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Traduzido do original em Inglês

Glorying in the Cross

By R. M. M'Cheyne

Extraído da obra original, em volume único:

The Sermons of the Rev. Robert Murray M'Cheyne

Minister of St. Peter's Church, Dundee.

Via: Archive.Org

Tradução por Camila Almeida

Revisão e Capa por William Teixeira

1ª Edição: Dezembro de 2014

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida

Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, sob a licença Creative

Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.

Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato,

desde que informe o autor, a fonte original e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo

nem o utilize para quaisquer fins comerciais.

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Gloriando-se na Cruz de Cristo Por Robert Murray M'Cheyne

“Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz

de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado

para mim e eu para o mundo.” (Gálatas 6:14)

Doutrina: Gloriando-se na cruz.

I. O assunto aqui falado por Paulo e á a cruz de Cristo. Essa palavra é usada em três sentidos

diferentes na Bíblia. É importante distingui-los:

1. Ela é usada para significar a cruz de madeira, o madeiro sobre o qual o Senhor Jesus foi

crucificado. A punição da cruz foi uma invenção Romana. Era usada apenas no caso de escra-

vos, ou malfeitores mui notórios. A cruz era feita de duas vigas de madeira que se cruzavam.

Ela era colocada no chão e o criminoso, estendido sobre ela. Um cravo era pregado em cada

mão, e outros dois em ambos os pés. Em seguida, a cruz era levantada na posição vertical, e

deixada cair em um buraco, em que era presa. O homem crucificado era então era deixado

para morrer, pendurado por suas mãos e pés. Esta foi a morte a que Jesus se rebaixou. “Ele

suportou a cruz, desprezando sua ignomínia”. “Tornando-se obediente até a morte, e morte

de cruz” (Mateus 27:40, 42; Marcos 15:30, 32; Lucas 23:26; João 19:17, 19, 25, 31; Efésios

2:16).

2. Ela é usada para significar o caminho da salvação por Jesus Cristo crucificado. Assim, em

1 Coríntios 1:18: “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós,

que somos salvos, é o poder de Deus”, em comparação com o versículo 23: “Mas nós prega-

mos a Cristo crucificado...”. Aqui é evidente que a pregação da cruz e a pregação de Cristo

crucificado são a mesma coisa. Este é o significado da passagem diante de nós: “Mas longe

esteja de mim gloriar-me...”. Este é o nome dado a todo o plano de salvação pelo Redentor

crucificado. Essa pequena palavra implica toda a obra gloriosa de Cristo por nós.

Esta palavra implica o amor de Deus em dar o Seu Filho (João 3:16); o amor de Cristo em

entregar a Si mesmo (Efésios 5:25); a encarnação do Filho de Deus; Sua Substituição, um por

muitos, seus sofrimentos expiatórios e morte. Toda a obra de Cristo está incluída nessa pe-

quena expressão: a cruz de Cristo. E a razão é simples; Sua morte na cruz foi o ponto mais

baixo de Sua humilhação. Foi ali que Ele clamou: “Está consumado”, o trabalho da minha obe-

diência está consumado! Meus sofrimentos terminaram, a obra da Redenção está completa,

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a ira do meu povo está extinta. E, então, Ele reclinou a cabeça, entregou o espírito. Daí toda

a Sua obra consumada é chamada de: a cruz de Cristo.

3. Cruz também é uma palavra usada para significar os sofrimentos suportados por aqueles

que seguem a Cristo.

“Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-

me” (Mateus 16:24). Quando um homem se determina a seguir a Cristo, ele deve abandonar

seus prazeres e suas companhias pecaminosas. Ele encontra escárnio, zombaria, desprezo,

ódio e perseguição dos antigos amigos. O seu nome e desprezado como mau. “E também

todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições”. Agora, en-

contrar-se com tudo isso é “tomar a cruz”. “E quem não toma a sua cruz, e não segue após

mim, não é digno de mim” [Mateus 10:38].

Na passagem diante de nós as palavras são usadas no segundo sentido, o plano de salvação

por meio de um Salvador crucificado.

