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SEMINÁRIO Tema: Religiosidade com base na cultura africana/Umbanda Apresentador: Luis Fernando Veríssimo Recursos: Apostila, cartazes, data show. Integrantes: Ana Flávia Kaminski da Silva, Ana Maria Lemos Ribeiro, Ana Paula Serafim, Marilice de Cassia Borges, Rosangela Zuber, Roseli Malach Marochi, Sueli Teresinha Hopatha Gavlak, Tereza Natalia Dallazuanna. Todas as ações propostas durante os dez encontros da Equipe Multidisciplinar proporcionaram aprofundamento teórico, respaldo imprescindível para a elaboração do pensamento crítico em relação à temática. Esse, fundamental, para posterior trabalho com o coletivo escolar, pois o senso comum permeia e só ele, conduz a ideias preconceituosas e errôneas em relação aos fatos. Complementando ao estudo de fundamentação teórica, o grupo buscou conhecer algumas práticas da cultura africana presente na cidade. Por isso o seminário ocorreu nas dependências da Instituição Espírita Caminhos de Luz. Lá pratica-se a religião Umbanda afro-brasileira, que mistura ensinamentos do Espiritismo, do Kardecismo, do Catolicismo e de Seitas trazidas pelos escravos africanos enfatizando a prática do bem. Durante o seminário, foram abordados assuntos como: origem, sincretismo, normas seguidas pelos umbandistas, banhos, guias, passe magnético, água fluidificada e organização do ambiente. ORIGEM: Acredita-se que o conhecimento deste culto foi levado à África pelos povos atlantes, cujo continente desapareceu nos mares do Atlântico. Esses conhecimentos chegaram até nós trazidos por instrutor, ser de alta estirpe espiritual, que amorosamente, aproveitando nossa herança indígena utilizou roupagem de simples caboclo, passando a se comunicar através do médium Zélio Fernandino de Moraes. No dia 15/11/1908, em sua mensagem de fraternidade o Caboclo Sete Encruzilhada esclareceu que o novo culto acolheria toda e qualquer entidade que quisesse ou precisasse se manifestar para trabalhar na prática da caridade em benefício dos necessitados, independente da cor, raça, credo ou posição social. É considerada religião genuinamente brasileira por reunir os elementos das culturas indígena, africana e europeia. Pelo desconhecimento da sua origem sofre preconceito. SINCRETISMO: Fusão de elementos culturais diferentes até antagônicos em um só elemento. Como os escravos não podiam exercer livremente seus cultos tribais por conta da pressão da Igreja Católica, religião praticada por seus “donos”, numa inteligente estratégia para driblar as dificuldades da época, surgiu o sincretismo. Os médiuns preparam-se com banhos de ervas utilizados para manter o equilíbrio vibracional, as vestimentas são brancas, usadas somente nas sessões. Usam guias (colares) de acordo com seu Orixá de cabeça- A palavra Orixá quer dizer “Coroas Iluminadas” “ Espírito de Luz”. Os participantes- chamados de Assistência- são orientados a concentrar-se nas boas energias de saúde- paz no amor incondicional de Oxalá (Jesus Cristo) e posteriormente ouvem o Evangelho , mensagens, passe magnético e água fluidificada. No início da sessão, são feitas orações e defumação para limpeza do ambiente e afastamento de larvas astrais. No espaço, onde funciona a Instituição são dispostos elementos energéticos como : plantas, cristais, fonte de água, tudo para absorver, acumular ou descarregar vibrações. São iniciados os pontos cantados em que são utilizados os atabaques ( instrumento musical) para criar harmonia e sustentação aos trabalhos. O Gongá escrito também Congá- é um grande ponto de energia para direcionar ondas

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SEMINÁRIO

Tema: Religiosidade com base na cultura africana/Umbanda

Apresentador: Luis Fernando Veríssimo

Recursos: Apostila, cartazes, data show.

Integrantes: Ana Flávia Kaminski da Silva, Ana Maria Lemos Ribeiro, Ana Paula Serafim,

Marilice de Cassia Borges, Rosangela Zuber, Roseli Malach Marochi, Sueli Teresinha Hopatha

Gavlak, Tereza Natalia Dallazuanna.

