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Agosto 2010 | 1 Campo Grande / Ano III / Agosto 2010 / nº 15

Revista Acao Comercial Edicao 15

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Revista Acao Comercial Edicao 15

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Agosto 2010 | 1

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4 | Agosto de 2010

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Agosto 2010 | 5

EDITORIAL

As perspectivas de consumo no varejo continuam favoráveis.

Com base nos resultados do Índice Nacional de Confiança (INC) de julho,

elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV) da Associação

Comercial de São Paulo, os especialistas do setor apostam num cenário

econômico promissor para o comércio até o final do ano. O controle da

inflação e da inadimplência e a queda do desemprego são os fatores

responsáveis pelas boas perspectivas. Já sabemos que os brasileiros

devem gastar R$ 98 bilhões neste Natal. É a maior cifra registrada em

dezembro e R$ 5,2 bilhões a mais do que foi desembolsado em 2009,

segundo projeções da consultoria MB Associados.

Todas as variáveis apontam para um resultado positivo em 2010,

criando uma expectativa favorável para as vendas de final de ano, época

de maior movimento no comércio varejista.

Em Campo Grande, já estamos vivendo essa expectativa. As duas

maiores campanhas que a Associação Comercial e Industrial de Campo

Grande (ACICG) realiza no ano – recuperação de crédito Nome Limpo e

Natal 3 em 1 – estão sendo finalizadas para apresentação oficial a lojistas

e consumidores, com perspectiva de sucesso absoluto em ambas,

conforme histórico da entidade.

O bom momento que vive o comércio é fruto dos fatores acima

descritos, reforçados pelo trabalho de apoio realizado pela ACICG nos

últimos anos junto aos seus quase 2.500 associados. Cursos, palestras,

seminários, ações in company e campanhas promocionais voltadas para

o desenvolvimento de competências e incremento de vendas fazem

parte do cotidiano das empresas e da ACICG.

Tendo como objetivo contribuir para o fortalecimento do setor

produtivo na Capital e demais cidades do Estado, bem como fortalecer

a imagem institucional da entidade junto aos seus associados e ao

setor público, a ACICG realizou no período junho/julho duas pesquisas

de porte, abrindo caminho para que outras entidades realizem

trabalho semelhante.

Uma pesquisa de intenção de votos do eleitorado de Mato Grosso

do Sul, realizada pelo IBOPE, apontou as preferências para os cargos de

Presidente da República, Governador do Estado, senador e deputados,

federal e estadual. Iniciativa pioneira que causou grande repercussão

entre os empresários.

Outra pesquisa, realizada pela Tendência, empresa de MS, ouviu

associados da entidade visando conhecer a opinião dos empresários

a respeito da atuação da atual gestão. Verificou-se neste estudo, que

mais de 80% dos associados aprovam a atuação da diretoria da ACICG,

concluindo na análise dos resultados que a Associação Comercial é bem

avaliada e não apresenta pontos negativos relevantes.

Estamos trabalhando para isso: fazer da Associação Comercial

uma entidade forte, que represente seus associados junto ao setor

público com independência e qualidade.

Todos juntos podemos ir mais longe.

>Aprovação confi rmada

Luiz Fernando BuainainPresidente da ACICG

REVISTA AÇÃO COMERCIAL | ANO 3 | Nº 15

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6 | Agosto de 2010

Presidente: Luiz Fernando Buainain

1º Vice-Presidente: João Carlos Polidoro da Silva

2º Vice-Presidente: Roberto Bigolin

3º Vice-Presidente: Luiz Carlos da S. Feitosa

1º Secretário: Roberto T. Oshiro Júnior

2º Secretária: Cláudia Pinedo Zottos Volpini

3º Secretária: Rosane Mara Maia Costa

1º Tesoureiro: Omar P. Andrade Aukar

2º Tesoureiro: Wilson Berton

3º Tesoureiro: Milton Silvino Souza de Oliveira

Diretores:

Fernando Pontalti Amorim

Sidney Maria Volpe

Simplícia Ap. Alves de Arruda

Maria Vilma Riberio Rotta

Nilson Carvalho Vieira

Luiz Afonso Ribeiro Assumpção

Domingos Sérgio Barreto Silva

José Pereira de Santana

Pedro Chaves do Santos Filho

Roberto Rech

José Marques

Amadeu Ziliotto

Renato Paniago da Silva

Conselho Deliberativo:

Ueze Elias Zahran

Antônio João Hugo Rodrigues

Jaime Valler

Paulo Antunes de Siqueira

Luiz Humberto Pereira

Carlos Roberto Bellin

Sérgio Dias Campos

Valzumiro Ceolim

João Garcia

Paulo Ribeiro Júnior

Josimar Ferreira dos Santos

Douglas Verati Campos

Cristiano Gionco

Egídio Vilani Comin

Hélio Ceni

Feres Soubhia Filho

Anagildes Caetano de Oliveira

Arildo Bras Flores

Sinval Matins de Araujo

Thomas Malby Croften Horton

Conselho Fiscal:

Augusto Raimundo Aléssio

Ilmara de Cássia de Paula Vieira

Osvaldo Aparecido Piccinin

Gilberto Pereira Gonçalves

Luiz Dodero Junior

Idamir José Munarini

Relator do Conselho Fiscal: Paulo Roberto Hans

1º Secretário do Conselho Fiscal: Rodrigo Possari

2ª Secretária do Conselho Fiscal: Gisele Serra Barbosa

Diretoria da Associação Comercial

e Industrial de Campo Grande

Gestão 2008/2011

Editor:

Hélio de Souza ([email protected])

Conselho Editorial:

João Carlos Polidoro

Roberto T. Oshiro Júnior

Colaboradores:

Valdineir Ciro de Souza

Projeto Gráfico:

Qualitas Brasil

Departamento Comercial:

Aparecida Dias de Souza

Superintendente:

Fernanda Barbeta dos Rios Pinto

Sugestões:

67 3312-5003

[email protected]

Publicação da Associação

Comercial e Industrial de

Campo Grande (ACICG)

www.acicg.com.br

Rua XV de Novembro, 390

Centro - CEP 79002-140

Campo Grande / MS

(67) 3312-5000

EXPEDIENTE

Page 7: Revista Acao Comercial Edicao 15

Agosto 2010 | 7

ÍNDICE

> Trabalho

> Capa Super Natal

>>Destaques

14

08

28

Editorial

Super Natal

Cidade Digital

Conciliação

Economia

Cartões de Crédito

Comércio Exterior

Artigo Dalmir

Pessoas

050810111213141516

Vendas

Cadeia Farma

Empreendedores

Artigo Roseli

Dinheiro

Café Empresarial

Trabalho

Cenário

1820222425272830

As profi ssões que vão construir o futuro

Os brasileiros devem gastar R$ 98 bilhões neste Natal

> Comércio Exterior

ACICG incentiva comércio com o Chile

REVISTA AÇÃO COMERCIAL | ANO 3 | Nº 15

Page 8: Revista Acao Comercial Edicao 15

8 | Agosto de 2010

À espera de um super Natal em 2010

>Aumento da renda, do emprego formal e do crédito sustentam o otimismo da indústria e do comércio em relação ao consumo de fi m de ano

SUPER NATAL

Segundo projeções da

consultoria MB Associa-

dos, os brasileiros devem

gastar R$ 98 bilhões nes-

te Natal. É a maior ci-

fra registrada em dezembro. Ainda

conforme a pesquisa, serão R$ 5,2

bilhões a mais do que foi desembol-

sado em 2009. Esse cálculo foi feito

pela MB a pedido do jornal O Esta-

do de S.Paulo.

