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CMYK Páginas A3 e A4 Após decisão do TSE que deferiu o registro do PSD, lideranças do par- tido em Alagoas dão iní- cio às articulações de olho nas eleições de 2012. PSD inicia articulações para eleições de 2012 Página A24 Algumas ruas de Ara- piraca ganharam câme- ras para monitoramen- to como forma de com- bate ao crime. O sistema está na fase de testes. Câmeras vão monitorar as ruas de Arapiraca O dom de reconstruir vidas e as suas histórias Projeto trata dependentes químicos L L JORNA O JORNA O Exemplar de assinante ALAGOAS Dívidas acumuladas Página A27 00h45.........................................0.4 07h04.........................................1.8 13h17.........................................0.5 19h23.........................................1.7 MARÉS MARÉS Maceió, domingo, 2 de outubro de 2011 | Ano XVIII | Nº 317 | Da plantação de inhame para a descoberta da música, Ednaldo Basílio e Josefa dividem o tempo entre a enxada e as aulas de violão no projeto cultural Nas várias comunidades terapêuticas espalhadas pelo Estado, dependentes químicos são submetidos a tratamento para recuperação e reinserção na sociedade Um projeto cultural que leva música para o campo mudou a rotina no Assen- tamento Cavaco, em União dos Palmares. Mais de 40 pessoas, entre crianças, a- dolescentes e adultos, têm aulas de flauta-doce, violão, viola de arco e violino. Ca- da aluno recebeu fardamen- to, instrumento musical e material didático de graça. A única exigência é a fre- quência às aulas. Os alunos se encantam pela musicali- dade ao descobrir nos ins- trumentos talentos desco- nhecidos. Páginas A9 a A11 Projeto leva música para a roça Agricultores tiram algumas horas de folga no cultivo da lavoura para dedicá-las às aulas de violão, viola e violino Retirar o dependente químico do seu convívio e submetê-lo a um trata- mento com psicólogo, as- sistente social e terapeu- ta para reinseri-lo no mer- cado de trabalho. Esse é um dos principais objeti- vos do Projeto Acolhe. Páginas A17 e A20 Fernanda Vasconcellos em “A Vida da Gente” Eco Run movimenta o esporte de Alagoas Didira, agora no Galo O CSA joga hoje, fora de casa, a partir das 15h, contra o União, pela se- gunda divisão. CSA vai enfrentar hoje o União fora de casa Suplemento Os deputados que- rem um duodécimo de R$ 150 milhões para o e- xercício 2012 na Assem- bleia Legislativa. ALE pode ter duodécimo em 2012 de R$ 150 mi Página A2 Alagoano Didira tenta a sorte no Atlético-MG Suplemento Marco Antônio Marco Antônio O meia alagoano Di- dira fechou contrato há duas semanas com o A- tlético-MG e tenta a sorte.

OJORNAL 03/10/2011

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CMYK

Páginas A3 e A4

Após decisão do TSEque deferiu o registro doPSD, lideranças do par-tido em Alagoas dão iní-cio às articulações de olhonas eleições de 2012.

PSD iniciaarticulaçõespara eleiçõesde 2012

Página A24

Algumas ruas de Ara-piraca ganharam câme-ras para monitoramen-to como forma de com-bate ao crime. O sistemaestá na fase de testes.

Câmeras vãomonitoraras ruas deArapiraca

O dom de reconstruirvidas e assuas histórias

Projeto trata dependentes químicos

LLJORNAO JORNAOE

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ALAGOAS R$ 3,00

Dívidasacumuladas

Página A27

00h45.........................................0.4

07h04.........................................1.8

13h17.........................................0.5

19h23.........................................1.7

MARÉSMARÉS

Maceió, domingo, 2 de outubro de 2011 | Ano XVIII | Nº 317 | www.ojornalweb.com

Da plantação de inhame para a descoberta da música, Ednaldo Basílio e Josefa dividem o tempo entre a enxada e as aulas de violão no projeto cultural

Nas várias comunidades terapêuticas espalhadas pelo Estado, dependentes químicos são submetidos a tratamento para recuperação e reinserção na sociedade

Um projeto cultural queleva música para o campomudou a rotina no Assen-

tamento Cavaco, em Uniãodos Palmares. Mais de 40pessoas, entre crianças, a-

dolescentes e adultos, têmaulas de flauta-doce, violão,viola de arco e violino. Ca-

da aluno recebeu fardamen-to, instrumento musical ematerial didático de graça.

A única exigência é a fre-quência às aulas. Os alunosse encantam pela musicali-

dade ao descobrir nos ins-trumentos talentos desco-nhecidos. Páginas A9 a A11

Projeto leva música para a roçaAgricultores tiram algumas horas de folga no cultivo da lavoura para dedicá-las às aulas de violão, viola e violino

Retirar o dependentequímico do seu convívio

e submetê-lo a um trata-mento com psicólogo, as-

sistente social e terapeu-ta para reinseri-lo no mer-

cado de trabalho. Esse éum dos principais objeti-

vos do Projeto Acolhe. Páginas A17 e A20

Fernanda Vasconcellosem “A Vida da Gente”

Eco Run movimentao esporte de Alagoas

Didira, agora no Galo

O CSAjoga hoje, forade casa, a partir das 15h,contra o União, pela se-gunda divisão.

CSA vai enfrentar hoje o Uniãofora de casa

Suplemento

Os deputados que-rem um duodécimo deR$ 150 milhões para o e-xercício 2012 na Assem-bleia Legislativa.

ALE pode terduodécimoem 2012 deR$ 150 mi

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AlagoanoDidira tentaa sorte noAtlético-MG

Suplemento

Marco Antônio

Marco Antônio

O meia alagoano Di-dira fechou contrato háduas semanas com o A-tlético-MG e tenta a sorte.

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A2

JORNALO JORNALO

Domingo, 2 de outubro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

Política

Em projeto, previsão do governo para a Casa no próximo ano é de R$ 134 mi

Alexandre H. LinoRepórter

Nos últimos cinco a-nos, o governo estadualenfrentou problemas paraaprovar o Orçamento naAssembleia Legislativa.Atrasos na votação, recla-mações, emendas retira-das em cima da hora emuito jogo de bastidores.Agora, no ano em que ostucanos conseguiram fe-char um acordo com todosos lados, inclusive, acer-tando reajustes para osPoderes, um novo proble-ma aparece e tem tudopara atrapalhar: os depu-tados estaduais queremmuito mais dinheiro. Atu-almente, o parlamento tra-balha com algo em tornode R$ 120 milhões por ano.A proposta dos tucanospara 2012 é elevar o tetopara R$ 134 milhões. Noentanto, a maior parte dabancada governista e atémesmo alguns nomes daoposição querem que o re-passe totalize os R$ 150milhões.

Na semana que passou,uma reunião debateu o as-sunto e mostrou como oclima está acirrado emtorno do assunto. O pre-sidente Fernando Toledo(PSDB), que foi o primei-ro a acertar o acordo como governo, escutou váriosdeputados reclamando dofuturo indicador, muitosdeles, dizendo que o duo-décimo seria pequeno“para o que se precisa”. Otucano rebateu e apontouque, com o aumento de12% será possível implan-tar o Plano de Cargos eCarreiras dos servidoresdo Legislativo, sempre uti-lizado como justificativapara elevação do Orça-mento da Assembleia. Secomparado, com os 7%que foi repassado aos ser-vidores estaduais emmaio, os deputados saemna frente.

Toledo tentou argu-mentar de que o valor es-taria compatível e permi-tira o bom funcionamen-to da Casa, mas encontroudeputados reclamando deque o congelamento dosúltimos dois anos prejudi-cou a vida no ambienteparlamentar. Os demaisprojetos de lei que tratamdas matérias financeirasdo Estado foram encami-nhados para apreciação daComissão de Orçamentoda Assembleia. Ao Tribu-nal de Contas caberá R$65 milhões. O Tribunal deJustiça terá um orçamentode R$ 275 milhões e oMinistério Público ficarácom R$ 103 milhões.

“Este aumento não ésuficiente. A demanda égrande, cada vez maior, eo governo precisa reconhe-cer que estamos nos em-penhando para crescer-mos. O Executivo aumen-tou o caixa, aumentou aarrecadação, então quetransfira este fluxo para osdemais poderes. Se o Ju-diciário receber mais, farámais, e aqui nesta Casatambém é assim”, desta-cou um deputado, pedin-do para que o nome nãofosse revelado, até que adivergência ganhe maispublicidade. Ele acreditaque devido ao impasse, oOrçamento 2012 só venhaa ser votado em janeiro,emperrando o funciona-mento da máquina esta-dual, assim como aconte-ceu nos anos anteriores.

No Orçamento do Estado em vigor atualmente, duodécimo da Assembleia Legislativa é de R$ 120 milhões

Oposição com PT e PMDB fortalecidaDe um lado Olavo Calhei-

ros, Luiz Dantas e Flávia Ca-valcante, todos do PMDB; dooutro Judson Cabral, RonaldoMedeiros e Marquinhos Madei-ra, do PT. No meio, um únicopropósito: desgastar ao máximoo governo estadual. Este é maisum dos problemas que os tuca-nos vão ter que enfrentar paraconseguir aprovar o Orçamento.Nos últimos cinco anos, o PSDBnão teve uma oposição tão fortedentro da AssembleiaLegislativa e por isso não encon-trou problemas na tramitação.É bem verdade que a bancadagovernista ainda tem amplamaioria com a possibilidade deter mais de 20 votos.

E uma prova disso, foi a mo-vimentação de Calheiros paraatrapalhar a votação dos vetosgovernamentais ao projeto deLei de Diretrizes Orçamentárias.Com isso a apreciação, foi adia-da por duas sessões. “Ao meu

ver, essa é uma matéria comple-xa, porque a mesma Comissãode Orçamento, da qual saiu aredação que ensejou os vetos dogoverno, me parece que mudao parecer e pede a esta Casa quese mantenha os vetos”, justifi-cou Calheiros. Ele disse que avotação não poderia acontecersem a presença do deputadoNelito Gomes de Barros (PSDB),relator do texto, que estava doen-te e não participou da sessão.Assim, a pauta do Legislativosegue trancada. Há duas sema-nas não se vota nada naAssembleia.

Mesmo com o pedido do de-putado - do bloco de oposição -o líder do governo, Edval Gaia(PSDB), tentou colocar o relató-rio em votação, o que terminouficando sem sucesso. “Gostariaque o deputado Olavo Calheirosreconsiderasse, para que pudés-semos votar essa matéria hoje,até porque é importante que a

Casa destranque a pauta e pos-samos votar outros projetos deimportância para o Estado”, ar-gumentou.

Porém, o peemedebista man-teve seu posicionamento, ale-gando que leu atentamente oprojeto original do governo e aredação dos vetos que foramapostos e observou que a reda-ção feita pela Comissão deOrçamento e aprovada pelo ple-nário da Casa é melhor do quea redação original encaminha-da pelo governo. “Seria impor-tante para que pudéssemos de-bater ponto a ponto os princi-pais questionamentos”, expôsCalheiros.

“A LDO é de fundamentalimportância para o desenvolvi-mento do estado, por isso, acre-ditando no bom senso, queriasolicitar ao caro colega com-preensão”, argumentou o tuca-no, sem conseguir impedir o tra-vamento da matéria. (A.H.L.)

Reajustes salariais aumentam conflitoOutro ponto que aumenta

o conflito é relacionado ao rea-juste de salários para os cargosde diretor-geral da AssembleiaLegislativa e de coordenador-geral para assuntos legislativos.O deputado Antonio Albuquer-que (PTdoB) foi o primeiro aquestionar publicamente o pro-jeto. “Faço parte da Mesa Dire-tora e não participei de nenhu-ma reunião nesse sentido e gos-taria de receber explicações”,espetou. A crítica serviu paraexpor que não existe consensoentre os que estão na direçãodo Legislativo.

E faz tempo que Albuquer-que e Toledo vêm se estranhan-do. Os dois que fecharam um a-cordo para concorrer ao coman-do da Assembleia, em feverei-ro, assistiram a relação se des-gastar demais nos últimosmeses. Os dois deputados pra-ticamente divergem todos osdias. Aresistência tem feito comque o presidente se afaste o mí-nimo possível durante as ses-sões, prática que era comum noano passado, quando a vice eraconstantemente assumida porSérgio Toledo (PDT). “Eles nemse falam direito”, adiantou umdeputado da Mesa.

A situação terminou fazen-do com que o presidente Fer-nando Toledo desconfiasse deque o ex-aliado estivesse portrás do travamento do Legis-lativo, com a falta de elaboraçãode um relatório, por parte daComissão de Orçamento. Ele,inclusive, ameaçou designar um

novo relator, caso o texto não fi-casse pronto com celeridade.Albuquerque, então, divulgouuma nota questionando as in-tenções do tucano, e revelandoque foi o próprio Toledo quempediu para que o documentotramitasse lentamente. “Fui in-

formado que o presidente que-ria designar um relator espe-cial para acelerar a tramitaçãodesta matéria, mas foi elemesmo quem pediu para queaguardasse o entendimentocom o governador”, disse Albu-querque. (A.H.L.)

Pauta [email protected]

EU QUEROAo saber que os tucanos pretendem lançar Rui Palmeira (PSDB)

como candidato a prefeito de Maceió, o deputado federal GivaldoCarimbão (PSB) começou a viabilizar um “plano B” para poder en-trar na disputa. Ele conversou com o governador de Pernambuco,Eduardo Campos (PSB), que garantiu sondar outros partidos sobrea possibilidade de viabilizar uma chapa na capital. Campos, que pre-tende entrar na disputa presidencial em 2014, sabe que a legendaprecisa crescer caso queira de fato negociar com o PMDB e o PTpara ter mais espaço em uma futura composição. Dessa forma, nãoseria impossível assistir às três legendas marchando juntas emAlagoas. Mesmo sabendo que hoje os socialistas estão ao lado dostucanos dentro do governo estadual.

ARRANHANDO

A filiação do empresário Ricardo Barreto ao PP acirrouos ânimos em Arapiraca. O senador Benedito de Lira apro-veitou para alfinetar o prefeito Luciano Barbosa. O PP estána composição com o PSB, PSDB e PPS – que pretendemlançar Rogério Teófilo como candidato da oposição.

AZEDOU

O deputado Antonio Albuquerque (PTdoB) não perdeuma chance de espetar o presidente Fernando Toledo(PSDB). Desta vez, ele divulgou uma manobra política queteria sido proposta pelo tucano. Os dois, que até bempouco tempo estavam no mesmo bloco, agora travam umaguerra fria dentro da Assembleia Legislativa.

É SEU

O secretário municipal de Infraestrutura, MosartAmaral, entrou no PMDB garantindo que não será candi-dato a prefeito de Maceió. Com o acordo, ele ganhou apresidência do partido na capital.

VOLTOU

Quem acompanha o Diário Oficial do Estado viuque o sargento Alberto da Silva discretamente foi read-mitido ao quadro de sócios da Caixa Beneficente daPolícia Militar. Ele tinha sido afastado arbitrariamenteem julho, depois de ter sido vitorioso na eleição parapresidência da entidade – indo de encontro a um grupode oficiais.

PRESO

O sargento Ivan Bandeira, segurança do prefeito deTraipu, Marcos Santos, está preso na Superintendênciada Polícia Federal, em Jaraguá. Ele se apresentouespontaneamente e pode virar o elo de ligação para queo prefeito, foragido da Justiça Federal, se entregue.Marcos Santos é acusado de desviar recursos da área deEducação.

QUEIMADO

O presidente estadual do CSA, Jorge VI, está sendomuito criticado pela decisão de colocar o time na se-gunda divisão. A péssima campanha colabora aindamais no número de reclamações.

PSF

A falta de recursos para o Programa Saúde da Fa-mília (PSF), bem como para o financiamento da saúdeno Estado, foi assunto abordado esta semana na Assem-bleia Legislativa pelo deputado Joãozinho Pereira(PSDB). O parlamentar se mostrou preocupado com osrumos do programa, diante da ameaça dos médicos deparalisarem as atividades a partir de amanhã.

PRECATÓRIOS

A corregedora nacional de Justiça, ministra ElianaCalmon, participa, na manhã da próxima quarta-feira,em Maceió, da Semana de Conciliação dos Precatóriospromovida e coordenada pelo presidente do Tribunalde Justiça de Alagoas, desembargador Sebastião CostaFilho. As audiências de conciliação dos precatórios(requisições feitas pelo juiz contra a Fazenda Públicapara que as dívidas sejam pagas aos respectivos cre-dores) começam na manhã de amanhã e prosseguematé quarta, quando a ministra visita a sede do TJ.

DIRETASPor onde anda o ex-sindicalista Milton Canuto? Nome forte

do Sinteal na década de 90, ele nunca mais apareceu nos holo-fotes políticos.

O secretário estadual de Ação Social, Marcelo Palmeira,é o mais novo integrante do PP. Ele deixou o PV.

O ex-deputado estadual Marcos Ferreira garantiu que serácandidato a prefeito em Santana do Ipanema.

O procurador-geral de Justiça de Alagoas, EduardoTavares, foi eleito, por unanimidade, vice-presidente parao Nordeste do Conselho Nacional de Procuradores-Geraisde Justiça (CNPG).

“Eu estou confiante que teremos uma forte banca-da na Casa. Estamos trabalhando para isso e fe-lizes pelas filiações que já fizemos. Estou feliz porintegrar esta nova proposta de política”

Sérgio Petecão (PSD),senador, sobre sua filiação, na últimasexta-feira, ao novo partido

NO ORÇAMENTO 2012

Marco Antônio

Presidente Fernando Toledo enfrenta relação desgastada com seu vice

Deputados querem que ALEpasse a receber R$ 150 milhões

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PSD parte para as articulações de 2012Sigla vai trabalhar na formação de frente com PMDB, PT, PDT, PSB, PCdoB e PRB nas eleições do próximo ano

Gilson Monteiro

Repórter

O Partido Social Democrá-tico (PSD) fecha a sua primei-ra semana de vida com nú-meros vultosos: a legenda co-meça com 49 deputados fe-derais, 2 senadores, 2 gover-nadores e 6 vice-governa-dores. Em Alagoas, o partidojá marca presença em 96 mu-nicípios, com adesão de pre-feitos, vice-prefeitos, verea-dores e pré-candidatos. Umquadro que mexe mais aindacom o xadrez pré-eleitoral de2012, sobretudo após a apro-vação de seu registro, peloTribunal Superior Eleitoral

(TSE) no começo dessa sema-na, o que abre legalmente a ja-nela de 30 dias para entradade filiados vindos de outrospartidos.

Deixando de lado o tomdiplomático, de quando oPSD ainda não havia sido re-gistrado oficialmente, as lide-ranças políticas partem maisabertamente para as articula-ções. Um dos horizontes maisclaros, até o momento, é a for-mação de uma frente paradisputar a prefeitura de Ma-ceió. O grupo, inicialmente,deverá unir o novato PSD -presidido em Alagoas pelodeputado federal João Lyra -ao PMDB de Renan Calheiros;

PT, da presidente DilmaRousseff, PDT do ex-gover-nador Ronaldo Lessa; PSB deKátia Born, PCdoB de Eduar-do Bomfim e o PRB, de Eucli-des Melo.

Augusto Farias, que assu-mirá o comando do PSD nacapital, é quem dá a lista dasopções que o “frentão” deve-rá ter a disposição na hora deformar a chapa para a dispu-ta majoritária. “A costura épara que essa frente lanceuma candidatura forte paraa Prefeitura de Maceió. Enesse cenário temos nomesque despontam como o de-putado federal João Lyra, oRonaldo Lessa e o Mosart

Amaral, secretário municipalde infra-estrutura. Despontatambém o nome do [verea-dor] Galba Novaes (PRB), epor aí em diante”, disse.

Mosart Amaral, que des-ponta como o candidato doprefeito Cícero Almeida, assi-nou ficha de filiação aoPMDB na última sexta-feira.“Essa frente começa a se con-cretizar agora de fato, poisaté o TSE aprovar a criaçãodo PSD, apesar de termos atéentão 99% de certeza de queo partido seria criado, haviaum receio em aderir, muitasficavam reticentes nesse 1%de dúvida”, avalia AugustoFarias.

A3Domingo, 2 de outubro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

Política JORNALO JORNALO

Gilberto Kassab diz que PSD é de centro e independente no Congresso Augusto Farias: “Essa frente começa a se concretizar agora de fato”

Sérgio Petecão deixou o PMN para ingressar nas fileiras do PSD

Flexa Ribeiro, que está no PSDB, foi convidado para a legenda

Kátia Abreu protocolou PEC para pedir Assembleia Constituinte

Deputado Dudu Holanda fica à frente da vice-presidência em Alagoas José Márcio garante que vai disputar as eleições de vereador pelo PSD

Lessa diz que nova legenda “nasce muito forte”O ex-governador Ronaldo

Lessa, que sempre declaroudisposição pelo Executivo mu-nicipal, reforça as avaliaçõesde Farias. “Realmente o PSD,um partido que nasce muitoforte, em aliança com outrospartidos, a exemplo do PDT,forma um grupo muito fortepara definir uma candidaturamajoritária em Maceió. Sem-pre me coloquei à disposiçãopara disputar a prefeitura, masisso passa por um consenso.Tudo vai depender do que

acontecer daqui em diante.Temos o meu nome, o do de-putado João Lyra, que é umnome muito forte, o MosartAmaral, o Galba Novaes, entreoutros”, disse Lessa.

CENTRO - Em sua primei-ra entrevista após a criação dopartido, o prefeito de SãoPaulo e fundador do PSD,Gilberto Kassab, disse que alegenda é de “centro”, o quenão trará interferências na re-lação dos seus filiados no

Congresso Nacional com rela-ção ao governo federal.

“O partido é de centro. Efica claro, como havíamos dito,no lançamento das ideias bá-sicas desse partido, em suapré-fundação, que teríamosuma posição e a nossa posiçãoé de centro. Essa questão decentro é ideológica esta des-vinculada ao apoio ou não aogoverno federal. Em relaçãoao governo federal, nossa po-sição será de independência,para que os parlamentares que

se somaram a esse partido eque já tenham suas posições afavor ou contra continuemtendo essa liberdade. Seriauma incoerência para um par-tido que quer renovar, ser di-ferente, ele impor uma mu-dança da sua conduta. Cadaum continua com suas convic-ções. Porém, é evidente que opartido prepara para formaruma unidade de ação, parachegar com essa unidade em2014”, disse o prefeito de SãoPaulo. (G.M.)

Chapa proporcional vai começar a ser debatidaParalelamente às alianças

articuladas para a formaçãodo “frentão” para disputar amajoritária em Maceió, a dire-ção do PSD no Estado tam-bém começa a costurar as can-didaturas na disputa propor-cional. O pontapé inicial foidado em reuniões no final desemana, conversas que serãoamadurecidas em reuniõesdurante toda esta semana.

Alguns nomes afastados

da cena política há poucotempo devem voltar à dispu-ta migrando para o PSD. É ocaso de José Marcio, ex-vereador, que já confirmou fi-liação ao partido. Nos basti-dores, também surge a possi-bilidade de filiação dos ex-presidentes da CâmaraMunicipal de Maceió e ex-vereadores Arnaldo Fontan eAlan Balbino.

“Estou com João Lyra nes-

sas eleições, e quero voltar àCâmara, me candidatandopelo PSD. Se o deputado JoãoLyra for candidato a prefeitomarcharemos juntos. O parti-do está nascendo com forçatotal, com muitos nomes des-pontando para participardessa disputa em 2012. Estasemana teremos outras reu-niões onde debateremos os ca-minhos a ser tomados na dis-puta proporcional”, disse José

Marcio, que foi vereador peloPP entre 2006 e 2008.

HOLANDA - O deputadoestadual Dudu Holanda, vice-presidente do PSD em Ala-goas, pode atrair para a legen-da o primo, Felipe Holanda,filho do vice-presidente daCâmara de Maceió, FranciscoHolanda (PP), que até agoranão deu sinais de mudança delegenda. (G.M.)

Yvette Moura

APÓS DECISÃO DO TSE

Petecão é o primeiro senador da legendaO senador Sérgio Petecão

(AC) assinou na tarde da últi-ma sexta-feira a ficha de fili-ação no PSD. Petecão, que erado PMN, foi o primeiro se-nador a oficializar a mudançapara o novo partido. “Eu estouconfiante que teremos umaforte bancada na Casa. Esta-mos trabalhando para isso efelizes pelas filiações que jáfizemos. Estou feliz por inte-grar esta nova proposta depolítica”, afirmou Petecão, ementrevistas a agências de notí-cias.

A filiação da senadora Ká-tia Abreu (TO) também é a-guardada para os próximosdias. Segundo a assessoria de

imprensa da senadora, ela sedesfilou na última sexta-feirado DEM, mas ainda não real-izou a filiação no PSD porquepretende transferir seu títuloeleitoral de Gurupi para Pal-mas, onde se filiará ao PSD. Acidade fica a cerca de 280 qui-lômetros da capital do Tocan-tins.

Na última quarta-feira, Ká-tia Abreu protocolou na Mesado Senado uma Proposta deEmenda à Constituição (PEC)que pede a criação de umaAssembleia Nacional Cons-tituinte Exclusiva, para revis-ar a Constituição Federal de1988. A PEC é a primeira pro-posta protocolada pelo PSD.

Flexa Ribeiro anuncia decisão amanhãConvidado para integrar o

PSD, o senador Flexa Ribeiro(PSDB-PA) afirmou que vaianunciar amanhã se aceitaráo convite para integrar a ban-cada do novo partido.Segundo ele, a decisão serátomada em uma série de reu-niões com sua base de apoioneste final de semana no Pará.

“Não é sair por sair. É

uma questão de projeção fu-tura. Estou avaliando a longoprazo. É como se fosse umjogo de xadrez. Eu já venhoconversando com o pessoaldo PSD há longo tempo eagora afunilou. Até segunda-feira vou dar uma posiçãofinal para eles [PSD]”, afir-mou Flexa Ribeiro.

(Continua na página A4)

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Ato público no DF vaidefender reforma política

O deputado federal Henri-que Fontana (PT-RS), relator daComissão Especial paraReforma Política da Câmarados Depitados, anunciou na úl-tima quinta-feira, em entrevistacoletiva, que acatou emendaproposta pelo PPS prevendoque os municípios com maisde 100 mil eleitores possam tersegundo turno. Atualmente, aregra eleitoral estabelece queapenas as cidades com mais de200 mil eleitores possam ter asduas etapas de votação. Outramudança prevê a redução deoito para quatro anos do man-dato de senador. As duas me-didas serão apresentadas pormeio de emendas à Consti-tuição. O relatório de Fontanaserá votado na próxima quar-ta-feira, um dia após um gran-de ato público a favor da re-forma.

O evento, que será realiza-do no auditório Nereu Ramos,na Câmara dos Deputados,contará com a participação doex-presidente da RepúblicaLuiz Inácio Lula da Silva, rep-resentantes da CNBB, OAB, ede diversos representantes dasociedade.

“O presidente Lula é umdos mais fortes defensores deuma reforma política que tiredo poder econômico a forçaque ele tem na democracia eque fortaleça os partidos. Oideal seria que todas as lider-anças do país se envolvessemprofundamente com a refor-ma política. Quanto mais gen-te engajada melhor, porque ospior dos mundos é o Brasilsair deste processo com o mes-mo sistema que temos hoje”,disse Fontana.

O parlamentar explicou quemanteve em seu relatório omodelo de financiamento pú-blico exclusivo das campanhascomo forma de tornar o proces-so mais equilibrado e trans-parente e de reduzir a força dopoder econômico nas campan-has. Ele exemplificou dizendoque das 513 campanhas maiscaras para deputado federal em2010, 369 tiveram sucesso.

Isso mostra, segundo ele,que é muito direta a relação

entre arrecadação e sucessoeleitoral. “Estamos propondoo financiamento público ex-clusivo como forma de de-mocratizar o acesso de umnúmero maior de candidatos,especialmente aqueles quedeixaram de se candidatar pornão ter nenhuma possibilidadede financiar suas campanhas”,ressaltou.

O deputado ponderou, noentanto, que as empresas,públicas e privadas, bem comoas pessoas físicas, poderãocontinuar fazendo doações.“As empresas poderão con-tinuar doando, só que paraum fundo, administrado pelaJustiça Eleitoral. Ou seja, nen-huma empresa poderá doarpara um candidato ou direta-mente para um partido. Nãoé bom para democracia bra-sileira que todos aqueles quetenham interesse a tratar comos futuros governos sejam osmesmo que financiam as cam-panhas. Isso quebra o critériode impessoalidade e republi-canismo que temos preservarna gestão pública do país”, ex-plicou.

Fontana acrescentou quetambém manteve em seu pare-cer o sistema de votação pro-

porcional misto, por entenderque ele fortalece e qualifica ovoto do eleitor. Pelo sistema,além de votar no candidato desua preferência, o eleitor tam-bém terá o direito de escolherum partido e um programa desua preferência. O partido e umprograma estarão representa-dos por uma lista pré-ordena-da pelo voto secreto dos filia-dos aos partidos. “Não serãoos caciques que organizarão aslistas”, ressaltou.

De acordo com Fontana,primeiramente será votado oprojeto de lei tratando do fi-nanciamento público de cam-panha, da democratização dospartidos e do sistema devotação. Os outros temas, co-mo a ampliação da partici-pação popular, o fim das col-igações proporcionais e a al-teração da suplência do Sena-do, serão incluídos em umaProposta de Emenda à Cons-tituição.

O deputado federal infor-mou que também ampliou ospercentuais de distribuiçãoigualitária entre os partidospara 25% do total dos recursos.Os outros 75% serão distribuí-dos conforme votos obtidospelo partido na última eleição.

Mil servidores públicos deAL recebem capacitação

Através da Secretaria deGestão Pública, o governodo Estado está implantandoum moderno e continuadoprograma de capacitaçãovoltado para os servidorespúblicos da AdministraçãoDireta e Indireta, devendo,em um primeiro momentocapacitar aproximadamentemil funcionários lotados emMaceió e no interior. De-nominado Escola de Ad-ministração Pública, o pro-jeto busca desenvolverações de forma integral eabrangente e tem, como ob-jetivos primordiais, pro-mover o desenvolvimentoinstitucional, a política degestão de pessoas e o aper-feiçoamento dos serviçosprestados a comunidade.

Também visa garantir odesenvolvimento do servi-dor, propiciando ampla re-flexão acerca da missão daInstituição e do seu papelenquanto profissional, dasociedade em que vive eatua e sobre os caminhos deconstrução da cidadania; acapacitação do servidorpara o exercício das ativi-dades de forma conver-gente com a missão da Ins-tituição; o aprimoramentoe inovação dos processos detrabalho e assimilação denovas linguagens e tec-nologia e o desenvolvi-mento dos servidores visan-do a melhoria dos serviçosprestados e ao cumprimen-to de seus compromissossociais, fundamentados emsólidos valores morais edemocráticos.

O projeto é gerenciadopela Escola de Governo deAlagoas e as ações peda-gógicas são desenvolvidaspor instrutores e facilitadoresdo Instituto Brasileiro deMunicipalismo, Cidadania eGestão, o Instituto Cidadão,abordando temas como:Gestão de Pessoas; Atua-lização Ortográfica da LínguaPortuguesa e Redação Oficial;Gestão Administrativa no

Serviço Público e Profissio-nalismo e Qualidade no Ser-viço Publico. A programaçãoserá executada através deaulas e seminários.

