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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM MESTRADO PROFISSIONAL EM ENFERMAGEM MAIANA SOUZA AZEVEDO DESENVOLVIMENTO DE PROTÓTIPO PARA PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO: D-PRELP VITÓRIA 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM MESTRADO PROFISSIONAL EM ENFERMAGEM

MAIANA SOUZA AZEVEDO

DESENVOLVIMENTO DE PROTÓTIPO PARA PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO: D-PRELP

VITÓRIA 2019

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MAIANA SOUZA AZEVEDO

DESENVOLVIMENTO DE PROTÓTIPO PARA PREVENÇÃO DE LESÃO POR

PRESSÃO: D-PRELP

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito final para obtenção do título de Mestre em Enfermagem. Área de concentração: Cuidado e Administração em Saúde. Linha de Pesquisa: O Cuidar de Enfermagem no Desenvolvimento Humano. Orientadora: Profa. Dra. Karla de Melo Batista. Coorientadora: Profa. Dra. Fabiana Gonring Xavier.

VITÓRIA 2019

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MAIANA SOUZA AZEVEDO

DESENVOLVIMENTO DE PROTÓTIPO PARA PREVENÇÃO DE LESÃO POR

PRESSÃO: D-PRELP

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito final para obtenção do título de Mestre em Enfermagem, na área de concentração Cuidado e Administração em Saúde. Linha de Pesquisa: O cuidar em enfermagem no processo de desenvolvimento humano.

Aprovada em 09 de outubro de 2019.

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________________ Profª. Dra. Karla de Melo Batista

Universidade Federal do Espírito Santo Orientadora

_____________________________________________________

Profª. Dra. Fabiana Gonring Xavier Universidade Federal do Espírito Santo

Coorientadora

_____________________________________________________ Profª. Dra. Eliane de Fátima Almeida Lima

Universidade Federal do Espírito Santo Membro Interno Permanente

_____________________________________________________

Profª. Dra. Miriam de Magdala Pinto Universidade Federal do Espírito Santo

Membro Externo Permanente

_____________________________________________________ Profª. Dra. Flávia Batista Portugal

Universidade Federal do Espírito Santo Membro Suplente Interno

_____________________________________________________

Prof. Dr. Hebert Wilson Santos Cabral Universidade Federal Fluminense

Membro Suplente Externo

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À professora Dra. Paula Cristina de Andrade Pires Olympio (in memorian), que durante todo esse tempo, com sua energia e brilho contagiantes, foi fonte de otimismo para que eu chegasse até aqui. A ela, toda a minha gratidão.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, fortaleza nos momentos difíceis e fonte de gratidão nos momentos de

conforto.

À minha mãe e avó Luiza, por ter o dom de curar a minha alma.

Ao meu parceiro de vida, Antonio, minha fonte de amor inexaurível.

Aos meus familiares, Jaciara, Ailton, Cosme, Adriana, Mateus e Miguel, donos da

minha alegria mais fácil. Vocês fazem parte de mim.

À minha irmã Stephanie, por todo carinho e disponibilidade.

Às minhas orientadoras, Dra. Karla de Melo Batista e Dra. Fabiana Gonring, pelo

empenho e atenção. Obrigada por terem acreditado em mim e me dado força em

meio às tempestades.

Aos meus colegas do mestrado, que suavizaram a caminhada. Nossas risadas serão

lembradas para sempre.

A todos os professores e funcionários do PPGENF, que doaram seus

conhecimentos.

À professora Miriam e ao Marquito, por todo acolhimento no início desse processo.

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“Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto. Porque todo aquele que pede, recebe.

Quem busca, acha. A quem bate, abrir-se-á.” (Bíblia Sagrada, Mateus 7, 7-8)

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RESUMO

Introdução: A discussão sobre o desenvolvimento de tecnologias que auxiliem na

prevenção de lesões por pressão torna-se cada vez mais importante, pois, soluções

que promovam uma melhora na qualidade de vida das pessoas portadoras desse

agravo são fundamentais. Além disso, lesões por pressão correspondem a um ônus

financeiro, psicológico e social a hospitais, pacientes e familiares que convivem com

esse problema. Dessa forma, é imprescindível desenvolvimento de produtos de

baixo custo, que possibilitem auxiliar efetivamente na prevenção de lesões por

pressão. Objetivo: Desenvolver um protótipo de dispositivo para prevenção de lesão

por pressão de baixo custo. Metodologia: Estudo de projetação com abordagem

metodológica baseada na Teoria de Resolução de Problemas Inventivos (TRIZ) de

Altshuller. Foram aplicados os passos e ferramentas ofertados pela teoria para a

concepção do protótipo, tais como o Resultado Final Ideal (RFI), os princípios

inventivos e a análise de recursos. Resultados: Foi desenvolvido o projeto de um

protótipo de baixo custo que utiliza espumas especiais e vibração como mecanismos

para promover a manutenção da pressão de interface menor que 32mmHg em

calcâneos. Produto: Protótipo do dispositivo D-PRELP para prevenção de lesão por

pressão. Conclusão: O protótipo desenvolvido é uma possibilidade para a

prevenção de lesões por pressão, podendo ser produzido em escala industrial para

futuros testes e validação. Nesse contexto, observou-se que a difusão de

conhecimentos acerca de metodologias de projetação de produtos na enfermagem,

possibilita a resolução de problemas inventivos na área da saúde, promovendo a

idealização de artefatos aplicáveis, viáveis e de baixo custo.

Palavras-Chave: Enfermagem. Lesão por pressão. Tecnologia Biomédica.

Equipamentos e Provisões.

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ABSTRACT

Introduction: Fostering the development of technologies that assist in the prevention

of pressure injuries in elderly patients is becoming increasingly important because, as

this population grows, solutions that promote an improvement in the quality of life of

these individuals become fundamental. In addition, pressure injuries correspond to a

financial, psychological and social burden on hospitals, patients and family members

who live with this problem. Thus, the development of low cost products that can

effectively assist in the prevention of pressure injuries is essential. Objective: To

develop a low cost prototype of a pressure injury prevention device in the elderly.

Methodology: Design study with methodological approach based on Altshuller's

Theory of Inventive Problem Solving (TRIZ). The steps and tools offered by the

theory for prototype design were applied, such as the ideal final result (IFR), the

inventive principles and the resource analysis. Results: The design of a low cost

prototype that uses special foams and vibration as mechanisms to promote the

maintenance of interface pressure below 32mmHg in calcaneal was developed.

Product: A prototype of a pressure injury prevention device denoted as D-PRELP.

Conclusion: D-PRELP proves to be a developing support surface with potential to

be produced on an industrial scale for future testing and validation. The

dissemination of knowledge about product design methodologies in nursing enables

the resolution of inventive health problems, promoting the idealization of applicable,

viable and low cost artifacts.

Keywords: Nursing. Pressure Injury. Biomedical Technology. Equipment and

Supplies.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 O Processo Básico de Resolução de Problemas TRIZ. Vitória,

Espírito Santo, Brasil, 2019 51

Figura 2 Curva S. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 58

Figura 3 O Processo Básico de Resolução de Problemas TRIZ aplicado

á lesão por pressão. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 59

Figura 4 Fluxograma para uso dos conceitos fundamentais da TRIZ e do

matriz dos princípios inventivos. Vitória, Espírito Santo, Brasil,

2019 61

Figura 5 Esquema em alto nível preliminar do dispositivo D-PRELP.

Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 64

Figura 6 Esquema de funcionamento dos componentes elétricos do

dispositivo. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 76

Figura 7 Segmentos do dispositivo D-PRELP 76

Figura 8 Segmentos do dispositivo D-PRELP 76

Figura 9 Segmentos do dispositivo D-PRELP 77

Figura 10 Segmentos do dispositivo D-PRELP 77

Figura 11 Segmentos do dispositivo D-PRELP 77

Figura 12 Segmentos do dispositivo D-PRELP 78

Figura 13 Segmentos do dispositivo D-PRELP 78

Figura 14 Dispositivo D-PRELP 79

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Resultados da busca usando os descritores “lesão por

pressão/pressure injury”, “tecnologia biomédica/biomedical

technology”, “equipamentos e provisões/equipament and

supplies” nas bases de dados LILACS e MEDLINE, no período

de agosto de 2018. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 43

Quadro 2 Resultados da busca usando qualificador “enfermagem”

nas bases de dados LILACS e MEDLINE, no período de

agosto de 2018. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 43

Quadro 3 Resultados da combinação de descritores nas bases de dados

LILACS e MEDLINE, no período de agosto de 2018. Vitória,

Espírito Santo, Brasil, 2019 43

Quadro 4 Julgamentos pré-estabelecidos para a aplicação das

ferramentas da TRIZ. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 55

Quadro 5 Identificação de recursos. Vitória, Espírito Santo, Brasil,

2019 56

Quadro 6 Recursos identificados no entorno do sistema. Vitória, Espírito

Santo, Brasil, 2019 57

Quadro 7 Hipóteses de Idealidade. Vitória, Espírito Santo, Brasil,

2019 57

Quadro 8 Restrições identificadas na confecção de um dispositivos

para prevenir lesões por pressão 59

Quadro 9 Resultado final ideal para dispositivo para prevenção de

lesão por pressão 60

Quadro 10 Princípios inventivos associados ás características de um

dispositivo para prevenção de lesão por pressão 60

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LISTA DE SIGLAS

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

BENDENF – Base de Dados de Enfermagem

BVS – Biblioteca Virtual em Saúde

COFEN – Conselho Federal de Enfermagem

DeCS – Descritores em Ciências da Saúde

HCD – Human Centered Design

HUCAM – Hospital Universitário Cassiano Antônio de Morais

IBECS – Índice Bibliográfico Espanhol de Ciências da Saúde

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

LabTAR – Laboratório de Tecnologias de Apoio a Redes e Colaboração

LILACS – Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde

LPP – Lesão por pressão

MEDLINE – Medical Literature Analysis and Retrieval System Online

MPI – Método dos princípios inventivos

MS – Ministério da Saúde

NIC – Classificação das Intervenções de Enfermagem

NOTIVISA – Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária

NPUAP – National Pressure Ulcer Advisory Panel

NSP – Núcleos de Segurança do Paciente

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OMS – Organização Mundial de Saúde

PBE – Prática Baseada em Evidências

PNSP – Programa Nacional de Segurança do Paciente

PPGENF – Programa de Pós-Graduação em Enfermagem

SAE – Sistematização da Assistência de Enfermagem

SCIELO – Scientific Electronic Library Online

SLTP – Suspeita de Lesão Tissular Profunda

SUS – Sistema Único de Saúde

TEs – Tendência das evoluções

TRIZ – Teoria na Solução Inventiva de Problemas

UCG – Unidade de Cirurgia Geral

UCM – Unidade de Clínica Médica

UFES – Universidade Federal Do Espírito Santo

VIGIPOS – Sistema de Notificação e Investigação em Vigilância Sanitária.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................... 15

1.1 Temporalidade da

autora.................................................................... 15

1.2 Aproximação com o

tema................................................................... 16

1.3 A busca de conhecimento teórico para o desenvolvimento do

projeto................................................................................................ 20

1.4 Justificativa e

relevância..................................................................... 24

2 REVISÃO DE

LITERATURA.............................................................. 27

2.1 Aspectos legais sobre lesão por

pressão............................................ 27

2.2 Lesão por pressão, cuidado da enfermagem e os fatores

predisponentes...................................................................................

30

2.3 Enfermagem e tecnologias no cuidado em

saúde............................... 35

2.4 Dispositivos e lesão por

pressão........................................................ 37

3 METODOLOGIA................................................................................ 48

3.1 Referencial metodológico................................................................... 48

3.1.1 A origem da

TRIZ................................................................................ 48

3.2.2 Conceitos fundamentais..................................................................... 49

3.2.3 As ferramentas mais usadas.............................................................. 52

3.2.3.1 Ferramentas da TRIZ para análise de contexto e formulação de

problemas.......................................................................................... 52

3.2.3.2 Ferramentas da TRIZ para ativação da

imaginação........................... 53

3.2.3.3 Ferramentas da TRIZ para a 53

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ideação.................................................

4 RESULTADOS.................................................................................. 55

4.1 Utilizando a TRIZ para a criação de protótipo para prevenir o

aparecimento de lesão por

pressão.................................................... 55

5 PRODUTOS....................................................................................... 65

5.1 Produção bibliográfica........................................................................ 65

5.2 Produção

técnica................................................................................ 73

6 CONCLUSÃO.................................................................................... 80

REFERÊNCIAS................................................................................................ 81

APÊNDICES..................................................................................................... 97

ANEXOS.......................................................................................................... 119

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1 INTRODUÇÃO

1.1 TEMPORALIDADE DA AUTORA

Iniciei minha vivência na área da enfermagem a partir do meu ingresso no curso

superior em Enfermagem, em uma universidade pública localizada na cidade de

Ilhéus, Bahia. Sou graduada há 8 anos, e desde o início da minha vida acadêmica

tive a oportunidade de ter contato com a docência, inicialmente com as bolsas de

monitoria disponibilizadas pela universidade, e, posteriormente, com a minha

primeira oportunidade de emprego.

Em janeiro de 2014, me especializei em enfermagem em emergência e atendimento

pré-hospitalar. Em setembro de 2014, me mudei para o Espírito Santo para atuar

como Enfermeira Assistencial no Hospital Universitário Cassiano Antônio de Morais

– (HUCAM), localizado em Vitória. Como enfermeira assistencial, tenho minhas

funções atreladas tanto à assistência direta ao paciente quanto à gestão inerente ao

funcionamento de uma unidade de internação hospitalar. Hoje estou lotada nas

unidades de Clínica Médica (UCM) e Cirurgia Geral (UCG).

Por meio das observações realizadas no meu cotidiano profissional, surgiu a

inquietação sobre a possível criação de uma tecnologia dura, que auxiliasse na

prevenção do aparecimento de lesão por pressão (LPP). Nas UCM e UCG são

assistidas pessoas de portadoras das mais diversas enfermidades que necessitam

de um tratamento cirúrgico e/ou clínico. A depender do prognóstico, esses pacientes

ficam por um longo tempo hospitalizados nas unidades referidas e acabam

desenvolvendo LPP. Dentre essa população geral estão os idosos, que podem estar

emocional e fisicamente vulneráveis, em consequência da hospitalização.

Durante a minha prática clínica no cuidado às feridas pude retificar na prática que o

processo para a formação de LPP é multifatorial, e nesse sentido, questionei-me se

o número de novos casos desse agravo poderiam diminuir com a implementação do

uso de alguma tecnologia e, para tal, qual o processo viável para a construção de

um protótipo de baixo custo para esse fim.

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Todos os dias, cuidamos de pacientes que, em pouquíssimo tempo de

hospitalização, desenvolvem alguma lesão, mesmo com o emprego criterioso das

práticas mais comuns de prevenção disseminadas na assistência, como a mudança

programada de decúbito do paciente e a aplicação de cremes e curativos especiais

protetores na pele suscetível ao risco.

Nesse contexto, aprofundei meu conhecimento sobre as LPP e o papel da

enfermagem nesse processo. Percebi, ao longo da minha pesquisa, que existe um

vasto material sobre protocolos assistenciais, sobre o papel da enfermagem no

tratamento de lesões, bem como estudos sobre lesões por pressão. Entretanto, o

conteúdo torna-se raro quando se refere à enfermagem como produtora de

tecnologias duras para prevenção de lesões.

Nesse sentido, meu interesse pelo tema aumentou, mesmo sabendo do enorme

desafio que viria a enfrentar, já que a criação de tecnologias duras não seria um

ponto forte para a enfermagem, e exige o subsídio de outras áreas do

conhecimento. Meus estudos independentes continuaram auxiliando a minha prática

profissional e, com o passar do tempo, ajudaram a definir meu objetivo e objeto de

estudo, com a finalidade de desenvolver uma ideia aplicável. O meu ingresso, em

2017, como aluna do mestrado profissional do Programa de Pós-Graduação em

Enfermagem (PPGENF) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) veio

como a oportunidade de criar pontes entre as minhas observações diárias e o

mundo acadêmico.

1.2 APROXIMAÇÃO COM O TEMA

A temática “segurança do paciente” tem sido amplamente discutida nas instituições

de saúde e no mundo, ganhando visibilidade e contribuindo para o desenvolvimento

de práticas seguras na assistência. No início dos anos 2000, a publicação do

Instituto de Medicina “Errar é humano: construindo um sistema de saúde mais

seguro” trouxe à superfície a magnitude dos eventos adversos ocorridos nas

instituições hospitalares, em decorrência do erro humano. A publicação traz

implicações para redução dos erros médicos e a criação de um sistema de saúde

mais seguro, aumentando a segurança do paciente (KOHN; CORRIGAN;

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DONALDSON, 2000).

Os incidentes causados por falhas nos sistemas de saúde, que provocam danos

permanentes ou temporários, ocasionando até mesmo a morte do paciente, são

denominados eventos adversos. Não só o paciente, mas também a sua família sofre

com os prejuízos relacionados à assistência. Com algumas complicações desses

eventos, tem-se a dificuldade na melhora do quadro de saúde, demora da alta

hospitalar, maiores taxas de infecção e maior tempo de internação (WHO, 2009).

Os eventos adversos podem ser categorizados de diversas formas. Alguns estudos

os classificam de acordo com o grupo ao qual o incidente se assemelha, outros se

referem ao tipo exato do evento e, ainda, quanto à localização da ocorrência.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os principais eventos adversos

são relacionados às seguintes situações: identificação do paciente; comunicação no

ambiente dos serviços de saúde; medicamentos; procedimentos cirúrgicos; quedas

de paciente; LPP; infecções em serviços de saúde, e; uso de dispositivos para

saúde (BRASIL, 2017).

No Brasil, o Ministério da Saúde (MS), através da Portaria nº 1.660, de 22 de julho

de 2009, instituiu o Sistema de Notificação e Investigação em Vigilância Sanitária

(VIGIPOS) como parte integrante do Sistema Único de Saúde (SUS) (BRASIL,

2009). Nesse contexto, uma ferramenta importante, prevista por essa Portaria, é o

Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária (NOTIVISA), sistema informatizado

implantado no Brasil em 2006, inicialmente trabalhando com tecno e

fármacovigilância. Posteriormente em 2013, o NOTOVISA implantou o item

problemas relacionados a assistência de saúde, recebendo a partir desse

momento, notificações de incidentes, efeitos adversos e queixas técnicas

relacionadas ao uso de produtos e de serviços sob vigilância sanitária. Por meio

dele, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o MS e as Secretarias

Municipais e Estaduais de Saúde conseguem monitorar, analisar e investigar esses

eventos adversos, o que fortalece a vigilância no tocante à tentativa de melhorar os

processos envolvidos na assistência à saúde, promovendo medidas de proteção à

saúde pública (OLIVEIRA; RODAS, 2017).

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Para assegurar a segurança do paciente e a manutenção da qualidade em serviços

em saúde, a gestão de riscos e a investigação de eventos adversos relacionados à

assistência à saúde são fundamentais. Nesse processo, opera o conceito dos “never

events”, que significa “eventos que nunca deveriam ocorrer em serviços de saúde”

(ANVISA, 2017). Esses eventos devem ser notificados pelos serviços de saúde, e

sua detecção demanda intervenção urgente, através de medidas que visam a não

reincidência dos mesmos. No escopo das LPP, são considerados “never events” as

LPP estágios 3 e 4, passíveis de notificação no NOTIVISA (ANVISA, 2017).

Segundo os dados disponibilizados pela ANVISA, no período de março de 2014 a

maio de 2018, no Brasil, foram notificados 205.290 incidentes relacionados à saúde,

divididos em 16 categorias. Em relação a faixa etária, 31.605 incidentes ocorreram

na de 56 a 65 anos, e 78.709 (38,34%) ocorreram na linha acima de 65 anos. Já no

conjunto da classificação “lesões por pressão” somam-se 37.118 casos. Em relação

ao número total de 1.157 de óbitos desse período, 42 foram em decorrência desse

agravo. No Espírito Santo, foram notificados 4.774 eventos adversos relacionados à

saúde, sendo 818 casos de LPP. Vale ressaltar, que a subnotificação e a

possibilidade da não classificação dos eventos, através da opção “outros”, disponível

no sistema, são grandes problemas para a vigilância em saúde, isso por que, esses

números podem se multiplicar quando notificados de forma consistente. O

aparecimento de LPP é hoje um importante indicador da qualidade do cuidado

prestado. (ANVISA, 2018).

No tocante ao conceito, algumas definições de LPP são apresentadas como “Lesões

decorrentes de hipóxia celular, levando à necrose tecidual, geralmente localizadas

em áreas de proeminências ósseas” (SILVA et al, 2011), ou “Lesões de pele,

provocadas pela interrupção do fornecimento de sangue para a área, consequentes

da pressão, cisalhamento, fricção ou combinação desses três elementos.”

(BLANDES; FERREIRA, 2014).

A organização norte-americana National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP) é

um órgão consultivo e deliberativo e a maior referência mundial em prevenção e

tratamento de lesões por pressão. Na literatura, existem diversas definições sobre

LPP, entretanto, juntamente com os órgãos europeu, japonês e do Pacifico, a

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20

NPUAP anunciou, em seu último consenso de 2016, a alteração da terminologia

“úlcera por pressão” para “LPP”, e apresentou a nova nomenclatura da classificação

das lesões por pressão, utilizadas na atualidade (NPUAP, 2016).

A LPP pode se apresentar com o aspecto de pele íntegra ou úlcera aberta dolorosa,

e é consequência da pressão intensa e/ou prolongada, com o cisalhamento da pele

ou do tecido mole subjacente que está sob proeminência óssea, podendo estar

relacionada também ao uso de dispositivos médicos. Nesse caso peculiar, a lesão

apresenta o molde do dispositivo. Fatores relacionados à pele, como microclima,

nutrição, perfusão e comorbidades, interferem na tolerância do tecido mole à

pressão e ao cisalhamento (NPUAP, 2016).

Para facilitar o reconhecimento pelo profissional de saúde do risco do paciente

desenvolver LPP, auxiliando no manejo clínico e prognóstico desse risco, alguns

instrumentos foram desenvolvidos, dentre eles, o mais utilizado no Brasil é a Escala

de Braden. Elaborada em 1987 por Braden e Bergstron, foi amplamente difundida

no Brasil no ano de 1999. A avaliação da pele através dessa escala é realizada

nos seis seguintes aspectos: atividade; fricção e/ou cisalhamento; mobilidade;

nutrição; umidade, e; percepção sensorial (MACHADO et al, 2019).

No que se refere as faixas etárias mais acometidas por LPP, a população idosa é

amplamente atingida pelos eventos adversos. Segundo o relatório da ANVISA, dos

205.290 incidentes relacionados à saúde notificados no Brasil no período de março

de 2014 a maio de 2018, 31.605 incidentes ocorreram na faixa de 56 a 65 anos, e

78.709 (38,34%) ocorreram na linha acima de 65 anos (ANVISA, 2018)

O estudo de corte prospectivo, descritivo e quantitativo, realizado com 215 idosos

internados em um hospital público na cidade de Teresina (Piauí), utilizou a escala de

Braden para determinação do escore de risco para desenvolvimento de LPP. O

estudo constatou que 47%, dos 215 idosos hospitalizados possuíam risco mínimo,

moderado ou elevado para formação de LPP, ou seja, apresentado score menor ou

igual a 18, o que, segundo a escala de Braden, caracteriza presença de risco. Nesse

estudo, a análise de confiabilidade da escala de Baden foi verificada por meio do

coeficiente global alpha de Cronbach (0,821). Pesquisas dessa relevância tornam

evidente a importância da avaliação de risco, assim como a implementação de

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cuidados intensificados fundamentados na sistematização da assistência de

enfermagem (SAE) (VIEIRA et al, 2015).

