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Ano V Nº 115 Outubro/Novembro de 2008 AMAZÔNIA - maior floresta do planeta precisa de proposta consistente Empresas e consumidores de olho na data mais importante para o comércio NATAL Acirp completa 88 anos como a voz dos empresários

revista acirp em acao edicao 115 CS2 - acirpsjriopreto.com.br · Comtur, Convention and Visitors Bureau e Acirp. O início A GIS Consult nasceu no ano de 2004, em ... ta Fabrício

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Ano

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AmAzôniA - maior floresta do planeta precisa de proposta consistente

Empresas e consumidores de olho na data mais importante para o comércio

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Acirp completa 88 anos como a voz dos empresários

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2 Revista Acirp em Ação Outubro/Novembro de 2008

aoleitor

JORnAliStA RESPOnSÁVElWiliam Gustavo Batista - MTB 44.373/[email protected]

COlABORADORESClaudia Lacerda, Cleuza Maria Idalgo F. Abib, Emerson Morais e Maira Pinheiro

FOtOS Xavier Neto

Este material é uma publicação bimestral da Associação Comercial e Empresarial

de São José do Rio Preto/SPRua Silva Jardim, 3099 - Centro

CEP 15010-060F.: (17) 3214-9433

www.acirpsjriopreto.com.br

GEREntE COmERCiAlStella Coeli - (17) 3021-2447 / [email protected]

PROJEtO GRÁFiCO E EDitORAÇÃOIvan Iggor Barreto - F.: (17) 9148-1951 - [email protected]

DiStRiBUiÇÃOEmpresas associadas à Acirp, clínicas médicas, lojas de conveniência, bancas de revistas, órgãos públicos e entidades de classe.

E X P E D I E N T E

m i S S Ã ODefender o empreendedorismo, gerando

benefícios aos associados, desenvolvendo a equipe de trabalho e fortalecendo a

economia de São José do Rio Preto e região.

P R O D U Ç Ã O

E R R A M O S

Mauricio BellodiPRESiDEntE

Osvaldo GracianiPRESiDEntE DO COnSElHO COnSUltiVO

Liszt Reis Abdala MartingoViCE-PRESiDEntE DE DESEnVOlVimEntO ECOnômiCO

Beny Maria Verdi HaddadViCE-PRESiDEntE inStitUCiOnAl

Alceu Germano SestiniViCE-PRESiDEntE DE SERViÇOS AOS ASSOCiADOS

Leonice M. ZaguiniDiREtORA DO CmEE

Carlos Alberto Villanova Vidal JuniorDiREtOR nJE

André Gustavo De GiorgioDiREtOR DA DiStRitAl SUl

Adriana NevesDiREtORA DO EmPREEnDER

Roberto ToledoDiREtOR DE COmUniCAÇÃO

Alvaro Luiz EstrellaDiREtOR DE AGROnEGÓCiOS

José Luiz FranzottiDiREtOR DE inDÚStRiAS

Pedro Luiz Ribeiro RodriguesDiREtOR DO SEtOR DE COnStRUÇAO CiVil

Ronaldo José ReisDiREtOR DO COmÉRCiO

Marcos Augusto ApóstoloDiREtOR DO SEtOR DE SERViÇOS

Gil Eduardo Ferreira FontesDiREtOR DO SEtOR DE tURiSmO Susélide Cristina TenaniDiREtORA DO SEtOR DA tECnOlOGiA DE inFORmAÇÃO

Márcio Marcassa JúniorDiREtOR DE COmÉRCiO EXtERiOR

Liliamaura Gonçalves De LimaDiREtORA DE RElAÇÕES PÚBliCAS

Cássia GuerraDiREtORA CUltURAl Ana Maria Jacob LorgaDiREtORA DE AÇÃO SOCiAl

Jean Louis GracianiDiREtOR DE mARKEtinG

Paula Regina Dos SantosDiREtORA DE BEnEFiCiOS

Telma Do Amaral Maia PoloDiREtORA DO SCPC

Luiz Henrique MendesDiREtOR DE PROmOÇÕES E EVEntOS

Ana Carolina Verdi BragaDiREtORA DE tREinAmEntO E DESEnVOlVimEntO

Márcio SansãoDiREtOR DE OUViDORiA

Valdecir BuositESOUREiRO GERAl

Antonio Carlos Sanches NunesDiREtOR - 1º tESOUREiRO

Delcir Odair BortoluzzoDiREtOR - 2º tESOUREiRO Marcelo Mansano De MoraesSECREtÁRiO GERAl

Fernanda Cristina Caprio D’angeloDiREtORA - 1ª SECREtÁRiA

Kelvin KaiserDiREtOR - 2º SECREtÁRiO

Sérgio Henrique Ferreira VicenteDiREtOR DE ASSUntOS JURÍDiCOS

Vicente Conte FilhoDiREtOR DE PAtRimôniO

DiREtORiA ACiRP - BiÊniO 2008/2010

Nos últimos meses, os indicadores do SCPC têm apontando um crescente aumento de dívidas, o que demonstra a preparação do consumidor

para as compras de final de ano. Este é o momento mais aguardado pelos empresários, que têm como ex-pectativa um aumento de vendas de até 10%. Este cenário é propício para planejamento, orga-nização e acima de tudo, inovação em nossos negó-cios. Acredito que toda crise traz uma real oportunidade de crescimento e busca de novos mercados. Por isto, a diretoria da Acirp está trabalhando na elaboração de pesqui-sas de mercado e estratégias para aumentar as vendas dos empresários associados. Preparamos para o Natal uma grande campanha para desta-car nosso Produto como um diferencial na região; o Preço como um atrativo aos consumidores; a Promoção do comércio como um estímulo

para as vendas; e o Ponto-de-Venda que é o comércio forte de São José do Rio Preto. Esta será nossa primeira grande ação de marketing frente à gestão da Acirp. Nossa associação completou neste ano 88 anos de fundação e é reconhecida como a maior e mais representativa associação de classe da Noroeste Paulista. Desde 1920 a Acirp participa de decisões fundamentais para o desenvolvimento da cidade. Nossa missão é defender o empreendedorismo, gerando benefícios aos associados, desenvolven-do a equipe de trabalho e fortalecendo a econo-mia de São José do Rio Preto e da região. Na última edição de 2008, da Revista Acirp em Ação, o leitor acompanha a iniciativa da GS2,

a determinação da Boné Brindes, e os novos produtos e serviços apresen-tados durante a Rodada de Negócios pela Brasil Graf, Motel Bem Viver, Fil-tros Europa entre outras. Estas empresas, assim como milhares de outras, integram a Acirp e buscam o crescimento de seus negócios. Aos associados e leitores, um feliz Natal e um próspero Ano Novo. Que Deus nos abençõe.