Todas as ações propostas durante os dez encontros da Equipe Multidisciplinar

proporcionaram aprofundamento teórico, respaldo imprescindível para a elaboração do pensamento

crítico em relação à temática. Esse, fundamental, para posterior trabalho com o coletivo escolar,

pois o senso comum permeia e só ele, conduz a ideias preconceituosas e errôneas em relação aos

fatos. Complementando ao estudo de fundamentação teórica, o grupo buscou conhecer algumas

práticas da cultura africana presente na cidade. Por isso o seminário ocorreu nas dependências da

Instituição Espírita Caminhos de Luz.

Lá pratica-se a religião Umbanda afro-brasileira, que mistura ensinamentos do Espiritismo,

do Kardecismo, do Catolicismo e de Seitas trazidas pelos escravos africanos – enfatizando a

prática do bem.

Durante o seminário, foram abordados assuntos como: origem, sincretismo, normas seguidas

pelos umbandistas, banhos, guias, passe magnético, água fluidificada e organização do ambiente.

ORIGEM:

Acredita-se que o conhecimento deste culto foi levado à África pelos povos atlantes, cujo

continente desapareceu nos mares do Atlântico. Esses conhecimentos chegaram até nós trazidos por

instrutor, ser de alta estirpe espiritual, que amorosamente, aproveitando nossa herança indígena

utilizou roupagem de simples caboclo, passando a se comunicar através do médium Zélio

Fernandino de Moraes. No dia 15/11/1908, em sua mensagem de fraternidade o Caboclo Sete

Encruzilhada esclareceu que o novo culto acolheria toda e qualquer entidade que quisesse ou

precisasse se manifestar para trabalhar na prática da caridade em benefício dos necessitados,

independente da cor, raça, credo ou posição social.

É considerada religião genuinamente brasileira por reunir os elementos das culturas indígena,

africana e europeia. Pelo desconhecimento da sua origem sofre preconceito.

SINCRETISMO:

Fusão de elementos culturais diferentes até antagônicos em um só elemento.

Como os escravos não podiam exercer livremente seus cultos tribais por conta da pressão da Igreja

Católica, religião praticada por seus “donos”, numa inteligente estratégia para driblar as

dificuldades da época, surgiu o sincretismo.

Os médiuns preparam-se com banhos de ervas utilizados para manter o equilíbrio vibracional,

as vestimentas são brancas, usadas somente nas sessões. Usam guias (colares) de acordo com seu

Orixá de cabeça- A palavra Orixá quer dizer “Coroas Iluminadas” “ Espírito de Luz”.

Os participantes- chamados de Assistência- são orientados a concentrar-se nas boas energias de

saúde- paz – no amor incondicional de Oxalá (Jesus Cristo) e posteriormente ouvem o Evangelho ,

mensagens, passe magnético e água fluidificada.

No início da sessão, são feitas orações e defumação para limpeza do ambiente e afastamento

de larvas astrais.

No espaço, onde funciona a Instituição são dispostos elementos energéticos como : plantas,

cristais, fonte de água, tudo para absorver, acumular ou descarregar vibrações.

São iniciados os pontos cantados em que são utilizados os atabaques ( instrumento musical) para

criar harmonia e sustentação aos trabalhos.

O Gongá – escrito também Congá- é um grande ponto de energia para direcionar ondas

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mentais em forma de preces, rogativas, agradecimentos e meditações.

Esta religião – uma dentre tantas outras, traz lições de amor, fraternidade, paz, humildade,

caridade em seus conceitos.

Portanto, ao realizar o Seminário nas dependências da Instituição Espírita Caminhos de Luz

foi possível conhecer, respeitar e desmistificar ideias e conceitos errôneos sobre a temática.

Dependências da Instituição Espírita Caminhos de Luz

Atabaque

Gongá

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MEMORIAL DESCRITIVO 2014

Este memorial apresenta várias ações e os resultados alcançados na implementação das

Relações Étnicos-Raciais e ensino de História e cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, a fim

de socializar a realidade de nosso estabelecimento e os conhecimentos produzidos pela comunidade

escolar.

