua pode causar cfeitos
desagradaveis nos diversos componentes c elementos dos cdiffcios, como
manchamenlos e enorescencias (MONCRIEFF e WEA VER, 1996).
As lecnicas utilizadas sao:
a) salurac;ao do revestimcnto com agua fria que consislc na aplic<l9f1o continua
de agua durante lim perfoclo para 0 amolecimcnto das manchas c, vapor de
agua (CSTC,1995);
b) a projec;ao de 6gua sob prcssao pennitc arrancar as particulas adcriclas nas
rugosidadcs do revcslimento ou em substancias gordurosas. 0 usa ciesla
tecnica de limpeza cleve sec baseado na analise clas scguilllcs vari:ivcis:
pressao,vazao, tipo cle bico, angulo do jato de agua e temperatura
(ESTOUP, 1997).
c) vapor cle agua quente: tccnica que Consisle na projes:ao de vapor ou agua
quentc com temperatura variando entre 80°C e 140°C. Com 0 uso de
produtos quimicos, e utilizada como auxiliar na Iimpeza COIll agua sob
pressao. 1s50 se cleve a possibiliclacle ue reduc;:ao cia prcssao do jato e cia
quanlidadc cle {jgua e produlos qufmicos lItilizaclos, para 0 amolecimelllo
previo cia 5ujeira peln escoamcnto da agua condensacla no revcslimelllo,
posterior dcscobmento cia sujeira pcla a~ao mcdinica do vapor e,
68
finalmenlC, pela eliminac;ao pelo escoamento cia agua resultante da
condensa<;1iodo vapor (CSTC, 1995).
8.2 LIMPEZA ABRASIVA
Este tipo de limpcza remove as manchas por meio da apJicayao rnecanica de
materiais no revcstimcnto. Esta aplicac;ao mccanica pode ser por meio de escovaltao au
pela projec;ao, seea ou limida, de mmcriais de caraclerislicas abrasivas (BOYER,
1986).
8.3 LlMPEZA QUfMICA
E a Iimpeza rcalizada com a utilizacrao de produtos quimicos.
Segundo Boyer (1986), os prociulos qufmicos mais comumcnle utilizados para
a limpcza de revestimcntos de fachada de ediffcios sao os sab6cs, os detergcntes, os
soivenlcs orgflnicos, os <iciclos c as bases.
9 CONSIDERAC;OES FINAlS
69
fachadas de edificios apontadas pelos autorcs estudaclos e suas respccliYas causas
As mais rreqUenLes manifeslac;oes patol6gicas do rcYcslimcnLo cerfimico de
podcm scr resumidas como na Tabcla 5, abaixo:
TABELA 5 - MANIFESTA OES PATOLOGICAS DO RCFEPATOLOGIA CAUSA
Mllncharnento
Floresccncias(Subflorcsccnciase Eflorcsccllcias)
Trincas.gretamcntos efissuras
- problemas na produ~ao do revestimcnto;- faha de impermeabiliza~ao cia base;- aclimulo de poluentes atlllosfcricos, favorecido por rugorisidadc e porosidadc
cxccssiva do revestilllclllO;- lnigr<l9fio de cOllstiluinlcs do selantc par{l Os poros au pam a pane superficial
do revestirncnto;- ahsor~ao de radia~ao visfvcl c ulLravioiela (manchamento do sclante);- degrada~iio e erosao dos pollmeros prcscnlcs no selantc (manchamcnto do
selantc).- pcrcola9i'io de agua pclo sistcma de revcslimcnlo;- uliliza~iio de argamassa com cimento dc alto teor de a1calis:- ulililao;iio de placas ceriimicas de ill<l qualidadc;- limpez:! do rcvcstimento comuso de ;icido.- m;'i compatibiliza~ii() do cocriciente h~rmica do vidr;uJo com 0 biscoito:- elevad:1 cxpansiio pOl' umidadc;- dcfonna90es estruturais excessivas;- auscncia de detalhcs construtivos;- relrarrfio da argamassa de fixayao.- instabilidade do suporte, devido 11 acomoda9i'io do cdirfcio, Iluencia da
estrutura. variaC;Oeshigrotcrrnicas e de Icmper:llura;- rell':lc;:aoda argamassa de embcxro por uliliz:v;:"io de argamassas com cxcesso
de finos:- auscncia ou execU!;iio incorreta dasjuntas de dilata~ao;- auscncia de delalhcs construlivos;- prcpanH,:ao incorrcta do substrato para a CXCCtlC;i'iodo chapisco, do embo90 e
da argamassa colanlc;- nao obscrva9iio ao lempo em aberlo da argamassa col ante.- retra9ao e comprcssao cxcessiva da argamassa de aSSClltamento. devido a
Esluramenlo exce.~so de espcssura da mesma;- utilizllc;:iiode produlos cenirnieos Illal queimados.
Expansao pOl' - abson;iio de 5gua pelo rcvestimenlo ccrtunico:umidadc - prodll~ao de pel;as ccramicas com utili:w9ao de argilas de baixa quaJidade.
- direrell9a enlre os cocficientes de dilata~i'io do revestimellto e de suasChoqllc Icrmico camadas de suporte;
- grande direrencial de temperatura entre as faces externa c intern" do cdiffcio;- condi((Qes ambientais dc Ic]nperatura.
Descolamcnto
FONTE: As Auloras
70
lslO posta, c passivel conduiT que a correta espccificat;ao e execuc;ao cia
protec;ao cia vcdac;ao vertical externa certamcnte levarao a urn 3UI11Cnto cia vida litH dos
revestimcntos utilizados, com menor inciciencia de manifestac;6es patol6gicas, C
conseqilcntc melhoria no dcscmpenho global cia cdificac;ao e dos custos com
manUlenc;,:aoe intervcJ1c;oes correlivas.
Para que isso Dccrra, e necessaria urn born conhecimento sabre funcionamento
do sistema de rcveslimento ceramico e de seus componentes (cerflmica, argamassa de
assentamenlQ c rcjuntamento), 0 cuidado com a prcparac;ao cia base e 0 emprego mfio-
de-obra qualificada para 0 trabalho, supcrvisao lccnica permancmc durante a fase de
execuc;ao.
Aicill elissa, deve SCTdifundicla a importancia cia execLlyao de um born projeto
dc assentamento, cia avaliayao de desempenho e do contra Ie de CJualidadc na produyao
dos ediffcios, <Ilcnclcncloas normas tecnicas rcfcrenles a loclas as clapas do pracesso.
71
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