A ocorrência de LPP possui causa multifatorial, seja de ordem interna ou externa.

Em se tratando dos idosos, mobilidade e percepção sensorial prejudicadas, perfusão

tecidual e estado nutricional diminuídos, alterações de pele relacionadas ao

envelhecimento, dentre outros, são fatores predisponentes para a formação de LPP

(VIEIRA et al, 2014).

A média da prevalência da formação de LPP, encontrada em estudo retrospectivo de

natureza quantitativa, em uma instituição de longa permanência para idosos, na

cidade de Fortaleza, Ceará, girou em torno de 18%, podendo chegar a 23% do

número total de 300 idosos institucionalizados. Para o tratamento dessas lesões,

leva-se em consideração, também, seu alto custo, sendo que a ineficiência de

recursos para tratar essas feridas está diretamente associada ao aumento do tempo

de internação (FREITAS, 2011). Nesse sentido, medidas de prevenção são

necessárias para a melhoria da qualidade de vida dessa população, garantindo,

assim, uma velhice saudável.

A prevenção das lesões por pressão por meio do cuidado com a integridade da pele

do paciente é um ponto essencial na assistência da enfermagem. O planejamento e

as intervenções são fundamentados no risco para esse tipo de lesão, já que essas

interferem no estado geral de saúde do paciente, influenciando, a curto ou longo

prazo, na sua qualidade de vida. (PEREIRA, 2014).

A formação de LPP é um problema de saúde que é de responsabilidade de todos os

membros da equipe multiprofissional em saúde. A responsabilização deve ser

compartilhada, à medida que a formação das lesões por pressão tem cunho

multifatorial, e cada profissional, dentro das suas atribuições, pode contribuir de

forma contundente para a resolução desse agravo (FERNANDES, 2012). Entretanto,

dentro da equipe, o enfermeiro é o profissional que está delegado ao cuidado

contínuo e integral a esses pacientes, devendo realizar exame físico, diagnósticos

de enfermagem, prescrição, implementação e avaliações dos cuidados prestados,

tomando a prevenção como maior objetivo da assistência (SÁ et al, 2014).

Diante do exposto, e entendendo que a prevenção das lesões por pressão deve ser

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o padrão ouro, para evitar os “never events” e, que são prioridade da OMS, desde

2003 –, esta dissertação tem como objeto “protótipo para prevenção de lesão por

pressão”, e como objetivo, “desenvolver um protótipo para prevenção de LPP de

baixo custo”.

1.3 A BUSCA DE CONHECIMENTO TEÓRICO PARA O DESENVOLVIMENTO DO

PROJETO

No PPGENF da UFES foi possível conhecer um pouco sobre tecnologia e inovação

com a disciplina optativa “Tecnologias e Inovações em Enfermagem (PENF-0064)”,

ministrada pela professora doutora Paula Olympio (in memoriam). O aprendizado

obtido ao cursar essa disciplina foi de grande valia para sedimentar conceitos

básicos que envolvem essa área.

Entretanto, considerando a necessidade de aprofundamento na temática relacionada

a recursos metodológicos voltados para construção de tecnologias na enfermagem,

o primeiro passo para a descoberta do melhor caminho para a criação do projeto de

um dispositivo foi dado durante a disciplina optativa “Tópicos Especiais de Práticas

Profissionais de Enfermagem (PENF-0059)”, ofertada pelo PPGENF no período

2017/2. Nesse momento, foi estabelecido contato com o Laboratório de Tecnologias

de Apoio a Redes e Colaboração (LabTAR) da UFES, localizado no campus de

Goiabeiras, Vitória-ES. Trata-se de um espaço destinado à criação e disseminação

de conhecimentos e tecnologias com o objetivo de desenvolver inovações através

da multidisciplinaridade.

No LabTAR, fui recebida pela professora doutora do departamento de Engenharia

de Produção da UFES, Mirian de Magdala Pinto, que faz parte do grupo de

professores pesquisadores que coordenam o laboratório. Como oportunidade de

aprendizagem, fui convidada a cursar como ouvinte a disciplina “Gestão da Inovação

Tecnológica” (EPR07950), do curso de Engenharia de Produção da UFES,

ministrada pela professora supracitada.

Em concordância com a ementa da disciplina “Tópicos Avançados de Práticas

Profissionais de Enfermagem (PENF-0060)”, do PPGENF, que é aprofundar os

estudos sobre os conteúdos de interesse para a construção da dissertação do

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mestrando e para seu amadurecimento, a participação na disciplina DET10421 seria

uma possibilidade de conhecer teorias e ferramentas necessárias para o

desenvolvimento do meu projeto, além de oportunizar o encontro com pessoas que

abririam um leque de novas perspectivas.

Três momentos de aprendizagem foram cruciais nessa disciplina. O primeiro refere-

se à assimilação do conceito de inovação; o segundo, a realização do curso Human

Centered Design, e, por último, a apresentação da teoria da resolução inventiva de

problemas (TRIZ).

A palavra inovação é derivada do latim “innovationne”, sendo o ato ou efeito de

inovar (FERREIRA, 2010). Se refere a ideias, processos ou objetos criados,

podendo ser radical (semi-radical, radical ou radical de fachada) ou incremental,

provoca a ruptura com paradigmas, e ainda que esse rompimento se dê de forma

mínima, impacta positivamente a sociedade e, intrinsicamente, a qualidade de vida

das pessoas (DAVILA; EPSTEIN; SHELTON, 2007). Inovação pode ser considerada

a criação ou o aperfeiçoamento de processos e artefatos, a aplicação do que já é

amplamente utilizado em novos contextos, a reformulação de metodologias, o uso

diferenciado e descoberta de recursos, ou ainda a abertura de novos construtos

organizacionais (NIOSI et al, 1993; SERAFIM, 2017).

Inovação é, ainda, a dinâmica de pessoas que implementam e desenvolvem novas

ideias, levando essas a outras pessoas, o que gera novas transações em uma

instituição. Tal movimento engloba quatro fatores: novas ideias, pessoas, transações

e contextos institucionais (VEN, 1986).

Para o economista autro-hungaro, Joseph Alois Schumpeter, nascido na primeira

metade do século XIX, a inovação é fundamental para o desenvolvimento da

sociedade, moldando o seu desenvolvimento cultural e econômico, sendo chamado

de empreendedor aquele que a introduz. Quando uma novidade é capaz de criar

uma nova perspectiva mercadológica, transformações, séries de negócios,

impactando positivamente a sociedade, é considerada uma inovação (CONCEÇÃO,

2000).

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Schumpeter propôs ainda, a distinção entre invenção e inovação. A primeira refere-

se a novas ideias e conceitos sobre produtos, técnicas ou mesmo artefatos

organizacionais, e a segunda implica um novo arranjo de recursos implementados

de forma produtiva, capaz de gerar mudança. Dentro de toda inovação existe o

processo de invenção com o acréscimo de incorporação social e econômica. A

inovação ainda possui cinco categorias relacionadas à sua finalidade: introdução de

produtos novos ou melhorados; novas formas de produzir; desenvolvimento de

novos mercados; utilização de novos recursos primários, e; novos rearranjos

organizacionais para indústrias (VALE; WILKINSON; AMÂNCIO, 2008).

Em consonância com Shumpeter, Baregheh, Rowley e Sambrook (2009), entende

que as constantes mudanças e necessidades do ambiente ordenam uma infinita

adaptação que se consolida através da inovação, composta por diversas etapas que

se concretizam na materialização de ideias novas ou melhoradas sobre processos,

artefatos, serviços e pessoas, influenciando diretamente, inclusive, no

desenvolvimento econômico de países. Já Lundvall (1992) explana que inovações

são estimadas por todos, e decorrem de uma necessidade ou deficiência, resultando

de esforços coletivos, onde os atores formam um sistema, produzindo novos

produtos, mercados, técnicas e metodologias (NICOLAU; PARANHOS, 2006).

Em paralelo à apreensão do conceito de inovação, iniciou-se dentro da disciplina

DET10421 o curso Human Centered Design (HCD), uma experiência de aprendizado

intenso e prático, construído pela Acumen, em colaboração com o IDEO.org, que é

uma a organização de design sem fins lucrativos que projeta produtos, serviços e

experiências para melhorar a vida das pessoas em comunidades pobres e

vulneráveis. Eles trabalham para que o setor social adote uma abordagem centrada

no ser humano para a resolução de problemas.

O HCD utiliza a abordagem do design thinking, que propicia a utilização de

ferramentas que oportunizam encontrar a interseção entre as necessidades

humanas e a viabilidade econômica, ou seja, desenvolver ideias que possuam um

significado funcional, emocional e tecnológico, ao mesmo tempo que cumpram as

aspirações mercadológicas e econômicas (BROWN, 2018). O design thinking é uma

estratégia que valoriza as habilidades humanas e estima as potencialidades criativas

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de cada pessoa, se atendo à criação de produtos, serviços e processos humanos

centrados (BROWM, 2012; MELO; ABELHERA, 2015).

O curso objetivou incentivar os participantes a conhecerem pessoas reais com

problemas reais, a fim de que eles entendessem suas necessidades e assim

prototipassem novas soluções e as testassem. O curso ocorreu no período entre 12

de setembro de 2017 e 14 de novembro de 2017, durante 9 semanas, com carga

horária total de 36 horas. Essa atividade foi percursora do segundo momento

imprescindível para o projeto.

O curso design centrado no ser humano consiste em três fases. Na fase de

inspiração, aprende-se diretamente das pessoas para quais estamos projetando,

mergulhando em suas vidas e conhecendo profundamente suas necessidades. Na

fase de ideação, interpreta-se tudo que se aprende, identificando oportunidades para

o projeto, para, assim, prototipar as possíveis soluções. Na fase de implementação,

o protótipo construído é inserido na realidade, observando-se, assim, se a solução

será aplicável. Essa última fase tem como usuários do protótipo os mesmos sujeitos

envolvidos no projeto, desde sua primeira fase do projeto. (BROWN; WYATT, 2010).

Ainda na fase da implementação, coletam-se as melhorias propostas pelas pessoas

que utilizaram o protótipo no período de teste, sendo possível realizar adequações,

alcançando soluções criativas (BROWN; WYATT, 2010). Ter a oportunidade de

participar de um curso como o HCD possibilita estimular a criatividade, gerando

soluções aplicáveis para problemas cotidianos. Aprender a prototipar para humanos,

baseando-se nos seus anseios, vivências e no contexto no qual estão inseridos,

proporciona resultados assertivos, causando impactos positivos. Nesse âmbito, a

possibilidade de transpor características do HCD para a criação do projeto de um

dispositivo que objetiva prevenir lesões por pressão gera uma expectativa positiva,

pois ter o ser humano como centro imprime a criação de um produto que atende

efetivamente às necessidades dos usuários.

Por fim, a temática da TRIZ foi trabalhada na disciplina e consta como referencial

metodológico para esta dissertação.

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1.4 JUSTIFCATIVA E RELEVÂNCIA

O recurso financeiro necessário para o tratamento e manejo das complicações

decorrentes das LPP é elevado, o que torna esse agravo não apenas um custoso

problema de saúde pública, mas também uma preocupação no que tange à gestão

dos custos dos serviços de saúde. Além disso, tratamentos aplicados de forma

inadequada geram gastos potencializados e danos emocionais aos pacientes e

familiares, impactando diretamente na qualidade de vida desses e no desempenho

profissional de toda a equipe que assiste o paciente (BRANDÃO; MANDELBAUM;

SANTOS, 2013).

Em 2010, um estudo estadunidense através de pesquisa retrospectiva, analisou

prontuários de pacientes com LPP. O objetivo foi calcular e analisar o custo do

tratamento para úlceras de pressão no estágio IV. A pesquisa apontou um custo

médio, associado a tratamento hospitalar e complicações relacionadas a LPP, de

US$ 129.248 para úlceras que foram desenvolvidas em âmbito hospitalar (BREM et

al, 2010).

Embora haja impacto nos orçamentos dos serviços de saúde para prevenção do

aparecimento de LPP, ele é infinitamente menor que o custo para o tratamento

dessas lesões. Os gastos para o tratamento de LPP é substancial, pois envolve mão

de obra qualificada e a escolha de materiais adequados. Em artigo de revisão

sistemática, publicado em 2015, que considerou estudos de 2001 a 2013, o custo de

prevenção de LPP variou entre 2,65 € a 87,57 € por paciente, por dia. Já o custo de

tratamento de LPP por dia variou de 1,71 € a 470,49 €. O custo do tratamento

aumenta quanto mais complexa for a lesão (DEMARRÉ et al, 2015).

Estudo exploratório descritivo, realizado em hospital universitário de São Paulo,

publicado no ano de 2016, observou durante seis meses a realização de 228

curativos. Objetivou identificar os custos de mão de obra e de consumo de materiais

e soluções usadas para realização de curativos de LPP e, identificou que o custo

médio por curativos de LPP foi de US$ 19,18 para LPP categoria I, US$ 6,50 para

LPP categoria II, US$ 12,34 para LPP categoria III, US$ 5,84 para LPP categoria IV,

US$ 9,52 para LPP inclassificáveis, e US$ 3,76 para feridas com suspeita de lesão

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tissular profunda (SLTP). A frequência de realização dos curativos variou de 1 a 5

vezes ao dia (LIMA et al, 2016).

Estudo observacional realizado em uma unidade de cuidados paliativos e

prolongados de um hospital de grande porte em Minas Gerais, no ano de 2013,

concluiu um custo com material para tratamento de LPP em torno de R$ 36.629,95

por paciente/mês, e de R$ 445.664,38 paciente/ano. Nesse estudo, 77,5% das LPP

foram classificadas como categoria grau IV (COSTA et al, 2015).

O levantamento de custos de curativos industrializados, realizado no ano de 2005

em instituição hospitalar pública da cidade de Recife, identificou que o custo médio

diário aumentou, à medida que o grau de lesão tecidual aumentou, e que de abril a

dezembro desse mesmo ano, 68% dos curativos utilizados foram indicados para

LPP, o que, em valores, ultrapassou 25 mil reais. O consumo total de curativos no

período de 9 meses foi de 26 mil reais, dado que demonstra que o maior consumo

para tratamento de feridas nesse hospital esteve relacionado às LPP (LIMA;

GUERRA, 2011).

Considerando que, todos os produtos, protocolos e técnicas de saúde destinadas a

prevenção de LLP, são tecnologias, faz-se importante discutir esse conceito.

Segundo Ferreira (2014), tecnologia é “conjunto de conhecimentos, especialmente

princípios científicos, que se aplicam a um determinado ramo de atividade”. No

dicionário Houaiss (2009) encontra-se que tecnologia é “teoria geral e/ou estudo

sistemático sobre técnicas, processos, métodos, meios e instrumentos de um ou

mais ofícios ou domínios da atividade humana; técnica ou conjunto de técnicas de

um domínio particular; qualquer técnica moderna e complexa”. Na saúde, a palavra

tecnologia é carregada de complexidade, principalmente no que se diz respeito à

finalidade do trabalho em saúde.

Quanto às categorias, as tecnologias que permeiam a saúde podem ser divididas

nas seguintes: leves, baseadas nas relações humanas, como a escuta terapêutica,

vínculo, acolhimento, desenvolvimento do processo de trabalho; leve-duras,

baseadas em saberes organizados, regidos por teorias como a epidemiologia e a

semiologia/semiotécnica, e; duras, como os aparelhos para exames e instrumentos

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organizacionais (MERHY; FRANCO, 2006). A enfermagem, com a evolução dos

tempos, segue se adaptando às tecnologias duras sem se distanciar do seu

interesse primordial, que é o cuidado holístico ao ser humano, utilizando

sinergicamente todas as tecnologias para atender de forma integral o paciente

(SABINO et al, 2016).

Para alguns estudiosos, o trabalho gera um produto, objetivo ou subjetivo, palpável

ou abstrato, que modifica a natureza e quem o executa. A forma como o trabalho é

executado reflete na sociedade a qual ele pertence, e a forma de trabalhar molda a

cultura, gerando sentido para o ser humano (DOMINIQUE, 2013; LESSA, 2012;

MORIN, 2001; DEJOURS, 2004) . Na saúde, a produção ocorre por meio do trabalho

em ato dinâmico, que significa a produção instantânea do cuidado no momento no

qual é executado. Dentro desse conjunto, o trabalho vivo em ato está sempre

interagindo com tecnologias que auxiliam e/ou protagonizam a produção do cuidado.

Equipamentos, medicamentos, sistemas educacionais, organizacionais e

procedimentos técnicos são exemplos de tecnologias que interagem com o

trabalhador, gerando sentido no modo de produzir o cuidado (MERHY; FRANCO,

2006).

A tecnologia em saúde está em constante evolução, sendo o enfermeiro o cerne da

maioria dos processos a ela relacionados, além disso, é o enfermeiro que, em geral,

desenvolve, opera a maioria das tecnologias relacionadas à saúde (SILVA;

FERREIRA, 2009). Nesse contexto, e a fim de aprofundar sobre a produção de

tecnologias que promovam a prevenção de LPP, foi realizada uma revisão

sistemática. Para tal, a seguinte questão norteadora foi elaborada: Quais tecnologias

duras, descritas na literatura, objetivam prevenir o aparecimento de LPP?

Este trabalho justifica-se pela necessidade percebida, na prática hospitalar, da

criação de um dispositivo de baixo custo, para a prevenção de feridas, e na

observação dos produtos disponíveis no mercado, desse modo, evidenciando a

necessidade de fomento ao desenvolvimento de tecnologias que auxiliem na

prevenção de lesões por pressão em pacientes é importante. Justifica-se também

pela lacuna existente na enfermagem no que se refere à participação ativa no

processo criativo de prototipação de tecnologias duras em saúde, contribuindo,

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assim, para o fomento da pesquisa em enfermagem.

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2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 ASPECTOS LEGAIS SOBRE LESÃO POR PRESSÃO

A LPP é o terceiro tipo de evento adverso relacionado à assistência mais notificado

pelos Núcleos de Segurança do Paciente (NSP) dos hospitais do Brasil (ANVISA,

2017). Órgãos públicos, como o MS e a ANVISA, discutem sobre esse tema e se

dedicam a construir documentos técnicos sobre prevenção e tratamento desse

agravo. Em 1º de abril de 2013, o MS, por meio da Portaria nº 529, instituiu o

programa nacional de segurança do paciente (PNSP), com o objetivo de qualificar a

assistência em saúde prestada por todas as instituições do Brasil. No Art. 3º,

emergiram as seguinte definições:

[...]I - Segurança do Paciente: redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde; II - dano: comprometimento da estrutura ou função do corpo e/ou qualquer efeito dele oriundo, incluindo-se doenças, lesão, sofrimento, morte, incapacidade ou disfunção, podendo, assim, ser físico, social ou psicológico; III - incidente: evento ou circunstância que poderia ter resultado, ou resultou, em dano desnecessário ao paciente; IV - Evento adverso: incidente que resulta em dano ao paciente;

Nos artigos 6º e 7º da referida portaria, “úlceras por pressão” é considerada

uma área sob o escopo das ações relacionadas à segurança do paciente.

Art. 6º Fica instituído, no âmbito do Ministério da Saúde, Comitê de Implementação do Programa Nacional de Segurança do Paciente (CIPNSP), instância colegiada, de caráter consultivo, com a finalidade de promover ações que visem à melhoria da segurança do cuidado em saúde através de processo de construção consensual entre os diversos atores que dele participam. Art. 7º Compete ao CIPNSP: I - propor e validar protocolos, guias e manuais voltados à segurança do paciente em diferentes áreas, tais como: [...] g) úlceras por pressão;

Nos últimos anos, o conceito “segurança do paciente” foi impreterivelmente

arraigado às práticas assistenciais, ganhou força nas instituições, e auxiliou milhares

de profissionais e gestores a desempenharem as suas ações considerando

conceitos que elevam a qualidade do serviço oferecido. Considerando que a

ocorrência de LPP acarreta consequências negativas, não só para o binômio

paciente-família, mas também para o sistema de saúde, no mesmo ano de 2013 foi

lançado pelos MS, ANVISA e Fiocruz o “Protocolo para prevenção de úlcera por

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pressão”, com a pretensão de promover a prevenção do aparecimento de LPP e

outras lesões de pele. O documento trouxe orientações acerca de diversas medidas,

baseadas em evidências, que podem ser implementadas caso haja vulnerabilidade

para o aparecimento de LPP (MS, 2013).

Em outubro de 2017, a ANVISA lançou a nota técnica GVIMS/GGTES nº 03/2017,

com o título “Práticas seguras para prevenção de LPP em serviços de saúde”, que

objetiva orientar todos os profissionais que atuam nos serviços de saúde sobre as

ações gerais para monitoramento, vigilância, práticas de prevenção e notificações de

LPP (ANVISA, 2017).

Nesse sentido, percebe-se que, diante da magnitude dos problemas relacionados à

ocorrência de LPP, a discussão sobre os cuidados prestados na prevenção e

tratamento desse agravo deve transpor as paredes das instituições de saúde, sendo

discutido também a níveis político e governamental.

Dentre os profissionais envolvidos no tratamento e manejo das LPP, a enfermagem,

antes e após a sua profissionalização, esteve como protagonista na dispensação de

cuidados para a manutenção da integridade física dos seus pacientes, assim como

nos cuidados ofertados a pessoas com lesões de pele. A responsabilidade na

prevenção, avaliação e decisão de qual terapêutica será instituída no manejo de

feridas foi atribuída a essa categoria, que, além de executar ações diretas, coordena

toda a equipe técnica de enfermagem, e também integra uma equipe

multiprofissional, sendo assim, capaz de orientar todos os profissionais envolvidos

nesse cuidado (FERREIRA; BOGAMIL; TORMENA, 2008).

No tocante às lesões por pressão, o enfermeiro desempenha ações intrínsecas ao

seu cotidiano, tendo sempre o cuidado como objeto, cuidado este que perpassa por

uma atenção holística, indo muito além da realização de tarefas bem estabelecidas,

baseadas em evidências científicas. Nesse diálogo, cuidar de feridas requer

competências técnicas e competências interpessoais (FAVRETO et al, 2017).

Entretanto, percalços são enfrentados quando fala-se da autonomia do enfermeiro

no tratamento de feridas, pois é necessário compreender que ela só é alcançada

quando o profissional está alicerçado por conhecimentos sólidos que, com o passar

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do tempo, tornam-se fatores motivacionais que levam à completa segurança na

tomada de decisão na rotina de trabalho. Ter segurança em si mesmo, não

excluindo as inferências de outros profissionais da área de saúde, sabendo se

posicionar quando necessário, construindo diálogos profícuos com outras categorias,

se empoderando e tornando-se referência para o desenvolvimento de atividades

dentro de suas competências, é, sem dúvida, um dos maiores desafios no

desdobramento da ascensão das funções do enfermeiro, que está a reconfigurar sua

práxis profissional, passando a tomar, assim, decisões independentes (FERREIRA;

CANDIDO; CANDIDO, 2017).