Para atender ao aumento de vendas,

indústrias que usam insumos impor-

tados e redes varejistas que também

se abastecem no exterior ampliaram

em até 60% as encomendas desses

itens em relação a 2009.

Aumento da renda, do emprego for-

mal e do crédito sustentam o otimis-

mo da indústria e do comércio em

relação ao consumo de fim de ano.

“Como a política monetária não será

tão contracionista, teremos cresci-

mento importante do varejo no fim

do ano”, afirma Sergio Vale, econo-

mista chefe da MB Associados.

O economista considerou o cres-

cimento real das vendas do varejo

ampliado, que inclui, além de roupas,

eletrodomésticos e eletroeletrônicos,

veículos, motos, partes e peças e ma-

teriais de construção. O crescimento

é real e desconta a inflação projetada

para o período.

Vale ponderar que, como o Natal de

2009 foi muito bom e, portanto, a

base de comparação é forte, a taxa de

crescimento projetada para dezem-

bro deste ano é menor (5,5%) que a

registrada no ano passado (14%).

Em 2009, o quadro era exatamente o

oposto, porque dezembro de 2008 foi

o Natal da crise e a base de compara-

ção era muito fraca.

Segundo o economista, apesar da

política monetária limitar o cresci-

mento em curto prazo, a perspectiva

positiva de longo prazo deve estimu-

lar as compras do consumidor que

está com menos receio de perder o

emprego e, portanto, mais propenso

a comprar a prazo.

Os três meses consecutivos de que-

da na produção, encerrando junho

com retração de 1% comparado a

maio, segundo o Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística (IBGE),

não desanimam o setor produtivo,

que espera fôlego novo neste segun-

do semestre. E os votos de um feliz

Natal para a indústria em 2010 têm

tudo para se concretizarem, qualquer

que seja o resultado das eleições pre-

sidenciais. Desde julho, as fábricas

estão recebendo encomendas extras

para as vendas de final de ano, o que

se reflete no aumento da produção e

da contratação de mão de obra.

Para o economista-chefe do Banif

Investment Bank, Mauro Schneider,

as vendas no varejo podem mostrar

mais vigor no segundo semestre. O

analista estimou que o consumo está

crescendo em um ritmo maior do

que a trajetória registrada no perí-

odo pré-crise, meados de 2006 a se-

tembro de 2008.

O País caminha para uma expansão

Page 9: Revista Acao Comercial Edicao 15

Agosto 2010 | 9

REVISTA AÇÃO COMERCIAL | ANO 3 | Nº 15

do Produto Interno Bruto (PIB)

entre 7,5% e 8% em 2010, projeta o

economista. O ritmo forte estimado

para este ano é reflexo da combina-

ção de fatores como confiança das

empresas e das famílias, o que se ma-

terializa em investimento e geração

de emprego. O desafio, destaca Sch-

neider, é conter o crescimento de for-

ma a não colocar em risco o controle

da inflação.

Campanha de NatalA Associação Comercial e Indus-

trial de Campo Grande (ACICG)

está preparando o lançamento da

segunda edição da campanha de Na-

tal denominada “Natal 3 em 1”, uti-

lizando a mesma estratégia da cam-

panha de 2009, cujo êxito superou as

expectativas da entidade e seus par-

ceiros comerciais.

“Pretendemos realizar uma campa-

nha tão forte e até melhor do que a

de 2009”, disse o Presidente da ACI-

CG, empresário Luiz Fernando Bu-

ainain, destacando que a entidade

está buscando parcerias que ajudem

a realizar a campanha e alavancar

as vendas do comércio varejista no

final do ano.

“Em 2009 contamos com ajuda do

Governo do Estado, da Prefeitura

da Capital, da FAEMS e do Sebrae

na realização do evento, além par-

ceiros comerciais que apoiaram o

“Natal 3 em 1”.

“Queremos ampliar esse leque de

parcerias em 2010 para que a campa-

nha seja ainda melhor. Este ano con-

taremos também com a participação

da CDL como uma das entidades

realizadoras”, completou Luiz

Fernando Buainain.

Em 2009 foram despejados R$ 140

bilhões na economia brasileira,

quase 20% a mais que no ano an-

terior, com o pagamento do 13º sa-

lário e a maior oferta de crédito ao

consumidor. Se a tendência for

a mesma, em 2010 serão quase

R$ 30 bilhões a mais.

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Page 10: Revista Acao Comercial Edicao 15

10 | Agosto de 2010

CIDADE DIGITAL

Em reunião ordinária realiza-da dia 17 de agosto, a dire-toria da Associação Comer-cial e Industrial de Campo Grande (ACICG) autorizou

a criação do chamado braço digital da entidade – a Câmara de Agências Digitais de Campo Grande (CAD/ACICG), composta por 15 empresas associadas à Associação Comercial. A CAD está integrada organica-mente à ACICG, na forma definida no Regimento aprovado. O processo de criação teve o comando do dire-tor Renato Paniago, que contou com apoio irrestrito das agências digitais.A CAD tem como missão represen-tar os interesses das Agências Di-gitais de Campo Grande, podendo ampliar para Mato Grosso do Sul, fomentando o desenvolvimento,

normatização, consolidação, acultu-ramento, representatividade e pro-fissionalização do mercado corpora-tivo de soluções digitais em Campo Grande. Destacam-se as ações em consultoria, capacitação, ação políti-ca e compartilhamento de informa-ções e desenvolvimento de Internet.O Regimento prevê ainda que “A responsabilidade civil e jurídica da CAD/ACICG será da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande que tem sede e foro na ci-dade de Campo Grande, Estado de Mato Grosso do Sul, sito à R. XV de novembro, n.º 390, Centro, podendo manter escritório técnico-adminis-trativo em qualquer outra localidade, e/ou credenciar câmaras em qual-quer Município, Estado ou País, se e quando necessário à consecução de

seus objetivos.”O mandato dos membros do Conse-lho Consultivo será por um biênio. O Conselho Consultivo é o órgão de representatividade institucional da entidade, constituído por 15 mem-bros representantes das empresas parceiras da ACICG, podendo cada uma indicar um suplente.

Estas são as empresas parceiras fundadoras:Catwork Tecnologia, Cazper Studio, Superbiz Internet, Mais empresas, Dothcom Consulto-ria Digital, Magoweb, Before TI, Gestão Ativa, TAG3; Click5 – Marketing e Soluções Interativas, OK Consultoria, Shape Web, Jera Software Ágil, Radig Soluções em TI e ClickBairro.

AC

ICG

Page 11: Revista Acao Comercial Edicao 15

Agosto 2010 | 11

CONCILIAÇÃO REVISTA AÇÃO COMERCIAL | ANO 3 | Nº 15

CBMAE/ACICG realiza mutirão em Sidrolândia

Por iniciativa da Associa-

ção Empresarial de Si-

drolândia (AESIDRO),

com apoio da Câmara

de Mediação e Arbitra-

gem de Campo Grande (CBMAE/

ACICG), foi realizado, no dia 7 de

agosto, o Mutirão de Conciliação de

Sidrolândia. O Mutirão teve como

coordenadores Claudemir Liuti Jú-

nior, Diretor Técnico da CBMAE/

ACICG, e José Carlos Domingos de

Oliveira, presidente da AESIDRO.

