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8/13/2019 Teorias Do Restauro
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RESTAURAO: TEORIAS EPROJETO
Profa. Dra. Roso Fernndez Baca Salcedo
8/13/2019 Teorias Do Restauro
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RESTAURAO: TEORIAS EPROJETO
CONCEITO
RUSKIN
VIOLLET-LE-DUC BOITO
CARTA DE ATENAS
BRANDI
CARTA DE VENEZA CARTA DE RESTAURO
GIOVANNONI
CARTA DE CRACOVIA
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RUSKIN
John Ruskin nasceu em Londres em 1819
Livros: As sete lmpadas da arquitetura,Aspedras deVeneza.
A arquitetura deveria ser sacramentada, attulo desta deveremos consagrar-lhe nossasmaiores meditaes.
A arquitetura possua alma. Alma que lheera dada pelo seu construtor, criador.
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RUSKIN
A restaurao no poderia jamais restituir aalma que lhe era dada pelo seu construtor,
criador. A restaurao no poderia jamaisrestituir a alma que era nica.
A restaurao era a destruio mais
completa que poderia sofrer um edifcio. A maior gloria de um edifcio, no
depende em efeito nem de sua pedra, nem
de seu ouro, sua glria est em suaidade.
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VIOLLET-LE-DUC
Arquiteto, restaurador (1814-1879).
Restaurarum edifcio no conserva-lo,repar-lo ou refaz-lo restitui-lo a umestado de inteireza que pode jamais terexistido em um dadomomento.
Restaurar seu estilo, sua forma, suaestrutura segundo o estilo original doedifcio, dizer restabelecer a unidade do
estilo.
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CAMILO BOITO
Trs categorias do restauro: arqueolgico,pictrico e arquitetnico.
Princpios da restaurao do edifcio: diferena do estilo entre o novo e o velho;
diferena de materiais de construo;
supresso dos ornatos; permanncia dos elementos originais do
monumento;
colocao em alguma parte da data do restauro;
descri o do monumento.
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CARTA DE ATENAS DE 1931
Oemprego adequado de todos os recursosda tcnica moderna e especialmente o
cimentoarmado (IPHAN, 1995, p.16). Quando existem, os modelos originais e,
na falta deles, a execuo de moldes.
necessrio diferenciar do elemento originalatravs de datas, cores, etc.
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CARTA DE ATENAS DE 1931
Uma conservaoescrupulosa se
impe, com arecolocao emseus lugares doselementos originaisencontrados(anastilose)
(IPHAN, p.17).
As runas soobjeto de
conservao.
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CARTA DE ATENAS DE 1931
Nos casos em queuma restaurao pareaindispensvel devido a
deteriorao oudestruio, aconferncia recomendaque se respeite a obra
histrica e artstica dopassado, semprejudicar o estilo denenhuma poca(IPHAN, 1995, p. 15-
16)
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CARTA DE ATENAS DE 1933
Sero salvaguardados se constituem a expresso de umacultura anterior e se correspondem a um interesse geral. A
morte, que no poupa nenhum ser vivo, atinge tambm asobras dos homens. necessrio saber reconhecer ediscriminar nos testemunhos do passado aquelas que aindaesto vivas. Nem tudo que passado tem, por definiodireito perenidade; convm escolher com sabedoria o que
deve ser respeitado (...) nos casos em que se esteja diante deconstrues repetidas em numerosos exemplares, algumassero conservadas a ttulo de documentrio, as outrasdemolidas. (IPHAM, 1995, p. 59-61).
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CESARE BRANDI
Axiomas para a restaurao: 1 Restaura-se s a matria da obra de arte. A matria se
desdobra em estrutura e aspecto. O material do aspectodeve ser original, enquanto que o material da estrutura
pode ser substitudo por um outro mais resistente. Oaspecto o material visvel aos olhos.
2 A restaurao deve dirigir-se ao restabelecimento daunidade potencial da obra de arte, sem cometer uma
falsificao artstica ou histrica.
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CESARE BRANDI
Trs princpios em relao ao restauro:
1 A reintegrao deve ser reconhecvel sempre e com facilidade
sem que por isto tenha que romper aunidade que se pretende reconstruir.
