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A ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NA INCLUSÃO DOS DEFICIENTES VISUAIS PARA O MERCADO DE TRABALHO THE ROLE OF THE INCLUSION OF EDUCATOR VISUALLY IMPAIRED TO THE LABOUR MARKET Maria de Lourdes Fiala – Graduanda em Pedagogia – UNISALESIANO Lins Profª Ma. Jovira Maria Sarraceni – UNISALESIANO – [email protected] Profª Esp. Érica Cristiane dos Santos Campaner – UNISALESIANO [email protected] RESUMO O Pedagogo é o profissional formado em Pedagogia, e o seu campo de atuação é o exercício da docência na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, Ensino Médio, e em cursos de Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar, bem como em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos. Além do ambiente escolar, o Pedagogo pode atuar em empresas, áreas sociais e hospitalares. Há inúmeros campos de atuação do Pedagogo fora do ambiente escolar, à inclusão de pessoas portadoras de necessidades especiais. Dentre os tipos de necessidades especiais, o deficiente visual necessita de adaptações mais especiais ainda, devido ao fato de viver num mundo onde a visão é necessária para o desempenho de quase todas as atividades. Neste contexto, o presente trabalho tem por objetivo apresentar a atuação do Pedagogo na inclusão do deficiente visual no mercado de trabalho; conhecer as Lei de Diretrizes Básicas em Educação Especial e a profissionalização dos deficientes e conhecer a visão do empregador quanto a este processo de inclusão. Para demonstrar tal realidade, foi realizada uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa com uma deficiente visual assistida pela Associação da Mulher Unimed Lins. Percebeu-se a importância do pedagogo com relação entre assistido e empregador, quanto a profissionalização e Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 5., n.10, jan/jul de 2014

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A ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NA INCLUSÃO DOS DEFICIENTES VISUAIS PARA O MERCADO DE TRABALHO

THE ROLE OF THE INCLUSION OF EDUCATOR VISUALLY IMPAIRED TO THE LABOUR MARKET

Maria de Lourdes Fiala – Graduanda em Pedagogia – UNISALESIANO Lins

Profª Ma. Jovira Maria Sarraceni – UNISALESIANO – [email protected] Profª Esp. Érica Cristiane dos Santos Campaner – UNISALESIANO –

[email protected]

RESUMO

O Pedagogo é o profissional formado em Pedagogia, e o seu campo de atuação é o exercício da docência na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, Ensino Médio, e em cursos de Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar, bem como em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos. Além do ambiente escolar, o Pedagogo pode atuar em empresas, áreas sociais e hospitalares. Há inúmeros campos de atuação do Pedagogo fora do ambiente escolar, à inclusão de pessoas portadoras de necessidades especiais. Dentre os tipos de necessidades especiais, o deficiente visual necessita de adaptações mais especiais ainda, devido ao fato de viver num mundo onde a visão é necessária para o desempenho de quase todas as atividades. Neste contexto, o presente trabalho tem por objetivo apresentar a atuação do Pedagogo na inclusão do deficiente visual no mercado de trabalho; conhecer as Lei de Diretrizes Básicas em Educação Especial e a profissionalização dos deficientes e conhecer a visão do empregador quanto a este processo de inclusão. Para demonstrar tal realidade, foi realizada uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa com uma deficiente visual assistida pela Associação da Mulher Unimed Lins. Percebeu-se a importância do pedagogo com relação entre assistido e empregador, quanto a profissionalização e conscientização de todos.

Palavras-chave: Pedagogia. Inclusão. Deficiência visual. Educação. Formação.

INTRODUÇÃO

O Pedagogo é o profissional em Pedagogia que atua no processo de

formação da personalidade de crianças e adultos. Pedagogia é derivada de três

palavras gregas e significa condução da criança. Esse nome era dada ao escravo

que tinha por função levar crianças e jovens ao local de estudo. O Pedagogo era

quem conduzia, mas não quem ensinava. A função de ensinar era do preceptor.