“Com a presença de seis conciliado-

res, o Mutirão de Conciliação obteve

um resultado excelente, iniciando a

expansão desse importante trabalho

realizado pela Câmara de Mediação

e Arbitragem de Campo Grande”,

comentou o advogado Claudemir

Liuti Júnior.

As conciliações envolveram princi-

palmente regularização de dívidas de

consumo, com pagamentos feitos na

hora ou parcelados, redução de ju-

ros e diversos facilitadores. A inten-

ção foi devolver estes consumidores

para o mercado, pois puderam ter

seus nomes limpos, além de auxilia-

rem as empresas a ajustar seus caixas

de inadimplência.

Para o Presidente da Associação de

Sidrolândia, José Carlos Domingos

Oliveira, “algumas pessoas tiveram

dificuldade em entender o que é a

conciliação, mas agora faremos um

trabalho pós-mutirão para aumen-

tar o aproveitamento no próximo.

Tenho certeza que vai ser cada vez

melhor e que as pessoas vão enten-

der a importância da conciliação”.

Ele explica ainda que “o número pa-

rece baixo, mas o resultado foi ótimo

se pensarmos no tamanho da

cidade e considerarmos que foi a

primeira experiência”.

• 11 casos atendidos;

• 11 conciliações frutíferas;

• Valor das negociações: R$ 9.170,00;

• 17 empresas atendidas.

Page 12: Revista Acao Comercial Edicao 15

12 | Agosto de 2010

ECONOMIA

Mais investimentos e consumo

>Avanço de 6,5% no PIB do País, em 2010, deve

refl etir em maior injeção de recursos por parte do

poder público e aumento nos gastos familiares

OProduto Interno Bruto

(PIB) de 2010 será pu-

xado por um avanço de

20,4% nos investimentos

e de 6,6% no consumo

das famílias, além do aumento do

ritmo de execução do Programa de

Aceleração do Crescimento (PAC).

As projeções constam no relatório

“Economia Brasileira em Perspecti-

va”, divulgado pelo Ministério da Fa-

zenda. Ainda de acordo com o docu-

mento, o consumo do Governo deve

ter elevação mais modesta, de 2,8%.

Com isso, a economia brasileira deve

crescer 6,5% neste ano. O relatório

informa que o País retomou o ciclo

de expansão sustentável. A demanda

interna foi responsável pela recupe-

ração rápida da economia depois da

crise mundial, com avanço de 9,1%.

Essa alta compensou satisfatoria-

mente a queda de 2,6% verificada na

demanda externa.

O crescimento da renda e do empre-

go foi apontado como responsável

pelos ganhos. O Ministério da Fazen-

da projeta criação de 2,2 milhões de

vagas formais até o fim do ano, além

do maior salário mínimo real (des-

contada a influência da inflação) nos

últimos 20 anos (com valores compu-

tados em dólares, para comparação).

Segundo o documento, o crescimen-

to do mercado de trabalho e da mas-

sa salarial seguirá constante.

O Governo estima que o processo de

expansão da classe C continuará nos

próximos anos.

A fatia social, que atualmente re-

presenta 103 milhões de brasileiros,

deve chegar a 113 milhões em 2014.

O relatório da Fazenda mostrou que

as classes C e D já superam a B em

poder de consumo.

Page 13: Revista Acao Comercial Edicao 15

Agosto 2010 | 13

Frente do Comércio Varejista comemora fi m do monopólio

REVISTA AÇÃO COMERCIAL | ANO 3 | Nº 15CARTÕES DE CRÉDITO

Presidente em exercício da

Frente Parlamentar Mis-

ta do Comércio Varejista

no Congresso Nacional,

o deputado Guilherme

Campos (DEM-SP), na palestra

de abertura do 20º Congresso da

CACB, deu ênfase aos avanços do

projeto de normatização do uso do

cartão de crédito, cujo principal ob-

jetivo é permitir preços diferencia-

dos nas vendas à vista.

De acordo com o parlamentar, a fa-

tura do cartão de crédito, em muitos

casos, é muito maior do que a fatura

dos impostos a pagar pelo critério

da Lei Geral.

“Isso é uma anomalia que deve ser

corrigida para que essa relação en-

tre a empresa e os cartões de cré-

dito seja mais concorrencial e não

exclusiva de dois grupos apenas”,

observou. “Os preços embutidos no

valor final dos produtos chegam a

custar de 10% a 12% mais caro, em

virtude das taxas abusivas cobradas

pelas administradoras de cartões de

crédito, o que dificulta a vida do va-

rejista e do próprio consumidor.”

Campos lembrou que a formação

da frente veio preencher um vazio

porque os comerciantes, lojistas, mi-

cro e pequenos empresários desse

segmento representam 60% do Pro-

duto Interno Bruto do País e não ti-

nham uma representação forte den-

tro do Congresso Nacional.

Com a frente, poderemos criar me-

lhores condições de defesa e apoio

ao desenvolvimento e crescimento

do setor, por meio de projetos de lei

que tornem mais justas as questões

fiscais e tributárias que sobrecarre-

gam a atividade, além de melhorar

as condições de relacionamento

com os consumidores. A frente foi

criada com 209 deputados e cerca

de 40 senadores.

Gilbert

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Page 14: Revista Acao Comercial Edicao 15

14 | Agosto de 2010

COMÉRCIO EXTERIOR

ACICG incentiva ampliação de comércio com o Chile

Dez empresários do nor-

te do Chile vinculados

ao setor de serviços lo-

gísticos e também de

entidades governamen-

tais, foram recebidos por diretores

da ACICG em reunião de diretoria

da entidade.

Os empresários vieram a Campo

Grande para estabelecer relaciona-

mento comercial com empresários

locais, visando futuras negociações

de importação e exportação de mer-

cadorias e serviços entre os dois paí-

ses. A reunião foi agendada para que

os empresários chilenos apresen-

tassem seus serviços, visando uma

maior aproximação entre empresas

de MS e a região norte do Chile.

Representando empresas estabele-

cidas em Iquique, cidade portuária

chilena com 220 mil habitantes, os

empresários apresentaram produtos

e serviços de: Sagemar Forwarding

S.A, Lexwall, ITI - Iquique Terminal

Internacional S/A , Empresa Portua-

ria Iquique, Zona Franca de Iquique

S/A, Cámara de Comercio de Iqui-

que, Servicio Agrícola y Ganadero

de Chile.

Um dos assuntos em pauta foi a

implantação definitiva da rodovia

transoceânica ligando Santos, no

Brasil, a Iquique, no Chile, passando

por Mato Grosso do Sul.

Os Presidentes Luiz Inácio Lula da

Silva, Sebastián Piñera, do Chile, e

Evo Morales, da Bolívia, têm encon-

tro marcado na primeira semana de

novembro, para uma cerimônia re-

pleta de simbolismo: a inauguração

do Corredor Bioceânico Central,

que deverá ligar o porto de Santos

ao de Iquique, no Chile, passando

pelo departamento (Estado) boli-

viano de Tarija, que faz fronteira

com Argentina e Paraguai. “É um

corredor de 3,8 mil quilômetros, com

implicações importantes para a in-

tegração da região”, disse o ministro

das Relações Exteriores do Chile,

Alfredo Moreno.