Um cenário de planejamento

Ano V Nº 115 Outubro/Novembro de 2008Fo

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Presidente da [email protected]

Este é o living integrado à varanda do Dueto Boulevard, mencionado na matéria de habitação da última edição da revista.

Divulgação

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4 Revista Acirp em Ação Outubro/Novembro de 2008 5Outubro/Novembro de 2008 Revista Acirp em Ação

paineldoempreendedor

Profic Tour coloca pontos de interesse de São José do Rio Preto em tela sensível ao toque

(da esq. para dir.) - THIAGO SIMONATO, FERNANDO GIBOTTI, e GERMANO HERNANDES FILHO, as mentes criativas por trás da ferramenta

Ao alcance das mãos, uma cidade. Num gesto tão fácil quanto folhear páginas, o usuário acessa as informações de seu in-

teresse com as pontas dos dedos, em uma tela sensível ao toque. Ali estão pontos turísticos, informações gerais, dicas de cultura, gastrono-mia, diversão e negócios. Sem dar um passo, descobre-se o caminho ideal para direcionar os pés. E ainda há a opção de imprimir os dados do destino. A novidade tem nome: Profic Tour. Este é o nome dado à ferramenta instalada em totens eletrônicos em pontos estratégicos da cidade, criada pelos profissionais da empresa GS2 Inovações Tecnológicas. “Objetivamos que o Profic Tour possa con-tribuir de forma significativa com a sociedade e com as pessoas que visitam São José do Rio Preto. Desejamos servir como divulgadores das opções de turismo, cultura e lazer de nossa ci-dade. Esperamos que a iniciativa potencialize de forma inovadora, criativa e moderna os negócios de empresas e profissionais”, afirma Fernando Gibotti, CIO (chief imagination officer) da GS2. Os pontos de destaque foram seleciona-dos em parceria com instituições como Secre-taria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Comtur, Convention and Visitors Bureau e Acirp.

O início A GIS Consult nasceu no ano de 2004, em São José do Rio Preto. Há muito tempo dois grandes amigos, Fernando Gibotti e Thiago Si-monato, decidiram concretizar um sonho em comum: criar uma empresa que aproveitasse o potencial da informática de forma abrangente. Em 2008 chegou Germano Hernandes Filho para completar o trio.

A GIS Consult é o grupo que engloba a GS2 – empresa responsável pela criação do Profic Tour – primeiro guia turístico interativo, instalado em SJRio Preto. A empresa tem cerca de 20 projetos tec-nológicos, além de projetos de cooperação inter-nacional com as Universidades: Jaime I, Caste-llón – Espanha; University of Münster, Münster – Alemanha; e Universidade do Maine, Orono – EUA. A GIS Consult presta serviços de Geopro-cessamento, Biometria – pioneira no desenvolvi-mento e comercialização de soluções biométri-cas para captura e identificação de indivíduos. Além de, desenvolver terminais de auto-atendi-mento, sistemas e produtos para Web. Com uma equipe técnica de 15 profissio-nais, especializados e qualificados em gerencia-mento e manutenção de softwares interativos, a GS2, já desenvolveu vários produtos tecnológi-cos.

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6 Revista Acirp em Ação Outubro/Novembro de 2008 7Outubro/Novembro de 2008 Revista Acirp em Ação

negócioénotícia por Roberto [email protected]

Foi com o pai, Wilson, que Leandro Gasparin aprendeu a fazer negócios no ramo de brindes. Provar que este era também sua “praia” foi só uma questão de tempo. O reconheci-

mento veio dos próprios clientes, na pesquisa Top of Mind deste ano: a Boné Brind foi a empresa mais lembrada no setor. Por enquanto, Gasparin faz bonés e camisetas e os números não são modestos: produz em torno de 10 mil a 15 mil unidades por mês, respectivamente. No primeiro semestre de 2009, o empresário passará a confeccionar, também, canetas, chaveiros, e calendários, entre outros mimos. “A idéia é dar opção para os clientes. Eles não precisarão mais cotar as camisetas e bonés aqui e os demais brindes em outro lugar. Faremos um pacote com tudo que eles precisarem”. O empresário também diz que ampliará o quadro de colaboradores, já inflado em nove anos de empresa. No início eram sete. Hoje, são 15.

O verdadeiro objetivo da indústria não é o lucro: o empresário deve sempre se propor a produzir bens e serviços úteis... a negação desta idéia é a especulação.

bomdenegócio

Um brinde ao êxito

LEANDRO GASPARIN, proprietário da Boné Brind - Top of Mind 2008

O número 41 é a dezena que mais vezes foi sorteada ao longo dos 12 anos do concurso da Mega-Sena. e o número 5, está em segundo lugar Segundo a Caixa Econômica Federal (CEF). Na seqüência, as outras dezenas mais sorteadas são 33,

42, 51 e 53. Na contramão, os número que menos vezes saíram nos sorteios da Mega-Sena (77 vezes)

foram o 9 e o 26. Os números 39, 55, 20 e 14 também estiveram poucas vezes entre os números sorteados. Sem contar que o Estado de

São Paulo é o mais sortudo, com mais ganhadores seguido por Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Sorte

Na seqüência, as outras dezenas mais sorteadas são 33, 42, 51 e 53. Na contramão, os número que menos

vezes saíram nos sorteios da Mega-Sena (77 vezes)

Sem contar que o Estado de São Paulo é o mais sortudo, com mais ganhadores seguido por Minas Gerais e Rio

nossa de cada dia

secos&molhados

Em casa

Com o objetivo de promover a costela, como um fonte de proteína e um corte “delicioso”, o Núcleo da Carne -ligado à Diretoria de Agronegócios da Acirp- promoveu com sucesso o 1o Costelão do Produtor. Liderado pelo pecuarista Sylvio Di Jacintho, o grupo informa que já está preparando mais uma edição para o primeiro semestre de 2009. Desta vez, devem ser utilizados 3.000 kg de carne assada. A coluna conversou com a nutricionista Sandra Reis para mostrar, que a costela é um “bom negócio” para empresários e o consumidor. Trata-se de um prato saboroso e acessível. É energético e possui nutrientes que auxiliam na renovação da massa muscular, na formação de hormônios e produção de enzimas. Quando cozida, é fonte de colágeno, o que é bom para elasticidade da pele. O ideal é adicionar cebola, legumes e agrião, que dão um toque especial no prato. Na sobremesa, coma rodelas de abacaxi com raspas de limão, que auxiliam na digestão. Com tantas vantagens, é uma das carnes mais baratas. Aproveite as promoções nos supermerca-dos e açougues.

