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ATPS FUNDAMENTOS
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Universidade Anhanguera Educacional- UNIDERP Niterói/RjCurso: Serviço Social
Disciplina: Fundamentos Históricos e Teórico-Metodológicos do Serviço Social III
Alunas: Ana Cláudia Freire Neves RA: 7702617426
Ana Maria Machado Dias RA: 8310764687
Suelen Pereira da Motta RA: 7534612045
Thiara de Oliveira Mendonça RA:7370570956
Artigo Científico- A atuação do Assistente Social no mundo
contemporâneo
Professor EAD: Elaine Cristina Vaz GomesProfessor presencial: Érika Mendonça Peixoto
Niterói/Rj
07/11/2014
1
SUMÁRIO
1- Introdução....................................................................................................................3
2- A importância do Assistente Social nos dias de hoje..................................................4
3- Filantropia, Assistencialismo e Serviço Social............................................................7
4- Campos de atuação do Assistente Social: setor público, privado e terceiro setor.......9
5- Área de atuação dos profissionais de Serviço Social no Brasil..................................11
6- Desafios do profissional- Assistente Social...............................................................15
7- Conclusão...................................................................................................................16
8- Bibliografia................................................................................................................17
9-
2
1- INTRODUÇÃO
O Serviço Social é uma profissão de caráter sócio-político, crítico e interventivo,
que se utiliza de instrumental científico multidisciplinar das Ciências Humanas e Sociais
para análise e intervenção nas diversas refrações da "questão social", isto é, no conjunto de
desigualdades que se originam do antagonismo entre a socialização da produção e a
apropriação privada dos frutos do trabalho.
Ela está inserida nas mais diversas áreas (saúde, previdência, educação, habitação, lazer,
assistência social, justiça, etc.) com papel de planejar, gerenciar, administrar, executar e
assessorar políticas, programas e serviços sociais.
O Assistente Social efetiva sua intervenção nas relações entre o indivíduo no seu
cotidiano da vida social, por meio de uma ação global de cunho socioeducativo e de
prestação de serviços.
Pensar o Serviço Social na contemporaneidade nos remete, primeiramente, a
pensar no compromisso com a população, nos limites, nos desafios e acima de tudo, na
busca de novos caminhos norteadores, enfatizando, também, a verdadeira finalidade.
No presente trabalho estaremos abordando sobre a atuação do assistente social na
contemporaneidade, qual a definição de filantropia e assistencialismo, elencando as
possíveis áreas de atuação nos setores público, privado e no terceiro setor e os desafios da
profissão.
3
1- A importância do Assistente Social nos dias de hoje
Na atualidade, é comum observar muitas situações pelas quais passam a
população, seja em questão de saúde, de trabalho ou mesmo, de carências múltiplas,
simplesmente porque desconhecem os direitos que possuem, perdendo a oportunidades de
atendimento, bem como de resolução de seus problemas.
Antigamente, a profissão do assistente social tinha uma ação voltada à prática de
assistencialismo e da caridade, no entanto, hoje houve um grande avanço, pois para atender
as demandas da questão social, tão complexa na sociedade, o perfil profissional teve de ser
adequado a essas necessidades na atualidade. Dessa forma, o que se ver é um profissional
generalista, gestor de pessoas voltado à preposição de programas e projetos sociais que
desenvolvem as pessoas, tornando-as atores sociais de suas próprias vidas.
Filho (2002, p.56) afirma que: “O Serviço Social atua na área das relações sociais,
mas sua especificidade deve ser buscada nos objetivos profissionais tendo estes que serem
adequadamente formulados guardando estreita relação com objeto.”
Essa formulação dos objetivos garante, em parte, a especificidade de uma profissão. Em
consequência, um corpo de conhecimentos teóricos, método de investigação, intervenção,
um sistema de valores, concepções ideológicas conformariam a especificidade e integridade
de uma profissão.
O Serviço Social é uma prática, um processo de atuação que se alimenta por uma
teoria e volta à prática para transformá-la em um contínuo ir e vir iniciado na prática dos
homens, face aos desafios de sua realidade.