Os empresários chilenos apresenta-

ram o processo de cadeias de pro-

dução para o Brasil a possibilidade

de exportar com tarifa zero para a

Ásia (China e Coreia do Sul como

exemplos); os custos de transpor-

te Overlan, os custos do porto de

Iquique (Puerto Privado) e o custo

de envio.

O grupo daquele país mostrou as

vantagens de realizar as exportações

do Brasil para a China (Xangai) e

também as importações provenien-

tes da China para o Brasil usando o

que o Chile tem acordos de comércio

livre com os dois países.

Estão sendo propostas alianças

estratégicas, que são feitas hori-

zontalmente na cadeia produtiva

(insumos-processo-canal de distri-

buição) de uma área definida, a fim

de tirar partido das vantagens tarifá-

rias que o Chile oferece, porque tem

Livre Comércio (TLC) com mais

de 56 países, atingindo assim mais

de 4.000 milhões de consumidores,

representando 87% do PIB mundial.

EmEmEmEmEmEmEEmEmEEmmmmprprprprprprprppppp eseseseseseseseseseseee árárárárárárárárárárárrráárioioioiooiioiioioioos ss s s ss sssssssss chchchchchchchchchchcchhchc llililiilililenenenenenenenenenenennososososososososss ffffffffforororororororororo amamamamamamamammmm rrrrrrrrrreeeeecccccceceeccccccee ebebebebebebebebebbbbbbbbebebebebbebebebebebebebeebeebebebebeebeebebbeebebbebbbebbbiddididdiddddddddiddddidddididddididdiddiidiiddidiiidididdidididddddddddiddidddddddiddddddddddddosososososososossososososososososososoosoosoosoosoososososososososososssooosssosooosssosoosossosooos eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeemmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm m mm ererererererererreeeerererereerrereeeerereerereerreererererreeerererrerereererereunununununununununununununununuunununuununuununununununununununnununnunununiãiãiãiãiããiãiããããiãiããiããããiãiãiãiãiããiãiããããiãããiãããiãiãiããiããiãiãiãiãiãiããoooooooooooooo dededdeddedede DDDDDDiririririri eteteteetettororororrriaiaiaiia dddda aa a ACACACACCACCCCAA ICCCCICCCCCICCCICCCG.G.GG.

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AC

ICG

Os empresários chilenos deixaram na ACICG um DVD com informações a res-peito de Iquiqui e suas atividades empresariais ligadas ao comércio exterior. Os DVDs estão à disposição dos associados da ACICG, que poderão retirar cópia na secretaria da presidência da entidade.

Page 15: Revista Acao Comercial Edicao 15

Agosto 2010 | 15

Palestrante comportamental, MMestran-do em Administração de Empresas, Pós-graduado em Gestão de Peessoas, Bacharel em Comunicação Soccial e mágico profissional. Autor do livro “Menos pode ser Mais” e do DVD com o tema “Comprometimento como fatoorde Diferenciação”.

Visite o site: www.dalmir.com.bbr

*Dalmir Sant’Anna

REVISTA AÇÃO COMERCIAL | ANO 3 | Nº 15ARTIGO DALMIR

Preciosas dicas para gerar maior resultado

nas reuniõesDalmir Sant’Anna*

Em um mercado de trabalho cada vez mais dinâmico, as divergências e os conflitos são características naturais, pois os desacordos de ideias,

opiniões e posicionamentos fazem parte do comportamento individual do ser humano. Passam a ser ingre-dientes fundamentais prezar pela objetividade de assuntos, organiza-ção, pontualidade e respeito aos par-ticipantes durante uma reunião. São elementos essenciais que geram au-mento da troca de informações, bem como, o intercâmbio de experiências para favorecer positivamente na coe-rente tomada de decisões. Coloque as seguintes dicas em prática e conquis-te maior comprometimento nos acor-dos firmados durante uma reunião.Realizar o convite com antecedência – Por permitir rápida comunicação, o convite para participar de uma reu-nião de trabalho pode ser encami-nhado através de um e-mail. Entre-tanto, é fundamental observar que, antes de apertar o botão “enviar”, será necessário destacar o assunto principal da reunião. Revisar atenta-mente a mensagem, observar a data, o local e o horário para evitar equí-

vocos. A presença de pessoas relacio-nadas ao conteúdo é imprescindível e, desta maneira, além de solicitar a confirmação de leitura da mensagem, lembre de incluir uma pergunta so-bre alguns dos itens que fazem parte do conteúdo da reunião. O objetivo é forçar o destinatário a responder sua pergunta e, paralelamente, com-preender o assunto a ser abordado, o horário de início e local da reunião.A participação revela interesse pelo assunto – Como a pior decisão é não adotar decisão alguma, a participação com sugestões, opiniões e aponta-mentos durante uma reunião de tra-balho revela interesse pelo assunto e permite constatar pró-atividade em gerar resultados. Além de improduti-vo, ficar conversando paralelamente com outro colega durante uma reu-nião demonstra desinteresse. Quan-do um fato como este ocorrer, chame o participante pelo nome, através de um ato gentil, com o objetivo de ge-rar uma mudança de atitude. Se você

foi convocado para participar de uma reunião, lembre que suas ideias e sugestões são importantes. Neste sentido, valorize sua participação e observe os benefícios de saber ou-vir com maior atenção, escrever o que você assumiu e falar no momen-to apropriado.Não seja prejudicado pelo tempo – Pela ausência de um planejamento e de uma sequência cronológica dos as-suntos, o tempo esgota rapidamente e metade dos assuntos acaba não sen-do comentado. Para evitar que sua reunião seja prejudicada pelo tempo, programe um período para cada as-sunto. Compartilhe os assuntos para evitar que algum participante se tor-ne o centro das atenções ou se omita sobre o assunto em pauta. É impres-cindível realizar o registro dos assun-tos que foram abordados, mesmo que sejam somente os tópicos, para no fu-turo não ouvir de algum participante a expressão: “Eu não sabia nada so-bre este assunto”.Com o objetivo de realizar uma reu-nião de trabalho mais produtiva e participativa utilize uma breve dinâ-mica, mas cuidado com a disposição do ambiente, para não colocar ne-nhum participante em situação cons-trangedora. Ao enviar o convite aos participantes, enalteça o motivo da reunião e busque coibir não ser pre-judicado pelo andamento de outros que não fazem parte da programação. Se você valoriza seu tempo, não des-perdice o tempo de outras pessoas. Neste sentido, lembre que ao parti-cipar de uma reunião, outras pessoas deixarão de fazer outras atividades. Fortaleça sua organização com as di-cas apresentadas e faça a diferença.D

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ação

Page 16: Revista Acao Comercial Edicao 15

16 | Agosto de 2010

PESSOAS

>O entusiasmo para a vaga de emprego é o terceiro item de maior peso na avaliação de um candidato durante um processo de contratação

