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DEPREDAÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO ESCOLAR · DEPREDAÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO ESCOLAR: Considerações a respeito da mudança de comportamento da comunidade escolar Savério

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DEPREDAÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO ESCOLAR:

Considerações a respeito da mudança de comportamento da comunidade escolar

Savério Luís Banazseski1

Franciele Clara Peloso2

RESUMO: Este trabalho objetiva reconhecer a importância da conservação do Patrimônio Escolar, identificando situações de desrespeito e violência do ambiente e o ônus causado pela depredação. Para tanto, pretende também problematizar junto aos estudantes a necessidade de conservação do ambiente ao qual está inserido. Incentivar os alunos a adotarem atitudes de conscientização, preservação e valorização do Patrimônio Escolar; bem como refletir sobre as consequências causadas pela depredação do Patrimônio Escolar e, ainda, relatar experiências vivenciadas a partir da não preservação. Sob esta perspectiva, propõe ações coletivas e individuais para preservação, conservação e valorização do Patrimônio Escolar. O referencial teórico utilizado baseia-se predominantemente na teoria freiriana e também em artigos publicados a respeito da depredação do patrimônio público escolar e financiamento da educação. Pretendemos com essa produção contribuir para o fortalecimento das ações objetivando despertar nos alunos a compreensão do sentimento de pertencimento, valorização e consequentemente a necessidade de respeito e amor ao espaço escolar.

Palavras-chave: Depredação do Patrimônio; Educação; Cidadania e Ônus.

1Professor da Rede Pública do Paraná desde 1986, Colégio Estadual São Cristóvão,licenciatura em Ciências com habilitação em Matemática pela FAFI de União da Vitória. E-mail: [email protected].

2Professora Orientadora PDE. Doutoranda em Educação pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar. Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG. Docente do Colegiado de Pedagogia da Universidade Estadual do Paraná, Campus de União da Vitória – UNESPAR/FAFIUV. E-mail: [email protected]

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INTRODUÇÃO

Este artigo foi elaborado dentro do Programa de Desenvolvimento Educacional -

PDE da Secretaria de Estado da Educação, na disciplina de Gestão Escolar, o qual tem

por objetivo reconhecer a importância da conservação do Patrimônio Escolar,

identificando situações de desrespeito e violência do ambiente e o ônus causado pela

depredação. Para tanto, objetivou-se atuar junto aos estudantes a fim de problematizar

a necessidade de conservação do ambiente ao qual estão inseridos e ainda incentivar

os alunos a adotarem atitudes de conscientização, preservação e valorização do

Patrimônio Escolar; bem como refletir sobre as consequências causadas pela

degradação do Patrimônio e, ainda, relatar experiências vivenciadas a partir da não

preservação. Trata-se de uma pesquisa-ação, de caráter qualitativo.

O referencial teórico utilizado baseia-se predominantemente na teoria freiriana e

também em artigos publicados a respeito. Freire (1991) evidência que é impossível uma

escola alcançar bons índices de aprendizagem com alunos e professores convivendo

num prédio mal conservado com paredes rachadas, vidros quebrados e mobiliários

danificados. Para que a aprendizagem aconteça, é necessário que o ambiente seja

propício.

Duas em cada dez escolas brasileiras estão depredadas. Entre os problemas,

portas e janelas quebradas, brinquedos mal conservados e paredes e muros pichados.

Diante desse cenário, especialistas alertam para a interferência do ambiente na

qualidade do ensino e do aprendizado. Uma estrutura deficiente torna as atividades de

alunos e professores mais complicadas e pode contribuir, inclusive, com a evasão de

estudantes. (GAZETA DO POVO, 2012)

Segundo a Secretaria de Estado da Educação, no Paraná 89% dos 2.134

colégios da rede estadual têm falhas estruturais, ou seja, 1.889 estabelecimentos.

Desses, 614 têm mais de um problema e estão em situação crítica.

As escolas estaduais abrigam 1,3 milhões de alunos e 77 mil professores e

funcionários. Com efeito, é possível afirmar que é urgente a necessidade desse tipo de

estudo, para oferecer uma melhor qualidade de ensino e aprendizagem, bem como

para a conservação do patrimônio escolar.

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Com efeito, nesse texto abordaremos a questão do patrimônio público escolar e

sua conservação. Nesse sentido, vamos descrever situações que evidenciar o

desrespeito e a violência para com o ambiente escolar e em decorrência disso, os

custos causados pela depredação. É importante destacar que essa temática é discutida

já bastante tempo, no entanto, ainda é necessário que seja clarificadas as discussões a

respeito, uma vez que o cuidado com o patrimônio público, nesse caso, o escolar, está

diretamente relacionado à construção da cidadania.

Dessa forma, organizamos esse texto com considerações sobre a Educação, que é uma tarefa coletiva, imprescindível à plena construção da cidadania e conforme

Freire ela sozinha não transforma o mundo. A Escola que queremos, esse espaço

privilegiado do conhecimento; em seguida a Depredação que é um problema mundial

que esta presente nas escolas. Nos apontamentos sobre Cidadania, buscamos

clarificar que a cidadania esta em permanente construção, para isso, assinala a LDB,

que o fim último da educação é a formação da cidadania. O tópico Comunidade Escolar resgatamos que o envolvimento da comunidade é fundamental processo de

identificação do aluno com a escola. As Estrategias de Ação deste trabalho buscam

despertar nos alunos em atitudes de preservação conservação do ambiente. Ao finalizar

esperamos que as ações propostas contribuam para mudanças de comportamento da

comunidade escolar.

