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7/31/2013
1
IMPLEMENTAÇÃO DE
PROGRAMA REPRODUTIVO EM
REBANHOS LEITEIROS J.E.P. Santos, R.S. Bisinotto, E.S. Ribeiro e F.S. Lima
Department of Animal Sciences University of Florida
Linha do Tempo do Manejo de Vacas de Transição
e Preparação para a Primeira IA 1. Período Pré-parto
Agrupamento adequado
Nutrição adequada
Minimizar desordens metabólicas
Minimimzar problemas de parto
3. Início do Pós-Parto
Monitorar a saúde
Diagnóstico e tratamento 4. Programas reprodutivos
PGF2α
Pre-sincronização para IATF
- 30 d 14 to 21 d 60 to 70 DIM
5. Fim do Período de
Espera Voluntário
Aumento da taxa de
prenhez (TDC x P/IA)
2. Parto
Treinamento da equipe da maternidade
Prevenir intervenções desnecessárias
Dias Relativos ao Parto
7/31/2013
2
Prevenção e Controle de Doenças
do Periparto Fazem Parte do
Programa Reprodutivo
Incidence in the first 60 days postpartum, %
0 10 20 30 40 50 60
Digestive
Pneumonia
Lameness
Ketosis
Mastitis
Fever
C. endometritis
Metrits
Calving problem
Healthy
5.719 vacas leiteira pós-parto foram avaliadas. Foram oito experimentos em sete fazendas nos EUA. 4
Incidência de Doenças Clínicas nos Primeiros 60 Dias de
Lactação em Rebanhos Holandeses de Alta Produção
Santos et al. (2010) Soc. Reprod. Fertil. 67:387-403
Saudável
Problema de Parto
Metrite
Endometrite Clínica
Febre
Mastite
Cetose
Problemas de Casco
Problema Digestivo
Incidência nos primeiros 60 dias pós-parto, %
7/31/2013
3
Categoria Cíclica, % RC Ajustada (IC 95%) P
Saudável 84,1 1,00 ---
Apenas um problema 80,0 0,97 (0,72 – 1,30) 0,83
> 1 Problema 70,7 0,60 (0,44 – 0,82) 0,001
Tipo do problema
Problema de parto 70,5 0,52 (0,40 – 0,68) < 0,001
Metrite 63,8 0,37 (0,28 – 0,50) < 0,001
Endometrite clínica 68,9 0,51 (0,37 – 0,71) < 0,001
Febre do leite 80,0 0,55 (0,40 – 0,74) < 0,001
Mastite 81,5 0,87 (0,55 – 1,36) 0,53
Cetose clínica 77,7 0,71 (0,47 – 1,07 0,10
Problema de casco 85,0 0,82 (0,52 – 1,30) 0,40
Pneumonia 88,9 1,78 (0,22 – 14,34) 0,59
Problema digestivo 60,7 0,54 (0,25 – 1,17) 0,12
5.719 vacas leiteira pós-parto foram avaliadas. Foram oito experimentos em sete fazendas nos EUA. 5
Problemas Clínicos nos Primeiros 60 dias de Lactação e
Retorno a Ciclicidade de Vacas Leiteiras
Santos et al. (2010) Soc. Reprod. Fertil. 67:387-403
Categoria Prenhez, % RC Ajustada (IC 95%I) P
Saudável 51,4 1,00
Apenas um problema 43,3 0,79 (0,69 – 0,91) 0,001
> 1 Problema 34,7 0,57 (0,48 – 0,69) < 0,001
Tipo do problema
Problema de Parto 40,3 0,75 (0,63 – 0,88) < 0,001
Metrites 37,8 0,66 (0,56 – 0,78) < 0,001
Endometrite Clínica 38,7 0,62 (0,52 – 0,74) < 0,001
Febre do Leite 39,8 0,60 (0,48 – 0,65) < 0,001
Mastites 39,4 0,84 (0,64 – 1,10) 0,20
Cetose clínica 28,8 0,50 (0,36 – 0,68) < 0,001
Problema de casco 33,3 0,57 (0,41 – 0,78) < 0,001
Pneumonia 32,4 0,63 (0,32 – 1,27) 0,20
Problema digestivo 36,7 0,78 (0,46 – 1,34) 0,38
5.719 vacas leiteira pós-parto foram avaliadas. Foram oito experimentos em sete fazendas nos EUA. 6
Problemas Clínicos nos Primeiros 60 dias de Lactação e Prenhez
na 1a IA Pós-Parto em Vacas Leiteiras
Santos et al. (2010) Soc. Reprod. Fertil. 67:387-403
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Categoria Perda Prenhez, % RC Ajustada (IC 95%) P
Saudável 8,9 1,00 ---
Apenas um problema 13,9 1,73 (1,25 – 2,39) < 0,001
> 1 Problema 15,8 2,08 (1,36 – 3,17) < 0,001
Tipo do problema
Problema de Parto 15,9 1,67 (1,16 – 2,40) < 0,01
Metrites 11,3 1,01 (0,71 – 1,60) 0,76
Endometrite Clínica 15,1 1,55 (1,04 – 2,32) 0,03
Febre do Leite 18,0 2,00 (1,24 – 3,14) < 0,01
Mastites 19,8 2,62 (1,48 – 4,64) < 0,001