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Neste contexto, a finalidade deste artigo tem por objetivo apresentar a

atuação do Pedagogo na inclusão do deficiente visual no mercado de trabalho. Para

isso, foi feito um acompanhamento do trabalho desenvolvido pela Associação das

Mulheres Unimed de Lins (AMUL) na assistência deste, visando à melhora da

qualidade de vida dessas pessoas.

O trabalho consistiu em observar as atividades desenvolvidas com as

pessoas assistidas por essa Instituição, bem como fazer entrevista com um

deficiente visual inserido no mercado de trabalho.

Conta-nos a evolução da história da pedagogia, os diferentes campos de

atuação do Pedagogo e os aspectos legais da profissão. Discutindo a deficiência

visual e a inclusão social dessa parcela da população bem como os recursos

disponíveis para realização de atividades diárias.

Descreve a história e o trabalho que essa Instituição desenvolve com os

deficientes visuais na cidade de Lins/SP. O trabalho de orientação é realizado por

uma Pedagoga profissional na inclusão do deficiente visual no mercado de trabalho.

Origem da Pedagogia

A Pedagogia é derivada de três palavras gregas: pais ou paidos que significa

criança; agein que significa conduzir e logos que significa tratado ou ciência.

Compreende-se como condução da criança, onde os escravos eram quem levavam

as crianças e os jovens aos locais de estudo. Quem instruía os conduzidos era o

preceptor.

Quando os romanos invadiram a Grécia, tinham uma educação avançada, os

mesmos confiaram à educação dos seus filhos a grego-escravos, nos quais muitos

eram: oradores, sábios, filósofos, matemáticos, pintores, entre outros.

A condução ao saber, uma preocupação de como, meios, maneiras e formas

de conduzir o homem a adquirir conhecimentos, explica Ghiraldelli (1987, p. 9).

[...] Assim, a pedagogia vincula-se aos problemas metodológicos relativos ao como ensinar, a o que ensinar e, também, ao quando ensinar e para quem ensinar. Ou, a pedagogia consubstancia-se no pólo teórico da problemática educacional. Eu poderia afirmar, grosso modo, que a pedagogia é a teoria, enquanto a educação é a prática.

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Com a desaparição da escravidão, o Pedagogo-Escravo deixou de subsistir, e

adquiriu o nome de Pedagogo.

Sendo a instrução de difícil acesso, estes pedagogos/estudantes começaram

a lecionar/instruir/ensinar outras crianças da imediação, reunindo-os aos filhos dos

donos dos palácios onde trabalhavam, foi assim, que surgiu às primeiras escolas

particulares.

A Pedagogia está alicerçada em uma concepção desenvolvida de Educação

que sucede em todos os âmbitos, campos e contextos da vida individual, social e

cultural humana. Temos três aspectos especificamente: educação informal, não-

formal e formal. Libâneo (2008, p. 31) as distingue do seguinte modo:

[...] A educação informal corresponderia a ações e influências exercidas pelo meio, pelo ambiente sociocultural, e que se desenvolve por meio das relações dos indivíduos e grupos com seu ambiente humano, social, ecológico, físico e cultural, das quais resultam conhecimentos, experiências, práticas, mas que não estão ligadas especificamente a uma instituição, nem são intencionais e organizadas. A educação não-formal seria realizada em instituições educativas fora dos marcos institucionais, mas com certo grau de sistematização e estruturação. A educação formal compreenderia instâncias de formação, escolares ou não, onde há objetivos educativos explícitos e uma ação intencional institucionalizada, estruturada, sistemática.

Atualmente o Pedagogo é o profissional em Pedagogia (Ciência e a Arte da

Educação), sendo, um profissional para guiar o comportamento humano, não

somente o das crianças, outorgando a orientação aos objetivos da educação, no

processo de formação da personalidade do homem equilibrado. Está sendo

explicado conforme previsto no artigo nº 2, da Resolução CNE/CP Nº 1, de 15 de

maio de 2006, que institui Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de

graduação em Pedagogia, licenciatura:

Art. 2º As Diretrizes Curriculares para o curso de Pedagogia aplicam-se à formação inicial para o exercício da docência na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, e em cursos de Educação Profissional na área de serviços e apoio escolar, bem como em outras áreas nas quais sejam previstos conhecimentos pedagógicos. (BRASIL, 2006, p. 1)

Há espaços onde carecem de ideias pedagógicas, diz-se que a formação do

Pedagogo está centrada especialmente dentro das salas de aulas, entretanto, na

ação profissional conforme está descrito nas Diretrizes Curriculares Nacionais

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(DCNs) para Educação Básica, o exercício pedagógico pode ser realizado fora da

dimensão escolar.