EDUCAÇÃO

A preservação e a conservação do espaço escolar constituem não apenas um

dever do Estado, mas de todos os cidadãos. Sem o apoio da sociedade, dificilmente o

Poder Público conseguirá coibir fatos que impactam negativamente o meio escolar. Por

essa razão, é de suma importância ações que incentivem os alunos participarem

individual e coletivamente em defesa da escola.

"Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela a sociedade não

muda." A partir dessa premissa de Paulo Freire (2000, p.31), tem-se que as

transformações sociais decorrem principalmente da educação, pois educar, num

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sentido amplo, compreende um processo de desenvolvimento da capacidade intelectual

e moral do ser humano, visando a sua integração social.

A educação é uma tarefa coletiva, imprescindível à plena construção da

cidadania. O conhecimento crítico e a apropriação consciente pelas comunidades do

seu patrimônio são fatores indispensáveis no processo de preservação sustentável

desses bens, assim como no fortalecimento dos sentimentos de identidade e cidadania.

E quando o homem interage com o seu meio, torna-se consciente de sua

responsabilidade, de seus direitos e deveres, alcançando a capacidade de modificar

suas realidades e de contribuir para o bem-estar social.

De acordo com Freire:

Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida,destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. (FREIRE, 2000, p.31)

Para Brandão (1981) a educação esta em todos os lugares, em casa, na rua, na

igreja ou na escola, de um modo ou de muitos, todos nós envolvemos pedaços da vida

com ela: para aprender, para ensinar, para aprender-e-ensinar. Para saber, para fazer,

para ser ou para conviver, todos os dias misturamos a vida com a educação.

O autor supracitado destaca que, todos os seres são alvos de um processo

educativo. Os pássaros, por exemplo, desde cedo expulsam seus filhotes do ninho,

fazendo com que experimentem o processo de aprendizagem do voo, e este exercício é

fundamental para a continuidade da vida. Os bebês sentem necessidade de aprender e

esta aprendizagem é iniciada desde a mais tenra idade, objetiva socializar o indivíduo

na sociedade por meio do ensino de hábitos, costumes e valores convencionados de

forma consensual pela coletividade.

Para Aranha (1996), a partir das relações que criam entre si, os homens

produzem padrões de comportamento, instituições e saberes, cujo aperfeiçoamento é

feito pelas gerações sucessivas, o que lhes permite assimilar e modificar os modelos

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valorizados em denominada cultura. É a educação, portanto, que mantém viva a

memória de um povo e dá condições para sobrevivência.

Quando falamos de educação formal logo nos chega à imagem da escola.

Conforme Bandão (1981), os antropólogos ao se referirem sobre o assunto pouco

querem falar de processos formalizados de ensino. Eles identificam processos sociais

de aprendizagem onde não existe ainda nenhuma situação propriamente escolar de

transferência do saber. A rotina das aldeias tribais, o saber vai da confecção do arco e

flecha à recitação das rezas sagradas aos deuses da tribo. Tudo o que se sabe aos

poucos se adquire por viver muitas e diferentes situações de trocas entre pessoas, com

o corpo, com a consciência, com o corpo e a consciência. As pessoas convivem umas

com as outras e o saber flui, pelos atos de quem “sabe-e-faz”, para quem “não-sabe-se-

aprende”. Mesmo quando os adultos encorajam e guiam os momentos e situações de

aprender de crianças e adolescentes, são raros os tempos especialmente reservados

apenas para o ato de ensinar.

Outro aspecto para Brandão (1981), é que há educação quando a mãe corrige o

filho para que ele fale direito a língua do grupo, ou quando fala à filha sobre as normas

sociais do modo de “ser mulher” ali, também quando o pai ensina o filho a polir a ponta

da flecha, ou quando os guerreiros saem com os jovens para ensiná-los a caçar.

A educação que se pratica ainda é classista e centralizadora, na medida em que

os sujeitos diretamente envolvidos no processo não são chamados a participarem das

decisões, pois estas estão restritas aos “donos do poder político” e às “pequenas

confrarias de intelectuais constituídas como seus porta-vozes pedagógicos”.

Consumimos ideias prontas sobre a educação e reproduzimos conteúdos impostos à

educação. Tal como atesta Brandão (1981, p.94), “a educação que chega à favela,

chega pronta na escola, no livro e na lição”.

Para Paulo Freire (1981), aqueles que olham para os favelados como

“naturalmente inferiores e incapazes” e imputam a esta “inferioridade” todas as

deficiências materiais que caracterizam uma favela, sugeriríamos que discutissem um

dia com estas pessoas sobre o que significa sua existência. Porventuraalguns entre

esses sujeitos descobrissem afinal que, se há algo intimamente mau, que deve ser

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radicalmente transformado, é o sistema capitalista mesmo, incapaz ele sim, de resolver

o problema com seus propósitos “modernizantes”

Em outras palavras Freire (1991) diz que: “Afirmar como ideia o que nega como

prática é o que move o mecanismo da educação autoritária na sociedade desigual”. Na

realidade, a educação escolar, revestida de sua nova configuração democrática,

camufla na prática o que promete na teoria, a proclamada igualdade.

LEI 9394/96 - A Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a LDB só veio

acrescentar informações e obrigatoriedades de extrema importância na educação do

Brasil, pois de acordo com ela, a educação é um direito de todos e as crianças

precisam ter acesso ao ensino desde os primeiros anos de vida, com a inclusão dessas

em creches e em pré-escolas.