O Assistente Social é um profissional que tem como objeto de trabalho a questão
social com suas diversas expressões, formulando e implementando propostas para seu
enfrentamento, por meio das políticas sociais, públicas, empresariais, de organizações da
sociedade civil e movimentos sociais.
Para Netto (1992, p.71), “a questão social, como matéria de trabalho, não esgota as
reflexões”. Sem sombra de dúvida, ela serve para pensar os processos de trabalho nos quais
os assistentes sociais, em uma perspectiva conservadora, eram “executores terminais de
políticas sociais”, emanadas do Estado ou das instituições privadas que os emprega.
O Serviço Social é uma profissão que ao longo de sua trajetória, foi se moldando
aos poucos e em cada momento histórico buscou e criou bases necessárias para sua razão de
ser na sociedade.
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Desta forma, obteve conquistas bastante avançadas no que se refere à bagagem
teórica e ao Código de Ética Profissional advindas de pesquisas, lutas e persistência. Tendo a
oportunidade de conquistar novos espaços ocupacionais e ao mesmo tempo, se deparando
com uma realidade completamente antagônica aos objetivos profissionais.
O Serviço Social contemporâneo está inserido em um cenário que as múltiplas
faces da questão social vêm aumentando exacerbadamente. Contudo, o desafio principal
para a profissão nesta conjuntura é se capacitar permanentemente, criando novas estratégias
junto das equipes multidisciplinares, interdisciplinares e seus usuários, através de uma
leitura crítica da realidade, refletindo sobre todas as mudanças que vem ocorrendo de forma
rápida e excludente. Além de que amenizar problemas, trazer soluções e incentivar a
interação social é preciso muita determinação. Vivenciar situações miseráveis do cotidiano
brasileiro não é para qualquer um.
Vale salientar que pensamento e natureza, sujeito e objeto, teoria e prática não são iguais, o
que ocorre é uma interconexão entre ambos, ampliando uma relação capaz de promover
mudanças, projetadas em uma postura dialética possibilitando a apropriação da totalidade
dos fatos.
O Serviço Social se estabelece como uma profissão que tem por princípio central
a emancipação da sociedade, através do acesso aos direitos sociais dos usuários por meio das
políticas públicas. No entanto, é por meio de um respaldo teórico, crítico e reflexivo que
estes profissionais materializam o compromisso com o Projeto Ético Político, tendo nas
expressões da questão social o seu objeto de trabalho.
Todavia, ao assumir o Projeto Ético Político os assistentes sociais assumiram,
também, a luta contra a ordem social vigente, estando sempre comprometidos em atuar
criando bases e caminhos direcionados à transformação. Sendo assim, o Projeto Ético
Político além de norte e referência para os assistentes sociais, permite a esses profissionais
compreenderem sua prática, no sentido da transformação coletiva e na promoção de
mudanças, avançando de forma qualitativa a prioridade na atuação com os seus
demandantes.
As convergências históricas objetivam-se sob a forma de uma função pedagógica
assumida pelos Assistentes Sociais em sua história profissional:
O primeiro perfil refere-se ao surgimento da profissão classificado como pedagogia da
“ajuda”, baseia-se na visão psicológica da questão social, atuando na perspectiva de
uma reforma moral;
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O segundo surge com as experiências do desenvolvimento de comunidade e é
denominado de pedagogia da “participação”;
Com bases na teoria modernizadora, esse perfil redimensiona a “ajuda” para a “autoajuda” e
para “ajuda mútua”.
O terceiro tem início na década de 70 e é consolidado nos anos 80. Articulado ao
projeto ético-político da profissão esse perfil refere-se à construção de uma nova
pedagogia emancipatória das classes sociais dominadas, apresentando-se como uma
alternativa ao trabalho tradicional conservador.
As convergências teóricas se expressam através da função ideológica ou utópica
do Serviço Social vinculada a uma visão social de mundo. Esta função se objetiva pela
dimensão educativa sistemática e/ou assistemática das ações profissionais, que produzem
efeitos no modo de pensar e agir dos sujeitos envolvidos na prática profissional e estão
inscritas no processo de organização política destes sujeitos.
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2- Filantropia, Assistencialismo e o Serviço Social
Vamos as definições:
Filantropia - é um vocábulo de origem grega que significa “amor pelo género humano”.
