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    Supply Chain Management 

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    CréditosCentro Universitário Senac São Paulo – Educação Superior a Distância

    Diretor Regional  Mayra Bezerra de Sousa VolpatoLuiz Francisco de Assis Salgado Mônica Maria Penalber de Menezes 

    Mônica Rodrigues dos SantosSuperintendente Universitário Nathália Barros de Souza Santos e de Desenvolvimento  Paula Crisna Bataglia Burani Luiz Carlos Dourado Renata Jessica Galdino

    Sueli Brianezi CarvalhoReitor 

    Thiago Marns Navarro Sidney Zaganin Latorre

    Wallace Roberto Bernardo

    Diretor de Pós Graduação Equipe de Qualidade 

    Daniel Garcia CorreaAparecida Daniele Carvalho do Nascimento 

    Gerentes de Desenvolvimento  Gabriela Souza da Silva 

    Claudio Luiz de Souza Silva Vivian Marns GonçalvesLuciana Bon Duarte

    Coordenador Mulmídia e Audiovisual Roland Anton Zoele 

    Adriano TanganeliSandra Regina Maos Abreu de Freitas

    Equipe de Design Visual Coordenadora de Desenvolvimento

    Adriana MatsudaTecnologias Aplicadas à Educação 

    Caio Souza SantosRegina Helena Ribeiro

    Camila Lazaresko Madrid 

    Coordenador de Operação Carlos Eduardo Toshiaki Kokubo 

    Educação a Distância  Chrisan Ratajczyk Puig 

    Alcir Vilela Junior Danilo Dos Santos Neo 

    Hugo Naoto

    Professor Autor  Inácio de Assis Bento Nehme Marco Antônio da Silva Karina de Morais Vaz Bonna

    Lucas Monachesi Rodrigues Técnico de Desenvolvimento 

    Marcela CorrenteNaiana Guimarães Souza e Silva

    Marcio Rodrigo dos Reis

    Coordenadoras Pedagógicas  Renan Ferreira Alves

    Ariádiny Carolina Brasileiro Silva Renata Mendes Ribeiro 

    Izabella Saadi Ceru Leal Reis  Thalita de Cassia Mendasoli Gave 

    Nivia Pereira Maseri de Moraes Thamires Lopes de Castro 

    Otacilia da Paz Pereira Vandré Luiz dos Santos

    Victor Giriotas Marçon

    Equipe de Design Educacional  William Mordoch

    Adriana Miko do Nascimento Takeu 

    Alexsandra Crisane Santos da Silva  Equipe de Design Mulmídia Angélica Lúcia Kanô Alexandre Lemes da Silva

    Crisna Yurie Takahashi  Cláudia Antônia Guimarães Re

    Diogo Maxwell Santos Felizardo Crisane Marinho de Souza Elisangela Almeida de Souza Eliane Katsumi Gushiken Flaviana Neri Elina Naomi Sakurabu Francisco Shoi Tanaka  Emília Abreu João Francisco Correia de Souza

    Fernando Eduardo Castro da SilvaJuliana Quitério Lopez Salvaia

    Mayra AniyaJussara Crisna Cubbo 

    Michel Iui Navarro Moreno Kamila Harumi Sakurai Simões

    Karen Helena Bueno Lanfranchi Renan Carlos Nunes De Souza

    Katya Marnez Almeida Rodrigo Benites Gonçalves da SilvaLilian Brito Santos Wagner Ferri

    Luciana Marcheze Miguel 

    Mariana Valeria Gulin Melcon

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    Evolução da logísca e conceito de cadeia de suprimento

    Objevos Específcos

    • Compreender a evolução da logísca, idencando os processos relacionados

    à área.