O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), através da Resolução nº 567, de 29

de janeiro 2018, regulamentou a atuação da equipe de enfermagem no cuidado aos

pacientes com feridas. A partir desse momento, o enfermeiro passou a ter respaldo

legal para participar ativamente na execução de procedimentos, avaliação,

elaboração de protocolos, seleção e indicação de novas tecnologias em prevenção e

tratamento de pessoas com feridas. O anexo dessa resolução detalha ações

específicas para enfermeiros e técnicos de enfermagem, tornando a categoria

absolutamente independente na realização do cuidado a pacientes portadores de

feridas. Tal regulamentação é um combustível para o fomento da autonomia

profissional (COFEN, 2018).

2.2 LESÃO POR PRESSÃO, CUIDADO DA ENFERMAGEM E OS FATORES PRÉ

DISPONENTES

Em 2016, a NPUAP, além de alterar a terminologia de úlcera por pressão para LPP,

revisou e atualizou o sistema de classificação. A partir dessa publicação, seis

categorias classificatórias foram definidas:

- LPP estágio 1, caracterizada por pele íntegra com eritema que não embranquece,

podendo apresentar mudanças na sensibilidade, temperatura ou consistência;

- LPP estágio 2, quando ocorre a perda da espessura parcial e exposição da derme;

- LPP 3, quando acontece perda da pele em sua espessura total, deixando a gordura

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visível, não existindo exposição de tendão, ligamento, cartilagem e/ou osso;

- LPP 4, quando ocorre a perda da pele em sua espessura total e perda tissular com

exposição da fáscia, tendão, ligamento, cartilagem e/ou osso, com profundidade

variando de acordo com a localização anatômica;

- LPP não classificável, quando a perda de pele não pode ser confirmada, pois está

encoberta pelo esfacelo ou escara, e;

- LPP tissular profunda, na qual existe a descoloração vermelha escura, marrom ou

púrpura persistente, e que não embranquece, estando a pele intacta ou não, cuja

ferida pode evoluir rapidamente (MORAES et al, 2016)

As LPP ainda podem ter duas classificações complementares: relacionadas ao uso

de dispositivos médicos, quando resulta da utilização de dispositivos criados para

fins diagnósticos e terapêuticos, sendo a lesão do formato do dispositivo em

questão, e; LPP em membranas mucosas, decorrentes do uso de dispositivos

médicos, não podendo ser categorizadas devido à anatomia tecidual (NPUAP,

2016).

Dentre as populações acometidas por LPP, a pessoa idosa hospitalizada demanda

um cuidado peculiar para suprir suas necessidades fisiológicas e psicossociais. A

presença de doenças crônicas, como hipertensão arterial sistêmica e acidente

vascular encefálico, aumenta os distúrbios eletrolíticos, nutricionais e vasculares,

levando à maior restrição ao leito e, consequentemente, ao aumento do período de

internação hospitalar (VIEIRA et al, 2014). A idade avançada é responsável por

modificações surgidas na pele e em tecidos subcutâneos, evidenciadas por doenças

crônicas degenerativas e circulatórias, sem esquecer do comportamento fisiológico

característico a essa faixa etária. (BAUMGARTEN et al, 2008)

Algumas condições inerentes, como o turgor e elasticidade da pele diminuídos,

redução da espessura do tecido subcutâneo, capilaridade deficitária e redução da

mobilidade, são precursoras das lesões de pele em idosos (SMELTZER et al, 2011).

Dentre as complicações comuns associadas a essas propriedades, encontra-se a

LPP, que se caracteriza como agravo em tecidos moles subjacentes que estão

sofrendo pressão sobre proeminência óssea por tempo prolongado, ou dano

causado a esse tecido relacionado ao uso de material médico (NPUAP, 2016).

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34

No estudo “Úlcera por pressão em idosos institucionalizados: análise da prevalência

e fatores de risco”, foram analisados 300 prontuários de idosos no período de 2006 a

2009. Os fatores de risco para o desenvolvimento de LPP prevalentes foram

acidente vascular encefálico (60%) e hipertensão arterial (74,3%), sendo a média de

prevalência da LPP de 18,8%. No ano de 2008, dos 161 idosos institucionalizados,

32 desenvolveram LPP, tendo uma taxa de prevalência de 19,9% (FREITAS et al,

2011).

Em hospital universitário, foi evidenciado que 63% dos 53 idosos envolvidos possuía

risco para desenvolver LPP, concluindo que esse grupo é o mais propenso a sofrer

tal tipo de enfermidade. Utilizando a escala de medição de risco para o

desenvolvimento de LPP, observou-se que tanto o tecido adiposo reduzido em

pacientes caquéticos como o sobrepeso em pacientes obesos influenciam na

formação de lesões. No que se refere ao tipo de pele, aqueles que apresentavam

pele seca, úmida, edema, dentre outras alterações, estavam incluídos no risco

altíssimo para desenvolver LPP (FERNANDES, 2012).

O artigo “Fatores predisponentes para o desenvolvimento da LPP em pacientes

idosos: uma revisão integrativa”, publicado em 2017, traz algumas das principais

variáveis relacionadas aos idosos hospitalizados em instituições de longa

permanência, serviço domiciliar e centro de reabilitação, os aspectos identificados

foram: doenças crônicas não transmissíveis; índice de massa corpórea abaixo da

média; uso de cateter urinário e anemia; alterações da pele; edemas; déficit

respiratório, circulatório, sensorial, nutricional; incontinência urinária e/ou fecal;

redução da mobilidade; anemia; uso de medicamentos; déficit cognitivo;

comprometimento da independência nas realizações das atividades da vida diária;

idade avançada; audição ou visão prejudicada; declínio da capacidade funcional;

umidade; fricção; cisalhamento da pele, e; nutrição prejudicada (SOUZA et al, 2017).

O conhecimento da enfermagem acerca das lesões por pressão protagoniza o

cuidado na prevenção desse agravo, prestando uma assistência individualizada,

fornecendo medidas eficazes baseadas em estratégias fundamentadas em

evidências (ALVES; BORGES; BRITO, 2014).

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35

Identificar os fatores causadores das lesões por pressão é algo imprescindível para

que o enfermeiro priorize as suas ações, atuando no seu planejamento,

primordialmente na prevenção desse agravo, o que garante a qualidade da

assistência. O conhecimento acerca da taxa de prevalência é um indicador crucial

que influencia diretamente na tomada de decisão do enfermeiro, norteando sua

práxis e proporcionando a priorização das ações de forma dinâmica e efetiva

(CAVALCANTE, 2016).

A LPP é um problema de saúde que é de responsabilidade de todos os membros da

equipe. A responsabilização deve ser compartilhada na medida em que a formação

das lesões por pressão tem cunho multifatorial, e cada profissional, dentro das suas

atribuições, pode contribuir de forma contundente para a resolução desse agravo

(FERNANDES, 2012). Entretanto, dentro da equipe, o enfermeiro é o profissional

que está delegado ao cuidado contínuo e integral a esses pacientes, devendo

realizar diagnósticos, implementações e avaliações dos cuidados prestados,

tomando a prevenção como maior objetivo da assistência (SÁ et al, 2014).

As teorias de enfermagem respaldam o emprego do processo de enfermagem como

fortalecedor das ações da enfermagem e da ciência do cuidado, pois, a prática

baseada em teorias proporciona uma atuação que leva em consideração um

raciocínio lógico, coordenado e interino, orientando o cuidado de forma sistemática,

desde a coleta de dados até a avaliação dos objetivos alcançados, assim como de

todo processo de trabalho prestado (MCEWEN; WILLS, 2016).

O conjunto de conhecimentos organizados, sejam eles científicos ou empíricos,

organizados para subsidiar o processo de trabalho na enfermagem para alcançar

objetivos específicos, é conhecido também como tecnologia. Na enfermagem, a

capacidade crítica é essencial, pois subsidia a reflexão, interpretação e análise,

considerando a complexidade e individualidade humana, fator que é essencial para

atender às necessidades peculiares de cada indivíduo (KOERICH et al, 2006).

A medida da qualidade da assistência de enfermagem nos serviços hospitalares

pode estar associada ao aparecimento de LPP, isso porque a ação de prevenção

mais difundida, que é a mudança de decúbito, está quase que totalmente atrelada à

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prática dessa categoria. Quando a enfermagem sistematiza a assistência para

prevenção de LPP, aplicando as fases histórico de enfermagem, diagnóstico de

enfermagem, planos de cuidados de enfermagem e evolução de enfermagem, a

assistência torna-se verdadeiramente eficaz, pois possibilita a constante avaliação e

reflexão do enfermeiro sobre intervenções escolhidas para o alcance dos objetivos

relacionados à prevenção desse agravo (RODRIGUES; SOUZA; SILVA, 2008).

Um estudo realizado em 2012 objetivou analisar a incidência de LPP como indicador

de qualidade assistencial do Hospital Coronel Frota, em Porto Alegre. No período de

um ano, em um total de 21.227 pacientes, 22 lesões, em 17 pessoas, foram

desenvolvidas. Foi identificada uma baixa incidência de LPP até mesmo nas

Unidades de Terapia Intensiva. O uso de colchão piramidal e a mudança de decúbito

como prática de enfermagem foram observadas, ratificando a importância da

enfermagem para prevenção das LPP (SILVA; DICK; MARTINI, 2012).

Dentre as ferramentas clínicas para padronização das intervenções e consequente

registro das ações da enfermagem, a Classificação das Intervenções de

Enfermagem (NIC) é uma taxonomia ampla, pois abrange tanto práticas generalistas

quanto as ligadas a especialidades. O artigo “Mapeamento de cuidados de

enfermagem com a NIC para pacientes em risco de úlcera por pressão”, publicado

em 2014, identificou os cuidados de enfermagem prescritos para 219 pacientes

adultos internados em um hospital universitário. Nas prescrições foram encontrados

32 cuidados diferentes de enfermagem para prevenção de LPP, estando esses

cuidados interligados a 17 intervenções do NIC. O estudo concluiu que há uma

semelhança entre as recomendações científicas e os cuidados prescritos por

enfermeiros (PEREIRA et al, 2014).

No âmbito desse cuidado em saúde, as tecnologias leves e duras surgem como

aparato essencial para promoção da mesma, sendo ferramentas que dinamizam a

assistência, produzindo resultados consistentes e duradouros. A enfermagem, então,

pode e deve usar as tecnologias em todos os níveis da assistência, para públicos

diversificados, causando impactos positivos. Nesse contexto, percebe-se o quão

importante é a busca por inovações capazes de mudar o cotidiano, melhorar a

qualidade de vida e trazer maior realização aos profissionais, ao mesmo tempo que

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37

interfere na vida dos pacientes alcançados por esse processo de modernização (DE

SOUZA, 2011).

A produção tecnológica na enfermagem, então, está conexa à criação de

alternativas para superar os entraves vivenciados diariamente por esses

profissionais. Esta vem para aumentar a capacidade humana de alterar/intervir na

sociedade, e, para a enfermagem, o objetivo final é potencializar o cuidado prestado,

podendo ser desenvolvida a partir de equipamentos, máquinas e instrumentos ou

saberes aplicados de forma assertiva (KOERICH et al, 2006).

2.3 ENFERMAGEM E TECNOLOGIAS NO CUIDADE EM SAÚDE

Em continuação ao exposto, na enfermagem, a palavra tecnologia denota

concepção de “produto” quando relacionada a artefatos e informatização, e de

“processo” quando associada a recursos de ensino e aprendizagem de recursos

humanos. No tocante ao desenvolvimento de novas tecnologias, a enfermagem vem

ganhando visibilidade na implementação e/ou no desenvolvimento dessas, trazendo

benefícios tanto para o crescimento da profissão quanto para a relação profissional

cliente (SABINO et al, 2016).

A tecnologia inclui ferramentas, técnicas, materiais e fontes de energia que o seres

humanos desenvolvem em resposta a objetivos específicos. Ela é capaz de orientar

a ciência do design, que, diferente da ciência natural, modifica o ambiente, criando

coisas para suprir os propósitos humanos. Nesse meio, os cientistas do design

aplicam conhecimento a fim de desenvolver artefatos funcionais que promovam

melhorias nos mais variados contextos, criando modelos, processos, metodologias e

implementações inovadoras. Quando há a substituição das tecnologias existentes

por outras mais eficazes, o design alcança o seu progresso. (MARCH; SMITH,

1995).

Nesse momento, a distinção entre a ciência natural e a ciência de design torna-se

necessária. As ciências naturais visam compreender e explicar os fenômenos,

enquanto isso, as ciências do design trabalham em maneiras de atingir objetivos

humanos. A primeira tende a ser ciência básica, e a segunda ciência, aplicada.

Entretanto, as duas se correlacionam e interagem harmonicamente, pois os artefatos

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criados pela ciências do design podem gerar fenômenos que fazem parte do escopo

dos estudos das ciências naturais e, concomitantemente a isso, os fenômenos

naturais não são ignorados pelos produtos gerados pela ciência do design (SIMON,

2008).

Hebert A. Simon, economista estadunidense, pesquisador em diversas áreas, dentre

elas, a inteligência artificial, no seu livro “The Sciences of the artificial”, de 1966, traz

a ideia de que os engenheiros não são os únicos designers profissionais, pois todos

aqueles que elaboram ações e materiais destinados a alterar situações reais são

designers. Segundo ele, o design é o núcleo de toda formação profissional. Outro

ponto importante refere-se à importância da gestão de recursos, objetivando

minimizar custos dentro do próprio processo de design (SIMON, 2008).

Ainda nesse universo, há o design thinking, abordagem que incorpora insights e

ideias para resolução de problemas. É a forma de pensar que leva em consideração

que as pessoas são tão importantes quanto os problemas a serem solucionados.

Dessa maneira, a pessoa torna-se o centro de um projeto, agregando empatia a

todo o processo criativo. O uso de capacidades que o ser humano possui, uso da

racionalidade, serviço centrado em pessoas e uso da intuição na construção de

ideias com significado emocional são características do pensamento de design

(BROWN; WYATT, 2010).

Nesse contexto, verificando a participação da enfermagem na criação de tecnologias

para prevenção de LPP, foi realizada uma revisão bibliográfica onde foram incluídas

na busca e seleção publicações de periódicos científicos nacionais e internacionais,

compreendidas entre agosto de 2003 e agosto de 2018.

Foram elencadas produções que abordassem a temática “desenvolvimento de

tecnologia para prevenção de LPP”, em que ao menos um dos autores fosse

enfermeiro, indexados nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe

em Ciências da Saúde (LILACS), Base de Dados de Enfermagem (BDENF), Medical

Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Scientific Electronic

Library Online (SciELO), COCHRANE Library e Índice Bibliográfico Espanhol de

Ciências da Saúde (IBECS), disponíveis na biblioteca virtual em saúde (BVS),

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39

localizados através das palavras “tecnologia”, “enfermagem” e “lesão por pressão”,

combinados com o operador booleano AND.

Publicações das quais nenhum dos autores é enfermeiro, textos publicados em mais

de uma base, gerando duplicatas, e trabalhos publicados fora do período

considerado não foram utilizados. Como critério de classificação e ordenação, foram

escolhidas as publicações das quais ao menos um dos autores é enfermeiro, e a

temática abordada está relacionada ao desenvolvimento de tecnologia para

prevenção de LPP.

Para refinar os resultados em consonância com os critérios acima, foi feita a leitura

criteriosa do título e do resumo de cada publicação. A coleta de dados ocorreu em

agosto de 2018 e considerou as seguintes variáveis: título do artigo; autores;

periódico; ano de publicação; país de origem do estudo, e; tipo/abordagem do

estudo.

Dos 20 trabalhos encontrados, sendo 17 artigos e 3 teses, 55% foram escritos em

inglês, 30% em português, 15% em alemão. Destes, apenas 25% apresentaram

enfermeiros em sua autoria, sendo 3 brasileiros e 2 estadunidenses. Em todos os

demais, quando a temática se tratava do desenvolvimento de tecnologias duras, a

predominância era de autores engenheiros.

Os APÊNDICES 1 e 2 trazem algumas produções científicas publicadas no período

compreendido entre agosto de 2003 e agosto de 2018, abordando a temática de

tecnologias para prevenção de LPP. Dos 5 trabalhos que atendiam aos critérios de

escolha, em 3 foram desenvolvidas tecnologias leves relacionadas ao processo de

trabalho, e em 2 deles foram propostas tecnologias duras relativas ao uso de

aplicativos em dispositivos móveis. Nenhum dos trabalhos que possuíam o

enfermeiro como autor contemplou a prototipação de tecnologias palpáveis. Outra

observação relevante é que parcerias entre as diversas áreas de conhecimento

foram necessárias para o desenvolvimento dos aplicativos mencionados.

Pode-se inferir, então, que são escassas as produções científicas nas quais o

enfermeiro é participante ativo no desenvolvimento de novas tecnologias duras para

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prevenção de LPP. Logo, existe lacuna a ser preenchida, uma vez que o enfermeiro

é um profissional crucial na instituição de medidas para prevenir o surgimento de

lesões por pressão.

2.4 DISPOSITIVOS E LESÃO POR PRESSÃO

Considerando que há a necessidade de aprofundamento sobre os dispositivos que

objetivam prevenir o aparecimento de LPP, a revisão integrativa foi o método de

pesquisa escolhido para descrever o mecanismo de ação utilizado por esses

dispositivos/equipamentos descritos na literatura, pois esse método se mostra um

estilo organizado para o fomento de síntese do conhecimento. Além de levantar

teorias e aspectos relevantes de um determinado tema, necessários para

compreensão completa dos fenômenos a serem discutidos, a revisão integrativa tem

potencial para gerar resultados aplicáveis e identificar informações imprescindíveis

que auxiliam na aplicabilidade dentro de uma realidade prática de uma determinada

área da saúde (GALVÃO; SAWADA; TREVIZAN, 2004).

Nascendo no âmbito da prática baseada em evidências (PBE), a revisão integrativa

surge em 1980 para agregar a prática profissional da assistência à saúde e à

pesquisa científica. É um método de pesquisa capaz de responder questões

baseando-se em evidências científicas a respeito de um tema ou assunto,

combinando estudos qualitativos e quantitativos de um dado período de tempo e

podendo explanar sobre conceitos complexos de forma clara e completa, gerando

uma compreensão plena sobre o fenômeno em estudo, sendo considerada, assim,

uma opção ampla de abordagem metodológica (WHITTEMORE, 2005; FERREIRA,

2015).

Quando por trás da estruturação de uma pesquisa há a análise criteriosa e ampla de

um determinado evento, possibilitando, além de categorizar os conceitos existentes,

identificar lacunas de conhecimento, trata-se da revisão integrativa. Com a

explanação de estudos relevantes, ocorre a síntese de um determinado assunto,

utilizando os níveis de evidência como norte da tomada de decisão (MOREIRA,

2014).

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Esse tipo de metodologia permite que todo o conhecimento pré-existente seja

investigado, e para a escolha das publicações por meio de amostragem na revisão

integrativa, o leitor segue um roteiro pré-estabelecido que sistematiza todo processo

de revisão. Nesse sentido, os documentos são analisados de forma ordenada, em

relação aos objetivos, materiais e métodos utilizados, o que permite não só o

conhecimento profundo acerca de um tema, mas também a formulação de novos

problemas de pesquisa, assim como teorias. (POMPEO; ROSSI; GALVAO, 2009)

Considerando que a revisão integrativa de literatura deve seguir a mesma rigidez da

pesquisa primária, são elencadas a seguir as fases da pesquisa: identificação do

problema e hipótese da pesquisa; revisão da literatura, busca da amostragem com

foco no problema a ser estudado; coleta de dados; aplicação correta dos critérios de

inclusão e exclusão, análise de dados extraídos; discussão dos resultados, e, por

último; apresentação da síntese construindo os conceitos e seus fatores

relacionados (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010).

A definição do problema da pesquisa, ou pergunta norteadora, é um passo inicial e,

ao mesmo tempo, fundamental para a revisão integrativa. Essa escolha determina

qual o caminho metodológico do estudo, quais os dados serão coletados, prevê os

participantes, assim como as intervenções e resultados mensurados. Essa etapa

utiliza de conhecimentos prévios do pesquisador e deve ser definida de forma clara e

objetiva, sendo de fácil compreensão e aplicabilidade (LEAL, 2002).

A revisão integrativa sintetiza pesquisas anteriores e faz um rastreamento de

conceitos e proposições relacionados à questão norteadora, demonstrando

conclusões e pontos de similaridade entre diferentes vertentes que transitam dentro

de um fenômeno específico. Os dados são resumidos e comparados, o que

evidencia marcos atuais e antigos sobre um determinado tema (CROSSETTI, 2012).

Diante disso, considerando o tema “tecnologias para prevenção de LPP”, torna-se

necessário entender qual o mecanismo de ação dos dispositivos que objetivam

prevenir o aparecimento de LPP, citados em produções científicas. A maior hipótese

é que os dispositivos/equipamentos para prevenção de LPP usem como princípio de

mecanismo de ação a descompressão.

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Para responder o que foi suscitado pela questão norteadora e desvendar a hipótese

posta, foi realizada uma busca em meios eletrônicos, nas fontes de informação on-

line que indexam publicações em saúde. As bases LILACS, por meio da BVS, e

MEDLINE, através do PUBMED, ferramenta de busca da US National Library of

Medicine National Institutes of Health, foram escolhidas.

Para a orientação da busca e da seleção dos estudos, foram estabelecidos os

descritores em saúde “Lesão por pressão”, “Tecnologia Biomédica” e “Equipamentos

e Provisões”, bem como o termo qualificador “Enfermagem”. Para a escolha das

descritores referidas, foi feito um levantamento dos Descritores em Ciências da

Saúde (DeCS) no portal da BVS, pois era necessário identificar qual vocabulário

estruturado seria capaz de abranger os termos “lesão por pressão”, “enfermagem”,

“tecnologia”, “dispositivo” e “produto”. Os DeCS permitem o uso de terminologias

comuns e o acesso à informação por meio de uma linguagem única, dentro das

fontes disponibilizadas pelas maiores bases de dados em saúde

(BIREME/OPAS/OMS, 2019). Após a leitura das definições encontradas, os

descritores citados anteriormente foram os que mais se identificaram com as

questões norteadoras.

Essa primeira aproximação com os documentos que serviram de alicerce para a

revisão é marcada pela amplitude e variedade da amostra, o que permite o retorno

aos questionamentos iniciais, reforça a não linearidade do processo de busca na

literatura e possibilita ao pesquisador um contato profundo com o tema escolhido.

Critérios de inclusão e exclusão devem ser definidos de forma assertiva, pois uma

demanda muito elevada de estudos pode gerar vieses em etapas seguintes e

inviabilidade de conclusão da revisão (BROME, 2006).