Entusiasmo do candidato é o terceiro item de maior peso para contratação

De acordo com pesqui-

sa realizada pela Catho

Online, em uma esca-

la de um a 17, onde um

é mais importante e 17

menos importante, o item recebeu

nota média de 6,2, ficando atrás ape-

nas da experiência técnica anterior

relacionada ao cargo (5,2) e da for-

mação acadêmica (5,5), conforme

é possível observar na tabela

a seguir:

Experiência técnica anterior relacionada ao cargo

Formação acadêmica

Entusiasmo do candidato

Relacionar-se bem com os outros

Resultados alcançados anteriormente

Reputação das empresas em que trabalhou

Estabilidade empregatícia

Experiência anterior em supervisão de pessoas

Aparência pessoal

5,2

5,5

6,2

6,5

6,9

7,5

8,3

8,4

8,5

MédiaItens Importância dos fatores nos processos seletivos

Page 17: Revista Acao Comercial Edicao 15

Agosto 2010 | 17

AvaliaçãoSegundo a consultora de RH (Re-

cursos Humanos) da Catho Online,

Daniella Correa, a avaliação do en-

tusiasmo do candidato em relação

à vaga oferecida geralmente é feita

durante a etapa presencial do pro-

cesso seletivo, por meio de dinâmicas

e das atitudes do profissional, como

o horário de chegada, postura em

sala, desenvolvimento da entrevista,

entre outros.

Além disso, explica ela, é possível

identificar o entusiasmo do candida-

to antes mesmo do primeiro contato.

“Seja pela elaboração do currículo

cadastrado, pela maneira que atende

o selecionador ao receber o contato

e pelas perguntas que realiza sobre a

oportunidade, até o tempo que leva

para retornar alguma solicitação

(teste online, por exemplo), é pos-

sível identificar o grau de interesse

pela vaga”, diz Daniella.

Prepare-seDiante disso, orienta a consultora,

antes de ir à entrevista de emprego, o

candidato deve se preparar, tomando

as seguintes atitudes:

• Estude sobre a empresa e seus ser-

viços e mostre que está bem infor-

mado sobre assuntos relacionados à

empresa na qual quer trabalhar;

• Saiba como as pessoas da empresa

se vestem e tente se vestir de acordo;

• No dia da entrevista, chegue no

horário marcado ou um pouco antes,

sabendo com quem vai falar;

• Durante a entrevista, desligue o

celular e cuide da postura, evitando

deitar ou ficar debruçado;

• Participe das atividades/dinâmi-

cas em grupo e ouça o selecionador

com atenção.

REVISTA AÇÃO COMERCIAL | ANO 3 | Nº 15

ASSOCIADOS

Resultados de testes de inteligência, competência, etc.

Nível salarial

Idade

Estabilidade familiar

Capacidade de usar a internet

Fluência em outro idioma

Experiência em empresas multinacionais

Número de promoções anteriores

9,3

9,3

9,8

10

10,3

10,4

10,6

10,9

Fonte: Catho Online

MédiaItens Importância dos fatores nos processos seletivos

Page 18: Revista Acao Comercial Edicao 15

18 | Agosto de 2010

VENDAS

Varejo deve fechar 2010 com crescimento recorde

O comércio varejista brasi-leiro deve encerrar o ano de 2010 com um volume de vendas 10,4% maior- crescimento que, se con-

firmado, seria recorde e representaria o melhor ano para o varejo desde 2007, quando as vendas tiveram alta de 9,7%.A previsão é da Confederação Nacio-nal do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e foi feita com base na análise do resultado da Pesqui-sa Mensal do Comércio, divulgada pelo IBGE.“O principal condicionante de im-pacto sobre as vendas foram os pre-ços no varejo, uma vez que os dados do mercado de trabalho e de crédito vieram fracos em junho: a massa de rendimentos cresceu apenas 0,5% e o crédito ao consumidor, com ajuste

sazonal, 0,3%”, afirma Fábio Bentes, da Divisão Econômica da CNC.

Primavera/VerãoOs lojistas da área de vestuário já co-meçam a exibir nas vitrines peças da temporada primavera-verão. Depois do Dia dos Pais, é hora de dar espaço para modelos leves e coloridos. A es-tratégia é usada tanto pelos atacadis-tas que têm pressa em oferecer o que será tendência, quanto pelos varejis-tas. Aliada às liquidações de inverno, a troca de coleção é um chamariz para atrair consumidores e ampliar as vendas. As lojas apostam na cam-panha de verão, sem deixar as roupas mais pesadas de lado. O consumidor final acaba comprando peças da nova coleção e levando uma de inverno também por causa dos descontos. A expectativa é de que as vendas da co-

leção primavera-verão aumentem en-tre 5% e 8% neste ano, em relação ao mesmo período do ano passado.“As pessoas sentem vontade de com-prar o que será novidade. Uma forte tendência da primavera-verão está nas peças românticas, com estampas florais, babados e tons claros”, afirma uma especialista na área de varejo. No entanto, na cartela da nova tempora-da há espaço também para cores for-tes, como azul, verde limão, vermelho, amarelo, laranja e pink. Nos cálculos da Associação Brasileira do Vestuá-rio (Abravest), das 6 bilhões de peças produzidas por ano no País, 5 bilhões são da coleção primavera-verão. Se-gundo a Associação Brasileira da In-dústria Têxtil e de Confecção (Abit), o segmento como um todo deve fa-turar US$ 50 bilhões neste ano, ante US$ 47 bilhões apurados em 2009.

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Page 19: Revista Acao Comercial Edicao 15

Agosto 2010 | 19

Page 20: Revista Acao Comercial Edicao 15

20 | Agosto de 2010

CADEIA FARMA

Div

ulg

ação

Page 21: Revista Acao Comercial Edicao 15

Agosto 2010 | 21

REVISTA AÇÃO COMERCIAL | ANO 3 | Nº 15

>O objetivo foi discutir critérios de reajuste de

preços de remédios no Brasil.O segmento afi rma que a

redução seria possível se os tributos baixassem

ço dos medicamentos, como a ado-

ção de uma alíquota única do ICMS

e a expansão do programa Aqui

Tem Farmácia Popular, que incen-

tiva as redes privadas de farmácias

a vender uma cesta de medica-

mentos com preços mínimos pagos

pelo Governo.

“Isso fez, forçosamente, o preço

puxar para

baixo, onde o

consumidor

entra com

apenas 10%

do valor des-

se preço de

referência. O

que aumen-

tou o acesso

ao medi-

camento e,

consequente-

mente, houve uma redução em toda

a cadeia desses produtos que estão

no programa”, explicou Álvaro. A

Anvisa considera que os preços dos

medicamentos no Brasil não são ca-

ros, se comparados aos praticados

na maioria dos países. O ICMS tam-

bém foi apontado pelo represen-

tante da Agência como um entrave

para o setor, mas sob o aspecto da

guerra fiscal entre os Estados e o

DF. Segundo o gerente do Núcleo

de Assessoramento Econômico em

Regulação da Agência Nacional de

Vigilância Sanitária, Pedro José Ber-

nardo, os entes federativos oferecem

benefícios variados para os distri-

buidores de remédios, o que incen-

tiva o transporte de medicamentos

por diversas regiões do País.

