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LIMA, jovem atacante do Palmei-ras, de São Paulo, há muilo estáconsagrado no futebol brasileiro. Ereafirmou as suas qualidades re-centemente, quando decidiu, para

os brasileiros ,o jôgo-chavs da"Copa Roca" de 1945.

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N°. 404 3-1-46R$ 1,00 EM TODO 0 BRASIL

Escreve G E N A R 0~) Brasil um dos maiores males, que podo ser observado cm

Iodos os campos de ação da vida humana refere-se ao critériode observação.

Aliás este mal é comum, gencralisado vamos dizer, em toda espo-mmana que habita na terra, iras no nosso meio ele 0. bom mais

pronunciado, talvez devido a maior sensibilidade do indivíduo bra-sileiro. Nós quando passamos a observar uma coisa nào analisamos)ora terreno em (pie ela se encontra construído, a.s idéias que as ampa-

ram ou a.s condições em que se desenvolve esta mesmo objeto sujeitono moinento a observação nossa.

Pelo efeito julgamos a causa e não pela causa o efeito como seriajusto e exato em jurisprudência.

O fato é o seguinte: — no esporte brasileiro, terreno em quo euvou me desenvolver com especialidade, ao analisarmos certas coisas,si tudo está bem não pensamos no que vem antes, si os frutos são bonsproferimos ignorar questões de ordem interna ou de organisação, tudoporque por vezes, acontece que os resultados finais favoreceram ras-gados elogios, referencias lisongiosas aos organisadores, esquecendotalhas existentes, porque a causa estava vitoriosa. Mas, si derrotadafoi essa mesma causa, aí então a coisa muda de aspéto porque até de-feitos que não existiam e outros que não existem de fato, aparecemnaquele instante. . .

Essa 6 a verdade, e deve ser dita, mas esse nâo 6 o maior mal dodesporto brasileiro como ha muitos poderia parecer. Não porque essenão 6 r.o Brasil um mal isolado, mas sim um mal gorai.

Já agora no entanto que está tudo explicado em seus mínimosdetalhes, entremos no campo de ação em que nos interessa no mo-mento.

Vou tentar provar aos meus amáveis leitores, aonde reside naminha modesta opinião a maior e mais lamentável falha do desportobrasileiro. Não será no setor da perfeição por meio de métodos com-parativos, porque nós atravessamos um período de evolução, de umaevolução até de certo modo rápida. Não será outrossim, devido afalhas de organisação, porque elas existem, mas como estamos evo-luindo em matéria de progresso, intrinsicamente também essas falhasdevem ser sanadas aos poucos. Certos conselhos ainda sem orientaçãosegara, som homens com probidade essencial em toda a linha, sem di-retrizes certas para que seguidas indiquem um caminho mais seguroe imparcial, com uniformidade de critério em relação a todas modali-dades esportivas que se praticam no Brasil.

Esses males, torno a repetir existem, mas tenderão com o tempoa melhorar e eles refletem tão somente um período de transição a quoatravessa os esportes no Brasil, aonde a política se impera tambémno seu seio como reflexo dos atos administrativos gerais.

Ila porem um tocai'te aonde se observa-esse n ai tão bisado pormim, desde o inicio desta crônica, é a falta de apoio «pio recebem osesportes brasileiros c particularmente os esportes amadores, pois ósobre estes que eu irei me delongar, do governo, dos poderes supremosdo país o como exemplo citarei um caso em separadoi estabelecendo adiferença de frutos que existem entre a generalidade o esta especificadaexceção no Brasil.

Os esportes em nossa terra deveriam ter um apoio mais forte dasadministrações do país, pois está provado que eles tecnicamente encer-ram muitos recursos que bem amparados moral e financeiramenteprogrediriam num grau e em escala cada vez mais crescentes.

Haja vista como exemplo, dos campeonatos continentais seguidosde atletismo, natação, baskett-ball, golf e etc, etc* das belas figurasque os nossos representantes de tufeból e tênis tem feito no exterior eoutros sucessos isolados c em conjunto com que vários dos nossos alie-tas o representações tem elevado no conceito estrangeiro o nome espor-tivo do Brasil.

Todos esses fatos não podem em absoluto passar desapercebidosaos olhos dos dirigentes da nação brasileira. Porque se os maiores fei-tos culturais elevam o nome de um país, não nos devemos esquecertambém que delegações e festas de confraternisação esportivas tambémaproximam enormemerte nações uma das outras resolvendo em oca-siões varias situações delicadas que muitos dos nossos melhores diplo-matas talvez não solucionassem com tamanha habilidade.

Que advogado ou melhor embaixador diplomático poderia desejaruma nação latina como o Brasil, do que"o Dr. Rivadavia Correia Mover,ilustre Presidente da C. B. D., o qual presidiu a nossa representaçãojunto ao ultimo campeonato Sul-Americano de Etletismo?

Foi esse ilustre esportista quem com a sua eloqüente palavra ecom o cunho todo especial de sua relevante personalidade solidificouainda mais os laços de relação existentes entre o Brasil e as demaisrepublicas do continente presentes a tão interessante certamen, ao mes-mo tompo que elevou e tornou vitoriosa a causa brasileira junto aoCongresso reunido naquela época.

Eis portanto um exemplo em que o governo do Brasil, deveriaprestar bem atenção para que da próxima feita tudo facilitai1 afim deque esses rapases e moças que souberam tão bem por varias veses

{Continua na 'página 18)

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No quadro de amadores do Fluminense F, ('. atuava comacerto, destacando-se pela sua jibra c pelo entusiasmo comba-tivo. Mas o Fluminense não podia Jazer craques. . . O Büta-fogo, um dia, levou-o para os seus amadores campeões e daia profissional, joi um pulo. Sabem quim .'• ? E o texto, da es-

querda para a direita. Nada menos que Oclavio!

Os amadores produzem coisas boas. Aqui está um exemplo.Haroldo e Vitonno joram amadores do CR. Vasco da Gama.Hoje, Vilorino figura deslacadamenie entre os aspirantes cruz-mallino enquanto que Haroldo saltou as dijiculdades paraganhar o estrelato, dono da zaga esquerda do Fluminense F.C.

Fim do mundo futebolístico? Não. Os craques aparecem as-sim. Este é um quadro de universitários, quando Zezé Moreirae Aimoré jaziam parte da E. N. de Educação Fisica. Comesses e mais Pedro Amorim, Tovar c René estiveram sobo mando técnico dc Ondino Viera, cuja capacidade todos co-nhecem. E estes dois lucraram, pois hoje figuram entre os

ases do Bota jogo F. R. -

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ANOS DE DURAÇÃO

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ESPORTE ILUSTRADO

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O troféu "Copa Roca" foiU*4;^ ^ /«£¦ ¦¦¦.11%*''*' cxioinao a "fjopa ixoea que aca- , ' mio i . „ 4.vr~ , ><> <> viá > - #w v^^-tv.v*. ?•va*fi"*rrá bm». <-/<. c0W™W m tolo. no doadc\ en,.191?' ^lj> tí:ncrte:

1

Arr/ página anterior vemos umflagrante expressivo: os argentinosexibindo a "Copa Roca" que aca-bavam de conquistar, em lOJ.O, noParque Antártica. Ai vemos Sa-lomon, Perucca, Valussi Sastre eoutros veteranos astros do futebolargentino. Em cima, um instan-taneo de 1930, no celebre 8-2,vendo-se uma intervenção de Tadenacossado por Sastre, sob as vistas

de Florindo e Ajonsinho

deO futebol brasileiro acabasaldar os seus compromissos dc"Copa Roca/', aprazados para19-15. E fê-lo de maneira bri-Ihante, não só por evidenciarum nível técnico elevado emface da representação do maiorcentro continental como, tam-bóm, por ter conquistado duasvitórias nítidas, uma delas im-pondo um revez numericamentesó ocorrido em 2 de Novembro-de 1910, ao perderem os argen-tinos para os uruguayos por 6-2!