Cetose clínica 14,6 1,64 (0,75 – 3,59) 0,22
Problema de casco 26,4 2,67 (1,38 – 5,12) < 0,01
Pneumonia 16,7 1,87 (0,40 – 8,69) 0,42
Problema digestivo 15,8 1,81 (0,52 – 6,32) 0,35
5.719 vacas leiteira pós-parto foram avaliadas. Foram oito experimentos em sete fazendas nos EUA. 7
Problemas Clínicos nos Primeiros 60 dias de Lactação e Perda
de Prenhez Após a 1a IA Pós-Parto em Vacas Leiteiras
Santos et al. (2010) Soc. Reprod. Fertil. 67:387-403
Doenças Uterinas Retenção de placenta, metrite, e endometrite clínica
Impacto no desempenho reprodutivo apenas quando vacas
desenvolvem metrite e endometrite clínica
Foco nas primeiras 2 semanas pós-parto
Uso profilático de antibióticos, estrógenos ou PGF não trazem
benefício algum para o desempenho reprodutivo
Tratamento de vacas com metrite
• 50 a 60% apresentam auto-cura
• Terapia antimicrobiana sistêmica aumenta cura para 75 a 80% 8
http://thedreamsofalittlegirl.blogspot.com/
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Impacto do Atraso da Ciclicidade na
Fertilidade de Vacas Leiteiras
Santos et al. (2009). Anim. Reprod. Sci. 110:207-221
Santos et al. (2004). Anim. Reprod. Sci. 82-83:513-535
41.1
35.8
15.7
29.0 24.5 26.3
0
10
20
30
40
50
Tx. Conc. - 30 dias Tx. Conc. - 58 dias Perda Embrionária
Cíclicas
Anovulares
a
b a
b a
b
%
a,b Diferença significativa, P < 0.05
Manejo Reprodutivo Tradicional
Encontrar a vaca problema
– Palpar as vacas pós-parto
– Encontrar as vacas com doença cistica ovariana, piometra, etc
“Consertá-las” antes que sejam esquecidas pelo sistema
Valor do programa para o produtor é encontrar as vacas
problemas e as vacas vazias
Objetivos:
- Reduzir o intervalo entre partos
- Melhorar a prenhez por inseminação
- Reduzir os DEL ao primeiro serviço
Santos (2008) Cattle Practice 16:5-14
7/31/2013
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Foco Atual em Manejo Reprodutivo
Trabalhar com grupos de vacas, ser pró-ativo
Foco é em aumentar a taxa de prenhez do rebanho como um
todo
Uso de programas reprodutivos sistemáticos para minimizar
oportunidades perdidas
Objetivos:
- Minimizar a variação em DEL a 1a IA
- Melhorar a taxa de prenhez
Santos (2008) Cattle Practice 16:5-14
Índices Reprodutivos
• 4 índices determinam o desempenho reprodutivo do rebanho:
– Período de espera voluntário
– Taxa de inseminação (avaliada em intervalos de 21-d)
– Prenhez por IA
– Perda de prenhez
• Taxa de inseminação (detecção de cio) e prenhez por IA determina a taxa de prenhez
• Taxa de prenhez: velocidade com que as vacas elegíveis se tornam gestantes – Após o período de espera voluntário
– Vazias
– Produtor quer inseminar
• Normalmente avaliada a cada 21 dias, mas a mudnaça é diária
Santos (2008) Cattle Practice 16:5-14
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• Taxa de inseminação =
(TDC)
• Prenhez/IA =
• Taxa de Prenhez =
Número de vacas inseminadas
Número elegível a vir em cio
Número de vacas prenhes
Número de vacas inseminadas
Número de vacas prenhes
Número elegível a emprenhar
Taxa diária mas, normalmente, é medida em intervalos de 21-d
Santos (2008) Cattle Practice 16:5-14
Índices Reprodutivos em Rebanhos Leiteiros
Taxa de Prenhez a cada 21 d
• Taxa de vacas elegíveis que se tornam gestantes a intervalos de 21 dias
• Dentro de um dado ciclo estral, ela pode ser aproximada da seguinte maneira
Taxa de inseminação x Prenhez por inseminação
Exemplo: 52% x 32% = 16.6%
• Intervalo entre partos = período de espera voluntário + (1/TP x 21) + 283
1/TP = média do número de ciclos estrais necessário para se tornar prenha
Santos, J.E.P.