Com o tema definido e as questões norteadoras formuladas, inicia-se a investigação

nas bases de dados diversas para identificar quais tipos de estudo serão utilizados

na revisão. Por se tratar de um problema abrangente, no qual deseja-se trabalhar

diversas variáveis, a amostra será diversificada, o que requer maior critério na

análise do pesquisador. Nesse primeiro momento, foi realizada uma seleção ampla

na tentativa de entender como se comportam as publicações sobre o tema em

questão, havendo, assim, a confirmação da viabilidade do tema e questões

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norteadoras.

Neste trabalho foram excluídas as publicações replicadas, os estudos de revisão e

as publicações que não estavam em consonância com a temática da pesquisa.

Foram incluídas as publicações que abordaram em seu conteúdo superfícies de

suporte/apoio, equipamentos e dispositivos externos, e curativos utilizados para

prevenção do surgimento de LPP. Tendo em consideração que o assunto a ser

estudado deve ser esgotado, não foi limitado um intervalo de tempo para as buscas,

nem um grupo de idiomas.

Mesmo quando claros e objetivos, os critérios estabelecidos podem ser repactuados

durante o processo de levantamento bibliográfico. Isso ratifica o fato de que a

revisão é um processo que possibilita liberdade criativa, mesmo sendo pautado em

uma estrutura conceitual bem alicerçada. Essa movimentação na busca dos

melhores critérios é crucial para todas as outras fases seguintes. A transparência é

outra característica essencial desse processo, uma vez que o pesquisador descreve

de forma clara e objetiva quais critérios foram usados e o motivo pelos quais foram

escolhidos, além de gerar mais confiabilidade ao estudo e credibilidade no uso do

mesmo por outros pesquisadores (URSI, 2005).

Na base de dados LILACS, acessada através da BVS, foram encontrados 41.434

documentos contendo o qualificador “Enfermagem”, “Nursing” ou “Enfermería”,

sendo que desses, 25.907 estavam disponíveis na íntegra. Para o descritor “Lesão

por pressão”, “Pressure injury” ou “Lesión por presión”, 411 arquivos foram

identificados, desses, 260 tinham com texto completo. Houve a ocorrência de 11.575

resultados para o descritor “Tecnologia biomédica”, “Biomedical Technology” ou

“Tecnonología Biomédica”, sendo que, desses, 6.962 possuíam texto completo. Já

para o descritor “Equipamentos e provisões”, “Equipment and supplies” ou “Equipos

y suministros”, o número foi de 859 arquivos, sendo 254 com texto completo.

Percebeu-se que a pesquisa individual trazia à tona uma gama de documentos

variados, o que não filtra o conteúdo, dificultando o alcance dos objetivos

específicos, pois ocorre a fuga do tema de interesse. Para tornar a busca

consonante com os objetivos, ferramentas foram aplicadas e utilizou-se o operador

boleano AND, associado ao parênteses. Para manter a busca totalmente

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relacionada ao assunto LPP, foi realizada a combinação em dupla dos termos

definidos, mantendo fixo o descritor “lesão por pressão”.

Para a utilização das bases de dados LILACS e MEDLINE, foram realizadas

adaptações nas estratégias de busca para atender às características específicas,

proporcionando o acesso aos estudos. As combinações “Lesão por pressão” and

“Enfermagem”, “Lesão por pressão” and “Tecnologia biomédica”, “Lesão por

pressão” and “Equipamentos de provisões” foram usadas. Em seguida, foi realizada

a leitura dos títulos e resumos dos estudos encontrados, acatando-se os critérios de

inclusão e exclusão.

A busca combinada foi iniciada na base de dados LILACS, e a ferramenta

parênteses foi escolhida, pois a mesma, aplicada aos termos da pesquisa, alcançou

um maior número de documentos, quando comparado ao uso das aspas. A

combinação (tw:(lesão por pressão)) AND (tw:(enfermagem)), com a estratégia de

busca (tw:(lesão por pressão)) AND (tw:(enfermagem)) AND (instance:"regional")

AND ( db:("LILACS")), localizou 253 documentos, desses, 181 com texto completo.

(tw:(lesão por pressão)) AND (tw:(Tecnologia biomédica)), com os detalhes

tw:((tw:(lesão por pressão)) AND (tw:(tecnologia biomédica))) AND

(instance:"regional") AND ( db:("LILACS")), encontrou 6 documentos, todos com

texto completo. E o cruzamento (tw:(lesão por pressão)) AND (tw:(equipamentos e

provisões)), tw:((tw:(lesão por pressão)) AND (tw:(equipamentos e provisões))) AND

(instance:"regional") AND ( db:("LILACS")) apresentou 2 documentos, estando

apenas 1 texto completo.

Para a base de dados MEDLINE via PUBMED foi realizada a pesquisa utilizando os

descritores na língua inglesa. No geral, foram localizados 471 artigos para o

descritor “Pressure Injury”, 10.194 artigos para o descritor “Biomedical Technology”,

34.378 para o descritor “Equipment and supplies”, e 734.975 documentos para o

qualificador “Nursing”.

Ao combinar ("Pressure Injury") AND nursing: "Pressure Injury"[All Fields] AND

("nursing"[Subheading] OR "nursing"[All Fields] OR "nursing"[MeSH Terms] OR

"nursing"[All Fields] OR "breast feeding"[MeSH Terms] OR ("breast"[All Fields] AND

"feeding"[All Fields]) OR "breast feeding"[All Fields]) AND "loattrfull text"[sb], foram

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disponibilizados 253 itens, desses, 240 estavam no filtro full text ou texto completo.

Já para ("Pressure Injury") AND Biomedical Technology, e estratégia "Pressure

Injury"[All Fields] AND ("biomedical technology"[MeSH Terms] OR ("biomedical"[All

Fields] AND "technology"[All Fields]) OR "biomedical technology"[All Fields]) AND

"loattrfull text"[sb], ao total, 10 textos foram encontrados, sendo todos

disponibilizados completamente.

A pesquisa ("pressure injury") AND (Equipment and supplies), com a estratégia

"pressure injury"[All Fields] AND ("equipment and supplies"[MeSH Terms] OR

("equipment"[All Fields] AND "supplies"[All Fields]) OR "equipment and supplies"[All

Fields]) AND "loattrfull text"[sb] localizou 75 documentos e 60 itens textos completos.

DESCRITORES

BASE DE DADOS

LILACS MEDLINE

ENCONTRADO ENCONTRADO

LESÃO POR PRESSÃO/PRESSURE INJURY 411 471

TECNOLOGIA BIOMÉDICA/ BIOMEDICAL TECHNOLOGY

11.575 10.194

EQUIPAMENTOS E PROVISÕES/ EQUIPAMENT AND SUPPLIES

859 34.378

QUADRO 1: Resultados da busca usando os descritores “lesão por pressão/pressure injury”, “tecnologia biomédica/biomedical technology”, “equipamentos e provisões/equipament and supplies” nas bases de dados LILACS e MEDLINE, no período de agosto de 2018. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).

QUALIFICADOR

BASE DE DADOS

LILACS MEDLINE

ENCONTRADO ENCONTRADO

ENFERMAGEM 41.434 734.975

QUADRO 2: Resultados da busca usando qualificador “enfermagem” nas bases de dados LILACS e MEDLINE, no período de agosto de 2018. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).

COMBINAÇÕES LILACS/MEDLINE

ENCONTRADO DISPONÍVEL SELECIONADO

LESÃO POR PRESSÃO AND ENFERMAGEM

253 181 3

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LESÃO POR PRESSÃO AND TECNOLOGIA BIOMÉDICA

6 6 0

LESÃO POR PRESSÃO AND EQUIPAMENTOS E

PROVISÕES 2 1 0

LESÃO POR PRESSÃO AND ENFERMAGEM

253 240 4

LESÃO POR PRESSÃO AND TECNOLOGIA BIOMÉDICA

10 10 1

LESÃO POR PRESSÃO AND EQUIPAMENTOS E

PROVISÕES 75 60 14

Quadro 3: Resultados da combinação de descritores nas bases de dados LILACS e MEDLINE, no período de agosto de 2018. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).

Para a seleção prévia dos estudos, realizou-se a leitura dos títulos, resumos e

palavras-chave de todas as publicações identificadas pelo instrumento de busca.

Posteriormente, averiguou-se a adequação aos critérios de inclusão do estudo. Para

os momentos em que a leitura do título, resumo e palavras-chave não foram

suficientes para definir sua preferência, efetivou-se a leitura do documento na

íntegra. Com os estudos pré-selecionados para a revisão integrativa, a construção

de um quadro auxilia na sintetização de informações importantes para a

categorização dos mesmos (BOTELHO; CUNHA; MACEDO, 2011).

Foram escolhidos e analisados, conforme critérios de inclusão e exclusão pré-

estabelecidos nessa revisão, 22 estudos (APÊNDICE 3). Essa fase tem como

objetivo sumarizar e sedimentar as informações extraídas dos documentos

identificados nas etapas anteriores. A partir desse momento, a revisão integrativa

começa a se estruturar de forma visível para o pesquisador. Faz-se recomendado o

uso de instrumentos que permitam a análise individual de cada artigo, no tocante à

metodologia utilizada e aos resultados encontrados (SOUZA; SILVA; CARVALHO,

2010).

Um dos instrumentos mais difundidos para a extração de informação de artigos

selecionados em revisão integrativa é a matriz de síntese ou matriz de análise,

popularizada em 1999 por Garrad. Além de resguardar o pesquisador de possíveis

equívocos, ela se coloca como ferramenta valiosa para interpretação e organização

de materiais, e por não possuir um padrão a ser seguido, se adéqua à necessidade

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e criatividade pessoal do pesquisador, pois o mesmo pode configurar a sua matriz

contemplando aspectos determinantes para o seu estudo (MOREIRA, 2014).

A matriz de síntese (APÊNDICE 4) contemplou, respeitando a disponibilidade das

informações, dados sobre os itens que seguem: o objetivo dos estudos; tipos; fontes

utilizadas; dispositivos mencionados; necessidade de intervenção complementar;

mecanismo de ação e características; composição de material, e; resultados e

discussões. Tais informações são importantes, pois posteriormente fundamentarão a

construção do protótipo.

A última etapa consiste em elaborar um documento que contemple todas as fases

percorridas e os resultados alcançados. A revisão integrativa deve permitir a

exposição de informações claras e de fácil entendimento que fomentem a avaliação

por parte dos leitores. Para Mendes, Silveira e Galvão (2008, p. 763), essa etapa é

“um trabalho de extrema importância, já que produz impacto devido ao acúmulo do

conhecimento existente sobre a temática pesquisada”.

Após a interpretação e síntese dos resultados, o pesquisador evidencia as lacunas

de conhecimento identificadas, sugere pautas para futuras pesquisas, explicita os

vieses encontrados, e explica suas conclusões e deduções (ROMAN;

FRIEDLANDER, 1998).

Diversos dispositivos foram apontados como úteis na prevenção de lesões por

pressão, dentre eles, os seguintes: superfícies de apoio; espuma viscoelástica;

colchões de micro pulso; colchões à base de gel; protetores de calcâneo; filmes

transparentes de poliuretano; curativos multicamada; sensores vestíveis; dispositivos

para mudança de decúbito; dispositivos fluidizados, e; roupas especiais. Entretanto,

a maior parte deles mostrou bons resultados quando associados aos cuidados

considerados padrão para a prevenção de LPP, a exemplo da mudança de decúbito,

cuidados diários com a hidratação da pele, manejo da umidade, uso de colchão de

ar estático e aporte nutricional.

Em relação ao tipo de estudo, os níveis de evidência científica foram agrupados de

acordo com o classificador “Oxford centre for evidence-based medicine”, e

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apresentados conforme observado no APÊNDICE 5. Dos artigos selecionados, 50%

foram classificados como nível de evidência 2B, e aproximadamente 27,3% como

nível 1A, aproximadamente 13,7% são nível 3B, e 9,1% nível 4 de evidência. Os

produtos que demonstraram nível 1A de evidência atuaram no aumento da perfusão

sanguínea, na descompressão, no controle do cisalhamento, fricção e microclima,

cujas ações foram pontuais ou multifatoriais.

No tocante ao local de publicação ou desenvolvimento das pesquisa, das 22

produções encontradas, 50% ocorreram nos Estados Unidos, 9% no Reino Unido,

9% no Brasil, 9% na Austrália, 4,5% na Colômbia, 4,5% em Hong-Kong, 4,5% no

Canadá, 4,5% na Coréia do Sul, e 4,5% na Bélgica. A predominância de países

desenvolvidos, no fomento de pesquisas a respeito de tecnologias para prevenção

de LPP, pode ser justificada pelo maior investimento em tecnologia, pela

judicialização da saúde para os casos de LPP, assim como o interesse farmacêutico

em divulgar dados concretos sobre determinados produtos.

Entendendo-se que a formação de LPP é um processo multifatorial, é possível

observar que alguns dispositivos atuaram em um ou mais fatores, na tentativa de

prevenir o aparecimento de lesões. Nas referências que elucidaram os colchões de

redistribuição de pressão, o dispositivo fluidizado de posicionamento, o protetor de

calcâneo, o colchão Apex Pro-Care, o dispositivo de reposicionamento de pacientes,

o colchão de cobertura viscoelástica, as almofadas para calcanhar, o colchão de

sobreposição de ar estático e o colchão pediátrico, percebe-se, de forma

subentendida, a atuação na descompressão como principal ou único mecanismo de

ação. (JOHNSON; LAI; GEFEN; COYER, 2018; SINGH; SHOQIRAT, 2019;

PICKHAM et al, 2018; PARK; PARK, 2017; MEYERS, 2017; SHINGFIELD; CARR;

THOMSON, 2017; EDGER, 2017; SERRAES; BEECKMAN, 2016; KNOWLES et al,

2013; LAW, 2002).

A fim da melhor visualização dos dispositivos, levando em consideração o

mecanismo de ação relacionado aos fatores predisponentes de LPP, foi

confeccionado o quadro apresentado no APÊNDICE 6. Os curativos de multicamada

de silicone foram os únicos que mostraram atuar em todos os principais fatores

extrínsecos, relacionados à formação de hipóxia em locais de proeminência óssea,

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fator crucial para a formação e LPP (BLANES; FERREIRA, 2014). Corroborando

com isso, um estudo realizado na Austrália, em 2018, mostrou evidência nível 1A

para prevenção do aparecimento de LPP, quando utilizada uma determinada marca

de curativos de multicamadas (SANTAMARIA et al, 2018).

Tendo em vista que os estudos não detalharam mecanismo de ação dos dispositivos

discutidos, houve dificuldade na identificação/entendimento dos mesmos, de forma

especial, os seguintes: o sensor vestível; o sistema não invasivo de monitoramento;

o dispositivo de posicionamento fluidizado, e; o protetor de calcanhar. Não foram

encontrados estudos relacionados à metodologia de projetos, ou abordagens sobre

a utilização de métodos inventivos para criação de um protótipo ou produto para

prevenção de lesões por pressão. Percebe-se, então, a necessidade de divulgação

de caminhos científicos que incentivem a criação e o desenvolvimento de

tecnologias.

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3 METODOLOGIA

3.1 REFERENCIAL METODOLÓGICO

Trata-se de um estudo de metodologia de projetação para o desenvolvimento de um

projeto de produto, com abordagem fundamentada na Teoria na Solução Inventiva

de Problemas (TRIZ). Essa metodologia é apropriada para resolver problemas de

engenharia e gestão, e tem como fases a definição e formulação de um problema, a

sinalização de contradições, o levantamento de como o problema já foi solucionado

por outras pessoas ou a seleção de princípios de resolução, e, por último, o emprego

de soluções amplas ao problema específico (NAVAS, 2011).

3.1.1 A origem da TRIZ

No russo, a TRIZ é a sigla para Teorjza Rezhenija Izobretatel‟skich Zadach,

enquanto que para o português a tradução é Teoria para a Resolução de Problemas

do Inventor, ou Teoria para a Resolução de Problemas Inventivos. Já em inglês, é

denominada Theory of Inventive Problem Solving (TIPS) ou, ainda, Systematic

Innovation (KOWALICK, 1997).

O processo da inovação sistemática, conhecido como TRIZ, foi desenvolvido em

1946 pelo engenheiro mecânico, especialista em patentes da marinha soviética,

Genrich Saulovich Altshuller, nascido em 1926 (Altshuller, 2004). Capaz de

despertar a criatividade baseada em uma estrutura científica, a TRIZ soluciona de

forma assertiva problemas em todas as áreas no mundo. Trata-se de um conjunto de

ferramentas que, quando utilizadas corretamente, são capazes de resolver

problemas (DE CARVALHO; BACK, 2001).

Altshuller identificou a ausência de métodos e teorias específicos que objetivam a

solução de problemas. Diante disso, passou a pesquisar problemas inventivos e

como eles foram solucionados (MAZUR, 1996). Mais de dois milhões de patentes

foram analisadas por Altshuller, através de um estudo sistemático onde foram

cruzadas as características, princípios e padrões semelhantes entre essas soluções

(MANN, 2001). A TRIZ pode ser interpretada como, além de filosofia e teoria, uma

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metodologia, pois refere-se a um conjunto de regras, procedimentos e postulados

utilizados em uma área de conhecimento (MALDONATO et al, 2004; FILHO;

RAUTENBERG, 2015; MANN, 2002).

3.2.2 Conceitos fundamentais

De acordo com Altshuller, para um problema ser inventivo, a sua solução ainda não

é conhecida e, por vezes, contém contradições. Problemas inventivos são aqueles

cuja solução leva a outros problemas, sendo assim, uma metodologia para resolução

de problemas deveria possuir as seguintes características: ser um método

sistemático; guiar o pesquisador inicialmente dentro das soluções conhecidas, até a

solução ideal; ser confiável, independente, poder ser repetido, ser independente de

estratégias psicológicas; incentivar o acesso e acréscimos à base de conhecimento

das soluções inventivas, e, por fim; ser íntimo aos inventores, percorrendo um

caminho natural de criação (MAZUR, 1996).

Nesse processo, Altshuller categorizou por níveis as soluções de problema: primeiro

nível (problemas rotineiros, resolvidos por métodos amplamente difundidos entre

especialistas); segundo nível (pequenas melhorias realizadas em sistema já

existente, por conhecimentos já aplicados dentro de uma empresa); terceiro nível

(melhorias essenciais realizadas em uma solução já existente, utilizando métodos

conhecidos fora da empresa, em parâmetro industrial); quarto nível (um novo

conceito é desenvolvido por uma nova geração, sobre uma solução encontrada na

ciência); quinto nível (invenção rara, pioneira, ou descoberta, que utiliza como base

tudo que seja cognoscível). Dessa forma, quanto maior o nível de uma solução, mais

amplo é o conhecimento exigido para gerá-la (MAZUR, 1996).

São alguns princípios básicos da inovação sistemática ou TRIZ (MANN, 2001):

- Os problemas são os mesmos em diversas instâncias, mas, para resolvê-los, é

necessário analisar suas próprias experiências e a das pessoas ao seu redor;

- As soluções significativas eliminam qualquer viés que o desenvolvimento de uma

ideia possa ter, e possibilitam o uso máximo de recursos. Há um pequeno número

de estratégias para eliminar esses vieses.

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- O caminho da evolução tecnológica é previsível.

O estudo “Recent Trends in Problem Solving through TRIZ: A Review”, publicado em

janeiro de 2018 no “International Journal of Innovative Research In Science,

Engineering and Technology”, trouxe uma visão geral da literatura sobre a TRIZ,

com o objetivo de beneficiar a produção das indústrias da Índia. No contexto

explanado, o uso da TRIZ como metodologia é viável, pois:

- Possui Caráter didático: mesmo com pouco conhecimento sobre a metodologia, é

possível gerar soluções criativas;

- Não é engessada. Pode ser aplicada nos vários níveis da criação e enfatiza o

conceito idealista, o que amplifica a criatividade individual;

- Fornece um kit de ferramentas, em que o uso de uma ferramenta, ou mais, pode

ser escolhido para o desenvolvimento de tarefas, de acordo com a necessidade do

design;

- O seu uso ainda é um campo a ser difundido e testado;

- É uma das mais abrangentes metodologias sistemáticas para inovação e

criatividade. Pode ser aplicado em problemas do mundo real;

- Pesquisadores tendem a fazer uso dos princípios da TRIZ de forma não

intencional, o que demonstra total aplicabilidade.

Para Helena V. G. Navas, professora da Universidade de Nova Lisboa, membro da

Unidade de Investigação e Desenvolvimento em Engenharia Mecânica e

Industrial (UNIDEMI) e especialista em Inovação Sistemática e TRIZ, a indigência

das pessoas em resolver problemas é uma constante, e, nas ciências, existem

ferramentas e técnicas adequadas para resolver dificuldades geralistas e

específicas. Ela ressalta que a inteligência (pontuações altas nos testes de

quociente de inteligência), em alguns momentos, é confundida com a “capacidade

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de resolver problemas”, e deixa claro que a resolução de problemas consiste em

aplicar metodologias estruturadas, aprendidas em situações inéditas (NAVAS, 2014).

A utilização da metodologia TRIZ perpassa um processo basal que começa na

existência de um problema específico, sendo possível identificar quem tem esse

problema, transcorrendo por um problema de forma genérica e, posteriormente, por

soluções já existentes para esse mesmo problema genérico, e, a partir dessa

estrutura genérica, para uma solução específica. Faz-se necessário conhecer o

problema específico, ampliá-lo de modo que seja global e realizar pesquisa sobre

todas as boas soluções disponíveis para aquele problema. A partir de todas essas

observações, torna-se possível uma invenção assertiva, consequência de um mapa

de problemas e soluções específicas (MAZUR, 1995; DATHE, 2015; NAVAS, 2013).

Figura 1: O Processo Básico de Resolução de Problemas TRIZ. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 Fonte: Altshuller, 1999 (Adaptado por Pires, 2014).

Além desse processo básico, existem cinco conceitos fundamentais que auxiliam

para a chegada a uma solução bem-sucedida (MANN, 2001; CARVALHO, 2017;

PIMENTEL, 2016; PICKAR, 2017; SAVRANSKY, 2000), a saber:

a) Idealidade: razão entre benefícios e pontos negativos de uma inovação, levando-

se em consideração o objetivo da constante redução destes últimos, pois entende-se

que, com o decorrer do tempo, os sistemas evoluem, aumentando-se as funções

úteis e esvaindo-se as funções inúteis;

b) Contradições: ferramenta que visa identificar e eliminar as incoerências e/ou

conflitos nos sistemas existentes, e consiste em procurar esses vieses e excluí-los.

Altshuller concluiu que as diversas versões criadas de um determinado sistema têm

suas partes técnicas desenvolvidas de forma não uniforme. As contradições surgem

quando, na tentativa de aprimorar um parâmetro, um outro é piorado;

c) Funcionalidade: três aspectos são peculiares. O primeiro é o de que um sistema

possui uma função de utilidade principal, e qualquer componente que impeça, ou

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não contribua para o desenvolvimento dessa função, é prejudicial. O segundo é que

tanto as relações positivas quanto as negativas devem ser mapeadas com ênfase. O

terceiro é que as ideias para as soluções são variáveis, mas as funções

permanecem as mesmas e podem ser palpáveis e abstratas;

d) Recursos: são elementos, dentro ou em torno do sistema, que podem contribuir

para a solução de um problema. Os sistemas técnico e ideal devem ser próximos no

que se refere ao uso dos recursos. O objetivo torna-se usá-los na sua capacidade

máxima;

e) Perspectiva espaço, tempo e interface, ou sistemática: a forma de se olhar uma

situação problema estará intimamente ligada à determinação das suas soluções.