Para conhecer uma escola é preciso conhecer o seu cotidiano, que traduz o que ela realmente é. E ela é o que fazem dela os seus participantes. Nesse ,sentido, nenhuma escola é igual a outra, embora possam ser parecidas, por expressarem elementos comuns. Uma escola pode situar-se e determinado ponto de diversos eixos situacionais, como por exemplo, entre ser: aberta, transparente-fechada; flexível inflexível; democrática-autoritária; proativa-reativa; inovadora-conservadora; orientada pelo passado − orientada por visão de futuro. (LÜCK, 2009, P.129)

Para Heloisa Lück (2009), esses eixos situacionais, oferecem perspectiva de

análise do cotidiano com a possibilidade de identificação do conservadorismo –

dinâmica da escola − assim como a compreensão de aspectos que merecem a atenção

do diretor escolar na promoção de escola dinâmica, ativa e em contínua renovação e

desenvolvimento de competência na realização de educação de qualidade e podemos

acrescentar, sob essa perspectiva, as questões relativas a conservação do patrimônio

público escolar.

ESCOLA

A Escola que queremos? Uma escola de verdade, com estrutura de verdade. A

escola não é somente o prédio, uma instituição burocratizada, cheia de normas. A

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escola, sobretudo é gente: gente que estuda, gente que trabalha, gente que faz amigos.

A escola é um lugar privilegiado para aprendermos a conviver uns com os outros,

tornando-nos mais humanos.

De acordo com Brandão (1981, p. 31), apenas quando a democratização da

cultura e da participação na vida pública coloca a necessidade da democratização do

saber, é que surge a escola aberta a qualquer pessoa livre da cidade-estado. A escola

primária surge em Atenas por volta do ano 600 a.C. Antes dela havia locais de ensino

de metecos e rapsodistas que aos interessados ensinavam "a fixar em símbolos os

negócios e os cantos". Só depois da invenção da escola de primeiras letras é que o seu

estudo é pouco a pouco incorporado à educação dos meninos nobres. Assim, surgem

em Atenas escolas de bairro, não raro "lojas de ensinar”, aberta entre as outras no

mercado. Ali um humilde mestre- escola, "reduzido pela miséria a ensinar", leciona as

primeiras letras e contas. O menino escravo, que aprende com o trabalho a que o

obrigam, não chega sequer a esta escola. O menino livre e plebeu em geral para nela.

O menino livre e nobre passa por ela depressa em direção aos lugares e aos graus

onde a educação grega forma de fato o seu modelo de "adulto educado". Citação de

Sólon, legislador grego:

As crianças devem, antes de tudo, aprender a nadar e a ler; em seguida, os pobres devem exercitar-se na agricultura ou em uma indústria qualquer, ao passo que os ricos devem se preocupar com a música e a equitação, e entregar-se à filosofia, à caça e à frequência aos ginásios.

Esta concepção Xenofonte, historiador, poeta, filósofo e militar grego, criticaria

quase dois séculos depois: "Só os que podem criar os seus filhos para não fazerem

nada é que os enviam à escola; os que não podem, não enviam."

A escola é um espaço privilegiado do conhecimento. E esse é um trabalho de

todos que dela fazem parte. É preciso criar nos membros da comunidade escolar, o

sentimento de pertencimento à escola pública, no sentido de participarem, de tomarem

um pouco o destino da escola na mão.

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Para Freire (2002) a educação deve ter uma visão global do aluno, com

sentimentos e emoções, tornando relevante o estudo das dimensões ética e estética. A

prática e a teoria freiriana, fundamentam-se em uma ética inspirada na relação

"homem-no-mundo", ou seja, estar no mundo, e na construção de seu "ser-no-mundo-

com-os-outros", isto é, ser capaz de se relacionar com as pessoas e com a sociedade.

A expressão desta ética se dá nas formas da estética, no resgate e na busca de

todas as formas de expressão humana sua beleza estética própria e o aprimoramento

destas expressões. Assim, conforme nos apresenta Freire (2002), a beleza não é

privilégio de uma classe, mas uma construção compartilhada por todos, precisando ser

conquistada a cada momento, a cada decisão, por meio de experiências, atitudes

capazes de criar e recriar o mundo.

DEPREDAÇÃO

Para manter a estrutura física da escola em ordem é necessário que além das

manutenções periódicas, haja a participação de todos os integrantes da comunidade

escolar no sentido de preservar e conservar o patrimônio público.

O importante é que todos se sintam pertencentes e responsáveis pelo espaço.

Ajudar a manter a integralidade física e cultural da escola leva o indivíduo a legitimar

seu papel na comunidade, valoriza o sentimento de pertencimento a um grupo capaz de

vencer desafios, reafirma valores e faz com que todos vejam a escola como um

patrimônio da comunidade.

De acordo com Miranda (2009) todo ano, o Poder Executivo destina parte

significativa do orçamento para a manutenção das escolas públicas. São gastos com

reforma de instalações, conserto de equipamentos, pinturas, troca de carteiras, entre

outras despesas. Esses recursos poderiam ser economizados e investidos outros em

setores da educação se não fossem os atos de vandalismo e de destruição do

patrimônio escolar.

Souza (2009) destaca que a luta pela valorização do patrimônio tem seu início na

própria luta pela defesa dos bens que cercam a escola. Não podemos aceitar que

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jovens depredem seu próprio ambiente de estudo e que destruam aquilo que eles

mesmos poderiam desfrutar. É vital que haja uma vigilância de todos, no sentido de

evitar a depredação dos bens da escola que ao serem destruídos estarão causando

prejuízos a todos na medida em que podem escassear e atrapalhar o desenvolvimento

das ações educativas. Nesse sentido, é necessário que as escolas desenvolvam

práticas que tenham por objetivo mostrar aos alunos a importância dos bens

patrimoniais que ocupam o espaço da escola e que, por serem públicos, pertencem a

todos.

