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As glórias do futebol santo-angelense Rodrigo Bergsleithner Eloir Leite Taborda

As Glórias do Futebol Santo-angelense

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Pioneiro livro do jornalista Rodrigo Bergsleithner, publicado no ano de 2010, que relata a história do futebol na Capital das Missões - Santo Ângelo/RS - no período de 1888 até 2004. Este foi o primeiro livro de esportes e, também, sobre futebol publicado na capital missioneira.

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Rodrigo Bergsleithner

Santo ÂngeloFURI2011

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ARTE DA CAPA: Andressa Hanusch Bergsleithner.DIAGRAMAÇÃO: Rodrigo Bergsleithner.REVISÃO: Artur Hamerski.IMPRESSÃO: Gráfica e Editora Adhara.FOTOS: Bruno Schmidt, Arquivo Histórico Municipal Dr. Augusto

César Pereira dos Santos, Eloir Leite Taborda e arquivos familiares.

B499g Bergsleithner, Rodrigo As glórias do futebol santo-angelense / Rodrigo

Bergsleithner. – Santo Ângelo : FURI, 2011. 128 p. ; 16x23cm

1. Futebol santo-angelense - História I. Título.

CDU: 796.332(091)

CATALOGAÇÃO NA FONTE

Responsável pela catalogação: Bibliotecária – Fernanda Ribeiro Paz CRB 10 / 1720

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Dedico esta obra à minha esposa, Andressa Hanusch Bergsleithner, e ao meu filho, Matheus Hanusch Bergsleithner. Pessoas que me ensinaram o significado da palavra amor, pois

sem eles eu nada teria, nada seria e jamais entenderia o que é amar e ser amado. Não há nada mais belo do que acordar todos os dias e

visualizar os sorrisos de vocês. Não há nada mais belo que ao chegar em casa, ser recebido com carinho. Não há nada mais belo do que

passar o dia inteiro juntos, nem que seja para sorrir dos encantos de nós mesmos.

Gosto muito de uma paráfrase de Fernando Pessoa que diz: “Um dia você acorda para a vida, conhece o amor e percebe a existência de Deus. Outro dia, você verá seu filho nascer e saberá que o que importa

são as pessoas que estão ao seu lado e o amam. O resto passou. E se passou, deve ser esquecido”.

Rodrigo Bergsleithner

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Terra histórica e gloriosaO território hoje pertencente ao município de Santo Ângelo/RS integrava, até

meados do século XVIII, a Província das Missões Orientais, administrada pelos padres jesuítas, sob as ordens dos Reis da Espanha. Com o Tratado de

Madrid, assinado em 1750 entre Portugal e Espanha, essas terras passaram para o domínio português, permutadas pela Colônia do Sacramento. Em 1752, começaram as campanhas conjuntas de Portugal e Espanha para expulsar os jesuítas e subjugar as reduções, mas os índios se revoltaram contra as ordens de abandonarem suas terras. Nessas lutas e guerrilhas, celebrizou-se o caudilho Sepé Tiaraju.

Somente em 1757 foi conseguido dar-se cumprimento ao Tratado. Mais tarde, porém, passou a região a ser governada por milicianos espanhóis. Em 1801, porém, José Borges do Canto e Manoel dos Santos Pedroso reconquistaram as Missões, inte-grando-as, definitivamente, na área rio-grandense.

O território do município, no qual hoje se localizam três das antigas reduções dos Sete Povos das Missões, pertenceu, sucessivamente, a Rio Pardo, Cachoeira do Sul e Cruz Alta, criados em 1809, 1819 e 1834, respectivamente.

Em 22 de março de 1873, pela Lei Provincial nº 835, foi Santo Ângelo emancipado de Cruz Alta, sendo instalado como município em 31 de dezembro de 1874, com uma área territorial de mais de 12 mil quilômetros quadrados, estendendo-se os limites até as margens do rio Uruguai.

Em 1931, desmembrou-se de sua área territorial o município de Santa Rosa/RS, que mais tarde se subdividiu em múltiplos municípios que hoje formam a Grande Santa Rosa; o município de Giruá, o de Catuípe e parte do município de Guarani das Missões, e parte ainda para a formação do município de Doutor Augusto Pestana, restringindo, assim, sua área em mais de 60%.

Pela história desta terra das antigas Missões Jesuíticas, constata-se que Santo Ân-gelo, última redução dos Sete Povos, fundada em 1707, já nasceu predestinada a ser um grande município, ao qual ficou reservada a tarefa de reconquistar as glórias do

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passado, lembradas pelas imponentes ruínas das majestosas Ruínas de São Miguel, localizadas em sua área territorial até a década de 1980. Redução esta em que se con-centrava a administração religiosa das demais reduções, onde a Catedral Angelopo-litana, no Centro Histórico de Santo Ângelo, na Praça Pinheiro Machado, é cópia das Ruínas que hoje pertencem a São Miguel das Missões/RS.

A década de 1930 foi marcada pela expansão da atividade industrial no país, um momento chamado como “A Revolução Industrial no Brasil”. Devido à crise da bol-sa de Nova Iorque, a cafeicultura entra em declínio transferindo investimentos para a expansão da indústria. Mas foi após a Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945), de-vido à devastação da Europa e à consequente impossibilidade de exportação de pro-dutos, que o Brasil começa a diversificar a produção industrial. Um dos importantes fatores para a industrialização brasileira foi a utilização das ferrovias que cortavam os principais centros do país.

O município de Santo Ângelo também acompanhou esse processo, já nas duas primeiras décadas há registros de algumas fábricas, organizadas em sua maioria no âmbito familiar. Mas foram nas décadas de 1930 e 1940, com a via férrea em pleno funcionamento, que surgiram no município indústrias e fábricas que se tornariam referência e parte da memória e da história econômica do município.

No futebol, a cidade começou com o Carioca Futebol Clube, o Sport Club Mis-sioneiro e o Vanguarda Futebol Clube. Vieram Grêmio Sportivo Santo-angelense, Elite Clube Desportivo, Tamoio Futebol Clube, Associação Esportiva Santo Ânge-lo (AESA), Esporte Clube Santo Ângelo (ECSA) e Sociedade Esportiva e Recreativa (S.E.R) Santo Ângelo. Entre os amadores, foram famosos o Tuiuti, Arsenal, Atlântico, Atlético, Vera Cruz, Glória, Crupsa e Renner. No futsal, Olympia, Tamoio, S.E.R San-to Ângelo, URI/Kappa/Posto Tiaraju, Depois das Sete, entre outros.

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Os primórdios do futebol

Era o tempo em que o futebol significava muito mais que uma paixão. Além de um amor incontrolável, uma rotina regada de encontros que reuniam famílias, velhos amigos, mulheres, jovens e crianças. A cidade parava em cada apito

inicial de uma partida que envolvia os clubes santo-angelenses, uma torcida por um futebol apaixonante, com postura e paz nos gramados que nem alambrados possu-íam, pois a rivalidade era sadia, nutrida de uma esperança por um grito de gol, ou meros sorrisos a cada lance engraçado. Era o amadorismo, onde todos os jogadores eram proprietários de suas chuteiras (e como eram pesadas, eram feitas de solado de couro e com uma “biqueira” de couraça. Nada flexível, o que machucava os pés após muito tempo as calçando), os chamados meiões e curtos calções de algodão. O clube pelo qual defendiam só cedia as camisetas, as quais, no final de cada partida, eram recolhidas e lavadas por pessoas que faziam isto pelo amor ao esporte, sem remune-ração nenhuma. Nenhum jogador possuía salário, todos exerciam uma profissão no meio social e, em alguns casos, o máximo que certos craques recebiam era um par de chuteiras para jogar futebol ou uma refeição na sede do clube.

A década de 1920 é considerada como o marco para a popularização do futebol no Brasil. O exemplo mais claro do fenômeno que se tornara ocorreu na final do terceiro Campeonato Sul-Americano de Futebol (hoje, Copa América), quando a Se-leção Brasileira enfrentou a Seleção Uruguaia, em 29 de maio de 1919. A expectativa para a partida era tamanha que o Presidente da República, Delfim Moreira, decretou ponto facultativo nas repartições públicas, enquanto que o comércio do Rio de Janei-ro/RJ não abriu as portas naquele dia.

A popularização do esporte iniciou a briga entre o amadorismo, a realidade da época, e o profissionalismo. Os primeiros indícios de jogadores assalariados vêm do futebol operário, inicialmente usado como lazer e fonte de disciplinarização para seus funcionários. Os donos de fábricas logo perceberam que o sucesso das equipes que levavam o nome da fábrica era um ótimo meio de divulgação dos seus produ-tos.

Entre os anos de 1910 a 1920, quando há pouco tempo existia o Sport Club Inter-nacional (fundado em 1909) e o Grêmio Futebol Porto-Alegrense (fundado em 1903), o município de Santo Ângelo/RS já sabia o que era futebol, pois eram as cores do Vanguarda Futebol Clube, fundado em 1920, formado por militares do Estado de São Paulo, assim como o Carioca Futebol Clube, fundado em 1918/1919, este forma-do por militares cariocas que serviam ao Exército Brasileiro na cidade e que numa simples brincadeira, as famosas “peladas” de fim de semana se tornaram clubes

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amadores do município. O Vanguarda Futebol Clube era convidado pela Liga San-to-Angelense de Futebol (LSF) para disputar o campeonato municipal, assim como em seguida surgiu o Arsenal do Bairro Pippi.

Outro importante clube foi o Sport Club Missioneiro, surgido em 1918/1919, que mantinha duelos marcantes com a equipe ijuiense do 19 de Outubro, mas o que marcou foi uma das raras derrotas sofridas pela equipe em solo missioneiro como o 5 a 2 para o 19 de Outubro, em Santo Ângelo/RS, em junho de 1920, quando Ulysses Rodrigues, redator do jornal A Semana, promotor da Comarca de Santo Ângelo, es-creveu sobre esta partida a seguinte manchete: “Vexame de esconder o rosto”.

O Coronel Bráulio de Oliveira

Nascido em 10 de outubro de 1862, no 2º Distrito de Oliveira, em Santo Ân-gelo/RS, o santo-angelense Coronel Bráulio de Oliveira, filho de Joaquim Tibúrcio de Oliveira e Emília Taborda de Oliveira, teve importância funda-

mental na história do futebol santo-angelense ao participar ativamente da fundação do Club Venâncio Ayres, em 1890, uma equipe amadora de futebol.

Com oito anos de idade, foi com sua família residir em Posadas (Argentina), re-gressando no ano de 1895. Um dos escriturários da Comissão de Terras da Colônia Guarany e Republicano, Coronel Bráulio de Oliveira fez parte da revolução como Major do General Firmino de Paula e foi Comandante da 5ª Brigada de Infantaria da Divisão Norte e da 2ª Brigada de Infantaria. No ano de 1900, foi candidato a Intendente, sendo eleito e reeleito quatro anos depois e, ainda, em 1908 e 1912. No ano de 1906, foi eleito Deputado Estadual e em 1920 tornou-se Chefe do Partido Republicano. A diretora presidente do Tênis Clube de Santo Ângelo, Odila Cáceres, e a vice-presidente, Dora Oliveira, escolheram a Praça Coronel Bráulio de Oliveira como futuras instalações da sede do Tênis Clube.

Em 24 de abril de 1889, com a ala esquerda do antigo Batalhão de Engenheiros, denominou-se 2º Batalhão de Engenharia em Santo Ângelo, sob o comando do Coro-nel Antonio Alves Pereira Salgado. O mesmo construiu quartéis e linhas telegráficas. Em 1901, o comando passou a ser do Tenente Coronel Bento Ribeiro, o qual iniciou a estrada de ferro Cacequy/Inhanduhy, a qual durou até 1906. Um ano depois, sob o comando do Major Setembrino de Carvalho, foi iniciada a construção do trecho Cruz Alta/Foz do Ijuhy. A construção se manteve na época do Tenente Coronel Pan-toggi Rodrigues, que inaugurou o trecho no ano de 1911. Em 1914, outro trecho inaugurado foi o de Ijuhy a Rio Branco.

Nessa época, o cenário gaúcho do futebol já apresentava alguns clubes do interior do Estado que surgiam com suas cores e tradições. Eis que o São Paulo de Rio Gran-de/RS é o primeiro clube de futebol do país, no mesmo ano em que surgiu a Ponte Preta de Campinas/SP. Era difícil saber informações futebolísticas sobre o cenário nacional, mesmo assim os amantes do futebol buscavam o saber nos jornais gaúchos e nacionais sobre este esporte que a cada ano parecia contagiar mais os brasileiros. Muito se falava em craques da época como Ademir Menezes, Tesourinha, Friederi-ch, e nos clubes mais populares, além da dupla Gre-Nal, como os casos do Palestra Itália, Flamengo, Vasco da Gama, Corinthians, Ponte Preta, Coritiba, entre outros.

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Brasileiros e uruguaios realizaram a primeira partida internacional de futebol na Capital das Missões na data de 25 de agosto de 1919, quando em virtude das come-morações da gloriosa data de indenpendência da República do Uruguai, um grupo de brasileiros e uruguaios, residentes em Santo Ângelo/RS, realizou uma partida amistosa de futebol, a qual acabou empatada em 6 a 6, às margens do rio Itaqua-rinchin, onde hoje é o Bairro Gueller. Após, aconteceu um piquenique e um baile de comemoração na Intendência Municipal, com a presença do capitão Graciliano Negreiros, de Solano Bentos, e Paulo Bittencourt. No mesmo ano, houve a marcação de uma segunda partida entre brasileiros e uruguaios no mês de outubro, mas em virtude da enchente no rio Ijuizinho a partida não se realizou, eis que a balsa ficou impedida de fazer a travessia durante seis dias.

A maior alegria de um povo

Praticado em centenas de países, o futebol é um dos esportes mais populares do mundo que desperta o interesse geral de uma nação devido a sua atraente forma de disputa. Embora não se tenha muita certeza sobre os primórdios

do futebol, historiadores revelam que existem vestígios dos jogos deste esporte em culturas muito antigas, logicamente que bem diferenciado do atual futebol, mas com alguma semelhança que já demonstrava o interesse do homem por este tipo de es-porte.

No ano de 1848, numa conferência em Cambridge (Inglaterra), surgiam os pri-meiros passos deste esporte, embora a figura do goleiro tenha surgido somente no ano de 1871, o tempo do jogo (90 minutos), somente em 1875. O profissionalismo no futebol foi iniciado no ano de 1885, mas foi um ano mais tarde, na Inglaterra, que a International Board, entidade cujo objetivo principal era estabelecer e mudar as regras do futebol, quando necessário. Em 1888, foi fundada a Football League com o objetivo de organizar torneios e campeonatos internacionais. No ano de 1891, foi adaptada a regra do pênalti e somente em 1907 surgiu o impedimento.

No ano de 1904, foi criada a Federação Internacional de Futebol Association (FIFA), que organiza até hoje o futebol em todo o mundo. Já no Brasil, foi por inter-médio do paulista Charles Miller, nascido no bairro paulistano do Brás, que surgiu este esporte, quando, ainda criança, aos nove anos de idade, o mesmo viajou para a Inglaterra com a família para estudar. Por lá tomou contato com o futebol, e, ao retornar ao Brasil, em meados de 1894, trouxe na bagagem a primeira bola de fute-bol e um conjunto de regras, tornando-se o precursor do futebol no país. A primeira partida de futebol realizada no país foi em 15 de abril de 1895, entre funcionários de empresas inglesas que atuavam em São Paulo/SP. O duelo foi entre funcionários da Companhia de Gás x Companhia Ferroviária São Paulo Railway.

O já extinto São Paulo Athletic Club foi a primeira equipe de futebol do Brasil, formada em 1894, por Charles Miller. Já a equipe Associação Atlética Mackenzie Col-lege foi o primeiro time voltado para os brasileiros, surgida em 1898. Após vieram o Sport Club Germânia, fundado em 1899, pelo alemão Hans Nobiling, onde hoje

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possui o nome de Esporte Clube Pinheiros. No mesmo ano surgiu o Esporte Clube Internacional de São Paulo, outro clube já extinto no cenário nacional do esporte.

Devido à extinção do departamento de futebol do Germânia, o Sport Club Rio Grande, de Rio Grande/RS, é considerado o primeiro clube de futebol, ainda em atividade, fundado no Brasil. No ano de 1976, a extinta CBD (hoje CBF), instituiu a data de fundação do Sport Club Rio Grande, 19 de julho, como “Dia do Futebol”. O São Paulo de Rio Grande surgiu em 1900.

Em 1902, foi realizado o primeiro campeonato oficial no Brasil, o campeonato paulista de futebol, onde o já extinto São Paulo Athletic Club se sagrou campeão. Em seguida, surgiram novos clubes no país, Sport Clube Americano, Associação Atlética São Bento, Ypiranga e Paulistano, clubes em que existiu forte atuação nos primeiros anos no século XX, mas logo deixaram de praticar o esporte em seguida.

O futebol chega ao Rio Grande do Sul

O futebol no Rio Grande do Sul teve seus primeiros momentos no final XIX. Os primeiros equipamentos para a prática do esporte apareceram na cidade de Rio Grande e municípios próximas da fronteira com o Uruguai. Inclusive

existem relatos de que já se praticava o futebol nas cidades de Uruguaiana e Santana do Livramento antes de 1900. Por influência dos países vizinhos, Uruguai e Argenti-na, também surgiram alguns clubes depois na fronteira gaúcha como, por exemplo, o 14 de Julho, de Santana do Livramento/RS (1902), Sport Clube Bagé (1906), Gua-rany Futebol Clube, de Bagé/RS (1907).

Segundo os registros do historiador santa-mariense, Hermito Lopes Sobrinho, o futebol era praticado nos Colégios Maristas do Rio Grande do Sul desde o ano de 1879, eis que o Colégio Marista de Santa Maria/RS já praticava este esporte no ano de 1903. No município de Pelotas/RS, o futebol foi apresentado na data de 6 de outubro de 1901, com uma partida de exibição no Parque Pelotense, no bairro Fragata. Dois anos depois, houve uma apresentação do Sport Club União (Rio Grande/RS).

Em 1906, aconteceu o primeiro campeonato de futebol disputado no Rio Grande do Sul na cidade de Santana do Livramento/RS. Já a primeira Liga de Futebol sur-giu em Pelotas/RS no ano de 1907. Apesar de estar no Rio Grande do Sul, a equipe mais antiga do futebol brasileiro em atividade, o Sport Club Rio Grande, fundado em 19 de julho de 1900, demorou um tempo para organizar o primeiro campeonato estadual. Desde o início do século XX, eram disputadas partidas amistosas, já exis-tiam algumas ligas e competições citadinas e regionais, mas faltava uma entidade que comandasse o futebol. Com a fundação da Federação Rio-Grandense de Futebol (FRGF), mais tarde trocara o nome para Federação Gaúcha de Futebol (FGF), em 18/5/1918, surgiu a possibilidade de existir um campeonato de todo o Estado.

Em 18 de maio de 1918, na sede da Revista Máscara, em Porto Alegre/RS, na Rua General Câmara, diversos dirigentes de futebol de diferentes cidades gaúchas realizaram o 1º Congresso do Futebol Gaúcho, com o objetivo de unir as ligas exis-tentes pelo Estado e torná-la única, com a finalidade de se organizar um campeonato estadual.

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O congresso foi presidido por Francisco Simões Lopes, primeiro mandatário do Esporte Clube Pelotas, e contou com a presença de Victor Rodrigues (presidente do Esporte Clube Cruzeiro e representante do Esporte Clube Uruguaiana), Izoldo Leal (representante do 14 de Julho), Arújo Vianna (representante do Guarany, de Cruz Alta/RS), Nestor Fontoura (presidente da Liga de Rio Grande/RS), além de Aurélio Py, José Revello, Washington Martins e Antenor Lemos.

A primeira diretoria foi formada pelo presidente Aurélio Py, o vice-presidente Francisco Simões Lopes, o tesoureiro Washington Martins e os secretários Nestor Fontoura e José Revello. A Federação Rio-Grandense de Desporto, hoje Federa-ção Gaúcha de Futebol, foi reconhecida pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD), hoje CBF, em 10 de agosto de 1918.

O primeiro campeonato

O primeiro campeonato gaúcho de futebol que seria disputado em 1918 pelo Cruzeiro (campeão de Porto Alegre), Brasil (campeão de Pelotas) e 14 de Julho (cam-peão de Santana do Livramento) foi cancelado devido à Febre Espanhola que asso-lava o Rio Grande do Sul no segundo semestre daquele ano.

Assim, em 1919, o campeonato gaúcho surgiu com a participação de Grêmio, Bra-sil de Pelotas e 14 de Julho. O Grêmio Esportivo Brasil, de Pelotas/RS, foi o 1º cam-peão gaúcho de futebol, tendo como vice-campeão o Grêmio. Em 1920, o campeão foi o Guarany, de Bagé/RS, que venceu o tricolor da Azenha, na final.

O campeonato estadual, nos primeiros anos, era dividido em quatro regiões e os vencedores de cada região disputavam o título gaúcho. A 1ª Região era disputada pelos campeões de Porto Alegre, São Leopoldo e Caxias do Sul. A 2ª Região era disputada por clubes de Bagé, Rio Grande e Pelotas. A 3ª Região era disputada por equipes de Santa Maria, Cachoeira, Tupanciretã, Passo Fundo e Cruz Alta. A 4ª Re-gião tinha clubes de Santana do Livramento e Uruguaiana. Nos anos 1919 e 1920, a 3ª Região não teve representantes nas finais do Estadual. Este sistema de disputa por regiões permaneceu até o ano de 1960.

O Grêmio foi o primeiro clube a conquistar o bicampeonato do campeonato gaú-cho ao vencer nos anos de 1921 e 1922, contra o Riograndense (Santa Maria/RS) e Guarany (Alegrete/RS), respectivamente. Nos anos 1923 e 1924, não houve a disputa do campeonato gaúcho de futebol devido à Revolução Federalista. O Bagé venceu o Grêmio na final do campeonato gaúcho de futebol em 1925. O Grêmio deu o troco no ano seguinte, vencendo a equipe bageense na final e conquistando o Gauchão pela terceira vez. O Internacional conquistou o seu primeiro campeonato gaúcho em 1927, contra o Bagé. Em 1928, quem levou o campeonato foi o Sport Club America-no, de Porto Alegre, vencendo o Bagé, na final. Em 1929, o Cruzeiro, de Porto Alegre, foi o campeão ao derrotar o Guarany, de Bagé. Em 1930, o Pelotas foi campeão ao vencer o Grêmio, na final.

O Grêmio voltou a ser campeão gaúcho nos anos de 1931 e 1932, vencendo na final Guarani (Alegrete/RS) e Pelotas, respectivamente. O São Paulo, de Rio Grande/RS, foi o campeão em 1933 ao vencer o Grêmio. Em 1934, o Internacional conquis-

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tou o seu segundo campeonato estadual ao derrotar o 9º Regimento Infantaria. Em 1935, o 9º Reg. Infantaria foi campeão gaúcho ao derrotar o Grêmio, na final. Em 1936, o campeão foi o Rio Grande, que derrotou o Internacional, na final. Em 1937, o campeão gaúcho foi o Grêmio Santanense, ao vencer o Rio-Grandense. Já em 1938, quem conquistou o campeonato gaúcho foi o Guarany, de Bagé, vencendo o Rio-Grandense. Em 1939, o Rio Grandense foi campeão ao derrotar o Grêmio Santanen-se, na final.

O Internacional foi a primeira equipe a conquistar o Gauchão por mais de duas vezes seguidas, até então só o Grêmio havia vencido dois anos consecutivos em 1921 e 1922, e em 1931 e 1932. Para acabar com os dois bicampeonatos que o rival já pos-suía, o Internacional foi logo hexacampeão, vencendo os campeonatos estaduais de 1940 a 1945, época do famoso time “Rolo-Compreenssor” do Colorado. Nesse perío-do o Internacional derrotous na finals as seguintes equipes: Bagé (1940), Rio Grande (1941), Floriano (1942), Guarani, de Cachoeira (1943), Bagé (1944) e Pelotas (1945).

O Grêmio voltou a conquistar o Estadual em 1946, após 13 anos de jejum, vencen-do o Rio Grandense, na final. O Internacional foi bicampeão gaúcho em 1947/1948, ficando como vice-campeão Floriano e Grêmio Santanense, respectivamente. O Grê-mio conquistou o Gauchão de 1949, ao bater o Floriano, na final. O rival Interna-cional conquistou o tetracampeonato, vencendo nos anos de 1950 (vice-campeão: Floriano), 1951 (vice-campeão: Pelotas), 1952 (vice-campeão: Floriano) e em 1953, com o Brasil, de Pelotas, na decisão.

Após 14 anos, novamente uma equipe fora a dupla Gre-Nal conquistou o cam-peonato gaúcho. O feito foi do Renner, em 1954, ao ganhar do Brasil de Pelotas. Em 1955, o Internacional garantiu o título ao vencer o Brasil, de Pelotas. O pentacam-peonato do Grêmio aconteceu de 1956 a 1960, derrotando os seguintes adversários na final: Pelotas (1956), Bagé (1957), Guarany, de Bagé (1958), Farroupilha (1959) e Pelotas (1960).

Após 40 edições do campeonato gaúcho, somente no ano de 1961, Grêmio e Inter-nacional realizaram uma final do certame. E foi vencido pelo Internacional.

O Grêmio conquistou os campeonatos de 1962, 1963 e 1964, todas com o Inter-nacional como vice-campeão, em 1965 contra o Juventude, e em 1966, 1967 e 1968, todas com o Internacional como vice-campeão, fechando o Heptacampeonato Gaú-cho. Até então, o recorde consecutivo de conquistas era do Internacional que havia sido hexacampeão.

O Internacional quebrou mais um recorde sendo octacampeão ao conquistar to-dos os campeonatos gaúchos no período de 1969 a 1976 e tendo o rival Grêmio como vice-campeão em todo esse período. Recorde não batido até os dias de hoje.

Em 1977, o Grêmio quebrou a hegemonia sobre o Internacional, conquistando o Gauchão após oito anos de jejum. O Internacional conquistou o campeonato gaúcho de 1978, novamente sobre o rival, na final.

O Grêmio venceu o estadual de 1979 contra o Esportivo, na final, e em 1980, der-rotando o Internacional, na final. O Internacional foi tetracampeão ao vencer os esta-duais de 1981 a 1984, com exceção ao ano de 1983, quando a final foi contra o Brasil, de Pelotas, nos anos de 1981, 1982 e 1984, o Grêmio ficou com o vice-campeonato.

O Grêmio conquistou o hexacampeonato gaúcho de 1985 a 1990, tendo o Inter-

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nacional como vice-campeão nos anos de 1985, 1986, 1987, 1988 e 1989. Em 1990, o vice-campeonato ficou com o Caxias.

Após seis anos sem conquistar o campeonato gaúcho, o Internacional conse-guiu o bicampeonato em 1991/1992, vencendo o Grêmio nas duas finais. O Grêmio foi campeão em 1993, na final, contra o Internacional. O Internacional conquistou o maior campeonato gaúcho de todos os tempos, disputado por pontos corridos, em 1994, ficando o vice-campeonato para o Juventude. O Grêmio foi bicampeão em 1995/1996, derrotando o Internacional e o Juventude na final, respectivamente.

O Internacional venceu o Grêmio na final e ficou com o Gauchão de 1997. Em 1998, após 43 anos, uma equipe fora da dupla Gre-Nal volta a conquistar o campeo-nato gaúcho: o Juventude. O Internacional foi o vice-campeão.

Em 1999, o Grêmio vence o Internacional, na final, e conquista o título. Em 2000, o Caxias vence o Grêmio, na final, e conquista o campeonato gaúcho. Em 2001, o título fica com o Grêmio ao derrotar o Juventude, na final. O Internacional é tetracampeão no período de 2002 a 2005, vencendo o XV de Novembro, de Campo Bom/RS, em três finais (2002, 2003 e 2005) e a Ulbra de Canoas/RS, em 2004.

Após seis anos sem a dupla Gre-Nal disputar uma final do campeonato gaúcho, Grêmio e Internacional decidem o campeonato em 2006. O Grêmio é campeão. Em 2007, o Grêmio derrota o Juventude e fica com o bicampeonato.

Em 2008, o Internacional aplica a maior goleada da história do campeonato gaú-cho em uma final ao vencer o Juventude por 8 a 1 e conquista o título. Em 2009, o Internacional fica com o bicampeonato ao repetir a maior goleada da história. Desta vez, 8 a 1 no Caxias, na final.

Em 2010, o certame foi vencido pelo Grêmio nas finais contra o Internacional. Em 2011, o Internacional venceu o seu 40º campeonato gaúcho sendo treinado por Paulo Roberto Falcão, vencendo o Grêmio nas finais, time este treinado por Renato Por-talluppi. Foi o duelo dos técnicos que marcaram a história dos dois clubes e sendo os maiores ídolos dos mesmos.

A família Taborda e o futebol

Nascido no município de Giruá/RS, em 26 de dezembro de 1940, Eloir Leite Taborda, conhecido no desporto santo-angelense como “Lolô”, é filho de Fernando Corrêa Taborda e Porfíria Leite Flores Taborda, e possui sete ir-

mãos: João, Eli, Edu, Edite, Edir, Leida e Maria Helena. Como seus avôs maternos, Nicolau Leite de Oliveira e Marinha Flores de Oliveira, e avós paternos, João Corrêa Taborda e Felipa Cardoso Taborda. Foi aluno do Colégio Onofre Pires e do Colégio Sepé Tiaraju, e, em Giruá/RS, no Colégio Otávio Boss. “Os meus melhores amigos em sala de aula foram Ênio Nardão, Aldo Nardão, Rodolfo Ernesto Bergsleithner, Lauri Gewher, Pílson Bornes, Darci Silveira e Ênio Zardin. Os professores mais mar-cantes foram Lilian Ceconi, Leda Stocker e Jorge Meneghetti”.

Eloir é casado com Carmen Silvia Maçans Taborda (nascida em Bagé/RS, no dia 27 de março de 1945), tendo dois filhos, Rogério Maçans Taborda (nascido em Santo Ângelo, no dia 19 de março de 1975) e Elisandra Maçans Taborda (nascida em Santo

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Ângelo, no dia 3 de julho de 1977), e uma neta, Isabela Oliveira Maçans Taborda (nascida em Campinas/SP, em 15 de dezembro de 2001, filha de Rogério Taborda e Sílvia Cristina). Lolô e Carmem casaram em Bagé/RS no dia 24 de dezembro de 1966, na Igreja São Sebastião. Foram morar em Campinas, em 17 de janeiro de 1990.

