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University of Brasilia
Economics and Politics Research Group–EPRG
A CNPq-Brazil Research Group http://www.econpolrg.com/
Research Center on Economics and Finance–CIEF Research Center on Market Regulation–CERME
Research Laboratory on Political Behavior, Institutions and Public Policy–LAPCIPP Master’s Program in Public Economics–MESP
Graduate Program in Economics–Pós-ECO
Polo Industrial de Manaus e Desempenho Socioeconômico: Uma Análise de Componentes
Principais no Período de 2002 – 2015
Rogério da Cruz Gonçalves (UCB) Philipp Ehrl (UCB)
Economics and Politics Working Paper 98/2019 May 8th, 2019
Economics and Politics Research Group Working Paper Series
POLO INDUSTRIAL DE MANAUS E DESEMPENHO SOCIOECONÔMICO:
UMA ANÁLISE DE COMPONENTES PRINCIPAIS NO PERÍODO DE 2002 – 2015
Rogério da Cruz Gonçalves1 Philipp Ehrl2
Universidade Católica de Brasília – UCB3
Resumo
Este trabalho faz uma análise econômica do modelo de desenvolvimento regional Polo
Industrial de Manaus (PIM) utilizando a técnica Análise de Componentes Principal para agrupar
diversas variáveis de acordo com sua variação e similaridade com a finalidade de construir
indicadores de Desempenho Socioeconômico de Manaus e de Desempenho do PIM, para o
período 2002 a 2015. Os resultados mostram que existe forte associação positiva entre o
Indicador Renda e Atenção Primária à Saúde e o Indicador de Desempenho do PIM. Em
contraste, o desempenho da atividade do PIM não contribuiu para o Indicador Educação e
Saneamento.
Palavras-chave: Análise de Componentes Principal, Indicadores, Zona Franca de Manaus
Classificação JEL: O12; R11; R58
Abstract
The present paper provides an economic analysis of the industrial development model Polo
Industrial de Manaus (PIM) using the Principal Component Analysis technique to group
several variables according to their variation and similarity with the purpose of constructing
indicators of Manaus’ socioeconomic performance and Performance of the PIM for the period
2002 to 2015. The results show that there is a strong positive association between the Indicator
for Income and Primary Health Care and the PIM performance. In contrast, the PIM activity
did not contribute to the Indicator for Education and Sanitation.
Keywords: Principal Components Analysis, Indicators, Manaus Free Trade Zone
JEL Classification: O12; R11; R58
1 [email protected] 2 [email protected] 3 SGAN 916 Módulo B Avenida W5 – Asa Norte, Brasília – DF, 70790-160
2
1 INTRODUÇÃO
Uma questão muito importante que há tempos tem despertado o interesse dos policy
makers e estudiosos da área de políticas públicas é a problemática do desenvolvimento regional
e, especificamente, a redução do hiato do desenvolvimento socioeconômico entre as regiões
brasileiras, a exemplo das Regiões Norte e Nordeste.
Diante dessa demanda, inúmeros foram os trabalhos que abordaram este tema e, outros
tantos ainda o farão, uma vez que existem lacunas a serem preenchidas.4 Contudo, é
significativo assinalar que, mesmo entre os formuladores de políticas públicas, existem dúvidas
sobre qual política implantar, a temporalidade da mesma, as formas de financiamento e os
benefícios dessas intervenções para as sociedades por elas tratadas.
O estado do Amazonas é conhecido nacionalmente e internacionalmente por sua
dimensão geográfica, suas riquezas naturais e, também, pelo modelo da Zona Franca de Manaus
(ZFM), criado pela Lei nº 3.173 de 06 de junho de 1957, e operacionalizada para promover o
desenvolvimento da região amazônica, por meio da renúncia fiscal à produção nos três setores
da economia: o agropecuário, o industrial e o de serviços. O Polo Industrial de Manaus (PIM),
está instalado na capital e trouxe, junto com as empresas de transformação, crescimento
populacional com consequências significativas sobre os indicadores socioeconômicos do estado
como um todo.
A exemplo de outras cidades brasileiras, o processo de urbanização dos municípios do
Amazonas e, principalmente de Manaus, tem ocorrido de forma intensa e desordenada. De
modo geral, o PIM apresenta uma atratividade de pessoas que impulsiona a expansão urbana e,
por vezes, para a ocupação de áreas ou arranjos de moradias, que apresentam restrições ou são
inadequados. Ademais, outras demandas sociais, associadas às elevadas taxas de crescimento
populacionais são observadas: segurança, educação, saúde, transporte, infraestrutura, dentre
outras, que o aparelho estatal não atende com qualidade e quantidade adequadas.
Com efeito, este estudo tem o objetivo de analisar o desempenho socioeconômico de
Manaus, decorrentes dos incentivos fiscais federais à título de renúncia fiscal à produção no
PIM, no período de 2002 a 2015.
4 Kimura Junior et al (2018) reitera que os clusters industriais funcionam como fontes de promoção da evolução
tecnológica com possibilidade de impactar de forma positiva o desenvolvimento regional por meio do crescimento
conjunto dos elementos da sua rede de empresas onde esses vários elementos que o compõem podem se relacionar
de diferentes maneiras.
3
Especificamente, (1) utilizou-se a técnica Análise de Componentes Principal5 (ACP)
para agrupar um conjunto amplo de variáveis de acordo com sua variação e similaridade com a
finalidade de construir indicadores de Desempenho Social de Manaus e de Desempenho do
PIM, para o período 2002 a 2015, e; (2) aplicaram-se testes econométricos para verificar a
contribuição da atividade do PIM aos indicadores sociais de Manaus, no período da pesquisa.
Em geral, é preciso notar que, apesar de todos os esforços realizados na construção e
utilização de diferentes indicadores, não há um indicador suficientemente abrangente para
mensurar um processo de desenvolvimento regional em toda sua amplitude. Por conseguinte, o
mais aperfeiçoado ou acabado indicador é incapaz de abarcar a complexidade do
desenvolvimento de um país ou região, pois há uma grande porção de aspectos não
quantificáveis ou de difícil mensuração que precisariam ser considerados (SIEDENBERG,
2011). Destarte, quando alguns aspectos, principalmente de caráter qualitativos, não possam ser
capturados diretamente por um determinado indicador, deve-se adotar indicadores que,
indiretamente, forneçam informações que permitam fazer ilações acerca do comportamento ou
tendência do aspecto de interesse.6
Os resultados da ACP permitiram reter dois componentes para a construção de dois
Indicadores Sociais de Manaus: Renda e Atenção Primária à Saúde (IRAt) e Educação e
Saneamento (IESt), e um componente para a construção do Indicador de Desempenho do PIM
(IDPt). O estudo traz a evolução dos três indicadores que, no período pesquisado, mostraram
consistente tendência de crescimento, porém, não no mesmo ritmo. O indicador Renda e
Atenção Primária à Saúde tem o seu crescimento impulsionado por fatores exógenos que
contribuíram significativamente para o seu desempenho, ao passo que o indicador Educação e
Saneamento tem o seu ritmo de crescimento atrelado às políticas públicas e sua eficácia, cujo
resultado é menos perceptível no curto prazo. O indicador de desempenho do PIM, reflete o
comportamento da economia brasileira, ou seja, quando a atividade econômica do país está
aquecida a local cresce, e cai quando a economia nacional está desaquecida.
Subsequentes análises econométricas mostram que existe forte associação positiva entre
o indicador Renda e Atenção Primária à Saúde e a atividade do PIM. Em contraste, o indicador
5 A ACP permite estimar em que medida a correlação entre as variáveis observadas podiam ser agrupadas em
número menor de variáveis latentes (componentes), proporcionando economia de tempo e melhor ajuste do
modelo. 6 Indubitavelmente, há uma acentuada diferença entre as características dos indicadores do desempenho econômico
e social de uma região. Enquanto a maioria dos indicadores econômicos têm um caráter quantitativo e podem ser
capturados diretamente, os indicadores sociais tem um cunho qualitativo e a sua mensuração é obtida de forma
indireta (variáveis proxies) e a sua utilização, por vezes, são carregadas de subjetividade.
4
Educação e Saneamento e indicador de Desempenho do PIM, são não correlacionados, ou seja,
o desempenho da atividade do PIM não contribuiu para o indicador Educação e Saneamento,
no período da pesquisa.
O trabalho está dividido da seguinte maneira: depois desta seção introdutória, a seção 2
é dedicada a revisão de literatura considerando estudos que analisaram políticas de
desenvolvimento regional e suas estratégias, a exemplo dos distritos industriais. Foca-se,
também, a problemática dos indicadores proxies do desenvolvimento socioeconômico; a seção
3 descreve a metodologia utilizada para a coleta e tratamento dos dados, a qual utilizou a ACP
para a definição das variáveis relevantes para a obtenção dos resultados deste estudo; e na seção
4 serão apresentados e discutidos os resultados obtidos no estudo sobre os efeitos dos incentivos
fiscais à produção no PIM sobre os indicadores proxies do desenvolvimento socioeconômico
do Amazonas. Reserva-se a última seção para a conclusão do estudo.