Segundo Maia (2009) em sua dissertação de mestrado, pesquisando em escolas

públicas do Distrito Federal, DF na Região Administrativa de Samambaia a respeito dos

tipos de violência mais comuns na escola, os professores foram unânimes em

responder que as agressões verbais com xingamentos e desrespeito são as formas

mais comuns, seguida do bullying, das brigas nos intervalos e por fim as depredações e

os pequenos furtos. As pesquisas desenvolvidas pela Rede de Informação Tecnológica

Latino-Americana - ONG RITLA demonstram que a depredação e as pichações estão

em primeiro lugar nos tipos de violência nas escolas, seguida dos furtos. Como pode se

perceber pelas entrevistas a percepção dos professores é outra a depredação e as

pichações não incomodam tanto quanto as agressões verbais. Lembrando que as

pichações e as depredações são classificadas como violência dura e estão previstas no

código civil, enquanto que as agressões verbais são classificadas como micro

violências. Este é um fato curioso e mostra que a agressão ao patrimônio público é um

aspecto menos importante, talvez pela ausência da noção de pertencimento, por parte,

do corpo docente.

A pesquisa aponta que as escolas não dispõem de áreas de lazer, onde os

alunos possam ficar no horário do intervalo. Eles não têm permissão para ficar na

quadra de esportes, por falta de um funcionário para inspecioná-los, então ficam

andando ou correndo de um lado para outro nos corredores entre as salas, ou ficam

dentro das salas, o que geralmente acaba em depredação ou prática de “brincadeiras”

agressivas. (MAIA, 2009, p. 93)

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Como recomendação para o desenvolvimento da resiliência, sugere-se maiores

investimentos nas instalações dos prédios, investimentos para a aquisição de materiais

pedagógicos diferenciados, que possam despertar o interesse do aluno. A adoção de

salas ambiente, devidamente equipadas, com certeza irá despertar a atenção dos

alunos e o maior envolvimento com as matérias ministradas, diminuindo o stress em

sala de aula. As escolas melhor conservadas, com pintura nova, são também as

escolas com menor incidência de pichação e depredação, comprovando que a

valorização do capital físico gera respeito e sentimento de que é cuidado e acolhido, o

que contribui para o desenvolvimento da noção de pertencimento. (MAIA, 2009, p. 146).

As numerosas pesquisas realizadas por Blaya, (2002), Devine, (2001),

Debrarbieux, (2002), Waiselfisz, (2008), indicam que a violência nas escolas é um

problema mundial, constatam Santana e Gomes (2010) e acontecem em várias

localidades, não sendo restritas as grandes cidades e capitais. Para Sposito (2002),

este fenômeno esta presente tanto em escolas de caráter disciplinar rígido quanto em

escolas permissivas e desorganizadas.

As produções sobre essas temáticas versam sobre diferentes aspectos,

conforme Priotto e Wessler (2009, p.163), a partir de questões geográficas, como é o

caso de situações de escolas próximas de favelas com predomínio do trafico de drogas

e do crime organizado, a fase da adolescência e as questões comportamentais dos

alunos nesta faixa de idade.

A constatação à imposição de algumas normas impostas pela escola ou aos

julgamentos realizadas pelas mesmas. A depredação pode ser resposta às precárias

condições em que encontram muitos prédios escolares. Prédios degradados, grafitados

são um convite a uma maior violência. O descuido com os prédios sugere uma terra de

ninguém, uma terra sem dono que pode ser ocupada por aquele que tem força e

coragem para fazê-lo, afirma Costa (2011, apud Cárdia 1997)

Os tipos de violência apontados por Bomfim e Araújo (2004) podem ser

caracterizados em cinco categorias: violência moral (33%), violência à integridade física

da pessoa (14%), violência aos equipamentos públicos com depredação de prédios e

equipamentos escolares (35%), violência político ética (14%) e violência sexual (4%).

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Ressalte-se que a violência contra os equipamentos públicos obteve o maior percentual

nas respostas dos pesquisados, talvez porque os seus autores, em sua maioria jovens,

pelas ambiguidades próprias da idade, pelas fragilidades das referências em vários

campos de ação, até mesmo o educacional, e as desesperanças que enfrentam pela

falta de resposta da família, da escola e do conjunto da sociedade aos seus anseios,

cometam práticas que culminam com atos de violência contra o que é de "mais fácil": o

prédio e aparelhos públicos.

A violência moral (xingamentos, palavrões etc.), também muito citada, hoje é

uma prática banalizada tanto pelo uso por parte de pessoas adultas e, particularmente,

pela difusão através da mídia nas falas de apresentadores de programas e de atores de

novela. Dessa forma, como a imitação é uma característica dos jovens, a linguagem

corriqueira transforma-se em regra, por isso considerada normal.

A constatação da realidade evidenciada, a partir dos agentes envolvidos no

processo que direta ou indiretamente anseiam por transformações e melhoria das

condições nas relações sociais estabelecidas no interior das escolas onde Pontes, Cruz

e Melo (2010) questionam; participação dos discentes no espaço escolar: Ser apenas

um aluno frequentador, ser mais um no coletivo escolar, inviabiliza o sentido de

pertença. Este, por sua vez, tem como um de seus fatores básicos a participação ativa

no contexto escolar. O envolvimento participativo tende a prevenir ações violentas.