A esposa, Carmem Silvia, é filha de José Antônio Maçans (Seu Dindo) e Brizan-dra Rodrigues Maçans. Na Capital das Missões, Carmem foi professora nos colégios Catarina Lépori e Ulysses Rodrigues.

A vinda dos Taborda para Santo Ângelo

Nos anos 1940, o município de Giruá era Distrito de Santo Ângelo/RS, onde “Lolô” nasceu e viveu a sua primeira década. Somente por volta dos 10 anos de idade veio a residir na “Capital das Missões”, onde permaneceu até o

ano de 1990, quando se transferiu para Campinas/SP, onde vive até hoje.Segundo ele, sempre teve a vocação para o esporte e cita a influência do pai, Fer-

nando, como fundamental para o início de sua paixão pelo esporte. O pai de Eloir, Fernando Corrêa Taborda, foi atleta e um dos fundadores do América Futebol Clube, de Giruá/RS; porém, em Santo Ângelo, tornou-se um apaixonado pelo Elite Clube Despor-tivo. Inclusive, as grandes equipes do Elite, na década de 1950, contaram com jogadores oriundos do América, de Giruá/RS.

Nos anos 1950, existiam somente três clu-bes em Santo Ângelo, lembra Eloir. “O Grê-mio SS, minha paixão, o Elite e o Tamoio”. Lolô afirma que, mesmo o seu pai sendo elitense, escolheu as cores verdes do Grêmio para torcer. “Tornei-me torcedor apaixona-do mesmo, quando vi aquela brilhante equi-pe de 1952 jogar”, disse.

- O meu primeiro amigo em Santo Ânge-lo foi o Arnone Schimidt. A minha primeira residência foi na rua Tiradentes (nº 769), em 1950. A segunda residência era na rua Con-de de Porto Alegre (nº 1040), em 1952. Ao lado desta casa, havia um campinho de futebol, onde as primeiras partidas de futebol que ali joguei foram ao lado de Jonas Dorneles, Antônio Dorneles e Darci Silveira. Ao lado desta minha residência, havia a Pensão Cecinato, onde conheci os jogadores Hélio e Gago, do Grêmio SS, campeões estaduais em 1952. A minha terceira residência, em 1954, foi na rua Andradas (nº 187).

A quarta casa em que eu morei era na rua Antônio Manoel (n° 1022), em 1956, onde comecei a jogar no Cruzeiro, pois conheci o dono do time, João Lauri Gewehr (irmão do Pula Cerca, campeão estadual pelo Grêmio SS em 1952), Ângelo Cala-

Eloir “Lolô” ao lado do amigo Zenon, um dos maiores jogadores do futebol brasileiro

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bria (irmão do Alfredo Calabria, campeão estadual pelo Elite em 1958), Aécio Motta (Jaburú) e o Rodolfo Ernesto Bergsleithner (Peixe), os meus primeiros amigos no futebol. Em 1958, joguei no Renner ao lado de Vanderlei Camargo Labandeira, João Lauri Gewehr, Alfeu Peçanha, Rodolfo Bergsleithner e Crizomtino Lima. O Acioli Antunes era o presidente do Renner. Disputamos o campeonato citadino nesse ano, organizado pela Liga Santo-angelense de Futebol, e ficamos em 3º lugar. O campeão foi o Arsenal.

Os meus amigos do futebol no campinho da Antônio Manoel eram: Zica Caliari, Roaldo Machado, Antônio Braga, Hélio Opitz, entre outros. Os amigos da juventu-de: Lauri Gewehr, Romalino, Rodolfo Ernesto Bergsleithner, Nízio Calabria, Gilber-to Martin, Marino Doberstein, João Maurício Franco, Vanderlei Camargo, Norberto Ramser, Iran Severo, Arnaldo Copetti Dornelles, Serloque Ferreira, Aderbal Ferreira, Nino Carvalho, Erni Ferreira, Arnone Schmidt, Alfeu Peçanha, Crisontino Lima, Aé-cio Motta, Alcides Soares, Salcedo Lautert, Naida Mazzuco, Maria Helena Gomes, Vilma Martins, Renéa Lowe, Marlene Madalena Bergsleithner, Cirlene Inazaki, Ivani Silva Ciervo e Marlene Bratz.

No esporte, o pai de “Lolô”, Fernando Corrêa Taborda, fundou o América Fu-tebol Clube, em Giruá/RS, no ano de 1946, o qual perdurou por dez anos, tendo Gabriel Silva Cierro como o último presidente.

A família sempre foi a base das vitórias

Na minha militância no esporte em Santo Ângelo/RS, sempre tive comigo nas categorias de futebol infantil e juvenil o meu filho Rogério Maçans Tabor-da. Como eu desenvolvi trabalhos nos departamentos de futebol dos clubes

santo-angelenses, inclusive dirigindo até a categoria Master, o surgimento da esco-linha do Grêmio Sportivo Santo-Angelense foi “a menina dos meus olhos”, conta Taborda.

A escolinha do Grêmio SS iniciou com o professor Cometa, depois foi o professor Fábio Bergsleithner. “O meu filho Rogério fazia parte do material humano do de-partamento de futebol do meu clube de coração, o Grêmio santo-angelense”, lembra Lolô. Naquela época, Rogério, carinhosamente chamado de “Tabordinha”, habili-doso craque da perna esquerda, dono da camisa 10, um futebol fantástico, jogador comparado a Djalminha, Denner, Amoroso, entre outros craques, já encantava a to-dos no time do Colégio Marista Santo Ângelo, o qual fora dirigido pelo Irmão Adel-mo Bald, e jogou ao lado de Gustavo Ravásio, o “Guto”, que esteve no Bragantino/SP, S.E.R Santo Ângelo e no futebol de salão santo-angelense, anos mais tarde.

Outros clubes de Santo Ângelo possuíram escolinhas de futebol, como o futsal do Tamoio, dirigido por Milton Malgarejo, e a escolinha do Grêmio SS, no final dos anos 1970, dirigida por Pedro Lanot e João Carlos, o “Gú”.

“O Rogério tinha o espírito de luta em campo. Um bom potencial técnico, mas o seu forte era o drible e a finalização. Era inteligente pra jogar, canhoto e habilidoso. Entregavam-se de corpo e alma ao jogo. Boa aptidão física e lutava sempre pela vi-tória até o último momento. Uma filosofia de sua prática esportiva era a de jamais se entregar, independente do resultado. Um espírito de luta até o apito final”, resume

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Lolô, sobre o filho Rogério.Além do Colégio Marista Santo Ângelo e da escolinha do Grêmio Sportivo Santo-

angelense, “Tabordinha” jogou no futsal do Tamoyo e na escolinha “Craques do Futuro”, em Campinas/SP, chegando a ser cogitado para jogar na Ponte Preta/SP, mas optou por outro caminho em sua vida.

A ESPOSAEloir ressalta que a esposa, Carmen Sílvia Maçans Taborda, foi um troféu baluarte

em sua vida, num brilhante comparativo entre os amores de sua vida: ela, a mulher com quem se casou e teve dois filhos, Rogério Maçans Taborda e Elisandra Maçans Taborda de Sousa; e o futebol, amou freneticamente o Grêmio Sportivo Santo-ange-lense. “Para mim, a Carmen merece meu louvor, como esposa, mãe e companheira. Tudo o que consegui na história futebolística de Santo Ângelo/RS devo a ela, que sempre me apoiou em todos os meus sonhos e desejos”, diz Taborda.

Como surgiu a paixão pelo futebol?

Além de sempre estar presente na história do Grêmio Sportivo Santo-Ange-lense e na fundação da Sociedade Esportiva Recreativa (S.E.R) Santo Ânge-lo, Eloir Taborda fez muito pelo futebol amador santo-angelense. “Fui visto

sempre como a solução da parte técnica dos clubes”, simplifica.Taborda foi presidente da Liga Santo-Angelense de Futebol (LSF), onde conse-

guiu mais espaço e oportunidades para todas as equipes amadoras de futebol da cidade, conhecendo muitos jogadores e se tornando uma pessoa querida no mundo do futebol.

É como coloca o amigo de infância João Lauri Gewehr (in memoriam), nascido em Santo Ângelo/RS, em 11 de Janeiro de 1940, que aos quinze anos de idade for-mou a amizade com Lolô que durou por mais de 50 anos. “Eu conheci o Lolô dentro de campo, jogando pelo Cruzeiro, no futebol de várzea, isso nos anos de 1955/56”, diz Gewehr, carinhosamente chama-do de “Pinto Carçudo”, pelo amigo.

Lauri jogou no Ta-moyo, a partir de 1964, e como militar na épo-ca, defendia o clube ri-val de Lolô. “O Gewehr era um meia fantástico”, resume Taborda. Mais tarde, Gewehr fez parte do Renner e citou como destaques desta época os colegas de elenco Vítor (goleiro), Vanderlei Antunes e Ra-

Eloir Taborda e o amigo Orestes de Andrade, narrador esportivo que passou por Santo Ângelo e Ijuí antes de brilhar com as narrações dos jogos da dupla Grenal, em Porto Alegre. Foi ele o criador da expressão “máquina tricolor”, apelido dado ao Grêmio.

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daelli. O Renner era comandado na época pelo presidente Acioli Antunes, o pai do jogador Vanderlei.

Segundo Gewehr, a cidade de Santo Ângelo/RS formou muitos craques como, por exemplo, Carlinhos Schoroeder, Luís César “Touro” (surgiu no Elite e mais tar-de jogou no Vasco da Gama, sendo o meio-campo reserva de Roberto Dinamite, e no Juventude de Caxias do Sul/RS, tornando-se artilheiro do campeonato gaúcho), João Carlos “Gú”, Lambari, Alberti, Adão Fontana, Wilson Farias, Tibica, Ibanês, Pedri-nho Bandeira, Betinho Bandeira, Laudelino, Hugo, Turco, Arnone, Darci e Saci.

Outro jogador santo-angelense a brilhar no Juventude foi Jacy Carioca, que sur-giu no Elite, e também foi artilheiro do campeonato gaúcho de futebol.

Craques jamais esquecidos

Apontado por muitos como os melhores jogadores de todos os tempos Pelé e Garrincha foram fenômenos no futebol brasileiro. Ter visto Garrincha e Pelé jogar foi a maior glória na vida futebolística de Lolô. “Eu vi o Garrin-

cha jogar, e também vi o Pelé em campo. E por toda minha vida pude acompanhar Zagallo, Amarildo, Quarentinha, Zico, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo, Romário, Be-beto, Renato Portallupi, Ademir da Guia, Zenon, Figueroa, Mauro Galvão, Taffarel, Ruben Paz, Falcão, Valdo, Sócrates, Alemão, Pedro Rocha, Daryo Pereira, Carpeg-giani, Dicá, Jorge Mendonça, Oscar, Rivaldo, Denner, Dunga, Tarciso, Nílton Santos, Larry, Stoichkov, Marcelinho Carioca, Edmundo, Silas... todos estes eu vi jogar, pois sempre fui a muitos jogos de futebol em Porto Alegre/RS, São Paulo/SP e em Cam-pinas/SP”.

A seleção dos craques de Santo Ângelo

Eis uma tarefa difícil, mas Lolô Taborda lembrou de muitos jogadores e assim formou o seu selecionado do século XX, com os maiores jogadores que já ves-tiram as camisetas dos clubes santo-angelenses de todos os tempos: Nercy

Gewehr (Grêmio SS), Adão Fontana (Elite), Wilson Farias (Elite), Bira (Grêmio SS) e Mariano (Elite). Gago (Grêmio SS), Hélio (Grêmio SS) e Fernando “Pança” (Grêmio SS). Carlinhos Schroeder (Elite), Crispim Miranda (Grêmio SS) e Croaré (Grêmio SS). E como técnico, o escolhido foi Ricardo Verri (Grêmio SS).

Entre os selecionáveis, Mariano, lateral-esquerdo, fez parte do elenco do Cru-zeiro, campeão da Taça Libertadores da América em 1976. O meia Gago jogou no Renner F.C e o zagueiro Wilson Farias no Sport Club Internacional. Além de Lamba-ri, que passou pelo Sport Club Internacional. Também podemos destacar o goleiro Hugo, que brilhou na AESA; o meia João Carlos Pinheiro Machado, o “Gú”, grande ídolo no Juventude; os irmãos Pontes; o Mauro Freitas, outro ídolo no Juventude; e os irmãos Antoninho e Walmir Fasolo; além do nosso “Belfort Duarte” Norberto “Tibica”.

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A torcida era a maior diversão

Todo time de futebol possui uma torcida, com um número expressivo ou insig-nificante de torcedores, isso não importa, o que vale é a paixão e a fidelidade por seu clube. Tanto num caso como em outro, torna-se a parte pelo todo. Em

outras palavras, aquilo que é de interesse de um clube, particular, busca transformar em algo de interesse geral.

E foi assim com os alvi-verdes, carinhosamente chamados de periquitos, do Grê-mio Sportivo Santo-Angelense, foi assim com o Tamoyo Futebol Clube, e sua imensa massa de torcedores na zona norte da cidade, e com o Elite Clube Desportivo, na zona Oeste de Santo Ângelo/RS. Recorda Eloir Taborda que diversas famílias santo-angelenses faziam parte desta época gloriosa do futebol santo-angelense, com este três clubes que sacudiam a cidade nos finais de semana, e, mais tarde, já haviam o Esporte Clube Santo Ângelo e a Associação Esportiva Santo Ângelo (AESA), que da mesma forma foram marcantes em cada minuto de angústia, de comemoração e vibração no rosto de cada torcedor. “Nesta época a cidade parava.

O futebol era mais bonito porque não haviam só homens, e sim mulheres e crian-ças. Muitos torcedores levavam as suas próprias cadeiras de casa, formavam uma roda-de-chimarrão e assistiam ao espetáculo à beira do alambrado”, lembra.

Lolô lembra como se fosse hoje, “Não tinha polícia nos estádios e por muitos anos ficou sem alambrado em volta do campo. Ninguém brigava, ninguém morria”.

As famílias nos estádios

E assim fizeram parte da história os brilhantes torcedores: família Bandeira, família Castanho, família Miron, família Geiss, família Berwanger, família Ferraz, família Debacco, família Galiazi, família Baun, família Rocha, família

Franco, família Rodrigues, família Tonetto, família Barboza, família Siqueira, família Kerber, família Fabrício, família Steglich, família Reich, família Silva, família Antu-nes, família Andrade, família Machado, família Fasolo, família Souza, família Viñas, família Minussi, família Zancan, família Camargo, família Ribas, família Schroeder, família Bergsleithner, família Pilau, família Prestes, família Mildner, família Lima, família Costa, família Silveira, família Furian, família Samuel, família Pinheiro, famí-lia Braz, família Bratz, família Lanot, família Lopes, família Farah, família Donadel, família Hanusch, família Nardes, família Loureiro, família Andres, família Meller, família Bauer, família Gewer, família Diel, família Araújo, família Martin, família Calabria... Além dos memoráveis torcedores: “Seu” Fontana, Fry (na época, pro-prietário do Cinema Avenida), Dona Flora, Tamandaré, Ismar Machado, Foguinho Portalette, Hélio Costa, “Seu” Pedrinho, Dona Angelina (a qual sempre dizia que os políticos corruptos deveriam ser enforcados em praça pública), Tio Jeca, Jorge Lied, “Seu” Euclides, “Bozo”, Dionísio da Silva e Naná Pinheiro.

Após o surgimento da S.E.R Santo Ângelo, em 26 de setembro de 1989, muitos destes antigos torcedores ainda fizeram (e ainda fazem) parte da gloriosa e clássica torcida missioneira.

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A amizade com a imprensa

Em Campinas/SP, Lolô possui muitas amizades com a imprensa paulista, parti-cipando de transmissões junto com a equipe esportiva e os recebendo em sua residência para saborear um típico churrasco gaúcho. Foi assim com Valdenê

Amorim, Jaime Kokestein, Reinaldo Porto, Zenon, Alberto Kinália “Beto” e Vagner “Vaguininho”, todos da Rádio CBN. Mas na história deste amor com a imprensa, Eloir Taborda ainda relata a amizade com o gerente da Rádio Central de Campinas/SP, Alfredo Orlando, o qual foi o locutor responsável pela narração do gol nº 1.040 de Pelé, no Estádio Colosso da Lagoa. E na imprensa gaúcha, os amigos da Rádio Guaíba de Porto Alegre/RS como o santo-angelense Orestes de Andrade, Flávio Dal Pizzol, Antônio Augusto Benfica, Luiz Carlos Reche e demais integrantes que por muitas vezes durante jogos da dupla Grenal em Campinas/SP, contra Ponte Preta e Guarani, estiveram presentes na residência de Lolô num festivo churrasco após as partidas e, por muitas vezes, realizando o “Plantão Esportivo” diretamente de sua casa, ao vivo para o país e o mundo. Em Santo Ângelo/RS, Eloir Taborda recorda

dos grandes colaboradores que a imprensa local teve no passado glorioso do futebol como, por exemplo, Utalino Fernandes, Seraphin Corrêa e Oliveira Júnior. Além de Orestes de Andrade, ele cita João de Deus, Hélio Fagundes, Zilber Campos, Rudi Kottner, Lucindo Amaral, João Lied, Flávio Bechler, Danton Mousquer, José Aldo Pinheiro, Jairo Ferreira, Luiz Otávio Zysko, Itamar Stadlober, Luís Valdir Andres, Valter Mildner, Irani Brum, Francisco Delmar, Ely Marchetti, Newton Luiz, Hogue Dornelles, Isaac Feijó, Paulo Renato Ziembovicz, Pontes, Paulo Adão Rosa Cardona, Luimar Klaue, entre outros. Em Campinas/SP, quando a imprensa porto-alegrense visita os estádios Brinco de Ouro e Moisés Lucarelli, nos duelos de Guarani e Ponte Preta contra a dupla GreNal, a equipe que transmite a partida para todo o país (e para o mundo inteiro, via internet) aproveita para rever o amigo “Lolô” e saborear aquele churrasco por ele assado e os deliciosos pratos da “Dona Carmen”.

Amigos das Rádios CBN e Rádio Guaíba na residência de Lolô em Campinas/SP em uma parada para o churrasco após as transmissões dos jogos pelo campeonato brasileiro

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Tudo começou com o Elite...

A primeira partida de futebol assistida por “Lolô” foi o duelo Grêmio SS 4x2 Elite, em 1950, quando iria completar dez anos de idade. “A partida foi no estádio do Elite e fui junto com meu pai nesta partida. Lembro que todos

diziam que as duas equipes eram verdadeiros esquadrões (como era chamado uma equipe forte, na época)”, revela.Neste jogo, ele recorda muito bem dos detalhes, ape-sar dos nove anos de idade, e cita os jogadores Pinheiro e Bira, como os personagens da partida. “Eram dois jogadores rápidos e de estatura média e, mesmo assim, leva-vam vantagem sobre marcadores de estatura alta”.

Um acontecimento marcante nesta partida foi a lesão do goleiro Saratti, ao re-alizar uma defesa, bateu a ca- beça contra o poste e foi levado às pressas ao Hospi- tal Santa Izabel, sendo substituído pelo goleiro reser- va Gaúcho.

Além destes jogadores, “Lolô” lembra de ou-tros craques que vestiam as camisas de Grêmio SS e Elite, tais como: Gewher, Fer- nando “Pança”, Wílson Farias, Saratti, Gaúcho, Pedro Arão “Tinhoso” e Carli-nhos “Só”. “Foi nesta partida que me apixonei pelo Grêmio SS”, diz Lolô.

No ano de maior glória do Elite, em 1958, quando se tornou campeão do Estado, a equipe era um verdadeiro “Esquadrão”, conta Eloir Taborda. “Neste time havia jogadores inesquecíveis como Sueda, Kiko Barboza, Ti-bica, Carlinhos Schroeder, Croaré, Antoninho Fasolo, Walmir Fasolo, Ivan “Ratinho” e Buff, todos comandados pelo técnico Percival Garcia de Oliveira”.

No ano de 1958, o técnico Percival Garcia de Oliveira realizou uma triagem pelo futebol amador santo-angelense e das equipes amadoras levou para jogar no Elite os atletas Eloir Taborda “Lolô”, Luiz César, Enstanislau “Staco”, Mário Alves Machado e João Alves Machado. Estes jogadores foram registrados na Federação Gaúcha de Futebol (FGF) e fizeram parte do plantel campeão neste ano.

No estádio do Elite, com o obejtivo de dar condições técnicas ao clube sob a exi-gência da FGF para poder disputar o campeonato estadual no ano de 1958, Eloir Taborda esteve presente na mobilização dos elitenses para a construção de um novo pavilhão para receber mais torcedores. A comunidade santo-angelense colaborou com diversas doações.

Iniciaram a idéia da construção do pavilhão os diretores Armando Korber, Celso Garcia, Eugênio Geiss, Jorge Lied, João Augusto Rodrigues, “Lolô” e a família Fel-dmann. Além do Presidente Armindo Birck. Para a inauguração do novo pavilhão no estádio foram convidadas as equipes do Cruzeiro (Porto Alegre), Saviana (Uru-guaiana), Grêmio SS e Elite, na data de 28 de Dezembro de 1958.

A equipe vencedora deste “Torneio de Inauguração” foi Saviana, de Uruguaia-na/RS. Mas a melhor partida foi o empate, em 2 a 2, entre o Cruzeiro da capital e o Grêmio Santo-angelense.

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A fusão sempre foi pertinente na história

Antes de Grêmio Sportivo Santo-angelense e Elite Clube Desportivo, existi-ram o Carioca Futebol Clube, o Sport Club Missioneiro e o Vanguarda Fute-bol Clube, todos da década de 1910, mais precisamente no períoro de 1918

a 1920. A primeira ideia de haver uma fusão entre os clubes surgiu em janeiro de 1920, quando os militares pensaram na unificação do futebol, reunindo os atletas do Vanguarda e do Carioca. Mas o assunto não passou de uma única reunião.

O Grêmio SS e o Elite surgiram em 1921. O Tamoio foi fundado em 1944. O Van-guarda voltou à atividade em 1938. Devido às dificuldades em manter o futebol, mesmo não havendo salários (havia somente uma ajuda de custo), onde muitos sequer recebiam uma ajuda e jogavam por amor ao esporte, e sim pelas despesas administrativas e os gastos com as competições, foi criada a ideia de fazer a fusão dos clubes no ano de 1969, quando cogitou-se pela criação do Tagreli Futebol Clube, unindo Grêmio SS, Elite e Tamoio, até então, as únicas equipes que existiam no mu-nicípio de Santo Ângelo/RS.

A ideia voltou à tona em 1972. Em assembleia realizada neste ano, foi decidido que haveria fusão entre os clubes santo-angelenses. O Tamoio queria a fusão com Elite e Grêmio SS. O Elite foi contra. Assim, em 1972, surgiu a Associação Esportiva Santo Ângelo (AESA), unindo Grêmio SS e Tamoio.

Em 1976, os remanescentes da AESA, somados ao apoio das diretorias de Grêmio SS, Tamoio e Elite criaram a Sociedade Esportiva Recreativa Santo Ângelo (SERSA). O nome não agradou à comunidade santo-angelense e, no dia seguinte, foi confir-mada a fusão de AESA, Grêmio SS, Elite e Tamoio, criando o Esporte Clube Santo Ângelo (ECSA).

Com o fim do Esporte Clube Santo Ângelo (ECSA) iniciou-se a decadência do futebol santo-angelense de 1979 em diante. O Tamoio ficou somente com o futsal. O Grêmio SS começou a se organizar em 1979 e, novamente, em 1985. O Elite apostou tudo na ascensão em 1987, mas pecou na reta final da competição, vindo a começar a desfalecer. A única equipe no início de 1989 em atividade era o Grêmio SS. Eis que surgiu outra fusão, entre Grêmio SS, Elite e Tamoio, formando a Sociedade Esportiva e Recreativa (S.E.R) Santo Ângelo em 26 de setembro de 1989.

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Os primeiros clubes de futebol

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O marcante ano de 1919 fez das equipes de futebol que existiam em Santo Ân-gelo entrarem para a história. O Carioca Futebol Clube aplicou 17 a 1 no Amigos de Bagé/RS. São estes os relatos das primeiras partidas de futebol

em Santo Ângelo/RS. Em 1º de dezembro de 1919, em Santo Ângelo, o Sport Club Rio-grandense de

Ijuhy venceu o Sport Club Missioneiro da Capital das Missões pelo escore de 2 a 0. A equipe de Ijuí/RS veio de trem até Santo Ângelo. Antes da partida, houve uma passeata pela cidade puxada pela banda do Batalhão Ferroviário. O juiz da partida foi Lucídio Rodrigues.

Em 10 junho de 1920, o Sport Club Missioneiro foi goleado, em Santo Ângelo, por 5 a 2 pelo 19 de Outubro, de Ijuí/RS, em partida amistosa no Feriado de Corpus Christi.

Como a goleada histórica do Carioca Futebol Clube foi algo inesperado e uma partida de um clube versus um amontado de turistas, não foi esta a primeira partida oficial, o primeiro “match” na Capital das Missões. A primeira, realmente válida, foi a vitória do Sport Club Rio-grandense de Ijuí/RS, por 2 a 0, diante do Sport Club Missioneiro, clube que surgiu no mesmo mês que o Carioca Futebol Clube, porém 13 dias depois. O Sport Club Missioneiro durou de 1919 a 1921.

O primeiro “Match”

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O Carioca Futebol Clube

Surgido entre os anos de 1918/1919, o Carioca Futebol Clube foi a primeira equi-pe de futebol formada em Santo Ângelo/RS. O clube foi fundado por militares que vieram do Rio de Janeiro/RJ transferidos para servir na Capital das Mis-

sões. Fundado e idealizado por Eurico Nunes, proprietário de um Cassino, e pelo Capitão Hélio. O Carioca Futebol Clube teve sua primeira sede na Rua Antunes Ribas (ao lado da residência de Adão Lago Pinto).

Sua camiseta era listrada em preto e vermelho. Até os primeiros anos da década de 1920, o Carioca Futebol Clube disputou partidas contra o Grêmio Sportivo Santo-angelense e Elite Clube Desportivo. Dois jogadores mais marcantes do Carioca F.C foram Tamandaré e Osório Taborda.

O jogador Taborda jogava de revólver na cintura e colocava as mãos no revólver e dizia aos adversários: “Se me deres um drible, eu te meto o revólver”. Quem se lembra deste fato curioso é Dona Santinha Taborda Ferreira.

Em outubro de 1919, o Carioca Futebol Clube disputou uma partida amistosa contra o Oriente de Bagé/RS, uma equipe formada por ferreiros, carpinteiros e cai-xeiros viajantes que veio a Santo Ângelo/RS no intuito de prestigiar uma festa de casamento. Ao todo, eram 12 pessoas, entre parentes e amigos, oriundos de Bagé/RS, das famílias Forester, Schneider e Thon, que chegaram a levar 16 dias de viagem até a Capital das Missões para tal festividade na Linha do Meio.

Conhecendo a zona urbana de Santo Ângelo, realizaram um “match” contra o Carioca Futebol Clube, onde foram derrotados por 17 a 1. O jogo terminou em pan-cadaria, após uma hora de prélio, sendo que o mesmo chegou ao seu término após a bola não ter mais condições de jogo e um cavalo ter invadido o local da partida, com o seu dono correndo atrás do mesmo aos prantos.

Assim foi marcada a primeira goleada em uma partida de futebol em Santo Ân-gelo, cujo autor de cinco gols na partida foi Taborda. O gol de honra da equipe dos “turistas de Bagé” foi anotado por Schaun. Dizem por aí que o temido Taborda havia colocado o revólver na face do goleiro adversário, o qual teria facilitado o montante de gols naquela tarde.

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Há 100 anos, jogador santo-angelense fez parte do “Vovô” Rio Grande

Em 25 de setembro de 1911, ainda não existia futebol em Santo Ângelo, mui-to menos algum clube. Mas no Esporte Clube Rio Grande, o “Vovô”, de Rio Grande/RS, o primeiro clube de futebol do país, lá tinha um santo-angelense

na lateral-esquerda. Tratava-se de Alfredo Touguinha, pai de Coriolano Ferreira Touguinha, o qual era proprietário da Lúmina. Naquela época, o Esporte Clube Rio Grande entrava em campo de camisa branca, gravata, cinturão e bermuda. A esca-lação da equipe neste ano era a seguinte: Ney Rosa, Jacintho Lopes, Manoel Paixão, Porphírio Mello e Alfredo Touguinha. Humberto Lopes, Leopoldo Haemel, Rolando Rotta e Arthur Meirelles. Osvaldo Lopes e Cândido Dias. O técnico era Clodomiro Ferreira. Assim, Alfredo Touguinha foi o primeiro santo-angelense a jogar futebol em um clube profissional e o primeiro atleta deste esporte a ser contratado para jogar por outra equipe, em outro município. Há 100 anos atrás. Antes disso, o atleta Schorr foi o primeiro jogador de Santo Ângelo a jogar no Exterior, na Argentina.

Vanguarda e VanguardaHavia o Vanguarda do início da década de 1920, o qual não durou muitos se-

mestres e realizou algumas partidas contra Grêmio Sportivo Santo-angelense e Elite Clube Desportivo no período de 1920 a 1923. O mesmo Vanguarda voltou na déca-da de 1940, vindo a disputar o campeonato citadino contra Grêmio Sportivo Santo-angelense, Elite Clube Desportivo e Tamoio Futebol Clube. Assim como o Carioca Futebol Clube e o Sport Club Missioneiro, o Vanguarda Futebol Clube também nada conquistou.

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A primeira partida do Elite

No dia 15 de novembro de 1921, no Campo de Desportes (atual Praça Leôni-das Ribas), o Elite Clube Desportivo derrotou o Clube Rio Branco, de Rio Branco (hoje Catuípe/RS), pelo placar de 3 a 1.

A sede do Elite Clube Desportivo era na Farmácia Espíndola, em uma residência da família Schmidt. Na época, a praça possuía o nome de Rio Branco. O campo do Elite ficava localizado nesta localidade, todo fechado por tela. Quando os atletas do Elite venciam os seus jogos, havia a comemoração com desfile em torno da praça, além do tradicional baile da vitória na sede do clube, com o salão todo enfeitado. Em um episódio, a rivalidade com o Grêmio Sportivo Santo-Angelense era tão grande que o salão foi depredado por torcedores rivais. Isso em 1921.

