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POR FALAR EM AMOR...A Match Made on Madison

Dee Davis

Sabrina nº. 1518

Inesperado encontro de amor

As moças solteiras de Manhattan com o desejo de encontrar o par perfeito têmsuas esperanças renovadas com a agente de encontros românticos VanessaCarlson. Com seu negócio promissor em plena ascensão, os serviços de

Vanessa são definitivamente um ótimo recurso... e uma lu no fim do t!nel"#ara provar de uma ve por todas $uem % a melhor agente de encontrosromânticos da cidade, Vanessa e sua maior concorrente Althea &evalas,

entram numa competição para ver $uem consegue atrair o co'içado pla('o(Mar) *ra(son como cliente e fa ê+lo su'ir ao altar. pro'lema % $ue as

emoç-es muitas ve es têm vontade própria, e Vanessa logo desco're $ue, napr tica, nem sempre a teoria funciona...

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"op3ri*ht 4 5667 b3 Dee Davis Ober8etter P!9L:"ADO +O9 A"O;DO "OM <;:DE=< MED:A >;O!P, LL". =?,=?@!+A

<odos os direitos reservados.

<odos os persona*ens desta obra s(o fictícios.ual#uer semelhan/a com pessoas vivas ou mortas terá sido mera coincid-ncia.

<B<!LO O;:>:=ALC A Match Made on Madison

ED:<O;ALeonice Pomponio

A++:+<E=<E ED:<O;:ALPatrícia "haves

ED: OF<EG<O<radu/(oC Maria "ecilia +oeiro ;odrí*ues

;evis(oC >iacomo Leone

A;<EMHnica Maldonado

:L!+<;A O"orbis;0FOther :ma*es

MA;IE<:=>F"OME;":AL+ilvia "ampos

P;OD! O >;J0:"A

+Hnia +assiPA>:=A O

Dan3 Editora Ltda.

4 566K Editora =ova "ultural Ltda.;ua Paes Leme, 5 N 6 andar @ "EP 6 5 @6 6 @ +(o Paulo N +P

888.novacultural.com.br

Premedia, impress(o e acabamentoC ;; Donnelle3

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"apítulo :

Q Mais uma rodada, por favor. Q Acenei para o *ar/om, com um *esto n(ot(o ele*ante como pretendia.

Martinis t-m esse estranho poder. =a verdade, dois seriam o limite. E Rátínhamos tomado tr-s. Mas tratava@se de uma comemora/(o.

Al%m do mais, n(o era eu #uem iria pa*ar a conta.

O 9emelmans % um dos melhores e mais caros bares #ue conhe/o. O nome %em homena*em a um famoso escritor infantil, e os #uadros despretensiosos nas paredes nos transportam ao mundo dos contos de fadas. Pe#ueno e íntimo, com seuco#uet%is refinados e seus canap%s de #ueiRo fundido, % um lu*ar perfeitfre#Sentado por *ente famosa há mais de cinco d%cadas.

A despesa, nesta ocasi(o, ficaria por conta de Althea +evalas, minha ami*a,conselheira e, al*umas ve$es, concorrente. =a verdade, aprendi tudo o #ue Altheatinha para me ensinar com a voracidade de uma leoa faminta, e depois prosse*uiso$inha, abrindo minha pr pria a*-ncia.

A princípio, houve um certo constran*imento entre n s. Afinal, dei ei asociedade levando comi*o todos os tru#ues do ne* cio. =o entanto, ap s al*umtempo, ela se convenceu de #ue Manhattan era *rande o suficiente para n s duas, e,apesar de mais precavida, me aceitou de volta a seu círculo de ami$ades.

=o momento, eu me sentia satisfeita por ter sido convidada ao casamento dos%culo, e devia isso a mim. Era a primeira ve$ #ue al*u%m de uma a*-ncmatrimonial era convidado para uma cerimHnia. Os noivos, em *eral, n(o *ostavamde lembrar #ue haviam necessitado de aRuda profissional para achar seus parceiros.

+endo esse o motivo da comemora/(o, eu aproveitara para tra$er minha ami*a"3bil 9aransTi, responsável pela publica/(o de uma coluna social de um famoso Rornal.

Q Escutei comentários de #ue, apesar de o vestido ter custado meio milh(o ded lares, a noiva ainda parecia estar usando um saco amarrado na cintura Q "3bilconfidenciou.

A noiva em #uest(o % +usannah 9arTer, #ue apareceu do nada para fis*ar omultimilionário ;obert UalsTi. "laro #ue +usannah tinha Althea e toda a e#uipe a seulado, o #ue por si s Rá era uma *arantia de sucesso.

Q Meu bem... Q Althea se inclinou sobre a mesa, #uase batendo o nari$ no de

"3bil Q ...#uando uma pessoa tem de usar um tamanho *rande em seu pr priocasamento, n(o há muito o #ue um costureiro possa fa$er.NS

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= s tr-s voltamos a olhar para o Rornal #ue Althea trou era. A ima*em falava bem mais do #ue as palavras.

:ma*ino #ue +usannah seria considerada atraente pela maioria das criaturascomuns, mas Manhattan % um oceano de tamanhos pe#uenos. +empre acreditei #uera$(o para os restaurantes abrirem e fecharem com tanta rapide$ por a#ui se deve em parte ao fato de #ue, embora a maioria das mulheres fre#Sente esses estabelecimento por obri*a/1es sociais, raramente comem al*uma coisa.

Por%m, de #ual#uer forma, o importante para uma boa uni(o % encontraal*u%m da mesma cate*oria social e com fortuna id-ntica ou superior a sua. <oda esstolice sobre amor verdadeiro e atra/(o dos opostos % ridícula nesta camada da popula/(o. "asamento % um ne* cio. =ada mais #ue isso.

O *ar/om apareceu com nossos co#uet%is e uma por/(o variada de petiscos.

Antes de beber, misturei meu drin#ue durante minutos e depois encarei Althea,sentada a minha frente.

Q Eles mencionaram sua participa/(o nas nVpciasW Q per*untei.

Q =(o. Mas todos Rá sabiam. O #ue fa/o n(o % nenhum se*redo de Estado. Q Althea virou a cabe/a, e seu rosto ficou iluminado pela lu$.

=(o diria #ue era Rovem, mas sim bem conservada. >ra/as X *en%tica, semdVvida, mas sobretudo a seu cirur*i(o plástico.

Eu costumava pensar #ue cirur*ia plástica era al*o apenas para os idosos ou para os muito feios. "reio #ue #uase todos os Rovens de vinte anos concordariacomi*o. Entretanto, devo confessar #ue me dou muito bem com cirur*i1es plásticosAt% a*ora usei apenas boto , e n(o pretendo fa$er nada al%m disso, at% che*ar a#uarenta.

Q A atitude de terem convidado voc- Rá di$ muito. Q "3bil pe*ou umamendoim e o devolveu ao prato lo*o em se*uida, pressionada pelo sentimento deculpa. Q Afinal, nin*u%m *osta de admitir #ue necessitou de aRuda para encontrar

verdadeiro amor. Q uerida... Q falei, balan/ando meu copo no ar Q ...n(o estamos

interessadas em amor, verdadeiro ou n(o. <entamos fa$er uma combina/(o do patrimHnio de ambas as partes, transformando@os em um todo mais produtivo.

Q Parece estar falando da cis(o entre duas companhias. Q "3bil torceu onari$, mostrando desa*rado.

Q E voc-, minha ami*a, % sentimental demais.

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"3bil, apesar de toda a sofistica/(o, era uma rom&ntica incurável. O #uesi*nificava #ue sempre escolhia o homem errado. 9asta olhar para seu namoradoatual, +tephen Yobbs. Mas n(o posso entrar em detalhes a*ora.

Q =ada disso. Apenas acredito #ue o matrimHnio deva envolver al*o mais do#ue apenas contas bancárias.

Q L *ico #ue % mais do #ue isso' Q Althea afa*ou a m(o de "3bil. Q Yá ose o.

uase en*as*uei com uma a$eitona. Althea era, por nature$a, muito discreta,do tipo #ue nunca fala nomes feios e Ramais se refere diretamente ao #ue se podfa$er dentro de um #uarto, al%m de dormir. "om certe$a, os martinis a estavamdei ando menos inibida.

Q E como pode asse*urar #ue um casamento arranRado % *arantia de bomse oW Q Os olhos de "3bil pareciam #uerer fecharZ afinal, estávamos no #uartomartini.

Q +emelhantes atraem semelhantes Q Althea declarou em tom solene, comose fossem as palavras mais sábias do mundo.

Q Yum... acho #ue está #uerendo di$er opostos Q "3bil retrucou.

Q =(o. uero di$er semelhantes. Duas pessoas de um mesmo nível social efinanceiro e mesma educa/(o decerto ser(o mais feli$es do #ue as #ue se unem

apenas pela simples atra/(o física. Q <alve$ em um contrato, sim, mas no #uarto sou mais pela atra/(o. Q "3bil

se recostou no espaldar, bebericando seu drin#ue.

Q A curto pra$o, % possível Q comentei, aproveitando as palavras de Althea."omo Rá disse antes, ela foi minha conselheira. Q Mas, #uando a pai (o físicadiminui, e com certe$a vai diminuir, a uni(o precisará de uma base s lida para semanter. Al%m do mais, o pra$er n(o tem de se limitar ao parceiro oficial.

Q Por isso % #ue e istem as aventuras. Q Althea assentiu.

Q =a realidade, estava pensando nos vibradores. De todo modo, aventurastamb%m servem. Q +orri.

Q [oc-s duas s(o cínicas demais para se dedicarem a esse ramo de ne* cio. Q "3bil meneou a cabe/a. Q [anessa, voc- at% bati$ou sua a*-ncia com o nome0eli$es para +empre. "omo al*u%m poderá conse*uir isso sem amorW

Q Para mim, o amor nem sempre leva ao feli$es para sempre. E al%m do maiso nome de minha a*-ncia % 0P+.

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Q Pura sem&ntica. Q "3bil abanou a m(o, o #ue fe$ o *ar/om se apro imar, pensando ter sido chamado. Ela o olhou, fe$ #ue n(o, e o rapa$ se afastou, discreto Q [oc- % uma a*enciadora matrimonial, o #ue #uer di$er #ue proporciona aos outroscondi/1es para #ue encontrem o verdadeiro amor.

Q Apenas nos contos de fada, #uerida Q Althea interferiu. Q Estamos emManhattan.

Q Está #uerendo di$er #ue nin*u%m em Manhattan se casa por amorW

Q =(o se a pessoa tiver atin*ido uma determinada posi/(o social. =(o iriadurar.

"3bil abriu a boca para ar*umentar, mas eu me adianteiC

Q Yá *ente importante, casada e #ue está apai onada, mas isso % apenas um

detalheZ um bHnus no relacionamento. =(o % essencial e n(o % a norma. Q E seus clientes t-m conhecimento de seu modo de pensarW Q "3bil

continuou, com teimosia.

Q =(o s t-m, #uerida, como % uma de suas e i*-ncias Q Althea retrucou,com vo$ pastosa. Q 9em, talve$ n(o seRa uma e i*-ncia. Acredito #ue meus clientesdevem ser convencidos disso, a princípio. E eles, em *eral, acabam concordandocomi*o.

Q <udo me parece muito depressivo, mas pelo visto funciona. Os ne* ciosv(o de vento em popa, certoW Q "3bil comentou.

Q +im, embora ache #ue eu e [anessa estaríamos em melhor situa/(otrabalhando Runtas. Q Althea me olhou, e eu tentei disfar/ar, abrindo a bolsa para procurar al*o.

Q [anessa vai muito bem so$inha Q "3bil se apressou em me defender. Q Evoc- n(o pode reclamar. Q Apontou para o Rornal, #ue tra$ia na pá*ina das colunassociais fotos do casamento dos UalsTi.

Q 2. Q Althea suspirou. Q Mas ima*ine como estaríamos bem se tiv%ssemosmantido nossa e#uipe.

=a realidade,ela estaria melhor. Devo muito a Althea, n(o posso ne*ar. Por%m,havia desvanta*ens em ser sua funcionária. =a maioria, financeiras. E visto #ue tenhouma fra#ue$a por eti#uetas como [ersace e Prada, o dinheiro % essencial. Ora, mesm#ue n(o tivesse, o dinheiro % sempre necessário.

[ivemos em Manhattan'

Q [iram #uem está sentado aliW Q =(o pude dei ar de per*untar, fitando amesa no canto oposto. Q MarT >ra3son.

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Q Eu o vi #uando entramos. Q "3bil virou a cabe/a para poder v-@lo melhor. Q A#uela com ele % <and3 Mont*omer3.

Q <and3 Mont*omer3W !ma nova celebridade, por acasoW

Q =(o, Althea, trata@se da vencedora de um concurso de moda. [oc-s sabem,a#uele transmitido pela tev- a cabo.

Estava e plicado por #ue n(o ouvira falar dela. Eu tinha mais o #ue fa$er do#ue acompanhar as Vltimas notícias da vida dos famosos.

Q Está mais do #ue evidente #ue a mo/a n(o % a mulher certa para ele. Q Althea ar#ueou uma sobrancelha.

MarT >ra3son era um novo@rico, mas che*ara aonde estava pelo modo anti*otrabalho duro. Ainda bem #ue n(o encontrara a mulher ideal ainda. <eríamos de

mudar de ramo se todos fossem capa$es de se aReitar so$inhos. Q 9em, ele parece estar apreciando a companhia da Rovem.

A esse comentário de "3bil, n s tr-s nos viramos para olhar o casal. =(o era aatitude ade#uada, sobretudo no 9emelmans, mas *randes #uantidades de *im fa$emcom #ue se ultrapassem os limites do bom comportamento social. Al%m do mais, ermuito interessante observar os movimentos da#uele homem.

Q E o #ue mais voc- sabeW Q Althea e eu nos inclinamos em dire/(o a "3bil para ouvir melhor.

Q A respeito de <and3 ou de >ra3sonW

Q De ambos Q respondemos em coro.

Q +ei pouco sobre ela, e estou #uase convencida de #ue n(o se trata de umacompanhia fi a.

Q >ra3son sempre escolhe o mesmo tipo de *arotaW Q Althea #uis saber.

Q ;uivasW "reio #ue n(o. )á o vi acompanhado de loiras antes.

Os martinis estavam mesmo entorpecendo seu c%rebro.

Q =(o, "3bil. Estou me referindo a *arotas de cabe/a oca, #ue se tornaramfamosas de um momento para o outro.

Q Ora, voc-s #ueriam v-@lo desfilando com uma es#uel%tica com mais d#uarentaW Q <entei intervir, mas elas nem me escutaram, entretidas #ue estavam emobservaro garoto maravilha.

Q =(o. Q Althea deu de ombros. Q Estava apenas...

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Q ...fa$endo uma avalia/(o Q "3bil completou a frase da ami*a, disfar/andoo riso. Q E #ual a conclus(oW

Q uer a verdadeW

"3bil assentiu.

Q MarT n(o % do tipo casadoiro. Mas com um pouco de persuas(o...

Q +em dVvida parece@me o tipo ideal para seu conceito de um casament perfeito.

Q Ei, estou a#ui tamb%m' Q e clamei, balan/ando meu copo sobre a mesa. Q Al%m do mais, fui eu #uem o achou primeiro.

Q [anessa, nin*u%m o achou. MarT se encontrava a#ui antes de n s. E devodi$er #ue, se al*u%m há de se apoderar dele, esse al*u%m serei eu. <enho mae peri-ncia. Q Althea aReitou os cabelos.

Ela estava certa, mas eu Rá bebera tr-s co#uet%is e detestava ser passada partrás.

Q E peri-ncia n(o % tudo, meu bem. 2 necessário t%cnica tamb%m, e voc-sempre me disse #ue meus instintos s(o fantásticos.

Q :nstintos, sim, [anessa. <%cnica, n(o.

Q Por #ue voc-s duas n(o fa$em uma apostaW+em mais, nos viramos para "3bil, ao ouvir a su*est(o t(o inesperada.

Q Meninas, acho #ue seria uma boa id%ia. !m pouco de competi/(o poderáser interessante. <em de admitir, Althea, #ue [anessa vem se dando muito bemadministrando a pr pria a*-ncia matrimonial. E voc-, [anessa, vive reclamando #ues Althea recebe as aten/1es. Por #ue n(o provar #ual das duas % a melhorW ual devoc-s conse*ue convencer MarT >ra3son a se envolver num compromisso s%rioW Afinal, a vencedora será coroada como a rainha das a*-ncias matrimoniais de

Manhattan.A#uilo n(o dei ava de ser atraente. Embora Althea fosse minha ami*a e

conselheira, seria bom competir com ela e provar meu pr prio valor.

[iramW =(o estava e a*erando #uando disse #ue a coluna de "3bil valia a pena ser lida.

0i ei o olhar em Althea, #ue tentava se mostrar desinteressada, mas pude ver o brilho em suas pupilas.

Q Ent(o, a primeira a t-@lo como cliente venceW

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Q De forma al*uma. Q "3bil deu risada, passando a ponta do dedo pela beirada do copo. Q +eria fácil demais. Para vencer, uma de voc-s terá de ser convidada e dan/ar na festa de casamento desse homem.

Q =(o sei. Q Althea via >ra3son, de soslaio, pa*ar a conta e se retirar comsua *arota. Q ArranRo matrimonial n(o % uma ci-ncia e ata.

Q Oh, por favor' [oc- passou mais de meia hora me di$endo #ue o casamenton(o % nada mais do #ue um contrato comercial. Ou n(o se Rul*a X altura do desafioW

"olo#uei na boca uma a$eitona sem caro/o, para me manter calada. =(o erauma decis(o para ser tomada sem ponderar. !ma a*ente #ue falha n(o costumareceber muitas novas propostas de trabalho.

Mas a a$eitona pareceu n(o ter recebido meu recado e desceu macia pela*ar*anta, dei ando minha boca livre, como se tivesse vida pr pria.

Q Aceito.

!m sil-ncio pesado se abateu sobre n s, mas eu sabia #ue n(o seria por muitotempo. Althea n(o era de i*norar um desafio.

Q Aceito tamb%m, #uerida Q ela afirmou.

"3bil er*ueu o copo.

Q ue ven/a a melhor'

9rindamos e bebemos. A competi/(o come/ara.

+eria Althea ou eu.

A vencedora levará Manhattan'

A manh( se*uinte come/ou de modo inesperado. Al%m de ter acordado comuma terrível ressaca, me vi desempenhando o papel da m(e arrependida de Ualdo.

Dei em@me e plicar melhor, antes #ue tirem conclus1es erradas. Ualdo % omeu *ato, e, pelo #ue parece, ele esteve Ro*ando seu charme Q e al*o mais Q sobrea *atinha de minha vi$inha.

+abem, Ualdo vem mostrando interesse por Arabella há muitos meses, e sua pai (o o levou a invadir o apartamento pe*ado ao meu. O resultado % #ue a *atinhauma siamesa de pedigree, estar *rávida.

"onsiderando #ue a nobre$a de Ualdo dei a muito a deseRar, acabamos com

um *rande problema nas m(os. Ao menos essa % a opini(o de Edna Melderson, donde Arabella.

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Assim, em ve$ de estar me vestindo para ir com "3bil X li#uida/(o anual de bolsas da famosa LoRa 9er*dorf, cá estou, sentada em minha sala, acompanhada dmeu ami*o Anderson Uri*ht, X espera da +ra. Melderson.

Anderson administra uma das maiores firmas de investimentos na Uall +treet,o #ue pode parecer al*o muito especial, mas em sua opini(o % o empre*o maiestressante #ue Rá teve.

Eu o chamei lo*o #ue recebi o recado sobre as fa/anhas do casal de felinos. =(o sou do tipo de enfrentar o peri*o so$inha e, como Anderson mora no mesmoandar, achei #ue seria a pessoa perfeita para me aRudar nessa situa/(o.

E, para minha sorte, ele veio acompanhado de ;ichard, seu namorado.

+e voc- procurar no dicionário a palavraintimidante, terá a descri/(o e ata deEdna. =ascida em Massachusetts, tem o san*ue t(o a$ul #ue, uma ve$ $an*ada, elan(o fica vermelha como os simples mortaisZ a colora/(o de sua pele che*a pr imado pVrpura. Deve estar beirando os sessenta, mas n(o parece. =unca se casou, e suae press(o amar*a denota uma mulher #ue precisa muito de um parceiro.

"reio #ue Ramais trocamos muitas palavras, al%m de olá e at% lo*o . Emal*umas ocasi1es, Edna apenas acena com a cabe/a, como se estivesse fa$endo um*rande favor em me cumprimentar.

Para evitar maiores problemas, fechei Ualdo no #uarto #uando Arabella e a+ra. Melderson che*aram, mas ele lo*o fareRou #ue sua amada estava na sala ao lado

Q O #ue deseRo saber %C o #ue pretende fa$er sobre o sucedidoW Q a +Melderson inda*ou.

[isto #ue o pior Rá acontecera, #ue atitude eu poderia tomarW Diri*i a Andersoum olhar sVplice.

Q 9em, estou certo de #ue [anessa n(o se importará de pa*ar as despesas comveterinário, durante... Q Anderson disfar/ou um sorriso Q ...a *ravide$.

=(o se tratava de uma oferta #ual#uer, pois a +ra. Melderson era cliente de umveterinário #ue atendia em domicílio e era especiali$ado em acupuntura e medicinaholística.

Q uanto a isso, n(o tenho dVvidas, mas n(o % o #ue tenho em mente.

Os miados de Ualdo se tornaram mais audíveis. <odos sabíamos a #ue Edna sereferia, mas eu nem se#uer co*itava tirar a masculinidade de meu *atinho. Ali estavaum casti*o severo demais para al*u%m #ue se dei ara levar apenas por seus instintomais naturais. E depois, s(o necessários dois para se dan/ar um tan*o.

;esolvi se*uir os conselhos de meu pai, e atacar duro tamb%mC

NS

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Q 0icarei mais do #ue satisfeita em pa*ar para #ue Arabella seRa castrada.

Q Minha Arabella % uma *rande campe(, e como tal % considerada maisvaliosa se puder procriar. +eu *ato, sim, % #ue % uma amea/a. =(o há nada #ue eu possa fa$er na atual situa/(o, mas n(o tolerarei #ue isso se repita. +eu *ato seráe pulso deste edifício. 0ui claraW

;ichard ficou de p%, como #ue encerrando o assunto.

Q =esse caso, [anessa pensará em op/1es para n(o dei ar #ue Ualdo seapro ime de seu apartamento. E, como Anderson su*eriu, sinta@se X vontade paenviar as contas do veterinário para ela. 2 o mínimo #ue nossa ami*a pode fa$er.

+oltando um profundo suspiro, a +ra. Melderson se levantou e se diri*iu para a porta, dei ando os tr-s envoltos em uma nuvem de "hanel .

Q ue alívio' =(o foi t(o ruim como ima*inei. Q Minha su*est(o % #ue voc- colo#ue telas em todas as Ranelas, [an. Assim

poderá ficar mais tran#Sila. Q Anderson deu@me um tapinha no ombro.

Q 9em, o problema parece resolvido, no momento. +endo assim, es#ue/amosum pouco os *atos. Q ;ichard se reclinou no sofá. Q "onte sobre o +7gina Seis.

Anderson sentou@se perto do ami*o, com os olhos brilhando pela e pectativa =ada o ale*rava mais do #ue uma boa fofoca, e o tabl ide +7gina Seis era a publica/(o mais indicada para a pessoa se manter atuali$ada.

Q "omo assimW Q Massa*eei as t-mporas, tentando decidir se deveria tomar um rem%dio para a ressaca ou se umblood" mar" seria mais ade#uado.

Q =(o viu o Rornal aindaW

Q ;ichard, n(o estaria nem acordada a esta hora, se n(o fosse pela visita da+ra. Melderson e de sua *ata sedutora. Al%m do #ue, nada do #ue fi$ ontem seria t(interessante para constar das reporta*ens do +7gina Seis.

E ceto por ter concordado em participar de uma aposta impossível. <odavia,fHramos muito discretas. Pelo menos essa era minha impress(o.

Estendi a m(o, apanhei o Rornal ainda dobrado e fui direto X coluna social, #uem *eral, está na pá*ina de$. Li rápido as notícias, parando em meu nome, escrito emne*rito. Pelo menos a *rafia estava correta. "arlson. E iste uma cantora chamada[anessa "arlton, vencedora de um >ramm3, e muitas pessoas fa$em confus(o.

O arti*o di$ia o se*uinteC

Vanessa arlson, 89, foi vista no :ar :emelmans discutindo com sua e;&conselheira e agora concorrente Althea Sevalas, <=. >ontes confi7veis, dão conta de

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que a discussão tinha a ver com o pla"bo" Mar !ra"son e qual delas teria sucessoem t#&lo como cliente. aso uma das duas consiga tal feito, saberemos quem levar7 ot$tulo de rainha das ag#ncias matrimoniais em Manhattan.

Q Dro*a' Q Encostei a cabe/a no encosto da poltrona e Ro*uei lon*e o peri dico.

<entei me lembrar de #uem estivera sentado perto de n s na noite passada.Al*u%m com a lín*ua solta, sem dVvida.

Q =(o li*ue, [an. Pelo menos a nota n(o menciona os martínis.

Q Mas menciona MarT >ra3son, Anderson.

Q uer di$er #ue essa parte % verdadeiraW Q ;ichard n(o escondia acuriosidade.

Q +im. =(o falei para voc-s #ue foi uma noite e tantoW Q "onte o resto, vamos'

Q OT, Anderson. Eu e Althea apostamos #ual de n s seria capa$ de arranRarum casamento para >ra3son.

Q <rata@se do mesmo MarT >ra3son #ue raramente % visto com a mesmmulher por mais de uma ve$W

Q O pr prio. Mas escutem. Depois de todos os drin#ues #ue in*erimos, tudoera possível, entendemW

Q =(o sei como voc-s suportam essas bebidas. Q ;ichard fe$ uma careta. Q =(o há nada #ue se compare a uma dose de uís#ue escoc-s.

Q [amos dei ar de lado os co#uet%is e falar do sonho impossível Q Andersono interrompeu.

Q =(o % nada impossível. +ou muito boa no #ue fa/o, lembramW

Q =in*u%m está di$endo #ue n(o %, #uerida. Por%m, deve admitir #ue >ra3son(o % desses #ue deseRam um compromisso para a vida inteira.

Q <odos s(o, se encontrarem sua cara@metade.

Q 0ala como uma profissional. Mas esse n(o será nada fácil de convencer.

Q +ei disso.

Q Pelo menos Rá foram apresentadosW

Q =(o, ;ichard, mas li muito sobre MarT, e conhe/o bem seu perfil.

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Apenas #uando conheci Althea, entretanto, foi #ue compreendi #ue poderia*anhar dinheiro fa$endo isso. =em preciso di$er #ue fi#uei euf rica #uando ela meconvidou para ser sua assistente na a*-ncia #ue ia abrir.

Apesar dos inVmeros contatos de Althea e de todos os nossos esfor/os, osne* cios cresceram deva*ar, no início, e por várias ra$1es. Primeiro, por#ue a id%iade uma a*-ncia matrimonial estava um pouco fora de moda. Em se*undo lu*ar, esseservi/o se tomara uma febre na internet, #ue oferecia formas atraentes e baratas de seencontrar companhia.

Mas o lado ne*ativo da internet lo*o apareceu, e a *rande maioria das pessoas#ue havia procurado essa alternativa acabou desistindo.

Ap s oito anos trabalhando com Althea, senti@me preparada para abrir minh pr pria a*-ncia, e a 0P+ foi criada. Por%m, nem toda a e peri-ncia do mundo seriasuficiente para *arantir #ue MarT >ra3son iria escutar minha proposta, e muitomenos #ue concordaria em me contratar para representá@lo.

Q O #ue achaW Q ;ichard e Anderson me olhavam, ansiosos, e percebi #uetinha perdido uma parte importante da conversa.

Q Desculpem@me. O #ue acho de #u-W

Q De Anderson tentar uma apresenta/(o.

Q[oc- conhece MarT >ra3sonW Q =a#uele instante, senti minhas esperan/as

se renovarem. Q Pessoalmente, n(o. Mas ele tem uma *rande conta na firma em #ue

trabalho, e assim n(o seria nada estranho se pud%ssemos lhe oferecer al*uma cortesia

Q "omo o #u-W

Q =(o sei ao certo. Ainda estou formulando meu plano. Al*o como convitesou in*ressos #ue o levariam a um determinado lu*ar onde voc- estaria tamb%m<enho de pensar.

Q Mas n(o demore muito. "omo voc- mesmo disse, Althea Rá deve ter concluído sua estrat%*ia de ata#ue.

Q +osse*ue. Acharei al*o viável.

Eu *ostava muito da#ueles dois.

Q Meus #ueridos, n(o sei como a*radecer por tudo o #ue fi$eram por mim,hoRe.

Q Pode nos convidar para almo/ar. Q ;ichard piscou.

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!ma su*est(o bastante oportuna, n(o fosse pelo hábito de ;ichard de comer apenas nos restaurantescertos, o #ue si*nificava #ue meu or/amento deste m-sficaria comprometido. Mas eles mereciam.

Adoro fa$er compras, especialmente na 9er*dorf. Ocupando as depend-nciasde um anti*o edifício, essa % uma loRa básica, mas ele*ante. O local perfeito pae ibir as mercadorias #ue vende.

=o interior, cada detalhe % acentuado pela sofistica/(o da decora/(o, a come/ar pelo *i*antesco lustre de cristal no hall de entrada. Por%m, o mais impressionante %vista #ue se tem do "entral ParT nos andares superiores.

"laro #ue há mulheres #ue poderiam Rurar nunca terem feito compras em umaloRa de departamentos, mesmo em se tratando da 9er*dorf. +ei #ue asmaisons dosfamosos estilistas est(o locali$adas na mesma rua, a poucos passos de dist&ncia, ma*osto de poder comparar marcas, e a#ui tenho todas elas em um s local.

YoRe meu interesse % por bolsas.

Encontrei "3bil diante de uma prateleira repleta de cria/1es de )udith Leiber.Eu n(o *ostaria de usar uma delas, mas eram divertidas de se olhar.

Q [oc- está atrasada #uase uma hora. Q "3bil n(o parecia aborrecida, narealidade, e parecia Rá ter escolhido o #ue deseRava, pois se*urava uma sacola d

compras. Q Pelo visto, ocupou bem seu tempo Q comentei.

Q Achei um par de sapatos incríveis. Q E tirou da sacola uma cai a com amarca Manolo. Q =(o s(o maravilhososW

Q Lindos'

Q =(o pude resistir.

=em precisava. "3bil fa$ia bom uso de sua fortuna, e isso n(o me incomodavanem um pouco. <alve$ por#ue nos conhec-ssemos desde crian/as e eu Rá tivesse macostumado a ter uma ami*a t(o rica.

Q Adorei os sapatos, mas viemos a#ui atrás de bolsas, lembraW

Os olhos da vendedora brilharam.

Q Al*o em particularW Q a funcionária per*untou.

=a realidade, eu me decidira por uma bolsa de couro na cor fVcsia criada por)imm3 "hoo, mas era adepta de prolon*ar a satisfa/(o de meus deseRos.

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Q "reio #ue come/arei com Marc )acobs.

A vendedora, ent(o, me mostrou uma bolsa vermelha, um pouco maior do #uecostumo usar. Mirando@me no espelho, eu escutava "3bil sussurrando #ue era *randdemais.

Q Pensei #ue depois de tantos drin#ues voc- n(o compareceria a nossoencontro.

Q +abe muito bem #ue n(o dei aria #ue uma mera ressaca me impedisse devir a uma li#uida/(o da 9er*dorf. Al%m disso, tive uma visita bem cedo, pela manh(.A +ra. Melderson.

Q "ulpa de UaldoW Q "3bil fe$ uma careta.

Q Adivinhou. Ele n(o resiste a Arabella, a pe#uena siri*aita.

