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DOCUMENTQS REFERENTEN AOS AVANCOS PALLISTAS EM CHIQUITOS (SECULO XVIII) Clodoaldo Bueno (1) Os documentos que a seguir säo publicados, constituem parte de dois "legajos" existentes no Archivo General de Indias de Sevilha, referentes ä Audiencia de Charcas. O traslado que fornego foi retirado de uma cöpia testemunhada que se encon- tra na segäo de manuscritos da biblioteca da Universidade Autönoma Gabriel Rene Moreno de Santa Cruz de la Sierra (Bolivia). O Doutor Hernando Sanabria Fernandez, Diretor do Departamento de Investigagöes Histöricas do Oriente Boli- viano, a quem cabe a responsabilidade de referida segäo, per- mitiu que fosse retirada a cöpia que ora e fornecida aos lei- tores desta Revista. Aproveito esta oportunidade para deixar meus agradecimentos ao Dr. Sanabria pelo seu alto espirito de colaboragäo, e pela atengäo que me dispensou durante a visita que fiz aos arquivos da referida universidade. Os documentos em questäo integram um informe enviado pela Audiencia de Charcas (La Plata) ao rei, atraves do Con- selho, dando conta dos perigos que corriam as terras situadas sob a sua jurisdigäo, em virtude da presenga de portugueses (paulistas) nas margens do rio Cuiabä. Creio ser de interesse a presente publicagäo porque alguns problemas referentes äs relagöes entre o Brasil e a Bolivia, no passado, ainda näo estäo suficientemente estudados (2). Cons- tituem celulas a mais que se juntam aos bons repositörio do- (1) Professor-Assistente do Departamento de Histöria da Faculdade de Filosofia, Ciencias e Letras de Marilia. i2> Cf. Kulälia Maria Lahmeyer Lobo — Ctnninho dt Chiquitos «s missöen guurunis de l(i90 o IS. Säo Paulo, Coleeäo da Revista de Histöria (XX), 1960, p. 5.

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DOCUMENTQS REFERENTEN AOS AVANCOS PALLISTAS EM CHIQUITOS (SECULO XVIII)

Clodoaldo Bueno (1)

Os documentos que a seguir säo publicados, constituem parte de dois "legajos" existentes no Archivo General de Indias de Sevilha, referentes ä Audiencia de Charcas. O traslado que fornego foi retirado de uma cöpia testemunhada que se encon-tra na segäo de manuscritos da biblioteca da Universidade Autönoma Gabriel Rene Moreno de Santa Cruz de la Sierra (Bolivia). O Doutor Hernando Sanabria Fernandez, Diretor do Departamento de Investigagöes Histöricas do Oriente Boli-viano, a quem cabe a responsabilidade de referida segäo, per-mitiu que fosse retirada a cöpia que ora e fornecida aos lei-tores desta Revista. Aproveito esta oportunidade para deixar meus agradecimentos ao Dr. Sanabria pelo seu alto espirito de colaboragäo, e pela atengäo que me dispensou durante a visita que fiz aos arquivos da referida universidade.

Os documentos em questäo integram um informe enviado pela Audiencia de Charcas (La Plata) ao rei, atraves do Con-selho, dando conta dos perigos que corriam as terras situadas sob a sua jurisdigäo, em virtude da presenga de portugueses (paulistas) nas margens do rio Cuiabä.

Creio ser de interesse a presente publicagäo porque alguns problemas referentes äs relagöes entre o Brasil e a Bolivia, no passado, ainda näo estäo suficientemente estudados (2). Cons-tituem celulas a mais que se juntam aos bons repositörio do-

(1) Professor-Assistente do Departamento de Histöria da Faculdade de Filosofia, Ciencias e Letras de Marilia.

i2> Cf. Kulälia Maria Lahmeyer Lobo — Ctnninho dt Chiquitos « s missöen guurunis de l(i90 o IS. Säo Paulo, Coleeäo da Revista de Histöria ( X X ) , 1960, p. 5.

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cumentais existentes (3) para auxiliar a todos aqueles interes sados na rivalidade havida entre portugueses e castelhanos m bacia do Paraguai no decorrer do seculo XVIII (4).

O informe, datado de 1745, e fundamentado no depoimen to de um portugues, Manuel Martinez, capturado pröximo de Cuiabä pelos paiaguä e posteriormente resgatado pelo gover-nador do Paraguai, em informagöes dadas pelo Padre Agustir de Castanares, Superior das Missöes de Chiquitos, ao Fiscal da Audiencia de Charcas, e numa carta enviada pelo governador de Santa Cruz ä mesma Audiencia. Esta carta e o relatörio das diligencias desenvolvidas pelo governador em cumprimen-to de uma real provisäo, na qual lhe foi solicitado averiguar onde se encontravam os povoados portugueses, a distäncia em que estavam da provincia de Santa Cruz e da Missäo de Chiqui-tos, bem como enumerar as dificuldades que existiam para penetrar nas terras por eles ocupadas.

Tanto o relatörio do Padre Superior da Missäo, como o do governador de Santa Cruz, acompanham o informe da Audien-cia, e estäo, por conseguinte, aqui transcritos. A advertencia da Audiencia feita äs autoridades metropolitanas do perigo que corriam as terras em questäo, estä estribada nessas fontes. E a transcrigäo dos documentos que a instruem oferece ricas informagöes, podendo responder a uma serie de interrogagöes, conforme o interesse de cada pesquisador.

Uma simples leitura jä nos provoca o espirito, de molde a nos levantar alguns problemas (seria melhor dizer, sugestöes de trabalho), que, analisados, abririam ainda mais os nossos horizontes. Basta citar uns exemplos.

O governador da Audiencia de Charcas näo dispondo de armas e munigöes e nem de elementos humanos suficientes

(31 Anais do Museu Paulista, volumes 1, 2, 5 e 13. Manuscritos da ColeQäo de Angelis — Jesultas e Bandeirantes no Itatim (1596-1760); introdugäo, notas e glossärio por Jaime Cortesäo. Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 1952 (Biblioteca Nacional) . Pablo Pastells — Histöria de la CompaHia de Jesus en la provincia deI Paraguay (Argentina, Paraguay, Uruguay, Perv, Bolivia e Brasil) segün los documentos originales del archivo general de Indias, extractados y anotados por Pablo Pastells. Madrid, V. Suärez. 1912-1949, 9 volumes.

(4i As raizes do problema remontam aos seculos X V I e XVII . Ct. Eulalia Maria L. Lobo, op. cit. e Hernando Sanabria Fernande? — ftuflo de Chaves, el Caballero Andante de la seiva. La Paz, Kdi-torial Don Bosco, 1966.

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para enfrentar os portugueses de Cuiabä, pediu ä metröpole o envio de soldados e oficiais veteranos para auxiliä-lo. Os ho-mens e as armas que dispunha mal davam para resistir äs investidas dos bravos chiriguano (fl. 4).

Todavia, näo faltavam outras condigöes materiais para articular um ataque, como: presenga na regiäo de madeira para fazer embarcagöes, animais e alimentos. O que considero de importante para o pesquisador, e que nessa passagem cons-tam dados sobre a agricultura, a geografia da regiäo, as pos-sibilidades naturais da terra, etc. (fl. 4).

Alem dessas, do mesmo valor säo os dados de natureza militar, para os interessados nesse aspecto, pois säo abundan-tes as referencias desse tipo, näo faltando mesmo planos estra-tegicos para enfrentar os portugueses, bem como descrigäo de confrontos havidos entre portugueses e castelhanos na regiäo de Säo Jose, o que dä oportunidade para sentirmos como os castelhanos tinham bom conhecimento da geografia da ärea (fl. 4).

Nesse sentido, depreende-se nitidamente dos documentos que os espanhöis entendiam estarem as minas de Cuiabä e adjacencias incluidas nos dominios territoriais do monarca de Castela, e por isso mesmo desejavam conquistä-las (fl. 4 e 5). Informagöes detalhadas sobre a abundäncia do ouro de Cuiabä, sobre a sua extragäo, densidade de povoamento, alem de outros detalhes, a eles e que näo faltavam.

Creio ser essa fricgäo luso-castelhana o principal dos do-cumentos que väo a seguir. O que näo impede que os mesmos apresentem outros elementos üteis para complementar (ou ilustrar?) pesquisas correlatas, como por exemplo, o proble-ma que representavam os paiaguä para a mobilidade dos ban-deirantes.

* * *

ARCHIVO GENERAL DE INDIAS

Audiencia de Charcas — Leg" 207 (Signatura antigua, 76-1-24)

El Fiscal de la Real Audiencia de la Plata informa a Vuestra Magestad de inminente riezgo de esta Prouincias por

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el establecimiento de la Naciön Portugueza en los Margenes del Rio Cuyabä, para que se sirua dar las prouidencias que sean mas de su Real agrado.

Senor Con insesante celo a que me estrecha la lealtad,

y la obligaciön del ministerio fizcal, que merezi me confiriese la Real dignacion de Vuestra Magestad en esta Audiencia de los Charcas. He procurado llenar las de su cargo, y en su consequencia, no emitir cosa alguna conduzente a el mejor orden, y conseruacion de su Distrito. Por lo que informandome del estado en que se hallaua el de la Prouincia de Paraguay, y dandoseme la noticia de que en sus terminos se hallaba cituada la Nacion Portugueza a las Orillas del Rio Cuyaba proximo a la Laguna de los Jareyes desfrutando las ricas minas, que a la solicitud de su diligencia ofrecio aquel terreno; en que an exta-

r o u o ivto . / biecido dos numerosas Poblaciones; que mal halladas en el contenido de sus limites aspi-/ran a extender el Comercio con todas estas prouincias, para cuia prohiuicion se han expedido los Ordenes convenien-tes por esta Real Audiencia.

Mas reconociendo que assi estos, como los que se han librado por Vuestra Magestad sobre este asumpto, a que no se ha dado el deuido cumplimiento, por la melancolica Constitucion, y total consumo de la Real Hacienda de estos Reinos; son vnos paliati-vos remedios, que solo entretienen la Esperanza, dejando que el mal baya introduciendo mas activa-mente su malicia y fuerzas; y que se hara imposible su extinciön quando se desee. Por mas que a Vues-tra Magestad se figure lo contrario, respecto de hallarse todos estos Payses con sus Poblaciones mui deterioradas, totalmente desnudas de Armas, de obe-diencia, y militar disiplina, que son prenuncios de que en qualquier mouimiento con la Corona, de esta Naciön, se pueda padezer vna inevitable ruyna.

Folio 2/ Prinsipalmente, quando son tantos los bazallos de ella, que se hallan exparcidos en la maior parte de su Distrito.

