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Mecanismos de Financiamento Para Uma Economia de Baixo Carbono
Marcelo Campos Battisti – Gerente de Risco Socioambiental Itau BBA
Mudanças Climáticas Desafio
Climate change presents a unique challenge for economics: it is the greatest
and widest-ranging market failure ever seen.
The benefits of strong, early action on climate change outweigh the costs
The effects of our actions now on future changes in the climate have long lead
times. What we do now can have only a limited effect on the climate over the next
40 or 50 years. On the other hand what we do in the next 10 or 20 years can have a
profound effect on the climate in the second half of this century and in the next.
No-one can predict the consequences of climate change with complete certainty;
but we now know enough to understand the risks. Mitigation - taking strong action
to reduce emissions - must be viewed as an investment, a cost incurred now and in
the coming few decades to avoid the risks of very severe consequences in the
future. If these investments are made wisely, the costs will be manageable, and
there will be a wide range of opportunities for growth and development along the
way. For this to work well, policy must promote sound market signals, overcome
market failures and have equity and risk mitigation at its core. That essentially is the
conceptual framework of this Review.
•Stern Review, The Economics of Climate Change, 2006
Mudanças Climáticas e o Setor Financeiro Estratégias para um futuro de baixo-carbono
Risco: Minimizar a importância do tema para a estratégia das instituições
financeiras.
Exemplo: O termo “mudança climática” só aparece 3 vezes em 78 páginas no
“The Future of the Global Financial System”, relatório do World Economic
Forum
Oportunidade: ação prévia e coordenada facilita e acelera a transição para uma
economia de baixo-carbono:
“A “climate- smart” world is possible in our time – (...) effecting such a
transformation requires us to act now, act together, and act differently”,
Foreword, World Development Report 2010, The World Bank
Mudanças Climáticas e o Setor Financeiro Estratégias para um futuro de baixo-carbono
“Rebalanceamento”: o aumento de emissões resultantes do fornecimento básico
de eletricidade a 1,6 bilhão de pessoas pode ser praticamente neutralizado pela
troca da frota americana
Emissões (milhões de tCO2)
Reduções de emissão devido à
troca da frota americana de SUVs
por carros com padrão europeu de
consumo
Aumento da emissão de GEE
resultantes do fornecimento
básico de eletricidade para 1,6
bilhão de pessoas sem acesso
* Fonte: WDR 2010
Itaú Unibanco
Holding S.A
Itaú Unibanco S.A Banco Itaú BBA S.A
Itaú Asset
Management
•Diretoria de
Sustentabilidade
•Comitê de
Sustentabilidade
•Sup. de Gestão de Riscos
Socioambientais
•Principles for Responsible
Investment
•Gerência de Avaliação de Risco
Socioambiental
Mudanças Climáticas e o Setor Financeiro Governança interna
Mudanças Climáticas e o Setor Financeiro Oportunidades
Alinhar combate às Mudanças Climáticas com as Estratégias de Desenvolvimento
• Políticas Macroeconômicas (metas para emissões?)
• Políticas Setoriais (incentivo x “penalização”)
Instituições Financeiras - Gestão de Portfolio:
• Risco carbono-intensivo
• Oportunidades baixo-carbono
• Padroes Sustentaveis e Diligencia
Brasil:
• Eficiencia Energetica
• Expansão da Oferta de Energia
• Mudança Tecnológica
Project Finance
• Principios do Equador
Agenda
Eficiência Energética Evolução no Mercado Brasileiro de Eficiência Energética A Eficiência Energética e os Princípios do Equador
Novas Tecnologias de Baixo Carbono O “Plástico Verde”
Fontes Alternativa no Brasil Matriz energética brasileira Eólica Biomassa (cana-de-açucar) Outras Fontes Alternativas
Fontes Convencionais Termoelétricas Grandes Hidroelétricas
Eficiência Energética (EE)
Dados coletados junta a ESCOS
Entre 2008 e 2009 dobraram o número de projetos de eficiência energética por ESCO (Empresa de Serviço e Conservação de Energia)