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Síntese do desenvolvimento regional
A primeira experiência mundial de planejamento regional pode ser considerada como
tendo origem na União Soviética, em 1925, por meio do Plano de Eletrificação Nacional, que
definia a construção de várias usinas hidroelétricas, prevendo seu aproveitamento como base
para o desenvolvimento regional e de sua interligação futura e que, exerceu forte influência
sobre o Plano de Eletrificação de Minas Gerais, elaborado em 1948 e implantado com a criação
da Cemig, a partir de 1952 (DINIZ, 2009). Já na década de 1930, as ideias de Keynes
provocaram alterações na concepção do papel do Estado, que passaram a promover a criação
de políticas de redução das desigualdades regionais e de reordenamento do território em vários
países com a criação de instituições específicas para a implementação dessas políticas, a
exemplo dos Estados Unidos, com a criação do TVA (Tennesse Vale Authority), em 1933, como
parte do New Deal; Cassa del Mezzogiorno, em 1950, política de industrialização para o sul da
Itália.
Na década de 1950, diversos autores dedicaram-se a tentar compreender o fenômeno do
crescimento regional utilizando conceitos de alguma forma relacionados à questão da
aglomeração, dentre os quais, destacaram-se Perroux (1955), Myrdal (1957) e Hirschman
(1958), cujas obras revelaram as influências exercidas por Keynes e por Schumpeter
(CAVALCANTE, 2008). Similarmente, Cargnin (2011), afirma que a partir da metade do
século XX, destacaram-se um conjunto de teorias desenvolvidas com ênfase nas economias
externas e de aglomeração, na polarização da produção econômica e no papel da inovação no
5
sistema capitalista, de base marshalliana, keynesiana e até mesmo com influência
schumpeteriana.
Na concepção de Perroux (1955), a indústria motriz, além de aportar sua contribuição
própria ao crescimento global do produto, também induz em seu ambiente um crescimento que
pode ser atribuído às relações que estabelece com as indústrias movidas. Em sua obra demonstra
que um polo industrial complexo seria capaz de modificar seu “meio geográfico imediato” e
mesmo “a estrutura inteira da economia nacional em que estiver situado”, uma vez que aí se
registram “efeitos de intensificação das atividades econômicas” devidos ao surgimento e
encadeamento de novas necessidades coletivas. Miyoshi (1997) assinala que, pelo menos 28
países chegaram a implementar ou discutir seriamente estratégias de desenvolvimento regional
baseadas nos polos de crescimento de Perroux. Entre esses países, estão incluídos os Estados
Unidos, a França, a Itália, a Rússia – então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas – e o
Brasil (CAVALCANTE, 2008).
Myrdal (1957), argumenta que “o jogo das forças de mercado opera no sentido da
desigualdade”, o que o coloca na contramão das teorias neoclássicas, de acordo com as quais
haveria um processo natural de convergência de renda inter-regional nos países. Usa esse
argumento para advogar em favor da intervenção estatal para conter as forças de mercado, que,
de outra forma, tenderiam a acentuar os níveis de desigualdade regional.
Hirschman (1958), foi o primeiro economista a desenvolver a ideia de encadeamentos
como a espinha dorsal de uma estratégia deliberada de desenvolvimento. Entendia que, os
países retardatários são forçados a um processo de crescimento menos espontâneo e mais
refletido do que o ocorrido nos países onde a expansão primeiramente se verificou. Destarte, o
problema fundamental do desenvolvimento consistia em gerar e canalizar energias humanas na
direção desejada, o que poderia ser para a frente ou para trás. Na sua concepção, encadeamentos
para trás correspondiam a enviar estímulos para setores que forneciam os insumos requeridos
por uma atividade qualquer, enquanto encadeamentos para frente induziam o estabelecimento
de novas atividades que utilizavam o produto da atividade proposta. Assim, a principal fonte de
desenvolvimento seria dada por atividades com alto potencial de gerar encadeamentos,
principalmente encadeamentos para trás, entendendo que os insumos seriam fornecidos pela
região da intervenção (BIANCHI, 2007).
A influência do pensamento keynesiano, também, influenciou a Comissão Econômica
para a América Latina e o Caribe (CEPAL), que introduziu o debate sobre a questão regional
no Brasil, a partir da década de 50, tendo como ênfase a criação de centros complementares
6
visando à industrialização das áreas periféricas e à substituição de importações
(CAVALCANTE, 2008; LIMA e SIMÕES, 2010). A preocupação com o problema regional no
Brasil esteve presente desde o século XIX, embora não tivesse essa denominação, em função
das consequências sociais das secas, no Nordeste, e da necessidade de controle do território da
Amazônia, como retratam as várias comissões e tentativas de políticas realizadas desde aquele
século (DINIZ, 2009). Os exemplos mais conhecidos de desenvolvimento regional vinculado a
renúncia fiscal são os da Sudene para o Nordeste brasileiro e os da Sudam e da Suframa para a
região amazônica e para Manaus (DINIZ, 1995).
2.2 Políticas de desenvolvimento regional e a ZFM
Após a bancarrota da atividade gomífera na região amazônica, em 1912, e diante da sua
potencialidade econômica e estratégica, outras tentativas de ocupação e desenvolvimento foram
implementadas pelo governo, no entanto, não muito exitosas. O modelo de desenvolvimento
regional ZFM representa a mais importante política pública implementada pelo governo na
década de 1960 com o objetivo de promover o desenvolvimento de uma região estratégica para
o país, a Amazônia Ocidental. Segundo Trevisan (2012), o projeto da ZFM visava integrar
economicamente a Região Norte (sobretudo a porção ocidental da Amazônia) ao centro-sul do
país e, ao mesmo tempo, proporcionar efeitos de desenvolvimento no interior da Amazônia
Ocidental.
Em contrapartida, o sistema de incentivos da ZFM, fundamentado na renúncia fiscal,
viabilizou a implantação do polo industrial de Manaus (PIM), especializado em eletrônica de
consumo, cujo faturamento alcançou US$ 9 bilhões em 1990, quando o volume da renúncia
fiscal foi estimado em US$ 2,4 bilhões. Não obstante, a abertura da economia à concorrência
internacional no início da década de 90, ao mesmo tempo em que aumentou a produtividade e
a competitividade da economia nacional, teve um efeito devastador sobre a economia local,
refletida na queda de faturamento em aproximadamente 50% entre 1990 e 1992, recuperando-
se a partir de então (DINIZ, 1995). Contudo, os efeitos do desenvolvimento do modelo não se
difundem uniformemente pelo território, haja vista que, em 2010, o faturamento do PIM foi
superior a US$ 35 bilhões e, ao mesmo tempo, Manaus possuía (e ainda possui) áreas do seu
município dotadas de uma infraestrutura precária (TREVISAN, 2012).
É significativo assinalar que, o modelo trouxe junto com as indústrias de transformação,
oportunidades de emprego e novos negócios na zona urbana, o surgimento de diversos
problemas urbanos decorrentes, em parte, do crescimento populacional. Com efeito, a
população de Manaus saltou de 175 mil habitantes na década de 1960, para 640 mil nos anos
7
1980, em 2000 era 1,4 milhão e, hoje, Manaus possui cerca de 2,1 milhões de habitantes. Esse
crescimento populacional possivelmente houve impactos significativos sobre os indicadores
socioeconômicos da capital do estado do Amazonas, como ainda será avaliado pelo presente
estudo.
Com efeito, a ZFM acelerou os fluxos migratórios para o Amazonas, gerando grandes
consequências positivas e negativas, tanto para a capital que passou a oferecer empregos e
oportunidades de trabalhos, como para os demais municípios do estado que sofreram com o
êxodo rural. Em síntese, a expansão do espaço urbano e, consequentemente, seus impactos
sobre os indicadores socioeconômicos é inerente ao processo de crescimento de todas as
grandes capitais brasileiras. A ausência de planejamento urbano sistemático e a falta de controle
relacionado ao crescimento da cidade ocasionaram sérios problemas sociais. Desde a
implementação da ZFM (1967), a taxa de crescimento populacional em Manaus tem sido uma
das maiores dentre as unidades da federação brasileira. A zona urbana da cidade passa por um
processo de “inchaço populacional”, e não tem mais comportado seu contingente, que cada vez
mais se dirige às zonas periféricas da cidade tomando as áreas chamadas de expansão urbana,
em uma ocupação desordenada, rápida e agressiva, transformando-se em graves problemas de
ordem sociais (NOGUEIRA, SANSON E PESSOA, 2007).
Analogamente ao entendimento de que, para se alcançar o desenvolvimento
socioeconômico o crescimento do produto da economia é necessário, mas não suficiente, a
concentração geográfica e setorial de firmas, supra denominada de distrito industrial, é
elemento básico, mas não garante resultados positivos, automaticamente, para o
desenvolvimento da região onde esteja instalado. Isard (2005), corrobora com esta afirmação
ao enfatizar que, as acentuadas diferenciações regionais e a enormes disparidades no bem-estar
dos povos das diversas regiões do mundo decorrem de um conjunto de variáveis (cultural,
políticas, sociais) e não apenas econômicas que conduzira a este fato, ao longo dos séculos, ou
seja, os diferentes níveis de desenvolvimento observados entre as regiões, não decorrem,
exclusivamente, da capacidade econômica de cada região, mas de outros fatores.