Conquanto essa disputa possaaparecer apenas com o vulto deuma competição internacional,na realidade é, sem ser o maisantigo, uma competição tradi-cional no futebol Iatino-ameri-cano, a maior de todas, poisabrange dois autênticos expo

doado, cm 1913, pelo tenente-general Júlio A. Hora que oofereceu aos brasileiros teste-munhando a sua simpatia pelabrilhante atuação nas pelejasdisputadas, cm Buenos Aires,com quadros argentinos. Ao on-viar a "Copa" ao então ministrodo Brasil na Argentina, Sr. Luizde Souza Dantas, disse o Gnal.Roca. no ofício que a acompanhou:"Para estimulo da juventudeque em nossos países cultiva essencbilissimo desporto e para es-tabele cor, além disso, um novomotivo de amistosas relações opropósitos comuns entre os mes-mos, veria com agrado que acopa fosse disputados durantetrês anos consecutivos, entre qua-dros brasileiros e argentinos, ti-cando de propriedade daqueleque o vencesse duas vezes".

Os argentinos tiveram a seucargo a organização do jogo quese disputou a 27 de Setembro do1914. Uma grar.de assistênciacompareceu ao encontro, rea-lizado no campo do Gimnasia yEsgrima.

Na tribuna dc honra, onde soencontrava o troféu, tomaramlogar os Ministros das Relações

entes, assinalando- em 191-1, o Exteriores o da Justiça da Arcomeço das relações argentino-brasileiras.

A "Copa Roca" é, por conse-giunte, um acontecimento sig-ni ri cativo para o futebol con-tinental. A sua história inclué-secom leiras douradas, nas suaspáginas mais notáveis. -

esporte ilustrado, dedicandoefta edição á "Copa Roca", or-ganjzou o carnet dessa magní-fica competência, no qual sãor-c;constituídas, baseados em nos-sos arquivos, as suas diversasetapas.

Dc La Matta joi um dos atacantesmais perigosos que os argentinosnos trouxeram, e que, apemr dissonão leve oportunidade de se exibir.

gentina, respectivamente, Dr.Muraturo e Cullcn, o en carro-gado dos Negócios Brasileiros,os delegados brasileiros á Con-venção Sul-Amcricana de Fute-boi, o presidente e dirigentes daentidade local e senhoras. A's.15 horas, apareceram no gra-mado os jogadores brasileiros,vestindo camisetas brancas como escudo em cores da bandeirabrasileira. Recebidos com pai-mas, começaram logo a troca dopasses, etc. Dois minutos maistarde entraram os argentinos,vestindo camisetas com listrasverticais azues e brancas. Emseguida á clássica saudação dos(vuadros, o juiz fez alinharem-seos quadros que formaram comesta constituição:

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ESPOBTE ILUSTRADO

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brasileiros — Marcos (Flu-minonso), Pindaro (Flamengo) oNery (Flamengo); Lagrcoa CS.Bento), Ruben Salles (Paulis-tano) c Pernambuco (Flumi-nonsc); Oswaldo Gomes (Flu-minense) Bartolomeu (Flumi-nonsc), Millon (Paulistano), Frio-denreieh (Ipiranga) e Arnaldo(Paulistano).

aroentinos — RitliUer (Por-teno), Bernaseoni c Gallup Lanús(Estudiantes de La Piai a); Naón(Estucl. do La Plata), Sande(Independiente) o Sayanes (('i~nasia y Esgrima); Lamas (Est.do La Plata), Lconardi (Est. deLa Plata), Piaggio (Portono), Izaguirre (Portmo) c Crespo (Tigre).

Na tribuna de borra, o Dr.Aldao apresentou as autoridadesprcsent.s ao ra oro brasileiro Dr.Alberto Borgbet, ao juiz delinha o aos capitães das equipesdisputantes. O Dr. Jo.só LuizMurature, especialmente con.-vidado, atirou a moeda para oclássico sorteio para o ponta-póinicial e esto favoreceu a equipevisitante ¦— os brasileiros — queoptou polo arco que tinha o solde fronte e a vantagem do ventofavorável.

Aos 13 minutos, a ala direitabrasileira iniciou um hom ataquee Sayanes conseguiu tirar a pc-lota do Oswaldo Cornos. Comoos atacantes do centro estives-som muito á fronte, a espera riopasso, ao rebater Sayanes a pe-lota, Ruben .Sal los conseguiu seapoderar doía o dirigiu, somperda do tempo, uni tiro cru-zado, regulanre ite alto. que fran-queou a vala argentina.

No 2." tempo, a linha me lia eos zagueiros brasileiros p izeramem prática todos os recursos aque oam obrigados polo ataqueargentino, até que aos 20 mi-n.utos um acontecimento ovi-denciou o alto espírito despor-tivo dos jogadores. Ao termi-n.ar um avanço, Lconardi, emrápida corrida, conseguiu colo-car-se deante do arco, levando apelota o quando a intervenção deMarcos ora visível, o atacantecom o entusiasmo da jogada,impulsionou a pelota com amão, fazendo com que franqueasseo arco. O arbitro que não lo-grára ver a rápida iiVração, san-cionou o tento, apontando parao centro. Porém, o gosto cava-lheiresco que não so fez demorar.Galup Lanús, o juiz do linha ar-gcntin.o, Cali.xto Gardi o outrosjogadores argentino? apressa-ram.-se a mostrar ao arbitro oinvalidado original do pontoo arbitro, em meio dos aplausosgerais, reformou a decisão.

Terminou a peleja com estoresultado: Brasileiros 1, 4'Vrgon-tinos 0.

A "Copa Roca" ofereceu, emseu primeiro jogo, im conjuntodo indlvidaveis emoções. Obtevea vitória o quadro que melhorjogou, mais harmônico, cujo con-junto não teve falhas* o quadrohomogêneo no qual a deesasoube amparar o es "orço do ata-que, enquanto este correspon-dia á confiança nele depositada.

Findo o prolio, o capitão cioconjunto brasileiro recebeu dasmãos do Ministro das RelaçõesExteriores da Argentina a "Copadoada pelo General Roca, pro-nunciando o Ministro, nesse mo-

Cassan joi outra figura brilhantede 1939 e 191,0. Figurou bem entre.08 artilheiros plalinos, marcando

2 tentos.