Todos esses fundamentos, quando respeitados, colaboram para o encontro de

soluções tangíveis.

3.2.3 As ferramentas mais usadas

3.2.3.1 Ferramentas da TRIZ para análise de contexto e formulação de problemas

Dentre as ferramentas que possibilitam a criação de soluções apresentadas por

Genrich Altshuller estão o Resultado Final Ideal (RFI), os diagramas funcionais, a

planilha de recursos e o operador de sistema (CARVALHO, 2017).

A estratégia do RFI incide em imaginar o resultado ideal e ponderar se ele é

tangível, e isso permite ao inventor recuar para uma formulação menos ideal, mas

melhor que a solução disponível. Os diagramas funcionais laboram como

expressões gráficas no formato de causa e efeito das interações entre os

componentes: constrói-se o diagrama, formulam-se as declarações de problemas e

seleciona-se a declaração central. A ferramenta planilha de recursos auxilia na

identificação dos recursos presentes dentro e em torno do sistema. Por último, o

operador de sistema permite tabelar de forma sistemática a visão do problema no

passado, presente e futuro, possibilitando a amplificação do problema original

(CARVALHO, 2017).

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3.2.3.2. Ferramentas da TRIZ para ativação da imaginação

A permanência do pesquisador em padrões de imaginação já pré-estabelecidos,

potencializada pela dificuldade de transcender a eles, é denominada por Altshuller

“inércia psicológica”. As ferramentas destinadas a convidar o inventor a sair daquilo

que lhe é padrão por herança cognitiva podem ser classificadas como ferramentas

ativadoras da imaginação (CORDEIRO, 2016).

Tamanho-tempo-custo e fantograma operador são as duas ferramentas mais

conhecidas. A primeira dispõe-se a devanear como seria o contexto se o tamanho,

tempo e custo do sistema fossem extremamente pequenos ou grandes, enquanto a

segunda consiste em listar todas as características mutáveis de um objeto,

detalhando qual seria a mudança plausível para cada característica (CARVALHO

2017).

3.2.3.3. Ferramentas da TRIZ para a ideação

Outras ferramentas podem ser qualificadas como específicas para a materialização,

ferramentas estas que darão clareza à solução inventada ou transformada (MAZUR,

1995). Para esse trabalho, foram consideradas a ferramenta do método dos

princípios inventivos (MPI) e a tendência das evoluções (TEs).

A heurística dos princípios inventivos, defendida por Altshuller, é de que as soluções

que usaram os princípios inventivos no passado e resolveram problemas podem ser

utilizadas com sucesso no futuro, quando aplicadas em problemas semelhantes. Os

princípios inventivos podem ser empregados livremente, e são uma ferramenta

universal, popular e simples. Ao todo, há 40 princípios inventivos (ANEXO 1) e 39

parâmetros de engenharia (ANEXO 2) (PICKAR, 2017; ALTSHULLER, 2002).

Na ferramenta de tendência das evoluções (TEs), Altshuller pressupôs que os

sistemas técnicos evoluem, conforme apresentado no ANEXO 3, e, nesse sentido,

as inovações surgem e progridem, independente da evolução humana. De acordo

com a TRIZ, a curva S e as leis da evolução dos sistemas técnicos podem ser

utilizados como um padrão para nortear a análise da evolução das tecnologias.

Existem três fases onde um sistema pode estar: na infância, onde há oportunidade

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de desenvolvê-lo; na fase de crescimento rápido, onde surge a dúvida se deve-se

investir no mesmo sistema ou em um novo, e, por fim; o sistema encontra-se maduro

ou em declínio, e, nesse caso, não resta alternativa senão se dedicar a um novo

sistema (PIRES, 2016).

Todas as ferramentas mencionadas nos tópicos anteriores foram empregadas para

resolver problemas ou inventar produtos, tanto na engenharia como em outros

campos técnicos e não técnicos, mas os 40 princípios inventivos é a ferramenta mais

utilizada. Segundo Altshuler, utilizando os princípios inventivos, é possível chegar a

uma inovação (MAZUR, 1995).

De caráter democrático, segundo MANN (2001), a inovação sistemática pode ser

aplicada sem a utilização de todas as suas ferramentas, entretanto, a invenção

tende a ser mais holística quando são integrados todos os conceitos disponíveis. O

método TRIZ é direcionado para uma solução inventiva, e pode ser utilizado por

diversas áreas de conhecimento, entretanto, nas áreas de design para dispositivos

médicos, seu uso ainda é raro (DATHE, 2015). Para executar a metodologia desta

dissertação, foram considerados os conceitos básicos da TRIZ.

4 RESULTADOS

4.1 Utilizando a TRIZ para a criação de protótipo para prevenir o aparecimento de

lesão por pressão.

São diversos os dispositivos relacionados à prevenção de LPP. Após a busca na

literatura para conhecer as soluções pré-existentes encontradas, identificou-se que

algumas superfícies são destinadas à descompressão do corpo inteiro do paciente,

como colchões, e outras possuem ação segmentada, como almofadas e botas. O

desafio agora consiste em desenvolver um projeto de protótipo utilizando algumas

ferramentas da TRIZ, para isso, alguns julgamentos foram definidos:

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PROBLEMA

Aparecimento de LPP em pessoas com mobilidade restrita.

OBJETIVO

Desenvolver um projeto de protótipo para a prevenção do aparecimento de LPP de baixo custo.

O QUE AS PESSOAS MAIS BUSCAM EM UM DISPOSITIVO COMO ESSE?

Hipótese: mecanismo de ação intervindo na fricção, cisalhamento, microclima e pressão simultaneamente com pouca intervenção humana.

PREMISSAS

Superfícies de suporte encontradas na literatura para prevenção de LPP usam a descompressão e ou redistribuição da pressão como mecanismo de ação;

Poucos dispositivos atuam intervindo na fricção, cisalhamento, microclima e pressão simultaneamente;

Os dispositivos disponíveis para prevenção e LPP possuem um alto custo.

SISTEMAS

Pressão capilar maior que a normal que leva a formação de LPP; Dispositivo para prevenção de LPP.

AO REDOR DO SISTEMA

Tudo o que atua sinergicamente com o sistema podendo ser:

Quaisquer recurso que possa atuar positivamente para a prevenção de LPP; Quaisquer recurso que possa compor o dispositivo ou auxiliar a sua ação; Qualquer restrição podendo ser características fundamentais ou de recursos.

Quadro 4: Julgamentos pré-estabelecidos para a aplicação das ferramentas da TRIZ. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).

Esta pesquisa teve como fundamentação complementar o método indutivo, pois tal

metodologia permite que o pesquisador faça os desdobramentos mentais

pertencentes à criatividade, utilizando dados particulares, alcançando conclusões

amplas (MARCONI; LAKATOS, 2003). Tendo em vista que o conhecimento científico

é construído inicialmente pela observação, tal abordagem comunga com o objetivo

central de desenvolver um projeto de protótipo, pois permite a geração de

conclusões futuras, além de ser um raciocínio comum em ciências experimentais

(CHALMERS, 1993).

- Identificando os recursos:

Segundo Carvalho (2017), a ferramenta de planilha de recursos orienta a

identificação de recursos disponíveis dentro sistema em questão, ou os com

potencial de uso que estão localizados em seu entorno.

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Tipo de Recurso Aspectos a Observar

Substância Resíduos de ar, aditivos, matéria-prima, subprodutos, elementos do sistema, elementos próximos ao sistema, substâncias abundantes, substância barata, fluxo de substância, substâncias modificadas.

Energia Energia do sistema ou do ambiente, energia gravitacional, energia magnética, transformações das energias disponíveis, energia dissipada.

Espaço Espaços vazios, porosidades, dimensões não utilizadas, arranjos físicos não utilizados.

Campo Campos prontamente disponíveis, transformação de campo, intensificação de campo.

Tempo Tempo preliminar de operações, tempo de operação não dependente, pausas, tempo posterior a operações.

Informação Propriedades inerentes, informação em movimento ou transiente, informações sobre mudanças de estado.

Função Funções atualmente não realizadas, transformação de funções indesejáveis, utilização de efeitos suplementares.

Quadro 5: Identificação de recursos. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 Fonte: (De Carvalho, 2017).

Considerando que dentro do sistema não existem recursos a serem utilizados, há,

então, a necessidade de utilizar recursos em torno do sistema para o

desenvolvimento de um dispositivo.

RECURSOS IDENTIFICADOS NO ENTORNO DO SISTEMA

Substância barata: colchão piramidal? Possibilidade de recorte com espaços vazios? Funções atualmente não utilizadas: prevenção de LPP e reflexologias aliadas? Tempo de vibração para obter resultado terapêutico? Troca de colchão sem prejudicar a parte elétrica? Equipe de saúde? Familiares?

Quadro 6. Recursos identificados no entorno do sistema. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).

- Ferramenta operador de sistemas

É necessário pensar, hipoteticamente, em como a evolução dos produtos destinados

à prevenção de LPP se deu, entender, de forma geral, como eles eram no passado,

como são e como estarão. O APÊNDICE 7 explana, de forma genérica, o operador

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de sistema para lesão por pressão. A transição do uso do colchão piramidal para uso

dos colchões de ar e, posteriormente, para o uso dos colchões infláveis de pressão

alternada (podendo ser classificada como nível 8 de evolução) é um exemplo de

como a necessidade da diminuição do envolvimento humano e aumento da

automação são importantes no desenvolvimento de dispositivos para prevenção

lesões por pressão (APÊNDICE 8).

Hipoteticamente, pode se considerar que no passado não existiam tantas inovações

na tentativa de prevenir lesões por pressão. Posteriormente, a mudança de decúbito

por intervenção humana foi amplamente utilizada, até difundir-se o uso de

superfícies de suporte.

HIPÓTESE DE IDEALIDADE

Benefícios de um dispositivo para prevenção de LPP

Proporcionar transpiração da pele

Prevenir o aparecimento de LPP

Favorecer a circulação sanguínea

Promover conforto, diminuindo a dor

Malefícios de um dispositivo para prevenção de LPP

Gerar sensação térmica elevada, aumentando a transpiração

Gerar queda plantar

Quadro 7: Hipóteses de Idealidade. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 Fonte: Azevedo, batista e Xavier (2019).

Após a revisão integrava e de literatura, pode-se considerar que a construção dos

dispositivos de LPP estão em crescimento, ainda havendo espaço para o

desenvolvimento de sistemas variados, incluindo a melhoria dos já existentes,

principalmente os de baixo custo e com pouca intervenção humana (FERNANDES,

2017). Apesar da curva S ser um padrão, pode haver dificuldade na correlação entre

as informações reais e o verdadeiro ponto da curva (ALTSHULLER, 1979).

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60

Figura 2: Curva S. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 201 Fonte: Altshuller (1999). Adaptado para lesão por pressão.

Nesse trabalho, optou-se por projetar um sistema que auxilie na prevenção de LPP

em calcâneo, pois trata-se de uma área pequena (uma área maior de intervenção

pode ser abordada em próximos estudos). A seguir, o fluxograma do processo

básico para resolução de problemas aplicado a prevenção de LPP.

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Figura 3: O Processo Básico de Resolução de Problemas TRIZ aplicado á lesão por pressão. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).

Assim como a identificação de recursos ajuda a impulsionar a criatividade do

pesquisador, fazendo-o enxergar todas a possibilidades existentes, a análise das

restrições torna-se uma ferramenta crucial, pois, a partir desse momento, o

pesquisador começa a entender o contexto real no qual está inserido, onde há a

necessidade de priorização de intervenção, atrelando isso à factibilidade. A

identificação dos recursos é um processo fundamental, pois, a partir dele, é possível

identificar soluções tangíveis de acordo com os objetivos e realidade do pesquisador

(DE CARVALHO; BACK, 2001).

LOCAL RESTRIÇÕES

Ao redor do sistema Disponibilidade de materiais, conhecimento sobre materiais, estudos validados sobre o mecanismo de ação de materiais, custo, preço.

Sistema O dinamismo da pele (influência na pressão capilar normal de fatores como fricção, cisalhamento, umidade).

Subsistema Energia para funcionamento, nível de autonomia.

Quadro 8. Restrições identificadas na confecção de um dispositivos para prevenir lesões por pressão. Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).

- Usando a ferramenta do resultado final ideal:

O objetivo dessa ferramenta é fazer o pesquisador aumentar a sua idealidade, para

que se evite resolver problemas, tendo como referência soluções já utilizadas. Mann

(2002) suscitou algumas questões a serem utilizadas como estratégia na aplicação

dessa ferramenta, e as mesmas foram adaptadas para a o objetivo de pesquisa

(APÊNDICE 9). Após a aplicação a ferramenta, tem-se o quadro a seguir:

RESULTADO FINAL IDEAL (DISPOSITIVO PARA LPP)

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LEVE FÁCIL LIMPEZA DURÁVEL REUTILIZÁVEL FÁCIL UTILIZAÇÃO BAIXO CUSTO BAIXA NECESSIDADE DE MANUTENÇÃO HIPOALERGÊNICO INDEPENDENTE DE ENERGIA ELÉTRICA QUANDO POSSÍVEL DE FÁCIL MANIPULÁÇÃO PELO PRÓPRIO PACIENTE

DEIXANDO-O INDEPENDENTE

Quadro 9. Resultado final ideal para dispositivo para prevenção de lesão por pressão. Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).

Uma forma simples de utilização dos princípios inventivos consiste em analisar todos

os princípios e fazer uma correlação ao sistema técnico desejado. O uso dos

princípios norteia uma direção para solucionar os problemas (ALTSHULLER, 1998).

O quadro a seguir mostra os princípios analisados.

PRINCÍPIOS ANALISADOS

1. Segmentação 13. Inversão

14. Qualidade localizada 18. Vibração

15. Universalização 19. Ação periódica

16. Alinhamento 30. Uso de filmes finos e membranas flexíveis

Quadro 10. Princípios inventivos associados ás características de um dispositivo para prevenção de lesão por pressão. Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).

Além dos princípios inventivos, Altshuller (1998) listou e sistematizou os 39

parâmetros da engenharia, já mencionados anteriormente. A integração entre os

parâmetros da engenharia e os princípios inventivos resulta na matriz de

contradições. A figura a seguir mostra o processo de análise de sistema técnico.

Trata-se de uma versão modificada:

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Figura 4: Fluxograma para uso dos conceitos fundamentais da TRIZ e do matriz dos princípios inventivos. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 Fonte: De Carvalho (2017)

A análise do sistema técnico consiste em 7 passos (DE CARVALHO; BACK, 2001).

Após a análise dos princípios inventivos, optou-se por utilizar os princípios inventivos

de forma direta, e obteve-se como resultado o quadro apresentado no APÊNDICE

10.

A seguir, são descritos os componentes principais e características relacionadas às

propriedades terapêuticas do dispositivo, com as respectivas justificativas para sua

utilização:

- Dimensões

Considerando a última pesquisa sobre Antropometria e estado nutricional de

crianças, adolescentes e adultos no Brasil, realizada no período de 2008 a 2009 e

publicada em 2010, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a

média da altura de adultos de 20 anos ou mais foi de 174cm para homens e 164cm

para mulheres. Através desse dado, é possível encontrar uma altura estimada de

perna de 40cm (SILVA, 2017). Considerando que o D-prelp deve ter valores

estimados e passíveis de uso para qualquer pessoa adulta, independente do sexo, a

medida da altura escolhida foi de 40 cm.

Em pesquisa realizada por Thomas A. Case, durante os meses de fevereiro e março

de 2012, com 26.339 participantes, dentre as 23.405 pessoas que responderam à

questão relacionada ao tamanho do pé, mais de 50% respondeu ter os pés dos

tamanhos do número 35 ao 42. Vale ressaltar que aproximadamente 88,84% das

pessoas que responderam ao questionário possuíam idade superior a 20 anos

(CASE, 2012). Corroborando com essa pesquisa, para atender à característica da

altura podal, a medida escolhida para a altura da superfície de espuma do apoio do

pé foi de 28 cm.

- Superfícies de apoio

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Superfícies de apoio podem ser compostas por diferentes tipos de espuma. O D-

PRELP será composto por espuma piramidal e espuma de alta especificidade macia

(DOMANSKY, 2014).

Para dar sustentação à perna, foi selecionado o colchonete de espuma piramidal,

popularmente conhecido como “caixa de ovo”, densidade 28, com 8cm de altura. Tal

escolha foi pautada em suas vantagens, tais como ausência de risco de danificação

por materiais perfuro-cortantes, não necessidade de energia elétrica para

redistribuição da pressão, leveza, não necessidade de manutenção e,

principalmente, baixo custo de aquisição (KREUTZ, 1996; THOMPSON et al, 2008).

Já prevendo a sua duração de vida útil, o dispositivo contará com a segmentação,

característica que possibilitará a troca da espuma assim que for notado pelo usuário

o seu desgaste, sendo facilmente encaixada uma nova plataforma de espuma sem

risco de danificar seus componentes eletrônicos.

Até 2016, não existiam estudos que evidenciem a sobreposição de eficácia entre os

colchões de espuma de alta especificidade, entretanto, sabe-se que os mesmos

parecem ser mais eficazes na prevenção de LPP do que as espumas utilizadas na

confecção de colchões hospitalares padrão (EPUAP; NPUAP, 2016; STRAZZIERI,

2010).

Em 2018, o artigo “Influência das superfícies de apoio na distribuição da pressão de

interface corporal durante o posicionamento cirúrgico”, publicado na revista Latino

Americana de Enfermagem, avaliou, através de um estudo quase experimental, a

pressão de interface em superfícies de apoio em proeminências ósseas (regiões

occipital, subescapular, sacral e calcânea). O resultado sinalizou que a espuma

macia de densidade 18 e a espuma selada de densidade 33 tiveram uma média de

pressão de interface menor que a do polímero viscoelástico e outras superfícies

testadas (OLIVEIRA et al, 2018). Apoiado nesse estudo, para a superfície de apoio

do calcâneo e do pé, foi escolhida a espuma macia de densidade 18. Faixas

elásticas com ajuste firme de sustentação serão utilizadas para evitar queda plantar.

A fricção, cisalhamento e rotação da perna serão evitados acoplando-se à superfície

externa da espuma mista um suporte retrátil rígido para estabilizar a perna e o pé,

além de melhor acomodação, de acordo com a circunferência da perna. Todo

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sistema será coberto por uma capa protetora com zíper, a fim de possibilitar a troca

da espuma quando necessário.

- Vibroterapia

A vibração de baixa frequência pode ser usada como recurso terapêutico, pois

proporciona o aumento da circulação, o estímulo dos nervos, músculos e órgãos, e

alívio da dor (BRAUN; SIMONSON, 2007). Além do exposto, massagens além de

prevenir doenças ou curá-las, têm papel protagonista na manutenção do bem-estar

(VOORMAN; DANDEKAR, 2004). O D-PRELP conta com motores de vibração de

baixo custo dispostos estrategicamente, a fim de promover os efeitos benéficos da

vibração.

Segundo Fernando e Fernandes (1978)

A Norma Internacional define e dá valores numéricos a limites de exposição a vibrações transmitidas ao corpo humano, por superfícies sólidas, na amplitude de frequência de 1 a 80 Hz. Pode ser aplicada, dentro da amplitude de frequência especificada para vibrações periódicas e não periódicas ou esporádicas com um 24 espectro difuso de frequência. Eventualmente, pode também ser aplicada à excitação de impacto, desde que a energia em questão esteja contida na banda entre 1 e 80Hz (FERNANDO, FERNANDES, 1978).

Um dos motores será posicionado no pé, pois, dentre as terapias alternativas, a

reflexologia, além de permitir o alívio de dores difusas e insônia, proporciona bem-

estar, relaxamento, alívio da ansiedade (SARAIVA et al. 2015).

- Proteção

O dispositivo foi protegido no seu interior com tecido de algodão impermeabilizado,

para manter o conforto ao toque, e tecido à base de nylon na parte externa, para

possibilitar a higienização. Os cabos serão revestidos com borracha neoprene, por

sua baixa capacidade inflamável.

Segue esquema em alto nível do dispositivo e seus componentes básicos:

Figura 5: Esquema em alto nível preliminar do dispositivo D-PRELP. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019)

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5 PRODUTOS

Esse trabalho oruginou as produções a seguir:

- Produção bibliográfica (artigo): Tecnologias em enfermagem: uma reflexão sobre a

metodologia de uma teoria para resolução de problemas;

- Produção técnica (produto): protótipo do dispositivo D-prelp.

5.1 PRODUÇÃO BIBLIOGRÁFICA

Artigo submetido à Revista Brasileira de Enfermagem (REBEN).

TECNOLOGIAS EM ENFERMAGEM: UMA REFLEXÃO SOBRE A METODOLOGIA

DE UMA TEORIA PARA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

RESUMO

Objetivo: Refletir sobre a possibilidade do uso de uma teoria específica para

o desenvolvimento de tecnologias em enfermagem. Método: Trata-se de reflexão

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fundamentada nos princípios da Teoria da Solução Inventiva de Problemas como

metodologia a ser utilizada pela enfermagem. Resultados: A resolução de problemas

com o uso de tecnologias é uma realidade ainda pouco explorada pela enfermagem.

Utilizamos tecnologias, inclusive tecnologias duras, mas não nos apropriamos do

seu desenvolvimento. Dessa forma, a exploração de metodologias inventivas pela

enfermagem, pode expandir seu escopo de atividades, permitindo a construção de

pontes entre os problemas e possíveis soluções. Considerações finais: A Teoria da

Solução Inventiva de Problemas pode ser adaptada para a o uso na área da saúde,

sendo uma possibilidade na área de enfermagem. É válido que os enfermeiros se

apropriem e, comecem a fazer uso de métodos inventivos, para promover e

consolidar tecnologias em saúde, e consequentemente aprimorar qualidade do

trabalho em saúde.

Descritores: Enfermagem; Inovação; Tecnologia; Metodologia; Engenharia

INTRODUCÃO

Na enfermagem, a palavra tecnologia denota concepção de “produto” quando

relacionada a artefatos e informatização, e de “processo” quando associada a

recursos de ensino e aprendizagem de recursos humanos. No tocante ao

desenvolvimento de novas tecnologias, a enfermagem vem ganhando visibilidade na

implementação e/ou no desenvolvimento dessas, trazendo benefícios tanto para o

crescimento da profissão quanto para a relação profissional cliente. Como em uma

metamorfose continua, a enfermagem segue se adaptando às tecnologias duras,

tentando não se distanciar do seu interesse primordial, que é o cuidado holístico ao

ser humano, utilizando sinergicamente todas as tecnologias para atender de forma

integral o paciente(1).

No âmbito do cuidado em saúde, as tecnologias leves, leves-dura e duras

surgem como aparato essencial para promoção de tais tecnologias, sendo

ferramentas que dinamizam a assistência, produzindo resultados consistentes e

duradouros. A enfermagem, então, pode e deve usar as tecnologias em todos os

níveis da assistência, para públicos diversificados, causando impactos positivos. Em

concomitante, faz-se importante a busca por inovações capazes de mudar o

cotidiano, melhorar a qualidade de vida e trazer maior realização aos profissionais,

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ao mesmo tempo em que interferem na vida dos pacientes alcançados por esse

processo de transformação (2).