Para maiores esclarecimentos serão destacados dois documentos: a Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) 9394/96 e as Diretrizes

Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia. Destaca-se que é a Constituição

Federal de 1988 que irá respaldar a elaboração da Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional, que no art. 205 estabelece que:

A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1988, p. 3)

O referido documento acima, mostra um resumo da história do curso de

Pedagogia, onde o mesmo leva em conta que essa licenciatura vem desenvolvendo

experiências de formação inicial e continuada para os profissionais atuantes, para

atuar com crianças, jovens e adultos, expondo hoje a importância, com extensas

habilitações para atuar fora da sala de aula e do meio escolar.

O projeto pedagógico de cada instituição deverá circunscrever áreas ou modalidades de ensino que proporcionem aprofundamento de estudos, sempre a partir da formação comum da docência na Educação Básica e com objetivos próprios do curso de Pedagogia. Consequentemente, dependendo das necessidades e interesses locais e regionais, neste curso, poderão ser especialmente, aprofundadas questões que devem estar presentes na formação de todos os educadores, relativas, entre outras, a educação à distância; educação de pessoas com necessidades educacionais especiais; educação de pessoas jovens e adultas, educação étnico-racial; educação indígena; educação nos remanescentes de quilombos; educação do campo; educação hospitalar; educação prisional; educação comunitária ou popular. (BRASIL, 2006, p. 15)

Para as Diretrizes Curriculares do Curso de Pedagogia (BRASIL, 2006), as

ações sociais, têm igualmente persistido em provar a legalidade de uma causa de

que os acadêmicos de Pedagogia sejam formados para caucionar a educação,

tendo em vista à inclusão plena, das partes historicamente rejeitados nos direitos

sociais, culturais, econômicos, políticos.

É central a participação na gestão de processos educativos, na organização e funcionamento de sistemas e de instituições de ensino, com a perspectiva de uma organização democrática, em que a co-responsabilidade e a colaboração são os constituintes maiores das relações de trabalho e do poder coletivo e institucional, com vistas a garantir iguais direitos, reconhecimento e valorização das diferentes dimensões que compõem a

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diversidade da sociedade, assegurando comunicação, discussão, crítica, propostas dos diferentes segmentos das instituições educacionais escolares e não-escolares. (BRASIL, 2006, p. 22 )

Fora das paredes de uma escola existem novas áreas de atuação do

Pedagogo: Pedagogia Empresarial, Social e Hospitalar.

Na Pedagogia Empresarial, nas empresas privadas ou públicas, a

competência evidencia-se como ferramenta de capacidade e produtividade,

coerentemente a necessidade de qualificação e desenvolvimento de competências

dos funcionários.

Com isso aparecem vários desafios para as empresas que necessitam de

especialistas polivalentes para completar as mais variadas buscas, em que é

essencial a busca de recursos projetados dentro e fora da empresa como um

diferencial, favorecendo o desenvolvimento de atitudes e habilidades solicitadas no

âmbito da sociedade contemporânea que solicita muito mais que técnicos e

operadores de máquinas.

Neste meio é fundamental a presença do pedagogo administrando pelos

meios legais de caráter educativo, referidos ao progresso do trabalhador com

habilitação, além de avaliar e diagnosticar permanentemente futuras necessidades

ou falhas indicando metodologias adequadas ao contexto empresa.

Na Pedagogia social, a inclusão social mostra-se como um modelo que

mobiliza esforços a fim de oferecer a todos, o direito ao exercício da cidadania em

sua plenitude, as esferas sociais, sustentada pelos ensinamentos do respeito à

pluralidade, a igualdade, a aceitação e a valorização da particularidade humana na

convivência social, a inclusão social fundada basicamente na elaboração de uma

sociedade com oportunidades civil, política e moral, os setores sem qualquer

distinção por origem nacional, sexual, de religião, gênero, cor, idade, raça ou

deficiência representada pelo termo diversidade.