Trata-se de um conceito utilizado de forma positiva para fazer referência à ajuda que se
oferece ao próximo, à humanidade, sem requerer uma resposta nem nada em troca. Dá-
se o nome de filantropos aos sujeitos ou organizações que costumam desenvolver
projetos de solidariedade.
Assistencialismo - é um acesso a um bem através de doação ou de serviço prestado
individualmente. Está ligado ao voluntariado. Ação de pessoas, organizações
governamentais ou entidades da sociedade civil junto às camadas mais pobres da
comunidade, com objetivo de apoiar ou ajudar de forma pontual, oferecendo alimentos,
medicamentos, entre outros gêneros de primeira necessidade, não transformando a
realidade social.
Desde o século XVIII, a filantropia e a assistência social associavam-se às
práticas de caridade no Brasil. As iniciativas eram dependentes de ações voluntárias e
partiam das instituições religiosas, dispensavam seus cuidados, oferecendo abrigos, roupas e
alimentos, em especial, às crianças abandonadas, aos velhos e doentes em geral.
As casas de misericórdia da Igreja Católica e os serviços de caridade oferecidos pelos
centros espíritas a partir do final do século IXI são os melhores exemplos dessas iniciativas e
somente no governo de Getúlio Vargas, se criou o Conselho Nacional de Serviço Social,
com o objetivo de se promover uma assistência pública com recursos exclusivos do Estado.
Em 1942, foi criada a Legião Brasileira de Assistência - LBA, sob forte influência das
primeiras damas e estas senhoras deram capilaridade à assistência social em todo o território
nacional.
A assistência social é entendida como espaço de reconhecimento dos necessitados
e não de necessidades sociais, que exigem políticas sérias de intervenção. Somente com a
Constituição de 1988 a assistência social configurou-se como política pública integrando o
tripé da Seguridade Social junto das políticas de saúde e previdência.
Na década de 90 foi criado o Certificado de Entidades de Fins Filantrópicos,
através do Decreto Nº 752 de 16/02/93, que reiterava as isenções para instituição beneficente
de assistência social, educacional ou de saúde sem fins lucrativos.
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Período em que o foco de compreensão da assistência social era dado pela benemerência à
filantropia e o assistencialismo com conotação de clientelismo politico para a condição de
um direito social inscrito no âmbito da seguridade social. É uma política pública e faz parte
da "Seguridade Social". Está prevista na Constituição Federal do Brasil de 1988 e
regulamentada através da Lei Orgânica da Assistência Social (Lei 8742 de 07/12/1993).
Portanto, assegura o direito a todo cidadão brasileiro que se encontra excluído do trabalho,
da saúde, da previdência social, da educação, da possibilidade de alimentação e outras
formas de exclusão social.
O assistencialismo, ao contrario, tem práticas paternalistas e clientelistas de má-
fé; na maioria das vezes, marcada por "doações aos pobres", feitas por pessoas e grupos
interesseiros, com a finalidade de manter uma relação de dependência entre a pessoa que
recebe e a que doa. É uma prática incentivadora da tradicional proteção exagerada e da
doação desenfreada aos excluídos sociais.
Contrariando essa lógica, o Assistente Social procura incentivar a ação social
entre aqueles que se encontra em situação de fragilidade, criando as condições para que
alcancem seus direitos, a começar pelo direito ao amparo, estimulando, orientando e
capacitando-os para que de alguma maneira, possam descobrir como adquirir seus direitos,
partindo do princípio que os segmentos desfavorecidos sejam igualmente titulares de direitos
e que esses direitos, até então, estão sendo sonegados pela assistência social.
O que se vislumbra é a possibilidade dos assistidos, quando organizados de forma
independente, elaborarem suas demandas de forma coletiva e passem a crer mais em si
próprios do que na intervenção de lideranças oficiais. Dessa forma, a assistência social pode
vir a ser uma prática de emancipação social, colaborando para a constituição de uma
sociedade composta por sujeitos sociais críticos.
Assistência social é feita através de planejamento e políticas públicas de direito,
que garantam as mínimas condições de sobrevivência e que criem condições para a
promoção social da comunidade. Promoção social que pode começar pela educação e
trabalho, enquanto ferramentas capazes de promover uma real ação libertadora do ser
humano das amarras que o mantém na pobreza material e espiritual.