Nesse contexto, nota-se que, a produção de tecnologias pela enfermagem

ainda é um campo a ser desvendado, principalmente no que se refere a produção de

tecnologias duras. A discussão se torna ainda mais complexa quando se trata do

uso de metodologias e teorias que auxiliem no desenvolvimento de inovações. Em

pesquisa bibliográfica realizada nas bases de dados contidas na Biblioteca Vitual

em Saúde (BVS) em novembro de 2019, não foram encontradas publicações

relacionadas com a temática da utilização de metodologias específicas para a

ideação ou construção de artefatos, por profissionais da enfermagem.

Desta forma, esta reflexão justifica-se, pela lacuna do conhecimento

existente, no que tange a utilização de metodologias inventivas pela enfermagem, e

nesse sentido, a Teoria da Solução Inventiva de Problemas (TRIZ) emerge como

uma ferramenta aplicável e geradora de novas perspectivas.

Assim, este artigo tem a proposta de refletir sobre a possibilidade do uso de

APONTAMENTOS SOBRE A TEORIA DA SOLUÇÃO INVENTIVA DE PROBLEMAS

O processo da inovação sistemática, conhecido como TRIZ, foi

desenvolvido em 1940 pelo engenheiro mecânico, especialista em patentes da

marinha soviética, Genrich Saulovich Altshuller, nascido em 1926. Altshuller estudou

mais de 40 mil documentos de patentes e criou uma metodologia capaz de despertar

a criatividade baseada em uma estrutura científica, a TRIZ soluciona de forma

assertiva problemas em todas as áreas no mundo. Trata-se de um conjunto de

ferramentas que, quando utilizadas corretamente, são capazes de resolver

problemas (3).

Altshuller identificou a ausência de métodos e teorias específicos que

objetivam a solução de problemas. Diante disso, passou a pesquisar problemas

inventivos e como eles foram solucionados. Mais de dois milhões de patentes foram

analisadas por Altshuller, através de um estudo sistemático onde foram cruzadas as

características, princípios e padrões semelhantes entre essas soluções. A TRIZ

pode ser interpretada como, além de filosofia e teoria, uma metodologia, pois refere-

se a um conjunto de regras, procedimentos e postulados utilizados em uma área de

conhecimento (4).

Sendo apropriada para resolver problemas em quaisquer campos da

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ciência, tem como fases: a definição e formulação de um problema, a sinalização de

contradições, o levantamento de como o problema já foi solucionado por outras

pessoas ou a seleção de princípios de resolução, e, por último, o emprego de

soluções amplas ao problema específico(5).

Além desse processo básico descrito no parágrafo anterior como fases,

existem cinco conceitos fundamentos que auxiliam para a chegada a uma solução

bem-sucedida segundo a TRIZ, a saber(5):

- Idealidade: razão entre benefícios e pontos negativos de uma inovação, levando-se

em consideração o objetivo da constante redução destes últimos, pois entende-se

que, com o decorrer do tempo, os sistemas evoluem, aumentando-se as funções

úteis e esvaindo-se as funções inúteis;

- Contradições: ferramenta que visa identificar e eliminar as incoerências e/ou

conflitos nos sistemas existentes, e consiste em procurar esses vieses e excluí-los.

Altshuller concluiu que as diversas versões criadas de um determinado sistema têm

suas partes técnicas desenvolvidas de forma não uniforme. As contradições surgem

quando, na tentativa de aprimorar um parâmetro, um outro é piorado;

- Funcionalidade: três aspectos são peculiares. O primeiro é o de que, um sistema

possui uma função de utilidade principal, e qualquer componente que impeça, ou

não contribua para o desenvolvimento dessa função, é prejudicial. O segundo é que,

tanto as relações positivas quanto as negativas devem ser mapeadas com ênfase. O

terceiro é que, as ideias para as soluções são variáveis, mas as funções

permanecem as mesmas e podem ser palpáveis e abstratas;

- Recursos: são elementos, dentro ou em torno do sistema, que podem contribuir

para a solução de um problema. Os sistemas técnico e ideal devem ser próximos no

que se refere ao uso dos recursos. O objetivo torna-se usá-los na sua capacidade

máxima;

- Perspectiva espaço, tempo e interface, ou sistemática: a forma de se olhar uma

situação problema estará intimamente ligada à determinação das suas soluções.

Todos esses fundamentos, quando respeitados, colaboram para o encontro de

soluções tangíveis.

A teoria fornece também, ferramentas que se utilizadas de acordo com as

necessidades do inventor, pode trazer soluções viáveis. São algumas ferramentas

de ideação: tendências da evolução (TES), método dos princípios inventivos (MPI),

heurísticas para transformação de sistemas, método da separação, método das

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pequeninas pessoa espertas, método das partículas ou método dos agentes, análise

substância campo, ARIZ, hibridização, e método SIT. Dentre essas ferramentas, a

dos princípios inventivos e a de tendências de evoluções de sistema são

amplamente utilizadas.

Nessa breve apresentação, evidencia-se que mergulhar em campos de

aprendizagem desconhecidos, pode ser de cunho extremamente ambicioso,

principalmente, quando pensamos que a enfermagem, dentro da sua própria

coletividade, enfrenta dilemas relacionados ao meio social, científico, econômico e

político no qual está inserida.

Entretanto, as dúvidas e incertezas geradas pelo “novo”, podem sucumbir ao

desejo de transformar e se empoderar, inerente àqueles que dentro da enfermagem

vivenciam uma ciência dinâmica. Ciência essa, na qual, o seu trabalho em ato,

compõe o cuidado em saúde, perpassando por diversas formas de fazer e sentir,

gerando naturalmente a possibilidade de contato com outras áreas de conhecimento

e consequentemente de novas perspectivas para contribuições práticas.

A ENFERMAGEM NO DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIAS EM SAÚDE

A tecnologia é a ciência do modo de fazer, diz respeito a processos de

métodos que se arranjam em um domínio específico, são arcabouços teórico ou

analítico das técnicas, métodos, leis, esferas ou campos da ação humana. A

depender de como seja empregada, pode ser sinônimo de conhecimento, técnica e

ciência. As tecnologias em saúde estão em constante evolução, permeando todo o

processo em saúde e, sendo assim, o enfermeiro participa de diversos processos a

ela relacionados (6).

Nessa participação, à medida que vivencia o seu fazer, a enfermagem

poderia então, usar ferramentas de ideação, para concretizar soluções que resolvam

problemas cotidianos? Se sim, parece perceptível a necessidade de lançar mão de

teorias, metodologias, ferramentas ou estratégias que caminhem para esse objetivo

de forma válida e alicerçada.

Nesse sentido, inicialmente, a discussão sobre o uso de tecnologias na

enfermagem, se faz necessária, devido as mudanças no processo do cuidar, que

solicitam do enfermeiro tomada de decisão e conhecimento, para a escolha do de

artefatos e instrumentos adequados á assistência dos seus pacientes(1). Não

obstante, em seguida não se pode esquecer que além de usar as tecnologias, a

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enfermagem também pode impulsiona-las através da criação de inovações.

Entretanto, infelizmente, no que se refere a produção tecnológica, segundo

Santos (2015), a produção de patentes pela enfermagem no Brasil ainda é pequena,

o que evidencia um distanciamento entre a produção científica e a tecnológica, já

que a primeira se mantem vigorosa(7). Esse fato dialoga de forma direta, com a

necessidade imaterial da enfermagem de fortalecimento quanto ciência, apta para

ocupar seus espaços de forma independente e protagonista.

Sendo assim, pode-se inferir, que a possibilidade de criação, consequência

inúmeros problemas vivenciados no cotidiano, pode tornar o profissional de

enfermagem um desenvolvedor de tecnologias em potencial, tecnologias essas, que

podem ser eficazes e assim contribuírem para mudanças significativas na qualidade

da assistência em saúde e na recuperação de pacientes. Considerando a TRIZ uma

porta para um caminho de mudanças, seria então possível, deslumbrar conexões

entre essa teoria e a enfermagem?

POTENCIALIDADES DO USO DA TEORIA DA SOLUÇÃO INVENTIVA DE

PROBLEMAS

A inovação pode ser considerada a criação ou o aperfeiçoamento de

processos e artefatos, a aplicação do que já é amplamente utilizado em novos

contextos, a reformulação de metodologias, o uso diferenciado e descoberta de

recursos, ou ainda a abertura de novos construtos organizacionais. A produção

tecnológica na enfermagem, então, está conexa à criação de alternativas para

superar os entraves vivenciados diariamente por esses profissionais. Esta vem para

aumentar a capacidade humana de alterar/intervir na sociedade, e, para a

enfermagem, o objetivo final é potencializar o cuidado prestado, podendo ser

desenvolvida a partir de equipamentos, máquinas e instrumentos ou saberes

aplicados de forma assertiva.

Um estudo publicado em janeiro de 2018 no “International Journal of

Innovative Research In Science, Engineering and Technology”, trouxe uma visão

geral da literatura sobre a TRIZ. No contexto explanado, foram destacadas algumas

características pelas quais a TRIZ foi considerada uma metodologia efetiva para a

resolução de problemas, sendo elas: ter caráter didático ou seja, mesmo com pouco

conhecimento sobre a metodologia, é possível gerar soluções criativas; não ser

engessada, pode ser aplicada nos vários níveis da criação pois, enfatiza o conceito

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idealista, o que amplifica a criatividade individual; fornece um kit de ferramentas, em

que o uso de uma ferramenta, ou mais, pode ser escolhido para o desenvolvimento

de tarefas, de acordo com a necessidade do design; o seu uso ainda é um campo a

ser difundido e testado; é uma das mais abrangentes metodologias sistemáticas

para inovação e criatividade; pode ser aplicado em problemas do mundo real e;

pesquisadores tendem a fazer uso dos princípios da TRIZ de forma não intencional,

o que demonstra total aplicabilidade(8).

Apesar da TRIZ ser desenvolvida inicialmente com o foco na engenharia, a

mesma pode ser utilizada pra resolver problemas em diversas áreas do

conhecimento. Transpondo as interpretações de Carvalho, Jesus e Quoniam (2016)

para o campo da saúde, a integração da TRIZ com a enfermagem, pode ser útil na

validação de processos; previsão de avanços tecnológicos de produtos médicos;

invenção de artefatos para a potencialização de diagnósticos, assistência e outras

intervenções; identificação soluções inventivas para problemas cotidianos;

assimilação das necessidades dos pacientes e familiares; e, prévia identificação de

falhas processuais ligadas a assistência, dentre outros(3).

De caráter democrático, a inovação sistemática pode ser aplicada sem a

utilização de todas as suas ferramentas, entretanto, a invenção tende a ser mais

holística quando são integrados todos os conceitos disponíveis. O método TRIZ é

direcionado para uma solução inventiva, e pode ser utilizado por diversas áreas de

conhecimento(8). Entretanto, nas áreas de design para dispositivos médicos, seu uso

ainda é raro. E, é nessa escassez de estudos que relacionam a TRIZ a áreas da

saúde, que a enfermagem pode encontrar espaço, para o que pode ser um salto,

rumo novos tempos.

Através da TRIZ é possível realizar uma abordagem sistemática para solução

de problemas, sendo que, a medida em que se compreende e treina as ferramentas

propostas pela teoria, os atores envolvidos aprimoram a criatividade, isso acontece

por que, a TRIZ convida o inventor, que possui experiência no tema para o qual

busca a solução, a sair de um fenômeno denominado por Altshuller como „inércia

psicológica” (9). Nessa dinâmica, pode-se imaginar por exemplo, profissionais que já

estão há anos na prática da enfermagem, criando tecnologias diversas para intervir

em situações cotidianas, como por exemplo na prevenção de lesão por pressão.

Nesse viés, a chance de ter a enfermagem como protagonista do seu próprio

fazer, podendo identificar necessidades próprias e do seu público, criando ,

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implementando e validando tecnologias duras, constitui-se um divisor de águas em

relação a qualquer pensamento limitante sobre essa profissão. Pois, quando

enfermeiros começam a elucidar ideias, conceitos e pressupostos sobre o

desenvolvimento de tecnologias na enfermagem, nesse exato momento, abre-se um

novo caminho para mudança das suas realidades.

É permitido ainda pensar que contrapondo a ideia de que as tecnologias

podem engessar pessoas, a inferência ao pensamento crítico a respeito das práticas

tecnológicas e tudo que as sustenta, pode inclusive, emergir reflexões acerca do

processo de humanização no trabalho em saúde.

Sob essa ótica, para a enfermagem obter um olhar favorável para

desdobramento de novas ideias, é de fundamental importância refletir sobre a

capacidade que a mesma tem e pode ter, de criar, inovar e transformar, quando bem

instrumentalizada. Tal perspectiva, pode fazê-la refletir que é dotada de todos os

atributos necessários para superar os limites de criação, contribuir para a invenção

de tecnologias, ir além da prática assistencial, quebrar paradigmas e ultrapassar os

pensamentos convencionais. Nasce, assim, a necessidade de rever e propor aos

profissionais de enfermagem reflexões acerca da sua prática profissional, tendo em

vista que essa profissão além de intervencionista é um motor para o incremento

novas soluções em saúde.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A TRIZ pode ser adaptada para a o uso na área da saúde, sendo uma

possibilidade na área de enfermagem.. É válido que os enfermeiros se apropriem e,

comecem a fazer uso de métodos inventivos, em especial o TRIZ, para promover e

consolidar tecnologias em saúde, e consequentemente aprimorar qualidade do

trabalho em saúde.

Apesar das limitações encontradas relacionadas a disponibilidade de estudos

referentes a construção de tecnologias duras ou utilização de metodologias

inventivas por enfermeiros, essa reflexão se insere como uma possibilidade de

abertura de nova perspectiva de atuação, que contribui para o possível

protagonismo da enfermagem no desenvolvimento de inovações, em seus diversos

ambientes de atuação. Este trabalho indica a necessidade de novos estudos no qual

o foco seja o desenvolvimento de tecnologias duras e o uso de metodologias

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inventivas na enfermagem, além disso, abre o diálogo necessário sobre o

desenvolvimento de tecnologias pela enfermagem.

REFERÊNCIAS

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5.2 PRODUÇÃO TÉCNICA

Título:

Descrição técnica do D-PRELP

Equipe técnica:

Enfermeira Espª Maiana Souza Azevedo;

Prof.ª Drª Karla de Melo Batista;

Prof.ª Drª Fabiana Goring.

O D-prelp é composto por uma estrutura de espuma mista de sustentação para

perna e pé, apoiados em uma base de sustentação. Possui dois motores de corrente

contínua, fornecedores de força motriz para o sistema de vibração, e capa protetora.

Para o controle e acionamento dos sensores de vibração motor foi desenvolvido um

dispositivo utilizando um micro controlador que aciona o motor e controla o sistema

de movimentação e vibração. Para acionar o dispositivo, o usuário deve pressionar o

botão liga/desliga e, em seguida, deve escolher qual área será massageada (pé ou

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perna), existindo para cada área um botão específico para ajustar a intensidade da

vibração.

Descrição:

O dispositivo (controle + bota) é composto pelos seguintes componentes:

1. Controle

a. Microcontrolador Arduino Uno;

b. Ponte H (L298N);

c. Interruptor (liga/desliga);

d. Potenciômetro 25k (controle da vibração da perna);

e. Potenciômetro 25k (controle da vibração do pé);

f. Compartimento para 4 pilhas AA 1,5V;

g. Revestimento externo de plástico.

2. Bota

a. Colchão piramidal 10 cm de altura (densidade 28);

b. Espuma macia 10 cm de altura (densidade 18);

c. Suporte de sustentação em L;

d. Motor corrente contínua 6V (vibração da perna);

e. Motor corrente contínua 6V (vibração do pé);

f. Revestimento de plástico para os 2 motores.

Além dos materiais acima citados, será utilizada borracha de Neoprene para o

revestimento dos fios que ligam o controle à bota.

O funcionamento do dispositivo ocorre da seguinte maneira: Primeiramente, é

preciso inserir 4 pilhas AA no controle, para que o sistema tenha a alimentação

(energia) necessária para funcionar adequadamente. Em seguida, ele pode ser

ligado através do botão ON/OFF. Com o dispositivo ligado, a intensidade da vibração

da perna e/ou do pé pode ser ajustada através dos 2 potenciômetros localizados no

controle do dispositivo.

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Ao ajustar a posição do potenciômetro para a posição “Mínimo”, um sinal é enviado

para o microcontrolador, que, por sua vez, interrompe a passagem de corrente

elétrica para o motor. Com isso, o motor para de girar e a vibração termina. À

medida que o potenciômetro é ajustado para a posição “Máximo”, um sinal é enviado

para o microcontrolador, que, por sua vez, permite uma maior passagem de corrente

elétrica para o motor. Dessa maneira, o motor passa a girar com maior velocidade,

gerando uma maior vibração.

A composição mista das espumas permite a distribuição da pressão apropriada para

a área do calcâneo. As tiras de sustentação também são posicionadas de forma a

dar segurança ao usuário na manutenção de uma posição estática para o pé.

Figura 6. Esquema de funcionamento dos componentes elétricos do dispositivo. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019 Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019). Figura 7. Segmentos do dispositivo D-PRELP. Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).

Figura 8. Segmentos do dispositivo D-PRELP. Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).

Figura 9. Segmentos do dispositivo D-PRELP. Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).

Figura 10. Segmentos do dispositivo D-PRELP. Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).

Figura 11. Segmentos do dispositivo D-PRELP. Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).

Figura 12. Segmentos do dispositivo D-PRELP. Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).

Figura 13. Segmentos do dispositivo D-PRELP. Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).

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Figura 14. Dispositivo D-PRELP. Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).

6 CONCLUSÃO

A TRIZ mostrou-se um instrumento interessante, ainda a ser explanada por

enfermeiros na construção de produtos em saúde. O D-PRELP mostra-se uma

opção viável de prototipação para teste de viabilidade e, posteriormente, teste em

humanos. Por se tratar de um sistema técnico, ainda pode sofrer melhorias e

contribuir substancialmente na prevenção do aparecimento de lesões por pressão.

Além do exposto, é possível ainda identificar potencialidades de ação do dispositivo

relacionadas à prevenção de trombose, e reflexoterapia.

Tendo em vista que a produção do par de botas D-PRELP custaria em média 200

reais, sem considerar uma produção em larga escala, é possível afirmar a hipótese

que o baixo custo é um ponto positivo do dispositivo, quando levada em

consideração sua vida útil indeterminada e sua capacidade de reposição de

segmentos internos. Quando comparado a suportes de apoio para calcanhar

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especificados nos estudos descritos neste trabalho, um dos parâmetros de custo é o

curativo multicamada para calcanhar da Molnlycke, o Mepilex Heel, que atualmente

tem um valor de mercado que gira em torno de 1.100 reais por embalagem com

cinco unidades, ao custo de 220 reais por curativo, que, vale ressaltar, é descartado

após alguns dias de uso.

Foi evidenciada a necessidade de estudos com abordagem de projetação de

dispositivos para prevenção de LPP. Além disso, a disseminação de teorias e

técnicas de desenvolvimento de produtos entre enfermeiros torna-se uma demanda

crescente, à medida que a enfermagem necessita não apenas executar ações

voltadas para a prática baseada em evidências, mas também ser protagonista na

criação de inovação em saúde.

Este estudo pode, ainda, despertar o interesse de enfermeiros na temática de

inovação e auxiliar a introdução dessa temática no campo cotidiano das discussões

da enfermagem. Essa inserção impacta diretamente na qualificação desses

profissionais, à medida que a aproximação com as inovações tecnológicas influencia

diretamente no seu desenvolvimento por profissionais de enfermagem.

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APÊNDICES

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96

APÊNDICE 1. Produções científicas do período de agosto 2003 a agosto 2018 abordando a temática de tecnologias para prevenção de lesão por pressão, incluídas no estudo. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2018.

TÍTULO AUTORES LOCAL TIPO DE

ESTUDO PERIÓDICO

SAPPIRE: a Prototype

Mobile Tool for

Pressure Ulcer Risk

Assessment.

KIM; CHUN;

WANG; JIANG;

CHOI (2014)

Califórnia: Estados

Unidos Da América Projetação

Studies in

health

technology and

informatics.

Decreasing Pressure

Ulcers Across a

Healthcare System:

Moving Beneath the Tip

of the Iceberg

SENDELBACH;

ZINK;

PETERSON,

(2011)

Minnesota -

Estados Unidos Da

América

Algoritmo de prevenção

e tratamento de úlcera

por pressão

POTT; RIBAS; DA

SILVA; DE

SOUZA; DANSKI;

MEIER, (2013)

Curitiba/ Paraná Estudo

Descritivo

Cogitare

Enfermagem

A construção e

validação de um

aplicativo de

Enfermagem de

reabilitação voltado a

pessoas com lesão

medular e seus

cuidadores sobre

prevenção e tratamento

de lesões por pressão

ALVAREZ, (2018) Rio de Janeiro/ Rio

de Janeiro

Pesquisa

convergente

assistencial

Biblioteca

Setorial de

Pós-

Graduação/

Escola de

Enfermagem

Anna Nery/

Centro de

Ciências da

Saúde

Uma tecnologia de

processo aplicada junto

ao acompanhante no

cuidado ao idoso:

contribuições à clínica

do cuidado de

enfermagem

TEIXEIRA, (2008) Rio de Janeiro

Biblioteca

Setorial de

Pós-

Graduação/

Escola de

Enfermagem

Anna Nery/

Centro de

Ciências da

Saúde

APÊNDICE 2. Produções científicas do período de agosto 2003 a agosto 2018

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97

abordando a temática de tecnologias para prevenção de lesão por pressão, excluídas do estudo. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2018.

TÍTULO AUTORES ANO / LOCAL TIPO DE

ESTUDO PERIÓDICO

Design and Evaluation of

a Stand-Up Motorized

Prone Cart

HARROW;

MALASSIGNÉ;

NELSON,

ROBERT,

JENSEN; AMATO;

PALACIOS,

(2015).

Estados Unidos Projetação

The Journal of

Spinal Cord

Medicine.

Iterative design and

testing of a hand-held,

non-contact wound

measurement device

SPRIGLE;

NEMETH;

GAJJALA, A. 2012 Projeto interativo

Journal of

Tissue Viability

Complex Wounds CASTRO;

JÚNIOR;

CARVALHO; e

KAMAMOTO,

(2006)

São Paulo -

Brasil

Revisão de

literatura Clinics

Technology supporting

research and quality

improvement: a success

story.

Colfer;

BRODECKI;

HUTCHINS;

STELLAR;

DAVIS, (2011)

Philadelfia -

Pensilvânia

Revisão de

literatura

J Pediatric

Nurse

Sit-stand powered

mechanical lifts in long-

term care and resident

quality indicators.

GUCER;

GAITENS;

OLIVER;

MCDIARMID,

(2013)

Estados Unidos Quali - Quanti J Occup

Environ Med

The Use of Technology

for Improved Pressure

Ulcer Prevention

COURTNEY,

(2007)

Charlottesville,

VA

Estudo de caso

Ostomy Wound

Manage

Mobility monitor

measures mobility of

bedridden patients and

alerts nurses of the

decubitus ulcer risk.