Ascensão da costela

O 62º Encontro Estadual das Uniodontos, que será realizado entre os dias 27 e 29 de novembro, no Ipê Park Hotel, vai receber o secretário de Segurança Pública de São Gonçalo/RJ Paulo Roberto Storani. Ele fi-cou conhecido por treinar os atores do filme Tropa de Elite. O economis-ta Fabrício Royar, superintendente do Sicredi, também estará presente no evento. É a primeira vez que a singular é a anfitriã.

FORmAÇÃO DE mÃO-DE-OBRAO curso de gastronomia da Unorp ganhou um moderno e “delicioso” restaurante escola.

lEitURA FÁCilA Biblioteca Móvel da Secretaria de Cultura leva a leitura até o seu bairro e a Uniodonto também faz sua parte, disponibilizando em sua sede, uma grande biblioteca para a comunidade.

tElEFOniA & tECnOlOGiAUma empresa gaúcha está chegando em SJRio Preto, com novos equipamentos que prometem simplificar a vida dos empresários e consumidores. Aguardem...

ABERtURA DE FiliAiSA tradicional Cartonagem 3 Marias abriu mais um loja no centro da cidade. Desta vez, na esquina das ruas Voluntários de São Paulo e Silva Jardim, em frente à sede da Acirp.

mARKEtinGA combinação dos elementos variáveis -produto, preço, promoção e ponto-de-venda- é definido como Marketing Mix nas principais empresas do país.

INFORME-NOS! Envie um e-mail para [email protected] com informações ou curiosidades sobre novos negócios, empreendimentos, produtos e serviços, além de tendências do mercado. Participe!

Em 1784, quando ainda não existia luz elétrica, o jornalista e inventor Benjamin Franklin viu que gastava muitas velas quando trabalhava de noite. Acordar mais cedo passou a ser a sua solução de economia, e ele chegou a sugerir que as praças tives-sem “barulhos de canhões para fazer os preguiçosos levantarem mais cedo todos os dias”. Para alívio dos vizinhos, a idéia de Franklin não foi implementada, mas ela foi o embrião do que hoje chamamos de horário de verão.

Horário Verãode

O empresário Paulo Faria, do grupo PFHouse, que reúne as marcas Todeschini

e Toda Casa, investiu R$450 mil na inauguração de uma nova loja, na avenida

José Munia. Paulo Faria está de olho nos clientes que circulam no mais novo corredor econômico da cidade, lá pelos lados do Wal-Mart,

Shopping Plaza Avenida e o Dueto Boulevard.

Novidade na José Munia

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por Wiliam Gustavo BatistaAGILIDADE

Tentar um acordo com um devedor ou com aquele fornecedor que pisou na bola pode ser mais interessante do que acionar a Justiça para ver seus direitos preservados. Esses são alguns exemplos de ações que po-

dem ser resolvidas pela Câmara de Mediação e Arbitragem da Acirp, mantida há seis meses pela associação. A iniciativa conta com o apoio de entidades como a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Fac-esp) e a Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem Empresarial (CBMAE). A Lei de Arbitragem brasileira (9.307/96) completa 12 anos. A aplicação da Lei de Arbitragem crescia até 2001 timidamente, uma vez que alguns artigos da lei eram questionados no Supremo Tribunal Federal (STF), como a questão da força obrigatória da cláusula arbitral. Foi depois que o STF deu seu aval à legislação que a arbitragem começou decolar e levantou vôo. O empresário ou cidadão que tiver alguma pendência, como problemas de entrega de produtos ou cobrança, pode recorrer à mediação, conciliação ou arbitragem. A parte denunciada é chamada para um acordo. Caso os dois lados se entendam, assunto encerrado. A câmara mantém 35 árbitros, entre advogados, engenheiros, admin-istradores, empresários, publicitários, arquitetos, professores universitários, psicólogos, médico, farmacêutico e contabilistas.

Vantagens O diretor jurídico da Acirp, Sérgio Henrique Ferreira Vicente, mostra três pontos que seriam os mais positivos da arbitragem. O primeiro é a agilidade na solução do conflito. Enquanto um processo na Justiça pode levar vários anos para ser solucionado, na arbitragem é resolvido em no máximo 6 me-ses. “A demora em dar uma decisão é ruim para ambas as partes”, diz Sérgio ao lembrar que a morosidade na solução pode re-presentar um custo maior do que a própria arbitragem. A confidencialidade no processo é o segundo ponto destacado pelos ad-vogados. O processo arbitral é sigiloso. Por fim, a tecnicidade nas decisões. Os árbitros são escolhidos pelas partes e podem ser técnicos no tema discu-tido.

Fazer um acordo pela Câmara de Mediação e Arbitragem é mais ágil e econômico

Empresários elegem a arbitragem

para solução de conflitos

tendência Segundo matéria publicada no Jornal Gazeta Mercantil, no dia 01 de setembro deste ano, a tradicional cláusula contratual “em caso de confli-tos, as partes elegem o foro judicial” está com os dias contados em grande parte das empresas brasileiras. Uma nova tendência está sendo verificada pelos escritórios de advocacia: mais de 90% dos contratos assinados entre empresas trocaram o Judiciário pelas câmaras arbitrais para a solução de conflitos. O reflexo no Judiciário, dizem especialistas, deve ocorrer já nos próximos anos. “O Judiciário vai perder terreno nas disputas envolvendo empresas”,

Descobri a câmara por meio dos funcionários da entidade. Achei a forma muito prática, rápida e eficiente. Já tenho outros casos para resolver na câmara, e tenho certeza que o resultado será bom.

