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Câncer uterino UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS Lion – Liga de Oncologia Acadêmicos: Bruno Queiroz Luz Hirano, Frederico Vilarinho Bernardes

Ca uterino

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Câncer uterino - Aula Apresentada no dia 06.02.14 - Liga de Oncologia do Tocantins - LION - TO

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Page 1: Ca uterino

Câncer uterinoUNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINSLion – Liga de Oncologia

Acadêmicos: Bruno Queiroz Luz Hirano, Frederico Vilarinho Bernardes

Page 2: Ca uterino

Incidência

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Etiologia

Estrogênios

Diabetes mellitus, hipertensão, síndrome do ovário policístico, obesidade e reposição hormonal

Fator genético

Oncogenes Ha-, K-, N-ras, c-myc e Her-2/neu

Alteração no p53 e PETN

Fator de crescimento do endotélio vascular (FCEV)

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Estadiamento cirúrgico

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Hiperplasia de endométrio

Hiperplasia simples sem atipia: alterações na arquitetura e tamanho das glândulas, com formações císticas

Hiperplasia complexa sem atipia: aumento no número e tamanho das glândulas, figuras mitóticas

Hiperplasia simples com atipia: células sem polaridades com nucléolos proeminentes

Hiperplasia complexa com atipia: sobreposição considerável com o adenocarcinoma endometrióide diferenciado

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Carcinoma de endométrio

Hiperplasia evidente e anaplasia dos elementos glandulares com invasão do estroma, do miométrio ou dos espaços vasculares subjacentes

Dissemina por:

Extensão direta

Metástases linfáticas

Implantes peritoneais

Hematogênica

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Adenocarcinoma

Tipo mais comum de câncer de endométrio

Adenocarcinoma com diferenciação escamosa

Formado por glândulas malignas e metaplasia escamosa benigna

Bom prognóstico

Carcinoma adenoescamoso de endométrio

Formado por glândulas malignas e epitélio escamoso maligno

Carcinoma seroso

Idade mais avançada, sem hiperestrogenismo

50% das recidivas dos tumores de estágio I

Disseminam-se precocemente

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Carcinoma de células claras Microscopicamente apresenta células claras

Padrões: sólido, papilar, tubular e cístico

Comportamento agressivo

Diagnosticado tardiamente

Mulheres idosas, sem associação com estados de hiperestrogenismo

Carcinomas mucinosos Mucina intracitoplasmática positiva para ácido periódico de Schiff

Carcinoma secretor Raros

Semelhantes aos carcinomas endometriais típicos

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Sinais e sintomas

80% tem sangramento anormal.

Hipermenorréia

Manchas de sangue intermenstrual

Sangramento pré e pós menstrual

Hemorragia

10% queixam de cólica abdominal baixa e dor secundária as contrações uterinas.

Exame físico normalmente é inexpressivo.

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Achados Laboratoriais

Exames de rotina são normais em sua maioria

Papanicolau

Pesquisa do marcador tumoral Ca-125

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Achados Radiológicos

Rx de tórax

Urografia intravenosa

Enema opaco

Ressonância magnética

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Exames especiais

Curetagem fracionada

Biopsia de endométrio

Biopsia por aspiração

Curetagem por aspiração

Ultrassonografia pélvica

Ensaios para receptores de estrogênio e progesterona

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Diagnóstico diferencial

Complicações da gravidez

Liomiomas, hiperplasia endometrial

Pólipos endometriais e cervicais

Outras neoplasias

Vaginite atrófica, estrogênios exógenos

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Complicações

Anemia grave

Hematométrio

Piométrio

Perfuração do útero

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Profilaxia e Tratamento

Mulheres Obesas, diabéticas, hipertensas, nulíparas, com D&C repetidas para sangramento anormal, menopausa tardia, radioterapia pélvica pregressa e em reposição de estrogênio devem ser monitoradas

Cirurgia e Radioterapia

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Sarcomas: aspectos gerais

Mais comuns após os 40 anos;

Tumores raros: 2 a 6% das neoplasias malignas

uterina;

Nenhum agente etiológico comum foi associado;

Risco relativo após radioterapia pélvica.

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Classificação clínica

1. Liomiossarcomas (LMS)

2. Sarcomas do estroma endotelial (SEE)

3. Tumores mesodérmicos mistos malignos (TMMM)

4. Adenossarcomas

Não há sistema de estadiamento próprio.

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Liomiossarcomas (LMS)

35-40% de todos os sarcomas uterinos e 1-2% de todos os CA de útero;

Mulheres entre 25-75 anos;

Sintomas: sangramento anormal (60%), dor ou desconforto abdominal (50%), sintomas gastrointestinais e genitourinários (30%), massa abdominal (10%);

Diagnóstico: biópsia, esfregaço de Papanicolau, histerectomia.

Evolução: invasão do miométrio, cérvice e tecidos adjacentes por contiguidade; disseminação linfática; metástases hematogênicas.