Já na Pedagogia Hospitalar, observando que o ponto central do Pedagogo é a

educação, o núcleo de seu trabalho baseia-se na integração do sistema ensino-

aprendizagem que está atualmente nos mais variados espaços, não precisando

obedecer a um método sistemático, o que é nomeado como educação não formal,

sendo um setor relativamente novo, que oferece ao pedagogo atuação em

Organizações Não Governamentais (Ongs) e hospitais, por meio da Pedagogia

Hospitalar.

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Nas Ongs, o Pedagogo trabalha dando cursos e palestras, e realizando

projetos com fins pedagógicos, através de habilidades que supram as necessidades

do público alvo, com o propósito de promover uma educação humanizadora para o

pleno exercício da cidadania das pessoas assistidas pela organização.

O Pedagogo Hospitalar age na programação, no planejamento e na execução

de projetos pedagógicos, atividades lúdicas e estratégias que tem em vista a uma

melhor e mais eficaz socialização dos indivíduos que ficam internados e

impossibilitados de comparecer à escola, todavia, ele não será o único responsável

pelo conteúdo a ser dado, mas deve abrir espaço para que os assistidos se

expressem e socializem aquilo que eles consideram pertinente e desejam expor

neste espaço de ensino-aprendizagem.

Deficiência Visual

A Deficiência Visual é uma perda do Sistema Visual, podendo ser total ou

parcial, variando conforme as suas origens como: traumatismo/acidentes, doença,

má formação, deficiência de nutrição ou causas naturais, tais como: congênita,

adquirida, ou hereditária. Ocorre-se por uma redução ou em uma perda da

habilidade para poder realizar tarefas visuais mais simples, por exemplo ler ou

reconhecer rostos.

Pode-se cogitar que uma pessoa é cega quando não possui potencial total de

visão, mas que pode, muitas vezes, ter um discernimento da luminosidade. Há três

tipos de cegueira: a congénita (se surge dos 0 ao 1 ano de idade); a precoce (se

surge entre o 1º e o 3º ano de idade) e a adquirida (se surge após os 3 anos de

idade).

Existem variados níveis de cegueira, são elas:

Cegueira congênita: dada a privação ou reduzido referencial visual (imagem

mental), a pessoa faz uma reflexão internalizada do ambiente (cores, perspectivas,

volumes, relevos); o indivíduo não tem um conceito do ambiente visual.

Cegueira adquirida: também nomeada de cegueira tardia ou recente, o

indivíduo tem toda uma riqueza visual anterior à cegueira; existe representação de

um objeto ou de um ambiente por analogia. Sendo as causas as mais variadas:

catarata, glaucoma, degeneração macular relacionada à idade, opacidade da

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córnea, retinopatia diabética, cegueira infantil, tracoma e oncocercos.

Deste modo, deficiente visual para sobreviver aumenta mais a utilização dos

outros sentidos (tato, paladar, audição e olfato), sendo esse um desenvolvimento

natural de adaptação, onde o mesmo ainda utiliza a intuição, a criatividade e a

capacidade inata de formar imagens mesmo sem enxergar.

Existem variados recursos/aparelhos para pessoa com deficiência visual,

utilizado pelo Pedagogo para desenvolver a autonomia da mesma, são elas; a

bengala com sensor, é uma ferramenta muito conveniente para o deficiente visual,

ela auxilia o indivíduo a se locomover em ambientes estranhos, o assinado, é um

instrumento utilizado para auxiliar o deficiente visual a escrever em letra cursiva o

próprio nome, assinar um cheque, e fazer outras atividades em que se torna

necessária à escrita convencional, o sorobã é um instrumento de sistema de escrita

numérica, onde se podem fazer cálculos, a escrita braile pode ser feita de duas

maneiras, a primeira manualmente e a segunda por meio de maquina de datilografia,

lupa manual, de mesa ou bancada, é um instrumento óptico de vários modelos,

composto por uma lente com capacidade de produzir imagens ampliadas, para

auxiliar na perfeita visualização de pequenos objetos e o cão-guia, é um cão de

assistência, sendo ele um animal adestrado para guiar indivíduos cegos ou com

deficiência visual grave, podendo auxiliá-los também nas tarefas caseiras.