Queridos amigos, é isso que está diante de vocês no pão partido e vinho derramado; toda a

obra de Cristo para a salvação dos pecadores. O amor e a graça do Senhor Jesus estão todos

reunidos em um foco ali. O amor do Pai, o Pacto com o Filho, o amor de Jesus, Sua encarna-

ção, obediência, morte todas estão postas diante de vocês nestes pão e vinho partidos. É um

sermão doce, silencioso. Muitos sermões não contêm Cristo do começo ao fim. Muitos O

mostram com ar de dúvida e imperfeitamente. Mas aqui não há outra coisa senão Cristo e

este crucificado. A mais rica e eloquente ordenança! Orem para que a própria visão deste pão

partido possa quebrantar seus corações, e faça-os fugir para o Cordeiro de Deus. Orem por

conversões a partir da visão do pão partido e vinho derramado. Olhem com atenção, queridas

almas e crianças pequenas, quando o pão é partido e o vinho vertido. É uma visão que afeta

o coração. Que o Espírito Santo abençoe isso. Caros crentes, olhem vocês com atenção, para

que obtenham visões mais profundas, mais plenas do caminho do perdão e da santidade.

Um olhar dos olhos de Cristo quebrou e derreteu o coração orgulhoso de Pedro; ele saiu e

chorou amargamente. Orem para que um único olhar deste pão partido possa fazer o mesmo

por vocês. Quando o centurião romano, que velava ao lado da cruz de Jesus, O viu morrer, e

rochas se fenderam, ele bradou: “Verdadeiramente este era Filho de Deus!” [Mateus 27:54].

Olhe para este pão partido, e você verá a mesma coisa, e que seu coração seja levado a

clamar por pelo Senhor Jesus. Quando o ladrão moribundo olhou o rosto pálido de Emanuel,

e viu a Majestade santa que sorriu com Seus olhos agonizantes, clamou: “Senhor, lembra-te

de mim!” [Lucas 23:42]. Este pão partido revela a mesma coisa. Que a mesma graça seja

dada a você, e que possa suscitar o brado: “Senhor, lembra-te de mim!”. Oh! obtenham visões

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mais plenas de Cristo, queridos crentes. O milho da safra, às vezes, amadurece mais em um

dia do que em semanas anteriores. Assim, alguns Cristãos ganham mais graça em um dia do

que durante os meses anteriores. Orem para que este possa ser um dia de colheita e de

amadurecimento em suas almas.

II. Os sentimentos de Paulo em relação à cruz de Cristo: “Longe de mim…”.

1. Está implícito que ele absolutamente havia deixado o caminho da justiça pelas obras da

Lei. Todo homem natural busca a salvação através tentar melhorar a si mesmo aos olhos de

Deus. Ele tenta consertar sua vida, ele coloca um freio na língua, ele tenta comandar seus sen-

timentos e pensamentos, tudo para tornar-se melhor aos olhos de Deus. Ou, então ele irá mais

longe: tenta cobrir pecados passados por meio de observâncias religiosas. Ele se torna um

homem religioso; ora, chora, lê e participa dos sacramentos, fica profundamente ocupado com

a religião, e tenta colocá-la em seu coração, tudo para tornar a si mesmo, na aparência, bom

aos olhos de Deus, para que ele possa colocar Deus sob dívida para perdoá-lo e amá-lo.

Paulo tentou este plano por muito tempo. Ele era um Fariseu, segundo a justiça que há na lei,

irrepreensível; ele viveu uma vida exteriormente inculpável, e foi altamente considerado como

um homem dos mais religiosos. “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo”

[Filipenses 3:7]. Quando aprouve a Deus abrir os seus olhos, ele abandonou esta forma de

justiça própria para todo o sempre; ele não tinha mais qualquer paz em olhar para dentro: “e

não confiamos na carne” [Filipenses 3:3]; ele se despediu para sempre dessa forma de buscar

a paz. Ele a pisoteou: “E as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo” [Fili-

penses 3:8]. Oh! é uma coisa gloriosa, quando um homem é levado a pisotear a sua justiça pró-

pria, esta é a coisa mais difícil do mundo.

2. Ele dirigiu-se ao Senhor Jesus Cristo. Paulo teve tal visão da glória, brilho e excelência do

caminho da Salvação por meio de Jesus, que isso preencheu todo o seu coração. Todas as

outras coisas afundaram em pequenez. Todo monte e outeiro foi abatido, o torto foi endireita-

do, os lugares ásperos aplainados, e a glória do Senhor foi revelada. Como o nascer do sol

faz com que todas as estrelas desapareçam, assim a ascensão de Cristo sobre a sua alma

fez todo o restante desaparecer. Os sofrimentos de Jesus por nós encheram os seus olhos e

o seu coração. Ele viu, creu e alegrou-se. Cristo, supriu todas as suas necessidades. Da cruz

de Cristo um raio de luz celestial inflamou a sua alma, enchendo-o de luz e alegria indizíveis.