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Sarcomas de estroma endometrial (SEE)

Predomínio em mulheres na perimenopausa entre 45-50 anos.

Sintomas: hemorragia uterina; dor e pressão abdominal; assintomáticas.

Diagnóstico: biópsia; na cirurgia: útero aumentado preenchido por tumores necróticos e hemorrágicos de consistência mole, branco-acinzentados a amarelos.

Dois tipos: - SEE de baixo grau ou miose dos estroma endolinfático;

- SEE de alto grau ou sarcoma endometrial indiferenciado.

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Sarcomas de estroma endometrial (SEE)

SEE de baixo grau

Menos agressivo do que o SEE de alto grau;

Evolução: disseminação extrauterina em 40% dos casos no momento do diagnóstico.

Sobrevida prolongada e até mesmo a cura não são raras;

Tratamento: inicial – histerectomia abdominal total e salpingo-ooforectomia bilateral.

- Radioterapia: excisão inadequada ou recorrência total

- Progesterona: resultados objetivos (48%)

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Sarcomas de estroma endometrial (SEE)

SEE de alto grau

Neoplasia altamente maligna;

Evolução: metástases linfáticas, anexos e todo o abdome;

-fase final: pulmão e fígado

Tratamento: histerectominia abdominal total e salpingo-ooforectomia bilateral; radioterapia e quimioterapia associadas.

- Não responde ao tratamento com progesterona.

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Tumor mesodérmicomisto maligno (TMMM)

50% de todos os sarcomas uterinos;

Predomínio em mulheres pós-menopausa; costumam estar associados à obesidade, diabetes mellitus, hipertensão e pré-exposição à irradiação pélvica;

Sintomas: hemorragia pós-menopausa; corrimento vaginal, dor abdominal, aumento do útero, emagrecimento;

Diagnóstico: biópsia de uma massa endocervical ou curetagem endometrial. Histopatologicamente: mistura de sarcoma e carcinoma;

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Tumor mesodérmicomisto maligno (TMMM)

Natureza maligna e, na ocasião do diagnóstico, a doença já se estendeu para fora do útero em 40% a 60% dos casos;

Prognóstico: depende da extensão do tumor: estágio I (53%), estágios II ou III (8,5%) e estágio IV ( - ).

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Adenossarcoma

Forma rara do TMMM; Mistura de glândulas neoplásicas de aparência

benigna e estroma sarcomatoso; Sintomas: sangramento pós-menopausa; Diagnóstico: curetagem endometrial; Tratamento: histerectomia e salpingo-ooforectomia

bilateral, com ou sem radioterapia adjuvante.

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Diagnóstico

Diagnóstico diferencial Erros diagnósticos: gravidez, liomioma, adenomiose e

neoplasias ovarianas ou doença inflamatória pélvica aderente;

Estudos citológicos, biópsia ou a dilatação e curetagem; laparotomia exploradora.

Diagnóstico patológico é extremamente difícil e pode exigir parecer de um patologista ginecológico familiarizado com esses tumores.

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Diagnóstico

Achados laboratoriais: Hemograma e exame simples de urina, provas de

função hepática (fosfatase-alcalina, tempo de protrombina e desidrogenase láctica sérica);

Receptores de estrogênio e progesterona: tendência a responder à terapia hormonal.

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Tratamento

Há recorrência de mais da metade dos casos de sarcoma uterino;

Locais mais comuns de recorrência: abdome e pulmões;

• Estágios I e II• Histerectomia abdominal total e salpingo-ooforectomia bilateral;

irradiação ou cirurgia dos linfonodos pélvicos.

• Estágio III• Cirurgia agressiva, radioterapia e quimioterapia.

• Estágio IV• Quimioterapia combinada.

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Tratamento

Cirurgia 1ª etapa - lapatoromia exploradora: extensão da

disseminação da doença; linfonodos pélvicos e para-aórticos;

Histerectomia abdominal total é o procedimento padrão e salpingo-ooforectomia bilateral em todas as pacientes.

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Tratamento

Radioterapia Pré ou pós-operatória adjuvante é útil para aumentar

a sobrevivência e reduzir recorrências locais, quando combinada com cirurgias.;

Indicados para pacientes com SEE e TMMM; Uso paliativo para aliviar sintomas pélvicos.

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Tratamento

Quimioterapia Liomiossarcoma – doxorrubicina (25%); gencitabina

+ docetaxel (53%) SEE: doxorrubicina, tamoxifeno ou progesterona (SEE

baixo grau); TMMM: cisplatina (18-42%) e ifosfamida (32%);

paclixatel + carboplatina (80%).

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Referências

BEREK, Jonathan S.. Tratado de Ginecologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.

DECHERNEY, Alan H.; NATHAN, Lauren. Obstetrícia e ginecologia: diagnóstico e tratamento. 9. ed. Rio de Janeiro: Mcgraw-hill Interamericana do Brasil, 2004. (Current).