=(o pudemos dei ar de rir. Afinal, o assunto era en*ra/ado. Dei uma Vltimaolhada no espelho e devolvi a bolsa.

Q ue tal olharmos Dolce \ >abbanaW

A mo/a me trou e uma pe/a mostarda, forrada com uma estampa imitando pele de leopardo, mas um pouco maior do #ue a anterior, e n(o combinava com meucasaco.

Q )á sabe o #ue deseRa, n(o %W Q "3bil ar#ueou uma sobrancelha.

Q +im, mas *osto de comparar primeiro para ter certe$a.

A vendedora, percebendo #ue eu iria comprar al*o ao final, afastou@se para mdar al*um tempo.

Q =(o pretendia e ceder os limites ontem.

Q Mas voc- bebeu bem menos do #ue eu, "3bil.

Q =(o % a isso #ue me refiro, mas X aposta. =(o deveria ter for/ado voc- a

aceitar. Acordei esta manh( me sentindo p%ssima. +e #uiser, posso falar com Althea tentar fa$-@la desistir.

Q Ela nunca desiste de nada. Al%m do #u-, se eu puder superá@la publicamenserá maravilhoso para meu ne* cio.

Q +im. Mas n(o consi*o ima*inar MarT >ra3son aceitando se filiar a umaa*-ncia matrimonial. E a*ora com toda a especula/(o do +7gina Seis...

Q 9em, nem todo o mundo l- o +7gina Seis, e muito menos um e ecutivos%rio como >ra3son.

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Q =(o. Eles pa*am al*u%m para fa$-@lo. Acredite, ele tomará conhecimentde tudo.

A bolsa )imm3 "hoo era muito se 3. =a verdade, uma mistura de fVcsia eframboesa, com detalhes brilhantes. Acho #ue ainda n(o comentei #ue adoro brilho RáW

Q =(o permitirei #ue leve essa boba*em adiante, [anessa.

Q +e desistir a*ora, será o mesmo #ue dar a vit ria a Althea, "3bil.

Q Mas nem mesmo conhece a#uele homem.

Q Ah, mas Anderson o conhece' >ra3son tem muito dinheiro investido em suafirma, e ele acredita #ue poderá planeRar al*o, como um convite de cortesia para uminau*ura/(o, por e emplo. Almo/aremos Runtos hoRe para #ue ele possa me contar o

#ue Rá conse*uiu. Q [oc- % a pessoa mais cabe/a@dura #ue conhe/o. Q "3bil e alou um

profundo suspiro.

Q [ou levar a bolsa Q falei, diri*indo@me X vendedora.

En#uanto a*uardava #ue a Rovem passasse o cart(o e me entre*asse a sacolan(o pude dei ar de pensar no #ue ainda tinha pela frente.

Q uer vir almo/ar conosco, "3bilW :remos nos encontrar no <o8n.

Q =(o posso. Mar#uei um almo/o com +tephen. Q A e press(o s%ria em seurosto, me indicou #ue ela n(o deseRava ouvir nenhum comentário sobre seurelacionamento.

+tephen Yobbs % um artista pobre e sem *randes aspira/1es. =(o tenho nadacontra ele, para ser franca. O caso % #ue ambos s(o socialmente diferentes, e +tephe Rá terminou com "3bil mais de uma ve$, com a Rustificativa de #ue ela inibia sucapacidade de e pressar sua arte.

Q +tephen a convidou para sairW Q Eu o convidei. <rata@se de uma comemora/(o. Ele vendeu um de seus

#uadros.

5m #uadro.

Q =(o sabia #ue havia uma e posi/(o das obras dele Q comentei, re$ando para #ue ela n(o dissesse #ue era no "entral ParT.

Q E n(o há, embora eu esteRa planeRando al*o. Esse #uadro foi ad#uirido po

uma ami*a minha, e #ueremos comemorar.

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Pensei em al*o interessante para di$er, mas nada me ocorreu. Em ve$ disso, medespedi, abra/ando minha velha ami*a e torcendo para #ue ela conse*uisse en er*ar a situa/(o com mais clare$a, al*um dia.

uin$e minutos depois, estava sentada no <o8n, bebericando umblood" mar",esperando por Anderson.

Q Desculpe@me pelo atraso Q ele se desculpou, ao se sentar diante de mim.

Q +em problemas. "he*uei um pouco adiantada, mesmo.

Q Onde está "3bilW Pensei #ue fosse convidá@la.

Q Ela foi se encontrar com +tephen. Q =(o conse*ui esconder meudesa*rado.

Q [anessa, n(o deve ser t(o ri*orosa em seus Rul*amentos. + por#ue n(o*osta de +tephen n(o #uer di$er #ue ele n(o seRa a pessoa certa para "3bil.

Q Eu sei. 2 #ue *osto muito dela, e n(o #uero v-@la sofrer. :nfeli$mente, temo#ue isso venha a acontecer em breve.

Q 9em, talve$ seRa uma li/(o #ue ela terá de aprender.

Anderson conse*uia ser bastante $en Xs ve$es, ainda mais #uando o ambient

era favorável, e o <o8n era famoso por ser muito tran#Silo.O *ar/om apareceu para anotar nossos pedidos e se afastou.

Q Al*um pro*resso no caso >ra3sonW Q per*untei.

Q "omo veRo #ue está bastante ansiosa, contarei as novidades antes decomermos. Depois, irei apreciar meu risoto deescargot sem mais interfer-ncias. Q Ele fe$ um sinal de a*radecimento ao *ar/om, #ue che*ara com sua bebida. Q <enhoduas op/1es.

Q Duas' Maravilhoso para #uem at% a*ora n(o tinha nenhuma. Q A primeira % um tiro certo. !m evento beneficente do :nstituto do "&ncer a

ser reali$ado no Pierre. >ra3son comparecerá, pois a m(e dele, ao #ue parece, tevec&ncer de mama.

Q Ela morreuW Q n(o pude dei ar de per*untar.

<alve$ por#ue minha pr pria m(e estivesse envelhecendo Q apesar dacolabora/(o de seu cirur*i(o plástico Q ou por#ue a id%ia da morte comece a parecer

mais pr ima ap s os trinta.

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Q +im, mas Rá fa$ al*um tempo, eu acho. De #ual#uer forma, arranRei para #uvoc-s se sentem Runtos.

Q [oc- estará láW

Q Eu e ;ichard, mas n(o com voc-. <r-s lu*ares X mesa de >ra3son seriadifícil de conse*uir.

Q 0abuloso' Ent(o para #ue uma se*unda op/(oW

Q O evento acontecerá dentro de duas semanas, e, conhecendo Althea, creio#ue voc- necessitará de al*o com mais ur*-ncia.

"oncordei, recostando@me no espaldar, en#uanto o *ar/om servia nossa salada.

Q Descobri #ue >ra3son estará no 9un*alo8 K esta noite, [an. <ive de usar m%todos investi*ativos n(o muito convencionais, como pe#uenas chanta*ens, man(o entrarei nesses detalhes.

Q ;efere@se X festa de "avalli, na #ual ele apresentará sua nova cole/(oW

Q +im. Ei, por #ue esse desapontamentoW

Q Por#ue n(o fui convidada. Acredite, tentei de todas as formas. Oh, espere'Althea vai a essa festa. Ela me disse, ontem X noite. Q "obri o rosto com as m(os,sentindo@me derrotada.

Q +e voc- me dei ar terminar... Q A n(o ser #ue voc- tenha um convite em seu bolso, n(o há nada #ue eu

possa fa$er. Althea Rá venceu.

Q [amos lá' [oc- n(o % de desanimar t(o fácil.

=a realidade, n(o, mas a manh( fora estressante. Primeiro, Ualdo, depois)imm3 "hoo, +tephen, o evento no Pierre, e a*ora Althea e a festa de "avalli.

Q +into muito, Anderson. [oc- está certo. Pensaremos em al*o.

Q Al*o como um conviteW Q E ele colocou sobre o tampo um envelope branco com inscri/1es douradas.

Q =(o pode ser verdade'

Q Mas %' E voc- n(o terá de che*ar em casa antes da meia@noite, como"inderela.

+e*urei o convite, rindo como uma tola. Estava de volta ao Ro*o. <udo de #u precisava a*ora era um vestido novo. E, meu bem, esse % um problema #ue seicomo resolver'

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A >irlshop come/ou como uma loRaon&line, mas Laura Eismann lo*o percebeu #ue o #ue funcionava na internet poderia ser melhor em um estabelecimentfeito de tiRolos. Al%m do mais, comparando@se Xs loRas da Madison e da u

Avenida, comprar na >irlshop n(o dei ava sua conta bancária a $ero, e sem dVvidaal*uma ela podia ser considerada o nirvana das consumistas.

Eu precisaria comprar um vestido e tinha tamb%m uma reuni(o de trabalho, dotipo p s@primeiro encontro . 0eli$mente, 9elinda Ua man estava um poucoatrasada.

A#uela altura, eu Rá e perimentara e descartara al*uns modelos. =o momento,colocara um vestido, um preto de renda, cria/(o de Uend3 Yill, #ue, sem falsamod%stia, me caiu muito bem. Mirando@me no espelho, me virei de um lado para

outro, e a ima*em ali refletida me a*radou bastante. Q Perfeito' Q 9elinda e clamou, aparecendo de repente. Q Esse % para #ual

eventoW

Q A festa de "avalli.

Q =o 9un*alo8 KW' MarT >ra3son vai estar lá.

Q [eRo #ue leu o +7gina Seis.

Q E o Star tamb%m. Menina, voc- % o assunto do momento.

Q Dei e@me tirar esta roupa, e lo*o conversaremos Q falei, dando uma Vltimaolhada em minha ima*em refletida.

9elinda e eu nos tornamos ami*as há uns dois anos. "onhecemo@nos no 9ar =?". Aos #uarenta anos, ela era bastante atraente, al%m de ter um incrível senso dehumor e uma s lida conta bancária. Par perfeito para meus clientes, e em particular+tanle3 9arro8.

+aí do provador, indo direto para o cai a. 9elinda me se*uiu, sem fa$er nenhum comentário.

Q Desculpe@me pela mudan/a de planos, 9elinda, mas estou certa de #ueentende #ue necessito de um traRe novo.

A vendedora me entre*ou a sacola com a compra, e eu e minha ami*a fomos para o +tarbucT, na =ona Avenida.

9elinda e +tanle3 tiveram seu primeiro encontro na noite anterior. Em *eral,*osto de conversar com as mulheres antes dos homens, pois, por serem muito mais

falantes e abertas, elas me d(o boas pistas para depois ouvir a outra parte.

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Ao entrarmos no +tarbucT, encontramos uma mesa va*a X direita. +entamo@ne lo*o fomos atendidas por uma *ar/onete bastante prestativa, #ue sem demoratrou e nossos pedidos.

Q "onte@me, ent(o. "omo foiW Q Esperei com paci-ncia at% #ue 9elindatomasse um *ole de seu caf%.

Ela era uma *rande dama, na realidade. 0ora casada tempos atrás. Depois dodiv rcio, deu início a um curso de Direito e acabou se tornando s cia de um dosmaiores escrit rios de advocacia da cidade. "omo profissional, era um sucesso, masno #ue se referia a envolvimento pessoal, os erros cometidos outrora impediam@na a*ir com naturalidade. <emerosa de se arriscar, mer*ulhara de cabe/a no trabalho,i*norando sua voca/(o para o casamento e para constituir uma família.

2 nesse ponto #ue eu entro. uero di$er, #ue +tanle3 entra.

Q 9em, ele me levou ao "hanterelle.2 claro #ue eu Rá sabia, pois fora eu mesma #uem indicara o lu*ar a ele. O

"hanterelle % um fabuloso restaurante franc-s muito rom&ntico. E atamente o #ueconvinha a 9elinda e +tanle3 na#uele momento.

Q 0oi muito bom, mesmo, mas... +tanle3 estava t(o distraído' =o início, tudoestava indo bem, mas de repente, pareceu #ue ele se desli*ou.

9elinda se mostrava desapontada, o #ue me levou a duas conclus1es. AC ela

ficara interessada nele, o #ue Rá era meio caminho andado. 9C ela n(o estava certa d#ue dera errado, o #ue poderia si*nificar #ue era al*o relacionado ao pr prio +tanle3.

Q [oc- se lembra do #ue falavam #uando ele se distraiuW

Q Apenas de meu trabalho. Eu contava a +tanle3 sobre um processo em #ueestou trabalhando.

Q ue tipo de processo, 9elindaW Q Deveria haver al*o por trás disso,concluí.

Q <rata@se de uma batalha Rudicial sobre uma heran/a. O homem morreudei ando filhos adultos e uma se*unda esposa, e a primeira mulher estáar*umentando #ue tem direitos sobre as propriedades. Os filhos...

Q [oc- tocou em um ponto crucial. Q 0i$ um *esto com a m(o,interrompendo@a. Q +(o as e @esposas.

9elinda n(o poderia saber do ressentimento de +tanle3 em rela/(o a elas.Percebi #ue cometera um *rande e#uívoco.

Q E o #ue acontece, a*oraW

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Minha ami*a parecia t(o esperan/osa #ue senti vontade de abra/á@la.

Q Dei e@me conversar com +tanle3. E plicarei #ue voc- n(o sabia de nada eestou certa de #ue tudo ficará bem de novo.

Q Ele % muito divertido. Al%m do mais, tive a impress(o de #ue me via comode fato sou. E voc- n(o vai acreditarC nossos pais t-m casa de ver(o nos AdirondacTs2 bem provável #ue nossos barcos Rá tenham se cru$ado no rio muitas ve$es. Ambo*ostamos de pescar.

Obvio #ue eu sabia de tudo isso. "omo falei, os pontos comuns s(o a base deum relacionamento duradouro.

Q +osse*ue, 9elinda. 0oi apenas o primeiro encontro. 2 necessário um poucode paci-ncia.

Q Acontece #ue essa nunca foi uma de minhas características mais fortes. Q 9em, ent(o pense #ue voc- se divertiu, e aposto #ue +tanle3 tamb%m,

apesar de tudo. [oc-s foram feitos um para o outro. +ei o #ue estou fa$endo, por issorela e e me dei e cuidar de tudo.

9elinda assentiu, embora n(o totalmente convencida. =(o poderia culpá@la.Apro ima/(o de casais n(o % uma ci-ncia e ata.

Q Ouvi falar #ue Althea usará !n*aro Q 9elinda comentou, voltando ao temaanterior.

:ma*inar Althea sedu$indo um homem com seu *uarda@roupa era de fa$er rimas ela estava se armando com armas mais poderosas do #ue as minhas. Para serhonesta, minha conta bancária n(o podia suportar al*o t(o caro. + me restava confiar em Uend3 Yill, )imm3 "hoo e nos sapatos Manolo, #ue eu comprara na semanaanterior. +omando os tr-s, a #uantia se i*ualaria ao pre/o de um Vnico !n*aro.Afinal, meu corpo Rovem e bem delineado aRudaria no efeito final.

Q <enho um par de Manolo Q respondi, tentando *anhar al*uns pontos.

Q[oc- estará muito bem. Q 9elinda sorriu. Q Lembre@se de #ue >ra3son n(o*osta de imita/1es.

Q "onhece MarT >ra3sonW

Q Ele tem rela/1es comerciais com nossa firma. =(o há muito #ue possa lheinformar sobre ele, mas uma ve$, durante uma confer-ncia, >ra3son solicitou al*unsdados #ue n(o tínhamos no momento. Em ve$ de admitir isso, um Rovem funcionáritentou en*aná@lo com informa/1es forRadas. >ra3son percebeu e amea/ou cancelarcontrato #ue tinha conosco.

Q E o #ue aconteceu depoisW

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Q O funcionário foi despedido, e fi$emos o impossível para manter >ra3soncomo cliente. Enfim, o #ue #uero lhe di$er % #ue deve falar a verdade.

Q O #ue maisW

Q =(o sei. O homem % muito reservado, desses #ue esperam #ue voc- leiaseus pensamentos. Para ser sincera, ele me aterrori$a.

Q Deus' Onde eu estava com a cabe/a #uando concordei com a apostaW Q =unca mais beberei martínis. =unca mais'

Q <alve$ tenha de se aproveitar das fra#ue$as dele.

Q + #ue nem ima*ino #uais seRam. >ra3son % especialista em ne* ciosimobiliários e s pensa em trabalho.

Q MarT >ra3son % tudo, menos desinteressante. "reio #ue seria convenientecaptar sua aten/(o. Dei á@lo intri*ado. Yomens como ele n(o resistem a um desafio.

Q 9om conselho. <alve$ voc- devesse trabalhar em minha a*-ncia.

Q De forma al*uma. Mal consi*o se*urar um namorado. Em minha opini(o,convencer MarT >ra3son n(o será uma tarefa fácil, e voc- irá precisar de toda a aRud#ue puder conse*uir.

Meu celular tocou. Era "3bil.

Q AlH, o #ue háWPor um momento, houve apenas sil-ncio e depois um solu/o disfar/ado.

Q "3bilW [oc- está aíW

Q 2 +tephen. Q Mais uma pausa. Q Ele me dei ou'

Minha sensa/(o foi de um enorme alívio. =(o % nada bonito de se di$er, mastornei clara minha opini(o sobre +tephen. Para mim, s podia ser um mila*re, mas"3bil n(o via a situa/(o dessa maneira.

Pelo menos, n(o sem uma m(o$inha.

"apítulo ::

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Estávamos pisando em um terreno peri*oso. Apesar das diferen/as, amboseram muito li*ados, e o fato de +tephen ter ido embora e voltado várias ve$es era umindício de #ue tamb%m dessa ve$ nada seria definitivo.

Q Al%m da aposta, sobre o #ue mais voc-s conversaramW 0alaram sobre o#uadroW

Q =a verdade, n(o. Pedimos champanhe, mas nada al%m disso. "ontei #ueminha ami*a conhecia uma mo/a no pr%dio dele, #ue vira o #uadro no hall doedifício e *ostara muito.

:mprovável, pois o pr%dio de +tephen ficava perto do 9ron , e "3bil n(o tinhaami*as por lá.

Q Por #ue ra$(o essa pessoa n(o entrou em contato direto com +tephenW

Q Ele n(o se encontrava, na ocasi(o. Disse a +tephen #ue a pessoa reconheceua assinatura e li*ou o nome dele ao meu. Daí foi apenas uma #uest(o de concreti$ar avenda.

=a#uele instante, uma id%ia horrível me ocorreu.

Q A mulher viu mesmo o #uadroW

Q +im.

Q [oc- pediu a ela para comprá@loW Q decidi ser direta.

"3bil colocou na boca mais uma colherada de musse e respirou fundo, antes deresponderC

Q +im.

Q Yá al*uma possibilidade de +tephen ter descoberto a verdadeW

Q =(o, de forma al*uma. Abb3 Ramais lhe contaria.

Abb3 era uma anti*a ami*a nossa e al*u%m em #uem eu confiava muito.

Q "oncordo em parte, pois há outras maneiras de uma informa/(o va$ar. +abedisso melhor do #ue #ual#uer outra pessoa, "3bill.

Q +im, mas se +tephen soubesse al*o sobre Abb3, teria me pedidoe plica/1es, n(o achaW Q !m solu/o a interrompeu. Q Pensei #ue iria dar certodesta ve$...

Q Meu bem, tudo irá se acertar, Ruro. Q Afa*uei sua m(o, sentindo vontade dechorar tamb%m. Afinal, n(o podia ter certe$a do #ue di$ia.

Q =(o veRo como, [an. <odos ir(o pensar #ue sou uma idiota.

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Q +e e iste um idiota entre n s % o pr prio +tephen.

Q =(o há mais' Ele me abandonou'

+e n(o estivesse falando com minha melhor ami*a, Ruro #ue teria lhe dado um belo tapa.

Q Escute, "3bil, voc- % a melhor coisa #ue aconteceu na vida da#uele suReitoE atamente o #ue +tephen lhe disse #uando terminou o namoroW

Q Depois de ter falado sobre voc- e a manipula/(o na aposta, conversamossobre *eneralidades. Em se*uida, um sil-ncio pesado caiu entre n s. +tephen ficou balan/ando a cabe/a, olhando fi o o foie&gras.

Decerto nem sabia do #ue se tratava. 9om, lon*e de mim fa$er Rul*amentos...

Q EW

Q O *ar/om che*ou com o champanhe, e antes #ue terminasse de tirar a rolha+tephen se levantou e disse #ue n(o ia dar. =(o sei #uem ficou mais surpreso, se euou o rapa$ perto de n s. E lo*o em se*uida, saiu. Q +eus olhos se encheram delá*rimas de novo, e com esfor/o tentou conter um solu/o.

Q <alve$ seRa para melhor.

Q =(o % al*o muito bom para se di$er Q "3bil me censurou, en#uantoraspava a ta/a.

Q "omo disse antes, +tephen e voc- n(o est(o na mesma pá*ina no #ue serefere a e peri-ncias de vida, e ele n(o sabe lidar com essa realidade.

Q ]timo. [eRo #ue meu pedigree arruinou nosso relacionamento.

Q =(o foi voc-, e tamb%m n(o foi +tephen. O #ue #uero di$er % #ue acredito#ue +tephen se importa com voc-, mas n(o estava preparado para assumir umarela/(o verdadeira.

Q "omi*o Q "3bil completou.

Q "om nin*u%m Q eu lhe asse*urei. Q +tephen % um espírito livre, e muitas pessoas assim vivem melhor so$inhas. =(o % sua culpa, nem dele. Apenas a realidadda vida.

Q [oc- fala como )ane Austen em seus livros.

Yavíamos lido os romances dessa autora no col%*io. =a realidade, "3bil lera.Eu nunca fui uma *rande leitora.

Q Pare/o realista, isso sim. Escute, meu anRo, sei #ue *osta de +tephen e #ue por isso deve estar sofrendo muito, mas há sempre uma lu$ no fim do tVnel.

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uando estávamos #uase lá em cima, senti al*u%m se*urar meu bra/o.

Q [anessa' +abia #ue estaria a#ui.

Devon +inclair era um cliente #ue eu aceitara com o pressentimento de #ue iriame arrepender pelo resto de minha vida. =a verdade, ele era Rovem demais para o Ro*o. 9em@sucedido no trabalho, com um e celente salário, mas com a mentalidade um adolescente.

At% a#uele momento, eu Rá havia lhe arrumado #uatro pretendentes, manenhuma deu certo. Minhas esperan/as acabaram se depositando na espl-ndida loira,Lind3 Adams. !m ano mais nova #ue Devon, #ue tinha vinte e seis, ela era a 9arbiede Ien. Os dois formavam um par perfeito.

Pelo menos na teoriaZ afinal, n(o era Lind3 #uem o acompanhava na#ueleevento.

Q O #ue está fa$endoW Q per*untei, olhando para a morena escultural, pendurada no bra/o dele.

Q AdivinheC me divertindo' Q O sorriso de Devon era para ser estonteante,mas eu estava imune a ele.

Q "om elaW

Q :sso mesmo. Eu e "hast3.

A morena piscou os olhos ao se virar para mim. A#uela, com certe$a, sabiareconhecer um bom partido.

Q Oh, meu Deus' A#uele n(o % Armando Dia$, o produtor de Yoll38oodW' Q "3bil apontava para o outro lado do sal(o.

Q OndeW Q "hast3 inda*ou.

Q Ali. Q "3bil indicou a dire/(o, e foi possível ver um homem cercado por várias mulheres, no bar.

+em hesitar, "hast3 se virou nos saltos e marchou para o local. Q O #ue % issoW Q Devon n(o disfar/ou o aborrecimento. Q Acabei de

conhecer a *arota.

Q [oc- deveria estar com Lind3. O #ue houveW

Q Ela foi ao toalete. Q Devon procurou nos bolsos pelo ma/o de ci*arros,lembrando@se na mesma hora de #ue era proibido fumar ali.

Q Devon, voc- me disse #ue #ueria encontrar uma esposa, e assim #ue a provável candidata vira as costas resolve arranRar uma outra mulherW

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Q +ei #ue está certa... Q Ele observava de alto a bai o uma das modelos de"avalli #ue passava.

Q[á procurar Lind3. =(o me fa/a me arrepender, Devon.

Q "erto. Yá tarefas mais difíceis do #ue a minha, como por e emplo correr atrás de MarT >ra3son.

ue coisa' O mundo todo parecia ter lido o +7gina Seis.

Q =(o estou fa$endo isso, Devon.

Q Mas veio a#ui para v-@lo.

Anderson tinha a lín*ua solta.

Q Acho #ue ele está lá em cima. "onse*ue entrarW

Q Evidente Q respondi, tentando esconder a irrita/(o.

A verdade era #ue sem o convite de Anderson eu n(o teria nem mesmo entradono clube. Entretanto, nin*u%m *osta de se sentir inferior perante um *aroto. Mesmlindo como Devon.

!m olhar em dire/(o a Althea confirmou #ue eu estava certa a respeito da taleditora, com #uem ela continuava falando.

Q [ou dar uma che*ada no toalete, "3bil. 0i#ue de olho em Althea.

Movimentei@me entre as pessoas, parando uma ou duas ve$es para beiRal*uma conhecida. Ao che*ar ao banheiro, Rá carre*ava al*uns cart1es de visita, o #uera muito bom para meu banco de dados.

Ao transpor o limiar, dei ei de lado meu sorriso cort-s e respirei fundo. Depoisde todo o calor do sal(o, a temperatura estava a*radável ali dentro.

Mirando o espelho, notei #ue minha ma#uia*em continuava intacta e o vestidovermelho de fato me conferia uma apar-ncia fabulosa. uando ia passar um pouco de

gloss, um dos compartimentos se abriu e Lind3 Adams apareceu.Em *eral, Lind3 Adams tem a apar-ncia da#uelas princesas loiras, #ue todas Rá

ima*inamos ser um dia. O ideal americano. 0ilha de pai rico, corpo perfeito e umcabelo de dar inveRa. Do tipo #ue fa$ todos virarem a cabe/a Q tanto homens comomulheres.

Al%m do mais, % um dos melhores seres humanos #ue conhe/o. 0a$ doa/1e para institui/1es de caridade por#ue se importa mesmo. Lembra@se dos aniversáriode cada um de seus ami*os, e nunca dei a de li*ar para dar os parab%ns. = s nos

conhecemos em um evento promovido pela +ociedade Protetora dos Animais, e desd

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ent(o Q e isso fa$ anos Q temos trabalhado Runtas com o intuito de encontrar lares para animais abandonados.

Por%m, no momento, Lind3 parecia uma mulher derrotada. Yavia vestí*ios derímel sob os olhos, e o nari$ estava vermelho. +em dVvida, estivera chorando, e esabia a ra$(o.

Q Lind3 #uerida. [oc- está bemW

Q [anessa' =(o sabia #ue estaria a#ui, hoRe.

+e o comentário tivesse vindo de #ual#uer outra pessoa, teria interpretadocomo um insulto, mas partindo de Lind3 era apenas uma demonstra/(o de verdadeirasurpresa.

Q 0oi uma decis(o de Vltima hora.

Q MarT >ra3son' Q +im, esse % o motivo. Mas >ra3son % uma de minhas menores

preocupa/1es, a*ora. Encontrei Devon al*uns minutos atrás, e ele me disse #ue voc-estava a#ui.

Q Devon me trou e X festa, embora pare/a n(o se recordar desse detalhe.

Q ;efere@se X morenaW

Q [oc- a viuW Q [i. Mas ela Rá se foi na dire/(o de Armando Dia$.

Lind3 tentou sorrir, mas lo*o seus olhos se encheram de lá*rimas.

Q Ele encontrará outra.

Q Escute, Lind3, voc- tem duas escolhas. Pode abandonar a luta ou usar fo*ocontra fo*o.

Q "omo assimW

+endo uma pessoa t(o in*-nua, Lind3 n(o tinha id%ia de como Ro*ar pesad#uando se tratava de homens.

Q [eRamos. [oc- *osta de DevonW

Q +im, apesar de seu constante interesse por outras mulheres.

Q Muito bem. =esse caso, vou lhe di$er o #ue deve fa$er. [oc- dará a ele um pouco de seu pr prio veneno.

Q Ainda n(o entendi.

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Q <erá de se fa$er de difícil, meu bem. +ei #ue isso vai contra toda a filosofiade libera/(o feminina, mas o Reito de despertar o interesse de um homem comoDevon % ficar lon*e de seu alcance. [oc- conhece a maioria das pessoas a#ui presentes, n(o % mesmoW

Q uase todas.

Q Ent(o, encontre um ou dois rapa$es bem atraentes e dance e flerte com eles.>aranto #ue Devon estará reparando em voc-. "omo em!rease.

Ela me olhou, confusa.

Q 2 um filme, baseado em um musical da 9road8a3. Ora, dei e para lá.

Q Acha #ue se eu me fi$er de difícil ele ficará interessadoW

Q +em dVvida.

"laro #ue eu poderia estar errada, mas tinha facilidade em antecipar as rea/1esdas pessoasZ e Devon era bastante previsível.

A porta do banheiro se abriu, e "3bil entrou, apressada.

Q Althea está se movimentando Q ela informou.

Assenti, e minha press(o san*Sínea subiu al*uns pontos.

Q Preciso ir, Lind3. Acha #ue ficará bemW

Ela sorriu, tirando o casaco e dei ando X mostra otop de seda rosa #ue usava por bai o.

Q MelhorW

Q Muito melhor, Lind3' A*ora s falta retocar a ma#uia*em, e os meninosficar(o loucos'

Q Devon % o Vnico #ue #uero enlou#uecer.

Q Dei e isso para #uando ele capitular.O sal(o no andar superior estava menos barulhento e menos cheio. En#uanto

percorria o espa/o entre a escada e o bar, aproveitei para olhar a multid(o #uedan/ava lá embai o. Lo*o avistei Lind3, com os cabelos loiros esvoa/antes,dan/ando com um rapa$ #ue n(o reconheci, do tipo latino e muito se 3.

A al*uns passos de dist&ncia, Devon, de p%, mantinha os olhos *rudados emLind3, com uma ruiva a seu lado #ue tentava de todas as maneiras chamar suaaten/(o.

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!ma sonora salva de palmas pHde ser ouvida, #uando ;oberto "avalli seapro imou do microfone no palco do 9un*alo8 K. Yavia al*o nele #ue fa$ia as pessoas sentirem #ue tamb%m eram capa$es de tudo.

=a profiss(o por mais de trinta anos, ;oberto passara de simples costureiro Xcondi/(o de lenda. 9ri*itte 9ardot usara suas roupas, e hoRe suas cria/1es s(o as preferidas de Anthon3 YopTins, +tin*, Alicia Ie3s e muitas outras celebridades.

A Rul*ar pelos aplausos, a festa estava sendo um sucesso. Eva, esposa de"avalli, se Runtara a ele no palco. !m casal perfeito, do tipo #ue eu procuro formar.9onitos, bem@sucedidos... um completando o outro.

De repente, lembrei@me de #ue tinha al*o importante a fa$er, e olhei emdire/(o X mesa de MarT >ra3son. Ele estava so$inho, di*itando uma mensa*em. =emmesmo "avalli o mantinha lon*e de seu celular.

Q [á Q "3bil me ordenou, me empurrando com o dedo em minhas costas. Q Antes #ue Althea che*ue primeiro.

MarT >ra3son era meu ideal masculino. <inha c%rebro, dinheiro, boa apar-nciae classe. +ua ascend-ncia era um pouco nebulosa, mas plenamente compensada porseu charme.

Al%m do mais, #uem n(o iria #uerer um homem com todo a#uele dinheiroW Euma combina/(o irresistível. +eria preciso apenas encontrar a mulher certa.

Meus p%s, *ra/as a Deus, n(o sentiram minha hesita/(o, e em tr-s curtas passadas me vi perto dele. 2 en*ra/ado o #ue se conse*ue notar #uando estamos sobestresse. Yavia uma *arrafa de "hivas sobre o tampo, #uase cheia. Ao olhar paraa#uele cavalheiro, vestido de modo impecável, me dei conta de #ue sabia muito pouco sobre ele.