O primeiro módulo doProjeto Escola de Adminis-tração Pública foi realizadodurante esta semana na se-de da Escola de Governo deAlagoas. Na próxima sem-ana o próximo módulo serárealizado na cidade de Ara-piraca abordando as mes-mas unidades programáti-cas e as capacitações serãoofertadas a servidores pú-blicos de toda a região A-greste.

Nessa primeira etapa, oEscola de AdministraçãoPública percorrerá todas asRegiões Administrativas doEstado até o final do ano,levando aos servidores pú-blicos do interior um mod-erno e eficiente programade capacitação, na busca delevar conhecimentos aos

servidores públicos e mel-horar a qualidade dos ser-viços à comunidade.

Para o secretário de Ges-tão Pública, Alexandre La-ges, “investir na capacitaçãoe formação profissional dosservidores públicos é tam-bém melhorar a qualidadedos serviços públicos e abrirnovos horizontes aos mil-hares de funcionários públi-cos do Estado, em Maceió etambém no interior onde hámuita dificuldade para queos servidores se desloquempara se capacitar na Ca-pital”. “O projeto percorre-rá, nessa primeira fase, vá-rios municípios. E preten-demos, no futuro, atingirtodas as regiões adminis-trativas, inclusive com a ren-ovação das unidades pro-gramáticas, ofertando a pos-sibilidade de crescimentoprofissional e aperfeiçoa-mento do servidor públicoalagoano”, afirmou.

Novo partido espera contar com 60 deputados federais até o fim do mêsNa Câmara dos Deputados,

o PSD espera fechar o mês deoutubro com 60 deputados fe-derais. Até o momento, 50 jáestão confirmados na sigla, porterem participado do ato defundação. Os números foramconfirmados na última sexta-feira pelo futuro líder da legen-da na Casa, Guilherme Campos(SP). O processo de desfiliaçãodos parlamentares dos parti-dos aos quais estão filiados e deingresso no PSD começou for-malmente na última quarta-feira, um dia após o TribunalSuperior Eleitoral (TSE) deferiro registro do partido, e vaidurar 30 dias. As informaçõessão da Agência Câmara.

“A nossa expectativa erater mais de 50 deputados.Então, estamos na meta”, disseCampos. Se o número chegara 54, o PSD será a terceiraforça política da Câmara entreos partidos, atrás apenas doPT, que tem 86 deputados, edo PMDB (80). E será a quar-ta força se for levado em contao critério de bloco, que pesanas votações do plenário: obloco PSB/PTB/PCdoB tem 68deputados. No Senado, doissenadores já estão confirma-dos no PSD.

A Secretaria da Mesa daCâmara avalia que os registrosdos deputados começarão achegar a partir da próxima se-mana. Tão logo isso ocorra, aMesa deverá ser comunicadaformalmente que Campos seráo líder da legenda.

INDEPENDÊNCIA - Emrelação ao governo, Camposafirmou que o PSD adotará

uma postura de independên-cia. A princípio, esperava-seque o partido, que se denomi-na de centro, entrasse na basealiada ao governo, por ter par-lamentares que já atuam nesseespectro político. Mas pesouna decisão, segundo ele, o fatode que alguns futuros inte-grantes da nova legenda estãohoje em partidos da oposiçãoe votaram contra a presiden-te Dilma Rousseff nas eleiçõesdo ano passado. É o caso dofuturo líder.

A independência foi repeti-da em uma conversa queCampos teve na última sexta-feira, com o líder do governona Câmara, deputado CândidoVaccarezza (PT-SP), que fez oconvite formal para a nova le-genda entrar na base. “Agradecia gentileza do convite, mas rei-terei com ele que os partidos dabase participaram do processode eleição da presidente Dilma.No PSD, nem todos fizeramisso. Eu mesmo votei no candi-dato José Serra”, declarou o fu-turo líder. Ao ser questionandosobre o que significa, na práti-ca, a independência, Camposdeu a seguinte definição: “Nãoseremos adesistas de primeiraordem nem faremos oposição atudo o que se apresente”.

ESPAÇO - De acordo como deputado, além das filiações,a outra prioridade do partidoé a criação dos diretórios esta-duais e municipais. Passadaessa fase, a agremiação vai bus-car espaço físico e legislativona Câmara, o que inclui gabi-nete e assessores para a lide-rança, e lugar nas comissões da

Casa. Esse último lance será omais difícil.

Pelas regras regimentais, acomposição das comissões ébaseada no critério da propor-cionalidade partidária, combase nos blocos formados até odia 1° de fevereiro deste ano, eessas regras são mantidas du-rante toda a legislatura. No en-tanto, o Regimento Interno as-segura o direito de todo parla-mentar a integrar, como titu-lar, pelo menos uma comissão.Ou seja, o espaço do PSD, prin-cipalmente nas comissões maiscobiçadas, como a de Cons-tituição e Justiça e de Cidadania(CCJ), será ditado pelos acordosque fará com os outros partidoscom representação na Câmara.Como a situação é complexa,Campos disse que a legenda sóentrará no mérito das comis-sões no próximo ano, quandohaverá mudanças nos 20 cole-giados permanentes da Casa.

FIDELIDADE - GuilhermeCampos afirmou ainda que,por enquanto, não vê, nos par-tidos que perderão deputados,a intenção de entrar na JustiçaEleitoral para ter os manda-tos de volta, com base no prin-cípio da fidelidade partidária.Para ele, os integrantes do PSDestariam abrangidos pela le-gislação, que prevê quatro ex-ceções para a perda de man-dato por desfiliação: persegui-ção política, incorporação,fusão e criação de partido, esseúltimo o caso do PSD. “O quesei sobre isso é o que leio naimprensa. Existe muito fala-tório, mas de formal não vejonada”, comentou.

A4 Domingo, 2 de outubro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

Política JORNALO JORNALO

Campos: “Não seremos adesistas de primeira ordem nem faremos oposição a tudo o que se apresente”

Henrique Fontana é o relator da comissão da Reforma Política na Câmara

Lages diz que projeto percorrerá vários municípios na primeira etapa

ESCOLA

Page 5: OJORNAL 03/10/2011

JORNALO JORNALO

Domingo, 2 de outubro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected] A5

Dilma discute economia globaldurante primeira visita à Europa UE responde por 22% das negociações comerciais estrangeiras do País

A presidente Dilma Rous-seff realiza nesta segunda-feirasua primeira visita “formal esubstancial” à Europa. Ela vaise encontrar com líderes daUnião Europeia (UE) para dis-cutir diversas questões, comoenergia, relações comerciais eeconomia global, disseram au-toridades da UE. Os ministrosda Fazenda, Guido Mantega, edas Relações Exteriores, Anto-nio Patriota, além de seus cole-gas responsáveis pela indústria,energia, educação, comunica-ção e cultura acompanharão apresidente na visita. Eles tam-bém se encontrarão com o pre-sidente da Comissão Europeia,José Manuel Durão Barroso,com o presidente do ConselhoEuropeu, Herman Van Rom-puy, e com os responsáveis pelapolítica externa e comercial dobloco.

A visita de Dilma aconteceapós ela criticar a forma comoo bloco está lidando com a criseda dívida soberana e se distan-ciar da negociação de que Brasil,Rússia, Índia e China - o grupoconhecido como Bric - pode-riam, de alguma forma, ajudara solucionar a crise. No últimodia 22, em Nova York, Dilmadisse que o governo brasileiro“claramente” não planeja colo-car dinheiro na Linha de Esta-bilidade Financeira Europeia(EFSF), após criticar a falta devontade política dos líderes eu-ropeus para ajudar a Grécia.

As autoridades da UE adi-antaram que não esperam ne-nhuma nova iniciativa do Brasil,nem que os países do Bric “vão

ajudar no resgate”, em relaçãoà aflição econômica do bloco.Ainda assim, eles enfatizaramas relações sólidas entre UE eBrasil, bem como a interligaçãoeconômica, dizendo que umabaixa na demanda na Europapode prejudicar o Brasil.

A UE é o principal parceirocomercial do Brasil, represen-tando 22% do total das negocia-ções com o País. O Brasil é omais importante provedor deprodutos agrícolas para a UE.O total de importação de todosos produtos do Brasil para a UErepresentou 32 bilhões de eurosem 2010. Na reunião, Dilmapode também abordar a ques-tão dos impostos sobre transa-

ções financeiras. O Brasil abo-liu o imposto em 2007, enquan-to a UE, por causa da crise quevive, planeja colocá-lo em fun-cionamento.

Na última semana, a comis-são europeia propôs a criaçãode um imposto sobre transa-ções financeiras no bloco quedeve entrar em vigor até janei-ro de 2014. As alíquotas devemvariar entre 0,1% para transa-ções envolvendo ações e obri-gações e 0,01% para outros tiposde produtos financeiros. A co-missão alegou que a indústriaprecisa realizar uma espécie dereembolso aos contribuintespelo resgate dos bancos duran-te a crise econômica.

Outros tópicos na reuniãoincluem uma linha de créditode 500 milhões de euros doBanco de Investimento Europeupara o Banco Nacional de De-senvolvimento Econômico eSocial (BNDES) para ajudar afomentar o setor de energia re-novável. Também haverá a dis-cussão sobre um acordo deisenção de visto de curto perío-do entre os países da UE e Bra-sil.

Em relação a tratados comer-ciais, as autoridades da UE dis-seram que as negociações paraum acordo de associação entrea UE e o Mercosul “estão avan-çando, mas provavelmente vãodemorar um pouco mais”.

Nacional

PRESÍDIOS

Governo anuncia Sistema Nacionalde Prevenção e Combate à Tortura

A ministra Maria do Ro-sário, da Secretaria de DireitosHumanos da Presidência daRepública, anunciou na sexta-feira o envio ao Congresso doprojeto de lei que cria o SistemaNacional de Prevenção e Com-bate à Tortura.

O compromisso foi assumi-do na reunião de encerramen-to da visita ao Brasil dos inspe-tores do Subcomitê de Preven-ção e Combate à Tortura dasNações Unidas, encontro queteve a participação da minis-tra-chefe da Casa Civil, GleisiHoffmann. Trata-se do princi-pal legado da missão da ONU,na visão dos movimentos so-ciais que acompanham a situa-

ção. A criação do sistema deprevenção, também conhecidocomo mecanismo, é vista comouma necessidade no momentopara acabar com os casos deviolações de direitos humanosem presídios, delegacias, uni-dades de internação de meno-res e outras instalações para aprivação da liberdade.

O teor do projeto, que seráremetido ao Legislativo, aindanão é conhecido, mas a expec-tativa é de que se criem instru-mentos para fortalecer a apu-ração de casos de tortura. Éuma dívida antiga do Brasil,que em 2007 firmou o ProtocoloFacultativo da Convenção daONU contra a Tortura, preven-

do a criação do sistema para oano seguinte.

Antes disso, em 2000, o re-lator da ONU contra a Tortura,Nigel Rodley, veio ao Brasil eemitiu um relatório no ano se-guinte mostrando que a tor-tura era uma prática recorren-te nos lugares de privação deliberdade no Brasil e uma ati-tude tolerada pela sociedade.O Relatório Rodley, como ficouconhecido, trabalha basica-mente em torno de três temas,que ressaltam a necessidadede dar um fim à tolerância cul-tural brasileira perante a tor-tura.

Garantir a independênciados órgãos de apuração sobre

estas violações, reforçar o con-trole externo à atuação das po-lícias Civil e Militar e separaros serviços que emitem laudossobre a tortura destas corpora-ções são três pedidos que o go-verno espera, enfim, poderatender com a implantação doprojeto.

Segundo a ministra, o sis-tema vai criar uma estruturapara monitorar estas institui-ções em todo o território na-cional. Espera-se que os esta-dos sejam incentivados a criarmecanismos estaduais que co-laborem para o trabalho fede-ral. Até agora, apenas o Rio deJaneiro instalou um instrumen-to do gênero.

ANTICORRUPÇÃO

Brasília será sede de encontro mundial

Brasília vai sediar, de 7 a 10de novembro de 2012, a 15ªConferência Internacional Anti-corrupção (IACC, sigla em in-glês). O anúncio foi feito na úl-tima quarta-feira pela promoto-ra do evento, a ONG Transpa-rência Internacional, em suasede, em Berlim (Alemanha).

A IACC é realizada desde1983 e, desta vez, terá comotema: “Mobilizando Pessoas:Conectando Agentes de Mudan-ça”. No Brasil, a conferência seráfeita em parceria com a Contro-ladoria-Geral da União (CGU),a Amarribo Brasil - representan-te da TI no país -, e o InstitutoEthos de Empresas e Respon-sabilidade Social.

A IACC é considerada oprincipal fórum global e inde-pendente de combate à corrup-ção, reunindo as principais li-deranças globais da luta paraeliminar seu impacto sobre agovernança, a economia, omeio-ambiente e, principal-mente, sobre o cotidiano da po-pulação, especialmente dosmais necessitados. O eventoacontece de dois anos em doisanos.

Mais de 1,5 mil participantesde mais de 135 países devem

participar na 15ª IACC, que reu-nirá líderes dos setores públicoe privado, jornalistas investiga-tivos, representantes do Judi-ciário, autoridades de persecu-ção penal, ativistas, acadêmicose sociedade civil.

A14ª IACC, realizada em no-vembro de 2010, em Bangkokna Tailândia, apontou o cami-nho para o futuro na luta con-tra a corrupção: o movimentoanticorrupção internacional de-cidiu dar nova ênfase ao comba-te à corrupção, mobilizando asociedade civil, os setores pri-vado e público, e as novas gera-ções. Para tanto, é preciso novasideias e, mais importante, umainteração intensa entre todosesses setores.

Entre outras questões impor-tantes para a prevenção e o com-bate à corrupção, o evento vaidiscutir novas formas de incen-tivar a promoção de mais trans-parência sobre os gastos públi-cos e ampliar a participação so-cial no controle desses gastos enas decisões de governo.

Outras informações sobre aconferência podem ser acessa-das no endereço www.15iacc.orgou escreva para [email protected].

Brasil será homenageado em festival de culturaDurante sua viagem ao con-

tinente europeu, a presidenteDima Rousseff abre o 23º Euro-palia – o maior festival de cul-tura da Europa, no qual o Brasilserá o homenageado este ano,vai à Bulgária, onde reencon-tra parte da família paterna, eà Turquia para acordos políti-cos e econômicos.

Amanhã e terça, Dilma par-ticipa de debates sobre os im-pactos da crise econômicamundial nas relações entre aUnião Europeia e o Mercosul.O porta-voz da Presidência daRepública, Rodrigo Baena, dis-se que as discussões na cúpu-la dão “segmento à parceria es-tratégica”.

Baena disse ainda que de-vem ser assinados acordos entrea Bélgica e o Brasil nos setoresde transportes, aéreo, cultural eturístico, além de um documen-to com o objetivo de facilitar a

obtenção de bolsas por estu-dantes brasileiros em universi-dades belgas.

Apresidente aproveita ain-da o fato de estar em Bruxelas,na Bélgica, para abrir o Euro-palia, que põe em destaque aprodução cultural brasileira.Por mais de cem dias, a cultu-ra do Brasil estará na Bélgica,em Luxemburgo, na França, naAlemanha e na Holanda com130 shows, 60 apresentações dedança e 40 de teatro, 20 expo-sições de artes visuais e 80 con-ferências literárias.

Da Bélgica, a presidenta se-guirá para a Bulgária. Dilma iráà capital Sofia, em visita oficial,e depois visitará a cidade deGabrovo, onde nasceu o paidela, Pedro Rousseff. Avisita étida como um dos momentosmais emocionantes da viagem.Dilma é considerada pelos búl-garos um deles por causa de

suas origens. Parte da famíliapaterna dela ainda vive naBulgária.

“Será uma visita com fortecomponente emocional”, sinte-tizou o porta-voz Baena. A ci-dade do pai da presidenta éconsiderada um museu a céuaberto. Em homenagem a Dil-ma, está sendo organizada umaexposição e um almoço com co-midas típicas.

O porta-voz acrescentoutambém que Brasil e Bulgáriatêm “grande espaço para au-mentar o comércio entre os doispaíses”. Durante a visita, serãoassinados acordos de coopera-ção econômica e educacional.Em 2010, o intercâmbio comer-cial com o país chegou a US$147 milhões e, de janeiro a julhodeste ano, a US$ 73,7 milhões,com potencial de crescimentonos dois sentidos, segundo ogoverno.

No próximo dia 7, a presi-dente parte para a última etapade viagens, ao desembarcar naTurquia. Em Istambul, Dilmatem encontros com o presiden-te e o primeiro-ministro turcos.No cenário político internacio-nal, a Turquia hoje representaum dos principais interlocuto-res nas negociações para o fimdos impasses no Oriente Médioe no Norte da África. No dia 8,a presidenta deverá estar devolta ao Brasil.

Dilma viaja acompanhadados ministros das RelaçõesExteriores, Antonio Patriota; daIndústria e Comércio Exterior,Fernando Pimentel; da Ciênciae Tecnologia, Aloizio Mercan-dante; das Comunicações, Pau-lo Bernardo; da Cultura, Anade Hollanda; e da Secretaria deComunicação Social da Presi-dência da República, HelenaChagas.

SOBRE A AMARRIBOA Amarribo Brasil (Ami-

gos Associados de RibeirãoBonito) foi criada em 1999 porum grupo de executivos queeram “alguns dos filhos ilus-tres de Ribeirão Bonito”, nointerior de São Paulo. A enti-dade ganhou notoriedade porfiscalizar e denunciar atos decorrupção na cidade e na re-gião, e pela criação da carti-lha Combate à Corrupção nasPrefeituras do Brasil, commais de 150 mil cópias distri-

buídas. AAmarribo Brasil foiescolhida, em 2010, como re-presentante da TransparênciaInternacional no Brasil. Hoje,é responsável, entre outrascoisas, por avaliar para a Or-ganização dos Estados Ameri-canos (OEA) e para a Orga-nização das Nações Unidas(ONU) os mecanismos legaise fiscais para combate à cor-rupção n o Brasil, bem comoseu cumprimento e eficácia.www.amarribo.org.br.

Amarribo avalia mecanismos brasileirosRepresentante nacional da

TI (Transparência Internacio-nal), a Amarribo elaborou re-latório avaliando o cumpri-mento do Brasil da ConvençãoAnticorrupção, assinado pelospaíses que integram a Organi-zação dos Estados Americanos(OEA) em 1996. O relatórioaponta toda a legislação brasi-leira de prevenção à corrup-ção, a eficiência de seus meca-nismos de fiscalização e os gar-galos dos sistemas legislativoe jurídico, destacando os pon-tos mais críticos que estimu-lam a proliferação da corrup-ção pelos poderes públicos.

Entre esses gargalos, o re-latório destaca a lentidão do

judiciário, as possibilidadesinúmeras de recursos e apela-ções, o foro privilegiado e a le-gislação desatualizada comoos principais fatores da cor-rupção e da impunidade noBrasil. “É preciso tornar o sis-tema penal mais ágil e mobi-lizar a população para que aguerra contra a corrupção co-mece a ser vencida”, afirma ovice-presidente do Conselhode Administração daAmarribo Brasil, Josmar Ve-rillo. Um relatório com o mes-mo objetivo, mas para aOrganização das Nações Uni-das (ONU), também está emfase final de desenvolvimen-to pela entidade.

Dilma terá semana voltada ao debate da crise econômica que afeta Europa e seus reflexos no Brasil

Maria do Rosário anunciou envio do projeto ao Congresso Nacional

Page 6: OJORNAL 03/10/2011

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JORNALO JORNALO

Domingo, 2 de outubro de 2011 | www.ojornalweb.com. | e-mail: [email protected]

Opinião

Renan CalheirosSenador e líder da bancada do PMDB

“Há sinais de melhoras no mercado de trabalho”

Salários crescem em plena crise

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Mesmo na ante-sala de uma nova crise financeiramundial, a economia brasileira continua a mostrar sinaisde vitalidade em um dos principais fundamentos: a cria-ção de postos de trabalho. A taxa de desemprego emagosto ficou em 6% nas seis regiões metropolitanas doBrasil pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografiae Estatística (IBGE).

Este nível de empregos, segundo Pesquisa Mensal deEmprego (PME) divulgada na última semana peloInstituto, é o mesmo nível registrado em julho, mas odestaque é que se trata da menor taxa de desemprego es-timada para um mês de agosto desde o início da pesqui-sa, que começou em 2002.

Outro dado extremamente relevante diz respeito aocrescimento da massa salarial. Segundo o IBGE, o rendi-mento médio real em agosto foi de R$ 1.629,40. Este é omaior valor de toda a pesquisa, iniciada em 2002. Em re-lação a julho, a alta registrada no rendimento foi de 0,5%(o valor do mês corrigido é R$ 1.620,82). Já na compara-ção com agosto de 2010 (R$ 1.579,54, em valores atualiza-

dos), a elevação é de 3,2%.Em comparação a agosto de 2010, quando a taxa de

desemprego foi de 6,7%, houve queda de 0,7 ponto per-centual. A população desocupada (1,4 milhão de pessoas)ficou estável em relação ao mês anterior. Quando compa-rado com agosto do ano passado, registrou queda de10,0%, o que significa que cerca de 160 mil pessoas deixa-ram a condição de desempregadas em um ano.

A população ocupada, em agosto de 2011 (22,6 mi-lhões), não apresentou variação significativa frente ajulho deste ano. Mas, no confronto com agosto do anopassado, verificou-se aumento de 2,2%, o que represen-tou um acréscimo de 488 mil ocupados em 12 meses.

Esses números indicam que há sinais de melhoras nomercado de trabalho. A criação de emprego em três impor-tantes setores da economia - indústria, construção e comércio- já mostram um certo aquecimento. A indústria abriu, emagosto, 40 mil vagas, um sinal de que as contratações para ofim do ano já estão ocorrendo. É sempre bom lembrar que omercado interno salvou o Brasil da última grande crise.

Editor-GeralDeraldo [email protected]

Coordenador EditorialVoney [email protected]

O Estatuto da Cidade instituído pela Lei10.257/01 foi construído em um esforço cole-tivo incentivado pela ação de movimentosque se mobilizaram para aprovar a regula-mentação do direito à cidade sustentável apartir de princípios que promovem a demo-cracia e a participação popular, o planeja-mento urbano, expressando uma nova con-cepção de cidade e gestão urbana através deuma série de instrumentos que ultrapassamos descritos na Constituição, complemen-tando-os.

Essa lei estabelece princípios e diretrizesque expressam uma concepção dos proces-sos de uso, desenvolvimento e ocupação doterritório urbano, orientando a ação dosagentes públicos responsáveis pelo planeja-mento e administração do município, comotambém dos agentes privados envolvidosno crescimento das cidades, conduzindo aposturas embasadas em valores democráti-cos que buscam a sustentabilidade e justiçasocial, baseados em princípios como o dodireito à cidade, da gestão democrática dacidade e função social da cidade.

O estatuto busca viabilizar o equilíbrionecessário das várias funções que a cidadeexerce, demonstrando que a ordem é indis-pensável ao pleno desenvolvimento e à sau-dável convivência social das cidades atravésdo plano diretor, que trata da política urba-na de maneira articulada e sistêmica.

O plano diretor se personifica em umconjunto de textos que demonstra de queforma se dará o uso e a ocupação do solo

urbano, definindo a função social da pro-priedade, a correta utilização dos espaços, odesenvolvimento das atividades econômi-cas, a proteção do patrimônio histórico ecultural, artístico, paisagístico, natural, aproteção dos mananciais, tudo em harmoniacom o meio ambiente.

Dentro do plano diretor encontra-se ozoneamento ambiental, que é um instru-mento jurídico de ordenação do uso e ocu-pação do solo, consistindo na repartição doterritório municipal à vista da destinação douso e ocupação do solo que podem ser defi-nidos em zonas de uso estritamente residen-cial; predominantemente residencial; mista;estritamente industrial; predominantementeindustrial; comercial; de serviços; especiais;e, de uso turístico.

Neste sentido, deve ser avaliado se exis-te a necessidade da exigência da licença pré-via, instrumento que define basicamente seo local é viável ou não para implantação dofuturo empreendimento, como por exem-plo, para a construção de edifícios residen-ciais em zonas já definidas no plano diretorcomo residencial.

Entendo que deve ser exigida a licençade implantação com os projetos cabíveis aocaso, visto que o plano diretor já definiu queo local é de uso residencial no caso específi-co.

Desta forma diminuiria o volume deprocessos que atualmente se abarrota nosórgãos ambientais, o trâmite seria mais céle-re e menos burocrático.

Alder FloresAdvogado, químico, esp. em Direito, Engenharia e Gestão Ambiental, auditor Ambiental

“É indispensável ao pleno desenvolvimentoe à saudável convivência social das cidades”

A licença préviae o plano diretor

Registro do PSD é umavitória da democracia

João Lyra

Deputado federal e membro da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadaniae da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara

“O espírito predominante da sua atuação serácontribuir para o Brasil continuar avançando”

A democracia brasileira aspira, há mui-tos anos, por um partido político que me-lhor represente os anseios de progresso donosso povo. A vontade dessa imensa maio-ria tem encontrado inúmeras dificuldades,diante de um bipartidarismo disfarçado -uma armadilha que sufoca ideias, freia, en-torpece e aleija o regime. Ao autorizar o re-gistro definitivo do Partido Social Demo-crático (PSD), o Tribunal Superior Eleitoral(TSE) quebrou o círculo vicioso dos arranjospartidários escusos, aqueles que apostam nacorrida para ver quem chega primeiro aosbraços do poder.

O PSD foge dessa disputa iníqua, por-que entende que ela se desvia dos funda-mentos que inspiraram sua fundação e des-figura a prática democrática.

O PSD condena firmemente a políticado “toma lá, dá cá”, que, há muitos anos,mantém o Brasil “amarrado, travado, perdi-do em discussões que não prosperam, vicia-das ora pelo fisiologismo, ora pelo corpora-tivismo, radicalismo e problemas menores”.Ao contrário disso tudo, o PSD se identificacom os mais puros princípios democráticos,e seus fundadores estão convictos das exi-gências legais - base da concessão do seu re-gistro definitivo concedido pelo TSE -, com-prometendo-se a cumprir integralmente oque estabelecem a Constituição e aquelaCorte.

O PSD não será uma entidade estranhae distante do povo nem dele desvinculado,estando disposto a combater qualquerafronta à democracia, parta de onde partir.Nesse contexto, lutará unido aos brasileirospara “construir um país mais moderno edesenvolvido, mais ético, justo e solidário”.O espírito predominante na atuação do PSDserá o de contribuir para o Brasil continuaravançando, com pleno apoio à “economiade mercado, como o regime capaz de gerarriqueza e desenvolvimento, sem os quaisnão se erradica a pobreza”.

O Marquês de Maricá escreveu que“uma coisa que não se perdoa nos partidospolíticos é a neutralidade”.

Neutro o PSD não será em nenhumadiscussão que diga respeito aos interessesdo Brasil e do seu povo. Como assinala oseu Manifesto à Nação, “o PSD afirma quenão fará oposição pela oposição. Faremospolítica para ajudar o Brasil. Nossos adver-sários não são inimigos a eliminar, mas ci-dadãos com os quais vamos dialogar semviolência ou radicalismo”.

O registro definitivo do PSD é uma ja-nela que se abre para o fortalecimento dademocracia em nosso País. A primeira vi-tória das muitas que enriquecerão sua his-tória, sob o raio luminoso da liberdade,que inunda esta Pátria abençoada porDeus.

Datas & FatosMassacre no Carandiru - Em 2 de outubro de 1992, 111 presos foram mortos após uma

briga generalizada no Pavilhão 9 da penitenciária do Carandirú, em São Paulo. A polícia ten-tou conter e foi autorizada a invadir pelo coronel da reserva Ubiratan Guimarães. Ele coman-dou os policiais e foi condenado a 632 anos de prisão.

1869 - Nasce Mohandas Gandhi, líder religioso e político indiano. 1910 - Acontece o primeiro desastre entre dois aviões, em Milão na Itália. 1919 - A assembléia nacional francesa define em Paris o Tratado de Versalhes. 1939 - Reunião no Panamá com 21 países das Américas, decide estabelecer uma zona de

segurança de 600 milhas, pelas costas dos países. 1954 - A República Federal da Alemanha é admitida na Otan. 1959 - Um furacão causa a morte de 1,5 mil pessoas no México. 1961 - O Congresso Nacional aprova a emenda constitucional que institui o regime par-

lamentarista no Brasil, evitando que o vice-presidente João Goulart assumisse a presidênciaapós a renúncia de Jânio Quadros.

1974 - Pelé joga pela última vez com a camisa do Santos Futebol Clube. A partida foi con-tra a Ponte Preta, na Vila Belmiro, e o jogador atua apenas 22 minutos.

1985 - A novela Roque Santeiro atinge 80 pontos de audiência no Ibope, com 60 milhõesde espectadores.

1985 - O ator americano Rock Hudson, a primeira personalidade mundial a assumir aaids, morre nos Estados Unidos.

1997 - O papa João Paulo II chega ao Rio de Janeiro para sua terceira visita ao Brasil.

Neste domingo, O JORNAL circula com uma repor-tagem especial enfatizando a música. Não apenas amelodia, o ritmo, o tom, mas o uso dela como instru-mento de inclusão social. Visitar um assentamentorural e assistir de perto a dezenas de jovens aprendendoo valor da cultura é realmente uma experiência sensa-cional, que merece chegar aos lares dos nossos leitores.Encontrar pessoas se dedicando ao ensino musical éoutra característica rara e de valor incomensurável nosdias de hoje. E mais, saber que tudo isso nasce de umprojeto social.

Frequentemente, entre pais e professores, é faladodas dificuldades que encontram na hora de transmitir àsnovas gerações os valores básicos da existência e de umcomportamento correto. Essa situação problemáticainteressa tanto à escola como à família e às diversas ins-tituições destinadas à formação. Pena que alguns dosnossos governantes insistem em não reconhecer na cul-tura o caminho para ascensão social, política e econômi-ca do cidadão. Se eles menosprezam o valor cultural doaprendizado, imaginem como tratam as práticas da edu-cação, que são vitais para emancipação humana.

É sempre bom lembrar que o estudo da música temum elevado valor no processo educacional do indivíduo,uma vez que produz efeitos positivos no seu desenvolvi-

mento, favorecendo o crescimento humano e espiritual.No atual contexto social, qualquer trabalho de educaçãoparece ficar sempre mais árduo e mais problemático.Mesmo um ensino tão simples, e com custos reduzidos,fazendo com que um jovem viaje até a zona rural nagarupa de uma moto, imbuído no sentimento único defazer o bem e expandir as fronteiras musicais.

Vale ressaltar que essa não é uma tarefa fácil, masque poderia ser reforçada pela própria figura do Estado,que tem muita dificuldade em implementar a Lei11.769/08, que regula o ensino da música nas escolas deeducação básica em todo o Brasil. A lei em questão, infe-lizmente, não resolve por si só os desafios que aparecemcom a obrigatoriedade do ensino de música nas escolas.No entanto, cria um enorme arcabouço para elevação eo enraizamento cultural nos jovens; talvez por isso nãoentre na pauta prioritária da agenda política brasileira.

