02 Manual de Aprendizagem Acupuntura Laser

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  • I. LASER A palavra LASER um acrnimo para Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation (amplificao da luz por emisso estimulada de radiao). Os crditos pelo desenvolvimento da teoria do LASER so geralmente dados a Albert Einstein. Em sua teoria (Zur Quantum Theories der Strahnlung), publicada em 1916, ele usou pela primeira vez o nome emisso estimulada. Outros e mais importantes passos foram dados por Arthur Shawlow, Charles Townes e Theodor Maiman. Este ltimo apresentou o primeiro LASER em funcionamento, um LASER de rubi, em uma conferncia apresentada em 7 de julho de 1960. Um LASER, de pequenas ou grandes dimenses, sempre ter as seguintes partes: Fonte de energia Meio ativo (slido, lquido, gasoso) Cavidade ressonante (espelhos) O modo como a energia fornecida ao meio depende da estrutura deste. A fonte de energia pode ser uma corrente eltrica, radiao vinda de uma lmpada de flash, microondas, reao qumica, ondas de rdio. O meio deve ser capaz de armazenar a energia fornecida, fazendo isso por um processo chamado inverso de populao. Esta energia armazenada pode ento ser emitida de uma maneira organizada, conhecida como emisso estimulada da radiao. Quando um fton com a energia fotnica correta entra no campo eletromagntico de um tomo excitado, parte da energia emitida para a criao de um fton idntico. O primeiro fton no absorvido, ao invs disso, ambos (o novo e o antigo fton) podem ento estimular outros tomos no meio Laser para emitir a energia armazenada. como uma reao em cadeia, causando uma avalanche de luz na qual os ftons tm todos a mesma energia fotnica. Por esta razo, a radiao LASER tem sempre um comprimento de onda fixo, determinado pela estrutura do meio Laser.

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    II. AS PROPRIEDADES DA LUZ LASER A luz LASER tem algumas caractersticas essenciais que a diferenciam da luz comum. II.a) Coerncia Termo que descreve a luz como formas de onda que esto em fase, no tempo e no espao. Significa que os ftons esto bem ordenados, conectados e produzindo ondas luminosas que permanecem sincronizadas por longas distncias. Soldados marchando (em coerncia) sobre uma ponte influenciaro a estrutura mecnica desta de maneira diferente se estivessem andando ou correndo (incoerentemente) sobre ela. O tom de uma flauta (de caracterstica coerente e de faixa-estreita) pode causar a quebra de um copo de cristal devido interferncia e ressonncia, mas um som do tipo faixa-larga de mesmo volume no pode. A interferncia o efeito de adicionar duas ou mais ondas. Esta adio pode resultar em amplificao (interferncia construtiva) ou atenuao (interferncia destrutiva) da amplitude resultante. Amplificao o que cria altos picos quando ondas do mar, por exemplo, se encontram. Quando uma superfcie rugosa iluminada com luz LASER, observa-se a luz com uma qualidade do tipo granulada. Estes elementos granulados so chamados de LASER speckles (pontos LASER) e ocorrem como resultado da interferncia entre diferentes raios de luz. Isto devido luz com coerncia suficientemente alta poder se combinar, da mesma maneira que as ondas do mar se combinam quando se encontram.

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    Laser Speckles (pontos) fenmeno que ocorre no olho do espectador ao observar uma superfcie rugosa iluminada por um LASER visvel. Este fenmeno ocorre devido interferncia da luz. II.b) Monocromaticidade Teoricamente, monocromaticidade a caracterstica da luz que tem um comprimento de onda especfico e nico. Na prtica, o que ocorre uma luz com uma largura de banda muito estreita, ou seja, a luz apresenta comprimento de onda que varia muito pouco. A luz LASER a fonte de luz monocromtica mais conhecida. Coerncia e Monocromaticidade so caractersticas importantes na rea de terapia LASER. II.c) Colimao e Divergncia Colimao refere-se ao grau de paralelismo que o raio emitido pelo mdulo LASER possui. Um feixe perfeitamente colimado teria que ser completamente paralelo e nunca se expandir, ou seja, o ngulo de divergncia deveria ser igual a zero. Exceto em filmes de fico cientfica, isto fisicamente impossvel. Um raio LASER sempre diverge e obedece a lei do inverso quadrado conforme se distancia da fonte emissora do LASER. Para uma fonte de luz coerente e monocromtica como o LASER, a divergncia afetada em grande parte pelo dimetro de sada do feixe e pelo comprimento de onda. Quanto maior o dimetro do feixe e quanto menor o comprimento de onda, mais colimado o raio. II.d) Direcionalidade A radiao sai do diodo LASER com uma certa direo e se "abre" com um ngulo de divergncia definido. O ngulo de divergncia de um feixe LASER muito pequeno quando se compara com outras fontes de radiao eletromagntica. A radiao eletromagntica emitida por uma lmpada direcionada para todos os lados, com um ngulo de divergncia extremamente alto, e a energia luminosa produzida pela lmpada se dissipa bastante. Em comparao o LASER emite a luz com um ngulo de divergncia muito

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    pequeno e a radiao acaba se concentrando em um ponto bem definido. Este o motivo pelo qual um LASER de 10 mW considerado perigoso e uma lmpada de 100 Watts (potncia 10.000 vezes maior) no.

    III. CARACTERSTICAS IMPORTANTES DOS LASERS A luz Laser, sendo uma onda eletromagntica, possui caractersticas ondulatrias que a identificam. III.a) Comprimento de onda a distncia medida entre dois picos consecutivos da trajetria da luz. A unidade utilizada para a medio deste comprimento o nanmetro, equivalente a 0,000000001 metros. O comprimento de onda de uma luz define sua cor. Assim, uma luz vermelha tem seu comprimento de onda, uma luz amarela tem o seu, e assim por diante. Existem ainda luzes que no tm cores, pois situam-se em faixas invisveis do espectro eletromagntico, como o caso da luz no infra vermelho e no ultra violeta.

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    Ao lado temos uma demonstrao esquemtica dos comprimentos de onda distribudos no espectro eletromagntico. Abaixo da faixa de luz que chamamos de visvel temos o ultravioleta, responsvel pelo escurecimento da pele quando nos expomos ao sol. Acima da faixa de luz visvel temos o Infravermelho, que normalmente percebido como calor. Na Terapia LASER de baixa intensidade os LASERs utilizados se situam na faixa do vermelho, com comprimento de onda entre 620 e 780nm, e os LASERs no infravermelho (Near Infrared = Infravermelho curto) de 780 a 1400nm de comprimento de onda. Diferentes comprimentos de onda tm diferentes efeitos fisiolgicos. Maiores comprimentos de onda, como o infravermelho longo (LASER de CO2) so rapidamente absorvidos pela gua das clulas e desta maneira so utilizados em corte de tecidos cirurgicamente. Menores comprimentos de onda, como verde (LASER de Argon) no so to facilmente absorvidos pela gua e assim so comumente utilizados em cirurgia oftlmica, passando pelo lquido ocular e tratando a retina. Alguns dos diferentes LASERs utilizados em medicina: - Infravermelho longo: LASER de CO2 (10.600 nm)- LASER cirrgico - Infravermelho mdio: LASER de holmium YAG (Ho:YAG) (2.100nm) - LASER cirrgico - Infravermelho curto e Vermelho: Terapia LASER de baixa intensidade - LASER de vapor de cobre (578nm- amarelo) Terapia LASER de fotodinmica - LASER de Argon (515nm verde e 477nm azul) Cirurgia oftlmica - LASER de Rubi (694nm)- remoo de tatuagens - LASER de estado slido KTP (532nm)- dermatologia - LASER de Alexandrite (720 a 800nm)- corte de ossos - LASER de Ho:YAG (2130 nm)- cirurgia e tratamento de canal (odontologia)

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    - LASER de Er:YAG (2940nm)- cirurgia e obturaes dentrias - LASER Excimer (193, 248, 308 nm)- cirurgia oftlmica e vascular III.b) Potncia A potncia de sada de um mdulo ou diodo LASER medida em Watts(W) ou MiliWatts (mW), da mesma forma que uma lmpada comum. Uma lmpada incandescente de tungstnio comum com 10 Watts de potncia mal d para clarear uma folha de um livro, mas um LASER de 10 Watts tem potncia suficiente para furar o livro! Lmpadas comuns so sempre especificadas quanto potncia utilizada (consumida) para gerao da luz. Assim, uma lmpada de 100 Watts de potncia consome esta energia (100 W) e produz uma radiao luminosa de potncia aproximada de 2 Watts. O restante (98 a 99%) gasto em forma de calor. Os LASERs tm sua potncia determinada pela potncia real emitida. Assim, um LASER de 100mW emitir uma radiao luminosa de 100mW de potncia. A energia do LASER amplificada e condensada ao contrrio de uma lmpada de 10 Watts, cuja luz difusa e espalha-se em vrias direes. A potncia de sada especificada de um mdulo LASER o valor de potncia mxima da luz LASER aps sair do invlucro do mdulo (ou diodo LASER). III.c) Modo de funcionamento Existem LASERs que assim que so acionados permanecem ligados continuamente (CW), at serem desligados. Existem outros tipos que funcionam de forma pulsada, ou seja, esto parte do tempo ligados e parte do tempo desligados.

    IV. TIPOS DE LASERS

    Os LASERs podem ser divididos quanto a alguns critrios, mas o mais importante o meio ativo, que determina a maioria das propriedades de um LASER. Por este motivo, o nome dos LASERs derivado do meio ativo, e este pode ser um slido, um lquido ou um gs.

    IV.a) LASERs de estado slido:

    Os LASERs de estado slido usam um material cristalino slido como meio ativo, geralmente utilizando bombeamento ptico, lmpadas ou um "array" (sequncia) de LASERs de diodo. Podem ser emitidos de forma pulsada, contnua ou semi-contnua.

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    O primeiro LASER inventado foi o de rubi, em 1960, que utilizava um rubi sinttico com espelhos semi-transparentes nas extremidades de uma cavidade, bombeado por uma lmpada de xenon, cujo flash de cor azul atingia os tomos de cromo do rubi, excitando-os, da iniciando-se a produo do LASER de 694,3 nm de comprimento de onda (vermelho escuro). A maioria dos LASERs de estado slido hoje em dia utiliza um cristal dopado com Neodmio, ou seja, alguns dos tomos do cristal so substitudos por ons de Neodmio, que funcionam como impurezas. Os LASERs de estado slido mais comuns utilizados so:

    - Rubi (xido de alumnio dopado com cromo): emite LASER de 694,3 nm de comprimento de onda, bem prximo faixa do infravermelho. - Nd:YAG (Ytrium Alumnio Garnet dopado com neodmio):cristal sinttico, emite LASER a 1064 nm (infravermelho). Mais comumente utilizado devido possibilidade de produzir LASER de maior potncia de sada. - Nd:YVO4 (Ytrium Ortovanadatio dopado com neodmio): Cristal mais conhecido como vanadato, um dos mais eficientes cristais utilizados em DPSS de baixa e mdia potncia de sada. Emitem LASER a 1064 e 1340 nm (infravermelho). - Nd:Glass: ao invs de um cristal, um vidro amorfo utilizado como substrato. Emite LASER de forma semelhante ao Nd:YAG, mas sua baixa condutividade trmica exige um resfriamento eficaz em LASERs de mais alta potncia. A principal razo de ser utilizado o Nd:Glass que o meio ativo vidro mais barato para ser produzido.