Q Posso aRudá@laW Q MarT se ofereceu, estreitando os olhos, na tentativa me reconhecer.

Q Acho #ue % o contrário, +r. >ra3son. Eu estou a#ui para aRudá@lo.

=o se*undo #ue proferi as palavras, notei como eram ridículas. Q Desculpe@me. O #ue disseW Q A e press(o dele se tornou mais s%ria ao m

reconhecer. Q Espere um minuto. [oc- % uma das casamenteiras locais.

O comentário n(o soou como um *rande elo*io. =(o era a primeira ve$ #ueminha profiss(o era banali$ada, mas apesar disso estendi@lhe a m(o.

Q [anessa "arlson.

Q MarT >ra3son.

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O cumprimento dele era firme, o #ue o fe$ subir em meu conceito.

Q Poderia me conceder al*uns minutos de seu tempo, +r. >ra3sonW

MarT apontou para a cadeira a sua frente, e me sentei, tentando pensar em al*ointeressante para di$er. Por minha vis(o perif%rica, notei #ue Althea ainda conversavcom a mesma pessoa.

Q >ostaria de beber al*o, srta. "arlsonW

Assenti, *rata por ver #ue ele servira apenas metade da dose. Eu Rá bebera maichampanhe do #ue devia. =(o havia uma re*ra a respeito de n(o se misturar vinho euís#ueW

Q Obri*ada. Q E tomei um pe#ueno *ole.

Ambos sabíamos #ue meu a*radecimento n(o era apenas pela bebida, massobretudo por ele n(o ter me colocado em má situa/(o diante de toda a#uela *ente nosal(o vip.

Q =(o tire conclus1es erradas, srta. "arlson. =(o lhe pedi para se retirar por#ue há al*umas coisas #ue deseRo lhe di$er.

Q :ma*ino #ue seRam relativas X aposta.

Q +im. Q O som da#uele monossílabo pareceu ecoar pelo sal(o, como setodos tivessem se calado.

<olice. >ra3son n(o era assim t(o poderoso.

Esperei, sabendo #ue ele deseRava ouvir um pedido de desculpas. Mas n(o iriafa$-@lo, pois na verdade n(o me arrependia de nada. "ontinuava acreditando #ue elecomo todos os homens, era do tipo casadoiro. Precisava apenas ser apresentado Xmulher certa.

O sil-ncio #ue se se*uiu pareceu durar horas, mas de repente o inesperadoaconteceu. O +r. >ra3son sorriu, e foi como se tivesse se transformado em uma outra

pessoa Q mais Rovem e menos s%ria. Q Aposto #ue voc- % boa no pH#uer.

Q =(o sou *rande Ro*adora. Prefiro n(o contar com a sorte. Q <(o lo*oacabei de falar, compreendi meu erro, >ra3son tamb%m.

Q Ent(o está e plicado por #ue apostou com sua ami*a #ue poderia mearrumar um casamento.

Q =a realidade, a aposta % para #ue uma de n s encontrar a mulher certa para

o senhor.

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Q Para #ue eu me case com ela Q ele insistiu.

Q 9em, essa % a conclus(o bvia #uando um homem acha a sua cara@metade.

Q E se o homem em #uest(o n(o deseRar uma mulherW

Q O senhor % ga"% Q "laro #ue n(o. !m ponto para mim.

Q =(o se trata s de casamento, pois um dia o senhor irá deseRar um herdeiro.

MarT >ra3son bebeu mais um *ole, parecendo ponderar sobre o #ue acabarade ouvir.

Q =(o posso ne*ar #ue Rá pensei nisso.

Q +endo assim, a n(o ser #ue #ueira criar uma crian/a #uando Rá estiver usando ben*ala, % tempo de come/ar a se preparar. Al%m do #u-, há mais em ummatrimHnio do #ue a simples pro*-nie.

Q "erto. Está come/ando a falar de amorW

Q =(o, +r. >ra3son, mas de uma uni(o de patrimHnios.

Q 9onitas palavras, mas dá no mesmo.

Q De modo al*um. O amor pode e istir em uma uni(o dessas, mas n(o % al*o

obri*at rio. Q Mas sem amor como pode tal arranRo sobreviverW

Q +urpreende@me ver #ue o senhor % rom&ntico. Q :ncrível, mas estava mdivertindo.

Q =(o sou. <rata@se de simples ar*umenta/(o. O amor n(o % um mito.

Q =(o, mesmo, embora seRa um sentimento muito valori$ado. Penso #uemesmo em casamentos em #ue o amor foi o *rande insti*ador vemos #ue alon*evidade da uni(o % baseada nos aspectos comuns e similares.

Q E se o amor n(o for um insti*adorW

Q Aí entra o deseRo.

Ele me olhou um pouco mais interessado.

Q =(o falo desse deseRo em #ue está pensando. ;efiro@me X vontade de teuma rela/(o durável. A necessidade de uma combina/(o #ue crie um todo melhor.

Q OT. +uponha #ue acredito nessa sua id%ia.

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O #ue dei ava claro #ue ele n(o acreditava.

Q Por #ue uma pessoa como a senhorita tem de se envolver em um assunto#ue #ual#uer um pode resolver por si mesmoW

Q Por#ue #uase todas as pessoas partem do pressuposto de #ue t-m deencontrar o verdadeiro amor, e em muitos casos nunca o encontram, pois procuramnos lu*ares errados.

Q E voc- os encaminha para os lu*ares certosW

Q E atamente. <enho a habilidade de reconhecer #uando dois seres humanoss(o feitos um para o outro. Meu trabalho consiste em facilitar o encontro.

Q Parece@me bastante arcaico.

Q 2 por esse motivo #ue funciona. 2 de nossa nature$a #uerer procriar, dandoori*em X combust(o #uímica #ue de forma errada denominamos de amor. 9asear todauma rela/(o nessa combust(o % um *rande erro. =esse ponto, entra a a*-nciamatrimonial, uma entidade neutra #ue conse*ue ver al%m dos hormHnios, a fim dasse*urar #ue a uni(o se baseie em similaridades, e n(o em atra/(o #uímica.

Q uer di$er #ue reReita #ual#uer sinal de atra/(oW

Q =(o, de forma al*uma. Ela % considerada uma esp%cie de bHnus.

Q "oncluo #ue o amor seRa a cobertura do boloW

Q 9em, estamos falando de pai (o, e n(o de amor. Ap s al*um tempo, a pai (o irá diminuir.

Q E o amorW

Q=a maioria dos casos, acredite, o sentimento #ue perdura vem do respeitomVtuo e de e peri-ncias compartilhadas.

Q E se oW

Q <rata@se de um subproduto da cis(o dos patrimHnios, mas n(o deve serconsiderado um item essencial.

Q Mesmo concordando com seus ar*umentos... Q Ele fe$ uma pausa,contemplando o conteVdo do copo Q ...n(o veRo o #ue t-m a ver comi*o.

Q Antes de mais nada, *ostaria de e plicar #ue Ramais tivemos a inten/(o detornar pVblica essa aposta.

Q Difícil de acreditar, considerando o lu*ar #ue escolheram para anunciá@la.

Q =ossa conversa no 9emelmans foi bastante particular.

NS

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Q [oc-s discutiam aos *ritos, o #ue n(o me parece nada discreto. Al%m do#u-, n(o tinham ra$(o al*uma para crer #ue eu iria aceitar esse tipo de au ílio.Acontece #ue me sinto muito confortável solteiro. Para ser honesto, Ramais pensei emme casar. [iaRo a maior parte do tempo. [ivo, amo e respiro ne* cios. +ou uma pessoa difícil em um dia normal, e impossível em um dia ruim. Em resumo, #uase

insuportável.!m desafio, sem dVvida.

Q ;a$(o maior para dei ar #ue uma parte neutra encontre um par para voc-.

Q =(o e iste tal pessoa.

Q +r. >ra3son, sou muito boa no #ue fa/o, e n(o estaria insistindo se n(otivesse certe$a de #ue em al*um lu*ar atrás dessa sua apar-ncia austera e iste umcora/(o #ue pulsaria melhor se encontrasse a mulher ideal.

Q 9oba*em. Está interessada em mim por#ue, se conse*uir me encontrar umaesposa, *anhará n(o s a aposta como tamb%m será considerada a melhorcasamenteira de Manhattan.

Q "om sinceridade, acredito #ue o casamento iria dar umup&grade em suavida.

Q E esse % meu maior dom' Q O som da vo$ de Althea n(o podia ser maisdesa*radável. Q Estou certa de #ue sabe #ue [anessa aprendeu tudo comi*o, +r.

>ra3son. Q <udo o #ue sei, srta. +evalas, % #ue voc-s duas conse*uiram atrair

publicidade para minha vida pessoal, o #ue sempre tentei evitar. uero comunicar #ue se estivesse inclinado a me casar, o #ue n(o % o caso, n(o permitiria #ue nenhumdas duas se intrometesse no #ue n(o lhes compete.

MarT >ra3son se levantou e, sem se despedir, afastou@se, dei ando@noso$inhas X mesa, com a metade de uma *arrafa de "hivas.

As pan#uecas s(o a especialidade do ;estaurante Madison, na PrimeiraAvenida. !m lu*ar e celente para se fre#Sentar bem tarde da noite com ami*os. "oma sensa/(o de total fracasso, depois de Althea e eu termos sido dispensadas da#uelaforma brusca por >ra3son, arrastei "3bil comi*o e li*uei para Anderson e ;ichard, para #ue nos encontrassem lá.

+uspirei a*radecida por nin*u%m ter mencionado o incidente at% #ue a comidche*asse.

Q "ome/amos muito bem. Ele respondia a minhas per*untas at% com*entile$a. Ent(o, Althea apareceu e em menos tempo do #ue se ima*ina fomosNS

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colocadas em nossos devidos lu*ares. Oh, Deus, pode ima*inar como os Rornais v(se divertir com issoW'

Q =(o atrav%s de minha coluna Q "3bil prometeu. Q =a verdade, n(o sintovontade nenhuma de escrever sobre o #ue #uer #ue seRa.

Q Pobre$inha... Q Anderson deu@lhe um tapinha afetuoso na m(o. Q [anessanos contou sobre +tephen.

Q Ele vai voltar. +empre volta.

Q =(o sei, ;ichard. Q "3bil balan/ou a cabe/a. Q Al*o me di$ #ue desta ve$% definitivo.

Q 9em, ent(o voc- encontrará outra pessoa. Q Anderson empurrou o prato.

+empre me admirei de como ele % capa$ de dei ar comida. Eu simplesmenten(o consi*o i*norar nada #ue seRa comestível #ue esteRa a minha frente. Pan#uecaem especial.

Q =a teoria parece maravilhoso, mas n(o % t(o fácil encontrar homens nestacidade.

Q <alve$ eu possa achar al*u%m para voc-.

Q =(o, [anessa, obri*ada. Q A resposta foi enfática.

Q =em mesmo se eu encontrasse um suReito fabulosoW Q Ora, se ele for mesmo tudo isso... Q "3bil se esfor/ou para sorrir,

mostrando em sua e press(o como achava a#uilo impossível.

Q =ada como voltar a montar o cavalo #ue a derrubou Q foi o comentário de;ichard.

Q Em minha opini(o, "3bil precisa de um pouco de tempo para se aRustar ao#ue aconteceu.

Q =(o, Anderson, acho #ue ;ichard está certo. O melhor a fa$er % retomar o Ro*o, de prefer-ncia com al*u%m espetacular. "3bil, a pobre$inha, sabe cuidar de mesma Q ela lembrou, em tom de brincadeira.

Q Desculpe@me, #uerida. 0oi e cesso de $elo.

;ichard e Anderson apertaram a m(o dela, e eu constatei, mais uma ve$, comotinha sorte em ter ami*os como a#ueles.

Ap s al*uns minutos de sil-ncio, Anderson retomou o tema anteriorC

Q [oc- disse #ue antes de Althea aparecer achou #ue >ra3son estavainteressado, certoWNS

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Q +im. <alve$. Oh, n(o sei' O homem escutava o #ue eu di$ia, e ar*umentavatamb%m.

Q =a realidade, n(o sabe de nada, e ceto #ue ele n(o estava preparado paravoc- e Althea em uma Vnica dose. O #ue n(o % de espantar. [oc-s duas Runtas podemser um tanto...

Q ...sufocantesW Q =(o pude dei ar de rir. Q <alve$ esteRa certo, masacrediteC MarT >ra3son % bastante capa$ de se defender mesmo de n s duas.

Q Ainda, considerando a situa/(o, penso #ue o homem rea*iu tentando se preservar, e n(o tanto para mostrar animosidade por voc-s. =ada terminou ainda.

Q E o #ue su*ere #ue eu fa/aW +e nunca mais tornasse a ver MarT >ra3sonseria timo. =(o sou adepta da autofla*ela/(o.

Q =(o sei, mas tenho certe$a de #ue pensará em al*o, #uerida. Althea deveestar em al*um lu*ar fa$endo planos.

Q "erto. Ainda n(o estou fora do Ro*o. Q Aceitando a provoca/(o, estendi am(o para apanhar a conta, mas Anderson foi mais rápido.

Q = s estamos pa*ando.

Q Mas fui eu #uem os chamou no meio da noite.

Q Por favor' Q Anderson meneou a cabe/a. Q Pelo horário de Manhattan %cedo ainda, mas os funcionários do restaurante parecem estar prontos para sair.

Q 0icará com "3bil hoRe, [anW Q ;ichard #uis saber.

Abri a boca para di$er #ue sim, mas "3bil se adiantouC

Q =(o % necessário. Estou bem melhor a*ora do #ue oito horas atrás.

De minha parte, estava t(o cansada #ue n(o tive for/as para insistir.

Do lado de fora do estabelecimento, Anderson chamou um tá i para ela, e eu

me despedi de "3bil com um abra/o. Q Li*o para voc- amanh(.

Q =(o muito cedo, [an. Mas conto com seu telefonema.

+enti meus olhos se encherem de lá*rimas. Por "3bil, por mim. Dro*a, por toda a humanidade' Decerto por causa dos vestí*ios do "hivas #ue havíamos tomadono 9un*alo8 K.

Entrei no outro tá i, entre ;ichard e Anderson. 0i$emos todo o percursocalados, cada um perdido em seus pensamentos. Era um sil-ncio confortável. Do tipo#ue s acontece entre timos ami*os.

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Ou #uando n(o há mais nada a di$er.

O fato era #ue eu n(o tinha a menor id%ia de como voltar a cair nas boas *ra/asde MarT >ra3son. Por%m, podia Rurar #ue ele mostrara um leve interesse. >ra3so podia acreditar #ue n(o #ueria uma esposa, mas estava errado.

Eu era a pessoa #ue lhe provaria isso. + #ue ainda teria de descobrir como.

"apítulo :::

Q [anessa, acorde Q minha m(e me chamava com sua vo$ rouca de fumante. Q <emos de estar no <avern dentro de uma hora e meia.

Por #ue tive um dia a triste id%ia de dar a ela uma chave de meu apartamentoW

Q Dei e@me em pa$' Q [irei a cabe/a no travesseiro. Q <ive uma p%ssimanoite.

Q +ei disso, #uerida. <oda a cidade está comentando. Yavia um #u- dedesaprova/(o no Reito de mam(e falar.

"reio #ue Rá mencionei #ue minha m(e Ramais aprovou meu trabalho. :ma*ino#ue na opini(o dela o melhor #ue uma *arota tem a fa$er % se casar com um homemrico e *astar seu dinheiro.

+aí de bai o dos len/ is maravilhosos de al*od(o e*ípcio #ue costumocomprar na 0ine Linens, uma loRa na Avenida Le in*ton. <enho de confessar #ueminha roupa de cama, mesa e banho s(o meus bens mais preciosos.

Q Está nos RornaisW

Q +im Q minha m(e respondeu, abai ando@se para tirar Ualdo do caminho. Q [anessa, d- um Reito neste *ato.

Q Mam(e, n(o pode en otá@lo dessa forma. [enha a#ui, Ualdo Q chamei o bichano, dando tapinhas no edredom. =ada aconteceu. Q Ualdo Q insisti, irritada.

Dessa ve$, ele inclinou a cabe/a como se estivesse pensando, e com um andar

di*no de um rei se apro imou da cama e pulou, deitando@se a meu lado.

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Q [anessa, voc- sabe muito bem #ue a melhor forma de lidar com me ericos %enfrentá@los de cabe/a er*uida.

Minha m(e parecia uma artista de cinema ainda muito bom conservada, masera teimosa como nin*u%m. +eria mais simples concordar com ela do #ue tentaar*umentar. Al%m do #u-, ao final o resultado seria o mesmoC eu sempre fa$ia o #uedanadinha deseRava.

Q Es#ueci #ue tínhamos um compromisso Q confessei, sentando@me nocolch(o e tirando os cabelos do rosto. Q 0e$ caf%W

Q =(o. <rou e tudo pronto.

Melhor ainda. Levantei@me e fui at% a co$inha, com ela atrás de mim.

Q 2 um almo/o beneficente.

Q "%us, o #ue me faltava... Q +ervi@me do caf%. Q uerida, todos estar(o lá.

Q E acha #ue isso torna o evento melhorW Q Olhei para ela, per*untando@mcomo minha m(e conse*uia fa$er com #ue me sentisse uma adolescente. E, acrediteessa n(o % uma fase de minha vida #ue *ostaria de revisitar.

Q "laro #ue sim. [oc- entrará maRestosa no sal(o, mostrando a todos #ue oocorrido de ontem n(o teve a menor relev&ncia.

Q =(o tenho de provar nada a nin*u%m.

Q Evidente #ue n(o, meu bem. Acontece #ue suas escolhas afetaram outras pessoas.

Q [oc-W

Q Entre outras. +eu pai... Q ela come/ou a falar, mas com um *esto fi$ com#ue parasse.

Q Papai n(o dá a mínima para o #ue fa/o, e voc- sabe bem disso. Minha vida% o #ue %. Para chamar a aten/(o de meu pai, teria de andar com uma melanci pendurada no pesco/o.

Q +eu pai te ama. E eu tamb%m.

A seu modo, penso #ue me amavam, sim. Pensando bem, devem e istir famílias mais desestruturadas do #ue a nossa.

<rinta minutos mais tarde, entrávamos no <avern.

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Q )á lhe disse #ue ficarei na mesa principalW Q mam(e per*untou.

Q E euW Q Mas Rá sabia a resposta. +eria abandonada aos lobos.

Q Arrumei uma tima mesa para voc-. =(o se importa, n(o %W Q E meentre*ou o crachá com meu nome.

Pensei em *uardá@lo na bolsa. At% um Dior pareceria de mau *osto com elmas, como uma menina obediente, *rudei o cart(o no lado es#uerdo do peito.

Endireitando os ombros, marchei por entre as mesas, trocando cumprimentos e beiRos no ar com *ente #ue veRo desde #ue nasci, mas #ue ainda n(o conhe/o direit!m comportamento superficial, eu sei. Mas esse % meu mundo, e o defenderei at% morte.

L *ico #ue a mesa #ue minha m(e me arranRou ficava bem na frente do

sal(o, e levei #uase de$ minutos para alcan/á@la. A anfitri( Rá se encontrava amicrofone dando as boas@vindas a todos.

Escorre*uei para minha cadeira e sorri para meus companheiros de mesa. Ose*redo para se lidar com uma situa/(o social desconfortável % dar a impress(o de#ue nada nos importa. E a melhor maneira de se fa$er isso % evitar olhar diretamentnos olhos das pessoas.

;econheci a maioria de meus vi$inhos . Esther ;emaldi era uma ami*a anti*ade minha m(e. 9em a minha frente, sentava@se um diretor de escola, com a esposa

seu lado. ^ es#uerda do diretor, o casal >audier@+miths, #ue eu conhecia das festade =atal oferecidas por meus pais.

Enfim, virei@me para a direita. Meu sorriso cort-s con*elou em meus lábios.

MarT >ra3son. "omo n(o o vira antesW' 0i#uei na dVvida entre beiRar minhm(e ou crucificá@la.

Q Ora... E n(o % #ue nos encontramos de novo.

A frase soou educada, mas *lacial. Arris#uei um olhar para os demaisocupantes, #uerendo ver se estavam prestando aten/(o, mas a#uelas pessoas tinham otra#ueRo social correndo em suas veias, por isso pareciam entretidos em suas pr priaconversas.

Q +r. >ra3son... Q 0oi tudo o #ue conse*ui di$er.

Q Por favor, me chame de MarT.

Q +ou [anessa.

Q +ei disso. Para onde #uer #ue eu me vire, veRo seu nome escrito. Q Eleencarou meu crachá.

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Q =(o posso controlar os Rornais, +r.!ra"son Q dei -nfase a seu sobrenome.Al*o em sua atitude me enfureceu, e nada melhor do #ue a raiva para i*ualar as pessoas.

Minha mente se desanuviou, meu estHma*o voltou ao lu*ar e meu sorriso setornou irHnico.

Q =(o me refiro aos tabl ides, mas a sua constante pro imidade.

Q ueira me desculpar Q retru#uei, ofendida Q, mas estou a#ui por#ueminha m(e irá receber um pr-mio.

Q Anna "arlson % sua m(eW Q MarT rea*iu como se eu tivesse dito #ue erauma Ienned3.

Q Al*umas ve$es ela tenta ser.

Q +empre a achei muito charmosa. Q [oc- a conheceW

=(o sei por #ue fi#uei t(o surpresa. =osso círculo social era bastante restrito,mas n(o sei a ra$(o por n(o ter considerado >ra3son como parte dele.

Q =(o muito bem. Mas Rá trabalhei com seu pai em inVmeras ocasi1es, eassim tive al*um contato com Anna.

Q ue interessante Q comentei no mesmo tom *elado. Q Posso concluir #ue n(o armou este encontroW Q Yavia um brilho em seus

olhos #ue n(o conse*uia interpretar.

Q =(o. Ap s a noite passada, se soubesse #ue voc- estaria a#ui teria feito todoo esfor/o para me sentar bem lon*e.

Q E #uanto X apostaW Q Ele me provocava, sem dVvida.

Q !m fracasso #ue lo*o será es#uecido.

Q =(o ima*inei #ue voc- fosse uma mulher #ue desiste na primeiradificuldade.

Estudei sua e press(o, tentando adivinhar aonde >ra3son #ueria che*ar.

Q =(o sou, mas tamb%m n(o costumo desperdi/ar tempo com causas perdidas.[oc- dei ou bem claro ontem #ue #ual#uer outra tentativa de minha parte seráreReitada sumariamente. +ou uma lutadora, +r. >ra3son. =(o uma tola.

Q ]bvio #ue n(o %.

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Q >ostaria de terminar nossa conversa. Li*ue para minha secretária, e elamarcará um horário.

Permaneci ali por mais #uin$e minutos. Enfim, conse*ui entender o velhoditadoC Derrubada por uma pluma '

Parada, de bra/os cru$ados, no meio do "entral ParT, esperei com toda a paci-ncia #ue +tanle3 9arro8 terminasse de filmar a Vltima cena do dia.

A meu lado uma farta e ele*ante mesa fora preparada por um chef famoso.<ábuas de #ueiRos e frios e uma variedade enorme de sal*ados esperavam pela e#uip#ue trabalhava na#uele momento. Pelo menos no #ue se referia ao estHma*o, n(o podiam di$er #ue fa$iam sacrifícios.

Acho #ue Rá comentei #ue +tanle3 % diretor e produtor. !ma de suas s%ries paa tev- era considerada uma das melhores da temporada. Divorciado pela se*unda ve$viciado em trabalho e com p%ssimo conceito sobre as mulheres, +tanle3 me procuracom o intuito de encontrar uma companheira di*na de sua fortuna e de seu sucesso.

2 aí #ue 9elinda entra.

"omo se podia ver pelo set a*itado, +tanle3 era um homem ocupado. Por sorte,havíamos marcado um horário. A*ora era apenas uma #uest(o de esperar e tentar n(o pensar no cart(o de visitas #ue #ueimava em meu bolso.

0ora necessária uma *rande dose de autocontrole para #ue eu n(o li*asse lo*o#ue dei ei minha m(e em casa. Mas, como dissera a Lind3, fa$er@se de difícil era umt%cnica infalível Q sobretudo nos ne* cios.

=o momento em #ue eu me servia de um sal*ado, ouvi +tanle3 pronunciar as palavras pelas #uais todos esperavamC <erminamos por hoRe' .

Q "omida fabulosa Q ele disse, perto de mim, ainda com uma entona/(o dediretor. Q + #uero o melhor para minha *ente.

A "hef \ "ompan3, empresa especiali$ada em servir em domicílio, era umadas melhores de =ova ?orT, e sua contrata/(o acrescentava pontos ao sucesso de+tanle3.

Q Estou contente #ue tenha vindo. Podemos caminhar um poucoW Q Ele mecondu$iu atrav%s da multid(o #ue se comprimia em torno das cordas #ue cercavam

set. Q "onversou com 9elindaW

O fato de +tanle3 ter come/ado a conversa per*untando sobre ela era um bomsinal.

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+tanle3 9arro8 n(o % um homem #ue se possa chamar de bonito. 2 altodemais, um pouco desaReitado e há um espa/o entre seus dentes da frente semelhantao de David Letterman, mas há al*o nele #ue compensa tudo isso. "ome/ou comoescritor, atividade #ue lo*o abandonou para se tornar um homem de id%ias.

Mas, como 9elinda, +tanle3 n(o foi capa$ de encontrar um rumo em sua vida pessoal. +ua primeira esposa era uma desclassificada, e a se*unda, uma cavadora deouro. Ambas loiras e bonitas, e p%ssimas companheiras.

Por%m, o mais interessante era #ue +tanle3, apesar de tudo pelo #ue passaraainda n(o desistira de procurar. =os lu*ares errados, devo di$er.

0omos apresentados pelo ami*o de um ami*o e, embora ele tenha reReitadomeus servi/os a princípio, n s nos tomamos bons ami*os.

Q Ent(o, o #ue ela disseW

Q 9elinda se mostrou muito preocupada, receosa de t-@lo ofendido.

Q =(o *osto #ue me lembrem de meus div rcios.

Q Ela n(o fe$ de prop sito, +tanle3. Apenas respondeu a uma per*unta arespeito de seu trabalho.

Q +ei disso. Q Pelo menos era modesto o bastante para reconhecer. Q Deveria ter dei ado #ue acabasse de falar, mas mesmo assim ela n(o % o #ue euesperava.

Q O #ue voc- #uer e o #ue precisa s(o coisas muito diferentes. Essa % a ra$(o por ter me contratado, lembraW

Era parte de minhas fun/1es ser dura Xs ve$es. Me importava muito com meusclientes, em especial com +tanle3. Assim, tinha de ser sincera, pois do contrário tudoiria por á*ua abai o.

Q +im, eu me lembro. 9elinda parecia interessante at% come/ar a falar deintima/1es Rudiciais. =esse momento, toda a minha vida passou diante de mim.

Q 9em, ela n(o estava fa$endo nenhuma refer-ncia a voc-.

Q 2, creio #ue e a*erei. Acredita #ue ainda tenho al*uma chanceW

Q E iste a re*ra dos dois encontros. Por #ue n(o lhe envia um pe#ueno a*rado para lhe mostrar #ue tudo está bemW

Q 0loresW

Q Muito comum. Deve ser al*o #ue provará #ue voc- a aprecia. Q Pe*uei

meu celular e procurei al*uns endere/os cm minha a*enda. Q +ei e atamente o #ueirá mandar.NS

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Escrevi um nome e o nVmero de um telefone, e entre*uei a ele.

Q O #ue % istoW

Q >irlshop. 9elinda viu um par de brincos nessa loRa ontem.

Q IipepeoW Q 2 esse o nome do desi*ner. Os brincos parecem um intrincado de pe#uenos

flocos de neve. +e conversar com a vendedora, ela na certa se lembrará de 9elinda.

"he*ando X saída do par#ue, n s nos despedimos. +entia@me satisfeita por teconse*uido resolver o mal@entendido.

"olo#uei a m(o no bolso e to#uei no cart(o de >ra3son. Ainda n(o li*ara. +ei#ue est(o pensando #ue sou uma tola. E sou mesmo. O homem me dera uma aberturamas eu precisava de mais do #ue isso Q ou seRa, um plano de a/(o.

Assim, li*uei para "3bil. Duas cabe/as sempre raciocinam melhor.

=(o pude dei ar de admirar a linda ta/a lapidada em #ue "3bil serviu nossosdrin#ues, em seu apartamento.

Q O #ue n(o entendo, [an, % por #ue voc- n(o telefonou ainda. =(o acho #ueseRa bom dar tempo a >ra3son para reconsiderar.

=(o pensara nisso. "onsultei o rel *io. Q 9em, Rá passa das cinco. + poderei li*ar para o escrit rio amanh(.

Q Aposto o #ue #uiser #ue ele ainda está trabalhando. Q Ela sorriu.

Era tentador.

Q =(o, "3bil, prefiro esperar at% amanh(. Al%m do mais, >ra3son disse #ueeu deveria falar com sua secretária primeiro, e ela Rá deve ter ido embora.

Q Está arrumando desculpas. Q <alve$, mas mesmo assim n(o li*arei.

Q uer saberW :sso % medo.

=(o sou muito boa em admitir minhas fra#ue$as, mas "3bil tem o poder de ler meu íntimo. Portanto, n(o veRo ra$(o para mentir.

Q 2, talve$ um pouco.

Q De >ra3sonW

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Q =a realidade, n(o. Ele tem sido at% simpático comi*o #uando n(o o provoco. Acho #ue estou com medo de falhar.

Q [anessa, somos ami*as há muito tempo, e nunca soube de sua preocupa/(ocom o fracasso.

Q Escondo meus sentimentos muito bem, "3bil. Desta ve$, o #ue estáenvolvido % muito maior. =(o se trata t(o s de arrumar um casamento para >ra3son,mas terei de provar #ue posso fa$er al*o assim so$inha, sem precisar de Althea.

Q [oc- Rá fe$ bons arranRos desde #ue se separou dela.

Q +im, mas todos foram resultado de contatos #ue eu tinha en#uantotrabalhava com ela. E n(o foram casos muito difíceis. Desse modo, n(o possocomprovar minhas habilidades.

Q Está se desmerecendo, mas consi*o entender o #ue #uer di$er. Q Estou indo bem desta ve$. Encontrei o homem perfeito.

Q >ra/as a sua m(e.

Q O #ue me surpreendeu bastante, pois ela detesta meu trabalho.

Q =ada disso. Anna apenas n(o entende o #ue voc- fa$. =a#uele seu Reiton(o me to#ue por#ue estou usando alta costura ela te ama, e #uer seu sucesso.

Estávamos ficando sentimentais. 9ebi mais um *ole de meu drin#ue e dei ei#ue a vodca com framboesa me desse cora*em.

Q Está certo. [ou li*ar.

Pe*uei meu celular e o cart(o e di*itei o nVmero.

!m to#ue, dois...

Mais #uatro e a secretária eletrHnica foi acionada. Escutei a *rava/(o de umavo$ com sota#ue brit&nico informando #ue o escrit rio estava fechado. O bipe soou,

sem saber o #ue fa$er olhei para "3bil em busca de aRuda.Mas ela estava rolando de rir.

Q Muito obri*ada Q respondi e fechei o aparelho, sentindo@me como umaadolescente #ue li*ou para o *aroto mais bonito da classe. Q Ele deve ter umidentificador de chamadas.

Q [oc- está falando de um celular. <alve$ apenas mostre o nVmero.

Q >ra3son % bastante esperto e lo*o descobrirá #uem telefonou. A*ora, vaiachar #ue sou uma idiota.

NS

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Q Por #u-W Ele pediu para #ue li*asse. A n(o ser #ue a má#uina tenha *ravadosua respira/(o ofe*ante...