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Con el motiuo de la vltima Carta que reziuo del Reverendo Padre Joseph de Yberaquer de la Com-pania de Jesus Superior de las Miciones del Para-guay, que refuerza el consepto que en esta materia tenga formado. Repito este Ynforme con los autos obrados en ella, y el Mapa, que me ha dirigido, para que aciendo Vuestra Magestad se reconosca, se ente-re su Real animo del lugar de su Cituacion, que solo, segun me han informado, podrä ser imbadida con formal expedicion de los Moradores del Paraguay, y Santa Cruz de la Sierra, que son las dos Prouin-cias, que tienen la maior contiguedad con aquel ci-tio, y Gente acostumbrada a tolerar las incomodi-dades, que es presiso se experimenten en el transito de vnos lugares incultos Montuozos, y desiertos. A

Foiio 2vto/ cuyo auxilio, y administracion de viberes podran concurrir los Reverendos/Padres de la Compania de Jesus, a cuyo cuidado estan la circumbecinas Mis-siones.

Es quanto puedo exponer a la Soberana com-prehencion de Vuestra Magestad, para que con los demas que produzen los autos se sirba su Real Re-fleccion mandar lo que sea mas conforme a su se-ruicio, y a la Gloriosa conservacion de este Distrito en el Circulo de su Real Corona, para que assi logre la de su maior felizidad.

Nuestro Senor Guarde la Catolica Persona de Vuestra Magestad en las maiores que estos Reinos y la xptiandad nesesitan. Plata y febrero 2 de 1745.

Joseph Casimiro Gomes Garcia (rubricado)

(En papel aparte que sirve de carätura a esta carta, se halla un decreto del consejo que dice:)

Consejo de 26 de febrero de 1746 Päse al senor Fiscal (rubricado)

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ARCHIVO GENERAL DE INDIAS Audiencia de Charcas, Estante n.ü 1 — Legajo n." 24

Plata. 2 de febrero de 745 da R en 25 de feb." de 1 de 746.

27 AI Fiscal de la Aud.;l de la Plata, D." Joseph Casimiro Gomez Garcia.

Cons." de 26 de febr" de 1746

Ynforma con Testimonio de autos, y Mapa, del inminente riesgo en que se hallan aquellas Prouincias por el estableci-miento de la Nacion Portuguesa en los Margenes del Rio Cuyaba, para que haciendo se reconozca el referido Mapa como los autos se entere S.M. del Lugar de su Situacion, y se sirva dar las providencias que sean mas de su R1 agrado.

Carta. Muy Poderoso Senor — Haviendome restituido a esta Ciudad halle en ella, muy dibulgado el que los Portugueses Paulistas, auian sido ya vistos, y reco-nocidos de los Yndios de las Misiones de Chiquitos, trauajando las poderosas Minas de oro, que estos anos antecedentes, se ha hecho en aquellas cercanias, y reciuiendo el mismo tiempo de Buenos Ayres, la noticia que me dio persona, fidedigna, de la decla-racion hecha por el Portugues, Manuel Martinez, quo recidio en aquellos Minerales, de que va aqui copia; Con este cuydado, pase inmediatamente a escreuir y exortar, al Padre Superior Agustin Castanares, en la forma que tambien se seruira Vuestra Alteza ver por la copia que se le sigue y la de su respuesta que acauo de receuir con que despacho a Vuestra Alteza, este propio, para que mas bien se pueda enterar, de lo que en esto se ofrece, y yo pudiera decir. Y siendo negocio de tanta consideracion el que estos Portu-gueses, se hallen internados en esta jurisdieiön y en tanto numero, con tres o quatro Poblaciones mas, que la principal de Cuyaua, como refiere dicho pa-dre superior, y que se van extendiendo por aquella

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F.* I vta/ derezera, a los Baures, y Misiones de Mojos donde los considera/'ya muy cerca, siendo posible sea su intento, abrir camino por aquella parte, como de-jando el rio arriua que siguen, y atrauesando por tierra a otro caudaloso que vaja por dichos Baures, llamado Ytenes, que entra en el Mamore, (que asi lo hacen quando bienen de san Pablo al del Para-guay) por comunicarse y tener mucho mas faciles y prontos los socorros que les pueden embiar de la Ciudad del Para, que esta debajo de la linea equino-ceal en la Costa del Mar del Norte, donde han llegado ya por el Maranon con embarciones de Vela de aquellos Portugueses hasta la Mision de la esaltacion de Mojos; de que di quenta a Buestra Alteza en aquellas ocasiones, y el no hauerseles permitido el pasar asta esta Ciudad como lo intentaron, y Uno que en la segunda Venida que dejaron en tierra la hize traer aqui, y despache a Vuestra Alteza a fin de que se asegurase, y no pudiese volver a dar razon de lo que auia visto y reconocido como asi dispuso Vuestra Alteza. en este estado senor tengo por preziso embiar a re-conozer estas poblaciones y particularmente la prin-zipal de Cuyaba por el mes de Junio de este presente ano, que es quando se alzan a aquellos parajes, asta todo el mes de octubre que se buelben a imposibilitar con las inundaciones Y aunque el Padre Superior me dize tiene dispuesto, se aga por sus Yndios luego que pasen las aguas, esto pide mas formalidad, pues pa-reze, y se haze inescusable, el que al Governador ö Cauo principal Portugues, se le hagan las protestas

F.» N.° 2/ Y requerimientos, que en estos Casos son nezesarios, para que/desocupen aquellos parajes, respecto a la Paz y Vnion que ay con la Corona de Portugal, y que se actuen estas diligencias sobre que han de recaer, las demas que en adelante se ofrecieren, para este es nezesario Persona capaz de poderlo hazer, y aun si es posible el que sea inteligente en la matematica, para demarcar ö delignear, asi los transitos como la fortificacion desde la Vltima Mision de san raphael, donde han de salir. Y siendo Vuestra Alteza seruido se puede encargar al mesmo Padre Superior, 6 pedirle sujeto que lo pueda hazer, y acompane con sus Yndios, aun Cauo, que con quinze reformados,

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escojidos, lleuando sus Armas, serä bien Vayan de aqui a hazer dhas protestas y requerimientos logran-do al mesmo tiempo esto, el ver (sie) yareve Capazes de los transitos Caminos y Situacion de dha Plaza para que despues siruan de guias y se agan practi-cos, que como los Padres Misioneros an embarazado muchos anos a, el que no pase espahol alguno de la primera Mision, adelante, noa ay quien lo pueda hazer, y para que estos se puedan auiar, de Vasti-mentos Caualgaduras y lo necesario de ida y buelta, en tanta distancia, hallo que a lo menos se deue dar a Cada reformado a Cien pesos en plata y ducientos al Cauo principal, que aunque lo reusen se podra obligar a que Vayan los que son mas aproposito

F.» 2 vta/ p a r a e s t o , y en Caso de ordenar Vuestra Alteza se aga asi, se ade seruir tambien/de mandar remitir al mismo tiempo esta Cantidad y alguna mas, para gastos de propios y Cosas que se han de ofrezer pre-zisas de real Hacienda, pues no ay alguna en esta prouincia, y yo me hallo imposibilitado con lo que tengo gastado en las guerras pasadas de la Cordi-llera, no alcanzando mi salario a mis prezisas obli-gaciones, mayormente, no hauindoseme librado ni dado ayuda de Costa ninguna en el dilatado tienpo de mi Couierno para tanto como tengo suplido en estas Cosas — en las providencias que en adelante se han nezesario dar por Vuestra Alteza considero sera bien se halle informado que de auerse de forzar a los Portugueses, para hecharlos de aquellos para-jes que ocupan, con las Armas tenga presente, el que por la parte del Paraguay y en el Puerto de la Asumpcion, sera mas facil el hazer el Armamento de embarcaciones de fuerza con todo genero de poltre-chos, y gente Veterana, que es nezesario, asi para impedir el paso, y socorro de los Portugueses cojien-doles el rio por donde vayan, y entran en el princi-pal del Paraguay, por donde suben a la primera po-blacion de Cuyaba, como para sitiarla en cazo neze-sario, y si esta parte se hubiese de hazer Armamento por agua, para concurrir a la misma funcion, ö que lleguen dhos Portugueses, como lo reselo a Comuni-carse, con los de la Ciudad del Para, por el rio Ytenes a entrar en el de Mamore en Mojos, me ha parecido

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F.* n.° 3/ preziso representar/a Vuestra Alteza tambien el que en esta Plaza, se nezesita de un todo, porque no ay en ella mas que docientas Armas de fuego, aeruibles, las Ciento y cinquenta de particulares, y las Cin-quenta con que Vuesta Alteza me socorrio el ano pasado de treinta y quatro, en el Vltimo reuelion de Chiriguanos, por que otras docientas que al prin-cipio de esta Guerra, me remitio Vuestro Virrey que hera entonzes Marques de Castelfuerte, por no tener otras al presente, fueron de las antiguas de Cuerda que auia en el Callao, que con mucha dificultad, pudieron seruir en la necessidad que tube de ellas, y oy con la mucha Vmedad de estos parajes, se han acauado, y a de pasar aquel jenero de llaues, demas de que la Cuerda, por la mesma razon de Vmedad no haze clauo, ni prende fuego y solo estos Canones aunque pesados pudieran hazerse seruir embiando llaues de chispa, y poniendoseles las Cajas nuebas; no tengo mas que diez quintales de Polbora, y doze de plomo, que estos deue estar siempre pronto con la poca seguridad que ay en la Paz de los Chirigua-nos, y dos Canonzillos de Campaha, que ami Costa y de estos Vezinos se han fundido, los demas soldados manejan Lanzas y no ay otra Cosa; siendo de Con-siderar por Vuestra Alteza, el que esta Milicia, solo es para la Guerra con Yndios, y que en caso de hauer de hazerse por esta Parte a los Portugueses, serui-ran tripulados con Jente y oficiales Veteranos, que es preziso se enbien. —

F.» 3 vta/ Para Vastimentos ay abundancia de Ganado/Vacuno asi en esta ciudad como en las Misiones, y tambien se hallara, buena Cauallada, Mulas asi de Silla como de Carga, a Comprar Maiz y Arroz aunque no en abundancia, porque son pocos los que se dedican a sembrarlo, tambien ay Yucas, y platanos, y otras muchas frutas Silbestres, Pescado en los Rios, y Caza en los Montes y Campanas, para hazer embar-caciones, ay todo Jenero de Maderas, al proposito y para Velas puede seruir, el lienzo de Algodon que se teje en las Misiones, todo lo demas como Vrea, Jarzia y clauazon con Maestros y herramientas sera preziso traerlo, La Artilleria se puede fundir en la Vltima Mision, Viniendo fundidores, con la granalla en Cargas de que ay abundancia en oruro