    IV.b) LASERs de diodo:

    So construdos com materiais semi-condutores (geralmente Ga-As: Galio-Arsnico), e tm propriedades eltricas caractersticas de um diodo eltrico. O uso comercial deste LASER tem aumentado drasticamente nos ltimos 20 anos, sendo comercializados atualmente cerca de 20 milhes de unidades ao ano, enquanto os outros tipos de LASER atingem milhares de unidades. Os diodos LASER mais comuns so os que emitem no infra-vermelho, utilizados em CD players e CD-ROMs, e os que emitem no vermelho, utilizados em leitores de cdigo de barra, equipamentos de medio, posicionamento e alinhamento, etc.

    Em comparao a outros tipos de LASER apresentam vantagens como alta eficincia (mais de 20 % da energia de entrada emitida na forma de radiao LASER), longo tempo de vida, preos acessveis, possibilidade de modular a radiao emitida controlando a corrente eltrica na juno PN, pequeno volume e peso e baixo consumo de energia.

    IV.c) LASERs DPSS (Diode Pumped Solid State):

    Hoje em dia estes so os LASERs de menor custo e maior relao custo / benefcio. So de alta eficincia, e com bom controle trmico apresentam eficincia de 40%. A maioria utiliza como meio ativo pequenos cristais de Nd:YAG e Nd:YVO4 bombeados por um diodo LASER de alta potncia que emite no infravermelho. A potncia mxima obtida do LASER

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    proporcional quantidade de energia bombeada no meio slido (cristal), atingindo o mximo quando o cristal estiver saturado, ou seja, todos os ons dopados do cristal estiverem elevados a um nvel excitado. Alm deste ponto, mais energia bombeada no aumentar a potncia de sada do LASER a no ser gerar calor.

    IV.d) LASERs a gs:

    Nestes LASERs o meio ativo um gs a baixa presso que fica contido em um tubo, onde h eletrodos dispostos a uma certa distncia e quando se aplica uma tenso de alta voltagem aos eletrodos, produz-se uma corrente eltrica. Eltrons iro de um eletrodo a outro e neste caminho colidiro com as molculas do gs dentro do tubo ionizando este gs, momento em que haver a produo do raio LASER, que ser emitido pela sada ptica do tubo.

    O tempo de vida de um LASER a gs dado principalmente pelas condies dos eletrodos, que vo se desgastando com o tempo devido aos choques dos eltrons.

    - LASER de Helio-Neon (He-Ne): eram os LASERs mais comuns at o surgimento dos diodos LASER nos ltimos anos. A linha mais forte e visvel no vermelho (em 632,8 nm). Comercialmente podem ser produzidos LASERs de He-Ne de 0,5 a 50 mW de potncia.

    - LASER de Helio-Cadmio (He-Cd): o Cdmio em meio gasoso pode ser transformado em vapor pelo calor (250 graus). Pode produzir LASER em at 12 cores diferentes, todas na regio do violeta (de at 150 mW de potncia) e ultra-violeta (com potncia de at 50 mW). A principal utilizao em laboratrio ptico e holografia. A eficincia deste LASER baixa, 0,02%.

    - LASER de Vapor de Metal: dentro do tubo h gs inerte e uma pequena quantidade de metal, que pode ser cobre, ouro. Para se obter o vapor do metal dentro deste tubo so aplicadas altas temperaturas ao meio gasoso e por isto o tubo feito de alumina ou zircnia, materiais muito resistentes a altas temperaturas. Podem produzir LASERs no verde, no amarelo (no caso do cobre) e no vermelho (vapor de ouro). So utilizados em testes de equipamentos mdicos.

    - LASER de Argonio: Na forma de gs Argnio so obtidos LASERs na cor azul (488 nm) e verde (514,5 nm). O LASER de gs Argnio ionizado emite no ultra-violeta. O ganho efetivo de um meio ativo de ons de Argnio bem alto, podendo-se obter LASERs de alta potncia (dezenas de Watts), apesar de terem baixa eficincia. A ignio do LASER feita com um pulso de alta voltagem que ioniza o gs, e uma alta corrente eltrica (mais que 50 Amperes) necessria para manter o LASER em funcionamento. Isto emite grandes quantidades de calor, que deve ser retirado do equipamento de forma eficiente, requerendo-se resfriamento a gua. So utilizados em LASER-Show, cirurgia geral (onde necessria a absoro de comprimentos de onda especficos) e oftalmolgica, medicina forense (medio de fluorescncia) e holografia.

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    - LASER de Kriptonio: bem similar ao LASER de Argnio, mas sua eficincia mais baixa. Produz LASERs principalmente no amarelo e vermelho. A mxima potncia produzida de 100 mW e as aplicaes principais so em LASER-Show devido aos timos efeitos visuais.

    - LASER de CO2: O LASER de CO2 standard inclui no meio ativo uma mistura de CO2, Nitrognio e Hlio. Alta voltagem eltrica aplicada aos eletrodos em ambas as extremidades do tubo cheio de gs, o que acelera os eltrons do meio e excita as molculas do gs. Altas potncias so obtidas retirando-se o calor produzido atravs de outros gases flutuantes, chegando-se a LASERs de mais de 10.000 Watts, no infravermelho, e com alta eficincia.

    - LASER Excimer: requerem condies especiais para existirem. Suas molculas so compostas de 2 tomos e s existem no estado excitado, e por menos de 10 nanosegundos. Os feixes LASER so emitidos no ultravioleta e cada fton carrega quantidades altssimas de energia, o que suficiente para quebrar ligaes qumicas entre molculas dos materiais onde incidir o LASER, sendo ideal para marcao corte de qualquer tipo de material, vidro, metal, plstico, etc. So ainda utilizados em tratamentos de correo visual em oftalmologia e corte de tecidos biolgicos. So LASERs de alto custo.

    V. CLASSES DE PRODUTOS LASER - SEGURANA

    O LASER transfere para os tecidos uma potncia muitas vezes superior a qualquer outra fonte de luz, inclusive dos raios solares. A radiao emitida por um LASER paralela (feixe altamente colimado), o que significa que alm da energia altamente concentrada em um ponto, este feixe quando olhado de frente focado pelas lentes do olho humano em um ponto microscpico que projetado na retina instantaneamente, podendo vaporizar o tecido antes mesmo de se proteger os olhos pelo reflexo de piscar. So raros os acidentes envolvendo LASERs, e quando ocorrem, so devidos ao uso de LASERs de potncia muito alta em meio industrial, onde medidas de segurana foram ignoradas ou em laboratrios onde pessoas, com o tempo, se tornam descuidadas. Os aparelhos de LASER so classificados de acordo com sua potncia e de seus efeitos sobre os tecidos.

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    Classe I Lasers considerados seguros, sob qualquer condio de exposio. Classe II Lasers visveis de baixa potncia que no prejudicam os olhos se no forem olhados diretamente durante mais de 0,25s ; 0,25s o tempo de reflexo do olho luz (tempo que o olho leva para piscar). Potncias de at 1mW. Classe IIIa Lasers de emisso contnua, cuja observao pode causar danos aos olhos quando olhados diretamente ou atravs de instrumentos pticos. Potncias de 1 a 5mW.

    Classe IIIb Lasers cuja observao direta causa danos aos olhos, assim como a reflexo difusa. Potncia de 5 a 500mW. Classe IV Lasers cuja observao direta causa danos aos olhos. O feixe direto e a reflexo difusa so nocivos aos olhos e pele. H risco de incndio em dependncia do alvo atingido pelo Laser. So necessrios cuidados no uso e acesso controlado aos equipamentos. Potncias superiores a 500mW.

    Em 2001 foi revista a Classificao dos Lasers quanto Classe, Norma EN (Europa) e Norma IEC (Internacional). Esta nova classificao mantm 4 grandes classes (1 a 4) e introduz uma verso mais branda das classes 1, 2 e 3 , criando sub-classes 1M, 2M e 3R e abolindo a classe IIIa . Classe 1 So LASERs de baixa potncia que no apresentam nenhum perigo mesmo com exposies prolongadas (no mais do que 8 horas) ou ento so utilizados em equipamentos de maneira que fiquem em locais onde o acesso radiao LASER no seja possvel. - Laser visvel ou invisvel - Potncia menor do que 1 mW. - Exemplo: impressoras a LASER; mdulos LASER de menos que 1 mW. Classe 1M So LASERs de baixa potncia, com alta divergncia ou colimados como feixe de largo dimetro. LASERs que emitem luz visvel no destinada visualizao de forma direta, e em condies normais de operao do equipamento no causam nenhum tipo de dano aos olhos se olhado diretamente por at 1000 segundos. - Laser visvel ou invisvel

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    - Potncia mxima de 1 mW. - Exemplo: Scanner leitores de cdigos de barras; mdulos LASER de at 1 mW. Classe 2 So Lasers de baixa potncia, que emitem luz visvel. LASERs de uso seguro em condies de uso normal, mas j apresentam certo perigo se a pessoa deliberadamente se posicionar de frente ao feixe do Laser por mais do que 0,25 segundos, sem proteger seus olhos com o fechamento das plpebras (resposta natural de averso luz). - Potncia de emisso de 1 mW a 5 mW. - Laser visvel. Classe 2 M Estes j so considerados perigosos quando atingem diretamente a viso, seja olhando-se diretamente para o feixe ou refletido por superfcies especulares (espelhos). No entanto, no h danos aos olhos quando um feixe LASER desfocado refletido em espelhos, desde que mantida a distncia mnima de 13 cm e um tempo de exposio mximo de 10 segundos. - Potncia de emisso de 5 mW a 500 mW - LASERs que emitem feixes no infravermelho. Classe 3R So Lasers de baixa potncia, seguros quando manuseados cuidadosamente. Riscos mnimos por exposio acidental ao feixe. O limite desta classificao de 5x o limite aplicado para os Lasers da Classe 1 (para radiao invisvel) ou Classe 2 (radiao visvel). - Potncia de emisso de no mximo 5 mW na regio do visvel. Esta Classificao semelhante anterior IIIA. Classe 3B So Lasers de mdia potncia, perigosos quando atingem os olhos, geralmente sem dano pele. Reflexo difusa (ou seja, espalhamento do feixe a partir de uma superfcie difusa) geralmente segura. - Potncia de emisso de no mximo 500 mW (para Lasers de comprimentos de onda acima de 315nm). Classe 4 So perigosos at por reflexo difusa (ocorre quando partes diferentes de um feixe incidente em uma superfcie so refletidas em vrias direes), causando danos aos olhos, queimaduras de pele e podendo provocar incndios. preciso ter em mente que diferentes tipos de LASER concentram diferentes quantidades de energia. Assim, enquanto 90% da energia de um raio LASER de CO2 absolvida dentro de uma profundidade de 0,2 mm, esta profundidade aumenta para 0,4 mm com um LASER de argnio e para 2,0 mm com o LASER de Nd:YAG.