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Violência á vontade houve em 22de Janeiro de 1940. Aqui vemosRomeu caido, ao ser atendido porCarreiro e Tim.

meüto, palavras elogiosas aosvencedores. Agradeceu o presi-dente da delegação brasileira,Sr. Almeida Brito, com expres-soes de alto conceito. Os joga-dores brasileiros, situados no pai-co alto da tribuna oficial, cn-toaram diversas canções popu-lares, dedicando uma delas aoDr. Marature.

Como em 1915 a FederaçãoArgentina fundiu-se com a Ag-•oaaçflo, & "Copa Roca", ou«eja, a primitiva "Copa Roca"

ESPORTE ILUSTRADO

não foi mais disputada, ficandode posso da entidade brasileira.Alguns anos depois, a Associa-ção Argentina instituiu uma se-gunda "Copa Roca" que co-mecou a ser disputada em 1922,troféu esse obtido pelo falecidoDr. Raphael Cullcn do Gral.Roca.

1922

Na segunda disputa, oito anosdepois, venceram novamente osbrasileiros. Nesta oportunidadea contagem foi de 2x1, goals deGambarota (2) e Francia. Osquadros eram estes:

brasileiros — Mesquita; Cio-dô e Grane; Nesi, Faragassi e

Abate; Lsite (Brasileiro), Zezé,Gambarota, Teppet o Ósses.

argenrinos — Tesoriercj Cellie Sarasival; Chambrolim, Mar-tinez e Solari; Chiessa, Libonatti-Caslini, Francia e Rivet.

O juiz íoi o paraguaio Barba.

.1923

No ano seguinte, em 1923, a9 de dezembro, em Buenos Ai-res, os platinos levaram a melhorpor 2x0, goals do Onzari eTarnscone. Os teams er m estes:

brasileiros — Nelson; Pe-nafortí e Alemãc; Mica, Nesi eDmo; Pascoil, Zezé, Nilo, Coelhoo Amaro.

argentinos — Tosorieri; Irri-

barren e Midoglio; Solari. Sereg-ni e Mediei; Ozari, Rosado, Ta-rascone, Corroti o Loizo.

O árbitro foi o argertino .J.Mazzi.

1939

Interrompida novamente adisputa, somente em 1939, apósa Copa do Mundo, teve lugaroutro match. A 15 de janeiroem nossa capital, os brasileirosforam abatidos por 5x1.

Os quadros eram estes:brasileiros — Batataes; Do-

mingos o Machado; Bioró, Bran-dão e Médio; Luizinho, Romeu,Loonidas, Tim o Hercules.

argentinos — Gualcoj Mon-tanhez e Coleta; Arcadié, Ro-dolfo o A. Suarez; Peucello,Sastre, Massantonio, Moreno oGarcia.

Os tentos: Garcia (2); Mas-santonio (2); Moreno o Tim.

O juiz íoi Carlos do OliveiraMonteiro.

Este é o técnico Roca, responsávelpelos arqenlinos em 193,0 e um dosmais felizes na ''Copa Roca",apezar dos incidcritcs cm que esteve

envolvido.

* 1

13

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Dois homens do quadro argentino causaam viva Impressão pela forçaque opuseram à superioridade técnica brasileira: Ogando o Vacca.

Vacca, aparecendo no arco nos primeiros jogos, mostrou-so herdeirolegítimo da coroa de guardiães, sempre de primeira linha, dos quadrosargentinos. E quando se punha em dúvida o valor do seu substituto,Ogando —¦ que vemos à esquerda numa intervenção difícil — eis quenos aparece um homem ainda mais eficiente o grande empecilio paraque os nacionais atingissem uma contagem esmagadora!

adversários por longo tempo, som que houvesse revide da parte dosmesmos. "Corners" seguidos eram cedidos pelos portenhos, e em váriosdeles os seus defensores manifestavam francamente o seu descontroleatirando pela linha de fundo a bola de qualquer maneira.

Vimos Salomon e Alberti por várias vezes olhar ern volta dentrode sua área e acabar lançando a pelota a escanteio devido a impossi-bilidade de passá-la a um companheiro de "team"-E dessa forma nada menos de 24 escanteios foram cedidos pelosportenhos durante todo o prelio, enquanto que apenas um era concedido

pelos brasileiros. Creio que em prélios internacionais é esse um feitoinédito e que pode servir para terem os leitores que não foram a campouma rápida idéia do que foi o predomínio dos nossos patrícios.O primeiro período do prelio terminou sem abertura de contagem o

que se verificou devido não somente à falta de "chance" dos nossosartilheiros nas conclusões e à perício do arqueiro argentino Ogandoque se constituiu um espetáculo à parte dentro do espetáculo soberboque foi sem duvida o prelio durante todo o seu desenrolar.

Mas quando justamente menos se esperava, surgiu o primeiro tentodos nacionais, feito por Heleno golpeando de cabeça uma bola queproveniente de um "comer" cobrado pelo ponteiro Chico, se ofereceu aonosso comandante em excelentes condições.Mas, para ironia do destino, os platinos, dominados inteiramentedentro da cancha empataram, com um belo lance porém inesperadoCoube a Martino a façanha ao receber em boas condições um passede Pontoni.Seria porém uma injustiça de grandes proporções se o Brasil nãovencesse o prelio e, mesmo atuando contra o "keeper"

portenho e contraa 'chance", marcaram o segundo, e em seguida o terceiro tento, que vemsolidificar a nossa vitória.Lima se tornou o autor da proeza de assinalar o ponto n.° 2, enquanto

que numa pelota centrada em direção à meta portenha por LeônidasFonda, médio argentino, tentando desviá-la dos pés de Ademir, jogou-adentro do seu próprio goal. Era o nosso terceiro ponto e uma vitóriadas mais justas que acabávamos de obter, de vez que daí a instantes oarbitro Mario Viana dava por findo • prelio.Em resumo, esta vitória veiu desfazer uma velha lenda de que ofutebol argentino era invencível e superior ao nosso. Agora, queirameles ou não queiram, está provada uma coisa: estamos em maior evi-dência, praticando um "association" à base de enorme velocidade e sobum fundo de inteligência característico. Observem os leitores que tiveram

a felicidade de assistir aos dois prélios em S. Januário, que nós vence-mos os prélios em grande parte graças ao nosso quinteto atacante, queenvolveu por completo a defesa portenha, enquanto a retaguarda na-cional jamais permitia a permanência dos elementos avançados porte-nhos, exercendo sobre os mesmos uma marcação cerrada e tendo -porbase o jogo de "pivot", em que utilizávamos como "chave" o centro-médio Rui, jogador que mostrou um grande valor, superando em muitoa Perucca no duelo que travou com este dentro das possibilidades nogramado.