Q 0i#ue #uieta'

Ah, como eu deseRava poder voltar atrás uns dois minutos'

Q 2 muito importante para voc-, n(o, [anW

Q +im, mas n(o apenas pela aposta. Acredito mesmo #ue >ra3son precisa deal*u%m.

Q <odo o mundo precisa de al*u%m.

Q "oncordo, mas al*uns, mais do #ue os outros. E deseRo aRudar.

Q Mesmo #ue ele n(o veRa necessidadeW

Q <alve$ por isso mesmo. =(o sei. Q A bebida estava me fa$endo filosofar. Q De #ual#uer forma, foi bom MarT n(o estar no escrit rio. Antes de falar com ele#uero ter al*o concreto em m(os.

Q Do tipo os i*uais se atraem W

Q +im, mas com >ra3son terá demais. Preciso de uma mulher. Q +e fosseoutra pessoa falando, essa id%ia pareceria imoral, mas em meu ne* cio era a chave para o sucesso.

Q [oc- tem um banco de dados bastante e tenso, e com certe$a uma dessascandidatas...

Q =(o. Q 9alancei meu copo. Q =enhuma delas serve. )á percorri a listavárias ve$es.

Q Mas #ual#uer *arota se interessaria por >ra3son. Ele tem tudo. 9ele$a,charme, fortuna...

Q Acredite, tenho recebido de$enas de li*a/1es desde #ue a aposta se tornou

pVblica. Encontrar uma mulher n(o % problema. A chave % encontrar a pessoa cer<em de ser al*u%m com uma linha*em impecável. 9ela e talentosa. "apa$ de secomportar bem socialmente e com bons contatos.' E tem mais. >ra3son % muitoesperto e tem um e celente senso de humor, o #ue si*nifica #ue nossa *arota precisaser espirituosa e sa*a$.

Q =(o se es#ue/a do cora/(o de ouro. uerida, terá de encontrar uma princesade contos de fadas.

Eu ia come/ar a ar*umentar #uando uma fantástica possibilidade me ocorreu.

"3bil era essa princesa' E, para facilitar, acabara de ser abandonada pelo dra*(o.

NS

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Q =(o. Q :n*eri o resto de meu drin#ue. Q Ela está bem a#ui, a minha frente.

O "affe 9uon >usto % um aut-ntico restaurante italiano com pratos clássicos eartesanais. O servi/o % bom, os pratos, ra$oáveis, e atmosfera convidativa. E o meu preferido na ;ua 77, e para nossa felicidade Q minha e de "3bil Q eles t-m umtimo servi/o de entre*a.

Assim, encomendei al*o para nos sustentar en#uanto "3bil se recuperava docho#ue.

Q [oc- está ficando louca'

Era a se ta ve$ #ue minha #ueridíssima ami*a repetia a#uela frase, semprecom um pouco mais de -nfase. "omo eu a conhecia há muito tempo, pude perceber

sob toda a#uela fVria um certo interesse em seus olhos. Q =(o v-W 2 o arranRo perfeito. Q =a verdade, no primeiro momento eu disse

isso por impulso, mas, passados #uin$e minutos, comecei a achar a id%ia espetacular

Os dois tinham muito em comum. Ambos eram ricos, se formaram nos primeiros lu*ares de suas turmas de faculdade, e tanto um como o outro dei aramsuas famílias para tentar alcan/ar o pr prio sucesso.

"3bil cru$ou os bra/os, como costumava fa$er desde #ue a conhecia.

Q E +tephenW Q ela #uis saber.)á falei #ue o sobrenome dela % <eimosiaW

A campainha da porta tocou, e pulei para atender. Depois de pa*ar aoentre*ador, se*ui "3bil para a sala de Rantar e comecei a abrir o pacote de comidacuRo aroma se espalhou por todo o ambiente.

QA apar-ncia % tima Q comentei, ao abrir a embala*em de penne al pesto.

Q =(o mude de assunto. Di*aC o #ue acontece com +tephenW

Q +ei #ue ele era importante para voc-. Mas Rá % passado. E n(o há nada nomundo melhor do #ue virar a pá*ina e se*uir em frente.

Q "asando com outra pessoaW

Q =(o. =amorando de novo. ;ecome/ar tendo al*u%m como MarT >ra3son aseu lado % a *l ria, "3bil'

Q [oc- n(o acredita no #ue di$. =em mesmo deseRa se casar.

Q Eu n(o namoro, e se o fi$esse estaria mer*ulhada na mesma areia movedi/a.

NS

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Q "omo pode falar de casamento e de incerte$as ao mesmo tempoW

Ela tocara em um ponto importante.

Q "3bil, casamento e incerte$as s(o praticamente a mesma pessoa. Q ;i deminha piadinha. Q [eRa bem, a maioria n(o tem al*u%m como eu para aRudá@laanalisar as op/1esZ n(o concordaW

Q E escolher a certa, voc- #uer di$er.

Q L *ico. De todo modo, s posso prometer #ue um primeiro encontro levaráa um se*undo. =ada mais.

Q A re*ra dos dois encontros.

Assenti.

Q 0a$endo minha li/(o de casa direitinho e confiando em meus instintos, posso dar aos outros a chance de se envolver no tipo ade#uado de relacionamento.

Q +oa t(o impessoal...

Q "3bil, o #ue voc- tem a perderW uero di$er, se >ra3son concordar, terá umou dois encontros com um homem maravilhoso, menina' =a pior das hip teses, irá sedivertir muito.

Q Acredita #ue possamos nos dar bemW

Apesar de sua resist-ncia, ela estava intri*ada. Parte da batalha fora vencida. Q +em sombra de dVvida. Olhe, *osto de voc- como de uma irm(. )amais

pensaria em lhe apresentar al*u%m #ue n(o lhe servisse.

Ela riu, ao mesmo tempo #ue tentava en*olir seu macarr(o.

Q Al%m disso, voc- estará me aRudando a vencer Althea. A#uela espertinhserá incapa$ de encontrar al*u%m t(o especial como voc-.

Q Mas, para vencer a aposta, eu teria #ue me casar com ele.

Q OT, há um limite para sua aRuda. <udo o #ue deseRo no momento % #ue sacom MarT. Dei e os hormHnios fa$erem o resto.

Q Pensei #ue n(o acreditasse nessas coisas.

Q =(o di*o #ue a atra/(o se ual n(o e iste. O #ue afirmo % #ue há outrosfatores importantes #ue t-m de estar presentes. 0ará isso por mimW

"3bil ficou calada, e che*uei a pensar #ue ela n(o estava interessada. Mas de

repente ela suspirou e acabou de beber seu drin#ue.

NS

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Q [á lá, concordo.

Abri a boca para a*radecer, mas "3bil me impediu com um *esto.

Q Yá certas condi/1es. +e eu perceber #ue ele n(o tem interesse no Ro*o, tudoestará terminado antes mesmo de come/ar. E se eu n(o *ostar do suReito, n(o #uero#ue insista em um se*undo encontro. Q <entei protestar, mas ela n(o permitiu. Q "umprirei a re*ra dos dois encontros apenas se MarT concordar. Al%m disso, n(o#uero prometer nada para o futuro, no caso de nos darmos bem.

Q "ombinado.

Q Muito bem, ent(o. "omo seráW Q "3bil, enfim, se mostrou curiosa.

Q 2 fácil. Apenas preciso convencer >ra3son a me dar uma oportunidade, edepois falar@lhe sobre voc-. Ele lhe telefonará, convidando@a para sair. [oc- dir

sim , e, antes #ue perceba, estarei dan/ando em seu casamento. Q !m passo por ve$'

Q "laro...

=o dia se*uinte, por volta das on$e da manh(, comecei a pensar #ue o interessede >ra3son em se encontrar comi*o se desinte*rara.

Eu tornara a li*ar Xs nove e meia, e me informaram #ue ele n(o se encontravano escrit rio. +ua assistente fe$ #uest(o de di$er #ue sabia muito bem #uem eu era, eduvidava #ue seu chefe #uisesse me atender. <entei e plicar, mas fui cortada antes determinar.

:nfeli$mente, meu telefone n(o tocava.

Ualdo, sentado no parapeito da Ranela, observava meus movimentos coma#uele olhar desinteressado #ue s um *ato pode ter.

A campainha tocou. 0ui ver #uem era, e, ao abrir o olho má*ico, tive deadmitirC a#uele n(o iria ser um dia de sorte.

Era a +ra. Melderson.

E n(o parecia nem um pouco satisfeita.

Olhei para Ualdo, esticado ao sol. Ele abriu um olho e o fechou de novo. =(o poderia contar com aRuda vinda da#uele lado.

Q [oc- devia ser um cachorro Q sussurrei, e arris#uei mais uma olhada para

fora.Edna continuava lá.

NS

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Q [anessaW Q ela chamou e bateu com os n s dos dedos na madeira.

!m minuto se passou e depois mais um, e #uando ima*inava #ue havia melivrado dela, um envelope branco apareceu debai o da porta.

ARoelhei@me e pe*uei o envelope, #ue parecia inofensivo. Abri e, *ra/as a bom Deus, n(o se tratava de nenhuma intima/(o Rudicial. Era uma conta em nome dArabella. uinhentos d lares por uma consulta pr%@natal. ue mundo % esteW'

Mesmo assim, levando em considera/(o a outra op/(o, o pre/o era bem bai o."aminhei at% Ualdo e o pe*uei no colo. A#uele era meu *ato, e com a aRuda deami*os eu salvara sua masculinidade. Achei #ue eu merecia um carinho. Ele seencostou em mim e, por um momento, es#ueci todas as preocupa/1es. <udo bem,estava contente por ele n(o ser um cachorro.

E ent(o o telefone tocou. Lar*uei Ualdo mais rápido do #ue um suReito fariadepois de um primeiro encontro com uma mulher feia.

Ele miou e eu corri.

Q AlHW

Q [anessaW 2 voc-W

=(o era MarT, e sim Maris [anderbeeT. <ossi para limpar a *ar*anta.

Q +im, sou eu. Desculpe@me, estava no #uarto dos fundos. Q "onsiderando#ue meu apartamento tem apenas #uarenta metros #uadrados e #ue cada um dos#uatro cHmodos tem telefone, a desculpa era pouco convincenteZ mas Maris n(conhecia o im vel, e eu n(o ia di$er #ue estava conversando com meu *ato. Q O #uehouveW

Mesmo deseRando muito #ue MarT >ra3son telefonasse, n(o podia, em s(consci-ncia, dei ar de falar com Maris. Afinal, >ra3son era apenas uma possibilidade, en#uanto Maris ia se casar com Dou*las Larson, um cliente *eneroso.

Q Preciso de voc- Q ela disse, e pela primeira ve$ notei um certo tremor emsua vo$. Q Dou*las desistiu do casamento.

)uro #ue fi#uei sem ch(o.

Q [á direto ao assunto Q pedi a Maris, assim #ue entrei em seu ma*níficoapartamento.

Q "erto. Q Ela suspirou, me pe*ou pela m(o, e as duas nos sentamos numdos oito sofás. Q 9em, tudo caminhava Xs mil maravilhas entre mim e Dou*las.

NS

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Q +em dVvida Q asse*urei. Q [oc- pode atrair #ual#uer homem #ue #uiser. =a verdade, Rá o fe$. Dou*las n(o a pediu em casamento por minha causa.

Q +im, mas a*ora ele desistiu. <entei fa$er com #ue me e plicasse por #uemudou de id%ia, mas ele s murmurava al*o sobre ser bom demais para durar.[anessa, n(o tenho a menor id%ia do #ue Dou*las estava falando.

Mas eu tinha.

Q <rata@se de Al3ssa, a mulher #ue o abandonou anos atrás. Dei e@me falacom ele. <enho um palpite sobre onde Dou*las pode estar.

Q Obri*ada. Q Maris sorriu por entre as lá*rimas. Q =(o sabia a #uemrecorrer.

Q =(o se preocupe. Estou a#ui para isso.

)á lidara com situa/1es semelhantes, mas nunca com al*u%m t(o fra*ili$adocomo Dou*las. Mesmo assim, estava certa de #ue poderia levá@lo a raciocinar melhE depois, com um pouco de sorte, enfrentaria MarT >ra3son.

!ma hora depois, estava no "entro procurando por Dou*las. "omo se trata deuma pessoa bastante previsível, achei #ue o encontraria no Uhite Yorse, consideradoo se*undo bar mais anti*o de =ova ?orT.

>ra/a X fama, o lu*ar era um ponto de encontro para intelectuais. Dividido em pe#uenos compartimentos, tem uma apar-ncia bastante brit&nica.

Por falar nisso, adoro os pubs in*leses.

Entrei no bar escuro e passei pelas divis rias X procura de Dou*las. "omo previa, eu o encontrei sentado em um dos cubículos no fundo do sal(o, encostado na parede e com o olhar perdido. Yavia uma *arrafa de cerveRa pela metade e umlaptopaberto sobre a mesa.

Q Yá #uanto tempo está a#uiW Q per*untei, sem rodeios.Ele me encarou por um momento e depois deu de ombros.

Q Desde Xs on$e.

"onsiderando #ue Rá eram #uase cinco, podíamos contar seis horas de consumode cerveRa. +entei@me diante dele.

Q Maris está preocupada com voc-.

Q MesmoW Q :nclinando a cabe/a, Dou*las fran$iu a testa. Q 2 difícil deacreditar, pois eu a abandonei.

NS

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0itou o copo e em se*uida me encarou, triste.

Q 0i$ isso para #ue ela n(o me abandonasse.

Q =(o entendi muito bem, Dou*las.

Q [oc- precisa de uma cerveRa. Q Ele acenou para a *ar/onete.Desde o desReRum eu n(o comera mais nadaZ portanto, a Vltima coisa #

deseRava no momento era uma cerveRa. Mas, como pretendia desvendar o problemat% o fim, seria melhor entrar no clima.

Q De onde tirou a id%ia de #ue Maris iria abandoná@loW

Q Por#ue % o #ue todas as mulheres fa$em.

Q 0oi o #ue Al3ssa fe$, e ela n(o % todas as mulheres ._ )á tratamos disso

antes, Dou*las.A *ar/onete che*ou com minha cerveRa e outra para Dou*las.

Q Olhe, n(o há *arantias no #ue se refere a relacionamentos.

Q E ato' =(o preciso de um.

Q =(o está falando s%rio. Dei ar Maris será o maior erro de sua vida. Ela % perfeita para voc-.

Q Al3ssa tamb%m era, e veRa como tudo acabou. =(o há nada mais aborrecido do #ue #uerer discutir al*o s%rio com um ami*o

b-bado #uando se está s brio.

Q Dou*las, o #ue voc- precisa no momento % ir para casa e dormir at%amanh(.

Q Estou bem. Q 9alan/ou o copo, espalhando bebida por toda a mesa. Por sorte, tive tempo de pu ar olaptop. Q =(o estou pronto para ir.

Q Discordo. Q E tentava ima*inar como iria levá@lo at% a porta e colocá@em um tá i. Q [amos embora.

Olhei a conta #ue a *ar/onete trou era e pu ei al*umas notas de vinte deminha carteira.

Q [oc- n(o deve pa*ar. As cerveRas eram minhas. Q Dou*las se esfor/ava por encontrar a carteira nos bolsos, mas sem sucesso.

Q +em problemas Q respondi.

NS

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O bar estava um tanto va$io ainda, e eu n(o deseRava chamar mais aten/(o do#ue o necessário. O Uhite Yorse n(o fa$ parte do circuito de celebridades, mas nuncase sabe #uando um da#ueles cretinos com uma má#uina foto*ráfica sur*irá, buscand*arantir seu espa/o no +7gina Seis.

Q 0i#ue tran#Silo, Dou*las, n s vamos conse*uir. Apenas colo#ue um p% emfrente ao outro.

Deva*ar, íamos nos apro imando da saída.

Q Desculpe@me, [anessa. =(o tive a inten/(o de lhe causar transtornos.

Q +ei disso. Q Afinal, ele era um bom suReito. Q [ai se sentir melhor amanh(.

Q Acho #ue deveria li*ar para Maris. Estou com meu celular a#ui em al*um

lu*ar. Ei, onde está meu computadorW Q "omi*o.

Q ]timo. O telefone deve estar a#ui. Q E bateu no bolso es#uerdo.

Q =(o precisa li*ar para ela a*ora.

Q Mas tenho de falar com Maris e e plicar tudo.

Era o #ue eu #ueria #ue ele fi$esse, mas n(o na#uele estado.

QEspere at% amanh(. =o momento, preciso colocá@lo dentro de um tá i. +eR bon$inho, simW

Ele assentiu, sorrindo.

Q Desculpe@me mais uma ve$.

"he*ando X cal/ada, encostei Dou*las em um poste de lu$, en#uanto o porteirotentava chamar um tá i. Era a hora dorush e os tá is #ue passavam vinham todosocupados.

Q Poderíamos ir andando. Q Dou*las se afastou do poste, com al*uns passosclaudicantes. De repente, parou. Q Acho #ue vou passar mal...

+eu corpo balan/ou de um lado para o outro, e eu #uase n(o tive tempo deche*ar at% ele para ampará@lo.

Q 0i#ue firme por mais al*uns minutos.

Q +im. Q Dou*las fechou os olhos.

Eu o sacudi forte.

NS

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Q Ainda n(o % hora de dormir, Dou*las'

!m tá i finalmente parou e empurrei meu ami*o at% o carro.

Q Obri*ado... Q Dou*las balbuciou, #uase deitado no banco de trás.

E de repente, com uma a*ilidade inima*inável, ele se inclinou para a frente eme pu ou, beiRando@me na boca.

Q [oc- % o má imo, *arota'

+e al*u%m tivesse me dito #ue o beiRo dele iria me fa$er ver estrelas, terisoltado uma boa *ar*alhada. Mas foi isso mesmo o #ue aconteceu.

=o momento em #ue Dou*las me beiRava, o flash de uma má#uina foto*ráficailuminou a cena.

Dro*a' Era s o #ue faltava'

"apítulo :[

"om uma crise em potencial nas m(os, eu precisava de aRuda. A melhor pessoaa #uem recorrer nesses casos era ;ichard, e *ra/as X pro imidade, o 9ar Marie_s"risis foi a escolha do dia. +ituado entre a ;ua 9leecTer e a +%tima Avenida, oestabelecimento foi ideali$ado por Marie Dumont, #ue ap s receber um dia*n sticode c&ncer achou, apropriado eterni$ar a má notícia abrindo o bar na#uele momentdifícil.

Q Estou perdida Q falei assim #ue me sentei diante de ;ichard, a uma mesaafastada dos demais clientes.

Q 9em, voc- n(o está em uma boa posi/(o, de fato. Mas pode n(o ser t(oruim #uanto pensa. <alve$ o fot *rafo fosse apenas um turista. Ou, ainda #ue tenhasido um papara o, pode ser #ue nin*u%m compre a foto.

Q +em dVvida era um papara o.

Q 2... :ma*ino #ue sim. Q ;ichard encolheu os ombros e tomou um *ole de

seu uís#ue. Q Lamento, mas devo di$er #ue sua situa/(o % complicada. Maris RsabeW

NS

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Desviei o olhar da vidra/a e vi >ra3son parado Runto a uma mesa improvisadasobre dois cavaletes, coberta de várias travessas e recipientes, cada #ual emanandoaromas deliciosos.

Q :ncrível' Q e clamei, me apro imando.

Q Alberto % o melhor. Q AlbertoW Q Eu me considerava uma conhecedora de #uase todos os *randes

chefs, mas ainda n(o ouvira a#uele nome.

Q Meu co$inheiro particular. Q MarT pu ou uma cadeira, para #ue eu mesentasse.

Q Ele entre*aW

Q Em *eral, fa/o minhas refei/1es em horários e lu*ares poucoconvencionais. Q Ele se acomodou X minha frente. Q Acho mais fácil manter al*u%m em minha folha de pa*amento do #ue ficar na depend-ncia dos servi/os ddeliver".

Q 0a$ sentido, e sem dVvida % interessante.

MarT destampou uma sopeira.

Q [itelaW Q ofereceu@me.

Q Por favor Q aceitei, olhando en#uanto ele me servia n(o s de vitela, masde aspar*os e batatinhas assadas, al%m de foccachia coberta de alho e menta. + desentir o aroma, minha boca ficou cheia d_á*ua. E havia vinho tamb%m. Q Parecdelicioso.

Q Alberto % da <oscana, mas estudou em Paris. A combina/(o perfeita dacomida damamma com a alta co$inha.

Q Ele deve *anhar uma fortuna.

O comentário escapou antes #ue eu pudesse evitar. Minha m(e estaria rindo demim se tivesse me ouvido. +empre tive problemas em conter minha lín*ua, emespecial #uando havia dinheiro envolvido. "onhe/o bem as re*ras, mas al*umasve$es me es#ue/o de se*ui@las.

>ra/as aos c%us, >ra3son n(o se ofendeu.

Q +im, mas vale o #ue pa*o. [iaRo oito meses por ano, e, tendo Alberto a meulado, e perimento uma sensa/(o de normalidade. >osto disso, e ele parece *ostar devariar os locais de trabalho.

"omemos em sil-ncio durante minutos, apreciando a melhor comida #ue podiae istir neste planeta.NS

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Q 9em, acredito #ue n(o me convidou a#ui apenas para e perimentar osespetaculares pratos de Alberto, certoW

Q Disse@lhe #ue deseRava continuar nossa conversa, lembraW

Q Pelo #ue recordo, nosso assunto havia terminado. Eu lhe disse #ue voc- temmedo de se relacionar e ter intimidade com al*u%m, e voc- me dei ou falandoso$inha.

Q E celente mem ria' Q >ra3son sorriu. Q +uas id%ias me interessam.Di*amos #ue a*ora estou mais receptivo X id%ia de encontrar uma companhia do #antes.

Q Mas o fato de precisar de al*u%m para lhe arrumar um par n(o o a*rada."ertoW

Q :sso mesmo. Mas pensei #ue valeria a pena conhecer seu trabalho um poucomais. [oc- mostra pai (o pelo #ue fa$, [anessa, e em minha opini(o essa % umacaracterística #ue vale mais do #ue anos de e peri-ncia em #ual#uer ne* cio.

MarT >ra3son era mais profundo do #ue eu ima*inava. Ele e "3bil iriam sedar muito bem. <udo o #ue precisava fa$er era fechar o ne* cio.

"laro #ue essa era a parte mais difícil.

Q =em sei o #ue di$er. =(o conhe/o nin*u%m #ue me considere uma pessoaapai onada. Pelo contrário, todos me acham *%lida e afirmam #ue estou no ramoerrado.

Q Por #u-W Q MarT serviu vinho em nossas ta/as.

Q Por#ue n(o acredito em uma vida feli$ a dois baseada apenas na a/(o dehormHnios. De acordo com "3bil, sou uma pessoa incapa$ de me apai onar.

Q Yá muitos tipos de pai (o, e nem todos físicos.

Q "oncordo. +e os casais compartilham outros interesses e n(o s o interesse

físico, eles se manter(o Runtos a lon*o pra$o. =a realidade, creio #ue mesmo sem pai (o física uma uni(o pode durar, contanto #ue haRa outros pontos em comum.

Q Para uma pessoa t(o Rovem, voc- % bastante realista.

Q =(o sou t(o Rovem #uanto pare/o, acredite. "3bil di$ #ue minha alma %velha. +empre interpretei esse comentário como um elo*io, mas acho #ue a id%ia potrás, n(o % bem essa.

Q 2 a se*unda ve$ #ue menciona "3bil.

A abertura perfeita #ue eu esperava.

NS

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Q Ela estava comi*o na outra noite. [estido de renda preta... Q Esperei #ueele recuperasse a ima*em.

<inha certe$a de #ue MarT a vira. "3bil estava maravilhosa, na ocasi(o.

Q "abelos pretosW +orriso abertoW

Q E ato. "3bil 9aransTi. +omos ami*as desde o *inásio.

Q Pensei #ue o nome do curso havia mudado.

Q Pronto, entre*uei minha idade. Mas, enfim, ela % minha melhor ami*a.

Q :sso % bom. )amais cultivei ami$ades assim.

Q 2 uma #uest(o de sorte. Encontramos um certo al*u%m e... Pronto'Descobrimos, na#uele momento, #ue seremos ami*os para toda a vida.

Q +upunha #ue n(o acreditasse em tais relacionamentos.

Q Ao contrário. !ma li*a/(o dessas % o #ue fa$ um bom casamento. Duas pessoas #ue t-m um passado a compartilhar e respeito mVtuo.

Q Posso concluir #ue sua cara@metade pode ser um de seus ami*osW

Q =(o. +e*undo meu ponto de vista, a li*a/(o entre duas pessoas #ue #ueremse casar deve ser diferente da#uela e istente entre dois ami*os.

Q Essa posi/(o parece contradi$er o #ue afirmou a respeito de atra/(o física. Q Escute, acredito em atra/(o física, s n(o acho #ue ela deva ser a base para

uma uni(o duradoura. uando a pai (o desaparece, n(o há nada para sustentar ocasamento.

Q E se a pai (o nunca terminarW

Q Aí teríamos uma hist ria de amor #ue duvido #ue seRa possível. Osrelacionamentos acontecem em ciclos, MarT. E #uando se está fora do ciclo %necessário al*o mais para permanecer Runto do outro.

Ele ficou #uieto por al*uns se*undos.

Q Devo lhe di$er #ue voc- % muito diferente de todas as mulheres #ueconheci.

=(o soube precisar se a#uilo si*nificava al*o bom ou ruim. Assim, fi#ueicalada, e minha salva/(o se apresentou no mila*roso to#ue de meu telefone celular.

Pe*uei o aparelho e olhei o visor.

Maris.

NS

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Q Perd(o, mas preciso atender.

Q Outra emer*-nciaW Q Ele ar#ueou uma sobrancelha.

Q A mesma Q sussurrei. Q Maris, % voc-W

Q +im, como adivinhouW Q :dentificador de chamadas.

Q "erto. +empre me es#ue/o disso.

!ma das manias de Maris % manter seu celular com o mínimo de servi/os. Elacomprou um há menos de um ano, e isso por#ue insisti muito.

Q 9em, estou no +t. ;e*is. Encontrei@me com ;ichard #ue me disse #ue voc-estava me procurando.

Q Ele falou o motivoW

Q =(o, apenas *arantiu #ue era importante.

Q +im, %. uanto tempo vai ficar aíW Q +e eu conse*uisse um tá i, n(odemoraria mais do #ue #uin$e minutos para che*ar X ;ua .

Q Eu estava de saída, mas posso esperar.

Q ]timo. Pe/a a ;ichard #ue lhe fa/a companhia. Encontro voc-s no bar.

Q Do #ue se trata, afinalW

Q Escute, Maris, estou em uma reuni(o. "ontarei tudo t(o lo*o che*ue aí,certoW

Q Está bem Q E ela desli*ou o telefone.

Por #ue será #ue sempre me envolvo em situa/1es ridículasW

Q Presumo #ue haRa problemas no paraíso dos arranRos matrimoniais...

Poderia ter me sentido ofendida com a#uelas palavras mas estava preocupadademais com Maris para me importar.

Q ArranRei um. )uro #ue eu n(o #ueria, mas ele me pe*ou de surpresa.

Q uer falar sobre eleW <alve$ possa aRudá@la.

Q :mprovável, a n(o ser #ue tenha li*a/(o direta com os tabl ides destacidade.

Q +e tivesse...

NS

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Q ...n(o teria sido alvo das Vltimas fofocas.

MarT achou *ra/a. Era simpático, o danado.

Q Desculpe@me, mas tenho de ir.

Q Posso levá@la, [anessa. Meu carro está lá fora.A id%ia era tentadora. +eria mais rápido do #ue chamar um tá i. Por%m

>ra3son tinha um Reito especial de tirar informa/1es das pessoas, e eu n(o deseRavfa$er mais confiss1es.

Q =(o, obri*ada. Pe*arei um tá i. Q Levantei@me e fui para o elevador,totalmente concentrada em Maris.

Q [anessaW

Parei e me virei, s ent(o me dando conta de #ue havia sido muito rude. Q Oh, sinto muito' =em mesmo lhe a*radeci. 0oi um Rantar maravilhoso,

MarT.

Q Pena #ue teve de ser interrompido. Mas, pelo Reito, isso % parte de surotina.

Q 9em, em *eral minha vida profissional n(o % assim fren%tica. Q Pensando bem, ele estava certo. Q Li*ue@me se #uiser conversar mais.

Q =(o se preocupe. Eu li*arei.Ao menos n(o havia acabado com as possibilidades de "3bil. Ainda e istia

esperan/a.

uase alcan/ara a porta do elevador, #uando me lembrei de #ue n(o disseranada sobre a foto*rafia, e 9elinda tinha me avisado #ue >ra3son valori$ava ahonestidade acima de tudo.

Ent(o, ap s re$ar uma prece silenciosa, voltei e fi#uei de frente para ele.

Q Mais uma coisa. Q ;espirei fundo, criando cora*em. Q <alve$ haRa umafoto minha nos Rornais de amanh(. !m pouco comprometedora, eu diria. + #uerialhe di$er #ue n(o % o #ue parece.

>ra/as a Deus, as portas do elevador se abriram. >irei nos calcanhares e entrei,sem olhar para trás, at% #ue elas tivessem se fechado, e o som da risada de >ra3sondesaparecido de meus ouvidos.

NS

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Q =(o, Maris. Ele a dei ou por#ue está com medo. Dou*las acredita #ue voc-o abandonará, como Al3ssa fe$, e sofrerá tudo de novo.

Q Oh.. Q Ela tomou um *ole do *im e mordeu o lábio inferior. Q Eu Ramais oma*oaria. =(o há nada a temer.

Q +ei disso, e tentei lhe e plicar, mas nosso ami*o estava processando asinforma/1es muito deva*ar.

Q Ent(o n(o mudou de id%iaW

Q =a verdade, acho #ue sim, mas continua temeroso. <alve$ leve um dia oudois at% #ue Dou*las crie cora*em para voltar.

Q E se eu o apressar. Poderia ir at% sua casa a*ora.

Q +eria melhor esperar. Desconfio #ue Dou*las esteRa dormindo ou cuidandode fa$er sarar uma terrível ressaca.

Q +%rio assimW

Q uerida, isso pode ser um sinal de #uanto se importa e como ficouaborrecido com a situa/(o.

Q Mas foi ele #uem come/ou.

Q Em minha opini(o, Maris, Dou*las acredita #ue, se tomar uma decis(o

primeiro, n(o sofrerá nova humilha/(o em pVblico. Afinal, foi abandonado no dia docasamento, diante de #uinhentos convidados. =in*u%m *ostaria de passar por issuma se*unda ve$.

Q )amais lhe dei motivos para ima*inar #ue o ve ame se repetiria.

Q "laro #ue n(o, mas n(o % suficiente para libertá@lo de seus temores. +e adei a mais feli$, ele me disse #ue sabia #ue havia cometido um erro, e #ueria falarcom voc-.

Q 2 mesmoW'

Q +im, pena #ue Dou*las n(o estivesse em condi/1es de fa$-@lo ainda estanoite.

Q 0oi por isso #ue voc- #uis conversar comi*oW O #ue mais aconteceuW

;espirei fundo.

Q Depois #ue conversamos, eu levei Dou*las para pe*ar um tá i. Ele ficoumuito a*radecido, mas escolheu uma foram bastante íntima de demonstrar.

Q "omo assimW

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Q 9em... Q Parei. "omo fui me meter em tamanha confus(oW Q O fato % #ueDou*las me a*radeceu com um beiRo.

Maris me encarou, confusa, e n(o enraivecida.

Q =a boca'

Ela abanou a m(o.

Q Muitas pessoas fa$em isso, e n(o veRo nenhum mal...

Q "oncordo plenamente. + #ue... Q ;espirei fundo de novo. Q ...um papara o estava lá.

Q 0oto*rafaram o beiRoW'

Q Acredito #ue sim.

Q Ah, [anessa, sinto muito'

Era ela #uem estava se desculpandoW'

Q =(o entendo, Maris.

