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Anemia Falciforme

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Page 1: Anemia Falciforme

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Page 2: Anemia Falciforme

Tópicos

• Introdução• Objectivos• Definição da anemia

falciforme (AF)• Historial• Epidemiologia• Genética

• Fisiopatologia• Fenótipo• Diagnostico• Tratamento• Complicações• Conclusão• Bibliografia

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Introdução

• Entre os distúrbios genéticos mais frequentes nos seres humanos constam as hemoglobinopatia, sobre tudo a anemia falciforme (AF), com maior impacto clinico, social e epidemiológico1

• Prevalência maior em pessoas de raça negra e populações do mediterrâneo2

• A causa da doença é uma mutação de ponto no gene da globina beta da hemoglobina, originando uma hemoglobina anormal (Hb S) ao invés da hemoglobina normal (Hb A)1

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ObjectivosGeral• Descrever genética e clinicamente a anemia falciforme

Específicos• Analisar conceitos da AF e outros relacionados• Compreender as bases genéticas da anemia falciforme• Entender os mecanismos fisiopatológicos da doença• Indicar os meios de diagnóstico da anemia falciforme• Mencionar as características fenotípicas da doença• Entender as medidas terapêuticas da patologia• Analisar as complicações da doença

Page 5: Anemia Falciforme

DefiniçãoAnemia Falciforme (AF) é uma doença hematológica hereditária, causada por uma mutação, provocando mudança da hemoglobina normal (A) para hemoglobina (S) que altera a forma normal de eritrócito para forma de foice 1

Fig.1. Hemácia em forma de foice

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Ano Percursor e o evento histórico que caracterizou a época

1910 Herrick. Observou uma anormalidade peculiar da hemácia de um estudante negro que tinha anemia (a forma de foice) 1

1923 Taliaferro e Hock. Reconheceram a hereditariedade da anemia falciforme1

1935 Diggs e Bill. Notaram que algumas hemácias mesmo reoxigenadas se mantinham falcizadas4

1949 Neel e Beet. Mostraram que os pacientes com AF eram homozigóticos e que em heterozigose causava uma condição mais benigna4

Pauling, Itano, Singer e Wells. Descobriram nas hemácias dos pacientes com anemia falciforme uma hemoglobina anormal (a hemoglobina S) 4

1958 Ingram. Identificou o defeito estrutural da hemoglobina S: troca do aminoácido na cadeia beta da globina1

1972 Diggs. Mostrou que a presença de Hb S ra um problema de saúde pública e que o aconselhamento genético era a forma preventiva mais eficaz1

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Epidemiologia

270 milhões com Hb S e 300 a 4000 mil nascimentos C/ Hb S 3

Fig.2 Distribuição mundial da AF 2

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GenéticaHb é responsável pelo fornecimento de o2 e retirada de co2 dos tecidos. Tais funções são exercidas graças a uma estrutura quimicamente organizada1

Fig.3. Estrutura da hemoglobina normal (Hb A) 2

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Genética (Conta.)

A síntese de cadeias globinícas é regulada por mecanismos genéticos, cujos genes estão localizados nos cromossomas 11 e 163

Fig. 4. Complexo alfa e beta nos cromossomos 16 e 113

Page 10: Anemia Falciforme

Genética (cont.)Anormalidades genéticas podem acontecer dando origem a variantes estruturais da Hb que podem impedir a produção de uma ou ambas cadeias2

A Hb S é causada por substituição de uma Adenina (A) por uma Timina (T), no sexto codón do gene da beta-globina (GAG-GTG) ocasionando a substituição do ácido glutâmico normal por valina3

A Hb S polimeriza-se em baixas pressões de o2 . Quando quantidades críticas de polímeros de Hb S acumulam-se dentro do eritrócito falcizado, ocorre lesão celular3

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Fig.5. Substituição de aminoácido que altera a estrutura da hemácia2

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Genética (cont.)