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    - Potncia superior a 500 mW. Em qualquer aplicao, deve-se, portanto, sempre evitar olhar diretamente o feixe de luz LASER. Certamente se por acidente, algum olhar diretamente para um feixe por um instante, a chance de ocorrerem danos pequena, mas deve-se sempre evitar esta situao. Quanto aos Lasers teraputicos, o simples fechar dos olhos j suficiente para proteg-los. Pode-se mesmo tratar uma inflamao localizada na plpebra, mesmo que esteja localizada bem em frente pupila, sem risco algum. A razo disto que a plpebra fechada dispersa a luz de maneira que as lentes do olho no conseguem foc-la. Contudo, culos de proteo so sempre indicados, particularmente quando os Lasers tm uma potncia maior ou esto na faixa do Infravermelho. Em qualquer caso os culos de proteo do ao paciente uma sensao de segurana. Tambm proporcionam mais tranqilidade aos terapeutas, que no correm risco de receber eventuais reclamaes por parte de pacientes pela falta de proteo proporcionada pelos culos. Importante ressaltar que o uso de culos de sol para proteo contra LASERs aumenta muito o risco de injrias aos olhos. Isso se deve ao fato de que o mecanismo de filtro dos culos de sol funciona por atenuao de luz em uma faixa larga e no correspondente aos comprimentos de onda dos LASERs mais utilizados em terapia LASER. Alm disso as lentes escuras dos culos fazem com que as pupilas se dilatem e deixem entrar mais luz.

    VI. A TERAPIA LASER DE BAIXA INTENSIDADE LASERs de baixa potncia (intensidade) so talvez os LASERs mais estudados mundialmente e certamente j fazem parte da rotina de uma grande quantidade de consultrios. Uma das razes da popularidade deste tipo de LASER est relacionada ao baixo custo do equipamento e objetividade e simplicidade dos procedimentos clnicos teraputicos a que se destina, alm dos timos resultados que se vem obtendo com as aplicaes em inmeros tratamentos, em diversas reas. Os primeiros LASERs de baixa intensidade estudados foram os LASERs em que o meio ativo era uma mistura gasosa de Hlio e Nenio (HeNe), de comprimento de onda de 632,8 nm (na regio da cor vermelha). Consiste de um reservatrio (tubo) de vidro preenchido com o referido gs, que era acionado por uma fonte de alimentao eltrica de alta tenso. A conduo da luz at o ponto de aplicao se dava atravs de cabo de fibra

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    ptica flexvel o que conferia um baixo rendimento ptico ao sistema, isto , pouca luz chegava ao ponto de aplicao. Aliado caracterstica de baixo rendimento ptico, temos ainda o fato de que este comprimento de onda altamente absorvido por tecido mole, o que compromete muito a penetrabilidade da luz. Estas limitaes tcnicas impuseram a necessidade de se buscar LASERs de baixo custo, com nveis de potncia superiores e com comprimentos de onda que pudessem atravessar o tecido mole sem contudo comprometer a penetrabilidade. Isso foi possvel com o surgimento dos Diodos LASER, que so dispositivos eletrnicos relativamente simples e de custo aceitvel. Os diodos LASER mais utilizados na terapia LASER de baixa intensidade tm como meio ativo o GaAlAs, com comprimento de onda entre 750nm e 850nm, (na faixa do infravermelho) e ainda o AlGaInP, que produz luz com comprimento de onda entre 635 e 670nm (na faixa do vermelho). O incio das aplicaes do LASER na terapia LASER de baixa intensidade Em 1966 o Dr. Endre Mester, professor de cirurgia no Hospital Semmelweis em Budapest, recebeu um novo e diferente equipamento: um LASER de Rubi. Ele havia recebido fundos para estudar a possibilidade de utilizar este LASER no tratamento de combate ao cncer. Ele conduziu vrios experimentos, primeiramente em culturas de clulas, depois em ratos, de maneira a se certificar se a luz LASER (que na poca era novidade e um tipo desconhecido de luz), poderia causar perigo ou resultados inesperados. Foram removidos os pelos das costas de vrios ratos e ento aplicaram-se diferentes doses de luz LASER em metade da rea exposta da pele. A outra metade foi deixada sem tratamento (aplicao do LASER) para se comparar os resultados clnicos. Com pequenas doses de luz nada ocorreu. Com maiores doses o pelo crescia mais rpido na rea sem pelos que recebia as aplicaes: o LASER estava ocasionando um efeito estimulante! Com doses ainda mais altas o efeito estimulante desaparecia e com doses um pouco mais altas o efeito contrrio comeou a aparecer: os pelos do local no tratado com o LASER comearam a crescer mais rapidamente, ou seja, doses muito altas do LASER comearam a causar um efeito inibitrio na rea tratada. Em um outro experimento com um novo grupo de ratos uma inciso cirrgica foi feita e criada uma ferida exposta em cada lado do corpo. Apenas uma ferida era tratada com o LASER e a outra era deixada sem tratamento. Certas doses aplicadas do LASER promoviam a cura da ferida enquanto que uma dose significativamente mais alta inibia a cura. Os resultados destas pesquisas foram publicados em 1967 na Hungria e permaneceram desconhecidos por um longo tempo nos Pases ocidentais.

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    Hoje, quase 40 anos mais tarde, j se tem registro de mais de 2000 diferentes investigaes em mais de 80 pases diferentes sobre os efeitos da Terapia LASER de Baixa Intensidade (em ingls, costuma-se abreviar por LLLT Low Level LASER Therapy). A terapia LASER mais uma opo de tratamento que se pode oferecer ao paciente na clnica diria como um coadjuvante. Observa-se que clnicos de todas as reas esto integrando-se cada vez mais a essa nova ferramenta de trabalho. Como toda tcnica, porm, fundamental que se conhea bem seus princpios bsicos, principalmente porque os efeitos e o mecanismo de ao do LASER so muito mais complexos do que os de uma luz ultravioleta ou de um aparelho de ultra-som, por exemplo. Como toda terapia, para que possa ser bem empregada e para se chegar a um resultado satisfatrio no tratamento imprescindvel conhecer bem a tcnica, assim como a patologia e o paciente, o que s se consegue com uma boa anamnese e um minucioso exame clnico.

    VII. MECANISMO DE AO DO LASER NA TERAPIA DE BAIXA INTENSIDADE O tratamento teraputico com o LASER no resulta em produo de calor e baseia-se em efeitos fotoqumicos e fotobiolgicos nas clulas e tecidos. Quando o LASER atinge o tecido primeiramente ocorre a resposta primria naquele local. Quando administrada a dosagem ideal certas funes das clulas so estimuladas, especialmente se no local h clulas que se encontram em condies deterioradas, o que comum em pacientes que sofrem de algum tipo de infeco, desordem funcional ou quando o tecido est traumatizado ou lesionado. Como veremos mais adiante, sabido que os cromforos (na forma de porfirinas) tm um importante papel no efeito bioestimulante.

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    Sabe-se que pequenas quantidades de oxignio singlet se formam quando o LASER atinge as clulas. Este um radical livre que influencia a formao de ATP (adenosina trifosfato), combustvel principal das clulas. O xido ntrico tambm pode ter um importante papel. Adicionalmente tem sido observado que o balano de ion calcio nas clulas afetado. A influncia do LASER nos processos oxidativos tem sido demonstrada por Karu e outros. Karu sugere que o citocromo a/a3 (um componente da cadeia respiratria) funciona como um importante fotoreceptor. Isso leva a inmeros efeitos secundrios que tm sido estudados e medidos em vrios contextos: aumento no metabolismo celular, sntese de colgeno e fibroblastos, aumento no potencial de ao das clulas nervosas, estmulo formao de DNA e RNA no ncleo das clulas, efeitos locais no sistema imunolgico, aumento na formao de capilares pela liberao de fatores do crescimento, aumento na atividade dos leuccitos, transformao de fibroblastos em miofibroblastos e diversos outros efeitos. Como resposta secundria aplicao do LASER teramos o efeito sistmico. Estudos tm demonstrado que as clulas nos tecidos irradiados pelo LASER produzem substncias que se espalham pela circulao sangunea e sistema linftico. Com isso tem sido comum a constatao atravs de diversos estudos clnicos e experimentais de que o tratamento de uma leso pelo LASER resulta numa melhora significativa tambm de outra leso de mesma etiologia, situada em outro local e no irradiada pelo LASER, ocorrendo esta melhora em um grau menos acentuado, porm ocorrendo mais eficientemente do que em grupos controle onde o LASER no tenha sido aplicado. VII.a) MECANISMOS DE ATUAO AO NVEL DAS CLULAS Cada clula contm numerosas clulas chamadas mitocndrias. A funo destas produzir ATP, a forma de energia que pode ser utilizada pela clula para funcionar perfeitamente. A membrana interna da mitocndria um largo coletor de superfcie, dobrada sobre si mesma em vrias camadas, em um pequeno volume de espao. Todas as molculas de nutrientes (gorduras, protenas e glicose) so oxidadas dentro das clulas a piruvato, que o ltimo componente molecular nutriente da cadeia. O piruvato ento trazido para dentro da mitocndria onde desintegrado em CO2 e gua nas imediaes a membrana mitocondrial. A energia de ligao liberada neste processo na forma de energia luminosa e utilizada pelos pigmentos da mitocndria para produzir o ATP. O feixe de LASER apresenta algumas peculiaridades: monocromaticidade, coerncia, direcionalidade e intensidade de brilho. Estas propriedades, na dependncia do tipo de LASER que estiver sendo utilizado, podem produzir um efeito biolgico a nvel celular que consiste, fundamentalmente, na estimulao seletiva das mitocndrias, o que determinar um significativo aumento na produo de ATP. Ou seja, h um incremento

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    no metabolismo celular. A este mecanismo d-se o nome de "Bioestimulao". A radiao LASER de baixa intensidade que atinge as mitocndrias induz a produo do ATP. Este ATP o combustvel das clulas e indispensvel ao perfeito funcionamento do nosso organismo, sendo um pr-requisito para o processo de auto-cura em condies de deficincia no organismo. A Osmose s pode ocorrer em clulas cujas membranas estejam ntegras. Caso a membrana celular esteja danificada, nenhum nutriente pode ser transferido atravs das membranas celulares despolarizadas. Uma das mais importantes funes da terapia LASER de baixa intensidade repolarizar as membranas celulares danificadas, possibilitando ento a transferncia dos nutrientes essenciais do sangue para dentro das clulas. Por outro lado sabido que os mastcitos, sendo clulas muito delicadas, ao serem submetidos a diversas formas de "stress" como traumas mecnicos, agentes qumicos, calor, frio, luz ultravioleta, radiao ionizante e outras, atravs do fenmeno da degranulao (que corresponde ao "estouro" destes pela lise da membrana celular, liberando componentes plasmticos ou liberao de grnulos prximos membrana celular por mecanismos de trocas inicas), liberam histamina e heparina. A heparina anticoagulante e a histamina produz aumento da permeabilidade capilar, vasodilatao, incremento da drenagem linftica, e aumento da atividade fibroblstica auxiliando a recomposio tecidual. Estes fatos foram descritos e confirmados por vrios autores, dentre os quais podemos citar Uvns e Bogliolo. A literatura menciona (fato este diariamente comprovado na prtica clnica), o aumento do limiar das terminaes nervosas livres, o que se traduz num efeito analgsico. Existem, ainda diversas citaes quanto estimulao dos sistemas imunolgicos, com um aumento de produo de imunoglobulinas. Existem, ainda, diversas menes relativas ao poder bacteriosttico ou mesmo bactericida dos LASERs de baixa intensidade.