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Por Vltimo senor, el hechar a los Portugueses de las Poblaciones que ocupan, se deue Considerar, mu-cho mas Costoso, que dificultoso, aciendose las preuenciones que son necesarias, por la facilidad, con que se les pueden Cortar los pasos, para ser so-corridos desde tanta distancia, como les han de Ve-nir, Vuestra Alteza senor todo se seruira ordenar lo que sea mas de su agrado, se aya de ejecutar en el referido reconocimiento, para que se pueda em-biar ha hazer por el mes de Junio — A el Padre Superior de Mojos con estas mismas noticias, le

F.» N.° 4/ escriuo y exorto, que por sus Misiones de Vaures/ haga tambien reconocer la distancia, em que se hallan poblados los Portugueses, y si han Uegado a Comunicar por el Rio de Ytenes, y asta despues de Pascua de resurrecion no podra hauer respuesta por que ya el rio embaraza la Venida de Canoas. Nuestro Senor Guarde la Muy Catholica y real Persona de Vuestra Alteza como se necesita para el bien de la Christiandad. San Lorenzo de la Va-rranca onze de Henero de mill setecientos treinta

capituio de y nuebe — Don Francisco Antonio de Argomosa carta de b» zeuai]os Copia de un Capituio de Carta que se me

escriuiu de Buenos Ayres con fha de Veinte de Julio de mill setecientos treinta y ocho, por persona de todo Credito con noticia de lo que declara Vn Portugues que asistio en las poderosas Minas de oro que se trauajan por los de esta Nacion en la poblacion de Cuyaba — Por lo que el gran Zelo de Vsenoria en el seruicio del Rey, pudiere arbitrar por esa Prouincia, en quanto a descubir el paraje de las Minas de Cuyaba, y dar quenta a su Mages-tad, de lo Cierto que por esos parajes aberigue, mea parezido dar en esta alguna Corta Luz, de los mo-tiuos por que Colijo estar mas cerca de esa Ciudad, que de la Asumpcion del Paraguay, para que su Magestad, tome alguna poderosa prouidencia, para Cobrar aquellas ricas Minas y lauaderos antes que se ponga la materia, en terminos de total imposi-bilidad, pues ya es muy dificil, segun la relacion de

F.» a vta/ Vn Portugues IIa- mado Manuel Martinez, que Cinco anos, ha 6 poco mas lo Cauptiuaron zerca de Cuyaba los Yndios Payaguas, de quienes lo rescato el Go-vernador del Paraguay; dho Manuel Martinez afir-

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ma, que quando el estubo en dho Paraje de Cuyaba, alla Ciudad estaua ya mas populosa, que la de san Pablo, ni la Vahya de todos santos, que la riqueza y facilidad, con que/ (tachado "se") sacan oro por lauaderos es tanta, que los jornales de los es-clauos los menores son de quatro adarmes al dia, y ay parajes de a media honza, que el Pais produze abundante los frutos necesarios para el sustento de tanta muchedumbre, como se puede considerar don-de dize que auia en su tiempo, mas de cinco mill hombres blancos, que los que menos tienen a seis 6 mas escuos, y los demas Combeniencia a respectiuo, mucha porcio dize que son tantas las Haciendas y Lauaderos, fuera de los que estan derramados por el Campo que por la orilla del rio de Cuyaba, se camina diez y seis leguas' por call de casas de Vna y otra orilla — Que estara la poblacion principal quarenta leguas poco mas o menos del rio prinzipal que es el del Paraguay, con la distincion de que dho rio del Paraguay, en aquellos parajes, por mediar, Vna larga Ysla, se compone de dos que el Mayor, es el de la parte del Peru —

Que entre las poblaciones de Cuyaba y el rio Paraguay media una Cordillera de Zerros y Vos-caje impenetrable, a que no se halla touia mas paso, que el Cajon y quebrada del Riacho de Cuyaba, en cuya mas estrecha angostura, esta la, Aduana con dos fuertecillos, y en ellos diez piezas de Artille-ria Por la relacion que haze de los rumbos a que se nauega desde san Pablo por Vn rio, esta el gran Pa-rana, y desde este al Noruesta contra la Corriente, por el rio Pardo, y desde este, pasan dos leguas, por tierra en Carros sus Canoas y todo los demas, a otro rio, por el qual corriente abajo, bienen al del Paraguay, y suben despues contra la corriente, hasta Cuyaba, que es poco mas al Norte, de donde fue la antigua Xerez del Paraguay, y esta Nauegacion, se haze por corriente de aguas Contrarias, a la buelta para San Pablo, siendo el Viage comun, de Yda, ö buelta de cinco para siete meses segun los tiempos, por las recias Corrientes de las aguas saltas y arre-cigez que en barias partes los detienen a pasar algu-nos trechos por tierra —

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Y seguin el computo de distancias de tales Nauega-ciones, que poco mas o menos, haze dho Manuel Mar-tinez y sus rumbos, Cotejando los Mapas resulta que dhas Minas de Cuyaba estan com muy poca diferen-cia, de mas al sueste, o Norueste, Casi al este de esa Ciudad de Santa Cruz — Con dhas noticias me ha parecido a mi Corto entender, que embiando Vsenoria Vna correria asia el Leste, hasta el rio que Vaja al Paraguay, pudiera por suerte cojer al-gunos Yndios de dho rio, ö algunos de los Portu-gueses Paulistas/que en el probeer de Pescado de Cuyaba, y hallo mas cierto derrotero, que embiar a Espana, pues los Paraguayos que con dos o mas chalupas Armadas lo puedieran hazer mejor se des-cuydan demasiado —

Copia de lo que con motiuos de estas noticias escreui al Reverendo Padre Superior de las Misiones de Chiquitos Agustin de Castanares, pidiendole y exortandole me diese las que tubiese de dha pobla-cion de Cuyaba respecto de considerarla en aquella cercania

Muy reverendo Padre Superior muy senor mio, aunque no he tenido la fortuna de comunicar a Vuesa reverencia, ni ocasiones de seruirle desde que estoy en este Govierno, le Venero y e sido muy afecto, por las apreciables noticias que he conseguido, de su singular y Apostolico Zello en la Combersion de tantas Almas, como tiene reduzidas al gremio de la Santa Yglesia, y hallandome de buelta de Cordova, adonde pase con la lizencia que Consegui del Supe-rior de esas Misiones, y asi me veo prezisado a ponerme a su obediencia, dandole la enorabuena muy gosto, por el mucho Veneficio que no dudo se a de seguir, en tan Santo Ministerio, a esas santas Mi-siones, ofreciendome en quanto sea de mi arbitrio a este fin y al sen i xo de Vuesa reverencia

Motiuame tambienn a hazer a Vuesa reveren-cia, estas espresiones la obligacion el ofizio que ejerzo por la Confusion con que se abla en esta Ciudad de estar situados los Portugueses en esas

F.« n.° 6/ Cercanias, sin decir el paraje, y auindo/rezeuido al mesmo tiempo, de Buenos Ayres las noticias que me da persona de todo Credito, que son las que Vera

F.» 5 vta/

Copia de otra Carta.

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Vuesa Reverencia por la Copia que va con esta, y de ella se infiere, lo inmediato que esta a esas Mi-siones, la Nacion Portuguesa y particularmente, a la Vltima de San Ygnacio, como sin dificultad se manifiesta por el Mapa impreso en el tomo, 6 Ysto-ria del gran chacho (sie) por el reverendo Padre Antonio Nachoni, el ano de mill setecientos treinta y tres, desfrutando tan poderosa riqueza, en los ter-minos y Jurisdicio de esta Gobernacion, donde han fundado, la numerosa poblacion que han puesto por nombre Cuyaba, en que se euidencia, el perjuicio grande, que se sigue a los intereses de el Rey Nues-tro Senor (que Dios guarde) y de sus Vasallos, y el que consequentemente deue rezelarse, de que tan considerable numeroso de Jente, como se halla en esta poblacion y la facilidad que tienen, para internar-se en esas Misiones, como ya lo hicieron, sin esta Zer-cania, y en tanta distancia, los mesmos Portugueses, Paulistas que el anos de seiscientos noventa y seis llegaron asta el rio de Santa Miguel, apresando y poniendo en Collera a los Yndios de esas Misiones, sin ningun respeto, a Vuesas reverencias, ni a esa nueba Christiandad, que se comenzaua a entablar, asta que el Gobernador que hera entonzes de esta Plaza, despacho el pronto socorro, que se le pidio de esta Militancia/y pudo detenerlos, dandoles muerte, sin que dejasen Vibas mas de siete, que fueron tra-hidos prisioneros a esta Ciudad, y esto Vasto, para que asta aora no ayan buelto, a inquietar a esas Misiones, y no distando de esta Ciudad, dho rio de San Miguel, donde se hizo este merzido Castigo en los Portugueses, treinta leguas, vien podra inferir Vuesa Reverencia, la mesma facilidad que pueden tener, para hazerme duenos de esta Ciudad, y pasar adelante, a lo demas del Reyno adonde les dictare su osadia y ambicion, si con tiempo, no se pone el preziso remedio que esto pide — El ano pasado de setecientos treinta y quatro, tube ordens de la Real Audiencia de la Ciudad de la Plata, dimanada de otra, del excenlentisimo senor Marques de Catelfuer-te, Virrey que hera entonzes de estos Reynos, em que con noticia que se tenia, de que los referidos Portugueses, estuan trauajando en este Mineral, in-formase con toda espresion, y indiuidualidad, los Mi-

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nerales de oro que se trauajauan, en el territorio del Paraguay, por los Portugueses, y en que parajes se hallauan, a quanta distancia del Paraguay y San-ta Cruz, y no pudiendo yo hazer este Informe, por nos pasar los espanoles, de la primera Mision de Vuesas Reverencias, al Comercio, por donde lo pu-diera sauer, me vi prezisado, a ocurrir, al reverendo