É ponto pacífico que a operacionalização do modelo de desenvolvimento econômico
ZFM, em 1967, e as consequentes implementações é responsável pelas transformações
socioeconômicas (irreversíveis) no estado e, principalmente, em Manaus onde está instalado o
PIM. Nascimento (2004), concorda que com a implantação PIM, veio toda uma
“reestruturação” urbana, prevista no próprio projeto da SUFRAMA, com inúmeros benefícios
para os empresários, para o governo estadual, que se converteu, por outro lado, em uma
8
“desestruturação” urbana concorrendo para o agravamento de diversos problemas sociais, tais
como: moradia, saneamento, serviços de saúde, transporte, dentre outros.
Em suma, instituições multilaterais como OCDE, Unesco, FAO, OIT, OMS, Unicef e
Divisão de Estatística das Nações Unidas, reconhecendo os limites dos indicadores puramente
econômicos, passaram a empreender esforços conceituais e metodológicos para
desenvolvimento de instrumentos de mensuração do bem-estar e da mudança social. Nesse
sentido, um indicador persegue os propósitos de clarificar e definir objetivos, guiar tendências
presentes e futuras respeitantes a objetivos e valores, avaliar programas específicos, revelar
progressos, medir mudanças em condições específicas ou ao longo do tempo, determinar o
impacto de programas e formular propostas alternativas relacionadas com o processo de
prossecução de objetivos (MOURÃO, 2006).
3 ABORDAGEM METODOLÓGICA
Na concepção de diversos autores (PORTER et al., 1998; KIMURA JUNIOR et al.,
2018) os clusters industriais funcionam como fontes de promoção da evolução tecnológica com
possibilidade de impactar de forma positiva o desenvolvimento regional por meio do
crescimento conjunto dos elementos da sua rede de empresas onde esses vários elementos que
o compõem podem se relacionar de diferentes maneiras. Sob a mesma ótica, o PIM é um cluster
instalado em Manaus com incentivos fiscais. O desempenho dos indicadores desse cluster e a
correlação destes, com os indicadores sociais da cidade sede, no período de 2002 a 2015, é o
objetivo deste estudo.
3.1 Base de dados
Os dados utilizados neste estudo, para a construção do indicador de desempenho do PIM
e/ou indicadores proxies do desempenho socioeconômico de Manaus: Cobertura de redes de
abastecimento de água (AGUA); Produto Interno Bruto a preços correntes (PIB); Renda bruta
familiar per capita (REND); Cobertura de esgotamento sanitário (ESG); Taxa de Alfabetização
(ALF) Taxa de urbanização (URB) e o Valor Adicionado Bruto da indústria (VAB) foram
levantados de forma indireta, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD)
realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em uma amostra de
domicílios brasileiros que, por ter propósitos múltiplos, investiga diversas características
socioeconômicas da sociedade. A PNAD é uma pesquisa amostral com periodicidade anual e
abrangência nacional – o que permite a comparabilidade no tempo e no espaço – porém, é
sempre interrompida para a realização da operação censitária. Em decorrência disso, a série
9
estudada apresenta lacuna no ano de 2010, visto que corresponde a um ano censitário e ambas
pesquisas têm diferenças metodológicas.
Os dados sobre os gastos tributários efetivos do governo federal com a ZFM (GTRIB),
a título de incentivo fiscal à produção na área de abrangência do modelo, foram coletados no
sítio da Receita Federal do Brasil (RFB), base efetiva, para o mesmo período dos demais dados.
As informações sobre as atividades do PIM: Média mensal de mão-de-obra ocupada na
indústria (MOP); Número médio mensal de empresas no PIM (NEMP); Participação do salário,
mais encargos, mais benefícios, sobre a receita do PIM (DFAT), no período estudado, foram
levantados indiretamente no sitio da SUFRAMA, autarquia vinculada ao Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior que administra a ZFM.
As informações sobre as taxas de mortalidade infantil (MORT) e taxas de natalidade
(NAT), foram levantadas indiretamente no Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) e de
Nascidos Vivos (SINASC), respectivamente, no sítio do Departamento de Informática do
Sistema Único de Saúde (DATASUS).
A escolha dos dados supracitados se deu, primeiro, por permitir a construção de
indicadores de Desempenho Social de Manaus e de Desempenho do PIM e, segundo, por
permitir a comparabilidade no tempo, ou seja, os dados selecionados estão disponíveis nas
mesmas unidades de medidas, coletados sob as mesmas metodologias e disponíveis para os
anos de 2002 a 2015, exceto para o ano 2010. Na Tabela 1, visualiza-se as definições e algumas
estatísticas descritivas das variáveis socioeconômicas usadas neste estudo.
As seis primeiras variáveis são proxies do desempenho da atividade do PIM. Neste
bloco, é significativo destacar que, o volume dos Gastos Tributários da indústria é um
termômetro adequado da atividade econômica em Manaus e encadeamento desta, sobre outras
atividades nos demais municípios do estado, unidades da federação e países com relações
comerciais com as empresas sediadas no PIM. Entretanto, a expectativa de conseguir uma
colocação profissional no PIM é muito maior do que a probabilidade, ou seja, na Tabela 1,
visualiza-se que apenas 7% (em média) da PEA ocupada de Manaus está empregada no distrito
industrial e custam, em média, 5,7% do faturamento das empresas do PIM, a título de salário,
encargos e benefícios.
10
Entre as variáveis que são proxies do desempenho social de Manaus, merece destaque
a cobertura de redes de abastecimento de água considerada um bom indicador de
desenvolvimento social de uma região. Constata-se que, a maioria dos domicílios da capital
amazonense tinha acesso a água canalizada. Contudo, a baixa variabilidade nas taxas deste
indicador sugere crescimento ínfimo. Infere-se, portanto, algumas causas (1) o crescimento
desordenado da cidade de Manaus, decorrente da atração exercida pelo PIM, aumentou a
demanda por serviços essenciais; (2) no ano 2000, o sistema de abastecimento de água e esgoto
em Manaus foi privatizado em leilão na Bolsa de Valores de São Paulo e com isso, a forma de
alocar os recursos mudou. Nesse contexto, atingir cobertura próxima a 100%, como hoje
acontece em cidades do sul e do sudeste brasileiro deve ser uma meta a ser alcançada em
Manaus.
Tão importante quanto o acesso a água canalizada é a oferta de uma rede de esgoto para
tratamento dos efluentes. Em Manaus, ainda que a taxa de cobertura seja alta, cabe salientar
que essa taxa é elevada porque se considera os domicílios que são ligados a fossas “sépticas”
que não seguem as normas técnicas de construção e infiltração no solo, contaminando o lençol
freático da capital amazonense. Em seu sitio, a concessionaria responsável pelo serviço informa
que, os investimentos para universalização deste serviço serão R$ 2,2 bilhões em 30 anos, com
a construção de nove grandes complexos de estações de tratamento de esgoto. Em médio prazo,
Manaus terá mais de 60% de todo o seu esgoto coletado e tratado, tornando-se assim, referência
nacional em saneamento básico (MANAUS AMBIENTAL, 2018).
Variáveis Descrição Média DesvPad Mín. Máx. Fonte
GTRIB Gastos Tributários Indústria (em bilhões de R$) 3,60 1,91 1,22 6,12 RFB
MPIMMédia Mensal de M.O Ocupada na Indústria (em mil
unidades)98,32 21,20 57,81 122,20 SUFRAMA
NEMP Número médio de empresas por ano (em unidades) 422,50 49,22 346 492 SUFRAMA
DFATParticipação percentual do salário + encargos +
benefícios, sobre o faturamento do PIM (%)5,69 0,82 4,48 6,96 SUFRAMA
PPIMParcela da População Ocupada do AM empregada
no PIM7,04 0,55 6,14 7,71 PNAD/SUFRAMA
VAB Valor Adicionado Bruto Indústria (em milhões de R$) 17,39 6,37 7,77 25,42 PNAD
AGUA Cobertura de Redes de Abastecimento de Água (%) 84,18 3,99 76,34 88,94 PNAD
PIBProduto Interno Bruto a preços correntes (em bilhões
de R$)42,51 17,62 17,76 67,42 PNAD
REND Renda Bruta Familiar Per capita (1 R$) 533,40 212,70 278,20 917,10 PNAD
ESG Cobertura de Esgotamento Sanitário (%) 94,13 1,51 91,82 96,63 PNAD
ALF Taxa de Alfabetismo (%) 94,40 0,68 93,47 95,41 PNAD
MORT Taxa de Mortalidade Infantil (por mil nascidos vivos) 16,28 2,94 13,18 22,77 SIM/DATASUS
NAT Taxa Bruta de Natalidade (por mil habitantes) 22,64 1,38 20,58 25,63 SINASC/DATASUS
URB Taxa de Urbanização (%) 79,92 2,74 76,89 84,02 PNAD
Tabela 1 - Definição das variáveis e estatísticas descritivas
Fonte: Elaborada pelos autores a partir dos dados da PNAD, DATASUS, SUFRAMA e RFB.