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    VII.b) TEORIA DO BIOPLASMA Experimentos com colnias de clulas proporcionaram o conhecimento e a aceitao da existncia de um relacionamento eletromagntico entre as clulas do corpo humano. Esses experimentos foram realizados atravs de estudo de reaes de dias colnias de clulas. Uma das colnias foi estimulada a entrar em mitose. A segunda, que no foi estimulada, inesperadamente tambm reagiu ao estmulo e passou a se multiplicar. Levantou-se num primeiro momento a hiptese de haver um intercmbio energtico entre as colnias de clulas, a partir de radiaes eletromagnticas extremamente dbeis, situadas na faixa dos raios ultravioleta. Utilizando-se recursos de espectrofotometria, constatou-se que este intercmbio existia, mas no s a partir de radiaes ultravioleta, como

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    tambm a partir de um conjunto de ondas extremamente dbeis na faixa que vai do infravermelho ao ultravioleta. Partindo-se desta evidncia tornou-se bvio inferir sobre a existncia desse mesmo inter-relacionamento entre as clulas do organismo humano. A este contingente energtico, que coexiste com o contingente fsico das pessoas, chamou-se bioplasma. Este bioplasma seria susceptvel de interferncia a partir de alteraes no fsico das pessoas, da mesma forma que alteraes no campo energtico gerariam interferncias no contingente fsico. Com isso, a partir da normalizao energtica do bioplasma, que pode ser obtida a partir da radiao LASER, cessariam as alteraes ocorridas no contingente fsico. VII.c) EFEITOS TERAPUTICOS DA RADIAO LASER A radiao LASER proporciona os seguintes efeitos teraputicos: EFEITO ANALGSICO * Carter anti-inflamatrio: este por si s j determina a reduo da dor. * Interferncia na mensagem eltrica: defendida a interferncia da radiao LASER sobre o processo de transmisso do estmulo nervoso que representa a dor. Um dos efeitos do LASER dar manuteno ao potencial da membrana. Como a mensagem eltrica constitui-se numa despolarizao, o processo de inverso de polaridade seria dificultado, e como conseqncia, proporcionaria uma menor sensao dolorosa. * Estmulo liberao da Beta endorfina: estudo realizado com ratos, medindo indiretamente os nveis de Beta endorfinas atravs da medio dos nveis plasmticos de prolactina, demonstrou que provavelmente ocorreram maiores nveis de Beta endorfina aps irradiao do LASER de baixa potncia. * Evita reduo do limiar de excitabilidade dos receptores dolorosos: nos processos inflamatrios o limiar de excitabilidade dos receptores dolorosos reduzido, proporcionando o quadro de hiperalgesia (ocorre dor na presena de um trauma que normalmente no a proporcionaria). Esse fato se deve provavelmente ao da bradicinina. A ao desta substncia e da histamina potencializada pelas prostaglandinas, ou seja, na ausncia das prostaglandinas, bradicinina e histamina tm poucos efeitos no limiar de excitabilidade dor, que permanece em nveis normais. Um dos efeitos bioqumicos do LASER diz respeito interferncia na sntese de prostaglandinas, reduzindo sua sntese. Assim, diminui-se a potencializao da bradicinina, e por conseqncia o limiar de excitabilidade dos receptores dolorosos tem sua manuteno favorecida.

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    * Equilbrio energtico local: este proporcionado pela ao da radiao LASER junto ao bioplasma, e tambm uma das formas de justificar o efeito analgsico proporcionado por esse recurso. EFEITO ANTIINFLAMATRIO Quando ocorre uma leso tecidual so liberadas substncias (como a serotonina, bradicinina, histamina) que levam formao de outras substncias, entre elas as prostaglandinas. Estas so as principais responsveis pela sensibilizao dos receptores dolorosos aumento da permeabilidade de vnulas e dilatao de artrias e arterolas. Como h conseqentemente um aumento na permeabilidade das veias, ocorre extravasamento de plasma, formando-se o edema. O efeito anti-inflamatrio do LASER poderia ser explicado por: * Interferncia na sntese de prostaglandinas: como estas desempenham papel importante no processo inflamatrio, uma interferncia em sua sntese determina uma sensvel reduo no processo. * Estmulo microcirculao: esta garante um transporte mais eficiente de nutrientes e substncias de defesa regio em tratamento, favorecendo a cura. EFEITO ANTIEDEMATOSO Uma das fases do processo inflamatrio a instalao do edema, decorrente do aumento da permeabilidade dos vasos e extravasamento do plasma. Este na verdade um processo defensivo do organismo, j que o extravasamento do plasma leva coagulao do lquido extracelular e isola a rea lesionada. Ao mesmo tempo, no entanto, este processo causa uma congesto que dificulta a resoluo do processo. O LASER agiria nos seguintes pontos: * Estmulo microcirculao: assim h melhores condies de drenagem do plasma extravasado que originou o edema. * Ao fibrinoltica: esta ao do LASER proporciona a regulao efetiva do isolamento proporcionado pela coagulao do plasma (o chamado edema duro). EFEITO CICATRIZANTE Este o efeito obtido com o LASER que mais se destaca. * Aumento na produo do ATP: O LASER aumenta os nveis de produo do ATP celular e assim contribui para o aumento na velocidade da diviso celular.

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    * Estmulo microcirculao: no sistema circulatrio as artrias se dividem e diminuem progressivamente de calibre at que, posteriormente s arterolas, abre-se a chamada rede capilar. Os capilares so vasos de calibre extremamente reduzido e nesta regio que ocorrem as trocas de nutrientes e restos metablicos. Na entrada da rede capilar os esfncteres pr-capilares trabalham alternadamente, abrindo ou fechando a passagem para a rede capilar, e proporcionando distribuio do fluxo sanguneo e conseqentemente alternncia das regies a serem irrigadas. Provavelmente em decorrncia da ao da histamina liberada pela radiao Laser, ocorre paralisao deste esfncter pr-capilar e, como conseqncia, o fluxo sanguneo local se v aumentado. Embora haja ligeiro aumento de temperatura local e at hiperemia restrita, esse fato decorre exclusivamente do aumento do metabolismo local. O Laser um recurso acalrico, no proporcionando aparentemente a dilatao de artrias nem o aumento da permeabilidade de vnulas, como ocorre na administrao de calor. Esse fato acaba proporcionando ao Laser de baixa potncia condies de atuar em alguns quadros onde a administrao do calor, superficial ou profundo, contra-indicada. Com isto grande quantidade de nutrientes levada regio da leso, e somando-se ao aumento da velocidade da mitose celular, a multiplicao celular ocorre com grande facilidade e em grande escala. * Formao de novos vasos sanguneos: esta ocorre de forma acelerada, a partir de vasos j existentes.

    VIII. PROFUNDIDADE DE PENETRAO DO LASER fcil perceber que a luz penetra mais profundamente do que 1 a 2mm nos tecidos. Se iluminarmos nossa mo com uma luz LASER veremos a luz penetrar e observaremos a transluminiscncia. Tambm percebe-se que a luz que mais penetra a vermelha, enquanto que luzes de cor azul , verde e amarela so mais facilmente absorvidas. A luz infravermelha no visvel mas fcil demonstrar que penetra mais profundamente do que a luz visvel (atravs de cmeras com sensor infravermelho).

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    A profundidade de penetrao da luz vermelha tem sido estudada em conjunto com uma tcnica chamada Terapia Fotodinmica atravs da qual HPD (um derivado da hematoporfirina), por exemplo, injetado em uma rea tumoral e ento irradiando-se a rea com uma luz LASER de comprimento de onda 630nm (vermelho). Tem sido demonstrado que a profundidade de penetrao suficiente para resultar em uma resposta biolgica (necrose) em at 10mm de profundidade no tecido. No existe um limite exato da profundidade da penetrao do LASER. Tecnicamente a luz vai ficando mais fraca medida em que penetra mais profundamente a partir da superfcie. Contudo h um limite a partir do qual a intensidade da luz to fraca que nenhum efeito biolgico naquele ponto pode ser registrado. Este limite, quando os efeitos cessam chamado de mxima profundidade de ao. Trabalhando-se em contato com a pele, perpendicularmente e aplicando-se a caneta com ligeira presso, maior profundidade de penetrao pode ser obtida. Muito se tem discutido a respeito da penetrao, absoro e de modo geral, da radiao LASER no corpo humano. Diferenas individuais, regies especficas do corpo, ou mesmo detalhes relativos forma de aplicao tm a capacidade de interferir significativamente no aproveitamento da radiao LASER que se aplica a qualquer indivduo. Jan Tuner e Lars Hode, especialistas e cientistas da rea de terapia Laser indicam que pela experincia de mais de 20 anos com Lasers e trabalho prtico, os efeitos biolgicos do LASER podem ser obtidos em profundidade de 1 a 4 cm do tecido, dependendo do tipo de Laser usado, potncia e alguns outros parmetros. Efeitos sistmicos devido circulao sangunea e outras formas de comunicao no tecido, como o transporte de transmissores ou substncias sinalizadoras ocorrem em nveis mais profundos e de fato, atravs do corpo todo. Em um estudo realizado por Gursoy [Gursoy B, Bradley P F. Penetration studies of low intensity laser therapy wavelengths. Laser Therapy, 1996] foi feita comparao entre a penetrao de Lasers de 660 e 830nm nos tecidos utilizando-se uma cmera CCD, radiometria e detectores isotrpicos. Um LASER de 200mW e 830nm atingiu uma profundidade de 3,5cm com um espalhamento lateral de 2,7cm. Tanto o LASER vermelho quanto o infravermelho apresentaram alta difuso nos tecidos, atingindo os locais vizinhos internamente ao ponto de aplicao.

    Basicamente podemos enumerar alguns fatores importantes que influenciam a profundidade de penetrao e absoro do LASER: VIII.a) Comprimento de onda do LASER: LASERs no vermelho tm uma penetrao menor quando comparados aos LASERs no infravermelho. Um LASER no vermelho de potncia 3mW tem uma mxima profundidade de ao a 6 a 8 mm. Um LASER no vermelho de potncia 7mW tem uma mxima profundidade de ao a 8 a 10 mm.

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    Um LASER no infravermelho pode atingir profundidades de at 35mm com uma abertura lateral (dentro do tecido) de 2,7cm de raio.

    Aplicao de LASER infravermelho

    (visualizao atravs de cmera com sensor de infravermelho)

    Aplicao de LASER vermelho

    A profundidade mdia comprovada que o LASER no infravermelho pode alcanar em torno de 2,5 cm. T. Oshiro, pesquisador da rea de LASERs teraputicos, testemunhou a eficincia da penetrao destes LASERs no infravermelho, afirmando que isto se deve ao pico mximo de penetrao no tecido dos LASERs de comprimento de onda por volta de 830nm. Isto torna os LASERs de diodo (de GaAlAs 830nm de comprimento de onda) os mais eficientes sistemas para terapia LASER de baixa intensidade, quando se precisa obter maior profundidade de penetrao, como o caso de aplicaes em fisioterapia e tratamentos de msculos e tendes. Uma das explicaes mais lgicas para explicar o fato de que LASERs no vermelho e no infravermelho so mais eficientes em diferentes