    Temas

    Introdução

    1 A Evolução da logísca

    2 Divisão do processo de logísca

    3 Globalização e logísca integrada

    4 Logísca reversa5 Logísca integrada

    Considerações nais

    Referências

    Professor

    Marco Antonio da Silva

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    Introdução

    Ao longo dos anos, as empresas foram percebendo que o atendimento de um pedido

    para sasfazer o cliente não se resumia apenas ao transporte e à data de entrega de um

    produto. Com o avanço tecnológico e o crescente movimento de globalização, muitas

    mudanças no perl consumidor aconteceram. Na mesma proporção, a logísca foi tornando-

    se uma questão-chave e estratégica nas organizações. Controlar seus produtos desde o

    fabricante até que ele tenha sido colocado à disposição do cliente nal é hoje uma questão

    de manutenção de um negócio em um mercado tão compevo. O planejamento estratégico

    elaborado pelas empresas para dar conta de responder sobre suprimentos, armazenagem,

    produção e distribuição tem cada vez mais importância na gestão empresarial e aliar esse

    planejamento à qualidade de serviços faz a diferença na concorrência. A evolução da logísca

    e o gerenciamento da cadeia de suprimentos serão estudados nesta aula e, de maneira muitoclara, será possível perceber sua importância para as organizações.

    1 A Evolução da logística

    Qual a importância da logísca nas organizações de hoje? Que ganhos a logísca pode

    trazer para as empresas e como ela pode responder às necessidades dos consumidores?

    Para entender isso, falemos sobre a evolução da logísca no decorrer dos tempos. Tomando

    como base um hipermercado; nem sempre esse po de avidade colocou à disposição de

    seus clientes as facilidades que encontramos hoje. É possível encontrar em um hipermercado

    roupas, eletrodoméscos, eletroeletrônicos, frutas e legumes, além de produtos para carros,

    entre outros.

    E o que mais encontramos na estrutura atual de um hipermercado? Podemos ter acesso a

    serviços como posto de gasolina, lavagem de automóvel, instalação de som, estacionamento,

    entre tantas outras facilidades. Isso nos remete a deduzir que essas facilidades como serviços

    agregados e a possibilidade de variedades de produtos e segmentos atraem os consumidores

    que acabam optando por determinado hipermercado pelo fato de, muitas vezes, ele estar

    localizado no caminho de casa, ter as marcas que costuma consumir, preço, facilidades e

    outros atravos.

    Nesse exemplo se percebe como a logísca pode favorecer os negócios e, em um mundo

    globalizado condicionado a mudanças, crises e instabilidades, o perl consumidor se altera

    para se adaptar aos novos tempos. Mas nem sempre foi assim e há muito tempo a logísca

    vem transformando-se até assumir denivamente um papel estratégico nas organizações,

    passando a ser parte importante e essencial do sucesso de muitas empresas. É possível ver a

    logísca em qualquer segmento de negócio e em qualquer tamanho de empresa.

    Uma busca constante por parte das empresas para redução de prazos que pudessem ser

    transferidos em ganhos aos clientes, mas sem comprometer a qualidade do trabalho e

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    produtos, foi inserindo uma transformação nos sitemas de fabricação. A busca pela redução

    do tempo de processos, a melhora na administração dos estoques intermediários, a alteração

    no processo produvo e o layout   nas empresas veram como consequência, entre outras

    coisas, a melhoria das ferramentas de produção, novas tecnologias em bens de capital

    (máquinas) e ainda possibilitaram o desenvolvimento de sofwares  de gestão para o

    gerenciamento desse processo. As empresas foram percebendo que era preciso ser eciente

    e atender aos pedidos de seus clientes de maneira cada vez mais rápida, com custo compevo

    e qualidade.

    E de fato que mudança isso causou na gestão empresarial?

    Inuenciou o surgimento do gerenciamento da cadeia de suprimentos que se traduziu

    em ganhos à medida que os porcessos produvos foram vistos de maneira diferente e os

    tempos dispendidos nos processos foram diminuídos.

    Será que essa transformação dependia exclusivamente de uma só empresa? E seus

    parceiros, que papel teriam nessa transformação e no gerenciamento da cadeia desuprimentos?