Santo Ângelo era uma cidade pacata no início da década de 1920. Porém, no futebol, a rivalidade já dava sinais de uma paixão que perdurou durante décadas

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Os personagens desta história

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NORBERTO NASCIMENTO LIMA (TIBICA)Jogou no Elite e no Tamoio. Ganhador do Troféu Belfort Duarte em 14 de agosto

de 1962, ao receber uma medalha de prata assinada por João Havelange. 19 anos de carreira como jogador. Foi zagueiro no Elite e meio-campo no Tamoio. Iniciou na equipe juvenil do Tamoio em 1946. “Na época do juvenil do Tamoio, eu treinava com o Tuiuti, Irani Lütz, Arno Schneider, Oliveira Jr, Carlinhos Schroder e Alceu Berwanger”

Jogou no Elite de 1955 a 1962. “Os grandes craques que vi jogar foram Brasil Chagas, Passo Fundo, Toco, Percival e Dário”. “Um jogo marcante foi Elite 1x2 Sport Club Internacional, em 1959, numa partida amistosa. O Internacional tinha La Paz, Chinezinho, Oreco, Luizinho, Larry, Florindo e Lindoberto”.

Jogar um campeonato sem ser suspenso, já é um feito. Agora, jogar dez anos sem qualquer tipo de punição, é extraordinário. E para premiar esse feito foi instituído o Troféu Belfort Duarte. Norberto Nascimento Lima, o Tibica, foi o atleta santo-angelense a receber o troféu.

Diploma em 14 de agosto de 1972, Tibica guarda em sua casa a medalha de ouro e o diploma. Esse prêmio nacional dá direito ao atleta entrar em qualquer estádio do Brasil, sem pagar ingresso. Claro, o simbolismo maior está no fato de o atleta poder transitar livremente, como, por exemplo, em toda parte.

Tibica encerrou a carreira em 1962. No período dos dez anos sem punição, de 1952 a 1962, houve um trabalho intenso dos dirigentes da Liga Santo-angelense de Futebol (LSF), Eloir Leite Taborda e Auri Rodrigues, para que a entidade máxima do futebol brasileiro reconhecesse o feito do jogador. O reconhecimento veio em 1972, dez anos depois do pedido da LSF.

WALMIR JOSÉ FASOLOO meia-atacante Walmir José Fasolo, natural de Três de Maio/RS, nascido em 4

de abril de 1937, já fazia parte da equipe juvenil do Elite no ano de 1952, quando foi campeão juvenil do campeonato gaúcho. Com vinte anos de idade, em 1958 fez par-te do elenco campeão da 2ª Divisão do Gau-chão, abandonando o futebol no ano de 1964. Valmir, ao lado do irmão Antoninho Fasolo, fazem parte da história do futebol de Santo Ângelo, figurando entre os melhores craques de todos os tempos.

“O gol marcante que fiz foi na vitória do Elite, por 3 a 2, no Atlético em Carazinho/RS. O maior craque que teve pelos gramados santo-angolenses foi o Carlinhos Schröeder”. Walmir defendeu o Elite de 1957 a 1964.

ASSIS BRASIL RAMOS ESCOBARNatural de São Borja/RS, mas residente há mais de 40 anos em Santo Ângelo,

Assis Brasil Ramos Escobar foi militar e funcionário público federal. Foi presidente do Tamoio Futebol Clube, ao qual dedicou sua experiência de líder comunitário e desportista de muito talento, sendo que o estádio do Tamoyo, na zona norte da cida-de (hoje Praça da Zona Norte), levou o seu nome. Faleceu em Santo Ângelo em 1987.

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Foi casado com Dalila Boranga Escobar e teve como filhos Eucílio Escobar, Assis Brasil Boranga Escobar e Maria da Graça Escobar Oliveira.

TELMO DE SOUZA1º diretor jurídico da Sociedade, Esportiva

e Recreativa (S.E.R) Santo Ângelo/RS no ano de 1989.

“Eu criei o estatuto da S.E.R Santo Ânge-lo”.

Telmo de Souza estava em São Jerônimo/RS, em 1983, quando Fábio Koff o levou para o Grêmio. No ano do Mundial conquistado pelo tricolor gaúcho, Telmo era o assessor jurídico do clube.

ADÃO MARQUESNatural de Santo Ângelo/RS, iniciou no

Grêmio SS em 1959, atuando no meio-campo. Passou pelo Ouro Verde (Palmeira das Mis-sões/RS), Paladino (Santa Rosa/RS) e Aliança (Santa Rosa/RS). Foi técnico do Dínamo (San-ta Rosa/RS) e da S.E.R Santo Ângelo, vindo a ser campeão estadual de juniores – Série B, em 1993. Depois trabalhou na equipe princi-pal da S.E.R Santo Ângelo.

PAULO HENRIQUEComeçou como jogador no Dínamo (Santa Rosa/RS). Jogou no Internacional de

Santa Maria, Internacional de São Borja, Palmeirense, Tresmaiense, São José (Ca-choeira do Sul/RS) e na S.E.R Santo Ângelo. Em 2000, foi treinador dos juniores da S.E.R Santo Ângelo e, mais tarde, supervisor da equipe profissional. Treinou o time principal da S.E.R Santo Ângelo em 2002. Foi técnico do Santa Cruz, Veranópolis, Grêmio Bagé e Ulbra Canoas. No Ulbra Canoas foi gerente de futebol.

DAISON PONTESConhecido como “Papa-Fila”, Daison Pontes jogou no Cruzeiro de Porto Alegre,

Elite e no Grêmio Sportivo Santo-angelense. Zagueiro “xerife”. Teve curta passagem pelo Sport Club Internacional.

EUVANILDO LUIZ RAVÁSIONatural de Encantado/RS, iniciou jogando no Ipiranga de Sarandi/RS em 1958.

De 1960 a 1962, passou pelo Esporte Clube Encantado/RS. Em 1963/1964, atuou no Missioneiro (Três Passos/RS). Em 1965, convidado por Assis Brasil Ramos Escobar e Orbanabé de Souza Blum fez parte da direção do Tamoio Futebol Clube. Foi da comissão pró-fusão que originou a AESA. Esteve na direção do Tamoyo até 1975. Foi diretor do departamento de futebol dos juniores da S.E.R Santo Ângelo, de 1989 a 1993. Em 1995, era integrante da direção da S.E.R Santo Ângelo. A partir de 2002, fez

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parte da fundação da ASAF no futsal, onde terminou como diretor do departamento de futebol em 2006.

JOÃO LUÍS REISComeçou no Elite em 1987. A convite de Eloir Taborda e Omar Krüger foi para o

Grêmio SS, em 1988. Jogou no Aurora de Cerro Largo/RS, no período de 1989 a 1991. De 1993 a 1998 defendeu as cores do Sepé Tiarajú de Entre-Ijuís/RS.

“Na época em que fui para o Elite, o time tinha Ademir, João Luís, Japão, Antônio e Ma-zinho. Kiki, Zeca, Tijolo ou Gilvan. Elemar, Amarildo e Flávio. O Flávio veio do Sport Club Internacional”.

“O goleiro do Elite, Ademir, mais tarde foi para o Internacional de Porto Alegre ser treina-dor de goleiros. Depois foi para o Japão, onde foi preparador de goleiros da seleção japonesa na Copa do Mundo de 1998”.

EDORILHO BARBOSA DE CAMPOSNatural de São Miguel das Missões/RS, foi um meia-esquerda bom de bola que

atuou no Atlético, time amador de Santo Ângelo, ao lado Mariano, Mauro Freitas, Pontes, Volnei, Cacau, Neca, Djair, Capitão e Marino Doberstein. Em 1964 e 1968, a equipe foi campeã municipal. Eloir “Lolô” era o presidente do Atlético F.C.

JAURI NUNES DA SILVAAo lado de Bogo, Tenente Pinto, Tenente Lauro, Machado, Augusto “Cindinho”,

Sallete, Pinheiro, Lima Flores, Persigo, José Nepomuceno Martin, Valmor Reis, Ma-dalena Burtett, Evanda e Dirce Schneider fundaram o 1º departamento artístico do CTG 20 de Setembro no ano de 1954. Os patrões foram Hélio Borges e Jordão Bitten-court. Brasil Portela foi o diretor artístico.

GEDI CAMARGO RIBEIRONascido em Santo Ângelo em 1º de maio de 1945. Começou no Elite em 1961. Em

1964 foi para o Tamoio. Fez parte do elenco do Tamoyo Supercampeão em 1965.“A equipe de 1965 tinha Arnone Schimidt, Odil, Nadion, Edemar, Caprara, Na-

dir, Altemo, Betinho, Jorge Tavares, Arnone, João Marques e Laudelino”.“Na final de 1965, deu Tamoyo 2 a 1 no Elite, em jogo realizado no Estádio Raul

Oliveira, com a presença da Rádio Guaíba. O Telmo fez para o Elite. Eu e o Laudeli-no fizemos os gols do Tamoyo. A decisão foi em 22/2/1966, mas referente ao campe-onato de 1965. O Hélio Fagundes narrou a partida que teve transmissão da Guaíba para todo o Rio Grande do Sul, com comentários do Lasier Martins e do repórter Lúpio”.

“Os craques que vi jogar foram Paulo Ferreira (Lambari), Pedrinho Bandeira, Croaré, Carlinhos Schroder, Telmo Barbosa, Mariano, Tibica, João Carlos “Gú”, Ar-none Schnidt, Jorge Tavares da Silva, Betinho, Laudelino, Nadion, Nadir e Cláudio Hartmann”.

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PULA CERCANerci Gewher, o Pula Cerca, jogou no Tamoio e no Grêmio Sportivo Santo-ange-

lense. No Grêmio SS, foi campeão estadual em 1952.

TOCOFoi três vezes campeão estadual. Irmão do jogador Tibica, Toco foi atleta do Ta-

moio. Jogou diversos anos no Internacional de São Borja/RS.

CHAGASExtraordinário meia-esquerda jogou no Cruzeiro e no Metropol/SC, Floriano de

Porto Alegre e esteve no Exterior. Foi jogador do Tamoio.

ARTIDOR ZIMMERMANNFoi presidente do Tamoio Futebol Clube e um dos fundadores da Liga Santo-

angelense de Futebol, em 1946.

RENATO JOHANNNascido em Vila Alegria, hoje município de Alegria/RS, foi aluno interno do Co-

légio Santo Ângelo no período de 1954 a 1959. Como jogador de futebol iniciou no Tuiuti e mais tarde fez parte do elenco comandado por Ari Berlando Lopes (in memoriam) no Guion. “Depois do Colégio Santo Ângelo, logo passei a trabalhar na Acisa. Mais tarde fui para Sul Banco, junto com o Elói Pedrazza”, conta.

Renato Johann, conhecido pelo apelido de “Alegria”, jogou nas equipes amado-ras do Atlas, Tuiuti, Casusa, Bureau Atlético Clube e na CRUPSA. O Bureau Atlético Clube foi a primeira equipe campeã da Liga Santo-angolense de Futsal no ano de 1960. “Pela CRUPSA, tive o prazer de jogar ao lado de Zeca Bohn e do Salvador. No Bureau, atuei juntamente com o Ari Berlando Lopes, João Lauri Gewher, Nanico e Mário. Cheguei a jogar, também, no São Luíz de Ijuí/RS, na equipe juvenil, no ano de 1959, ao lado do Perondi e do Bode”.

AURY DALTARO RODRIGUES “KIRK”Aos seis anos de idade, saia do Catecismo e pulava o muro do Elite para assistir

às partidas. Nos anos 1960, participou da diretoria como tesoureiro do Elite Clube Desportivo, na gestão do presidente Lotário Wanckler, e, mais tarde, com o presi-dente Sadi Peçanha.

“O Lotário, que era da empresa de fumo Souza Cruz, empregava os atletas do Elite na firma e depois do expediente os liberava para os treinamentos”, relembra.

Nos anos 1960, foi delegado substituto da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), onde teve o prazer de entregar dois troféus Belfort Duarte aos jogadores “Tibica” e João Carlos “Gú”.

“Vi muitos craques jogarem em Santo Ângelo, tais como: Pinheiro, Adílson (mais tarde atuou no São José de Porto Alegre), Teio, Silva, João Luís, Wílson Miranda, Barbosinha, Juarez, Wilson Farias, Pedro Arão, Luís Feldmann, Carlinhos Schroeder, Floriano, Jacy “Carioca” (mais tarde atuou no Juventude), Tomé, Wagner, Honorato, Abel, Gama, Silva, Papico (de Crissiumal/RS), entre outros”.

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HOFFMEISTERRubens Hoffmeister foi atleta do Grêmio SS de 1950 a 1952. Jogou no Cruzeiro

de Porto Alegre (1952) e, mais tarde, foi presidente do clube. Depois foi presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF). Quando presidente da Federação Gaúcha de Futebol, esteve em Santo Ângelo/RS na primeira reunião que culminou na fusão que originou a AESA.

ALFREDO JOSÉ CALABRIACampeão estadual com o Elite Clube Desportivo em 1958. Estava indo jogar no

Tamoio Futebol Clube, mas acabou no Elite Clube Desportivo. Foi lateral-direito e ponta-direita do Elite.

PAULO HOLSBACHO santo-angolense Paulo Holsbach fez parte da Diretoria da S.E.R Santo Ângelo,

convidado por Rolando Stümpfle e Bruno Steglich, e, mais tarde, foi presidente do clube. Antes disso, trabalhou por 21 anos na Coca-Cola como gerente da VONPAR. Antes da existência da S.E.R Santo Ângelo foi um apaixonado torcedor do Elite Clu-be Desportivo.Sua gestão na S.E.R Santo Ângelo foi em 1992, marcada pela continui-dade do arrojado plano de obras do Estádio da Zona Sul. O gramado onde tantos e legendários craques fizeram a história do futebol missioneiro foi inteiramente troca-do e transformado em um magnífico “tapete verde”.

O velho pavilhão da época do Grêmio Sportivo Santo-Angelense dava lugar a uma moderníssima arquibancada que estava sendo construída com o auxílio da co-munidade e do governo municipal. “Como presidente realizei a construção de dois módulos dos cinco existentes no estádio. A parte de acesso ao estádio e o lado da Avenida Getúlio Vargas”.

ANTÔNIO CARLOS DOS SANTOSUm dos torcedores símbolo do Grêmio, o cidadão honorário de Santo Ângelo

Antônio Carlos dos Santos, conhecido como “Nicaço”, jogou no famoso Arsenal do Bairro Pippi, de 1959 a 1962, ao lado de Jacob José Bergsleithner, Clodomiro Ma-chado da Silva, Chuá, Beltrão, Elói, Ego Radins “Pelego”, Antoninho Fasolo, Abílio, Vandeco, Alci Rolim de Moura, “Javali”, Lourival Deitos, entre outros. “Vi muitos craques passar pela Capital das Missões: Percival de Oliveira, Bira, Fabrício, Wílson Farias, Pedro Bandeira, Dionísio Soares da Silva, César Neto, Valdir Aguirre, Ar-lindo Estrela Jardim, Gilberto Hoffmeister, os irmãos Miron, Ubirajara Mousquer, Inocêncio Pinheiro Machado, Crispim Miranda e o Jelineck”.

PANÇAO Fernando “Pança” chegou a jogar no Aimoré de São Leopoldo/RS em 1959. Foi

companheiro de Mengálvio (que mais tarde brilhou no Flamengo/RJ). Foi jogador do Grêmio SS, campeão estadual em 1952.

GAGOChegou a ser campeão gaúcho pelo Renner em 1954. Foi jogador do Grêmio SS.

Campeão estadual em 1952.

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HÉLIOEra conhecido como o “Malabarista”. Jogou no Grêmio Sportivo Santo-angelen-

se.

ARTUR QUADROSFoi diretor de futebol de Olympia no período de 1982 a 1990, inclusive sendo

campeão estadual de futsal em 1985. Em 1983, a equipe conquistou o vice-campeo-nato no Estado, ao perder a final em Ijuí/RS.

TEN. GABRIEL ALVES MACHADO NETOComeçou no juvenil do Elite Clube Desportivo em 1948, ao lado de Carlinhos

Schroder, “Ratinho” e Odilon. “Meu irmão, Pedro Bandeira, foi jogar no Tamoio e eu fui junto, isto em meados de 1950. Até o ano de 1957, fiquei no Tamoyo”.

Gabriel Alves Machado se tornou Sargento, em Porto Alegre/RS, no ano de 1957, onde jogou no futebol amador no time do Exército. “Me recordo de nossos duelos contra o Aimoré de São Leopoldo/RS e contra o Floriano de Porto Alegre/RS”.

No período 1966/1967 foi vice-presidente do Tamoio Futebol Clube, onde con-quistou o bicampeonato do Supercampeonato da Região, ao disputar o título contra as seguintes equipes: Gaúcho (Passo Fundo/RS), São Luiz (Ijuí/RS), Riograndense (Cruz Alta/RS), Internacional (São Borja/RS), Tamoio Futebol Clube e Elite Clube Desportivo. Em 1968, tornou-se presidente do Tamoio Futebol Clube, criando a “lo-teria do quadro social”. Em seguida, ao retornar de Alegrete/RS para Santo Ângelo/RS, foi técnico da equipe amadora do Operário, conquistando o título de vice-cam-peão por cinco anos consecutivos. No Esporte Clube Santo Ângelo, no período de 1976 a 1978, foi vice-presidente e presidente. “Eu e o Divo comandamos este time que era comandado pelo técnico Boranga”. O jogo inesquecível para o Tenente Ga-briel Alves Machado Neto foi entre Esporte Clube Santo Ângelo e Internacional, na Capital das Missões, com vitória do Colorado por 1 a 0, gol de Escurinho, no ano de 1976.

NADER HASSANComeçou na categoria infantil da AESA, por meio do técnico “Mentirinha”. Jo-

gou no Esporte Clube Santo Ângelo e no Elite. E futsal no Tamoio. Aos 15 anos, a convite de Eloi Pedrazza, fez teste no Sport Club Internacional e de 180 atletas, ficou entre os 22 selecionados.Em 1985, a convite de Eloir Taborda, foi jogar no Grêmio SS. Jogava futsal e futebol de campo ao mesmo tempo. Fez 86 gols no estadual de futsal, onde foi vice-campeão com o Tamoyo, em 1985. No mesmo ano chegou ao Hexago-nal Final do Gaúchão atuando pelo Grêmio SS. Em 1987, jogou no Elite. Encerrei a carreira no Olympia, jogando futsal, em 1990.

CARLINHOS SCHRÖEDERCentroavante de apuração técnica, jogou em 1954, marcando época no Rio Gran-

de do Sul. Foi campeão estadual pelo Elite em 1958. Carlinhos Schröeder foi um dos maiores camisa 9 do Rio Grande do Sul na década de 1950. A imprensa gaúcha che-gou a eleger ele e Larry do Sport Club Internacional como os maiores “matadores” dos anos 50. Carlinhos tinha técnica, categoria e faro para o gol.

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LUÍS JOSÉ ZANCAN JREx-goleiro do Grêmio Sportivo Santo-angelense na década de 1980. Jogou no Ta-

moio e no Elite. Foi treinado por Eloir Taborda.

CÉSAR AUGUSTO PAGLIARINI “ZICA”Era torcedor do Tamoio Futebol Clube. Como jogador foi um exímio centro-

avante que começou na categoria da base da Associação Esportiva Santo Ângelo (AESA), em 1976, trabalhando com o técnico Carlos “Mentirinha”. Em seguida jogou no Passo Fundo e no Tamoio. Já no período de 1979/1980 jogou pelo Grêmio Sportivo Santo-Angelense no campeonato estadual de Amadores. “No Grêmio SS, conheci o Eloir Taborda, ficamos amigos e, mais tarde, compadres”, conta.

Retornou ao Grêmio SS no período 1985/1986, passou pelo Elite em 1987 e en-cerrou a carreira no Grêmio no período 1988/1989. Com a fundação da S.E.R Santo Ângelo, trabalhou na categoria de base e na equipe juvenil nos anos de 2002 e 2003, onde conquistou o campeonato Sul-Brasileiro de Juvenis, em Santa Catarina, em 2005, com a equipe missioneira. Em 2006, foi auxiliar-técnico dos treinadores Beto e Pontes. “O maior craque que vi jogar em Santo Ângelo, na minha época, foi o Tijolo. No último ano do Grêmio SS, o meu compadre Eloir Taborda (Lolô) era o técnico. A nossa última partida oficial neste período, em 1989, foi em Crissiumal/RS. Viajamos em uma Kombi emprestada pelo Irineu”. Zica é compadre de Lolô Taborda.

ANTÔNIO CARLOS MACHADONo período de 1985 a 1989, trabalhou junto com Eloir Taborda na área de Marke-

ting e na Secretaria do Grêmio Sportivo Santo-Angelense. Foi o 1º Secretário da S.E.R Santo Ângelo, em 1989. “Vi muitos craques jogarem em Santo Ângelo como, por exemplo, Alberti, Telmo, Hugão, Edemar, Capitão, Hugo, Jangada, Adílson, Julinho, Betinho, Zé Roberto, Sabonete, Jaconete, Miguel, Sarará, Papa Fila, Joni, Carlinhos, Croaré, Valmir Fasolo, Staco, Antoninho Fasolo, Sueda, Tibica, Adãozinho, Carli-nhos Schroeder, entre outros”.

BURMANNEra o “Canhão das Missões”. A potência do chute era o terror dos goleiros. De-

pois do futebol, foi General do Exército. Jogou no Grêmio Sportivo Santo-angelense

ENNOGoleiro em 1950. Enno Geiss foi jogador e, mais tarde, dirigente de futebol. Foi

jogador do Grêmio SS.

NADIONAdílson Ramires, conhecido como Nadion, atua como zagueiro. Iniciou no Fer-

roviário de Santo Ângelo. Chegou no Tamoio em 1961, onde permaneceu até os anos 1970, onde foi campeão estadual.

ANTÔNIO EVALDO DE OLIVEIRA Natural de Vacaria/RS, Antônio Evaldo “Pontes” iniciou no futebol no Sepé Tia-

raju de Entre-Ijuís/RS em 1970. Depois foi para o Tamoio Futebol Clube. Jogou no Tupy(Crissiumal/RS), Associação Santa Rosa de Esportes, AESA, São Paulo (Rio Grande/RS), Pelotas, Figueirense, Atlético (Carazinho/RS) e Chapecoense. Como

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técnico, treinou o Elite Clube Desportivo em 1987, no último ano do clube com fu-tebol profissional. Após, foi técnico do Grêmio SS (1988), São Luiz de Ijuí/RS, Pelo-tas e S.E.R Santo Ângelo. “A comunidade santo-angelense deve muito ao trabalho realizado pelo Eloir Leite Taborda. Foi o dirigente mais competente com quem eu trabalhei em toda a minha vida no futebol. Ele sempre foi admirado pelos jogado-res”, relata.

LUÍS LUNARDIO médico Luís Lunardi veio do Comandaí para Santo Ângelo. Jogou no Tamoio

Futebol Clube até os 17 anos, onde tinha o apelido de “Sapiranga”. Com 15 anos, jogou a primeira partida contra o Internacional de São Borja/RS. O apelido “Sapiran-ga” foi devido à velocidade de Lunardi e uma homenagem ao ponteiro Sapiranga do Sport Club Internacional. O seu primeiro gol foi anotado no empate em 2 a 2 com o Elite, atuando pelo Tamoyo, na 1ª Divisão em 1970. Depois, jogou três meses no Gaú-cho de Passo Fundo/RS. Foi presidente da S.E.R Santo Ângelo. Com ele no comando, conquistou a 3ª divisão gaúcha (1995) e a 2ª divisão (1996).

LUIZ GONZAGA MELLONascido em 18 de janeiro de 1925, em São Luiz Gonzaga/RS, foi tricampeão da

cidade jogando pelo Grêmio em duas oportunidades: no período de 1943 a 1945 e de 1950 a 1952, fazendo parte do elenco campeão estadual de 1952. Iniciou a sua carrei-ra nos juvenis do Grêmio.

BETINHOJogou no Tamoio Futebol Clube. Mais tarde defendeu o Caxias e o Esportivo.

EDEMAREdemar Nunes Freitas, lateral-esquerdo, iniciou no Tamoio em 1964, onde jogou

até a década seguinte.

BARBOSINHAEdson Silva Barbosa, o meia Barbosinha, veio de Cruz Alta/RS para Santo Ânge-

lo, onde começou jogando no Bandeirantes, da Castelarim. Chegou no Tamoyo em 1968. Foi campeão estadual em 1970.

ORESTES DE ANDRADERadialista e jornalista da Rádio Guaíba. Começou a narrar os jogos de futebol na

Rádio Santo Ângelo no ano de 1969, ao lado de Cláudio Schröeder.“Futebol em San-to Ângelo/RS era com o Eloir Taborda (Lolô). Havia uma briga dele com a imprensa, mas ele tinha boa argumentação e acabava convencen-do a todos”. “O Lolô era o meu companheiro de viagem. Eu viajava junto com a delegação do Grêmio SS e sentava com ele no ônibus”. “O futebol em Santo Ângelo teve dois heróis: Eloir Taborda e Raul Vinãs. Eles fizeram o fu-tebol crescer!”.

“O meu pai era torcedor do Elite. Mas pela

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convivência com o Lolô consegui gostar muito do Grêmio SS”.No período de 1969 até 1976, Orestes de Andrade trabalhou na Rádio Santo Ângelo. Em 1976 foi para a Rádio Progresso de Ijuí/RS. De de 1978 a 1980, passou pela Rádio Sepé, em Santo Ângelo. Depois esteve em Santa Maria/RS e em Catuípe/RS, até se transferir para a Rádio Guaíba em Porto Alegre. “A minha amizade com o Eloir é fantástica. Uma amizade verdadeira. Ele conhece a história do futebol em Santo Ângelo, pois viveu toda esta época. Desde que ele foi residir em Campinas/SP, quando fomos transmitir uma partida da dupla Gre-Nal passamos na casa dele para visitado e saborear um delicioso churrasco. Os maiores craques que vi jogar em Santo Ângelo foram Croaré, Mariano, Téio, Barbosa, Kiko, Carlinhos Schroeder, César e Wilson Miranda”. “Os clássicos das equipes santo-angolenses eram fantásticos. Era uma guerra de nervos. Uma paixão intensa. A cidade se transformava. Lembro quando o jogador Neco deu um chapéu no Figueroa do Internacional, isso foi marcante. O time da AESA era extraordinário! Inesquecível!”.

INOCÊNCIO PINHEIRO MACHADONascido em Osório/RS, em 29 de abril de 1930, iniciou a carreira como jogador

no ano de 1944, no Novo Hamburgo. Em 1945, fez parte dos juvenis do Grêmio de Porto Alegre. Em 1946, atuou pelo Juventude e no ano seguinte retornou ao tricolor da Azenha, na capital gaúcha. Em 1951, veio para Santo Ângelo/RS para atuar no Grêmio Sportivo Santo-Angelense, o qual foi bicampeão da cidade e campeão esta-dual pela equipe alviverde.

LAMBARIAtleta do Tamoyo, Paulo dos Santos, o “Lambari”, foi campeão estadual em 1960.

Mais tarde jogou no Internacional de Porto Alegre. Fez o gol do Inter no 1 a 0 contra o Corinthians, na década de 1970, acabando com o tabu que gaúcho não ganhava de clube paulista em São Paulo/SP. A chuteira do gol está, até os dias de hoje, no Museu do Sport Club Internacional.

JUCAO meia Joaquim Cacique Alves, o Juca, iniciou no Flamengo de Caxias do Sul/RS.

Chegou no Tamoio no final de 1969, no qual jogou durante cinco anos.

ERNESTO JELINECKNascido em Santo Ângelo/RS, em 2 de agosto de 1933, Ernesto Jelineck começou

nos juvenis do Elite em 1949. A convite de Ricardo Verri veio para o Grêmio SS em 1951. Foi bicampeão da cidade e campeão estadual pela equipe alviverde.

ANTÔNIO GUTIERRE COCARONascido em São Borja/RS, em 13 de junho de 1927, Antoninho iniciou a sua car-

reira nos juvenis do Elite em 1940. Em 1942, foi para o Grêmio SS e permaneceu na reserva até o ano de 1944. Foi campeão da cidade em 1945 e em 1948. Mais tarde foi tricampeão em 1950/1951 e 1952, além do título de campeão estadual pelo Grêmio SS.

CRISPIM MIRANDA FILHONascido em São Borja/RS, em 26 de Outubro de 1932, Crispim iniciou no Grêmio

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em 1949, onde se tornou tricampeão da cidade e campeão estadual.

DIVO ALVES RIBEIRONatural de Giruá/RS, foi jogador do Elite (1966 e 1969), São Luiz de Ijuí (1968)

e Grêmio SS (1967). Mais tarde, tornou-se presidente do Elite no período de 1970 a 1985, além de ser presidente da Liga Santo-angolense de Futebol (LSF) e Delegado da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), na época do presidente Juliano Filho Hoff-meister, durante seis anos. Entre os maiores craques apontados por ele na história do futebol de Santo Ângelo estão: Daniel, Croaré, Buff, Nadion, Edemar, Mariano e Carlos Pereira.

OTTO LÖWEGrande personagem da história do Elite. Foi vice-presidente do Elite Clube Des-

portivo. Faleceu no ano de 1963.

BURMANNEra o “Canhão das Missões”. A potência do chute era o terror dos goleiros. Depois

do futebol, foi General do Exército. Jogou no Grêmio Sportivo Santo-angelense.

CLÁUDIOCláudio Hartmann foi jogador do Tamoio (1960) e do Elite (1961/1962). Mais tar-

de jogou no Aimoré de São Leopoldo/RS.

MIRANDACarlos Alberto Miranda, natural de Cruz Alta/RS, iniciou no Guarany da Taba

Índia. Esteve no Tamoio em 1967, vindo a retornar em 1970.

WILSON FARIAS“Eles queriam um atestado de reservista e eu não tinha. Então foi pedido um

documento do Exército em Santo Ângelo/RS. Retirei o atestado e fui jogar no time do Rolo-Compreensor do Sport Club Internacional. Mas acabei trocando o Colorado por um emprego no Banco do Brasil na Capital das Missões”, revela o zagueiro Wil-son Farias, que ficou durante seis meses no elenco do Internacional de Porto Alegre no ano de 1945.

Wilson começou no Grêmio SS e depois foi jogar no Elite. Mas a sua última par-tida oficial foi defendendo as cores do Tamoio no ano de 1952. “Depois de jogar em Santo Ângelo, fui residir em São Luiz Gonzaga/RS, onde joguei em dois clubes de lá: Ypiranga e Roque. No Colorado de Porto Alegre Wilson Farias não chegou a enfrentar o Grêmio enquanto ficou no Inter. Wilson ficou em Porto Alegre morando numa pensão e treinando no Estádio dos Eucaliptos, mas retornou a Santo Ângelo em meados de novembro de 1945. “Um fato marcante na minha carreira como jo-gador aconteceu durante uma partida entre Elite e Internacional, em Santa Maria/RS, quando o goleiro elitense Percival defendeu uma cobrança de pênalti. O juiz ordenou que a cobrança fosse repetida, mas o goleiro Percival defendeu novamente. Então ele pegou a bola e jogou no rosto do árbitro da partida e ordenou que repe-

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tisse a cobrança, ironizando-o”, conta Farias. “Os maiores jogadores que vi jogar por aqui foram João Soares, “Pelincho” Rigon, Passo Fundo, Bolêga, Celizara e Sadi Peçanha”, revela.