Q +into pelo problema #ue isso lhe causará. Dou*las ficará mortificado#uando souber o #ue sua atitude desencadeou.

Q =(o está aborrecida comi*oW Q Arre*alei os olhos.

Q =(o foi culpa sua. Evidente #ue haverá falat rio, mas acabará n(o dandoem nada. Dou*las, com certe$a, ficará arrependido, e acho #ue poderemos aRudá@mostrando #ue as coisas est(o bem entre n s. =a realidade, acho #ue a foto*rafia nosfará um favor.

Q Mas e a universidadeW Q =o momento em #ue fi$ a per*unta concluí #uesubestimara Maris [anderbeeT. Q =(o reprovará toda essa publicidadeW

Q >aranto #ue a publicidade s fará aumentar a venda dos livros de Dou*las esua fama como novelista. Escute, tenho a chave do apartamento dele. :rei at% lá e lhcontarei toda a hist ria antes #ue leia os Rornais pela manh(.

Q 0aria isso por mimW

Q [anessa, n(o estava brincando #uando disse #ue voc- apro imou nossoscaminhos. O mínimo #ue posso fa$er % mostrar a todos como % ridículo pensar eDou*las e voc- Runtos.

Mais uma ve$ tive a leve sensa/(o de #ue deveria me sentir insultadaZ mas, aocontrário, fi#uei a*radecida.

Q Por%m, ainda n(o resolveram o problema entre voc-s.NS

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Q O #ue mostra #ue o relacionamento deles % bom. Q ;ichard passou o bra/osobre meus ombros.

Q :ma*ino #ue sim.

Maris confiava em Dou*las mesmo ap s ter sido abandonada por ele. As pessoas n(o cansavam de me surpreender.

Q Ela está indo para a casa dele neste minuto.

Q Pensei ter ouvido voc- di$er #ue Dou*las estava dormindo, [an.

Q Deve estar, mas Maris tem a chave do apartamento.

Q =(o % má id%ia. Mas e se Dou*las se recusar a falar com elaW

Q Ele n(o fará isso.

Q Yum... uanta se*uran/a'

Q Dou*las sabe #ue cometeu um erro, ;ichard.

Q Ao beiRar voc-W

Q =(oZ embora tenha sido uma tremenda boba*em, duvido #ue ele se recorde.;efiro@me ao rompimento com Maris.

Q Ent(o a #uer de voltaW

Q 0oi o #ue me disse, e estou pensando #ue, se ela estiver lá #uando eleacordar, tudo ficará mais fácil.

Q uerida, voc- escapou da forca.

Q =(o diria isso. Mesmo #ue Maris e Dou*las se acertem, ainda haverá problemas se a#uela foto for publicada. <enho outros clientes.

Q Mas eles a conhecem.

Q Al*uns n(o t(o bem #uanto os outros. Q =(o estamos falando de um #uase cliente , estamosW >ra3son, por

e emplo.

Q De certa forma, sim, mas n(o % apenas por causa da aposta. MarT % muit boa pessoa, tenho de admitir.

Q :sso está ficando cada ve$ mais interessante.

Q [oc- n(o me dei ou terminar. Ele serve como uma luva para "3bil.Acredito #ue s(o perfeitos um para o outro.

NS

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Q E Rá o avisou sobre o beiRoW

Q Mais ou menos.

Q "omo assimW

Q Posso di$er #ue o alertei. Q =esse caso, vai dar tudo certo.

Olhei a nossa volta e reconheci várias pessoas de nossas rela/1es. De repenteme deu uma vontade imensa de ir para casa, tomar um bom banho e encerrar a#ueledia. E #uis fa$er isso antes #ue al*u%m resolvesse se apro imar e me oferecer maisum drin#ue.

Q Está pronto para ir ou deseRa ficar mais um pouco, ;ichardW

Q [amos embora, meu anRo. ue tal dividir um tá iW Q Para falar a verdade, *ostaria de caminhar e esfriar a cabe/a.

Q uer companhiaW

+orri para ele, a*radecendo a Deus a#uele ami*o t(o bom.

Q Por favor.

Q Escute, [anessa, se >ra3son tiver um mínimo de bom senso, saberá #ue

voc- n(o sairia por ai beiRando clientes. Q +ei disso. O #ue n(o sei % por #ue isso está me preocupando tanto. Q

+uspirei, apanhando a conta antes #ue ;ichard o fi$esse. Q ue saudade de minhacama'

Era mesmo bom dormir bastante. Afinal, o dia se*uinte n(o seria i*ual aosoutros.

O aroma de al*o maravilhoso che*ou a meu #uarto, tirando@me de meu son profundo. Abri os olhos tentando me lembrar de #uando havia me mudado para um padaria. "omo uma son&mbula, me diri*i para a co$inha.

Desde #ue apenas tr-s pessoas tinham acesso X chave de minha casa Q Anderson, ;ichard e minha m(e Q, ima*inei #ue tinha de ser um deles. "omomam(e Rá havia me a*raciado com sua presen/a essa semana, tive certe$a de #ue poderia eliminá@la da e#ua/(o.

Al%m do mais, o cheiro era de carboidrato, e ela n(o tocava em nada feito defarinha fa$ia mais de uma d%cada, o #ue e plica o fato de ser dois nVmeros menoredo #ue eu, embora eu seRa bem mais alta.

NS

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Q 9em, devo confessar #ue at% eu achei #ue Dou*las está apreciando o beiRo.

Q Ora, dei e disso' O homem estava b-bado.

Q Eu sei. Mas a impress(o #ue se tem % bem outra. Q +orrindo, "3bilestendeu o bra/o, afa*ando minha m(o. Q <em de admitir #ue % bastante en*ra/ado.[oc- e Dou*las Larson...

Q =(o veRo nada de en*ra/ado Q retru#uei, $an*ada. Q Essa foto podedecretar o fim de minha a*-ncia matrimonial.

Q Escute, sei #ue % uma situa/(o difícil, mas terá de encontrar uma forma delidar com ela. ual#uer pessoa pode ver #ue se trata de um instant&neo. )á conversoucom Dou*las ou MarisW

Q =(o fa$ nem uma hora #ue acordei, "3bil. E AltheaW Li*ou para voc-W

Q =(o. Q E bai ou os olhos para e aminar as unhas. Q "3bil...

O telefone tocou de novo, mas nenhuma de n s se importou.

Q 0ale'

Q OT' Q Ela suspirou. Q Althea telefonou, mas n(o para se van*loriar.ueria apenas conhecer a verdadeira hist ria e saber se voc- estava bem.

Q E por #ue n(o li*ou para mimW Q <eve receio de a*ravar a ferida.

Q Deve haver al*o por trás disso. <em certe$a de #ue ela n(o se mostravasatisfeitaW

Q[anessa, voc- sabe a resposta melhor do #ue eu. Althea pode ser competitiva, mas % sua ami*a.

Q +im, desculpe@me. Estou me sentindo acuada. >ostaria muito de *anhar aaposta, e a*ora penso #ue n(o tenho a mínima chance.

Q "reio #ue, no momento, a aposta deveria ser a Vltima de suas preocupa/1es.

Q Discordo. Acho #ue se tornou mais importante ainda. +e conse*uisse ocontrato de MarT, mostraria a todos #ue ainda estou no Ro*o.

Q =(o % um Ro*o, [anessa. Está falando da vida das pessoas.

Q =(o tive a inten/(o de parecer inconse#Sente, mas sinto como se tivesse

perdido o autocontrole.

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Q 2 compreensível.

Mais uma ve$, o telefone soou, mas n(o passou do primeiro to#ue.

Q "omo foi a noite passada com >ra3sonW

Q =a verdade, muito bem. Ele % muito diferente do #ue eu pensava. Q O #ue #uer di$erW

Q Ele me pareceu mais verdadeiro. Q =o mesmo momento, percebi como eratola essa minha e plica/(oZ e "3bil era muito boa em ler nas entrelinhas.

Q [oc- *ostou dele.

Q +im, o #ue me surpreendeu muito.

Q Mas n(o % bom *ostar do cliente antes de lhe arranRar um parW Q De certa forma, sim. uero di$er, duvido #ue *ostaria de trabalhar com uma

pessoa má ou al*o assim, mas o #ue sinto em rela/(o aos clientes n(o interfere na procura dos pares. <enho apenas #ue ser capa$ de desvendar suas personalidades edescobrir o #ue #uerem, na realidade.

Q :sso me parece um pouco impossível.

Q +im Q concordei, achando *ra/a. Q Entretanto, voc- sabe #ue tenho umaatra/(o por desafios.

0icamos em sil-ncio por al*uns se*undos e #uase pensei #ue ela iria discordar.Em ve$ disso, por%m, per*untou sobre MarT.

Q 0alou com ele a meu respeitoW

Q +im, mas n(o entrei em detalhes. Di$ia a MarT #ue tinha al*u%m em vistacontudo, Maris li*ou antes #ue eu tivesse a chance de e plicar.

Q <alve$ seRa melhor assim. Estive pensando bastante a respeito.

Q [oc- está apenas nervosa. Q Pode ser mais do #ue simples nervosismo. Acabei de me separar de

+tephen, e acho #ue % cedo demais para me envolver com outro.

Q 2 apenas um encontro, "3bil.

Q "om *randes e pectativas.

Q =(o. )uro. "onfesso #ue, a princípio, #uando pensei em voc-, foi por causada aposta. A*ora, mantenho o #ue disse antes. )amais lhe arranRaria um encontro com

NS

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al*u%m #ue n(o fosse a pessoa certa para voc-. Ap s conhecer MarT melhor, veRo #uele % perfeito.

Q Devo di$er #ue n(o me sinto t(o confiante.

Q "ompreendo. <odavia, voc- o acha interessante, certoW

Q Pelo pouco #ue o conhe/o... Q Ela deu de ombros.

Q E o acha atraenteW

Q + uma louca n(o acharia. Q "3bil sorriu lar*o.

Q +endo assim, pe/o #ue lhe d- uma chance. +aia com o rapa$, e se eu estiver certa, o resto acontecerá naturalmente.

Q E se estiver erradaW

Q =(o estou Q retru#uei, sem acreditar em minhas pr prias palavras.

Q +em press(oW

Q =enhumaZ tem minha palavra. "3bil, eu n(o estaria su*erindo #ue seencontrasse com MarT se n(o acreditasse de verdade #ue voc-s dois podem seacertar.

Q De #ual#uer modo, temos muito caminho a percorrer. >ra3son ainda n(oconcordou com nada.

Q 2 verdade Q admiti, voltando X realidade. Q E depois #ue vir a foto, aí %#ue n(o vai concordar. E, cá entre n s, % espantoso saber #ue Althea n(o está sevan*loriando.

Q A bem da verdade, as mat%rias publicadas sobre o beiRo entre voc- eDou*las n(o s(o uma campanha contra voc-, apenas, mas contra sua profiss(o. E issoacabará atin*indo Althea, tamb%m.

Q Está tentando me fa$er sentir piorW

Q =(o, meu bem, apenas procurando fa$-@la ver #ue Althea n(o vai se beneficiar com essa publicidade, #ue pode ser bem ne*ativa para ela tamb%m.

Q En*ra/ado, mas s de ouvir isso Rá me sinto melhor. Q +uspirei. Q Acho#ue sou maldosa.

Q =(o, amor, % apenas humana.

Anderson voltou, di$endoC

Q At% a*ora foram seis chamadas. Duas li*a/1es de supostos ami*os, uma deAnna e tr-s de rep rteres em busca de mais detalhes.NS

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Q O #ue falou para elesW Q =a#uele momento, me senti um tanto enRoadaZtalve$ tivesse comidocroissants demais.

Q 9em, achei #ue n(o adiantava ser rude. Desse modo, disse a seus ami*os#ue voc- estava trabalhandoZ para sua m(e, #ue retomaria a li*a/(oZ e X imprensa, clássico nada a declarar .

Q Muito bom Q "3bil o elo*iou. Q Acho #ue está na profiss(o errada,Anderson.

Anderson riu.

Q 9obinha' ual#uer um pode atender um telefone.

Q Acho #ue n(o teria tido paci-ncia com nenhum deles. Muito menos comminha m(e.

Q Ela estava preocupada. Q Anderson pe*ou o(imes. Pelo menos, havia um Rornal #ue n(o deu a mínima para as desventuras de [anessa "arlson.

Q 2. Mas detesto fa$er papel de boba. uero #ue mam(e se sinta or*ulhosa demim, e Ramais ouvir eu n(o disseW . Ela Ramais aprovou meu trabalho.

Q "reio #ue Anna reprova mais sua atitude em rela/(o a namoros s%rios do#ue propriamente seu trabalho Q "3bil e plicou.

Q )usto ela #ue há mais de de$ anos tenta me influenciar na escolha de umnamorado.

Q Ela a*e como m(e. Q Anderson pHs a m(o na cintura. Q +e*ue o manual,s isso.

Q [oc- n(o deveria estar trabalhando, AndersonW =(o preciso de babá. Al%mdo #u-, "3bil está a#ui.

Os dois trocaram a#uele olhar de pobre *arota, n(o está pensando comclare$a .

Q Dois ami*os s(o melhores do #ue um Q Anderson afirmou em um tom devo$ #ue n(o admitia ar*umenta/(o.

Ualdo se esfre*ou em minhas pernas, lembrando@me de #ue nem mesmo meu*ato eu era capa$ de controlar.

Q Obri*ada, #ueridos.

Levantei@me da cadeira, apanhei a *arrafa t%rmica e fui preparar mais cafAnderson e "3bil foram para a sala.

NS

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Q Entrem Q convidei, indicando a sala, com um *esto. Q Estamos tentandoencontrar Ualdo.

Q UaldoW Q Maris repetiu.

Q Meu *ato. ;eceio #ue ele seRa uma mistura de ;odolfo [alentino e YoudiniCum con#uistador #ue tem o dom de sumir e reaparecer onde bem deseRa.

Q =(o dei a de ser um problema s%rio. Q Maris empurrou Dou*las emdire/(o ao sofá.

Q Parece #ue, nos Vltimos tempos, n(o fa/o nada al%m de me envolver emencrencas. Q +orri, tentando dissipar a tens(o.

Pelo menos eles estavam Runtos, e de certa forma a#uela era uma vit ria a sercomemorada.

Q [ou buscar um caf% para todos. Q E "3bil foi para a co$inha, sem esperar por resposta.

Medrosa'

Q [ou aRudá@la. Q Anderson a se*uiu.

Dois medrosos'

Maris, Dou*las e eu permanecemos sentados em sil-ncio por al*uns instantes.

Q "omo se sente, Dou*lasW Q decidi inda*ar.[i seu pomo@de@ad(o subindo e descendo #uando ele en*oliu em seco

nervoso.

Q "omo se um caminh(o tivesse passado por cima de minha cabe/a. Mas eumerecia muito mais. Q Dou*las fe$ uma pausa e tomou a m(o de Maris,entrela/ando os dedos nos dela. Q Olhe, [anessa, eu lhe devo um pedido dedesculpa. +ou responsável por voc- estar sendo vítima de toda essa p%ssima publicidade. +e n(o tivesse lhe dado a#uele beiRo, nada disso estaria acontecendo.

Era a pura verdade, e eu tinha todo o direito de ficar $an*ada, mas n(o estava.+abia como era difícil para Dou*las se desculpar.

Q +osse*ue. [oc- n(o sabia o #ue estava fa$endo.

Q [iuW Q Maris virou@se para ele. Q Eu lhe disse #ue ela entenderia.

Maris me olhou, emocionada, como se eu tivesse acabado de lhe dar um presente.

Q Ent(o, voc-s dois est(o bemW

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Q DeseRa saber se ela me perdoou, [anessaW

Pelo tom de vo$ de Dou*las, adivinhei a resposta. Mas eu #ueria ouvir aconfirma/(o de seus lábios.

Q 9em, o casamento está de p%, outra ve$. Q Maris sorriu para o noivo.

Q E devemos tudo a voc- Q ele completou.

Q "onte o resto Q Maris insistiu.

Dou*las n(o escondia a anima/(o. +em dVvida, a reconcilia/(o com Maris lhefi$era muito bem.

Q Meu a*ente me li*ou esta manh( e, pelo visto, sur*iu um *rande interesse por meus livros depois da publica/(o da foto. Ele at% recebeu um telefonema do(oda". Pode ima*inarW <alve$ eu seRa entrevistado pelo Rornal ainda esta semana.

En*ra/ado, mas nenhum Rornal havia me li*ado para entrevistas.

Q Ao final, al*o desastroso acabou se transformando em uma coisa boa Q Maris comentou. Q E tudo por sua causa, #uerida.

Q 0ico contente por tudo ter terminado bem.

Apesar de minha pr pria vida estar desmoronando, eu fui sincera. Maris eDou*las formavam um par perfeito.

"3bil e Anderson retornaram da co$inha com a bandeRa de caf% no mesmmomento em #ue Maris e Dou*las se levantavam, se desculpando por terem muito o#ue fa$er.

Q + #ueremos #ue saiba #ue estamos do seu lado Q Maris afirmou.

+enti os olhos cheios de lá*rimas e fi#uei de p% tamb%m. Maris me deu umforte abra/o, e Dou*las deu a impress(o de #ue ia fa$er o mesmo, mas parou, e seurosto se tornou vermelho como um piment(o. De imediato, Maris deu@lhe um pe#ueno empurr(o, e ele me abra/ou. =(o sei se era devido X tens(o, ao abra/o ou aoridículo da situa/(o, mas de uma hora para outra todos come/aram a rir, e pela primeira ve$ na#uele dia tive a sensa/(o de #ue tudo iria se resolver.

Acompanhei os dois at% a porta e, #uando voltei, escutei o telefone tocar.

Q [enha. Q "3bil colocou a bandeRa na mesinha e se*urou meu bra/o. Q [amos sair. [oc- precisa de um tempo para rela ar, e Rá sei aonde a levarei.

Q E UaldoW Q per*untei, olhando para Anderson.

Q =(o se preocupe, eu o encontro Q ele disse.

"omecei a protestar, mas Anderson balan/ou a cabe/a.NS

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Q Posso cuidar da +ra. Melderson, se ela aparecer. =(o permitirei #ue elamaltrate Ualdo. Podem ir.

Q Mas n(o estou vestida para sair Q protestei, inspecionando meu Reans.

<udo bem #ue era da Diesel, e minha camiseta, )uic3 "outure, mas mesmoassim n(o eram apropriados para a rua.

Q [oc- está tima. Ponha um chap%u e vai parecer com uma dessascelebridades #ue n(o #uerem chamar aten/(o.

Q OT Q concordei com "3bil e bus#uei no armário por meu bon% dos?anTees, decidida a i*norar o telefone, #ue n(o parava de tocar.

Q [amos Xs compras'

"apítulo [

A LoRa 9arne3s tem sido considerada a meca dos estilistas e dos amantes de boas roupas desde 5`. Lá, #ual#uer um se sente recompensado de suas frustra/1es,e no meu caso tratava@se de uma válvula de escape.

Por #ue será #ue sempre se *asta mais dinheiro #uando estamos na imin-nciade perd-@lo do #ue #uando temos um bom saldo bancárioW Deve ser hormonal. simples desespero. De #ual#uer modo, em apenas duas horas eu havia *asto umaconsiderável #uantia em uma bolsa nova e um Reans. Ambos lindos de morrer.

"3bil, por sua ve$, n(o despendeu muito menos em uma pulseira de prata e umnovo batom lan/ado por 9obbi 9ro8n.

Assim #ue nossos instintos consumistas foram saciados, nos diri*imos para o0red_s, um restaurante ao #ual as mulheres iam para ver e ser vistas. :ma*inei #uusando Reans e bon% passaria despercebida.

Ledo en*ano. Minha m(e me reconheceria mesmo dentro de uma fantasia de*orila.

Q [anessaW Q +ua vo$ ecoou pelo ambiente, e, para mim, a temperatura ali

bai ou trinta *raus no mesmo instante.

NS

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Ela se*urou o bon% com a ponta de dois dedos, como se estivesse contaminadou al*o parecido.

Q E isto, para #ue serve, [anessaW Pelo menos teve o bom senso de tra$er "3bil com voc-.

Q Oh, vamos lá... [oc- n(o nos se*uiu at% a#ui apenas para censurar minhasroupas, n(o %W

Q =a verdade, n(o as se*ui. Q Mam(e fran$iu as sobrancelhas. Q Estavafa$endo compras e as vi no departamento de cal/ados.

Q Duvido muito. Q Olhei para "3bil, #ue se esfor/ava para conter o riso. Derepente, minha raiva se dissolveu.

Q <udo bem, % mentira. "onversei com Anderson, e ele disse #ue voc-s

estavam vindo para cá. Q 9em, a comida a#ui % muito melhor do #ue no meu armário.

Q =(o seRa sarcástica, [anessa. [im por#ue estou preocupada com voc-.

=(o havia ar*umentos, nesse caso. Mam(e estava mesmo preocupada. Podiaver em seu rosto.

Q +ei disso, mam(e. Deveria ter li*ado. 2 #ue fu*ir me pareceu a melhor op/(o.

Q 0u*ir de mimW

Q =(o. De todos. O telefone n(o parava de tocar. At% "3bil come/ou a receber chamadas.

=ossa conversa foi interrompida pelo *ar/om, #ue apareceu para anotar nossos pedidos.

Q uero uma sala mista e umblood" mar", por favor Q minha m(e pediu.

"3bil, em se*uida, solicitou o mesmo tipo de drin#ue e uma salada tamb%m. =(o deseRando acompanhá@las no cardápio ve*etariano, optei por uma tortinh

de camar(o e um martíni com duas a$eitonas.

<(o lo*o nossas bebidas che*aram, mam(e se recostou no espaldar e se preparou para reiniciar a in#uisi/(o.

Q Ent(o Q ela falou, com a pose de uma rainha diante dos sVditos Q, ondeestávamosW

Q Pedindo nosso almo/o, muito tran#Silas, e tentando fa$er [anessa es#uecer seus problemasW Q A su*est(o de "3bil foi muito sensata, mas totalmente i*norada.NS

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Q Esconder a cabe/a na areia n(o % o melhor modo de lidar com um assuntot(o importante.

Q =a realidade, Anna, falando desse modo tudo ad#uire mesmo umaconota/(o muito *rave.

Q +abe o #ue estou #uerendo di$er, "3bil. Q Mam(e fe$ um *esto com asm(os, e os an%is brilharam sob a lu$ forte.

Q =(o estou me escondendo ou enterrando minha cabe/a na areia, m(e.Apenas procuro manter uma certa dist&ncia dos tabl ides.

Q Deveria ter pensado melhor #uando dei ou a#uele homem beiRá@la.

Q =a realidade, ele n(o me fe$ uma consulta pr%via.

Mam(e suspirou.

Q +ei #ue n(o foi sua culpa, mas ainda assim há de ser um problema.

Q Para mimZ n(o para voc-.

Q [oc- % minha filha, [anessa. DeseRo fa$er tudo para aRudá@la.

<er minha m(e interferindo em minha vida era meu Vltimo deseRo, nomomento.

Q =(o há nada #ue possa fa$er por mim.

Q Pois %. E acho #ue essa % a parte mais difícil. ual#uer m(e #uer prote*er seus filhos, mesmo #ue seRam adultos. 2 t(o natural como respirar.

Parecia maravilhoso, mas eu n(o era mais uma *arota, e o amor maternal n(oaRudaria em nada a*ora.

Q [anessaW 2 voc- mesma, #ue bom'

]timo. =osso almo/o estava se transformando em uma *rande festa, e osconvidados come/avam a che*ar. 9elinda Ua man parou ao lado.

Q ueria saber como está indo.

Q 9em Q afirmei, sentindo@me como um pei e dentro do a#uário. Ou melhor,um pato de borracha na linha de tiro ao alvo.

Q [oc- e Dou*las n(o est(o... Q ela interrompeu a frase, constran*ida.

Q Oh, Deus, n(o' Dou*las vai se casar com Maris.

Q O casamento ainda está de p%W Ouvi falar #ue eles vinham enfrentanddificuldades.

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Q +e isso for verdade, [anessa n(o tem nada a ver com o caso Q minha m(edeclarou.

=(o pude dei ar de olhá@la com *ratid(o.

Q Youve um desentendimento entre eles Q falei, voltando minha aten/(o para9elinda. Q 0oi essa a ra$(o de eu estar com Dou*las, ontem. Mas tudo voltou aonormal. "onversei com os dois esta manh(.

Q E o beiRoW Q 9elinda resolveu ir direto ao ponto.

Q Dou*las foi muito e uberante em seu a*radecimento.

Q Oh, [anessa' Primeiro, voc- conserta as coisas entre mim e +tanle3. Q Elame eu nos brincos #ue *anhara de presente. Q Depois, fa$ o mesmo com Maris eDou*las. =(o estou me importando nem um pouco com o falat rio. Em minha

opini(o, voc- % a melhor."erto, n(o sou imune X baRula/(o, mas al*o me di$ia #ue havia mais por trás de

todo a#uele confete.

Q 0alat rioW Q Prendi a respira/(o.

Q Ah, voc- sabe... O de sempre.

Q [amos lá, 9elinda Q "3bil a incitou. Q [anessa está bem crescidinha."onte@nos o #ue escutou por aí.

Minha m(e pe*ou minha m(o, e eu me senti como se fosse ouvir o resultado davota/(o para sair da casa do 9i* 9rother.

Q Está bem. Q 9elinda e alou um suspiro. Q Est(o di$endo #ue voc- n(o s perdeu a aposta como tamb%m credibilidade, e #ue Althea Rá está recebendo li*a/1e

Q De #ue tipoW Q "3bil tentava adiar o momento fatal.

Q De clientes.

Q MeusW Q inda*uei, com vo$ es*ani/ada. Q +im. E depois, % claro, há MarT >ra3son.

Q O #ue est(o falando sobre eleW Q Por al*uma estranha ra$(o, meuestHma*o escolheu a#uele momento para rea*ir contra o martíni e a tortinha. 0echeos olhos com for/a e me concentrei para #ue a comida e a bebida permanecessemonde estavam.

Q +(o s boatos Q mam(e falou. Q A maioria deles % t(o descartável #uantoa#uela dro*a de foto.

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Q Anna está certa, [anessa. Q "3bil sorriu. Q 2 apenas um bando de *entesem nada para fa$er. "om certe$a, n(o há um pin*o de verdade no #ue di$em.

Q =(o deveria ter contado Q 9elinda se desculpou. Q Lamento. "oncordocom "3bil e Anna, e % o #ue tenho repetido a todos #ue tocaram no assunto comi*o.

Q 0oi bom ter me falado. 2 melhor saber dos boatos, pois assim posso planeRar o contra@ata#ue.

+e % #ue haveria al*o ainda por fa$er. Althea pode ser minha ami*a, mas n(o tola, e seria um erro n(o se aproveitar da situa/(o. =(o posso *arantir #ue n(o faria omesmo se tivesse a oportunidade.

Q At% o momento, seus clientes est(o com voc- Q "3bil me asse*urou, lendomeus pensamentos.

Q Al*uns deles, sim. Q +orri para 9elinda, a*radecida. Q Mas ainda n(oconversei com todos.

<entei fa$er al*umas li*a/1es en#uanto "3bil e perimentava as roupas, na9arne3s, e todos com #uem falei me asse*uraram de #ue n(o pretendiam abandonar onavio, mesmo #uando eu lhes *aranti #ue entenderia se o fi$essem.

Meu celular tocou, interrompendo minhas conRecturas. Pu ei o aparelho da bolsa, olhando o visor antes de atender.

Meu cora/(o por pouco n(o parou de bater.

Mam(e ar#ueou as sobrancelhas, curiosa, e "3bil tentou consultar o visor,inclinando@se um pouco. 9elinda, a Vnica #ue tinha plena vis(o do aparelho, foi #uesatisfe$ a curiosidade de ambasC

Q 2 MarT >ra3son.

Q Atenda Q "3bil disse.

Q ;ápido' Q minha m(e completou. Q Antes #ue ele desli*ue.

Al*o em sua entona/(o arrancou@me da in%rcia em #ue eu mer*ulhara, e atena li*a/(o.

Q [anessa "arlson.

Q uando disse um pouco comprometedor , voc- n(o estava brincando.

Q 2... sempre tento fa$er o melhor. Q <entei encontrar al*o mais interessante para di$er, mas nada me ocorreu. Q Li*ou apenas para me criticarW

+ua risada soou reconfortante.

Q =(o. =a realidade, #uero saber se está livre para Rantar comi*o.NS

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+o$inha, senti minha cora*em desaparecer. 0i#uei tentada a pe*ar meu celular,mas, considerando #ue a maior parte dos presentes eram meus conhecidos, decidi #un(o seria uma boa solu/(o.

"om um copo na m(o, resolvi circular. Afinal, eu n(o era uma alpinista social. =(o tinha de me apoiar em nin*u%m. =ascera na#uele ambiente, o #ue si*nificava#ue sabia as re*ras do Ro*o.

Q [anessaW Q Era Althea.

Ela sur*iu como #ue do nada, e, por sua e press(o, estava se divertindo. +entio cora/(o na *ar*anta e olhei em torno, X procura de apoio moral.

<rocamos beiRos e al*o semelhante a um abra/o.

Q Está com tima apar-ncia, [anessa.

0itei o lu*ar onde MarT se encontrava, mas o vi totalmente entretido naconversa. =enhum socorro viria da#uele lado. =(o havia como escapar.

Q Obri*ada. Estou tentando, apesar de n(o estar vivendo os melhores dias deminha vida.

Q +ei disso. Ando preocupada com voc-.

Q Estou muito bem. =ada como uma concorrente para despertar nosso espíritode luta. Q +orri. Q "3bil disse #ue voc- li*ou.

Q =(o #ueria incomodar. :ma*inei #ue estaria muito perturbada.

Por trás da#uelas palavras doces devia haver al*o mais. Estava certa disso. Masn(o me interpretem mal. Althea % uma pessoa adorável. =o entanto, pode se tomar predat ria #uando se trata de ne* cios.

Q E estavaZ um pouco. [oc- sabe t(o bem #uanto eu como os Rornais podemser impiedosos. Por%m, estou melhor a*ora.

Q 2 bom saber. =(o há nada como uma festa para levantar o moral de al*u%m. =(o vi Dou*las e Maris. [oc- os viuW

Desta ve$, ela nem tentou disfar/ar.

Q Devem estar em casa, ocupados em fa$er as pa$es. Dou*las foi perdoado.

Q Por ter beiRado voc-W

"%us' Eu mesma preparara minha armadilha.

Q =(o. Por ter acabado o relacionamento. Estivemos Runtos ontem X noite poresse motivo. Maris me pediu para ir conversar com ele e descobrir o #ue estava

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Q =(o dei a de ser muito positivo. Q Ela afa*ou minha m(o. Q Por%m, n(oestou t(o certa de #ue novos clientes, sobretudo os da nata da sociedade, ser(o persuadidos com facilidade.

"om muito esfor/o, mantive minha vo$ tran#SilaC

Q +e está falando da aposta, ent(o receio #ue... Q [anessa está tentando ser delicada, Althea. Q MarT apareceu de repente, o

semblante impassível. Q Ela ainda n(o lhe disse #ue, depois de muito pensar, decidiassinar com a 0P+ e dei á@la e ecutar sua má*ica.

Q[oc- % cliente de [anessaWQAlthea arre*alou os olhos, surpresa.

Pena #ue n(o conse*ui apreciar mais a#uele momento. +e Althea se espantou,eu fi#uei... perple a. <inha percebido #ue MarT estava interessado, mas n(o ima*inei

#ue pudesse ter decidido entrar no Ro*o.As emo/1es se confundiam dentro de mim. Al*umas fáceis de identificar,

outras n(o. Mas, #uando olhei para ele e sorri, foi com a mais profunda sinceridade.

Q =(o sabia se voc- #ueria tornar pVblico nosso contrato, MarT.