Galvão (et al., 2010) em lugar da falta de nitidez dos valores sociais e da

indefinição quanto a normas e limites é imprescindível um ambiente de transparência.

Mudou o mundo à volta da escola, da mesma forma que mudaram os seus alunos. A

escola edificadora da personalidade e integradora, que preenchia os seus discentes

como tabula rasa, não é mais viável. Seus alunos reagem a essa imposição unilateral,

exercem protagonismo e desejam ser co-autores do processo educativo.

Na visão dos professores, os atos de vandalismo indicam a inexistência do

sentimento de pertença à instituição, não há o sentimento de cuidado e de zelo pelo

ambiente e pelos recursos da escola, não há a cultura do respeito pelo espaço público

e pelos outros alunos que utilizarão esse espaço. Relatos de que própria comunidade

depreda a escola, não é passado pelos pais aos filhos o respeito pelo ambiente escolar.

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Alguns professores entendem que, além do desenvolvimento de uma cultura do

pertencimento, do respeito e da preservação do espaço, seria necessário que houvesse

a identificação e a responsabilização dos alunos que cometem atos de vandalismo,

para que a depredação escolar diminuísse. (COSTA, 2011, p. 9032).

CIDADANIA

Uma dos pontos altos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB)

é o reconhecimento da importância do ensino e aprendizagem de valores vinculados à

cidadania na educação escolar, no artigo 2º a educação é dever da família e do estado,

tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o

exercício da cidadania. Para isso, assinala a LDB, que o fim último da educação é a

formação da cidadania, incorpora nas finalidades da educação básica.

De acordo com o Dicionário Etimológico (2007), aorigem da palavra cidadania

vem do latim "civitas", que quer dizer cidade. O sentido primeiro do termo cidadania foi

utilizado na Roma antiga para significar a situação política de uma pessoa e os direitos

que ela possuía e/ou podia exercer.

Para Monteiro Silva (2000), historicamente, a concepção de cidadão decorre da

ideia da igualdade política e da participação de todos. Essa ideia permeou a Grécia

antiga e foi resgatada pela Revolução Francesa.

Os Gregos criaram um modelo de organização política, em que as cidades se

constituíam em Estados independentes, com autonomia política, cultural e religiosa. A

pólis significava, inicialmente, um tipo de instituição urbana – a cidade Estado, e era a

relação homem Estado que distinguia as pólis no contexto político. Essas pólis

evoluíram, passando da monarquia para aristocracia, desta para a tirania, depois à

democracia.

A compreensão e ampliação da cidadania substantiva ocorrem a partir do estudo

clássico de T.H. Marshall – Cidadania e classe social, de 1950 – que descreve a

extensão dos direitos civis, políticos e sociais para toda a população de uma nação.

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Esses direitos tomaram corpo com o fim da 2ª Guerra Mundial, após 1945, com

aumento substancial dos direitos sociais – com a criação do Estado de Bem-Estar

Social (WelfareState) – estabelecendo princípios mais coletivistas e igualitários. Os

movimentos sociais e a efetiva participação da população em geral foram fundamentais

para que houvesse uma ampliação significativa dos direitos políticos, sociais e civis

alçando um nível geral suficiente de bem-estar econômico, lazer, educação e político.

Para Carvalho (2001), a cidadania esteve e está em permanente construção; é

um referencial de conquista da humanidade, através daqueles que sempre buscam

mais direitos, maior liberdade, melhores garantias individuais e coletivas, e não se

conformando frente às dominações, seja do próprio Estado ou de outras instituições. No

Brasil ainda há muito que fazer em relação à questão da cidadania e de acordo com

Carvalho (2001) apesar das extraordinárias conquistas dos direitos após o fim do

regime militar (1964-1985). Mesmo assim, a cidadania está muito distante de muitos

brasileiros, pois a conquista dos direitos políticos, sociais e civis não consegue ocultar o

drama de milhões de pessoas em situação de miséria, altos índices de desemprego, da

taxa significativa de analfabetos e semianalfabetos, sem falar do drama nacional das

vítimas da violência particular e oficial.

Para Freire (1996) o desemprego no mundo não é uma fatalidade. É antes o

resultado de uma globalização da economia e de avanços tecnológicos a que vem

faltando o dever ser de uma ética realmente a serviço do ser humano e não do lucro e

da gulodice irrefreada das minorias que comandam o mundo.

Conforme sustenta o historiador José Murilo de Carvalho (2001), no Brasil a

trajetória dos direitos seguiu lógica inversa daquela descrita por T.H. Marshall. Primeiro

“vieram os direitos sociais, implantados em período de supressão dos direitos políticos

e de redução dos direitos civis por um ditador que se tornou popular (Getúlio Vargas).

Depois vieram os direitos políticos... a expansão do direito do voto deu-se em outro

período ditatorial, em que os órgãos de repressão política foram transformados em

peça decorativa do regime [militar]... A pirâmide dos direitos [no Brasil] foi colocada de

cabeça para baixo”.

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Ainda para Carvalho (2001) nos países ocidentais, a cidadania moderna se

constituiu por etapas. T. H. Marshall afirma que a cidadania só é plena se dotada de

todos os três tipos de direito:

1. Civil: direitos inerentes à liberdade individual, liberdade de

expressão e de pensamento; direito de propriedade e de conclusão de

contratos; direito à justiça; que foi instituída no século 18;

2. Política: direito de participação no exercício do poder político, como

eleito ou eleitor, no conjunto das instituições de autoridade pública,

constituída no século 19;

3. Social: conjunto de direitos relativos ao bem-estar econômico esocial,

desde a segurança até ao direito de partilhar do nível de vida, segundo os

padrões prevalecentes na sociedade, que são conquistas do século 20.