    Os objevos de melhoria em processos logíscos naturalmente seguiriam um caminho

    de evolução constante e os ganhos não parariam com o surgimento do gerenciamento da

    cadeia de suprimentos. Para obter resultados, era preciso envolver todos os parcipantes da

    cadeia de suprimentos. Sendo assim, as empresas entenderam que, para manter sua posição

    de compevidade no mercado, era necessário trazer para perto seus perceiros fornecedores

    e distribuidores, por exemplo. Dessa forma, as empresas evoluiriam para entender que sua

    eciência no mercado seria medida comparando cada uma das etapas de seu processologísco e o de seus parceiros com os processos desenvolvidos por seus concorrentes. Ao

    administrar todas as etapas da cadeia de suprimentos, a empresa seria capaz de agregar valor

    a seus produtos e obter uma posição de destaque no mercado à medida que se diferenciava

    da concorrência.

    Essa transição foi a base sólida necessária para que, ao evoluir, a logísca passasse a

    englobar todas as operações de suprimento, produção, armazenagem e distribuição, não

    sendo mais entendida apenas como o transporte de mercadorias.

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    1.1 Um pouco de história

    A logísca tem origem ainda no século XVIII, quando os generais eram responsáveis por

    abastecer os campos de batalhas. Era necessário disponibilizar suprimentos e material bélico

    e, por isso, a logísca surgiu como essencial para o cumprimento dessas tarefas.

    Como você entende a logísca nessa época, relacionada à guerra?

    A logísca era entendida como uma operação de transporte que durou por muito tempo.

    Mesmo assim, o objevo era o de disponibilizar suprimentos e materiais de guerra seguindo

    um planejamento de abastecimento em tempo, hora e local certos. O general von Claussen, de

    Frederico da Prússia e mais tarde a CIA e professores da Universidade de Harvard aplicariam

    esse conceito no meio industrial.

    O conceito no meio industrial contribuiu para que, em 1950, professores da Universidade

    de Harvard o aplicassem nas cadeiras de Administração e Engenharia. E que relação podemos

    fazer entre a logísca nas guerras e o meio industrial? Foi justamente a parr das guerras que

    se deu o interesse pelo estudo da logísca.

    A ideia da logísca ocorreu na década de 1950, no momento em que as empresas se

    estruturaram em departamentos de compras, administração de materiais, armazenagem,

    transporte, serviço ao cliente, markeng etc., cada qual com suas avidades especícas.

    Nesse momento percebem-se as avidades integradas da logísca: suprimentos, produção,

    armazenagem e distribuição, e a importância de promover uma integração entre as áreas

    relacionadas à ideia de logísca.

    A parr da década de 1960 e durante a década de 1970, os angos departamentos

    começam a se fundir buscando aperfeiçoar suas avidades, e o que antes era distribuído

    sicamente em duas áreas — administração de materiais, armazenagem e transporte de um

    lado e do outro as áreas de compras, serviços ao cliente e markeng — deu origem a uma

    única área — a de logísca. Essa mudança deixou claro que logísca não se resumiria apenas a

    transportar mercadorias e, aos poucos, foi assumindo seu papel de diferencial estratégico nas

    organizações. Com isso, as empresas também veram a necessidade de mudar sua forma de

    administrar as avidades logíscas, o que causou mudanças no perl execuvo das empresas.

    Na década de 1980 com o advento da Internet e da evolução tecnológica, a logísca assumeseu papel essencial na administração do uxo de materiais e de informações. Esta foi uma

    época de transformação tecnológica na qual empresas gigantes do setor de suprimentos de

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    informáca perceberam que os lucros não estariam mais na venda, por exemplo, de PCs,

    mas sim na oferta de serviços de tecnologia que passariam a representar muito em termos

    de lucravidade. Essa mudança de visão em serviços tecnológicos beneciou a evolução

    logísca e contribuiu para que, mais tarde, as avidades integradas fossem administradas

    com eciência e em tempo real.