F.» N 7/ Padre Superior, Bartholome, que/lo hera a la sason, pidiendole, me las diese, y exortandole, que de no tenerlas, se seruise que sus Yndios, penetrasen desde la Vltima Mision, acia las partes de los Paulistas, quanto fuese posible, para dar razon a su Alteza, a que me respondio, el referido Padre Superior, en Carta de diez de octubre de dho ano de setecientos treinta y quatro, que en ninguna de todas esas Mi-siones, se tenia noticia, de a donde ni en que paraje de esa Comarca, en mas de cien leguas, que es lo que tenian descubierto, esos Yndios Chiquitos, se Veneficiaua dho Mineral, y que solamente se sauian por Cartas, que tenian rezeuidas del Paraguay, co-mo uno de los Yndios Barbaras llamados Payaguas, auian llegado a la Asumpcion del Paraguay, con mucha cantidad de oro, a uenderlo; y que los vecinos de dha Ciudad, se desacian a toda prisa de sus alajas a trueque de dho oro, el qual auian quitado a Vnos Portugueses, que Vajauan con el, por el rio del Paraguay, a que anadiendo a que de la Mision y Pueblo de san Joseph que esta oy, en el mismo sitio, donde estubo antiguamente Santa cruz la Vieja, y es el Vltimo y no ay Camino, ni entrada al dho Rio Paraguay ni auian allado poblacion de Portu-gueses, por mucho que auian Ynternado, en busca de Ynfieles para reduzir a nuestra santa Fee, y que Juzgaua dho Padre Superior, por esta Razon y otras muchas dificultades, que espresa, el que por la parte

F.- 7 vta/ DEI Paraguay, seria mas fazil, esta/aueriguacion, con-siderando tambien el que esta riqueza, la desfru-tauan los Portugueses, de la Vanda de halla, de dho rio Paraguay, y con dha Carta original, di respuesta a sua alteza, y supe despues como en Virtud de ella, se dio el mismo orden al senor Don Bruno de Zauala, con ocasion de ir, a la Prouincia del Paraguay, con el exercito que lleuaua, contra los reueldes, y que de alli, a algun tiempo, respondio, tenia por Cierto, el

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que de esta parte del rio Paraguay, hera donde estan situados, y trauajando dho Portugueses los Minerales

F.« n.» s/ Vno/ de dhos riachuelos, y estando estos parajes en de oro, y que por ella se podria sauer mas bien su situacion: -—

En este estado, no pareze se han hecho mas diligencias, y precisando a mi obligacion, el hazer-las, por las vozes referidas, que aqui Corren de que los Yndios de esas Misiones han llegado y auer po-blacion de Portugueses, y por dhas noticias que Van en la copia referida, se euidencia mas el que la Po-blacion que llaman de Cuyaba, esta de la vanda de aca, por dicho rio Paraguay subiendo por otro ria-chuelo, que pareze puede ser, el que en el citado Mapa, se senala con el nombre de Aguas Verdes, ö el otro que esta mas auajo quese dize, Zarauire, que Vno y otro, no estan a mucha distancia, de la Ysla, que se apunta en dho Mapa, donde se diuide, el rio, en dos trozos, siendo mayor el de la Vanda de aca, donde se haze Juicio, esta dha Poblacion de Portu-gueses qurenta leguas mas adentro, subiendo por menos distancia de setenta leguas, segun lo que pareze en el referido Mapa, se puede inferir que de la Vltima Mision, que Vuesa reverncia por si mismo tiene fundada, de los Pueblos de samucos, nombrada San Ygnacio, no pareze pueden dejar de ser estos los Yndios, que se dize, han visto a los Portugueses, y quando no lo sean, no allo dificultad para que puedan ir a reconocerlos, por lo que de mi parte ruego a Vuesa reverencia, se sirua mandar hazer esta di-ligencia, y siendo nezesario ,en nombre de su Ma-gestad (que Dios Guarde) le requiero y exorto al mismo fin, no dudando del gran Zelo, de Vuesa re-verencia, y de los demas Padres de esa Santas Mi-siones, lo haran como se los buelbo a suplicar por la suma importancia, de esta diligencia, para que en virtud de ella, pueda yo Ynformar y quenta a su Magestad de lo Cierto de esta Poblacion, que sin duda ninguna, esta en sus Dominios, y fuera muy culpable el no hazerlo asi, a mi como a Vuesas re-verencias por la obrigacion que nos asiste, en los cargos que ejerzamos, y aque antes no aya podido ser por los motivos espresados. Nuestro Senor &.

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ResP<« dei MUy Senor Governador y Capitan General, la P" sup" de Vsenoria de diez de octubre, rezeui zerca de san

Joseph a diez y seis de Noviembre, de buelta de mi visita, y por dar respuesta, a lo que Vsenoria me

F.« s vta/ ordena en la suya, con toda azeleracion, prosegui mi Camino, por que las Aguas, no me zerrase/el paso, y pudiese dar cumplimiento a mi obligacion y deseo asi de ponerme a sus ordenes y obediencia, como de satisfacer al deseo y Zelo de Vsenoria, en lo tocante a su contenido, y agradesiendo como es razon, el hauerse dignado de saludarme, con su muy aprecia-ble Carta, informe y relacion, y juntamente su fina voluntad bien expresada en ella, y los honrrossos titulos de Misionero Apostolico, con que Vsenoria es seruido de fauorecerme, y parabienes del oficio, en que la obediencia me a puesto, no puedo menos que quedar confuso por no sauer Corresponder, a tanta honrra, pero a ese paso mas deseoso de seruir a Vsenoria, cuya persona, aunque no he merecido tratar, tube la fortuna de conozer en Cordoba quando Vsenoria pasaua a Europa, y Juntamente tube mu-cha entrada en la Casa de mi senora Gobernadora, la difunta por meio de su hermano el Doctor Don Francisco mi Concolega, de quienes receui muchos Carinos, mientras estube en Cordoba, y tambien de los senores sus Padres, y asi por todos titulos, me veo obligado al seruicio de Vsenoria, aunque para mi es el mas poderoso su persona, la qual siempre he tenido en la estima que se mereze, por sauer su mucha religion y Selo, y lo mucho que nos fauo-recia, y asi me alegra muchisimo que Vsenoria se aya restituido con salud a ese Govierno en donde me tendra siempre muy pronto en quanto yo valiese con fina Voluntad.

' n ° 9 / Y aunque es Verdad que mucho ha, me auia de/hauer puesto a las ordenes de Vsenoria, pero por no sauer su arriuo a esa Ciudad ni auerme alla-do aqui con el enbarazo de una Misionsita, y Junta-mente la Visita, de estas Misiones no lo he hecho asta aora, en que lo hago, poniendo mi persona, tal cual ella sea, y juntamente la de estos mis Compa-neros y menores Capellanes de Vsenoria a su serui-cio deseando ser nuestras personas de algun Valor para emplearla en el seruicio de Vsenoria. —

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Desendiendo pues al Contenido de la de Vse-noria y a lo que en ella me ordena, Veo ser muy Justo el sentimiento de Vsenoria, nacido de su mu-cho Zelo, de que Vnos estranos defrauden a nuestro Rey, y Senor de tantas riquezas en sus Dominios, y juntamente, el tan bien fundado Rezelo, de que tan numerozo Jentio, se interne en esa Ciudad, y Cause los danos que no sera fazil euitarlos si lo in-tentan si con tiempo no se atajan y Cortan los pasos a sus danados intentos, Y a la verdad, yo nunca quisiera llegase el Caso, en que tan antojo tubiesen, pues siendo el numero de dhos Portugueses, tan exze-siuo como lo manifiesta la relacion, ya que en parte yo no desiento, aunque sea, manifiesto el Valor de los Senores Cruzenos, y Conocida la destreza de estos Neofitos, en Jugar sus Armas, no obstante siendo tanto el exceso y no pequeno su valor y des treza en el manejo de las Armas, no quedariasmos bien parados si llegasemos a terminos de venir a las manos, por lo qual deuemos Cautelar, sus de-prauados intentos, y con rnana, y fuerza fustar sus pretensiones, siendo en esto nuestra dilacion y de-

F.» 9 vta/ mora, motiuo de mayor auilantez, en el enemigo y que con las riquezas que defrauda a/nuestro rey y Senor, se aga mas poderoso, para ejectuar sus pa-leados intentos, y asi es muy puesto en razon que todos cohoperemos contra ellos asu remedio, antes que su auilantez los de nuebas alas para Volar a la ejecucion de sus designios; Para lo qual es bien que Vsenoria informe de todo a su Magestad, para que de las prouidencias nezesarias, quedando nosotros alerta, obseruando sus movimientos al enemigo, y como fieles Vasallos prontos para derramar nuestra Sangre en seruicio del que el cielo nos dio por nues-tro Senor, y a quien por tantos titulos nos Vemos obligados a amar y seruir y a defender sus derechos — Y como para que Vsenoria pueda informar, a su Magestad es necesario tenga las noticias combe-nientes, no pudiendolas por alla tener ciaras y espe-cificas por la diuersidad de los que las Cuentan, como Vsenoria Ynsinua en la saya, la qual aunque fuera mucho mayor y mas Varia pasasen a negociar a los otros Pueblos porque si con solo llegar al pri-mero, ay tan poca o ninguna Uniformidad, y estanta

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la diuersidad en dichos y parezeres, mucho mayor la hubiera, si con titulo de buscar noticias se interna-sen a estas Misiones a buscar sus intereses, delo qual se seguiria mayor Confusion y Variedad, segun la Variedad de personas y diuersidad de Jenios, Jun-to con la multiplicidad de Jentes con quienes forzo-samente auian de tratar, cuyo Ydioma ygnorandolo Casi del todo, auiendo de adiuinar las respuestas, cada qual las enderezara a su rumbo, segun su Juicio y deseo y lo que a su parezer mejor le estu-biese y el Zelo de Vsenoria se Viera oprimida con

F.« n.» 10/ tanta diuersidad, y la misma abundancia de noticias, fuera no pequeno embar&zo para la/ejecucion de los buenos deseos de Vsenoria, pues quien puede du-dar senor, que Vna misma Cosa, toma tantas Caras quantas son las Vocas porque pasa, suzediendole a las noticias lo que al agua, que por Clara y Crista-lina y sabrosa que sea, si por muchas Vocas pasan queda tan turbia desabrida, hedionda y diferente, quantas se han las Vocas que con ella se a enjagua-ron y si al fin, se pusiese en un Vaso y con diligen-cia reescudrinase lo que hera,, fuera tan dificil el Creer fue agua clara a sus principios, que aun ase-gurandolo, los que les siruio de enjague no hiciera-mos poco em dar algun azenso a sus palabras

No tiene pues Vsenoria nezesidad de dha Ynter-nacion, para tener Caual noticia, de lo que desea saber, pues todos estos menores Capellanes de Vse-noria no solo tienen el amor que Vsenoria se mereza, y la fidelidad que le profesan, asi por su persona, como por la que representa, sino que aun tenemos orden apretado, de nuestros superiores mayores, muy de antemano de noticiar a Vsenoria de qualesquier movimiento de dhos Portugueses, para su pronto re-medio lo qual ademas de lo arriua insinuando, deue-mos por nuestra propia Combeniencia, Zelar, con todas Veras, y de ninguna manera selar ni ocultar, lo que a todos nos puede acarrear tantos danos

