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DESTAQUES
DIVULGAÇÃO DE EVENTOS:
41º Congreso mundial de la viña y
el vino
Shaping the Future: Production and
Market Challenges.
19 a 23 de novembro
Punta Del Este e Exhibition Center
Punta Del Este—Uruguay
http://oiv2018.uy/inicio/
1at Iberian Meeting on Agroecologi-
cal Research (ibagreco2018)
Establishing the ecological basis
for sustainable agriculture .
22th to 23 thof November 2018
University of Évora - Portugal
http://www.ibagreco2018.uevora
SPIRIT OF RAKIA
1ST International Conference &
Exhibition
March, 27 TH - 30 TH , 2019
Pula - Croatia
https://www.spiritofrakia.com
NESTA EDIÇÃO:
Destaques / Divulgação
de eventos 1
Ficha varietal 2
Notícias 3
Publicações 4
www.iniav.pt
Madeiras autorizadas para o envelhecimento de aguardente vínica
Informação da equipa de investigação do INIAV-Dois Portos/EVN e do ISA-UL sobre as madeiras
autorizadas para o envelhecimento de aguardente vínica, decorrente de um estudo realizado
sobre a matéria e de um processo desenvolvido no seio da Organização Internacional da Vinha e
do Vinho através da sua Comissão Nacional (CNOIV). Ler na página 5
COLÓQUIO Nº 52
Avanços recentes em Viticultura e Enologia
Data: 29 de novembro de 2018
Horário: 14:30h
Local: Auditório INIAV-Dois Portos / EVN. Quinta da Almoínha, Dois Portos (Torres Vedras)
Programa
Sinonímias e Homonímias das Principais Castas Cultivadas na Madeira
Catarina Rodrigues (Mestranda em Viticultura e Enologia, FC da Universidade do Porto /
INIAV Dois Portos/EVN).
Compatibilidade da enxertia em Touriga Nacional T e Syrah T
– Maria Assunção (Bolseira do projeto Vitis-Grafting e doutoranda no programa doutoral
Plants for life no Laboratório de Biotecnologia de células vegetais no ITQB-NOVA
(unidade Green-it).
Brettanomyces: Rastreabilidade e remoção por filtração
– Filomena Duarte (Investigadora Auxiliar do INIAV)
Entrada gratuita.
Solicita-se inscrição para E-mail: polo.doisportos@iniav.pt
Laboratório Central/Laboratório de Enologia
Informa-se que, a partir de 1 de novembro de 2018, o Laboratório Central da Estação Vitivinícola
Nacional (INIAV - Pólo de Dois Portos) retomará a prestação de serviços relativa à análise físico-
química geral de vinhos e à análise sumária de mostos*.
*Análise de mostos condicionada à disponibilidade diária do Laboratório.
Para mais informações:
Engª Cidália Paulino
Responsável pelo Laboratório Central
Tel.: 261 712 106
cidalia.paulino@iniav.pt
Nº 265
31 OUT 2018
FOLHA INFORMATIVAFOLHA INFORMATIVA
INIAV — Dois Portos / Estação Vitivinícola Nacional | Quinta da Almoínha | 2565-191 DOIS PORTOS - PORTUGAL
Tel: 261 712 106 / 261 712 500 | Fax: 261 712 426 | E-mail: polo.doisportos@iniav.pt
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Ficha Varietal: MORETO T
C A R A C T E R I Z A Ç Ã O G E N É T I C A :
(5) Veloso, M.Manuela, M.Cecília Almandanim, Margarida Baleiras-Couto, H.Sofia
Pereira, L.C.Carneiro 1,P.Fevereiro, J.Eiras-Dias, 2010. Microsatelite Database of
Grapevine (Vitis vinífera L.) Cultivars used for Wine Production in Portugal. Ciência
Téc. Vitiv., 25 (2), 53-61.
A P T I D Ã O C U L T U R A L E A G R O N Ó M I C A :
Abrolhamento: Precoce, 2 dias após a “Castelão”.
Floração: Época média, sete dias após a “Castelão”.
Pintor: Médio, quatro dias após a “Castelão”.
Maturação: Tardia, uma semanas após a “Castelão”.
Porte ereto.
Vigor médio. Bastante produtiva.
Pouco sensível ao desavinho.
Extremamente resistente ao escaldão.
Indicada para zonas de calor extremo.
P O T E N C I A L I D A D E S T E C N O L Ó G I C A S :
Produz vinhos com aroma a frutos vermelhos. Na boca
são equilibrados e têm um final longo.