Ele sentiu que Deus foi glorificado, e ele foi salvo. Ele abriu caminho para o Senhor com todo

o propósito do coração. Como Jonathan Edwards diz: “eu estava inefavelmente satisfeito”.

3. Ele se gloriava na cruz. Ele confessou a Cristo diante dos homens, ele não tinha vergonha

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de Cristo diante daquela geração adúltera. Paulo se vangloriou de que este era o caminho do

perdão, da paz e da santidade. Ah! que mudança! uma vez ele blasfemou contra o nome de

Jesus, e perseguia até a morte aqueles que invocavam o Seu nome; agora esta é toda a sua

jactância: “E logo nas sinagogas pregava a Cristo, que este é o Filho de Deus” [Atos 9:20].

Uma vez ele se gloriou de sua vida inculpável, quando ele estava entre os Fariseus; agora ele

se gloria no fato de que ele é o principal dos pecadores, mas que Cristo morreu por tais como

ele. Uma vez ele se gloriou de sua erudição, que ele se sentou aos pés de Gamaliel; agora

ele se gloria em ser considerado como louco por amor de Cristo, em ser uma criancinha condu-

zida pela mão de Jesus. À mesa do Senhor, entre seus amigos, nas cidades pagãs, em Ate-

nas, em Roma, entre os sábios ou insensatos, diante de reis e príncipes, ele se gloria nisto

como a única coisa digna de ser conhecida: o caminho da salvação por Jesus Cristo e este

crucificado.

Queridos amigos, vocês foram levados a se gloriarem somente na cruz de Cristo?

1. Você se desprendeu do antigo caminho da salvação pelas obras da Lei? Seu coração

natural está firmado sobre este caminho. Você está sempre buscando se tornar melhor e

melhor até que você possa colocar Deus sob a obrigação de perdoá-lo. Você está sempre

olhando para dentro de si mesmo, buscando por justiça ali. Você está olhando para a suas

convicções, para sua tristeza pelos pecados passados, para suas lágrimas e orações ansio-

sas. Ou você está olhando para o seu interior, para sua honestidade, para o abandono dos

conselhos dos ímpios e para as lutas por uma nova vida. Ou, então você está olhando para

os seus próprios exercícios religiosos, para o seu fervor e coração, para o crescimento em

oração ou na frequência à casa de Deus. Ou você está olhando para a obra do Espírito Santo

em você, para as graças do Espírito. Ai! Ai! A cama é mais curta do que você possa esticar-

se sobre ela, a cobertura é mais estreita do que você possa cobrir-se nela. Desespere-se por

perdão neste caminho. Desista para sempre. Seu coração é desesperadamente corrupto.

Cada justiça que há em seu coração vem acompanhada de vileza e corrupção, e não pode

aparecer diante da vista de Deus. Considere tudo como perda, trapos de imundícia, refugo,

para que você possa ganhar a Cristo.

2. Vá ao Senhor Jesus Cristo. Acredite no amor do Senhor Jesus Cristo. Ele se deleita na

misericórdia; Ele está pronto para perdoar, misericórdias fluem dEle. Ele justifica o ímpio. Você

já viu a glória da cruz de Jesus? Isto atraiu o seu coração? Você se sente inexplicavelmente

satisfeito com esse caminho de Salvação? Você vê que Deus é glorificado quando você é

salvo? que Deus é um Deus de majestade, verdade, santidade imaculada e justiça inflexível,

e ainda assim você é justificado? Será que a cruz de Cristo preenche o seu coração? Isto

produz uma grande calma em sua alma, um descanso celestial? Você ama essa expressão:

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“a justiça de Deus”; “a justiça que é pela fé”, a justiça sem as obras? Você contempla a cruz?

Será que a sua alma descansa ali?