2 A matria que compe a margem insubstituvel unicamente ondecolabore diretamente a figurao daimagem, dizer o aspecto.
3 Qualquer interveno de restaurono far impossvel eventuaisintervenes futuras, mas pelo
contrrio as facilitar.
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CESARE BRANDI
Duas instncias a serconsideradas norestauro:
1 HISTORICIDADE,os acrscimos sofridos
por uma obra de arteno so mais quenovas testemunhas daatividade humana,
porm da histria.Tendo direito a suaconservao.
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CESARE BRANDI
INSTNCIA ESTTICA, oanhadido ou acrscimo deve sereliminado.
Fotos: Quartel de Gois antes e apsa restaurao.
QUAL DAS DUAS INSTNCIASSE IMPE?. sempre um juzo de
valor o que determina a escolha deuma ou outra instncia naconservao ou eliminao dosacrscimos nos edifcios a serem
restaurados.
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CESARE BRANDI
Runa ser, pois, tudoo que d testemunhada histria do
homem, mas com umaspecto diferente eat irreconhecvel emrelao ao seu
aspecto primitivo. Runas do
Abarebeb, capelaconstruda pelosfranciscanos,sec.XVII.
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RESTAURAO
A restaurao uma operao que deve ter carter
excepcional. Tem por objetivo conservar e revelar osvalores estticos e histricos do monumento e fundamenta-se no respeito ao material original e aos documentosautnticos.(Carta de Veneza: Conselho Internacional deMonumentos e Stios citado pelo IPHAN, 1995, p. 110-
111).
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CARTA DE VENEZA
Aunidade do estilo no a finalidade a alcanarno curso de uma restaurao. Quando um edifcio
comporta vrias etapas de construo superpostas,a exibio de uma etapa subjacente s se justificaem circunstncias excepcionais e quando o que seelimina de pouco interesse e o material que
revelado, de grande valor histrico, arqueolgicoou esttico e seu estado de conservao consideradosatisfatrio(IPHAN, 1995, p.111).
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CARTA DE VENEZA
Os elementos destinados a substituir as partes faltantesdevem integrar-se harmoniosamente ao conjunto,
distinguindo-se, todavia, das partes originais, a fim de quea restaurao no falsifique o documento de arte e dehistria(IPHAN, 1995, p.111).
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CARTA DO RESTAURO
Qualquer interveno deve ser previamente estudada e justificada por
escrito e dever ser organizado um dirio deseu desenvolvimento, a que se anexar adocumentao fotogrfica de antes e depois
da interveno. Sero documentadas ainda,todas as eventuais investigaes e anlisesrealizadas com o auxlio da fsica, daqumica, da microbiologia e de outrascincias. (IPHAN, 1995, p.198)
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CARTA DE RESTAURO
Arealizao do projeto para a restaurao de uma obraarquitetnica dever ser precedida de um exaustivo estudosobre o monumento, elaborado de diversos pontos de vista
( que estabelecem a anlise de sua posio no contextoterritorial ou no tecido urbano, dos aspectos tipolgicos,das elevaes e qualidades formais, dos sistemas ecaracteres construtivos, etc) relativos a obra original, assim
como aos eventuais acrscimos oumodificaes(IPHAN,1995, 204).
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CARTA DE RESTAURO
Levantamento: pesquisa bibliogrficas, iconogrficas earquivsticas, etc.
O projeto se basear em uma completa observaogrfica e fotogrfica, interpretada tambm sob o aspectometrolgico.
Principais tipos de interveno dos edifcios:
A) Saneamento esttico e higinico: respeito speculariadades tipolgicas, construtivas e funcionais doedifcio, evitando-se qualquer transformao que altere
suas caractersticas.
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CARTA DE RESTAURO
B) renovao funcional dos elementos internos, que se h de
permitir somente nos casos em que resultar indispensvel paraefeitos de manuteno em uso do edifcio.
Nesse tipo de intervenes de fundamental importncia orespeito s peculariedades tipolgicas e construtivas dos
edifcios, proibidas quaisquer intervenes que alterem suascaractersticas como o vazado da estrutura ou a introduo defunes que deformarem excessivamente o equilbrio tipolgico-estrutural do edifcio (IPHAN, 1995, p,215).