11
3.2 Metodologia de análise
A ferramenta empregada para o desenvolvimento desta metodologia é a técnica Análise
por Componentes Principais (ACP), ou como é mundialmente conhecida Principal Component
Analysis. É uma técnica multivariada de modelagem da estrutura de covariância que foi
inicialmente descrita por Pearson (1901) e uma descrição de métodos computacionais práticos
veio muito mais tarde com Hotelling (1933, 1936) que usou com o propósito determinado de
analisar as estruturas de correlação (HONGYU, 2016).
É um dos métodos mais comuns empregados na análise de dados de diversas áreas do
conhecimento (HONGYU, 2016; MINGOTI, 2005), sendo principalmente utilizada pela sua
capacidade de compressão dos dados em função da existência de correlação entre diversas
variáveis medidas, ou seja, o objetivo principal da ACP é o de explicar a estrutura da variância
e covariância de um vetor aleatório, composto de um número de variáveis aleatórias, por meio
de combinações lineares das variáveis originais. Essas combinações lineares são chamadas de
componentes principais (CP) e são não correlacionadas entre si (SANDANIELO, 2008).
Entretanto, segundo Regazzi (2000), apesar das técnicas de análise multivariada terem sido
desenvolvidas para resolver problemas específicos, as mesmas podem ser utilizadas para
redução da dimensionalidade das variáveis, como no caso presente.
O principal passo para a validação do modelo ACP corresponde ao cálculo da matriz de
correlação para a verificação do grau de associação entre as variáveis. O objetivo é ter um ou
mais componentes principais que representem grande parte da variabilidade dos dados.
Seguidamente, é necessário avaliar a medida de adequação da amostragem Kaiser-Meyer-Olkin
(KMO), que indica se a correlação entre os pares de variáveis pode ser explicada por outras
variáveis. De acordo com Aaker et al (2005), só para valores acima de 0,6 é recomendável o
uso da ACP. A seguir é necessário fazer o teste da esfericidade de Bertlett, que testa a hipótese
da matriz das correlações ser a matriz identidade. Para valores inferiores a 0,05 é recomendável
o uso da ACP (MOREIRA, 2007).
O critério adotado, neste estudo, para definir o corte do número de componentes foi o
de Kaiser (1958), que afirma que os componentes com peso adequado para ser retidos são
aqueles com valores maiores que uma unidade, por representar parcela suficiente da variação
total dos dados. Simultaneamente, para ratificar a decisão adotada com base no método de
Kaiser, utilizou-se o Scree Plot ou teste de Cattell (1966) que consiste na observação do gráfico
dos autovalores pelo número de dimensões onde o objetivo é localizar o ponto aonde os
autovalores apresentam tendência linear decrescente (DAMÁSIO, 2012). Neisse e Hongyu
12
(2016), ressaltam que, analisado de forma isolada o Scree Plot pode ser inconclusivo em casos
de fatores não muito bem definidos, então deve ser usado sempre em conjunto com outros
critérios de forma a reafirmar a decisão.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Este estudo se propôs analisar o desempenho socioeconômico em Manaus, no período
2002 a 2015. Na Tabela 2, são apresentados os autovalores, os autovetores, as cargas fatoriais
e as comunalidades dos componentes principais, dos oito indicadores sociais de Manaus, no
período da pesquisa, obtidos por meio da ACP.
Os resultados na Tabela acima, permitem identificar dois componentes principais com
autovalores superiores a 1, que explicam conjuntamente 84,7% da variância total das oito
variáveis iniciais. Similarmente, a distribuição gráfica dos autovalores (critério de Cattell),
Figura 1, converge ao mesmo resultado, ou seja, identificar dois fatores.
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6 CP 7 CP 8
Autovalores 5,007 1,770 0,758 0,219 0,149 0,064 0,023 0,010
Cumulativo 62,6% 84,7% 94,2% 96,9% 98,8% 99,6% 99,9% 100%
Variáveis AGUA PIB REND ESG ALF MORT NAT URB
CP 1 0,316 0,443 0,434 -0,139 -0,076 -0,390 -0,420 0,402
CP 2 0,446 0,021 0,125 0,526 0,580 0,300 0,160 0,238
CP 1 0,708 0,992 0,971 -0,310 -0,169 -0,872 -0,940 0,900
CP 2 0,594 0,028 0,167 0,699 0,771 0,399 0,213 0,317
Comunalidades 0,854 0,985 0,971 0,585 0,623 0,919 0,929 0,911
Tabela 2 - Autovalores, autovetores, cargas e comunalidades dos Componentes Principais dos
Indicadores Sociais de Manaus, 2002 - 2015.
Autovetores
Cargas
Fonte: Elaborada pelos autores a partir dos dados da PNAD, SIM e SINASC
13
Os coeficientes dos autovetores apresentam sinais coerentes com a teoria econômica, ou
seja, os coeficientes das variáveis cuja contribuição para a melhoria do indicador social é maior
quanto mais elevado for o autovetor, apresentaram sinais positivos, ao passo que os coeficientes
cuja contribuição para a melhoria do indicador social é maior quanto menor for o autovetor (a
exemplo da mortalidade e da natalidade) apresentaram sinais negativos e serão utilizados para
ponderar as variáveis (AGUA, PIB, REND, ESG, ALF, MORT, NAT e URB) utilizadas no
cálculo dos dois Indicadores de Desempenho Social de cada ano estudado.
Os modelos econométricos são geralmente definidos pelos dados utilizados na sua
estimação, nomeadamente para calcular os coeficientes do modelo através de uma variedade de
métodos de cálculo possíveis. Neste estudo, as variáveis individuais apresentam
comunalidades, com os dois componentes principais extraídos da ACP, igual ou superior a 0,59,
ratificando a relevância das variáveis ao modelo.
Para ratificar a aplicação da ACP, acrescentou-se aos resultados apresentados na Tabela
2, o teste KMO (Kaiser-Meyer-Olkin) de medida de adequação da amostra. O resultado
expresso nesse teste (0,81) demonstra um valor aceitável para aplicação desta técnica (HAIR,
1987), sendo ratificado pelo teste de esfericidade de Bartlett com significância abaixo de 1%.
Desse modo, com a redução da dimensão de 08 (oito) variáveis originais para dois componentes
01
23
45
Au
tov
alo
r
0 2 4 6 8Fator
Fonte: Elaborada pelos autoesr a partir dos dados da PNAD.
Figura 1 - Scree Plot de autovalores após PCA
14
principais e agrupamento das variáveis segundo a variação de suas características, a técnica
mostrou-se adequada para a composição das equações dos dois indicadores sociais de Manaus.
Os resultados dos testes de correlação entre os autovetores das variáveis (AGUA, PIB,
REND, ESG, ALF, MOR, NAT e URB) agrupados ao primeiro indicador mostra que, com
exceção dos autovetores das variáveis ESG e ALF, são fortemente correlacionadas com o
indicador em tela, ao nível de 1% de significância. Em função dos autovetores mais elevados,
o primeiro indicador foi denominado Indicador de Renda e Atenção Primária à Saúde (IRAt),
cujo valor é obtido da seguinte equação:
IRAt = [AV1AGUA. AGUAt + AV1
PIB. PIBt + AV1REND. RENDt + AV1
ESG. ESGt + AV1ALF. ALFt +
AV1MOR. MORt + AV1
NAT. NATt + AV1URB. URBt]/IRA2002 (1)
AV1AGUA, AV1
PIB, AV1REND, AV1
ESG, AV1ALF, AV1
MOR, AV1NATe AV1
URB, são os coeficientes
do autovetor 1, das variáveis AGUA, PIB, REND, ESG, ALF, MOR, NAT, URB e t indica os
anos entre 2002 e 2015. Para comparar esse índice ao longo do tempo e com outros índices
construídos em seguida, o valor do IRAt é normalizado pelo seu valor em 2002.
A correlação de Spearman para o segundo indicador denominado Educação e
Saneamento (IESt) e os autovetores das variáveis à ele agrupados, mostrou que os autovetores
das variáveis AGUA, ESG e ALF são fortemente correlacionados com o indicador, ao nível de
significância de 1%. Os sinais positivos que precedem os coeficientes dos autovetores das
variáveis em tela, sugerem que aumentos nas taxas de coberturas desses indicadores impactam
positivamente nos indicadores que mensuram a Educação e o Saneamento e, por conseguinte,
na Saúde pública de Manaus. Entretanto, é significativo assinalar que se trata de um indicador
essencialmente estrutural e, por isso, os níveis de melhoria serão menores e perceptíveis
somente no médio e longo prazos. Igualmente, o indicador de Educação e Saneamento é
constituído pela seguinte equação.
IESt = [AV2AGUA. AGUAt + AV2
PIB. PIBt + AV2REND. RENDt + AV2
ESG. ESGt + AV2ALF. ALFt +
AV2MOR. MORt + AV2
NAT. NATt + AV2URB. URBt]/IES2002 (2)
15
A partir das equações (1 e 2) foram construídos os indicadores sociais da cidade de
Manaus, para o período 2002 a 2015 (exceto 2010). A média da soma dos indicadores
supracitados é o Indicador de Desempenho Social de Manaus (IDSt).