3. Glorie-se apenas na cruz de Cristo. Observe, não pode haver um Cristão secreto. A graça

é como perfume escondido na mão, ela denuncia a si mesma. Um Cristão vivificado não pode

manter o silêncio. Se você realmente sente a doçura da cruz de Cristo, você será constrangido

a confessar a Cristo diante dos homens. É como “o bom vinho... que se bebe suavemente, e

faz com que falem” [Cânticos 7:9]. Você O confessa em sua família? Você dá a conhecer ali

que você é de Cristo? Lembre-se, você deve ser resoluto em sua própria casa. A marca do

hipócrita é ser um cristão em todos lugares, exceto em sua própria casa. Entre os seus com-

panheiros, você tem a Cristo por um amigo a quem você encontrou? Na loja e no mercado,

você está disposto a ser conhecido como um homem lavado no sangue do Cordeiro? Você

almeja que todos os seus negócios estejam sob as doces regras do Evangelho? Venha, então,

à mesa do Senhor e confesse Aquele, que salvou a sua alma. Oh! Permita que esta possa ser

uma verdadeira, livre e plena confissão. Jesus Cristo é o meu doce alimento, meu cordeiro,

minha justiça, meu Senhor e meu Deus, meu tudo em todos. “Mas longe esteja de mim gloriar-

me, a não ser na cruz”. Uma vez você se vangloriou nas riquezas, amigos, fama, pecado; mas,

agora, em um Jesus crucificado.

III. Os efeitos. “O mundo está crucificado para mim e eu para o mundo”. “Se alguém está em

Cristo Jesus, nova criatura é...” [2 Coríntios 5:17]. Quando o mendigo cego de Jericó teve seus

olhos abertos pelo Senhor, este mundo estava todo modificado para ele, e ele para o mundo.

Assim foi com Paulo, não mais depressa ele elevou-se de seus joelhos, com a paz de Jesus

em seu coração, que o mundo foi definitivamente desprezado aos seus olhos. Enquanto ele

corria sobre as pedras lisas nas ruas de Damasco, ou olhava para baixo do telhado plano de

sua casa sobre os belos jardins nas margens de Abana, o mundo e todo o seu deslumbrante

espetáculo pareciam aos seus olhos uma coisa pobre, murcha, crucificada. Uma vez isto foi o

seu tudo. Uma vez suas lisonjas macias e escorregadias eram agradáveis como música ao

seu ouvido. Uma vez o coração de Paulo esteve posto sobre tudo que o olho natural: riquezas,

beleza e prazeres; mas no momento em que ele creu em Jesus, tudo isto começou e definhar.

É verdade que eles não foram mortos definitivamente, mas estavam pregados em uma cruz.

Eles não tinham mais aquela atração viva para eles, a qual uma vez tiveram; e agora todos os

dias eles começavam a perder o seu poder. Como um homem morrendo na cruz enfraquece

a cada momento, enquanto o sangue do seu coração escorre a partir das suas feridas

profundas de suas mãos e pés, aquilo que uma vez foi o seu tudo, começou a perder a cada

momento seu poder de atração. Ele provou tanta doçura em Cristo: o perdão, o acesso a

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Deus, o sorriso de Deus, o Espírito habitando nEle, e por isso a cada dia o mundo tornava-se

mais insípido para ele.

Outro efeito foi: “Eu para o mundo”. Enquanto Paulo colocava a mão sobre o seu próprio peito,

ele sentia que esse também havia sido transformado. Ele uma vez foi um corajoso cavalo de

corrida que corre com ímpeto e não pode ser freado; uma vez Ele foi uma raposa caçadora

ao aroma impaciente da cólera; outra vez seu coração corria atrás de fama, honra e elogios

do mundo; mas agora estava pregado na cruz, com o coração quebrantado e contrito. É ver-

dade que ele ainda não estava morto e que muitos vacilos despertaram sua velha natureza,

fato que o levou aos seus joelhos e o fez clamar por graça para auxílio; porém, ainda assim,

quanto mais ele olhou para a cruz de Jesus, mais o seu velho coração foi mortificado. A cada

dia ele sentia menos desejo de pecar e mais desejo por Cristo, por Deus e por perfeita san-

tidade.

Alguns podem descobrir que nunca vieram a Cristo. Será que o mundo está crucificado para

você? Uma vez que este era o seu tudo: o seu louvor, suas riquezas, suas canções, e felizes

inclinações? Isso já foi pregado na cruz em sua visão? Oh! coloque a mão em seu coração.