AComissão de Segurida-

de Social e Família da

Câmara dos Deputados

realizou audiência públi-

ca para discutir a compo-

sição dos preços de medicamentos

no Brasil e os critérios de reajuste

da Agência Nacional de Vigilância

Sanitária (ANVISA). Os deputados

se reuniram com

representantes

da Confedera-

ção Nacional

do Comércio de

Bens, Serviços e

Turismo (CNC),

da Anvisa e da

Associação dos

L a b o r a t ó r i o s

F a r m a c ê u t i -

cos Nacionais

( A L A N A C ) .

O deputado, Dr. Rosinha (PT-PR),

autor do requerimento, presidiu

a audiência.

Para os convidados, os preços dos

medicamentos no Brasil poderiam

ser mais baratos se a carga tribu-

tária incidente sobre o setor fosse

menor. Segundo Serafim Branco

Neto, Gerente Executivo da Alanac,

em média 36% do preço pago pelos

remédios no País são destinados aos

cofres públicos, por meio de tribu-

tos incidentes em várias etapas da

cadeia, da produção à comercializa-

ção dos remédios.

O setor varejista também sofre com

a carga tributária. Representando a

CNC, o Vice-presidente do Sinco-

farma/ DF, Álvaro da Silveira Júnior,

sugeriu medidas para reduzir o pre-

Em média 36% do preço pago pelos remédios no País são destinados aos

cofres públicos, por meio de tributos incidentes.

Page 22: Revista Acao Comercial Edicao 15

22 | Agosto de 2010

Até o fim do ano, 1 milhão

de trabalhadores da eco-

nomia informal deverão

se cadastrar na Previ-

dência Social como Em-

preendedores Individuais, estimou

o ministro Carlos Eduardo Gabas.

Segundo ele, há um trabalho em con-

junto com o Ministério do Desenvol-

vimento, Indústria e Comércio Ex-

terior (MDIC), o Serviço Brasileiro

de Apoio às Micro e Pequenas Em-

presas (Sebrae) e outros órgãos, para

alcançar a meta.

Esse mesmo trabalho, de acordo com

EMPREENDEDORES

Previdência quer atrair 1 milhão para formalidade

>Trabalhadores informais que podem se

cadastrar como Empreendedores Individuais

e contribuir para a Previdência

AB

r

Page 23: Revista Acao Comercial Edicao 15

Agosto 2010 | 23

Gabas, permitiu, neste ano, a for-

malização de 450 mil trabalhadores.

Estão no grupo de trabalhadores

informais que podem se cadastrar

como Em-

p r e e n d e -

dores In-

dividuais e

c o n t r i b u i r

para a Pre-

vidência, jar-

dineiros, ca-

beleireiros,

manicures,

piscineiros,

e n c a n a d o -

res, gessei-

ros, moto-

boys, transportadores de carga,

dentre outros.

O ministro destacou que “muita

gente não se cadastrou porque não

sabe que pode, pagando apenas R$

61,50 mensais ao Instituto Nacional

do Seguro Social (INSS): receber

amparo, em caso de doença, in-

clusive quanto ao recebimento de

auxílio-doença, e candidatar-se, no

futuro, à aposentadoria”. O minis-

tério quer promover uma melhoria

quanto à questão tecnológica para

que seu portal na internet possa

fazer a adesão dos trabalhadores

online. Pelos

cálculos, isso

permitirá à

Previdência

atrair 10 mi-

lhões de tra-

balhadores

que estão

na informa-

lidade.

O Presiden-

te do Se-

brae, Paulo

O k a m o t o ,

afirmou que “a imprensa pode de-

sempenhar papel importante mos-

trando a esse público os benefícios,

em forma de crédito e assistência

técnica, ao registrar-se como traba-

lhadores no INSS”. O Presidente do

INSS, Waldir Simão, assumiu a meta

de promover ações para a educação

previdenciária, a fim de conscienti-

zar o empreendedor individual so-

bre as vantagens da adesão.

REVISTA AÇÃO COMERCIAL | ANO 3 | Nº 15

Conforme balanço de 8 de junho do Ministério do Desen-volvimento, Indústria e Comércio Exterior, existem no País 311.124 trabalhadores formalizados. Poderá entrar em vigor, já no início de 2011, a ampliação do teto da receita bruta anual do Simples Nacional, que subiria de R$ 240 mil para R$ 360 mil (para microempresas) e de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões (pequenas empresas). Outra proposta pretende elevar o teto da receita bruta anual do Empreendedor Individual de R$ 36 mil para R$ 60 mil, e criar o Simples Rural, para diminuir o índice de informalida-de no setor, que hoje chega a 80%, de acordo com o Institu-to Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

AUMENTO DE TETO

O ministério quer aprimorar seu portal na internet para que a adesão dos trabalha-dores seja feita online. Isso

permitirá à Previdência atrair 10 milhões de

trabalhadores informais.

Page 24: Revista Acao Comercial Edicao 15

24 | Agosto de 2010

Superintendente da Base Centraliza-dora da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Publicado na revista Consumidor Moderno.

*Roseli Garcia

ARTIGO ROSELI

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ulg

ação/A

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P

Seu crédito de volta. Será?

Roseli Garcia*

Qualquer pessoa que possui uma conta de e-mail ou par-ticipa de alguma rede social, certamente já recebeu uma mensagem do tipo “tenha

seu crédito de volta” ou “limpe seu nome com facilidade”. A última abor-dagem que recebi anunciava que, por uma quantia inferior a R$ 50,00, seria possível limpar o nome em 10 dias, sem advogados, 100% dentro da lei e sem precisar pagar a dívida. A mensagem ainda prometia a entrega de um chamado “manual do devedor eficaz”, se é que existe algum mérito nesse tipo de eficácia.Muita gente me pergunta se isso é possível. Eu respondo: “Não”. Não é possível limpar o nome ou excluir o registro do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) sem pa-gar a dívida.Atualmente, os recursos de comuni-cação, por meio de mensagens eletrô-nicas - a chamada comunicação viral ou SPAM - vêm facilitando um novo tipo de golpe contra o consumidor, com ofertas milagrosas de recupera-ção do crédito das pessoas, propon-do a exclusão do nome do SCPC. Os oportunistas ofertam o serviço de realizar uma faxina nos registros de dívidas em nome do consumidor, em troca de um depósito bancário. O valor cobrado individualmente é pe-queno. Mas, considerando a quanti-dade de pessoas abordadas por essas ações via SPAM, ao final, o golpista acaba obtendo uma excelente receita.O consumidor, por sua vez, tem no crédito o principal instrumento para poder adquirir bens. Além disso, mui-tas vezes utiliza o crédito para com-pra de gêneros de primeira necessi-dade, em um ritual mensal de uso do cartão de crédito para o abastecimen-