A informática vem auxiliando os deficientes visuais, por isso, vêm sendo

desenvolvidos vários programas para essa função, tais como: leitores de telas, entre

eles o Virtual Vision, Jaws, Windows Bridge e também, os que falam as informações

escritas na tela para que possam ser usadas no Word, na agenda ou qualquer outro

programa do Windows, entre eles o mais atual é o DOSVOX.

DOSVOX é um programa de computador elaborado para o uso dos

deficientes visuais, que funciona sob o Windows, sendo um método que o

computador ‘conversa’ com o usuário por meio de comandos simples, o deficiente

pode interagir facilmente com o mesmo em uma semana de uso, a pessoa já está

apta a fazer suas atividades normais.

O seguimento mais frequente ao educando portador de deficiência visual, seja

ele, de baixa visão ou cegueira total, será:

Na classe regular: um local de ensino/aprendizagem, no qual o portador de

deficiência será matriculado, em meio de inclusão, desde o mesmo esteja em um

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estado favorável para participar e desenvolver as propostas curriculares

programadas do ensino comum no mesmo compasso que os demais alunos.

A sala de recursos multifuncionais: uma sala onde se é oferecido à

suplementação/complementação do atendimento educacional especializado

realizado no horário inverso da classe regular, sendo esse atendimento

individualizado ou em pequenos grupos.

Conteúdos e materiais aplicados nas salas de recursos multifuncionais para o

atendimento educacional especializado: Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS;

Língua Portuguesa na modalidade escrita; Sistema Braille; Orientação e mobilidade;

Tecnologias de informação e de comunicação (TICS) acessíveis; Produção de

materiais táteis (desenhos, mapas, gráficos); Sorobã (ábaco); Recursos ópticos e

não ópticos; Produção de textos escritos com caracteres ampliados; Materiais com

contraste visual; Comunicação alternativa e aumentativa – CAA; Recursos

pedagógicos acessíveis; Desenvolvimento de processos educativos que favoreçam

a atividade cognitiva; Alfabeto digital, Braille tátil, Tadoma, entre outros.

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (Brasil, 1999, p.44),

essas adaptações do currículo para a aprendizagem do aluno são:

criar condições físicas, ambientais e materiais para o aluno na sua unidade escolar de atendimento; propiciar os melhores níveis de comunicação e interação com as pessoas com as quais convive na comunidade escolar; favorecer a participação nas atividades escolares; propiciar o mobiliário específico necessário; fornecer ou atuar para a aquisição dos equipamentos e recursos materiais específicos necessários; adaptar materiais de uso comum em sala de aula; adotar sistemas de comunicação alternativos para os alunos impedidos de comunicação oral (no processo de ensino-aprendizagem e na avaliação). (BRASIL, 1999, p. 44)

Ainda que com a Lei de Inclusão Social – que desde 2004, vem impondo as

empresas públicas e privadas com mais de 100 funcionários a ofertar de 2% a 5%

de suas vagas para todos os tipos de deficientes.

A Lei de Cotas, nº 8.213/91, (BRASIL,1991, p. 1) traz em seu artigo 93 a

seguinte definição:Art. 93: a empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção:I - até 200 empregados, 2%;

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II - de 201 a 500,3%;III - de 501 a 1.000,4%;IV - de 1.001 em diante, 5%.§ 1º - A dispensa de trabalhador reabilitado ou de deficiente habilitado ao final de contrato por prazo determinado de mais de 90 (noventa) dias, e a imotivada, no contrato por prazo indeterminado, só poderá ocorrer após a contratação de substituto de condição semelhante.§ 2º - O Ministério do Trabalho e da Previdência Social deverá gerar estatísticas sobre o total de empregados e as vagas preenchidas por reabilitados e deficientes habilitados, fornecendo-as, quando solicitadas, aos sindicatos ou entidades representativas dos empregados.