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3- Campos de Atuação do Assistente Social: Setor público, privado e
terceiro setor
O Serviço Social é uma profissão voltada à formação de profissionais diplomados
em Universidades reconhecidas pelo Mistério da Educação (MEC) e devidamente
registradas no Conselho Regional de Serviço Social (CRESS). O mercado de trabalho nessa
área é bem amplo, atua em diversos setores, público, privado, e o terceiro setor, introduzindo
a Política de Assistência Social conforme as normas da Lei Orgânica da Assistência Social
(LOAS/93) e Sistema Único da Assistência Social (SUAS/04), de acordo com a área e o
segmento atendido.
No setor público, o profissional de Serviço Social é contratado mediante a
realização de concursos públicos e processos seletivos, atuando em diversas áreas realizando
atendimentos familiares e individualizados, visitas domiciliares e institucionais, trabalhos
grupais e comunitários nas Unidades Básica de Saúde, ambulatórios de especialidades e nos
hospitais. Os profissionais podem atuar também em: habitação, judiciário (varas de justiça
da criança e da família, de execuções penais e promotorias públicas), educação (escolas e
creches), recursos humanos, sistemas penitenciários, por meio dos conselhos de saúde,
assessoria gerencial e gestão, controle das políticas sociais, desenvolvimento e aplicação das
mesmas, conselhos tutelares e de direitos, jovens, adolescentes, famílias, idosos, crianças,
migrantes, sem-terra, grupos específicos como negros, mulheres etc.
O setor privado, que trabalha em programas e projetos para serem desenvolvidos
focando a responsabilidade social, elaboração ou implementação de projetos, consultoria
para empresas, recursos humanos sendo que essa é uma área que se expande no
gerenciamento, planejamento estratégico, qualidade de vida do trabalhador, relações
interpessoais, treinamentos organizacionais, associações de moradores, educação de adultos,
animação cultural, jovens, desenvolvimento rural e diferentes associações de defesa dos
direitos humanos.
O terceiro setor não é privado e nem público, mas sim a união do setor privado
com o setor estatal, suprindo a demanda reprimida e não atendida pelo setor privado e do
Estado, atendendo as necessidades da população numa ligação conjunta, sendo que a área de
atuação do Assistente Social é:
Realizar perícia, laudos e pareceres técnicos relacionados à matéria específica da
Assistência Social, no âmbito da instituição, quando solicitado;
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Identificar continuamente necessidades individuais e coletivas, apresentadas pelos
segmentos que integram a instituição, na perspectiva do atendimento social e da garantia de
seus direitos, implantando e administrando benefícios sociais;
Auxiliar a administração da instituição na elaboração, execução e avaliação do Plano
Gestor Institucional, tendo como referência o processo do planejamento estratégico para
organizações do terceiro setor;
Ministrar orientação social e fazer encaminhamentos da população usuária aos recursos da
comunidade, integrando e utilizando-se da rede de serviços sócio assistenciais;
Prolongar o atendimento social às famílias dos usuários, com projetos específicos e
formulados a partir de diagnósticos identificados;
Coordenar e assessorar estudos e discussões de casos com a equipe técnica, relacionados à
política de atendimento e nos assuntos que diz respeito à política de Assistência Social;
Ampliar pesquisas junto aos usuários, definindo o perfil desta população, obtendo dados
para a implantação social interdisciplinar;
Fazer seleção socioeconômica, quando for o caso de usuários para as vagas disponíveis, a
partir de critérios pré-estabelecidos, sem perder de vista o atendimento integral e de
qualidade, e nem o direito de acesso ao atendimento;
Tornar intenso a relação instituição/família, com o objetivo de buscar soluções aos
problemas detectados.
4- Área de atuação dos profissionais de Serviço Social no Brasil
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Atualmente, o número de assistentes sociais no Brasil é de aproximadamente 120
mil profissionais com registro nos 25 Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS). É o
segundo país no mundo em quantitativo de assistentes sociais, ficando atrás apenas dos
Estados Unidos.