MAURO FREITASAos 15 anos de idade, o zagueiro Mauro Freitas já estava jogando pelo Esporte

Clube Pelotas. Em meados de 1961, defendeu as cores do São Paulo de Rio Grande/RS. No período de 1962 a 1967, jogou pelo Juventude de Caxias do Sul/RS. No outro ano estava no Esportivo de Bento Gonçalves/RS. Em 1969, atuou pelo Internacional de Lages/SC e no ano seguinte passou pelo Olímpia do Paraguai e Cascavel do Para-

ná. Em 1971, jogou no Rio Branco do Paraná e no Tamoio, de Santo Ângelo.

De 1972 a 1974 jogou e treinou o Elite. Em 1975 foi treinador da Associação Espor-tiva Santo Ângelo (AESA) e do Botafogo de Três de Maio/RS. Em 1979, treinou o Espor-te Clube Santo Ângelo. “Vi muitos craques em campo. Mas os melhores foram Ederal-do (Pelotas), Solis Rodrigues (Guarany de Bagé/RS), Edemar, Nadion, Nega (Juventu-de), Capitão, João Carlos “Professor Gú” e

Mariano”.“O Esporte Clube Santo Ângelo, presidido por Gabriel Alves Machado, foi um dos times mais fortes que Santo Ângelo já teve. Destaques para os jogadores Branco e Edemar”.

MÁRIO ALVES MACHADONatural de Santo Ângelo, iniciou no Tamoio em 1969, no qual jogou por dois

anos.

ADAIRJosé Adair Oliveira nasceu em Santiago/RS. Iniciou no Ferroviário de Santiago.

Chegou no Tamoio em 1967, no qual ficou até 1971.

ADÃO FONTANANascido em Giruá/RS, Adão Fontana foi convidado pelo professor Carlinhos

Schröder a jogar no Elite, no ano de 1952. Era um exímio lateral-direito. Mais tarde, o treinador Percival o transformou em lateral-esquerdo. Foi jogador de 1952 a 1971.

“Vi muitos craques em campo: Carlinhos Schroder, Brasil Chagas, Pedrinho Bandeira, Bira Mousquer, Miron, Burmann e Wílson Fa-rias”.

“O Buff pegou uma bola no meio de campo e lançou ao Croaré. O Croaré fez que larga-ria a bola para o Carlinhos Schroder (sempre marcado por dois jogadores) e lançou ao An-

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toninho Fasolo, que recebeu a bola na esquerda e colocou, com categoria, no canto direito do goleiro. A jogada do Croaré foi genial. O Carlinhos era um sábio!”.

TATO MAICÁFoi o último presidente do Elite Clube Desportivo, no período 1987/1988. “Sem-

pre fui do Tamoyo. Acompanhava os passos deste clube amado desde o ano de 1965. Porém, por uma questão de amizade com o cidadão João de Deus, fui para o Elite em 1987. Aceitei o desafio de ser o presidente. Neste ano, fomos para as finais do estadual, mas perdemos para o Aimoré de São Leopoldo/RS”. “Na época, vendemos dois mil títulos das piscinas”. “Havia uma parceria da direção com o empreendedor Edson Weiss. Todos desportistas colaboravam quando o clube estava em alta”. “Par-ticipei da fusão dos clubes Tamoio, Grêmio SS e Elite, a qual nasceu a S.E.R Santo Ângelo, em 26/9/1989. Eu, João de Deus e Lunei Altamar Teixeira”.

MARIANONatural de Cerro Largo/RS, Mariano Noé Schmitz jogou no Elite, Internacional

de Santa Maria/RS, Cruzeiro de Belo Horizonte/MG, Taubaté/SP e Sertãozinho/SP. Era o lateral-esquerdo reserva do Cruzeiro que conquistou a Copa Libertadores da América em 1976. Naquele ano, o clube mineiro foi vice-campeão mundial, perden-do a final para o Bayer Munich (Alemanha), e Mariano esteve no Japão. No Elite, Mariano jogou de 1972 a 1974. “Me recordo de grandes craques daquela época em Santo Ângelo como, por exemplo, Volnei, Luizinho, Jarbas, Adíl-son... Todo o time da AESA era excelente”.

DICOArmando Corrêa, o Dico, possuía uma ofi-

cina de bicicletas que levava o seu nome. Foi ele um dos grandes jogadores do Grêmio SS na década de 1950.

PEDRO MANOEL BERGOLIJogou no Tamoyo Futebol Clube (1971/1972 e 1975/1976), Grêmio Sportivo San-

to-angelense (1972) e Esporte Clube Santo Ângelo (1976/1977). Jogou na equipe do Exército de 1970 a 1975. Um fato marcante foi que veio a disputar uma partida no Estádio Mineirão, em Belo Horizonte/MG, na final do campeonato brasileiro de mi-litares, em título conquistado pelo 3º Exército, com Pedro Bergoli titular da zaga.

ADÃO VIEIRA BARCELLOSEx-jogador do Grêmio SS e do Cruzeiro de Porto Alegre, Adão Vieira Barcellos

foi árbitro de futebol. Veio a falecer no dia 1º de agosto de 1976, no campo do Elite Clube Desportivo.

A FAMÍLIA BONESSONo Grêmio SS, na década de 1970, havia a família Bonesso. Eis: Luís Eduardo

“Careca” Bonesso (ex-jogador); Olmiro Bonesso, “Dentinho” Bonesso e Marcelo

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Bonesso (na direção da equipe) e Antônio Augusto “Guto” Bonesso (ex-jogador).

DICO CARIOCADico Carioca, ex-jogador do Tamoio, um excelente jogador que encantou a tor-

cida missioneira, fez muitas amizades na cidade, além de trazer diversos jogadores do Rio de Janeiro para jogar na Capital das Missões. Dico era um grande amigo de Gabriel Alves Machado (presidente do Esporte Clube Santo Ângelo), que fez parte da elite do futebol gaúcho em 1978.

JORGE DO GRÊMIOO quarto-zagueiro do Grêmio SS em 1959, o Jorge foi um grande jogador que se

destacou no futebol gaúcho e foi negociado com o futebol paulista no ano seguinte. Defendeu o Guaratinguetá e, em 1962, a Portuguesa de Desportos. Enfrentou o Rei Pelé pela Taça Brasil e pelo campeonato paulista.

PAULO AZEREDOO médico e vereador Paulo Azeredo começou a trabalhar com futebol no Cruzei-

ro de Porto Alegre em 1976. Então, a convite de Raul Viñas e Eloir Leite Taborda veio trabalhar no Grêmio SS, onde permaneceu até o ano de 1989. Na década de 1990, trabalhou na S.E.R Santo Ângelo e foi vice-presidente do clube.

IVAN DUARTE DA LUZ Campeão estadual pelo Elite em 1958. Começou no Elite com 14 anos de idade.

Só jogou no Elite. Primo do jogador Odilon, o “Canhotinho”. Ivan era chamado de “Ratinho”.

JOSÉ HAMÍLTON PEDRAZZAEm 1961, era um grande amigo do zagueiro Daniel, do Elite Clube Desportivo,

motivo que o fez ir a todos os jogos do clube. Relata que cansou de assistir às brigas nos clássicos entre os três clubes locais, na década de 1960, onde por vezes era neces-sário fugir correndo das arquibancadas para casa. Mais tarde, fez parte da direção da S.E.R Santo Ângelo.

CÉSAR ZARZI NETOMeia-direita, começou no Grêmio SS em 1957. Em 1960, jogou no Gaúcho de Ijuí/

RS. Voltou para o Grêmio SS em 1961. Jogou na AESA em 1973.

ALFREDO CARDOSO FERNANDESNatural do Rio de Janeiro/RJ, começou no Grêmio SS como massagista. Depois

treinou a CRUPSA e o TUIUTI. Em 1970, foi convidado para ser treinador do Tamoio Futebol Clube. Possuía o apelido de “Trovão”.

RAUL VIÑASNatural de Santo Ângelo/RS, mas tendo vivido boa parte de sua infância na Ar-

gentina, o Dr. Raul Vinãs era sobrinho do Coronel Raul Oliveira, o qual foi homena-geado com o nome oficial do estádio do Grêmio SS. Raul Viñas começou a carreira

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como jogador do Grêmio SS, com 17 anos de idade, em 1948. Depois, atuou pelo Tamoyo.

Um ano antes, Viñas ainda residia na Argentina, onde fez parte do elenco do Hu-racán. Na sua estreia no Grêmio SS, marcou os dois gols da vitória de 2 a 1 diante do Tamoyo. Mais tarde, em 1971/1972, Raul Vinãs presidiu o Grêmio SS. Após, ao lado de Assis Escobar e Vi-valdo Severo, fez parte da diretoria da AESA, quando o presidente era Rolando Stümpfle e o técnico, Fran-cisco Neto, o “Chiquinho”.

Em 1985, voltou a presidir o Grê-mio SS ao lado do diretor de futebol Eloir Leite Taborda e dos seguintes dirigentes: Itacir Rocha Dias, João Carlos Almeida, Elói Pedrazza, João Antunes Fernandes Filho, Edson Alvin Mendonça, Inocêncio Silveira Neto, Edson Alvin Mendonça e An-tônio Carlos Machado.

ROBERTO CARAMURU

Roberto Caramuru, um técnico de futebol que já treinou equipes de várias re-giões do país, treinou o Grêmio SS. Foi técnico do Riograndense (Santa Maria/RS), São Carlos/SP, Juventus (Rio do Sul/SC), Internacional (Lages/SC), Moto Clube e Chapecoense.

Em 1976, Caramuru esteve em Santo Ângelo para negociar o seu contrato com a AESA, mas alguns detalhes financeiros não se concretizaram. Em 1985, Caramuru treinou o Grêmio na 3ª Divisão de Profissionais.

GILBERTO KERBERComeçou no Tamoio aos 16 anos de idade. Jogou no Grêmio SS em 1979. Chegou

a realizar testes no Sport Club Internacional. Foi para o Grêmio SS a convite do di-retor de futebol Eloir Leite Taborda. Esteve no futsal, atuando pelo Olympia.

Foi conselheiro jurídico no Olympia. Se afastou do futebol em 1986. Foi comentarista esportivo na Rádio Santo Ângelo. Hoje é ad-vogado e professor universitário. Gilberto é ir-mão do jogador João Alberto Kerber “Batata”, símbolo dos gloriosos tempos do Olympia.

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ANTÔNIO CARLOS PRATES (CAIO)Natural de Ijuí/RS, nascido em 11 de outubro de 1944, foi jogador do infanto

juvenil do Grêmio SS e do Atlântico Futebol Clube no ano de 1958. Foi jogador no juvenil e na equipe profissional do Elite no período de 1960 a 1965. Jogou no Vetera-no Futebol Clube de Carazinho/RS, em 1966. Encerrou a carreira no Tamoyo Futebol Clube, onde atuou de 1967 a 1969.

IBANÊS DE SOUZANatural de Santiago/RS, nasceu em 28 de fevereiro de 1934. Jogou no Tamoyo

Futebol Clube, Elite Clube Desportivo, Floriano Futebol Clube (Novo Hamburgo/RS) e Grêmio Santanense (Livramento/RS).

JOÃO ATAÍDES RIBEIRO DA SILVANascido em Tupanciretã/RS, em 20 de agosto de 1940, foi jogador do Grêmio SS

e do Elite Clube Desportivo.

TEN. DJALMA NUNES DE FREITASFoi presidente do Tamoyo Futebol Clube. Antes, foi tesoureiro do clube. Ao seu

lado, trabalhou com o Tenente Amauri Rodrigues, com o técnico Pedro Bandeira e o Tenente Gabriel Alves.

VALDIR AGUIRREEx-meia esquerda do Grêmio SS, Valdir Aguirre, depois de brilhar na Capital

das Missões atuou no São Luiz de Ijuí/RS. Encerrou a carreira como técnico do São Luiz.

OLMIRO MARGUTTIComeçou no futebol amador atuando no Atlético, vindo a ser tricampeão do cam-

peonato promovido pela Liga Santo-angelense de Futebol (LSF). Jogou no juvenil do Elite de 1969 a 1972. De 1972 a 1979 foi atleta do Grêmio SS. No futsal, jogou na equipe do Debacco, o qual foi vice-campeão estadual em 1973, perdendo a final para o SER CESA de Rio Grande/RS. Fez parte da direção da S.E.R Santo Ângelo.

SADI PEÇANHAComeçou no Vanguarda Futebol Clube. Logo, o Vanguarda se fundiu com o Ta-

moyo. Jogou no Tamoyo e Elite. Em 1968, foi presidente do Elite, assumindo no lu-gar de Hamílton Pulcinelli. Trouxe para o clube os cariocas Gama, Jaci, Silva e Abel. O jogador Abel pertencia ao Internacional e, após passar pelo Elite, foi defender o Flamengo no Rio de Janeiro. Entre os jogadores que passaram pelo Elite em sua ad-ministração, estava Verri, pai do ex-jogador e técnico Dunga, da seleção brasileira.

LEONEL VICENTE BARROS FRANÇAFoi roupeiro do Grêmio SS em 1985, onde permaneceu até 1989. Sempre traba-

lhou ao lado de Eloir Taborda. Foi maqueiro da S.E.R Santo Ângelo. “O Lolô e o Raul Vinãs me levaram para o Grêmio SS. Fiz muita amizade no futebol e conheci boa parte do Rio Grande do Sul. O Edson Mendonça e o Salvador Gutierrez também foram marcantes para o esporte local”.

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JOÃO ALBERTO KERBEREm 1982, João Alberto “Batata” começou nas cate-

gorias de base no futsal, vestindo a camiseta do Olym-pia, já participando do campeonato estadual neste ano. Em 1983, foi vice-campeão estadual em Ijuí/RS, com derrotada para a equipe da Caixa. Em 1985, foi cam-peão estadual pelo Olympia e disputou o campeonato brasileiro neste ano. Em 1990, jogou na SER Santo Ân-gelo no futsal.

Em 1995/1996, jogou no Depois da Sete. Em 2003, jo-gou na ASAF. Em 2004/2005, treinou a ASAF. Em 2006, voltou a treinar a ASAF. Treinou a S.E.R Santo Ângelo na Liga Feminina de Futsal.

CARLOS PEREIRAIniciou no juvenil do Guarani de Santa Maria/RS. Jogou no Atlântico e no Rio-

grandense (Santa Maria). Depois, no Fluminense (Santana do Livramento), Grêmio Bagé, Guarany de Bagé, Juventude, Tamoio, AESA e Elite. Foi árbitro de futebol amador e técnico dos juniores da S.E.R Santo Ângelo. Trabalhou com “Lolô” na Liga Santo-angelense de Futebol (LSF).

VALIN CAMILO DE SOUZANatural de Vacaria/RS, o atacante Valin jogava no Sepé Tiaraju de Entre-Ijuís/RS

e a convite de Lolô Taborda veio jogar no futebol santo-angelense. Jogou no Tamoyo, AESA, Riograndense (Santa Maria), Internacional de Santa Maria, Avenida, Santa Cruz, Lajeadense, Juventude, União (Francisco Beltrão/PR), Joaçaba (Santa Catarina) e Guarani (Venâncio Ayres/RS).

“Fui lançado pelo Lolô, e o jogo inesquecível da minha vida foi uma partida da AESA contra o Grêmio, no Estádio Olímpico, em 1977, quando driblei a zaga toda e o goleiro Mazarópi, mas acabei perdendo o ângulo e não marquei o gol”.

JOCELI EDSON DE MOURA GODOYNatural de Inhacorá (Catuípe/RS), Joceli “Cometa” começou no juvenil do Elite

em 1974. Foi lateral-direito do Elite, Grêmio SS, AESA e Internacional de Santa Ma-ria. Em 1989, foi eleito o melhor lateral-direito da Segundona Gaúcha. “As grandes recordações foram ter atuado contra o Ademir da Guia, um verdadeiro craque. Fui treinado pelo Eloir Taborda e pelo Caramuru no Grêmio SS, e tenho boas lembranças deles”.

SANDOVAL LUCAS LOPESNatural de Alegrete/RS, logo que veio residir na Capital das Missões, como fun-

cionário público, acabou se envolvendo com o esporte. A convite de Firmino Soares dos Reis, tornou-se “Suplente de Cartola” no Tamoio Futebol Clube, sendo vice-campeão estadual de futsal em 1985 (perdendo o título para o Olympia). Antes dis-so, em 1977, trabalhou no futebol de campo do Tamoio, na época do técnico Adair Oliveira.

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PEDRO BANDEIRAFoi um dos fundadores do Tamoyo Futebol

Clube. Jogou no Tamoyo de 1946 a 1966. Mais tarde foi técnico. Treinou o Tamoio, Elite, Grê-mio SS, Nacional (Cruz Alta/RS), Riograndense (Santa Maria/RS) e Atlântico (Erechim/RS). “Eu, o Melinho e o Percival éramos considerados ho-mens maus em campo. Na final do Tamoyo em 1960, diante do Gaúcho, em Estrela/RS, houve uma briga em campo que iniciou com o Saci. Aí foi aquele tumulto. Fui defender o Betinho, meu filho, e eu fui expulso. O juiz era o Nercy Rodrigues. Avançaram em mim. O Prestes entrou e bateu neles. Depois agrediram ele. A polícia invadiu o campo e eu acabei na Federação Gaúcha de Futebol por causa desta briga. Fui suspenso por um ano”.

DIONÍSIO ARO DA SILVAVeio de Santiago/RS para Santo Ângelo/RS. Jogava no Ferroviário, ao lado de

Neurolino “Nenê Canha”. Jogou no Grêmio SS, a convite de Mário Piratini da Rosa, Carlos da Rosa e Coronel Vítor da Rosa. Depois, a convite de Odalci de Oliveira Prestes, o “Prestão”, foi jogar no Tamoyo Futebol Clube.

GUSTAVO RAVÁSIO (GUTO)Ele já havia brilhado nas equipes do Colégio Marista Santo Ângelo na disputa dos

Jogos de Integração Champagnat, disputa entre os colégios Maristas do Rio Grande do Sul, na década de 1980, quando o Colégio Santo Ângelo tornou-se campeão esta-dual em 1989, sob o comando do professor e diretor Irmão Adelmo Bald. Em 1989, “Guto” Ravásio iniciou nas categorias de base da S.E.R Santo Ângelo. Jogou o Efipan pelo Flamengo de Alegrete/RS no período de 1989/1990. Em 1991, foi para o São Pau-lo Futebol Clube, onde permaneceu um ano. Em 1993 e 1994, jogou na S.E.R Santo Ângelo, vindo a ser campeão estadual de juniores. Em 1996, jogou no Bragantino/SP, vindo a disputar o campeonato brasileiro. Após, voltou a jogar na S.E.R Santo Ângelo até 2002. Foi para o futsal, onde jogou na Asaf e URI.

JOSÉ HEITOR SANTOS ANTUNESComeçou na arbitragem em 1977, sendo convidado a integrar a Liga Santo-an-

gelense de Futebol. Fez curso de arbitragem na Federação de Arbitragem em Porto Alegre, onde apitou até 1981. Pertencia ao qua-dro da Federação Gaúcha por meio do municí-pio de Ijuí/RS (futsal e futebol de campo). Pelo quadro da Federação de Porto Alegre, apitava toda a região. Em 1985, foi convidado por Raul Viñas e Eloir Taborda a treinar o Grêmio SS, onde permaneceu por seis jogos sem nenhu-ma remuneração. Nos anos seguintes, apitou partidas do futebol amador. Apitou o Citadino em Santo Ângelo e em Ijuí. Jogou futebol no

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Tamoyo e no Grêmio SS. “Joguei contra o Edelceu Verri, pai do Dunga, o qual foi centro-avante do Gaúcho de Ijuí e do Elite”.

Em 1975, apitou os jogos da Copa Arizona, mesmo ainda sem possuir o curso de arbitragem da Federação Gaúcha de Futebol. “Apitei jogos do Dunga pelo Ouro Ver-de de Ijuí. Na final da Copa Arizona (competição multinacional do cigarro Arizona), entre o Ouro Verde de Ijuí, com o Dunga em campo, contra um selecionado paulista. A partida teve transmissão da Rádio Progresso, com narração do Orestes de Andra-de. Na semifinal, em uma partida do Ouro Verde, o Eloir Taborda foi bandeirinha. Anos mais tarde, trabalhei na arbitragem ao lado de José Roberto Raach, Leonardo Gaciba, Barreto e Fabiano Gonçalves. Outro fato curioso foi que apitando partidas, eu apanhei em campo, num jogo em Coronel Barros/RS, quando expulsei todo o time e o banco de reservas juntos”.

ROLANDO LUIZ STÜMPFLEO médico, mesmo tendo se formado em Porto Alegre em 1961, acompanhou os

três títulos estaduais do futebol santo-angelense, como torcedor, em 1952 (Grêmio SS), 1958 (Elite) e em 1960 (Tamoyo). Em 1962, foi vice-presidente do Elite Clube Desportivo, na gestão de Rigotti, além de ser médico do clube, afinal o Elite era o time do pai de Rolando, o Sr. Germano Luís Stümpfle, o qual gostava muito de fute-bol. “O jogador Staco, nesta época, tinha uma lesão cardíaca e não estava apto para o esporte”.

Em 1958, como o Sr. Germano Stümpfle gostava muito de futebol, além de ser um apaixonado pelo Elite, haviam alguns jogadores do seu clube do coração que se concentravam no Hospital Santa Izabel, antes das partidas. Eram os casos de Clari-mundo, Pelincho, Paraguaio, Luís, Tinhoso, Luís Feldmann e Moreno.

Rolando liderou a comissão Pró-Fusão que culminou na fundação da AESA em 1972, onde ele foi o primeiro presidente do clube. Depois, foi substituído por Luís Carlos Prates na presidência. “Eu, o Prates, o João Augusto Nardes, o Adroaldo Lou-reiro e o Pilau fomos os presidentes da AESA”.

Mais tarde, Rolando liderou outra comissão Pró-Fusão que originou o Esporte Clube Santo Ângelo. “Eu presidi todas as comissões Pró-Fusão, a única que deu certo foi quando não teve nenhum político envolvendo. A S.E.R Santo Ângelo, em 1989”.

Rolando liderou a Comissão Pró-Fusão que originou na fundação da S.E.R Santo Ângelo, em 1989, sendo ele o primeiro presidente do clube, sendo reeleito. Em sua gestão, foi tratado da construção do Estádio da Zona Sul. Haviam 2.000 sócios em 1989. “Sócios 5 Estrela, raspadinha Bônus da Saúde (era o único clube de futebol que tinha a raspadinha em todo o Rio Grande do Sul). Chegamos a sortear em nossas promoções duas Mercedez e duas Mitsubishi. O Bônus da Saúde foi a grande jogada que aproveitamos com a Lei Zico. Todo este dinheiro obtido foi investido na cons-trução do Estádio da Zona Sul, no Complexo Esportivo e Sede Social (antigo Estádio do Elite). Fiquei três anos como presidente”.

NESTOR SIMIONATONatural de Crissiumal/RS, Nestor Simionato jogou no Tupy e foi lateral-direito

do Grêmio de Porto Alegre de 1977 a 1981, quando se transferiu para o Atlético Pa-ranaense. Depois, atuou no Figueirense, Cascavel, Sampaio Corrêa/MA, São Paulo/RS, Caxias, Pelotas, Esportivo e Novo Hamburgo.

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Começou como treinador no Bagé, depois treinou a Associação Tresmaiense, Pal-meirense, S.E.R Santo Ângelo, Veranópolis, São Luiz de Ijuí, Caxias, 15 de Novem-bro, Avenida, Gama/DF, Glória, São José/TO, Grêmio de Porto Alegre, Ulbra, Treze, Pelotas, Inter/SM, CRAC, Luverdense, Brusque. Brasil de Farroupilha e Esportivo.

Em 1995, levou a S.E.R Santo Ângelo da Série C para a Série B do campeonato gaúcho, conquistando o título da 3ª divisão do futebol gaúcho. Em 1996, levou a S.E.R Santo Ângelo da Série B para a Série A do campeonato gaúcho. Neste ano, a fórmula de disputa do campeonato gaúcho colocava o campeão e o vice-campeão da Série B, diretamente no octagonal final da Série A. No octagonal final da 1ª divisão do futebol gaúcho, a S.E.R Santo Ângelo de Nestor Simionato terminou o campeo-nato gaúcho em 3º lugar (o campeão foi o Grêmio), ficando à frente do Sport Club Internacional. Nos duelos contra o Grêmio, a S.E.R Santo Ângelo perdeu por 4 a 0 no Estádio Olímpico e venceu no Estádio da Zona Sul por 1 a 0.

GUILHERME MACUGLIAGuilherme Leoni de Moura Macuglia iniciou como jogador no Grêmio de Porto

Alegre em 1981. Depois jogou no América/RJ, Esportivo, Figueirense, Avaí e São Luiz de Ijuí. Como técnico, iniciou no São Luiz de Ijuí/RS em 1994. Depois treinou o Ypiranga, S.E.R Santo Ângelo, Brasil de Pelotas, Chapecoense, Pelotas, Grêmio, 15 de Novembro, Esportivo, Novo Hamburgo, Internacional (Sub 20), Ulbra, Criciúma, Coritiba, Guaratinguetá, Figueirense, São Caetano, Guarani de Campinas/SP, Amé-rica/RN, Náutico, Chapecoense e Caxias.

ITAGUACY MEIRELLES CORRÊAO advogado Itaguacy Meirelles Corrêa foi diretor de futebol da S.E.R Santo Ân-

gelo nas gestões das grandes conquistas do clube, desde no estadual de juniores em 1993 à ascenção a 1ª divisão do futebol gaúcho, em 1996. Após, Itaguacy foi presi-dente do clube, em duas oportunidades. Itaguacy participou de todas as conquistas da S.E.R Santo Ângelo. Porém, em sua administração, a equipe missioneira foi rebai-xada à Série B do campeonato gaúcho, em 2004. E desde então permanece.

BUCHFINKArlindo Buchfink, nascido em 28 de março de 1939, em Santo Ângelo/RS, come-

çou jogando no Tamoio, mais tarde jogou no Grêmio SS. Ele revela que a sua seleção santo-angelense de todos os tempos no futebol teria Nirto, Banderó, Caio, Athaídes, Daniel, Telmo e Tavares. Betinho, Wílson, Valdir e Olmiro.

LUIZ CARLOS SOUZALuiz Carlos Souza, o Bebê, nasceu em Santo Ângelo em 16/11/1942, e iniciou a sua

carreira no Grêmio SS. Sobre a seleção dos craques santo-angelense apontou Carlos, Caio, Jacomete, Bufink, Ataídes, Telmo e Tavares, Betinho, Clodoaldo, Wílson e Ol-miro.

ANTONINHO FASOLOAntônio Fasolo, junto ao irmão Walmir Fasolo, formou um “ataque dos sonhos”

com Carlinhos Schroeder (pai de Carlos Henrique Schroeder, diretor da Central Globo de Jornalismo), onde foram campeões do Estado em 1958, pelo Elite Clube

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Desportivo.

CROARÉJogou no Elite, onde foi campeão do Estado em 1958, marcando dois gols na vi-

tória sobre o Atlântico por 3 a 2. Mais tarde jogou no Cruzeiro e no Internacional de Porto Alegre.

GILMAR CÉSAR DOS SANTOSGilmar “Capitão” começou no Atlético e logo se transferiu ao Grêmio SS. Jogou

no Elite, Tamoyo, AESA, Associação Santa Rosa, Sampaio Corrêa (Maranhão), Pelo-tas, Moto Clube, Flamengo/PI, Remo e Paysandú. Jogou ao lado de Caio Jr e Flávio Minuano no nordeste brasileiro.

NILZO TADEU MEDEIROS DA SILVANatural de Lagoa Vermelha/RS, meio-campo que atuou no Grêmio SS, Elite, Gló-

ria, Internacional de Lages, Oriental, São Luiz e Aurora. Fez parte da categoria de base do Sport Club Internacional, onde foi treinado por Abílio dos Reis.

ITACIR ROCHA DIASJogou no Grêmio SS de 1960 a 1965. Era lateral-direito. Trabalhou na diretoria do

clube, foi tesoureiro, secretário e vice-presidente do clube missioneiro até 1989.

PAULO ROCHA DIASFez parte da direção do Grêmio SS no ano de 1977. Idealizou diversas promoções

para angariar fundos à equipe alvi-verde como, por exemplo, o Carnaval na Sede Social do clube, sob a coordenação de “Batuta”.

MILTON DEMENEGHIFez história no futsal santo-angelense como atleta e diretor técnico. De 1979 a

1983 fez parte do Tamoyo Futebol Clube.

BRANCOArgemiro Lopes Dores nasceu em Carazinho/RS. Chegou no Tamoio em 1969.

SEVERINO VERRINatural de Ijuí/RS, nascido em 18 de fevereiro de 1900, Severino Verri atuou pelo

Carioca Futebol Clube na década de 1920. Foi presidente do Elite Clube Desportivo em 1958.

PEDRINHO TADEU F. MENEZESNatural de Santo Ângelo/RS, nascido em 26 de maio de 1952, foi jogador do

CRUPSA e TUIUTI.

RUDIMAR DA LUZEx-vereador em Santo Ângelo, certa feita comentou com Eloir Leite Taborda que

a Praça Rio Branco (hoje Leônidas Ribas) era isolada da sociedade, que pouco atraía a comunidade santo-angelense. Então, o edil ouviu a sugestão de “Lolô” Taborda e apresentou o Projeto de Lei, na administração de Adroaldo Loureiro, que a mesma

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fosse transformada em um complexo esportivo. A mesma foi inaugurada em 1993.

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Os grandes acontecimentos

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Os SargentosNos jogos do Elite Clube Desportivo, o Exército Brasileiro sempre estava pre-

sente nas arquibancadas do Estádio da equipe alvinegra, quase sempre ao lado do presidente da Liga Santo-angelense de Futebol. Os militares que não perdiam um jogo sequer eram os Sargentos Michel e Armindo.