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GIOVANNONI
Gustavo Giovannoni (1873-1947)
Arquiteto, urbanista, engenheiro, restaurador e discpulo econtinuador de Boito.
Umacidade histrica constitui em si um monumento, masao mesmo tempo um tecido vivo.(CHOAY, 2001,
p.200) Funda uma doutrina de conservao e restaurao dopatrimnio urbano.
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GIOVANNONI
Todo fragmento urbano deve ser inserido numplano diretor local, regional e territorial, sendoseu valor de uso legitimado [...] pela manuteno
do carter social da populao(CHOAY, 2001,p. 200)
Monumentohistrico no pode constar como umedifcio isolado, separado das construes no qualseinsere[...] ambiente (CHOAY, 2001, p.200)
Os conjuntos urbanos requerem procedimentos depreservao e restaurao anlogos aos que foramdefinidos por Boito para osmonumentos
( CHOAY, 2000, p. 201)
PRINCPIOS
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CARTA DE CRACOVIA
Publicado em carter regional para Europa
Projeto de restaurao entendida como um processocontinuo desde a identificao do objeto, passando por
seus estudos prvios, diagnoses, restaurao, previso defuturos danos e manuteno.
Conceito de identidade e autenticidade.
(CARTA DE CRACOVIA, 2000 apud BLANCO, 2008,
p. 186).
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CARTA DE CRACOVIA
Soma de caractersticas subtanciais,historicamente determinadas: da origemat o estado atual, como resultado de
varias transformaes que ocorreram aolongo do tempo.
Referncia comum de valores presentes
geradores na esfera da comunidade e osvalores passados identificados naautenticidade do monumento.
(CARTA DE CRACOVIA, 2000 apudBLANCO, 2008, p. 186).
AUTENTICIDADE
IDENTIDADE
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CARTA DE CRACOVIA
A reconstruo de um edifcio na sua totalidade, destrudo
por um conflito armado ou desastres naturais, somenteaceitvel se existem motivos sociais ou culturaisexcepcionais que esto relacionados com a identidade dacomunidade inteira.
(CARTA DE CRACOVIA, 2000 apud BLANCO, 2008,p. 186).
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BLANCO, JavierRivera. De varia r estauracione. Teoria e histri a de la r estauracin arqui tectnica. Madri; AbadaEditores, 2008.
BOITO, Camilo. Os restauradores. Traduo: Pulo Mugayar Kulh; Beatriz Mugayar Kuhl. Cotia, SP: AteliEditorial, 2003.
BRANDI, C. Teoria da restaurao. Traduo de Beatriz Mugayar Kulh. Cotia: Ateli, 2004.
CHOAY, Franoise. A alegoria do patrimnio. So Paulo: Estao Liberdade: Editora UNESP, 2001. CONFERNCIA INTERNACIONAL SOBRE CONSERVAO. Carta de Cracovia, 2000. In: Blanco, Javier
Rivera. De varia restauratione. Madrid: Abada Editores, 2008.
CONSELHO INTERNACIONAL DE MONUMENTOS E STIOS ICOMOS. Carta de Veneza, 1964. In: IPHAN:Cartas Patrimoniais. 3 Ed. Ver. Rio de Janeiro: IPHAN, 2004, p. 91-95.
GOVERNO DA ITLIA. Carta de Restauro, 1972. In: In: IPHAN: Cartas Patrimoniais. 3 Ed.Ver. Rio de Janeiro:IPHAN, 2004, p. 91-95. In: IPHAN: Cartas Patrimoniais. 3 Ed. Ver. Rio de Janeiro: IPHAN, 2004, p. 147-169.
KULH, B. M. Arquitetura do ferro e arquitetura ferroviria em So Paulo : reflexes sobre a sua preservao. So
Paulo: Ateli: Fapesp: Secretaria da Cultura, 1998. RUSKIN, J. Las siete lmparas de la arquitetura. Buenos Aires: El Ateneu, 1956. 285 p.
SALCEDO, Roso F.B. A reabilitao das residncias nos Centros Histricos da Amrica Latina . Cusco (Peru) eOuro Preto (Brasil). So Paulo: Editora UNESP, 2007.
SALCEDO, Roso F.B. Histria e teoria da restaurao. In: Revista Multicincia, So Carlos, v. 4, p. 150-160,2000.