Crescimento de investimento na ordem de 50% entre 2008 e 2009 em projetos que envolver empresas ESCO
Poucos projetos se utilizam de crédito (alto custo de linhas existentes, burocracia em linhas existentes)
Grande maioria do investimento é bancado pela própria ESCO
Dados Públicos Energia economizada em 2009: 8TWh (economia do 2% do total consumido) Investimento realizados em 2009: R$ 750 milhões (economia de energia na ordem de 2,4
bilhões de reais) Principais linhas existentes (ainda pouco utilizados)
(i) ANEEL - Concessionárias de energia (tarifação) – 258 projetos em 2009 (400 MWh)
(ii) Procel - Eletrobras (Fundo Reserva Global de Reversão) – 36 projetos em 2009 (4,5 MWh)
(iii) Proesco BNDES (pouco relevante até o momento) – 6 projetos em 2009
1. Evolução no Mercado Brasileiro de Eficiência Energética
FONTES: ABESCO, Eletrobras, ANEEL, BNDES
Eficiência Energética (EE)
Investindo em Eficiência Energética Potencial de economia de 4,3% energia até 2019 Estimativa de investimento em EE na ordem de 1.5 bilhões de dólares por ano Oportunidades em diversos setores (hoje o mercado é concentrado no setor elétrico) Mercado consolidado: tecnologia existente e diversos casos de sucesso Problema no financiamento é o acesso aos fundings existentes (suficientes) através de
instituições financeiras locais Estudo de Potecial do mercado ( Prédios comerciais)
Redução de 5% de energia através de iluminação eficiente, sistema de ar condicionado, eficiência de motores, aquecimento solar de água, sistema de gestão de energia
Rápido retorno do investimento
1. Evolução no Mercado Brasileiro de Eficiência Energética
FONTES: IFC, EPE, Econoler,
Aspecto Técnico
Potencial de economia de energia 4.0 (TWh/ano)
Aspectos Financeiro
Energy Cost Savings $326 (USD Million/year)
Investment requirements $647 (USD Million)
Financing need $518 (USD Million)
Eficiência Energética (EE)
Princípios do Equador Compromisso público assumido por diversas instituições financeiras em todo o mundo Aplicável apenas à Project Finance Itaú Unibanco foi o primeiro banco de mercado emergente a adotá-los Em sua primeira revisão, Jullho de 2006, adotou a utilização de critérios do IFC e Banco
Mundial, como os Padrões de Desempenho da IFC e o Environmental, Health, and Safety General Guidelines do Banco Mundial
Environmental, Health, and Safety General Guidelines (Energy Conservation)
Propõe um Programa de Gerenciamento de Energia Identificação, cálculo e elaboração de relatório dos principais fluxos de energia Balanço de massa e energia dos processo Definição (e revisão) de metas de desempenho energético de processos Comparação entre dados coletados em monitoramento com as metas estabelecidas
Alem disso, foca em ações de melhoria associadas a: Processos de aquecimento Processos resfriamento Sistemas de ar condicionados
2. A Eficiência Energética e os Princípios do Equador
FONTE: Princípios do Equador, IFC
Eficiência Energética (EE)
3. WWF: Oportunidades?
FONTE: WWF Sustainable Electricity Agenda 2020
Novas Tecnologias de Baixo Carbono
A Usina de Açúcar Insumos:
- Fertilizantes; - Água
Produtos - Açúcar (principal produtos) - Energia elétrica (bagaço) - considerado resíduo no passado, potencial bicombustível
de 2ª geração - Vinhaça (reaproveitada no lavoura)
O Plástico de verde (continuação pro processo) Processo competitivo com o barril do petróleo a até US$ 40 Insumo
Açúcar (glicose) Processo
Fermentação da Glicose Desidratação do etanol Polimerização do etileno
Produtos Plástico (Polietileno) Água
3. O “Plástico Verde”
Novas Tecnologias de Baixo Carbono
Benefícios do Plástico Verde Substituição do Petróleo Menor utilização de recursos hídricos Processo como um todo absorve 6 moléculas de gás carbônico (glicose) e libera apenas
2 por molécula de glicose (processo de fermentação) Exemplos
Dow (unidade em construção) Localização: Santa Votória/MG Capacidade: 350 mil toneladas de polietileno por ano
Brasken (unidades em operação)