M A T E R I A L V E G E T A T I V O P A R A M U L T I -
P L I C A Ç Ã O :
Existe um clone certificado (51 JBP PT).
————————————————————
C O M P I L A D O P O R J O S É E I R A S - D I A S
Microssatélites (SSR) Veloso et al.,2010(5)
VVS2 147 : 153
VVMD5 226 : 236
VVMD7 239 : 253
VVMD27 181 : 189
ssrVrZAG62 188 : 188
ssrVrZAG79 247 : 251
O R I G E M E S I N O N Í M I A : Referida na Portaria nº 380/2012 com o número de código
PRT52301 (1).
Figura na base de dados Vitis International Variety Catalo-
gue (VIVC) com o nº 7992 (2).
Clorótipo A (3), típico das castas originárias da Península
Ibérica. Cruzamento natural de Sarigo/Cayetana Blanca x
Alfrocheiro T.
Superfície cultivada em Portugal: 443 ha (residual no ence-
pamento)(4).
Cultivada na região do Alentejo.
---------—— (1) Portaria Nº 380/2012, de 22 de novembro, do Ministério da Agricultura, do Mar,
do Ambiente e do Ordenamento do Território. (2)Vitis International Variety Catalogue, acedido em 03 de outubro de 2018.
(3)Vitis International Variety Catalogue, acedido em 03 de outubro de 2018.
(4) Vinhos e Aguardentes de Portugal 2017– Anuário, 224 pp. Instituto da Vinha e do
Vinho, Lisboa.
D E S C R I Ç Ã O M O R F O L Ó G I C A :
Extremidade do ramo jovem aberta, com orla carmim de
intensidade média e elevada densidade de pêlos prostra-
dos.
Folha jovem verde, página
inferior com elevada densi-
dade de pêlos prostrados.
Flor hermafrodita.
Pâmpano estriado de ver-
melho, com gomos verdes.
Folha adulta de tamanho
médio, pentagonal, com
cinco lóbulos; limbo verde
médio, irregular, mediana-
mente bolhoso e com enru-
gamento; nervuras princi-
pais verdes; página inferior
com elevada densidade de
pêlos prostrados e média
densidade de pêlos eretos;
dentes médios e convexos,
seio peciolar e seios late-
rais superiores fechados,
com a base em V.
Cacho pequeno, cónico ala-
do, compacto, pedúnculo
curto.
Bago arredondado, médio a
grande (3,85 gr) e negro-
azul; película de espessa,
polpa mole.
Sarmento castanho escuro,
loro médio (7-10 cm).
INIAV — Dois Portos / Estação Vitivinícola Nacional | Quinta da Almoínha | 2565-191 DOIS PORTOS - PORTUGAL
Tel: 261 712 106 / 261 712 500 | Fax: 261 712 426 | E-mail: polo.doisportos@iniav.pt
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Vindima — 2018
2018 foi um ano com condições climáticas adversas à cultura da vinha,
marcado por um início de primavera extremamente chuvosa e fria, pro-
porcionando condições para o desenvolvimento intenso de míldio e forte
desavinho, principalmente verificado no norte do país, e por um verão
extremamente seco e quente, relativamente aos valores médios, com
uma primeira onda de calor de calor no início de agosto, provocando
estragos devido ao escaldão nas uvas, principalmente no sul do país.
Estas condições condicionaram o desenvolvimento fenológico das videi-
ras, tendo-se verificado em Dois Portos, na fase de pintor, um atraso de cerca de duas semanas relativamente aos
valores médios.
No INIAV—Pólo de Dois Portos/EVN, este ano, a vindima mecânica decorreu no dia 3 de outubro, 20 dias mais tarde do
que no ano anterior.
A vindima manual, que foi efetuada nos talhões mais velhos, decorreu nos dias 10, 11, 15, 16 e 17 de outubro, tendo
demorado mais dois dias que no ano transacto, devido à menor disponibilidade de mão-de-obra.
No decurso desta época foram ainda colhidas pequenas quantidades de uvas de várias castas da Coleção Ampelográ-
fica Nacional, que foram sujeitas a microvinificações, no âmbito de diversos ensaios em curso.
Apesar de se terem observados danos devidos ao escaldão, em especial num dos talhões onde os cachos estavam
mais expostos à radiação direta, a produção total global teve uma redução de 1%, quando comparada com as médias
dos últimos quatro anos.