Foi-se o seu desejo ardente por coisas terrenas? Os que são de Cristo crucificaram a carne

com as suas paixões e concupiscências.

Você sente que Jesus crucificou as suas paixões? Você deseja que elas sejam mortificadas?

Que resposta vocês podem dar, filhos e filhas do prazer, para quem a dança e música, o

espelho e as respostas chistosas são a soma da felicidade? Vós não sois nada de Cristo.

Que resposta vocês podem dar, amantes do dinheiro, sórdidos fazedores de dinheiro, que

preferem ser um pouco mais soberanos do que ter a graça de Deus em seu coração? Que

resposta vocês podem dar, gratificadores da carne, caminhantes da noite, amantes da escuri-

dão? Vós não sois de Cristo. Vocês não vieram a Cristo. O mundo está completamente vivo

para vocês, e vocês estão vivos para o mundo. Vocês não podem se gloriar na cruz, e amar

o mundo. Ah! pobres almas iludidas, vocês nunca viram a glória do caminho do perdão por

Jesus. Vão em frente; amem o mundo, agarrem cada prazer, reúnam montes de dinheiro,

alimentem e engordem as suas concupiscências, saciem-se. Do que isso adiantará a vocês

quando perderem sua própria alma?

Alguns estão dizendo: Ó, que mundo fosse crucificado para mim e eu para o mundo! Ó, que

o meu coração fosse tão morto quanto uma pedra para o mundo, e vivo para Jesus! Você

realmente deseja isso? Então, olhe para a cruz. Contemple o maravilhoso dom do amor. A

salvação é prometida a um olhar. Sente-se como Maria, e contemple a Jesus crucificado.

Assim o mundo se tornará uma coisa ofuscada e moribunda. Quando você olha o sol isso faz

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com que todas as outras coisas escureçam; quando você prova o gosto de mel, isso faz com

que todo o mais se torne amargo. Semelhantemente, alimentar-se de Jesus retira a doçura de

todas as coisas terrenas: elogios, prazeres, desejos carnais, todos estes perdem a sua doçura.

Mantenha um olhar contínuo. Corra, olhando para Jesus. Olhe, até que o caminho da salvação

por Jesus preencha todo o horizonte, tão glorioso e em linguagem de paz. Então, o mundo

estará crucificado para você, e você para o mundo.

25 de Outubro de 1840.

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10 Sermões — R. M. M’Cheyne

Adoração — A. W. Pink

Agonia de Cristo — J. Edwards

Batismo, O — John Gill

Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo

Neotestamentário e Batista — William R. Downing

Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon

Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

Doutrina da Eleição

Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos

Cessaram — Peter Masters

Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da

Eleição — A. W. Pink

Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer

Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida

pelos Arminianos — J. Owen

Confissão de Fé Batista de 1689

Conversão — John Gill

Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel

Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon

Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards

Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins

Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink

Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne

Eleição Particular — C. H. Spurgeon

Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —

J. Owen

Evangelismo Moderno — A. W. Pink

Excelência de Cristo, A — J. Edwards

Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon

Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink

Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink

In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah

Spurgeon

Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —

Jeremiah Burroughs

Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação

dos Pecadores, A — A. W. Pink

Jesus! – C. H. Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon

Livre Graça, A — C. H. Spurgeon

Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield

Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry

Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill

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— Sola Fide • Sola Scriptura • Sola Gratia • Solus Christus • Soli Deo Gloria —

Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —

John Flavel

Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston

Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.

Spurgeon

Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.

Pink

Oração — Thomas Watson

Pacto da Graça, O — Mike Renihan

Paixão de Cristo, A — Thomas Adams

Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards

Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —

Thomas Boston

Plenitude do Mediador, A — John Gill

Porção do Ímpios, A — J. Edwards

Pregação Chocante — Paul Washer

Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon

Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado

Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200

Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon

Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon

Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.

M'Cheyne

Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer

Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon

Sangue, O — C. H. Spurgeon

Semper Idem — Thomas Adams

Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

Owen e Charnock

Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de

Deus) — C. H. Spurgeon

Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.

Edwards

Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina

é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen

Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.

Owen

Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink

Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.

Downing

Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan

Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de

Claraval

Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica

no Batismo de Crentes — Fred Malone

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2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está

encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os

entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória

de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre

por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre

entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos

portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará

também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para

que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de

Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e momentânea tribulação

produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas

que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se

não veem são eternas.