    A agregação de valor relacionava-se com a associação das operações de compras,

    administração de materiais, armazenagem, transporte, markeng e apoio ao cliente aos

    conceitos de colaboração entre empresas parceiras com o objevo comum de minimizar

    custos e maximizar ganhos e a virtualização das informações.

    Esse processo se deu por conta da evolução connua da logísca, agora inuenciada

    pela Internet e pela globalização, e remete as empresas para a necessidade da administração

    de materiais até o atendimento do cliente, dando sequência a um processo de evolução degestão logísca natural em que a responsabilidade pelo uxo de informações e materiais

    fosse distribuída entre as áreas e os envolvidos, ou seja, a parcipação de fornecedores,

    fábrica, distribuição, atendimento ao cliente e, posteriormente, envolveria a logísca reversa.

    A integração entre os parcipantes de uma cadeia logísca assumia papel essencial para a

    busca dos objevos e a manutenção da compevidade no mercado. O perl execuvo que

    desse conta dessa integração teria papel importante nos resultados esperados em relação à

    concorrência.

    2 Divisão do processo de logística

    Como, anal, a logísca se apresenta hoje? Quais avidades ela envolve considerando

    um mundo no qual o perl consumidor está condicionado a mudanças muito mais frequentes

    do que na década de 1980? Como a globalização inuencia o consumo? Se considerarmos

    que o consumidor atualmente tem como opção de compra o mundo inteiro, a logísca deve

    dar conta de atender a todas essas necessidades e mudanças. A evolução tecnológica e a

    globalização, apesar de terem papel importante nas decisões sobre a condução da logísca,

    não teriam bons resultados sem a colaboração entre as empresas. O que dene hoje ocontexto da logísca é a combinação desses fatores: tecnologia, globalização e integração.

    O contexto de logísca se apresenta hoje da seguinte forma:

    1. Logísca interna.

    2. Logísca corporava e empresarial.

    3. Logísca de cadeia de suprimentos.

    4. Logísca global.

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    • A logísca interna  envolve o uxo de materiais com foco nos processos internos,

    envolvendo o recebimento, a estocagem, a produção, a armazenagem e a expedição

    de produtos. A anga administração de materiais ganhou novo contexto, assumindo

    seu papel estratégico na cadeia de suprimentos.

    • A logísca corporava, geralmente relacionada a mulnacionais que possuem uma

    políca corporava, envolve o uxo de materiais e as informações entre os setores

    funcionais da empresa e suas unidades de negócios. Em uma mulnacional, o arranjo

    organizacional pode estar em diferentes locais ou mesmo diferentes países, o que se

    torna um ingrediente a mais para a administração eciente das operações logíscas.

    Controlar o uxo de informações, de recursos e nanceiro, nesse caso, é uma tarefa

    mais complexa do que em empresas menores.

    • A logísca da cadeia de suprimentos trata do uxo de materiais e de informaçõesentre o consumidor e o fornecedor. Nesse contexto, a logísca envolve não só o

    processo de fabricação, armazenagem e distribuição de materiais, mas também

    o atendimento ao consumidor nal e a seus fornecedores de primeiro e segundo

    níveis, respecvamente, pois são eles que atendem diretamente às necessidades da

    empresa e aos fornecedores dos fornecedores. Voltando ao que vimos anteriormente,

    aqui é possível observar de maneira mais clara a necessidade de integração entre os

    parcipantes da logísca e o quanto a eciência na administração das informações

    entre eles será fundamental para os resultados.