De acordo com os estudos realizados, algumas atividades foram desenvolvidas envolvendo

várias disciplinas:

HISTÓRIA:

Tema: Adinkra, um tecido repleto de simbologias

Público: Alunos dos 8° Anos

Metodologia: Texto explicativo sobre a temática; após a confecção dos símbolos em carimbos de

EVA e aplicação dos mesmos em tecidos, em linha reta.

Avaliação: Os resultados obtidos foram satisfatórios.

GEOGRAFIA: Tema: Racismo e Dia da Consciência Negra

Público: Alunos dos 7° Anos

Metodologia: Após algumas aulas explicativas, os alunos finalizaram com uma atividade de

ilustração de frases sobre a temática.

Avaliação: Os resultados obtidos foram satisfatórios.

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ARTE:

Tema: Bonecas Abayomi

Público: 6° ,7°, 8 e 9° Anos.

Metodologia: Após as explicações sobre a origem e os significados, foram confeccionadas bonecas

Abayomi que tem origem iorubá. O trabalho com as Abayomis valoriza a cultura afro-brasileira,

contribuindo assim para o reconhecimento de sua identidade, buscando superar as desigualdades de

gênero e estimulando à expressão criativa, além de reaproveitar retalhos de tecidos.

Avaliação: Os resultados obtidos foram satisfatórios.

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BIBLIOTECA Tema: Contação de histórias

Público: 6° Anos e 7º Anos

Metodologia: No dia 20 de novembro, a Professora Janete, uma das responsáveis pela biblioteca,

percorreu as salas de aula contando a história da “ Menina Bonita do Laço de Fita”, autoria de Ana

Maria Machado e Canção dos Povos Africanos de Fernando Paixão.

Avaliação: Os resultados obtidos foram satisfatórios.

OBSERVAÇÃO: Na semana do dia 17 a 21 de novembro, houve a seleção de livros sobre a cultura

afro-brasileira para o empréstimo.

PORTUGUÊS

Tema: Poesia

Pública: 8° e 9° Anos

Metodologia: Após as explicações em diferentes disciplinas, os alunos do Grêmio Estudantil

promoveram um concurso de poesias, apoiados pelos professores de português.

Avaliação: Os resultados obtidos foram satisfatórios.

EDUCAÇÃO FÍSICA

Tema: Capoeira

Público: 8° e 9° Anos

Metodologia: Após a apresentação de um grupo de capoeira local, o professor repassou alguns

passos da capoeira, contando com o apoio dos próprios membros do grupo, já que alguns deles são

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alunos da escola.

Avaliação: Os resultados obtidos foram satisfatórios.

CIÊNCIAS:

Tema: Alimentação

Público: 8° Anos

Metodologia: Os alunos estudaram a pirâmide alimentar e a professora enfatizou o valor nutricional

dos componentes que fizeram parte do lanche servido no dia 20 de novembro ( feijoada, couve,

arroz branco e laranja).

Avaliação: Os resultados obtidos foram satisfatórios.

MATEMÁTICA: Tema: Jogo do Kalah ou Mancala e Trilha

Público: 6°, 7°, 8° e 9° Anos

Metodologia: Foram realizados com todos os alunos em sala de aula, o jogo do kalah ou mancala,

que é um jogo de estratégia que tem como objetivo arrecadar o maior número de sementes ao final

da partida em seu kalah. Acredita-se que este jogo tenha sido trazido para as Américas pelos

escravos africanos, o que é mais uma contribuição cultural dos negros ao nosso povo.

Avaliação: Os resultados obtidos foram satisfatórios.

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No dia 20 de novembro foram expostos no ambiente escolar os trabalhos desenvolvidos durante o

ano letivo, bem como realizadas apresentações de teatro e dramatizações de poemas. Também

houve a premiação do concurso de poemas com o tema África, organizado pelos componentes do

Grêmio Estudantil da escola. Neste mesmo dia, houve a explicação sobre a influência africana na

culinária brasileira e em seguida foi servida a feijoada, acompanhada de arroz branco, couve e

laranja para os alunos, professores,funcionários e visitantes da Escola Municipal Olaria Filipaki.

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