Eugênio Gonzales Em partida realizada no ano de 1948, entre Grêmio SS e TamoIo Futebol

Clube, com vitória da equipe alvi-verde pelo placar de 2 a 1, válida pelo campeonato Citadino de Santo Ângelo, foi realizado homenagem póstuma, com um minuto de silêncio, ao desportista Eugênio Gonzales, um dos fundadores do Grêmio Sporti-vo Santo-Angelense, que falecera neste ano em São Paulo/SP. Na preliminar desta partida, o Tamoyo venceu os juniores do Grêmio SS pelo placar de 8 a 2. A renda da partida foi de Cr$ 1.326,00. O Grêmio SS venceu com Percival, Alvício e Mello. Antoninho, Lima e Bira. Adão, Chamu, Arlindo, Zé Luís e Jeferson.

O técnico chorão esteve em Santo ÂngeloEm 1971, o técnico Sérgio Moacir Torres Nunes treinava o Cruzeiro de Porto

Alegre que veio à Capital das Missões enfrentar o Tamoio. Ele, Sérgio, foi um perso-nagem que ficou gravado na história do futebol gaúcho por ser o goleiro do Grêmio no clássico Gre-Nal de inauguração do Estádio Olímpico, vencido pelo Internacional por 6 a 2. Após levar o sexto gol, Sérgio Moacir entrou chorando no vestiário, fato que virou gozação entre a torcida colorada. Como jogador, Sérgio jogou no Floriano de Novo Hamburgo/RS, Grêmio, Internacional e Flamengo de Caxias do Sul/RS. Foi técnico do Aimoré, Cruzeiro, Grêmio e Internacional.

Grêmio SS campeão do torneio do Dia do Futebol em 1953

Grêmio SS, Elite, Tamoyo e Vanguarda disputaram o torneio Dia do Futebol em 1953. Na final, o Grêmio SS venceu o Tamoyo por 1 a 0 na final. Na fase inicial, o Ta-moyo venceu o Vanguarda por 1 a 0. O Grêmio SS venceu o Elite por 1 a 0.

Grêmio SS: Waldemar, Bira e João. Raul, Adão, Cícero, Chera, Vilmar, Arlindo, Cabral e Saul.

Elite: Percival, Wili e Itamar. Melinho, Binha e Hermínio. Alceu, Néca, Walter, Sipo e Derli.

Tamoyo: Chico, Dário e Passo Fundo. Léo, Darcy e Tibica. Bete, Brasil, Crizante, Toco e Vasco.

Vanguarda: Sady, Felipe e Feijó. Tavares, Veiga e Jofre. Almada, Freitas, Zé Luiz, Adi e Moreno.

O goleiro HugoO ex-goleiro da Associação Esportiva Santo Ângelo (AESA) na década de 1970,

Hugo, foi convidado a jogar no México e no Haiti. Além disso, Hugo foi goleiro da seleção brasileira. A ascenção do jovem goleiro que passou pela equipe santo-angelense foi surpreendente para a época deste esporte.

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Balãozinho em Dom Elias Figueroa

Quando o Internacional veio en-frentar a AESA em Santo Ân-gelo/RS, em 1973, o capitão co-

lorado, o zagueiro chileno “Dom” Elias Figueroa foi agraciado com um quadro das Ruínas de São Miguel. Na cabine de rádio estavam Paulo Sant’Anna, Rubens Hoffmeister, Érico Fagundes e Orestes de Andrade.

No jogo entre AESA e Internacional, com vitória colorada por 4 a 2, o joga-dor Neco da AESA (ex-Aimoré de São Leopoldo/RS) foi o grande personagem da partida ao dar um balãozinho em “Dom” Elias Figueroa, considerado o maior zagueiro da história do clube e o maior zagueiro da América do Sul em todo o século XX.

Internacional: Schneider, Cláudio Duarte, Figueroa, Hermínio e Jorge An-drade. Carbone, Carpegianni e Djair (Es-curinho). Valdomiro, Jangada (Manoel) e Volmir (Paulo César). Técnico: Rubens

Minelli.AESA: Hugo, Carlos Pereira, César,

Nei e Ferreira. Vadi, Julinho, Joubert (Luizinho). Eraldo, Neco (Paulinho) e Adílson. Técnico: Laerte Dória.

Arbitragem: Agomar Martins.Gols: Paulinho e Adílson, de pênalti

(AESA). Escurinho, Figueroa, Paulo Cé-sar e Manoel (Internacional).

Em 1959, em Erechim/RS, o Elite disputava a 3ª partida contra o Atlântico, que contava com grandes jogadores em seu elenco: Noronha, Índio, Djalma e Garcia. O Elite era famoso pelos seus destaques: Sueda, Tibica,os Fasolo, Adão Fontana, Cro-aré e Carlinhos. Na véspera da partida, após o jantar, alguns jogadores desfilaram pelas ruas de Erechim/RS, quando neles foram jogadas mandiocas. Quem as jogava, gritava: “mandioqueiros, mandioqueiros!”.

No dia do jogo, o técnico Percival Garcia de Oliveira do Elite, que era famoso por suas “alquimias”, deu ao preparador Passo Fundo um “pó mágico” durante o intervalo para demarcar sobre a linha de fundo no campo do adversário, levantando uma cortina de fumaça. O estádio inteiro viu. De imediato, o massagista do Atlântico entrou no gramado com um balde e vassoura e começou a varrer o “pó mágico”. De nada adiantou, eis que o Elite venceu por 2 a 0.

Deste episódio em diante, o Elite ficou conhecido como “a equipe dos mandio-queiros”. A direção levava na esportiva, porém muitos jogadores não gostavam do apelido e partiam para a briga, quando perturbados em campo por atletas rivais de Grêmio e Tamoio.

Os Mandioqueiros

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Mangas compridasA primeira equipe de Santo Ângelo a usar camiseta de mangas compridas foi o

Atlético Futebol Clube, no ano de 1967.

AESA encarou o Caxias na SerraEm 25 de julho de 1973, a AESA encarou a Associação Caxias na Serra Gaúcha,

vindo a perder por 2 a 0, com gols de Jacy e Osmar.AESA jogou com Hugo, Joubert, César, Nei e Edgar Lopes. Vadi (Mickey) e João

Carlos “Gú” (Julinho). Julinho (João Carlos “Gú”), Adílson, Neco e Paulinho (Eral-do). Técnico: Laerte Dória.

Caxias: Ronaldo, Laurício, Bernardino, Antônio Carlos e Paulinho. Zangão e Os-mar. Sidnei, Borjão, Jacy e Iaúca.

Arbitragem de Luiz Torres, com Verno Kertsen e Osmar Antonielo.

Homenagem à Semana da PátriaEm homenagem à Semana da Pátria, em 4 de setembro de 1948, houve um amis-

toso envolvendo a seleção de jogadores civis versus a seleção de jogadores militares dos clubes Grêmio SS, Elite, Tamoyo e Vanguarda. A partida foi 1 a 1. Gols: Arlindo (Militares) e Lima (Civis).

Militares: Sady, Bira e Mello. Wilmar, Adão e Veiga. Darcy, Botelho, Arlindo, Zé Luís e Saul.

Civis: Waldemar, João e Wílson. Gerdi, Antoninho e Raul. Pedrinho, Binha, Lima, Neca e Brasil.

Goleada em Santa RosaEm 1943, o Vanguarda jogou a sua primeira partida fora de Santo Ângelo, quan-

do enfrentou o Fluminense, em Santa Rosa/RS, e venceu por 5 a 3. A primeira faça-nha da rapaziada do “Benjamin”.

Campanha para colocar tela no campoEm 1953, o Elite realizou uma campanha com o objetivo de arrecadar fundos para

colocar tela em volta de seu campo. A campanha foi promovida por Romeu Gomes e Rodolfo Indenhock.

Os cidadãos que realizaram a doação foram os seguintes: Belmiro Bohn, Arman-do Thiessen, Walter Schlik, G. Luiz Stümpfle, José Picoli, Tancredo Moraes, Antonio Bolzan, Alvino Schrengberger, Hugo Haas, Boleslao Klidzio, Guerta Maerkli, Julio Contarde, Paulo Gressler, Estanislau Leonardo, Max Frey, Alfredo Reinheimer, As-sis Anhenha, Edgar Krug, Zimmermann & Cia, Silfredo Krug, Edwino Lange, Ro-dolfo Rogowski, Transportadora Ijuí, Afonso Atkinson, D.W Schmidt, Mincas Kruel, Amantino Licht, Reinoldo Stocker, Hepp & Cia Ltda, Arthur Christmann, Fredolino Michs, Alfredo Souebon, José Callegaro, Walter Spanring, Antonio Morari Sobrinho, Francisco Hrustchka, Tonetto & Araújo, Antonio Santos, João Colla, Dário Silva, Ma-estro Walter, Carlos Naumann, Luiz Donadel, A. München, João Especinski, Otávio Michel, João Engleitner, Antonio Farah, Plínio Pippi, Luiz Kruel, José Dill, H. Tescke, Ivo Weber, José Brinquedo, Próspero Pippi, Harry Geiss, Francisco Sperotto, Eloy Prado, David Oliveira, Edil Soares de Souza e o Jornal O Debate.

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Virada históricaEm dezembro de 1948, em Ijuí/RS, o São Luiz aplicava 3 a 0 no Elite até os 12 mi-

nutos do segundo tempo. O Elite reagiu e venceu a partida por 5 a 3. Marcando seus gols aos 12’, 17’, 29’, 33’ e 42’ da etapa complementar.

O Vanguarda em 1948O “Caçula” Vanguarda disputava o citadino com Grêmio SS, Tamoyo e Elite. Em

1948, elegeu a sua nova diretoria que ficou assim formada: Aristides Oliveira Vinho-les (presidente); Armando Goulart (vice-presidente); Eurico Almada e Ady Ramos Escobar (secretários); Marcelino Fontoura Vargas e José Domingos da Silva (tesourei-ros); Joaquim dos Santos Salles (diretor recreativo); Arthur Balducci (diretor esporti-vo); Arnaldo Pedroso da Silva (técnico) e Osvaldo de Carvalho (guarda-esporte).

Sérgio GalochaEm 1971, o Tamoio foi derrotado pelo Sport Club Internacional por 1 a 0, no Está-

dio Beira-Rio, com gol de Sérgio Galocha, cobrando penalidade máxima.

Keko e o IgrejinhaEra o ano de 1989, e o Grêmio SS enfrentava o Igrejinha pelo campeonato gaúcho

da 2ª Divisão. Em virtude de uma lesão, provocada pelo gremista César Sapieginski (Keko) no jogador Caio do Igrejinha, o time saiu escoltado da cidade e veio parar em Montenegro/RS, com o ônibus depredado. Eis que a torcida invadiu o gramado para bater nos jogadores santo-angelenses.

Árbitros santo-angelensesEm 1987, a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) formou 4 árbitros santo-ange-

lenses: Antônio Carlos Prates, Carlos Alberto Miranda, João Luiz de Oliveira Sá e Rudimar Schröeder.

Os apelidosO Tamoyo era o “Carcará”. O Grêmio SS o “Flecha Verde da Zona Sul” e o Elite

“O Carijó da Avenida Brasil”. A AESA era o “Canhão Missioneiro”.

Torcida do TamoioOs primeiros torcedores símbolos do Tamoyo Futebol Clube foram Osmar Toso,

“Seu Prestes” (pintor), Alberto Nardon, Olívio Pilau, Luís Pilau, Luís Milani e Ale-xandre Inanoski. Em 1969, o Tamoyo recebeu o apelido de “Carcará”, em home-nagem ao conhecido “Benjamim da Cidade”, música que dizia “O Carcará mata e come”. Mais tarde, o Tamoio foi chamado de “Índio Missioneiro”.

Goleiros na MarechalDois grandes goleiros da história do futebol santo-angelense perderam suas vidas

na Rua Marechal Floriano Peixoto. Os arqueiros Turco, do Tamoyo Futebol Clube, e Nadir, do Elite Clube Desportivo, deixaram as suas marcas na história do futebol missioneiro como grandes camisas 1 do futebol gaúcho. Quem os viu atuando sobre as guarda-metas, teve a mesma opinião: foram grandes goleiros.

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A Liga Santo-angelense de Futebol

Os campeonatos citadinos só surgiram após a criação da Liga Santo-angelense de Futebol (LSF), em 1946, e com o surgimento do Tamoyo, logo se forma-ram três clubes na Capital das Missões: Grêmio SS, Elite e Tamoyo. Antes

disso, só eram disputados jogos amistosos e torneios com a participação dos clubes das cidades vizinhas (Santa Rosa, Ijuí, Cruz Alta, São Borja, Cerro Largo, entre ou-tras). Além dos clássicos entre Grêmio SS e Elite.

Os três clubes clubes eram filiados à Federação Gaúcha de Futebol (FGF). A LSF era filiada à FGF. A Federação Gaúcha de Futebol dava autonomia para que a Liga Santo-Angelense de Futebol organizasse os campeonatos da cidade com o seu aval. Isso deu muita vida para os clubes na cidade e na comunidade local, angariando a simpatia dos torcedores.

O campeonato citadino foi realizado de 1946 a 1971De Santo Ângelo/RS, era o Grêmio SS, Elite e Tamoyo. De São Borja/RS, o Inter-

nacional. De Ijuí/RS, o São Luiz e o Gaúcho. De Cruz Alta/RS, Guarany, Nacional, Riograndense e Ferroviário. De Santa Rosa/RS, o Paladino e o Aliança. E de Cerro Largo/RS, o Aurora.

Entre os personagens marcantes da Liga San-to-angelense de Futebol (LSF) encontramos Alí-pio Rosenthal, Artidor Zimmermann, Gilberto Martin, Bernardino Tavares, Eloir Leite Taborda, Reni Andrade Machado “Charutinho”, Djalma Quadros, Auri Dautaro Rodrigues, Divo Alves Ribeiro, Darcy Cardoso, Bernabé de Souza Brum, João Alberto Lemos e Olívio Pilau. A Liga Santo-angelense tinha a sua sede na rua 14 de Julho, nº 100 (hoje, 25 de Julho).

Camiseta da LSF, que chegou a formar um selecionado de craques e entrar em campo

Eloir Taborda (no detalhe, assinando o documento) fez parte da LSF

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Por iniciativa de Eloir Leite Tabor-da e Raul Viñas, a escolinha do Grê-mio SS voltou a atividade em 1985, com o professor Joceli Godói (Co-meta). Em 1989, sob a orientação do professor Fábio Bergsleithner (foto ao lado), a escolinha de futebol do Grê-mio (criada por Raul Viñas em 1971) voltou à atividade. Em 1987, a escolinha do Elite Clube Desportivo retomou a ati-vidade do trabalho de categoria de base, sob a orientação dos treinadores Nasser e Cometa.

O Pula CercaO goleiro Nercy Gewehr, o “Pula Cerca”, foi o camisa 1 campeão estadual com

o Grêmio SS em 1952. Após largar o futebol foi viver em Pato Branco/PR. O apelido “Pula Cerca” foi dado a ele por chegar sempre atrasado no colégio, o que fazia Nercy ter que pular a cerca para entrar na sala de aula.

Coronel manda bater pênalti Em São Borja/RS, nos anos 1950, era famoso o Coronel Serafim Vargas, pelas suas

incursões no futebol. Quando o Grêmio lá esteve, não deu outra. Entrou em campo, e torcedor fanático do Internacional de São Borja, influenciou o árbitro para a mar-cação do pênalti.

No fim do primeiro tempo, a torcida queria linchar o Paraguaio. Entraram fu-zileiros navais e o polaco sacou de um revólver e colocou o paraguaio nas costas. Foram todos para o ônibus, dispostos a não voltarem para a etapa complementar. Mas o ônibus foi cercado e tiveram que jogar o tempo final.

Tatu baleadoEm 1987, o Grêmio SS trouxe de Pelotas/RS o Geninho, acertando o time. Quando

Geninho chegou, veio junto o desconhecido Tatu. Veio para treinar, treinou e acabou sendo contratado. Afinal, segundo ele, tinha jogado no Gama em Brasília/DF. Jogou três meses e com bons resultados.

Na época, o Grêmio SS era presidido por Chico Nunes. “Eu estava em casa, quan-do as duas da madrugada me chega o Tatu, baleado numa perna, pedindo para eu retirar ele da cidade. Claro que as coisas não poderiam ser feitas dessa forma. Na polícia fiquei sabendo: Tatu era procurado da Polícia de Pelotas/RS, até por homicí-dio. Perdemos um bom ponteiro direito”, disse Chico Nunes.

Além do “ano negro para o futebol gremista”, este episódio frustrou a direção do clube que, além de não acertar nas contratações, ainda geravam problemas extra-campo para resolver, inclusive tendo que se apresentar na Delegacia de Polícia. O jovem Tatu, não foi o primeiro... isto segue até os dias atuais.

As escolinhas do Grêmio SS

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A histórica vitória de 1 a 0 do Sport Club Internacio-nal sobre o Corinthians, com gol de Lambari (ex- jogador do Tamoio de Santo Ângelo/RS), em pleno

Estádio Pacaembu, aconteceu no dia 28 de maio de 1967. O Corinthians estava invicto há quinze partidas e pare-

cia imbatível. Essa foi a primeira vitória de um clube gaú-cho frente a um clube paulista em São Paulo/SP. O Pacaem-bu foi cenário perfeito para mais uma grande apresentação do Corinthians. Mas naquela tarde de 28 de maio de 1967, a Fiel deixou o estádio triste. O time perdeu para o Inter de Porto Alegre por 1 a 0, com um gol de Lambari aos 13 minutos do segundo tempo, pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa. Ao retornarem para a capital gaúcha, os jogado-res do Inter foram recebidos com festa no aeroporto. E an-tes de integrar o elenco do Tamoio Futebol Clube, Lambari apenas frequentava o Estádio para assistir os treinos. Antes de entrar em campo, começou como gandula. O mesmo Lambari, aquele menino simples que trabalhava na Estação Rodoviária de Santo Ângelo/RS, carregando malas, se transformaria num dos grandes jogadores do Sport Club Internacional e viria a ser o primeiro jogador gaúcho a marcar um gol numa competição em São Paulo/SP. A chuteira de Lambari está exibida no museu do Sport Club Internacional até os dias atuais.

O Internacional jogou com: Petzhold; Laurício, Scala, Luis Carlos e Sadi; Lambari e Elton; Carlitos, Bráulio, Davi e Dorinho. Técnico: Sérgio Torres.

Lambari entrou para a história do Inter

Gewehr e Lambari na época do Tamoio

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Elite empata e título fica com o IgrejinhaEm 1968, o empate em 1 a 1 entre o Elite Clube Desportivo e o Esporte Clube Igre-

jinha, garantiu o título de campeão estadual da Primeira Divisão de Profissionais à equipe de Igrejinha/RS. Odon marcou para os donos da casa. Edelceu Verri (pai de Dunga, ex-jogador e técnico da seleção brasileira) empatou para o Elite, que era treinado por Claudinei Araújo.

Elite: Wagner, Daniel, Abel, Adílson e Gama. Honório (Salvador) e Pinheiro. Sil-va, Edelceu, Jacy e Celmar.

Igrejinha: Renato, Luiz Carlos, Gilberto, José e Rui Cidade. Lito (Preguinho) e Chico. Odon, Nery (Catarina), Ataíde e Aldo.

O grande duelo da AESA e Tupy Em 1972, a AESA venceu o Tupy de Crissiumal, em Santo Ângelo, por 2 a 1. A

partida não entrou para a história por algum motivo especial. O fato é que o Tupy de Crissiumal era uma equipe que não possuía um bom time naquele ano, mas costu-mava endurecer a partida contra adversários santo-angelenses. Vitória missioneira no sufoco, com gols de Joel e Luiz Fernando. O técnico da AESA era Laerte Dória. Na zaga do Tupy, o zagueiro Borbolha (pai do goleiro Danrlei, multicampeão no Grêmio na década de 1990, e irmão do goleiro Beto (goleiro reserva de Mazarópi no Mundial de Clubes conquistado pelo Grêmio em 1983).

AESA: Wilmar, Reginaldo, Carlos Pereira, Betinho e Zé Roberto (Edemar). Juli-nho e Djair (Zé Roberto). Eraldo e Paulinho (Luiz Fernando). Adílson e Joel.

TUPY: Darci, Nico, Arno, Borbolha e Roni. Oraci e José. Betinho, Lauro e Darci Klauss (Carlinhos) e Malle.

Arbitragem de Sílvio Rodrigues, auxiliado por Olindo Weck e Hélio Bernau.

O gol que Pelé não fezCom a vitória de 1 a 0 diante do Tamoio, em gol anotado por Lima, aos 16 minu-

tos iniciais, o Elite tornou-se bicampeão citadiano em 1947. Lima do Elite marcou o “gol que Pelé não fez”, acertando um petardo antes da linha do meio-campo, sem chances ao goleiro Chico.

Elite: Percival, Mello e Ângelo. Hermínio, Wílson e Petrowski. Cipó, Neca, Binha, Lima e Nato. Técnico: Lino.

Tamoio: Chico, Daryo e Gerdy. Léo, Toco e Tibica. Darci, Crisanto, Inácio, Brasil e Pedro II.

Grêmio SS fez 5 a 1 no EliteEm 1947, o Grêmio SS carimbou o bicampeonato do citadino do Elite (1946/1947)

– além da festa dos 26 anos de fundação do clube – com uma goleada de 5 a 1. A par-tida foi marcada por um forte vento durante todo o segundo tempo. Vento este que era contra o campo do Elite, eis que o Grêmio SS não cansou de alçar a bola na área do adversário. E deu certo: 5 a 1, no duelo Arlindo Miron x Severino Verri, entre os presidentes que fizeram a aposta de quem venceria o “Derby”. A aposta era vestir, no dia seguinte, a camiseta do clube rival e participar do café do Keller. Mas, no dia seguinte, o presidente perdedor foi salvo pela forte chuva que assolou a cidade.

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Pênalti inventado deu vitória ao Grêmio

Um pênalti inventado deu a vitória ao Grêmio Porto-alegrense diante do Ta-moio, por 2 a 1, no amistoso do Dia do Município, no dia 22 de março de 1972, quando Santo Ângelo completou 100 anos de fundação. O equívoco foi

cometido pelo árbitro Pedro Luiz Argenta. Os gols foram de Loivo e Caio (Grêmio) e Jangada (Tamoio). Esteve em campo, o lateral-esquerdo Everaldo do Grêmio, o qual foi tricampeão mundial com a seleção brasileira em 1970, no México.

Tamoio: Vilmar, Carlos Pereira, Nei, Betinho e Edemar. Luiz Fernando, Julinho (Adair) e Zé Roberto. Joel, Jangada e Adílson.

Grêmio: Jair, Espinosa, Ancheta, Beto Fuscão (Renato) e Everaldo. Paíca e Ivo (Torino). Caio, Oberti, Mazinho e Loivo.

Nos tempos do Tagreli Futebol ClubeEm 31 de dezembro de 1966, o árbitro Wílson Silva Barboza apitou o amistoso da

Seleção da UESA 5x2 Tagreli (selecionado de Grêmio SS, Elite e Tamoyo).UESA: Odil, Tinho, Bufe (Gastão). Adão, Carroça, Tavares e Salvador. Betinho,

Fôppa, Gedí e Olmiro.Tagreli: Nadir, Canhoto, Caio, Daizon Pontes e Edemar. Barbozinha, Lambari,

Juarez, Telmo, Croaré e João Carlos “Gú”.

Pai de Lolô comanda os 6 a 1 do EliteComandado por Fernando Corrêa Taborda, pai de Eloir Leite Taborda, em abril

de 1953, logo após o Grêmio SS ter conquistado o título estadual (referente ao ano de 1952), o Elite iniciava a sua preparação para a temporada num duelo entre os titula-res e os reservas em seu estádio, com vitória dos titulares por 6 a 1.

Titulares: Sueda, Tinhoso e Pippi. Adão, Uruguaiana e Brasil. Mallmann, Coruja, Carlinhos, Feldmann e Canhoto.

Reservas: Saratio, Jaime e Deoclides. Bruno, Vicente e Speroto. Ratinho, Bá, Car-linhos Só, Iran e Lotário. Gols: Carlinhos (2), Feldmann, Mallmann, Pelincho e Uru-guaiana (titulares) e Iram (reservas).

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Jogo festivo com o InternacionalEm 1987, o Elite Clube Desportivo disputou um amistoso com o Sport Club In-

ternacional, no Estádio João Augusto Rodrigues, em Santo Ângelo/RS, onde perdeu por 1 a 0, em gol marcado pelo centroavante Amarildo. O curioso neste amistoso foi a presença do jovem goleiro Cláudio André Mergen Taffarel, até então reserva de Ademir Maria, que no mesmo ano se tornaria o melhor goleiro do campeonato bra-sileiro, o qual o Internacional foi vice-campeão. No ano seguinte, Taffarel já estava na seleção brasileira. O camisa 9 do Internacional, Amarildo, foi vice-artilheiro do Brasileirão de 1987, e depois esteve no futebol espanhol e no São Paulo.

Elite: Ademir, João Luís, Japão, Antônio e Marzinho. Kiki, Zeca e Geovani. Ele-mar, Amarildo e Nilzo. Técnico: Antônio Evaldo “Pontes”.

Internacional: Taffarel, Luiz Carlos Winck, Aloísio, Nenê e João Luís. Norberto, Luis Fernando Flores e Luis Carlos Martins. Robertinho, Amarildo e Balalo. Técnico: Ênio Andrade.

A morte de Castelar RibasEm 1966, na partida que culminou em empate, em 2 a 2, entre Gaúcho e Tamoio

pelo certame estadual, ficou marcada pela morte do funcionário público da CEEE (hoje RGE) de ataque cardíaco, assistindo à partida. Neste dia, o Tamoio entrou em campo com Nadir, Altemo, Nízio, Nadion e Edemar. Tavares (Gedí), Laudelino, Be-tinho, Arnoni e João Marques (Tavares).

Gol de bicicleta anuladoNum duelo entre Grêmio SS e Elite na década de 1960 foi marcado por um golaço

de bicicleta marcado por Otávio Rigo. Apontado como um dos cinco gols mais boni-tos da história do futebol santo-angelense. Na oportunidade, o árbitro Gomercindo Silva anulou o gol, alegando falta de Otávio.

Fogão no campoEm um duelo entre Elite e Tamoio na década de 1950, o torcedor Rolando Stüm-

pfle, indignado com a arbitragem, jogou um fogão no campo, como protesto.

Croaré no HospitalCroaré era bom de bola. Isso todos sabem. Mas poucos recordam que ele apa-

nhava muito em campo. Certa feita, o seu marcador Darcy (Tamoyo) bateu tanto em Croaré durante o jogo, com entradas violentas, que o jogador foi encaminhado ao Hospital Santa Izabel. Detalhe: o árbitro não expulsou Darcy, que chegou a ser chamado, carinhosamente, de “Arranca Toco”, pela torcida rival.

Facada no bumbumO jogador Pelincho do Elite Clube Desportivo certa feita chegou na concentração

marcado com uma facada nas nádegas.

A melhor ala do TamoioAlbano Nochmann e Pedruca formaram a melhor ala direita da história do Ta-

moyo. Dionísio da Silva trouxe Pedruca de Santiago/RS para jogar no Tamoyo. Em Santo Ângelo, além de jogar no Tamoyo, recebeu emprego de Olívio Pilau.

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Pai do DungaDunga é natural de Ijuí/RS, foi jogador formado no Sport Club Internacional,

esteve no Corinthians, jogou na Itália, Alemanha e no Japão. A sua maior glória foi na seleção brasileira, onde foi o capitão do Tetracampeonato em 1994, nos Estados Unidos. Como jogador, disputou as Copas do Mundo de 1990, 1994 e 1998. Como técnico da seleção brasileira, jogou a Copa do Mundo de 2010.

Antes de ser jogador profissional, Dunga defendeu as cores do Ouro Verde de Ijuí/RS, onde diversas vezes esteve jogando em Santo Ângelo/RS. O seu pai, Edelceu Verri, era bom de bola. Foi um centroavante artilheiro, um camisa 9 nato que jogou no Gaúcho de Ijuí/RS e no Elite Clube Desportivo, em Santo Ângelo/RS. Depois de pendurar as chuteiras, Edelceu atuou na arbitragem, vindo a apitar jogos em Santo Ângelo, Ijuí e em demais municípios da região noroeste.

CroaréUm dos maiores craques da história do futebol santo-angelense, Croaré Ama-

rante, foi comprado por um terno pelo Tamoyo, em negociação com o presidente Marcelino Debacco. Mais tarde foi para o Elite, a convite de Feldmann.

O presidente PedroNa gestão do presidente Pedro Edoíno Williensen no Tamoyo Futebol Clube, os

atletas Chagas e Ibanês foram negociados com o Floriano Futebol Clube.

Trocado por um cavaloO jogador Paulinho, sobrinho do zagueiro Aírton “Pavilhão” que fez história no

Grêmio de Porto Alegre, jogava no Nacional de Cruz Alta/RS e veio para o Tamoyo Futebol Clube ao ser trocado por um cavalo.

O revólver em 1934O ano era 1934, e no campo do Elite foi disputada a final da Taça Regional entre

Roque Gonzales e Giruá. No decorrer da partida, mesmo com a apresentação de uma banda de música na arquibancada, os jogadores se desentenderam. O atleta Taborda de Giruá puxou o revólver de dentro do calção. Foi uma correria só. As pes-soas se esconderam atrás dos carros. Acalmaram-se os ânimos e a partida terminou em 1 a 1.

O Renner, o Racing e o Vera CruzUm dos grandes times amadores que marcou o esporte missioneiro no ano de

1958 foi o Renner, o qual era formado por Vítor, Eloir Leite Taborda, Mílton, Serlo-que, Crizontino, Vítor, Paulinho, Nízio, Calabria, Alfeu e Lauri Gewehr. Antes do Renner, houve um grande time do Racing Futebol Clube, no bairro Hortência, que possuía o fulminante ataque com Lúcio, Hélio, Grido, Olacir e Lauri.

Já o Vera Cruz Futebol Clube foi outra sensação do futebol local, em 1973, que contou com o seguinte elenco: Lauri Gewehr, Carlinhos, Gilberto Martin, Eloir Lei-te Taborda, Cícero, Laudelino, Ivo, Boca, Sérgio e Rodolfo Bergsleithner. O futebol amador sempre formou grandes equipes na Capital das Missões, em uma época onde todas as equipes possuiam, ao menos, dois ou três craques no time.

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Elite Clube Desportivo jogou na Argentina

Elite e Atlético jogavam em Oberá, na Argentina, nesse congraçamento, ideado pelo Dr. João Augusto Rodrigues. Conta Tibica, que o Elite era superior e no excesso de confiança, já perdia por 3 a 0 no 1º tempo. Eduardo, capitão do

Elite, um castelhano, olhou para o banco e não teve dúvida: “Vienga, muchacho, Vienga”.