Através do trabalho, da capacidade de produzir, a pessoa com deficiência

pode se tornar um cidadão com direitos e deveres e obter reconhecimento social.

Como diz no Decreto nº 3.298/99, art. 3º, Inciso III:Incapacidade por sua vez, e conceituada como redução efetiva e acentuada da capacidade de integração social, com necessidade de equipamentos, adaptações, meios ou recursos especiais para que a pessoa portadora de deficiência possa receber ou transmitir informações necessárias ao seu bem estar pessoal e ao desempenho de função ou atividade a ser exercida.: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d329.htm Acesso em:20/03/2014.

A inclusão do deficiente não deve acontecer somente na comunidade, mas,

também nas instituições de ensino e principalmente no mercado de trabalho, onde a

pessoa com deficiência irá colocar suas habilidades em prática, se desenvolver e

buscar atingir seus objetivos.

Para demonstrar que as habilidades e competências do pedagogo podem

ajudar os deficientes visuais em sua inclusão no mercado de trabalho, foi realizada

uma pesquisa de campo na AMUL, no período de janeiro a abril de 2014.

Para realização da pesquisa foram utilizados os seguintes métodos e

técnicas:

Método de estudo de caso: foi realizada uma pesquisa de campo na AMUL,

com o objetivo de verificar os aspectos voltados à inclusão do deficiente visual no

mercado de trabalho.

Método de Observação Sistemática: foram observados os aspectos

relacionados à adaptação e envolvimento da pessoa com deficiência visual na

empresa.

Para eficiência dos métodos foram utilizadas as seguintes técnicas: Roteiro

de Estudo de Caso; Roteiro de Observação Sistemática; Roteiro de Entrevista para

o Deficiente Visual; Roteiro de Entrevista para o Pedagogo; Roteiro de Entrevista

para o Empregador; Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

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A AMUL (Associação da Mulher de Lins) fundada em 17 de setembro de

2002, é uma entidade sem fins econômicos que atua em diversos projetos de

responsabilidade social à comunidade, por meio do trabalho voluntário, buscando

seu papel na sociedade como agente de transformação social. As associadas são

mulheres ligadas ao Sistema Unimed (colaboradoras, prestadoras de serviços,

esposas de médicos e outras) e quaisquer voluntárias que queiram engajar em sua

proposta de trabalho. Os valores da associação são: ética; comprometimento;

transparência; responsabilidade e compartilhamento de suas ações.

Entre os projetos desenvolvidos na AMUL, destacam-se os Programas: Vida

Iluminada, Curso de Braille e muitas ações relacionadas à inserção, capacitação e

independência da pessoa com deficiência visual.

Hoje a AMUL conta com 25 Deficientes Visuais (DV) atendidos diretamente e

75 assistidos. Ela consolidou o seu projeto referente à inclusão social, educacional e

profissional da pessoa com deficiência visual por meio do Programa Vida Iluminada.

O programa tem como objetivo: oferecer oportunidades para seus assistidos,

em vivenciar novas experiências que venham contribuir para sua autoestima;

autoconfiança.

Uma das conquistas da Associação da Mulher Unimed – AMUs (ao todo são

34 no Estado de São Paulo) é o Teste do Olhinho, Lei Municipal 4.896/2006 e Lei

Estadual 12.551/2007. Em 2006, a AMUL doou aparelhos para a realização dos

testes para a Santa Casa de Lins, Cafelândia e Hospital Geral de Promissão.

Curso Braille para Multiplicadores

O curso tem como conteúdo programático um breve histórico do Sistema

Braille, grafia Braille, o código Braille na matemática – sinais básicos e o uso da

reglete, punção e máquina de datilografia Braille.

Acompanhou-se o trabalho realizado pela pedagoga entrevistada, realizado

no Horto Municipal de Lins, onde ela faz um treinamento com as pessoas com

deficiência visual, como: uso correto da bengala, reconhecimento dos diferentes

tipos de chãos paralelepípedos, de terra, na trilha em meio à vegetação e o

reconhecimento com as mãos das diferentes texturas e dos animais que lá se

encontram em exposição.