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Cálculo da Taxa de Detecção de Cio,
Prenhez/IA e TP a cada 21-d
Intervalo Vacas
elegíveis
Vacas
inseminadas
TDC, % Vacas
prenhes
P/IA, % TP 21-d, %
51-71 100 50 50.0 20 40.0 20.0
72-92 80 40 50.0 10 25.0 12.5
93-113 70 30 42.8 10 33.3 14.3
114-134 60 25 41.7 10 40.0 16.7
135-155 50 20 40.0 5 25.0 10.0
Total 360 165 45.8% 55 33.3% 15.3%
Santos (2008) Cattle Practice 16:5-14
Curva de Sobrevivência para Avaliar o Desempenho
Reprodutivo de Rebanhos Leiteiros
Santos (2008) Cattle Practice 16:5-14
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0 30 60 71 92 113 134 155 176 197 218 239 260 281 302
Pro
po
rçã
o d
e v
ac
as
va
zia
s
Dia pós-parto
Área acima da curva: Vacas prenhes
Área abaixo da curva: Vacas vazias
Ângulo: Taxa de prenhez
PEV
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Qual seria a TP 21-d estimada de um
rebanho com média de 150 dias de PS
• TP 21-d = 21/(PS – PEV + 11)
• TP 21-d = 21/(150 – 50 + 11)
• TP 21-d = 21 / 111
• TP 21-d = 18.9%
Santos, J.E.P.
Qual seria o PS e o Intervalo entre Partos de
um Rebanho com TP 21-d de 15,3%
• TP 21-d = 21/(PS – PEV + 11)
• 0.153 = 21/(PS – 50 + 11)
• PS – 50 +11 = 21/0.153
• PS – 39 = 21/0.153
• PS = 176
• Intervalo entre partos = 176 + 280 = 456
Santos, J.E.P.
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10
Taxa de Prenhez a cada 21-d e Produção de
Leite em Rebanhos nos EUA
Fonte : DRMS, DairyMetrics, 26 de Abril de 2011
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
0
5
10
15
20
25
30
35
< 8 8 to 12 12 to 16 16 to 20 20 to 24 24 to 28 > 28
Pro
dução
annual/v
aca
, kg
M
édia
Anua
lizada
de T
P a
cada
21
d
Categoria de TP 21-d, %
RHA milk, kg 21-d PRLeite, kg/ano TP 21-d
Período de Espera Voluntário A escolha depende de:
Intervalo ideal a prenhez Nível de produção
Persistência de lactação
Taxa de prenhez do rebanho
Program reprodutivo a 1ª IA
Fertilidade na 1ª IA
Geralmente > 50 DEL Período de espera voluntário
Iniciar mais cedo Atrasar
Produção de leite Baixa Alta
Persistência lactação Baixa Alta
1a IA Detecção de cio IATF
TP 21-d Baixa Alta
Prenhez na 1ª IA Baixa Alta Ribeiro et al. (2012) Anim. Reprod. 3:370-387
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Escolha do Período de Espera Voluntário
-4
-2
0
2
4
6
8
10
12
-50
-25
0
25
50
75
100
125
150
10.0 12.5 15.0 17.5 20.0 22.5 25.0 27.5 30.0
Ciclo
s de rep
rod
uçã
o
Dia
s d
e re
pro
du
ção o
u P
EV
Taxa de prenhez, %
VWP-110DOPN VWP-130DOPN
Breeding days Breeding cycles
PEV – 110 DPS PEV – 130 DPS
Dias de reprodução Ciclos de reprodução
Ribeiro et al. (2012) Anim. Reprod. 3:370-387
Período de Espera Voluntário em Rebanhos nos
EUA
0
10
20
30
40
50
60
0 to 20 21 to 30 31 to 40 41 to 50 51 to 60 61 to 70 > 70
Re
ba
nh
os
, %
Período de espera voluntário, dias
Fonte: NAHMS (2009)
Ribeiro et al. (2012) Anim. Reprod. 3:370-387
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Monta Natural vs. IA em Rebanhos Leiteiros
Monta natural Percepção que o touro detecta mais cio que métodos indiretos de detecção de cio
Percepção que uso de touros é mais barato
Problemas com monta natural Touro não detecta mais cio. Caso detecte, então a fertilidade da monta natural é, de maneira
geral, baixa
Risco de doenças venéreas
Redução no ganho genético e inabilidade de seleção para características produtivas, de saúde
e de reprodução
Risco ao ser humano
Relatório do CDC (Morbidity and Mortality Weekly Report, 2009) De 21 mortes associadas com o manuseio de bovinos em 4 estados americanos, 10 delas
foram causadas por ataques de touros
Das fatalidades relatadas em fazendas leiteiras, todas foram causadas por touros.