Para Freire (1997), a cidadania não chega por acaso: é uma construção jamais

terminada, demanda briga por ela. Demanda engajamento, clareza política, coerência,

decisão. Por isso mesmo é que uma educação democrática não se pode realizar à

parte de uma cochicação da cidadania e para ela.

COMUNIDADE ESCOLAR

A comunidade escolar é compreendida como o conjunto de profissionais da

educação atuantes na escola, alunos devidamente matriculados e frequentando

regularmente, pais e/ ou responsáveis pelos alunos, representantes de segmentos

organizados presentes na comunidade, comprometidos com a educação. (Estatuto do

Conselho Escolar – Art. 5, paragrafo único)

A Escola é um exemplo claro de bem público, de uso da coletividade. Pois não

pertence ao governo, nem ao diretor, nem ao professor, ao funcionário ou aos alunos.

Mas sim pertencente a todos da sua comunidade escolar e por certo um Patrimônio

Público, mantido com recursos dos impostos destas comunidades.

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Para Luck (2009) a ação participativa hábil em educação é orientada pela

promoção solidária da participação por todos da comunidade escolar, na construção da

escola como organização dinâmica e competente, tomando decisões em conjunto,

orientadas pelo compromisso com valores, princípios e objetivos educacionais

elevados, respeitando os demais participantes e aceitando a diversidade de

posicionamentos.

O envolvimento da comunidade também é fundamental nesse processo de

identificação do aluno com a escola. Por isso, no Paraná, a rede estadual tem adotado

uma boa estratégia: deixar que a comunidade opine em cada obra que é feita. Quando

são necessários reparos, a direção reúne associação de pais e outras pessoas do

entorno escolar para que eles digam quais são as prioridades, o que deve ser

construído ou reformado primeiro.

Com este trabalho, pretendemos colaborar para um maior envolvimento e

participação da comunidade escolar do Colégio Estadual São Cristóvão de União da

Vitória, resgatando e valorizando a escola.

O Colégio Estadual São Cristóvão – Ensino Fundamental, Médio e Profissional,

está localizado no Distrito de mesmo nome, Av. Dona Júlia Amazonas s/nº - União da

Vitória / PR, possui dualidade com a Escola Municipal José Moura. Atendo 1080 alunos

em três períodos: manhã, tarde e noite. Seu corpo funcional é composto por 78

professores em regência e 35 servidores em função e apoio técnico pedagógico. O

público deste projeto são alunos do 6º ano do ensino fundamental, oriundo na grande

maioria da Escola Municipal José Moura (criada em 1991 com a municipalização do

Ensino Fundamental dos anos iniciais) e residem nas imediações da escola.

METODOLOGIA E ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

Por que o ambiente escolar é depredado por aqueles eles que poderiam

desfrutar no seu dia a dia? A depredação e destruição do patrimônio público escolar é

uma realidade nas escolas. Qual o ônus publico provocado pela depredação? Ele esta

presente em todos os momentos de nossa vida, na arrecadação e aplicação dos para a

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recursos. Como prever e promover ações oportunize atitudes de respeito e valorização

dos bens patrimoniais a começando pelo próprio ambiente escolar?

Para responder a esses questionamentos, o estudo aqui apresentado

caracteriza-se, predominantemente, como uma pesquisa-ação de cunho qualitativo.

Para Engel (2000) a pesquisa-ação é um tipo de pesquisa participante engajada, em

oposição à pesquisa tradicional, que é considerada como “independente”, “não-reativa”

e “objetiva”. Nesse sentido, a pesquisa-ação procura unir a pesquisa à ação ou prática,

isto é, desenvolver o conhecimento e a compreensão como parte da prática. É,

portanto, uma maneira de se fazer pesquisa em situações em que também se é uma

pessoa da prática e se deseja melhorar a compreensão desta. Uma das características

deste tipo de pesquisa é que através dela se procura intervir na prática de modo

inovador já no decorrer do próprio processo de pesquisa e não apenas como possível

consequência de uma recomendação na etapa final do projeto.

Conforme Engel (2000), além de sua aplicação em ciências sociais e psicologia,

a pesquisa-ação é, hoje, amplamente aplicada também na área do ensino. Seu

desenvolvimento se deu como resposta às necessidades de implementação da teoria

educacional na prática da sala de aula. A teoria e a prática não eram percebidas como

partes integrantes da vida profissional de um professor, e a pesquisa-ação começou a

ser implementada com a intenção de ajudar aos professores na solução de seus

problemas em sala de aula, envolvendo-os na pesquisa. Além disto, a pesquisa-ação

em sala de aula também se revelou como um instrumento eficiente para o

desenvolvimento profissional dos professores/as.

Nesse sentido, esse estudo buscou estratégias para abordar o conteúdo da

depredação do patrimônio público nas escolas. As ações e atividades foram

desenvolvidas buscando envolver os alunos em atitudes de preservação com

responsabilidade e respeito ao Patrimônio Escolar.

Para tanto, seguimos o seguinte roteiro:

1. Resgate histórico acerca do nome do patrono, hino e bandeira da escola, bem como

o surgimento desta com este trabalho. O Patrimônio imaterial da instituição, que é de

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toda comunidade, se constrói também em suas condições efetivas de funcionamento.

Elas constituem elementos fundamentais o reconhecimento da escola pela

comunidade: recursos humanos, mobiliário e equipamentos disponíveis no

estabelecimento.