to de sua residência. Ele é sensibili-zado ainda por ofertas, promoções e campanhas para incentivar as com-pras, em um mundo onde o crédito e o consumo estão por todo o lado. Quando se vê privado dessa facilida-de, cheio de dívidas, fica vulnerável a ofertas mirabolantes e, embora des-confiem que algo está errado, alguns acabam sucumbindo.O fato é que não há como qualquer empresa ou pessoa realizar nenhuma exclusão do SCPC ou liquidar a dívi-da em qualquer empresa, sem antes realizar a quitação da dívida. Mesmo que haja uma disposição para nego-ciação por parte da empresa em que o consumidor deve, é necessário que haja o pagamento de uma parcela do acordo para que o nome seja regula-rizado. Deste modo, para que o nome permaneça fora do SCPC, é preciso pagar todas as parcelas da renego-ciação. Não há milagres. As empresas que oferecem a exclusão da dívida com esse procedimento “facilitado” estão, na realidade, enganando os consumidores, servindo-se de uma si-tuação para tirar proveito.Além disso, os oportunistas sabem que, raramente, o consumidor irá tomar alguma atitude contra os enganadores. Afinal, como ele po-deria reclamar de um registro de dívida que é real e cujo pagamen-to não foi efetuado? Como ele irá encontrar o golpista? Perseguindo um e-mail marketing?É importante saber que o melhor é realizar o velho e bom planejamento

financeiro. Esse planejamento preci-sa ser realista e considerar o dinheiro que está disponível, para ser utilizado no pagamento das prestações men-sais. Se houver várias contas, o con-sumidor deve fazer um plano para liquidar uma conta por vez, evitando frustrações. Afinal, não adianta rene-gociar a dívida e depois não suportar o pagamento das parcelas. Tradu-zindo: a prestação tem que caber no bolso. Esse é um processo difícil, que exige muita disciplina.O consumidor deve fazer do crédito seu aliado. Depois, deve disseminar seu aprendizado. Educar seus fami-liares para o crédito responsável é sadio. Compartilhar as boas práticas em sua rede social, falar com seus amigos virtuais é ajudá-los a praticar o crédito consciente.

Page 25: Revista Acao Comercial Edicao 15

Agosto 2010 | 25

REVISTA AÇÃO COMERCIAL | ANO 3 | Nº 15DINHEIRO

Anecessidade de obtenção

de níveis adequados de

poupança doméstica, pú-

blica e privada, como for-

ma de garantir um desen-

volvimento equilibrado, fica cada vez

mais evidente, observa o economista

da CNC Mario Juan da Silva Leal, no

trabalho técnico intitulado Insufici-

ência de Poupança Doméstica Ame-

aça Crescimento Sustentável. Mas

se países como China, Rússia, Japão,

Índia e Coreia do Sul, grandes deten-

tores de reservas internacionais são

também grandes poupadores, a baixa

taxa brasileira é preocupante e si-

naliza medidas de aperto fiscal para

2011, avalia Mario Juan.

“Os 16% de taxa de poupança em

relação ao Produto Interno Bruto

(PIB) verificados no Brasil têm sido

claramente insuficientes para fazer

frente à aquisição do estoque atu-

al de reservas internacionais, que se

situa em torno de US$ 250 bilhões”,

afirma o economista. Como conse-

quência, o governo precisou emitir

mais moeda e títulos de dívida públi-

ca do que seria necessário na presen-

ça de uma poupança mais robusta.

Com níveis de poupança interna mais

altos, o País evitaria uma valorização

excessiva de sua moeda e viabiliza-

ria a emissão de nova dívida pública

em condições mais favoráveis. “Sem

poupança interna em volume sufi-

ciente para evitar uma valorização

ainda maior do real, o Brasil enfren-

ta uma dificuldade adicional de des-

controle fiscal, que o leva a realizar,

por meio da emissão de novos títulos

públicos, uma antecipação de recei-

tas, sacando hoje, e de maneira cada

vez mais intensa, sobre suas poupan-

ças futuras”, explica o economista da

Divisão Econômica da CNC.

Para Mario Juan, devemos nos prepa-

rar para um futuro com forte aperto

fiscal e monetário. “A crise do euro

e os Pigs (sigla em inglês que agrupa

Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha)

está aí para nos mostrar que ignorar

a questão fiscal não traz resultados

sustentáveis para as economias. Isso

se aplica também à maior das eco-

nomias, os EUA, onde o governo de

Barack Obama já trata como estraté-

gico o objetivo de conter seus gastos

fiscais”, observou. As restrições fis-

cais que deverão sobrevir a partir de

2011 representarão, segundo Mario

Juan, um resgate das práticas sanea-

doras que nortearam a edição da Lei

de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Influenciada pelo ambiente econô-

mico de transparência fiscal que, na

época de sua aprovação, marcava a

Europa, os Estados Unidos e o pró-

prio Brasil, a LRF contribuiu para

consolidar a estabilidade econômica

brasileira. “Esse dispositivo, que está

completando 10 anos e foi responsá-

vel por completar de forma brilhante

o arcabouço institucional da política

econômica, revela-se mais importan-

te a cada dia que passa, validando

com sobras todo o desgaste político

enfrentado a partir de 1994 para ga-

rantir a estabilidade”, afirma no arti-

go o economista da CNC, lembrando,

ainda, que a lei ajudou a potenciali-

zar os efeitos positivos do processo

de privatização.

(Matéria publicada na revista CNC Notícias)

Brasil precisa ampliar poupança

interna>PIB insufi ciente para garantir

desenvolvimento sustentável do País forçará aperto fi scal em 2011

Page 26: Revista Acao Comercial Edicao 15

26 | Agosto de 2010

Page 27: Revista Acao Comercial Edicao 15

Agosto 2010 | 27

CAFÉ EMPRESARIAL

mais de dez mil empreendedores já passaram pelo Programa de Capaci-tação. “Nosso trabalho é contínuo e sabemos que esses empresários estão tendo bons resultados, como cresci-mento e diminuição de prejuízos”, disse o palestrante. Elton Lívio Pet-terle também coordenou o Projeto Carajás da Companhia Vale do Rio Doce e o Projeto de Duplicação da Cenibra (Empresa de Celulose).Ele será o palestrante do 6º CAFÉ EMPRESARIAL que a Associa-ção Comercial realizará no dia 30 de setembro.

Quando chegou a ter uma pe-quena empresa, Elton Lívio Petterle enfrentou muitas dificuldades, apesar da ex-periência na qualificação

como engenheiro civil e na admi-nistração de grandes projetos, comoo Carajás. Aplicava as técnicas e ferramentas que conhecia, e com elas, era capaz de tocar grandes projetos, mas na pe-quena empresa precisava de muitos auxiliares. Ao tentar simplificar essas ferramentas, chegou a um modelo que favoreceu o pequeno empreen-dedor, propiciando resultados espe-taculares para o seu negócio.Naquele momento, resolveu trans-formar esse conhecimento, fruto de uma pesquisa de oito anos com mais de mil e quinhentos empreendedores, em algo útil e eficaz. Estava nascendo o IDEBRASIL, de uma história pes-soal de seu presidente.Partindo da experiência no convívio

com mais de 10 mil empresas, Elton Lívio Petterle, empresário, consultor, Especialista em Gestão de Micro e Pequenas Empresas, palestrante, pesquisador e Presidente do IDE-BRASIL estará falando aos empre-sários de Campo Grande a respeito do Programa de Capacitação de Gestão de Empresas que já foi apli-cado em mais de dezessete Estados, através do Curso de Desenvolvimen-to Empresarial (CDE), que está sen-do realizado em Campo Grande com apoio da Escola de Varejo da ACI-CG. Em doze anos de IDEBRASIL,

REVISTA AÇÃO COMERCIAL | ANO 3 | Nº 15

Div

ulg

ação

O ideal do empreendedor

CAFÉ EMPRESARIAL

Data: 30 de setembro • Horário: 7h30

Local: ACICG - Rua XV de Novembro, 390

Fone: (67) 3312-5020 / 3312-5021

SERVIÇO

Page 28: Revista Acao Comercial Edicao 15

28 | Agosto de 2010

TRABALHO

Uma das questões que

mais despertam inte-

resse em relação ao

futuro é identificar as

profissões que estarão

no topo das demandas das socieda-

des modernas. Numerosos estudos

têm sido realizados, como assinala

o economista da Confederação Na-

cional do Comércio (CNC) Antonio

Everton Chaves Junior, no trabalho

técnico intitulado As profissões doFuturo. E é possível identificar uma

convergência no que se refere às áre-

as com maior potencial, entre elas

Meio Ambiente, Medicina, Energia,

Engenharia e Lazer.