O reserva, atônito, entrou e o time já tinha 12 jogadores em campo. Minutos de-pois repetida a operação, e o time ficava com 13 jogadores em campo. Logo depois já eram 14 em campo. Não deu outra: ainda no primeiro tempo a partida já estava empatada em 3 a 3. No segundo tempo, o time voltou normal, e daí até o final, foi só segurar.

Aí o Tibica revelou que o lado dramático do castelhano Eduardo foi inesquecí-vel. Ele resolveu abrir o jogo durante a janta festiva e quase apanhou dos colegas.

Argentinos em Santo ÂngeloNa integração Brasil e Argentina era vez do Oberá jogar aqui. E veio. Hospedou-

se no Hotel Maerkli. Na sua magnimidade, o Dr. João Augusto Rodrigues, deu copa livre para os argentinos. Essa franquia, no entanto, estendeu-se por toda a cidade. “Quase quebraram o Elite”, relatou o presidente Severino Verri. A conta foi de 21 mil contos de réis.

Duas derrotas na ArgentinaEm agosto de 1953, o Elite Clube Desportivo realizou uma excursão para a Ar-

gentina no intuito de realizar jogos amistosos. Foi derrotado pelo Unión de Posadas (4 a 0) e pelo Posadas (6 a 3). O Elite jogou com Gaúcho, Wílson e Pippi. Adão, Bá e Armando. Mallmann, Sperotto, Só, Iran e Canhotinho. Neste mesmo ano, o Elite sagrou-se campeão do campeonato citadino ao derrotar o Grêmio Sportivo Santo-angelense na final, pelo placar de 2 a 0.

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As fases da escolinha do Grêmio SSJoão Carlos Pinheiro Machado (Gú), Pedro Lanot, Raul Viñas e Carlitos Antu-

nes criaram a escolinha de futebol do Grêmio SS em 1972. Os atletas: Carlos Ricar-do Beskow, Nasser Nascimento Muhareb, Fábio Bergsleithner, João Machado do Nascimento, Luiz Jordão França Osório, Cajar Nardes, Moacir Iung, Jarbas Alberto Dias, Flávio Winkler, Luiz Carlos Sartori, Giovani Tadeu Schneider, Thomas Gun-ther Luckemeyer, Dagoberto S. Nunes, Luiz Henrique Morais Diniz, Carlos Roberto Jachimoski, Juarez Rodrigues de Carvalho, Marcos Meneghetti, João Teodoro dos Santos Vasquez, Sérgio Augusto Fischer Gehres, Roberto Mioso, Tito Márcio Seixas Roratto, Paulo Roberto Klee, Aldori Jair Santos de Souza, Nílson Quadros de Olivei-ra, José Manzanti Viriato, Roberto André de Mello Lira, Samuel Fauerharmel e José Agostinho Casarin. A Escolinha do Grêmio Sportivo Santo-angelense viveu 4 fases distintas: 1972, 1976, 1985 e 1989.

Pancadaria com o GuaranyNo Estádio Raul Oliveira, uma memorável partida entre Grêmio SS e Guarany

de Cruz Alta/RS, marcou o campeonato gaúcho da 3ª Divisão de 1985. Com a vitória do “periquito”, o Guarany ficou fora da ascensão à 1ª Divisão, eis que a equipe da Tabaíndia veio a Santo Ângelo precisando somente de um empate e acabou perden-do o jogo e ficando de fora da elite do futebol gaúcho. Após o jogo, uma verdadeira batalha tomou conta do gramado e do Estádio, envolvendo uma briga generalizada entre jogadores, diretores e torcedores.

Bicampeonato e festa dos 26 anosAo vencer o Tamoyo por 1 a 0, em 1947, o Elite conquistou o bicampeonato do

citadino no ano em que celebrou 26 anos com uma estrondosa festa. Era o fim do mandato de Ricardo Verri. A torcida elitense almoçou dentro do campo e após cor-reu por todo o gramado para festejar os 26 anos do clube.

Na oportunidade, foram aclamados o presidente Alfredo Mattos, o vice-presi-dente Carlos Feldmann e o 2º vice-presidente Arnaldo Hepp. Como secretários Julio Moralles e Vilmar Cozzati. Tesoureiros Francisco Osowiski e Ivan Nunes. Diretor de Esportes, Nemésio de Miranda de Meirelles. Diretor de Propaganda, Celso Fernan-des. Diretor Social, Dário Silva. No Conselho Fiscal, Bruno Geiss, Ricardo Verri, José Lucas e Reinoldo Kirchner. Foi homenageado o ex-presidente Tenente Nemésio.

O primeiro vexame em casaEm 1947, enquanto ocorriam obras na arquibancada e nos locais de acesso de seu

campo, o Grêmio SS recebeu o Nacional de Cruz Alta/RS para uma partida amistosa e foi goleado por 5 a 2. A partida foi marcada pela ira de alguns torcedores que joga-ram tijolos (os mesmos que foram doados pela comunidade para as reformas) contra os jogadores. A arbitragem foi de Ari Steimer.

O ataque alviverde, com Miron, Chera e Zé Luiz, mesmo com o placar, foram os destaques em campo. Foi esta a primeira derrota, em forma de goleada, sofrida pelo Grêmio Sportivo Santo-angelense, diante do torcedor missioneiro, em 26 anos de fundação do clube alviverde. Após a partida, o jogador Miron chorava e dizia: “o choro é de raiva!”.

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Vitória no clássico trouxe a tranquilidadeNo dia 3 de junho de 1947, logo após ser goleado por 5 a 2 pelo Nacional de Cruz

Alta/RS, jogando em Santo Ângelo, o Grêmio SS enfrentou o Elite 11 dias depois, e venceu por 3 a 1, trazendo de volta o bom clima entre o elenco e a direção do clube. A arbitragem foi de Nemésio de Meirelles.

Grêmio SS: Miron III, Bira e Fiorin. Cícero, Adão e Raul; Chera, Miron II, Miron I, Noly, Saul (Mozart).

Elite: Percival, Wilson, Ângelo, Alceu, Petroski. Lima e Melinho. Néca, Ari, Binha e Hermínio.

Elite campeão em 1953O Grêmio SS foi campeão estadual de amadores em 1952, porém a decisão ocor-

reu somente em 1953. Neste ano, o Elite carimbou a faixa do estadual com um 2 a 0 e ficando com o título do citadino. A arbitragem foi de Homero Cavalheiro. Os gols foram de Sperotto e Tinhoso.

Elite: Gaúcho, Wílson e Pippi. Adão, Bá e Armando. Mallmann, Sperotto e Carli-nhos. Tinhoso e Feldmann.

Grêmio SS: Saratio, Bira e Jelineck. Pinheiro, Antoninho e J. Luiz. Otávio, Pança e Crispim. Pedrinho e Kroal.

O Torneio EncerramentoO presidente do Grêmio SS em 1947 era Júlio Oliveira. Naquele ano, em dezem-

bro, o clube deveria ter entrado em campo para a disputa do Torneio Encerramento, mas não o fez. Ao retornar do interior do município na segunda-feira, um dia após a partida, e ainda sem saber o resultado da mesma, Júlio foi informado pela dire-ção que a equipe não entrou em campo. Fato que culminou na demissão do técnico Mozart Feijó. No mesmo dia, foi anunciado Arlindo Miron como novo treinador do Grêmio.

Empate no clássico das multidõesUma das maiores festas das torcidas missioneiras ocorreu no Estádio do Elite em

1967, quando as torcidas de Elite e Grêmio SS lotaram as arquibancadas e vibraram durante os 90 minutos. Foi o primeiro clássico que contou com bandeiras e charan-gas nas arquibancadas. Ficou marcada pelo clássico das multidões. Em campo, 1 a 1, com gols de Silva (Elite) e Lauri (Grêmio SS). Arbitragem de Erich Otemar Fuchs.

Elite: Nadir, Bufen, Elevir, Bonorino e Daniel. Rui e Gama. Silva, Dico, Fôpa e Irani.

Grêmio SS: Nardes, Paulinho (Sérgio), Ataídes, Miro e Nízio. Edgar Silva e Val-dir. Lauri, Canhoto, Salvador e Olmiro.

Os 50 anos do EliteEm 1971, o presidente Sady Peçanha do Elite Clube Desportivo anunciou que a

empresa Empreendimentos Planalto Ltda de Passo Fundo/RS possuía o desejo de formar uma parceria com o clube santo-angelense, no intuito de construir um gi-gantesco complexo esportivo no ano do Cinquentenário do clube. Isto acabou não acontecendo.

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Novas instalações no estádio do Elite

A nova sede do Elite. No dia 10 de julho de 1979, o Elite Clube Desportivo inaugurou a sua nova sede social, construída dentro do Estádio Dr. João Au-gusto Rodrigues, constando uma sala para a secretaria e um salão de festas.

O presidente do clube era Gélson José Agnes. No mesmo ano, a equipe conquistou o título estadual da Chave 2 de amadores

do Rio Grande do Sul, com a seguinte campanha: Brasil 0x1 Elite; Nacional 4x1 Elite; Elite 1 x0 Castilhense; Elite 1x1 Piratini; América 0x2 Elite; Associação 1x1 Elite e Eli-te 4 x0 Gaúcho. No returno: Elite 3x0 Brasil; Elite 0x0 Nacional; Castilhense 0x0 Elite; Piratini 2x2 Elite; Elite 5x1 América; Elite 0x0 Associação e Gaúcho 1x3 Elite.

Elenco elitenseDonadel, Polaco, Paulinho, Olavo, Orlando, Moacir, Léo, Souza, Antônio Carlos,

Valdemar, Hélio, Ciro, Edorildo, Janda, Manoel, Egídio, Santo, Tarcisio, Jorge, Jones, Vilmar, Antonio Carlos Dornelles, Lauri, Ritelmo, Rui, Sidinei, Luiz Angst, Roaldo e Rui Gonçalves.

Elite campeão do Arnaldo BalvéEm 1971, a Liga Santo-angelense de Futebol, presidida por Aury Daltaro Rodri-

gues, organizou o campeonato da cidade, o qual teve na final Elite contra o Tamoio. Na decisão, vitória do Elite, o qual recebeu o Troféu Arnaldo Balvé.

Troféu Belfort DuarteEm 1971, a Liga Santo-angelense de Futebol (LSF), presidida por Aury Daltaro

Rodrigues, encaminhou à Confederação Brasileira de Desportos (CBD), hoje CBF, a documentação necessária dos atletas Norberto Nascimento Lima (Tibica) e Rudy Erberich solicitando o Prêmio Belfort Duarte, por terem atuado durante mais de 10 anos sem ter sido punido em campo.

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Tamoio garante a vaga na Série ANo dia 13 de setembro de 1970, após empate em 1 a 1 diante do Uruguaiana, fora

de casa, o Tamoio garantiu a sua vaga na elite do futebol gaúcho para o ano de 1971. A equipe do Tamoio tinha em seu elenco Odil, Renato, Nadion, Edemar, Waldir, Barbosinha, Abel, Miranda, Adair, Mário, Juquinha e Branco.

Tamoio na 1ª Divisão em 1971O Tamoio Futebol Clube disputou a Copa Governador do Estado em 1971, a

1ª Divisão do campeonato gaúcho, quando só veio a ser derrotado na fase final do certame, quando foi eliminado pelo Flamengo de Caxias do Sul/RS e pelo Ypiranga de Erechim/RS. A ascenção à 1ª divisão veio após empate em 1 a 1 diante do Uru-guaiana.

Tamoio fora da Divisão Especial em 1972Após perder por 2 a 0 para o Esportivo, em Bento Gonçalves/RS, o Tamoio ficou

de fora da Divisão Especial do campeonato gaúcho. Tamoio: Hugo, Luiz Fernando, Nei, Betinho e Edemar. Zé Roberto e Julinho. Joel,

Adílson, Jangada e Reginaldo.Esportivo: Gasperin, Carlos Miguel, Jauri, Joel e Marcos. Rui, Paulo Araújo, Neca,

Gonha, Laírton e Décio (Ademir Galo). A arbitragem foi de Agomar Martins, auxi-liado por Albani Mendes e Jorge Ruschell.

O sonho em permanecer na elite do futebol do Rio Grande do Sul, ao lado de Grêmio e Internacional, durou, novamente, somente uma temporada ao Tamoio.

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Ajeita aí, Rolando!Na véspera da partida AESA 1x1 Elite, disputada no campo do Tamoio, em 1972,

alguns dirigentes do Elite estiveram na residência de Rolando Stümpfle, presidente da AESA, com a seguinte proposta: ajudamos a tua equipe em campo se vocês dei-xarem a gente inscrever um jogador irregular, com o objetivo da partida ser anulada, posteriormente. Stümpfle não aceitou a proposta e o jogo foi uma guerra em campo. O gesto do presidente Rolando arrancou aplausos do Dr. João Augusto Rodrigues.

Crupsa campeã regional em 1966O futsal de Santo Ângelo foi campeão regional com a Crupsa em 1966, após a

goleada de 5 a 1 sobre a Sogivi de Santa Rosa/RS. O técnico era Alfredo Carvalho. A equipe campeã: Odil (Walter), Edison (Fumanchu), Olmiro (Carlinhos), Zeca Bohn (Jorge) e Salvador (Leite).

Tamoyo bicampeão da 1ª Divisão (Zona 4) O título veio após a vitória do Tamoio sobre o Elite por 2 a 1, em 1966. A arbitra-

gem foi de Djalma Moura, auxiliado por Geraldo Lopes Abrahão e Paulo Salazar. No mesmo ano, o Tamoio acabou eliminado pelo Gaúcho, na partida que apontaria um semifinalista do certame estadual da 1ª Divisão de Profissionais.

Tamoio: Nadir, Caprara, Altemo, Nadion e Edemar. Gedí e Tavares. Betinho, Ar-noni, João Marques e Laudelino.

Elite: Irineu Taborda, Canhota, Bonorino, Bufe e Daniel. Barbosinha, Telmo, João Luíz, Téio, Wílson Miranda e Tinho.

Atlas Atlético ClubeEm 1958, o Atlas Atlético Clube foi campeão municipal de voleibol e basquete,

sob o comando do presidente Pedro Porto Costa. No elenco, Tinho Bauer, Antônio Adair Viecili, Telmo Nunes, Alcir Caliari, Deorides Fonseca, Arno Krug, Flávio Ca-liari, Mico, Paulo Costa, Sérgio Tesseler e José Bohn. Além do futebol, que emociona-va os santo-angelenses na década de 1950, o Atlas era outra paixão da cidade.

Agrimer e AABBOutra equipe que marcou época na história de Santo Ângelo foi o Agrimer (Uni-

bancos) em 1964, inclusive conquistando o título municipal. No elenco, Valter “Ga-guinho”, Flávio Caliari, Antônio Dornelles, Jonas Dornelles, Salvador Padilha e Ol-mírio Dias. Em 1966, um grande torneio marcou o futsal santo-angelense. A AABB conquistou o título, após a disputa de um quadrangular contra Tuiuti, Sulbanco e Crupsa.

Tamoio abandona o campo aos 35 minutosNa década de 1950, uma partida entre Tamoyo e Elite entrou para a história por

não terminar. Não se conformando com a atuação do juiz, a equipe inteira se retirou de campo. Os motivos alegados pelo clube tricolor dizem respeito à expulsão do centro-médio Hermínio, que por ocasião da cobrança de uma penalidade contra o esquadrão índio, insubordinou-se com o árbitro, sendo acertadamente expulso de campo. Nesta altura da partida, o Elite já vencia por 4 a 1.

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Elite: Saratio, Wílson e Pippi. Adão, Willi e Itamar. Carlos Só, Speroto, Carlinhos, Feldmann e Lotário.

Tamoio: Siqueira, Passo Fundo e Hugo. Hermínio, Gilberto, e Ibanêz. Pedrinho, Adão, Brasil, Léco e Orlando.

Jogo de dar sono em Santo ÂngeloNo dia 16 de maio de 1999, no Estádio da Zona Sul, S.E.R Santo Ângelo e Sport

Club Internacional empataram em 1 a 1. Manoel marcou para o Colorado, aos 19 minutos iniciais. Aos 26 minutos, Aírton empatou para o clube missioneiro.

S.E.R Santo Ângelo: Marcão, Ivo, Adriano (Maurício), Valdir e Aírton. Adílson, Darzoni, André Carpes (Vandinho) e Paulo Gaúcho. Zé Cláudio, Liano e Jorge Mutt. Técnico: Guilherme Macuglia.

Internacional: André, Barão, Ronaldo, Régis e Gustavo. Ânderson, Marcelo e Diogo (Fábio Pinto). Almir (Donizete) e Manoel. Técnico: Paulo Autuori.

Arbitragem: Carlos Simon, auxiliado por Waldir Cardia e Fábio Rosa.

Vitória em ritmo lentoOs titulares do Sport Club Internacional jogaram o suficiente para vencer de vira-

da a S.E.R Santo Ângelo, no dia 14 de maio de 1999, no Estádio Beira-Rio, em partida válida pelo campeonato gaúcho daquele ano, o qual acabou sendo conquistado pelo Grêmio.

Internacional: André, Denílson, Gonçalves, Régis e Elivélton. Enciso, Dunga, Claiton (Diogo) e Marcelo (Almir). Fabiano “Cachaça” (Manoel) e Christian. Técni-co: Paulo Autuori.

S.E.R Santo Ângelo: Marcão, Ivo (Liano), Adriano, Valdir e Aírton. Adílson, Dar-zoni, André Carpes (Caçapa) e Paulo Gaúcho. Zé Cláudio (Maurício) e Jorge Mutt. Técnico: Guilherme Macuglia.

Gols: André Carpes (Santo Ângelo) aos 2 minutos, Régis (Inter) aos 9 minutos do 1º tempo; e Almir (Inter) aos 37 minutos do 2º tempo. Arbitragem: Leonardo Gaciba, auxiliado por Carlos Selbach e Marcelo Silva.

O Elite no fim dos anos 1970Em 1979, o Elite disputava o Estadual de Amadores e tinha a equipe de futsal. O

patrono do clube (e presidente do Conselho) era João Augusto Rodrigues. O presi-dente era Gérson José Agnes. O 1º vice-presidente (e diretor de esportes) era Divo Alves Ribeiro. O 2º vice presidente, Bruno Lange. O 1º secretário, João de Deus. O 2º secretário, Vanderlei Romero. O tesoureiro, José Bonini da Silva. O relações pú-blicas, Otonel Oliveira. O técnico era Getúlio Siqueira. No futsal, jogavam Odil, Víl-son, João Tonetto, Mílton, Nader, Sílvio, Lico, Manoel, Milke, Guancindo, Newton e Rui. Tinha o massagista Léo, o técnico também era Getúlio Siqueira e o responsável era Gerson Agnes. O Elite foi campeão do Torneio de Verão, organizado pela Liga Santo-angelense de Futebol.

A volta de campeãoNo retorno a Santo Ângelo em 1958, após conquistar o campeonato estadual em

1958, na saída de Carazinha/RS o ônibus que trazia os jogadores do Elite caiu em uma valeta com quase dois metros de altura. Ludovico Rigotti informou que estou-

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rou uma térmica e o motorista acabou se perdendo, vindo a atropelar um ciclista. Toda a delegação passou o dia na polícia, e os jogadores só voltaram à noite para Santo Ângelo. O ciclista, o qual estava alcoolizado, veio a falecer. O ônibus chegou à meia-noite no Quiosque Copacabana, na Praça Rio Branco (hoje, Leônidas Ribas). Os jogadores haviam adquirido foguetes em Carazinho e ao descerem no centro de Santo Ângelo acenderam os fogos. Iniciava assim a comemoração do título.

Um timaçoO Elite marcou época no período de 1939 a 1941. O goleiro (na época chamado

de Golquíper) era Cardoso, funcionário da Exatoria Estadual. O zagueiro central (na época, beck) era Gugú, o qual vinha de trem de Giruá/RS para vestir a camiseta do Elite. Também na zaga, Nilvo Pippi. Na torcida pela equipe, uma das figuras mais marcantes era o “Seu Naumann”, que sempre dizia: “Aí Cucú, não deixa o Pola entrá no purraco da Cardozo!”. O Gugu do Elite foi o maior cobrador de faltas da história do clube. As suas faltas e cobranças de pênaltis eram indefensáveis a qualquer golei-ro. Eram tiros rasteiros, chutados de bico, que iam levantando poeiras pelos cantos (os campos eram totalmente de terra). Nilvo Pippi foi substituído por Wílson Farias. E Gugu foi substituído por Coco Serizara. Mais tarde entrou Neri Pippi, também na zaga.

Seu Center-half (hoje, meio de campo) era Evaldo Ortmann. Ótimo jogador que defendia muito bem a intermediária e apoiava, com eficiência, o ataque. Os half (late-rais) direito e esquerdo eram Nato e Pietrowski. Na ponta direita jogava Nélson, um militar que tinha as pernas tortas. Na meia-direita, Ribeirinho, o qual era maquinista da Viação Férrea. O Center Fower (centroavante) era Ortmann, mais tarde substitu-ído por Alcindo, Bruno Sacks e Tenente Pietrowski. O meia esquerda era Pietrowski III. Na ponta esquerda, Sargento Steglich, mais tarde substituído por Jorge Lied e Sargento Ramos. Mais tarde surgiram os half direito e esquerdo, Binha e Nequinha. No ataque, Luiz Feldmann, Lotário Schnepfleitner e Pelincho. Um dos maiores cra-ques do time nesta época foi Jandir Schau de Araújo. Na lateral esquerda, veio Willi Klauss. Na direção do clube Orthmann, Feldmann, Hugo Haas, Walter Schlik, Ithur Wagner, Jorge Lied, João Rodrigues, José Lucca e Severino Verri. O técnico em 1941 era Subtenente Pacheco (até 1944).

A saraivada de pedrasNos anos 1940, o Elite sempre vencia os jogos contra as equipes de São Luiz Gon-

zaga, São Borja e Ijuí, fora de Santo Ângelo. O curioso era que a equipe recebia uma “saraivada de pedras” ao passar por uma pedreira à beira da rua quando o ônibus pegava a estrada. Em Cruz Alta/RS, o Elite alternava vitórias e empates com o Nacio-nal e o Guarany, os quais apelidaram a equipe de Santo Ângelo de “Os Mandioquei-ros”. O Elite era freguês do Glória (Carazinho/RS), 14 de Julho (Passo Fundo/RS) e GEPO (Tupanciretã/RS). Logo, o Elite se tornou o melhor time da região, no período de 1941 a 1945, sendo freguês somente do Internacional de Santa Maria/RS.

Dona BellaNo Pavilhão do Grêmio Sportivo Santo-angelense, Dona Bella tinha um camarote

permanente para assistir aos jogos. Durante as partidas, ela e suas meninas, todas emperiquitadas, iam torcer pelo “Periquito”, na década de 1930.

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Esporte Clube TuiutyEste era o nome do Clube de Esportes criado pelos Irmãos Maristas e pelos alu-

nos do Ginásio Santo Ângelo para disputar futebol, voleibol e basquete, em nome do educandário, a nível estadual, no início dos anos 1940. As disputas eram contra os colégios de Ijuí, Cruz Alta, Passo Fundo e São Luiz Gonzaga. A equipe também disputava partidas amistosas contra Grêmio Sportivo Santo-angelense e Elite Clube Desportivo. A equipe do Tuiuti jogou as Olimpíadas Estudantis da Serra. Entre os seus principais jogadores Antônio Rousselet, Morvan Azevedo, Paulão, Rui Furtado, Argeu Almeida, Arlindo Lied, Ivan Espíndola, Vilmar Miron, Neri Pippi, Carlos Ce-rezara, Lotário Schnepfleitner, Rudi Frey, além dos irmãos Berwanger e Ubirajara. Isto foi o Tuiuty até 1946. Quem ficou mais tempo como técnico foi Pedro Nolasco.

O temido Arsenal do bairro PippiO Esporte Clube Arsenal foi o maior clube do futebol amador de Santo Ângelo

de todo o século XX. Fundado em 25 de março de 1955 por Jacob José Bergsleithner, Henrique Rodrigues e Paulo Fernandes, a equipe venceu o Racing, em sua primeira partida oficial, pelo placar de 2 a 0, gols de Omar Radins, na data de 04 de abril, em sua sede no bairro Pippi. A equipe tinha a camisa com as mesmas cores do Grêmio de Porto Alegre, em listras verticais em azul e preto. Em 1956, o Arsenal filiou-se na Liga Santo-angelense de Futebol (LSF) e passou a disputar o Campeonato Citadino de Amadores da 2ª Divisão, eis que a divisão especial era disputada somente por Elite Clube Desportivo, Grêmio Sportivo Santo-angelense e Tamoyo Futebol Clube.

O “dream team” do Esporte Clube Arsenal consagrou-se como octacampeão mu-nicipal da 2ª divisão, no período de 1956 a 1963. Em 1963, a Liga Santo-angelense de Futebol extinguiu a competição municipal pelo fato das demais equipes desistirem de jogar devido o fato de o Arsenal ganhar sempre. A equipe do Arsenal era forma-da por Hélio Fabrin, Demétrio da Costa Lima, Bento Oliveira, Henrique Rodrigues, Olacir Marques dos Santos, Artur Marquardt, Serloque Ferreira, Hélio Marcolino, Jacob José Bergsleithner, Omar Radins e Paulo Fernandes.

O Arsenal ainda disputou partidas amistosas no ano de 1964 nos municípios de Três de Maio, Cerro Largo, Ijuí e Giruá; interrompendo as atividades com o futebol e ficando apenas com a parte social, a qual foi criada no ano de 1957 quando os in-tegrantes da equipe adquiriram um terreno e construíram a sede social com quadra de futebol, quadra de bocha e salão de eventos. A partir disso, somente os associados do Arsenal jogavam na quadra esportiva e havia a organização de campeonatos in-ternos, em partidas disputadas aos domingos. Este período durou até o ano de 1980, com a derrocada do Arsenal. Más administrações fizeram com que a sociedade do clube decretasse a falência. Assim, foi convocada assembléia geral e os sócios deci-diram pelo fim da sociedade.

Em 1984, o terreno da sede do Arsenal foi doado à prefeitura, na gestão do pre-feito Mauro Azeredo, com a finalidade de construir um ginásio de esportes e uma creche. O ginásio foi concluído somente no ano de 1998, na gestão do prefeito José Lima Gonçalves, e a creche foi esquecida. O ginásio levou o nome de João Dalla Corte, que hoje é o local de atividades esportivas e eventos sociais. Em toda a sua história no futebol, poucas vezes o Arsenal foi derrotado. Em mais de 200 partidas oficiais, o aproveitamento da equipe do bairro Pippi foi superior a 90%.

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Lambari de bicicletaA estreia de Lambari foi em uma partida entre Tamoio e Grêmio SS, com gol de

bicicleta que marcou com pé direito a estreia do meia-campista no futebol santo-angelense. O pai de Lambari não dormia à noite, neste dia, comemorando a atuação do filho, virando a noite na madrugada santo-angelense.

A lanternaEm 1950, para tirar o goleiro Sadi Peçanha do Tamoio, o Elite comprou o seu

passe com uma lanterna.

AbelãoEm 1968, o Elite contratou o jogador Abel do Sport Club Internacional. Após bri-

lhar na Capital das Missões, Abel foi contratado pelo Flamengo do Rio de Janeiro.

Árbitro ArgentinoNa década de 1950, o árbitro argentino Miguel Comesaña marcou a década api-

tando os confrontos das equipes santo-angelenses contra os clubes de Passo Fundo, Ijuí e Cruz Alta.

Juíz armadoEm 14 de abril de 1976, no jogo entre Esporte Clube Santo Ângelo 1x2 Gaúcho

de Passo Fundo/RS, em partida válida pela Copa Governador do Estado, o árbitro Carlos Tiburski foi acusado de estar apitando o jogo armado. O dirigente santo-angelense Ênio Geiss afirmou ter visto o árbitro derrubar o revólver no gramado. A Polícia Militar conteve o árbitro e se apropriou da arma.

O pênalti que custou caroEm 1959, o Grêmio SS enfrentava o Nacional de Cruz Alta/RS, na Capital das

Missões, em partida válida pelo Estadual de Amadores. O árbitro argentino Miguel Comesaña apitou a partida. Um pênalti infantil cometido pelo zagueiro “Papa Fila” custou caro demais ao Grêmio SS. Com o gol assinalado na cobrança de pênalti, o Nacional venceu por 1 a 0 e terminou com o sonho do Grêmio SS em fazer parte da 1ª Divisão do Futebol Gaúcho. O presidente do Grêmio SS era Nílzio Fabrício, e o técnico Ricardo Verri.

Torcedores símbolosRamão Ferreira, Ari Hungzk, Amílton Pedrazza, Daniel Grumozki e Lúcio Fonta-

na foram os principais torcedores símbolos das equipes santo-angelenses.

LambretaNa conquista estadual do Tamoyo em 1960, um fato curioso foi a ida dos apaixo-

nados Estevo Inanoski e Eloir Leite Taborda de lambreta de Santo Ângelo até Estre-la/RS para ver o Tamoyo ser campeão.

Técnicos campeõesRicardo Verri (no Grêmio SS, em 1952), Percival Garcia de Oliveira (no Elite, em

1958), Pedro Bandeira (no Tamoio, em 1960), Rodolfo Ghizzoni e Trovão (no Tamoio, em 1970), Chiquinho (na AESA, em 1972), Edegar Ferreira (no Esporte Clube Santo

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Ângelo, em 1977), Adão Marques (na S.E.R Santo Ângelo, em 1993) e Nestor Simio-nato (na S.E.R Santo Ângelo, em 1995/1996) foram os treinadores que levaram os clubes santo-angelenses às glórias, com conquistas estaduais.

Fumaça no campo ganha jogoJogar em Cruz Alta/RS nos anos 1970, com o “Ferrinho”, era ter que enfrentar no-

vos problemas. O Riograndense, quando o jogo “encrespava”, mandava funcionar algumas “Marias-Fumaças” e com a ajuda do vento, enfumaçava o estádio. Conhe-cendo os buracos do campo, e suportando melhor a fumaça, faltava pouco para colo-car a bola nas redes adversárias. Os times santo-angelenses eram vítimas freqüentes desse expediente.

Pó na corridaA paixão pelos clubes era tanta, que os torcedores chegavam a extremos perigo-

sos. Em Tupanciretã, o Elite sofreu na carne na década de 1970. No almoço, o time da casa aplicou um pó, até hoje não identificado, e que foi suficiente para os jogadores simularem lesões a cada 15 minutos, e saírem correndo para os vestiários. Com ta-manha preocupação intestinal, não foi difícil para os donos da casa aplicarem 10 a 0 no Elite. Um resultado altamente suspeito, mas sem volta.