O projeto Música e Cidadania efetivado em Uniãodos Palmares traz a alegria do canto e da música comoum convite constante para o comprometimento indivi-dual e coletivo, trazendo para humanidade um futurorepleto de esperança. A música pode abrir as mentes e oscorações à dimensão do espírito e conduzir as pessoas aelevar o olhar para as alturas, a abrir-se ao bem e à bele-za absolutos, cada vez mais escassos nos dias de hoje.

Música sem limites

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Táxi para portadores de necessidades especiais possui rampa para entrada de cadeiras de rodas

SAÚDE

Pais devem observar oque as crianças comem

As crianças formam seushábitos alimentares na pri-meira década de vida.Assim, as escolas, tanto pú-blicas como privadas, têmpapel fundamental na suaeducação alimentar. Por-tanto, é imprescindível aatenção em relação ao queas crianças consomem e in-centivar uma dieta saudáveldesde cedo.

A Organização Mundialda Saúde (OMS) já conside-ra a obesidade (e doençasassociadas, como o diabetesmellitus, as doenças cardio-vasculares, a hipertensão ecertos tipos de câncer) umaepidemia mundial. A baixaqualidade nutricional de ali-mentos industrializados pa-ra crianças e o estímulo aoconsumo através de campa-nhas publicitárias agressi-vas têm sido fatores determi-nantes para o avanço do pro-blema.

Para evitar problemas desaúde e contribuir para umadieta saudável, os paisdevem ficar de olho nos pro-dutos que os filhos estãoconsumindo e observar ovalor nutricional, comoquantidade de açúcar esódio. Vale ficar atento aosalimentos com cores muitovivas que, geralmente, con-têm corantes que podem, atémesmo, causar alergia, comoé o caso do amarelo tartra-zina.

Àqueles que são aroma-tizados artificialmente, comogelatinas, bebidas e iogur-tes, também deve ficar namira dos pais porque, mui-tas vezes, não contêm a frutaou o ingrediente natural queimita o sabor.

PARA DEFICIENTES

Mais uma cidade de SPimplanta táxi adaptados

A cidade de São Carlos éa segunda do interior doEstado de São Paulo a ganharo serviço de transporte de táxiadaptado para pessoas por-tadoras de necessidades es-peciais. Ainauguração do pri-meiro ponto na cidade acon-teceu no último dia 20. A ini-ciativa da criação do espaçofoi da Prefeitura Municipalatravés de Lei Municipalaprovada com o objetivo tor-nar a cidade mais acessível atodos.

A ideia do táxi adaptadoem São Carlos partiu do em-presário Sérgio Coelho. “Euiniciei o projeto devido aomeu filho ser portador deSíndrome de Down. Resolvifazer um projeto voltado àquebra de preconceitos e pa-radigmas. Isso é voltado à in-clusão”, conta o empresário.

Além de uma van, estarãodisponíveis mais quatro car-

ros que obtiveram permissãoda prefeitura para trabalhardentro do modelo do proje-to. As vagas foram oferecidaspor meio de ChamamentoPúblico, publicado no DiárioOficial do Município em abrilpassado.

“Essa será uma oportuni-dade dos deficientes físicospoderem visitar lugares co-muns como shoppings, cine-mas e teatros entre outros lu-gares, por meio de um trans-porte seguro, qualificado e deúltima geração”, destaca Nil-son Carneiro, secretário deTransportes e Trânsito de SãoCarlos.

Para transportar as pes-soas com deficiência, os car-ros terão elevador ou rampade fixação para cadeira derodas. Além disso, os motoris-tas passaram por treinamen-to e foram avaliados algunscritérios como tempo de habi-

litação do motorista, ano defabricação dos veículos e ca-racterísticas do automóvel.No interior do veículo a ca-deira deve ser fixada com tra-vas especiais, as mesmas uti-lizadas em tecnologia aero-náutica e o passageiro deveser protegido por um cinto detrês pontas.

O primeiro ponto de táxiadaptado de São Carlos operaem frente ao Hospital-EscolaMunicipal “Prof. Dr. HorácioCarlos Panepucci” e atende acidade inteira.

São Caetano do Sul foi aprimeira cidade a implantar oserviço. Atualmente existemem torno de 200 motoristascadastrados pelo poder pú-blico, mas apenas a RádioTáxi Acessível se interessouem investir nos veículos. Issoporque cada carro adaptadosai por cerca de R$ 100 mil, in-cluindo o valor do carro.

Produtos podem ser retirados do mercadoProibição de venda dos inibidores de apetite será discutida pela Anvisa na terça em reunião aberta ao público

A diretoria colegiada daAgência Nacional de VigilânciaSanitária (Anvisa) analisa e votana terça-feira a proposta de proi-bição da venda de medicamen-tos emagrecedores no País. O en-contro foi agendado para as 8h30na sede do órgão.

No fim de agosto, após reu-nião fechada, os diretores opta-ram por deixar a votação sobreo tema para um encontro abertoao público. Aintenção, segundoa Anvisa, é dar transparência aoprocesso de tomada de decisãoe dar amplo conhecimento ao re-

latório, que tem cerca de 700 pá-ginas.

A retirada do mercado dosemagrecedores à base de anfeta-minas é praticamente certa, umavez que a equipe técnica daAnvisa e a câmara técnica, forma-da por especialistas que assesso-

ram o órgão, concordam que osriscos do uso dessas substânciassuperam os benefícios.

Já o embate acerca da sibutra-mina permanece. O documentoproduzido pelos técnicos daagência defende o uso da sibutra-mina com restrições. Isso signi-

fica que o medicamento seria re-comendado apenas para o trata-mento de obesidade em pacien-tes com Índice de Massa Corporal(IMC) acima de 30% e que não te-nham doenças cardiovasculares.

A câmara técnica que asses-sora o órgão, no entanto, mantém

a proposta de também banir domercado a sibutramina, emagre-cedor mais usado no País. Paraa câmara, os riscos à saúde pro-vocados por esse medicamento,como problemas cardíacos e al-terações no sistema nervoso cen-tral, superam os benefícios.

A7Domingo, 2 de outubro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

Nacional JORNALO JORNALO

EMAGRECEDORES

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A8

Desenhos de mamutes e outros animais foram feitos por crianças

Dirigir de bexiga cheia e prefeitoencrenqueiro levam Ig Nobel

Dirigir enquanto se preci-sa desesperadamente urinarnão é um crime, mas talvezfosse o caso de colocar o atono código penal. Peter Snyder,junto com um grupo de cien-tistas da Bélgica, Holanda eAlemanha, descobriu queuma bexiga cheia até o limitediminui a atenção e a habili-dade de tomar decisões aosmesmos níveis de uma levebebedeira ou 24 horas semdormir. Por esse resultado, ospesquisadores ganharam o IgNobel de Medicina de 2011.

“Quando as pessoas che-gam ao ponto de sentir dor, detanta necessidade de urinar,era como se estivessem bêba-dos”, afirmou Snyder, que en-sina neurologia na prestigia-da Universidade Brown, nosEstados Unidos. “A capacida-de de reter informações real-mente fica prejudicada.”

Os vencedores da ediçãodeste ano da duvidosa hon-raria foram anunciados nanoite de quinta-feira, em umacerimônia na Universidade deHarvard, incluíram váriosavanços científicos intrigan-tes, como um alarme de in-cêndio que cheira a wasabi, apopular raiz forte da culiná-ria japonesa, criado por umaequipe de cientistas do país;

um prefeito europeu que re-solveu o problema de estacio-namento de sua cidade comartilharia pesada; um pesqui-sador norueguês que explo-rou a ciência do suspiro (a res-piração mais profunda, não odoce); e todos aqueles que seesforçaram ao longo da his-tória para fazer cálculos ma-temáticos e precisos para adi-vinhar a data do fim domundo, que ainda não veio.

Em sua 21ª edição, os prê-mios, (cujo nome é um brinca-deira com o termo em inglêspara ignóbil e o nome do im-portante prêmio científico)foram entregues por laurea-dos com o Nobel verdadeiro,e a cerimônia teve suas dosesde comédia, incluindo umamini-ópera sobre a química deuma cafeteria e o lançamentoritual de aviõezinhos de papel.

Snyder justificou sua pes-quisa dizendo que queria de-terminar os efeitos da dor noprocesso de tomada de deci-sões. Trabalhar com bexigascheias era um jeito de custo erisco baixos de inflingir dor,que era facilmente aliviadacom o ato de ir ao banheiro.

SEXO DE BESOUROS -Já o Ig Nobel de Biologia foipara os entomologistas Darryl

Gwynne e David Rentz, queprovaram que os besourosmachos de uma certa espécieconfundia as fêmeas da espé-cie com garrafas de cerveja deuma marca australiana.

Já o prêmio de Matemáticafoi dividido entre vários profe-tas do fim do mundo que erra-ram suas previsões. Os premia-dos são o americano DorothyMartin (que previu o fim em1954), seus compatriotas Pat

Robertson (1982) e ElizabethClare (1990), o coreano Lee JangRim (1992) e a ugandense Cre-donia Mwerinde (1999) eHarold Camping (1994 e 2011).De acordo com os organizado-res do Ig Nobel, todos os ven-cedores na categoria fizerampor merecer o prêmio porterem ‘’ensinado ao mundocomo ser cuidadoso quando sefaz cálculos e suposiçõesmatemáticas’’.

Alarme com cheiro e suspiros pela ciênciaO prefeito de Vilnius, na

Lituânia, Arturas Zuokas ga-nhou o Ig Nobel da Paz por seumodo bélico de lidar com infra-ções de trânsito. Ele destruiucarros estacionados irregular-mente com um tanque militar.“Decidi que era hora de ensi-nar esses valentões sem respei-to pelos direitos dos outros umalição duradoura”, afirmou, pore-mail. Em um vídeo postadono YouTube, Zuokas acaba comuma Mercedes-Benz que estavabloqueando um ciclovia e umafaixa de pedestres, no centro an-tigo de Vilnius.

Agora, a cidade voltou alidar com seus problemas de es-tacionamento de uma maneiracom os mais tediosos multas eguinchamentos. Mas Zuokasavisa: o tanque pode voltar aqualquer momento.

O Ig Nobel de Química foipara pesquisadores japonesesque inventaram um alarme deincêndio que emite o fortecheiro do wasabi, a pastaverde servida com sushi quedesentope qualquer nariz. “Ocheiro do wasabi é útil comoalarme para pessoas surdasque não acordariam commodos convencionais comosom, vbração ou luzes piscan-do,” justificou Makoto Imai,professor de psiquiatria daUniversidade de CiênciasMédicas de Shiga.

A chave está no compostoque dá ao wasai seu sabor eodor característicos, e que podeser sentida até mesmo duranteo sono. O grupo se decidiu peloingrediente após tentar cerca decem cheiros diferentes, incluin-do ovo podre.

SUSPIROS - Mas a pesqui-sa que levou o Ig Nobel de psi-cologia é a que talvez mais re-presente o espírito da premia-ção. Aequipe do norueguês KarlTeigen, professor de psicologiada Universidade de Oslo, estu-dou a razão das pessoas suspi-rarem. Simples assim, uma pes-quisa sem nenhuma aplicaçãoprática imediata. O motivo? Elee seus alunos decidiram fazê-loapós descobrir que o fenôme-no nunca havia sido estudado.

“As pessoas acham que ossuspiros dos outros expressamprincipalmente tristeza e me-lancolia, mas os seus própriostêm a ver com resignação e de-sistência de algo,” explicouTeigen. “Nós estudamos o as-pecto da resignação ao ofereceruma charada que parece sim-ples, mas que não tinha solu-

ção. E eles suspiravam. Nósachamos que eles suspiraramporque tiveram que desistir deuma hipótese, uma ideia, umaesperança – e talvez se prepararpara a próxima.”

A maioria dos vencedoresestavam felizes de levar o prê-mio para casa. “Eu certamentenão esperava,” disse Snyder, ocientista da bexiga cheia. “Maseu sou um professor, e estoupreocupado com o declínio doconhecimento científico do meupaís. Os Ig Nobels mostram queciência não é sempre seca e téc-nica, e pode ser divertida”.

Já o norueguês Teigen usouo próprio slogan do Ig Nobel paradescrever seus sentimentos: “Osprêmios Ig Nobel são feitos parafazer as pessoas rirem e depoispensarem – e eu adicionaria: nofim, também suspirarem”.

Caverna abriga pinturaspré-históricas de crianças

Pinturas pré-históricas en-contradas em uma caverna naFrança foram feitas por crian-ças pequenas, com idades entretrês e sete anos, apontam pes-quisas recentes. São sulcos fei-tos com os dedos, que resul-tam em desenhos de mamutese outros animais. Eles foramdescobertos na chamadaCaverna dos Cem Mamutes,em Rouffignac, e datam decerca de 13 mil anos atrás.

Os sulcos parecem ter sidofeitos por dedos pequenos, decrianças, que passavam asmãos na superfície macia dasparedes da caverna. Pesqui-sadores da Universidade deCambridge agora afirmamterem conseguido identificara idade e o sexo dos jovensartistas das cavernas.

“Os sulcos feitos por crian-ças aparecem em todas aspartes da caverna”, diz a ar-queóloga Jess Cooney, daUniversidade de Cambridge,que comandou as pesquisasao lado de Leslie Van Gelder,da Universidade Walden(EUA). “Encontramos marcasde crianças de três a sete anos- e conseguimos identificar(os desenhos de) quatro crian-ças específicas ao compararsuas marcas.”

Segundo ela, a criançamais prolífica no desenho degravuras tinha ao redor decinco anos. “E temos quasecerteza de que essa criança

era uma menina”.

“LUGAR ESPECIAL” - Acada ano, milhares de pessoasvisitam a caverna, na regiãode Dordogne (oeste da Fran-ça), para admirar os desenhosde mamutes, cavalos e rinoce-rontes, nas paredes dos 8 kmde caverna que foram desco-bertas no século 16. Mas sóem 1956 é que os especialis-tas perceberam que algunsdos desenhos eram pré-históricos. Depois, em 2006,notaram que as pinturas ha-viam sido feitas por crianças,com seus dedos.

Diferentemente de rabis-cos também encontrados nacaverna, as pinturas não con-tinham pigmentos de tinta.“Uma caverna é tão rica emsulcos feitos com (dedos de)crianças que parece ter sidoum lugar especial para elas.Mas é impossível saber se (aprática) era para brincar ouparte de um ritual”, dizCooney.

Pinturas feitas com sulcosde dedos também já foramencontradas em cavernas naEspanha, na Nova Guiné e naAustrália. “Não sabemos por-que as pessoas as faziam”,agrega Cooney, admitindoque os desenhos podem serparte de “rituais de iniciação”ou “simplesmente algo praocupar o tempo durante umdia chuvoso”.

Foguete reutilizável vai colonizar MarteEmpresa afirma que reaproveitamento economiza milhões de dólares e pode tornar a vida multiplanetária

A companhia americanaSpaceX trabalha no primeiro fo-guete reutilizável para lançá-loao espaço planejando, algum dia,ajudar na colonização do plane-ta Marte, disse o fundador, ElonMusk, na última quinta-feira.

O veículo seria uma versãoreutilizável do foguete Falcon 9que a SpaceX empregou paralevar a cápsula espacial Dragonà órbita da Terra no ano passa-do. A sua primeira viagem comcarga à ISS (Estação EspacialInternacional) está prevista parajaneiro.

A reutilização do foguetepoupará dezenas de milhões dedólares e facilitará as viagens aoespaço por diversão e até a co-lonização de outros planetas,concretamente Marte, declarouMusk ao “National Press Club”.

“Um sistema rápido e reuti-lizável é imprescindível para quea vida se torne multiplanetária,para se estabelecer vida emMarte. Se os aviões não fossemreutilizáveis, muito pouca gentepoderia voar”, disse.

Atualmente, um fogueteFalcon custa entre US$ 50 mi-lhões e US$ 60 milhões (entre R$94 milhões e R$ 112 milhões) eseu lançamento, incluindo com-bustível e oxigênio, exige até US$

200 mil (em torno de R$ 376,3mil). E tudo é perdido com areentrada na atmosfera da Terra.

Com a reutilização dos fo-guetes, haverá uma substancialredução de custos, garantiuMusk, um empresário da inter-net que fundou o PayPal e utili-zou o dinheiro ganho na Webpara criar a companhia de car-ros elétricos Tesla Motors e aSpaceX.

O foguete projetado pelaSpaceX decolaria da forma nor-mal e teria dois estágios: a parteinferior, parecida com uma colu-na, regressaria à Terra para pou-sar na vertical, exatamente comofoi lançada.

Acurto prazo, tal tecnologiapoderá ser utilizada para lançarsatélites e levar carga e tripula-ção à ISS, que atualmente é abas-tecida apenas pelos foguetes rus-sos.

Aconstrução do foguete reu-tilizável “é um esforço paralelo(...), que não tem impacto emnosso trabalho de envio de cargaà estação espacial” com o fogue-te Falcon 9, destacou Musk.

“(É algo que) entusiasma bas-tante e acredito que os EstadosUnidos e o restante do mundodevem ficar atentos sobre o queestamos fazendo”, disse.

JORNALO JORNALO

Domingo, 2 de outubro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

Internacional

Sequência de fotos divulgadapela SpaceX retrata o primeiroestágio (E), segunda etapa (C)e cápsula da tripulação

Besouros fazendo sexo com garrafa de cerveja ganha em Biologia

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Música para resgatar a cidadaniaNo Assentamento Cavaco, em União dos Palmares, crianças, adolescentes e adultos têm aulas gratuitas de música

Deraldo Francisco

Repórter

As mãos grossas de EdnaldoBasílio de Oliveira dominavamapenas o cabo da enxada. Hoje,elas querem dominar, também,as cordas do violão. Há doismeses, ele frequenta as aulas docurso de música no AssentamentoCavaco, na zona rural de Uniãodos Palmares. Ednaldo diz que“já” aprendeu duas notas musi-cais: Lá e Sol. “O costume com aenxada faz os dedos ficarem durose é uma luta para ensiná-los oscaminhos das notas musicais.Basta ter paciência que eu chegolá. É assim na agricultura tam-bém: eu planto e espero mesespara colher e, às vezes, a nature-za muda tudo e eu não colhonada. Não tenho pressa de apren-der a tocar violão mas sei que vouconseguir”, disse.

O agricultor é apenas um dos45 alunos inscritos no ProjetoMúsica & Cidadania, idealizadopelo Instituto Naturagro e patro-cinado pelo Programa Banco doNordeste de Cultura para jovense adultos do assentamento. Na co-munidade, o projeto é organizadopela Associação do AssentamentoCavaco. As aulas são na quinta-feira e no domingo pela manhã. Osalunos têm aulas de flauta-doce,violão, viola de arco e até violino.Aturma é dividida por idade, afi-nidade com o instrumento e pelaescolha própria.

Os custos do projeto são rela-tivamente baixos, e os recursosserviram para a compra dos ins-trumentos, do fardamento e dasdespesas com professores, equi-pe de apoio e deslocamento. O as-

sentamento fica a 11km do centrode União dos Palmares e, a 4kmdas margens da BR-104, percursofeito numa estrada de barro es-treita e sinuosa.

Para chegar à sede da associa-

ção, onde ocorrem as aulas, épreciso fazer longas caminhadasno lombo do cavalo, a pé, de bi-cicleta ou na garupa de uma mo-tocicleta. É o que acontece com oprofessor Hernandes Pires da

Silva. Com licenciatura em mú-sica pela Universidade Federalde Alagoas (Ufal), Hernandesmora em União e faz o percursode 15km na garupa de uma moto.Já Ednaldo mora no povoado

Boca da Palha e vai às aulas pe-dalando uma bicicleta durante 30minutos.

Na semana passada, O JOR-NAL mergulhou neste universoque mistura enxadas com instru-

mentos musicais e produziu umamatéria especial para contar comdetalhes a história da turma decandidatos a músicos do Assen-tamento Cavaco.

Continua na página A10

JORNALO JORNALO

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CidadesA9

Marco Antônio

Felipe e Bruno são dois adolescentes

beneficiados pelo Projeto Música e Cidadania

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A10 Domingo, 2 de outubro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

Cidades JORNALO JORNALO

Um instrumento musical no lugar da enxada As manhãs de quinta-feira

e de domingo ficaram mais in-teressantes para 45 pessoas quemoram no AssentamentoCavaco. Das 8h às 12h, elas têmaulas de músicas, num espaçoreservado pela Associação. Asede fica numa espécie de“praça” do assentamento, paraonde convergem todas as açõesda comunidade. O movimentodeu uma rotina diferente à re-gião. Ao invés de agricultoresindo e voltando com a enxadanas costas ou no lombo do ca-valo, tornou-se comum tam-bém encontrar crianças, ado-lescentes e adultos carregandoseu instrumento musical paramais uma aula no curso.

A flauta-doce é um dessesinstrumentos. A “doçura” daflauta não está no paladar, obti-do no contato com os lábios. Mas,na simplicidade do aprendiza-do com este instrumento musi-cal de sopro. “Este contato inicialcom a flauta-doce é necessáriopara que a criança inicie o pro-cesso de familiarização com amúsica”, explicou o professorHernandes Pires. Aideia do pro-jeto é contemplar pessoas detodas as idades e, portanto, crian-ças de 6 a 10 anos participamdas aulas com a flauta-doce.

O aprendizado das notasmusicais e, em seguida da me-lodia, arranjo de acordes, entreoutras coisas do ramo, é dife-rente de quase todas as outras

formas de aprender. Por isso, adedicação do professor, doaluno e o tempo destinado aisso são fatores de grande im-portância. Assim, as turmas sãopequenas e a duração da aulavaria de 40 minutos a uma horapor dia para cada grupo.

No Assentamento Cavaco,nas quatro horas que são des-tinadas ao Música & Cidada-nia, o professor HernandesPires se desdobra para contem-plar as turmas de flauta-doce,violão [para iniciantes e maisavançados], viola de arco e vio-lino. Para ele, esta é a primeiraexperiência depois que con-cluiu o seu curso de música naUfal. “É uma experiência tãoinédita quanto interessante.Estou aprendendo muito comestas pessoas do campo. As di-ficuldades são grandes, maselas nos encorajam aindamais”, disse ele.

O professor não sabia, masO JORNAL pesquisou e con-firmou que o Música & Cida-dania é uma iniciativa inéditapioneira em Alagoas com as-sentamentos envolvidos noProjeto de Reforma Agrária. Oprojeto está no BNB de Culturacomo um dos mais baratos pa-trocinados pelo Banco doNordeste do Brasil. Levar cida-dania e música para os meni-nos, meninas, adolescentes eadultos do assentamento cus-tou apenas R$ 10 mil. (D.F.)

Fotos: Marco Antônio

Graça Ferreira organizou as turmas para o projeto no assentamento

Brotam talentos do erudito ao popularEnquanto o projeto envol-

ve a inocência da flauta-doceousa quando inclui o violino nahistória. O instrumento é con-siderado de difícil domínio,mas, no assentamento, não temtantos mistérios para o meni-no Felipe Lopes de Lima, de12 anos. Perguntado sobre háquanto tempo mora no assen-tamento, ele não precisou con-tar nos dedos para responder.“Eu nasci aqui”, disse.

Como acontece em todosos cursos, quando uns alunosse destacam mais e outrosmenos, isso também aconteceno Música & Cidadania. Trêsalunos – os irmãos Jaíne, JúniorFerreira e Fábio Santos – são osmais avançados no violão.Sozinhos, eles conseguem tocarmelodias clássicas da MPB eatuais como o sertanejo român-tico de Paula Fernandes. Comotocar é uma coisa e cantar éoutra, eles preferem o solo deviolão.

Mas há destaques tambémna música erudita. Aos pou-cos, o professor HernandesPires vai identificando os mais

habilidosos. São talentos ana-lisados com cuidado para nãocriar falsas expectativas nosmeninos. Uma dessas promes-sas é Felipe Lima, que já temsobrenome de músico famoso.Ele é o único aluno de violinoe já está dominando o “bicho”.

De fato, e isso é atestadopelo seu professor, Felipe Limatem grande intimidade com oinstrumento, desde a forma decarregá-lo, segurá-lo enquantonão o toca, até o momento defazer o “bicho falar”. Hoje, elesola com desenvoltura a Ave-Maria e toca certinho a AsaBranca, de Luiz Gonzaga. Eleé um dos poucos que preten-de seguir a carreira musical.Felipe Lima é filho de agricul-tores do assentamento, cursao 7º Ano do Ensino Médio emUnião dos Palmares. Comoídolo, ele citou o violinista mi-neiro Marcus Viana, que foi re-visor e assistente de obras deVilla-Lobos. Em 1990, MarcusViana fundou sua própria gra-vadora a Sonhos & Sons, tudoa ver com a história do peque-no Felipe Lima. “Espero supe-

rar todas as dificuldades queaparecerem no meu caminho”,disse o menino do campo queser músico erudito.

Quem está no mesmo em-balo e ritmo é Bruno Batista daSilva, de 10 anos. Ele é paulis-ta de Cabreuva e ainda bebêveio morar no assentamentoalagoano. É dele a única violade arco do projeto. O instru-mento lembra o violino, mas acoincidência fica só na estrutu-ra física. As notas extraídas doinstrumento são tão diferentesquanto únicas. O professorHernandes Pires atesta a dificul-dade do domínio e, no mesmofôlego, destaca o avanço deBruno Batista na viola de arco.

O menino não fala em sermúsico, mas conta que estámuito envolvido nas aulas egostando do curso. É ele quemacompanha Felipe Lima no solodas músicas que já aprenderamno curso. No domingo passado,quando a reportagem esteve noassentamento, Bruno parou detocar no meio da Ave-Maria,enquanto Felipe continuou. Aofinal ele revelou: “só aprendi

até aquela parte onde parei”.Quem também está empol-

gada com as aulas de violão éJaíne Ferreira, de 15 anos. Elaestá numa turma mais avan-çada. Por não trabalhar na agri-cultura, ela tem mais tempopara se dedicar às cifras e notasmusicais. A adolescente já de-monstra um pouco de intimi-dade com o instrumento. Naaula do último domingo, aturma parou três minutos paravê-la e ouvi-la solar uma mú-sica da cantora sertaneja PaulaFernandes.

“Isso é gratificante para oprofessor. No meu caso, eu saiode União dos Palmares na ga-rupa de uma moto numa rodo-via federal, pego mais quatroquilômetros de estrada debarro com a poeira nos olhose sou gratificado quando chegoaqui [sede do projeto] e encon-tro essas crianças, adolescentese adultos me esperando paralhes ensinar um pouco do queaprendi na academia de músi-ca”, comentou emocionadoHernandes Pires. (D.F.)

Continua na página A11

Alunos escolhem instrumento com quetêm mais afinidade; turmas tambémsão separadas por idade

Os alunospodem ter

aulas de flautadoce, violino

ou violão

Page 11: OJORNAL 03/10/2011

A11Domingo, 2 de outubro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

Cidades JORNALO JORNALO

BNB investe milhões em projetos Em contato com o Programa

BNB de Cultura, cuja sede ficaem Fortaleza, O JORNALfoi in-formado que, este ano, há - oudeveria haver - 19 projetos cul-turais patrocinados pela institui-ção em desenvolvimento emAlagoas. Pelo menos um dessesprojetos o povo alagoano estásabendo como e que está fun-cionando: o Música & Cidadania,no Assentamento Cavaco, emUnião dos Palmares.

Fernando Pessoa, Assistentede Comunicação e Cultura doPrograma BNB de Cultura, in-formou à reportagem que, esteano, Alagoas foi contempladocom R$ 672.632,22 para proje-tos culturais. Em todo oNordeste, os recursos emprega-dos em patrocínios de ações cul-turais foram de cerca de R$ 6milhões. Levando quase R$ 700mil deste montante, Alagoas estábem no cenário cultural. Além

do Música & Cidadania, outros18 projetos na área foram patro-cinados pelo BNB.

O BNB de Cultura estimaque, em 2012, serão destinadoscerca de R$ 8 milhões para pro-jetos culturais. O edital para asnovas inscrições será publicadono próximo dia 19, no site dainstituição. Espera-se que pelomenos três mil projetos sejaminscritos nesta concorrência.

Encerrado o prazo de inscri-ção, os projetos serão analisadospor cinco especialistas de cadaárea. Eles vão aplicar notas paraas ideias que variam de 1 a 10pontos. Em seguida, será feita aapuração dos resultados e, quemfez mais pontos, obviamente,será contemplado.

Mas o processo está apenascomeçando. A instituição queidealizou o projeto receberá umacomunicação sobre a aprovaçãoe com a solicitação da documen-

tação necessária à assinatura docontrato. Tudo tem prazo e, per-deu o prazo ou não enviou a do-cumentação necessária perde avaga e passa a vez para o melhorcolocado depois dele.

Feito isso, segundo o pes-soal do BNB de Cultura, o di-nheiro é depositado na contada instituição em no máximoum mês. O prazo para conclu-são do projeto deve ser obser-vado com rigor porque é a par-tir dele que deve ser feita aprestação de contas. Essa pres-tação de contas é feita atravésde Nota Fiscal com recibo parao caso de Pessoa Jurídica ouapenas através de recibo comCPF e número da Carteira deIdentidade do prestador de ser-viço. Ainstituição não é obriga-da a pagar ou devolver os re-cursos destinados ao projeto.Basta prestar contas sobre ondeo dinheiro foi aplicado. (D.F.)

Turmas heterogêneas: muita diversidadeMas, como em todos os cur-

sos, seja do que for, as turmassão heterogêneas. No Música& Cidadania não é diferente.Três alunos adultos são agricul-tores, que pegam mesmo nocabo da enxada para preparara terra, plantar e colher depois.Ednaldo Basílio é casado, temum filho e mora no assentamen-to numa área um pouco distan-te. Mas tudo é Cavaco. Leva 30minutos para ir às aulas de mú-sica pedalando sua bicicleta ecom o violão nas costas. Ele dizque não quer ser músico, masque pretende aprender a tocarviolão e, assim, conhecer novoshorizontes. “A música faz agente viajar sem sair do lugar eisso é bom”, disse. Ednaldo tra-balha na roça, plantando milho,feijão e laranja lima. “O caboda enxada deixa os dedos entra-vados [sic] e fica ruim achar ascordas do violão”, comentouEdnaldo Basílio.

Quem também é da roça eestá aprendendo os caminhosdas notas musicais é a jovemJosefa de Oliveira Prudêncio,de 25 anos. Ela mora com a fa-mília no alto da serra doCavaco, onde cultiva feijão,milho, laranja lima, batata einhame. Ela foi “apresentada”

ao violão no projeto música &Cidadania e ainda está engati-nhando nas notas.

Perseverante, ela garanteque vai aprender a tocar o ins-trumento e se apresentar emcasa para seus familiares e vi-zinhos. “Estou gostando da ex-periência. As dificuldades sãograndes, mas estou enfrentan-do e acho que estou me saindobem”, disse Josefa Oliveira.

Outra trabalhadora docampo que também está noprojeto é Suely Fonseca, de 32anos. Mas a situação dela é umpouco mais complicada em re-lação aos demais alunos. Ela écasada, tem três filhos e o ma-rido não está satisfeito com aideia. Suely se confessa fã doviolão, muito embora ainda nãotenha muita intimidade com oinstrumento.