ROSICLER LIBERATO AMARAL BUQUI (EMPRESÁRIA)

Foi muito satisfatório porque além do tempo que ganhei,

pois gastaria meses com esse processo na justiça,

o custo foi irrisório. Eu recomendo a Câmara de

Arbitragem ás pessoas é muito prático e rápido.

EDILSON BEZERRA (PROFISSIONAL AUTÔNOMO)

Conciliação

Mediação

10% do valor da causa, sendo o custo mínimo de R$ 15,00

Valor da custa de registro varia de acordo com o valor da causa; exemplo R$ 10,00 para uma de causa até R$ 5.000; taxa de administração de 2% do valor do acordo, com no mínimo de R$ 25,00; honorários dos mediadores, de R$ 50,00 a R$ 150,00 a hora.

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ArbitragemValor da custa de registro varia de acordo com o valor da causa; R$ 50,00 – causa até R$ 5.000; taxa de administra-ção de 2% no valor do acordo; honorários, de R$ 50,00 a R$ 300,00 a hora de acordo com a complexidade da causa.

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afirma o advogado Caio Campello, sócio do escritório Lefosse Advogados. De acordo com ele, 90% dos contratos entre empresas assinados por meio do seu escritório já tem a previsão da cláusula arbitral”, complementa o advogado. A mesma percepção tem o escritório Pinheiro Neto Advogados. “É uma tendência inexorável. Cada vez mais teremos mais e mais demanda para a arbitragem”, diz o sócio da banca Carlos Alberto Moreira Lima Júnior. Ele explica que praticamente todos os contratos assinados por intermédio do escritório têm a cláusula arbitral. “Eu diria que 95% dos contratos prevêem a arbitragem”, diz. Apenas este ano, a banca participou de 28 operações de fusões e aquisições. “Propomos aos nossos clientes que adotem a arbitragem como solução de conflitos”, garante Lima Júnior.

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10 Revista Acirp em Ação Outubro/Novembro de 2008 11Outubro/Novembro de 2008 Revista Acirp em Ação

NEGÓCIOS

A jóia do comércioNeste ano, serão investidos R$ 160 mil pelas entidades de classe para fomentar as vendas

Lideradas pela Acirp, as entidades em-presariais -CDL, Sincomércio e Sinco-merciários- preparam para o final de

ano, uma grande promoção de estímulo às vendas. Neste ano, serão investidos R$ 160 mil para alavancar as vendas em São José do Rio Preto. “Acreditamos em um aumento de vendas de até 10%. O consumidor tem o hábito de comprar mais nesta época, e por isso, se prepara antecipadamente para as compras”, comenta o presidente da Acirp,

A Acirp mantém há anos o departamento de recuperação ao crédito, conhe-cido como “Amigo do Crédito”, e que auxilia o consumidor com restrição no nome

a negociar suas dívidas com a empresa credora. O acordo não precisa ser feito na loja em que há restrição de crédito, já que a Acirp é a mediadora da

negociação. O consumidor pode se dirigir ao Amigo do Crédito, na Acirp -Rua Silva Jardim, 3099- para ser atendido.

A empresa credora também pode procurar o departa-mento com o objetivo de renegociar a dívida em aberto com o consumidor. Segundo o Gerente da Administrativo da Acirp, Beral-do José Ricci, o maior benefício deste departamento é a forma amigável com que é feita a negociação. “Isso evita o constrangimento do consumidor”, comenta. Enquanto algumas empresas de cobrança repassam em torno de 80% do valor da dívida para a empresa cre-dora, o Amigo do Crédito da Acirp oferece repasse total do valor devido. “O consumidor pode ter a certeza que não

pagará nada além do permitido pela lei. Nossa intenção é reabilitá-lo para as compras”, completa o gerente.

re-cidos“. “Os prêmios da campanha des-te ano são tentadores. O consumidor faz suas compras pensando em ganhar um bom presente de Natal”, afirma. O empresário José Luiz, da Beleza Pu-ra -uma nova confecção na Região Norte- também está otimista com as vendas do primeiro Natal de seu empreendimento. “A campanha vai movimentar ainda mais o comércio e incrementar as vendas”, co-menta.

inadimplência A partir de setembro, a economia recebe dinheiro extra, que circula principal-mente no comércio. É que o 13º salário da população economicamente ativa, além de aposentados e pensionistas, somados à distribuição das cotas de participação nos lucros das principais empresas, representa um saldo positivo para a economia. É neste período que os consumidores com restrição no Serviço Central de Pro-teção ao Crédito (SCPC), procuram limpar seu nome. Nos meses de setembro e outu-bro, cerca de 10 mil dívidas foram pagas.

Amigo do crédito

ACREDITAMOS EM UM AUMENTO DE VENDAS DE ATÉ 10%. O CONSUMIDOR TEM O HÁBITO DE COMPRAR MAIS NESTA ÉPOCA.

MAURICIO BELLODI, presidente da Acirp

Mauricio Bellodi. O prêmio principal será um carro 0km, modelo Picanto Kia, avaliado em R$ 37,5 mil. Serão sorteadas ainda, nove TVs de LCD de 32 polegadas, avaliadas cada uma em R$ 1,9 mil. A campanha também vai premiar em-presários e vendedores. A loja que comer-cializar o cupom sorteado para o carro, vai levar um computador com impressora. Já o vendedor, ganhará R$ 500. Os cupons sorteados para os ganhadores das TVs vão render R$500 para cada ven-dedor. “Há fatores que estimulam o consumo no Natal, como o hábito cultural de presentear as pessoas, os prêmios que serão sorteados pelo comér-cio, além de mecanismos psi-cológicos que remontam da infância”, analisa Bellodi. A empresária Vanessa Chaves, da Balada Confecções, acredita que a cidade se destaca na região, como “um pólo de varie-dades e qualidade nos produtos ofe-