Localização Triunfo/RS Capacidade de produção de 200 mil toneladas de plástico verde por ano Primeira do mundo a produzir plástico em escala industrial utilizando
matéria-prima 100% renovável (a tecnologia do plático verde é
conhecida desde os anos 70)
3. O “Plástico Verde”
Fontes Alternativas no Brasil
4. Matriz energética Brasileira
FONTE: EPE
ENERGIA
Consumo de energia por Fonte - 2010
7,3%
4,4%
7,9%
2,5%
14,6%
17,2%6,5%
0,9%
35,7%
3,0%Gás natural
Carvão mineral /coque
Lenha
Carvão vegetal
Bagaço de cana
Eletricidade
Álcool etílico
Biodiesel
Derivados de petróleo
Outros
Expectativa de Consumo de
Energia por Fonte - 2019
8,8%
6,3%
6,7%
2,6%
14,6%
16,7%
7,3%
1,0%
31,8%
4,1%
Fontes Alternativa no Brasil
4. Matriz energética Brasileira
FONTE: EPE
ENERGIA Elétrica
Fontes de Energia Elétrica - 31/12/2009
70,3%
7,2%
14,6%
1,9%6,0%
Hidráulica
Fontes Alternativas
Térmica
Nuclear
Importação Contratada
Fontes de Energia Elétrica - Expactativa 2019
67,3%
12,4%
14,7%
2,0%
3,7%
Fontes Alternativa no Brasil
5. Energia Eólica (no mundo)
FONTE: thewindpower.net
Evolução Mundial de Energia Eólica Instalada
4800 6100 7480 966713701
1804024319
31181
41343
49463
59136
74177
93952
121326
158002
0
20000
40000
60000
80000
100000
120000
140000
160000
180000
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Ano
Cap
acid
ad
e i
nsta
lad
a [
MW
]
Fontes Alternativa no Brasil
5. Energia Eólica (no mundo)
FONTE: thewindpower.net
Os 30 Maiores Produtores de Energia Eólica no Mundo
35159
2577725104
19149
10926
485044924051353534653319222920561712156012601087 995 801 725 606 563 497 436 431 430 348 253 202 201
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
40000
USA
Ger
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South
Kore
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Moro
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Hungar
y
Cap
acid
ad
e I
nsta
lad
a [
MW
]
Fontes Alternativa no Brasil
Potencial grande para o Brasil ser o sexto produtor de energia eólica no mundo.
5. Energia Eólica
FONTE: thewindpower.net, ANEEL, EPE
Evolução da Capacidade Instalada
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009
Cap
acid
ad
e I
nsta
lad
a [
MW
]
Brasil
Brasil (Considerando total leiloado)
Alemanha
Canada
China
Dinamarca
USA
Fontes Alternativa no Brasil
Potencial brasileiro 150.000 MW a 50 metros (inventariado) Estimativa de mais de 300.000 MW a 70 metros Necessário avançar com estudos e histórico
Surgimento do mercado no Brasil: Proinfa (2002) 1.100 MW contratados (46 parques)
30/04/2009: só 385 MW foram entregues Concentração no Sul e Nordeste CAPEX: 5000 R$/MW
Valor médio leiloado de 255 R$/MWh (cor.) Leilões recentes (dez 2009 e ago 2010)
Mix de leilão de energia reserva específica (LER) e energia de fonte alternativa (LFA) 3.800 MW contratados (140 parques) Concentração no Sul e Nordeste CAPEX: de 4000 R$/MW
Valor médio leiloado entre 123 e 148 R$/MWh Tendências futuras
Não há leilões marcados/previstos Apenas leilões de fonte alternativa – concorrência com outras fontes (PCH, Cogeração) Mais dados de ventos (maior segurança)
5. Energia Eólica
FONTE: ANEEL e EPE
Fontes Alternativa no Brasil
Mercado Mais de 300 unidades em operação somando mais de 7ooo MW instalados de um total
de 11.2ooo MW instalados. Mais de 50 novas unidades outorgadas para cerca de novos 3000 MW instalados Concentração de unidades produtoras em São Paulo
Potencial Se fossem instaladas caldeiras eficientes para os 340 milhoes de toneladas de cana
adicionais previstos para 2012, seriam produzidos 3.400 MW médios de energia firme Somando a este potencial o “retrofit” de parte das usinas existentes e o
aproveitamento de parte da palha, pode-se chegar a 7 mil MW médios de oferta Supriria 50% da necessidade de nova capacidade até 2020
Risco O desenvolvimento do etanol celulósico reduzirá a competitividade da bioeletricidade
por bagaço Caso CPFL (Bio Baldin – em construção)
Parceira entre concessionária (CPFL) e usineiro (usina Baldin) Projeto: Recapacitação de Caldeira, Geradores, Transformadores, subestação e Conexão