Trote: Bufe aplicou no Passo FundoGedir Jorge da Silveira, o “Passo Fundo” estava em fim de carreira, e queria en-

cerrá-la com um grande gol. O Elite jogava em Tupã, e combinou com Bufe, para lançá-lo numa boa, bastando dar o sinal ao levantar o braço. O jogo estava no final, e surgiu a oportunidade. O Bufe pegou a bola, com aquela sua categoria, olhou, viu o Passo Fundo, e levantou o braço. Foi o suficiente para o Passo Fundo entrar na dia-gonal em desabalada correria. Só que a bola não foi lançada. O Bufe simplesmente segurou a bola, e disse para o juiz: “olho o cara no impedimento”.

O estádio lotado, desabou na cabeça do Passo Fundo, que encerrou a carreira sem um grande lance de despedida. O Tibica contou a história e foi mais longe. Sabia que o Bufe iria aprontar essa para o Passo Fundo, pois tinha lhe contado tudo ainda no vestiário. O fato ocorreu na década de 1960.

E os bombeiros foram chamadosO jogo era Tamoyo e Gaúcho de Passo Fundo/RS. Quem conta é Pedro Bandeira.

O jogo estava quente e não havia como aplacar o ânimo da torcida. Algum problema era inevitável, e os bombeiros foram chamados. Uma ducha fria na massa e o jogo chegou tranqüilo ao final dos 90 minutos. Porém, nas arquibancadas, um torcedor faleceu vítima de um ataque cardíaco.

Pau bate e cova da onçaCaminhões de torcedores, diversos ônibus e carros, todos cheios de torcedores.

Era uma arregimentação feita nas vilas do “Pau Bate” e da “Cova da Onça”, em San-to Ângelo. Nesta época, em 1951, o Grêmio tinha que jogar novamente em Tupã. Já ferido (O Tupã havia perdido por 4 a 0 na Capital das Missões), o clima prometia ser infernal. E foi. A turma de torcedores santo-angelenses foram prevenidos.

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Quem conta é Enno Geiss. “Já corriam 60 minutos do segundo tempo, estava o placar em 0 a 0, e a partida custava passar o tempo. Sem alambrado. Quando a bola saiu pela linha de fundo, a torcida invadiu o campo, comemorando. E não teve outro jeito: o jogo terminou e a saída de Tupã foi estratégica, abaixo de sarrafo e ovo podre. Mas com a classificação do Grêmio SS garantida à próxima fase da competição.

Grêmio campeão estadual de 1952Em 1952, o então presidente “Jango” obteve a sua maior emoção. Não foi com

o título em si, do Grêmio, mas com uma vitória do clube fora de casa. Ele conta, que em um “Grelite”, o Grêmio perdia de 2 a 0 no 1º tempo. Corria o ano de 1950. Começava o segundo tempo, e um milagre: O Rubens Freire Hoffmeister, com sua vitalidade de frente, fez 3 gols, e o Grêmio venceu o jogo por 3 a 2. Para Jango, valeu mais do que o título que seria conquistado dois anos depois, pelo menos em emoção localizada.

Jogador trocado por cavaloNo ano de 1972, nos tempos da AESA, uma história que foi notícia nacional: San-

to Ângelo trazia um jogador, e dava em troca um cavalo. O jogador era Paulinho. O cavalo, certamente, era, no mínimo, um bom parelheiro.

Paulinho jogava no ACAFOL de Cruz Alta/RS e os dirigentes Enno Geiis e Afonso Lírio arrumaram o cavalo de corrida para ser trocado. A AESA ganhava um jogador, e virava notícia nacional. Se o cavalo deu certo na ACAFOL, até hoje não se sabe.

Título de 1961Um título perseguido com obstinação pelos gremistas. Para coroar quem já havia

sido 13 vezes campeão citadino e tricampeão em 1950, 1951 e 1952, o Grêmio ainda se tornou supercampeão em 1959. Ainda, foi o primeiro campeão da Cidade da 1º Copa de Profissionais em 1961.

Grêmio campeão do citadino de 1951A equipe periquita tinha Xandú, Berwanger, Biro, Percival, Bá, Antoninho, Pi-

nheiro, Presidente “Jango”, Crespin, Paraguaio, Vilmar Miron, Gilberto, Arlindo Miron e Pedrinho.

Alegria maior que o títuloEm 1952, o palco era o campo do Renner, em Porto Alegre, jogavam Grêmio e

Juventude de Candelária. Conta Enno Geiss que no primeiro tempo o time santo-angelense perdia de 3 a 1 e já aos 15 do segundo tempo estava 4 a 2. Para piorar, diz Geiss, o Burmann, mais tarde General, quebrou o tornozelo, mas mesmo assim segu-rou até o fim. Final que foi inesperado, até para os gremistas. O Grêmio SS ganhava o jogo de 5 a 4, ainda com um gol de Burmann.

Depois do susto, o Grêmio foi decidir no Estádio do Força e Luz. Ganhava do Ve-ronese por 4 a 1, sagrando-se campeão estadual, com 3 gols de Crespin, substituindo Burmann.

Era o dia 21 de março de 1953. O time voltou de trem. Chegou justo no dia 22 de março. Dia do município, o que para comemorar o 1º título estadual da cidade, tinha um clima perfeito.

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S.E.R Santo Ângelo conheceu Jardel

Após conquistar a Série B do campeonato gaúcho de 1996, a S.E.R Santo Ângelo, comandada pelo téc-nico Nestor Simionato, enfrentou o Grêmio no Estádio Olímpico. O re-gulamento do campeonato gaúcho daquele ano levava as seis primeiras equipes da Série A, e mais os dois oriundos da Série B, para um octa-gonal final, de onde conheceríamos o campeão gaúcho de 1996. No mesmo ano em que conquistou a Série B, a S.E.R Santo Ângelo poderia conquis-tar a Série A. E não faltou muito: o campeão gaúcho foi o Grêmio, o vice-campeão o Juventude e o 3º lugar ficou com a S.E.R Santo Ângelo, à frente do Internacional, que acabou na 5ª colocação.

Nas finais do Gauchão (Série A) de 1996, a S.E.R Santo Ângelo ficou no grupo 4, ao lado de Grêmio, Caxias e Glória. No grupo 3 estavam Internacional, Juventude, Ypiranga e Brasil de Pelotas (o qual veio da Série B, com a S.E.R Santo Ângelo).

Já na primeira rodada, o Grêmio foi o adversário da S.E.R Santo Ângelo, no Es-tádio Olímpico. O ano era 1996. Era a época de Luís Felipe Scolari como técnico do Grêmio, e neste período de 1994 a 1996, sob o seu comando, o Grêmio havia con-quistado a Copa do Brasil (1994), a Copa Libertadores da América (1995), o campe-onato gaúcho (1995/1996), o campeonato brasileiro (1996) e a Recopa Sul-Americana (1996); além de ter sido vice-campeão Mundial (1995) e vice-campeão da Copa do Brasil (1995). O Grêmio era temido no país e mundialmente naquela época. Perdeu o Mundial de Clubes nos pênaltis, após empate em 0 a 0, no tempo normal e na prorrogação, com o Ajax (Holanda), que era a base da seleção holandesa da Copa do Mundo de 1994, que tinha entre os principais jogadores: Van der Sar, Frank De Boer, Ronald De Boer, Kluivert, Seedorf, entre outros.

No Estádio Olímpico, devido o fato do Grêmio estar disputando a Copa Liber-tadores da América e a Copa do Brasil de 1996, o técnico Luís Felipe Scolari escalou um time misto. A S.E.R Santo Ângelo segurou o Grêmio até os 51 minutos do 1º tempo, quando Rivarola fez 1 a 0 para o tricolor da Azenha. Antes, aos 40 minutos, o goleiro Luciano da S.E.R Santo Ângelo, que até então era o melhor da partida, foi expulso após jogada violenta no atacante Zé Alcino. No intervalo, entrou Jardel, o camisa 16 do Grêmio. Jardel era mortal. Até hoje é considerado o melhor centroa-vante cabeceador de todos os tempos. Foi três vezes eleito o “Chuteira de Ouro” na Europa, foi artilheiro da Copa Libertadores da América e acabou com todos os zagueiros que tentaram marcá-lo neste período.

Jardel entrou no intervalo da partida. Aos 7 minutos da etapa final marcou o se-gundo gol gremista, de cabeça, após cruzamento de Rodrigo Mendes. Aos 33 minu-

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tos, em nova jogada de Rodrigo Mendes, Jardel escorou para as redes: 3 a 0. Aos 37 minutos, Zé Alcino fechou o placar: Grêmio 4x0 S.E.R Santo Ângelo. Um fato curioso foi o duelo dos irmãos Émerson e Edson em campo. O meia Émerson do Grêmio (mais tarde da seleção brasileira) é irmão do meia Edson da S.E.R Santo Ângelo.

Grêmio: Murilo, Marco Antônio, Rivarola, Adílson Batista e Paulo César (Van-derlei). João Antônio, Luís Carlos Goiano (Negretti), Émerson e Aílton (Jardel). Zé Alcino e Rodrigo Mendes. Técnico: Luís Felipe Scolari (Felipão).

S.E.R Santo Ângelo: Luciano (Leandro), Renato (Zé Nílson), João Batista, Aírton e Andres. Jéferson, Aldair e Daniel. Elemar, Careca (Edson) e Martins. Técnico: Nes-tor Simionato. Arbitragem: Antônio Guerra, auxiliado por Jorge Laureano e Gildo Bagatini.

Santo Ângelo vence o Grêmio na Zona SulNo returno do quadrangular final do campeonato gaúcho (Série A) de 1996, a

S.E.R Santo Ângelo venceu o Grêmio por 1 a 0, com gol de Beto, aos 45 minutos do 1º tempo, no Estádio da Zona Sul. A vitória deu à equipe missioneira o 3º lugar no Estado.

Tamoyo campeão do Citadino em 1953Tibica, Hugo, Passo Fundo, Percival, Ibañez, Chumbinho, treinador Pedro Josgli-

ber, Pedrino, Adão, Dionísio, Chagas, Orlando. E o mascote Cilo Escobar, filho de Assis Brasil Ramos Escobar.

A euforia deve voltarAos domingos pela manhã, Santo Ângelo era uma festa. Ainda mais quando ti-

nha jogo de um dos três clubes da cidade: Tamoyo, Elite e Grêmio. E se fosse entre dois deles, então nem se fala. E aqui uma curiosidade: a presença da mulher era uma constante nos campos de futebol. Não há quem não lembre da “guerra” das torcidas femininas. Era “A Guerra das Sombrinhas”. E até figuras folclóricas como o José Marçal, o “brinquedo”. Certa feita, ajudou a pagar avião para o time ir para uma final em Porto Alegre, com o Roca Sales. Mas valeu a pena. Ganhamos de 1 a 0. Era mais um passo do Grêmio para o título estadual.

Brigadiano anula gol gremistaJogo quentíssimo em Ijuí/RS, contra o Gaúcho de Passo Fundo/RS. Rivalidade

acesa, o Grêmio jogava na baixada na busca de um bom resultado. Conta o Ennio Geiss: “Eu era o goleiro, pois o Percival tinha sido expulso. Jogo duro. Lá pelas tantas o Crespin faz um belíssimo gol. Dono de um poderoso chute, chegou a furar as re-des. Mas aí o pior: um brigadiano, postado junto ao gol, entrou em campo e conven-ceu o juiz que a bola tinha passado a meio metro do gol, para fora. Sem alambrado, e um revólver na cintura, não foi preciso muito argumento. A bola foi para a pequena área e autorizado o tiro de meta. O gol tinha sido anulado.

Duas uniões: nenhuma como estaNo ano de 1972, foi formada a AESA, uma união de equipes do Grêmio SS e

do Tamoyo. Mesmo chegando à Divisão Especial, a equipe só durou mais um ano, extinguindo-se no final de 1973.

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Nos anos de 1978 e 1979, o Sport Clube Santo Ângelo, que também durou até o final de 1979. Era uma união do Tamoyo, Elite e Grêmio SS, que também chegou à Divisão Especial. No entanto, essas duas aproximações não resultaram em união de patrimônio, como ocorreu com a S.E.R Santo Ângelo em 1989.

Entre-Ijuís no Tamoyo de 1956Alguns craques como Hugo, Olinto, Arthur, Claick e Arthur Thiel, todos de En-

tre-Ijuís/RS, estiveram no elenco do Tamoyo no ano de 1956.

O Gregório do Dr. Getúlio era fogoNo Santo Ângelo/RS fervilhante do esporte da época, chegava Getúlio Dornelles

Vargas e o seu fiel Gregório. Conta Pedro Bandeira, o motorista escalado para dirigir o Pontiack do presidente Pedro Edwino Hilsen, que deveria conduzir Getúlio do Ae-roporto até o centro da cidade. Era tempo do prefeito Pio Müller da Fontoura. Mas o franzino Bandeira, só hora depois chegou correndo ao centro da cidade, pois as poderosas mãos de Gregório o retirou catapultado da direção do veículo, e assumiu o comando.

O esporte ajudando o jovemDepois de uma longa paralisação da AESA, o Grêmio, através do então presiden-

te Raul Viñas, resolveu interromper esse marasmo, juntamente com João Carlos Al-meida, Itacir Rocha Dias, Eloir Leite Taborda e outros. Nos lembra Viñas, que Santo Ângelo tinha problemas negativos como crimes, tóxico, era fase de firmas fechando e um crescente desemprego. E por que não o futebol, o esporte, ajudar ao jovem, levantando a sua moral, perguntava Viñas.

O esporte foi incrementando com a criação de uma escolinha, formado os ama-dores, e reativado os veteranos. Era o futebol voltando. Logo em seguida, como con-seqüência, o profissionalismo. Houve uma reativação regional. Foi usada a “prata da casa”, mas como sempre, o apoio foi restrito. Finalizava o presidente Raul Viñas, “Digam o que queiram, mas estava sendo ali lançada as bases para a fusão”.

Feitiço contra o feiticeiroO jogo era do Tamoio, em Uruguaiana/RS, na decisão do Estadual em 1970. O

treinador era Trovão. O colega do Ferro Carril, treinador também experimentado, resolveu dar um “balanço” no Trovão, para tirá-lo de jogo, e deixar o Tamoyo sem treinador.

A artimanha quase deu certo. Mas o Trovão voltou para o hotel, piscou para os companheiros e ganhou o jogo. Quem não compareceu ao jogo foi o treinador do Ferro Carril. Ficou “durinho”. O feitiço virou contra o feiticeiro.

Elite de 1987Em 1987, o Elite treinado por Pontes terminou em 3º lugar na Segundona Gaú-

cha. O presidente era Vilmar Maicá. O time base tinha Ademir, Japão, Saraco, Flávio, João, Dé, o diretor João de Deus, Adão, Elemar, Zeca, Canhoto, Nilzo e Amarildo. No mesmo ano, o Elite empatou em 3 a 3 com a Seleção Brasileira de Seniors, que teve jogadores como Zenon, Edu Bala, Newmar e Balalo.

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Caxinho segura empate com o TupyNo dia 27 de maio de 1989, o Grêmio empatou em 1 a 1 com o Tupy de Crissiu-

mal/RS em partida válida pela Repescagem da Segundona Gaúcha. O Grêmio SS era treinado por Eloir Leite Taborda. O Tupy abriu o marcador com Ico Simionato. O Grêmio empatou com Caxinho. Neste ano, o Grêmio SS encerrou suas atividades como entidade futebolística.

O Grêmio jogou com Aristeu, Claudemir, Aírton, Mílton, Luiz Fernando (Pardal). Gringo, Gélson Jacques e Luiz Afonso. Burmann (Dirceu), Caxinho e Paulo Pinha.

O Tupy teve Guerra, Ademir, Biondo, Elton (Titi) e César Pinto. Quina, Simiona-to, Bertoldo, Ico, Rogério e Serginho (Pedrinho Massmann). O técnico era Gilberto Machado.

Grêmio queria a fusão em 1989Em reunião em sua sede, o Grêmio SS decidiu nomear uma Comissão Pró-Fusão,

em janeiro de 1989, com o objetivo de unir todos os segmentos de Santo Ângelo em torno de apenas uma equipe, voltando a fortalecer o futebol profissional na cidade. Os associados também optaram pela reeleição de Francisco Nunes para presidência, por mais um ano.

Ao lado de Francisco Nunes, estavam Eloir Leite Taborda (Futebol), João Auri Matzembacher (Finanças), Vitório de Souza (Administração), João Octávio da Silva (Social) e César Renato Geiss (Patrimônio). O presidente do Conselho Deliberativo era Elói Pedrazza.

O primeiro fantasma do rebaixamento No dia 25 de fevereiro de 2001, a S.E.R Santo Ângelo venceu o Guarani/VA por 2

a 1 e escapou do rebaixamento à Segundona Gaúcha. Treinado por Edinho, o Santo Ângelo entrou em campo com Sílvio, Ivo, Valdir, Carlos Roberto e Teco (Liano). Jéferson (Fabinho), Marcelo Prates, Vandré (Rodrigo) e Marcelo Müller. Badico e Zé Cláudio. O Guarani/VA atuou com Tigre, Paulo Renato, Lima, Paulo Roberto e Aria-no. Cadu, Xavier, Éder e Ornélio (Fialho). Gracialiano e Jorjão (Fernando). O técnico era Chicão. Carlos Simon apitou a partida. Vandré e Marcelo Müller marcaram os gols do Santo Ângelo. A S.E.R Santo Ângelo acabou sendo rebaixada em 2004. De lá para cá, segue no calvário da Segundona Gaúcha.

Santo Ângelo campeão até no FutsalOs santo-angelenses voltaram a comemorar uma conquista estadual no Futsal.

Depois do Olympia em 1985, o torcedor santo-angelense pode soltar o grito de cam-peão em novembro de 2004, quando a URI/Kappa/Posto Tiaraju venceu a URI/San-tiago por 4 a 1 e conquistou a Série Prata de 2004.

Na comissão técnica, Jorge Alberto Kerber, o “Batata”; Raul Sawitski, César Uil-son Goetens, Hiberon Oliveira e Peri Adriano Fernandes. O elenco tinha os seguin-tes jogadores: Márcio Luís Siepalski (goleiro), Fernando Rohde (goleiro), Rodrigo Medeiros da Luz (goleiro); Luciano Castro Fogues (fixo), Alessandro de Oliveira (ala), Alessandro Damião Makvitz (ala), Arno Rogério Braun (pivô), Diórlan Augus-to Deves Zanetti (ala), Felipe Korb (ala); Maurício Donadel Malesvik (pivô), Vinícius Strassburguer (ala), Tobias Armando Tessaro (ala/pivô); Guilherme Nonnemacher (fixo), Fábio Ávila da Silva (pivô) e Anderson de Lima Saragozo (fixo).

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S.E.R campeã de futsal feminino A S.E.R Santo Ângelo foi campeã estadual de futsal feminino ao passar pela equi-

pe do Chimarrão na grande decisão, em Estância Velha/RS. A comissão técnica era formada por Luiz Humberto Angst (diretor do departamento de Futsal do Santo Ân-gelo) e Vanusa Vieira Alves (treinadora). No plantel: Maria Tereza Anchieta Angst, Idalina Corrente, Débora Regina Ferreira, Caroline Araújo Fidélis, Janaína Osório da Silva, Andréia Andrade Cichorski, Veridiana Dalla Costa, Luciléia Renner Minuzzo, Jacqueline Carine Perez, Isamara Roseana da Costa, Ana Paula Quevedo, Andressa Aguiar e Jucimara de Fátima Costa.

A pior décadaNos anos 1970, decaiu as condições de se manter financeira e administrativamen-

te os clubes santo-angelenses de futebol. Os clubes não tinham categoria de base e decaiu o “patrimônio humano”. Surgiram as fusões da AESA e Esporte Clube Santo Ângelo. Foi a década que virou mania contratar jogadores oriundos de outros Esta-dos brasileiros, deixando de lado “as pratas da casa”. Na década de 1970, o futebol santo-angelense começou a viver a sua crise, parecida com a da S.E.R Santo Ângelo nos anos 2000.

O antigo AliançaO clube de futebol Aliança de Santa Rosa/RS, mais tarde recebeu o nome de Dí-

namo. Em seguida, o Dínamo se tornou Juventus. Certa feita, em Santo Ângelo, na década de 1940, em um amistoso diante do Grêmio SS, com vitória alviverde por 1 a 0, o técnico Caieira do Aliança proferiu uma frase que arrancou risos da torcida missioneira. Disse ele: “Pega a bola, meu lateral, bota na linha de fundo e senta ela. Larga ela lá no fedor, meu chapa!”.

O último campeonato da LigaO último campeonato citadino organizado pela Liga Santo-angelense de Futebol

foi em 1971, sendo organizado pelo presidente Auri D. Rodrigues, o qual pleiteou junto à Federação Gaúcha de Futebol (FGF) o troféu Belfort Duarte a Norberto “Ti-bica” Lima. O campeão foi o Elite Clube Desportivo.

Última partidaNa última partida oficial do Grêmio SS, no dia 23 de julho de 1989, em Crissiu-

mal/RS, diante do Tupy, uma parte dos jogadores foi levada pelo taxista Carlinhos e os demais foram de Kombi, dirigida por Zica Pagliarini.

O clássico de 1943No dia 8 de outubro de 1943, o árbitro Simão Tesaler apitou um dos maiores jo-

gos da história do futebol santo-angelense, no Estádio do Grêmio SS. O empate entre Grêmio SS e Elite, em 0 a 0, foi um dos dez clássicos inesquecíveis da história devido à qualidade técnica das equipes em campo.

Grêmio SS: Cininho, Tamandaré e Joaquim. Alvício, Cafumann e Mozart. Neri, Miron, Joãozinho, Palito e Chera.

Elite: Percival, João, Soares e Marcírio. Jacob, Jandyr, Jarbas (Saul). Léo, Irandir, Pedrinho e Trindade.

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Tricampeão em 1952O árbitro Homero Cavalheiro da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) apitou a

vitória do Grêmio SS por 4 a 1 diante do Elite na decisão do campeonato citadino de 1952. Miron II (2 gols) e Crispim (2 gols) marcaram os gols gremistas. Feldmann descontou para o Elite.

Grêmio SS: Nercy, Bira e Mello. Pinheiro, Gago e Antoninho. Miron II, Hélio, Burmann, Miron I e Crispin.

Elite: Saratio, Wílson e Adão. Itamar, Cerisara e Willi. Ratinho, Speroto, Carli-nhos, Feldmann e Carlos Só.

A nova diretoriaNa posse da nova diretoria do Elite em 1953, a equipe alvi-negra comandada pelo

presidente João Antunes Fernandes Filho foi goleada pelo Guarany de Cruz Alta, em Santo Ângelo, pelo placar de 4 a 1. Carlinhos marcou o gol do Elite.

Elite: Saratio, Wílson e Pippi. Adão, Vicente e Fanático. Mallmann, Coruja, Car-linhos, Feldmann e Pelincho.

Guarany: Gaúcho, Perequeté e Baratinha. Jaime, Prinche e Alma de Gato. Ferri-che, Bujo, Perereca, Chagas e Chimbé.

O frango de SuedaNo dia 19 de abril de 1953, em Ijuí/RS, Grêmio SS e São Luiz empataram em 2 a

2, com arbitragem de Medero de Souza Lima, em partida que ficou marcada em vir-tude da falha do goleiro Sueda. Cláudio e Leal marcaram para o São Luiz. Crispim e Burmann marcaram para o Grêmio SS.

Grêmio SS: Nerci, Bira e Mello (Berwanger). Pinheiro, Gelineck, Otávio (Ama-do). Miron II, Burmann, Pança (Miron I). Crispim e Pedrinho (Chinês).

São Luiz: Garcia (Sueda), Rosa e Pinheiro. Pelego, Pavão e Antoninho. Bindo, Nequinha, Dante, Cláudio e Leal.

O muro do estádioEm junho de 1953, o diretor presidente Ricardo Verri e o Dr. Bráulio Oliveira

Neto realizam campanha para finalizar o muro do Estádio do Grêmio SS.

A tela do campoEm 21 de julho de 1953, o Elite Clube Desportivo realizou campanha social para

recolher fundos para colocar tela em torno do gramado do seu estádio.

Taça Dia do CronistaGrêmio SS, Tamoyo e Elite disputaram a Taça Dia do Cronista em julho de 1953.

Os jogos: Elite 2x1 Grêmio SS; Elite 2x1 Grêmio SS e Grêmio 3x0 Tamoyo. O Elite foi o campeão. Elite (campeão): Gaúcho, Wílson e Pippi. Adão, Bá e Armando. Mall-mann, Sperotto, Só, Iran e Canhotinho.

Grêmio SS (vice-campeão): Saratio, Bira, Chiba. Pinheiro, Miron II, João Luiz. Crispin, Pança, Otávio, Miron I e Pedrinho.

Tamoio: Xisto, Passo Fundo e Ivan. Saci, Bastião e Chumbinho. Arthur, Adão, Dionísio, Clóvis e Pedro.

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Olympia campeão estadual de futsalA história do Olympia começou dentro do Braatz, com equipes de futsal e volei-

bol. Em 1985, a equipe foi campeã estadual de futsal e chegou a disputar o campeo-nato brasileiro. A diretoria era assim composta: Hélio Costa de Oliveira (presidente), Wartur Flores Machado (diretor de futebol), Gilberto Kerber (diretor jurídico), Getú-lio Martins Siqueira (técnico), Carlos Alberto Furian (preparador físico) e João Luiz de Oliveira Sá (massagista), Luís Carlos Dallepiane (assessor da diretoria) e Jorge Luiz Bandeira (diretor de divulgação).

Os atletasPaulo César Buligon, Bernardino Furtado Flores, Antônio Carlos dos Santos

Dornelles, André Rigo, João Alberto Kerber (Batata), Marco Antônio Calabria (Mar-queta), Luiz Humberto Angst (Luisão), Tarcísio Renato Tonetto, Jorge Luís Minussi, Marco Antônio Ruschel, Manoel do Nascimento Garcia, Valter Pedro Angst, Lauri de Almeida Doro (Quico), Laudir Friske, Roaldo Mousquer Loureiro, Luís César Callegaro, Acácio Marcelo Machado e Parlon Roberto Ludtke.

As finais ocorreram no Ginásio Municipal Marcelo Mioso. O Olympia venceu a AGS de Sananduva por 3 a 0, empatou com o Vasco de Caxias do Sul em 2 a 2 e pelo mesmo placar com o rival santo-angelense Tamoyo.

No ano seguinte, na disputa do certame nacional, estavam no elenco: Paulo Cé-sar Boligon, Manoel do Nascimento Garcia, Lauri de Almeida Doro, Marco Antônio Calabria, Luis Humberto Anesi, Tarcisio Renato Tonetto, Bernardino Furtado Flores, João Alberto Kerber, Valter Pedro Anesi, Laudir Friske, Antônio Carlos Dornelles, Luis Carlos Callegaro e Acácio Marcelo Machado.

Em 1986, o Olympia foi convidado pelo Enxuta de Caxias do Sul/RS a disputar um amistoso durante a Festa da Uva. Vitória santo-angelense por 2 a 1, com gols de Batata e Marqueta.

Em 1990, os jogos finais do campeonato gaúcho de futsal, Divisão Especial, ocor-reram em Santo Ângelo com a participação de Internacional (Porto Alegre), Enxu-ta, Sercesa (Carazinho/RS), Guarany (Espumoso/RS), Portuária (Rio Grande/RS) e Olympia. O Olympia empatou com o Internacional em 3 a 3, o qual foi campeão do certame e tinha no elenco os craques Choco, Bella, Cocão e Chinezinho.

Em 1994, no Ginásio Marcelo Mioso, foi inaugurado o vestiário exclusivo do Olympia pelo Dr. Newton Furtado Fabrício. O presidente do Olympia era Lunei Teixeira (o último presidente), tendo como diretor de futebol João de Deus Silva e dirigente Hélio Costa de Oliveira. Na comissão de estrutura e organização: Newton Furtado Fabrício, Luiz Carlos Dallepiane, Antônio Carlos Dornelles, Tairone José Knapp e Norberto Lima. Na comissão de divulgação: Luis Otávio Zysko, Jairo Fer-reira, Danton Michel Mousquer, Fernando Gomes, Itamar Stadlober e José Silveira Lima. Na comissão de finanças, João de Deus Silva. Na comissão de futebol, Hélio Costa de Oliveira e Wartur Flores Machado. Na comissão de hospedagem, Armando Mann, Luis Carlos Dallepiane, João Carlos Grassel, Renato Hunger e Luis Mello dos Reis.

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Grêmio SS lançou a “Campanha do Tijolo”A direção do Grêmio SS, com o propósito de trabalhar para o engrandecimento

de sua equipe, lançou a “Campanha do Tijolo” em 1948, no intuito de construir mu-ros em volta do estádio. Além disso, o gramado passará por novo nivelamento. Os desportistas Natálio Carvalho e Mozar Feijó trabalharam, arduamente, em prol do Grêmio SS.

Duas vezes EliteNuma tarde de dois embates no município em 1947, o Elite empatou com o Ta-

moio em 1 a 1 e, em seguida, venceu o Vanguarda por 3 a 1, pelo campeonato da cidade.

Elite: Percival, Wilson e Angelo: Melinho Lima e Petroski; Ari, Binha. Neca, Her-minio e Cininho.

Tamoio: Chico, Dario e Passo Fundo; Léo, Pedrinho e Toco; Bete, Darcy, Inacio, Brasil, Crisante.

Vanguarda: Sadi, Arides e Cerizora. Ferijó, Arias e Tavares. Jofre, Corneteiro, Al-mada, Adi e Moreno.

Presidente garante: Elite não fecha!Em 1973, o presidente do Elite Clube Desportivo Amilto Pulcinelli garantiu que o

Elite continuaria existindo, desmentindo um boato que andou pela cidade. Na opor-tunidade, o presidente lançou uma campanha para novos sócios, com o valor de 5 Cruzeiros, e afirmou o seu desejo em construir um ginásio para o clube.

Tamoyo campeão em 1968Era disputada em 1968, a 10ª Copa Cidade de Santo Ângelo, e o Tamoyo sagrou-

se campeão ao vencer o Elite na final por 2 a 1, com gols de Marino e Laudelino (Tamoyo) e Silva (Elite), em partida apitada por Saul Schmidt Mendes da Federação Gaúcha.

Tamoyo: Dirceu, Caio, Querly, Altemo (Nadion) e Edemar. Tavares e Prates. Ma-rino, Ulysses (Telmo), Arnoni e Laudelino.

Elite: Leopoldo, Abel (Bufing), Ataídes, Elevir e Daniel. Josué e Pinheiro. Silva, Edelceu, Jacy e Fôpa.