    • A logísca global envolve o uxo de materiais e informações entre os consumidores

    e fornecedores globais. Isso ocorre com empresas que atendem consumidores em

    outros países. Nesse contexto, as estratégias logíscas de uma empresa global devem

    estar alinhadas com o desenvolvimento do comércio internacional que, com o passar

    dos anos, impulsionou o comércio global gerando demandas em diversos países. Os

    objevos da logísca global certamente passam por diminuir o tempo de viagem de

    uma carga, cortar custos e aumentar a eciência logísca, considerando-se os diversos

    pos de cargas e suas parcularidades, o que só é conseguido se uma empresa

    global trabalhar com fornecedores que possam atender às suas diversas unidades denegócios em qualquer parte do mundo. Comparado aos outros contextos estudados,

    é possível enxergar a diferente complexidade que há na logísca global e quantos

    ingredientes novos devem ser movos de preocupação dos administradores.

    Essa divisão veio ao longo dos anos sendo adaptada de acordo com as necessidades

    do mercado e, além disso, foi percebida pelas empresas que se adaptaram para se manter,

    oferecendo produtos e serviços que fossem percebidos por seus consumidores e que ao

    mesmo tempo fossem valorizados, e isso se traduziu em diferencial.

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    3 Globalização e logística integrada

    Diante de tantas ações empresariais estrategicamente bem denidas para atendimento

    e pós-venda de clientes, ca claro que, para as empresas, a logísca é uma efeva ferramenta

    de gestão. Um instrumento tão essencial que interliga operação a outras áreas também

    estratégicas em uma empresa, como markeng e vendas.

    Quanto a globalização contribuiu e contribui para esse pensamento sobrea importância da logísca nas empresas? Como se sustentariam as estratégiaspara atendimento de um pedido se a gestão empresarial não pensasse de formaintegrada envolvendo departamentos e áreas-chave?

    Com o processo de globalização surgem cadeias de suprimentos globais, as quais

    possuem uxos de materiais e informações especícos que passam a ser administrados por

    esses processos logíscos. A globalização que sofre inuências, por exemplo, da políca e

    da economia internacional, traz consequências para o mundo dos negócios fazendo surgir

    outras questões e procedimentos relacionados à logísca e à cadeia de suprimentos. É o casoda logísca reversa e da logísca integrada.

    4 Logística reversa

    Será que ainda há o que avançar no desenvolvimento logísco? Que relação você pode

    fazer entre a logísca integrada e a questão da sustentabilidade?

    A logísca reversa envolve o uxo de materiais e informações do consumidor nal atéo ponto de origem ou descarte de um produto. Por exemplo, a indústria de pneus tem o

    compromisso de rerar pneus usados do mercado e, dessa forma, contribui com o meio

    ambiente. Esse processo de rerada é entendido como sendo a logísca reversa. Trata-se

    da rerada de produtos dos consumidores que são entregues em geral para as assistências

    técnicas ou postos de recebimento de produtos denidos pelo fabricante para serem

    avaliados por técnicos especializados e desnados corretamente levando em conta a opção

    economicamente mais viável para o fabricante, responsável por essa avaliação.

    O ponto de vista econômico tem relevância nesse caso. A empresa responsável por

    avaliar o produto e denir, sob o ponto de vista econômico e técnico, qual a desnação mais

    vantajosa para o produto em análise poderá, por exemplo, optar por promover o retorno ao

    mercado, reulizar parte dos componentes que podem ser reaproveitados, reciclar parte do

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    material ou mesmo optar por seu descarte total. Dessa maneira, as empresas desenvolvem

    técnicas para promover a logísca reversa com ganhos aos negócios, além de promover o

    diferencial de valor agregado a seus clientes.

    5 Logística integrada

    Com a evolução da logísca, percebeu-se a necessidade de buscar a integração entre

    as diversas estruturas com base nas divisões vistas nos tópicos anteriores, para omizar

    processos e, consequentemente, os custos das operações logíscas. O sucesso nessa

    empreitada depende de dois fatores:

    a. Liderança em custos.

    b. Diferenciação.