Technology for current

prevention of decubitus

ulcer.

Zimmerman,

(2016)

/Alemanha - Pflege Z

Ambiente virtual de

aprendizagem sobre

gerenciamento de custos

de curativos em úlceras

por pressão

PEREIRA;

ÉVORA; DE

CAMARGO; DE

TEIXEIRA, CRUZ;

CIAVATTA, (2014)

Ribeirão Preto -

Brasil -

Rer. Eletrônica

de

Enfermagem

Risk of decubitus ulcer

and therapy. Measuring

movement more

objectively.

PANFIL;

GATTINGER;

FLÜKIGER;

MANGER, (2013)

Alemanha - Krankenpfl

Soins Infirm

An observational study to

assess an electronic

point-of-care wound

documentation and

FLORCZAK;

SCHEURICH;

CROGHAN;

SHERIDAN;

Observacional

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98

reporting system

regarding user

satisfaction and potential

for improved care.

KURTZ, D;

MCGILL;

MCCLAIN, (2012)

Cartilha educacional

para enfermeiros sobre

lesão por pressão: um

estudo de validação

PORTUGAL,

(2018)

Nitetói - Rio de

Janeiro Validação

Programa

Acadêmico em

Ciências do

Cuidado em

Saúde

(PACCS)

Teses e

dissertações da

Universidade

Federal

Fluminense

An Observational Study

to Assess an Electronic

Point-of-Care Wound

Documentation and

Reporting System

Regarding User

Satisfaction and Potential

for Improved Care

FLORCZAK;

SCHEURICH;

CROGHAN;

SHERIDAN;

KURTZ; MCGILL e

MCCLAIN, (2012)

Estados Unidos Estudo

observacional

Ostomy Wound

Manage

Reduction of pressure

ulcer incidence in the

home healthcare setting:

a pressure-relief seating

cushion project to reduce

the number of

community-acquired

pressure ulcers.

HILL-BROWN,

(2011)

Projeto de

intervenção

Home Healthc

Nurse

A study of the efficiency

and convenience of an

advanced portable

Wound Measurement

System (VISITRAK)

SUGAMA;

MATSUI;

SANADA; KONYA;

OKUWA;

KITAGAWA,

(2007)

Correlacional

descritivo J Clinical Nurse

Critical rehabilitation of

the patient with spinal

cord injury.

FRIES, (2005) - Crit Care Nurs

Q

Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).

APÊNDICE 3. Estudos selecionados sobre dispositivos para prevenção de lesão por pressão segundo as bases de dados LILACS e MEDLINE. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019

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99

ESTUDO BASE DE

DADOS TÍTULO DO ESTUDO LOCAL E ANO

1 LILACS

Uso de curativos hidrocolóides na prevenção de

úlceras por pressão em pacientes de alto risco:

uma coorte retrospectiva. Colômbia, 2018

2 LILACS

Avaliação de custo-efetividade de dois tipos de

curativos para prevenção de úlcera por pressão Brasil, 2015

3 LILACS

Prevenção de úlceras por pressão no calcanhar

com filme transparente de poliuretano. Brasil, 2013

4 MEDLINE

Avaliação de um posicionador fluidizado para

reduzir lesões por pressão occipital em pacientes

em terapia intensiva: um estudo piloto.

Estados Unidos,

2018

5 MEDLINE

Prevenção de lesões por pressão usando curativos

de espuma de silicone: Experiência em um hospital

universitário em Hong Kong. Hong Kong, 2019

6 MEDLINE Colchão de Berço de Redistribuição de Pressão:

Um Projeto de Melhoria da Qualidade. Estados Unidos,

2019

7 MEDLINE

Um ensaio clínico randomizado prospectivo de um

novo sistema de aprimoramento de perfusão não

invasivo para a prevenção de lesões de pressão

sacral hospitalares adquiridas.

Filadélfia, 2018

8 MEDLINE

Um estudo controlado randomizado da eficácia

clínica de curativos de espuma de silicone multi-

camada para a prevenção de lesões por pressão

em residentes de alto risco de cuidados a idosos:

The Border III Trial.

Austrália, 2018

9 MEDLINE

Usando o curativo de espuma de várias camadas

para evitar lesões por pressão em um ambiente de

cuidados de longo prazo. Canadá, 2018

10 MEDLINE

Efeito de um sensor de paciente vestível no

atendimento para prevenção de lesões por pressão

em adultos com doença aguda: um ensaio clínico

randomizado pragmático.

Estados Unidos,

2018

11 MEDLINE

Roupas Especiais e Lesões por Pressão em

Pacientes de Alto Risco na Unidade de Terapia

Intensiva.

Estados Unidos,

2017

12 MEDLINE

A eficácia de uma cobertura de espuma

viscoelástica na prevenção de lesões por pressão

em pacientes agudamente doentes: um estudo

prospectivo randomizado controlado.

Coréia do Sul,2017

13 MEDLINE

Eficácia e valor de curativos profiláticos de espuma

de 5 camadas para evitar lesões por pressão

adquiridas em hospitais em hospitais de cuidados

agudos: um estudo de coorte observacional.

Estados Unidos,

2017

14 MEDLINE

Prevenção de Lesões por Pressão do Calcanhar e

Contratura de Flexão Plantar Com o Uso de um

Protetor de Salto em Unidades de Terapia Intensiva

de Neurotrauma de Alto Risco, Médicas e

Estados Unidos,

2017

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100

Cirúrgicas: Um Ensaio Controlado Aleatório.

15 MEDLINE

Colchão Apex Pro-Care: Como este avançado

colchão pode auxiliar na prevenção de lesões por

pressão?

Reino Unido, 2017

16 MEDLINE

Efeito de um dispositivo de reposicionamento do

paciente em uma unidade de terapia intensiva nas

ocorrências e custos de lesões por pressão

adquiridas no hospital: um estudo antes e depois.

Estados Unidos,

2017

17 MEDLINE

Curativos podem prevenir lesão por pressão -

EVIDENCECORNER Estados Unidos,

2016

18 MEDLINE

Superfícies de apoio aéreo estático para prevenir

lesões por pressão: um estudo de coorte

multicêntrico em lares de idosos belgas. Bélgica, 2016

19 MEDLINE

Um estudo piloto randomizado usando curativos

profiláticos para minimizar lesões de pressão sacral

em pacientes hospitalizados de alto risco.

Estados Unidos,

2016

20 MEDLINE

Relatar uma avaliação clínica do calcanhar de

silicone KerraPro Heel. Estados Unidos,

2013

21 MEDLINE

Tirando a pressão no Departamento de

Emergência: avaliação da aplicação profilática de

curativo sacral de silicone de baixo cisalhamento

em pacientes de alto risco.

Austrália, 2013

22 MEDLINE Avaliação do sistema de substituição do Colchão

Pediátrico Transair. Reino Unido, 2002

Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).

APÊNDICE 4. Matriz de síntese dos estudos sobre dispositivos para prevenção de lesão por pressão, selecionados nas bases de dados LILACS e MEDLINE,

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101

Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019.

AUTOR (ES)

1 - OBJETIVOS

2 - TIPO DE ESTUDO

3 - GRUPO/

PARTICIPANTES/FONTE

4- AMOSTRA (N)

1 - DISPOSITIVOS

2 - INTERVENÇÃO

COMPLEMENTAR

3 -

AÇÃO/CARACTERÍSTIC

AS

4 - COMPOSIÇÃO DE

MATERIAL

RESULTADOS E/OU

CONCLUSÃO

1 -

Cortés; Salazar

-Beltrán; Rojas-

Castañeda; Alv

arado-

Muriel; Serna-

Restrepo;

Grinspun,

(2018).

1 - Avaliar a associação

entre o uso de curativos

hidrocolóides preventivos

e a aparição de LPP em

pacientes hospitalizados.

2 - Estudo de coorte

retrospectivo.

3- Pacientes adultos com

alto risco de LPP

admitidos em um

programa de cuidados

com a pele de um hospital.

4 - (n=170) sendo, (23 de

AH+CC e 147 de CC).

1 - Curativos

hidrocolóides (AH).

2 - Cuidado convencional

(CC) (uso de loção

hidratante, mudanças de

posição, uso de

superfícies de apoio ou

almofadas reguladoras

de pressão e colchão

anti-decúbito).

3 - Cobrir área íntegra da

pele em risco com uma

camada de curativo

hidrocolóide (não foi

mencionada a marca).

Não superioridade de

AH+CC frente a CC do

enfermeiro na prevenção de

LPP em pacientes adultos

com alto risco segundo

Braden.

2 - Inoue, Kelly

Cristina;

Matsuda),

Laura Misue,

(2015).

1 - Analisar a relação

custo-efetividade de dois

tipos de curativos para a

prevenção de LPP na

região sacral.

2 - Pesquisa de análise

secundária, comparativa.

3 - Pacientes

hospitalizados de um setor

de terapia intensiva.

4 - (n=25) sendo, (10

usaram hidrocolóide e 15

usaram filme

transparente).

1 - Comfeel® Plus

curativo contorno sacral

e o Tegaderm® filme

transparente não estéril.

2 - Mudança de decúbito,

cuidados diários com a

hidratação da pele,

manejo da umidade, uso

de colchão de ar estático

e aporte nutricional.

3 - Cobrir área íntegra da

pele com filme

transparente de

poliuretano ou placa

hidrocolóide.

4 - Hidrocolóide (CMC-

carboximetilcelulose

sódica e camada

externa) e poliuretano

(material sintético,

adesivo e

hipoalergênico).

O filme transparente foi

mais custo-efetivo do que o

hidrocolóide na prevenção

de LPP sacral.

3 - Souza;

Danski;

Johann; De

1 - Avaliar a efetividade do

filme transparente de

poliuretano na prevenção

1 - Filme transparente.

2 - Intervenção baseada

O filme transparente de

poliuretano associado a

diretrizes clínicas, foi efetivo

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102

Lazzari;

Mingorance,

(2013).

de LPP o no calcâneo.

2 - Ensaio clínico

controlado não-

randomizado.

3 - Pacientes

hospitalizados de um setor

de terapia intensiva.

4 - (n=100) sendo, (200

áreas ao total, calcânea

direita e esquerda).

em diretrizes clínicas

para LPP.

3 - Possui um sistema de

troca gasosa similar à

pele saudável, que

permite a difusão de

gases como o oxigênio e

vapores. É elástico o que

permite a aplicação a

várias partes do corpo e

tem resistência a forças

de fricção e

cisalhamento.

Impermeável a fluidos,

secreções e bactérias.

4 - Poliuretano (material

sintético, adesivo e

hipoalergênico).

na prevenção da LPP no

calcanhar.

4 - Johnson;

Lai; Gefen;

Coyer, (2018).

1 - Avaliar a eficácia

clínica e viabilidade de um

dispositivo de

posicionamento fluidizado

para reduzir LPP.

2 - Pacientes

hospitalizados de um setor

de terapia intensiva.

3 - Estudo piloto estilo pós

teste.

4 - (n=127) sendo, (64

pertencentes ao grupo

intervencional e 63 ao

grupo controle).

1 - Dispositivo de

posicionamento

fluidizado - Molnlycke Z-

Flo™.

2 - Intervenção humana

na mudança de

posicionamento.

3 - Utilizada como apoio

para o corpo do paciente,

redistribuindo a pressão

da pele.

4 - Poliuretano

preenchido com uma

mistura de óleo de

silicone e microesferas

poliméricas.

O dispositivo de

posicionamento fluidizado é

uma intervenção viável e

eficaz na redução do risco

de LPP occipitais em

pacientes de terapia

intensiva pois, mostraram

uma redução

estatisticamente significativa

dos LPP occipitais em

87,7% (16/63; 25,4%

controle histórico versus

2/64; 3,13% grupo

intervencional).

5 - Kuen;

Keung; Boo;

Chan; Hui; Sze;

Kwong, (2019).

1 - Investigar a eficácia

clínica de curativo de

espuma de silicone na

redução da taxa de

incidência de LPP sacral e

coccígea em comparação

com intervenções

preventivas padrão em

ambientes de cuidados

intensivos.

1 - curativo de múltiplas

camadas.

4 - Espuma de silicone.

6 - Singh;

Shoqirat,

(2019).

1 - Avaliar um colchão de

redistribuição de pressão

projetado para uso em

berços de cuidados

intensivos.

1 - Análise

1 - Superfície de suporte

(colchão).

2 - Pacote de

intervenção.

3 - Redistribuição de

Nenhuma ocorrência de

LPP durante o período de

coleta de dados de 12

semanas. Os resultados

deste projeto de melhoria da

qualidade sugerem que o

colchão de redistribuição de

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103

retrospectiva.

3 - Prontuários de

pacientes graves.

4 - (n=22).

pressão.

pressão, quando usado

como parte de um pacote de

intervenção, previne lesões

por pressão em pacientes

pediátricos gravemente

doentes.

7 - Bharucha;

Seaman;

Powers; Kelly;

Seaman;

Forcier;

McGinnis;

Nodiff; Pawlak;

Snyder; Nodiff;

Patel; Squitieri;

Wang, (2018).

1 - Determinar a eficácia

de um novo sistema não

invasivo de aprimoramento

da perfusão, versus leitos

com capacidade de

pressão alternada

integrada, para a

prevenção de LPP na

região sacral (sacro,

coccígea e ísquio),

adquiridas em hospital em

um alto risco.

2 - Ensaio clínico/Estudo

prospectivo randomizado.

3 - Pacientes agudos

adultos, escolhidos

aleatoriamente de,

internados, de alto risco

sem lesões preexistentes.

4 - (n= 399) sendo, (186

pertencentes ao grupo

experimental e 213 ao

grupo controle).

1 - Sistema não invasivo

de aprimoramento da

perfusão.

2 - Medidas de

prevenção de lesões por

pressão "padrão" de

atendimento por política

do hospital, e leitos de

pressão alternada.

3 - Colocado em cima de

leitos de pressão

alternada e cadeiras de

recuperação durante

toda a internação

hospitalar.

4 - Aumento da perfusão

sanguínea.

Os pacientes que utilizaram

um sistema não-invasivo de

aumento da perfusão

desenvolveram

significativamente menos

lesões por pressão na

região sacral do que

aqueles que usaram leito de

pressão alternada sem o

sistema de aumento da

perfusão. Esses achados

sugerem que um sistema de

realce da perfusão aumenta

o sucesso do uso dos

colchões de redistribuição

de pressão nos leitos para a

prevenção de lesões por

pressão sacral.

8 - Santamaria;

Gerdtz; Kapp;

Wilson; Gefen,

(2018).

1 - Investigar a eficácia

clínica, da aplicação dos

pensos Mepilex Border

Sacrum e Mepilex Heel,

para prevenir o

desenvolvimento de LPP

adquiridas em casas de

repouso.

2 - Estudo controlado

randomizado.

3 - Pacientes de uma casa

de repouso.

4 - (n=288) sendo, (150

receberam prevenção de

LPP conforme diretrizes

internacionais e 138

prevenção de LPP

conforme diretrizes

internacionais e aplicaram

curativos no sacro e

calcâneos).

1 - Mepilex Border

Sacrum e Mepilex Heel.

2 - Pacote de prevenção

de lesões por pressão,

conforme recomendado

pelas diretrizes

internacionais.

3 - Se molda à pele sem

aderir a ferida, possibilita

a remoção da cobertura

sem danos a pele,

protege apele íntegra,

sela as bordas da ferida

para proteger a pele de

extravasamentos e

maceração, absorve e

retém exsudato,

equilibra a umidade,

camada de contato com

adesivo de silicone,

auxilia na diminuição da

dor. Protege contra

Mais residentes no grupo

controle desenvolveram

lesões por pressão do que

no grupo de intervenção (16

vs 3, P = 0,004). Redução

do risco relativo de 80%

para os residentes tratados

com os curativos. Concluiu-

se, que o uso dos curativos

Mölnlycke Mepilex Border

Sacrum e Mepilex Heel,

conferem um benefício

protetor adicional aos idosos

com alto risco de

desenvolver uma LPP.

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104

fatores extrínsecos que

causam lesões por

pressão: pressão,

cisalhamento, fricção e

microclima.

4 - Cobertura de espuma

com cinco camadas, com

camada de contato com

aderência de silicone.

9 – Woo,

(2018).

1 - Avaliar a

implementação de

diretrizes de melhores

práticas, incluindo o uso

de pensos de espuma

multicamadas para a

prevenção de LPP.

3 - Pacientes de um

ambiente de cuidados de

longo prazo.

4 - (n=62).

1 - Curativo de espuma

de multicamadas.

2 - Diretrizes de boas

práticas para prevenção

de LPP.

Taxa de incidência anterior

à implementação das

melhores práticas foi de

5,2%. A incidência após a

implementação (uso de

curativo) foi de 0%.

10 - Pickham;

Berte; Pihulic;

Valdez; Mayer;

Desai, (2018).

1 - Avaliar a eficácia

clínica de um sensor de

paciente vestível para

melhorar a prestação de

cuidados e os resultados

do paciente, aumentando

o tempo total para tornar a

conformidade e evitar LPP

em pacientes com doença

aguda.

2 - Estudo clínico

pragmático, iniciado por

investigador, aberto, único

local, randomizado.

3 - Pacientes adultos

internados unidades de

terapia intensiva.

4 - (n=1312) sendo, (653

pertencentes ao grupo

controle e 659 grupo de

tratamento).

1 - Sensor vestível.

3 - Diretrizes para

prevenção de LPP.

4 - Emite dados em

tempo real e

individualizados para

mudança de decúbito do

paciente.

A oferta da mudança de

decúbito foi maior com um

sensor de paciente vestível,

aumentando o tempo total

de giro e demonstrando um

efeito protetor

estatisticamente significativo

contra o desenvolvimento

de LPP adquiridas no

hospital.

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105

11 - Freeman;

Smith;

Dickinson;

Tschannen;

James;

Friedman,

(2017).

1 - Avaliar o efeito de

roupas especiais na taxa

de LPP em pacientes de

alto risco.

2 - Revisão retrospectiva

dos registros eletrônicos

de saúde.

3 - Pacientes da unidade

de terapia intensiva

cardiovascular e unidade

de terapia intensiva

cirúrgica.

4 - (n1=44) leitos -

(n2=261) pacientes sendo,

(166 pacientes

pertencentes ao grupo

controle e 95 ao grupo de

tratamento).

1 - Roupa especial.

2 - Técnicas

padronizadas para

prevenir LPP.

3 - Aborda o microclima

em torno do paciente,

com o objetivo de

minimizar o atrito, o

cisalhamento, a umidade

e o calor.

4 - Tecido sintético

semelhante a seda.

A intervenção foi associada

a uma redução significativa

nas taxas de lesões por

pressão posterior (cóccix,

sacro, costas, nádegas,

calcanhar e coluna).

Abordar o microclima, o

atrito e o cisalhamento

usando roupas especiais

reduz o número de lesões

por pressão posterior. O uso

de lençóis especiais, além

de técnicas padronizadas

para prevenir LPP, pode

ajudar a prevenir o seu

desenvolvimento em

pacientes de alto risco em

unidades de terapia

intensiva.

12 - Park; Park,

(2017).

1 - Comparar uma

cobertura de espuma

viscoelástica (VEFO) a um

colchão hospitalar padrão

para prevenção de LPP.

Comparar as pressões de

interface (IPs) do VEFO

com o colchão hospitalar

padrão.

2 - Estudo prospectivo

randomizado controlado.

3 - Pacientes que tinham

escore de risco para LPP

de 16 ou menos na escala

de Braden, atendidos em

uma unidade de

internação de neurologia,

oncologia ou pneumologia.

4 - (n=110) sendo (55

pertencentes ao grupo

controle e 55 grupo de

tratamento)

1 – VEFO.

2 - Cuidados de

enfermagem padrão para

prevenção de LPP.

2 – Colocado sobre

colchão hospitalar

padrão com/sem

sobreposição de ar.

Pacientes tratados com um

VEFO tiveram uma

incidência significativamente

menor de LPP do que

aqueles tratados com um

colchão hospitalar padrão.

13 – Padula,

(2017).

1 - Examinar a eficácia e o

valor, dos pensos sacro-

profiláticos com 5

camadas de espuma

sacral para evitar as taxas

de LPP adquiridas no

hospital em ambientes de

cuidados agudos.

2 - Estudo de coorte

1 - Curativo de espuma

profilática de 5 camadas.

Reduções significativas na

taxa de LPP em hospitais de

cuidados agudos nos EUA,

entre 2010 e 2015 foram

associadas à adoção de

coberturas sacrais

profiláticas de 5 camadas

dentro de um protocolo de

prevenção. Pensos sacrais

profiláticos com 5 camadas

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106

observacional

retrospectivo.

3 - Registros de pacientes

adultos hospitalizados em

hospitais de cuidados

agudos.

de espuma são um

componente efetivo de um

protocolo de prevenção de

lesões por pressão.

14 – Meyers,

(2017).

1 - Comparar o uso de um

protetor de calcanhar, ao

padrão de cuidado

(travesseiros) na

prevenção de lesões por

pressão dos calcanhares

adquiridas no hospital, e

na prevenção de

contraturas de flexão

plantar.

2 - Ensaio/Teste

controlado e aleatório.

3 - Prontuários eletrônicos

dos pacientes unidade de

terapia intensiva cirúrgica,

unidade de terapia

intensiva e unidade de

tratamento intensivo de

neurotrauma.

4 - (n=54) sendo, (17

pertencentes ao grupo

controle e 37 grupo de

intervenção).

1 - Protetor de calcanhar

3 - Redistribui a pressão

e mantém o pé em uma

posição neutra.

Nenhum dos pacientes no

grupo de intervenção

desenvolveu LPP dos

calcanhares, em

comparação com 7 no grupo

controle. Os resultados do

estudo indicam que um

protetor de calcanhar que

garante a descarga e

mantém o pé em uma

posição neutra é mais eficaz

para a prevenção de LPP de

calcanhar e contraturas em

comparação com o cuidado

padrão usando travesseiros

para posicionar o calcanhar

e redistribuir a pressão.

15 - Shingfield;

Carr; Thomson,

(2017).

1 - Avaliar o uso do

colchão Apex Pro-Care, na

prevenção de LPP de

calcanhar, em residentes

com alguma insuficiência

arterial.

2 - Estudo de caso.

3 - Residentes de um lar

de idosos.

4 - (n=3).

1 - Colchão Apex Pro-

Care.

2 - Mudança de decúbito.

Uma ou mais das cinco

células inferiores podem

ser esvaziadas sob o

calcanhar do paciente

para criar um vazio, que

permitirá que o calcanhar

"flutue" de modo que não

haja pressão em contato

com a área do calcanhar.

Dispositivo de

reposicionamento.

O colchão reduziria o custo

dos cuidados de

enfermagem, uma vez que

os tempos de

reposicionamento podem

ser otimizados de acordo

com a necessidade. Os três

residentes que concordaram

em avaliar o colchão

acharam extremamente

confortável e ficaram livres

de qualquer LPP.

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107

16- Edger,

(2017).

1 - Determinar a taxa de

LPP adquirida no hospital,

antes e depois da

introdução de um

dispositivo de

reposicionamento, medir o

nível de esforço percebido

pelos funcionários com o

uso do dispositivo e,

avaliar o retorno do

investimento.