Y como en quasi Veinte y dos anos que a que estoy en estas Misiones, no se ayan dhos Portugue-ses asercado a ellas, de ay es, que mis antezesores no han dado parte a Vsenoria, pues el que dhos Por-tugueses, trauajen en Minas y estas las tengan en

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las cercanias del rio Paraguay, hasta ahora no se ha ignorado por alla, ni el reyno, y las mas indiui-duales noticias, que nosotros hemos tenido aserca de los referidos Yndiuiduos y de sus operaciones, son por Castas que de por halla han Venido, en las qua-les se referia la mortandad que los Payahuas hicie-

F.» 10 vta/ r o n e m dhos/Portugueses, y el auerles quitado tanto oro, que ademas de los que hecharon a fondo, lo que reseruaron los del Paraguay, fueron noventa arrobas, segun escriuieron anos pasados de la Asump-cion, segun esto pareze no auer duda estar dhos Portugueses en el territorio de ese Govierno, pero se duda la indiuidualidad del sitio a donde estan, que numero de Yndiuiduos y que riquezas tengan, por-que aunque ä auido algunos Yndios fuhitibos, de dhos Portugueses, entra las Naciones que se han agregado al gremio de la Yglesia, no se les ha ofre-cido a los Padres el aueriguar por menudo dhas Cosas, o por parezerles no fuesen tantos los portu-gueses, ni tambien puestos, o por que se Juzgauan por mas retirados de lo que la relacion da a enten-der, y de lo que quisa estan, puesaun que tal Vez los del Pueblo de san raphael, que son los Vnicos, que an Visto algunos de esta Nacion, con ocasion de las Misiones, que han hecho en busca de Ynfie-les, a sido en muchas distancia de dho Pueblo, mas aora, con ocasion del orden de Vsenoria y de la relacion que me remitio, auiendome informado, he tomado algunas noticias Consernientes a lo que Vse-noria me ordena y participase en su lugar, junto con lo que yo he visto el tiempo que a que estoy por aca, y empezando por el Pueblo de san Ygnacio de samucos que yo funde, sera de donde podre dar a Vsenoria las noticias mas indiuiduales pues entan-tos anos que alli he estado, con ocasion de buscar los Yndiuiduos que Componen dho Pueblo he rejis-

F.« n.« 11/ trado todos sus Contornos/Mira esa Ciudad al Pue-blo de san Juan a leste sudeste, y de san Juan a san Ygnacio se va al sur, quarta al surueste, esta dho Pueblo de san Ygnacio en Veinte grados, y san juan en diez y ocho y medio, y aunque los grados son pocos la distancia del Camino sera como de ochenta leguas; he hecho por halla quinze entradas, a todos rumbos, y no he tenido la menor noticia

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de los Ynfieles que he recojido aserca de los Portu-gueses; tiene san Ygnacio acia el poniente a los chiriguanos y tirando yo el ano de Veinte y Cinco de san Ygnacio acia el Poniente, en busca de Vnos Ynfieles en distancia de Cinquenta para sesenta le-guas, los alle en los tajares, ö pueblos Viejos de los chanees, cuyos Vestijios de Cantaros, los todauia perseuerauan, son Varias Lomerias, que sino me engano son remates de los Lllanos de Manzo, antes de llegar a dha tierra de Chanees, se descubria las Zercanias de los chiriguanos, cuya dhas taperas, por donde antiguamente Venian los chiriguanos alos sa-mues, con que informandose Vsenoria de los cha-nees, que abra ahy, o en buena Vista, y de Vn Arroyo o rio que corre por esos parajes, llamado Coso, que segun Consiuo, esta acia los Vltimos Pueblos de los chiriguanos, que Confina con el de tariri, lo qual todo esta al poniente respecto de san Ygnacio, podra Vsenoria fazilmente Conoser, acia donde Cae san Ygnacio, y por Consiguiente, por el Contrario acia el Oriente, no puede estar la Poblacion de dhos Por-tugueses, por donde se vera claramente despues; he ydo tambien de san Ygnacio en busca de Ynfieles acia el Este, norueste, y derechamente a leste, por

F.- 11 vta/ m a s (je ochenta lenguas a la nacion de los terenas, Jente de/a Cauallo y que tiene trato (aunque de mala gana) con los guaycurus, de quienes me dije-ron, dstaua de ellos muchos dias de Camino, sena-landome sus Pueblos acia el Norte, con guinada al Oriente, con que por la parte de san Ygnacio, es por donde podemos estar mas seguros de la ymbacion de los Portugueses, pues ademas de estar muy atras mano, son muy grandes y asperas aquellas Mon-tanas, y dificiles de penetrar, allegandose a esto auer, en esos Yntermedios muchas Nacionales de Ynfieles en quienes forzosamente auian de dar pri-mero, podra tambien Vsenoria inferir que los Por-tugueses no suben al rio del Paraguay y por los arroyos que Vsenoria apunta, de Yaueri, y rio Verde, por que dhos rios entran en el Paraguay seis leguas mas arriua de la Asumpcion, con que se demuestra, estar mal puestos en el Mapa, lo Vno por ponerlos tan distantes de dha Ciudad, y lo otro por que dho Mapa, pinta como dos rios el de Aguas Verdes,

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Yauauire, y la Ystoria del chaco lo tiene por Vno se puede ver en el III de donde dize, asi bolbiendo a nuestra Narracion, dezimos, que fuera de los tres Rios referidos, ay otros de menor nombre, que Con-tribuyen a fecundar las Campanas del Chaco, como es por la parte del Norte, el rio Yabauire, que nace en unos manantiales los quales tienen su orijen en Vnos Zerros altos donde ay dos Lagunas, quatro le-guas distantes Vnas de la otra, y como quarenta de adonde fundo Andres Manzo, la Ciudad de la Nueba Rioja; despues Corre asia el Oriente con declinacion al Sol mas de cien leguas y entra en el rio del Pa-raguay, seis leguas mas arriua de la Asumpcion,

f.« n.« 12/ dando gutosa Venida a muchos Pueblos y Naciones que pueblan sus/marjenes, por otro nombre llaman a este los espanoles rio Verde, por que sus aguas son tan Verdes como las ojas del Arbol mas flo-rido, y en medio de eso de excelente gusto y sua-bidad

Tampoco pareze estar fundados dhos Portugue-ses en la derezera de san Juan y san Joseph por cuyas Cercanias pareze binieron a los Panoquis el ano de seiscientos noventa y cinco y auiendoles a estos Armados Vna selada, par suplir con la yndus-tria la falta de fuerzas, para resistirles Cara a Cara, escondiendose a este fin en Vna espesura y estre-chura del Camino, donde auiendo entrado dhos Por-tugueses, abuen tiempo les dispararon quando me-noslo pensauan, buena lubia de flechas enbenenadas, de que quedaron muchos muertos, y los que que-daron con Vida, no tubieron animo para proseguir adelante, y asi se bolbieron atras; Y no pudiendo por entonces Vengar los muertes de sus Compane-ros, guardaron en su pecho la Venganza, para me-jor ocasion; Por tanto a principios del ano siguiente se embarco Vn Cuerpo de ellos en el rio Paraguay, y entrados en la Laguna, Mayore aportaron en el Pueblo de los Atines, de aqui prosiguieron su derro-ta por entre Oriente y medio dia, y atrauesando sel-bas espesas, y subiendo Montanas muy fragosas lle-garon a los ranchos de los Jaus, y hecha de hellos buena presa pasaron a ejecutar su Venganza en los Panoquis, quienes menos Cautos que la pri-mera vez, fueron Cojidos con los Ardides de los

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F » 12 vta/ Portugueses y animados/con la presa, prosiguieron su derrola, a dar en el Pueblo de san Xavier, pero como estauan preuenidos, siento y Ireinta espano-les escojidos en Valor y Casi trecientos chiquitos diestros el en el Arco los derrotaron del todo.

Por este pues rumbo de san Juan y san Jo-seph y sus fronteras hasta aora no hemos lenido noticia de Portugueses, auiendo hecho muchas en-tradas hacia el Puerto de san fernando; No obstan-te le dejo ordenado al Cura de san Juan que luego pasadas las aguas, se ponga en Camino con su Jente, ha hacer la diligencia, por la falda de la Serrania que mira al Sur, yendo otro trozo de Jente de san Joseph por la que mira al norte, para el mismo efecto, y segun lo que esplorasen, o descubrieren a Vsenoria, aun que dudo mucho traigan noticia algu-na azerca de este particular, por que son muchas las Vezes que han ydo de dhos Pueblos acia el este, adonde Cae, el puerto de san fernando buscando Ynfieles, y aun que han reconocido sus auitadores, nunca estos han dado la menor noticia de Portu-gueses, y para mi es Argumento Claro, para per-suadirme que dha fundacion de Portugueses, no esta inmediata a dho Pueblo de san fernando y por el Consiguiente, ni a san Juan ni a san Joseph, el que auitan dho Puerto y sus Zercanias los Guaycurus, Guanaes, quiriquinas Vinas a — Con que solo nos

F.» n.« 13/ queda aueriguar las fronteras del Pueblo de San/ Raphael, cuyos indiuiduos son los Vnicos que aora sauemos auer Visto a dhos Portugueses; siruase Vse-noria jecjar los ojos, al Mapa sitado y vera un Ca-mino senalado, con Panticos que saliendo de San Raphael, va a acia la Laguna Mauore, por el qual Vino y volvio el Padre Joseph de Arze el ano de setecientos y quince, quando fue muerto de los Payaguas, poco mas auajo de dha Laguna, y desde esta Laguna (que segun la Argentina) dista de la Asumpcion como trecientas leguas, no ay fundacion de Portugueses que sepamos; y auiendo yo Cami-nado por dho Camino el ano de diez y ocho cosa de ochenta leguas, en busca de Vnos Chiquitos que auian ydo a Mision, a los Yndios Curacanes, los en-contre que Venian, con dhos Yndios, quienes en su tierra auian peleado, poco antes con los Portugue-

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s»'S, de donde infiero, que estando el Pueblo de dhos Curacanes, mucho mas halla de donde yo los en-contre, no auiendo de estar dho Pueblo negado a la Poblacion de Portugueses quienes auian venido, a maloquiarlos a sus tierra pareze se infiere, que de dha fundacion de Portugueses, este aun mas arriua de lago llamado Mayores, y por Consiguiente a la otra Vanda del rio Paraguay pues de otra suerte no es de Creer que dhos Curacanees lubiesen Vrios, para estar de Asiento tan zerca de los Portugueses, a que se allega que quando mataron los Paraguas