Q Por #ue n(o, [anessaW Q MarT falava comi*o, mas encarava Althea. Q Estou ansioso para ver o #ue está planeRando. Afinal, voc- parece conhecer amulheres mais lindas de Manhattan.

Q 2 al*o mais #ue bele$a, +r. >ra3son. QAlthea estudava seu interlocutor.+e eu estivesse procurando um indício de fra#ue$a, ficaria desapontada. MarT

>ra3son era um cliente difícil. =a realidade, se n(o tivesse al*u%m Rá em vista parele, decerto estaria em p&nico a esta hora.

Q Estou ciente do fato, srta. +evalas. Deveria ter dito #ue [anessa tem acessoa al*umas das mais interessantes e bem relacionadas mulheres da cidade.

Q Pelo menos as solteiras Q acrescentei.

Yavia al*o desconfortável no Reito com #ue MarT olhava para Althea. Q E Althea conhece tantas #uanto eu.

Q E daíW Está tentando me empurrar para a concorrenteW Q A inda*a/(o deMarT veio carre*ada de humor e uma intimidade #ue me dei ava sem a/(o.

=(o sabia os motivos #ue o levavam a me prote*er da#uela maneira, mas %claro #ue n(o iria dispensar sua aRuda.

Q =(o, de modo al*um. Q Diri*i@lhe um lar*o sorriso. Q uis di$er apenas#ue Althea % muito boa no #ue fa$.

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Q +im, mas n(o tanto #uanto voc-. A*ora, srta. +evalas, se nos permite, temosuma reserva para o Rantar. Q MarT colocou a m(o em minhas costas e me condu$iuem dire/(o X porta.

Q <emos muitos detalhes para discutir Q falei apressada para ela, tentandon(o rir de seu #uei o caído.

E, assim #ue entramos no elevador, afirmeiC

Q [oc- pe*ou pesado desta ve$.

Q uer #ue eu volte e me desculpeW Q MarT ar#ueou as sobrancelhas.

Q =(o, de modo al*um' [oc- me aRudou muito lá dentro. =(o apenas comAlthea. Estava certo, enfrentar a multid(o com a cabe/a er*uida foi a melhor atitude.Em especial com voc- a meu lado. Q As palavras foram ditas sem pensar, e lo*o

depois me senti uma perfeita idiota. Q OT, n(o era o #ue eu #ueria di$er... Q +into@me feli$ por ter aRudado Q ele disse de uma maneira t(o formal #u

me fe$ sentir ainda pior.

Por sorte, as portas do elevador se abriram e um casal entrou. Pelo visto, eramh spedes ali, e estavam vestidos de uma forma #ue s de olhar nos fa$ pensar emmuito dinheiro. <rocamos rápidos cumprimentos e descemos at% o t%rreo em sil-nci

Q Ainda iremos RantarW Q #uis saber ao che*ar ao sa*u(o.

Q +im, a n(o ser #ue prefira ir para casa. +ei #ue n(o foi fácil lá em cima. Q =ada disso. Podemos Rantar, sim.

=a#uele minuto, meu celular tocou.

Q [oc- se importaW Preciso atender.

MarT assentiu e, discreto, se afastou. Acima de tudo, a#uele era um homem declasse.

Q AlHW Q [anessa' Q Era Lind3 Adams. Q >ra/as a Deus' Pensei #ue n(o iria

encontrá@la.

Q O #ue há, Lind3W Parece #ue esteve chorando. Al*um problema comDevonW

Q "reio #ue estamos numa enrascada Q ela falou apressada, como seestivesse sendo pressionada por al*u%m.

Q [oc- está bemW

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A forma como falei deve ter alertado MarT, por#ue ele deu al*uns passos emminha dire/(o, preocupado.

Q 0isicamente, sim. =o entanto, estamos com um *rande problema. =(o sabiaa #uem recorrer, e eles nos dei am li*ar apenas uma ve$.

Q Lind3, onde voc-s est(oWDevon assumiu o aparelhoC

Q [anessa, n s fomos presos.

Q O #u-W'

Q 2 difícil e plicar por telefone, mas se isso lhe dá al*uma id%ia Lind3decidiu se*uir sua su*est(o. Precisamos de voc-, [anessa, para pa*ar nossa fian/a.

Minha cabe/a n(o parava de *irar. Q Est(o precisando de dinheiro para pa*ar a fian/aW

MarT fe$ um sinal para #ue eu falasse mais bai o.

Q Lind3 achou #ue seria melhor chamá@la.

Era bvio #ue Devon n(o concordava com ela, mas considerando os conselhos#ue eu dera a sua namorada, penso #ue tinha certa ra$(o.

Q Pode vir nos pe*arW Q L *ico, Devon. Estarei aí lo*o #ue possível. Q )á ia desli*ar #uando me

dei conta de #ue n(o sabia onde estavam.

Por sorte, MarT, mais atento, pe*ou o celular de minha m(o.

Q MarT >ra3son falando. Di*a@nos onde est(o.

Presumi #ue Devon lhe deu a informa/(o, pois MarT lo*o desli*ou.

Q OndeW Q =o D%cimo =ono Distrito. Q MarT me tomou pela m(o, levando@me para a

porta. Q Pode me di$er com #uem eu estava falandoW

Q Devon +inclair. Ele e Lind3 Adams s(o clientes.

Q E foram parar na cadeiaW

Q +im, mas n(o ima*ino o motivo. Devon trabalha na Uall +treet, e Lind3 %uma *arota fabulosa.

Q :sso e plica. Q +eu tom era seco, mas n(o reprovador.

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Q Escute... Desculpe@me por envolv-@lo nisso. Pe*arei um tá i e irei so$inha

Q De forma al*uma. :rei Runto. Estou com meu motorista. +erá muito maisrápido.

MarT n(o dei ava de ter ra$(oZ e al%m do mais eu n(o deseRava ir a umdele*acia so$inha.

O motorista de MarT abriu a porta e entrei no autom vel. MarT veio lo*o ase*uir e, depois de dar instru/1es para o chofer, reclinou@se no banco e sorriu.

Q <enho de confessar, [anessaC a vida Ramais será mon tona #uando voc-estiver por perto.

ual#uer um pensaria #ue os homens de uniforme a$ul teriam casos maisur*entes para resolver do #ue prender um casal como Lind3 e Devon. 2 claro #ue eun(o tinha certe$a das ra$1es da pris(o, mas era difícil ima*inar Lind3 fa$endo al*oile*al. Ela n(o % desse tipo.

O motorista parou o carro em frente ao edifício de tiRolos vermelhos, na ;ua7. O pr%dio imponente, construído em KK7, era um fiel e emplo da ar#uiteturadessa %poca. O interior, por%m, n(o era t(o atraente como o e terior, mas havia sinaido passado no p%@direito alto e nas portas com palhetas.

Mas n(o estava lá para admirar a ar#uitetura. >ra/as a MarT, fomos lo*olevados para o andar superior, onde Lind3 e Devon se achavam detidos. Pelo menosn(o estavam atrás das *rades.

Q [anessa' Q Lind3 voou pela sala para cair em meus bra/os. Q >ra/as aDeus voc- está a#ui'

Encontrei o olhar de Devon por sobre o ombro de Lind3, mas ele n(o semoveu, e permaneceu em sil-ncio.

Q O #ue houveW Q Afastei@me dela para poder olhá@la de frente. Q "omconse*uiram ser presosW

Q 9em, % minha culpa... Q Lind3 come/ou a e plicar. Q E #uanto a eleW Q Devon interrompeu, indicando MarT.

Q Esse % MarT >ra3son. 0oi com ele #ue voc- falou ao telefone.

Q +ei #uem ele % Q Devon disse. Q Mas por #ue está a#uiW

Q MarT me trou e, e conse*uiu permiss(o para v-@los em menos de cincominutos. Em seu lu*ar, eu n(o reclamaria.

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Q =(o estou reclamando. 2 #ue n(o *ostaria de lavar nossa roupa suRa diantede estranhos.

Q Ele n(o % um estranho, Devon, % meu... Q "alei@me ao me dar conta de #un(o sabia e atamente o #ue MarT era para mim.

At% uma hora atrás, tratava@se de um cliente e at% um ami*oZ mas n(o sei #ue nenhuma dessas palavras parecia ade#uada.

Q Estou a#ui para aRudá@los Q MarT veio em meu socorro, mais uma ve$. Q =ada al%m disso.

Devon assentiu, mas n(o se mostrou muito convencido.

Q Escutem, estamos perdendo tempo. Q Decidi voltar ao motivo #ue noslevara at% ali. Q =(o poderei fa$er nada se n(o entender o #ue aconteceu.

Q Lind3 se*uiu seu conselho. Q ue conselho, DevonW Q per*untei, me diri*indo aos dois.

Q Assisti ao !rease. Q Lind3 se sentou em frente a Devon, um pouco maisrecomposta.

Q O filmeW Q Procurei raciocinar rápido, mas n(o conse*ui ver nada ile*alem assistir a um filme.

Q [oc- falou #ue eu deveria ser como +and3.Olhei fi o para ela, tentando me lembrar.

Q =o 9un*alo8 K, [anessa.

De repente, recordei. Devon flertava com todas as *arotas, na ocasi(o.

Q +im, mas n(o veRo cone (o entre o musical e a polícia de =ova ?orT.

Q 9em, pensei #ue, se mudasse minha apar-ncia, como +and3 fe$ no filme... Q Lind3 olhou para Devon, #ue por sua ve$ encarou MarT, e depois assentiu, meiorelutante.

Lind3 abriu o casaco, e #uase en*as*uei. Ela vestia, se % #ue se pode di$er isso pe/as da [ictoria_s +ecret #ue cobriam apenas os lu*ares mais estrat%*icos. 0iteMarT, mas ele decidira se concentrar no teto.

Q OT, trata@se de um traRe audacioso. Mas como pode causar a pris(o dal*u%mW

Lind3 fechou muito bem o casaco e o prendeu com o cinto.

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Q Meu plano era surpreender Devon no escrit rio e lhe dar uma id%ia do #ue poderia ter depois. + #ueria lhe mostrar #ue eu podia ser t(o se 3 #uanto as outras*arotas. Q Os olhos de Lind3 se encheram de lá*rimas, e Devon se*urou sua m(o,mortificado.

Q Mas eu n(o estava lá. <inha ido ao consult rio de meu #uiroprático.

Q Ent(o, decidi ir at% lá tamb%m... Q Lind3 fun*ou Q ...pensando em lhefa$er a surpresa.

Q 0oi vestida assim at% o consult rioW

Q 9em, [an, eu estava de casaco.

Em #ual#uer outra cidade, seria uma loucuraZ mas estávamos em Manhattan.

Q Aí, #uando che*uei, Devon continuava em consulta. +entei@me na sala despera, e #uando ele saiu...

Q [oc- tirou o casacoW'

Q =(o, [anessa, claro #ue n(o. Q Para al*u%m #ue estava usando apenasal*uns centímetros de seda e rendas, ela conse*uiu parecer bastante indi*nada. QEsperei at% che*armos ao elevador.

Q =o elevadorW' Q MarT arre*alou os olhos, alarmado.

Q Estava va$io Q Devon informou, como se esse detalhe tornasse tudonormal.

Mas n(o estávamos no D%cimo =ono Distrito a troco de nada.

Q + #ueria provocá@lo um pou#uinho, sabeW [oc- entende... dar@lhe al*o pa pensar.

Q 0oi, sem dVvida, uma bela provoca/(o. Q Devon en*oliu em seco e apertouos dedos de Lind3 com for/a. Q Achei #ue, como se tratava de um edifício comerciale Rá era tarde, todos teriam saído.

Q "ontinue Q pedi, embora Rá tivesse uma id%ia do #ue viria.

Devon suspirou.

Q Eu a vi da#uele Reito... bem... QApontou para o casaco.

Q E uma coisa levou a outra, e n s... uase che*amos lá. +e % #ue meentendem.

=(o precisávamos de muita ima*ina/(o, na verdade. Era al*o #ue em #ue eun(o #ueria nem pensar e, ao olhar para MarT, notei #ue ele sentia o mesmo. Por%mera meu dever manter a ordem. Mordi o lábio inferior e fi$ a per*unta crucialC

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Q =(o será problema. "reio #ue est(o apenas #uerendo lhes dar uma li/(o.Duvido #ue levar(o o caso adiante, e tamb%m acho #ue #uando a av se acalmar elretirará a #uei a.

Q E se ela n(o retirarW

Q =esse caso, Lind3, teremos de contratar um bom advo*ado. Q MarT abanou a m(o, como se a#uilo n(o fosse nada de mais. Q =(o se trata de umasitua/(o comum, mas n(o há nada de criminoso, tamb%m. [amos a*uardar. :rei at% láembai o resolver sobre a fian/a.

Q Eu deveria fa$er isso. Afinal, tudo aconteceu por minha culpa. )amaisdeveria ter mencionado!rease.

Q Pelo #ue me lembro Q MarT se diri*ia a Lind3 e Devon, com ar reprovador Q, n(o havia nin*u%m nu em!rease, e muito menos uma cena #ue pudesse inspirar tamanha *inástica num elevador. 0i#uem a#ui, simW Eu volto lo*o.

Q +into muito, [anessa. [i os Rornais esta manh(, e sei #ue Rá tem problemassuficientes.

Q Está tudo bem. Q 0a$er o #u-W Q Estou contente por poder aRudar, emboraMarT % #ue deveria estar recebendo os a*radecimentos.

Q Acha #ue iremos sair nos RornaisW Q Lind3 per*untou, muito assustada. QMinha família ficaria horrori$ada.

Q Penso #ue n(o Q MarT, #ue retornara X sala, falou. Q "onversei com ooficial de plant(o, e, como ima*inei, a av n(o vai manter a #uei a. +eria pior para os*arotos.

Q uer di$er #ue estamos livresW Q Devon #uis saber. Q E a fian/aW

Q =(o havia nenhuma. Apenas uma multa, #ue Rá pa*uei. Dessa forma, n(oter(o de comparecer perante o Rui$.

Q Lo*o lhe pa*aremos Q Devon *arantiu.

Q +ei disso. Q MarT parecia meu pai falando. Q E ima*ino #ue tenhamaprendido #ue devem e ercitar esse tipo de sedu/(o na privacidade de seu #uarto,n(oW

Q =em mesmo no #uarto' Q Lind3 apertou o casaco contra o corpo.

Q +eremos mais discretos da#ui por diante. Prometo. Q Devon enla/ou Lind3 pelos ombros.

Embora n(o concordasse com a metodolo*ia, fui obri*ada a aplaudir oresultado. Eles iriam se dar bem.

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uanto a mim, Ramais aceitaria clientes com menos de trinta.

+aímos da dele*acia, aliviados em ver #ue n(o havia rep rteres na cal/ada.MarT chamou um tá i para o casal, e os dois partiram, s(os e salvos.

Q A av retirou mesmo a #uei aW Q per*untei, vendo o tá i se afastar.

Q +im.. :sso me custou uma li*a/(o telefHnica e um pouco de persuas(o, noentanto Q ele admitiu, fa$endo sinal para seu motorista tra$er o carro.

Q [oc- % incrível. =(o sei o #ue teria feito se tivesse de resolver tudo so$inha.

Q <eria pensado em uma saída, com certe$a. Q MarT sorriu.

O motorista abriu a porta, e eu hesitei.

Q Deveria dei á@lo ir. )á fe$ o suficiente por hoRe. uero di$er, primeiro voc-

me res*ata, e a*ora fa$ o mesmo para dois de meus clientes. 2 melhor eu ir para casa Q =(o di*a boba*ens. Al%m do mais, ainda n(o comemos, e eu lhe prometi

um Rantar.

!ma parte de mim deseRava di$er n(o . Apesar de ter perse*uido a#uelehomem durante uma semana inteira, a*ora me sentia um pouco tímida. =(o tivera achance de lhe falar sobre "3bil, e meus instintos me di$iam #ue seria aconselhávelfechar o ne* cio antes #ue MarT tivesse tempo de ponderar melhor.

0i#uei parada ali na cal/ada como uma idiota. Ainda bem #ue MarT era maisdecidido.

Q Entre. Precisa comer.

De repente, me dei conta de #ue ele tinha ra$(o.

Q "erto, vamos. Estou faminta'

Entrei no veículo e me recostei no banco macio. ue dia'

MarT permaneceu em sil-ncio durante o traReto, e, #uanto a mim, tive tempo drecuperar minhas for/as.

As lu$es de Manhattan sur*iam rápido, X medida #ue percorríamos a 7.[iramos na ParT, com seus pr%dios de fachadas ele*antes. Passamos pelo ;e*enc3,Ualdorf e a :*reRa de +(o 9artolomeu. Depois contornamos o "entral ParT eentramos no <Vnel Murra3 Yill, saindo na ``.

Desse lado, a avenida estava mais movimentada do #ue para lá do tVnel, commuitas pessoas apreciando a noite nova@ior#uina.

O carro parou na es#uina da 57, e MarT me aRudou a sair.

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Q 2 apenas uma caminhada curta Q ele falou, ent(o, e eu me senti feli$ emandar a seu lado.

O ;estaurante i<rulli era aconche*ante. O aroma de alho, vinho e #ueiRo provocava uma sensa/(o deliciosa #ue s boa comida pode causar. Passamos por entre as mesas repletas e alcan/amos um Rardim coberto por um toldo. De repentesenti toda a tens(o desaparecer de meus mVsculos.

Q Este lu*ar % fabuloso. Q E aceitei a ta/a de vinho #ue o *ar/om meoferecia. Q Era tudo o #ue eu #ueria. "omo adivinhouW

Q 2 um dos meus restaurantes favoritos, e ima*inei #ue depois do Ualdorf voc- iria preferir um local mais calmo. =(o contava com nossa ida X dele*acia, masli*uei de lá para avisar #ue iríamos nos atrasar.

Q 9em, % perfeito. Q +uspirei e tomei um *ole.

Q E perimente o p(o. A mantei*a % feita de ricota. =(o deve ser muitoindicada nas dietas, mas % boa demais. Q Ele pe*ou uma fatia e lambu$ou@a commantei*a, en#uanto minha boca se enchia de á*ua, e depois me ofereceu.

Q <em ra$(o. O resto da comida % t(o boa assimW

Q Melhor. Q MarT abriu o cardápio.

O *ar/om veio anotar nossos pedidos e se foi, lesto.

Q [oc- % de fato realmente cheio de surpresas. Q E foi #uando notei #ue pela primeira ve$ depois de ter feito a aposta eu me sentia contente. Q Dois dias atrás,voc- estava me evitando, e de uma hora para outra me li*a e me convida para um Rantar em um pr%dio #ue todo cidad(o local daria a vida para conhecer. YoRe, dei a lado seus interesses para aRudar a mim e a meus clientes. Por #u-W

Q Acho #ue a verdadeira resposta % #ue voc- % cheia de surpresas tamb%m =(o % nem de lon*e o #ue eu ima*inava #ue fosse.

Q "omo assimW

Ei' "om #ue habilidade ele conse*uiu desviar o rumo da conversa'

Q [oc- % o e emplo irrepreensível da dicotomia, [anessa. Por um lado,acredita em casamentos arranRadosZ ou, como prefere di$er, numa forma controlade intimidade. =o entanto, cuida com tanta pai (o de seus clientes e ami*os e faria oimpossível para au iliá@los.

<alve$ eu fosse mais transparente do #ue supunha. Ou MarT era um *randeobservador. De #ual#uer modo, n(o me a*radava estar sob um microsc pio. +eria

melhor falar de al*o n(o t(o pessoal.

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Q Estou apenas fa$endo meu trabalho. E, por falar nisso, acho #ue tenhoal*u%m para voc-.

Q =(o pensei #ue arranRaria uma pessoa t(o depressa.

Q "onfesso #ue nem sempre trabalho t(o rápido.

Q E o #ue me fa$ diferente dos outrosW

Q uero o melhor, neste caso. Acredito #ue "3bil seRa a *arota certa.

Q +ua ami*aW Ela tamb%m está em sua listaW

Q Para ser franca, n(o. Acontece #ue voc-s dois t-m muito em comum, e"3bil terminou com o namorado. O momento n(o poderia ser melhor.

Q Mas a mo/a está se recuperando. Esse n(o deve ser o melhor crit%rio para a

escolha de um par. Q =ormalmente, eu concordaria. Mas, como lhe disse na noite passada, "3bil

% especial e merece al*u%m #ue saiba lhe dar valor. Acho #ue essa pessoa % voc-.

En*ra/ado #ue, ao e por minha id%ia ali, diante dele, n(o senti tanta certe$acomo antes. Mas n(o importava.

Q Aprecio seu voto de confian/a, [anessa, mas n(o deveria assinar umcontrato ou pa*ar uma ta a primeiroW Afinal, voc- n(o diri*e uma casa de caridade.

Dei uma boa risada e alcancei meu copo. Q =(o, mesmo. E devo acrescentar #ue voc- lo*o verá #ue meus servi/os n(o

s(o nada baratos.

Q Ent(o, #ue tal adiar o encontro at% formali$ar nosso tratoW

Q MarT, depois de tudo o #ue fe$ por mim hoRe, sou eu #uem lhe deve.

Ele assentiu, mas pude ver #ue ainda tinha dVvidas.

Q Escute, MarT, % normal ficar nervoso. A verdade, % #ue a maioria da pessoas precisa de aRuda para encontrar sua cara@metade.

Q =(o estou nervoso. Q Ele meneou a cabe/a, mas pude ver a preocupa/(oestampada em seus olhos.

Q [oc- vai *ostar muito de "3bil, *aranto. Ela % sensacional.

Q :ma*ino #ue sim. Q Mais uma ve$ pude sentir sua falta de entusiasmo. Q O #ue ela fa$W

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Q 2 colunista social. <rabalha para o Burst. )á teve seus arti*os publicados emrevistas famosas.

Q "omo "3bil a*iu com rela/(o a tudo o #ue lhe tem acontecido nos VltimosdiasW

Q Ela me aRudou muito a controlar as reporta*ens depois do incidente no9un*alo8 K.

Q Mas n(o com a fotoW

Q "3bil Rá havia usado seus contatos, e o melhor #ue pHde fa$er foi contar averdadeira hist ria em sua coluna. =(o sei o #uanto isso pode ter si*nificado, visto#ue todos sabem #ue somos *randes ami*as.

Q Ou seRa, voc- tem sorte em ter uma ami*a assim.

Q <enho mesmo, e voc- poderá comprovar isso #uando se encontrarem. =osso Rantar che*ou, MarT se serviu, cheio de apetite.

Q "omo funcionaW

Q Da forma anti*a. Q Enrolei meu macarr(o com o *arfo. Q [oc- li*a e aconvida para sair.

Q D-@me o nVmero do telefone.

0i#uei surpresa ao v-@lo concordar t(o depressa. Por al*uma ra$(o, esperava#ue MarT relutasse mais um pouco, e percebi #ue estava desapontada.

Q Devo li*ar a*oraW Q Ele apanhou o celular.

Q =(o. Estamos no meio da refei/(o. Q Meu protesto soou ridículo. "laro#ue ele poderia comer e falar ao telefone ao mesmo tempo. Q >ostaria de dar umtempo a "3bil.

Q =(o falou com ela aindaW

Q L *ico #ue sim, e ela está ansiosa para conhec-@lo. Q OT, era um pouco dee a*ero, mas "3bil concordara. Q Por #ue n(o espera at% amanh( para li*arW

Q Muito bem. Q MarT *uardou o celular. Q 0aremos tudo a seu modo.

Meu modo era muito suspeito. =(o havia necessidade de falar antes com "3bil.A per*unta crucial eraC por #ue eu deseRava adiar a#uela chamadaW Afinal, tinha m(os o par perfeito, e mesmo assim dissera para MarT esperar.

Estava ficando maluca'

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Adoro flores. + de olhar as vitrines de uma floricultura, sinto meu humor melhorar. A meu ver, mar*aridas ou cravos s(o t(o adoráveis #uanto or#uídeas ourosas. "ostumo encher meu apartamento com suas cores *loriosas.

E fácil de ima*inar como fi#uei maravilhada #uando, ao che*ar ao sa*u(o do pr%dio, nossoconcierge disse@me #ue o lindo vaso de cristal com rosas, íris e líriosera para mim.

O envelope mostrava #ue as flores vinham da 0lorati#ue, uma floriculturasituada na Avenida ParT, onde eu Rá comprara em al*umas ocasi1es. Estranho, mas #ue me dei ou mais feli$ foi lembrar #ue a loRa n(o fica muito distante do i<rulli."laro, % um detalhe sem import&ncia, mas ao ima*inar #ue MarT >ra3son poderia teme mandado o presente fi#uei mais animada.

Abri o cart(o e li a mensa*em curtaC

+arabéns, voc# fisgou o pei;e. VeCamos se consegue tir7&lo da 7gua. Althea

!m misto de elo*io e de provoca/(o. 0lores e pei es n(o combinavam, ecomparar MarT >ra3son a um pei e era um absurdo. Mas ela estava certa. Paravencer a aposta seria necessário casar o homem.

Pensei em minha arma secreta Q "3bil Q e em como tudo estava caminhandoa contento.

Q Obri*ada, Yarr3. Q Pe*uei o vaso e entrei no elevador.

=o corredor do apartamento, notei #ue a porta da frente estava aberta. ^maioria das pessoas ocorreria chamar a polícia, mas lo*o pensei em meu *ato. <alve$ainda n(o tenha comentado. O pr%dio onde moro % mais vi*iado do #ue um fort<emos um porteiro, umconcierge, um se*uran/a e inVmeras c&meras espalhadas pelos diversos andares.

Al%m do mais, ;ichard e Anderson s(o meus vi$inhos.

Parei X soleira e olhei a sala. =(o, n(o se tratava de ladr1es ou malfeitores, esim da +ra. Melderson, #ue n(o parecia nada contente. +entado a seu lado, LeoUalderstein, síndico do condomínio. O refor/o nas fi*uras de ;ichard e Anderson meimpediu de dar meia@volta e desaparecer.

;espirei fundo e entrei.

Q O #ue está acontecendoW !ma reuni(o de Vltima horaW +e soubesse antesteria encomendado refri*erantes.

Anderson riu, ;ichard balan/ou a cabe/a e o +r. Ualderstein tentou sorrir. AVnica #ue continuou s%ria foi a +ra. Melderson.

Q O #ue fe$ com minha filhinhaW

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Q "omoW

Q Arabella sumiu Q ela falou, como se a#uilo e plicasse tudo.

Q E a senhora acha #ue sua *ata está a#uiW Q Olhei para ;ichard em busca deuma resposta.

Eu tinha muitos defeitos, inclusive ser dona de um felino com Reito de don Ruan, mas n(o era meu hábito roubar animais. O meu Rá era mais do #ue suficiente.

Q =a realidade, demos uma busca no apartamento Q Anderson informou,como #ue se desculpando. Q Ualdo desapareceu, tamb%m.

Q +erá #ue fu*iram RuntosW

Q =(o % nada en*ra/ado, srta. "arlson. Q +e o olhar da +ra. Meldersontivesse al*um veneno, eu estaria esticada no ch(o X#uela hora.

Q =(o, % claro. Q "olo#uei o vaso sobre a mesa.

Q !m admirador secretoW Q ;ichard per*untou, olhando as flores.

Q =(o. Althea me cumprimentando por ter fechado com >ra3son. Q !mcomunicado #ue n(o pareceu relevante na presente situa/(o. Q Ent(o, Ualdo n(ovoltouW

Q =(o. Q ;ichard deu de ombros.

Q +ei #ue n(o foi correto termos entrado em sua aus-ncia, senhorita Q o +r.Ualderstein disse.

Leo Ualderstein herdou o car*o #uando a síndica anterior, Minerva 9aTer,entrou no elevador #ue, por infelicidade, estava de$esseis andares abai o. L *ico #ueo primeiro ato oficial do +r. Ualderstein foi reformar e trocar todos os cabos doselevadores. Acontece #ue nin*u%m deseRava tal responsabilidade, e me pressentimento era de #ue ele ficaria na#uela fun/(o at% o fim da vida.

Pobre homem...

Q +em problemas. Estou certa de #ue fe$ o #ue achou melhor Q faleidiretamente a ele, e depois me virei para ;ichard e Anderson. "om certe$a, todostinham tarefas mais importantes do #ue tratar do desaparecimento dos *atos doedifício.

Q E iRo #ue me di*a onde eles est(o. A*ora' Q Os lábios da +ra. Meldersonestavam brancos de raiva. 0umante havia anos como era, ad#uirira marcas em tornoda boca #ue na#uele momento ficavam mais evidentes.

Q =(o sei a resposta. E n(o diria se soubesse, considerando seu nervosismo.

NS

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Q +(o *atos. Q +entia a raiva tomar conta de mimZ Ualdo Ramais se ausentara por tanto tempo. Q =(o % provável #ue teriam pe*o um tá i ou o metrH.

Q Escutei falar de um *ato #ue entrou num avi(o por en*ano e foi parar na0ran/a. A companhia mandou o bichinho de volta na primeira classe. Q Andersonsorriu.

Q =(o está aRudando em nada com esses comentários Q retru#uei.

Q Desculpe@me...

Q Muito bem Q ;ichard assumiu o comando. Q [amos dividir o pr%dio em partes e cada um se encarre*ará de procurar em uma.

A +ra. Melderson abriu a boca para protestar, mas se conteve ao receber umolhar *elado do +r. Ualderstein.

=(o levou muito tempo para dividir os andares. Anderson e eu ficamos com a pior parteC o por(o, onde ficava a lavanderia, o incinerador Q nem pensem na possibilidade' Q, e vários outros lu*ares escuros onde estavam as má#uinas docondomínio.

=osso por(o % velho. uero di$er, muito velho. Enfim, um lu*ar onde nin*u%m*osta de passar muito tempo. Mas Ualdo era minha prioridade.

Q 9em, se voc- fosse Ualdo, onde se esconderiaW Q per*untou Anderson.

Q Em #ual#uer lu*ar, menos a#ui Q respondi, olhando em torno.Estava muito limpo ali, mas era terrivelmente Vmido, e havia sempre a

possibilidade de os ratos aparecerem. Por #ue acham #ue tenho um *atoW

Q UaldoW Q chamei, com certa timide$. <alve$ houvesse um rato com omesmo nome, e n(o #ueria chamar o bichinho errado.

Q Ualdo' Q Anderson chamou, mais alto. Q [enha cá.

Esperamos um pouco, na e pectativa ridícula de #ue ele respondesse.

Q Ualdo' Q *ritamos Runtos, e entramos na lavanderia.

+il-ncio absoluto. E, como n(o havia chamadas no celular, os outros tamb%mn(o estavam tendo sorte.

Q O +r. Ualderstein tem ra$(o. A#ueles dois podem estar em #ual#uer lu*ar.

Q Ent(o acha #ue est(o Runtos, [anW

Q =(o sei, mas % estranho #ue tenham desaparecido ao mesmo tempo. Al%mdo #u-, Ualdo % famoso por se meter em encrencas.

NS

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Q <alve$ esteRa #uerendo tomar conta de sua amada.

Q Anderson Uri*ht, voc- % um rom&ntico incorri*ível.

Q =(o lhe faria nenhum mal ser um pouco tamb%m, #uerida. !m dia desses o+r. :deal baterá a sua porta e voc- n(o irá nem notar.

Q =(o seRa tolo. =in*u%m pode aparecer a minha porta sem ser anunciado primeiro.

Q E esse, minha #uerida, % o maior problema.

)á #ue n(o tinha id%ia do #ue Anderson #ueria di$er, achei melhor i*norá@lo.

Q Ualdo, venha a#ui a*ora mesmo' Q *ritei, tentando imitar o tom autoritáriode minha m(e. Pena #ue n(o funcionou com Ualdo como funcionava comi*o.

Q ue tal irmos X sala da caldeira Q Anderson su*eriu.)amais entrara na#uele local. Pensei em homens suados e sem camisa...

Q "erto Q concordei, me preparando para o pior.