MAURICIO BELLODI na loja JMahfuz da região central

A CHEGADA DO PAPAi nOEl na área central será no dia 05 de dezembro, quando o comércio começa a funcionar em horário especial: de segunda à

sexta das 8h às 22h e aos sábados das 8h às 18h.*Até o fechamento desta edição (29/10) não havia definição do

horário de funcionamento do comércio aos domingos

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VELANI

REPRESENTATIVIDADE

Ao construir uma casa e um armazém à beira da estrada conhecida como “Picadão”, que ligava São Paulo a

Cuiabá/MT, o pioneiro João Bernardino Seixas Ribeiro não apenas passou à história como fundador de São José do Rio Preto, mas inaugurou a vocação da cidade: o empreendedorismo. Nesta trajetória, iniciada em 1851, já se vão 156 anos e, em mais da metade deles, esteve presente uma entidade que é a tradução desta vocação: a Associa-ção Comercial e Empresarial de São José do Rio Preto (Acirp) fundada em 1920, e que completou 88 anos no dia 17 de outubro. A Acirp ajudou, nesse tempo, a con-solidar São José do Rio Preto como uma cidade em que o comércio, o agronegócio e a prestação de serviços inegavelmente, são pujantes. A indústria e a construção

Associação completa 88 anos como uma voz da sociedade e dos empreendedores

de São José do Rio Preto

O empresário Jair nardo, da empresa Expresso Salomé, é hoje um dos mais

antigos associados da Acirp. Ele afirma que a entidade sempre apoiou o empresa-

riado. “Sempre que precisei da Acirp ela me atendeu. Hoje continuo utilizando os serviços da associação nas consultas do

SCPC. A entidade é, a união e representa-ção da classe empresarial de SJRio Preto,

sempre atrás de soluções e inovações para o mundo empresarial.”

civil são setores que vêm se destacando nos últimos anos. “A atuação da associação hoje se ba-seia na defesa do empreendedorismo, na geração de benefícios aos associados e no fomento ao desenvolvimento econômico“, afirma o presidente da Acirp Mauricio Bel-lodi. A posição estratégica da cidade, que se tornou ponto de convergência no Estado de São Paulo, contribuiu com este sucesso. Começou com uma casa na beira de uma estrada na última estação no interior da Es-trada de Ferro Araraquarense entre 1912 e 1933 e, hoje, é facilmente identificada no mapa pelo entroncamento de estradas, como se todos os caminhos viessem para o município. Passam pela cidade a SP-310 (Washington Luís), uma das mais impor-tantes de São Paulo, e a BR-153, que corta o país de Norte a Sul, cruzando oito Esta-

Professor Marins fala para empresários na comemoração do aniversário de fundação, no Buffet Félix Petrolli sobre “Os grandes desafios empresariais do século XXI”. O antropólogo Luiz Marins, traz na conversa, os efeitos da globalização, das novas tecnologias e de novos pólos econômicos e suas conseqüências na gestão das empresas e também o papel dos dirigentes empresariais nesse cenário do século XXI.Alguns itens importantes citados:

• As reformas na economia, a globalização se fará sentir ainda mais e a concorrên-cia será cada vez mais mundial;

• A transformação numa grande “Aldeia Global” devido ao avanço da informação e das telecomunicações;

• A sobrevivência das empresas que tiver competência, estrutura de custos, caixa forte e pessoal altamente qualificado para produzir com qualidade e prestar o melhor serviço aos clientes e, além disso, reinventar o seu setor, surpreendendo o mercado e os clientes com produtos e serviços fundamentalmente novos e dife-rentes;

• A mudança é a certeza de que tudo vai mudar a cada dia mais aceleradamente;

• Sofisticamente simples é o grande “charme” do Século XXI;

• A antropologia empresarial vem explicar que viver, empresariar, trabalhar hoje é um desafio muito maior, muito mais complexo do que viver, empresariar, trabalhar a décadas atrás.

Os grandes desafios do século XXI

dos; além de dezenas de rodovias estaduais e municipais que conectam a cidade a cerca de 110 municípios. Mas só infra-estrutura de transportes não tornaria, sozinha, São José do Rio Preto em uma terra de oportunidades. A cidade não seria pujante se não tivessem aportado aqui homens e mulheres que confiassem

nesse potencial, que abrissem o caminho da evolução, que construíssem o alicerce sólido da edificação que viria. Esses ho-mens e mulheres, invariavelmente, pas-saram pela Acirp nos últimos anos. Desde a sua fundação, foram 35 presi-dentes centenas de diretorias e direto-res.

Empresários reconhecem importância da Acirp

Acirp: Desde 1920

por uma cidade melhor

Acirp: Desde 1920

por uma cidade melhor

A empresária do ramo de cosméticos manuella Bossa, da Truss Cosmetics, também recebe diploma de mérito por sua atuação no comércio. Ela foi in-dicada pelos empresários que compõem o Núcleo de Jovens Empreendedores (NJE), para ser a represent-ante da força empreendedora e jovem de São José do Rio Preto. “É interessante como o NJE motiva o jovem em-presário, os tipos de trocas de experiências são ex-tremamente importantes para o desenvolvimento do empreendedor. Às vezes ficamos isolados dentro de nossa empresa e nos limitamos a nossa realidade. O NJE nos dá uma visão mais ampla de mercado, além de colaborar para a expansão do nosso network”.

troca de experiência

Solução e inovação

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16 Revista Acirp em Ação Outubro/Novembro de 2008 17Outubro/Novembro de 2008 Revista Acirp em Ação

SUSTENTABILIDADE

O melhor é não apontar o dedo para o culpado, é preciso que cada um assuma

a responsabilidade para as gerações futuras. A Revista “Acirp em Ação” traz

o polêmico assunto para um entendimento simplista com Alceu Sestini, Al-

varo Luiz Estrella, Waldir Fernades Júnior e sugere o site www.globoamazonia.com.br

para quem quiser saber neste momento o que está acontecendo na maior floresta

tropical do mundo. É um aplicativo simples onde poderá ter acesso no mapa com os

últimos dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) sobre queimadas

e desmatamento na Amazônia.