Em decorrência do exposto, a evolução dos três indicadores ocorreu de acordo com o
esperado, ou seja, na linha do tempo da pesquisa, esperava-se que todos os indicadores sociais
apresentassem crescimento, o que de fato aconteceu, porém o crescimento ocorreu de forma
desigual. Como pode ser visto na Figura 2, o indicador Renda e Atenção Primária a Saúde, teve
pico de crescimento superior a três vezes o ano de referência, impulsionado pelo crescimento
do produto, da renda familiar e pela consistente tendência de redução das taxas de natalidade e
mortalidade infantil, que reflete, em parte, o efeito de intervenções públicas nas áreas de saúde
e saneamento. Infere-se, portanto, que aumentos no PIB e na renda familiar, associado às quedas
nas taxas de natalidade e mortalidade infantil, melhoram o Indicador Renda e Atenção Primária
à Saúde.
Em síntese, os indicadores sociais (IRAt e IESt) mostraram, no período da pesquisa,
consistente tendência de crescimento, porém, não no mesmo ritmo. O Indicador Renda e
Atenção Primária à Saúde, teve sua taxa de crescimento impulsionada (1) pela taxa de
urbanização muito forte na cidade de Manaus por sediar um polo industrial incentivado que
atrai empresas e pessoas; (2) o crescimento sustentado do PIB municipal foi outro fator
determinante para o crescimento do indicador em epígrafe; (3) a renda familiar per capita,
também, contribuiu para o desempenho do IRAt, que atingiu seu melhor resultado em 2014 e;
16
(4) a persistente queda das taxas de natalidade e mortalidade infantil em todos os anos
pesquisados. O indicador Educação e Saneamento, apresentou taxa de crescimento positivos,
porém, menores que as do IRAt. Como se trata de um indicador estrutural, é significativo
assinalar que, mudanças no nível desse indicador depende de políticas públicas e sua eficácia.
Ademais, os investimentos atuais somente serão refletidos no futuro.
Na Tabela 3, visualiza-se os componentes, os escores, as cargas fatorais e as
comunalidades dos componentes principais, relativos as variáveis originais, submetidas à ACP
para gerar os coeficientes que serão usados na construção dos Indicadores de Desempenho do
PIM, no período de 2002 a 2015.
O método de Kaiser, corroborado pela distribuição gráfica dos autovalores (critério de
Cattell), Figura 3, proporcionaram a identificação de um único fator com valores próprios
superiores a 1 (regra de Kaiser), que explica 81,4% da variância total. O resultado é satisfatório
porque ratifica que todos os indicadores do PIM, sejam eles relacionados ao emprego, ao VAB
ou gastos tributários, reúnem características similares.
Os sinais que precedem os coeficientes dos autovetores são positivos e, portanto,
coerentes com a teoria econômica e serão utilizados para ponderar as variáveis padronizadas
(GTRIB, MPIM, NEMP, DFAT, PPIM e VAB) utilizadas no cálculo do Indicador de
Desempenho do PIM (IDPt) de cada ano estudado.
CP 1 CP 2 CP 3 CP 4 CP 5 CP 6
Autovalores 4,887 0,897 0,117 0,058 0,028 0,013
Cumulativo 81,4% 96,4% 98,3% 99,3% 99,8% 100%
Variáveis GTRIB MPIM NEMP DFAT PPIM VAB
Autovetores 0,444 0,433 0,443 0,435 0,182 0,444
Cargas 0,982 0,956 0,980 0,961 0,402 0,981
Comunalidades 0,964 0,914 0,960 0,924 0,161 0,963
Tabela 3 - Autovalores, autovetores, cargas e comunalidades dos Componentes Principais dos
Indicadores de Desempenho do PIM, 2002 - 2015.
Fonte: Elaborada pelos autores a partir dos dados da PNAD, RFB e SUFRAMA.
17
As cargas fatoriais foram calculadas com base nos autovalores (iguais ou superiores a
uma unidade – critério de Kaiser) são visualizados na Tabela 3 e, com exceção da variável que
representa a parcela da PEA ocupada do Amazonas empregada no PIM (PPIM), são fortemente
correlacionadas com o seu respectivo fator.
As informações referentes a comunalidades, ou seja, a proporção de variância explicada
pelos fatores comuns, são relevantes ao modelo. Excetuando-se a variável PPIM, apresentaram
valores iguais ou superiores a 0,914, ratificando a relevância das variáveis ao modelo.
O resultado expresso no teste KMO (0,774) e Bartlett de esfericidade (p-value = 0,000),
indicam que a ACP é apropriada de acordo com Hair (1987) e Aaker et al. (2005). Destarte, a
compressão de 06 (seis) variáveis originais para um único fator com alto grau de explicação
(0,814) da variabilidade original dos dados, justificam a ACP como adequada e permite instituir
a equação da composição do Indicador de Desempenho do PIM (IDPt) definida de maneira
semelhante às equações (1) e (2).
IDPt = (AV1GTRIB. GTRIBt + AV1
MOP. MOPt + AV1NEMP. NEMPt + AV1
DFATDFATt +
AV1PPIM. PPIMt + AV1
VAB. VABt)/IDP2002 (3)
01
23
45
Au
tov
alor
1 2 3 4 5 6Fator
Fonte: Elaborada pelos autores a partir dos dados da PNAD.
Figura 3 - Scree Plot de autovalores após PCA
18
Na Tabela 4, visualiza-se a evolução de cada indicador desagregado do PIM e do IDPt,
no período da pesquisa, a partir dos quais, é possível fazer inúmeras ilações acerca do modelo
ZFM, do PIM e a contribuição para o desenvolvimento social de Manaus que o sedia. Os gastos
tributários do governo federal com o PIM dependem do ritmo da economia brasileira, ou seja,
quando acelerada os gastos aumentam e o contrário é observado quando a economia desacelera.
Ao longo do período estudado o volume do dispêndio quadriplicou, com quedas pontuais nos
picos de crises. A transição de poder do governo federal na virada de 2002/2003, associada ao
aumento das taxas de juros para conter a inflação decorrente da desvalorização cambial,
diminuíram o nível da atividade econômica, provocando uma queda de mais de 11% dos
benefícios federais. Ainda que, a equipe econômica brasileira tenha adotado as melhores
alternativas disponíveis para blindar o país, a crise do subprime, nos Estados Unidos da
América, teve efeitos negativos sobre a atividade econômica do Brasil e, consequentemente,
sobre a indústria de transformação de Manaus. Os impactos foram evidenciados pela redução
de, aproximadamente, 13% dos gastos federais com o PIM em 2009. A partir desse evento os
repasses do governo federal retoma ao seu curso crescente até 2014, quando a economia do país
foi afetada pelos escândalos de corrupção que culminaram, posteriormente, no impeachment da
presidente. Por certo, o desempenho dos gastos tributários do governo federal com o PIM
indicam a reação de outros indicadores intrinsecamente a ele atrelado.
A renúncia fiscal do governo federal à produção no PIM, atrai empresas de outros países
e demais estados brasileiros ávidas para aumentar o seu lucro. Em contrapartida, geram
ANO AV1GTRIB
.GTRIB AV1MPIM
.MPIM AV1NEMP
.NEMP AV1DFAT
.DFAT AV1PPIM
.PPIM AV1VAB
.VAB IDEt
2002 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
2003 0,89 1,12 1,02 0,97 1,06 1,22 1,04
2004 0,90 1,37 1,06 0,98 0,90 1,45 1,11
2005 1,10 1,55 1,15 1,10 0,96 1,57 1,21
2006 2,00 1,71 1,20 1,21 1,04 1,91 1,29
2007 2,22 1,71 1,18 1,19 1,08 1,97 1,27
2008 2,84 1,85 1,21 1,27 1,10 2,08 1,32
2009 2,47 1,60 1,21 1,26 0,89 2,14 1,28
2011 3,57 2,08 1,29 1,37 1,12 3,23 1,44
2012 3,95 2,08 1,35 1,43 1,10 2,95 1,49
2013 4,39 2,10 1,39 1,36 1,09 3,27 1,53
2014 4,43 2,11 1,42 1,39 1,02 3,19 1,55
2015 4,17 1,82 1,39 1,51 0,94 3,12 1,49
Tabela 4 - Indicadores de Desempenho do PIM, 2002 a 2015.
Fonte: Elaborada pelos autores a partir dos dados da PNAD, SUFRAMA e RFB.
Nota: Os valores foram normalizados dividindo o produto de cada ano pelo produto de 2002, da própria coluna.
19
emprego e renda na capital do Amazonas. Os resultados mostraram que, os gastos tributários,
a mão de obra empregada, o número médio de empresas, a participação dos salários e encargos
no faturamento total do PIM e o valor adicionado bruto da indústria, são fortemente
correlacionados (ρ > 0,85 ao nível de significância 1%). Contudo, os indicadores supracitados
apresentaram, no período do estudo, taxas de crescimento distintos das taxas de crescimento
dos dispêndios federais com o PIM. Os gastos do governo com o PIM cresceu 4 vezes; a
quantidade de empresas que instaladas no cluster industrial menos que duplicou e; o número de
pessoas empregadas nessas empresas, apenas, triplicou.