Por outro lado, a linha avançada brasileira se deslocava frequen-temente dentro da grande área portenha, confundindo os defensores pia-tinos. Assim, via-se constantemente um Leônidas ou.um Heleno na ex-trema direita, como um Lima na meia ou um Zizinho — que foi sem dú-vidsr o dínamo, a mola do quadro nacional — deslocado para as duasmeias, quando não aparecia no centro. Em dado momento até Chico apa-receu na extrema direita, o que sem dúvida veiu tontear os defensorescontrários e permitir jogadas de grande efeito. Aliás Zizinho e Ademirconstantemente confundiam Perucca, envolvendo-o com constantes trocasde passes e "driblings" desconcertantes-

Esse futebol rápido e consciente, malicioso e envolvente, científico,vamos dizer à base de improvisação dos lances, os argentinos não sa-biam nem de leve desenvolver dentro do campo. Eles limitavam-se aaplicar o método inglês, com passes longos e obedecendo à técnica do"association", o que sem dúvida tornavam perigosos os seus ataques,porque tinham noção dos mesmos; porém eles eram tão raros devido àsevera e eficiente marcação dos nossos defensores que vimos claramenteque os tentos dos argentinos, tanto nos 6x2 como nos 3x1, redundaramde falhas, descuidos da nossa defesa. Não fora isso e talvez eles nãotivessem obtido goals.

Distinguia-se dessa forma, claramente, o futebol que os nossos joga-dores praticavam, com lances sensacionais e de excelente tirocínio naexecução dos mesmos e intuição na hora das jogadas.

Enquanto tal acontecia com os nossos patrícios, repetimos, os argen-tinos mostravam-se impotentes ante tais ataques, que redundavam sem-pre em pânico dentro do seu setor perigoso.

Nesse prelio decisivo fomos sempre senhores absolutos do gramado,e em ocasiões não poucas viam-se os zagueiros Norival e Domingosatuando dentro do campo dos argentinos, o que evidencia a flagrantesuperioridade d© "scratch" nacional.

Q "score" de 3x1, pode-se dizer, não atesta em absoluto o espelhofiel do prelio. A proporção de três para um não diz a pressão dos

^"r™?d9SOmülar d0 préfo' •nã0 *¦*» - -™-mip

Fr^°S ab?°lut<Vn!,rmára°8 suPerI°ridade sobro os portenhos, pararW «m pPrOPn° flGuÍl!07n°

Stabile- ,ó^a da seleção argentina aochegar em Buenos Atres declarar à imprensa daquele país irmão:,^(i"°3,

b,íasileiros es,âo Praticando o mais impressionante futebol docontinente.Essa frase, partida de quem pronunciou-a, é deveras sugestiva e podeser constituída como o atestado mais eloqüente de superioridade quepoderemos ter sobre os argentinos. E' um justo prêmio para quem apersegue durante largo tempo som esmorecer- E foi o dedicado "coach"

Navio Costa que conseguiu tal proeza, trabalhando bastante afim deque conseguíssemos a realização desses triunfos significativos.

P1 FoiJ'lavio ° au-°i- dos planos que conceberam os mesmos, e é aHavio Costa que devemos tudo, obtido em tão pouco tempo...

DETALHES DA FINAL DA "COPA ROCA"

Data — 23 de dezembro de 1945.Campo do C. R. Vasco da Gama.Renda — Cr$ 541.290,00.Primeiro tempo — Empate 0x0.Final — C. B. D. 3x1.Arbitro — Mario Viana.QUADROS:

C. B. D. — Ari; Domingos (Nilton no 2.° tempo) eNorival; Procopio, Rui e Jaime; Lima, Zizinho, Heleno(Leônidas no 2.° tempo), Ademir e Chico.

A. F. A. — Ogando; Salomon e Alberti; Fonda,Strembell (Perucca no 1.°) e Battagliero (Ramos no 1.°);Salvini, Martino, Pedernera (Pontoni no 2.°), Labrunae Sued.

I •

13 ESPORTE ILUSTRADO

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Conversa de torcedoresDesta feita n< torcedores mc~

teram a "conversa" no selor inter-nacional Calculem o Almirantea IcUar j d'i ao nobre o selecionadoargentino. Ê o Botafoguense, rc-clamando Io Mario Vianna Eo Fl i neng > querendo vencer tudo!...

Vejam o que lhes traz esta ''con-veioa de torcedores'"', o vitoriosocirlaz de Leru Kleiman tia edi-ção noturna de Resenha EsportivaBrasileira, tolas as quartas-feiras,ao microfone da Radio (Jlobo.

Vascaino: — Eu não disse queia ser espeto? Depois não queremacrjditar que eu enxergo d oi ge. ..

Canto do Rio: — Gr. nde van-tagem, usando binóculo. . .

Vascaino: — Nada de bin >culo.O que eu emprego ó a inteligência.Só mesmo um cog > não teria vistoque um goal-kcepcr daqueles...

Flamengo: — . . .só poderiacausar aborreci Tentos. Um go-loiro q le no Va-co não roi e.e-tivo poderia razor alguma coisano selecionado brasileiro ?

Vascaino: - Antes de maisnada. tenho a lhe dizer que aindanã ehiguei até este po*'to ;i queo cobg i se rerere. Eu disse, antesdo jjgí, que com o Vaca no goaldos argentinos ia haver muita lei-teria.

Ca»to do Rio: De ccce n a". vs, o vasc úno acerta u:A C»~.issão do Leite 1-er qu<poderia ter apro citado pr:i i .--talar ir a Ülial no Paeaen.btí

Bonsucesso: — O Fla-fla-fla-FJavio r'osta de-ia ter re-requi-sita'.o um atacante que tapeasseo aca .

Canto do Rio: — Mas " ocô nõ •vê 1 -gr que este negocio de nor enão i i lóe. Tanto "az ser Vaca,Tesóurinha, Pé do Valsa porquetu.Io isto não passa de literaturaf deira.

Bonsucesso: — Qua-qual o que?Se ti-ti essem arranjado um to-to-tourinho por ataque., o Vacaia r.a cor.- ersa.

Flamengo: — Vocês estão re-donda ente enganados, e eu. nestaquestão concordo em gênero enumere com o ''chupe'a". Lu naquar a - eira passada di s ¦ que ojogo é decidido no campo, nopau a pau. Escalação não voga.

Vascaino: — Como é que nãovoga? O Flávio colocou o Ziznhono ataque, e o cabra chuto". ] ed inhas. Então a torcida de S.Paulo em peso gritou: Lélé,Lélé.

Flamengo: — E o Lélé aindajogou pior que o Zizinho. Enter-rou o time. O Zizinho, entretanto,deixou o goal dele nas redes ar-gentie.as.

Vascaino: — Se formos discutir

CABELOS BRANCOSsò tem quem quer

iaBELEZAsVIGOR

«osCABflOS

ALEXANDREUSA E NÃO MUDA,quem os nâo quer

a questão dos g >als dos brasileros,o Vasco ."cucou de 2 a 1 o Fia-meng>.

Canto do Rio: -- Mas se ojogo ü >i entre brasileiros e argen-ti1, -s c > o e que o Vasco oivencei' o Flamengo de 2 a 1?Isto não tem pe nem cabeça.

Vascaino: — Facilimo. O Zi-zinho do Flamengo não foz umgoal. Muito bem. 0 Ademir rioVasco marcou dois. Portanto:VASCO 2 X FLAMENGO 1

Fluminense: — Os amigos des-culparão a minha intromissão.O Fluminense, nao tem interessesnesse selecionado brasileiro, poristo pode alar á vontade. ..