2 - Estudo antes e depois.

3 - Pacientes atendidos

em uma unidade de

terapia intensiva.

4 - (n=717).

Redução da taxa de LPP

significativamente de 1,3%

para 0%. O esforço

percebido para reposicionar

o paciente com um

dispositivo de

reposicionamento foi

significativamente menor do

que o reposicionamento

com o tratamento padrão.

Uma análise de custo

estimou um retorno sobre o

investimento como resultado

da intervenção na

prevenção de LPP.

17- Bolton,

(2016).

1 - Realizar um ensaio

clínico randomizado, para

explorar a eficácia de

curativos de espuma de

silicone macio de múltiplas

camadas, na prevenção

do calcanhar ou sacral,

em pacientes gravemente

doentes e /ou

traumatizados em um

hospital universitário

australiano.

2 - Ensaio clínico

prospectivo randomizado.

3 - Pacientes recém-

admitidos no pronto-

socorro por trauma ou

doença crítica

posteriormente

transferidos para a

unidade de terapia

intensiva.

4 - (n=221) sendo, (108

pertencentes ao grupo

controle e 113 grupo de

intervenção).

1 - Curativo de 5

camadas e curativo de 3

camadas.

2 - Procedimentos usuais

de prevenção de LPP.

Houve benefício

clinicamente e

estatisticamente significativo

da adição de curativos.

Cinco pacientes (3,1% de

incidência) desenvolveram 2

úlceras sacrais e 5 úlceras

de calcanhar com curativos

profiláticos adicionais,

enquanto 20 pacientes

(13,1% de incidência) que

receberam cuidados

habituais isoladamente

desenvolveram 8 úlceras

sacrais e 19 úlceras de

calcanhar.

18- Serraes;

Beeckman,

(2016).

1 - Investigar a incidência

e os fatores de risco, para

o desenvolvimento de LPP

em pacientes colocados

em superfícies de apoio

aéreo estático:

sobreposição de colchão,

cunha de calcanhar e

1 - Colchão de

sobreposição de ar

estático.

2 - Protocolos de

reposicionamento

adaptados ao paciente.

Encontrou-se uma baixa

incidência de LPP, ao usar

um colchão de sobreposição

de ar estático para

pacientes em risco em uma

população de lares de

idosos. As superfícies

estáticas de suporte aéreo,

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108

almofada de assento.

2 - Estudo de coorte

multicêntrico.

3 - Residentes de lares de

Idosos.

4 - (n=176).

3 - Pressão alternada. juntamente com os

protocolos de

reposicionamento do

paciente adaptados ao

paciente, devem ser

consideradas para prevenir

os LPP nessa população de

pacientes.

19- Walker;

Huxley; Juttner;

Burmeister;

Scott; Aitken,

(2016).

1 - Examinar o efeito de

curativos profiláticos para

minimizar lesões por

pressão sacral em

pacientes hospitalizados

de alto risco e avaliar os

critérios de viabilidade

para informar um estudo

maior.

2 - Estudo piloto

randomizado controlado.

3 - Pacientes

hospitalizados de alto risco

de desenvolvimento de

LPP.

4 - (n=80)

1 - Cobertura de espuma

de silicone.

2 - Cuidados de rotina.

Critérios de viabilidade

identificaram desafios

relacionados ao viés,

cegamento, avaliação do

peso, preparo da equipe de

enfermagem e estimativa do

tamanho da amostra.

20- Knowles;

Young; Collins;

Hampton,

(2013).

1 - Avaliar a eficácia do

produto de silicone

KerraPro Heel, na

prevenção e alívio de LPP

nos calcanhares.

2 - Estudo observacional.

3 - Pacientes com risco

para desenvolvimento de

LPP nos calcanhares.

4 - (n=17).

1 - Almofadas de

calcanhar de silicone

KerraPro Heel.

3 - Alívio pressão.

4 - Silicone.

O resultado da avaliação

demonstrou a eficácia das

almofadas de calcanhar

KerraPro na prevenção e

tratamento de LPP no

calcanhar quando

comparada ao protocolo

padrão.

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109

21 -Cubit;

McNally;

Lopez, (2013).

1 - Examinar a eficácia do

curativo sacral na redução

da prevalência de LPP o

em pacientes idosos e de

alto risco.

2 - Estudo experimental

não aleatório.

3 - Pacientes com risco

para desenvolvimento de

LPP de um setor de

emergência.

4 - (n= não informado)

sendo, ( x pertencentes ao

grupo controle e 51 grupo

de intervenção).

1 - Curativo sacral de

silicone.

3 - Atua na diminuição do

cisalhamento.

As descobertas sugerem

que a aplicação de um

curativo sacral protetor com

baixo apoio de cisalhamento

como parte de um regime

padronizado de prevenção

de LPP, foi benéfico em

pacientes idosos de alto

risco.

22- Law,

(2002).

1- Avaliar o sistema do

colchão pediátrico

Transair.

2 – Estudo de caso

1 - Colchão pediátrico

Transair

3 – Pressão alternada

Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).

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110

APÊNDICE 5. Classificação dos estudos conforme nível de evidência. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019.

NÍVEL DE EVIDÊNCIA CIENTÍFICA POR TIPO DE ESTUDO - “OXFORD CENTRE FOR

EVIDENCE-BASED MEDICINE”

NÍVEL DE EVIDÊNCIA PARA TRATAMENTO/PREVENÇÃO-ETIOLOGIA

GRAU DE

RECOMENDAÇÃO

NÍVEL DE

EVIDÊNCIA ESTUDOS

A

1A 7, 8, 10, 12, 17, 19

1B

1C

B

2A

2B 1, 18, 2, 3, 4, 5, 6, 9, 16, 20, 22

2C

3A

3B 11, 14, 21

C 4 13, 15

D 5

Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).

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111

APÊNDICE 6. Mecanismo de ação dos dispositivos levando em consideração a intervenção em fatores predisponentes para formação de lesão por pressão. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019

ESTUDO DISPOSITIVO C F U P

1,2 Curativo hidrocolóide. NR NR NR NR

2

Curativo filme

transparente de

poliuretano.

X X X -

3 Filme transparente de

poliuretano. X X X -

4 Posicionador fluidizado

Molnlycke Z-Flo™. - - - X

5 Curativos de espuma de

silicone. NI NI NI NI

6 Colchão de berço de

redistribuição. - - - X

7

Sistema de

aprimoramento de

perfusão.

PERFUSÃO SANGUÍNEA

8

Curativos de espuma de

silicone multi-camada

Mepilex Border Sacrum e

Mepilex Heel.

X X X X

9 Espuma de várias

camadas. NI NI NI NI

10 Sensor de paciente

vestível. - - - X

11 Roupas Especiais. X X X CALOR

12 Cobertura de espuma

viscoelástica - - - X

13 Curativos profiláticos de

espuma de 5 camadas. NI NI NI NI

14 Protetor de Salto. - - - X

15 Colchão Apex Pro-Care: - - - X

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112

16

Dispositivo de

reposicionamento do

paciente.

- - - X

17 Curativos de 5 e 3

camadas NI NI NI NI

18

Superfícies de apoio

aéreo estático para

prevenir.

- - - X

19 Curativos profiláticos. NI NI NI NI

20 calcanhar de silicone

KerraPro Heel. - - - X

21

Curativo sacral de

silicone de baixo

cisalhamento em

pacientes de alto risco.

X - - -

22 Colchão Pediátrico

Transair. - - - X

Legenda: (C) Cisalhamento, (F) Fricção, (U) Umidade, (P) Pressão, (NR) Uso não recomendado, (NI) Não informado Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).

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113

APÊNDICE 7. Análise genérica do operador de sistema para lesão por pressão. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019

ANÁLISE GENÉRICA

PASSADO PRESENTE FUTURO

Ao redor do sistema

Poucos profissionais de saúde; Ausência de enfermeiros; Ausência de curativos especiais e superfícies de suporte; Raras literaturas sobre o tema; Não era considerado um problema e saúde pública.

Cuidadores capacitados; Equipe de saúde capacitada; Curativos especiais; Superfícies de suporte; Judicialização das LPP.

Leitos automatizados; Leitos levitacionais; Substituição parcial de pessoas por robôs; Família e paciente conscientes sobre seus problemas de saúde; Superfícies de suporte que dispensam intervenção humana.

Sistema Pressão capilar maior que a normal que leva a formação de LPP.

Pressão capilar maior que a normal que leva a formação de LPP.

Pressão capilar menor que a pressão normal não leva a formação de LPP.

Subsistema Pressão entre saliência óssea-superfície rígida; Umidade; Fricção; Cisalhamento; Idade Avançada; Incontinência urinária ou fecal; Mobilidade prejudicada ou ausente.

Pressão entre saliência óssea-superfície rígida; Umidade; Fricção; Cisalhamento; Idade Avançada; Incontinência urinária ou fecal; Mobilidade prejudicada ou ausente.

Idade Avançada; Incontinência urinária ou fecal; Mobilidade prejudicada ou ausente; Alimentos que auxiliam na regeneração da pele.

Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).

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114

APÊNDICE 8. Análise de dispositivo do operador de sistema para lesão por pressão. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019

ANÁLISE DE DISPOSITIVO

PASSADO PRESENTE FUTURO

Ao redor do sistema Ausência de curativos especiais Ausência de superfícies de suporte

Utilização de superfícies de suporte Utilização de curativos especiais

Leitos automatizados; Leitos levitacionais; Substituição parcial de pessoas por robôs.

Sistema Hipótese: Ausente

Dispositivo (para prevenir LPP) Função principal: descomprimir mantendo a pressão capilar menor que a normal, evitando fricção, cisalhamento e umidade. Função secundária: melhorar a circulação, evitar trombose, ter características da reflexologia.

Dispositivo (para prevenir LPP). Função principal: descomprimir mantendo a pressão capilar menor que a normal, evitando fricção, cisalhamento e umidade. Função secundária: melhorar a circulação, evitar trombose ter características da reflexologia.

Subsistema Hipótese: Ausente

Colchões, ar, adesivos, placas vibratórias.

Colchões, ar, adesivos, placas vibratórias, gravidade.

Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).

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115

APÊNDICE 9. Resultado Final Ideal para dispositivo de prevenção de lesão por pressão. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019

QESTÕES (MANN, 2002) LPP ÓSSEA

1) Qual é o objetivo final do sistema? Não surgimento de LPP.

2) Qual o resultado final ideal? Pacientes acamados não acometidos por lesões por pressão.

3) O que impede que se alcance o RFI? A mobilidade prejudicada de uma pessoa, leva a permanência por longos períodos na mesma posição.

4) Por que impede? Gera pressão em proeminências ósseas o que leva a hipóxia local e o consequente aparecimento de lesões.

5) Como se pode fazer com que as coisas que impedem o RFI desapareçam?

Criando dispositivos capazes de não mobilizar a pessoa acamada, mesmo que apenas nos seus segmentos e consequentemente diminuir a pressão nas proeminências ósseas.

6) Que recursos estão disponíveis para ajudar a criar as circunstâncias necessárias?

Equipe de saúde, superfícies de apoio, tecidos, massageadores, soluções dermatológicas, curativos especiais.

7) Alguém já foi capaz de resolver o problema?

Mudança de decúbito em tempos pré-determinados.

Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).

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116

APÊNDICE 10. Análise do ST para o dispositivo de lesão por pressão. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019

PASSOS DO MÉTODO DOS PRINCÍPIOS INVENTIVOS

D-PRELP

1. Identificação (nome) do ST; Dispositivo para prevenção de LPP.

7. Identificação da função ou funções principais do ST;

Descomprimir proeminência óssea do calcâneo e possibilitar a vibroterapia.

8. Identificação dos principais elementos do ST e de suas funções;

Placa rígida: sustentação da perna e pé; Colchão piramidal: distribuição peso da perna; Espuma macia: sustentação calcâneo; Compartimento com bateria: alimentação do circuito; Arduino: controlar os motores; Motor: vibração; Potenciômetro: ajuste de intensidade de vibração; Porta H: interliga o arduíno aos dois motores; Controle: acionar vibração; Capa: proteção protótipo.

9. Descrição do funcionamento do ST; O trabalho do dispositivo começa pela composição da sua espuma que prevê a manutenção da pressão interface nos calcâneos menor que 32mmHg. Para acionar o dispositivo o usuário pressiona o botão liga/desliga, em seguida escolhe qual área será massageada, (pé ou perna), para cada área existe um botão específico para ajustar a intensidade da vibração, podendo os dois serem acionados ao mesmo tempo.

10. Levantamento dos recursos; Recursos de substância: motor; Recursos de energia: corrente elétrica; Recursos de espaço: espaço entre calcâneo e dispositivo; Recursos de tempo: tempo intervalo de funcionamento do aparelho; Recursos de informação: liga/desliga, intensidade da vibração, mudança de local de vibração; Recursos de função: diminuição da pressão, efeito suplementar de massageador.

11. Identificação da características desejada a ser melhorada ou da característica indesejada a ser reduzida, eliminada ou neutralizada no ST;

Característica a ser melhorada é adicionar temporizador para que o dispositivo seja acionado e desligado automaticamente de acordo com períodos de tempo previamente selecionados. Característica indesejada a ser melhorada é o de microclima.

12. Formulação do resultado final ideal (RFI).

O dispositivo deve prevenir LPP em calcâneo.

Fonte: Azevedo, Batista e Xavier (2019).

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117

ANEXOS

ANEXO 1 - 40 Princípios inventivos - fundamento da triz. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019

1. Segmentação a. Dividir um objeto em partes independentes;

b. Tornar um objeto facilmente desmontável;

c. Aumentar o grau de fragmentação ou segmentação de um objeto.

2. Extração a. Extrair (remover ou separar) a parte ou propriedade desnecessária

ou “ disruptiva” de um objeto, ou;

b. Extrair apenas a parte ou propriedade desejada.

3. Qualidade Localizada a. Mudar a estrutura homogénea de um objeto ou o ambiente exterior/

ação para uma estrutura heterogénea;

b. Atribuir diferentes funções para cada parte de um objeto;

c. Posicionar cada parte de um objeto na melhor condição para sua

operação.

4. Assimetria a. Substituir uma forma simétrica por uma assimétrica;

b. Se o objeto for assimétrico, aumentar o grau de assimetria.

5. Combinação a. Combinação de objetos homogéneos destinados a operações

contíguas no espaço;

b. Combinação de operações contíguas e homogéneas no tempo.

6. Universalização a. Atribuir múltiplas funções a um objeto, eliminando a necessidade de

outro (s) objeto (s).

7. Alinhamento a. Colocar um objeto dentro de outro e este. por sua vez, dentro de

outro;

b. Passar um objeto através de uma cavidade de outro objeto.

8. Contra-peso a. Compensar o peso do objeto pela união com outro objeto que produz

sustentação;

b. Compensar o peso do objeto pela interação com o ambiente

fornecendo força aerodinâmica ou hidrodinâmica.

9. Compensação prévia a. Compensar uma ação previamente;

b. Se o objeto é (ou será) colocado sob tensão, forneça anti-tensão a

priori.

10. Ação Prévia a. Realizar uma ação previamente (completa ou parcialmente);

b. Dispor os objetos previamente para que eles atuem de forma mais

conveniente e rápida.

11. Proteção prévia a. Compensar a baixa contabilidade do objeto tomando contra-medidas

a priori.

12. Equipotencialidade a. Modificar as condições de trabalho para evitar levantamento ou

abaixamento.

13. Inversão a. Inverter a solução utilizada normalmente para solucionar o problema;

b. Fixar partes móveis e tornar móveis partes fixas;

c. Virar o objeto de “cabeça para baixo”.

14. Recurvação a. Substituir formas retilíneas ou planas por formas curvas; substituir

formas cúbicas por formas esféricas;

b. Usar rolamentos, esferas ou espirais;

c. Substituir movimentos lineares por rotativos, utilizar força centrífuga.

15. Dinamização a. Fazer com que as características de um objeto, ambiente ou

processo possam ser optimizadas durante qualquer fase da operação;

b. Dividir um objeto em partes com movimento relativo;

c. Tornar um objeto móvel ou adaptável.

16.Acção excessiva ou

parcial

a. Se é difícil obter 100% de um determinado efeito, executar um pouco

menos ou um pouco mais para simplificar o problema;

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118

17. Mudança para uma nova

dimensão

a. Mudar de linear para planar, de planar para tridimensional, de

tridimensional para unidimensional;

b. Utilizar arranjos em prateleiras ou camadas em vez de uma única

camada;

c. Inclinar ou virar o objeto para o lado ou utilizar outro lado do objeto.

18. Vibração a. Produzir oscilação ou vibração de um objeto;

b. Se a oscilação existe, aumentar a frequência de vibração até à

ultrassónica;

c. Utilizar a frequência de vibração do objeto;

d. Substituir vibradores mecânicos por piezoeléctricos;

e. Combinar oscilações ultrassónicas e eletromagnéticas.

19. Ação periódica a. Substituir ações contínuas por ações periódicas (pulsar);

b. Se a ação já for periódica, mudar a frequência ou período da ação

periódica;

c. Utilizar as pausas entre os pulsos para executar ações adicionais.

20. Continuidade da ação útil a. Fazer com que todas as partes de um objeto trabalhem a plena

carga, continuamente, sem pausas;

b. Eliminar tempos mortos e pausas durante o uso do objeto.

21. Aceleração a. Executar um processo o determinadas etapas do processo em alta

velocidade.

22. Transformação de

prejuízo em lucro

a. Utilizar fatores indesejados ou efeitos ambientais para obter

resultados úteis;

b. Remover o fator indesejado pela combinação com outro fator

indesejado;

c. Ampliar o fator indesejado até que ele deixe de ser indesejado.

23. Feedback (realimentação) a. Introduzir realimentação para melhorar uma ação ou processo;

b. Se a realimentação existe, modificar ou revertê-la.

24. Mediação a. Fazer com que um objeto “se ajude” pela execução de funções

suplementares e operações de reparação;

b. Utilizar energia ou materiais perdidos.

25. Auto-serviço a. Fazer com que um objeto “se ajude” pela execução de funções

suplementares e operações de reparação;

b. Utilizar energia ou materiais perdidos.

26. Cópia a. Substituir objetos complexos de difícil obtenção, caros ou frágeis por

cópias simples e baratas;

b. Uma balança pode ser usada para reduzir ou aumentar a imagem;

c. Utilizar cópias infravermelhas ou ultravioletas do objeto em vez de

cópias ópticas.

27. Uso de objetos

descartáveis

a. Substituir o objeto caro por vários objetos baratos; descurando de

algumas propriedades (por exemplo, longevidade).

28. Substituição de meios

mecânicos

a. Substituir um sistema mecânico por um sistema óptico, acústico,

táctil ou olfativo;

b. Utilizar campos eléctricos, magnéticos ou eletromagnéticos para

interagir com o objeto;

c. Substituir campos:

1) De estáticos para móveis;

2) De fixos para móveis;

3) De não estruturados para estruturados.

d. Utilizar campos em conjuntos com partículas ativadas pelos campos.

29. Uso de pneumática e

hidráulica

a. Estas partes podem usar ar ou água para inflação ou reforços

hidrostáticos.

30. Uso de filmes finos e

membranas flexíveis

a. Substituir construções tradicionais com filmes ou membranas

flexíveis;

b. Isolar um objeto do seu ambiente externo utilizando filmes ou

membranas flexíveis.

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119

31. Uso de materiais porosos a. Tornar um objeto poroso ou adicionar elementos porosos

(enchimentos, coberturas, etc.);

b. Se um objeto for poroso, introduzir substâncias ou funções úteis nos

poros do objeto.

32. Mudança de cor a. Modificar a cor do objeto ou do ambiente;

b. Mudar a transparência do objeto , processos ou do ambiente de difícil

visualização;

c. Usar aditivos coloridos para observar objetos ou processos de difícil

visualização;

d. Se os aditivos são usados, utilizar aditivos ou elementos

luminescentes.

33. Homogeneização a. Fazer objetos que interagem do mesmo material ou de material com

propriedades idênticas.

34. Descarte e regeneração a. Eliminar (por ex. descartar, dissolver , evaporar) ou modificar partes

de um objeto que já tenham cumprido as suas funções;

b. Imediatamente regenerar partes consumíveis de um objeto durante a

operação.

35. Mudança de estado físico

ou químico

a. Mudar o estado de agregação, concentração ou consistência, o grau

de flexibilidade ou a temperatura do objeto.

36. Mudança de fase a. Utilizar fenómenos relacionados a mudanças de fase (liberação ou

absorção de calor, mudança de volume, etc.).

37. Expansão térmica a. Utilizar materiais que expandem ou contraem com o calor;

b. Associar materiais com diferentes coeficientes de expansão térmica.

38. Uso de oxidantes fortes a. Substituir o ar comum por ar enriquecido com oxigénio;

b. Substituir o ar enriquecido com oxigénio por oxigénio;

c. Usar radiação ionizada num objeto em ar ou em oxigénio;

d. Usar oxigénio ionizado.

39. Uso de atmosferas inertes a. Substituir o ambiente normal por um ambiente inerte;

b. Adicionar partes neutras ou aditivos neutros a um objeto.

40. Uso de materiais

compostos

a. Substituir materiais homogéneos por materiais compostos.

Fonte: Mazur (1995)

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120

ANEXO 2 – 39 parâmetros de engenharia. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019

1. Peso de objeto em movimento

2. Peso do objeto imóvel

3. Comprimento do objeto em movimento

4. Comprimento do objeto imóvel

5. Área do objeto em movimento

6. Área de objeto imóvel

7. Volume de objeto em movimento

8. Volume de objeto imóvel

9. Rapidez

10. Força

11. Tensão, pressão

12. Forma

13. Estabilidade do objeto

14. Força

15. Durabilidade do objeto em movimento

16. Durabilidade do objeto imóvel

17. Temperatura

18. Brilho

19. Energia gasta por objeto em movimento

20. Energia gasta por objeto imóvel

21. Poder

22. Desperdício de energia

23. Desperdício de substância

24. Perda de informação

25. Perda de Tempo

26. Quantidade de Substância

27. Confiabilidade

28. Precisão de medição

29. Precisão de fabricação

30. Fatores prejudiciais de atuam no objeto

31. Efeitos colaterais nocivos

32. Fabricação

33. Conveniência de uso

34. Capacidade de reparação

35. Adaptabilidade

36. Complexidade do dispositivo

37. Complexidade de controle

38. Nível de automação

39. Produtividade

Fonte: Mazur (1995)

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ANEXO 3 – Padrões de evolução de patentes. Vitória, Espírito Santo, Brasil, 2019

1. A tecnologia segue um ciclo de vida de nascimento, crescimento, maturidade, declínio.

2. Aumento da Idealidade.

3. Desenvolvimento desigual de subsistemas resultando em contradições.

4. Dinamismo e controlabilidade crescentes.

5. Aumento da complexidade, seguido pela simplicidade por meio da integração.

6. Correspondência e incompatibilidade de partes.

7. Transição de macros sistemas para microssistemas usando campos de energia para obter melhor desempenho ou controle.

8. Diminuindo o envolvimento humano com o aumento da automação.

Fonte: Mazur (1995)