É possível produzir preservando ou preser-var produzindo. Vários institutos de pesquisa mostram quem da tranquilamente para se pro-duzir com sustentabilidade ambiental. Nas décadas de 50, 60 era mais difícil mas hoje conhecemos os efeitos da erosão, da degradação do solo e os efeitos do plantio inadequado. na cultura anual - aquela que tem uma única produção, ou seja, após a sua produção ela ‘morre’ e é preciso cultivar outra planta para ter uma nova produção - um exemplo de utiliza-ção consciente pode ser feito por plantio direto, a cultura (geralmente grãos) é colhida mas de-ixa uma remanescente no solo para uma de-gradação natural, assim pode chover ou fazer muito sol que o solo está protegido como se por uma “manta”. A Cultura Perene - a da lavoura, em que você não precisa semear ou plantar uma nova planta após um ciclo - a forma do uso dos de-fensivos agrícolas (agrotóxicos) define o quanto o produto afetará no meio ambiente. O Proto-colo para aplicar e a normas básicas de uso ajudam a preservar o meio ambiente. Não ex-

É preciso agir com bom senso e senso comum

istem hoje produtos totalmente perfeitos mas a tecnologia trouxe opções para o uso de produ-tos seletivos e assim amenizar o problema de poluição ou degradação. Na Amazônia o desmatamento existe para atender o mercado de madeira ilegal. Temos no Brasil um potencial inexplorado de terras fora da Amazônia, então não é preciso desmatar a floresta para transformá-la em pastagens ou em plantações. Temos área com produtividade abaixo do potencial e o solo da nossa região é melhor para plantações. O desmatamento ilegal não ocorre para dar lugar às plantações e pastagens, ele acon-tece porque o mercado de madeira clandestino é muito forte. Depois que o solo é totalmente explorado é que estas áreas começam a ser utilizadas de outras formas. O governo falha na Amazônia pela falta de fiscalização. E as pes-soas por não respeitarem às leis. Nossa região não escapa do mau uso do meio ambiente. E aqui também é preciso agir com bom senso e senso comum. As leis ex-istem e devem ser cumpridas e respeitadas, e denunciar os abusos flagrados para o Estado é papel de cada cidadão. Este por sua vez deve investir na educação ambiental e ética do uso da natureza.

A questão ambiental, principalmente no to-cante à Amazônia, vem sendo abordada de forma totalmente emocional pelos atores envolvidos. De um lado, preservacionistas pregam que se mantenha improdutivo mais de 50% do território brasileiro, como uma contribuição para a hu-manidade. Por outro lado, produtores rurais pre-tendem “abrir” fazendas onde hoje está a mais rica reserva natural mundial. Percebe-se de uma parte a exacerbação do Direito de Propriedade, que não contempla a destinação social e ambi-ental do patrimônio rural, enquanto o outro lado ignora, completamente, o fato de que a terra, que se pretende manter improdutiva, tem um proprie-tário que investiu seus recursos nela e pretende, justificadamente, obter resultados econômicos de seus investimentos. Parece-nos que falta, no caso, a coragem da sensatez, que sempre desagrada ambos os la-dos em questões tão sensíveis. Sem dúvida, não podemos ignorar que a ação de algumas ONGs

AmazôniaA maior floresta tropical do planeta

A questão da Amazônia

por PROF. WALDIR FERNANDES JÚNIOR Diretor da Fatec de SJRio Preto e coordenador do curso de Agronegócios

por ALCEU GERMANO SESTINI Vice-presidente de Serviços aos Associados da Acirp

ALVARO LUIZ ESTRELLA e ALCEU SESTINI

por Stella Coeli

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A história registra as enormes florestas de carvalhos que cobriam a Itália, a Espanha e o sul da França. As florestas de coníferas da Alemanha, Polônia, Rússia e Escandinávia. As imensas florestas da Inglaterra, local de esconderijo de ladrões, como os da lenda de Robin Hood. Onde está toda esta vegetação? Se foi destruída, não seria correto replantá-la? As mesmas ONGs de origem européia que pregam o boicote aos nossos produtos nada falam sobre o reparo que seus próprios países devem à natureza.

ambientalistas é motivada, sobretudo, por razões mais econômicas que ideológicas. O Brasil apre-senta enorme vantagem comparativa no setor primário, constituindo-se em verdadeiro predador para os produtores rurais de países europeus. Para estes, tornar uma parte do nosso território improdutiva é uma questão de sobrevivência. A eles deveríamos dizer que seria justo que todos os países apresentassem o mesmo nível de reser-vas. Sendo que temos 55% do nosso território destinado a florestas tropicais, não é justo que eles, que têm reservas de vegetação temperada menores que 5% do território, considerem o Bra-sil um devastador da natureza, a ponto de im-por restrições comerciais aos nossos produtos. A história registra as enormes florestas de carvalhos que cobriam a Itália, a Espanha e o sul da França. As florestas de coníferas da Alemanha, Polônia, Rússia e Escandinávia. As imensas florestas da Inglaterra, local de esconderijo de ladrões, como os da lenda de Robin Hood. Onde está toda esta vegetação? Se foi destruída, não seria correto re-plantá-la? As mesmas ONGs de origem européia que pregam o boicote aos nossos produtos nada falam sobre o reparo que seus próprios países de-vem à natureza. Vamos observar como age a principal econo-mia mundial. Nos EUA o direito de propriedade é respeitado sendo um absurdo constituir reservas ambientais compulsórias com o patrimônio dos cidadãos. Por outro lado, quando o Estado en-tende que uma área é de interesse público, pro-cede a desapropriação e a transforma em Parque Nacional. Contra isto o cidadão não pode se in-terpor. A desapropriação é paga em dinheiro, tão logo a propriedade é transferida para o Estado. Desta forma, estão preservados tanto o interesse público quanto o privado. Evidentemente, o Governo do Brasil não tem condições de adquirir toda a Amazônia, apesar de que boa parte dela já pertence ao próprio Es-tado. De acordo com o discurso ambientalista, a preservação da Amazônia é interesse fundamen-tal da humanidade, daí ser necessário um projeto de viabilização econômica desta preservação. Os empresários estão procurando oportunidades para incrementar a atividade econômica, o que é também de interesse geral, afinal todos neces-sitam trabalhar, prover seu sustento e oferecer, assim, condições dignas à família e isto somente acontece quando existe atividade econômica. Parece-nos que a solução está exatamente no consenso entre estas duas necessidades. Como entendemos que deve prevalecer o interesse público, acreditamos que a Amazô-nia deveria ser dividida em zonas. Em algumas, onde existem poucas possibilidades de aproveita-mento econômico, deveriam ser criados grandes parques ambientais. Nas outras, deveriam ser propugnados projetos de desenvolvimento sus-tentável, que utilizariam o potencial da floresta para produção de produtos típicos. Para tanto, temos o “calcanhar de Aquiles” do financiamen-to. Quem iria alocar recursos para a viabilização desta utilização sustentável? Seria justo que o proprietário rural o fizesse através da manuten-ção de reservas legais de oitenta por cento de suas áreas, além da limitação legal da utilização do restante? Seria justo que o cidadão brasileiro