Bonsucesso: --¦ E olha que oBonsucesso ta^-tai -ta^ber»' nãotem compromisso no selecionado,e eu tambcTr posso

"alar Ta-Vanpra".-rrancar ente.Fluminense: — Ora não atra

palhe. por "avor. O caso é reais

serio do que parece A prirr.oira

oportunidade. Aquela gastfo-en-terite...

Madureira: — Como 6? Mo-dn>. este cabra não estava nan.se d a ção do time argentino. Des-c »brí o gato!

Botafogo: — O' vicio, moleque2f>. Dobxa de falar em bicho, quea coisa 6 seria.

Madureira: — Você não cuspiu,agori .ha mesmo, que o Ary nãojogou porque foi marcado pelotal "gajo-inteiro". Ora não enovldide o gajo ser inteiro, seele fosse gajo metade.

Botafogo: — O Ary não jogou,porque teve uma gastro-enterite.Os frangos que o Barbosa e oOberdan engaliram, não teriampassado com o Ary.

Madureira: — E o selecionadobrasileiro teria vencido o argen-bin). por 3 a l.

Vascaino: — Isto e o que nãosabemos. Talvez enguüsse assete bolas que os argentinos chu-taram em goal.

Madureira: — Não, o erradoo M tudo isto foi o Flávio. Quemdevia ter jogado no goal era oRodrigues. Um tipo de sorte,que tira 200 contos a.a loteria,cercaria por todos os lados o vaca,

0 ping-pong nono Pacaembú

De Levy Kleiman

vis a. Por causa deste clubismodosou reado é que. ..

Bonsucesso: — ... o Bonsu-cess . ,ã> vai pra frente. Semprea p >litica dos clubes grandesc > .tra os clubes pequenos. Oegois í o des primeiros lugaresnão permite que o Bonsucessosaia do ultimo lugar...

Fluminense: — 0 senhor 6insuportável. Estamos falandodo selecionado brasileiro e vemo senhor talar do campeonatocarioca. E' justamente por causadesta mentalidade tacanha queno concerto internacional fazemosfiasco.

Flamengo: — Concordo com oamigo.

Canto do Rio: — Também senão hoiives.se concordância entrea dupla da casa, não existiria a"marmelada".

Flamengo: — Insolente. Esta-mos discutir, do a questão doSelecionado brasileiro, e este zinhovem ''alar em migalhas do fute-boi carioca.

Botafogo: — Toda esta dis-cussão não teria andamento seo Ary estivesse bom, e ele foilogo adoecer na véspera de grande

Americano: — Que mania deperseguir os goleiros. O goal-kecper é sempre o culpado.

Madureira: — Está claro. E'o único sujeito que durante todoo jogo fica parado enquanto osoutros suam a camisa. Na horade fazer força, ele deixa passar.Quer dizer: amigo da cnça.

Americano: — Um time 6 com-posto de onze elementos. Okeeper é a ultima barreira, e eupergunto: o que fez a defesa doBrasil? Nada.

Flamengo: — E' preciso vocônão esquecer que o velho Do-mingos deu uma lição nos demaisvinte e um elementos. Demons-tração de classe.

Americano: — Bom, o Domin-gos teve de fato uma atuaçãobrilhante. Você, no entanto, hade convir que uma andorinha. . .

Madureira: — . . .já joga lute-boi. Tem cada uma. Andorinhajogar futebol.

Americano: — ...uma ando-rinha não faz verão. A linha mo-dia Tacassou e o ataque argentinoserviu-se, e chutou á vontadeem goal. Depois os kecpers sãof rangueiros.

Botafogo: — Nada disso, o queatra pai liou a seleção brasileira,foi a tal diagonal. O Procópionão estava habituado a jogaravançado, extranhou. . .

Vascaino: — . . .o Ademir teriafeito mais goals, se tivesse jogadoem outra posição. Durante ocampeonato ele nunca foi meiaesquerda. . .

Botafogo: — O Tim tinha razãoem achar ruim.

Flamengo: — -Quer dizer queo culpado da derrota do selecio-nado foi o Flávio, e se o selecio-nado tivesse vencido seria eleo heróe. A vida é assim mesmo.

Canto do Rio:—Pois olha, euacho quo o culpado de tudo istofoi- o juiz.

Bonsucesso: — Nó-nós esquo-cemos do prin-prin-principal por-sonagem.

Madureira: — Coitado do Ma-rio Viana. Vai levar as sobras.

Botafogo: — E' verdade. Se elenão tivesse anulado o goal doChico. Não. Não foi o Chico,foi o Leônidas, e se tivesse marcado aquele penal ty no final do

j >*'>Canto do Rio: — O Brasil teria

vencido de 5 a 4.Flamengo: — Tudo istosão hi-

potesesque passaram. Não adian-ta agora nós liearmos aqui a que-brar a cabeça para achar os mo-ti vos da derrota.

Canto do Rio: — O motivo daderrota foi um só: a Argentinavenceu de 4 a 3.

Vascaino: — Meus amigos-Choro não adianta, o que 6 pre.ciso 6 jogar futebol. Os argentinos estão bom preparados. De-pois, são três os responsáveispela escalação, e o técnico nãomete o bedelho.

Flamengo: — Você não vaiquerer insinuar (pie o FlávioCosta não sabe escalar bin sele-cionado.

Vascaino: — Absolutamente.Assi n, com tros escaladoros nàoha perigo de proteção, e o técnicofica á vontade pra dirigir o time.

Canto do Rio: -¦- Este negociode três escaladores o um técnico,no selecionado argentino, con-tra um técnico na seleção brasi-leira, não influiu nada no jogo.

Vascaino: — Não influiu nadano jogo por que?

Canto do Rio: — Porque aquilonão foi jogo de futebol.

Vascaino: — Se não foi jogode futebol, quo espécie de esportefoi a partida entre brasileiros eargentinos, no Pacaembú ?

Canto do Rio! — Então, numjogo em que a Argentina marcou oprimeiro goal, e o Brasil em seguidaempatou, lx.l, depois 2x2depois 3 x 2, depois 3 x 3, e de;pois 4 x -3, não 6 futebol.

Coro: — E' o quê?Canto do Rio: — ping-pong.

Números atrasados destaRevista em Pernambuco

PEDIR A

A. MADALENA

Rua 7 »¦ Setembro 121

•wfe

Sr?

1

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&P0RTE ILUSTRADO 14

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ESPECTADOR E RADIO-OUVINTE DE HONTEM... E DE HOJEde E D G A R P R O E N Ç A

AsHif-Tr,

tanto quando os quo estiveram no estádio municipal

de Pacaembú, o primeiro encontro outro o selecionado brasi-

leito o argentino, realisado na tarde de 10 do corrente.. Eu

vivo no Pará, quo é tão longe de São Paulo como o céu da terra

mas que se torna tão perto pelo sentimento de brasilidado o porque o

milagre das antei.as de radio ainda mais os aproximou.