AF é uma herança autossómica recessiva e apresenta duas formas básicas, a heterozigótica (Hb AS) e a Homozigótica (Hb SS) 2,6

Fig.6. Heranca da AF, cruzamento de dois portadores de Hb AS7

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Fisiopatologia

↓Oxigénio

Hb S desoxigenado

Polimerização

Hemólise

Hb S Oxigenado

Microcirculação

Vasoclusão

Infarto→Necrose

Disfunção dos órgãosCrises dolorosasFontes: 2,4 ,8 e 10

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Fenótipo

Priapismo

AVC

Icterícia

Ulceras

Crises dolorosas

Esplenomegalia

Infecções repetidas

Anemia

STA

Sinais e Sintomas

Fontes: 2,4 e 8

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Fenótipo (cont.)

As imagem representam as manifestações clínicas da AF10

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DiagnósticoA detecção da anemia falciforme pode ser baseada em manifestações clinica e estudos laboratoriais2

Hemograma revela anemia e outros sinais indirectos de hemólise (hematócrito↑ e reticulocitose)1

A electroforese da Hb alcalina é o método básico usado para a qualificação de grande parte de Hbs mutantes2

Outros exames: teste de falcização, teste de solubilidade e electroforese acida, focalização isoeléctrica e a cromatografia liquida e PCR1,2

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Tratamento e PrevençãoCombate a infecções, através da vacinação pneumocócica e a melhoria das condições de nutrição, higiene e educação1

Controle da dor c/ analgésicos não opióides e opióides, transfusão de sangue ou troca transfusional2

Ventilação, antibacterianos e transfusão de sangue ou troca sanguínea para síndrome respiratória aguda2,10

Hidroxiuréia para paciente com crises dolorosas e o uso de anti-faicizantes como cianetos10. O transplante da medula óssea cura a AF8

O aconselhamento genético é uma medida preventiva eficaz1

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Complicações

As mais graves são as pulmonares como a síndrome torácica aguda, hiper-reactividade das vias aéreas superiores e hipertensão pulmonar11

Para além das pulmonares existem outras graves como: AVC, colecistite, obstrução do tudo biliar e pancreatite aguda10

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ConclusãoAF trata-se de uma doença hereditária autossómica recessiva, caracterizada por alteração da estrutura da hemoglobina

Apresenta-se sob duas formas, a heterozigótica (portador de tranço falcémico) e a homozigótica (portador da anemia falciforme), a forma mais grave

A doença é agravada por condições de baixa pressão de oxigénio.As principais manifestações clinicas as crises dolorosas e vasooclusivas.

O seu tratamento é preventivo e sintomático, sendo que o transplante da medula óssea cura a AF

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Bibliografia1. MESIANO C. A. M, (2001). Anemia falciforme. Fundamentos teóricos e práticos;

http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/10/infa03.pdf Acessado no dia 13/09/2024 as 15:32h

2. DA SILVA M.A.L. (2006). Manifestações clinicas em pacientes com anemia falciforme ;3. FERREIRA M. C. B, (2012). Doenças falciformes: Um olhar sobre assistência prestada na

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2a edição, Porto Alegre: Artmed editora;6. ANTHONY J. F, et al. (2000). Introdução a genética. 7a edição, Guanabarra7. PERIN, C. F, et al. (2000). Anemia Falciforme. Porto Alegre. 56pp8. THOMPSON, Thompson (2002).Genética médica. 6a edição, Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan.9. PLATT, O. S. (2008). Hydroxyurea for the treatment of sickle cell anemia. Inglaterra.

239pp10. BRASILIA-DF, (2007). Manual de anemia falciforme para população, 1a edição, Brasil;

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0206_M.pdf Acessado nao dia 13/09/2014 as 14h

11. ANVISA, (2001). Manual de diagnóstico e tratamento de doenças falcémicas. 1a edição. Brasília;