Sheldon et al. (2009): 287 acidentes sérios ou mortes causadas por touros nos EUA, sendo que
a maioria das vítimas tinha experiência considerável no manjeo com animais
Ou seja, se o objetivo é infertilidade,
inferioridade genética, transmissão de doenças e
risco aos funcionários, use touros!
Ribeiro et al. (2012) Anim. Reprod. 3:370-387
Monta Natural vs. IA em Rebanhos Leiteiros
40 60 80 100 120 140 160 180 200 220
100
80
60
40
20
0
Day postpartum
Pro
port
ion n
o p
regnant
TreatmentNatural serviceTimed AI
Lima et al. (2009) J. Dairy Sci. 92:5456–5466
Touro vs. Somente IATF
MN vs. IATF
AHR = 1.15 (IC 95% = 1.00 - 1.31)
Pro
po
rção n
ão
pre
nh
e
Dia pós-parto
Monta natural
IATF
Tratamento
Taxa de Prenhez 21-d:
Monta natural = 25,7%
IATF = 25,0%
40 80 120 160 200 240 280 320
100
80
60
40
20
0
Day postpartum
Pro
port
ion n
ot
pre
gnant
Treatment1TAI3TAI
Lima et al. (2012) Theriogenology 77:1918-27
1 vs. 3 IATF Seguidas de Touro
3IATF vs. 1IATF
AHR = 1.15 (IC 95% = 1.01 - 1.31)
Pro
po
rção n
ão
pre
nh
e
Dia pós-parto
1 IATF
3 IATF
Tratamento
Taxa de Prenhez 21-d: 1 IATF = 19,6%
3 IATF = 23,1%
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Considerações para uso de IATF em Rebanhos
Leiteiros
Taxa de detecção de cio (taxa de inseminação) da fazenda
Baixa taxa de detecção faz com que o uso de IATF seja altamente atrativo
Alta taxa de detecção de cio a cada 21-d (> 60%): Impacto da IATF é
mínimo
IATF pode facilitar o trabalho, mas também requer que a administração
dos tratamento hormonais seja seguida a risca
Melhor resposta ao uso de IATF:
Manejo da 1a inseminação pós-parto (todo rebanho é elegível a ser
inseminado)
Desempenho Reprodutivo de Vacas em 2 Rebanhos Submetidas a
IA em Tempo Fixo (IATF) ou Após Detecção de Cio (DC)
Rebanho 1 Rebanho 2
IATF DC IATF DC
Vacas 200 198 289 361
DEL 1st IA 81.2a 97.0b 62.7a 106.7b
TDC 21-d, % 69.6a 55.6b 65.4a 28.6b
Prenhez 1a IA, % 34.5a 45.1b 35.6a 49.8b
P/IA média 200 DIM, % 41.7 45.4 39.0a 49.7b
TP 21-d, % 29.0 25.2 25.4a 14.3b
Risco relativo (IC 95%) 1.15 (0.92 – 1.43) 1.79 (1.49 – 2.16)
Tenhagen et al. J. Dairy Sci. (2004)
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14
Uso de Cera ou Tinta para Auxíliar na
Detecção de Cio
Cera é aplicada diarimanete enquanto que a tinta é mais esporádica. A leitura é feita diariamente. Vaca é inseminada no mesmo dia do cio
Anotações na Fazenda
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15
A
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300
Day postpartum
DIM
at
firs
t A
I .