Presenciei o jogo daqui mesmo, da minha cidade-morena, nessa

tarde veranica, em minha residência. Desde «ás 14 horas que em casa

o salão de jantar era o meu Pacaembú, superlotado de amigos que que-riam ouvir a irradiação. Mobilizamo-nos todos t a ordem era a se-

guinte: nenhum pio afim de não se perder uma. só palavra de

Antônio Cordeiro, de Oduvaldo Cozzi, do Ari Barroso, enfim, dos lo-

cutores que iriam falar para todo o Brasil.

As mesmas emoções que os espectadores de Pacaemlní oxpormon-

tavam, todos nós através do radio, vivíamos, sofrendo apenas a an-

gustia de olhar de longe, olhar com o pensamento... Eu me senti

transportado para a monumental praça de esportes. Evoquei dois

domingos, cm 1941, quando, levado pela mão amiga de Silvio Padi-

lha. Ennio Alves, Joel Nelli e José de Moura apreciei os jogos entre

Corintians e São Paulo e entre Corintians e Palestra. Senti pelo radio

todo o imenso espetáculo. Àquela multidão delirante em estos òe pa-triotismo. A vaia humana, merecida e inexorável no insubordinado

Por. da.

Parece-mo ver, inquietos, na galeria de imprensa, Ary Silva. Ame-

rico Mondes Salatiel, Campos, Arakon Patuska, Waldemar Burh. ...

Ouço com o coração o anseio de meus distintos conterrâneos Osvaldo

Frazão Coalho e Edgar José* Martins. Agora chega aos nossos ouvidos

a voz dos locutores. Nus cabinos das "pêorres" o pareô do agilidademental entro Geraldo Alrroida, Blota Júnior, Aurélio Campos, Murilo

Alves, enfim, entre eles um brovaha do mar humano.

No reservado, Rivadavia Meyor, Decio Pedroso, Joreca o o meu

querido Marcionilo Cunha. Imponho silencio no meu ostadiosinhodomiciliar:

Quem dor um só palpite, intorrompendolfnossa atenção, pagara*a multa de dez cruzeiros por vês!

¦—Esta legal!. ..

E daí acompanhamos os lances. De vês em quando, Adriano Gui-

marães, joven o abalisado cirurgião paraense, um fanático pelo futebol,

paga a multa. Não se contem:Este Zizinho está "molle". E o Tesourir.ha não faz nada!...

U.aí a pouco, Tesourinha faz um centro magistral quo Ademir

oferece a Zizinho, para marcar o sogi ndo goal brasileiro. E o dr. Adriano

dá um salto de alegria, que espantou o "Chanica", um gaio velho quedormia regaladamcnte a um canto do salão. E, corno todo torcedor

inconcionte, afirma:

Formidável! Esse Zizinho é notável!

Veiu depois a nossa decepção pela derrota. A cidade inteira ficou

triste quando as vozes de Pilar Drumond e outros comentaristas ema-

derer.im. I-]' as^im hoje, graças ao radio, que os (pie vivem longe do

Pacaembú assistem os grandes jogos sem o incomodo de sair de casa

e sem a preocupação de puchar dinheiro do bolso o pagar a en-

trada....

(Continua na pag. 18)

AOS LEITORESAvisamos que se acha à venda em todo o Brasil o ALMANAQUE EU SE! TUDO para

1946, com uma grande secção esportiva, que traz dados, notas e informações de interesse.

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15 ESPORTE ILUSTRADO

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O quadro da Tura Luso Comercial, de Belém-momentos antes de vencer o Madurcira, do Rio, por 2x.Dodó, Setenta. Agachados, Alberto, Teixeirinha, Palito, Rairnundinho e Almiro. (Foto de Alexc

í!xl. De pâ, Bereco Bimba, Expedito, Damaseeno,andre Miranda, para Esporte Ilustrado]. • •

Não foi íeli z oao estrear em

MaduBel

reiraeiem d

/N. v.vo para

DERROTADO 0 TRICOLOR SUBURBANO POR 2-1Comentário de EDYR PROENÇA

Dia 23-12-45.Jogo — Marlureira x Tuna Luso Comercia].Ver.ced.or — Tuna — 2x1.Juiz — Orlando Bendelaque, do Clube do Remo.Campo: — Clube do Remo, Belém do Pará.

Quadros:Madureira: — Veliz; Mario Brandão e Danilo; Esteves (depoisArity}, S. i ,a (depois Nilíon) e Castanheira; Lupercio (depois Pirornbá),Durvai (depois Godoíredo), Bidon, Moacir (depois Corrêa) e Jorge.Tuna: — Dodó; Bereco e Setenta; Biroba, Expedito (depois Mi-

g:el) e Damaseeno; Alberto, Teixeirinha, Palito. Almiro e Raimun-cunho.

Pontos: — aos 11 minutos do 2.° tempo, Alberto recebeu solto,após Palito atrair a zaga "suburbana", consignando a abertura dacontagem para os locais- aos 38 minutos, Bidon, de fora da área, mandaforte no a .g ;lo esquerdo aos 41 minutos, Damaseeno, da entrada dagrande área, manda violento; chute rasteiro. O balão ressalta no ter-reno e desloca Veliz.

Renda — Calculada em Cr$ 10.000,00.)-(

Não foi das mais felizes a primeira exibição do conjunto do Ma-dureira, em Belém do Pará. Apesar da larga propaganda em torno do

ESPORTE ILUSTRADO

quadro, foi fraquissima a assistência que compareceu ao estádio, de-vi.Io ao forte aguaceiro caído momentos antes do encontro c tambémpelo grande interesse despertado pela irradiação do terceiro jogo entrebrasileiros e argentinos. O campo do Clube do Remo ficou bastar.-te encharcado, prejudicando muito o desenvolvimento do jogo dos vi-sitantcs que não raro escorrega\am, pouco afeitos ao estado do'ter-reno Já isso nao acontecia com os locais, que exibiram um futebolbonito, com passes curtos e de primeira, realmente difíceis para a oca-siao, porém de grandes resultados contra o adversário que se desdobroupara evitar a abertura da contagem durante a primeira fase.Nunca a Tuna havia demonstrado tamanha vontade de vencercomo nesse dia. Todos os seus integrantes, num só bloco, lançavam-seá frente, onde a linha média do "suburbano" ficou completamentedesbaratada, dando intenso trabalho á zaga. Os cruzmaltinos para-enses entretanto, mesmo com o centro-medio Expedito sem credenciaispara a_posição, desde o goleiro aos extremas apresentavam uma sóprodução Palito, por pouco, não venceu Veliz em várias oportunidades,atirando bem mas sem chance. Os dianteiros visitantes, nas rarissi-mas bolas que conseguiam finalizar, encontraram Dodó num de seusgrandes dias, mesmo Bidoc, sendo impetuoso e oportunista.