A comparação entre o valor adicionado bruto e os gastos tributários, não permitem
afirmar que o comportamento do primeiro (VAB) decorre dos gastos tributários, pois mesmo
em períodos que os gastos diminuíram (2003 e 2009) o VAB teve um comportamento distinto,
ou seja, não acompanhou a queda dos gastos. Esse indicador retrata a capacidade que uma
atividade econômica tem de gerar riqueza e, no período da pesquisa, cresceu 212%.
Os resultados mostram que os custos com mão-de-obra (salários, encargos e benefícios)
das empresas sediadas no PIM aumentou, no período de 2002 a 2012, 43%. Muito abaixo dos
264% da indústria brasileira, no mesmo período (CRESPO, 2014). Em suma, os empregos
gerados pelas empresas beneficiadas com os incentivos fiscais à produção demandam baixa
qualificação e, consequentemente, a renda deles decorrentes são proporcionais ao nível de
escolaridade exigido.
Conforme mencionado na parte introdutória deste estudo, além da construção e análise
da evolução dos indicadores sociais de Manaus e de desempenho do PIM, tem-se como objetivo
verificar se, de fato, a atividade do PIM contribuiu para a performance dos indicadores sociais
de Manaus, no recorte temporal da pesquisa. Para isso, realizou-se os testes de Spearman e para
o caso em que o resultado mostrou correlação entre as variáveis testadas, foi realizado o teste
de causalidade de Granger para identificar se o Indicador de Desempenho do PIM causa o
desempenho dos Indicadores Sociais de Manaus, ou vice-versa. Em seguida, para determinar o
poder de explicação da variável de influência, foi realizada a análise de regressão linear dos
indicadores supracitados.
O resultado do teste Spearman (𝜌 = 0,9286) é relativamente alto, indicando correlação
positiva e forte entre os indicadores IRAt e IDPt. Conclui-se, portanto, que ao nível de 1% de
significância, existe forte associação positiva entre os indicadores. Entretanto, correlações nada
dizem sobre a questão da causalidade, por isso, foi realizada uma análise de precedência
20
temporal ou causalidade de Granger para verificar a existência de causalidade e a direção de
sua ocorrência.
O teste de causalidade de Granger assume que a informação relevante para a predição
das respectivas variáveis X e Y está contida apenas nas séries de tempo sobre essas duas
variáveis. Dessa forma, uma série de tempo estacionária X causa, no sentido de Granger, uma
outra série estacionária Y se melhores predições estatisticamente significantes de Y podem ser
obtidas ao incluirmos valores defasados de X aos valores defasados de Y (CARNEIRO, 1997).
Preliminarmente ao teste de causalidade de Granger, realizou-se o teste Dickey-Fuller
Aumentado (ADF) que trabalha com a hipótese nula (H0) de presença de raiz unitária para o
IRAt. O resultado do teste (p-valor = 0,8312), sugere não rejeitar H0, ou seja, o IRAt possui raiz
unitária. Igualmente, o teste Phillips-Perron (PP) converge ao mesmo resultado, ou seja, não
rejeitar a hipótese de existência de raiz unitária. Adotando uma diferença e refazendo o teste,
rejeita-se H0. Tal qual ao IRAt, procedeu-se os testes para o IDPt. Os resultados observados em
ambos os testes sugerem, também, não rejeitar H0, i.e., existe a presença de raiz unitária. Após
uma defasagem o resultado dos testes ADF e PP, em primeira diferença, com p-valor = 0,003,
sugerem rejeitar H0.
Considerando uma defasagem, a hipótese nula (H0) testada em Granger é que IDPt não
causa IRAt. Os resultados apontados pelo teste, indicam supostamente que os valores passados
do IDPt não contém informações úteis para prever as variações que ocorrem com o IRAt, ou
seja, não rejeita-se H0 em nível de significância de 10%. Já a hipótese que IRAt não Granger-
causa IDPt pode ser rejeitada (p-valor = 0,012). Logo, ao considerar-se uma defasagem e 10%
de significância, há causalidade de Granger unidirecional de IRAt para IDPt. Similarmente, para
duas, três, quatro e cinco defasagens o mesmo resultado foi observado e se levar em conta seis
e sete defasagens ambas as hipóteses nulas devem ser não rejeitadas a significância abaixo de
1%, indicando não causalidade em ambas as direções.
O coeficiente de determinação da regressão para análise da relação entre os indicadores,
em tela, aponta que 92,5% das variações do IDPt são explicadas pelo IRAt e, apenas, 7,5% são
atribuídas a causas aleatórias. O achado é consistente com o entendimento da Organização Pan-
Hipótese Nula Chi2 Probabilidade
IDPt não Granger-causa IRAt1,2093 0,546
IRAt não Granger-causa IDPt8,8684 0,012
Tabela 5 - Resultado do Teste de Causalidade de Granger com uma defasagem.
Fonte: Elaborada pelos autores a partir dos dados da PNAD, SUFRAMA, DATASUS e RFB.
21
Americana da Saúde ao enunciar que, ações baseadas na Atenção Primária a Saúde são
necessárias para abordar os determinantes fundamentais da saúde da população, mediante a
criação de vínculos sinérgicos entre a saúde e outros setores e atores, tais como escolas, locais
de trabalho, programas de desenvolvimento econômico e urbano, desenvolvimento e comércio
agrícola, fornecimento de água e saneamento, entre outros (OPAS, 2005).
Em contraste, os resultados dos testes de correlação e regressão para IESt e IDPt,
conduzem à conclusões distintas das obtidas na análise anterior. O coeficiente de Spearman (ρ
= -0,039) é relativamente baixo e fora do intervalo de significância (p-valor = 0,901), atestando
que ambos os indicadores são não correlacionados. O coeficiente de determinação aponta que,
somente 0,08% da variabilidade do IESt pode ser explicada pelo IDPt. Conclui-se, portanto, o
nível deste indicador social independe do desempenho da atividade do PIM.
5 CONCLUSÕES
O estudo permitiu aferir o Desempenho Social em Manaus, que sedia um cluster
industrial incentivado pelo governo federal há mais de cinquenta anos. Os resultados obtidos
mostraram que a análise de componentes principal foi adequada para esta pesquisa ao permitir
a compressão do número de componentes, mantendo o alto poder de explicação da variância
total. Entretanto, algumas variáveis com baixa variabilidade ou correlacionadas com as de
maior importância para o componente principal, foram mantidas no modelo por se tratar de
estudo para verificar o desempenho dos indicadores sociais de Manaus e do desempenho do
PIM, para o período de 2002 a 2015.
Primeiramente, a relevância deste estudo se revela a partir da construção de uma medida
alternativa do desempenho socioeconômico. Os dois indicadores, propostos neste estudo,
agregam vários indicadores socioeconômicos, permitindo avaliar e comparar níveis de
desempenho socioeconômico em espaços, tempo e setores da economia, distintos. Identificou-
se que, a evolução socioeconômica de Manaus pode ser representada de forma integrada por
dois indicadores que denominou-se indicador Renda e Atenção Primária à Saúde e indicador
Educação e Saneamento. Enquanto o primeiro indicador mostrou maior crescimento ao longo
do tempo, o indicador Educação e Saneamento é menos dinâmico.
Segundo, constatou-se que, com exceção do indicador de participação da PEA ocupada,
a evolução dos demais cinco indicadores para a atividade econômica do PIM se mostrou
altamente semelhante. Portanto, o indicador do Desempenho do PIM captura a maior flutuação
dos gastos tributários, mão de obra ocupada, participação da mão de obra no faturamento, valor
adicionado bruto e do número de empresas no PIM.
22
A análise conjunta dos indicadores sociais e de desempenho do PIM, utilizando testes
econométricos, apontou que o indicador de atividade do PIM é fortemente correlacionado com
o indicador Renda e Atenção Primária à Saúde, o último causa o primeiro e explica 92,5% das
suas variações. Em contraste, tanto os coeficientes de correlação quanto o de determinação,
sugerem que o indicador Educação e Saneamento independe da atividade do PIM. Em outras
palavras, os resultados indicam que os gastos tributários, o número de empresas no PIM, etc.
movem-se no mesmo sentido da renda familiar per capita e outros indicadores econômicos de
Manaus, enquanto os indicadores sociais (cobertura de água canalizada, cobertura de rede de
esgoto e taxa de alfabetização) não são influenciados pela atividade econômica do PIM.
A indústria de transformação apresenta uma capacidade de modificar o ambiente ao qual
está conectado. Em Manaus, fez com que a cidade se tornasse um polo atrativo para as empresas
e pessoas em busca de emprego e, consequentemente, responsável pelo crescimento
desordenado da cidade. Neste contexto, a implantação do PIM funcionou como um dos
principais fatores para o homem do campo migrar para a cidade. Embora se reconheça a
importância da intervenção estatal para garantir a alocação de recursos em regiões onde a
dinâmica econômica se revele pouco vigorosa – limitação de atrativos econômicos, tais como
proximidades com o mercado consumidor e fornecedor dos fatores de produção – é necessário
que tais intervenções promovam, além do crescimento econômico, a melhoria na qualidade de
vida da população residente na região tratada pela política.