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O Instituto Agires – Casa de Cultura e Cidadania de Lins, fundada em 26 de

junho de 2008, a unidade Lins do projeto Casa de Cultura e Cidadania atende

atualmente crianças e jovens, na faixa etária de 06 a 17 anos, com 620 vagas para

os cursos de Artes Digitais, Música, Circo, Teatro e Ginástica Artística.

A mãe participa de três reuniões anuais. A criança e o adolescente, após três

faltas perde a vaga no projeto. A lista de espera para participação no projeto é de

108 crianças.

Além das atividades regulares, o projeto oferece à comunidade atendimento

em oficinas de geração de renda, cursos de capacitação técnica, oficinas culturais

de Violão, Canto e Coral, Acesso Digital, Projeto Montagens, EJA (Educação de

Jovens e Adultos), encontros comunitários, palestras e atividades de ampliação.

Entre os anos de 2008 e 2012, a unidade ofereceu cerca de 210 mil

atendimentos nas atividades aberta a comunidade.

Para realização das entrevistas, foi muito importante o primeiro contato com a

Pedagoga responsável pela formação e treinamento dos participantes do projeto. A

presença da pessoa com deficiência visual juntamente com a responsável pela

empresa empregadora, também foi relevante, para que fosse possível uma interação

entre os participantes e perceber a visão de cada um sobre a inclusão do deficiente

no mercado de trabalho.

Neste contexto, serão apresentados os resultados obtidos por meio da

entrevista e a discussão com a literatura consultada.

A entrevistada, Daniela é Pedagoga e pós-graduada em Educação Especial

Inclusiva e Especialista em Atendimento Educacional Especializado de Deficiente

Visual.

Trabalha na AMUL há oito anos e é a responsável pela formação dos

assistidos. Um dos principais objetivos da sua função é capacitar o deficiente visual

para o mercado de trabalho. Para tanto, ela procura trabalhar o desenvolvimento da

independência, da autonomia, que se possa garantir igualdade de oportunidade para

estas pessoas na vida profissional.

Atividades de vida diária (ir e vir para o trabalho, casa, comer, ir ao mercado,

pagar uma conta entre outras), informática (programa Dos Vox), áudio livro, áudio

descrição são alguns entre tantos outros recursos utilizados pela pedagoga para dar

essa independência ao DV. Lazer, jogos, gincanas, participação em campeonatos e

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outros também fazem parte da programação da AMUL. Segundo a pedagoga, a

inclusão deve estar em todos os lugares, os DVs e os sem deficiência devem ocupar

um mesmo espaço. Isso é um crescimento para ambos.

A maior dificuldade que o pedagogo encontra para a capacitação é com o

deficiente visual total, com este público, faz-se necessário trabalhar todos os

conceitos e neste caso, criar conceitos. O foco da AMUL é trabalhar com adultos e

isso torna essa prática mais difícil, pois o DV na maioria das vezes chega sem

nenhum conceito. Porém, o pedagogo auxilia no sentido de encontrar formas

metodológicas para que se possa atingir o objeto proposto.

Quanto à contratação e a aceitação das empresas em incluir um deficiente

visual ainda é pequena. Segundo a pedagoga, o deficiente visual é o que tem menor

índice de contração no mercado de trabalho, por conta dos investimentos

necessários, para garantir a acessibilidade e segurança no ambiente profissional.

As orientações e metodologias utilizadas pelo pedagogo para inserir o

deficiente nas empresas, são importantes, pois facilitam o seu entendimento e gera

uma relação de confiança entre os deficientes, pedagogo e empregador.

A AMUL procura as empresas para tentar parceiras e inserir o deficiente

visual no mercado de trabalho. A vaga disponível tem que ser uma oportunidade

igualitária para quem tem deficiência ou não.

Por conta da Lei de Cotas para deficientes, que determina uma cota mínima

para pessoas com alguma deficiência em empresas com mais de 100 empregados.

Isso trouxe benefícios para muitos deficientes que foram colocados no mercado de

trabalho e estas precisam contratar uma pessoa com deficiência.

A pessoa com deficiência visual foi contrata para serviços gerais, mas como é

bem ágil, tem habilidade com informática tem trabalhado a maior parte no

administrado e num futuro próximo ficará no administrativo, seu horário foi adaptado

privilegiando o horário de estudo, a casa que se adaptou com o horário dela.