Há apenas dois meses nocurso, ela dedilha as cordas commuita dificuldade, mas garan-te que isso é só o começo e quevai aprender no tempo certo.Quanto á relação familiar, eladiz que tudo vai ficar melhorquando aprender a tocar e can-tar algumas músicas românticasem casa. “Amúsica alegra qual-quer ambiente, não é verdade?”,disse ela. (D.F.)

Ideia nasceu no assentamentoA presidente da Associação

do Assentamento Cavaco, Mariadas Graças Ferreira da Silva,conta que a ideia de trazer amúsica para a sua comunidadesurgiu quando percebeu a ne-cessidade de algo que servissepara harmonizar crianças, jovense adultos do assentamento

“Pensei na música porqueela, além de harmonizar as pes-soas, ainda abre a mente paranovos descobrimentos e o apren-dizado de forma geral. E a nossaideia é que, mesmo essas pes-soas tendo suas raízes aqui no as-sentamento, principalmente asmais jovens, enxerguem maisadiante que o mundo é grandee precisa ser explorado”, disseMaria das Graças.

Ela encomendou o projetoMúsica & Cidadania ao InstitutoNaturagro, que é uma Organi-zação Não Governamental(ONG), cuja missão principal ébuscar caminhos para tornarmelhor a vida de agricultoresfamiliares, com a utilização detecnologias adequadas ao de-

senvolvimento sustentável e dapromoção da cultura.

A idealização do projetocoube ao membro do Naturagro,Júnior Rodrigues Nascimento.Foi ele quem formatou a ideia deMaria das Graças, transformoutudo num projeto elaboradocom os requisitos exigidos e en-viou o material para concorrerao BNB de Cultura. A primeiracontemplação ocorreu em 2009,para o exercício de 2010, queserviu apenas para “preparar aterra” para a segunda parte, quefoi o contato direto dos alunoscom os instrumentos musicais.No ano passado, o projeto foimais uma vez contemplado peloBNB de Cultura e tem até junhodo ano que vem para ser con-cluído.

“Este projeto é pioneiro emAlagoas e, certamente, depoisdele outros virão para o nossoEstado com o apoio do BNB oude outros patrocinadores aosquais somos [Instituto Natura-gro] conveniados”, disse JúniorRodrigues. (D.F.)

Meninos atentos à execuçãodas notas musicais durante as aulas práticas

Ednaldo Basílio e Josefa Oliveira trocam a enxada pelo violão nos dias de folga da lida do campo

Turma de meninastreinando os acordes de violão

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Cidades JORNALO JORNALO

PSF: consultórios vazios amanhãMédicos do Programa de Saúde da Família deflagram greve e podem pedir demissão coletiva

Em Santana do Mundaú, população já sente as dificuldades; o posto está praticamente parado

Sumaia Villela

Repórter

Apartir de amanhã, 101municípios de Alagoassofrerão com uma

greve deflagrada pelos 758médicos do Programa deSaúde da Família (PSF). Caso aestratégia não obtenha sucesso,a categoria cogita pedir demis-são coletiva se não receber au-mento salarial de 300%, emmédia, para cumprir as 40horas obrigatórias de trabalho.Dito assim, em números, a vidade milhares de pessoas que de-pendem do serviço parece se

esconder, e as proporções dacrise não alcançam a emoçãodo observador. O colapso doprojeto que hoje é um dos prin-cipais responsáveis pela saúdeda população brasileira debaixa renda tem sentido, rosto,nome e futuro. Para contar ahistória das pessoas que fazemparte desse conflito, O JOR-NAL foi a Santana do Mundaú,onde o PSF já está praticamenteparado, para saber de queforma as estatísticas viramgente e problemas - que estãosó começando.

Continua nas páginas A14 e A15

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CidadesA15

Santana do Mundaú estáencurralada. Não só por suageografia acidentada, que en-currala a parte urbana em umvale, e isola os povoados noalto de montes cujas estradassão escorregadias, com chuva,e esburacadas, com sol. Estácercada pelas circunstânciasque levaram a saúde do mu-nicípio a ficar à beira de um co-lapso, que deve provocar umefeito dominó e atingir atémesmo o Hospital Geral doEstado (HGE).

Uma das vítimas que maissofreram com a enchente de2010, que destruiu todos osprédios próprios que abriga-vam unidades de saúde.Obrigada a deixar seus pro-fissionais da área trabalhan-do em tendas calorentas, porfalta de imóveis disponíveispara aluguel. Dona de umapopulação que ainda sofrecom as consequências físicas epsicológicas da inundação.Recém destituída de sua anti-ga administração por desviode recursos. E, desde a últimasexta-feira, destituída de todosos cinco médicos que garan-tiam o funcionamento doPrograma Saúde da Família(PSF) no município.

Quando a reportagem es-teve na cidade, quarta-feira, asituação acabara de se agra-var de forma quase que irre-mediável. Desde a determina-ção do Ministério PúblicoFederal (MPF), divulgada nodia 15 de setembro, em querecomendava a 55 municípiosalagoanos que obrigassem osmédicos a cumprir o horárioestabelecido em portaria decriação do PSF, dois médicosjá haviam pedido demissão:Carlos Eduardo CostaMaranhão e Gildomar SantosCruz Júnior.

Outra doutora, Ana Paulade Souza Pinto, entrou emgreve individual, e deu o re-cado à secretária municipal desaúde, Márcia Melo: caso o sa-lário não aumente, deixava oemprego definitivamente nodia 30 de setembro. O únicomédico que reside emSantana, José Alberto Albu-querque de Almeida, tinha idoao serviço pela última vez nodia anterior, já sobrecarregadocom o atendimento das outrasequipes do PSF destituídas dedoutores. E a única profissio-nal que continuava atuando,Ana Amelícia Moraes deAlmeida Marques, tinha avi-sado previamente que a sexta-feira seria seu último dia.

A crise tomou conta da ci-dade. Um boato dizia que oPSF iria acabar, e todos fica-riam sem emprego ou assis-tência. As agentes comunitá-rias de saúde foram tomar sa-tisfações quarta-feira de manhã,já que não foram comunicadasdo que estava ocorrendo.Adeilza Balbino da Silva, 33,Valquíria da Silva, 26, e FláviaVanessa Vieira de Lima, 25, afir-maram que a população estárevoltada, e o remédio é falarque logo um novo médico vaichegar à cidade.

No posto dos PSFs 1 e 2, oambiente estava deserto. Ospacientes apareceram bemcedo, vindo a maioria da zonarural, e voltaram aos seus lo-cais de origem quando sou-beram da falta de médicos, deacordo com a enfermeiraMaria Madalena Bernardo deMelo, 39. “Estamos fazendocurativos, nebulização, coisaspequenas. Mas é preciso o mé-dico para prescrever, identifi-car a doença”, contou.

Para atender o município,além das cinco equipes de PSF,existem três postos municipaisque contam com atendimen-tos específicos, as chamadasespecialidades, como gineco-logia e pediatria. A demandamaior, no entanto, é do progra-ma, cuja atribuição não podeser substituída pelos que fica-ram. Eles não curam, mas pre-vinem; não entram em jogono momento do parto, mas nopré-natal; não remediam oca-sionalmente, acompanham asfamílias, dentro de cada con-texto social.

Márcia Melo, a secretáriade saúde, já avisou aos médi-cos que a prefeitura não pode-rá reajustar os salários, combase em um estudo de impac-to na folha do município. “Osgastos aumentaram muito.Nós hoje precisamos alugarcasas e adaptar, e antes essegasto não existia, porque todosos prédios eram próprios. Osequipamentos também foramcomprados. Não estamos emcondições de gastar mais,ainda mais um municípiocomo o nosso, pequeno. São osmenores quem sofrerão maiscom essa crise”, lamentou.Santana do Mundaú abriga10.961 pessoas, de acordo como censo 2010 do InstitutoBrasileiro de Geografia eEstatística (IBGE).

As consequências devemchegar à Maceió. “Já falei aoprefeito para comprar um veí-culo novo, ou preparar os car-ros de laranja dele, porque agente não vai dar conta. Ohospital de União dos Pal-mares já não está suportan-do nossa demanda. Agoraque vai ter mais gente mesmo.Temos três ambulâncias edois carros pequenos, masacho que não vai dar. O jeitovai ser colocar o povo para oHGE”, ameaçou.

Os gestores também sepreocupam com a desestabi-lização política que pode serdesencadeada com as demis-sões e a greve. “Quando a po-pulação procurar e não achar,vai achar que a culpa é nossa.E nós passamos por um mo-mento delicado há poucotempo, vai ser complicado”,avaliou a secretária de saúde.O prefeito Marcelo Souzatomou posse no fim do anopassado devido ao afastamen-to de José Eloi da Silva. Ele erao vice-prefeito da gestão, agoraefetivado no cargo maior daprefeitura. Já Márcia é prove-niente de União dos Palmares,onde trabalhava como assis-tente social. (S.V.)

A pressão que José AlbertoAlbuquerque de Almeida, o Dr. Beto,está recebendo dos moradores deSantana do Mundaú cresce a cada dia.E cresce proporcionalmente à falta dedoutores e à crise do PSF. E ele não temescolha; mesmo em greve, seu dia-a-dia vai ser de cobrança e explicaçõespara a população. Vai pagar o preço porser o único médico de toda a cidade.

Parece absurdo que apenas um mé-dico exista em meio a 10.961 pessoas.Mas é a verdade, segundo a secretáriade saúde, toda a população ouvida e opróprio Dr. Beto. O resto dos doutoresque trabalham no município fixou suamorada em outros municípios – a maio-ria vive na capital, com sua rotina agi-tada tão contraditória à vida diurna deSantana. Ele não, e nem pretende; nas-ceu em um sítio de Viçosa, hoje locali-zado no limite territorial de Chã Preta,e foi criado ali mesmo, na cidade queagora se prepara para deixar desassis-tida.

Sim, porque, independente de suahistória amarrada ao lugar, ele pensacomo os outros: o dinheiro que ganhaali não é suficiente para viver, sem quese complemente com trabalhos extras.

E Correntes, município vizinho pertencente a Pernambuco, há 16 km de distância, o chamou, pagando polpudosR$1.650 a mais, pelo mesmo serviço. Eainda poderá manter um cargo que possui há quatro anos, em Bom Conselho(PE), conquistado através de concursopúblico.

Toda segunda-feira de manhã, DrBeto atende 30 crianças no hospital dacidade, e volta para cumprir o PSF emSantana, à tarde. Essa viagem lhe rendeR$1,5 mil a mais na renda mensal da família. “Alagoas está perdendo muitagente assim. Os médicos que moramnessa região estão trabalhando emPernambuco, que paga melhoreu estou assando e comendo, como sediz o ditado”, reclama.

Assando e comendo, mas dentroda refeição generosa que lhe dá direito a faixa salarial de que faz parte.Membro da enxuta parcela da população alagoana que ganha mais de 10 salários mínimos, 1,7% do total, ou 23 milpessoas, segundo dados do IBGE de2009, o médico vive em uma casa quedifere da quase totalidade das residências da região. Localizada em frente àPraça Santa Ana, no centro de Santana

R$ 18.376,44 mensais. Esse éo salário exigido pelo Sindicatodos Médicos de Alagoas, umareferência ao recomendado pelaFederação Nacional dos Médi-cos (Fenam) para o volume dehoras exigidas pelo PSF. “Quan-do o PSF começou, há cerca de15 anos, se ganhava 30 salários

mínimos, em média. Com otempo, o valor foi sendo achata-do, e hoje chegamos a 10 salá-rios”, argumenta WellingtonGalvão.

O argumento mais escutado,quando se questiona se esse valoré justo diante da realidade deAlagoas, onde metade da popu-

lação (49%) sobrevive com atéum salário mínimo, de acordocom o IBGE (dados de 2008), é acomparação do valor pago aosmembros do Judiciário e dosMinistérios Públicos Federal eEstadual. “O juiz não ganha essevalor? Aprocuradora que baixoua recomendação está tranquila,

com o salário dela. Temos cursosuperior também ,se for por isso”,provou o Dr. Beto, de Santanado Mundaú.

O médico de Santana doMundaú, José Alberto Albu-querque, acredita que esse valorexigido pelo sindicato é fora darealidade de Alagoas. Mas acred-ita que há condição da quantia serelevada. “Se Pernambuco podepagar R$ 8 mil, por que Alagoasnão pode?”, questionou.Segundo ele, um salário na faixade R$ 10 a 12 mil seria suficientenão só para o médico aceitar as40 horas do PSF, mas se fixar nomunicípio durante a semana detrabalho.

Diante do impasse de Ala-goas, e levando em conta o prob-lema comum a todo o Brasil(salários defasados e acordos paratrabalhar menos pela remuner-ação de 40h), o ministro da saúde,Alexandre Padilha, assinou a por-taria 2.027/2011, que autoriza aredução da carga horária para 30ou 20h. O documento não surtiuefeito, porque estava prevista a re-dução do ordenado em conse-quência do horário flexível, eainda deixa para o município oônus de ter que cobrir os brancoscom outros profissionais, geran-do mais gastos. (S.V.)

Santana do Mundaú: PSF parado

A questão salarial e a estratégia de reivindicação

Márcia Melo diz que prefeitura não pode aumentar os salários José Alberto, Dr. Beto, tem visto demanda de atendimento crescer sem o PSF

Único médico residente na cidade com mais de 10 mil pacientes

Segundo a enfermeira Maria Madalena, só pequenos procedimentos estão sendo feitos no posto de saúde

Fotos: Yvette Moura

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JORNALO JORNALO

o vizinho perten-há 16 km de dis-gando polpudos

mesmo serviço. Eum cargo que pos-m Bom Conselhoavés de concurso

ra de manhã, Dr.as no hospital daumprir o PSF emviagem lhe rendenda mensal da fa-perdendo muitaicos que moramtrabalhando emga melhor. Aqui

omendo, como sea.ndo, mas dentroque lhe dá direi-e que faz parte.arcela da popula-ha mais de 10 sa-

do total, ou 23 mildos do IBGE de

em uma casa quedade das residên-zada em frente àentro de Santana

do Mundaú, o verde recém-pintado desuas paredes pode ser vista ao longe,um dos muitos investimentos feitos porele para recuperar o imóvel, que foi to-mado pela água do Rio Mundaú, emjunho de 2010.

Precisou comprar, também, móveisnovos, televisão plana de abastadas po-legadas; recuperar o Jipe que saiu arras-tado rua abaixo, e hoje está como novo.

Aliás, Dr. Beto, sempre que pode diri-ge o carro off road rumo ao sítio quemantém em Chã Preta. Na quarta-feiramesmo, havia acabado de voltar de lá.Em Maceió, também tem lugar paraficar: um apartamento, onde viva umdos três filhos, ainda estudante deDireito, o único ainda sustentado pelospais.

Uma vida que esparrama pelos so-

nhos da maior parte dos pobres alagoa-nos. E é exatamente esse padrão, que,aliado ao status da profissão e à suanobre natureza social, dá até hoje aocurso de Medicina a maior concorrên-cia nos vestibulares brasileiros, que estásendo ameaçado na categoria médica.A determinação do MPF mexe não sócom a cultura de organização dessesprofissionais, que tradicionalmente pos-suem de dois a três empregos para acu-mular um salário polpudo, mas na es-trutura familiar construída ao longo detantas horas sem descansar.

Os médicos do serviço público estãohoje mais próximos da classe médiabaixa do que gostariam, e devem serobrigados descer ainda mais, caso pre-cisem escolher entre um dos empregoshoje acumulados. “Quando o PSF come-çou em Alagoas, ganhávamos 30 salá-rios mínimos. E enquanto o repasse doGoverno Federal aos municípios au-mentou 18,5%, o salário mínimo subiumais de 700% ao longo desses 15 anos.Hoje o salário de um médico do PSFestá, em média, em 10 salários míni-mos”, explicou Wellington Galvão, pre-sidente do Sindicato dos Médicos deAlagoas (Sinmed). (S.V.)

Bruno Fontan, médico doPSF de Matriz do Camaragibe, éuma dupla exceção. Ele possuiapenas esse emprego, e pensaem unir a luta dos médicos a detodas as categorias profissionaisda saúde. Historicamente, osdois grupos – sapatos pretos e sa-patos brancos, como apelidaramno meio sindical – não só fazemcampanhas salariais e greves se-paradas, mas já atrapalharamum o movimento do outro. Oque os separa, como dito na úl-tima assembleia do Sinmed, éum anel de doutor diferente. Umanel que indica que aquele é olíder da equipe médica, e o restoseus subordinados.

Ele concorda: os salários sãoinsuficientes para as 40 horasque o Ministério PúblicoFederal exige. “A maioriaganha muito mais que isso, jápossuem um nível de vida deacordo com um salário muitomais alto. Se não houver au-mento ou flexibilização, nãovai ter como segurar o médi-co”, explica. Mas não são só osrendimentos dos sapatos bran-cos do programa que ele acre-dita que deve melhorar. “Todaa equipe precisa de reajuste.Muitos agentes comunitáriosde saúde ganham um salário

mínimo, e trabalham muito”,denuncia.

Um plano nacional de car-gos, carreiras e salários paratodos os profissionais da saúde

é o que o presidente doConselho Estadual de Saúde,Benedito Alexandre, acreditadar certo. Ele também lembrauma polêmica influi diretamen-

te na crise do PSF: “É precisoque a emenda 29 [que determi-na a aplicação mínima, obriga-tória, de 15% da receita líquidado município em saúde, 12%do Estado e 10% da União, per-centuais dificilmente respeita-dos atualmente] seja cobrada”,frisou.

Independente das bandei-ras de longo prazo, para en-frentar a determinação doMPF e a imobilidade do poderpúblico em responder ao pe-dido de aumento, a categoriaresolveu, em duas assembleiasrealizadas nos dias 27 e 28 úl-timos, não apelar primeira-mente para a demissão coleti-va. Por isso, a partir de ama-nhã, os médicos do PSF parampara exigir os tais 30 saláriosmínimos. Apenas Maceió ficafuncionando, decido a umacordo feito pela prefeituracom o sindicato, para que, emdezembro de 2012, de acordocom o Plano de Cargos eCarreiras da categoria na ca-pital, os médicos consigamchegar ao patamar recomen-dado pela Fenam, inclusostodas as bonificações. MasWellington já avisou: “não ha-vendo mudança, é o fim doprograma”, anunciou. (S.V.)

Luta unificada é a saída para alguns profissionais

Entenda a exigência do MPFA recomendação do

Ministério Público Federal,assinada pela procuradoraNiedja Kaspary, é fruto deum Inquérito Civil Público,que investigou o descum-primento da carga horáriaestabelecida pela portariaministerial que regulamen-tou o PSF em todo o Brasil.55 municípios foram notifi-cados pelo documento.

Nesses locais, foramidentificados casos onde umacordo era feito entre o pro-fissional de ensino superior(foram citados enfermeiros,dentistas e médicos, mas opivô do problema é este úl-timo) e o município, paraque, ao invés de trabalhar 40horas, tivessem uma jorna-da de 30 horas por semana,para que conseguissemcomplementar a renda emoutros empregos.

Aprocuradora ainda co-brou providências por partedas prefeituras, para quecoibissem o descumprimen-to das 40 horas, além de darpublicidade ao nome dosprofissionais contratados eos seus horários de atendi-mento. Caso não cumpramo determinado, o MPF po-derá com uma ação civil pú-blica, e os gestores poderãoser responsabilizados.Posteriormente, em audiên-

cia pública com as entidadesrepresentativas das partesenvolvidas, o órgão federalrecomendou que cada ges-tor procurasse o MinistérioPúblico para firmar umTermo de Ajuste de Con-duta (TAC), a fim de regu-larizar a situação.

Foram citados os muni-cípios de Anadia, Atalaia,Barra de Santo Antônio,Barra de São Miguel, Bocada Mata, Branquinha, Ca-jueiro, Campestre, CampoAlegre, Capela, Chã Preta,Colônia Leopodina, Co-queiro Seco, Coruripe, FelizDeserto, Flexeiras, Ibate-guara, Igreja Nova, Jacuípe,Japaratinga, Jequiá da Praia,Joaquim Gomes, Jundiá,Junqueiro, Maceió, Mar Ver-melho, Maragogi, MarechalDeodoro, Marimbondo,Matriz de Camaragibe,Messias, Murici, Novo Lino,Paripueira, Passo de Ca-maragibe, Paulo Jacinto,Penedo, Piaçabuçu, Pilar,Pindoba, Porto Calvo, Portode Pedras, Quebrangulo,Rio Largo, Roteiro, SantaLuzia do Norte, Santana doMundaú, São José da Laje,São Luiz do Quitunde, SãoMiguel dos Campos, SãoMiguel dos Milagres, Satu-ba, Teotônio Vilela, Uniãodos Palmares e Viçosa. (S.V.)

“O jogo de empurra” sem soluçãoO financiamento do Progra-

ma Saúde da Família (PSF) étripartite, ou seja, União, Estadoe município devem contribuir.Essa é a única afirmação que otrio compartilha; no restante,cada um afirma: estou fazen-do minha parte, e os outros pre-cisam dar mais de si.

Pedro Madeiro, presidentedo Conselho de SecretariasMunicipais de Saúde de Ala-goas (Cosems), repetiu a recla-mação de seus pares: o finan-ciamento do Governo Federalé muito baixo. Inicialmente,afirmou que seria de R$ 10 milpor equipe.

O diretor de atenção básicado Ministério da Saúde, HeiderPinto, no entanto, corrigiu ovalor tão disseminado pelosgestores municipais alagoanos,em entrevista por telefone.Segundo ele, R$ 10.050 é o valordestinado apenas ao pagamen-to de salário para o médico, oenfermeiro e o auxiliar de en-fermagem de cada equipe,mensalmente. É repassado,ainda, R$750 para cada agentecomunitário de saúde, e maisR$ 3,1 mil para a saúde bucal.“E caso a equipe ingresse emum programa de controle daqualidade e atendam aos re-quisitos, podem conseguir atéR4 8 mil a mais”, acrescentou.

Diante do exposto pela re-portagem, Madeiro admitiuque o valor seria somente partedo direcionado ao programa,mas continuou a defender oaumento do repasse da União.“O PSF não é só a equipe.Precisa pagar insumos, a sede,o vigilante, a água, energia, mo-torista, veículo e outros. Anteso Ministério bancava 2/3 dos

gastos, e hoje não chega a1/3”,reclamou. Seu município,Quebrangulo, também vaiparar com a greve. Além doPSF, ele conta que conta apenascom um clínico geral; o restotrabalha nas especializações.

O Estado, dono do menorrepasse para custeio do PSFentre os três entes federados,paga de R$5 mil a R$ 17 milpor município, mensalmente,de acordo com a quantidadede habitantes que cada cidadetem. Quem fala dos números éa diretora da atenção básica daSecretaria Estadual de Saúde(Sesau), Myrna Pimentel, quenão desmentiu o valor que ossecretários de saúde munici-pais afirmaram que recebempor equipe, cerca de R$1,5 mil.“Eles tiraram uma média, nósnão fazemos a divisão dessaforma”, justifica, ressaltandoque, mesmo que não seja ovalor ideal, a atual gestão teriao mérito de ter começado apagar o que era de sua obriga-ção, não cumprida, de acordocom ela, até 2007. “Desse anopara cá que a gente começou afazer o repasse”. Questionadase o Estado já pensa em aumen-tar o valor do repasse, dianteda crise que se avizinha, elafalou que “muitas propostasestão em discussão”, mas lem-brou – como os outros “parcei-ros” – que o financiamento doPrograma de Saúde da Famíliaé tripartite, e a reponsabilidadeda atenção básica, segundo aConstituição Federal, é dos mu-nicípios.

Bruno Fontan, acredita queo governo federal e o Estadoprecisam aumentar suas con-trapartidas. (S.V.)

Prevenir para curar é lógica do PSFO Programa Saúde da Fa-

mília (PSF) pretende inverter alógica da saúde pública brasilei-ra: ao invés de valorizar o aten-dimento emergencial e a cura dedoenças, na maior parte das vezesconcentrando a demanda emhospitais, a ideia passa a ser apos-tar na prevenção e acompanha-mento sistemático de um deter-minado número de famílias, emuma área geográfica comum, porequipe.

O leque é grande. O contextosocial deve ser levado em conta, eentram no rol de competências dogrupo desde o acompanhamentoda gravidez até o tratamento con-tinuado de doenças crônicas, comohipertensão e diabetes, passandopela prevenção e reabilitação dopaciente.

Apesar de o programa exis-tir desde 1994, em Alagoas ele sófoi concretizado em 1996. Em

2006, o Governo Federal lançouuma portaria (nº648) que classi-fica o PSF como estratégia prio-ritária para organização da aten-ção básica do Sistema Único deSaúde (SUS). O documento tam-bém regulamentou o funciona-mento e as atribuições do pro-grama – que hoje vem sendochamado de Estratégia de Saúdeda Família.

Uma equipe do PSF é for-mada por, no mínimo, um mé-dico, um enfermeiro, um auxi-liar de enfermagem (ou técnicode enfermagem) e quatro a cincoagentes comunitários de saúde.Todos devem cumprir umacarga horária semanal de 40horas – ou deveriam até a flexi-bilização proporcionada pelaportaria 2.027/2011. Um detalhe:o atendimento ao paciente sópode ser feito, teoricamente, coma presença do médico. (S.V.)

ente na cidade com mais de 10 mil pacientes

Presidente do Conselho de Saúde, Benedito Alexandre acredita na unificação

Agentes de saúde contam que a população de Santana do Mundaú está revoltada

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Cidades JORNALO JORNALO

Flávia Batista

Repórter

Um caminho comvárias vias de aces-so e uma únicasaída: estreita, difí-cil e dolorosa. Por

causa da facilidade e de umpoder de sedução arrebatador,cada vez mais pessoas e comidades cada vez mais precoces seenvolvem com drogas. Lícitasou não, as substâncias químicasde diversas origens fazem víti-mas que estão espalhadas pelascidades e às vistas de qualquerum. Em cada esquina, homens,mulheres, jovens e crianças dis-putam a atenção e qualquer mi-galha dada por populares. Tudoe qualquer coisa pode ser rever-tido numa próxima dose de en-torpecente. Por causa dela,Alagoas tem hoje o maior índicede violência da sua história. Acidade, outrora pacata, cedeulugar para uma urbe violentaonde se mata, rouba, mutila esequestra em nome do tráfico edo consumo.

Quem vê os farrapos de genteperambulando pelas ruas, pedin-do dinheiro ou qualquer outracoisa nos sinais de trânsito, im-plorando sem se importar com ahumilhação, imagina que a vidadeles se resume àquele momen-to. As figuras sujas, muitas vezesameaçadoras pelas próprias ex-istências, causam mal-estar e atérepulsa a muita gente. Mas o queestá por trás de cada um dessespersonagens é um ser humano,muitos com histórico de vida,com família e um problema desaúde que não têm forças para re-solver sozinhos.

Os centros de tratamento es-palhados por todo Brasil estãocheios de relatos de gente comhistórias assim: uma curtição noinício, uma vontade incon-trolável no momento seguinte,uma compulsão logo depois, atéque o vício toma conta da vidae degrada o ser humano que aliexistia.

O psiquiatra Marcelo Ma-chado, especialista em de-pendência química, afirma queo vínculo com a droga compro-mete tanto a condição de vidada pessoa, que ela perde a noçãodo que quer que seja. “O en-volvimento com o vício é tãogrande, que o indivíduo perde anoção do que está acontecendoa sua volta. Ele não se importamais com a aparência ou com oque se submete para sustentar oseu vício. São estas pessoasmuitas vezes que estão nas ruas”,afirmou.

O vínculo familiar, segundoo psiquiatra, muitas vezes é oprimeiro a sofrer as consequên-cias do vício. Doente, o depen-dente interfere na saúde da es-trutura familiar. “Nestes casos, asituação é tão complicada que afamília também perde a noção dasituação. Existe um co-depen-dente que, na tentativa de res-gatar aquele ente do vício, tam-bém acaba se submetendo a situ-ações extremas. Ele também agepor impulsividade e acaba tendosintomas semelhantes ao do dro-gado”, afirmou, explicando que,na maioria das vezes, tanto o de-pendente químico, quanto suafamília precisam de tratamento.“O tratamento da família é fun-damental. Uma família doentepode favorecer uma recaída”.

O longo e tortuoso caminho de saída das drogasLícitas ou não, as substâncias entorpecentes fragilizam a saúde e alimentam a escalada da violência em Alagoas

Fotos: Marco Antônio

Para psiquiatra, tratamento tem eficácia sendo ou não voluntário

Tratamento involuntário tem eficáciaSegundo o National Institute

on Drug Abuse, qualquer trata-mento para combater a de-pendência química tem que estarbaseado em 13 princípios para tero resultado esperado. Entre estespilares, há um que fala que o trata-mento não precisa ser voluntáriopara ser eficaz. A premissa é ex-plicada pelo psiquiatra MarceloMachado, como uma questão deter discernimento entre o que podeou não funcionar; a escolha entrea vida e a morte. “Quando estáenvolvido no seu vício, o depen-dente não pensa em nada mais. Elesimplesmente não tem condiçõesou discernimento de escolher oque é melhor para sua saúde, parasua vida. Só quando deixa de usarpor um tempo é que ele poderá tercondições de avaliar se vale ounão a pena deixar o vício”, afir-mou, dizendo ainda que a neces-sidade de manter o paciente vivoé o que deve nortear a necessi-

dade do início da terapia. “O trata-mento, seja ele voluntário ou não,têm resultado efetivo. O que fazdiferença, é a qualidade desta tera-pia”, defende o psiquiatra.

E o tratamento deve ser apli-cado respeitando as singulari-dades de cada paciente. Cadacaso tem de ser diagnosticado iso-ladamente e tratado com suas es-pecificidades. Por isso, a formaçãode uma equipe multidisciplinar,com profissionais especializadose com estratégias montadas éessencial. “Aequipe tem de estarpreparada para lidar com os im-previstos. Por isso a equipe profis-sional tem de adaptar o trata-mento às necessidades desen-volvidas por cada paciente. Sódepois de um período de doisanos é que se pode dizer, com se-gurança, que o dependente en-trou num período de remissão”,explicou Marcelo Machado. (F.B.)

Continua na página A20

PRINCÍPIO 1

Um único tratamento não é apropriado para todos os indivíduos.

PRINCÍPIO 2

O tratamento precisa estar prontamente disponível.

PRINCÍPIO 3

Um tratamento eficaz é aquele que atende às diversas necessidades dos indiví-

duos e não apenas ao uso de drogas.

PRINCÍPIO 4

O tratamento de um indivíduo e o plano de serviços devem ser continuamente

avaliados e modificados quando necessário para garantir que o plano atenda às

necessidades mutantes da pessoa.

PRINCÍPIO 5

A permanência no tratamento por um período adequado de tempo é essencial

para sua eficácia.

PRINCÍPIO 6

Aconselhamento (individual e / ou em grupo) e outras terapias comportamen-

tais são componentes cruciais para um tratamento eficaz.

PRINCÍPIO 7

Medicações são um elemento importante no tratamento de vários pacientes, es-

pecialmente quando combinadas com aconselhamento e outras terapias comporta-

mentais.

PRINCÍPIO 8

Indivíduos com distúrbios mentais que sejam dependentes das drogas devem

ser tratados de maneira integrada de ambos os problemas.