    A liderança em custos consiste em alocar os invesmentos da empresa de maneira a

    estarem alinhados ao desenvolvimento de novos produtos e serviços com o objevo de

    redução de custos de produção. Dessa forma, a empresa será capaz de parcipar do mercado

    oferecendo produtos com preços compevos no mercado. O segredo está na manutenção

    de preço compevo sem comprometer a qualidade daquilo que se vende no mercado.

    A diferenciação está relacionada ao ser diferente do que se tem no mercado. Ao desnar

    invesmento no desenvolvimento de produtos e serviços com preço compevo, a empresadeve levar em conta a necessidade de que isso possa gerar um diferencial em relação aos

    concorrentes. A isso alia-se a fabricação e o markeng.

    Considerando a evolução do conceito de logísca e a transformação do mercado causado

    pela globalização, a liderança de custos e a diferenciação são papéis essenciais para que

    uma empresa anja seus objevos. A cadeia de suprimentos deve passar por estágios de

    integração para se adequar e permir estruturas que deem conta das novas atudes e gestão

    empresarial.

    5.1 Estágios de integração da cadeia logísca

    1. Integração em linha.

    2. Integração funcional.

    3. Integração das áreas.

    4. Integração externa.

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    • Na integração em linha, os departamentos devem estar posicionados dentro de umacadeia lógica do uxo de materiais até o serviço de atendimento ao cliente. Com focono cliente, essa lógica signica que o uxo de informação e materiais deve seguir um

    trajeto linear dentro do processo da empresa em que há um responsável pelas fases.

    Tome como exemplo uma doceria em seu bairro. A doceria vai comprarmateriais, estocar e controlar seu estoque, produzir os doces e bolos e fazer avenda ao consumidor no balcão. Essa doceria também pode distribuir seusdoces e bolos para restaurantes e lanchonetes do bairro. Assim, até que ocliente nal seja atendido, o uxo de informação e materiais segue um trajeto

    linear dentro desse processo.

    • Na integração funcional, as funções de cada área são integradas dentro de umprocesso administravo, buscando combinar trabalhos correlatos, dando maiorconsistência aos processos operacionais com o objevo de integrá-los evitando

    operações paralelas e retrabalhos.

    Retomando o exemplo da doceria em seu bairro. Cada etapa descrita naintegração linear envolve várias funções. Assim, a doceria pode denir processosoperacionais e suas funções em cada área, como gerenciamento de materiais,gerenciamento de fabricação dos doces e bolos e distribuição. Nesse estágio, asfunções de cada uma dessas áreas estão integradas.

    • Na integração das áreas, o objevo é dar agilidade ao uxo de informações tãonecessário para a integração na logísca. Busca-se também integração e agilidadeaos processos internos e aumento da conabilidade dos dados. Nesse estágio, oresultado é a redução dos níveis de estoque e do tempo de processamento depedidos.

    Nessa fase, a doceria vai alinhar e integrar as informações entre as áreas desdeo gerenciamento dos materiais, o gerenciamento da fabricação e a distribuição.

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    • Na integração externa, o que se busca é tornar ágeis e conáveis as informações com

    os parcipantes externos (fornecedores e clientes). É uma fase que acontece após a

    integração de todas as operações internas da empresa. O resultado dessa fase é a

    troca de informações sobre as necessidades do mercado e, por consequência, a

    adequação dos meios de produção e a redução dos estoques ao longo de toda acadeia de suprimentos.

    Para desenvolver seu trabalho e atender aos clientes, a doceria não estásozinha. Necessita de fornecedores e de alguém para distribuir os doces e bolos

    para os restaurantes e lanchonetes do bairro. Nessa fase, se busca integrarinformações e operação com os parceiros externos, por exemplo, a doceria e seusfornecedores e distribuidores. Integração externa.