Por trás desse movimento estão as

vertiginosas transformações tecno-

lógicas e as mudanças nas formas de

produção e nos padrões de consumo,

em constante evolução para atender

um número cada vez maior de con-

sumidores. Para Antonio Everton, as

profissões do futuro são aquelas que,

acompanhando as mudanças sociais

e econômicas, apresentarão soluções

de problemas ligados ao envelheci-

mento, estresse, escassez de recursos

naturais, agressão ao Meio Ambien-

te, corrida espacial, entre outros.

As palavras-chave serão segurança

e qualidade de vida. “São temas re-

correntes, cujas soluções merecem

aprofundamento do conhecimento

científico e da formulação de po-

líticas públicas”, assinala o econo-

mista. “O crescimento das cidades

traz inúmeros problemas e confli-

As profi ssões que vão construir o futuro

>Áreas com maior potencial são aquelas

que contribuirão para melhorar a qualidade de

vida da população e proteger o Meio Ambiente

Page 29: Revista Acao Comercial Edicao 15

Agosto 2010 | 29

REVISTA AÇÃO COMERCIAL | ANO 3 | Nº 15

tos na distribuição do espaço e

no atendimento às necessidades

dos residentes”.

Antonio Everton cita estudo feito

pela consultoria britânica FastFutu-

re, que ouviu especialistas de 58 paí-

ses em cinco continentes. Intitulado

The Shape of Jobs to Come (Os

tipos de traba-

lho que virão,

em tradução

livre), o estu-

do menciona

a t i v i d a d e s

como policiais

do clima, na-

n o m é d i c o s,

f a r m a g r a n -

jeiros, cirur-

giões para

aumento de

memória, como sendo as pro-

fissões que serão valorizadas,

em razão dos novos paradigmas

tecnológicos de produção e

de comportamento.

No Brasil, o Instituto de Estudos

Avançados Transdisciplinares da

Universidade Federal de Minas

Gerais fez um trabalho semelhan-

te. Algumas carreiras promissoras

seriam gestor de resíduos (ou li-

xólogo), tradutor cultural, cientista

socioambiental, especialista em de-

sastres e epidemias, gestor de cida-

des e organizador de dados.

Para o futuro mais imediato, a re-

tomada do crescimento econômico

que ocorre no Brasil também tem

mobilizado setores do governo e

do empre-

s a r i a d o

na busca

de solu-

ções que

a t e n d a m

à forte

demanda

por mão-

d e - o b r a .

A Fede-

ração das

Indústrias

do Estado do Rio de Janeiro (FIR-

JAN), por exemplo, elaborou suas

próprias projeções, com foco até o

ano de 2015.

A pesquisa apontou a engenharia

como a carreira universitária mais

importante, indicando também ou-

tras de nível técnico como sendo

prioritárias. As áreas ambiental, de

petróleo, de alimentos, petroquími-

ca e florestal foram os destaques.

Por trás desse movimento estão

as vertiginosas transformações

tecnológicas e as mudanças nas

formas de produção e nos padrões

de consumo, em constante evolu-

ção para atender um número cada

vez maior de consumidores.

Page 30: Revista Acao Comercial Edicao 15

30 | Agosto de 2010

Cadê as reformas?

CENÁRIO

Como o Brasil conseguiu

evitar a crise

Dentre os modelos utiliza-

dos nos manuais para en-

caixar a crise mundial, na

palestra de abertura do

20º Congresso da CACB,

realizado em Gramado (RS), “O

mundo pós-crise e o Brasil nele”, o

jornalista Carlos Alberto Sardenberg

afirmou que a crise não pode ser con-

siderada um ‘V’ clássico, ou seja, uma

depressão e uma recuperação rápida.

Mas é o modelo que mais se aproxi-

ma da realidade, apesar do repique

da crise no continente europeu. “Não

é um ‘U’, como aconteceu na crise de

1929, cuja recuperação ocorreu so-

mente em 1936, muito menos um ‘L’,

de recuperação lenta, ou um ‘W’, em

que a melhoria temporária depois da

crise do fim de 2008 será seguida de

uma nova queda”, afirmou.

Dados do FMI que projetam um

crescimento de 4,1% para a econo-

mia mundial, neste ano, contra uma

estimativa anterior de 3,9%, refor-

çam que o ‘V’ é o modelo mais apro-

ximado da crise, segundo o comenta-

rista econômico da TV Globo. Ainda

de acordo com o FMI, a economia

dos Estados Unidos deve crescer

3% neste ano. Enquanto isso, as eco-

nomias emergentes devem liderar

a recuperação global, com previsão

de crescerem em 2010 quase o triplo

da média das economias avançadas.

Sardenberg citou ainda que, segundo

o FMI, países emergentes e em de-

senvolvimento devem crescer 6,3%

neste ano e 6,5% no próximo. Nos

países avançados, a perspectiva é

de 2,3 e 2,4 %, respectivamente. A

China terá novamente o maior cres-

cimento: 10 % neste ano e 9,9% em

2011. Brasil, Índia e Indonésia tam-

bém são citados pelo FMI como pro-

tagonistas de sólidas recuperações.

Como o Brasil conseguiu evitar a cri-

se? Segundo Sardenberg, o Brasil e

os demais países emergentes apren-

deram com as crises anteriores e pas-

saram a acumular reservas. “Quando

terminou o ano de 2008, os emergen-

tes tinham US$ 1 trilhão de reservas

internacionais. No caso do Brasil, a

virada nas contas aconteceu porque

o País deixou de ser carente de dó-

lares e passou a acumular reservas

graças aos saldos comerciais.”

O País pode passar mais quatro anos sem reformas? Poder pode, mas

vai crescer menos. Do jeito que está, pode crescer 4,5%, 5%. Mas para

crescer de forma elevada e embalar o crescimento, precisa de reformas.

Sem reformas, o Brasil não corre risco de aumentar o déficit, como da

Previdência por exemplo? Se o Governo não fizer as reformas, ele de-

verá aumentar os impostos ou reduzir os investimentos. Não tem saída.

Qual foi a maior omissão do Presidente Lula nos seus dois mandatos?

Foi não ter aproveitado a onda favorável e não ter tocado em nenhu-

ma reforma importante, sem qualquer dúvida. Esse é o ponto, Lula

não avançou em nenhuma reforma importante. Se a inércia continuar,

o País regride, é claro.

Page 31: Revista Acao Comercial Edicao 15

Agosto 2010 | 31

Page 32: Revista Acao Comercial Edicao 15

32 | Agosto de 2010