F.« 13 vta/ EJ ANO de quince al dho Padre Joseph de Arse, Cau-tiuaron a dos muchachos/que chiquitos llamados Joseph Masaui y Jazinto Poquinique, que aun biue, quienes por el mes de Henero de diez y ocho se salieron de los Paraguas com pretcsto de buscar frutas silbestres, y Cojiendo dos Canoas con la fuer-za que les daua el deseo de la liuertad, y el temor de ser alcanzados de sus Cruelisimos duenos, naue-garon algunos dias rio arriua hasta la Laguna Mayo-re, donde dejadas las Canoas, se metieron por la espessura de los Bosques; para no caer en manos de los Guaycurus, y tomando el camino acia el Pueblo de san Raphael, consumidos de trauajos lle-garon a el, estando yo en dho Pueblo, quienes afir-man, que desde dha Laguna hasta de donde salieron, y aun asta la Asumpcion por auer Vno de ellos Caminado dho rio auajo en Compania de los Paya-guas hasta zerca de dha Ciudad, no auer Visto po-blacion de dhos Portugueses, con que solo nos queda que discurrir estara dha poblacion desde la Laguna Mayore para adelante, ö sobre el Lago de los Xa-rajes que tiene de ancho diez leguas y de Longitud Ciento, ö al fin del; Como no hemos andado dho Lago no podemos hazer pleno Conzepto de adonde Cae dha Poblacion de Cuyaua con fijeza, pero se-gun senalan algunos que la han Visto, diremos de ella lo que mas Conforme Juzgaremos. Pero antes quiero noticiar a Vsenoria de lo que vi, el Diciem-bre pasado, pues a mi parezer, ay otras fundaciones,

F.» N.O 14/ amas de la de Cuyaua, aunque/no de tanta monta, en que tambien trauajan en sacar oro

Con ocasion de aver ydose algunos Yndios Yn-fieles asu tierra fui en busca suya en Compania de

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sesenta Yndios afines de diciembre, y a Cosa de quarenta leguas, encontramos sus rastros, y Cami-nado a largas Jornadas en su seguimiento con mu-chisimo trauajo, por estar todos los Caminos inun-dados por parezernos que oy, a manana los alcanza-riamos, no fuimos empenando asta el rio Paraguay, que por estar Crecido, pasamos con muchisimo traua-jo y riesgo de la Vida; llamo rio Paraguay porque asi lo llaman los Yndios que vinieron en sus zerca-nias y por que es Vn Brazo del Paraguay Viene de Poniente a Oriente, Corriendo el otro brazo que dis-curro es el mayor de Norte azur formando entre los dos Vna Ysla que tendra como quarenta leguas por. donde yo la andube pues Camine desde el rio como zerca de treinta leguas y no llegue al otro brazo por auer alcanzado los que seguia, estos dos brazos son por donde Caminan los Portugueses a sus Malucas y sobre el que yo pase a la otra Vanda, tiene algunas fundaciones, y sino me engano Vna de ellas esta en la Junta de dhos rios que es en donde empezara a formarse en Lago grande de los Jaraies cino es que el que pase entre por el Costado, tendria el rio por donde lo pasamos Cinco quadras de ancho Corriendo la Madre por el medio que era lo que estaua anado

Auiendo Caminado por el rio o por mejor/dezir por sus Vanados como dos quadras y media topamos Vna Ysleta que sirue de Puerto a los Portugueses antes de la qual se diuide el rio en dos brazos, y aqui se buelbe a Vnir la Ysleta, apenas tendria tres o quatro Varas de ancho y quinze de Largo y por hauerse con la Corriente toda inundado, al otro de la Madre estaua tambien ynundado, tiene por ese lado una ceja de Monte Vastantemente penoso, por Vn Jereno de Palmitas espinosas que la pueblan y asi con mucho trauajo dauamos Vn paso metidos asta la zintura en el Agua, auiendo pasado el rio, estando sacando nuestros trasterillos Vinieron Co-rriendo las guias, ö espias, diciendo auian encontra-do Vn Camino muy trillado, con muchos rastros de Cauallos, Mulas Cabras y Puercos que acauauan de pasar, fui luego alla, y alle ser Verdad lo que decian, estara dho Camino del rio de quadras, biniendo de Oriente a poniente, a una nueva fundacion cuyos fue-

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gos vimos como cosa de diez leguas de donde estaua-mos mostrando ser muy buenas Campanas aquellas, Proseguimos nuestro Camino, asta el Pueblo de los Ynfieles, en cuyo seguimiento y bamos quienes se-gun me fijeron, toparon dos Canoas de Portugueses Cargados de Vastimentos que lleuauan a dha fun-dacion, y luego que los Columbraron, se pusieron sus Camisetas y rosarios y con esto se acercaron a los Portugueses, quienes los saludaron como a chi-

F • n.° 15/ quitos, y hellos para disimular mas quines heran, hicieron/Vna Cruz y la pusieron en la Ysleta que lleuo referida: Y pasando el rio, auiendo encontra-do dho Camino nuebo pues tres anos antes quando vinieron de su tierra y pasaron por alli, no le auia, les causo mucha admiracion, y apara dar a enten-der heran Christianos desde que llegaron a dho Ca-mino, fueron Cortando las ramas y arbolitos, que auia por el Camino, cosa de siete a ocho leguas, pues de esta suerte no los seguirian dhos Portugue-ses, y ellos tendrian tiempo de meterse y asegurar-se en sus guaridas; Quando volbi de dhos Ynfieles, encontre Vna Canoa en el rio bien Cargada, salu-dome el Portuguez con mucha Vrbanidad, y a la Verdad mas parecia Castellano en el abla que Por-tugues, yban dos negros, y un Yndio, Vogando, otro Mestizo 6 guarayo, pareze como en atalaya, yban tambien dos senores, dijo me descargaria la Canoa, que yba muy cargada en la Pileta y bolberia a pa-sarme a la otra Vanda, pero discurro que rezolo de mis Companeros y se fue por el otro brazo, y asi no adquiri noticia de sus poblaciones, estara dho rop de sam Raphael como nuebe leguas, y lo mismo la fundacion nueba, pero ago Juicio, que esta Zerca de los Mojos, en especial de los Pueblos de los Baures, pues ami parezer estan en esa mesma derezera, y

F.* 15 vta/ diSCurro que Viene de alla, pues Corre de Poniente a Oriente; el rumbo/que lleue fue el este, Nordeste, y tambien al Norueste quarta al este, la nueba fun-dacion estara respecto de raphael, al Nordeste, 6 al Nordeste quarta al Norte; la otra fundacion esta rio auajo estara al Norueste quarta al este, la de Cuyaba segun me dizen los Yndios estara al este, ö al este quarta al Norueste, hauiendome Vsenoria reflexion adonde cae san Raphael, respecto de esa

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Ciudad, Vendra en conocimiento adonde cae la po-blacion de Cuyaba respecto de esa Ciudad. Dizeme los Zaraues estan fundados dhos Portugueses, en sus pueblos antiguos pero no sauemos como se llama dha fundacion, encontraron nuestros Yndios en la Ysleta que lleuo referida Vna Canoa que traian dos Portugueses llena de Yndias Paricies y aunque se llegaron a los nuestros, como las Yndias entendian la Lengua de los Zaraues quisieron volcar la Canoa para Venirse a los nuestros, pero el Portugues eno-jado les dio con la pala de Vogar y Vogando con todo empeno a alcanzar a sus Companeros que yban por delante, prosiguio su Camino, dizen serian las dos de la tarde y que por la manana oyeron tocar Cajas y disparar tiros que entonzes llegaron a su Pueblo, y que no estara lejos de dha Ysleta; Como los Yndios tras quienes yo fui no binieron conmigo por estar rezien llegados a su tierra Cansados y al-gunos enfermos,, y el Camino estar todo anegado, diciendome bendrian en otra ocasion estando trata-bles los Caminos, y asi pasadas las aguas a princi-pios de Julio bolbieron por ellos por mi mismo Cami-

F.« n.» 16/ n 0 j pero no los hallaron en su pueblo, pero encon-traron en el a sinco/Parisis, dos Yndios Vn mucha-cho y dos Yndias que abra dos anos pocos mas o menos que se escaparon de los Portugueses; el mu-chacho llamado Domingo que sera de quinze para diez y seis anos y Vn Yndio llamado Patricio son los que ablan con Vastante Yndiuidualidad de todo y casi conforman del todo sus dichos con lo que dize la relacion del Portugues, Preguntele a Patricio co-mo se llamaua el Pueblo de los Portugueses, y luego me respondio que Cuyaua, a Domingo le pregunte lo mismo y dijo que san Gonzalo, replicole el Indio que esa hera la Yglesia, pero que la Ciudad to-maua el nombre de Cuyaua, sobre que estaua Asin-tio el muchacho y dijo que auia otra llamada Ba-rrancos, Dize el Yndio que dho arroyo corre por la espesura de Vn monte a cuyas orillas estan funda-dos y que al remate esta la Ciudad deuajo de Vn Zerro grande: segun lo que el dize que Caminan por el Arroyo hasta la Ciudad sera la distancia que dize el Portugues ay desde el rio Paraguay hasta dha Ciudad de San Gonzalo de Cuyaua, pero esta dha

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Ciudad, dize el Yndio Patricio, no esta a esta Vanda del rio Paraguay como quiere dar a entender el que hizo la relacion, sino de la otra Vanda del rio lo qual es muy Conforme al Ynforme del Portugues Manuel Martinez que dize estaua dha Ciudad de Cuyaba poco mas al Norte de la antigua Xerez,' y