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The Economics and Politics (CNPq) Research Group started publishing its members’ working papers on June 12, 2013. Please check the list below and click at
http://econpolrg.com/working-papers/ to access all publications.
Number Date Publication
98/2019 05-08-2019 Polo Industrial de Manaus e Desempenho Socioeconômico: Uma Análise de Componentes Principais no Período de 2002 – 2015, Rogério da Cruz Gonçalves and Philipp Ehrl
97/2019 05-01-2019 Efeitos Econômicos da Zona Franca de Manaus, Rogério da Cruz Gonçalves and Philipp Ehrl
96/2019 04-25-2019 Closed Season e Seguro-Defeso:Análise de Incentivos e Avaliação de Impacto, Artur Henrique da Silva Santos, Maurício Soares Bugarin and Paulo Roberto Amorim Loureiro
95/2019 04-18-2019 Rules versus Standards in Developing Countries The Case for Clear and Precise Legal Norms on Eminent Domain Power, Hans-Bernd Schäfer
94/2019 02-20-2019 A influência da reeleição nas políticas fiscais subnacionais, Fernanda L. Marciniuk and Mauricio S. Bugarin
93/2018 12-10-2018 Electronic voting and Public Spending: The impact of enfranchisement on federal budget amendments in Brazil, Rodrigo Schneider, Diloá Athias and Maurício Bugarin
92/2018 12-04-2018 Aplicação da Lei de Benford na Detecção de Jogo de Planilha: O Caso do Estádio Nacional de Brasília, Carlos Alberto Cascão Júnior, Adriana Cuoco Portugal, Mauricio Soares Bugarin and Flávia Ceccato Cunha
91/2018 11-21-2018 Where’d You Get that Idea? Determinants of Creativity and Impact in Popular Music, Bernardo Mueller
90/2018 11-12-2018 A Previdência Complementar é, de fato, Complementar?, Marcos Nihari and Vander Lucas
89/2018 11-05-2018 Sobre Falácias de Moro, Nelson Gonçalves Gomes
88/2018 10-29-2018 Eficiência financeira das concessões de aeroportos no Brasil no período de 2015 a 2016, João Paulo de Castro Carisio Ribeiro, Marcelo Driemeyer Wilbert and Samuel de Resende Salgado
87/2018 10-19-2018 Leilões para conversão de dívida em investimento: Uma proposta da teoria de leilões para implantação dos Termos de Ajuste de Conduta (TAC) da ANATEL, Hélio Maurício Miranda da Fonseca and Maurício Soares Bugarin
86/2018 10-08-2018 Redistribution in Contemporary Japan: A Political Economy Analysis of Ide, Furuichi and Miyazaki (2016)’s “All for All” Fiscal Reform Proposal, Maurício Bugarin
85/2018 08-08-2018 Gestão Fiscal e Despesa de Pessoal: Análise dos Gastos Públicos Estaduais entre 2008 e 2016, Marcos Lima Bandeira, Paulo Augusto P. de Britto and André Luiz Marques Serrano
84/2018 07-11-2018 Atuação do poder legislativo estadual: análise dos incentivos dos deputados estaduais na atividade legislativa, Débora Costa Ferreira, Fernando B. Meneguin and Maurício Soares Bugarin
83/2018 07-04-2018 Eficiência, atratividade e dissuasão de acordos de leniência e combate à corrupção: o caso da Operação Lava-Jato, Rafael M. Gomes, Roberto H. de Aragão Neto, Maurício S. Bugarin and André L. Gama
82/2018 06-28-2018 Ciclos Políticos e Eleitorais na Execução do Programa Bolsa Família em Nível Municipal, Tiago Sousa Pereira, Moisés A. Resende Filho and Vander Mendes Lucas
81/2018 06-20-2018 Análise do IBS como Proposta de Reforma Tributária. Um Estudo Aplicado de Equilíbrio Geral Computável, Nathanael Pereira Costa and Vander Mendes Lucas
80/2017 09-27-2017 Impacto do Programa Ensino Médio Inovador em indicadores educacionais, Luís Felipe Batista de Oliveira and Rafael Terra
79/2017 09-14-2017 Uma Avaliação da Política de Privatização de Aeroportos Brasileira: Uma Abordagem por Controle Sintético, Caio Cordeiro de Resende
78/2017 08-30-2017 Tecnologia e Desempenho Escolar: Uma Avaliação de Impacto do Programa Um Computador por Aluno, Caio Cordeiro de Resende and Ana Carolina Zoghbi
77/2017 08-23-2017 Desregulamentação da franquia de bagagem despachada no Brasil: Uma Análise de Impacto Regulatório, Débora Alves Pereira Bastos, Rodrigo César Bessoni e Silva and Vander Mendes Lucas
Number Date Publication
76/2017 08-16-2017 Análise de Eficiência das IFES no Uso de Recursos Financeiros 2010-2015, Antonio Marcos Correia Melonio and Vander Mendes Lucas
75/2017 08-09-2017 Royalties do petróleo, reeleição e ciclos políticos: um estudo econométrico para as eleições, Eduardo Dornelas Munhoz e Moisés de Andrade Resende Filho
74/2017 08-02-2017 Responsabilidade fiscal, a atuação do Poder Judiciário e o comportamento estratégico dos governantes, Débora Costa Ferreira, Fernando B. Meneguin and Maurício Soares Bugarin
73/2017 07-26-2017 Sustentabilidade da Dívida dos Estados Brasileiros: 2005-2015, Hiromi Cristina Santos Doi and Vander Mendes Lucas
72/2017 07-19-2017 Hotelling’s product differentiation: an infinite-dimensional linear programming approach, Rodrigo Peñaloza
71/2017 06-16-2017 Escola japonesa ou escola brasileira? A inserção dos estudantes brasileiros na escola no Japão, Maurício Soares Bugarin
70/2017 04-17-2017 How the East was Lost: Coevolution of Institutions and Culture in the 16th Century Portuguese Empire, Bernardo Mueller
69/2017 04-10-2017 A reforma política sob o ponto de vista da análise econômica do direito, Pedro Fernando Nery and Fernando B. Meneguin
68/2016 07-14-2016 O dilema entre a eficiência de curto e de longo prazo no ordenamento jurídico e o impacto no crescimento econômico, Fernando B. Meneguin and Tomás T. S. Bugarin
67/2016 05-04-2016 A estrutura de capital de empresas brasileiras de capital aberto: uma análise de seus determinantes, João Pedro Bertani Catrib, Paulo Augusto P. de Britto and André Luiz Marques Serrano
66/2016 04-20-2016 Tests for history dependence in mixed-Poisson growth: Brazil, 1822-2000, and USA, 1869-1996, with an estimate of the world mixing distribution at start-up, Steve De Castro and Flávio Gonçalves
65/2016 04-13-2016 Piketty’s Prediction meets technical progress in Harrod-Domar’s Dynamics and Solow Swan’s Surrogate, Steve De Castro
64/2016 04-06-2016 Análise do impacto da alteração normativa na aposentadoria por invalidez no Brasil, Helvio Antonio Pereira Marinho, Moises de Andrade Resende Filho and Vander Mendes Lucas
63/2016 03-30-2016 Black movement: Estimating the effects of affirmative action in college admissions on education and labor market outcomes, Andrew Francis-Tan and Maria Tannuri-Pianto
62/2016 01-13-2016 Electronic voting and Social Spending: The impact of enfranchisement on municipal public spending in Brazil, Rodrigo Schneider, Diloá Athias and Maurício Bugarin
61/2015 12-02-2015 Alunos de inclusão prejudicam seus colegas? Uma avaliação com dados em painel de alunos da rede municipal de São Paulo, Bruna Guidetti, Ana Carolina Zoghbi and Rafael Terra
60/2015 12-02-2015 Impacto de programa Mais Educação em indicadores educacionais, Luís Felipe Batista de Oliveira and Rafael Terra
59/2015 10-21-2015 Eficiência de custos operacionais das companhias de distribuição de energia elétrica (CDEEs) no Brasil: Uma aplicação (DEA & TOBIT) em dois estágios, Daniel de Pina Fernandes and Moisés de Andrade Resende Filho
58/2015 10-14-2015 Determinantes do risco de crédito rural no Brasil: uma crítica às renegociações da dívida rural, Lucas Braga de Melo and Moisés de Andrade Resende Filho
57/2015 10-07-2015 Distribuição da riqueza no Brasil: Limitações a uma estimativa precisa a partir dos dados tabulados do IRPF disponíveis, Marcelo Medeiros
56/2015 10-01-2015 A composição da desigualdade no Brasil. Conciliando o Censo 2010 e os dados do Imposto de Renda, Marcelo Medeiros, Juliana de Castro Galvão and Luísa Nazareno
55/2015 09-24-2015 A estabilidade da desigualdade no Brasil entre 2006 e 2012: resultados adicionais, Marcelo Medeiros and Pedro H. G. F. Souza
54/2015 09-24-2015 Reciclagem de plataformas de petróleo: ônus ou bônus?, Roberto N. P. di Cillo
53/2015 09-09-2015 A Progressividade do Imposto de Renda Pessoa Física no Brasil, Fábio Castro and Mauricio S. Bugarin