PRINCÍPIO 9

Desintoxicação médica é apenas o primeiro estágio do tratamento e por si

mesma contribui pouco para mudança a longo prazo de uso de droga.

PRINCÍPIO 10

O tratamento não precisa ser voluntário para ser eficaz.

PRINCÍPIO 11

O possível uso de droga durante o tratamento deve ser monitorado continua-

mente.

PRINCÍPIO 12

Programas de Tratamento devem proporcionar avaliação para AIDS/ HIV, Hepatite

B e C, Tuberculose e outras doenças infecciosas e Aconselhamento para ajudar pa-

cientes a modificarem comportamentos de risco de infecção.

PRINCÍPIO 13

A recuperação da Dependência Química pode ser um processo a longo prazo

e frequentemente requer vários episódios de tratamento.

FONTES:

National Institute on Drug Abuse (NIDA)

National Institutes of Health

Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas (UNIAD)

13 PRINCÍPIOS PARA UM TRATAMENTO EFICAZ

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JORNALO JORNALO

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Cidades JORNALO JORNALO

A eficácia do tratamento em grupoAs comunidades terapêuti-

cas para o tratamento de de-pendentes químicos é uma ten-dência que vem se espalhandoem todo mundo. Os casos nãosão novos, mas têm se multi-plicado e mostrado resultadospositivos com mais ênfase nosúltimos tempos.

Em Alagoas, algumas deze-nas de comunidades e clínicastêm se estabelecido com a metade tratar os portadores de de-pendência. Muitas estão liga-das a grupos religiosos e agemcomo uma missão de suas cren-ças. Um dos exemplos mais co-nhecidos é a Fazenda da Espe-rança, que atua em MarechalDeodoro e está ligada à Diocese.

MANASSÉS - Quem utilizatransportes públicos já deve tervisto grupo de jovens que ven-dem canetas e divulgam oInstituto Manassés, que se propõea um tratamento de nove mesespara recuperação de rapazes liga-dos às drogas. O projeto existehá 15 anos e atua em 16 estados.Em Alagoas, o grupo é novo eatua há apenas dois meses.

Estabelecido numa casa con-fortável no Stella Maris, na áreaonde estão os bares mais bada-lados da cidade, o projetoManassés trabalha de umaforma peculiar, mas que, segun-do os dirigentes, tem mostradoresultados positivos ao longodos anos. “Trabalhamos a rein-tegração social. Em todos os es-tados, nossos centros ficam emáreas urbanas. Nosso pacientenão é prisioneiro, ele pode ir aoshopping ou sair para comeruma pizza. Sempre acompa-nhado por algum diretor da ins-tituição. Mas ele tem uma vidasocial. Queremos que ele enten-da que pode ter uma vida agra-

dável sem a interferência dasdrogas”, afirmou Bruno Ra-phael Rocha, diretor auxiliar daManassés, em Alagoas.

O segredo do projeto, ensi-na o diretor, é tirar o dependen-te do lugar onde ele começou ovício. Por isso, todos os 30 inter-nos que estão em tratamentoem Alagoas são oriundos de ou-tros estados. “Imagina o pacien-te entrar num ônibus para ven-der canetas e encontrar um co-lega que dividia o vício com ele.Imagina ele sair para comeruma pizza ser abordado pelaantiga turma. Saindo do am-biente em que ele estava inseri-do, as chances de recuperaçãosão muito maiores”, explicou.

O programa de tratamentoda Manassés não inclui medica-ção ou a intervenção de médi-cos, psicólogos ou psiquiatras.Durante o período de desinto-xicação, os pacientes são sub-metidos unicamente a terapiasespirituais e ocupacionais, se-guidas pela reinserção social,através do trabalho de comer-cializar canetas. Mas o sucessoé garantido pelo diretor BrunoRaphael.

Ele garante que ao longo dos16 anos de atuação, mais dequatro mil famílias são teste-munhas do êxito do tratamen-to. “Eu mesmo sou um caso desucesso”, afirma o diretor, de21 anos e que está sem consu-mir drogas há 1 ano e setemeses.

Para ser admitido no pro-grama da Manassés, o pacien-te passa por uma entrevista,onde é avaliado e tem de mos-trar que quer, de fato, deixar ovício. “Eu olho no olho dele etenho que sentir que a vontadede deixar as drogas existe defato. Não adianta a gente tentar

ajudar uma pessoa que nãoquer ajuda”, afirmou.

Bruno Raphael se apresen-ta como um exemplo de que aforça de vontade é ponto deci-sivo na hora de abandonar asdrogas. Com 21 anos de idadee afastado da cocaína há umano e sete meses, depois de seisanos de uso, ele se diz prontopara passar sua experiência eajudar outros dependentes a “fi-carem limpos”.

De fato, a experiência decasos de sucesso ajudam na re-cuperação de dependentes, se-gundo defendeu o psiquiatraMarcelo Machado. “O trata-mento em grupo favorece a re-cuperação, porque o foco deveser sempre a perspectiva de queo tratamento vai ter sucesso. Ascomunidades passam a mensa-gem de que se pode conseguir.A influência do grupo ‘conta-mina’”, afirma o psiquiatra.

E é esta experiência queBruno que passar para o grupo,mesmo que seja sem a interven-ção de uma equipe multidispli-nar, com profissionais capaci-tados especificamente para tra-tar de casos como os dele e osdos 30 pacientes que estão sobsua tutela.

O jovem diretor começou ausar drogas aos 14 anos, emRecife, onde morava. Primeiroveio a maconha, depois o ál-cool, até que conheceu a cocaí-na, aos 17 anos. Ele conta queestava sem rumo até que, semsaber como, passou no vestibu-lar. “Tinha 18 anos na época e,depois de um tempo afastadodas drogas, consegui passar novestibular. Mas não conseguificar muito tempo longe. Volteie aí caí completamente”, conta.

em de que poderia conse-guir”, revelou. (F.B.)

Instituto Manassés tenta reinserir os pacientes no convívio social; Bruno, o diretor, é ex-dependente

Internação ainda tem custo altoPara a presidente do Fó-

rum de Combate às Drogasem Alagoas, Noélia Costa, oEstado tem registrado algunsavanços no enfrentamento àdependência. Mas ainda háum longo caminho a se per-correr. “As políticas públicasde combate às drogas aindaprecisam avançar muito. O go-verno federal, por exemplo,ainda investe pouco em solu-ções para este problema. Achave não é fazer mais clínicas,mas investir em prevenção e

em educação”, defende.De fato, as políticas do go-

verno Federal para coibir ocrescimento do tráfico e doconsumo de drogas no Brasilainda estão em fase bastanteembrionária. E enquanto ogoverno busca soluções, opoder de drogas como ocrack avança em todas as ca-madas sociais. “Hoje se en-gana quem acha que o cracké uma droga das favelas egrotas. As famílias de classesmédia e alta também estão

inseridas nesta estatística”,afirmou Noélia Costa.

Para tirar os dependentesdo vício de drogas cada vezmais poderosas, uma clínicachega a cobrar até R$ 2.500 pormês. “Não é todo mundo quepode investir esse dinheiro notratamento de um filho. Porisso que o combate às drogastem de ser encarado como umtratamento preventivo, cominvestimento em educação emtempo integral”, orientou apresidente do Fórum. (F.B.)

Rede pública fazinserção social

Diante do crescimento dacriminalidade influenciadopelo avanço do crack em Ala-goas, desde o ano passado, ogoverno do Estado traçouuma política de prevenção àviolência que incluiu no in-vestimento para criação deuma rede de acolhimento etratamento dos dependentesquímicos no Estado. Desta ne-cessidade, nasceu o ProjetoAcolhe, que tem a meta de tra-tar e incluir socialmente de-pendentes químicos.

Mantido unicamente peloFundo Estadual de Combatee Erradicação da Pobreza(Fecoep), o Projeto Acolhe temretirado das ruas e custeado otratamento de cerca de 800 de-pendentes químicos espalha-dos em 30 comunidades tera-pêuticas em todo Estado.

A idéia é retirar o indiví-duo do seu convívio e, duran-te um período que varia deseis meses a um ano, ele é sub-metido a um tratamento queinclui acompanhamento mé-dico e psiquiátrico, assistên-cia social e terapêutica e rein-serção social que inclui enca-minhamento ao mercado detrabalho.

A idéia é inovadora e temganhado repercussão positi-va em todo Brasil, segundogarantiu o secretário de Estadoda Promoção da Paz, JardelAderico, responsável pela tu-tela do projeto. “Alagoas é oúnico estado do País a ter umprograma de tratamento com-pleto para dependentes quí-micos. Outros estados têm seespelhado na nossa experiên-cia para implantar projetos se-melhantes”, falou.

Desde a implantação doprojeto e dos trabalhos de pre-venção, os números oficiais dehomicídio registrados emAlagoas mudaram. Relatos in-ternos da Polícia Militar apon-tam que durante todo ano de2010 foram contabilizadas2.226 mortes violentas noEstado. Para 2011, os registrosoficiais eram, até a última quin-ta-feira, de 1.776 homicídios.

Os dados são diretamenteinfluenciados pelo trabalho deretirada de usuários de dro-gas das ruas. Por isso, o go-verno já planeja criar umaverba específica, dentro doTesouro Estadual para custearas comunidades terapêuticasinseridas no Projeto Acolhe.“Cada dependente em trata-mento custa ao Estado umamédia de R$ 800 mensais.Sobrevivemos unicamentecom a verba do Fecoep.Precisamos crescer”, afirmouJardel Aderico, assumindo queo que se faz ainda é insuficien-te diante do número de 30 mildependentes de crack em todoEstado. “Estamos numa posi-ção privilegiada e avançadaem comparação a outros es-tados. Mas ainda temos umlongo caminho a seguir”,disse.

NOVA JERICÓ - Entreas comunidades inseridasno projeto Acolhe Alagoas,está a Nova Jericó, situadaem Marechal Deodoro. É láque cerca 32 pacientesvivem, neste momento umperíodo de adaptação a umanova proposta de vida,longe do consumo, do tráfi-co e da violência.

A comunidade é um pri-meiro passo de um projetoque vai incluir a passagem poroutras casas. “Quase todos osnossos pacientes são usuáriosde crack. Aqui eles encontramuma sistemática de funciona-mento sustentada na convi-vência, no trabalho, na espiri-tualidade”, explicou JoséAndersaon da Silva, terapeu-ta em dependência química.

Dentro da comunidade, opaciente passa 21 dias, divi-didos em etapas, até que eleestá preparado para ser trans-ferido para outra unidade”,garante Anderson. Apartir dapróxima semana, uma açãoserá desenvolvida junto comà Vara da Infância e daJuventude. Duas comunida-des trabalharão só com adoles-centes envolvidos em crimesrelacionados às drogas. Oscasos serão avaliados pelo juizFernando Tourinho. (F.B.)

Fotos: Marco Antônio

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JORNALO JORNALO

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Carlos Alberto Jr.

Repórter

ARAPIRACA - Otrânsito na cida-de de Arapiracaestá, a cada dia,t o r n a n d o - s e

mais caótico, principalmentenas áreas centrais. As maioresinfrações são verificadas nasparadas de semáforos. Boaparte dos motoristas e moto-ciclistas fica em cima das fai-xas de pedestres, sem contaraqueles que estacionam emfaixas proibidas, conforme areportagem flagrou durantea semana na rua FernandesLima, em frente à Casa deSaúde e Maternidade NossaSenhora de Fátima, em plenoCentro.

Na última semana, fiscaisda Superintendência Muni-cipal de Transporte e Trânsito(SMTT), realizaram fiscaliza-ções pelas ruas centrais da ci-dade e naquelas considera-das mais problemáticas. Nocaso dos veículos guinchados,foram levados para o depó-sito da SMTT. Os motoristase motociclistas pagam, nes-ses casos, multas a partir deR$ 70 e perdem quatro pon-tos na Carteira Nacional deHabilitação.

Um dos motoristas flagra-dos pela guarnição de trânsi-to alegou que tinha estacio-nado na faixa proibida parapegar o resultado de umexame para a esposa. “Podeaté ser verdade, mas lei é lei

e a gente trabalha justamen-te para coibir essas irregula-ridades no trânsito”, explicouum guarda de trânsito muni-cipal, que não quis revelar aidentidade. O motorista, e ou-tros três, tiveram os veículosrebocados na manhã de quar-ta-feira, dia 28.

Durante a semana, a equi-pe de reportagem do O JOR-NAL percorreu as ruas doCentro em busca de flagran-tes de irregularidades no trân-sito. E o que se viu foram mo-toristas em desespero ao per-ceberem os flagras. Um deles,que dirigia uma caminhone-te S10, chegou a estacionar oveículo na esquina entre a ruaProfessor Domingos Correiae a Avenida Rio Branco, noCentro, e obrigar que o regis-tro fotográfico fosse apagado.

O fato de estacionar ocarro em cima das faixas depedestres é o mais comum ve-rificado entre motoristas nacidade de Arapiraca. Alémdisso, é igualmente comumos motociclistas serem vistossem capacetes e usando san-dálias, por exemplo. No en-tanto, as maiores infrações sãoa falta do uso do cinto de se-gurança e falar ao celular. Boaparte dos motoristas não usao equipamento de segurançana parte central da cidade ale-gando que os fiscais de trân-sito da SuperintendênciaMunicipal de Transporte eTrânsito (SMTT) não aplicammultas.

A comerciante Niedja Me-

deiros afirmou saber da proi-bição de falar ao telefone en-quanto se dirige, mas tam-bém salientou ter conheci-mento da não aplicação demultas pelos agentes fiscali-zadores da SMTT. “Quandoestou em Maceió, por exem-plo, eu não gosto de atendero celular no trânsito, mas aquiem Arapiraca sempre façoisso e nunca recebi nenhumamulta por esse motivo”, sa-lientou.

O superintendente daSMTT, Severino Lúcio, disseque ações de prevenção e edu-cação dos motoristas e moto-ciclistas com relação a infra-ções são constantes na cida-de. “Fazemos fiscalizações pe-riódicas nas ruas deArapiraca. Apesar da equipepequena de agentes de trân-sito nossas ações são contí-nuas. Nem sempre podemosnotificar quem não usa cintode segurança, porque boaparte dos veículos tem pelí-culas escuras, o que dificultao trabalho da nossa equipe”,justificou.

Ainda de acordo com o su-perintendente, as puniçõespara os infratores são constan-tes. “O número de apreensõese notificações aumenta a cadasemana. Engana-se quem afir-ma que não punimos. Nossaequipe está atenta e punindoos infratores que pagam multae têm os veículos apreendi-dos”, frisou Severino Lúcio.

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JORNALO JORNALO

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Ara iracapFotos: Cortesia/Bruno Veríssimo

Trânsito caótico no centro de ArapiracaIrregularidades são cometidas por motoristas e motociclistas em ruas centrais da cidade

Agentes de trânsitoestão guinchando

carros pelo Centro

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A23Domingo, 2 de outubro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

Arapiraca JORNALO JORNALO

Motos e “cinquentinhas” ajudam a complicar trânsito pela cidadeApresença das motocicletas

também reforça o caos no trân-sito de Arapiraca. Segundodados da SMTT, circulam pelomunicípio cerca de 36 mil moto-cicletas emplacadas. Esse núme-ro exclui as famosas e polêmi-cas motos de 50 cilindradas, maisconhecidas “Cinquentinhas”,que não possuem cadastro nosórgãos de trânsito, além dasmotos emplacadas em cidadesvizinhas, que também circulampela cidade.

No caso das “Cinquenti-nhas”, a situação é ainda maiscomplexa porque muitos meno-res de idade usam esses veículos.Tornou-se cena comum vê-losdiariamente conduzindo as mes-mas sem capacete e até mesmopela contramão, o que pode cau-sar acidentes mais graves.

O estudante Miguel Silveirade Araújo, de 18 anos, tem umamoto do tipo “Cinquentinha” hácerca de dois anos e não usa ca-pacete, já que, segundo ele, nãoé obrigado. “Não gosto de usarcapacete, até porque não é obri-gatório. Quando comprar umamoto maior, passarei a usar.Ainda este ano quero tirar minha[Carteira de] Habilitação”, reve-lou ao confirmar ainda não estarhabilitado para uso desse tipode veículo.

O comandante do 3º Ba-talhão de Polícia Militar, Wellin-gton Bittencourt, destacou que

somente a educação poderá mi-nimizar esse e outros problemasdo trânsito em Arapiraca. “É ne-cessário que aja o entendimen-to que, para se ter uma qualida-de no trânsito, a sociedade deixecertos costumes culturais e pas-sem a obedecer às regras exis-tentes, somente a fiscalização nãoirá resolver o problema, isso éimportante, mas não é tudo”,destacou o comandante.

A auxiliar administrativa,Jullyana Medeiros da Silva, de 23anos, comprou uma motocicle-ta de 50 cilindradas há poucomais de seis meses e se mostrapreocupada com sua segurançano trânsito. “Acho que a minhasegurança é mais importante. Eutenho responsabilidade, mas nãorespondo por que quem está aomeu lado dirigindo um carro,por exemplo. Não faz um mês,um motorista não parou no sinalvermelho aqui na [avenida] RioBranco e quase provocou umacidente. Foi meu primeiro sustono trânsito”, disse.

A competência para a fisca-lização dessa modalidade de mo-tocicletas fica sobre a responsa-bilidade da SMTT, pois o muni-cípio ficou com a responsabilida-de de registrar esses veículos depequeno porte. Como os órgãosdo país inteiro ainda não pos-suem essa estrutura, será neces-sário uma parceria com o De-partamento de Trânsito de

Alagoas (Detran) para realizaro registro das devidas motoci-cletas. Enquanto o problema nãoé resolvido, a Polícia Militar podeenquadrar vários casos no âm-bito criminal, o que já ocorre nacidade.

CONFERÊNCIA - No últi-mo dia 22 de setembro, a SMTTe o Conselho Municipal deTrânsito promoveram a Con-ferência Municipal de Trânsitode Arapiraca, com vários even-tos e atividades voltadas a orien-tar os condutores de automó-veis, motocicletas, ciclistas e tam-bém pedestres.

Segundo Severino Lúcio,uma das determinações mais im-portantes surgidas a partir dasdiscussões feitas nas câmaras te-máticas foi sobre a regulamen-tação das “Cinquentinhas”. Oscondutores precisam ter Carteirade Habilitação para estar numveículo desse tipo. “Além disso,eles precisarão ter no mínimo 18anos e usar, sim, o capacete, prin-cipal equipamento de seguran-ça para condutores e caronas”,frisou o superintendente.

Na próxima semana, de acor-do com Severino Lúcio, o Con-selho Municipal de Transporte eTrânsito deverá se reunir paradiscutir sobre a elaboração deum documento que regulamen-te esse tipo de transporte na ci-dade de Arapiraca. (C.A.J.)

Clandestinos continuam na cidadeO superintendente da

SMTT, Severino Lúcio, desta-cou o trabalho em combateaos clandestinos em Arapi-raca, o qual, segundo ele, con-tinua a todo vapor. “Vamoscombater os clandestinos emtodos os setores, seja ele mo-totaxi, taxi ou carros de lota-ção. Não perderemos o foconessa operação, onde a SMTTtem que cumprir seu realpapel”; garantiu Severino.

Lucio foi mais além, ao co-locar que os mototaxistasclandestinos, responsáveispor três manifestações nas úl-timas semanas, devem pro-curar a Câmara de Verea-dores em uma comissão parasolicitar a abertura de maisvagas. “Não podemos permi-tir a irregularidade. A lei mu-nicipal já disponibilizou asvagas necessárias, agora o au-mento delas não compete aoórgão e sim ao Poder Legis-lativo”, justificou.

Na última quarta-feira, dia

28, os clandestinos realizam oterceiro protesto pelas ruascentrais da cidade reivindi-cando a alteração na Lei Mu-nicipal 2.574, de 2008. “Que-remos que a SMTT [Supe-rintendência Municipal deTransporte e Trânsito] regula-rize a gente. Somos trabalha-dores e pais de famílias e temespaço aqui em Arapiracapara o nosso trabalho. A de-manda existe e todo sabedisso”, disse um dos mani-festantes, que não quis seidentificar.

O Artigo 10 desta lei esta-beleceu o aumento de mais200 mototaxistas em Ara-piraca. Desde então, a cidadetem oficialmente 670 profis-sionais cadastrados. Já os clan-destinos afirmam que existemlocalidades na cidade queainda não têm o serviço deforma regular, o que dificultao transporte de passageiros.

O vereador Tarcizo Freire,autor do projeto de lei de

1998, que criou e regulamen-tou na cidade o sistema demototaxi, deve apresentar naCâmara Municipal de Ara-piraca, projeto alterando oArtigo 10 da Lei Municipal,que aumentou o número deprofissionais regularizadosem 2008. Desde então, a quan-tidade não sofreu mais alte-rações. De acordo com verea-dor, o projeto já está em tra-mitação na Câmara Municipalde Arapiraca, desde o iníciodesta semana e deverá cons-tar na pauta dos trabalhos jáa partir das próximas sessões.

Enquanto a polêmica nãoé resolvida, agentes de trân-sito da SMTT continuam fa-zendo blitzes pelas ruas dacidade, com a finalidade deapreender motos que traba-lham de forma irregular notransporte de passageiros.Quem tiver o veículo apreen-dido paga multa, a partir deR$ 70 e perde pontos na car-teira de habilitação. (C.A.J.)

Rua do Sol continua problemáticaHá alguns anos o trânsi-

to na conhecida Rua do Sol,dominada por estabeleci-mentos comerciais que tra-balham com varejo e ataca-do de produtos diversos,ficou em sentido únicovindo da rua Professor Do-mingos Correia em direçãoà Rua São Francisco, outrabastante movimentada emArapiraca. Caminhões esta-cionam dos dois lados da-quela rua para descarregaros produtos. O que sobra,no meio, acaba sendo dis-putado entre os veículos depasseio, estivadores e ascarroças de frete. O resul-tado é trânsito engarrafado,buzinaços e muito estresse.

Por causa do elevado nú-mero de veículos, principal-mente os pesados, transi-tando pela rua a SMTT, apartir de reivindicações demotoristas, iniciou um pro-cesso de adequação paraevitar congestionamento notrânsito que se estendia poroutras ruas e avenidas doCentro em horários de pico.

A principal mudança foiimplantada no final do mêsde maio. Trata-se, na ver-dade, de um acordo entre aSMTT e os comerciantesinstalados na Rua do Sol,cerca de 50, incluindo umsupermercado de grandeporte, que estabeleceu o ho-rário compreendido entreas 18 horas e as seis damanhã para carga e descar-ga de mercadorias. No en-tanto, o acordo não vemsendo cumprido pelos co-merciantes.

No mês de julho, O JOR-NAL publicou uma repor-tagem especial sobre a si-tuação caótica na rua. Naúltima sexta-feira, a equipede reportagem do O JOR-NAL retornou ao logradou-ro e verificou que o proble-

ma persiste. Veículos pesa-dos continuam fazendocarga e descarga nas lojas edistribuidoras instaladas aolongo dos cerca de 200 me-tros da rua.

Na época, o superinten-dente da SMTT de Ara-piraca explicou que o órgãofazia fiscalizações com re-gularidade na rua e nãohavia descumprimento doacordo. “O que acontece,às vezes, é que um ou outrocomércio ultrapasse otempo limite, mas usamoso bem censo. Até agora nãorecebemos reclamações apopulação sobre isso. Os

comerciantes fazem reve-zamento por lá até hoje.Apenas um lado é usadopor dia para descarga. Nooutro ficam apenas carrospequenos. Isso não gerou,até agora, nenhum proble-ma”, explicou.

Por outro lado, o supe-rintendente voltou a afirmarque a fiscalização na ruacontinua precária, ainda de-vido ao número reduzido deagentes de trânsito. “Porém,nosso pessoal sempre passapor lá em dias e horários al-ternados e, se houver neces-sidade, aplicam notifica-ções”, concluiu. (C.A.J.)

Centro ganha mais um semáforoA Superintendência Muni-

cipal de Transportes e Transito(SMTT) de Arapiraca, atravésdo Departamento de Trânsito, eatendendo a vários pedidos decondutores e pedestres, estaráinstalando, na próxima terça-feira, mais um semáforo na re-gião central da cidade. As ruasJoão Ribeiro Lima e EstudanteJosé de Oliveira Leite, no Centro,estarão sendo beneficiadas comsemáforo de dois tempos.

De acordo com o superin-tendente da SMTT, “a implan-

tação deste semáforo é umareivindicação antiga da popu-lação, tendo em vista o gran-de fluxo de veículos e pedes-tres que trafegam e transitamrespectivamente nesta artériaimportante do nosso municí-pio”, explicou.

Lúcio relatou que o ponto éestratégico, uma vez que temosde um lado uma agência ban-caria e do outro um cartório deregistros civil e imóvel. A par-tir das oito horas da manhã umaequipe de agentes da SMTT es-

tará orientando os condutoresde veículos automotores e pe-destres a circularem utilizandoapenas um lado da via.Enquanto outra equipe instala-rá e colocará em funcionamen-to o semáforo de dois tempos.

Estudos estão sendo feitospela SMTT no sentido de quenovos semáforos sejam insta-lados em locais estratégicos,tanto no Centro, quanto embairros onde o fluxo de veícu-los automotores seja conside-rado elevado. (C.A.J.)

Motociclista é flagrado sem proteção e com sandálias

Mototaxistas clandestinosrealizaram três protestos no centro de Arapiraca

Superintendente daSMTT diz que fiscalização é feita

Fotos: Cortesia/Bruno Veríssimo

Carlos Alberto Jr.

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Ruas ganham câmeras de segurançaImplantação do sistema está em fase de testes; seis equipamentos foram instalados pela prefeitura

Carlos Alberto Jr.Repórter

ARAPIRACA - Já começa-ram a serem instaladas as câme-ras do sistema de vídeomonito-ramento de Arapiraca. Os equi-pamentos, adquiridos pela pre-feitura, já foram instalados noParque Ceci Cunha e na AvenidaGovernador Lamenha Filho, notrevo de acesso à rodovia AL-110. A primeira etapa do proje-to prevê ainda a instalação decâmeras, além do Parque CeciCunha, nas principais entradase saídas da cidade, Lago daPerubaca e pontos da área cen-tral de Arapiraca.

De acordo com o comandan-

te do 3º Batalhão de PolíciaMilitar (BPM), tenente-coronelWellington Bitencourt, o projetoainda está em fase de testes, maso espaço físico e instalação elé-trica já estão prontos. O coman-dante disse ainda que o sistemaserá operado por técnicos trei-nados e a Central de Moni-toramento da Polícia Militar vaifuncionar numa sala ao lado doCopom.

O assessor técnico da prefei-tura, João Paulo, explicou que asseis câmeras de monitoramentojá foram instaladas, porém aindaestão sem funcionamento por-que ainda faltam ser interliga-das à Internet. Do total, três equi-pamentos são os fixos colocados

nos trevos de acesso à cidade.“As outras três são as giratóriasque foram instaladas no Centroda cidade. Uma no Parque CeciCunha, outra na cruz daConcatedral e a última na torreda antiga igreja matriz deArapiraca”, disse.

O sub-comandante do 3ºBPM, capitão Anaximandro Te-nório, falou a base central demonitoramento vai funcionarna sede do batalhão. “Os testesestão sendo finalizados e nossaequipe está sendo treinada parabom uso dos equipamentos decontrole. Haverá policiais mili-tares e técnicos trabalhando comas câmeras de monitoramento”,destacou.

A previsão é de que, em até30 dias, os equipamentos este-jam funcionando em sua pleni-tude. No dia 14 de abril, a pre-feitura municipal havia divul-gado que as câmeras importadasestariam funcionando no mêsseguinte, o que não ocorreu. Naépoca, o prefeito Luciano Bar-bosa revelou que o municípioadquiriu, por meio de licitaçãopública, os primeiros equipa-mentos, incluindo três câmerasrotativas, três câmeras fixas eum moderno programa de com-putador.

“Temos investido em açõeseducativas, como a ampliação econstrução de novas escolas,áreas de lazer e programas devalorização das artes, comoforma de fortalecer uma culturade paz em nosso município.Contudo, a violência vem ame-drontando a população, e, porconta disso, resolvemos colocaresse novo instrumento nas mãosdas polícias, como forma de pre-venção à criminalidade emArapiraca”, explicou o prefeito.

REDUÇÃO DA VIOLÊN-CIA - O comandante do 3º BPM,tenente-coronel Wellington Bi-tencourt, disse que o sistema demonitoramento por câmeras seráum importante instrumento paraauxiliar as polícias no combate àviolência e à criminalidade nacidade. “Em algumas capitais,como Vitória e Belo Horizonte,o sistema está conseguindo redu-zir em 40% o índice de crimina-lidade”, explicou.

O sistema, que inclui ummoderno programa de compu-tador responsável pelo geren-ciamento dos equipamentos,será monitorado a partir de umasala vizinha à Central de Ope-

rações (Copom) do 3º BatalhãoMilitar. O projeto prevê, inicial-mente, a colocação de câmerasde videomonitoramento emtodas as entradas e saídas da ci-dade, bem como em pontos demaior movimentação de pes-soas e veículos.

A ideia da prefeitura e dosintegrantes do Conselho Muni-cipal de Segurança é ampliar onúmero de equipamentos, como apoio do governo federal,como parte das ações do Pro-grama Nacional de Segurança eCidadania (Pronasci), para queo sistema seja estendido a ou-tros pontos da cidade e, com isso,garantir à polícia um maior mo-nitoramento na prevenção ecombate à violência na cidade.

O grupo que aprovou o pro-jeto conta com a participação derepresentantes do poder públi-co, polícias Civil e Militar, Mi-nistério Público Estadual (MPE),Ordem dos Advogados do Brasil(OAB) de Arapiraca, Câmara deDirigentes Lojistas (CDL),Associação Comercial, Asso-ciação dos Empresários doDistrito Industrial (Adedia) eCâmara de Vereadores.

A24 Domingo, 2 de outubro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

Arapiraca JORNALO JORNALO

ADEQUAÇÃO

Empresas capacitam jovensaprendizes no interior de ALDa RedaçãoCom assessoria

SUCURSAL – Na últimasemana duas empresas loca-lizadas na Região Agreste doEstado firmaram Termo deAjustamento de Conduta(TAC) com o Ministério Pú-blico do Trabalho e se com-prometeram a contratar 24 jo-vens aprendizes. Ambas têm60 dias para admitir adoles-centes entre 14 e 24 anos, deacordo com as regras previs-tas na Lei da Aprendizagemn.º 10.097/2000.

A empresa Ermor Taba-rama Tabacos do Brasil, situa-da no município Lagoa daCanoa, vai contratar nove jo-vens e a Sociedade Beneficenteque leva o nome da cidadePalmeira dos índios, 15, res-peitando o percentual míni-mo de cinco por cento do nú-mero total de empregados. Deacordo com o TAC, fica jor-nada de trabalho de no máxi-mo 6 horas diárias, de segun-da-feira a sábado, incluindoas aulas teóricas.

Além de contratar os

aprendizes, ambas as empre-sas também assumiram a obri-gação de matriculá-los em ins-tituições de ensino que pro-movem cursos de capacitaçãotécnica para jovens. Os con-tratados receberão um saláriomínimo, além de outros be-nefícios assegurados por lei,como vale-transporte evale-alimentação. Ocontrato poderá ser de,no mínimo, 12 mesese, no máximo, 24.