DE
L a
1ª
IA
Dia pós-parto
B
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300
Day postpartum
DIM
at
firs
t A
I .
DE
L a
1ª
IA
Dia pós-parto
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Princípios dos Protocolos de IATF Ovsynch
1º GnRH Induzir ovulação para
sincronizar o crescimento
folicular
Somente 50 a 60% das vacas
ovulam quando tratadas em
dias aleatórios do ciclo estral
PGF2α Regredir o CL (≤ 0,30 ng/mL)
Apenas 70 a 75% das vacas
sofrem regressão do CL
2º GnRH Induzir a ovulação de maneira
sincronizada para IATF
Somente 80 a 90% ovulam
dentro de 48 h
Estrógeno
BE +
dispositivo
de P4
Regredir of folículo dominante e
sincronizar a o crescimento
folicular
Somente 70 a 75% das vacas
sincronizam o crescimento
folicular
PGF2α Regredir o CL (≤ 0,20 ng/mL)
Apenas 70 a 75% das vacas
sofrem regressão do CL
ECP Induzir a ovulação de maneira
sincronizada para IATF
Somente 75 a 85% ovulam
dentro de 72 h
Melhora da Sincronia do Ciclo Estral no
Protocolo Ovsynch
3.8
Dia do ciclo estral
d 17 a 21
Ovulação = 77%
d 5 a 9
Ovulação = 96%
0 9.6 13.4 21 2.8 12.4
d 1 a 4
Ovulação = 23%
d 10 a 16
Ovulação = 54%
Desvio Desvio
Bisinotto and Santos (2012) Reprod. Fert. Dev. 24: 258-266
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PRÉ-SINCRONIZAÇÃO DO CICLO ESTRAL
Dia do ciclo estral PGF
2 a
d -14
PGF 2 a
d 0 d 2 d 3 d 4 d 5 d 6 d 7
GnRH
d 12
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 9
Dia 10
W.W. Thatcher
Prenhez na 1a IA (%)
29 36
43 48
0
10
20
30
40
50
60
Ovsynch Presynch
Florida Kansas
n = 262 n = 264
+ Ovsynch
n = 272 n = 278
Wk 1
M
T PGF Th F S S
2
M T W Th F S S
3
M T PGF Th F S S
4
M T W Th F S S
5
GnRH T W Th F S S
6
PGF T GnRH AI F S S
Presynch +
Ovsynch
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18
0%
5%
10%
15%
20%
25%
Pro
po
rção
das v
acas e
m c
io
d0 d2 d4 d6 d8 d10 d12
Dia após a 2a PGF2a
Distribuição de Cio Após a 2a PGF2α da Pré-Sincronização
Chebel et al. J. Dairy Sci. (2006)
60% das vacas
Pré-Sincronização 11 Dias
Dia do ciclo estral PGF
2 a
d -14
PGF 2 a
d 0 d 2 d 3 d 4 d 5 d 6 d 7
GnRH
d 11
Dia 4
Dia 5
Dia 6
Dia 7
Dia 8
Dia 9
W.W. Thatcher
60% das vacas nos dias
3 a 6 do ciclo estral
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19
Efeito do Interavalo Entre Pré-Sincronização e
Ovsynch na Prenhez em Vacas Leiteiras
Tratamento
Presynch-14 Presynch-11 P
Ovulação ao 1º GnRH, %
Vacas com CL 37.2 54.4 < 0.01
Vacas sem CL 75.8 81.6 0.34
Prenhez, %
dia 38 33.5 40.5 0.02
dia 66 30.2 36.4 0.04
Perda de prenhez, % 8.8 9.7 0.88
Galvão et al. J. Dairy Sci. (2007)
Fertilidade em Vacas Leiteiras Submetidas a IATF
na Ausência de CL
Bisinotto et al. 2010. J. Dairy Sci. 93:3578-3587.
29.7
25.1
31.3
28.1
43.0
36.9
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Prenhe d 31 Prenhe d 66
Anestro
Cíclica sem CL
Cíclica com CL
* P < 0.001
n =
1268 n =
546
n =
3793
n =
1265
n =
545
n =
3773
%
*
* 25-30% das vacas sincronizadas não
possuem CL no início do protocolo
7/31/2013
20
Dias após inserção do dispositivo
Pro
ges
tero
na,
ng
/mL
CIDR novo
CIDR usado
Suplementação Com Progesterona Para
Vacas Leiteiras
Cerri et al. 2009. Anim. Reprod. Sci. 110:56-70.