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    profundidades do tecido vivo vem de Albert Einstein, que afirmou que as ondas de maior freqncia so mais energticas do que as ondas de menor freqncia, ou seja, uma onda de maior freqncia traz mais energia em um nico quantum do que uma onda de menor freqncia. Uma onda mais energtica tem maior potencial de interao do que uma onda menor energtica. Ao considerarmos dois tipos de LASER (vermelho e infravermelho) perceberemos que o LASER no vermelho de comprimento de onda 635 / 650nm, menor do que o comprimento de onda do LASER no infravermelho (780 / 830nm), carrega mais energia em seus quanta. Como uma onda mais energtica interage com maior facilidade do que uma onda menos energtica, provavelmente a radiao do LASER vermelho, mais energtica, interage com a superfcie do paciente imediatamente aps sua incidncia, o que no ocorre com o infravermelho, que demora um pouco mais para interagir com as estruturas do organismo do indivduo. O ponto apresentado resulta de especulaes tericas, a partir da comparao dos efeitos causados pelos diferentes tipos de ultravioleta que, por possurem comprimentos de onda diferentes, agem em diferentes nveis da pelo dos seres humanos. Outro fator que provavelmente interfere na penetrao das radiaes a existncia, quantidade e disposio espacial de certas estruturas absorventes. Tais estruturas, como molculas absorventes, em maior ou menor quantidade e dispostas de uma ou outra maneira, interferem na quantidade de radiao absorvida nos diferentes nveis da pele. VIII.b) Potncia do LASER: A potncia do LASER determina quanta energia inicialmente entregue superfcie do tecido que est sendo irradiado pelo LASER. Densidade de energia (Joules / centmetro quadrados ) igual potncia do LASER (em Watts) multiplicada pelo tempo de tratamento (em segundos), dividido pela rea da superfcie irradiada (em centmetros quadrados). Densidade de energia (J/cm)= Potncia (W) x Tempo (seg) rea(cm) (Veja mais explicaes sobre este item pgina 29). VIII.c) Design da caneta aplicadora: A caneta deve permitir o contato mais direto possvel do LASER com a superfcie a ser tratada e deve ser aplicada sempre que possvel perpendicularmente superfcie para que penetre mais profundamente na pele, diminuindo perdas por reflexo da luz. Outro fator importante a aplicao com ligeira presso para que o sangue abaixo da superfcie seja removido para os lados. A hemoglobina do

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    sangue responsvel pela maior parte da absoro do LASER, e a remoo mecnica do sangue aumenta bastante a penetrao no tecido pois deste modo a barreira mecnica do sangue removida do caminho por onde passar o LASER. VIII.d) Tipos de caneta aplicadora: Os Lasers de diodo, pela praticidade de manuseio e adaptao de lentes colimadoras do feixe possibilitam o uso de 2 tipos de caneta Laser: * Caneta emissora do Laser em ponto: Esta caneta quando aplicada irradia o Laser com o formato de um ponto. O Laser emitido pelo diodo e ao passar pela lente colimadora, obtem-se um ponto de dimenses em torno de 0,1 cm de dimetro. Normalmente esta caneta Laser indicada e utilizada em aplicaes puntuais, como: - acupuntura - acne em pontos isolados - lceras e ferimentos de pequena extenso - herpes - odontologia (aplicao na gengiva ou em direo polpa dentria) - aftas - foliculites ps depilao - podologia Esta caneta pode tambm ser utilizada para tratamento de reas maiores, sendo o tratamento feito posicionando-se a caneta no local inicial, ali aplicando-se o Laser pelo tempo necessrio, e em seguida posicionando-se a caneta no ponto vizinho, seguindo-se o mesmo padro de aplicao para cada um dos pontos adjacentes na rea a ser tratada. * Caneta emissora do Laser em rea A maior rea de abrangncia desta caneta, quando comparada caneta emissora do Laser em ponto, torna mais prtica a aplicao do Laser em regies mais extensas, no sendo necessria a mudana contnua de posio da caneta aplicadora. Associada a um Laser de maior potncia, a caneta Laser ideal para tratamento de regies mais extensas, como: - celulite - tratamento capilar - tratamentos estticos em geral - fisioterapia

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    A LASERLine produz canetas Laser emissoras em rea de 1 a 12,5 cm. Veja mais adiante (item XI.b) mais informaes sobre as diferentes canetas que se pode utilizar.

    Caneta aplicadora do Laser em ponto e em rea

    Na figura acima pode-se verificar a diferena de aplicao entre uma caneta e outra. Em uma rea onde h vrios pontos a serem tratados, a caneta que emite o Laser em rea facilita as aplicaes. possvel no entanto, utilizar a caneta que emite o Laser em ponto em uma rea mais extensa. Para tanto deve-se aplicar o Laser no primeiro ponto, depois passar ao seguinte e assim por diante at tratar toda a rea. VIII.e) Pigmentao e tipo do tecido: De modo geral a quantidade de radiao absorvida depende, em parte, da quantidade e distribuio espacial das estruturas absorventes (pigmentos) que, de pessoa para pessoa, se apresentam de maneira e em quantidades diferentes. Mesmo num s indivduo diferentes regies do corpo possuem maior ou menor quantidade de estruturas absorventes. Num mesmo indivduo a quantidade de radiao absorvida pode variar de acordo com a regio do corpo irradiada. Por exemplo, uma aplicao na face anterior do antebrao certamente proporcionar maior quantidade de radiao absorvida do que na regio da planta do p, onde normalmente h uma epiderme mais espessa.

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    - Cor da pele: Um indivduo negro absorve maior quantidade de radiao do que um indivduo branco, em funo da maior quantidade de pigmentos existentes. - Tipo de tecido: O LASER penetra sempre mais profundamente em reas onde h mais tecido adiposo. Ossos, msculos e tecidos cartilaginosos so sempre mais resistentes passagem da luz devido a sua maior densidade. Oron (Tel Aviv University, 1996) mediu a penetrao de diferentes LASERs atravs de ossos finos e achatados (tbia de ratos, com espessura de 0.6mm a 0.7mm) e ossos mais densos (fmur de ratos, 3mm). A potncia restante medida aps a penetrao foi de 21%, 23% e 14% para ossos finos e 4,5% para ossos mais grossos. Ossos mais densos, como o osso que circunda o ouvido interno em humanos, reduzem ainda mais a penetrao do LASER. Contudo, pode-se estimar que uma fonte de 100mW de potncia, 820nm de comprimento de onda, colocada em contato com uma superfcie e aplicada com ligeira presso, leva cerca de 104 ftons por segundo cclea.. - Vascularizao do tecido: Tecidos altamente vascularizados (como o tecido muscular) absorvem mais do que tecidos menos vascularizados. Hemangiomas contm muita hemoglobina e necessitam de doses mais altas. - Estado nutricional: O estado nutricional do indivduo tambm tem a capacidade de interferir na radiao absorvida. A pele deve sempre estar limpa e livre de qualquer substncia que possa servir como barreira penetrao do LASER. Quando a aplicao feita distncia h uma menor profundidade de penetrao devido reflexo de cerca de 10 a 20% da luz emitida. Quando aplicado com contato no tecido a perda pela reflexo diminui em 80%.

    IX. INTERAO DA LUZ COM OS TECIDOS IX.a) Reflexo Uma parcela do feixe de luz que incide no corpo humano reflete formando um ngulo de reflexo igual ao ngulo de incidncia. Conseqentemente esta parcela refletida no absorvida. A parcela refletida ser menor quanto menor estiver o ngulo de incidncia (i = 0) em relao a normal superfcie de separao, e quanto maior fr o coeficiente de absoro do meio de destino.

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    Uma aplicao tpica de LASER em uma pele sem oleosidade, cerca de 4% da luz incidente refletida. IX.b) Refrao A parcela da luz que penetra em um meio refratada com um ngulo de refrao que depende da relao entre a densidade do meio de origem da luz e a densidade do meio de destino da luz. Se a densidade do meio de destino da luz for maior que a densidade do meio de origem da luz (do ar para a gua) a luz refratada se desvia em direo normal, caso contrrio (gua para o ar) a luz desvia afastando-se da normal. Aproximadamente 96% do feixe de LASER que incide na pele do paciente conseguem transpor as camadas mais superficiais.

    IX.c) Absoro A parcela da radiao emitida que no sofreu reflexo incorporada pelo corpo humano em diferentes camadas da pele. Certamente a absoro o ponto de maior importncia pois determina quais os efeitos que se obter com a Terapia LASER. Portanto, deve-se sempre zelar para que a maior quantidade de radiao possvel seja absorvida. Assim, as aplicaes de LASER devem ser feitas perpendicularmente ao ponto da aplicao e a regio de aplicao deve ser limpa de modo a no apresentar substncias que venham a se comportar como uma barreira refletora (suor, cremes, pelos em excesso).

    X. INDICAES DA TERAPIA LASER DE BAIXA INTENSIDADE O comprimento de onda de um LASER denota sua cor e so cotados em nanometros (nm). Diferentes comprimentos de onda tm diferentes efeitos fisiolgicos devido absoro do LASER pelos tecidos e pela maior ou menor profundidade de penetrao. O LASER no vermelho (comprimento de onda de 635 nm e 650 nm) tem sido utilizado com grande sucesso em diversos tratamentos, sendo mais efetivo em aplicaes na pele e mucosas. J o LASER no infravermelho

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    (comprimento de onda 780 nm e 830 nm) mais efetivo no tratamento de tendes, msculos e juntas. Os efeitos teraputicos do LASER na terapia LASER de baixa intensidade so:

    Efeito analgsico: Aumento na produo de Beta-endorfina; aumento na produo de ATP; aumento no potencial de clulas nervosas das membranas; relaxamento da tenso muscular e aumento do limiar da dor; reduo da atividade de trigger muscular;

    Efeito anti-inflamatrio: Estmulo da proliferao das clulas imunolgicas e diminuio do inchao (edema);

    Auxiliar na reparao tecidual: mais eficiente, sem sequelas de cicatrizes; reduo na formao de tecido fibroso;

    Regenerao celular, muscular e de nervos: Estmulo da mitose em mecanismo de reparao de ossos, epitlio e tecidos musculares; reduo do processo degenerativo no sistema nervoso central; aumento da regenerao dos nervos perifricos aps injrias(acelera o processo de reconexo das clulas nervosas); melhora a sobrevivncia de clulas cerebrais aps isquemia transitria; acelerao da neo-vascularizao; aumento na sntese de colgeno;

    Aumento da circulao sangunea a nveis superficiais e profundos: aumento da atividade de drenagem linftica e aumento da microcirculao por vasodilatao; regenera vasos linfticos e veias, permitindo que o tecido afetado tenha uma circulao sangunea muito melhor;

    Aumento na atividade metablica: aumenta a atividade de enzimas especficas, origina maior produo de oxignio e maior nmero de partculas de nutrientes so levadas s clulas, induzindo uma resposta imunolgica maior.

    (maiores informaes podem ser obtidas no item VII.c desta Apostila)

    XI. DOSAGENS LASERs emitem energia de radiao na forma de um fluxo de ftons, cada um com uma quantidade de energia bem definida. Quando se trabalha com LASERs h 2 coisas fundamentais que deve saber: - O comprimento de onda - A potncia do LASER O comprimento de onda medido em nanometros (nm) e caracteriza a cor do Laser (vermelho, infravermelho) e implica na profundidade de absoro (menor para Lasers vermelhos e maior para infravermelhos).

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    A potncia do LASER medida em Watts (que o mesmo que Joules/segundo) e um fluxo de energia. Um LASER forte tem uma potncia alta e um LASER fraco tem uma potncia baixa. A densidade de potncia mais ou menos o mesmo que intensidade de luz e medida em Watts/cm. Intuitivamente podemos entender que se espalharmos uma luz sobre uma grande rea teremos uma intensidade luminosa menor do que se concentrarmos esta luz em uma superfcie menor.