De acordo com oprocurador do Traba-lho Gustavo Accioly, aempresa tem a obriga-ção de colocar os jovenspara exercer atividadespráticas compatíveiscom o aprendizado teó-rico. “Salientamos quese faz necessária a rota-tividade das tarefas, com com-plexidade progressiva. Alémda parte teórica estritamentevinculada às atividades práti-cas, o programa de aprendi-zagem poderá contemplar ou-tros conceitos teóricos quesejam úteis na futura vida pro-fissional do jovem”, explicou.

O procurador destacouque o MPT incentiva o tra-balho para o jovem apren-diz, mas proíbe que meno-res de 18 anos sejam expos-tos a ambientes insalubres,perigosos e ofensivos a morale a horários incompatíveis

com sua condição.“Uma das cláusulasdo TAC proíbe traba-lho em horário notur-no ao menor de 18anos, ou seja, aquelecompreendido entre22 horas de um dia ecinco horas do se-guinte. O aprendiznão poderá ser expos-to a serviços penosos,constituídos por tare-fas extenuantes ou

que exijam desenvolvimen-to físico ou psíquico não con-dizente com sua capacida-de”, ressaltou.

Se as obrigações previstasno TAC não forem cumpri-das, as empresas estarão sujei-tas a pagamento de multa. AErmor Tabarana pagará 10 milreais, por cada aprendiz nãocontratado, e a Sociedade Be-

neficente de Palmeira dos Ín-dios, 100 reais, por dia de des-cumprimento. Os valorespagos serão revertidos aoFundo da Infância e Ado-lescência (FIA).

O QUE DIZ A LEI - A Lei nº10.097/2000, regulamentadapelo Decreto nº. 5.598/2005,estabelece que todas as em-presas de médio e grandeporte estão obrigadas a con-tratar adolescentes e jovensentre 14 e 24 anos. Trata-se deum contrato especial de traba-lho por tempo determinado,de no máximo dois anos.

Os beneficiários são admi-tidos como aprendizes, deacordo com a ClassificaçãoBrasileira de Ocupações(CBO), do Ministério do Tra-balho e Emprego, e, ao mesmotempo, são matriculados emcursos de aprendizagem, eminstituições reconhecidas, res-ponsáveis pela certificação.

A carga horária de seishoras, estabelecida no contra-to, deverá somar otempo de atividades práticas naempresa e as aulas teóricas.

Fotos: Cotesia/Bruno Veríssimo

24 jovens

serão

contratados

por

empresas

no Agreste

alagoano

Câmera giratória estáinstalada no Parque

Ceci Cunha

Outra foi colocada nacruz da Concatedral,

também no Centro

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A25

JORNALO JORNALO

Domingo, 2 de outubro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

Economia

A ampliação e reforma do Hotel Jatiúca, um dos mais tradicionais em Maceió, começa no ano que vem Na paradisíaca Maragogi, no litoral norte de Alagoas, Grand Oca Maragogi vai ganhar 80 novas unidades

Brisa Mar, investimento de R$ 20 milhões Novo apartamento do Maceió Mar Hotel foi focado para atender ao perfil da família

Miramar em reforma para ganhar novo perfilPara concorrer com os me-

lhores resorts de alto padrão,com serviço “all inclusive”, ogrupo espanhol Oca Hotelscom sua marca premium GrandOca apostaram no MiramarMaragogi Com o novo perfil,o resort passa por uma sériede modificações, começandopelo nome que agora atende porGrand Oca Maragogi Beach &Leisure Resort, seguindo a de-nominação que grandes ca-deias hoteleiras utilizam pelomundo.

Os investimentos em refor-

mas no Grand Oca Maragogiserão em duas etapas. Segundoa gerente Susana Villanueva, naprimeira fase foram investidosaproximadamente R$ 2,5 mi-lhões na compra de mobiliário,TV de LCD e objetos de deco-ração para os bangalôs e as sui-tes ,entre outros . Na segundaetapa, os investimentos previs-tos são na ordem de R$ 10 mi-lhões com construção de mais80 apartamentos e, no próximoano, o resort vai ganhar três res-taurantes , implantação de ser-viços e equipamentos.

Dois pilares se destacam noGrand Oca Maragogi Beach &Leisure Resort: o atendimentopersonalizado e a preocupaçãocom o meio ambiente. “Estouno Brasil há três anos. Em todoesse tempo, vi somente dois co-queiros serem derrubados emnossa área. Um por um raio eo outro porque estava doente.E, no mesmo período, planteimais de 40 árvores e novos co-queiros. A natureza é o nossomaior mote”, aponta AntonioRodriguez, diretor do Grupopara o Brasil.

Outro ponto importanteabordado foi a responsabilida-de social que o empreendimen-to possui. De todos os funcioná-rios que hoje atuam no em-preendimento, 95% são da re-gião de Maragogi. “Para nós, émuito importante ensinar aosfuncionários. Assim podemosoferecer o melhor serviço parao hóspede, sempre proporcio-nar crescimento profissionalpara aqueles que são nossos co-laboradores. Nosso treinamen-to é constante”, afirma o dire-tor-geral.

Setor amplia unidades em AlagoasPara atender a uma demanda crescente de turistas, iniciativa privada direciona investimentos para ampliação da rede

Nide Lins

Repórter

De olho no crescimento doturismo em Maceió, a hotelariaestá investindo em ampliação ena reforma dos leitos, como é ocaso do Maceió Mar Hotel e doJatiúca Resorts. Também no mêsde outubro, a capital alagoanavai ganhar mais um hotel, o Bri-sa Mar com 150 unidades napraia da Pajuçara. Com investi-mento de R$ 20 milhões, o em-preendimento alagoano da RedeBrisa de Hotéis vai gerar 150 em-pregos diretos.

“Vamos abrir com 100 unida-des no sistema de soft opening(fase de experimentação) para opúblico. As vendas para as ope-radoras começamos nesta sema-na, mas para o mês de dezem-bro”, diz o empresário da rede,Carlos Gatto. O novo Hotel Brisaestá gerando 150 empregos naconstrução civil. “Maceió temmercado para hotéis de 3 e 4 es-trelas”, diz.

O Maceió Mar Hotel, com 23anos no mercado, tem a taxamédia de ocupação de 85% epara ampliar a oferta de leitos nomercado de lazer estão sendoconstruídos 63 novos aparta-mentos. Aprevisão de entrega épara o final de outubro. Atual-mente, o hotel alagoano contacom 143 unidades.

Inaugurado em 18 de no-vembro de 1988, o Maceió Marrevolucionou o mercado por sero primeiro hotel com vidrariana sua fachada e todos os apar-tamentos com vista para o mar.Segundo a empresária AdrianaVasconcelos, os novos aparta-mentos têm o foco na família.“Queremos um diferencial nomercado. Os novos apartamen-tos serão amplos, com capaci-dade para 4 pessoas (casal comduas crianças)”, conta AdrianaVasconcelos.

“As novas unidades não vãoter vista para o mar, porém serão10% mais econômicas, manten-do a mesma qualidade e con-

forto”, diz Adriana Vasconcelos.“Atualmente o turismo de even-tos no nosso hotel representa15% da taxa de ocupação”, diza empresária.

No ano de 1978, Maceió ga-nhou o primeiro resort urbano,o Hotel Jatiúca que teve uma im-portância histórica no turismoalagoano. O empreendimentocolocou a capital alagoana namídia, o hotel era mais famosoque a cidade, tanto que os turis-tas escolhiam primeiro o hotel,e não o destino. O Jatiúca era odestino, foi o primeiro marke-ting do turismo para Maceió.

Agora aos 33 anos, o resortpassará por uma reforma e seus92 apartamentos vão ficar maisamplo com 42 metros quadra-dos, novas TVs de plasma, fe-chadura eletrônica e ar condi-cionado split.

Também serão construídostrês novos blocos, abrigando 57unidades. E ainda tem mais mu-dança, o hotel vai contar comum SPA, mais duas piscinas,deck com vista para praia e umsalão de eventos com capacida-de para 200 lugares. As refor-mas e ampliações têm objetivode acompanhar as mudanças nahotelaria e tornar o Hotel Jatiúcamais competitivo no Nordeste.A previsão do início das refor-mas do Jatiúca é para o ano de2012.

ENERGIA SOLAR - Comopreservação do meio ambiente,todos os apartamentos do HotelJatiúca utilizarão energia solar.Atualmente, o hotel conta com200 funcionários. O principalmercado ainda é o turismo delazer, seguido de eventos, e temtradição de receber muitos ca-sais para lua-de-mel. Em 1985,com a gravação da novela “A-mor com Amor se Paga”, daRede Globo, os atores MayaraMagri e Mateus Carrieri passa-ram a lua de mel no Hotel Ja-tiúca, assim o resort passou aser conhecido nacionalmentecomo o destino de lua de mel.

HOTELARIA

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Senador Paulo Paim (RS) e o deputado Paulo Pereira (SP) participam da diplomação de Jackson Lima Neto

Os comerciantes têm receio de que o faturamento do Dia das Crianças acabe sendo abaixo do esperado Bancários fecharam as agências reivindicando reajuste salarial e melhores condições de trabalho

REPRESENTAÇÃO

Alagoas participa danova diretoria da CNTA

Mais uma vez, Alagoas estárepresentado na diretoria efe-tiva da Confederação Nacionaldos Trabalhadores da Alimen-tação e Afins (CNTA). Jacksonde Lima Neto, presidente doSindicato dos Trabalhadores daIndústria do Açúcar de Alagoas(STIA-AL), foi empossado nocargo de secretário de Finançasda entidade nacional, para ummandato de quatro anos.

A posse aconteceu no dia20 deste mês, durante a soleni-dade de abertura do V Con-gresso Nacional dos Trabalha-dores nas Indústrias de Ali-mentação do Brasil, na cidadede Luziânia, em Goiás. O pre-sidente Artur Bueno de Camar-go foi reconduzido para o cargoe ficará à frente da Confedera-ção pelo mesmo período.

A eleição de Jackson deLima Neto aconteceu em en-contro da categoria, realizadono mês de setembro, em For-taleza, no Ceará, e demonstrao prestígio nacional do STIA-AL. “O trabalho que realiza-mos em Alagoas e nossa parti-cipação nas lutas, proposições

e negociações nacionais nos cre-denciaram a ocupar esse im-portante cargo na diretoria daconfederação e vamos usar essanova posição em favor dos tra-balhadores brasileiros e, espe-cialmente, dos trabalhadoresalagoanos”, afirmou Jackson.

O V Congresso Nacionaldos Trabalhadores nas Indús-trias da Alimentação do Brasil,realizado entre os dias 20 e 22deste mês, contou com a pre-sença de entidades e trabalha-dores de todos os estados bra-sileiros, onde foram debatidostemas como estrutura sindical,saúde do trabalhador e políti-cas gerais do ramo que deverãopautar os rumos da categoriapara os próximos quatro anos.

Aabertura que contou comdiversas autoridades, dentreelas o anfitrião, José CalixtoRamos, presidente da CNTI,teve como ponto alto a posse danova Diretoria da CNTA emuma cerimônia comandadapelo senador gaúcho PauloPaim, que em nome dos traba-lhadores declarou empossadoo presidente Artur Bueno de

Camargo e demais integrantespara o mandato 2011/2015.

No evento, foi apresentadauma análise de conjunturageral sobre questões econômi-cas do Dieese, bem como depolíticas gerais, que enriquece-ram os debates e as propostasque foram à plenária.

No encerramento do Con-gresso, que culminou com umjantar, o presidente Artur Bue-no de Camargo fez questão deagradecer a presença de todasas delegações e de cada traba-lhador e trabalhadora. “Emnome da CNTA, quero deixaro agradecimento em meu nomee em nome da diretoria denossa Confederação a todos ospresentes, pelo esforço de sedeslocarem de seus locais deorigem para estarem dandosuas contribuições neste VCongresso. Tenham certeza queo trabalho de vocês, a riquezados debates e a unidade aquidemonstrada, nos enchem deenergia para que possamos,realmente, trabalhar cada vezmais em defesa da classe traba-lhadora”, completou.

Bancos fechados prejudicam lojistasEm menos de uma semana, comércio do centro de Maceió já registra queda no movimento de clientes em 30%

Elisana Tenório

Repórter

A greve dos bancos come-çou a atrapalhar o faturamentodo comércio formal em Alagoas.Em menos de uma semana deparalisação, a Aliança dos Reta-lhistas estima um decréscimonas vendas em torno de 30%. Eos lojistas acreditam que se omovimento grevista continuar,o faturamento relativo ao Diadas Crianças ficará comprome-tido. Até a última sexta-feira,das 153 agências bancárias queoperam no Estado, 115 estavamcom os serviços paralisados.

A presidente em exercícioda Aliança Comercial, SilvâniaFerreira, avalia que a retraçãoacontece porque muita gentecontinua tendo o hábito de uti-

lizar moeda em espécie no atodo pagamento. Além disso,quem sai de casa para realizaralgum serviço bancário terminacomprando alguma coisa e, coma greve, isso se tornou tempo-rariamente inviável.

“No momento, a populaçãoestá bastante limitada para rea-lizar suas compras. Afinal, ospagamentos feitos pelas lotéri-cas têm limites de R$ 700,00 e ossaques de R$ 1.000,00. Alémdisso, as constantes informaçõesde que há muitos caixas eletrô-nicos sem dinheiro suficientepara atender a demanda, comdefeito técnico e sem impresso-ra, também contribui para agra-var a situação. Com isso, as pes-soas estão adiando suas saídasde casa e, consequentemente,estão comprando menos”, ex-

plicou Silvânia Ferreira, quepossui uma ótica localizada noCentro.

Ela compara o movimentoatual ao verificado em dias deferiado, quando o comércioabre, mas permanece com ofluxo de clientes muito abaixoda média. “Dos meus cinco fun-cionários, resolvi dá folga a doisporque o movimento está muitobaixo”, confessa.

Em uma rápida passada pe-las ruas do Centro é fácil encon-trar lojistas e gerentes reclaman-do da baixa nas vendas. Extraoficialmente, especula-se que osegmento mais atingido é o dealimentos.

“Para roupas, sapatos e equi-pamentos eletrônicos, por exem-plo, os clientes preferem parce-lar suas comprar utilizando cre-

diário e cartão de crédito. Masquase ninguém faz isso quandoquer fazer uma refeição ou umlanche fora de casa. Nosso mo-vimento caiu pela metade!”,afirma Gilberto Farias, gerentede uma lanchonete localizadano Centro.

O presidente da Associaçãodos Lojistas do Maceió Shop-ping, João Maciel, reconhece quenão dispõe de dados oficiaissobre o movimento nas vendasverificado desde quando a grevedos bancários começou. Ele,porém, assegura que a Praça deAlimentação, localizada no cen-tro de compras, é o local maisprejudicado, pois a maioria dosclientes prefere pagar utilizan-do dinheiro em espécie ou, nomáximo, cartão de débito.

Empresários de outros seto-

res, porém, também queixam-sedo fraco movimento. O lojistaFrancisco Napoleão conta queas pessoas acima dos 40 anossão as que mais deixaram decomprar nos últimos dias. “Essepúblico não possui o hábito deutilizar cartão de crédito.Preferem sempre pagar seus dé-bitos à vista. Portanto, estãosaindo de casa o mínimo possí-vel”.

INFORMAL - O comércioinformal também sentiu aqueda no movimento das com-pras verificado desde o inícioda greve dos bancários. Vende-dores de telefone celular, óculos,relógios, camisas esportivas,brinquedos, aparelhos eletrôni-cos e tantos outros apetrechosimportados que são vendidos

no mercado paralelom afirmamque o movimento caiu emmédia 50%.

Alguns desses comerciantesutilizam cartão de crédito, masa maioria dos clientes preferepagar no ato da compra. “Agente está fazendo o que podepara atrair os fregueses, mas onegócio está complicado paranós”, confessa o vendedor detelefone celular, HumbertoCarlos dos Santos.

Ele conta que os clientes de-sapareceram alegando que pre-cisam economizar, já que, aqualquer momento, pode haveruma radicalização da greve, oque pode levar o desabasteci-mento dos caixas eletrônicossem prévio aviso. “A gente es-cuta muita coisa que pode nosprejudica muito”, alega.

A26 Domingo, 2 de outubro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

Economia JORNALO JORNALO

Yvette MouraYvette Moura

Page 27: OJORNAL 03/10/2011

Aprenda como cuidar do orçamento em época de criseEspecialistas alertam para agravamento da turbulência mundial e pedem cautela

SÃO PAULO – O risco deuma recessão na economia, odesemprego, o medo de que ainflação volte a assolar o País -impulsionada também pela altado dólar. Uma crise econômicapode fazer estragos devastado-res na economia e afetar direta-mente o cotidiano dos consumi-dores.

Segundo especialistas, é pos-sível passar por momentos demaior turbulência sem ter a vidadrasticamente afetada, mas, paraisso, é importante que sejam to-mados alguns cuidados. Deacordo com o planejador finan-

ceiro Valter Police, da PoliceConsultoria, o consumidor devemanter alguns princípios básicospara lidar com seu dinheiro,tanto em épocas de crise quan-to em momentos de maior tran-quilidade econômica.

“É preciso equilibrar os pra-zeres imediatos com o planeja-mento do futuro, vivendo o hojetambém pensando no amanhã”,aconselha.

Para ele, um dos pontos fun-damentais que o consumidordeve observar é o seu nível deendividamento. De acordo como planejador, as parcelas de em-

préstimos e financiamento nãopodem prejudicar o orçamentofamiliar, principalmente em mo-mentos em que existe a possibi-lidade de haver uma crise finan-ceira.

“Acho que boa parte da po-pulação se esqueceu que de tem-pos em tempos temos períodosmais difíceis e isso está fazendoas pessoas se endividarem emdemasia”, afirma Police.

Ele afirma que as dívidas sãoas mais diversas, desde parcelaras compras corriqueiras (mesmosem juros), até financiamentosautomotivos e imobiliários, com

prazos que chegam a 30 anos.“O comprometimento da rendadestas pessoas está muito alto ecrescendo e, caso haja algumproblema na entrada de recur-sos, a inadimplência virá e, comela, todos os malefícios já conhe-cidos - juros mais caros, menoratividade econômica, etc”, aler-ta.

O educador financeiro esócio da Mais Ativos, ÁlvaroModernell, concorda. “Tem umadica que vale para todo momen-to, mas que tem ainda mais forçaem épocas de crise: não contrairdívidas”, diz.

Crédito maisescasso e caro

Police ressalta que, em mo-mentos de crise, o crédito cos-tuma se tornar mais escasso e,por conta disso, mais caro. Daío perigo de se endividar emdemasia. “É mais prudente re-fletirmos muito antes de qual-quer tomada de crédito, já queos custos serão mais altos”.

Ele afirma que o créditoainda é usado de maneira er-rada por grande parte da po-pulação. “O sinal amarelo jáestá ligado. Infelizmente paraalguns, essa cor já é a verme-lha, mas o pior é que me pa-rece que muito poucos estãopercebendo os perigos da uti-lização de crédito de formapouco consciente”, afirma.

RESERVAS - Além de pro-curar contrair menos dívidas,Álvaro Modernell afirma queé interessante procurar fazerum colchão financeiro paramomentos em que a econo-mia está em uma situação maiscomplicada. “Dentro do pos-sível, é importante tentar au-mentar as reservas”, diz.

Segundo ele, para isso,existem duas maneiras. “Ouvocê dá um jeito de ter umarenda maior ou então cortagastos que não são tão neces-sários. Desta maneira, se a criserealmente acontecer, você temcomo enfrentá-la. Se você nãofor afetado pela crise, podeaproveitar as oportunidadesde investimento, por exemplo,com aquela reserva”, diz.

INVESTIMENTOS - Emrelação aos investimentos,Police aponta que os merca-dos oscilarão com mais vola-tilidade, trazendo mais riscos.Por isso, segundo ele, tambémé preciso ter uma cautela maiorneste momento, com menorexposição em bolsas e ativoscambiais e mais voltado paraa segurança da renda fixa.

“É verdade também queestes momentos costumamoferecer boas oportunidades,mas isso é para aqueles quetem muito conhecimento etambém sangue frio paraaproveitá-las”, disse.

A27Domingo, 2 de outubro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

Economia JORNALO JORNALO

Thiago [email protected] (no horário da tarde)

DÍVIDAS ACUMULADASChegamos a outubro. Faltam três meses para terminar 2011

e uma das maiores dores de cabeça dos consumidores é a dívidaacumulada ao longo do ano. E o pior é que a bola de neve tendea aumentar de volume quando dezembro estiver mais próximo.As compras são inevitáveis. Pensando nisto, a coluna traz nestedomingo algumas dicas para você que deseja se livrar definitiva-mente das dívidas e começar o ano novo sem preocupações.Confira:

NADA DE EMPRÉSTIMOS

O processo do endividamento em quase todas as si-tuações tem seu início quando você passa a recorrer aempréstimos para complementar seus compromissos.Enquanto a pessoa tem crédito fica criando dívidas parapagar dívidas. Pare enquanto há tempo porque vocêsimplesmente está piorando cada vez mais sua situa-ção...

NÃO JOGUE DINHEIRO FORA

Se estiver pagando apenas o valor mínimo do cartãode crédito por meses e meses, você está praticamente jo-gando dinheiro fora. Seu débito nunca diminui e este di-nheiro representa juros das administradoras. O correto éabrir mão do cartão, suspender o pagamento do valormínimo e negociar o pagamento do valor total em pres-tações fixas para liquidar o débito.

PROCURE BARGANHAR SEMPRE

4 – Quando negociar qualquer dívida, nunca aceite aprimeira proposta que lhe apresentarem, procure sem-pre barganhar mais. Se eles oferecem para dividir o débi-to em seis meses, por exemplo, peça para dividir em 20vezes. Claro que de imediato eles também não vão acei-tar, mas pode ficar em 15 ou 12 meses.

NÃO SE INTIMIDE COM AGIOTAS

Dívidas com agiotas: não se intimide com eles. Elesgostam muito de agir desta forma, mas agiotagem écrime e se você registrar uma queixa policial, certamenteo quadro se modificará bastante ao seu favor. Os agiotassão metidos a valentes, mas são inteligentes. Eles sabemque estão praticando uma ilegalidade.

REAVALIE O ORÇAMENTO

Faça uma reavaliação em seu orçamento. Procure res-tabelecer com total prioridade as despesas da subsistên-cia de sua família. Pague primeiro seu condomínio, esco-la, aluguel ou prestação do imóvel, telefone, energia, etc.Seja a situação que você estiver, sem o mínimo de condi-ção para sustentar sua família, você não vai poder resol-ver o problema de mais ninguém. Verifique quanto vocêganha por mês e o total dos seus débitos. Separe o valorpara manter sua subsistência e o que sobrar é para pagardividas.

LIVRE-SE DOS OUTROS

Procure resolver primeiro os débitos que envolvamnomes de outras pessoas. As compras que você fez comfiadores ou em nome de alguém merecem prioridadepara limpar o nome da pessoa e recuperar a confiançaque você recebeu. As contas de valores pequenos podemtambém ser eliminadas com prioridade.

MUDE HÁBITOS FAMILIARES

Modifique seus hábitos de consumo e de sua família,caso contrário você vai voltar a cometer os mesmos er-ros. Em fase de crise, economizar é a palavra de ordem.Consumo de telefone, energia, despesas supérfluas têmde ser eliminadas. Para gastar todo mundo é solidário,entretanto na hora do endividamento apenas um ou ocasal assume a responsabilidade. Lembre-se: “um peque-no vazamento pode afundar um grande navio”.

PEÇA AJUDA AO JUIZADO

Você sempre pode recorrer aos Juizados de Defesa doConsumidor de sua Cidade para ajudá-lo a negociar osseus débitos. Muita gente pensa que por estar devendonão tem o direito de fazer uma queixa contra seu credor.Pode sim, seja bancos, administradoras de cartões, finan-ceiras etc. Os motivos das queixas são os juros absurdosque sempre cobram, dificuldades quanto ao valor daprestação renegociada que você pode pagar, cópias depedido ou contratos que quase nunca lhe são entregues.Pressão abusiva com telefonemas e recados inconvenien-tes a vizinhos, etc.

FÓRUM É MAIS UMA OPÇÃO

Caso não tenha juizado de Defesa do Consumidor ouProcon em sua cidade, a queixa pode ser registrada noFórum que deve funcionar um juizado de pequenas cau-sas. Ao fazer a queixa, leve os dados corretos. Nomecompleto da empresa que você tem o débito, endereçocompleto, explique como foi originado o seu problema,qual o valor envolvido, quantos meses, quanto já pagou,enfim, procure apresentar o máximo de informaçõespara facilitar no momento do registro da queixa.

LEI NA MÃO

Procure ter um exemplar do Código de Defesa doConsumidor, que você pode adquirir em qualquer livra-ria.

Procon Alagoas - Rua Dr. Cincinato Pinto, 503, no centro da capital. Atendimento gratuito pelo número 151.

Mande sua denúncia, dica ou dúvida para a coluna Espaço Consumidor. Todos os domingos, em O JORNAL.

EspaçoConsumidor

PLANEJAMENTO

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ImobiliárioJORNAL

Imó[email protected]

Segundo o Sindicato deHabitação (SECOVI), o merca-do da construção nunca estevetão aquecido. Somente na re-gião metropolitana de SãoPaulo, foram lançadas 67,8 milunidades residenciais no ano de2010, o que representa um au-mento de 26,7 % em relação a2009.

Apesar do bom momentoeconômico, a área de arquitetu-ra e construção civil vem sofren-do com a falta de mão de obraespecializada e com os exíguosprazos para a conclusão e exe-cução de obras.

Para contornar a situação emanter o cronograma de lança-mentos e entregas de empreen-dimentos, as incorporadorastêm acreditado na aplicação deinovações tecnológicas para ossistemas construtivos.

Além disso, também contamcom o trabalho dos gerenciado-res de projetos, profissionais quesão responsáveis por coordenaras equipes de projetistas detodas as disciplinas envolvidasno desenvolvimento do em-preendimento, abrangendo in-clusive a compatibilização dasplantas, o que dá unidade eidentifica possíveis pontos deconflito na obra.

MÃO DE OBRA - Segundoa arquiteta Renata Marques, osegmento de construção civilestá saturado e sem possibili-dade de atender à crescente de-manda. Se considerarmos onível de tecnologia empregadana execução dos empreen-d imentos ,

percebe-se que o setor está atra-sado se comparado a outros seg-mentos da economia. “O Brasilcontinua utilizando métodosmuito tradicionais. Ainda seconstroem prédios arranha-céusassentando tijolo por tijolo oucom o uso de escoras de euca-lipto”, explica a profissional es-pecializada em gerenciamentode projetos e considerada pio-neira nesta disciplina.

Com larga experiência emempreendimentos que rompe-ram barreiras no segmento deconstrução, Renata Marques as-segura que inovações tecnológi-cas podem gerar tanto agilida-de na construção, assim comoobras mais limpas e sem riscos.

O fato é que o mercado daconstrução civil precisa buscarcaminhos alternativos para oproblema da escassez de mãode obra qualificada e a soluçãodeste problema passar por en-contrar soluções que permitammaiores índices de produtivi-dade para execução dos servi-ços necessários à construção deedifícios de forma geral.

O uso de tecnologias comobanheiros prontos, fachada pré-moldada e estrutura metálicasão exemplos de soluções quepartem da premissa de pré-fab-ricação fora do canteiro de obrasde elementos extremamente im-portantes na construção de edi-fícios, todas elas já imple-mentadas por esta profis-sional.

No entanto podemos desta-car o uso de outras soluções quegeram grande melhora nos ín-dices de produtividade nos can-teiros, dentre as quais: estrutu-ras em paredes de concreto, dry-wall, sistemas de fachadas devidro unitizados, entre outras,todas estas com grande dissemi-nação no mercado atual.

PROJETOS - A arquitetatambém chama a atenção paraa crescente importância da con-sultoria do gerenciador de pro-jetos no período de obras.Muitas vezes, com base na aná-lise das técnicas de construçãoenvolvidas, esse profissionalconsegue aplicar alterações nocronograma de execução e nosmétodos de construção empre-gados, o que gera otimizaçãodos prazos e evita o retrabalho.“A consultoria do gerenciadorde projetos é fundamental paraestabelecer um bom padrão deprojetos, condição essencial parafundamentar o trabalho de or-çamento, planejamento e exe-cução”, explica Flávio RiosVieira Lino, diretor de constru-ção da Tishman Speyer.

Entre as diversas inovaçõesimplantadas está a padroniza-ção das diretrizes de projeto.Muitas construtoras têm busca-do soluções práticas e fáceis deserem executadas em projetos

e obras repetidas vezes, comouma alternativa para aten-

der à demanda pornovos empreendimen-

tos sem pre-judicar a

qualida-

de dos imóveis.“A padronização de alguns

sistemas gera maior autonomiapara a equipe de obras, a pes-soa que vai receber o projeto en-tende facilmente que aquela é asolução e já sabe exatamentecomo executar”, explica Renata.

Outro fator que endossa essepadrão é o aumento no núme-ro de imóveis voltados para asclasses C e D. “A tendência dasconstrutoras é se voltar parauma padronização, ou seja, de-senvolver um único produto,que não tenha muita interferên-cia ou muitas interfaces, e im-plantá-lo diversas vezes nas maisdiferentes localidades. Neste tipode construção é ainda mais im-portante a atuação do gerencia-dor de projetos, já que o contro-le dos custos é essencial paranão desvirtuar a relação custo-benefício”, analisa Renata.

Em contrapartida as empre-sas que buscam desenvolverempreendimentos diferencia-dos e com caráter de exclusivi-dade necessitam forte interaçãoentre os projetistas de diversasdisciplinas e o papel do geren-ciador é fundamental para queas discussões técnicas e gestãodos projetos atinjam os padrõeselevados destes produtos.

Segundo Flávio Lino aindahoje existem poucas pessoas quetêm a visão global de um pro-jeto, que tenham acompanha-do todas as suas etapas. “Porisso a importância de um ge-renciador, que faça essa união eentenda um pouco de tudo: defundação, do projeto estrutural,ou seja, ter um entendimentogeral do que acontece em obraé primordial e pode fazer a di-ferença para o sucesso e quali-dade dos empreendimentos”,conclui o diretor de construçãoda Tishman Speyer.

Fonte: Obra 24 Horas

Os deputados da Comissão de Defesa do Consumidor aprovaram naúltima quarta-feira (28) o projeto de lei 5593/09, que autoriza proprie-tários de imóveis alugados a transferir para os inquilinos a titularida-de das contas de água, gás, luz e telefone. Segundo a Agência Câmara,a relatora do projeto, deputada Ana Arraes (PSB-PE), informou que olocatário é quem detém o controle dos recursos contratados e, por isso,deve ser responsável pelas obrigações geradas. “Em nosso entendimen-to, o serviço é contratado por uma pessoa, e não por um imóvel, e é apessoa que contratou o serviço que deve ser responsável pela quitaçãodos débitos gerados quando estava em uso de determinado imóvel”,afirmou a deputada.Segundo informou o Procon-SP, a medida hoje jáé exercida pelas agências fornecedoras de serviço, que inclusive estimu-lam que as faturas sejam emitidas em nome do inquilino.