GRAFICO 1- PERFIL GERAL: SEXO
Confirmado a tendência histórica da profissão, a categoria do assistente social,
ainda é predominantemente feminina, contando com apenas 3% de homens. A região com
maior percentual masculino é a Sudeste (7%) e a menor é a região Sul (1%). Em relação à
idade, o perfil é o seguinte:
GRÁFICO 2 - PERFIL GERAL: IDADE
Os dados mostram que na categoria dos assistentes sociais prevalecem as idades
entre 35 a 44 anos (38%) e 25 a 34 anos (30%), ainda que seja significativo o percentual dos
que têm entre 45 a 59 anos (25%).
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Na distribuição regional, no Centro-oeste, a categoria tem uma idade mais
elevada, pois o percentual dos profissionais na faixa de 35 a 44 sobe para 45% e os com 45 a
59 está em segundo lugar, com 23%. Também na região Norte este intervalo ocupa o
segundo lugar (23%).
GRÁFICO 3 - LOCAL DE TRABALHO X LOCAL DE MORADIA (MESMA
CIDADE)
No gráfico acima vemos que 79% dos assistentes sociais que estão atuando
trabalham na mesma cidade em que residem. Os assistentes sociais do Norte e do Centro-
oeste são os que menos se deslocam para outra cidade para trabalhar (7,27% e 14,04%,
respectivamente) e os que mais se deslocam para outras cidades estão no Sudeste (23,90%) e
Nordeste (20,41%).
GRÁFICO 4 - NATUREZA DA INSTITUIÇÃO DO PRINCIPAL VÍNCULO
EMPREGATÍCIO
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A pesquisa confirma a tendência histórica de inserção do Serviço Social na esfera
pública estatal (78,16%, no nível nacional); no nível regional os índices desse indicador são
os seguintes: Norte (96,36%), Sudeste (80,33%), Nordeste (75%), Sul (69%), Centro-oeste
(66,67%). Desse contexto geral, algumas particularidades podem ser ressaltadas. O gráfico
mostra que 40,97% dos assistentes sociais estão atuando em instituições públicas
municipais, quase o dobro dos que atuam nas públicas estaduais (24%). As instituições
públicas federais ocupam a terceira posição (13,19%), reafirmando que a descentralização
das políticas sociais no Brasil tem transferido a sua execução da esfera federal para a
municipal, a partir dos anos 1990. Isso rebate na esfera de prestação direta de serviços
sociais públicos, assumidos, então, pelas instituições públicas municipais.
A predominância das instituições públicas municipais no mercado de trabalho do
Serviço Social só não acontece na região Norte, onde o maior percentual é das públicas
estaduais (47,27%), e na região Centro-oeste (33,33%). Este resultado pode expressar um
processo ainda incipiente de descentralização para a esfera municipal, diferentemente das
outras regiões. Em três delas, os índices das públicas municipais são superiores aos
nacionais: Sudeste (47%), Sul (39%) e Nordeste (34%), regiões em que tal processo parece
estar mais avançado, ou pelo menos parece absorver mais profissionais para os serviços
públicos municipalizados.
Nos resultados nacionais as empresas privadas empregam mais assistentes sociais
(13,19%) do que as instituições do Terceiro Setor (6,81%), embora seja importante perceber
que os índices das primeiras (empresas privadas) são iguais aos das públicas federais. Em
duas regiões as instituições privadas superam as públicas federais, ocupando o terceiro
lugar: Centro-oeste (19,30%) e Sul (18%). Em relação ao Terceiro Setor, ele aparece no 5°
lugar, em todas as regiões exceto no Norte, onde não há incidência dessa natureza; nas
regiões Sul e Centro-oeste esta natureza institucional tem a mesma frequência que a pública
federal (11% e 10,53% respectivamente), ocupando a quarta posição.