F.» 16 vta/ estando esta treinta leguas distante del rio Paraguay a la otra Vanda/pareze estar al mismo lado de Cuyaua y no a esta Vanda, pues si de esta Vanda estubiera distando segun dho Manuel Martinez qua-ranta leguas del rio, hera poner dha ciudad muy Zerca a los Pueblos de los Chiquitos, y por consi-guiente muy dificil que en tantas entradas que han hecho estos y Caminatas desde sus Pueblos no hu-biesen encontrado con dha Ciudad; Y aun fuera dig-no de admiracion que la codicia de los portugueses no aya hecho Ymbasion alguna en ellos siendo tantos en numero y tambien peltrechados, quando antes con menores Combeniencias benian de tan lejos tie-rras a buscarlos: Lo que dizen los referidos Yndios, es que sacan mucho oro, y que no solo lo sacan en Cuyaua, sino en las otras Poblaciones por Cuyas Zercanias pase; Los que sacan el oro dize el mu-chaco son los negros y que mueren muchos en las Minas y que los Yndios los tienen para el Cultivo de las Charcas y sembrados y para hazer las casas, las quales dicen son de teja. Las comidas parece no son tan abundantes como decia Martinez aunque a los Portugueses no le falta lo que necesitan, tam-bien tienen Sal colorada, que sacan y acarrean los Negros, sera Sal de compas. Dicen que ay piezas de Artilleria y muchas Escopetas, que todos los Por-tugueses las Usan y muchos de los Negros aunque no todas, el que sean muchos los Esclavos parece facil de creher pues demas que asi lo dicen estos en una sola Canoa ya vimos dos y los Chiquitanos de quienes dijo arriua hauian traydo cinco Parisies y llegaron el mes pasado del presente ano, bolbiendo ya de sus Misiones antes de llegar al Rio Paraguay encontraron el Camino que dije nuebo y cerca del Rio, un Portugues a cauallo con seis Negros tres negras y tres Yndios, y tres Yndias, El Portugues y tres Negros lleuauan sus Escopetas, los otros tres con los tres Yndios, lleuauan del diestro seis Caua-

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llos cargados de ropa, cada uno el suyo, y un cajon que serian cosas mas preciosas. A un lado del Ca-mino ay una ramadita que yo tambien vi, aqui dicen que los vieron componiendo sus Cargas, quizas esta ramada sera la mitad del Camino de la una pobla-cion a la otra, asta este ano, nunca auiamos sauido tubiesen cauallos y Cabras, y en la realidad segun dicen los fugitivos antiguos nunca los tubieron, dis-curro que ocasion de vengar la muerte que en ellos hicieron los Payaguas, andando en los Guaycurus que confinan con ellos, y tienen entre si amistad, y les han rovado sus Cauallos y cabras, siendo pues asi que Cuyaua tenia cinco mill hombres blancos, muchos mas se abran de numerar si contamos los de estas nuebas poblaciones sino que discurramos que como Colonias se tienen sus hauitadores por indiuiduos de la que Cuyaua como caueza en la nu-meracion, de Martinez, y teniendo como dize la re-lacion, el que menos Cinco ö seis negros y los demas conbeniencias al respectibo saco que abra hombres

F.» 17 VTA/ de tomar Armas/a lo menos quarenta mill fuera de los muchos Yndios que tienen de que nos Consta pero dado Caso que los Cinco Mill hombres blancos, de que abla Martinez no sehan todos Portugueses a que yo me inclino, sino que se quenten por blan-cos (a distincion de los negros) los Yndios y Mes-tizos, de su seruicio; todavia es de refletir que para tener sugeto tanto numero de esclauos es forzoso, se ha muy considerable el numero de Portugueses, por donde vengo a inferir que en cualquiera aconte-cimiento, en que por aca se intentase, alguna facion, aun aciendo todo esfuerzo, aunque; todo lo qual, no dudo que Vsenoria, con su alta comprehension, lo tiene preuisto, con que en caso que su Magestad, determinase, se tomase alguna poderosa prouidencia, hera Conbeniente, se tomase por la via de la Asump-cion pues los del Gouierno de Vsenoria, no tenemos practica, ni expedicion por el Agua, la qual es pre-cisamente necesaria para dha Ymbasion, o espul-sion si se intentase, lo qual paroce mas acomodado y a proposito, y no tan dificil, por halla por donde puede Venir, Considerable numero de Soldados, y Conducir con facilidad los Viberes, y Peltrechos ne-zesarios para la Guerra por la facilidad de Armas

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F.» n.» IG/ Varcos Votes Balsas, y Canoas y/la destreza que tie-nen en Gobernarlas; y distando como dize la Argen-tina, en el Capitulo quarto, de su primero libro, la Asumpcion Ciento y tantas leguas de la Xerez des-truida, por tierra y por Agua Ciento y Veinte, asta la Laguna de Juan de Agola, y del Puerto de San Fernando, que esta mas arriua como Veinte leguas, no hechando la argentina mas que treinta asta la Ciudad de Xerez, se Colije, ser la distancia, por Agua de la Asumpcion ala de Xerez de Ciento y quarenta, o de Ciento y Cinquenta leguas, y no siendo mucha la distancia, que ay de la Xerez a la de Cuyaua se-gun da a entender la relacion del Portugues, parese Combenze, que en caso de tomarse alguna resolucion sobre el Caso, hera Combeniente fuese por aquella Via, y no por esta, pues segun mi computo, abra desde esa Ciudad a la de Cuyaua a lo menos dozien-tas y Cinquenta leguas, y no auiendo tantas, de la Asumpcion, segun pareze, por el Computo, fazilmen-te se infiere ser la espedicion mas facil por aquella Via, que por esta, y en Caso due su Magestad orde-nase Ymbasion, la qual Juzgo por imposible, enton-zes nosotros, pudieramos hazer la nuestra por aca en las poblaciones que Caen, al nordeste y al nor-deste, quarta al este; en donde no seran tantas sus fuerzas, ni tan dificil la entrada, como se demuestra, para la de Cuyaua, asi por la relacion del Portugues como por estar dela otra Vanda, del rio, que sino

F.* 18 vta/ m e engaho sera donde el rio esta hecho/Lago, es-tendiendose por espacio de diez leguas pues es fac-tible, este situada dha Ciudad, sobre el arroyo que el Mapa, intitula Cuyaua, que entra del este, a la Laguna de los Sarayes

Quando el Diciembre pasado al llegar al Ca-mino nuebo de los Portugueses, que esta de la otra Vanda del rio Paraguay, vi los fuegos de su nueba fundacion, hize Juicio se azercauan a los Mojos, en especial a los Pueblos de los Baures, como podra Vsenoria Colejir, aciendo el Computo de las noventa leguas, que yo andube al Nordeste, respecto de san raphael, y que puesto en esta distancia, el Camino Venia, de Oriente a Poniente, y al contrario el rio de Poniente, a Oriente puede ser, que los Baures, de Cuyas tierras Juzgo, biene dho rio, tengan noticia

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de el, pues dho rio es por donde ordinariamente Caminan los Portugueses a sus malucas y como ya tienen destruida, la Nacion de los Parisiis, se hazer-can a los Guarayos, de que ya tienen muchos Co-jidos, y aora hazerlo con mas facilidad (dejando a Vn lado sus ocultos y danados intentos) se azercado a sus confines, internandose de esta suerte, mas al territorio de ese Govierno

Auiaseme ofrezido (senor) quando de buelta de mi Mision, vi los fuegos de la nueba fundacion bol-ber con mas Considerable numero de Jente passadas las Aguas, y enderezando mi Camino a dha nueba fundacion, dejarme Caer, al descuydo y Con Cuidado, en dha Poblacion, y esplorar lo que en ella auia, y

F.» n.» 19/ proseguir mi Camino/a buscar Yndios, para disimu-lar mi intento, no lo he hecho, por hauerme encar-gado el Padre Provincial el oficio de Superior de estas Misiones, y tener entre manos su Visita, aora estan aquellos parajes impenetrables, por estar los Campos, todos inundados, y a trenchca rios Cauda-losos, y Cierto que por solo, providencia de Dios, llegue con Vida, pues en tres meses y medio que gaste en el Camino, por pedregales, Canauerales, Zejas de Montes siendo forzoso, ir descalzo, apenas allamos algunos altillos donde dormir, Caminando todos los dias, por dentro del agua, la ordinaria a la rodilla, muchas a la zintura, y no pocas al pecho, y otras con muchisimos traujos y riesgos, por estar anado, allegandose a esto, la falta de Comida que tubimos, por que las llubias por arriua y las inun-daciones por auajo, no dauan lugar a los Yndios, que buscasen algo de Corner, orijinandoseme de esto, Vn acidente penozo y falta de fuerzas, que Juzgue, se azercaua el fin de mi peregrinacion, resuelto ya a dejar mis huesos, en aquellos Campos, quizo la Reyna de los Cielos, que repentinamente mejorase, con que prosegui mi Camino, he dho esto a Vseno-ria, para que aga algun Conzepto de la tierra y que este tiempo de llubias, es intratable y Casi imposible dar Vn paso por aquellos parajes, no obstante, pa-sadas las aguas hare lo que Vsenoria ordenase, no reseruando mi persona, quisiera fuese de mucho apre-cio para emplearse en seruicio del Rey nuestro senor/

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F.» 19 vta/ NJ escatimare mi sangre si fuese nezesario el derra-marla, teniendome por muy dichoso de hazer este corto seruicio y derramarla por su Magestad y por el bien de tantas almas, que peligran con la inter-nacion de dhos portugueses, pero no Juzgo Combe-niente violencia alguna por aora, esta que su Ma-gestad determine lo mas Combeniente

Todas estas cosas que he puesto ante los ojos de Vsenoria tiene preuistas todas las cosas, y segun su mucha esperiencia, wapwsixion y Zelo hara las reflexiones Combenientes sobre el Caso y segun ellas formara su Ynforme, conforme Juzgare Combenien-te, al seruicio del rey nuestro senor, bien y sosiego de todos, y teniendome a mi muy pronto para eje-cutar sus ordenes en quanto se ofreciere, y en quan-to el tiempo las circunstancias y fuerzas me le per-mitieron, Nuestro Senor Guarde a Vsenoria muchos y felices anos como se lo pido y se nezesita para seruicio del rey Nuestro Senor, y bien de ese Go-vierno san Xauier y Diciembre doze de mill sete-cientos treinta y ocho Besa la mano de Vsenoria, su mas rendido seruidor y menor capellam; Agus-tin de Castanares — Senor Governador y Capitan General Don Francisco Antonio de Argomosa Zeua-llos — es copia sacada a la letra de la orijinal del Padre Superior Agustin Castanares, que queda en mi poder san Lorenzo ocho de Henero de mill sete-cientos treinta y neube, — Don Francisco Antonio de Argomosa Zeuallos

Dec° Plata y Henero Veinte y nuebe de mill sete-F* n.» 20/ cientos treinta y nuebe •— Vista al senor fiscal y

testimonios que/la a Compahan — Proveyo/y ru-brico el Decreto de suso el senor Don Pedro Vazquez de Velasco del orden de Calatraua su oydor y Alcal-de de Corte de esta Real Audiencia y Juez de sema-nero en ella en Plata en dho dia mes y ano — Don Seuastian de Tore

Muy Poderoso Senor — el fiscal auindo visto la Carta de el Governador de Santa Cruz, y el testi-monio de las dos con que la a Compana, para Juz-tificar la internacion y Zercania con que los Portu-gueses se hallan a la Capiatal de aquella Prouincia,