Anderson abriu uma porta e, para minha surpresa, entramos em um tipo de salaou estVdio decorado com m veis anti*os #ue n(o combinavam entre si. O ambienteestava a#uecido, e ao canto a caldeira, um cilindro n(o muito mais alto do #ue uma*eladeira, funcionava sem fa$er ruído.

Yavia uma velha cadeira de balan/o, mesas e livros, luminárias e um espelhoanti*o, #ue com certe$a, valeria al*um dinheiro.

Q Al*u%m mora a#uiW Q inda*uei, visuali$ando um morador solitário ee c-ntrico.

Q =(o. "reio #ue os funcionários v-m a#ui descansar. Os mec&nicos, comcerte$a. Q Anderson, com as m(os na cintura, fa$ia sua inspe/(o. Q 2 bastanteaconche*ante.

Q 2. +e a +ra. Melderson me perse*uir, posso co*itar vir para cá. Q Dei uns passos at% o canto oposto. Q UaldoW

=ada.

Q UaldoW Q Anderson procurou entre os obRetos encostados na parede.

Q <amb%m, n(o está a#ui. Q Meu peito se apertou ainda mais.

=(o % #ue Ualdo n(o pudesse cuidar de si mesmo, mas... sabe, eu dependiadele. De sua compreens(o silenciosa. De seu calor. At% de sua respira/(o em meurosto, cedo pela manh(, #uando ele deitava em meu travesseiro.

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Q UaldoW Q ;e$ei por uma resposta. =ada.

Anderson e eu nos encaramos e, dando um suspiro, me encaminhei para a porta.

Atrás de n s, a caldeira parou de funcionar e o sil-ncio trou e um certo alívio.

0oi #uando escutamos um *emido. 0ra#uinho, fra#uinho, se*uido pelo miadon(o t(o melodioso de Ualdo.

Q OuviuW' Q [irei@me no mesmo momento e olhei em volta. Q UaldoW

Dessa ve$ sua resposta foi clara.

Q Ele está a#ui' Q +orri lar*o. Q Encontramos'

Anderson chamou de novo, e a cabe/a de Ualdo sur*iu de trás de uma *rande

cesta de vime. Q O #ue está fa$endo aíW Q per*untei, #uase acreditando #ue viria uma

resposta. Q Estávamos preocupados com voc-'

=(o parecendo nem um pouco arrependido, o danado pulou para dentro dacesta de novo. Anderson, #ue estava mais perto, se aRoelhou. A cesta estava enfiadatrás da caldeira e perto de uma pilha de Rornais velhos.

Q Ora, veRa s o #ue temos a#ui Q Anderson falou parecendo muito feli$.

:*norei o ch(o áspero e me aRoelhei Runto dele.Ualdo, na realidade, n(o estava deitado dentro da cesta, mas sentado do lado

de fora. Lá dentro, achava@se Arabella com uma carinha muito feli$. E, Runto deseis bolinhas peludinhas.

Os *atinhos de Ualdo e Arabella.

"omo se lesse meus pensamentos, meu *ato er*ueu a cabe/a.

Q Ualdo % papai. Q Esticando o bra/o, afa*uei de leve um dos *atinhos, #ue*emeu e se apro imou mais da m(e.

Anderson apanhou o celular e espalhou a notícia. Lo*o a sala da caldeira ficoucheia de humanos. O +r. Ualderstein passou a tomar todas as provid-ncias, e che*ueia pensar #ue iria distribuir charutos. Anderson respondia Xs per*untas de um rep rte#ue morava no edifício. Parecia #ue at% meu *ato era um superstar.

A primeira rea/(o da +ra. Melderson foi de revolta. Mas, depois, al*osurpreendente aconteceu. ;ichard pe*ou uma das bolinhas peludinhas e entre*ou aela. A princípio, Edna olhou a coisa como se fosse um inseto repelente, mas ent(o ofilhote chupou seu dedo, se arrumando melhor em sua palma.

NS

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+e me permitem, usarei um e emplo cinemato*ráfico para descrever a cena.Era como se o cora/(o de Edna tivesse triplicado de tamanho na#uele momento."laro, n(o se en*anem, pois ele voltará ao normal t(o lo*o os *atinhos cres/am ecomecem a arranhar seus sofás. Mas pelo menos na#uele momento ela setransformou.

Ap s acomodar os *atinhos e sua debilitada m(e no apartamento da +ra.Melderson, Ualdo e eu fomos para casa.

+ de madru*ada, #uando fui acordada por Ualdo, me lembrei de #ue n(ohavia li*ado para "3bil. =a realidade, pela primeira ve$ nos Vltimos dias, es#uecera@me da aposta. E, mais importante, es#uecera@me de MarT >ra3son.

Abracei Ualdo e voltei a dormir. Em meus sonhos, *atos se misturaram comcasamentos e alian/as.

"apítulo [:

Podem me chamar de av coruRa, mas deseRava encontrar al*o especial para o*atinhos. E #ue outro lu*ar melhor do #ue a )ust "ats, na ;ua 6W

"om a inten/(o de resolver duas #uest1es de uma s ve$, pedira a "3bil parame encontrar na loRa. Mas at% o momento ela n(o aparecera, embora fosse cedo aind>ra/as ao or*ulhoso papai, acordei cedo, com um patinha tocando minha face cominsist-ncia.

uin$e minutos depois Q pois tive de tomar um banho Q, levei meu *ato at%a casa da +ra. Melderson onde fomos admitidos para uma visita. O veterinário iasaindo, atestando #ue todos os seis beb-s eram perfeitamente saudáveis.

Depois de dei ar Ualdo aRudando a cuidar de sua prole, acordei ;ichard eAnderson, arrastei@os para um desReRum em meu apartamento, onde comi metadumDaffle, mandei@os de volta para casa, acordei "3bil Q depois de tr-s li*a/1es Q einsisti para #ue ela fosse me encontrar. =ada mal para apenas duas horas de trabalho.

A loRa estava repleta de arti*os para *atos e seus donos. Era #uase impossívedecidir o #ue comprar. Yavia presentes de todos os tipos, brin#uedos #ue #uandoNS

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apertados soltavam os mais variados sons e mVsicas tamb%m. "estas maravilhosasmas eles Rá tinham uma. Ap s muita procura, decidi@me por seis pe#uenas coleiras tecido, #uatro rosa e duas a$uis, todas bordadas com pedrarias. OT, sou fanática pomoda Q mesmo #uando se trata de *atos.

A vendedora acabava de fa$er os pacotes, #uando "3bil entrou, resplandecenteem seu Reans preto e blusa de seda com um desenho assim%trico, #ue comprara n9er*dorf.

Q [oc- está linda Q falei, em ve$ de usar os costumeiros cumprimentos, e pe*ando a sacola.

+aímos para a rua ensolarada, caminhando at% o +tarbucTs, onde nos sentamo para um caf%. Yá al*o especial em Manhattan pela manh(. A lu$ % mais fracaZ omais frescoZ e o #ue % mais importante, a maioria dos moradores está de bom@hum

"3bil disfar/ou um boceRo. Q Ent(o, o #ue houve para #ue me tirasse da cama t(o cedoW

Assim como eu, ela detestava se levantar antes das de$ e meia.

Q <enho boas notícias.

Q Mais acontecimentos depois da descoberta dos filhotes de UaldoW

Q :sso foi bastante e citante. uero di$er, foi a primeira ve$ em seis anosdesde #ue moro na#uele pr%dio #ue vi a +ra. Melderson ser *entil com al*u%m.

Q Os *atos t-m seu Reito de conse*uir o #ue #uerem. Q Ela riu. Q [amos lá,di*a. ual a novidadeW

+orri com uma e press(o de miss(o cumprida no rosto.

Q Pe*uei MarT >ra3son.

Q Ele concordouW Q "3bil #uase en*as*ou com o leite.

Q +im, e vai li*ar para voc- hoRe. Q )á falou sobre mimW =(o precisa assinar contratos primeiroW

Q 0oi isso mesmo o #ue ele disse.Q0ran$i a testa. A#uela n(o era a resposta#ue eu deseRava ouvir. Q "omentei #ue, como lhe devia al*uns favores, poderíamostratar dos detalhes mais tarde. Achei melhor rolar a bola antes #ue um de voc-sdesista. Al*um problemaW

Q =(o, claro #ue n(o. Q Dessa ve$, o sorriso dela foi sem *ra/a. Q + #uen(o esperava #ue acontecesse t(o depressa.

Q +eRa francaC pensou #ue n(o aconteceria nunca.NS

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Q Mais #ue isso. Achei #uase impossível.

Q Obri*ada pelo apoio.

Q =(o % por voc-. Q "3bil tocou meu bra/o. Q 2 por causa de >ra3son, e por toda a publicidade #ue a aposta provocou. :ma*inei #ue ele n(o fosse o tipo desuReito #ue e poria sua vida particular aceitando fa$er al*o di*no de ser publicadonos tabl ides.

Q E n(o %. Mas trata@se de um ne* cio s%rio, e MarT se convenceu. +en(o#ue outra ra$(o teria para aceitarW

Q =(o sei. Estou pasma por ele ter dito sim , % s .

Q 9em, a*ora s falta voc-.

Q Para #ue ven/a a apostaW

Q =(o, para #ue seRa feli$, "3bil.

Q +ou feli$.

=os olhamos por al*uns se*undos, e depois caímos na risada. [oc-s sabem,a#uele tipo de riso #ue n(o dá para controlar. + depois de ficarmos #uase sem ar foi#ue conse*uimos parar.

Q =(o mudou de id%ia, n(oW Q inda*uei, en u*ando as lá*rimas.

Q =(o. Q Ela fe$ o mesmo. Q +e % t(o importante para voc-, eu irei. Q 0abuloso'

Por%m, n(o sentia tanto entusiasmo. 2 estranho como nossa mente pode serebelar nos momentos mais estranhos. Eu esperara por a#uele momento desde a noiteda aposta, e a*ora me sentia apática. <alve$ fosse medo de falhar.

Afinal, depois da semana #ue tivera, essa rea/(o devia ser at% natural.

Q MarT li*ará no correr do dia. Pedi@lhe tempo para falar com voc- primeiro.

Q E ele está mesmo interessado nesse Ro*oW

Q +e n(o estivesse, n(o concordaria. "3bil, tinha de ter estado lá, ontem Xnoite. MarT foi maravilhoso' Primeiro, me deu todo o apoio para enfrentar as pessoas, depois colocou Althea em seu devido lu*ar, anunciando #ue havia assinadocomi*o. E, por Vltimo, nos liberou do D%cimo =ono Distrito.

Q Espere. Q "3bil er*ueu a m(o. Q Ele liberou #uemW

Q MarT me acompanhou X dele*acia para aRudar um cliente, e se n(o fosse poele acredito #ue n(o teria resolvido a encrenca. Embora ele tenha dito #ue eu seriaNS

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capa$. MarT tem um Reito, "3bil, #ue fa$ com #ue as pessoas sintam #ue s(o poderosas.

Parei para recuperar o fHle*o, achando #ue e a*erara um pouco.

Q Parece espl-ndido Q ela disse, sorrindo, mas pude ver al*o mais em seusolhos.

Q O #ue háW Q 2ramos ami*as desde crian/as, e eu a conhecia bem. Q Al*oa preocupandoW

"3bil se inclinou para a frente e a lente de seus culos tomaram seus olhosainda maiores do #ue eram.

Q <em certe$a de #ue % isso o #ue deseRa, [anessaW

Q Evidente #ue sim. Disse e repitoC voc-s dois s(o perfeitos um para o outro.:*uais atraem i*uais, lembraW

Q +im. Q Ela me analisava com curiosidade. Q 2 #ue do Reito como voc-fala dá a impress(o de #ue está interessadíssima nele.

Q "omoW :nteressada em #u-W Em sair com MarT >ra3sonW EuW' =(o me farir. =(o temos nada em comum. =ada mesmo. )amais funcionaria.

Q "erto. =em sei por #ue falei isso. Aonde ele vai me levarW

Q =(o sei. <erá de esperar para descobrir, mas MarT tem muito bom *osto para restaurantes.

O Rantar no Edifício 0latiron fora fantástico, sem falar no i<rulli.

"3bil me encarou mordendo o lábio inferior.

Q Ainda acho #ue % cedo demais. uero di$er, n(o fa$ muito tempo... [oc-sabe.

+ua lealdade ce*a a um homem #ue a abandonara n(o uma, mas tr-s ve$es, era

totalmente inade#uada, mas n(o adiantava voltar a falar sobre isso. Q 2 apenas um encontro, "3bil.

Q Dois. "onhe/o as re*ras.

Q Está certo. Dois. +em compromissos.

Q Mas o obRetivo % esse, certoW

Q +im. Q +enti meu estHma*o se a*itar. <alve$ fosse o caf%. Q Mas s se der

tudo certo.

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Q <udo bem, aceito. Q "3bil Ro*ou o copo va$io no li o. Q Embora, eleainda tenha de li*ar.

Q [ai li*ar. Q Dei@lhe um abra/o. Q uer #ue a aRude a escolher uma roupaW

Q Acredito #ue sei me vestir so$inha. Q Ela piscou.

Q Ent(o me prometa #ue me li*ará lo*o #ue MarT entrar em contato.

Q Prometo.

Pouco depois, saímos do +tarbucTs, andamos at% a es#uina e esperamos o sinaabrir. uando a lu$ para pedestres ficou verde, atravessamos, e cada uma tomou seucaminho para casa.

=(o demorou mais do #ue cinco minutos para meu humor mudar de e celente para p%ssimo. Estava muito sensível.

Pe*uei minha a*enda eletrHnica e verifi#uei a data. =(o era <PM. Por%mhormHnios s(o imprevisíveis. "olocam voc- para bai o #uando menos se espera.

"onsultei o rel *io. Ainda era cedo. <alve$ al*umas compras me fi$essem mesentir melhor.

Estava a apenas dois #uarteir1es da 9loomin*dales e da "onfeitaria D3lan_s

"and3. + #ue se fosse X confeitaria no estado de &nimo em #ue me encontravacomeria uma da#uelas roscas recheadas com *el%ia inteirinha. A 9loomin*dale poderia ser uma op/(o peri*osa, tamb%m. Mas era melhor comprometer minhacarteira do #ue minha cintura.

:*norando a D3lan_s, atravessei a <erceira Avenida e parei em frente X port*irat ria da loRa de departamentos. +empre detestei esse tipo de porta. <omei fHle*oentrei no espa/o limitado pelos vidros e empurrei, che*ando s( e salva do outro lado.

"laro #ue fui direto para a se/(o de bolsas. Ali, todos os itens s(o arrumados

da es#uerda para a direita, sendo #ue os mais caros se encontram X es#uerdaE aminei as bolsas 0endi e depois me concentrei nas 0erra*amo, #ue vinhacobi/ando havia meses. Escolhi uma delas e colo#uei as al/as sobre o ombro,sentindo meu &nimo melhorar sensivelmente. Estava prestes a pe*ar meu cart(o dcr%dito #uando meu celular tocou.

+alva pelo *on*o.

;elutante, recolo#uei a bolsa no lu*ar e abri o telefone.

Q [anessa falando.

NS

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Q AlH, [an, a#ui % +tephen. Q =(o sei por #ue o modo como ele falou me eucom meus nervos.

Q Em #ue posso ser VtilW Q per*untei em tom *lacial. Afinal, ele haviadecepcionado minha ami*a de todas as formas. +em mencionar o fato de #ue estavainterrompendo um maravilhoso momento de consumo.

Q <enho de conversar. Q Youve uma pausa, e tive ímpetos de desli*ar, mas acuriosidade foi mais forte. Q +obre "3bil.

=(o deseRava falar com o suReito de Reito nenhum, muito menos sobre minmelhor ami*a.

Q 2 um pouco tarde, n(o achaW

Q =(o sei, [anessa, talve$ n(o.

Oh, +enhor' +tephen estaria pensando em voltar para elaW' Q Acredito #ue, se tem al*o a di$er, deveria conversar com ela, n(o comi*o.

Q "3bil n(o atende as minhas chamadas.

Q 9em, o #ue esperavaW [oc- a dei ou.

Q +ei disso, mas...

Parecia #ue a#uilo iria se prolon*ar por um bom tempo. Melhor ir direto ao pontoC

Q +tephen, "3bil está saindo com outra pessoa.

Q uemW'

A palavra soou t(o alta em meu ouvido #ue fui obri*ada a afastar o receptor.

Q MarT >ra3son. Q :sso lhe daria muito em #ue pensar.

De novo, o sil-ncio do outro lado da linha. Esperei, tentando descobrir por #ueele teria me li*ado. "om certe$a n(o esperava contar com um ombro ami*o.

Q Entendo Q disse, por fim, e eu poderia Rurar #ue ouvi um #u- de desola/(o.

O bipe do aparelho indicou #ue eu tinha uma se*unda li*a/(o. <alve$ fosse"3bil.

Q +tephen, preciso atender a outra linha. Estou certa de #ue encontrará uma pessoa, s #ue n(o será "3bil. Q Desli*uei antes #ue ele pudesse protestar e atendi aoutra li*a/(o.

Q [anessa, % 9elinda Q ela se identificou, chorosa.

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Q O #ue háW Q Pelo visto, n(o conse*uiria mais atender o telefone sem ter notícia de uma nova crise.

Q Acabou. Q !m solu/o. Q Eu o mandei para o inferno.

Deveria haver uma ra$(o, mas a#uele n(o era um assunto para ser discutido portelefone. Muito menos no meio de uma loRa de departamentos.

Q Onde está voc-W

Q =(o sei. Estou andando a horas. Espere. 2 isso. Es#uina da 7K com a ?orT.

9elinda morava na parte oeste da cidade, e, embora andar fosse um bom modode livrar@se do estresse, era difícil crer #ue percorrera toda a#uela dist&ncia a p+tanle3, por sua ve$, tinha um apartamento na K , dentro de um condomíniomoderno, com vista para o rio e para a cidade. Meu palpite era #ue 9elinda estava

vindo de lá. Procurei pensar rápido em um lu*ar na ?orT. Q Encontre@me no 9arTin* Do*. 0ica na 77, acho. [ou pe*ar um tá i e estarei

aí dentro de cinco minutos.

Admirei a bolsa mais uma ve$, e, en#uanto caminhava em dire/(o X saída,dis#uei o nVmero de +tanle3. A secretária eletrHnica atendeu ap s seis to#uesDesli*uei sem dei ar recado e li*uei para seu celular, tamb%m sem sucesso, masdessa ve$ dei ei uma breve mensa*em.

Apanhei um tá i, e durante o traReto me lembrei de +tephen e de sua chamadainesperada. Yavia al*o em sua vo$. Al*o #ue eu n(o conse*uia decifrar.

Abri meu telefone, pensando em li*ar para "3bil e encontrei uma mensa*emde te to. Por coincid-ncia, era de "3bil.

(entei chamar, mas a linha estava ocupada. Mar ligou, e voc# acertou emcheio. -le é fant7stico. Vamos Cantar no +er Se. Ainda não sei se estou fa endo acoisa certa. Mas, como disse, é apenas um encontro. -stou saindo para comprar algo maravilhoso para usar.

O desconforto em meu estHma*o retornou no mesmo instante. )amais mesentira dessa forma com rela/(o a um servi/o. Em *eral, me mantinha do lado defora. Preocupava@me Xs ve$es, mas n(o a ponto de perder o sono. Afinal, tratava@strabalho e n(o deveria me envolver emocionalmente. O estranho foi #ue senti vontadede li*ar para MarT e lhe pedir conselhos. [eRa s #ue coisa mais ridícula'

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O 9arTin* Do* % o tipo de lu*ar aonde se pode ir numa tarde sosse*ada dedomin*o. =(o % necessário caprichar na roupa e n(o se *asta uma fortuna, al%m de ster a oportunidade de passar horas a*radáveis conversando com ami*os e saboreandoum hambVr*uer ou uma omelete. E eles ainda servir(o á*ua a seu cachorro se #uiselevá@lo Runto.

Mas n(o tenho cachorro, nem muitas horas para *astar em conversas.

Lo*o avistei 9elinda sentada a uma mesa perto da Ranela. Olhei no visor docelular para ter certe$a de #ue n(o dei ara de ver uma li*a/(o de +tanle3. Ou maisuma mensa*em de "3bil. =in*u%m li*ara.

Q Oi, #uerida Q falei apro imando@me e me sentando a seu lado. Q <udo bemW

Q =(o. Q Ela en u*ou o nari$ com um len/o de papel. Q 0oi horrível'

Q Di*a@me o #ue houve. Estava tudo certo #uando conversamos ontem.

Q Mais do #ue certoC maravilhoso. 0omos Rantar X noite, e depois... bem, fespl-ndido. Por%m, tive de sair cedo esta manh( para tomar um depoimento.

Q =o final de semanaW

Q 0oi a Vnica data #ue conse*uimos marcar. Q Deu de ombros, aindatentando controlar o pranto. Q Mas o outro advo*ado n(o apareceu, e tivemos decancelar. Ent(o, como ainda era cedo, decidi voltar ao apartamento de +tanle3 e lhefa$er uma surpresa. "omo o $elador me vira sair, n(o foi necessário me anunciar, mascomo n(o tenho a chave to#uei a campainha.

Q EW

Q Escutei vo$es, e depois a porta foi aberta, mas n(o por +tanle3. E... era umamulher. Q 9elinda en u*ou as lá*rimas. Q E estava nua.

Q <otalmente nuaW Q per*untei, sem saber o #ue fa$er. + pensei #ue, #uando+tanle3 apronta, o fa$ muito bem.

Q Enrolada em uma toalha.

Q E +tanle3 dei ou #ue ela abrisse a porta assimW Q Al*uma coisa n(o seencai ava na#uela hist ria.

Q =em sei. =(o fi#uei para per*untar. Desde #ue há uma mulher nua noapartamento, n(o há muitas e plica/1es #ue possam ser bastante convincentes.

Q Mas voc- disse ao telefone #ue o mandou para o inferno.

Q +im, falei bem alto, ao ouvir a vo$ do miserável vinda do #uarto.

NS

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Q <alve$ haRa um e plica/(o aceitável.

Q "omo por e emploC a mulher veio pedir sab(o em p emprestadoW Q 9elinda tentou sorrir, mas sem muito sucesso.

Q :sso me parece al*o preparado. uero di$er, voc- falou #ue teve uma noitema*nífica... e sinceramente n(o acho #ue +tanle3 seRa do tipo de pular de flor em flo

O *ar/om se apro imou, per*untando se eu deseRava al*o. O restaurante, comcerte$a, n(o tinha interesse em estimular apenas confidencias em suas mesas.

Q !ma ícara de caf%, por favor Q pedi, entre*ando o menu de volta.

"oncentrei de novo minha aten/(o para 9elinda, #ue parecia um pouco maiscontrolada. Momentos como esses me fa$em pensar na dor #ue se sente #uando se*osta de al*u%m. Daí minha teoria de #ue o amor deveria ser apenas um detalhe em

um relacionamento. 2 t(o complicado... Q "oncordo. +tanle3 n(o % um con#uistador barato. Q Ela olhou para mim, e

seus olhos estavam borrados pelo delineadorZ #uem hoRe em dia ainda n(o uscosm%ticos X prova d_á*uaW

Q Mas, [anessa, eu vi o #ue vi.

Q 9em, durante muitos anos encontramos presentes embai o da árvore de =atal, o #ue n(o #uer di$er #ue um velhinho rechonchudo e barbudo, vestido devermelho, tenha colocado os embrulhos ali, certoW

9elinda suspirou e passou os dedos pelos cabelos.

Q =(o estamos falando de Papai =oel, mas de +tanle3. Q As lá*rimascome/aram a rolar outra ve$, e eu, aflita, tentei encontrar al*o para di$er.

Q "omo era essa mulherW

9elinda arre*alou os olhos, incr%dula.

Q =(o #uero saber se tinha um corpo cheio de curvas, tolinha. Lembra@se dacor dos cabelos, da alturaW Al*uma característica #ue possa identificá@la.

Q <inha seios *randes. =(o há melhor descri/(o do #ue essa.

Q YoRe em dia muitas mulheres t-m seios *randes.

Q Menos eu. E, se % disso #ue ele *osta, Ramais me escolherá.

Q 9elinda, ele Rá escolheu voc-. "onversei com +tanle3, afinal de contas. Eleme disse #ue n(o está mais interessado em outra mulher.

Q "onsiderando o #ue vi, acho #ue % difícil lar*ar velhos hábitos.

NS

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Q Lamento, #uerida, mas voc- terá #ue lidar com essa realidade. Q )á erahora de voltarmos ao básico. Q +i*nifica #ue tem de escolher entre per*untar direto a+tanle3 e descobrir a verdade ou fu*ir e es#uecer #ue esse incidente ocorreu. Aescolha % sua.

Q =unca fui covarde.

Q +ei disso, e n(o creio #ue deva ser a*ora. ual#uer #ue seRa a verdade, adei ará mais feli$.

"omo por mila*re, vimos +tanle3 pelo vidro da Ranela vindo em nossa dire/(o.

Q Oh, meu Deus' "omo ele soube #ue eu estava a#uiW

Q 0alei #ue dei ei uma mensa*em em seu celular.

Q [oc- disse #ue havia li*ado, mas n(o mencionou nenhuma mensa*em. Q O p&nico pareceu tomar conta dela, en#uanto tentava en u*ar os olhos.

Q Estou indo.

9elinda a*arrou minha m(o com a for/a de um lutador de sumo.

Q =(o se atreva a sair'

<arde demais para ar*umentar.

Q Ei, +tanle3' Q cumprimentei, *anhando um pouco mais de tempo para9elinda, #ue havia se escondido atrás do len/o de papel. Q [eRo #ue recebeu meurecado.

Mas ele s tinha olhos para 9elinda. Estava mais certa do #ue nunca de #uen(o me en*anara a respeito dos dois.

Q 9elinda, preciso e plicar@lhe al*o.

Ela olhou na dire/(o de +tanle3, mas n(o direto em seus olhos.

Q =(o há necessidade al*uma. [i mais do #ue o suficiente.

Dava para sentir sua má*oa, mas 9elinda conse*uiu manter o controle, o #uen(o devia me surpreender, pois afinal ela era uma advo*ada.

Q Essa % a #uest(o. [oc- n(o viu nada.

Q =(o havia uma *arota nua em seu apartamento, +tanle3W Q Enfim, 9elindaolhou@o bem nos olhos.

Os dois haviam se es#uecido de mim, completamente.

NS

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Q +im. O nome dela % "hristine Men$el. Ela aparece no sho8 comoconvidada.

Q Ah, bem... nesse caso...

Q 9elinda Q +tanle3 se sentou Runto dela. Q Eu disse X *arota #ue poderiausar meu apartamento. "hristine ficará na cidade por apenas dois dias, aRudando a promover o espetáculo.

Q Por acaso todos os hot%is est(o lotadosW

Q Ela che*ou de Los An*eles esta manh(. O vHo atrasou e, como "hristinetinha uma apari/(o na tev-, me li*ou per*untando se poderia usar meu apartamento para se trocar.

Q O #ue n(o e plica...

+tanle3 er*ueu a m(o. Q Eu nem mesmo estava lá.

Q Escutei sua vo$ Q 9elinda insistiu, parecendo #ue ia chorar de novo.

Q =(o pode ser. Eu havia saído para procurar voc-.

Q "omoW

=a#uele instante, a advo*ada fora substituída por uma mulher #ue deseRavamuitíssimo acreditar no foram feli$es para sempre .

Q Depois #ue voc- saiu, fi#uei andando pelo apartamento... e me dei conta de#ue *ostaria #ue voc- n(o tivesse ido embora. E tive uma *rande id%ia. Q +tanle3sorriu tímido. E @oughnuts.

E @oughnuts% Q 9elinda e eu repetimos Runtas.

+tanle3 er*ueu um sa#uinho todo amassado.

Q Adoro isso.

Q Eu sei, #uerida. Por esse motivo #ue fui comprar. ueria lhe fa$er umasurpresa no escrit rio, mas, #uando che*uei lá, o se*uran/a me informou #ue voc- Rátinha saído.

Q O depoimento foi cancelado Q 9elinda e plicou. Q O outro advo*ado n(oapareceu, e aí resolvi voltar para sua casa.

<entei conter minhas emo/1es. Afinal, as casamenteiras n(o devem chorar.

Q uer di$er #ue n(o estava lá mesmo, +tanle3W

NS

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Al*o estava erradoZ sem sombra de dVvida.

Precisava de al*o para me reanimar. Lembrei aonde poderia ir.

Desde os tr-s anos de idade, adorava o $ool *ico. +ei #ue n(o combina muitocom minha ima*em, mas % t(o bom passear por lá...

Ap s seis minutos de caminhada, estava seis d lares mais pobre e observandomeus ursos favoritosC >us e :da. Eles tinham de$oito anos de idade, e nasceram eforam criados em cativeiro. +(o t(o populares #ue se podem encontrar informa/1essobre eles no >oo*le.

>us % um nadador, e :da, mais sosse*ada, se dei a levar pela corrente eobserva os visitantes. Parece #ue nos acha divertidos, ou talve$ esteRa pensando noaperitivos.

=(o sei o #ue t-m de t(o especial, mas aprecio demais observá@los. 0ormam o par perfeito.

O #ue me fe$ recordar #ue o relacionamento deles contradi$ minha teoria. 2um casamento perfeito, mas os dois s(o completamente diferentes.

uem sabe os opostos n(o se atraiam, afinalW

Ora, estamos falando de ursos polares, n(o de humanos. Minhas teorias est(ocorretas. <enho casais formados para comprová@las. E claro #ue o teste definitivainda iria acontecer. <inha de provar a "3bil #ue ela estaria melhor com MarT >ra3son do #ue com +tephen.

Entretanto, eu n(o tinha certe$a de #ue poderia acreditar em tudo issoZ e, como:da e >us n(o fa$iam nenhum comentário, concluí #ue necessitava de umacompanhia humana.

=(o era "3bil essa pessoa.

Ou ;ichard, Anderson ou mesmo Althea.

Era minha m(e. Por incrível #ue pare/a, mam(e % a Vnica pessoa #ue meconhece de verdade.

Al*umas ve$es, uma *arota tem de contar com sua m(e.

Assim como eu, minha m(e tamb%m % louca pela <iffan3_s. Em sua opini(nada se compara a um presente colocado na#uela famosa cai a tur#uesa, fechada coma fita de seda branca. =(o di*o #ue discordo. Desde minha primeira desilus(oamorosa, nos tempos de *inásio, mam(e adotou o hábito de me levar X <iffan3_s, tenho as cai as a$uis para provar.

NS

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Q Pois %, mam(e, de certa forma conse*ui me desviar de todas os tiros. OuseRa, saí ilesa. Provei para mim mesma #ue posso trabalhar so$inha. +em Althea.

Q Mas sempre soube disso. Q Devolveu a pulseira para o vendedor e se virou para me olhar.

ue vontade de rir... =a verdade, conse*ui en*anar at% minha pr pria m(e. Q +ou medrosa. <enho medo de tudo, em especial de falhar.

Q <odos temem falhar, #uerida.

Q +uponho #ue sim.

O conRunto de colar e brincos #ue avistei faria o vestido mais simples parece*lorioso. +em falar da *arota dentro do vestido.

Q Ent(o, se tudo acabou, voc- deveria estar radiante. Q +im... mas n(o estou.

Q =esse caso, viemos ao lu*ar certo. Q Ela fe$ sinal para o vendedor, e emse*undos eu usava o colar e os brincosZ uma princesa vestindo Reans e um blus(o moletom.

Mas eu n(o era uma princesa, e os diamantes n(o eram meus. <irei as R ias edevolvi ao funcionário.

Q Pode ser #ue esteRa cansada de aRudar os outros a se apai onar. Q Aonde está #uerendo che*ar, mam(eW

Q <alve$ seRa hora de parar de Runtar casais e encontrar al*u%m para voc-.

Q =(o acho #ue estou preparada para este tipo de compromisso.