_ Já na segunda fase, quando o Madureira teve permissão para fazercinco substituições, os novos elementos compreenderam qual o sistè-ma de jogo a apresentar, mais fácil com o estado mais seco do gramado.Dai em diante, os locais sofreram grande pressão, sem evitar que Al-

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/^/o/i consegue dar um pclotaço, mas Dodô estava alento, protegido porBereco. Em segundo plano, Expedito, Moacir e Biroba. (Foto de Ale-xandre Miranda, para Esporte Ilustrado).-

berto recebesse o couro dentro da grande área, completamente desmar-cado, por ter a zaga se atemorizado com as infiltrações de Palito Oextrema tunante, á queima roupa, despachou um forte pclotaço, ven-ce .ido velu.

Mesmo assim, o Madureira continuou pressionando, com a linhadianteiri melhor apoiada pelo centro-rr.édio Nilton. tendo Pirombáameaçado constantemente o reduto final cruzmaltino, com seus tirostortíssimos de primeira. Houve então uma falha do juiz. Dodo en-caixa um centro de Jorge e Bidon o persegue. Bereco, tentando ali-yiar

o seu goleiro, segura Bidon e o juiz paraliza o embate. Quandotodos aguardam uma falta máxima compreensível no caso, o apitadordá bola ao alto fora da área!. . . Corrêa imediatamente serve Bidon,que empata a peleja. fe ^

'

Já estava escuro, de vicio á demora do início do prelio, quando ai una continuou a atacar. De um escanteio contra o rubro-an.il, o balão

Sn í^ffíf l) ?rea»°nde Damascono apara, progride e de cimacia Lnna atua rasteiro. Mergulha o arqueiro visitante e acontece o

inevitável: o balão ressalta no solo e vai para as redes, dando a vitoria

A impressão geral na cidade 6 de que o Madureira poderá apre-sentar bons espetáculos, porém não 6 um quadro para impor qualquer-respeito. Acrjdita-se mesmo que os jogos todos serão renhidos, masque a vitoria ticará sempre com os locais, pois 6 sabido que para umconjunto visitante vencer é preciso que jogue muito melhor do eme oscia terra, que contam com o incentivo da assistência, conhecimentodo terreno, etc. .1 Justamente por não ter grandes preter.ções 6 que o "lanterninha"do Kio agradou,

çntrotar to. Os seus jogadores

"dão duro" e não os-tentam pinta de grandes craques, pre erindo produzir mais do queimpressionar. E um tm e que parece

"tem fon e de bola", perseguindoa pelota em todas as ocasiões. Vamos aguardar os demais encoi tros,para um juízo definitivo sobre as possibilidades dos pupilos de AbelPicabéa. ,

Comer contra a Tuna. Bidon prepara a "bicicleta", mas Damascenoalivia. Aparecem ainda saltando Setenta e Bereco, e mais distantes Ex-pedito e Jorge. Por essajoto, pode-se ver o estado em que ficou o gramado.

(I'oto de Alexandre Miranda, para Esporte Ilustrado).

17ESCRTE ILUSTRADO

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Carnet da "Copa Roca"

Continuação da pag. 8

1.° — Pcdernera (A) 3 e Ademir(B) 3.

2.«> — Zizinho (B) 2 o Heleno(B) 2.

3.°— Boyé (A), Lahruna A(),Suód (A), Salomon (A) contra,Leonidas (B), Chico (B), Fonda(A) contra, Lima (B) o Marti no(A) 1 goal cada.

A classificação geral do.s ar ti-lheiros, desde 191-1, 6 esta:

1."— Baldonedo (A) 7.2.° — Leonidas (B) o.3.°—Massantonio CA) 5.4.0 — Peucelle (A) 4.5.°— Garcia (A), Ademir (B)

e Pcdernera (A) 3.6.°—Zizinho (B), Heleno (B),

Gambarota (B), Cassan (A) eHercules (B) 2 tentos cada.

7.°—-Ruben Sales (B), Fran-cia (A), O.iznri (A), Tarrascono

(A), Moreno (A), Tim (B), Adil-sou (Bi, Pcracio (B), Rodolpho

(A), Fidol (A), Sastre (A), Jair

(B), Labruna (A), Boyó (A),Suód (A), Salomon (A) contra,Chico (li), Fonda (A) contra,Lima (B) e Mar tino (A) um tentocada.

BALANÇO

O computo geral da "Copa

Coca" evidencia 6 vitorias dosbrasileiros e (> dos argentinos,tendo havido um único empate,no total de 13 competições cm31 anos de disputas.

Os artilheiros argentinos temsido mais positivos, tendo atin-

gi Io, ate* hoje, o total de 34,contra 2S dos brasileiros, o quolhes dá um saldo de 6 tontos.

Espectador e radio-ouvinte de hontern... e de hoje

Continuação da pag. 15

Agora, comparemos os milagres das ondas hertzianas com ns difi-culdades com que ha vinte anos se conhecia cm Belém o resultado deuma partida de futebol travada no Rio.

Tudo era difícil naquela época. Viajei em varias delegações quoforam disputar o campeonato brasileiro. O selecionado paraense na-

quele tempo, quando a gloriosa bandeira do amadorismo não se enro-Iara, não se deixava vencer pela mística do profissionalismo, era bemmelhor do que o de hoje.

Enfrentava as maiores lutas com dignidade exemplar. A tarefado cronista era exaustiva e sempre deficiente porque lhe faltava a ra-

pidez do telégrafo, do avião e do radio, àquele tempo procarissima.Os que ficavam em Belém, no dia do jogo enchiam o Telégrafo paraaguardar o resultado, que somonte chegava lã para as tantas, numafrase lacônica: "Perdemos

paulistas trez zero pt".Isso, em 1925. No ano seguir te ficou organizado um serviço de

transmissão pelo telégrafo, do desenrolar da partida. Eu mandariado estádio do Vasco, de dez em dez minutos, o que ia ocorrendo.No Para, o Teatro da Paz, literalmente cheio para conhecer os pormenores. As entradas eram pagas, para com as despesas da transmis-são. De vês em qrando vinha ao palco um anunciador. Silencio abso-luto. Somente o arfar desordenado dos peitos... E o locutor dizia:

"Rio, 10 — Agora mesmo dão entrada em campo os cariocas.A seguir, a turma paraense. .Aguardem daqui ha momentos outrainformações."

Volta o anunciador, depois de quinze minutos talvôs, e... novosilencio:

— "Atenção! Rio, 10 — O jogo teve inicio com a saida dos para-enses que logo perdem a bola para Fortes. Uma investida perigosa deMoraisinho, mas Amado domina facilmente a pelota."

A descrição prossegue sob a ansiedade dos que seguem a partidaa milhas de dista! cia do Rio. O locutor novamente:$$ —"Atenção! O arqueiro paraense recebe o balão o está batendocalmamente no chão..."

A essa altura, um torcedor, no auge de sua emoção, não se con-tem e deflagra:

-r-"N;5o facilita, Seabra!"Foi uma gargalhada geral em todo o Teatro, maior do que as que

poderia provocar uma piada de Jararaca e Ratinho. ! ;.•$Era assim que se ouvia o futebol de ontem em minha terra. Tsso,

de qualquer modo, desperta vivas saudades no coração da gente. Hoje-tudo 6.diferente, 6 dinâmico, é veloz, é atômico.