2 ng/mL
Denicol et al. 2012.
J. Dairy Sci. 95:1794-1806.
~ 1 ng/mL
2 CIDR
Diestro
(n = 946)
2CIDR
(n = 218)
Controle
(n = 234) ECC
US
US
GnRH PGF2α GnRH + AI
GnRH PGF2α GnRH + AI
GnRH PGF2α GnRH + AI -8 -3 -2 0
Dia relativo a IA CL presente
CL ausente
Suplementação Com Progesterona Pré-IA Para
Vacas Leiteiras sem CL
7/31/2013
21
2 CIDR
Diestro
(n = 946)
2CIDR
(n = 218)
Controle
(n = 234) ECC
US
US
GnRH PGF2α GnRH + IA
GnRH PGF2α GnRH + IA
GnRH PGF2α GnRH + IA
-8 -7 -5 -3 -2 0
Dia relativo a IA
CL presente
CL ausente
Amostras de sangue - Progesterona
Detecção de cio (cera) Diagnóstico de
gestação:
d 32 e 60
Suplementação Com Progesterona Pré-IA Para
Vacas Leiteiras sem CL
Study day
-8 -7 -5 -3 0
Pro
ges
tero
ne,
ng/m
L
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
a
b
a
c
a
b
c
a
b
c
b
a
b
Dia do estudo
Pro
ges
tero
na,
ng/m
L
Suplementação Com Progesterona Pré-IA Para
Vacas Leiteiras sem CL
a,b,c Médias diferem (P ≤ 0.05) Bisinotto et al. 2013.J. Dairy. Sci. 96:2214-2225.
7/31/2013
22
%
34.2
30.8 28.6
6.9
36.2
46.8
43.7
5.1
35.0
49.9
47.3
4.7
0
10
20
30
40
50
Estrus at AI Pregnant d 32 Pregnant d 60 Pregnancy Loss
Control
2CIDR
Diestrus
b
a
a
b
a
a
a,b Médias diferem (P ≤ 0.05), A,B Médias diferem (P ≤ 0.05) Bisinotto et al. 2013.J. Dairy. Sci. 96:2214-2225.
Suplementação Com Progesterona Pré-IA Para
Vacas Leiteiras sem CL
Aumentar a Proporção de Vacas Com CL no
Início do Protocolo de IATF: Ovsynch-Duplo
Souza et al. 2008.Theriogenology. 70:208-215.
7/31/2013
23
Efeito do Método de Pré-Sincronização na P/IA em
Vacas Leiteiras Presynch-Ovsynch vs. Ovsynch Duplo
20
25
30
35
40
45
50
55
Primíparas Multíparas
Presynch-Ovsynch
Ovsynch-Duplo
Herlihy et al. 2012.J. Dairy Sci.. 95:7003-7014.
387 391
463 446
P = 0.02
P = 0.07
Diagnóstico de Prenhez e Reconfirmações
Santos et al. 2004. Anim. Reprod. Sci.. 82-83:513-535.
- Baixa acurácia
- Mortalidade embrionária
elevada
7/31/2013
24
Diagnóstico de Prenhez e Reconfirmações
Santos et al. 2004. Anim. Reprod. Sci.. 82-83:513-535.
- Ultrasonografia e palpação:
alta acurácia e custo reduzido
- Perda de prenhez moderada:
- 1º exame: 28 a 42 dias
- 2º exame: 60 a 70 dias
Diagnóstico de Prenhez e Reconfirmações
Santos et al. 2004. Anim. Reprod. Sci.. 82-83:513-535.