    I = P / A * I = intensidade ou densidade de potncia * P = potncia do LASER * A = rea da superfcie A dosagem de irradiao o parmetro mais importante na Terapia Laser, at mesmo mais importante do que o tipo de Laser utilizado (vermelho ou infravermelho), pulsado ou contnuo. Em farmacologia, quando se deseja estabelecer uma dose mdia-padro de um certo medicamento, utiliza-se como parmetro de medida a proporo entre a dose necessria e o peso corporal de cada indivduo a ser tratado, indicando-se por exemplo, quantidades de 1 mg por quilo de peso. J na dosificao do Laser, um recurso fsico, a unidade posolgica a densidade energtica, ou seja, a quantidade de energia por rea. A dosagem medida em Joules/cm. Para induzir um efeito bioestimulante timo, a dosagem de irradiao tem um limite superior e um inferior, com um ponto timo entre os dois limites. Se a dosagem muito baixa, pode-se no ter nenhum efeito biolgico alcanado. Caso seja muito alta, excedendo os nveis de bioestimulao, pode no haver qualquer efeito ou ainda obter-se um resultado negativo (inibidor). Doses mais baixas aplicadas com espaamento de 1 a 7 dias entre as sesses, so mais recomendadas do que aplicao de uma dose mais alta e nica (Laor et al 1965; Abergel et al 1986). A maioria dos autores afirma que a energia a depositar num tecido por unidade de superfcie deve se situar entre 1 e 6 J/cm, sendo porm o clnico que dever definir a dosagem para cada paciente, levando-se em considerao o tipo de patologia, a profundidade da leso, seu tempo de durao (se crnica ou aguda), o tipo de tecido, a idade do paciente e sua condio sistmica, entre outros itens analisados na anamnese. Cada tratamento utiliza uma determinada dosagem (fluncia em Joules / cm) em funo do efeito teraputico que se quer obter. Numerosos estudos vm sendo realizados e atualmente j existem dosagens determinadas para cada terapia de acordo com o local a ser tratado, o LASER utilizado e a profundidade a ser atingida.

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    De acordo com o Dr. Joseph Cools, autor de estudos cientficos importantes (como La terapia LASER Hoy Editora Meditec Barcelona - Espanha) temos as seguintes dosagens em funo dos efeitos:

    analgsico .................................. de 2 a 4 Joules / cm antiinflamatrio:......................... de 1 a 3 Joules / cm regenerativo (cicatrizante).......... de 3 a 6 Joules / cm circulatrio: ............................... de 1 a 3 Joules / cm

    A dosagem diz respeito unidade de superfcie irradiada e no totalidade de irradiao do paciente nem da leso independente.

    Outro fato a considerar que, quando desejamos um efeito antiinflamatrio, antes de dosar a radiao a ser utilizada importante observar o estado da rea. Inflamaes agudas................ utilizar doses mais baixas (1 a 3 J/cm) Inflamaes subagudas........... dosagem mdia (3 a 4 J/cm) Inflamaes crnicas: ............ doses mais altas (5 a 7 cm). Muitos autores acreditam que no devemos ultrapassar uma densidade de energia de 12 Joules por unidade de superfcie, pois ento poderamos causar um efeito inibidor. Efeito estimulador............................ abaixo de 12 J/cm Efeito inibidor.................................. acima de 12 J/cm Quanto s diferenas individuais entre pacientes, poderamos citar: Indivduos de pele mais escura: ..... doses menores do que para os de pele mais clara Indivduos mal nutridos: .................. doses mais altas Regies de epiderme mais espessa: .. doses mais altas Estado de stress e ansiedade: ........... doses mais altas Na prtica as dosagens (em Joules/cm2) j so conhecidas e indicadas para os diversos tratamentos em terapia Laser.

    De acordo com a caneta aplicadora Laser (emissora de ponto ou rea) o que normalmente se calcula o tempo de aplicao.

    XI.a) DOSAGENS EM ACUPUNTURA

    Em acupuntura, especificamente, pesquisadores aconselham a utilizao de dosagens por ponto ou por tempo (1 minuto por ponto):

    Para estmulo ou ativao de pontos = 1 a 5 Joules por ponto Pontos de trigger muscular = 1 a 2 Joules por ponto Pontos de baixa resistncia eltrica e alta sensibilidade = 0,5 a 1 Joule por ponto

    Veja mais informaes na Apostila de Terapia Laser em Acupuntura.

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    XI.b) Clculo da dosagem A unidade Joules (J) indica quantidade de energia. Um Joule a energia gerada quando 1 Watt de potncia irradiado pelo tempo de 1 segundo. A dosagem a quantidade de energia conduzida para dentro do tecido. importante saber se esta energia conduzida atravs de um ponto pequeno (por exemplo, 1 mm) ou atravs de uma rea mais extensa. Desta maneira, para tratar superfcies como feridas, lceras, etc, sempre melhor expressar a dosagem como densidade de energia, ou seja, em Joules/cm. Como 1 J = 1 W x seg, a dosagem (D) pode ser calculada da seguinte maneira: Densidade de energia (J / cm) = (Potncia (W) x Tempo (Seg) rea (cm) Onde: D = Dosagem do Laser (indicada para o tratamento) P = Potncia do LASER utilizado (fornecida pelo fabricante do equipamento) T = Tempo de irradiao A = rea da superfcie tratada (rea da caneta Laser utilizada) Exemplificando (utilizao de caneta Laser de 50mW, emissora de ponto): D = 5 J/cm P = 50 mW (= 0,05 W) T = ??? A = 0,1cm (rea de 1 ponto) 5 (J / cm) = 0,05 (W) x Tempo (Seg) 0,1 (cm) ...chegamos ao Tempo de aplicao de 10 segundos Assim, conclumos que para aplicar em um ponto (de 0,1cm = 1mmx1mm) uma dosagem de 5 Joules/cm utilizando a caneta LASER de 50 mW de potncia, o tempo de aplicao deve ser de 10 segundos Terminado o tempo de 10 segundos, pode-se aplicar a caneta no ponto vizinho, e ali permanecer por mais 10 segundos, para aplicar tambm naquele local a energia correspondente a 5 Joules/cm. Ou seja, quando se trabalha com a aplicao de dosagens em J/cm, cada ponto de aplicao (da rea de tratamento) deve receber a mesma dosagem. Se a rea a ser tratada tiver uma extenso de aproximadamente 1 cm (como uma rea de formato circular, como na figura abaixo) dever ser aplicada a caneta Laser em cada um dos 10 pontos vizinhos at se tratar toda a rea. Esta quantidade de pontos / reas so relativas e tomadas como exatas apenas para exemplificao da teoria.

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    Na prtica no necessrio saber exatamente qual a extenso da rea a ser tratada. Basta saber qual a dosagem que ser utilizada (em Joules/cm) e ir aplicando a caneta Laser em cada um dos pontos a serem tratados.

    Analisando a frmula do clculo da dosagem, temos: - Quanto maior a potncia do LASER utilizado, menor o tempo de aplicao necessrio; - Para dosagens mais altas, so necessrios tempos de aplicao maiores; - Canetas LASER de maior rea de abrangncia permitem que se aplique a dosagem na rea sem ter que reposicion-la constantemente para os pontos vizinhos; Ao final desta Apostila voc encontrar as Tabelas com indicaes de tempo de aplicao em funo das potncias dos Lasers e reas das canetas aplicadoras. XI.c) Canetas emissoras de ponto e de rea Quando tratamos reas pequenas, normalmente utilizamos canetas Laser emissoras de ponto. Estes Lasers podem ser no vermelho ou infravermelho, dependendo do tipo de tratamento e rea que se quer irradiar. Hoje em dia, com o advento dos Lasers de diodo, temos acesso a canetas Laser emissoras de rea sem necessidade de se utilizar fibras ticas ou lentes divergentes frente da caneta Laser. Estes recursos eram utilizados antigamente, quando no se tinha outra opo a no ser utilizar outros tipos de Lasers (com menor potncia, maior dificuldade de manuseio, menor tempo de vida, mais alto custo de manuteno). As canetas Laser emissoras de rea abrangem uma regio maior a ser tratada com uma s aplicao, evitando-se ter que reposicionar a mesma nos diversos pontos vizinhos para tratar uma rea mais extensa. Associadas a Lasers de maior potncia so a melhor escolha para tratamento de reas mais extensas com menor tempo de tratamento. Exemplificando: Aplicao do Laser em uma ulcerao na pele com aproximadamente 9cm (3cm x 3cm) de extenso.

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    Caneta Laser de 300mW de potncia, emissora do Laser em rea.

    * Utilizando a caneta Laser de 300mW emissora de rea (conforme figura acima), qual o tempo necessrio para ali aplicar a dose de 4J/cm ? D = 4 J/cm P = 300 mW (= 0,3 W) T = ??? A = 9 cm (rea da caneta Laser) 4 (J / cm) = 0,3 (W) x Tempo (Seg) 9 (cm) ...chegamos ao Tempo de aplicao de 120 segundos (= 2 minutos)

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    Caneta Laser de 50mW de potncia, emissora do Laser em ponto * Utilizando a caneta Laser de 50mW emissora de ponto (conforme figura acima), qual o tempo gasto para ali aplicar a dose de 4J/cm ? D = 4 J/cm P = 50 mW (= 0,05 W) T = ??? A = 0,1 cm (rea da caneta Laser) 4 (J / cm) = 0,05 (W) x Tempo (Seg) 0,1 (cm) ... chegamos ao Tempo de aplicao de 8 segundos (para tratar a regio de 0,1cm) ... como a rea total a ser tratada tem 9cm (dentro desta rea temos aproximadamente 90 pontos de 0,1cm) ... para tratar a rea total de 9cm levaramos 720 segundos (= 12 minutos). Alm do maior tempo gasto no tratamento, teremos que reposicionar a caneta Laser ponto a ponto (em cada um dos 90 pontos dentro daquela rea do tratamento) at se irradiar toda a regio com o Laser. Assim, conclumos que para tratar de reas mais extensas seriam bem mais indicadas as canetas Laser de maior potncia e rea de abrangncia.

    XII. TCNICAS DE APLICAO DO LASER

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    XII.a) ESCOLHA DO LASER: VERMELHO OU INFRAVERMELHO - Aplicaes em tecidos superficiais (pele e mucosa): Recomenda-se o LASER no vermelho, cuja penetrao na pele em torno de 6 a 8 mm. - Aplicaes em tecidos mais profundos (articulaes, juntas, msculos e ossos) e pontos de acupuntura: Recomenda-se o LASER no infravermelho, cuja profundidade de penetrao pode chegar a 2,5 cm.

    A figura acima ilustra a profundidade de penetrao em funo do comprimento de onda do LASER: A luz do LASER vermelho (comprimento de onda menor) distribuda pelo tecido com um formato circular. A luz do LASER infravermelho (comprimento de onda maior) se distribui com um formato mais oval, atingindo profundidades maiores no tecido. Perceba que com a difuso do LASER dentro do tecido, os efeitos teraputicos se estendem tambm aos locais adjacentes aplicao do LASER. Com isso pode-se fazer as aplicaes mantendo-se um certo distanciamento entre um ponto de aplicao e outro. XII.b) POSICIONAMENTO DA CANETA

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    Sempre que possvel recomenda-se a aplicao da caneta LASER com contato. A nica exceo seria o caso de aplicao em feridas (ulceraes) abertas, onde as consideraes sobre assepsia excluiro essa possibilidade de aplicao. Contudo alguns terapeutas utilizam-se de filme plstico transparente adaptado caneta LASER, o que permite a aplicao com contato mesmo nestes tipos de leses. Nas aplicaes distncia, recomenda-se sempre o posicionamento fixo da caneta LASER a uma distncia em torno de 0,5 cm ou menor, quando houver possibilidade. Abaixo seguem as orientaes quanto mais indicada tcnica de aplicao da caneta LASER na regio tratada : - Perpendicular pele: para que penetre mais profundamente na pele, diminuindo perdas por reflexo da luz. - Com ligeira presso: a leve distenso da pele causada pela presso durante a aplicao diminui consideravelmente a reflexo da luz e permite que maior nmero de ftons atinja o tecido alvo do tratamento, em especial quando este est localizado mais profundamente. Outro resultado importante obtido com a caneta ligeiramente pressionada a remoo para os lados do sangue abaixo da superfcie da aplicao. A hemoglobina do sangue uma substncia cromfora aos comprimentos de onda vermelho e infravermelho, sendo responsvel pela maior parte da absoro do Laser. A remoo mecnica do sangue aumenta bastante a penetrao no tecido pois deste modo a barreira mecnica do sangue removida do caminho por onde passar o Laser. - Limpar muito bem a regio a ser irradiada, removendo ao mximo suor, cremes, pelos em excesso. - No tratamento associado a tratamentos tpicos, recomenda-se aplicar o Laser previamente: o Laser estimula a circulao sangunea na regio da aplicao e com isso possibilita uma melhor absoro de medicamentos (xampus, loes, tnicos, complexos tpicos vitamnicos) aplicados posteriormente.