ALTERAÇÕESO projeto foi aprovado na forma de substitutivo da relatora,que acrescentou alterações no texto. Uma delas proíbe os con-cessionários de serviços públicos de manter interrompida a pres-tação do serviço. Quando o novo locatário já tiver feito a soli-citação de religamento. A outra classifica como prática abusi-va a interrupção de energia e do abastecimento de água, emvirtude de dívida não relacionada ao usuário atual do imóvel.Caso descumpram a determinação, as concessionárias estarãosujeitas a penalidade previstas no Código de Defesa doConsumidor (Lei 8.078/90). O projeto será analisado pelas co-missões de Trabalho, Administração e Serviço Público,Constituição e Justiça e de Cidadania.

MINHA CASA, MINHA VIDAO presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, in-formou esta semana que o programa Minha Casa, Minha Vidanão sofrerá interrupção em Alagoas, apesar do Estado já terultrapassado a cota prevista em 2011. Segundo Hereda, oEstado de Alagoas é, proporcionalmente, o Estado com melhordesempenho em todo o Brasil, na execução do programa dogoverno federal. O presidente da Caixa assegurou que mesmotendo ultrapassado a cota, o programa não será paralisado ea capacidade de execução do governo estadual do Minha Casa,Minha vida terá a cota ampliada no que for necessário.

SEM INTERRUPÇÃOAtualmente, 36 mil casas estão sendo construídas no Estadode Alagoas - a maioria delas, pelo programa Minha Casa,Minha Vida. "É um número sem precedentes na história deAlagoas", destacou Teotonio Vilela. Até o final do ano, milha-res de famílias deverão receber as chaves de suas unidades nascidades de Penedo e Maceió. Durante a reunião de mais de umahora na sede da Caixa, em Brasília, Hereda destacou diversasvezes a eficiência do Governo de Estado de Alagoas no cum-primento das metas do programa.

SEMINÁRIOA Ademi vai realizar, no próximo dia 04 de outubro, umSeminário sobre a NR-18, com apoio do Sinduscon-AL e emparceria com a GL Sistemi. O objetivo é debater as alteraçõesda Nr-18 com empresários e técnicos ligados ao setor da cons-trução civil. ANR-18 é uma norma regulamentadora que tratadas Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria daConstrução, por isso, importantíssima para as empresas quezelam pelos seus colaboradores. Em parceria com a GLSistemi,serão montados equipamentos operacionais e os participantespoderão debater casos práticos, com demonstrações do uso cor-reto desses equipamentos. No auditório do Norcon Empresarial,às 14h30. Informações: 3231-9499.

ALUGUELO Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Estado deSão Paulo(Creci-SP) declarou que o depósito equivalente ao valorde três aluguéis superou o seguro de fiança locatícia nos con-tratos de aluguel nos primeiros seis meses deste ano. De acor-do com o órgão, entre janeiro e junho de 2011, foram feitas 3.197locações com o depósito como garantia, enquanto que o seguro-fiança respondeu por 2.916 contratos. Na comparação com2010, houve alta de 19,65% nos contratos com depósito e quedade 10,22% naqueles garantidos pelo seguro-fiança, visto que,no primeiro semestre daquele ano, foram 2.672 locações garan-tidas com o primeiro e 3.248 com o segundo.

FIADORApesar da alta expressiva no número de contratos de locaçãogarantido com o depósito equivalente a três aluguéis, o fiadorcontinua como a principal forma de garantia para quem alugaum imóvel. No primeiro semestre deste ano, foram 11.511 con-tratos garantidos pela figura do fiador. O número, conformedados do Creci-SP, é 7,87% inferior ao apurado em 2010, quan-do 12.494 contratos de aluguel foram garantidos desta forma.

A28

Mercado aponta saída paraevasão de profissionais

Segundo especialistas, a falta de mão de obra especializada é um dos fatores que atrasam o andamento das obras em todo o Brasil

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JORNALO LO

DoisJORNA

B1Domingo, 2 de outubro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

Fotos: Divulgação

Elô Baêta

Repórter

“Encontro na arte o meumundo e faço dele o meurefúgio”. O pensamento

vem de um artista afeito à respei-tada pintura de Picasso, Miró, Dalí,Portinari. O encontro é entre suaspinceladas emolduradas com o co-lorido picante do tropicalismo doNordeste e seus bonecos e escul-turas altivos em tamanhos e for-mas. Todos resultado daquelas lon-gas viagens com saída da mente echegada nas mãos que só os ho-mens e mulheres das letras, cores,traços e pincéis conseguem enten-der a fundo seu real significado.

Unidos, eles são o mundo e o re-fúgio de um alagoano que faz da ci-dade de Quebrangulo o nascedou-ro para os seus quadros e, também,para as gigantes figuras de gente eanimais com a sua assinatura.Assim, pensa Edmilson Oliveiraque, hoje, com pouco mais de qua-tro décadas de vida, já tem trilha-dos exatos 31 anos de dedicação àsartes plásticas. Uma história queele começa revelando ao CadernoDois de O JORNAL como um tanto“estranha”. Com direito até a umpseudônimo de fama.

“Lembro que, aos 11 anos,quando cursava a 5ª série, fui repro-vado na matéria que mais gostava:Educação Artística. Era considera-do o pior da classe. Sem dominarnenhuma técnica, fazia os meus tra-balhos, e meus colegas pagavam

para que profissionais fizessem ostrabalhos deles. Certa vez, sem quefizesse nenhum esforço, os meuscolegas me deram um grande pre-sente: o pseudônimo de Zé doPicasso. Depois desse triste aconte-cimento, comecei a me interessarmais ainda por esse mundo mara-vilhoso das artes”, conta.

Como tanta gente boa das artes,Edmilson virou um autodidata,adentrando fundo na história daarte universal “desde os primór-dios”, como faz questão de ressal-tar, e adquirindo livros por reem-bolso postal. O resultado veio empouco tempo: “Dois anos depois, aprofessora já me respeitava comoartista”, revela. Foi seu início napintura, com a releitura de traba-lhos de pintores famosos.

Abstratos ou inspirados no cu-bismo de Cândido Portinari, no sur-realismo de Salvador Dalí, no ver-sátil mestre da arte do Século XXPablo Picasso, no autor da radian-te obra Números e constelações emamor com uma mulher, Joan Miró, osquadros de Edmilson Oliveira re-tratam suas vivências com a gentesimples do interior, em meio aoclima ardente do Nordeste, com ouso de cores igualmente intensas.Enfim, uma pintura que fala de“variadas espécies das nossasmatas, nossos tucanos, nosso povo,onde um abraço, um aperto demão, um bom dia, ainda são valo-res indispensáveis no nosso dia adia”, ressaltou o artista em entre-vista a O JORNAL. Edmilson Oliveira tem trilhados 31 anos de dedicação às artes plásticas

O Caderno Dois de O JORNAL foi conhecer a história de Edmilson Oliveira. O artista plástico que construiu uma sólida trilha de mais de três décadas com a pintura, retratando a gente e o viver no interior nordestino com o colorido

intenso de suas telas; com a fauna e a flora alagoanas, através de suas esculturasem ferro e garrafas pet, na cidade de Quebrangulo. E, agora, aposta na magia dos bonecos gigantes como complemento de sua arte. Confiram!

Entre cores e gigantes

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JORNALO JORNALOVariedadesDomingo, 2 de outubro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected] B2

[email protected]

Roteiro Artes plásticas Música Teatro Dança Cinema Horóscopo Artesanato

ÁRIES (20 mar. a 20 abr.) CÂNCER (21 jun. a 21 jul.)

LEÃO (22 jul. a 22 ago.) VIRGEM (23 ago. a 22 set.) LIBRA (23 set. a 22 out.) ESCORPIÃO (23 out. a 21 nov.)

SAGITÁRIO (22 nov. a 21 dez.) CAPRICÓRNIO (22 dez. a 20 jan.) AQUÁRIO (21 jan. a 20 fev.) PEIXES (21 fev. a 20 mar.)

GÊMEOS (21 mai. a 20 jun.)

Horóscopo

TOURO (21 abr. a 20 mai.)

www.omarcardoso.com.br

Melhores e mais propíciasinfluências se apresentarãohoje para você. Saiba tirar

proveito das mesmas que seu êxitoserá maior do que ainda espera. Apro-veite, pois o fluxo astral o incentiva.

Felizes contatos com pessoas deposse financeira elevada e ele-

vação de sua condição material, é o quedenota o fluxo astral de hoje para você.Boa disposição para o trabalho e melho-ra total de saúde.

Nem sempre há uma influênciaastral tão benéfica como esta

deste dia para você. Terá paz no setor amo-roso, a ajuda dos amigos, parentes e reli-giosos para elevar seu estado de espíritoe será bem sucedido nos divertimentos.

Procure manter seu estadode ânimo mais calmo e oti-mista, neste e nos próximos

dias para que não venha a sofrer pre-juízos e embaraços. Êxito nos estudos,pesquisas e exaltação psicológica.

Dia indicado para se desen-volver social, profissional ementalmente. Contudo, de-

verá tomar muito cuidado com suasaúde, especialmente com o seu siste-ma nervoso.

Quanto mais procurar traba-lhar com otimismo, melhorserão suas chances hoje. Exce-

lente às novas associações e aos negó-cios comerciais. Receberá boas notí-cias.

Há indícios de favorabilidadenos seus assuntos pessoais eprofissionais. Obtenção de se-

gredos importantes. Continue tendo con-fiança em si mesmo. A partir de hoje vocêestará se encaminhado para um períodoexcelente.

A influência dos astros lhe pro-mete bons ganhos e lucros emnegócios rápidos, viagens curtas

e especulações razoáveis. Dê especialatenção aos assuntos domésticos, familia-res e profissionais.

Dia importante e benéfico.Excelente para progredir ma-terialmente. Procure condi-

ções de melhorar sua situação econô-mica. Romance favorecido e vida fa-miliar beneficiada.

Dia propício para tratar de as-suntos importantes com auto-ridades civis e militares. Evite,

porém assinar documentos que possamcomprometê-lo. Evite também atritos comfilhos ou pais e as pessoas que dizem seramigas. Ótimo ao romance.

Procure evitar as ações violen-tas e as palavras ásperas. Diafavorável para novas amizades

que o ajudarão a progredir muito. Sucessonas associações, nos negócios e nos as-suntos de dinheiro.

A posição dos astros e ótimapara compra e venda de pro-priedades, e para construir

casa própria se ainda não tem. Ótimopara o amor e também para a proje-ção social.

Amanhã

n Os cinco mil anos da história da arte ocidental será temade curso na Associação Comercial de Maceió, ministra-do pelo pesquisador e coordenador de Ação Cultural daassociação, Benedito Ramos. Dividida em dois módulos,a discussão trará aspectos sobre cultura, arte, arquitetu-ra, música, literatura, religião e filosofia da época comtemáticas como As origens da arte ocidental e nascimen-to do modelo clássico, Grécia – mãe de todas as artes, Asramificações do romantismo e outros. O curso será rea-lizado no auditório da Associação Comercial, de 3 a 7 deoutubro (módulo 1) e de 17 a 21 (módulo 2), das 9h às11h30, no valor de R$ 80 (por módulo) e de R$ 40 (estu-dantes) ou R$ 150 (dois módulos) e R$ 75 (estudantes).Mais informações: (82) 3597-8558/9992-6892.

Sábado

n O cantor jamaicano Max Romeo vai se apresentar pela pri-meira vez em Maceió no dia 8 de outubro, a partir das 22h,no Clube Fênix Alagoano. O músico vem acompanhadopela Banda Leões de Israel (SP). A noite também terá asparticipações das bandas alagoanas Vibrações, GrooveReggae e dos DJs Marcelo Pedra, Waliston e Thupá.

n O V Baile dos Anos Dourados vai acontecer no próximodia 8, às 21h, no Iate Clube Pajuçara (Av. Dr. AntônioGouveia, 1259 – Pajuçara). A noite será animada porMoabe e Ambrosio com participação especial de CristianeVelassy e banda. Vendas de mesas: na secretaria do clubepara sócio e não sócio. Mais informações: (82)3231-8877/3231-3842.

n Cocoricó – o show, espetáculo original que comemora 15anos do famoso programa infantil, traz a Maceió Júlio esua turma nos dias 8 e 9 de outubro. Com montagem parao teatro assinada por Flávio de Souza e músicas convidan-do as crianças a participarem do show, o espetáculo seráencenado no palco do Teatro Gustavo Leite (CentroCultural e de Exposições de Maceió – Jaraguá), às 17h30.Ingresso: R$ 50, à venda no estande Sue Chamusca (MaceióShopping). Mais informações: (82) 3235-5301/9925-7299.

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DOCE DE COCO Que tal a receita do doce predileto de Gisele

Bündchen? A top model dá a receita do seu doce, quefica pronto em 10 minutos e rende 30 porções.Ingredientes: 100 g de manteiga de coco, ½ xícara (chá)de açúcar, 100 g de coco ralado, 1 xícara (chá) de da-masco picado. Modo de preparo: Em um liquidifica-dor coloque 100 g de manteiga de coco, ½ xícara (chá)de açúcar, 100 g de coco ralado e 1 xícara (chá) de da-masco picado e bata bem até formar uma massa. Comas mãos faça pequenas bolinhas e sirva seguir.

Variedades JORNALO JORNALO

B3Domingo, 2 de outubro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

Da pequena Quebrangulo para o mundoCom a simplicidade dos far-

tos em talento, Edmilson fala dosucesso de sua pintura entre osestrangeiros. Um gosto que elecomeçou a experimentar em2002, quando morou por umtempo no Rio Grande do Norte,e, em menos de um ano, assis-tiu aos seus quadros sendo ad-quiridos por alemães, italianos,

portugueses, ingleses, franceses,suecos e americanos.

Em janeiro deste ano, suaarte em óleo sobre tela foi ex-posta em uma mostra indivi-dual em Genebra, na Suíça, emcomemoração aos 25 anos daAssociação Nordesta Refloresta-mento e Educação. Uma ONGcom sede em terras suíças que

nasceu em Quebrangulo com amissão de preservação de umaárea de Mata Atlântica do mu-nicípio, posteriormente trans-formada em reserva federal, daqual Edmilson Oliveira é volun-tário há cerca de 20 anos.

“O resultado foi maravilho-so. Em um único dia foram ven-didos 35 quadros”, diz sobre a

sua experiência de unir as coresquentes do Sertão alagoano àfria paisagem suíça. Em abrilpassado, o artista voltou a Gene-bra. Dessa vez, a convite da Asso-ciation Brás Du Rhône. Por lá,sua veia de escultor ficou regis-trada em dois pássaros, um tu-cano e uma coruja construídoscom ferro e garrafas pet. (E.B.)

Figuras gigantes foram apresentadas ontemSe a trilha artística de

Edmilson com os pincéis já estásolidificada em mais de três dé-cadas, sua história com os bo-necos gigantes mal começou eparece já dar vistas de querertomar o mesmo rumo seguro desuas telas. Ele conta que a ideiasurgiu em 2005, quando deci-diu confeccionar uma grandeescultura de um pássaro, utili-zando ferro e garrafas pet, comadolescentes da comunidadequebrangulense.

Os primeiros dos muitosque ele diz que pretende fazernascer foram apresentados re-centemente à comunidade domunicípio. Duas Nêgas daCosta, um Preto Velho e a Nêgado Balaio desfilaram pelas ruas

da cidade na tarde de ontem,véspera do encerramento da 27ªedição da Festa da Cultura -evento consolidado em Alagoaspor valorizar folguedos popu-lares de diversas partes doEstado.

O evento - que este ano ho-menageia os cem anos do grupoNêga da Costa - tem nos gigan-tescos personagens do folcloreinspirados nos bonecos deOlinda, feitos com isopor e emol-durados com massa de modelar,de três metros e 70 centímetrosde altura e apenas oito quilos,idealizados por EdmilsonOliveira, a grande atração. Sãoeles que, a partir de agora, tam-bém passam a representar o tra-dicional folguedo nascido em

Quebrangulo. E Edmilson Oliveira fala

sobre esse novo momento artís-tico. “Está sendo minha primei-ra experiência com os bonecosgigantes, representando esse ricofolclore que nasceu emQuebrangulo. Comecei agoracom esse tipo de arte, mas nãopretendo mais deixar. Sempreadmirei os magníficos bonecosde Olinda, mas nunca tinha vistoum de perto. Estou encantadocom eles e já tenho projetos in-teressantes para o futuro. Estoufascinado por esse assunto”.

O artista já vislumbra seusbonecos participando de futu-ros carnavais na cidade. Assimcomo dando vida a personagensda obra do ilustre filho da terra

Graciliano Ramos. Mas seus pla-nos não englobam apenas a con-tinuidade de criação de suas fi-guras grandes em tamanho. Seusonho abraça toda a sua arte.

“Pretendo continuar crian-do meus personagens com osbonecos gigantes e pintando nomeu atelier, que atualmente fun-ciona em uma garagem próximaa minha residência. Em 2012 estáprevista uma exposição das mi-nhas telas em Paris. Mas meugrande sonho é criar um espa-ço em Quebrangulo, uma espé-cie de museu, onde eu possa rea-lizar oficinas de pintura comcrianças e também expor aminha arte. Mas é um projeto alongo prazo, eu sei, porque nãoé fácil realizar”. (E.B.)

Eraldo e Fátima Tenório, um casal supervip, retornam hoje ao nosso convício depois de uma rápidatemporada na bela Europa. Bem-vindos, amigos!

[email protected]

ALAMBIQUEProduto genuinamente

brasileiro, a cachaça é umdos símbolos da história po-pular do País. E, por contada ligação histórica com acana-de-açúcar, Alagoas nãopoderia ficar de fora dessarota. Através dos seus alam-biques que dão origem a ca-chaças artesanais de quali-dade, dos mais variadostipos e sabores, o Estado secoloca como um dos princi-pais produtores da regiãoNordeste.

COQUETELFoi um sucesso o coquetel

de lançamento do novo em-preendimento da MarroquimEngenharia. O projeto arqui-tetônico foi assinado por Pau-lo Gusmão e James Passos.Um luxo só!

GIRLEY ROCHAA aniversariante mais

festejada deste domingoserá, sem dúvida, a jovemempresária Girley Rocha.Reconhecidamente uma dasmulheres mais elegantes dacidade, emprestou seu bomgosto para transformar suamaison em parada obrigató-ria do pessoal mais antena-do da cidade. Para celebra-

ra a virada de calendário,Girley será celebrada pelomaridão, pelos filhos, fami-liares e amigos. Daqui dese-jamos os mais sinceros vo-tos de felicidades. Parabéns,amiga!

SELOOs Correios e a Santa Ca-

sa de Maceió lançam o selopostal comemorativo pelos160 anos da instituição. Oevento é o ponto alto do caféda manhã da Irmandade daSanta Casa de Maceió e in-tegra a programação alusi-va à fundação desta que é amaior instituição filantrópi-ca de Alagoas.

BONS VENTOSCom a alta temporada

chegando, além dos voosregulares e internacionais,chegam também os cruzei-ros marítimos. Nessa tem-porada 2011/2012, nove na-vios passarão por Maceióem 37 viagens, totalizandomais de 100 mil cruzeiris-tas na capital alagoana. Ma-ceió receberá o Costa For-tuna, Costa Mágica, CostaPacífica, Grand Celebration,Grand Holiday, Grand Mis-tral, MSC Música, MSC Or-chestra e o Ocean Dream.

Holofotes

1Aaniversariante mais fes-tejada do dia 29 foi a a-

miga Simone Bentes Nor-mande Vieira, que celebroua data cercada de familiarese amigos. Parabéns, amiga!

2O amigo Mário Marro-quim arma o maior fes-

tão para a entrega de maisum empreendimento daMarroquim Engenharia. Olançamento da Mansão An-tonio Oliveira, localizada na

Hélio Pradines, na PontaVerde. O projeto arquitetô-nico é assinado por PauloGusmão e James Passos. OBuffet será assinado porGraça Martins.

3A agropecuarista MarlaTenório já está com tudo

pronto para realização do6º Leilão Nelore União queacontecerá no dia 26 de ou-tubro no Parque da Pe-cuária, em Maceió.

De praxe

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Vá Lá: Os bonecos, telas e esculturas de Edmilson Oliveira podem ser contemplados no seu ateliê, em Quebrangulo, ou noblog: edoliveirartes.blogspot.com. Contatos com o artista pelos telefones: (82) 9961-4887/9632-9387.

Projeto de música da Associação Nordesta

Reflorestamento e Educação, da qualEdmilson faz parte

Evento que homenageia Nêga da Costa segue até hoje; bonecos foram criados para participarem da festa

Fotos: Divulgação

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B4 Domingo, 2 de outubro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

Variedades JORNALO JORNALO

Igreja Nossa Senhora da Assunção (Santo Eduardo): 9h30 e 19h;

Igreja Divino Espírito Santo (Jatiúca): 7h e 18h;

Igreja dos Capuchinhos (Farol): 6h30, 9h, 18h;

Igreja Menino Jesus de Praga (Pinheiro): 7h30, 16h, 19h30;

Igreja Nossa Senhora de Lourdes (Horto): 7h30 e 19h;

Igreja de São Pedro (Ponta Verde): 8h e 19h.

HORÁRIOS DAS MISSAS AOS DOMINGOS

RELIGIÃO

EVANGÉLICA

Thiago GomesRepórter

Ele era cantor de seresta,rodou o País inteiro, ganhoumuita grana e dividiu o palcocom nomes conhecidos da mú-sica brasileira, a exemplo dosertanejo Reginaldo Rossi. Elafazia o papel da típica esposade um seresteiro. Vivia tran-cada em casa, rodeada ao luxoe nutria dentro de si a arrogân-cia e a prepotência. Entretanto,os dois tiveram um encontrocom Jesus e hoje viajam peloBrasil com uma nova missão:conquistar mais para o Reinode Cristo por meio do louvore do testemunho de vida. Adupla da glória Flávio e Vilaníé do Rio Grande do Norte eperdeu a conta de quantos jáganhou para Cristo. Eles espe-culam cerca de seis mil pes-soas.

O casal está em Maceió epretende morar aqui por maisou menos um ano, período emque precisa para colocar emprática uma estratégia que, se-gundo eles, surgiu da vontadede Deus. Sempre com o supor-te dos dirigentes das congrega-ções, a dupla, sempre que éoportunizada para louvar, pre-fere se antecipar e convidar osamigos do Evangelho. O pas-tor da igreja distribui para osmembros uma carta conviteque deverá ser preenchida com

o nome do não-evangélico aser convencido a participar do“Culto do Amigo”. Foi assimque os cantores classificaramo trabalho que participa nascongregações do Brasil intei-ro.

Nestes cultos, Flávio eVilaní aproveitam para louvarao Senhor com algumas desuas 35 canções gravadas e dis-tribuídas em três CDs – todoscom músicas cantadas, play-backs e com as letras disponí-veis. Mas eles consideram queo momento mais importante équando receberam a direçãodivina para contar parte do tes-temunho. “Perguntamos nasigrejas quem são os não-crentes. É com eles que preten-demos tratar. Eles são o nossoobjetivo. Queremos ganharalmas pra Jesus e temos a cer-teza de que fomos chamadospara esta finalidade”, disseVilaní.

Ela relatou que conheceuCristo no dia 2 de dezembro de2002 numa experiência quemarcou para sempre a suavida. Disse que vivia trancadaem casa por determinação domarido, que costumeiramen-te estava viajando para cantar.“Estava lendo a bíblia haviaoito meses e neste dia foi total-mente diferente. Entrei no meuquarto e ouvi claramente umavoz falando comigo da seguin-te maneira: ‘filha, sou eu, teu

Deus quem falo contigo agora’.Comecei a chorar na mesmahora e perguntei se aquela vozera do Deus dos crentes e re-cebi a confirmação. Contei aminha situação que era muitodifícil e decidi aceitar a Jesus,mas tinha medo do meu ma-rido”, narrou.

Vilaní completa que a obraem sua vida estava sendo aper-feiçoada por Deus muito rapi-damente. E para ter a provareal, Jesus falou com Flávio.“Quando eu cheguei perto domeu marido para falar daminha decisão, ele se anteci-pou e disse que Jesus havia fa-lado com ele que eu estava dis-posta a ser crente e que gosta-ria de ir pra igreja. Ele me disseque eu fosse, não tinha proble-ma e ainda ressaltou que ‘ai’dele se não me deixasse ir.Assim que dobrei os meus joe-lhos para a minha conversão,Jesus me batizou com oEspírito Santo”, continuou ela.

A esposa queria servir aDeus ao lado do marido e fezum desafio ao Senhor. Se Flávioaceitasse Jesus e deixasse a se-resta, ela o serviria de todo ocoração e faria tudo quanto lhefosse ordenada. “Dois dias de-pois, meu marido foi me bus-car na igreja e aceitou Jesus”,revelou. Eles mudaram de vidae se entregaram de corpo dealma para a obra. Hoje vivemsomente dela.

NÚMEROS - Os númerosque a dupla divulga impres-sionam. Eles dizem que visi-tam cerca de 3.500 igrejas dife-rentes. Em todos os templossaíram com conversões regis-tradas após contarem parte dotestemunho. “É lindo o traba-lho de Deus nas nossas vidas.As almas vêm chorando dese-jando Jesus”, comenta Flávio.

Em Alagoas, eles dizemque já mantiveram contato comalguns dirigentes de congre-gações assembleianas da capi-tal e do interior para realizar o“Culto do Amigo”. “Os quenós falamos já abraçaram acausa e vamos fazer este traba-lho em Alagoas porque foiDeus quem nos enviou”, acre-dita o cantor Flávio.

A dupla ressalta que nãocobra para cantar nas congre-gações, tampouco para contaro testemunho. Eles levam osCDs e esperam a venda. Cadaum custa R$ 10. Eles já prepa-ram a próxima gravação quedeverá ser lançada em junhode 2012. “Terá dois títulos – ‘ohomem na prisão’ e prova-ções’”, revelou.

Flávio e Vilaní também sãocompositores. Dizem que jápossuem um repertório de 150canções de autoria própria.

Caso queiram convidá-lospara cultos, basta telefonar para(82) 8866-7747 ou (84) 8829-6212/9951-3887.

SÃO FRANCISCO DE ASSIS

Festa começa na sextano Santos DumontRicardo PereiraColaborador

Tem início nesta sexta-feira(30) e prossegue até o dia 9 de ou-tubro a Festa de São Franciscode Assis, no bairro do SantoDumont. Um dos santos maisqueridos e populares do Brasil,São Francisco foi capaz de lar-gar a riqueza para torna-se uminstrumento da paz e do bem,sendo lembrado pelos seus de-votos como protetor dos animaise patrono da ecologia.

Aabertura dos festejos ocor-re às 18h30, com a procissão dabandeira da festa, saindo daIgreja Nossa Senhora da As-sunção, localizada no JardimPlanalto, com destino à igrejamatriz, onde será celebrada asanta missa, às 19h30.

Para o administrador da Pa-róquia de São Francisco de Assis,padre Eduardo Tadeu, a Cam-panha da Fraternidade de 2011tem ajudado a comunidade a re-fletir sobre a preservação do meioambiente. Ela foi importante paraa escolha da temática central dafesta que este ano focaliza “SãoFrancisco, promotor da paz e de-fensor da natureza”.

“Buscaremos partilhar a im-portância da paz que é sinal devida, nestes tempos tão difíceis,onde a violência permeia emnossa sociedade”, disse padreEduardo, destacando o exemplode vida do santo que continua,nos dias de hoje, entusiasmandomuita gente a lutar e a defendera vida.

No dia 4, data em que se ce-lebra o dia de São Francisco, às

16h, na igreja matriz, acontece abênção dos animais de estima-ção. Já no dia 8, às 19h30, gestan-tes e bebês receberão uma bên-ção especial pela ocasião do Diado Nascituro (todos aqueles queestão por nascer), evento que fazparte da programação daSemana Nacional da Vida, rea-lizada de 1º a 7 de outubro.

Durante as noites da novena,haverá barracas de comidas típi-cas. Toda a renda da festa e doa-ções serão destinadas ao trabalhopastoral e às obras da igreja. Os pa-drinhos e madrinhas da festa, queadquiriram convite, concorremao sorteio de um microondas.

No encerramento do evento,dia 9 de outubro, missa solene,às 16h, presidida pelo arcebispode Maceió, dom Antônio Muniz.Logo após a missa, procissãopelas ruas do bairro, finalizandocom a bênção do SantíssimoSacramento.

Mais informações sobre aprogramação completa da festano www.paroquiasaofrancisco-demaceio.blogspot.com.

Católicos celebram Santa das RosasDurante a festa, os fiéis participarão de uma série de eventos voltados para os idosos, enfermos e os jovens

Mônica LimaRepórter

A comunidade Católica ala-goana rende homenagem hoje àSanta das Rosas – como é conhe-cida Santa Terezinha do MeninoJesus. Uma celebração eucarís-tica presidida pelo arcebispo deMaceió Dom Antônio MunizFernandes, seguida de uma pro-cissão que reunirá mais de 300pessoas pelas ruas do Farol, en-cerram as festividades que foraminiciadas no dia 29 de setembro,

Durante os quatro dias defesta, os fiéis participaram deuma série de eventos voltadospara os idosos, enfermos e os jo-vens. Foram discutidos temascomo “Santa Terezinha, douto-ra da igreja, se deixou plasmarpela palavra de Deus, através desua escuta e meditação assídua”.Na noite de ontem, a palavra foidestinada a comunidade jovem,quando o monsenhor GeraldoValete Villas Boas, falou sobre“Santa Terezinha encontra oamor como vocação pessoal,quando prescruta as escrituras,em particular os capítulos 12 e 13da “Primeira Carta aos Coríntios– História de uma Alma”.

O amor pelas rosas nasceuainda durante a infância de santaTerezinha, quando ainda crian-

ça acometida de uma gastroen-terite, os pais levaram a criançapara um pequeno vilarejo a pro-cura de uma senhora chamadaRose Taillé, para ser sua ama deleite. No local onde viveu de 1873a 1874, os moradores tinham ocostume de se presentearem comflores. A precoce convivênciadeve ter sido o motivo que alevou a paixão pelas flores, emespecial as rosas. E, fez questãode expressar o seu amor quan-do enviou uma carta à sua primaMaria Gurérin, onde afirmou“amo tanto uma bela rosa bran-ca, quanto uma rosa vermelha”.

Nascida em Aliçon (França),em 1873, a religiosa aos 15 anosentrou no Mosteiro dasCarmelitas com a autorização dopapa, passando a ter uma vidavoltada para humildade, simpli-cidade e confiança plena emDeus. Durante a sua caminha-da sempre fez questão de ressal-tar o seu amor a Jesus, a quemfazia questão de jogar pétalas derosas em sua imagem.

Santa Terezinha do MeninoJesus foi proclamada padroeiradas missões em 1927, padroeirasecundária da França em 1944, edoutora da igreja que nos ensi-na o caminho da santidade pelahumildade, em 1997, no ano doseu centenário.

Dupla do RN quer implantaração nova de evangelismo em AL

Procissão pelo bairro sai no dia 9

Santa Terezinha do Menino Jesus é mais conhecida

como Santa das Rosas

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JORNALO JORNALOClassificadosD4 Domingo, 2 de outubro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

ANÚNCIO INSTITUCIONAL

Fruto de Termo de Ajuste de Conduta Firmado

com o Ministério Público do Trabalho.