- Baixa perda de prenhez:
- 3º exame: antes da secagem
(exame anterior é necessário em rebanhos
com baixa taxa de detecção de cio)
7/31/2013
25
Frequencia de Visitas para Diagnóstico de
Gestação
Em rebanhos com alta taxa de detecção de cio
Frequencia de visitas para o diagnóstico de gestação tem
menor impact no desempenho reprodutivo
Manter semanal ou a cada 2 semanas
Rebanhos onde a re-inseminação é dependente do
diagnóstico de não gestação baixa detecção de cio
Ideal seria semanal
Rebanhos pequenos, a cada 2 semanas
Dias no Curral Pré-Parto
0
50
100
150
200
250
300
350
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 77 84 92
Cow
s
Days in closeup
Primiparous
0
100
200
300
400
500
600
700
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 77 84 92
Cow
s
Days in closeup
Multiparous
0.000
0.020
0.040
0.060
0.080
0.100
0.120
0.140
0.160
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 77 84 92
% c
ow
s
Days in closeup
Primiparous
0.000
0.020
0.040
0.060
0.080
0.100
0.120
0.140
0.160
0.180
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 77 84 92
% c
ow
s
Days in closeup
Multiparous
7/31/2013
26
Mortalidade com Base no Número de Dias no
Lote Pré-Parto
2.0 2.4 3.1
3.6 3.0 3.3
3.9 4.7
7.1 7.8
9.0
10.1
0.0
2.0
4.0
6.0
8.0
10.0
12.0
Death 30 d Death 60 d Death 120 d Overall
%
Período pós-parto
> 2 wk < 2 wk None
Após Qualquer Inseminação Artificial
25 a 45% das vacas se tornam gestantes
55 a 75% precisam ser re-inseminadas
Obejtivo é re-inseminar a vaca não gestante o mais rápido prossível
Até que a vaca retorne em cio ou seja diagnosticada vazia, nada pode ser
feito!
Diagnóstico de gestação
O mais cedo possível desde que 100% das vacas vazias sejam realmente vazias
Lembre-se, aborto iatrogênico é inúmeras vezes mais caro que o benefício de saber
que a vaca está prenha ou vazia
7/31/2013
27
Re-Sincronização de Vacas Vazias
Diagnóstico gestacional
30 a 60% de vacas vazias
Lopez et al. 2004. Anim. Reprod. Sci. 81:209-223.
Re-sincronização e IATF
Garantia de que todas as vacas vazias serão
re-inseminadas entre 3 e 10 dias após o
diagnóstico gestacional
Re-inseminação após detecção de cio
Re-Sincronização de Vacas Vazias
Opções Não fazer anda e esperar o retorno espontâneo ao cio
Usar dispositivos de progesterona para re-sincronizar o retorno ao cio (d 13 ao 20)
Uso seletivo de PGF em vacas onde se encontra um CL Sensitividade e especificidade da palpação para diagnóstico de um CL
ativo é < 60%
Uso de PGF2α em todas vacas vazias Boa opção em rebanhos com boa taxa de detecção de cio
Colocar todas vacas vazias em protocolo de IATF Opção mais recomendada
7/31/2013
28
Avaliação do Manejo Reprodutivo em Rebanhos Leiteiros Rebanho
Item Abaixo da Méida Média Acima da Média
Programa reprodutivo Monta natural IA + monta natural Somente IA
Tipo de programa Inexistente Somente detecção cio Combina det. cio e IATF
Primeira inseminação
Início, DEL < 50 > 50 50 to 70
Fim, DEL > 80 > 80 < 90
Taxa de inseminação 21-d, % < 50 50 – 60 > 65
Prenhez na 1a inseminação, % < 30 35 > 40
Prenhez por inseminação, % < 30 33 > 38
Taxa de prenhez a cada 21-d, % < 15 16 – 18 > 22
Perda de prenhez, 35 a 220 d gestação > 20 15 < 15
Período de serviço, d > 140 130 – 140 <120
Diagnóstico de gestação Esporádico 1 a 2 x mês Semanal
Detecção de cio Inexistente Diária Diária
Procedimento com vacas vazias Nenhum PGF e detecção de cio Re-sincronização IATF
Santos (2008) Cattle Practice 16:5-14
Outros Componentes do Sucesso do Programa
Reprodutivo
Bem estar da vaca Controle de maqueiras e problemas de casco
Conforto térmico
Controle de doenças reprodutivas infecto-contagiosas
7/31/2013
29
Perda de calor
Produção de calor
metabólitos
Alimento
Ganho de calor
Produção de calor + ganho de calor = Perda de calor 58
7/31/2013
30
Johnson & Brody 1956
Distribuição da Perda de Calor de Acordo
com a Temperatura Ambiente
0%
25%
50%
75%
100%
10 20 30 40 50 60 70 80 90
Chamber Temperature, °F
He