financiasse todo este projeto através dos sofridos impostos que tanto agravam a vida de um povo majoritariamente pobre? Acredito que somente um esforço mundial, através do qual os governos estrangeiros passassem a demonstrar com mais clareza o interesse pela Amazônia, constituindo um fundo de financiamento público para as ativi-dades de preservação e exploração sustentável deste grande patrimônio da humanidade, seria capaz de solucionar o problema. Nosso povo tem espírito empreendedor. Tudo que o povo amazônico quer é criar opções para o crescimento econômico da região. Se o mundo apresentasse uma proposta consistente para que pudéssemos crescer sem agredir a na-tureza, isto já estaria acontecendo. Pensem bem: se você fosse um proprietário rural na região e os países desenvolvidos estivessem pagando créditos de carbono pelas árvores da sua pro-priedade, você teria interesse em derrubá-las? Por outro lado, se estes mesmos países desen-volvidos pagassem um alto preço pela madeira das mesmas árvores, apesar do discurso con-servacionista, e não lhe dessem nenhum tostão por mantê-las em pé, o que você faria? Outras questões persistem: Por que existe mais inte-resse em manter ONGs ambientalistas e nenhum em constituir um fundo de sustentabilidade da Amazônia? Por que somos nós, através dos nos-sos impostos, que temos que pagar sozinhos a conta da fiscalização e de todo aparato governa-mental envolvido na preservação daquela área

continental? Por que a ação mais efetiva que os países desenvolvidos criaram até hoje pela preservação da Amazônia foram os bloqueios comerciais aos nossos produtos? Por que eles não aceitam um dos princípios básicos das rela-ções internacionais nesta questão: a reciproci-dade, atribuindo o mesmo percentual de reserva ambiental para todos os Países do mundo e compensando aqueles que ultrapassassem este limite? Por que o EUA não assinam o Protocolo

Acirp em Ação - Qual a contribuição do agronegócios da Acirp para o não desmatamento? Alvaro - As contribuições da diretoria no sen-tido do não desmatamento, acontecem de forma indireta quando promovemos debates e seminários com os empresários rurais sobre o tema. Isto vem acontecendo com freqüência já que o assunto é um dos mais debatidos no momento.

Acirp em Ação - Como produzir preservando ou preservar produzindo?Alvaro - Penso que o “produzir preservando” se aplica a todas as regiões brasileiras menos a amazônica onde aí sim, se tem o contrário que é o “preservar produzindo!”. A Amazônia deve ser tratada de forma diferenciada de todo o resto dos Pais, pois ali temos realmente um bioma único no planeta. A questão toda não é a de ordem jurídica, pois a lei já trata a questão de forma bem diferenciada e rigorosa, isto é: nesta região só é possível desmatar 20% das propriedades, fora outras regiões que ali são reservas federais e são intocáveis. O problema é a fiscalização. Recentemente o governo publi-cou uma lista onde os maiores desmatadores, se encontravam nos assentamentos do INCRA. Isto realmente não foi uma surpresa.

Acirp em Ação - Como nossa região poderia influenciar nos projetos ambientais sustentados?Alvaro - Nossa região concentra grande parte de empresários rurais que aqui residem e o que fazemos é procurar conscientizar a maioria sobre a importância de respeitarem às leis já existentes e discutir soluções para o aprimo-ramento das mesmas de forma que o cresci-mento econômico sustentado possa acontecer. A necessidade de se preservar é indiscutível, porém, não podemos nos esquecer de que a população cresce a cada ano e isto passa a se tornar um problema se não dermos atenção à produção de alimentos no campo.

de Kyoto? Enquanto não temos resposta para estas perguntas somos obrigados a conviver com muita demagogia e pouca ação. O empresariado clama por ações efetivas. Queremos participar deste processo, levando progresso e, ao mesmo tempo, conservando nossas florestas, afinal a preservação da Amazônia não pode se dar a-penas pelo bloqueio da atividade econômica que condena à miséria milhões de Brasileiros.

Acirp em Ação - Como ficam as regiões Sul e Sudeste? Como contribuir com a sustentabili-dade ambiental nestas regiões?Alvaro - Nas regiões Sul e Sudeste que são as mais desenvolvidas a situação acaba sendo até mais complexa, pois estas áreas já estavam quase todas desenvolvidas quando a legisla-ção passou a tratar o assunto com rigor. Para se ter uma idéia, no Estado de São Paulo já em 1952, só havia 18,2% de sua área com-posta por reservas florestais. E hoje o Estado é o mais desenvolvido do Pais. Fica realmente difícil inverter esta situação sem que haja um grande impacto econômico. Creio que para se ter sustentabilidade ambiental nestas regiões já desenvolvidas deveria se abandonar qualquer critério subjetivo para analise e execução de problemas e focar os critérios objetivos, pois são desprovidos de ideologias demagógicas. Como disse, aqui temos que “produzir preser-vando”, não o contrario.

Acirp em Ação - E o Brasil no cenário mundial, como fica?Alvaro - O Brasil ainda é o País que mais preserva em termos nominais e relativos, pois possuímos em torno de 52% do território em reservas naturais e estes 52% equivalem a um território de dimensões continentais, além do mais, o nosso território que é de 851 milhões de hectares só possui 67 milhões de hec-tares cultivados sendo 47 milhões por culturas anuais, 15 milhões por lavouras permanentes e 5 milhões de floresta cultivada. Gostaria de chamar a atenção de todos sobre estas grandezas de números, pois num país onde o agronegócio já tem a maior vantagem com-parativa do planeta, não seria absurdo pen-sarmos que realmente estamos incomodando os nossos concorrentes e daí concluirmos que muitas vezes as questões ambientais e fitos sanitários possam estar servindo de forma radical, para confundir a cabeça dos mais despreparados, em discussões e tomadas de decisões dentro do nosso País. Temos ainda grandes prioridades ambientais para resolver, como a questão da água e do lixo que com certeza exercem grandes prejuízos diretos na saúde da nossa população.