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    - Em feridas ou ulceraes abertas, evitar o contato da caneta com a superfcie, mantendo-se uma distncia mnima possvel (em torno de 0,5 cm). Nestes casos recomenda-se aplicao do LASER nas bordas da ulcerao, em pontos distanciados.

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    XII.c) DOSAGEM A dosagem a ser utilizada depende do efeito teraputico que se necessita obter, analgsico, anti-inflamatrio, regenerativo ou circulatrio. A tabela prtica no final dos textos aqui mostrados resume as dosagens mais utilizadas nos diversos tratamento e reas. Pacientes idosos, crianas, pessoas com sistemas auto-imunes deficientes devem receber inicialmente dosagens menores. (veja mais no item XI). XII.d) TIPO DE CANETA LASER: EMISSORA DE PONTO OU REA - Para reas puntuais ou de pequena extenso aconselha-se o uso de canetas Laser emissoras de ponto. Esta caneta permite que se aplique a dosagem ideal, concentrando toda a potncia do Laser na rea que se quer tratar, sem desperdiar a energia do Laser em outras reas que no requeiram tratamento no momento. Para reas puntuais, mesmo as canetas Laser de menor potncia so bastante eficientes e o tempo de tratamento pequeno. - Para reas mais extensas, em especial nos tratamentos em esttica corporal e fisioterapia, sem dvida as canetas Laser emissoras em rea so essenciais. Aliadas potncia mais alta do Laser diminuem consideravelmente o tempo de tratamento e evitam a mudana repetida da posio da caneta Laser ponto a ponto. Alguns tratamentos utilizam ambas canetas para uma eficincia maior, como em Fisioterapia, onde estudos clnicos preconizam a aplicao inicial ponto a ponto na rea lesada (ao longo do msculo ou articulaes), finalizando-se com uma aplicao do Laser abrangendo a rea toda. XII.e) NMERO DE SESSES O nmero de aplicaes varia em funo do tratamento e da resposta do paciente terapia. Para evitar soma de estmulos e conseqente reduo da eficincia da terapia LASER, indicam-se aplicaes de uma a duas vezes por semana; em alguns poucos casos aumentamos essa freqncia para trs vezes por semana. Procurar manter sempre um intervalo de 1 dia entre as aplicaes. Se aps cinco ou seis aplicaes no observarmos nenhum tipo de recuperao ou melhora aconselhvel que se avalie as dosagens empregadas. O nmero total de sesses pode chegar a 15, 20 ou mais. No h contra-indicaes para se continuar o tratamento por mais tempo. Sugere-se no entanto, que em casos de terapias mais prolongadas, se intercale pequenos perodos de tempo sem a aplicao do LASER.

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    Exemplo: aplicao em lceras varicosas, que normalmente necessitam de 3 a 4 meses para total cicatrizao, seria mais indicado intercalar um perodo de 10 dias sem aplicaes a cada 10 sesses (normalmente feitas dia sim, dia no). So relatados casos de exacerbao de sintomas em certos pacientes com posterior remisso rpida, efetiva e duradoura do quadro. XII.f) TEMPO LIMITE DA TERAPIA Sugere-se aplicao do Laser em sesses que sejam de no mximo 45 minutos. Aps este tempo, tido como excessivo, h provvel decrscimo da efetividade da radiao em virtude da diminuio do contraste luminoso.

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    XIII. BENEFCIOS E VANTAGENS O LASER de baixa intensidade tem sido comprovado como uma terapia capaz de oferecer uma cura muito mais eficiente quando comparado a outras modalidades eletroteraputicas, especialmente nos estgios iniciais de injrias agudas e para problemas crnicos. A aplicao do LASER um mtodo universal de tratamento de msculos, tendes, ligamentos, tecido conjuntivo, ossos e pele com um nico equipamento de Terapia LASER. Melhores resultados so obtidos quando se utiliza o LASER como coadjuvante nos diferentes tratamentos. Para atletas, como exemplo, a terapia LASER muito importante j que no um tratamento invasivo, no depende de aplicao de medicamentos e pode ser aplicada no dia da competio sem riscos. Em acupuntura, como substituta das agulhas, proporciona um tratamento com menos estresse, em especial para pessoas com averso s agulhas, e em especial, crianas.

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    XIV. CONTRA INDICAES E PRECAUES No h contra-indicaes absolutas terapia LASER. Contudo sempre melhor prevenir do que remediar quando se trata de pacientes de alto risco. 1) Cuidado com os olhos: O feixe de LASER NUNCA deve ser dirigido diretamente aos olhos, pois causa leses irreversveis na retina podendo causar a perda da viso. Para minimizar os riscos de leso na retina, aconselha-se que pacientes e terapeutas utilizem culos de proteo, e mesmo com o uso destes, no olhar diretamente para o feixe. 2) Evitar aplicaes em tumores: O LASER nunca foi relatado como indutor ou acelerador do crescimento de tumores em nenhum dos estudos efetuados em seres vivos. Contudo, o LASER no deve ser aplicado diretamente sobre tumores pois as conseqncias precisas ainda so desconhecidas. 3) Medicamentos fotossensveis: Pacientes que estejam realizando tratamento com medicamentos fotossensveis no devem receber aplicaes de LASER, salvo se tiver o conhecimento do comprimento de onda a que o medicamento sensvel e este no for igual ao comprimento de onda do LASER. 4) Portadores de marca-passos 5) Pacientes com histrico de arritmias cardacas e inexplicveis dores no peito: LASER aplicado na rea para-espinal meio-torcica (Th4-7) pode induzir um espasmo coronrio transiente e/ou arritmias em raras ocasies. 6) Pacientes grvidas: O LASER no deve ser aplicado diretamente sobre o feto. O mesmo se aplica aos chamados pontos proibidos da acupuntura (Hegu (LI4), Sanyinjiao (SP6) e pontos na regio lombo-sacral) para evitar contraes uterinas. Contudo, nuseas e vmitos (hyperemesis gravidarum) podem ser tratados com a aplicao do LASER no ponto Neiguan (PC6) (de acupuntura). 7) Pacientesa epilticos: Luzes pulsadas (especialmente a 5 a10 Hz de freqncia) podem induzir ataques de epilepsia. 8) Glndulas endcrinas: De acordo com estudos realizados na Espanha, glndulas parecem ser sensveis luz. Sendo assim o LASER deve ser evitado de ser aplicado diretamente sobre glndula tireide, a menos que se deseje ativar a funo da tireide.

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    9) Pacientes com prteses: Apesar do LASER no aumentar a temperatura de tecidos profundos (msculos, cartilagens, ossos) ou materiais utilizados em prteses, alguns pacientes mais sensveis podem apresentar reao ao LASER aplicado sobre prteses, com um aumento temporrio de sensao de dor. 10) Pacientes com eczemas solares ou hipersensibilidade luz solar: Pode haver reao terapia LASER quando alta densidade de ftons utilizada. A radiao na pele escura ou com tatuagens podem causar reaes trmicas. 11) Interaes hematolgicas: No h evidncias que a Terapia LASER possa induzir trombose ou tempo de sangramento aumentado. Ao contrrio, a terapia LASER indicada por seu efeito antiinflamatrio e analgsico, aliviando os efeitos de feridas, fraturas e injrias a tendes. O aumento na microcirculao e sistema linftico previne a estase e reduz edemas j existentes, formando a base para uma rpida recuperao. 12) Infeces bacterianas agudas no devem receber aplicaes diretas de LASER. 13) Aplicaes em ulceraes de pele: manter uma distncia mnima entre a caneta e a leso. 14) Hemorragias: devido ao aumento da circulao sangunea ser estimulada pelo LASER, no se recomenda a aplicao nestas reas. 15) Pacientes sob tratamento com drogas imunossupressoras

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    CULOS DE PROTEO

    muito importante frisar que o LASER Infravermelho quando em funcionamento, pode ser visualizado apenas como um ponto levemente avermelhado.

    Aconselha-se NUNCA olhar diretamente para a sada da caneta LASER quando esta estiver em operao, e sempre utilizar culos de proteo adequados.

    Durante as aplicaes paciente e terapeuta devem utilizar os culos de proteo que acompanham o equipamento.

    Os culos com lentes verdes filtram em parte o Laser na faixa do vermelho, e os culos com lentes escuras (tonalidade preta), filtram em parte a luminosidade do Laser no infravermelho. Mesmo que esteja utilizando os culos, nunca olhe o feixe diretamente.

    culos para utilizao com Laser na faixa do vermelho (635 a 670nm)

    Caractersticas do Produto

    culos de segurana constitudo de armao convencional de nilon, hastes tipo esptula, com filete metlico interno, protetores laterais multiperfurados e lentes de policarbonato verde. Os protetores laterais e hastes so articuladas na armao atravs de rebites metlicos.

    Aplicaes

    1) Proteo dos olhos do usurio contra impactos de partculas volantes multi-direcionais

    2) Proteo dos olhos do usurio contra luminosidade intensa.

    As lentes de cor verde filtram em parte a radiao de comprimento de onda na faixa do vermelho (635 a 670nm de comprimento de onda). Com esta filtragem seletiva da luz vermelha o terapeuta pode observar a rea tratada por um tempo maior, quando h necessidade, com menos desconforto aos olhos. O ponto Laser visualizado com mais detalhamento e com menos espalhamento do brilho do Laser ao redor do ponto central de projeo.

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    culos para utilizao com Laser na faixa do infravermelho (780nm)

    Caractersticas do Produto

    culos de segurana constitudo de hastes regulveis, lente nica, tonalidade IRUV 5, com proteo lateral em uma s pea em duropolicarbonato com tratamento anti-risco. Filtra ultra-violeta e em parte o infravermelho.

    Aplicaes

    1) Proteo indireta dos olhos do usurio contra luminosidade ultra-violeta e infra-vermelha.

    As lentes de cor escura tonalidade IRUV 5 filtram em parte a radiao de comprimento de onda na faixa do infra-vermelho (780 a 808nm de comprimento de onda). Com esta filtragem seletiva da luz vermelha o terapeuta pode observar a rea tratada por um tempo maior, quando h necessidade, com menos desconforto aos olhos.

    NO RECOMENDADO OLHAR-SE DIRETAMENTE PARA O LASER EMITIDO, MESMO COM O USO DO CULOS, POIS ESTE NO POSSUI FILTRO SELETIVO PARA A LUZ LASER. OS CULOS VISAM DIMINUIR A RADIAO LUMINOSA QUE ATINGE OS OLHOS, PROPORCIONANDO MAIOR CONFORTO E PROTEO. TM TAMBM COMO OBJETIVO AUMENTAR O CONTRASTE, A REDUO DO OFUSCAMENTO E A PERCEPO DA COR.