Resp'* fiscal

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con los demas que espresa, Dize que examinadas las demarcaciones, que el Padre Agustin de Casta-iiares, Superior de las Misiones de los Yndios Chi-quitos, haze de el lugar, donde han situado sus po-blaciones, las muchas riquezas que en ellas gozan la numerosidad de sus auitadores, disciplinados en las Vocas de aquel terreno, resulta por lo abierto de los transitos, subsequentes y estar en el Zentro deste Reyno, y el hallarse espuestas todas sus Ciudades, aque en qualquier desconformidad que acontezca en-tre las dos Coronas de Castilla y Portugal, se pa-dezcan Vnas Yrremediables imbasiones, ä Vniversal Confusion de estos Dominios. Por lo que siente el fiscal, se deue por Vuestra Alteza mandar librar real Provision para que el Gobernador de Santa Cruz y Superiores de las Misiones prosigan, en todas las diligencias, correspondientes a su acreditado Zelo, participando a Vuestra Alteza, con la mayor Yndiui-

F.* 20 vta/ dualidad, quanto adquiera de noticias/su diligencia, Y que respecto de que la llubiosa estacion de el ano, da lugar a que se ponga en Consideracion de Vuestro Virrey lo que actualmente solicita, se le de quenta con testimonio de estos autos y se le entre-guen por Duplicado al fiscal para darla por las mas prontas Vias a Vuestra Real Persona, para que con Caual Inteligencia de todo, libre las providencias que sean mas de su real seruicio, y Conseruacion de estos Reynos, Plata diez de febrero de mill setecientos

Dec* treinta y nuebe — Lizenciado Gomez — en la Plata den doze de febrero de mill setecientos treinta y nuebe anos, ante los senores Presidente y Oydores de esta Real Audiencia en la de relaciones se pre-sento esta Peticion — Los dhos senores mandaron traer los Autos a la Real sala — Don Seuastian de Toro

Aut0 Librese real Provision para que el Governador de la Ciudad de Santa Cruz de la Sierra continue todas las diligencias que tubiese por Combenientes, para aueriguar el lugar donde se hallan Poblados los Portugueses, la distancia que ay de la Prouincia de Santa Cruz, a la Mision de Chiquitos, y la que ay de esta al terreno donde estan poblados los expre-sados Portugueses, y las dificuldades y embarazos, que ay para poder dentrar a aquel lugar, y lo par-

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ticipe a esta real Audiencia, sin omitir diligencia alguna en el particular, como quo es materia del real seruicio; y asi mesmo sc libre otra Real Pro-

F.» N.O 21/ vision de/de ruego y encargo para que cl reuerendo Padre superior de las Misiones de Chiquitos practi-que las mismas diligencias por su parte, y las parti-cipe a esta Real Audiencia, y para que su excelen-cia este Ynformado de todo, y del auxilio y socorro que pide dho Governador, asi de polbora como de di-nero, y de la provincia que tubiere por Combenien-te su superior arbitro, se saque testimonio integro de estos Autos el que se le dirijira en este proximo Correo, dondosele al Senor fiscal por duplicado como lo pide — Proveyeron y Rubricaron el auto de suso los senores Presidente y Oydores de esta real Au-diencia estando presente su senoria el senor Doctor Don Antonio Hermenegildo de Querejazu y Molli-nedo, y fueron juezes los senores lizenciados Don Ygnacio Antonio del Castillo Don Pedro Vazquez de Velasco del orden de Calatraua y Doctor Don Jo-seph Antonio de Villalta y Nunez oydores en la Plata en diez y siete de febrero de mill setecientos treinta y nuebe anos —

carta dei (Muy Poderoso Senor— en diez dias del mes gov" de de Henero del ano proximo pasado di quenta a s" Cruz Vuestra Alteza con Ynstrumentos que verificauan,

el estar Portugueses, poblados y trauajando Minas F.» 23 vta/ en/numero Considerable, En las Zercanias de las

Misiones, de Chiquitos, y los grauisimos perjuicios que rezelaua se podian seguir, no tan solo a las Misiones y esta Ciudad y Prouincia, sino tambien a los demas del reyno a donde pueden transitar, desde aquellos parajes, sin dificultad alguna, en la total despreuencion, y falta de fuerzas, con que nos halla-mos, para poderlos detener, Pidiendo a Vuestra Al-teza se dignase, dar prouidencia y ordern, de lo que en este Caso deuia ejecutar, teniendo yo por pre-ziso el que se hiciese reconocimiento formal de estas poblaciones, embiando Vn cauo de satisfacion con algunos reformados, que hiciese al Governador ö Cauo principal, las protestas y requerimentos de allarse en territorio de Vuestra real Persona, para Contenerlos, a que no pasasen adelante, y le deso-cupen, pidiendo para ello el socorro que es nezesa-

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rio darles para sus auios de yda y buelta, Conside-rando ay ciento y ochenta leguas, adonde el Padre superior Agustin Castanares, vio Vna de sus Po-blaciones, contadas desde esta Ciudad, y otras tan-tas de buelta, y en su Vista se me respondio con Vna real Provision en que Vuestra Alteza resolbio, el dar quenta a Vuestro Virrey para que diese la re-ferida providencia de medios, ordenandome ami, hi-cieses quantas diligencias Juzgase por Conbeniente al fin espresado, de reconocer, a dhos Portugueses,

F.« n.» 24/ qU e asta aora no a podido tener efecto/porque auien-do yo dado quenta de todo al mismo tiempo a Vues-tro Virrey, solo me respondio hauer rezeuido mi in-forme, y que con el que auia hecho Vuestra Alteza, al mismo asumpto, auia hecho dar traslado, a Vues-tro Fiscal, de que me auisara, sin otra Cosa, ni des-pues aca, e tenido orden alguna y esperandola yo para lo que deuo hazer, Y aora me hallo con orden que he recevido en estos dias, de Vuestra real Per-sona participada en Carta, de Veinte y Cinco de Octubre del ano pasado de treinta y ocho su fha en Madrid por el Marques de Torre nueba remitien-dome Copia de dos Cartas escritas el ano de treinta y siete la Vna por el Governador de Buenos Ayres, Don Miguel de Salcedo, y la otra por Don Juan An-tonio de la Colina, Capitan de fragata de la real Armada, que se hallaua en aquel Puerto, dando quen-ta aunque con incertidumbre, que los referidos Por-tugueses trauajauan en la Zercania de estas Misio-nes, de Chiquitos, las Minas nombradas de Cuyaba, y Guayases, mandandome que e ser Cierto, dispon-ga todas las salidas, que puedan Conduzir a conte-nerlos, siempre que se hallaren introducidos en terri-torios de su Magestad, arrojandolos de ellos, y que en el Caso deno poderlo Conseguir, lo participe a Vuestro Virrey, para que aplique la providencia de tropa, de Buenos Ayres, y los demas nezesario, espe-

F.« 24 vta/ rando de mi Zelo, que en el interin, no les permitire,/ logren mayor estension, como el que Verifiquen, si se hallan igualmente en Dominio de su Magestad las minas que asi mismo, posehen Portugueses nombra-das del Maranon, y de los Pilones, (de que no puedo yo dar razon alguna) por que en tal caso sera ne-zesario se apliquen tan perjudiciales Vseurpaciones y que Vayan participando, a Vuestro Virrey lo Con-

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beniente, sin dejar de dar puntual auiso a su Mages-tad de lo que se Vaya ofreciendo, como asi lo ago en esta misma ocasion, repitiendo lo que tengo repre-sentado, y en el estado que me hallo para no poder, pasar a diligencia alguna, por los motiuos expresa-dos de que tambien doy quenta a Vuestra Alteza, que reconozera la imposibilidad de poderlo hazer y que es Cierto segun las noticias que dan los Yndios delas Misiones el que los Portugueses cada dia se van acercando mas con sus Poblaciones por que des-pues de la de Cuyaua, biene ya otras tres que la menor ocupan de media legua

Considerando senor, el que de Vn modo u, otro no se puede dilatar mucho el que venga providencia de Vuestra real Persona, para lo que aya de ejecutar, en el caso referido, y de forzar a los Portugueses, a que salgan del territorio que ocupan, y que para ello, demas del armamento que se deue hazer, por la parte del Paraguay, es nezesario se aga tambien, por

F.« n.» 25/ E S TA parte, y que para el ande/Concurrir en esta Ciudad Milicias forasteras donde sean de auiar de Vastimentos, y de todo Jenero de Caualgaduras, es-perimentandose la gran diminucion aque a Venido el ganado Bacuno, en toda esta Provincia, por las mu-chas sacas que se han hecho, y hazen a otras Provin-cias, que segun los diezmos del ano pasado, no llegan ya a la terzera parte de los anos, antezedentes, y siendo este el principal alimento, que llegara a fal-tar, si con tiempo no se preuiene y remedia, auiendo-melo representado asi este Cauildo, y que se prohiua esta Saca, he hecho publicar Vando, estos dias en esta Ciudad, y que se aga lo mismo en los demas partidos de la Jurisdicion, para que no tan solo el Ganado Vacuno, sino todo Jenero de Caualgaduras, Cauallos y Mulas de Carga, se Compren ni Vendan a fuera de la Jurisdicion, ni a las Misiones, donde es el mayor Consumo, pues pasan todos los anos las que se lleuan, de mill y seiscientas Cauezas que Corresponden a las mismas que pueden nazer, para que de este modo, se puedan ya deteniendo y aumen-tando para seruir en la nezesidad que se a de ofre-zer, y asi se obseruara puntualmente si Vuestra Alte-za lo tubiero a bien, y no me ordenase otra Cosa; Nuestro sennor Guarde la muy poderosa Catholica

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y real persona de Vuestra Alteza como la Christian-dad nezesita, yva menester; San Lorenzo de la Va-rranca quinze de febrero de mill setecientos y qua-renta — Don Francisco Antonio de Agomosa Zeuallos

Plata y Marzo onde de mill setecientos quaran-ta — Vista al abogado fiscal con todos los autos de la materia — Proveyeron y rubricaron lo de suso los senores Presidente y oydores de esta real Audi-encia estando presente su senonia el senor Doctor Don Antonio Hermenejildo de Querejazu y Molli-nedo y fueron Juezes los senores Lizenciados Don Ygnacio del Castillo, on Pedro Vazquez de Velasco del orden de Calatraua y Doctor Don Joseph Anto-nio de Villalta y Nuhez oydores en la Plata en el dia mes y ano de su fha — Don Seuastian de Toro —