2. Apresentação e discussões sobre vídeos que abordavam a temática da depredação.

Procuramos por vídeos disponíveis da internet, os quais mostram cenas de vandalismo

em escolas.

3. Pesquisas em jornais e revistas: dividimos a turma em grupos. Cada grupo recebeu

jornais e revistas atuais, a tarefa era a de procurar por reportagens sobre um dos

seguintes temas: Preservação do Patrimônio Público, Ética, Corrupção e Cidadania. As

reportagens foram recortadas e coladas em um cartaz. Ao final do processo, os grupos

apresentaram seus cartazes. Após a apresentação, os cartazes foram expostos na

escola ou aproveitados na hora cívica;

Depois dessa atividade, os alunos irão planejaram ações apontando possíveis soluções

para os problemas apresentados, no sentido de reverter às situações de vandalismo e

depredação que acontecem em algumas escolas, com o objetivo de buscar formas de

conscientizar os/as alunos/as sobre a importância da Cultura da Paz nas escolas e a

necessidade do respeito ao outro e ao patrimônio público.

4. Caminhada pela escola para buscar identificar indícios de depredação e desrespeito

ao patrimônio público como, por exemplo: portas e janelas quebradas ou riscadas,

mesas e cadeiras quebradas ou riscadas, pichações, dentre outros. Os alunos

anotaram em um bloco tudo que foi identificado. Depois, organizaram os números do

vandalismo e da depredação ao patrimônio público, dentre outros, em gráficos e

tabelas. Depois dessa ação proporcionamos aos estudantes uma reflexão acerca dos

números obtidos, bem como refletimos sobre as possibilidades de intervenção para a

mudança da realidade mostrada através dos números.

5. Criamos uma campanha “lugar do lixo é no lixo” possibilitando o troca de ideias entre

os próprios alunos, sensibilizando-os para a temática. Sinalizamos os espaços

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escolares com cartazes, feitos pelos próprios alunos, com mensagens alusivas à

preservação do ambiente escolar.

6. Através da leitura de revistas em quadrinhos como Turma da Mônica em o Estatuto

da Criança e do Adolescente, vídeos sobre cidadania como O Mundo Mágico da

Cidadania parte 1 e 2, buscamos aprimorar os conhecimentos dos alunos sobre

cidadania, ética e controle social.

A implementação do Projeto de Intervenção na Escola ocorreu nos meses de

março, abril e maio de 2013, com alunos e alunas dos 6º ano do Ensino Fundamental

do período vespertino, regularmente matriculados na faixa etária de 10 a 12 anos de

idade.

As ações propostas seguiram cronograma do Projeto de Intervenção com doze

encontros. Iniciamos com o resgate histórico do Colégio com registros fotográficos da

primeira construção em madeira da escola e das transformações ocorridas até

chegarem aos dias de hoje. A primeira de denominação de Escola Isolada construída

no pátio da pequena igreja do bairro, no ano de 1947.

Com vista à implantação do tema Depredação do Patrimônio Público Escolar

começamos do com um vídeo com cenas de vandalismo na escola, encontrados na

internet. Após realizamos um debate com os alunos.

Após o debate, cada aluno investigou a sua própria carteira escolar descrevendo

o estado de conservação que se encontrava em seguida os resultados foram

socializados. Em grupos os alunos identificaram os indícios de depredação nos

diversos espaços da escola, com os resultados os grupos realizaram um diagnóstico

do que foi encontrado, sendo socializados socializados a toda comunidade escolar por

meio de cartazes, frases, textos e na Hora Cívica semanal.

A Educação Fiscal foi trabalhada com o auxílio do site Leãozinho da Receita

Federal . Aprimorando conhecimentos sobre os tributos.

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Com esta pesquisa pretendemos despertar na comunidade escolar o interesse

na conservação do prédio escolar. Sendo a escola parte da história presente e futura

dos todos, seu patrimônio deve ser respeitado e conservado.

ANÁLISE E DISCUSSÕES

A eloquência do discurso "pronunciado" na e pela limpeza do chão, na boniteza das salas, na higiene dos sanitários, nas flores que adornam. Há uma dialogicidade indiscutível na materialidade do espaço. (FREIRE, 2000, p. 25)

Trabalhar em sala de aula, partindo da realidade do aluno, é um desafio

constante. A escola constitui um espaço e um patrimônio público e, como tal, precisa

ser preservada. Nesse sentido, faz-se necessário que sejam desenvolvidas ações que

visem à conscientização da comunidade escolar acerca da necessidade de respeitar,

valorizar e preservar a escola, enquanto patrimônio e propriedade de todos.

Para tanto, problematizamos junto aos estudantes a necessidade de

conservação do ambiente ao qual está inserido. Incentivando os alunos a adotarem

atitudes de preservação e valorização do Patrimônio Escolar; bem como refletirem

sobre as consequências causadas pela depredação do Patrimônio Escolar.

Neste contexto procuramos abordar as situações da depredação do patrimônio

público escolar; educação; cidadania; escola e a comunidade escolar, bem como

financiamento da educação. As ações propostas a fim de contribuir para mudanças de

comportamento da comunidade escolar buscando a relevância da conservação do

Patrimônio Escolar.

Com o resgate histórico do Colégio, da Comunidade e as transformações que

ocorreram durante os últimos anos. Os alunos voltaram com relatos dos pais, avós,

vizinhos e outras pessoas que estudaram no colégio, com fotos antigas da escola.