Participação em eventos:
Jorge Cunha e José Eduardo J. Eiras Dias no dia 11 de outubro, participaram na reunião de avaliação da unidade de
investigação GREEN-IT (consórcio dos organismos: ITQB, iBET, IGC, INIAV e INSA), com conhecimento em biociências e
biotecnologia, procurando excelência em investigação, cooperação internacional e educação.
No dia 04 de outubro, Christiane Ramirez dos Santos obteve a classificação de 11 valores na Dissertação de Mestrado
em Viticultura e Enologia, da Universidade de Évora, sob o tema “Suscetibilidade ao Oídio na Videira: caracterização do
fenótipo nas principais castas portuguesas” sob a orientação de Jorge Cunha/ INIAV, José Eduardo Eiras-Dias/ INIAV e
Maria Rosário Félix/ Universidade de Évora.
Em 26 de outubro, Sara Canas participou no simpósio WINE TRACK 2018, organizado pela Société des Experts Chimis-
tes de France e pela ALABE, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto.
N OT Í C I A S
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P U B L I C A Ç Õ E S
Folha Informativa do INIAV-Dois Portos
Editor: INIAV — Dois Portos
Quinta da Almoínha
2565-191 DOIS PORTOS
PORTUGAL
Telefones: 261 712 106
261 712 500
E-mail: polo.doisportos@iniav.pt
Redação e Coordenação: Cidália
Paulino, Margarida Baleiras-Couto e
José Eiras-Dias
Revista científica bilingue, especializada em Viticultura, Enologia e Economia
Vitivinícola, indexada em diversa bases de dados internacionais
Revista online em http://www.ctv-jve-journal.org/
INIAV / EVN - Dois Portos
Barrias S., Fernandes J. R., Eiras-Dias J. E., Brazão J., Martins-Lopes P, 2019.
Label free DNA – based optical biosensor as a potential system for wine authen-
ticity. Food Chemistry, 270, 299-304.
https://doi.org/10.1016/j.foodchem.2018.07.058
Canas S., Anjos O., Caldeira I., Belchior A.P., 2019. Are the furanic aldehydes ratio
and phenolic aldehydes ratios reliable to assess the addition of vanillin and cara-
mel to the wine spirit? Food Control, 95, 77-84.
Catarino S., de Sousa M. R., de Pinho M. N. Clarification and protein stabilization
of white wines by Ultrafiltration. Comunicação oral apresentada no encontro cien-
tífico Euromembrane 2018. Book of Abstracts. 257-258. Valencia, 9 – 13 de
Julho de 2018, Espanha
Zhou P., Zhang L., Li W., Zhang S., Luo L., Wang J., Sun B., 2018. In vitro evalua-
tion of the anti-digestion and antioxidation effects of grape procyanidins accord-
ing to their degrees of polymerization. Journal of Functional foods, 49, 85-95.
Revista Ciência e Técnica Vitivinícola
Volume 33, Number 2, 2018
Chemical and sensory characterization of the aroma of ‘Chardonnay’ musts fer-
mented with different nitrogen sources
Pedro Miguel Izquierdo Cañas, Adela Mena Morales, J.M. Heras Manso, E. García
Romero, Miguel Angel González Viñas, Eva Sánchez Palomo
Resumo
Este trabalho estuda a influência de duas fontes de azoto adicionadas ao mosto
nas séries aromáticas e perfil sensorial de vinhos ‘Chardonnay’. Os compostos
voláteis foram classificados em seis séries de odorantes e as intensidades totais
para cada série aromática foram calculadas como a soma do OAV de cada um
dos compostos atribuídos a esta série. O perfil sensorial foi definido através de
análise sensorial descritiva quantitativa. As séries frutada, floral e doce são as
que mais contribuem para o aroma dos vinhos ‘Chardonnay’, independentemen-
te da fonte de azoto utilizada. Em geral, a fortificação do mosto com azoto
aumenta a intensidade do aroma dos vinhos, especialmente notas frutadas e
florais. Amostras com nutrientes orgânicos apresentaram maior intensidade aro-
mática e mais aromas florais que as amostras com nutrientes inorgânicos. De
acordo com os resultados, a fortificação do mosto com azoto orgânico aumentou
a complexidade aromática dos vinhos.