“De acordo com o art. 5º da CF/88 c/c art.373-A da CLT, não é permitido anúncio deemprego no qual haja referência quanto aosexo, idade, cor ou situação familiar, ouqualquer palavra e/ ou expressão que possaser interpretada como fator discriminatório,salvo quando a natureza da atividade assimo exigir.”

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EsportesEsportesEsportesJORNALO LO JORNA

Domingo, 2 de outubro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

PÁGINA 8

Movimento verde Eco Run é a atração esportiva desta manhã em Maceió

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JORNALO LO JORNAEsportesDomingo, 2 de outubro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

BateProntoVictor Mélo - [email protected]

GOSTEI DA SELEÇÃOA seleção brasileira surpreendeu os torcedores na última quar-

ta-feira. Com jogadores que atuam no País, o time fez uma boa apre-sentação, venceu o primeiro clássico da Era Mano Menezes e, dequebra, levantou a taça do Superclássico. O adversário estava fra-gilizado, é verdade, mas vi uma evolução no escrete. Com desta-que para o lateral-esquerdo Cortês, a seleção imprensou os argen-tinos, criou boas oportunidades e venceu com justiça por 2 x 0.

O meia-atacante Lucas também fez sua melhor partida no timede Mano. Ele explorou uma de suas principais virtudes, a veloci-dade, e fez boas jogadas em cima da defesa adversária.

Neymar, apesar de ter feito o segundo gol, ainda ficou deven-do um pouco. O atacante do Santos ainda não encontrou o tempocerto na seleção. Querendo impressionar a massa, ele faz muitasfirulas improdutivas e prejudica o jogo coletivo.

A Argentina se resumiu ao talento de Montillo, que, bem vi-giado pela defesa, não chegou a ameaçar tanto o goleiro Jefferson.A rigor, o arqueiro da seleção fez apenas uma grande defesa no clás-sico.

A vitória e a boa apresentação no Superclássico serviram paraacalmar a torcida e dar mais tranquilidade para o treinador encer-rar a temporada. O Brasil vai enfrentar adversários mais frágeisneste ano e a turbulência tende a diminuir.

SUBINDO

Cortês, o lateral do Botafogo, que fez uma partidamuito boa contra a Argentina. Venceu as disputas pelo seusetor, jogou de cabeça erguida e parece não ter sentido opeso da estreia contra o maior adversário da seleção. Foiuma grata surpresa.

DESCENDO

A Argentina, que não consegue encontrar um treinadorcapaz de acertar o seu time. O país tem até jogadores demuita qualidade à disposição, a começar por Messi, mas,estranhamente, a seleção não encaixa.

DIDIRA

O alagoano Didira deve estrear hoje com a camisa doAtlético-MG. Ele vai encarar o desafio de se destacar numclube em crise. Os torcedores exigem a recuperação ime-diata do Galo no Brasileirão e não vão ter a mínima pa-ciência. Para se firmar na equipe, o jogador precisa chegare jogar bem. A começar pelo duelo com o Ceará.

O alagoano Júnior Viçosa ainda não encontrou seu espaço noSport Recife. Ele corre demais, se esforça, mas ainda não conquis-tou os exigentes torcedores rubro-negros.

O CSA iniciou a contagem regressiva para a sua elei-ção. O pleito está marcado para o próximo dia 17, e, atéagora, um mistério ainda ronda os nomes dos candidatos.

O ASA volta a jogar pela Série B na próxima terça-feira, con-tra a Portuguesa, às 20h30, em São Paulo.

CURTO-CIRCUITO

Melhores jogadores do vôlei de praia vão se enfrentar na arena da Pajuçara a partir do dia 26

Victor Mélo

Editor de Esportes

O voleibol está em alta emAlagoas. Sexta-feira, Cimed eMontes Claros disputaram umamistoso no Ginásio do ColégioSanta Úrsula e, no final destemês, será realizada a etapa deMaceió do tradicional CircuitoBanco do Brasil de Vôlei dePraia.

O evento vai agitar a praiade Pajuçara entre os dias 26 e 30de outubro e reunir as melho-res duplas do País em Alagoas.No ano passado, a dupla Julia-na/Larissa venceu entre as mu-lheres e Alisson/Emanuel con-quistou o título entre os homens.

“É sempre muito bom poderjogar no Nordeste. O calor e o

vento são dificuldades que nosfortalecem aqui para o restanteda temporada, tanto no CircuitoNacional quanto no Internacio-nal. O povo de Alagoas tam-bém gosta muito de voleibol eé caloroso com os atletas.Aguardamos com ansiedadeessa etapa para também atuarnum cenário tão belo”, comen-tou o campioníssimo Emanuel,um dos melhores atletas da his-tória do vôlei de praia.

Atemporada de 2011 classi-fica as duplas para os JogosOlímpicos de Londres e temacirrado as disputas na praia.As prováveis representantes doPaís em 2012 vão ser Julia-na/Larissa, Maria Elisa/Talita,Alisson/Emanuel e Pedro Cu-nha/Ricardo.

Talita continua sendo a atle-ta mais festejada na arena dovôlei em Maceió. A sul-mato-grossense iniciou a carreira jo-gando pelo CRB e segue defen-dendo as cores do Estado noCircuito Banco de Brasil.

“É um dos momentos maisesperados do ano voltar aAlagoas. A torcida me apoiamuito por aqui e tenho umaforça a mais para competir.Vamos lutar pelo título da etapapara alegrarmos esse povo”, de-clarou Talita.

ARACAJU – A partir dequinta-feira, as feras do Circuitode Vôlei da Praia vão disputara etapa de Aracaju da competi-ção. As finais estão marcadaspara o próximo domingo.

Os donos da areiaCircuito de Vôlei de Praia agitará Maceió no final deste mês

Marco Antônio

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Victor Mélo

Editor de Esportes

O CRB volta a jogar em Maceióno próximo sábado, contra oPaysandu, às 17h. Depois de terempatado na primeira partida quefez no Rei Pelé nesta segunda faseda Série C, o Galo precisa dos trêspontos para aumentar as chancesde subir para a Segunda Divisão.

O técnico Paulo Comelli vai re-unir a tropa nesta semana para ten-tar encontrar algumas soluçõespara as dificuldades enfrentadaspelo time nos últimos jogos emcasa. O CRB empatou com oCampinense, por 1 x 1, e com oRio Branco, por 0 x 0, nas últimasvezes que atuou no Trapichão edeixou a torcida preocupada. An-tes, o time havia derrotado Forta-leza, Guarany-CE e América-RN.

"O CRB precisa vencer em casa.Com o apoio de nossa torcida, agente tem que encontrar um meiode criar e concluir bem as jogadas.Se o clube quiser subir para a SérieB, vai precisar, primeiro, fazer odever de casa", comentou o ata-cante Aloísio Chulapa, uma dasreferências ofensivas da equipe.

RETORNO - Depois de cum-prir dois jogos de suspensão, ogoleiro Cristiano volta a ficar à dis-posição da comissão técnica. Elefoi substituído por Anderson Pa-raíba desde o tumultuado jogo con-tra o Fortaleza e, agora, deve con-versar com o técnico Paulo Comellipara saber se recupera a posição oufica no banco de reservas. Expulsono Ceará, o jogador foi julgado naúltima terça-feira no SuperiorTribunal de Justiça Desportiva epegou dois jogos de suspensão, jácumpridos diante do Rio Branco edo América-RN.

SEQUÊNCIA - Depois de re-ceber o Paysandu, o Galo enfrenta,na sequência, o próprio Paysandu,dia 16, em Belém, o América-RN,dia 22, no Rei Pelé, e o Rio Branco,dia 30, no Acre. De acordo com oregulamento da Terceirona, os doisprimeiros colocados da chavechegam às semifinais e estão garan-tidos na Série B de 2012.

3Domingo, 2 de outubro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

JORNALO LO JORNAEsportes

O meio-campista Saulo voltou ao CRB no final do mês passado; jogador ainda busca seu espaço

SEGUNDONA

CSA precisavencer o Uniãonesta tarde

Ofuscado pelos maioresrivais no Estado, o CSA jogahoje contra o União, às 15h,fora de casa, pelo Alagoanoda Segunda Divisão. Depoisde sofrer duas derrotas nocampeonato, o Azulão pre-cisa vencer para buscar umavaga na próxima fase.

De acordo com o assessorde imprensa do clube,Rodrigo Cortez, a baixa notime é o meio-campistaMadson, expulso na derrotapara o São Luiz, domingo, por2 x 1. Quem está de volta àequipe é o volante AndersonParaíba. O jogador cumpriususpensão automática e deveatuar na vaga de Madson.

Ontem, o técnico CelsoTeixeira ainda comandou umtreino pela manhã no Estádiodo Mutange e a concentraçãopara a partida começou às17h.

Cortez ainda falou sobreas possibilidades de classifi-cação do Azulão. "O CSAtemseis pontos, assim como SãoLuiz e São Domingos, que seenfrentam neste domingo.Precisamos vencer o União,que tem sete, e torcer por umempate entre eles. Se houverum vencedor, vamos para osaldo de gols. Caso o nossotime garanta a classificaçãoem segundo lugar ainda puxao terceiro do grupo, já queparticipamos da SegundaDivisão como convidados",explicou o assessor.

TIME - O Azulão devejogar hoje com: Hudson,Diogo, Rafael, Duda e Sandro;Marcelo, Anderson Paraíba,Diego Torres e Wagner;Wilson e Felipe Heleno. (V.M.)

Estou voltando para casaPela Série C, CRB vai reencontrar a sua torcida no jogo de sábado contra o Paysandu

Marco Antônio

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JORNALO LO JORNAEsportesDomingo, 2 de outubro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected] 5| www.ojornalweb.com |

De gandula a melhor jogador do ASAAinda como amador, Didira jogou

no Arapiraca – um time à época di-rigido pelo Professor Zezinho, técni-co e ex-presidente do ASA na décadade 1990. Em seguida, o gandula quevirou destaque nacional, chegou aoAlvinegro para o time juniores, em2007. Naquela oportunidade, Didiradividia a lateral-direita, posição quecomeçou a jogar bola no clube, com afunção de gandula nos jogos profis-sionais do ASA, no Coaracy da MataFonseca.

“É, fui gandula no ASA, quando jáera do juniores. Ficava ali perto dos jo-gadores profissionais e, claro, sempresonhando com a minha vez. E elachegou”, disse Didira, que chegou areceber uma placa no estádio pelo go-laço que marcou no jogo contra aPortuguesa, na 9ª rodada desta Série

B. “Quanto ao gol contra a Portuguesa,foi bonito mesmo. Fiquei muitoagradecido pelo ASA, também, porter me feito aquela homenagem coma placa no Coaracy”, emendou o jo-gador.

Hoje do Atlético-MG, Didira lem-bra que seu primeiro técnico comoprofissional no ASA foi Leivinha. Massó em 2008, ainda no Estadual daque-la temporada, com o treinadorWanderley Paiva, passou a jogar nomeio-campo, deixando a lateral-dire-ita.

“Comecei no profissional com oLeivinha, depois em 2008, comWanderley Paiva, fui para o meio-campo onde estou até hoje”.

Com o Vica, já na Série C tambémde 2008, Didira passou a ganhar maisliberdade para chegar ao ataque e,

com bom condicionamento físico, ex-ercia também a função de marcador.

“Aprendi muito com o Vica e devomuito a ele, ao presidente Zé da Dancoe a toda a diretoria o apoio que mederam. Antes de vir aqui para oAtlético, tive uma longa conversa como Vica, e ele me disse que viesse tran-qüilo porque tenho futebol para jogarem qualquer clube do Brasil. O Zé daDanco e a diretoria me valorizaramfinanceiramente no ASA”, afirmou.Em quatro anos de profissional noAlvinegro, Didira conquistou os títu-los de campeão alagoano de 2009 e2011, além do vice-campeonatobrasileiro da Série C e o conseqüenteacesso à Série B também em 2009. NaSérie B deste ano, Didira marcou seisgols, sendo o artilheiro do time nacompetição. (L.M.)

Luciano Milano

Repórter

Em geral, as histórias de vida dos jo-gadores de futebol no Brasil seguemo mesmo enredo: são meninos po-

bres, com infâncias difíceis e cheias de ca-rência. Uma bola nos campos de pelada évista como o caminho para ter um futuromelhor para si e familiares. Como umacorrida de milhões de espermatozóidesque se acotovelam no caminho para ape-nas um poder se juntar ao óvulo e gerar umbebê, vingar num futebol tão concorridocomo o atual não é nada fácil. Muito maisquando o cara é do interior de Alagoas,que ainda é visto com muito preconceitonas regiões Sul e Sudeste.

Mas depois do atacante Júnior Viçosa,que se transferiu para o Grêmio, e hoje édo Sport-PE, no fim da semana passadafoi a vez do ex-gandula Cícero dos Santos,o Didira, 23, deixar o ASA e ir jogar naSérie A do futebol brasileiro. Dois diasantes da partida contra o Criciúma pelaSérie B, Didira foi por empréstimo de oitomeses para o Atlético-MG, clube pelo qualpode estrear na Primeira Divisão hoje, às16h, contra o Ceará, no estádio Arena doJacaré, em Minas.

Indicado para ir jogar no Galo mineiropelo técnico do time, Cuca, Didira tem todoo perfil do jogador descrito acima: teve in-fância pobre, cheia de dificuldade e sonha-va com o futebol para ter um futuro maistranqüilo, como ele diz: “Ter o que nãotive quando era criança e poder ajudarminha família e meu pai, que tem proble-mas na visão e não pode me ver jogar, em-bora acompanhasse todos os meus jogospelo ASA ouvindo o rádio”, declarou o jo-gador, que conversou, com exclusividade,com O JORNAL, por telefone, direto doCT do Atlético-MG.

No bate-papo, Didira, que não sabedizer por que do apelido, lembrou seu co-meço no futebol na Escolinha do ProfessorIvanildo, um abnegado do futebol ama-dor na cidade de Arapiraca.

“Comecei a jogar bola com o Ivanildo,lá no campo do Quintela (Escola EstadualQuintela Cavalcanti) e muitos outros pelacidade”, relembra. Naquela época, ele na-turalmente já sonhava em jogar futebol, eo ASA era sua meta.

“Nascer em Arapiraca tem que ser ASA.Comigo não era diferente. Sempre torcipelo ASA e queria vestir a camisa do clubecomo jogador profissional, e isso graças aDeus aconteceu”, diz.

Vou conquistar as GeraisAlagoano Didira tem a chance de mostrar serviço na Primeira Divisão do Brasileiro

Destaque do ASA na última década, Didira disse que está preparado para enfrentar os desafios da elite do futebol nacional

Marco Antônio

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5Domingo, 2 de outubro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

JORNALO LO JORNAEsportes

Jogador não teme pressão no AtléticoQuando foi anunciado co-

mo reforço do Atlético-MG, háoito dias, Didira causou tantofuror na torcida atleticana quechegou a ser um dos assuntosmais comentados no Twitter,uma das maiores redes sociaisdo mundo. Boa parte da im-prensa mineira aprovou a con-tratação, mas entre os torcedo-res houve mais insatisfação queo contrário. Chegado do inte-rior de Alagoas, a torcida achaque Didira não é a solução paratirar o Galo da zona de rebai-xamento da Série A. Hoje, oAtlético ocupa a 17ª posição,com apenas 27 pontos. Ques-tionado antes de entrar emcampo, o arapiraquense dissenão teme a pressão.

“Pressão é normal. Já passeipor muitas no ASA, sei que aquia coisa é maior, mas acreditoque é normal quando vocêchega de um clube do interiorde Alagoas em um grande cen-tro, logo com o time não estan-do em boa situação na Série A.Mas sei do meu potencial, fuimuito bem recebido aqui pelopessoal todo e tive uma boa con-versa com o professor Cuca.Treinei com o grupo durante asemana, mas ainda não sei sevou para o jogo contra o Ceará.

Se estiver dentro, vou procurarfazer o meu melhor, como fizno ASA. Não posso me incomo-dar com o que alguns torcedo-res ou críticos disseram a meurespeito. Vou mostrar futebolem campo e isso vai passar”,declarou o confiante Didira.

O alagoano ainda disse quese colocou à disposição de Cucapara atuar onde o técnico acharmelhor. “Comecei como later-al-direito, mas posso jogarcomo volante, como meia e atécomo meia-atacante, como tam-bém atuei com o Vica no ASA.Disse para o Cuca que queroajudar, vim para isso”, disse oatleta, que ainda brincou sobreo fato de poder vestir a 7 doAtlético, número que utilizavaem Arapiraca.

“Estou chegando ainda. Ogrupo é muito bom e, se tiveroportunidade de uma dia es-colher, quero sim jogar com a7, com a qual atuei nos últimosanos no ASA. Quem sabe umdia?”, comentou Didira, negan-do que, no Atlético, vai passara ser chamado de Cícero.

“Não vou mudar meu no-me como jogador. Apareci parao mundo da bola como Didirae vou permanecer assim”, ga-rantiu. (L.M.)

Zé da Danco: “Ele vai brilhar” Entre os torcedores do

ASA, que experimentaram aalegria pela negociação e atristeza porque perderam seumelhor jogador na reta finalda Série B, Didira é considera-do um dos melhores atletasdo clube nos últimos anos.

“Formado pelo ASA, é omelhor dos últimos 10 anos.Incomparável. O que maischama a atenção no Didira éque ele tem bom domínio debola, cria as jogadas e as defi-ne com qualidade e joga paracima do adversário, sem con-tar que ainda tem fôlego paravoltar e ajudar na marcação. Éum verdadeiro craque”, disseo torcedor Bruno Euclides.

O presidente-executivo doASA, Jose Oliveira, o Zé daDanco, comentou o assunto.Para ele, Didira tem futebolsuficiente para vestir qualquercamisa de clube da Série A doPaís. O dirigente não acreditaque o jogador sentirá a mu-dança e a pressão que se exer-ce no Atlético por conta da má

fase do time no Brasileiro.“As criticas são normais,

embora as torcidas no futebolbrasileiro se enganem muitona avaliação que fazem a res-peito dos jogadores. No casodo Didira, o fato de muitos tor-cedores e imprensa não o co-nhecerem, não significa que ocara é ruim, não sabe jogar.Nós que conhecemos o Didirasabemos do potencial dele edigo mais: ele vai ser um gran-de ídolo do Atlético, porquemeias com a habilidade dele ecom o poder de marcação queo Didira possui, são poucos nonosso futebol”, avaliou Zé daDanco, que ainda comentou ofato de parte da torcida classi-ficar Didira como o melhor quepassou pelo ASA nos últimos10 anos.

“O engraçado disso é queo crescimento do Didira sedeu com o crescimento doASA, nos últimos 10 anos. Elerepresenta bem esse momen-to de ascensão que o clubevive. Por isso espero, e sei, que

ele se firme por lá. Isso acon-tecendo, será bom para ele,como profissional e vida fi-nanceira, e para o clube, queganhará também. Converseicom ele antes de ele viajar elembrei que é jovem e temtudo para crescer ainda mais,bastando, para isso, não se in-fluenciar com nada que nãoseja futebol. Nós soubemospreservá-lo quando muitosempresários o assediavam eele soube confiar em nós, de-monstrando que, apesar da ju-ventude, tem uma boa cabe-ça”, declarou Zé da Danco.

Didira foi emprestado poroito meses por R$ 250 mil. Aofim do empréstimo, o Atlético-MG terá prioridade para com-prar 50% dos direitos federati-vos do jogador, que pertencem100% ao clube de Arapiraca.

Na imprensa mineira, otécnico Cuca chegou a dizerque não viu nenhum meia dis-putando a Série B melhor queDidira, para justificar a con-tratação do jogador. (L.M.)

O meia Didira disse estar pronto para ajudar o técnico Cuca

Didira ao lado deJúnior Viçosano ASA

Marco Antônio

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JORNALO LO JORNAEsportesDomingo, 2 de outubro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

Recuperado de lesão, o meia Felipe deve entrar no time do Vasco no decorrer da partida desta tarde, no Rio

MORUMBI

Fla tentaparar LuisFabiano

RIO - O jogo dehoje entre São Paulo eFlamengo, às 16h, noMorumbi, já tinha al-guns atrativos. Mas areestreia de LuisFabiano pela equipepaulista serviu para re-quintar ainda mais oduelo. Amigo do ata-cante são-paulino, ozagueiro Alex Silvadeu dicas de comoparar o atleta.

“Ele é muito bom.Jogamos juntos na se-leção, e finaliza muitobem. Por estar voltan-do de lesão, vai sentirum pouco a falta deritmo, já que está umlongo tempo parado.O Luis pode resolverem uma bola, mesmoassim, o São Paulo temoutros jogadores comoo Lucas, Cícero, Ca-semiro, que podemfazer a diferença”, dis-se.

A lesão que o Fa-buloso teve foi alvo debrincadeiras de Pi-rulito. “Mandei umrecado para ele, que-rendo saber onde foisua fibrose (risos). Fi-quei com o Luis láquando estava se tra-tando e é um grandecara, assim como osex-companheiros deSão Paulo, é mais umamigo que tenho”, co-mentou.

O lateral-esquerdoJunior Cesar foi outroque ressaltou as quali-dades de Luis Fabianoe pediu atenção redo-brada. “Podemos tirarproveito da falta deritmo dele, já que estávoltando, mas sabemosda qualidade e que temcondições de fazer a di-ferença pelo jogadorque já provou ser“ des-tacou.

Com jeito de decisãoVasco está quase pronto para o clássico de hoje contra o Corinthians

No treino de quinta-feira, em São Januário,Cristovão Borges deumostras da equipe doVasco que vai enfrentar oCorinthians, hoje, às 16h.O auxiliar promoveu umaatividade tática e a princi-pal novidade foi a presen-ça de Eder Luis. Recu-perado de um problemamuscular, ele formou du-pla com Elton. Na segun-da parte, Alecsandro subs-tituiu o camisa 39 no ata-que.

Na atividade, uma es-pécie de ataque contra de-fesa, o time titular nãocontou com zagueiros,nem goleiro. Nas vagasdos jogadores que esta-vam com a seleção brasi-leira, Allan fez a funçãode Rômulo e Leandro a deDiego Souza. Depois, Feli-pe, que começou entre osreservas, entrou no meiode campo, no lugar deAllan.

Renato Silva, ainda serecuperando de um pro-blema no joelho direito,não apareceu no grama-do e segue como dúvida.Com isso, o time titulardeverá ser formado por:Fernando Prass; Fagner,Dedé, Renato Silva (VictorRamos) e Márcio Careca;Rômulo, Eduardo Costa,Juninho e Diego Souza;Eder Luis e Elton.

Timão quer mostrar sua força no campo inimigoDiante do líder do Cam-

peonato Brasileiro, e atuandofora de casa, o Corinthians pre-cisa jogar “com inteligência”para sair com a vitória. É o queafirmou o lateral Fábio Santossobre a partida de hoje, quan-do o adversário corintiano noRio será o Vasco, num confron-to que vale a primeira coloca-ção - a diferença entre os dois

é de apenas dois pontos.“É um confronto direto,

então temos que jogar com in-teligência. É em São Januário, atorcida vai estar do lado deles,mas a equipe está crescendo etem tudo para fazer um bomjogo lá”, declarou o lateral doCorinthians, em entrevista à TVBandeirantes.

Fábio Santos ainda garan-

tiu que o Corinthians não leva-rá desvantagem por atuar emSão Januário, já que, para ele, otime está jogando melhor forade casa. Os números, no entan-to, desmentem o lateral. Dos 47pontos conquistados até o mo-mento, apenas 19 vieram comovisitante.

“Hoje está mais fácil jogarfora de casa. Em casa, as equi-

pes se fecham, como o Bahia(vitória por 1 x 0, no último do-mingo, no Pacaembu). Àsvezes, tem a impaciência do tor-cedor porque o gol não sai”,afirmou Fábio Santos.O Timãodeve jogar com: Julio Cesar;Alessandro, Wallace, PauloAndré e Fábio Santos; Moradei,Paulinho, Alex e Danilo; Williane Liedson.

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7Domingo, 2 de outubro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

JORNALO LO JORNAEsportes

O técnico Mano Menezespretende estudar as próximasconvocações para não preju-dicar os clubes que estiveremdisputando o título ou vagana Libertadores no Cam-peonato Brasileiro.

Após a vitória sobre aArgentina por 2 x 0, na quar-ta, no Mangueirão, que con-feriu à seleção o título doSuperclássico da Américas, otreinador falou sobre o assun-to.

“Gostaria de contar commais jogadores que atuam noBrasil, mas não quero preju-dicar nossos clubes. Entendique deveria limitar a um jo-gador por clube, reta final doBrasileiro. Vamos com calma,

você vai encaixando as peçascom paciência, vamos ter doisjogos de novo, e vamos defin-itivamente formando con-ceitos que sejam embasadosem coisas bem palpáveis paraa gente considerar avançossignificativos”, filosofou.

Com a vitória sobre aArgentina, Mano terá maiscalma para fazer ajustes na se-leção.

CORTÊS - Um dosdestaques na vitória do Brasilsobre a Argentina por 2 x 0,nesta quarta-feira, noMangueirão, o lateral-esquer-do Cortês chamou atençãopela sua personalidade. Afinalo jogador do Botafogo estre-

ou justamente contra o maiorrival da Seleção Brasileira, enão sentiu o peso.

“Me senti à vontade, todosme deram apoio e pude serfeliz na minha estreia pelaSeleção. Foi melhor aindaporque a equipe conseguiuum bom resultado - disse olateral, que falou sobre o seucrescimento no decorrer dapartida”.

“No começo estava segu-rando para poder sentir ojogo. Depois, com o passar dotempo, fui me soltando. A ra-paziada e o professor Manome deixaram bem tranquilo eisso me deixou bem solto paradesempenhar meu futebol”,completou Cortês.

AgendaHoje

Alemão

10h30 Hannover x Werder Bremen 12h30 Hamburgo x Schalke 04

Argentino - Apertura

14h All Boys x Olimpo 16h Racing Club x Independiente 18h10 Boca Juniors x Tigre 20h15 Colón x Estudiantes

Espanhol

07h Real Sociedad x Athletic Bilbao 11h Betis x Levante 13h Atlético de Madri x Sevilla 15h Sporting de Gijón x Barcelona 17h Espanyol x Real Madrid

Francês

12h Lille x Rennes 12h Olympique x Brest 16h PSG x Lyon

Inglês

09h30 Bolton x Chelsea 11h Fulham x QPR 11h Swansea City x Stoke City 12h Tottenham x Arsenal

Italiano

07h30 Novara x Catania 10h Cesena x Chievo Verona 10h Fiorentina x Lazio 10h Lecce x Cagliari 10h Palermo x Siena 10h Parma x Genoa 10h Udinese x Bologna 15h45 Juventus x Milan

Português

12h Feirense x Marítimo 12h Nacional da Madeira x Olhanense 12h União Leiria x Braga 14h Vitória de Guimarães x Sporting 16h15 Acadêmica x Porto

Série C

16h Chapecoense x Joinville 19h Rio Branco-AC x Paysandu-PA

Série D

16h Cuiabá-MT x Sampaio Correa-MA 16h Juventude x Mirassol 17h Independente-PA x Penarol-AM 17h Santa Cruz-RN x Treze-PB

Terça-feira

Série B

20h30 Duque de Caxias x Paraná Clube 20h30 Salgueiro x Boa 20h30 Americana x Bragantino 20h30 Icasa x Vila Nova-GO 20h30 Vitória x Grêmio Barueri 20h30 Guarani x Náutico 20h30 Criciúma x ABC 20h30 Goiás x Ponte Preta 20h30 Sport x São Caetano 20h30 Portuguesa x ASA

Tabela atualizada antes dos jogos de ontem

Calma, torcedor!Mano diz que não vai prejudicar os clubes brasileiros

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Victor Mélo

Editor de Esportes

Agrande atração esportivade hoje em Alagoas vaiser a Eco Run. A3ª edição

da meia maratona vai ser dispu-tada na Orla de Maceió com pro-vas de 5 km e 10 km. A corridatem características diferentes dasprincipais competições de atletis-mo do País. O objetivo dos atle-tas e dos organizadores não éapenas a competição, mas a de-fesa das causas ligadas à preser-vação do meio ambiente.

O evento tem a Braskemcomo patrocinadora master e, deacordo com o diretor de relaçõesinstitucionais da empresa, MiltonPradines, reforça a importânciadas ações sustentáveis através doesporte.

“Temos a meta de promovera qualidade de vida e incentivara prática do esporte. Por isso, nãoestamos medindo esforços no sen-tido de divulgar e aumentar acada ano o número de participan-tes do evento. Maceió tem o cená-rio perfeito para uma corrida desseporte. Queremos ampliá-la e di-vulgar as belezas do nosso Estadopara todo o País”, comentouPradines. “Já ultrapassamos amarca dos 1600 inscritos e, com osque faltam computar, devemoster cerca de 1700 atletas. Um novorecorde para corridas de rua emMaceió.”, acrescentou.

Aprova começa às 8h, na PraçaMultieventos, Pajuçara, e será dis-putada nas categorias masculina efeminina. De acordo com os orga-nizadores da corrida, a chegadaserá no mesmo local da largada.

Como se trata de um eventode conscientização ecológica, ameia maratona não terá premia-ção em dinheiro. Cada partici-pante vai receber um kit com ca-miseta de tecido ecológico, ecobag e Revista O2, que tambémajuda na divulgação e organiza-ção da prova. Depois da corri-da, todos os atletas inscritos quecumprirem todo o percurso vãoreceber uma medalha no mo-mento em que devolverem ochip. Os três primeiros coloca-dos entre os homens e as mu-lheres também vão ganhar tro-féus especiais.

De acordo com o regulamen-to, a Eco Run terá a duração má-xima de duas horas e o atletaque em qualquer dos trechosnão estiver dentro do tempo pro-jetado, será convidado a se reti-rar da prova. A supervisão téc-nica será da Federação Alagoanade Atletismo, com organizaçãoda Empresa Vetor Esportes.

PARCEIROS – Na prova deMaceió, a Eco Run é patrocinadapela Braskem e Água Schin econta com o apoio de O JOR-NAL, Powerade, Prefeitura deMaceió e Centauro.

Tendência natural8

JORNALO LO JORNAEsportesDomingo, 2 de outubro de 2011 | www.ojornalweb.com | e-mail: [email protected]

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Eco Run vai reunir mais de 1.500 atletas na orla de Maceió

Mar

co A

ntôn

ioEm defesa do meio ambiente, atletas disputam hoje a Eco Run em Maceió

KOBE BRYANT

A estrela do Los Angeles Lakers, Kobe Bryant, chegou a um acordo parajogar dez partidas pela equipe italiana Virtus Bologna, segundo anunciousexta-feira o presidente do clube, Claudio Sabatini. Sabatini afirmou ao canalde televisão “Sky Sport 24” que a parte econômica já foi acertada e que“resta apenas definir alguns detalhes e as assinaturas”.Segundo o acordo, Bryant jogará dez partidas com a equipe de Bolonha,e a previsão é que o astro americano estreie já no dia 9 de outubro contrao Virtus Roma.Bryant, de 33 anos, chegará ao Bologna devido à greve que paralisa a NBAe que está obrigando as estrelas a buscarem soluções temporárias para nãoperder a forma.