envolvendo (investimentos orçados em R$ 100,0 milhões pela CPFL) Energia será integralmente comercializada à CPFL
6. Biomassa (cana-de-açúcar)
FONTE: ANEEL, Mario da Veiga
Fontes Alternativa no Brasil
Capim Elefante Apenas uma usina no Brasil em operação com capacidade instalada de 1,7 MW Quatro novas usinas outorgadas para novos 124 MW de potência instalada Caso Sykué I (em instalação)
Localização: São Desidério/BA Capacidade Instalada: 30 MW Conceito: Uso prioritário de resíduos rural, o capim elefante será usado apenas na
ausência de resíduos disponíveis na região Crédito de Carbono: CDM pela metodologia AM0042 (conexão de geração de
energia nova usando biomassa)
Resíduo de madeira 35 unidades em operação com capacidade instalada de 304 MW 11 novas unidades outorgadas para novos 112 MW de capacidade instalada Vantagens
Uso de resíduos de agricultura e madeireiras Fácil transporte do combustível
7. Outras fontes alternativas
FONTE: ANEEL
Fontes Convencionais
Carvão Mineral 11 Unidades em operação com capacidade instalada de 16.00 MW 10 Novas unidades com capacidade instalada de 5.200 MW
Quase 4 vezes mais do que o existente! Novas tecnologias (menos poluentes)
Gás Natural
Maior fonte de energia elétrica não renovável no Brasil 93 unidades em operação com capacidade instalada de 11.700 MW Novas 2500 MW de capacidade instalada já outorgados (27 unidades)
8. Termoelétricas
FONTE: ANEEL
Grandes Hidroelétricas
Grandes Hidroelétricas (UHEs) unidade geração hídrica com potencia instalada superior a 30 MW
169 unidades em operação com capacidade instalada de 77.000 MW Maior: Itaipú – 14.000 MW de capacidade instalada
Novas 23.500 MW de capacidade instalada já outorgados (25 unidades) Longo período para instalação! Futuro: Bacia do Amazonas
9. Grandes Hidroelétricas
FONTE: ANEEL
Potencial Hidrico Total (por Bacia)
40,48%
10,36%
1,24%
10,15%
5,41%
23,71%
4,96%
3,70%Amazonas
Tocantins
Atl.N/NO
S.Francisco
Atl. Leste
Paraná
Uruguai
Atl. SEPotencial Hídrico Remanescente (por Bacia)
67,44%6,71%
1,85%
3,01%
3,72%
13,38%
0,04%
3,84%
Amazonas
Tocantins
Atl.N/NO
S.Francisco
Atl. Leste
Paraná
Uruguai
Atl. SE
UHE Balbina
Área Inundada: 3150 km2
Capacidade: 250 MW
(9,44 km2/MW)
UHE Tucurui
Área Inundada: 2430 km2
Capacidade: 4240 MW
(0,57 km2/MW)
UHE Samuel
Área Inundada: 560 km2
Capacidade: 217 MW
(2,58 km2/MW)
Grandes Hidroelétricas
9. Grandes Hidroelétricas
UHE Balbina
Área Inundada: 3150 km2
Capacidade: 250 MW
(9,44 km2/MW)
UHE Tucurui
Área Inundada: 2430 km2
Capacidade: 4240 MW
(0,57 km2/MW)
UHE Samuel
Área Inundada: 560 km2
Capacidade: 217 MW
(2,58 km2/MW)
Grandes Hidroelétricas
9. Grandes Hidroelétricas
Comparação de Áreas
104
560
2430
3150
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
Santo Domingo UHE Samuel UHE Tucurui UHE Balbina
km
2
Grandes Hidroelétricas
Metodologia ACM0002 Versão 12 (17/09/2010)
Não aplicável à densidades menores do que 4 W/m2
“The project activity is implemented in an existing reservoir, where the volume of reservoir is increased and the power density of the project activity, as per definitions given in the Project Emissions section, is greater than 4 W/m2”
“The project activity results in new reservoirs and the power density of the power plant, as per definitions given in the Project Emissions section, is greater than 4 W/m2”
Há dois cálculos para medir a emissão de CO2 do lago Se densidade é entre 4 e 10 W/m2
Considera-se que há emissão no lago Where: PEHPy = Project emissions from water reservoirs (tCO2e/yr) EFRes = Default emission factor for emissions from reservoirs of hydro power plants in year y (kgCO2e/MWh) TEGy = Total electricity produced by the project activity, including the electricity supplied to the grid and the electricity supplied to internal loads, in year y (MWh)
Se densidade é maior do que 10 W/m2 Não considera que há emissão no lago
9. Grandes Hidroelétricas
FONTE: ANEEL
Source: http://www.iisd.ca/ymb/hydro/iha2009/25june.htm
Grandes Hidroelétricas
9. Grandes Hidroelétricas – Stakeholder Engagement