    MUITO CUIDADO RECOMENDADO AO SE TRABALHAR COM O LASER INFRA-VERMELHO, POIS ESTE INVISVEL AOS OLHOS. OS CULOS VISAM DIMINUIR A RADIAO LUMINOSA QUE ATINGE INDIRETAMENTE OS OLHOS, PROPORCIONANDO MAIOR CONFORTO E PROTEO.

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    XV. REAS DE APLICAO DA TERAPIA LASER

    Abaixo seguem indicaes da Terapia LASER nas diversas reas da medicina e tratamentos onde se vem utilizando o LASER com resultados satisfatrios. Mais adiante sero listadas as dosagens (em Joules/cm) nos diversos tratamentos citados. - Dermatologia e esttica - Odontologia - Acupuntura - Fisioterapia - Veterinria - Otorrinolaringologia - Ginecologia - Traumatologia - Medicina esportiva - Podologia

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    TRATAMENTOS DE PELE, MUCOSAS, NERVOS Dentre as inmeras aplicaes do LASER, as terapias mais estudadas durante os ltimos anos tm sido em especial sobre os tratamentos de ulceraes, feridas, tratamento da dor e regenerao nervosa. Os resultados de estudos cientficos e testes clnicos comprovam a eficcia do LASER no tratamento de feridas, queimaduras, ulceraes, tecidos cicatriciais, com rpidos efeitos. LCERAS e FERIDAS Os resultados de maior sucesso obtidos com a aplicao do LASER so os tratamentos de cura de feridas e ulceraes de diversas etiologias (queimaduras, laceraes de pele, feridas cirrgicas, lceras decorrentes do Diabetes, de decbito, lceras venosas, etc). O LASER comprovadamente proporciona a cicatrizao total em um tempo bem menor.

    A lcera de decbito ocorre comumente em reas submetidas a alta presso pelo peso corporal sobre salincias sseas. Os indivduos lesados acabam adquirindo Sndrome do Imobilismo decorrente principalmente de leses neurolgicas em que h perda da sensibilidade e controle motor e perodo de internao hospitalar prolongado. O tratamento com Laser de baixa potncia em lceras de decbito foi a primeira aplicao prtica do conceito de biomodulao realizada pela equipe de Mester (1966).

    O incio do tratamento com o LASER deve ser o mais precoce possvel, essencial para minimizar o sofrimento do paciente e maximizar o potencial benfico.

    O objetivo principal do tratamento acelerar a reepitelizao e eventualmente o fechamento da lcera, atravs do incremento da vascularizao na rea assim como a neoformao de vasos.

    Como aplicao complementar recomenda-se a aplicao do LASER nos principais gnglios e ao longo dos vasos linfticos associados ao local da lcera. Estudos in vitro e in vivo tm demonstrado resultados excelentes, em especial no tratamento de lceras crnicas e de difcil soluo.

    As aplicaes iniciais nas bordas da ulcerao devem ser de no mnimo 4 J/cm, acompanhando-se a evoluo do caso. Em ulceraes onde a resposta seja pobre ou alcance um plat, deve-se considerar o aumento da dosagem. Em determinadas circunstncias dosagens de at 12 J/cm podem ser aplicadas.

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    Evidncias sugerem que as aplicaes iniciais do LASER diretamente sobre o centro da lcera devem ser de 1,5 a 2,5 J/cm, eventualmente aumentando-se esta dosagem para valores no maiores do que 4 J/cm.

    Dose indicada:

    4 a 8 J/cm, puntual aos redor da lcera (em feridas superficiais as doses podem ser mais baixas)

    1,5 a 2,5 J/cm em rea, aps a aplicao ponto a ponto (para finalizar a sesso).

    3 a 5 J/cm puntual nos principais gnglios linfticos associados ao local da lcera.

    Mtodo de tratamento:

    Realizar primeiramente a higiene da lcera - Utiliza-se o soro fisiolgico para a limpeza pois este no destri o desenvolvimento do tecido de granulao. A lcera dever estar limpa, sem necrose e/ou fibra, sem resduo de pomadas e sem tintura que por sua vez mude a tonalidade do tecido, pois isso pode fazer o papel de filtro para alguma frequncia de luz til na terapia.

    Retirar o tecido necrosado ou fibroso sem danificar os tecidos nobres, para que os efeitos regenerativos do Laser possam ocorrer.

    * Aplicao ponto a ponto, nas margens da ulcerao * Aplicao zonal final

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    Aplicar o Laser a uma distncia em torno de 0,5 a 1 centmetro.

    Aplicar o Laser nas bordas da lcera, ponto a ponto, mantendo um espaamento em torno de 1,5 cm entre os pontos.

    Nos estgios iniciais pode-se aplicar o LASER at 2 vezes ao dia, conforme a disponibilidade. Posteriormente, a cada 2 dias; aps 10 sesses, indica-se uma pausa de 10 dias, retornando-se s aplicaes caso seja necessrio, at o fechamento completo.

    Toda a regio afetada pelo distrbio vascular deve ser irradiada, ou seja, os pontos de aplicao devem se estender s regies no ulceradas, porm visivelmente afetadas.

    lceras de origem arterial normalmente so mais resistentes ao tratamento, e nas de origem venosa a cicatrizao mais facilmente obtida.

    O tempo de tratamento normalmente longo, podendo se estender por meses nas lceras crnicas.

    HERPES O Herpes simples (VHS1) uma patologia comum na clnica, de difcil soluo teraputica e grande desconforto para o paciente. Os melhores resultados so obtidos quando se aplica o LASER no estgio prodrmico do Herpes. Sabe-se que cada paciente portador do VHS1 tem seu local favorito de manifestao das vesculas. O paciente sente um prurido ou um ardor caracterstico antes da erupo das vesculas e assim possvel antecipar onde a leso ir se manifestar. nessa fase que a aplicao do LASER mais recomendvel, porque clinicamente sabemos que a irradiao LASER desfavorece a erupo das vesculas. Alguns autores acreditam que muito interessante a aplicao do LASER na fase de vescula pois quando h o afloramento do vrus, e irradiando nessa fase obteremos um enfraquecimento do DNA viral. Outros autores, porm, acreditam que o LASER nesse tipo de patologia estimula o vrus e presumem que o efeito antiviral depende do efeito estimulante da imunidade do paciente. Concordam os autores, porm, que existe uma ao analgsica, regenerativa e reparadora bastante eficaz em qualquer fase em que se aplique o LASER, ainda que em cada fase e ao ocorra de maneira diferente. E mesmo nos estgios mais avanados da manifestao, como a fase ps-erupo e rompimento das vesculas, podemos aplicar o LASER com a

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    finalidade de diminuir os sintomas (dor e aspecto desagradvel) e acelerar o processo de reparao tecidual. Quando se aplica o LASER nos primeiros estgios da Herpes (dentro das primeiras 24 horas) um visvel efeito virusttico obtido. Pacientes sentem um subjetivo alvio na sensao de dor e sensibilidade. Objetivamente se observam efeitos anti-inflamatrio e virusttico que conduzem descontinuao na expanso das vesculas herpticas, edema e eritema e resultando no rpido desaparecimento e secagem das vesculas, diminuindo o tempo de cura pela metade. Quando se inicia a terapia na fase inicial do aparecimento do Herpes Simplex (fase prodrmica), antes da erupo das vesculas, estas nem chegam a aparecer ou ento se manifestam de forma muito mais branda. Em alguns casos pode aparecer uma crosta no local das vesculas do Herpes dentro de algumas horas depois de irradiadas com o LASER e em outros casos se evita as duradouras e desagradveis manifestaes supurativas. O LASER acaba encurtando o tempo de cura pela metade e tambm muito indicado para tratar a neuralgia ps-herptica. Existem indcios de que caso as crises de Herpes sejam tratadas sistematicamente atravs da terapia LASER, o intervalo entre crises tende a aumentar, o que poder significar que a terapia LASER tem uma influncia de longo termo sobre o vrus causador do distrbio. Vrios estudos clnicos demonstraram que: A aplicao do LASER, na maioria dos casos, acaba impedindo que as vesculas voltem a aparecer naquele local da aplicao. Com o LASER as recidivas ocorrem com um intervalo cada vez maior de tempo, e na maioria dos casos, no ocorrem mais. Quanto mais precocemente fr aplicado o LASER, mais rpidos sero os resultados, chegando-se a impedir o aparecimento das vesculas. No caso do Herpes Zoster as infeces secundrias podem ser prevenidas devido a uma atividade aumentada dos macrfagos. O Herpes Zoster uma condio clnica muito mais atemorizante, no s pela dor aguda que causa, mas tambm pelos longos perodos de dor subseqentes cicatrizao. A nevralgia ps-herptica muito comum em pacientes idosos e tem uma difcil soluo clnica. Quando o Herpes Zoster atinge o nervo trigmeo o paciente apresenta dificuldade para fechar os olhos, deglutir, sente dificuldade no controle motor, alm de sensao de pulpites generalizadas. O LASER pode aliviar muito essa sintomatologia, alm de atuar muito bem na fase de dor ps-herptica. Na fase prodrmica ou quando j h vesculas ou crostas formadas, pacientes relatam a cura das leses nas primeiras 48 horas aps o incio da aplicao do LASER. Sem o LASER normalmente o tempo de cura vai de 3 a 5 dias.

    Leses infectadas tratadas com LASER regridem em aproximadamente 3 a 4 dias, enquanto que com medicao somente so necessrios 7 dias ou mais para a cura.

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    Doses indicadas: 4 a 6 J/cm Mtodo de tratamento: A aplicao deve ser feita o mais precocemente possvel; normalmente o paciente relata um ardor caracterstico antes da erupo das vesculas, sendo possvel antecipar onde a leso ir se manifestar. Quando aplicado nesta fase, pode-se at mesmo prevenir o aparecimento das leses. Aplicar diariamente at a total cicatrizao da leso. No caso do Zoster, mesmo com a remisso rpida dos sintomas e das vesculas recomendam-se de 10 a 15 sesses adicionais, de modo a proporcionar menores possibilidades de recidivas.

    * Herpes labial (Dia 1) - fase de aparecimento das vesculas

    * Herpes labial (Dia 2 - manh) aps 2 tratamentos com LASER

    * Herpes labial (Dia 2 - tarde) aps 3 tratamentos com LASER

    * Herpes labial (Dia 3) cura aps 4 tratamentos com LASER

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    FURUNCULOSE O furnculo um ndulo agudo perifolicular, inflamado e com ncleo central necrtico, comum na face e nas extremidades. A massa inflamatria de furnculos agrupados denomina-se antraz, freqente em adultos e geralmente situado na nuca. Causada por Staphylococcus aureus ou por Streptococcus beta-hemoltico, essas piodermites so normalmente tratadas com antibiticos sistmicos e tpicos. A utilizao do Laser visa basicamente sintomatologia dolorosa e ao processo de cicatrizao. Doses indicadas: 2 a 3 J/cm, puntual (no caso de furnculos isolados), ou em rea.

    Mtodo de tratamento:

    Por se tratar de quadro agudo bacteriano, s devem ser submetidos ao tratamento com o Laser aqueles pacientes que estejam sob adequado tratamento com antibiticos. AFTAS Muito comum de ser observada e tratada por dentistas, dermatologistas tambm podem encontr-las com freqncia. O LASER traz rpidos e visveis efeitos, rpida cura e o alvio da sensao dolorosa