Q =in*u%m está. E uma #uest(o de acreditar e ter f%. =(o % o #ue pre*a a seuclientesW

:a di$er n(o , mas me detive. <alve$ ela estivesse certa. =(o na #uest(o de umcasamento para mim, mas #uanto a ter f%. Apesar de todas semelhan/as entre oscasais, havia sempre o fator de risco. <alve$ parte de meu trabalho fosse fa$er osoutros perceberem #ue nada % t(o assustador #uanto parece.

Q=(o sei mais nada, m(e. 0oi uma semana incrível. Acho #ue estou precisando de apoio moral.

Q 2 para isso #ue as m(es e istem.

Paramos a um balc(o cheio de estoRos com an%is. Diamantes misturados comrubis, esmeraldas e safiras.NS

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Q E perimente um, [anessa.

Apontei para um anel com esmeraldas circulando um brilhante. O vendedor meentre*ou a pe/a, e eu a colo#uei no dedo. E iste al*o má*ico nos diamanteslapidados.

Q 2 lindo... Q ual sua pr ima miss(oW

"olo#uei minha m(o em frente X lu$, admirando o anel pela Vltima ve$, e odevolvi em se*uida.

Q MarT e "3bil.

Q Ele aceitou ser seu clienteW Q Ela se mostrou confusa. Q Assim, sem maisnem menosW

Q 9em, n(o e atamente. =o início, o destino pareceu estar conspirando contramim. uero di$er, o encontro desastroso no 9un*alo8 K e depois o almo/o #ueterminou antes #ue pudesse fechar nosso trato. Ele disse #ue li*aria, mas duvidei. Eno final, li*ou mesmo.

Q Oh'

Q Acontece #ue eu estava com Maris, e n(o pudemos conversar. Ent(o MarT pediu #ue eu li*asse para seu escrit rio. Li*uei e saímos para Rantar. Estávamoscomendo, #uando Maris telefonou de novo. E, como n(o havia contado a ela sobre o beiRo, fui obri*ada a interromper o Rantar.

Q O homem deve ser muito paciente ou tem uma tend-ncia X autopuni/(o.

Q <amb%m achei isso. E foi uma surpresa #uando MarT tornou a li*ar. Eu evoc- estávamos na 9arne3s, lembraW

Q +im. Ele a convidou para Rantar.

Q Antes do Rantar, MarT me levou ao Ualdorf, para o evento beneficente coma filarmHnica. 0alei para ele #ue n(o teria cora*em de entrar, depois da publica/(o dafoto, mas MarT insistiu, di$endo #ue eu deveria enfrentar toda a#uela *ente de cabe/aer*uida.

Q Yomem sábio.

Q De fato. =(o teria conse*uido entrar sem MarT. Ele parecia uma rocha. At%enfrentou Althea.

Q Ela estava láW

NS

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Q E come/ou a me Ro*ar indiretas a respeito da foto*rafia e de minhas chancesde sucesso. uando Rá estava ficando bastante aborrecida, MarT veio com a novidade#ue concordara em ser meu cliente. Diante de todos. ue triunfo'

Q Pelo visto, o rapa$ a tirou de uma situa/(o desconfortável.

Q =em di*a' Mas o mais importante foi #ue aceitou assinar comi*o. Q +em dVvida, uma vit ria, #uerida. Q Ela afa*ou minha m(o.

Ent(o por #ue será #ue n(o me sentia contenteW "onse*uira #ue MarT assinassecomi*o e saísse com "3bil. Minha melhor ami*a e o homem mais simpático #ue Ráconheci. Era incrível.

Meu estHma*o mostrou #ue n(o concordava e come/ou a reclamar.

Q +e % assim, o #ue há, meu bemW

Q =ada. =(o há nada. Q +orri. Q Apenas estou um tanto preocupada com oencontro de MarT e "3bil desta noite.

Q <enho certe$a de #ue será um sucesso. "3bil % maravilhosa, e, pelo #uevoc- di$, o seu +r. >ra3son n(o fica atrás de MarT e "3bil e o seu...

Q Ele n(o % o meu... 9em, acho #ue pelo lado profissional, %, sim.

Ainda tentava decifrar o terrível pensamento #ue me ocorrera, #uando o

vendedor entre*ou a minha m(e um recibo de compra. Ela assinou e trocou o papel por uma sacolinha a$ul. Eu n(o deveria ter ficado surpresa. Mam(e n(o conse*uiaresistir.

Q E o #ue "3bil pensa de tudo issoW Q ela #uis saber, depois #ue o rapa$ seafastou.

Q 0icou bastante entusiasmada com a perspectiva. Q De novo senti al*odiferente no estHma*o.

Q Ela ou voc-W

Q = s duas, na realidade. Afinal, #uem n(o ficaria entusiasmada com MarTW

Q Entendo. E +tephenW

Q Está fora da vida de "3bil.

Q "omo pode *arantirW

Q +tephen a abandonou por tr-s ve$es. Al%m do mais, os dois n(o t-m nadaem comum. "3bil % um sucesso, e n(o posso falar o mesmo de +tephen.

NS

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Q <em id%ia de como % difícil se dar bem no mundo da arteW Leva anos paraad#uirir uma posi/(o estável, o #ue dirá de sucesso. Mesmo a#ui. Q 0e$ um *estoem dire/(o Xs R ias. Q Este ano, a <iffan3_s apresenta Elsa Peretti. =o pr imo seráoutrodesigner.

Q <enho a impress(o de #ue está defendendo +tephen.

Q =(o, pois nem o conhe/o. +e tiver de defender al*u%m será "3bil.

Q O #u-W Q A conversa tomara um rumo estranho. Q =(o compreendo.

Q uerida, sempre #ue voc- diminui +tephen, está diminuindo "3bil. 0oi ela#uem o escolheu. =(o apenas uma ve$, mas, como voc- mencionou de modo n(omuito delicado, tr-s ve$es. A n(o ser #ue a considere uma idiota, deve ver al*o bomnele.

Q +e o. Q [anessa'

Q OT, entendo seu ponto de vista. Deve haver al*o especial nele para #ue"3bil tenha se apai onado.

Q E ato. Precisa acreditar no #ue ela di$.

Q E acredito. "3bil % a pessoa mais fantástica deste planeta.

Q "om p%ssimo *osto para homensW Q =(o. Ou melhor, sim. Ela tem uma certa tend-ncia para se associar a

perdedores.

Q Em sua opini(o.

Q M(e, sei o #ue estou fa$endo.

Q MesmoW =esse caso, por #ue está a#ui na <ififan3_s comi*oW =(o deveriter saído com seus ami*os para comemorarW

Q <odos t-m al*u%m. Q =o mesmo instante, deseRei retirar o #ue disse, masera tarde.

A#uilo soou como um lamento desesperado. Pensei em +tephen e em sua vo$ao telefone. Parecera desesperado, tamb%m. Eu nem mesmo o escutara.

Q [eRa bem, estou feli$ em saber #ue todos est(o feli$es. +obretudo "3bil. Elamerece al*u%m como MarT. 2 #ue...

Q +ente@se va$ia, n(o %W

Assenti.NS

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Q )á considerou #ue poderia haver outra ra$(oW Era como se mam(e estivesselendo meu íntimo.

Q +tephen li*ou.

Q O #u-W'

Q "3bil n(o estava atendendo os telefonemas dele, ent(o decidiu me li*ar.ueria conversar. :ma*ino #ue deseRe voltar. Eu o i*norei.

Q E n(o contou a "3bilW

Q =(o, pois se contar ela poderá n(o #uerer sair com MarT.

Q E isso seria ruimW Q Yavia al*o na vo$ dela #ue n(o reconheci. Ou talve$,n(o #uisesse.

Q +im. 9em... n(o. Deus, n(o sei' Estou sempre t(o certa a respeito de tudo.<alve$ por#ue se trate de "3bil.

+uspirei e senti como se tivesse perdido al*o importante, mas n(o sabia o #ue poderia ser. +e tivesse ouvido +tephen, estaria me sentindo melhor por ter lhe dadouma oportunidade de se e plicar.

O problema era #ue n(o fa$ia id%ia de onde encontrá@lo. ]bvio #ue n(o podili*ar para "3bil. Olhei o rel *io. Ela deveria estar se aprontando para encontrar MarT.

Meu estHma*o roncou de novo. +empre ficava nervosa #uando um novocliente ia ter seu primeiro encontro. Mas era ridículo. O melhor seria me concentrarem al*o diferente. Optei por +tephen.

Q Mam(e, voc- se importa se eu a dei arW

Q Posso saber por #u-W Q +eus olhos mostraram um brilho #ue n(o conse*uidecifrar.

Q Yá al*o #ue tenho de fa$er.

Q 9em, ent(o leve isto. Q E me entre*ou a sacola a$ul. Q Para dar sorte.

Abri a sacola e tirei a cai a a$ul. Dentro estava o anel com seu diamante e asesmeraldas brilhando para mim. +enti meus olhos se encherem de lá*rimas.

Q Obri*ada, m(e$inha' Q E colo#uei o anel no dedo.

+eu sorriso foi suficiente.

Assim, revi*orada pelo amor de minha m(e, saí para procurar +tephen. <arefa#ue foi muito mais fácil do #ue supus. Ele esperava por mim no sa*u(o de meu pr%dio. O porteiro tentou se desculpar.

NS

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Q <udo bem, Yarr3. +tephen % um ami*o.

+enti remorso ao perceber como +tephen ficara surpreso com minhas palavras.Afinal, Ramais me esfor/ara para conhec-@lo melhor.

+ubimos em sil-ncio e, depois, mesmo sentados um de frente para o outro, oconstran*imento era palpável. Ualdo, de volta de seus afa$eres paternais, nos fitavado parapeito da Ranela. +tephen fi ou o olhar no ch(o, e n(o pude dei ar de observá@lo.

Parecia cansado, mas cortara os cabelos, e suas roupas n(o tinham manchas detinta. OT, sei #ue dou a impress(o de ser muito crítica, mas n(o % minha inten/(o. =unca fi$ restri/1es X apar-ncia dele. +tephen % atraente. Mas isso n(o % suficientcertoW !m corpo bonito n(o % *arantia de um bom relacionamento.

Q =(o sabia a #uem recorrer Q ele, por fim, falou.

<ento sempre manter uma posi/(o neutra #uando lido com meus clientes. +(oeles #ue est(o na montanha@russa emocional e esperam #ue eu seRa o ponto de#uilíbrio. Mas +tephen n(o era um cliente, e era #uase impossível n(o se comovercom a dor estampada em seu semblante. Era t(o palpável #ue at% Ualdo notou e veiose esfre*ar nas pernas dele, oferecendo sua pr pria forma de consolo.

+tephen lo*o o colocou no colo e come/ou a co/ar atrás de suas orelhas. +emdVvida, meu *ato n(o tinha nada contra o homem. Ualdo n(o era de sentar no colo deestranhos, mas estava X vontade com +tephen.

Ou talve$ estivesse vendo al*o #ue eu me ne*uei a reconhecer durante muitotempo.

Q Desculpe@me ter desli*ado, esta manh(. =(o deveria ter feito isso.

Q +em problemas, [anessa. Acho #ue mereci, mas n(o deseRava fa$er "3bilsofrer.

Q [oc- a feriu profundamente.

=(o estava certa se "3bil *ostaria #ue eu falasse da#uela maneira, mas n(o pude me controlar.

+tephen passou a m(o pelos cabelos despenteados. Era parte de seu charme, naverdade, a#uela apar-ncia de *aroto perdido.

Q =(o deveria ter vindo. Q 0e$ men/(o de se levantar, mas fi$ um *esto para#ue continuasse sentado.

Q )á #ue está a#ui, seria melhor di$er por #ue veio.

NS

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+tephen assentiu, en*olindo em seco, e percebi #ue era tímido. Muito tímido.O #ue e plicava muitas de suas *afes sociais. Por%m, Ramais reparei nissoZ e olhe #sou boa em analisar as pessoas.

A n(o ser #ue Rá o tivesse classificadoa priori.

+enti o remorso tomar conta de mim e fi#uei de p%. Q Aceita um drin#ueW <enho um pouco de tudo. Q >ra/as a uma festa de ano@

novo #ue dei um ano atrás.

Q !ma cerveRa, talve$W

Está certo. =(o tinha tudo.

Q +into muito. 2 a Vnica bebida #ue n(o tenho. ue tal um vinhoW Ou umuís#ueW

Q Aceito um uís#ue. "om *elo.

0ui at% o bar, pe*uei a *arrafa e minha mem ria evocou o "hivas #ue MarT dei ara em cima da mesa no 9un*alo8 K. "onsultei o rel *io. MarT devia estar se preparando para apanhar "3bil.

+ervi uma dose para +tephen, e para mim uma dose dupla. Acho #ue merecia.A#uele havia sido um lon*o dia.

Ao me virar, vi Ualdo circulando entre as pernas de +tephen. 2 difícil n(o*ostar de um homem #ue ama *atos. )amais soubera desse seu sentimento poranimais.

Q A#ui está. Q Entre*uei@lhe o copo, ao mesmo tempo #ue voltava a minha posi/(o de in#uisidora. Q uer di$er #ue está pensando em voltar para elaW

Q Eu... cometi um *rande erro. Q <omou um *ole.

Q "oncordo.

Q Mas minhas inten/1es eram boas. Q O #u-W [oc- despeda/a o cora/(o de "3bil por acreditar #ue está lhe

fa$endo um bemW Q Mais uma ve$, falei mais do #ue devia.

Por%m, s de pensar #ue ele a abandonara de prop sito fi#uei fora de mim.

+tephen Rá me vira $an*ada, mas a*ora acho #ue parecia furiosa.

Q Para voc-, n(o sou bom o suficiente para ela.

O comentário me pe*ou desprevenida.

NS

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Q Eu... penso #ue os dois n(o formam um verdadeiro casal. Q Era a verdade.Mas ent(o por #ue me sentia como se tivesse chutado um animal$inhoW

Q Essa % minha opini(o, tamb%m, [anessa. 0oi por isso #ue a dei ei. "3bilmerece al*u%m melhor do #ue eu. Q Ele me encarou, e a má*oa #ue vi foi t(o *rand#ue me arrepiou. Q uero #ue ela seRa feli$.

Q E se voc- for a Vnica pessoa #ue poderia fa$-@la feli$W

"%us' 0ui eu mesma #ue pronunciei essas palavrasW'

Q Mas voc- disse...

Q =(o importa o #ue eu penso ou o #ue di*o, +tephen. Precisamos pensar em"3bil. A opini(o dos outros n(o vem ao caso.

]timo, estava usando as palavras de minha m(e.

Q "3bil me fa$ muito feli$, mas n(o estou certo de #ue retribuo.

De repente, visuali$ei todo o #uadro. Os dois Runtos, rindo, radiantes. "3bil precisava dele. Oh, Deus, o #ue fi$W'

Q uer #ue ela volte, +tephenW

Q +im.

Q Para valer, desta ve$W

Q Para sempre. Q +tephen, num *esto solene, enfiou a m(o no bolso, tirandouma cai inha de veludo.

+enti um n na *ar*anta, e o presente nem era para mim.

Q Escute, tive tempo para pensar. <udo o #ue deseRo % passar o resto de minhvida com "3bil. +e ela me aceitar.

"oncordei com um movimento de cabe/a, incapa$ de falar.

Q Mas a*ora, com MarT >ra3son em sua vida, n(o terei chance al*uma. Q 2 fácil, +tephen. Ela ama voc-Z n(o ele. "3bil vai sair com MarT para me

aRudar a vencer a aposta.

As duas afirma/1es eram verdadeiras. Minha melhor ami*a dei ara de ladoseus sentimentos por minha causa. Para #ue eu pudesse *anhar uma aposta tola.

=a#uele momento, soube e atamente o #ue fa$er.

Q +tephen' Q <irei@lhe o copo da m(o, com a plena convic/(o de #ue estavafa$endo a coisa certa. Q Ela e MarT devem estar no Per +e. [á buscá@la'

NS

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(r#s meses depois

Yá al*o má*ico no =e8 ?orT Palace. =o momento em #ue atravessamos os port1es de ferro para seu interior % como se fi$%ssemos uma volta ao passadEle*&ncia e opul-ncia % o #ue se v-.

=esse dia, o sal(o estava ainda mais *lamouroso, enfeitado com peHnias portodo o canto. =as mesas, nos nichos Runto Xs paredes e at% no centro do lindo bolo casamento. O perfume podia ser sentido por todo o sal(o.

Q =(o está maravilhosoW Q Anderson se serviu de um canap- de salm(o.

Q uase tanto #uanto a cerimHnia do casamento. Q ;ichard trocou seu copova$io por outro.

A cerimHnia havia sido fabulosa. ;eali$ada no +al(o ;eid, era difícil encontrar adRetivos para descrev-@la. Limitada apenas aos ami*os mais íntimos, mostrava umdiscri/(o #ue apenas aumentava o charme do acontecimento.

E na#uele momento, no sal(o, a elite de Manhattan, ami*os e inimi*os seuniam, apesar das diferen/as, para celebrar o momento de felicidade de um dos seus.

Q 9em, acho tudo ma*nífico Q minha m(e comentou, ele*antíssima comosempre em seu [ersace a$ul@claro. Q )á viu a noivaW

Q =(o depois da i*reRa. Penso #ue eles n(o che*aram ainda.

Q +e forem espertos, pular(o essa parte.

Q ;ichard' Q Anderson o admoestou. Q Di$ isso s por#ue n(o *osta defestas.

Q =(o s(o as festas #ue me aborrecem, mas a multid(o. A#ui, por e emplo,n(o se conse*ue dar um passo sem bater em al*u%m.

Q :*norem@no Q Anderson sussurrou. Q Ele está $an*ado por#ue encontrouum anti*o flerte #ue nem mesmo o reconheceu.

Q 9em, acho #ue n(o mudei tanto assim.

Q ;ichard, pare de reclamar Q falei. Q =a realidade, voc- n(o se importamuito. 2 apenas or*ulho ferido.

Q <em ra$(o Q ele concordou, embora meio amuado.

NS

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Q "laro #ue [anessa tem ra$(o. Q Anderson meneou a cabe/a. Q O suReitodeve ser um idiota. Acredite, voc- n(o % o tipo de #uem se es#uece facilmente, ;icT.

Os dois se afastaram rindo de al*o mais #ue um deles dissera.

Q Eles s(o t(o feli$es' Q murmurei.

Q Por#ue se amam. E no final do dia % o #ue fa$ a diferen/a. Q Mam(e deude ombros, sorridente.

Pelo menos, esta parte eu conse*uira aceitar. Apesar de todas as minhas teoriasem contrário, pelo visto, na maior parte dos casos, o amor *anhava o dia. Era s olhar para 9elinda e +tanle3, Maris e Dou*las para constatar. Mesmo Lind3 e Devonestavam construindo seu relacionamento baseado no poder da emo/(o. Eu poderia tersido o catalisador #ue os unira, mas era o amor #ue os mantinha Runtos.

0eli$mente, havia sucessos em meu currículo. Mesmo depois de tr-s meses, oscomentários n(o haviam diminuído. Pelo #ue sei, +tephen dera um verdadeiro sho8no Per +e. OmaFtre n(o permitira #ue ele entrasse sem reserva, #ue deveria ser feita por telefone. Assim, +tephen saiu e li*ou para o homem de seu celular e reservouuma mesa. Entretanto, omaFtre informou #ue n(o havia mesas disponíveis para os pr imos dois meses. De #ual#uer forma, +tephen fe$ a reserva, desli*ou e voltou aorestaurante para falar com omaFtre. uando o homem confirmou #ue ele n(o poderiaentrar sem reserva, +tephen informou #ue fi$era uma. O funcionário se distraiu porum se*undo com seus re*istros, e +tephen aproveitou e passou por ele, come/ando averificar todas as mesas. )á de posse de total controle, omaFtre chamou a se*uran/a. =(o % necessário di$er #ue os clientes ficaram im veis, acompanhando um +tephenmuito determinado, #ue se movia de mesa em mesa. uando o se*uran/a seapro imou, ele o empurrou para o lado e continuou sua busca.

E ent(o come/ou a chamar por "3bil a altos brados. A esse ponto, a políciafora acionada, e a situa/(o foi ficando cada ve$ mais #uente. Mas, feli$ ouinfeli$mente Q depende do lado da hist ria em #ue se está Q, ele encontrou "3bile... MarT.

+em saber #uem era, e acreditando #ue se tratava de um maluco, MarT deu@lhum soco #ue o fe$ cair em cima de uma mesa pr ima. !ma verdadeira confus(o,com clientes se levantando e a polícia che*ando. =(o tendo condi/1es de esclarecer o problema no local, os policiais detiveram "3bil, +tephen e MarT. Apenas #uandoche*aram X dele*acia foi #ue +tephen conse*uiu dar sua ra$(o por ter invadido o Pe+e.

"laro #ue "3bil ficou e tasiada, e MarT, furioso. Mas MarT conse*uiucontornar a situa/(o com muita classe, e plicando tudo ao Rui$ Q sim, tiveram decomparecer perante o Rui$ Q e reparando o preRuí$o do restaurante.

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Q Afinal, se este n(o for o evento do ano, n(o sei di$er o #ue pode ser. Q Althea vinha vindo, tra$endo seu martini. Q <udo ficou perfeito'

Q [oc- está com uma apar-ncia tima. Q Anderson sorriu@lhe. Q + Altheacomparece a um casamento usando um [alentino vermelho.

Q Este vestidinho anti*oW Q Ela riu, e seu copo balan/ou. "3bil se afastoudepressa, mas +tephen n(o foi t(o rápido.

"om certe$a, a#uele n(o era o primeiro martini de Althea.

Q Desculpe@me, +tephen. Q E passou a en u*ar o terno dele com um*uardanapo.

Q <udo bem. Q ;indo, +tephen a impediu de continuar a limpá@lo. Q O #ue %um banho de álcool #uando se está entre ami*osW

<r-s meses atrás, eu nem mesmo diria #ue +tephen era um conhecido. =(o passava do homem #ue abandonara "3bil. Mas a*ora... bem, a*ora #ue eu de fato oconhecia e o en er*ava pela ptica de "3bil, tornou@se um privil%*io chamá@lo ami*o.

Q Ent(o, #uando será a e posi/(o, +tephenW Q mam(e per*untou, trocandosua vodca por uma ta/a de champanhe.

Q Da#ui a dois meses. Parece muito tempo ainda.

Q "he*ará mais depressa do #ue ima*ina Q ;ichard comentou.;ichard arranRara uma e posi/(o em uma *aleria no +oho, por interm%dio do

ami*o de um ami*o de um cliente. Al*o desse tipo. Apesar da má publicidade outalve$, por causa dela, +tephen ia ter sua primeira mostra. Minha m(e se encarre*arada lista de convidados para avernissage, o #ue si*nificava #ue iria haver muitofalat rio e dinheiro Q uma combina/(o fantástica #uando o assunto % arte.

Q 9em, no momento, estamos concentrados nesta festa. Q "3bil er*ueu asm(os, e seu solitário brilhou.

<odos concordamos e caímos na risada. A +ra. Melderson sur*iu por entre amultid(o acompanhada de um homem muito bem aparentado.

Q uero cumprimentá@los Q ela falou, sorrindo, o #ue se tornara maisconstante nos Vltimos meses.

Q Obri*ada. Q "3bil tomou o bra/o de +tephen. Q Estamos muito feli$es.

Q =ota@se, por suas e press1es. Q E Edna apresentou seu acompanhanteCMor*an 9a ter, um Rui$ da +uprema "orte de =ova ?orT. Estava e plicado por #ueela se tornara t(o sorridente.

NS

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Q E o #ue aconteceu com o Vltimo *atinhoW Q minha m(e inda*ou.

Os filhotes se foram como bolsas >u**i em li#uida/(o. <odos, menos o menor,a *atinha nVmero cinco, coincid-ncia. Era muito desaReitada para inspirar a pai (o dal*u%m. <inha mais de Ualdo do #ue de Arabella, a pobre$inha.

Q Ela está bem. Decidi ficar com a bichaninha. "reio #ue me afei/oei muito.E Arabella, tamb%m.

E Ualdo, para di$er a verdade. Mas eu n(o #ueria estra*ar o ambiente pacíficomencionando isso.

Q Maravilhoso' Q Althea e clamou. Q A família perfeita.

Q [eremos #uanto vai durar Q ;ichard sussurrou.

:nteressante, mas eu tinha a impress(o de #ue a +ra. Melderson mudaramesmo. <alve$ por causa do Rui$, dos *atinhos e at% de Ualdo. De #ual#uer formela parecia diferente.

Do outro lado da sala, avistei 9elinda e +tanle3. Ela me enviou um beiRo e umsorriso. Maris e Dou*las estavam em al*um lu*ar. Eu os vira durante a cerimHniaDevon e Lind3 pertenciam a um outro círculo social, mas eu falara com Lind3 nav%spera e soube #ue Devon ainda se comportava como o namorado arrependido. Otempo irá di$er, mas acredito #ue eles t-m futuro Runtos.

Q A or#uestra vai come/ar a tocar Q ;ichard disse. Q A primeira dan/a n(o %dos noivosW

+tephen parecia nervoso.

Q Estive praticando...

Q Pare com isso. Q "3bil encarou o marido. Q [oc- % um e ímio dan/arino.

Q Ela n(o fala s%rio Q ele brincou. Q ProntaW

Q "omo sempre estarei.

Os dois se encaminharam para o centro do sal(o e ouviram@se os acordes duma famosa valsa. E ali estavam +tephen e "3bil come/ando uma nova vida.Dan/ando.

+uspirei, e Anderson me ouviu.

Q <rabalhou bem, *arota.

De repente, senti vontade de chorar, mas di$em #ue n(o se deve chorar emcasamentos. Pelo menos, n(o no de sua melhor ami*a.

NS

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A mVsica terminou, e, #uando outra come/ou, os demais casais foramconvidados a dan/ar tamb%m. [i Dou*las e Maris. Depois, ;ichard e Anderson, e at%minha m(e e meu pai.

<odos tinham seu par. + Althea e eu sobramos. As duas casamenteiras, semcasamento.

Q Pelo menos fomos convidadas. Q Althea leu meus pensamentos. Q =(odei a de ser um passo X frente.

Q +uponho #ue sim.

Q E seu ne* cio prosse*uirá muito bem, [anessa. O falat rio Rá estádiminuindo. Al*uma outra pessoa dará motivos para outros comentários. E, ent(o, poderá voltar ao #ue sabe fa$er muito bemC unir as pessoas.

"laro #ue era o #ue eu deseRava, embora n(o sentisse o mesmo entusiasmo deal*uns meses atrás. =(o me referia X carreira em si, pois adorava o #ue fa$ia. Por%mme dei conta de #ue era importante ter al*o mais na vida do #ue apenas trabalho.

Meus ami*os e Ualdo encabe/avam a lista.

Q +eu ne* cio parece estar indo de vento em popa, Althea. +oube #uearrumou um casamento para 9rendon UalTer.

<ratava@se de um pla"bo" famoso, com mais dinheiro do #ue Ruí$o. =o entanto,os anos estavam passando para ele tamb%m, e assim decidiu #ue era hora de se casarter filhos. Mas n(o era um homem fácil de se contentar.

Althea conse*uira um *rande feito. Encontrara a mulher certa para captar aaten/(o de 9rendon de uma ve$ por todas.

Q "omecei a me sentir um pouco nervosa a esse respeito. <odavia, aproveiteiuma de suas teorias e insisti nela. 0uncionou. Q Ela sorriu, e pela primeira ve$ percebi #ue Althea me via como uma i*ual. 0oi um momento de pa$, e ceto pelo fatode #ue eu estava em minha terceira ta/a de champanhe e me divertindo com todaa#uela a*ita/(o. Q Muito obri*ada.

Q ue bom #ue funcionou' Q 0itei +tephen e "3bil, #ue rodopiavam, rindomuito.

Q A prop sito, há al*o #ue *ostaria de lhe falar.

Q Al*o ruim, AltheaW

Q "%us, n(o' Pelo menos, acho #ue n(o. 2 apenas um pouco estranho. Q Ela bebeu o resto do martini, e um *ar/om apareceu com outro antes mesmo #ue Althea

terminasse. Q Obri*ada Q a*radeceu, e virou@se para mim. Q O #ue #uero lhe di$er% #ue tenho um cliente #ue... mostrou interesse por voc-.

NS

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Q !m de seus clientes #uer #ue eu o representeW )amais faria isso. Q Aondeserá #ue ela #ueria che*arW

Q =(o, n(o % isso. Ele #uer #ue eu o apro ime de voc-.

Q +%rioW uer fa$er um arranRo para mimW :sso % le*alW uero di$er, ndeveria uma a*ente matrimonial encontrar seu pr prio pretendenteW =(o há nenhumacláusula restritiva ou coisa assimW

Q [anessa, eu falei a ele #ue tocaria no assunto e veria se há al*um interessede sua parte. +em press(o al*uma.

Q 9em, *ra/as a Deus' 0ico contente em saber #ue n(o irá me pressionar.

Q Olhe, [an, Ramais faria al*o parecido se n(o acreditasse #ue meu cliente % a pessoa certa para voc-. >aranto #ue s(o perfeitos um para o outro. Al%m do mais

uma a*ente matrimonial casada tem mais credibilidade do #ue uma #ue n(o seRa. Q 9oba*em' Q )á come/ava a me sentir um pouco pressionada. Q [oc- %

solteira e % a melhor #ue Rá vi em sua profiss(o.

=(o #ue tivesse visto muitas a*entes matrimoniais em a/(o, mas conheci umaou duas, e nenhuma delas tinha a classe e a inte*ridade de Althea +evalas.

Q D- apenas uma chance, [anessa. Por mim.

Q "onhe/o esse homemW

Q +im. Ele está bem ali.

[irei@me para se*uir a dire/(o de seu dedo, e con*elei.

MarT >ra3son, sentado perto da pista, estava fantástico, num terno cin$a, dacor e ata de seus olhos. =(o #ue al*uma ve$ tenha reparado na cor dos olhos dele.+%rio.

Encarei Althea, mas ela desaparecera entre os convivas.

MarT veio at% mim, e eu respirei fundo, antes de levantar o rosto e encontraseu olhar.

Q >ostaria de dan/ar, [anessaW

Q =(o sabia #ue tinha sido convidado para o casamento Q eu falei, fa$endo o papel da *rande conversadora.

Q 9em, "3bil achou #ue eu deveria vir. Afinal, tive um papel importante nareconcilia/(o.

>emi, sentindo@me cada ve$ pior.

NS

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MarT pe*ou minha m(o e me condu$iu at% a pista. "laro, a or#uestraimediatamente come/ou a tocar uma das ines#uecíveis can/1es de 0ranT +inatra.

Q =(o sou uma boa dan/arina Q sussurrei, #uando ele enla/ou@me pelacintura.

Q +em problemas. Eu condu$o desta ve$. "ombinadoWA per*unta n(o se referia X dan/a, e tudo #ue conse*ui fa$er foi assentir,

calada.

O #ue me lembro da#uela dan/a foi o Reito de MarT se mover, sua aten/(o, seucheiro e as inVmeras sensa/1es diferentes #ue s(o compartilhadas por um homem euma mulher. +im, e al*o mais. Lembro@me de Althea nos olhando dan/ar. Ela estav perto de minha m(e, #ue ria como se tivesse *anhado o maior pr-mio da loteria.

+orri para as duas, e ent(o encostei a cabe/a no ombro de MarT.:nacreditável.

E n(o % #ue Althea acabou por *anhar a aposta, afinalW

SOBRE A AUTORA @ee @avis tem livros publicados, Rá *anhou os pr-mios 9ooTsellers 9est, >oldenLeaf, <e as >old e Prism, e foi indicada para o =ational ;eades "hoice A8ard, Yolte ;omantic <imes ;evie8ers "hoice. Ela morou na Justria e viaRou por toda aEuropa, e embora viva em Manhattan, o lar do seu cora/(o ainda % o <e as.

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