    Após ler sobre a evolução da logísca e os estágios de integração na cadeia logísca,

    tome como base o exemplo no início da aula sobre o hipermercado. Olhando para toda a

    diversidade de produtos oferecidos e os serviços agregados pelos hipermercados, facilmente

    percebe-se uma evolução enorme no que diz respeito à gestão empresarial com expressivos

    resultados no posicionamento de uma marca, no relacionamento com seu consumidor, nas

    estratégias de markeng, no valor agregado, no uxo de informação, na gestão de recursos,

    na capacitação técnica de colaboradores, entre outras coisas. Diante dessa constatação, o

    que podemos concluir ao pensarmos em compeção e posicionamento de mercado para a

    manutenção da liderança?

    Toda compeção se dá entre a cadeia de suprimentos colocada à disposição do

    consumidor. Gerar vantagem compeva por meio do atendimento de um pedido no prazo

    certo, com qualidade e preço compavel é o objevo. Não se pode dizer que a compeção

    se estabelece mais entre duas empresas apenas, mas sim por tudo o que é oferecido ao

    consumidor. Indo um pouco mais longe, o comércio internacional está próximo de qualquer

    empresa independentemente de seu tamanho ou negócio. Quem sabe, entender a logísca

    como algo estratégico no mercado vai permir que uma empresa não só parcipe de seu

    mercado domésco, mas também do mercado global. Para isso, estabelecer uma relação

    de conança com os parceiros logíscos é uma ferramenta muito valiosa na construção do

    que vamos ver que é a cadeia de suprimentos, entendida como uma forma efeva de gerar

    vantagem compeva num mercado tão disputado por empresas nacionais e globais.

     Segundo Chopra e Meindl (2003, p. 14), uma cadeia de suprimentos engloba todos os

    estágios envolvidos, direta ou indiretamente, no atendimento do pedido de um cliente. A

    cadeia de suprimentos não inclui apenas fabricantes e fornecedores, mas também

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    transportadoras, depósitos, varejistas e os próprios clientes. Dentro de cada organização, por

    exemplo, de uma fábrica, a cadeia de suprimento inclui todas as funções envolvidas no pedido

    do cliente, como desenvolvimento de novos produtos, markeng, operações, distribuição,

    nanças e o serviço de atendimento ao cliente, entre outras. Assim, tem-se a compreensão

    do conceito de cadeia de suprimento bem como as diversas avidades que nela estãoinseridas para o atendimento de um pedido. Além disso, compreende-se o quanto seu

    gerenciamento é importante nos diferentes pos de empresas segundo seus objevos de

    mercado.

    Toda compeção se dá entre a cadeia de suprimentos colocada à disposiçãodo consumidor. Gerar vantagem compeva por meio do atendimento de umpedido no prazo certo, com qualidade e preço compavel, é o objevo. Não sepode dizer que a compeção se estabelece mais entre duas empresas apenas,mas sim por tudo o que é oferecido ao consumidor. Fica claro o quanto éimportante compreender o conceito da cadeia de suprimentos e todas asavidades nela inserida, e desse entendimento se é possível estabelecer arelação com o gerenciamento da cadeia de suprimentos.

    Considerações finais

    Nesta aula, foi possível idencar a transformação da logísca ao longo dos anos até

    o conceito de cadeia de suprimentos. Você viu a importância que as ações de integração

    exercem no processo logísco e pode entender que não existe logísca com a parcipação de

    um só. O planejamento estratégico da logísca tem por objevo sasfazer o cliente, ganhar

    qualidade de serviços, administrar recursos e nanças. Para isso, a integração deve se dar nos

    níveis interno e externo da empresa.

    Referências

    BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização e logíscaempresarial. Trad. Elias Pereira. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.

    CAMPOS, L. F. R. Supply Chain: uma visão gerencial. Curiba: IBPEX, 2009.

    CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Estratégia, planejamento

    e operação. São Paulo: Pearson Prence Hall , 2003.

    TAYLOR, D. A. Logísca na cadeia de suprimentos: uma perspecva gerencial. São Paulo:Pearson, 2005.