Nas discussões sobre vandalismo, foram abordados que em alguns casos a

depredação é até mesmo sem querer, ao riscar a parede, carteiras, dentre outros

aspectos. Mas já observaram outros alunos e pessoas fora da escola que picham e

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mesmo destroem por destruir. No Colégio São Cristóvão é comum os alunos

ressarcirem valores provenientes de depredação, conforme regulamento interno. Uma

das medidas preventivas contra a depredação nesta escola é a abertura do espaço

físico para a comunidade usar nos fins de semana.

Os alunos organizaram os números do vandalismo e da depredação ao

patrimônio público, em gráficos e tabelas, associando a Matemática, quantificando isso

em nosso dia a dia. Aspectos que os alunos já estão acostumados a ver na mídia, como

por exemplo, os índices de inflação. É importante despertar nos alunos uma reflexão

acerca dos números obtidos, bem como refletir sobre as possibilidades de intervenção

para a mudança da realidade mostrada através dos números.

A preservação do espaço escolar não descartando lixo e qualquer lugar. Com o

acúmulo de lixo em local inadequado deixa a impressão de abandono e descaso com o

espaço escolar. Criado uma campanha “lugar do lixo é no lixo” possibilitando a troca de

idéias entre os próprios alunos, sensibilizando-os para a temática. Sinalizando os

espaços com cartazes feitos pelo alunos com mensagens alusivas à preservação do

patrimônio.

A função sócia econômica do tributo vem ao encontro de um dos papéis da

escola, enquanto fórum privilegiado, para discussões acerca da cidadania, ética e

participação política dos cidadãos na vida em sociedade. Ética inspirada na relação

"homem-no-mundo". A educação é uma tarefa coletiva, imprescindível à plena

construção da cidadania.

Considerando a realidade das nossas instituições, acreditamos ser necessária a

implementação de planos de ação e de projetos por parte das escolas, de setores da

sociedade civil e de políticas públicas pelo Estado, que visem a melhoria das relações

dentro do espaço escolar, o desenvolvimento de novos mecanismos e estratégias que

possibilitem novas formas de socialização a fim de prevenir e reduzir os diferentes tipos

de violência.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho de pesquisa-ação tem como objetivo reconhecer a importância da

conservação do Patrimônio Escolar, identificando situações de desrespeito e violência

do ambiente e os custos causados pela depredação. Problematizando junto aos

estudantes a necessidade de conservação do ambiente ao qual está inserido.

Incentivando os alunos a adotarem atitudes de conscientização, preservação e

valorização do Patrimônio Escolar. Em contrapartida, refletindo sobre as consequências

causadas pela degradação do Patrimônio Escolar. Propondo ações coletivas e

individuais para preservação, conservação e valorização do Patrimônio Escolar.

Para tanto este trabalho aborda questões sobre depredação do patrimônio

público escolar relativo a mudança de comportamento da comunidade escolar,

buscando com isso contribuir para a importância da conservação do Patrimônio Público,

identificando situações de desrespeito e violência no ambiente escolar e os custos

causados pela depredação.

A nossa proposta ajudou a clarificar a importância da Depredação do Patrimônio

Publico Escolar, com o descaso em relação às escolas públicas. É importante destacar

que essa temática já vem sendo discutida há muito tempo, no entanto a educação é

uma tarefa coletiva, imprescindível à plena construção da cidadania e isso garante a

relevância desta temática.

A necessidade de manter a estrutura física da escola em ordem, nesse sentido é

necessária a participação de todos os integrantes da comunidade escolar. Manter a

integralidade física e cultural da escola leva o indivíduo a legitimar seu papel na

comunidade. Escola é um Patrimônio Público com todos os seus bens materiais. Não

pertence ao governo, nem ao diretor, nem ao professor, ao funcionário e tão pouco aos

alunos. Mas sim pertencente a todos da sua comunidade escolar, mantido com

recursos das pessoas que a utilizam. A Constituição Federal de 1988 vinculou parte das

receitas de impostos e transferências à educação, definindo que a União e os Estados,

o Distrito Federal e os Municípios aplicaram anualmente na Educação.

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A depredação e a violência nas escolas é um problema mundial, e acontecem

em várias localidades, não sendo restritas as grandes cidades e capitais, este

fenômeno esta presente tanto em escolas de caráter disciplinar rígido quanto em

escolas permissivas e desorganizadas. A escola esse espaço privilegiado do

conhecimento, que surgiu apenas quando a democratização da cultura e da

participação na vida pública coloca a necessidade da democratização do saber.

A cidadania, esteve e está em permanente na construção; é um referencial de

conquista da humanidade, através daqueles que sempre buscam mais direitos, maior

liberdade, melhores garantias individuais e coletivas, e não se conformando frente às

dominações, seja do próprio Estado ou de outras instituições.

Mais do que constatar a depredação nas escolas buscaremos meios educativos

para inibir tais fatos. Devemos enfrentar esse problema de todas as formas. As ações

para combate à depredação são responsabilidades de toda a comunidade escolar.

Quando a comunidade escolar, de forma direta ou indireta, interessa-se pelas

atividades desenvolvidas na escola ela toma a iniciativa de participar dos trabalhos que

ali são realizados, acabam sentindo-se como parte deste espaço.

A grande aposta em ações, que atinjam a comunidade escolar é uma tarefa de

todos na educação e o processo educativo e não deve ser restrita a escola. Construir

processos de aprendizagem significativa, conectando a experiência e os repertórios já

existentes com questões e outras experiências que possam gerar novos conceitos.

Ajudar a manter a integralidade física e cultural da escola leva o indivíduo a

legitimar seu papel na comunidade.

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