Não resta duvida. Depois que se inventou o avião e o radio, oBrasil, aproximou, uniu melhor os seus filhos.

Mas, como no conto de Eça, a gente sentia deliciadas coisas perfeitas. ..

Pará, Dezembro

Propriedade da COMPANHIAEDITORA AMERICANA. Dirá-tor: Graíuliano Brito. Knderê-ço: Rua Visconde de Maran-guape, 13 - Hío de Janeiro —Brasil. Tsüefcnes — Diregao:22-2022; Redação: 22-44^7; Ari-mintstraçSo: 22-2350 Endereço telegrAflCQ -Revista"'. N&nwroavulso, Cr$? 1,00. Número atrasado, C?$ 1,20. Assinatura» — Porte(Simples para o Brasil e na três Américas: Ano, Cr? iu,<\0. Seawssíre,Cri 22,00. Sob registro: Ano, Cr? §3,00. Semestre. Cr$ 33,00. Ksítutj-geiro: Ano, Cr$ 133,90. Sen>es;tre. Cr$ #?,09. Sucursal em S5o Paulo:Rüa D. José de Barro?, 3!>3. Telefone, 4-VR6«. Agentes em tidas as>capitais e principais cidades do Brasil. Representantes: ESTADOSUNIDOS DA AMERICA DO NORTE, S. Knopp & Cia.. Times Buil-ding, New Yorlc City; ÁFRICA ORIENTAL FOF.TUOU25SA, D.Spanos. Caixa Postal 4.34. Lourenço Marque3; URUGUAI, Mora»tart & Cia, Constituyente, 1746, Montevidéu; Sucursal na ARGBN-

TINA, "Inter-Pransa", Florida, 228, Buenos Àirea.Tf'da correspondência dev*; ser eavitttf.is ao diretor

O grande mal do desporto Brasileiro(Continuação da página 8)

cumprir para com /is suas obrigações, indo até em ocasiões alem daexpectativa, tivessem mais facilitadas as vias de; comunicação quo osfazem chegar a bolos feitos de naturesa idêntica. . .

O caso cspociücado a quo eu me referi no meio dessa reportagem

é o que se; passa em São Paulo, pois na capital bandeirante a interven-toria local tem dispensado tudo que pode ao desporto do estado, cn-eontrando-se a frente da administração do Conselho llegional do Dos-

portos, um homem da tempera do Sr. José Ferreira Kcffer, elemento

jovem e de valor com que São Paulo pode contar em toda a trajetóriade sua rotina diária por longo tempo ainda.

A prova do valor deste indivíduo o da grande valia que repre-senta a apoio que ele e as entidades paulistas recebem do interventor

esta espelhada no grande desenvolvimento que ultimamente tem tidoos esportes paulistas. Muitos despeitados apontam como causa disto

o clima favorável, outros a inexistência de locais adequados ro Rioe nos demais centros para a pratica do.s esportes, mas o certo é quoa causa real o verdadeira se encontra no fato de terem os órgãos espor-tivos paulistas uma base resistente em que possam estruturar seuscálculos e realisar suas aspirações no que concerne as suas campanhasesportivas, as suas rcalisações maiores e enfim as suas grandes vitorias.

Reside de maneira absoluta no fraco apoio.que os nossos governosaté hoje tem dispensado aos esportes, o maior mal do desporto bra-sileiro. Sim, devido tão somente a isto é que nós progredimos em partegraças aos esforços de dedicados lernentos que não poupam sacrificiosaüm de engrandecerem cada vez mais o cabedal de glorias e feitos ma-

gistrais, com que já conta o esporte brasileiro num grau de uniformi-dade sem par.

E, ultimamente seja feita justiça, cabe ao Dr. Riyadavia CorreiaMeyer uma grande parcela de méritos pelos últimos e seguidos triun-fos que os esportes brasileiros tem alcançado.

E' a ele que. possuidor de um seguro tino de orientação, de um

pulso firme, que devemos em parte a maior parcela dos feitos que asua organisação traçou sabiamente e que os atletas defenderam com oseu prestigio técnico dentro dos campos de lutas.

Alas, si viermos a encontrar no futuro presidente da republica,um elemento sem duvida admirador dos nossos esportes, como o gene-ral Dutra um apoio firme o decidido para a causa esportiva brasileira

e o Parlamento vote uma moção a favor deste mesmo esporte que temdado tantas glorias ao nosso país e que infelismente tem merecido umdiminuto coeficiente de reconhecimento dos dirigentes do mesmo aí,sim poderemos afirmar que iniciaremos uma nova fase para o esportenacional e particularmente pira os esportes amadores corno citei noinicio do que escrevo. 1 orquj são os esportes amadores que inegávelmente tem enobrecido o nome do Brasil nas competições internacionaisde uma maneira mais acentuada. São os nossos atletas amadores quevia de regra nunca criaram casos no seio das entidades, são os nossosatletas amadores que sempre viveram em sua generalidade debaixode um manto de sinceridade, do puresa fisica e mental.

Quem visita, como um despretoncioso observador, as piscir as, osestádios atléticos, as quadras de tênis, os salões de esgrima, os ginásiosonde se praticam o volley e o basket-ball, só pode no final de suas con-clusões chegar a um final e que diz respeito ao ambiente puro e semmacula em quo se desenrolam os treinos o as competições que nessessetores se desenrolam.

Isso atesta o valor, a mer talidade sadia do esportista amador,

que pratica o esporte por esporte, respeitai do os seus adversários,confratersinando-se com os mesmos antes ae depois das refregas, sem

querer usufruir benefícios do esporte que pratica e é este o desportista

que merece o nosso apoio, o apoio dos esportistas sinceros, dirigentese como estes também dos mandatários supremos do país.

Outros poderão contradizer dizendo que também entre os ama-dores ha elementos que procuram tirar proveitos do que pratica. Kst:ícerto, tem razão nesse ponto, mas para que não existissem tais individuos necessário seria que no mundo rão houvessem também imper-feições.

E' preciso que se lembrem que em todos os campos de ação davida humana existirão sempre seres qi.e vivem como parasitas dasatividades alheias o procuram inutilmente destruir os frutos dos quetrabalham honestamente.

O certo porem, 6 que o futebol tem muito maior dose de \icioso desafio aquele que encontrar no seio dos esportes amadores que citei,não no futebol, porque não creio em futebol amador em nossos temposmaior numero de viciados do que entre os praticantes do jogo da bolacom os pés. Creio, que poderia até ceder aos meus adversários umhandicap nessa aposta. Contudo confesso aprecio e aprecio bastanteo futebol. . .

Mas, em questão do justiça e ao se comparar a lealdade de um odo outro não ha paralelo que S3 possa realisar.

E é para esportes amadores qnc eu dedico este meu artigo, pe-dindo as futuras administrações da nossa pátria que aparem de umamaneira mais sensiyel os mesmos do maneira principal, pois eles vivematé o momento unicamente dos esforços de seus abnegados, daquelesque trabalham honestamente visando apenas não bens materiais ouesportivos, mas sim a grandesa esportiva do nosso querido Brasil.

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18 ESPORTE ILUSTRADO

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