DOI: https://doi.org/10.1051/ctv/20183302116
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M A D E I R A S A U T O R I Z A D A S P A R A O E N V E L H E C I M E N T O D E A G U A R D E N T E V Í N I C A
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O Reg. CE nº 110/2008 do Parlamento Europeu e do Conselho de 15 de Janeiro de 2008, relativo à definição, designação,
apresentação, rotulagem e proteção das indicações geográficas das bebidas espirituosas, estipula para a aguardente vínica
(ponto 4 do Anexo II):
f) Quando a aguardente vínica for envelhecida, pode continuar a ser colocada no mercado como «aguardente vínica» desde
que tenha sido amadurecida por um período igual ou superior ao período estipulado para a bebida espirituosa definida na
categoria 5.
O que significa que deverá ser cumprido o que é estabelecido para o brandy ou weinbrand (ponto 5 do Anexo II):
ii) Envelhecida em recipientes de madeira de carvalho durante pelo menos um ano ou, se a capacidade dos tonéis de carva-
lho for inferior a 1 000 litros, durante pelo menos seis meses.
Na interpretação da lei, assumindo que aspetos omissos relativos a práticas enológicas ou a materiais para uso enológico não
são autorizados (assim é entendido para a regulamentação respeitante ao vinho), considerou-se que apenas a madeira de
carvalho era autorizada para o envelhecimento de aguardente vínica.
A respeito de madeiras utilizadas para o envelhecimento de aguardente vínica, a equipa de investigação composta por António
Pedro Belchior, Sara Canas, Ilda Caldeira, Maria Isabel Spranger, Maria Cristina Clímaco
(INIAV–Dois Portos/EVN) e Raúl Bruno de Sousa (ISA-UL), realizou, nos últimos 20 anos, um
estudo inovador e aprofundado sobre a matéria. Com o suporte de diversos projetos de inves-
tigação, foi avaliado e comparado o efeito da madeira de carvalho tradicionalmente utilizada
(Quercus robur L., sobretudo da região francesa de Limousin), com o de outras madeiras de
carvalho (Quercus sessiliflora Salisb., da região francesa de Allier; Quercus pyrenaica Willd.,
cultivado em Portugal; Quercus Alba L./Quercus stellata Wangenh./Quercus lyrata
Walt./Quercus bicolor Willd. proveniente da América do Norte) e com o da madeira de casta-
nheiro (Castanea sativa Mill.). A avaliação incidiu nas características físico-químicas e senso-
riais conferidas pelas diversas madeiras à aguardente vínica ao longo do processo de envelhe-
cimento. Os resultados obtidos, revelando uma notável consistência, permitiram concluir que a
madeira de castanheiro apresenta excelente aptidão para este fim, na medida em que propor-
ciona a obtenção de aguardentes de elevada qualidade e diferenciadas, bem como um enve-
lhecimento mais rápido e menos oneroso (em consequência também do menor preço da barri-
ca e da possibilidade de maior número de reutilizações).
Decorrente desta evidência científica, e face à supramencionada interpretação do Reg. CE nº
110/2008, foi apresentado um Projeto de Resolução à Organização Internacional da Vinha e
do Vinho (OIV), através da sua Comissão Nacional (CNOIV), visando a inclusão da madeira de
castanheiro para o envelhecimento de aguardente vínica no “Codex Enológico Internacional”.
Com efeito, uma das atribuições da OIV consiste na elaboração de recomendações sobre a
utilização dos produtos passíveis de serem empregues em Enologia. Tais orientações são sub-
sequentemente adotadas pelos Estados Membros, por via da transposição para a respetiva
legislação ou, no caso dos países europeus, para a regulamentação da União Europeia, pas-
sando a ter caráter vinculativo.
No culminar do processo, em 2018*, foi expresso pela Presidência do Grupo BOISPI (Bebidas
Espirituosa de Origem Vitivinícola) da OIV, que, de acordo com as diretrizes desta Organização, e tendo por base o entendi-
mento manifestado pelos peritos em legislação europeia que integram o Grupo, não existe restrição à utilização de outras
madeiras que não a de carvalho para o envelhecimento da aguardente vínica, existindo apenas restrição para o envelhecimen-
to do brandy.
Neste contexto, cumpre-nos informar que as madeiras de carvalho, de castanheiro ou de qualquer outra espécie florestal são
autorizadas para o envelhecimento de aguardente vínica.
* O reconhecimento da investigação pela OIV traduziu-se na publicação do documento-base no respetivo website:
http://www.oiv.int/en/technical-standards-and-documents/collective-expertise/spirit-beverages
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