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GRÁFICO 5- DISTRIBUIÇÃO DA AMOSTRA POR ESTADO
*Dados CFESS Junho de 2003Nível de confiança: 95% Margem de erro: +/- 3%Obs. do estatístico: A amostra necessitou ter um tamanho normalmente acima do utilizadoem pesquisas sociais, devido à necessidade de aplicação em todas as regiões. O tamanhodas populações regionais ou sub-populações não é uniforme e uma amostra menor excluiriaalgumas regiões. O tamanho da amostra permitiu uma margem de erro menor
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5- Desafios do profissional- Assistente Social
Aprofundando nas possíveis áreas de atuação do assistente social, verificamos que
são várias as ações desenvolvidas pelo profissional, assim como os desafios, demanda,
público, dificuldades, características etc. Em contato com a assistente social, podemos
entender a atuação e demandas atuais do trabalho envolvendo o Serviço Social, onde ela nos
diz: na área privada, encontramos outras condições de trabalho, visto que existem regras,
normas, políticas, procedimentos mais claros e objetivos, além das condições físicas e
estruturais o profissional geralmente tem metas a serem cumpridas. As demandas de uma
empresa são muito variadas; como intermediação de plano de saúde entre colaborador e
operadora, avaliação e acompanhamento de PcDs, atendimento social, acompanhamento de
dependentes químicos, acompanhamentos de afastados pelo INSS, grávidas,
falecimentos/velórios, seguro de vida, reembolso auxílio funeral, atendimentos às famílias,
visitas domiciliar e hospitalar, empréstimos, eventos de responsabilidade social, visitas as
entidades sociais, entrevistas para viagem internacional entre tantas outras.
Quanto aos desafios e dificuldades, são muitos, temos que estar em constante
reciclagem para alcançar um nível técnico bem avançado, visto que a profissão que
escolhemos muitas vezes é tida como benevolente e sem fundamentação teórico-
metodológico. Temos que constantemente nos atualizar diante da constante mudança nas
legislações em diversos setores, pois somos sujeitos de garantia de direitos então seja qual
for o setor de nossa atuação, temos que estar preparados para diversas demandas e poder ter
recursos conhecidos para encaminhamentos e orientações diversas. O profissional de serviço
social tem que ser proativo, não saindo do seu foco de atuação, mas conhecendo outras áreas
de abrangência. O serviço social vem ocupando espaços que antes não se via como
necessário principalmente dentro de empresas, espaço esse devido, porém muitas vezes
banalizado se o profissional que atue nele não mostrar toda bagagem de conhecimento
teórico que construímos no decorrer de nossa formação.
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6- Conclusão
Este trabalho proporcionou a expansão de saberes sobre a integração do Serviço
Social e sua atuação na sociedade contemporânea, uma vez que os profissionais dessa área
buscam provocar transformações no cotidiano para proporcionar os resultados concretos
onde a profissão se consolida e se materializa, permitindo a união das dimensões
instrumental, técnica, política, pedagógica e intelectual da intervenção profissional.
Com base nas pesquisas realizadas, fica evidente que o Serviço Social tem um
amplo campo de atuação no mercado de trabalho, sejam em órgãos públicos, ou empresas
privadas. Por ter habilidade e competência para diagnosticar os problemas sociais, o
profissional de Serviço Social faz mudanças que podem garantir a qualidade de vida e a
cidadania dos indivíduos.
A visão é integrada entre os diversos elementos e há importância de agir
metodologicamente, com base no conhecimento do objeto sobre o qual se trabalha, a fim de
estabelecer as estratégias da ação profissional com vistas à construção de uma
instrumentalidade eficiente e ética para o contexto político atual.
O compromisso, respeito e o incomodar-se com as disparidades sociais é que leva
ao profissional de Serviço social á continuar perseguindo seus ideais, não por caridade mais
pela conquista dos direitos já adquiridos em nossa constituição brasileira que proporciona
vida digna e bem estar á todo e qualquer cidadão. O direito á cidadania não faz acepção de
pessoas.
O assistente social lida, no seu trabalho cotidiano, com situações singulares vividas por
indivíduos e suas famílias, grupos e segmentos populacionais, que são atravessadas por
determinações de classes.
Contudo, são desafiados o desentranhar da vida dos sujeitos singulares que
atendem as dimensões universais e particulares, que aí se concretizam, como condição de
transitar suas necessidades sociais da esfera privada para a luta por direitos na cena pública,
potenciando-a em fóruns e espaços coletivos.
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7- Bibliografia
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Acesso em: 27/10/2014
NETO, JoãoPaulo. Ditadura e Serviço Social: uma análise do serviço social no Brasil
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Acesso em: 28/10/2014
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Acesso em: 01/11/2014
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