A Moderna Criminologia

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  • 8/16/2019 A Moderna Criminologia

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    A MODERNA CRIMINOLOGIA

    - Com a luta entre as escolas podemos afirmar que surgiram três vertentes para a criminologia quais sejam: as de cunho biológico, as de orientação

     psicológica e as sociológicas.

    Orientações biológicas preocupam-se com o homem delinq!ente,

    tentando identificar nesse, ou seja, em seus diversos sistemas e subsistemas ofator que e"plicaria a tendência ao crime. #esta podemos afirmar que o objetivoda criminologia de cunho biológico ou simplesmente biologia criminal $identificar a patologia %disfunção ou transtorno org&nico' que seria a força motri(desencadeante da criminalidade. )ossuem uma inquestion*vel vocaçãoterapêutica que se sobrep+e a outras projeç+es do saber cientfico. eja como for 

    guardam a origem na sistem*tica lombrosiana pois de um modo geral partem da premissa de que o homem delinquente $ distinto do homem não delinq!ente% princípio positivista da diversidade' e que o respectivo fator diferencial $ agênese do delito. urgindo acerca do tema diversas abordagens a depender doenfoque cientfico dado podemos mencionar: abordagem antropológica,

     biotipológica, endocrinológicas, gen$ticas, neurofisiológicas, bioqumicas entreoutras...

    Orientações psicológicas buscam a entender o crime atrav$s da

    compreensão do mundo anmico do criminoso quer analisando os processo psquicos anormais %psicopatológicos', quer atrav$s da compreensão dosubconsciente utili(ando-se para tanto da psican*lise, ou mesmo aquelas que

     buscam entender a etiologia do crime atrav$s das teorias psicológicas daaprendi(agem.

    Orientações sociológicas > buscam compreender o delito como fenmeno

    social, aplicando a sua an*lise diversos marcos teóricos precisos: nas vertentesecológicas, estrutural-funcionalista, subcultural, conflitual, interacionista etc...

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    Modelos biologicistas

    - 8pesar de certas limitaç+es o enfoque biológico tem seu lugar e sua

    função dentro da criminologia cientfica e interdisciplinar. )ois j* ficou provadoque a herança biológica e a carga gen$tica são fatores que influenciam em

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    diversos aspectos da e"istência do indivduo. inclusive predi(endo tendências.0bviamente que devemos nos afastar das linhas mais radicais neo-lombrosianasque na maioria das ve(es descambam para modelos pouco demonstr*veisafastando-se da verdadeira ciência. )or fim vale acrescentar que os modelos

     biológicos evolucionam para paradigmas cada ve( mais comple"os, din&micos eintegradores, capa(es de ponderar a pluralidade de fatores que interatuam nofenmeno delitivo.

    ;.  Antropometria de bertilon  ' com o qual ?oring lançou o celebre desafio asteses lombrosianas. ?oring provou que não e"istem estigmas

    degenerativos ou diferenças morfológicas sensveis entre criminosos e nãocriminosos. Concluiu que havia base emprica para se sustentar ainferioridade do criminoso em relação ao não criminoso, que havia certahereditariedade. 3odavia a d$ficit não tinha nada haver com caractersticasfsicas e sim psquicas e mesmo assim este não podia ser interpretado emsentido patológico.

    @.  Biotipologia !restc"mer,#  A a disciplina que estuda o Btipo humanodestacando o predomnio de um órgão ou de uma função. )arte da

     premissa que e"iste uma correlação entre os caracteres som*ticos e os

     psquicos. 1"istem diversas classificaç+es dos tipos psicossom*ticos cadauma representando o pensamento de uma escola. 8 classificação maisdifundida $ a da escola alemã feita por Drestchmer que em ;E=; publicou%Dorperbau und CharaFter'. Elaborou uma dupla tipologia: aconstitucional >  dividindo os indivduos em leptossom$ticos  %corpocomprido e delgado, cabeça pequena, nari( pontiagudo  sua representação

     geométrica seria uma linha vertical.  Atlético %grande desenvolvimento doesqueleto e da musculatura, tóra" e cabeça grande  sua representação

     geométrica seria uma pirmide invertida.   %&cnico  %grandedesenvolvimento das cavidades viscerais, abdmen proeminente, cabeça

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    redonda e larga, e"tremidades curtas e tendências a obesidade representação gr!fica circular.  Displ$sicos são aqueles indivduos comcaractersticas e"ageradas que não se enquadram nos tipos anteriores. 3ipomisto $ o mais comum e procede de uma combinação dos tipos anteriores

    segundo o autor por quest+es ligadas a hereditariedade. 1m seguidarelacionou os tipos som*ticos com uma segunda classificação agoralevando em conta as caractersticas psicológicas:

    a'  "squisotímico  pertencem indivduos de constituiçãoleptossom*tica e de temperamento introvertido sesubdividindo em hiperest$sicos %pessoas nervosas, irrit*veis eidealistas', intermedi*rios %frias, energ$ticas, serenas' eanest$sicos %ap*ticas, solit*rias, indolentes'. Guando o tipo seagrava surge uma modalidade esqui(óide Cuja a

    enfermidade mental correspondente seria a esqui(ofrenia. b' #iclotímico  Correspondem pessoas e"trovertidas de

    constituição pcnica, se dividindo nas sub categoriasindivduos hipomanacos %contnua alegria, em contnuomovimento' sintnicos %realistas, pr*ticos, humoristas',fleum*ticos %tranq!ilos, silenciosos, tristes'. Guando o tipo seagrava surge a modalidade ciclóide Cuja a enfermidademental relativa seria %manico-depressivo'.

    c' $iscoso  a esta categoria pertencem os indivduos de

    constituição atl$tica, que oscilam entre o tipo leptossom*tico eo pcnico %pessoas tranq!ilas, passivas, em geral etc'.