at
Dis
sip
ati
on
, %
Dis
sip
aç
ão
de c
alo
r, %
Temperatura da câmara, oC
Resfriamento não evaporativo
Resfriamento evaporativo trato respiratório
-12 -7 -1 4 10 16 21 27 32
59
10 15 20 25 30 35
Temperatura ambiente, oC
38
39
40
41
Tem
pe
ratt
ura
co
rpó
rea
, oC
(Berman et al. 1985)
60
7/31/2013
31
Quando a temperatura ambiente é alta, a
melhor maneira de reduzir o estresse
calórico é:
1) reduzir a radiação solar sombra (reduzir
o ganho de calor)
2) aumentar a perda evaporativa de calor
água + ventilação forçada
Resfriar Vacas
61
Radiação
Condução
Convecção
Evaporação
Mecanismos de Troca de Calor
A velocidade da troca depende da diferença de
temperatura entre o corpo do animal e o ambiente
É mais fácil para a vaca regular a temperatura corporal quando:
- Produção de calor não é alta (lactante vs. seca)
- Temperatura do ar é menor do que a corporal (38,5 oC)
- Radiação solar não é alta (sombra)
- Perde, através de radiação, a céu aberto durante a noite (sem
cobertura ou nuvens)
- Umidade relativa do ar é baixa
A velocidade da troca depende umidade do ar
62
7/31/2013
32
Temperatura do Ar = 23,4 oC, Umidade relativa = 50%
Vacas na sombra
Evaporação
pela respiração
evaporação
pela sudorese condução
convecção
radiação
38,5 oC
Produção de Calor = Perda de Calor
Temperatura corporal permanece normal
Cortesia de P.J. Hansen 63
Redução da
evaporação
pela respiração
Redução de
condução & convecção
Redução da
radiação
Radiação
oriunda da luz solar
39,1 oC
Produção de Calor > Perda de Calor
Aumento da temperatura corporal
Temperatura do Ar = 34,4 oC, Umidade relativa = 90%
Vacas no sol (sem sombra)
Redução da
evaporação
pela sudorese
Cortesia de P.J. Hansen 64
7/31/2013
33
Reduzir a radiação
solar
Aumentar a perda
evaporativa de calor
Aumentar condução
e convecção
Aumentar
evaporação
39.2oC
38.5oC
65
Prevenção de Doenças Reprodutivas e
Uso de Vacinas
Protozoários
Neospora, tritrichomonas
Bactérias
Brucelose, campylobacteriose (vibriose), leptospirose,
listeriose
Vírus
Rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR) e diarréia viral bovina
(BVD)
7/31/2013
34
Doenças Reprodutivas e Vacinas
Bactérias Brucella abortus
Leptospira spp
Campylobacter fetus (vibriose)
Listeria monocytogenes
Brucelose – Siga o programa nacional de controle de brucelose bovina
Vacinação (3 a 8 meses) e exames rotineiros
Leptospirose – Siga o calendário regional de vacinação de acordo com a
prevalência da doença
Leptospira canicola, L. grippotyphosa, L. hardjo, L. icterohaemorrhagiae e L. pomona
Hardjo-bovis – vacina previne infecção e tem duração de imunidade de 12 meses
Listeriose Evite uso de silagem mofada
Doenças Reprodutivas e Vacinas
Protozoários
Neospora caninum
Tritrichomonas foetus
Neosporose – principal causa de aborto no 3º trimestre em rebanhos nos EUA
Nos EUA há uma única vacina a base de N. caninum morto com indicação para
reduzir abortos em bovinos
Tricomoníase – problema apenas em rebanhos com monta natural
Vacina é parcialmente eficaz em bovinos
Todo rebanho com touro onde se faz diagnóstico clínico de piometra, deve-se
coletar material para diagnóstico de T. foetus
Controle
T. foetus: Eliminar touro – implementar uso de IA
N. caninum: reduzir fatores de risco (estresse nutricional, térmico, etc). Vacina é
de eficácia controversa.
7/31/2013
35
Doenças Reprodutivas e Vacinas
Diarréia Viral Bovina e Rinotraqueíte Infecciosa Bovina Doenças endêmicas
Perdas reprodutivas
Vacinas Vivas modificadas são as mais eficazes
Duração de imunidade de 10 a 12 meses
Não previnem infecção, mas previnem ou reduzem sintomas da doença clínica
Controle BVDV – idenficação de animais persistentemente infectados (PI)
Imunohistoquímica de tecido para diagnóstico viral
Isolamento viral por PCR
Programa vacinal Animais jovens – multiplas vacinações no 1º ano de vida
Revacinação antes do parto – proteção fetal
Revacinação 30 dias antes de iniciar reprodução (30 a 40 DEL)
José Eduardo P. Santos