A casa da cultura de Lins deu prioridade ao horário de estudo da funcionária

(deficiente visual), pois, estava atrasada, havia sido diagnosticada como deficiente

intelectual, tendo sido depois diagnosticada como deficiente visual.

A funcionária presta um bom atendimento às crianças, sendo regra da casa,

estas são prioridades, as mães devem comparecer em três reuniões anuais,

assistindo palestras.

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Às quartas-feiras há capacitação e todos expõem suas ideias, a cada dois

meses todos os arte educadores têm formação. A Casa da Cultura e Cidadania

oferece curso de percussão e violão à pessoas com deficiência visual, atendida pela

AMUL. Objetivo é oferecer aos alunos o conhecimento e manuseio do instrumento

de percussão, reciclável e orgânico.

A Casa da Cultura e Cidadania atende crianças com vários tipos de

deficiência Síndrome de Down, Hidrocefalia, entre outras.

A voluntária desta pesquisa, diagnosticada com baixa visão, concluiu o ensino

médio em 2013. A família percebeu que ela tinha baixa visão após ter reprovado

dois anos no ensino fundamental. A escola encaminhou-a ao AMUL com nove anos.

Já incluída no programa, ela recebeu orientação quanto a baixa visão,

realizou todos as consultas e exames necessários para receber os óculos e as

lentes e a partir dai, a preparação para a inclusão no mercado de trabalho.

Pelo Programa Ação Jovem, realizou vários cursos na área de informática.

Segundo a DV, a AMUL contribui de maneira significativa para a inserção dela

no mercado de trabalho. Na primeira entrevista intermediada pela pedagoga da

AMUL ela já foi contratada e está há um ano e três meses na Agires.

Ela se sente muito feliz pela oportunidade, pois pode contribuir com a renda

familiar e também ganhar experiências para que novos postos e outros empregos

possam ser alcançados por ela.

Quanto ao futuro, ela pretende fazer faculdade de informática.

O trabalho que ela desenvolve na Agires é de muita qualidade, além dos

serviços gerais, ela ajuda também no arquivo de documentos e onde for preciso.

Para a DV, a inclusão do mercado de trabalho, a aceitação das pessoas, todo

o processo de orientação da AMUL, são de extrema importância para seu

autorreconhecimento, sua autoestima e sua profissionalização.

Percebe-se que o DV não tem muitas chances de empregabilidade, pois na

maioria das vezes, as empresas necessitam realizar adaptações na estrutura física e

nos equipamentos utilizados, para que estes tenham as mesmas condições de

desenvolver o trabalho de quem não tem nenhuma deficiência.

Propõe-se um grupo de profissionais de recursos humanos das empresas,

onde o pedagogo possa esclarecer as possibilidades de atividades desenvolvidas

pelo DV, as leis de cotas, as vantagens e como este inclusão pode também

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melhorar o clima organizacional das empresas.

CONCLUSÃO

A atuação do Pedagogo para a inclusão do deficiente visual no mercado de

trabalho é de suma importância, pois, é esse profissional que irá capacitar o

individuo deficiente para que tenha condições de se estruturar no meio profissional.

É por meio do trabalho do Pedagogo que a criança ou adulto começará a se

identificar com os materiais disponíveis para a aprendizagem, tanto no ensino

educacional como no ensino profissional.

A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho é um direito

de todos. O trabalho possibilita a inserção do indivíduo em um entrelaçamento de

propriedades e identificações.

O indivíduo se vê e se reconhece no objeto que constrói, seu trabalho é um

modo de estabelecer relações com o outro e de identificar seu mundo, a inclusão no

mundo do trabalho, por meio da política da diferença, pode garantir um

reconhecimento de capacitação de todo cidadão, incluindo-se aí as pessoas com

deficiência visual.

Por meio deste estudo, pode-se comprovar que pessoas com deficiência

visual, quando encontram condições de desenvolver as suas potencialidades e

acreditam em sua competência, não veem a deficiência como obstáculo, mas sim,

em meios de que possam atingir seus objetivos.

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