    - 5elacionando os tipos com suas caractersticas psicológica Drestschmer chegou a conclusão que os pícnicos são responsáveis pelosíndices mais baixos de delinqüência, sendo raras vezes

    habituais; os leptossomáticos são de difícil tratamento e

    inclinados à reincidência, seguindo os atlticos nos

    percentuais de criminalidade:

    - abundam entre os leptossom*ticos os ladr+es e estelionat*riosH

    - os atl$ticos, conforme citado autor são violentos e representam as cotas maisaltas de delinq!ência.

    0 mencionado autor relacionava tamb$m as variaç+es de comportamento aquest+es hormonais. eu grande destaque se deu ao fato de haver iniciado asteorias somatotpicas, onde atrav$s de estudos estatsticos demonstrou quehaveria uma relação entre o som*tico %constituição corporal' e os traços

    caracterológico-temperamentais %car*ter'.

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    I.  'oderna neurofisiologia  #efende que anomalias eletroencefalogr*ficase patologias cerebrais tem uma possvel relação com o comportamentodelitivo. 0 descobrimento do eletroencefalograma %11?', e"ame quefornece o registro gr*fico da atividade el$trica do c$rebro, permitiu uma

    s$rie de investigaç+es cientficas que permitem demonstrar uma claracorrelação entre determinadas irregularidades ou disfunç+es cerebrais e aconduta humana. 1m ;EJK /onroe e"aminou quase uma centena dedelinq!entes, cujas as condenaç+es foram comutadas por um tratamentode duração indeterminada. /onroe chegou a duas conclus+es: em

     primeiro lugar, notou a evidência de disfunç+es neurológicas emindivduos anterior tidos como não afetados pelas mesmasH em segundolugar que só uma parte mnima dos analisados ostentou tais anormalidadesno lóbulo temporal lugar convencionalmente considerado como centro da

    agressividade. Conforme /onroe o grupo que apresentava anomalias no11? era o mais agressivo, antissocial e conflitivo da instituição,apresentando mais cicatri(es e marcas de nascimento que o grupo com um11? regular. )ara ilvermam crtico de /onroe as citadas anomaliasforam ocasionadas pelo e"cessivo tempo de aprisionamento desta formaseriam conseq!ências e não causas. 8firmava ilvermam que as mesmasirregularidades seriam observadas em enfermos esquisofrênicossubmetidos a longos perodos de internação.

    L.  %esquisa em sistemas nervosos  #e acordo com hipótese muito recenteque parte de 1nsencF, o funcionamento do sistema nervoso autnomo

     pode predispor a pessoa a um comportamento antissocial ou delitivo, pelaimport&ncia no processo de sociali(ação. 8s psicopatias M para ser maise"ato as sociopatias M são o &mbito preferido dos estudos reali(ados paraverificar esta hipótese. egundo 1nsencF parece e"istir sinais evidentesque nos psicopatas, h* um bai"o nvel de condut&ncia epid$rmica e dereaç+es espont&neas a estmulos ambientais fsicos como rudo ou dor.6nvestigou-se por isso se os psicopatas e"perimentam de outro modo, ou

    at$ não e"perimentam, a sensação b*sica de ansiedade quando antecipammentalmente a possibilidade do castigo, como fa( a pessoa dita normal./edinicD chegou a conclus+es semelhantes.

    N.  (ndocrinologia  #isfunç+es hormonais e comportamento delitivo.8nalisa o homem sob a perspectiva de um ser qumico, com todas as suasconseq!ências um desajuste ou desequilbrio significativo na balançaqumica ou hormonal do indivduo pode e"plicar transtornos em suaconduta e em sua personalidade. 8s teses endocrinológicas difere dos

     paradigmas lombrosianos em três aspectos principais: 6- não sustentam o

    car*ter heredit*rio de tais transtornos glandularesH 66- consideram vi*vel acura de quem sofre de tais disfunç+esH 666- afirmam que a influência

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    criminógena das mesmas não $ direta ou seja o que provoca aagressividade ou outra reação criminógena $ o sentimento deanormalidade ou inadequação intensificado pela doença.

    - #i 3ullio resumiu algumas conclus+es dos estudos endocrinológicos:forma verificadas notas de hipertiroidismo e de hipersuprarrenalismo emdelinq!entes homicidas e sanguin*riosH e de distiroidismo nos ocasionaisimpulsivosH dispituitarismo nos delinq!entes contra a moral e os bonscostumes, como tamb$m nos falsificadores e ladr+esH hipertireoidismo nosdelinq!entes violentos. Dreu( e 5ose observaram que altos ndices detestoterona eram determinantes para a agressividade masculinaH

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    celular, onde o c$rebro e o sistema nervoso central desempenham umaintervenção b*sica.