52/2015 07-03-2015 Measuring Parliaments: Construction of Indicators of Legislative Oversight, Bento Rodrigo Pereira Monteiro and Denílson Banderia Coêlho
Number Date Publication
51/2015 06-29-2015 A didactic note on the use of Benford’s Law in public works auditing, with an application to the construction of Brazilian Amazon Arena 2014 World Cup soccer stadium, Mauricio S. Bugarin and Flavia Ceccato Rodrigues da Cunha
50/2015 04-29-2015 Accountability and yardstick competition in the public provision of education, Rafael Terra and Enlinson Mattos
49/2015 04-15-2015 Understanding Robert Lucas (1967-1981), Alexandre F. S. Andrada
48/2015 04-08-2015 Common Labor Market, Attachment and Spillovers in a Large Federation, Emilson Caputo Delfino Silva and Vander Mendes Lucas
47/2015 03-27-2015 Tópicos da Reforma Política sob a Perspectiva da Análise Econômica do Direito, Pedro Fernando Nery and Fernando B. Meneguin
46/2014 12-17-2014 The Effects of Wage and Unemployment on Crime Incentives - An Empirical Analysis of Total, Property and Violent Crimes, Paulo Augusto P. de Britto and Tatiana Alessio de Britto
45/2014 12-10-2014 Políticas Públicas de Saúde Influenciam o Eleitor?, Hellen Chrytine Zanetti Matarazzo
44/2014 12-04-2014 Regulação Ótima e a Atuação do Judiciário: Uma Aplicação de Teoria dos Jogos, Maurício S. Bugarin and Fernando B. Meneguin
43/2014 11-12-2014 De Facto Property Rights Recognition, Labor Supply and Investment of the Poor in Brazil, Rafael Santos Dantas and Maria Tannuri-Pianto
42/2014 11-05-2014 On the Institutional Incentives Faced by Brazilian Civil Servants, Mauricio S. Bugarin and Fernando B. Meneguin
41/2014 10-13-2014 Uma Introdução à Teoria Econômica da Corrupção: Definição, Taxonomia e Ensaios Selecionados, Paulo Augusto P. de Britto
40/2014 10-06-2014 Um modelo de jogo cooperativo sobre efeitos da corrupção no gasto público, Rogério Pereira and Tatiane Almeida de Menezes
39/2014 10-02-2014 Uma análise dos efeitos da fusão ALL-Brasil Ferrovias no preço do frete ferroviário de soja no Brasil, Bruno Ribeiro Alvarenga and Paulo Augusto P. de Britto
38/2014 08-27-2014 Comportamentos estratégicos entre municípios no Brasil, Vitor Lima Carneiro & Vander Mendes Lucas
37/2014 08-20-2014 Modelos Microeconômicos de Análise da Litigância, Fa ́bio Avila de Castro
36/2014 06-23-2014 Uma Investigação sobre a Focalização do Programa Bolsa Família e seus Determinantes Imediatos. André P. Souza, Plínio P. de Oliveira, Janete Duarte, Sérgio R. Gadelha & José de Anchieta Neves
35/2014 06-22-2014 Terminais de Contêineres no Brasil: Eficiência Intertemporal. Leopoldo Kirchner and Vander Lucas
34/2014 06-06-2014 Lei 12.846/13: atrai ou afugenta investimentos? Roberto Neves Pedrosa di Cillo
33/2013 11-27-2013 Vale a pena ser um bom gestor? Comportamento Eleitoral e Reeleição no Brasil, Pedro Cavalcante
32/2013 11-13-2013 A pressa é inimiga da participação (e do controle)? Uma análise comparativa da implementação de programas estratégicos do governo federal, Roberto Rocha C. Pires and Alexandre de Avila Gomide
31/2013 10-30-2013 Crises de segurança do alimento e a demanda por carnes no Brasil, Moisés de Andrade Resende Filho, Karina Junqueira de Souza and Luís Cristóvão Ferreira Lima
30/2013 10-16-2013 Ética & Incentivos: O que diz a Teoria Econômica sobre recompensar quem denuncia a corrupção? Maurício Bugarin
29/2013 10-02-2013 Intra-Village Expansion of Welfare Programs, M. Christian Lehmann
28/2013 09-25-2013 Interações verticais e horizontais entre governos e seus efeitos sobre as decisões de descentralização educacional no Brasil, Ana Carolina Zoghbi, Enlinson Mattos and Rafael Terra
27/2013 09-18-2013 Partidos, facções e a ocupação dos cargos de confiança no executivo federal (1999-2011), Felix Lopez, Mauricio Bugarin and Karina Bugarin
26/2013 09-11-2013 Metodologias de Análise da Concorrência no Setor Portuário, Pedro H. Albuquerque, Paulo P. de Britto, Paulo C. Coutinho, Adelaida Fonseca, Vander M. Lucas, Paulo R. Lustosa, Alexandre Y. Carvalho and André R. de Oliveira
25/2013 09-04-2013 Balancing the Power to Appoint officers, Salvador Barberà and Danilo Coelho
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24/2013 08-28-2013 Modelos de Estrutura do Setor Portuário para Análise da Concorrência, Paulo C. Coutinho, Paulo P. de Britto, Vander M. Lucas, Paulo R. Lustosa, Pedro H. Albuquerque, Alexandre Y. Carvalho, Adelaida Fonseca and André Rossi de Oliveira
23/2013 08-21-2013 Hyperopic Strict Topologies, Jaime Orillo and Rudy José Rosas Bazán
22/2013 08-14-2013 Há Incompatibilidade entre Eficiência e Legalidade? Fernando B. Meneguin and Pedro Felipe de Oliveira Santos
21/2013 08-07-2013 A Note on Equivalent Comparisons of Information Channels, Luís Fernando Brands Barbosa and Gil Riella
20/2013 07-31-2013 Vertical Integration on Health Care Markets: Evidence from Brazil, Tainá Leandro and José Guilherme de Lara Resende
19/2013 07-24-2013 A Simple Method of Elicitation of Preferences under Risk, Patrícia Langasch Tecles and José Guilherme de Lara Resende
18/2013 07-17-2013 Algunas Nociones sobre el Sistema de Control Público en Argentina con Mención al Caso de los Hospitales Públicos de la Provincia de Mendoza, Luis Federico Giménez
17/2013 07-10-2013 Mensuração do Risco de Crédito em Carteiras de Financiamentos Comerciais e suas Implicações para o Spread Bancário, Paulo de Britto and Rogério Cerri
16/2013 07-03-2013 Previdências dos Trabalhadores dos Setores Público e Privado e Desigualdade no Brasil, Pedro H. G. F. de Souza and Marcelo Medeiros
15/2013 06-26-2013 Incentivos à Corrupção e à Inação no Serviço Público: Uma análise de desenho de mecanismos, Maurício Bugarin and Fernando Meneguin
14/2013 06-26-2013 The Decline in inequality in Brazil, 2003–2009: The Role of the State, Pedro H. G. F. de Souza and Marcelo Medeiros
13/2013 06-26-2013 Productivity Growth and Product Choice in Fisheries: the Case of the Alaskan pollock Fishery Revisited, Marcelo de O. Torres and Ronald G. Felthoven
12/2013 06-19-2003 The State and income inequality in Brazil, Marcelo Medeiros and Pedro H. G. F. de Souza
11/2013 06-19-2013 Uma alternativa para o cálculo do fator X no setor de distribuição de energia elétrica no Brasil, Paulo Cesar Coutinho and Ângelo Henrique Lopes da Silva
10/2013 06-12-2013 Mecanismos de difusão de Políticas Sociais no Brasil: uma análise do Programa Saúde da Família, Denilson Bandeira Coêlho, Pedro Cavalcante and Mathieu Turgeon
09/2013 06-12-2103 A Brief Analysis of Aggregate Measures as an Alternative to the Median at Central Bank of Brazil’s Survey of Professional Forecasts, Fabia A. Carvalho
08/2013 06-12-2013 On the Optimality of Exclusion in Multidimensional Screening, Paulo Barelli, Suren Basov, Mauricio Bugarin and Ian King
07/2013 06-12-2013 Desenvolvimentos institucionais recentes no setor de telecomunicações no Brasil, Rodrigo A. F. de Sousa, Nathalia A. de Souza and Luis C. Kubota
06/2013 06-12-2013 Preference for Flexibility and Dynamic Consistency, Gil Riella
05/2013 06-12-2013 Partisan Voluntary Transfers in a Fiscal Federation: New evidence from Brazil, Mauricio Bugarin and Ricardo Ubrig
04/2013 06-12-2013 How Judges Think in the Brazilian Supreme Court: Estimating Ideal Points and Identifying Dimensions, Pedro F. A. Nery Ferreira and Bernardo Mueller
03/2013 06-12-2013 Democracy, Accountability, and Poverty Alleviation in Mexico: Self-Restraining Reform and the Depoliticization of Social Spending, Yuriko Takahashi
02/2013 06-12-2013 Yardstick Competition in Education Spending: a Spatial Analysis based on Different Educational and Electoral Accountability Regimes, Rafael Terra
01/2013 06-12-2013 On the Representation of Incomplete Preferences under Uncertainty with Indecisiveness in Tastes, Gil Riella