Pontodevistapor ALVARO LUIZ ESTRELLA Diretor de Agronegócios da Acirp

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20 Revista Acirp em Ação Outubro/Novembro de 2008 21Outubro/Novembro de 2008 Revista Acirp em Ação 20 Revista Acirp em Ação Outubro/Novembro de 2008Revista Acirp em Ação Outubro/Novembro de 2008

Bons negócios, novas oportunidades e espaço para a

solidariedade: itens que sobraram na terceira edição

da Rodada de Negócios, promovida pelo Núcleo de Jo-

vens Empreendedores (NJE) da Acirp, em setembro. A prova

está na satisfação de quem participou.

O Núcleo de Jovens Empreendedores acredita que a Rodada de Negócios é uma oportunidade que

aproxima interesses. Ela age como uma ferramenta facilitadora para fechar sólidos contratos. É

possível divulgar o seu produto para um público direcionado.

JÚNIOR VILLANOVA, presidente do Núcleo de Jovens Empreendedores (NJE)

INTERCÂMBIO

PARA A EmPRESA QUE QUER COmPRAR:

1) Divulgação e marketing institucional;

2) Identificação de novos fornecedores;

3) Identificação de possibilidade de novas parcerias;

4) Integração com a comunidade empresarial.

PARA A EmPRESA QUE QUER VEnDER:

1) Acesso pessoal aos responsáveis por compras de empresas de médio e grande portes, com maior poder de compra;

2) Prospecção e possibilidade de abertura de novos mercados locais, regionais, nacionais e internacionais;

3) Realização de novas parcerias e intercâmbio com empresas locais, regionais e nacionais;

4) Melhoria na aprendizagem da negociação por meio da prática e do conhecimento das exigências de compradores de porte;

Banquetede negóc

Benefícios

Muito interessante e inovadora esta maneira de fazer negócios. A vantagem é que falamos diretamente com as pessoas, podendo apresentar nossos produtos e conhecer outros. Já fechei negócios e estou procurando novos parceiros para fechar outros. Foi a primeira vez que participei e com certeza vale a pena.

DIEGO, Brasil Graf

Fiz contatos importantes. Hoje já vejo os benefícios indiretos do encontro para fechar negócios futuros. Com certeza valeu a pena participar e gostaria de estar na próxima.

EDUARDO LUIS, Motel Bem Viver

Essa rodada foi especial por ter trazido o cunho social para os negócios. Convidamos o Hemocentro

para participar, expor suas idéias para as 48 empresas presentes e mostrar o pilar social. Como

empresário eu fiquei gratificado porque pude aumentar minha rede de relacionamentos, o

que já me possibilitou fechar negócios. FLÁVIO ALIENTE, da Filtros Europa

ios

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23Outubro/Novembro de 2008 Revista Acirp em Ação

ELEIÇÕES

Como parte do papel da Acirp de manter um diálogo aberto e democrático com seus as-sociados, a entidade realizou duas plenárias

políticas com os candidatos a prefeito de São José do Rio Preto. No primeiro turno, foram ouvidos os sete candidatos que concorriam ao pleito, no dia 18 de agosto; e no segundo turno, a Acirp realizou uma “sabatina” com os candidatos João Paulo Rillo (PT) e Valdomiro Lopes (PSB), no dia 20 de outubro. Ambos eventos foram promovidos para de-bater as principais propostas de governo para o desenvolvimento econômico da cidade. Lopes foi eleito prefeito de SJRio Preto no dia 26 de outu-bro de 2008 por 109.145 votos. A exemplo de outras entidades, como a ACSP

(Associação Comercial de São Paulo), que tam-bém fizeram eventos semelhantes, as plenárias serviram como verdadeiros fóruns democráticos para o debate políticos dos problemas e soluções que envolvem o município. Por ser uma entidade extremamente he-terogênea, com grandes, médios e pequenos em-presários comerciais e também de setores como indústria, serviços, finanças e agropecuária, a Acirp fez a opção de discutir temas variados com os candidatos. Entre eles destacam-se a criação do con-domínio da região central; a construção de um centro de convenções e eventos; a implantação do Parque Tecnológico; a disponibilização de no-vas áreas em distritos industriais; ações para mi-cro e pequenas empresas; a internacionalização

do aeroporto; e ações de desburocratização do Poder Público. As plenárias tiveram uma concepção crítica, pluralista e apartidária, que contribuíram com o processo democrático das eleições, afirma o presidente da Acirp, Mauricio Bellodi. “Esses valores estão impregnados em nos-sa personalidade. Todos os candidatos foram tratados com isenção, equidade e justiça”, diz Bellodi. A entidade sempre esteve ansiosa em par-ticipar das soluções a serem encontradas para os problemas da cidade e da região. “Com a motiva-ção de nunca se omitir do debate, os participantes dessas plenárias, em sua maioria, diretores da Acirp, levantaram questões que representam o universo empresarial para os candidatos.”

Acirp promove

VALDOMIRO É ELEITO PREFEITO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

No dia 1º de janeiro de 2009 toma posse o prefeito eleito de São José do Rio Preto, o depu-tado Valdomiro Lopes, 54 anos. O deputado foi eleito no dia 26 de outubro para o mandato de quatro anos - 2009 a 2012. Ele teve 109,1 mil votos, o equivalente a 51,21%. Prefeito eleito de Rio Preto, o deputado Valdomiro Lopes (PSB), 54 anos, completa neste mês 20 anos de vida pública. Filho único, ele herdou o legado político do farmacêutico Valdomiro Lopes, vereador nos anos 50 e prefeito de novembro de 1959 a janeiro de 1960. Está no terceiro man-dado consecutivo como deputado estadual.

plenárias políticas

universo empresarial para os candidatos.”

VALDOMIRO LOPES durante Sabatina Empresarial da Acirp

Fotos: Ricardo Boni/Agência BOM DIA

JOÃO PAULO RILLO durante Sabatina Empresarial da Acirp

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