Elite campeão da Chave 3 em 1968O Elite Clube Desportivo se tornou o campeão da Chave 3 da Primeira Divisão

de Profissionais ao vencer o Miraguay de Tenente Portela/RS por 8 a 1, na Capital das Missões. A equipe santo-angelense, comandada pelo técnico Claudinei Araújo, atuou com Leopoldo, Abel (Gama), Ataídes, Adílson e Daniel. Honório e Pinheiro (Salvador). Silva e Jacy. Edelceu e Fôpa. Os gols foram de Aloir (Miraguay); Jacy (3), Adílson, Edelceu, Werno (contra), Silva e Honório.

324 sóciosEm 1969, o Grêmio SS contava com 324 sócios e era presidido por Enio Geiss,

tendo como principais dirigentes João Rolim Cezimbra, D.L Freitas, Jeová Souza e Octávio Rigo.

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Fusão em 1969O Grêmio SS foi contra a fusão do futebol santo-angelense em 1969. A equipe

decidiu por dar continuidade à sua história, ainda mais depois de começar a receber uma verba do Fundo de Amparo ao Esporte Gaúcho. O Elite também foi contra. O Tamoyo também. A ideia de termos o Tagreli Futebol Clube em 1969, levantada pela imprensa santo-angelense, não foi aprovada pelos clubes.

CRUPSA vence a Taça da DisciplinaA equipe juvenil de futsal santo-angelense CRUPSA conquistou a Taça da Disci-

plina em Pelotas/RS em 1969. O título foi adquirido em um critério de desempate: o sorteio. A equipe principal da CRUPSA disputou três partidas e obteve três derrotas: levou 6 a 0 do Sport Club Internacional, 2 a 1 do Tiarajú de Ijuí e 4 a 1 do Capinguí de Passo Fundo/RS. No mesmo ano, a Crupsa enfrentou o Internacional no ginásio do Clube 28 de Maio. A CRUPSA era formada por Vitor Modesto, Waldir Almeida e Derli Anchieta (diretores); Quevedo, Rousselet, Fumaça, Jorge, Pinheiro, Careca, Orlando, Zeca, Aquino e Jair.

Nosso futebol em 1978Com a presença do prefeito Carlos Schröeder, os presidentes dos 4 clubes e mem-

bros do Grupo do Trabalho Pró-Futebol estiveram reunidos para decidir o futuro do futebol em Santo Ângelo/RS, eis que neste ano o Esporte Clube Santo Ângelo (ECSA) disputara a Divisão Especial do futebol gaúcho.

Além do prefeito Schröeder, participaram do encontro os presidentes João Au-gusto Rodrigues (Elite), Raul Viñas (Grêmio SS), Assis Brasil Ramos Escobar (Espor-te Clube Santo Ângelo) e Darcy Silveira (Tamoyo), além dos integrantes do Grupo do Trabalho Pró-Futebol Elói Nélson Pedrazza, Luiz Vilmar Denardin, Celso Bernar-di e João Baptista Santos da Silva. A sugestão do Executivo era passar a contar com os 3 estádios (Grêmio, Elite e Tamoyo) e formar uma fusão total. Grêmio SS e Elite foram contra. Tamoyo aceitou. O ECSA, que disputou o campeonato gaúcho neste ano, apresentou as dificuldades financeiras e apoiou a iniciativa.

Seleção de VeteranosEm 1978, um selecionado de Santo Ângelo enfrentou a Seleção Gaúcha de Vete-

ranos. A seleção de veteranos de Santo Ângelo atuou com Norberto Lima “Tibica”, Ubirajara Mousquer, Walmir Fasolo, Antoninho Fasolo, Ivan Luz, Wilmar Miron, Pe-dro Martins, Alfredo Calábria, João Machado, Carlos Schröeder, Hugo Giacomelli, Ibanês Lima, Paulo Valdetaro Lemos, Adair Oliveira, João Carlos Pinheiro Machado, Nerci Padilha, Luiz Feldmann, Claudinei Araújo, Odil Rocha, Irineu Taborda, Ha-rold Steglich, Ataídes da Silva, Luiz Alberto Bandeira, Cesar Sarzi e Octavio Rigo. A seleção gaúcha teve, entre os principais jogadores, Tesourinha, Elton, Larry, Alfeu, Kim, Ezequiel e Aírton.

Os 64 anos do Grêmio SSAo completar 64 anos de fundação, em outubro de 1985, o Grêmio SS empossou

a sua nova diretoria, que era formada desta forma: Raul Viñas (presidente); João Carlos Rodrigues de Almeida (1º vice-presidente), Eloir Leite Taborda (2º vice-presi-dente); Edson Alvim Mendonça (3º vice-presidente); João Otávio da Silva Filho (4º

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vice-presidente) e Alvani Serafim Santana (5º vice-presidente). O Conselho Deliberativo era formado por: João Antunes Fernandes Filho, Raul

Viñas, João Carlos Rodrigues de Almeida, Onécimo Ribeiro Nardes, César Sorsi Neto, Mário Wanacor, Elói Nélson Pedrazza, Newton Furtado Fabrício, Euclides Barros Pires, Vilemar Miron, Eloir Leite Taborda, Adolfo Galeazzi, Itacir Leite Ta-borda, Cursino Ferraz de Almeida Campos, Higino Santos, Dervalgílio Laudemiro de Freitas, Darcy Schieffer, Salvador Pinheiro Machado, Cícero Kruel Ferraz, Atílio Ghisleni, Antônio Nascimento Freitas, Edson Álvim Mendonça, João Otávio da Silva Filho, Antônio Carlos de Castro, Antônio Carlos dos Santos, Luiz Fracaro, Jair Haas e Pedro Osório Nunes Siqueira. O Conselho Fiscal tinha Cursino Ferraz de Almei-da Campos, Adolfo Galeazzi, Salvador Pinheiro Machado, Mário Wanacor, Darcy Schieffer e Vilmar Miron.

Futebol profissional paralisadoEm janeiro de 1969, o futebol profissional de Santo Ângelo esteve paralisado

com Elite, Grêmio e Tamoyo sem início de temporada. Em 1968, o Grêmio Sportivo Santo-angelense esteve licenciado e voltou em fevereiro de 1969 ao campeonato da Primeira Divisão de Profissionais, ao lado do Tamoyo, que foi rebaixado, em vista à sua desclassificação em 1968, na Ascenso. O Elite, neste ano, disputou o Ascenso, em virtude da sua classificação no último campeonato da Primeira Divisão de Profissio-nais. O principal desafio do Elite em 1969 foi readequar o seu estádio para a disputa do certame. A tarefa foi encabeçada pelo presidente Juracy Moreno.

Tamoio Supercampeão Regional em 1966Quem foi ao Estádio da Baixada do Esporte Clube São Luiz no dia 23 de janeiro

de 1966 para ver futebol, saiu enganado, porque só viu heroísmo. O atrativo princi-pal era a decisão do título máximo da Zona 4 da 1ª Divisão de Profissionais do Rio Grande do Sul entre Tamoyo e Riograndense de Ijuí/RS.

Após um empate em 3 a 3 no tempo normal, e empate sem gols na prorrogação, o Tamoyo venceu nos pênaltis (4 a 1) o jogo que ficou conhecido como o “Duelo na Lama”. O Tamoyo foi campeão com Miguel (Odil), Darci, Telmo, Nadion e Elzevir. Tavares e Gedi. Betinho, Marques, Arnoni e Laudelino.

O último campeonato da LSF em 1971Em 1971, o presidente da Liga Santo-angelense de Futebol, Auri Dautaro Rodri-

gues, organizou o último campeonato da LSF na Capital das Missões. O citadino teve Grêmio SS, Elite e Tamoyo se enfrentando em turno e returno.

O Tamoyo Futebol Clube havia disputado o campeonato gaúcho pela Elite do Futebol do Rio Grande do Sul e se preparava para a disputa da Copa Governador do Estado. O Grêmio SS, treinado por Eloir Leite Taborda, empatou com o Tamoyo na estreia em 2 a 2. O árbitro foi Percival Garcia de Oliveira, ex-goleiro de Grêmio SS, Elite e Tamoyo.

No final do 1º tempo, o Grêmio SS vencia por 2 a 0 com dois gols de Adelino Somavilla. O Tamoyo empatou a partida em 2 a 2 na etapa complementar, com um gol irregular, equivocadamente confirmado pelo árbitro Percival. No Grêmio SS, es-tavam Renato Schorr, Antônio Augusto “Guto” Bonesso, Luiz Ferreira, Rui, Mário Machado, Lúcio Miranda, Adelino Somavilla, Renato Rigotti, entre outros. No final da partida, por pouco o Grêmio SS não venceu quando Renato Schorr desperdiçou

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duas ótimas oportunidades de marcar o gol da vitória. Os gremistas temiam uma goleada. A forte chuva encharcou o gramado e o Grêmio SS amarrou o poderoso Tamoyo da época.

Em seguida, houve empate em 1 a 1 entre Grêmio SS e Elite. O Tamoyo venceu o Grêmio por 1 a 0. Na final: Elite 1x0 Tamoyo, com gol de calcanhar de Miguel, e arbitragem de Flávio Cavedini.

Após este campeonato de 1971, com a conquista do Elite, João Augusto Rodri-gues, “Chico Moreno”, Enio Geiss e Jorge Lied optaram por não fazer parte da fusão com a AESA. Então, em 1972, a AESA surgiu da fusão de Grêmio e Tamoyo. O cam-peonato de 1971 foi transmitido pela Rádio Santo Ângelo.

Tamoio queria a fusão em 1972Depois de encerrada a campanha na Divisão Especial, o presidente Assis Brasil

Ramos Escobar, também patrono da equipe, divulgou um documento agradecendo aos poderes públicos e imprensa, às empresas, ao Elite e ao Grêmio, à torcida, e encerrava dizendo: “O Tamoyo é francamente favorável à fusão dos clubes... Não criaremos qualquer empecilho. Estamos abertos ao diálogo e oferecemos o que dis-pomos, sem nada reivindicar, a não ser tentarmos unidos a grandeza do futebol de Santo Ângelo”.

Além do presidente Assis Brasil Ramos Escobar, assinaram o documento o pre-sidente do Conselho Deliberativo, Irani Araújo dos Santos; o vice-presidente Otávio Rigo; o diretor de relações públicas, Celso Bernardi e o diretor de finanças Manoel Francisco Froes.

Um ano negro para o nosso futebolOs dirigentes Dr. Adroaldo Loureiro, Assis Escobar e Luiz Costa foi o triunfo

eleito após quase uma semana de reuniões para liderar a AESA. Com eles, mais um punhado de quase 20 vice-presidentes, a maioria dos quais nunca tomou o menor conhecimento do cargo e de suas responsabilidades. Ficaram honrados pelo posto que recebiam como homenagem, em vez de o entenderem como gerador de respon-sabilidades que se limitaram a ver em campo em jogos locais.

Com alguns licenciamentos o trio socorreu-se de alguns devotos desportistas e foi levando o barco. Celso Bernardi voltou para assumir o futebol. Com bom senso, responsabilidade e muitos sacrifícios, a missão árdua foi cumprida. E a estas alturas não cabe-lhes maior culpa pela desclassificação, já que tanto a da AESA como a do Elite, precisam ser analisadas globalmente, até mesmo tendo-se presente esta per-gunta: Não terá sido melhor assim?

Pois é, há quem entenda que sumindo o futebol de nossos domingos e nossas pra-ças, a comunidade poderá motivar-se para o futuro e daí, então, com maior apoio, voltarem as equipes.

O clube da Avenida Brasil, cinqüentenário e cheio de tradições, seguiu sua via-crucis pelas mãos também de um pequeno grupo de alvi-negros: Dr. Augusto Ro-drigues, Eugênio Geiss e Jorge Lied, sempre a postos para porem o Elite em campo, superando problemas de toda ordem.

É de se crer que neste balanço negro do futebol em 1973, com muita justiça se deva creditar elogios aos dirigentes da época. Tiveram erros, é verdade, mas acima de tudo deram de si espontaneidade e idealismo. É de se afirmar que houve vitórias nestas derrotas. Ninguém nega que em 1973 foi um ano negro para o futebol santo-

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angelense. Caímos fora da Divisão Especial, onde disputamos com os melhores do Rio Grande do Sul, desde a heróica classificação obtida pelo Tamoyo e que foi ga-lhardamente sustentada por certo tempo pela AESA, nascida da união do Tamoyo Futebol Clube e do Grêmio Sportivo Santo-angelense.

Após um 1º turno do Gauchão, quando conseguimos um excepcional 4º lugar, iniciou-se um processo de derrocada da pujante Associação. Inexplicavelmente, a equipe da AESA, uma das melhores do Estado, começou a não mais produzir em campo as atuações que faziam vibrar sua grande torcida.

Fora de casa todos lembram, dificilmente perdíamos. No mínimo um empate tra-zíamos. Recorde-se o empate, 0 a 0, no Estádio Olímpico, contra o Grêmio. Casos de indisciplina foram surgindo, novas contratações que com o passar do tempo prova-vam terem sido infrutíferas. Lembre-se Neco, um grande jogador, sem dúvida, cujo pagamento do passe teve até mesmo a participação direta da torcida. Em campo, salvo raras ocasiões, pouco realizou que justificasse o esforço para trazê-lo.

Mês a mês, rodada a rodada, via a dedicada direção do clube, integrada por es-portistas que não mediam esforços, irem fugindo as possibilidades de classificação. De início, todos acreditavam, que a má fase passaria e logo a AESA voltaria a ga-nhar. Mas já era tarde. O time de Laerte Dória e, posteriormente, Alfredo Bernardo Torres, ficava à margem dos classificados para 1974. O Elite por sua vez, alijado da disputa da Copa Governador do Estado, ingressou na Copa Cícero Soares que pro-metia duas vagas para somar aos times da Copa Governador. Dirigentes, jogadores e torcida acreditavam que a caminhada poderia ser vitoriosa. Recursos foram mobi-lizados na medida do possível, mas tudo foi em vão. Outra desclassificação. Estava formado o quadro negro de nosso futebol, numa situação que há muitos anos não assistíamos.

Tumulto, agressões e violênciaO clássico entre Grêmio SS e Guarany de Cruz Alta/RS, no dia 24 de agosto de

1986, tinha tudo para ser um ótimo jogo, mas teve o seu brilho empanado pela péssi-ma atuação de um juiz, que produziu um clima de insegurança, revolta e violência, no Estádio Raul Oliveira (hoje Zona Sul). Apesar disso, o Grêmio venceu por 2 a 1.

Depois do jogo, Eloir Taborda, diretor de esporte do Grêmio SS, atribui toda a violência acontecida em campo ao juiz Igor Krombauer, “pela extrema incompetên-cia do árbitro, que não soube respeitar nem jogadores, nem público, produzindo sua facciosidade, um clima de revolta e agressões generalizadas”.

O Grêmio SS jogou Ademir César, Da Silva, Japão, Francisco Carlos e Bronzatti. Rogério, Francisco, Mauro (Aloísio), Ademar e Nilzo (Cometa).

O Guarany/CA jogou com Miguel, Acácio, Bem-Hur, Chico Cebola e Mauro. Cel-so Freitas, Valdoíno, Jarlei e Batista. Tijolo (De Bortoli) e Neneco.

Um dos últimos GrelitesEm partida válida pela segundona gaúcha de 1986, Grêmio SS e Elite empataram

em 1 a 1, no Estádio Cel. Raul Oliveira. Elite: Jesus, Sérgio (Neri), Paulinho, Polaco e Canhoto. Rufo, João Luís, Pinto,

Elemar, Cachinho (Zica) e Náder. Técnico: Pontes.Grêmio SS: Ademar, Da Silva, César Sapieginski (Keco), Japão e Francisco Car-

los. Bronzatti (Rogério), Ico Simionato, Ademar, Aloísio, Francisco (Canhoto) e Nil-zo. Técnico: Donga.

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A Liga em 1964A Liga Santo-Angelense de Futebol era presidida, em 1964, por Deodato Santos

Bittencourt, tendo como vice-presidente Neri Rodrigues da Silva. O presidente do Grêmio era João Antunes Fernandes Filho e João Carlos Almeida como vice-presi-dente. O Elite era presidido por Lothário Wanckler e Jorge Lied era o vice-presidente. O Tamoio era presidido por Olívio Fermino Pilau e o vice-presidente era Carlos Wal-ter Nunes Vieira. Em 1964, o esporte santo-angelense perdeu Orfeo da Silva (Turco) e José Marçal (Brinquedo).

Marcelo MiosoEm 1951, o Elite desmantelou a sua seleção regional: Pelego, Cajardo e Paraguaio

foram dispensados. A entidade alvinegra voltava as vistas para o próprio celeiro santo-angelense. Convidou o professor Marcelo Mioso para ser o treinador da equi-pe. Foi então que surgiu o jogador Nilo Carvalho que era analfabeto e na hora de assinar a súmula nos jogos, desenhava letra por letra, conforme haviam lhe ensinado os colegas de time Walter Schlik e Sady Engleitner.

Tamoio perdeu a vaga no tapetãoEm janeiro de 1976, a Federação Gaúcha de Futebol distribuiu o carnê do cam-

peonato gaúcho deixando o Tamoio de fora do certame. Até então, Tamoio e Tupy de Crissiumal/RS brigavam pela vaga no STJD. O problema surgiu numa partida entre Tupy e Atlético de Carazinho/RS, quando o Atlético teria escalado um jogador irregular. O Tamoio pleiteava a vaga do Tupy no STJD.

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Grêmio Sportivo Santo-angelense

O Grêmio Sportivo Santo-angelense foi fundado em 12 de

outubro de 1921. O seu pri-meiro presidente foi Clotário de Oliveira, que teve como auxiliar Florismundo Santos, Waldomiro Ferraz, João Sch-midt e Gomercindo Demétrio Beck. A primeira sede do Grê-mio SS era na Avenida Brasil. Depois foi para a zona sul da cidade.

A primeira diretoria foi empossada em 13 de outubro de 1922. Foram presidentes deste clube apelidado de “Periquito Alvi-Verde”, os seguintes cidadãos: Clotário Oliveira, João Schmidt, Antônio Gentil Basílio Alves, João Darcy Muniz, Orestes Ro-drigues de Camargo, Ricardo Verri, Nélio Saraiva, Henrique Grás, Leônidas Gomes Castanho, Carlos Conrado Panzenhagen Filho, Basílio Antunes, Germano Samuel Mousquer, Natálio Lopes Carvalho, Brasil Cattani, Vitório do Amaral Cattani, Affon-so Schu, Bráulio de Oliveira Netto, Christiano Batista Kruel, Dorival Antunes Pedro-so, Napoleão Pinheiro Bidel, Erli de Almeida Lima, Darcy Von Hoonholtz, Wílsom Guimarães de Freitas, Eno Jose Geiss, Eugênio Gonzalez e Raul Viñas. Grande e eter-no rival do Elite, sua torcida era na maioria do Porto Velho (Brasil), tendo por grande apoio o pessoal da prefeitura e os fazendeiros. O presidente Ricardo Verri foi quem construiu o pavilhão, levou o Grêmio às finais de grandes campeonatos e ao lado de “Brinquedo” gramou o campo. José Marçal “Brinquedo” e João Almeida eram os únicos gremistas do Povo Novo (Alemanha). Os tijolos para a construção do Estádio do Grêmio SS foram doados por Francisco Ruschel, tio de Rolando Stümpfle.

O Grêmio SS foi tricampeão do Citadino em três oportunidades. De 1924 a 1926, de 1943 a 1945 e de 1950 a 1952. A sua maior glória foi ter sido campeão estadual de amadores em 1952. Foi campeão da cidade em 1941, 1943, 1945, 1948, 1950, 1951, 1952, 1954, 1956, 1959, 1961, 1964 e 1967. Foi Supercampeão em 1959.

A primeira eleição no GrêmioEm 3 de outubro de 1922, o Grêmio Sportivo Santo-Angelense teve logara elei-

ção da nova diretoria, a qual ficou assim constituída: Antônio Gentil Basílio Alves (presidente); João Martins de Medeiros (vice-presidente); Eurico Albrecht (1º secre-tário); Waldomiro Ferraz (2º id), Gomercindo Beck (1º tesoureiro); Francisco Deno-

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varo (2º id); Olavo Machado (1º orador); Odorico Rodrigues da Silva (2º id); Sady Valle Machado (capitão geral); João S. Rolim (guarda sports); Theodosio G. da Silva (porta estandarte); Leopoldo Pinheiro e Lélio Preto de Oliveira (diretores de campo); Tranquilino Pinheiro, Júlio Albrecht e Seraphim Dias Ferreira (comissão fiscal). Esta diretoria tomou posse no dia 12 de outubro de 1922, data de aniversário de fundação do clube.

O pavilhão do Grêmio

O Pavilhão do Estádio começou a ser construído em 1971. O Pavilhão era de alvenaria e a sede social surgiu, consequentemente, vindo a ser chamada de “Man-boliche”, onde a sociedade santo-angelense e os associados do clube freqüentavam nos finais de semana. O Pavilhão possuía cozinha, dormitório, sala de musculação e sede social.

A direção do Grêmio SS, com o propósito de trabalhar para o engrandecimento de sua equipe, havia lançado a “Campanha do Tijolo” em 1948, no intuito de cons-truir muros em volta do estádio. Além disso, o gramado passará por novo nivela-mento. Os desportistas Natálio Carvalho e Mozar Feijó trabalharam, arduamente, em prol do Grêmio SS.

O estádio Coronel Raul Oliveira começou a ser de-molido em 1991, após o surgi-mento da S.E.R Santo Ângelo, para a construção do Está-dio da Zona Sul, o que ainda manteve algumas caracterís-ticas daquela época gloriosa do “periquito missioneiro”. A primeira partida oficial no novo estádio só veio a aconte-cer em 1996. A última do Grê-mio, ocorreu em 1989.

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Grêmio Campeão Estadual em 1952

Em pé (esquerda para a direita): Mello, Pedrinho, Gago, Pinheiro, Crispim e Wilmar Miron.Agachados: Jelineck, Nercy Gewehr, Bira Mousquer, Hélio e Pança

O Grêmio Sportivo Santo-angelense foi campeão do Estadual de Amadores de 1952 (o que seria hoje o campeonato gaúcho da Série B). Naquela época, mesmo sendo campeão do Estadual de Amadores a equipe não obtia a clas-

sificação à Divisão Especial de Profissionais (campeonato gaúcho da Série A). De-vido o curto espaço no calendário, a decisão ocorreu em 1953, mas valendo o título pelo ano de 1952. Assim, o Grêmio Sportivo Santo-angelense foi o primeiro clube de Santo Ângelo/RS a conquistar um título estadual.

A decisão do Estadual de Amadores em 1952 foi no Estádio do Timbaúva, no Caminho do Meio, reduto do Força e Luz, no dia 21 de março de 1953, numa tarde de sábado. Na etapa inicial, o Grêmio SS já vencia o Veronese por 2 a 0, com gols de Pedrinho (aos 2 minutos) e Crespim (aos 28 minutos). Na etapa complementar, Pedrinho fez 3 a 0 (aos 23 minutos). O Veronese descontou com Medina, no minuto

Foto: Bruno Schmidt

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seguinte. Mas, aos 26 minutos, Crespim fechou o placar: 4 a 1.Para este confronto decisivo que foi disputado em Porto Alegre/RS, a equipe gre-

mista, com auxílio de diversos abnegados torcedores e colaboradores, fretou um avião da VARIG para se deslocar até a capital gaúcha.

A escalação da grande finalGRÊMIO SS: Nerci Gewehr, Bira Mousquer e Mello. Pinheiro, Gago e Jelineck. Wilmar Miron,

Hélio, Crespim, Pança e Pedrinho Martins. Técnico: Ricardo Verri. VERONESE: Jacir, Fiorello e Victor. Clauvício, Canário e Pedrola. Flávio, Valdir, Batata, Medi-

na e Gaiteiro.Arbitragem: Fortunato Tonelli, auxiliado por Alfredo Bello e Guilherme Sroka.

A comissão técnicaA comissão técnica do Grêmio SS era composta pelo técnico Ricardo Verri, Major

Hélio Cavalcanti e o Capitão Amado. O presidente vitorioso foi Affonso Schu e o plantel possuía os seguintes atletas: Nerci Gewehr, Bira Mousquer (pai do jornalista Danton Michel Mousquer), Mello, Pinheiro, Gago, Jelineck, Almiro Berwanger, Anto-ninho Coccaro, Wilmar Miron, Hélio, Clóvis Burmann, Arlindo Miron, Pança, Cres-pim e Pedrinho Martins, Percival, Waldemar Miron, Chandu, Gilberto, Bá, Carlos Alberto Pinto, Cícero Kruel Ferraz, Rubens Hoffmeister (futuramente foi presidente da Federação Gaúcha de Futebol) e Paraguaio.

A diretoria gremista em 1952/1953Presidente: Affonso Schu.Vice-presidente: Clineu Sampaio.Conselho Fiscal: Ruy Lourega, Ângelo Xavier e Cícero Kruel Ferraz.1º Secretário: Joaquim José Oliveira.2º Secretário: Luiz Vieira.

A chegada dos campeões em Santo Ângelo, tomou conta das ruas em 1953. O público foi saudar os jogadores vitoriosos no Dia do Município. Os jogadores chegarem de trem na Capital das Missões

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1º Tesoureiro: Euclidez Portuguez. 2º Tesoureiro: Orlando Braatz.Diretor de Inscrição: Hercílio Magalhães. Diretor Social: Ângelo Padoim.Diretor de Campo: Fernando Cortezia. Bibliotecário: José Marçal (Brinquedo).Orador: Dr. Augusto Nascimento e Silva. Consultor Jurídico: Dr. Bráulio de Oli-

veira Netto. Corpo Médico: Ernesto Nascimento Sobrinho, Luiz L. Kruel e Garibaldi Carrera Machado.

Campeão estadual e tricampeão da cidade

O árbitro Homero Cavalheiro (que mais tarde foi técnico do Sport Club Internacional) da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) apitou a vitória do Grêmio SS por 4 a 1 diante do Elite na decisão do campeonato citadino de 1952. Miron II (2 gols) e Crispim (2 gols) marcaram os gols gremistas. Feldmann descontou para o Elite.

Grêmio SS: Nercy Gewehr, Bira Mousquer e Mello. Pinheiro, Gago e Antoninho. Miron II, Hélio, Burmann, Miron I e Crispin.

Elite: Saratio, Wílson Farias e Adão. Itamar, Cerisara e Willi. Ratinho, Speroto, Carlinhos Schröeder, Feldmann e Carlos Só.

O primeiro tricampeonato do Grêmio SS

O Grêmio SS conquistou seu primeiro tricampeonato em 1926. Em 1924, antes de completar três anos de fundação, o Grêmio conquistou o seu primeiro título. Em 1924, o tri veio com vitória sobre o Elite por 2 a 1

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Por meio da conquista es-tadual de 1952 é que o Grêmio SS levou o nome da cidade de Santo Ângelo à fama estadual. Nascia a trajetória de grandes conquistas do futebol santo-angelense (fotos ao lado resgatam esta época).

A viagem de trem à capital

A delegação gremista viajou de trem para Porto Alegre para enfrentar a equipe do Concór-dia de Roca Sales/RS, na de-cisão da chave Santo Ângelo/Roca Sales, em partida válida pelo campeonato estadual de amadores de 1953, no dia 5 de Março.

Os radialistas Oliveira Jr e Paulo Roberto da ZYK -6 via-jaram junto com a delegação para transmitir a partida, sob o patrocínio das empresas Co-lonizadora Alto Paraná Ltda, Henrique Moeller Filho, G. Luiz Stümpfle & Cia. Ltda, Casa Miriam, Reinoldo Stocker e Oficina Sabo.

O Grêmio venceu a partida pelo escore de 1 a 0, gol de Bur-mann aos 21 minutos iniciais, em partida comandada pelo árbitro Foguinho. A equipe santo-angelense se classificou para a final contra o Juventude de Candelária/RS.

Na partida seguinte, vitória do Grêmio por 5 a 4, contra o Juventude de Candelária/RS, em Porto Alegre, sob arbitra-gem de Osvaldo Rate. Os gols gremistas foram marcados por Burmann (3), Miron II e Pança.

Grêmio campeão em 1964: Copete, Lauri, Ataídes, Bebê Souza, Adão, Machado,

Gastão, Ossires, Mário, Salvador e Omiro.

Além da conquista do Citadino, em 1964 o Grêmio SS também levou a Taça Café Central.

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A equipe santo-angelense atuou com Nercy, Bira e Mello. Pinheiro, Gago e Geli-neck. Miron II, Hélio, Burmann, Pança e Pedrinho.

Em 3 de Abril de 1953, na sede do Clube Missioneiro de Caça e Pesca, houve festa comemorativa da conquista do Grêmio SS, com realização de churrasco ao meio-dia e matinés à tarde. Os cartões custaram 10 cruzeiros e eram vendidos antecipados na Casa Miriam e na Construtora Medaglia.

Neste ano, Djalma Quadros foi eleito presidente da Liga Santo-Angelense de Futebol (LSF). Bráulio de Oliveira Netto foi eleito presidente do Grêmio SS, com Ricardo Verri como vice-presidente. O Conselho Fiscal ficou ao cargo de Dr. Olavo Machado, Naunerin Vieira Cardoso e Cristiano Kruel. Como presidente de honra Afonso Schu.

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Elite Clube Desportivo

O Elite Clube Desportivo foi fundado em 1º de setembro de 1921. A primeira diretoria foi empossada em 30 de setembro do mesmo ano. Data esta que passou a ser oficial como da fundação do clube. Os sócios fundadores do

Elite foram: Paiva Filho, Frederico Schnepfleitner, Inocêncio Silva, Carlos Feldmann, José Lucca, João Silva e Leopoldo Kruel.

O Elite era um time formado por jogadores descendentes de todas as raças. Ale-mães, italianos, poloneses, afro descendentes, caboclos, etc. A diretoria era predomi-nante de elementos de origem européia, sustentado principalmente pelo Comércio do Povo Novo. No Porto Velho, só eram elitenses os pertencentes às famílias Lied, Licht e o Subtente Ferreira.

A fundação do clube ocorreu na residência da família Schmidt, na rua 3 de outu-bro, sendo escolhido Frederico Schnepfleitner como o primeiro presidente. Também foram presidentes do Elite: Frederico Ortmann, Amantino Licht, João Rocha, Cons-tante Sborowski, Carlos Feldmann, Darci Cardoso, Severino Verri, Darvin Gomes, Ricardo Sessegolo, Alfredo Mattos, José Souza Lobo, Arnaldo Hepp, João Augusto Rodrigues, Pedro Carrão de Lima, Armindo Birck, Luiz Carlos Feldmann, Antônio Juraci Bueno, Jarbas Motta Aquino, Ludovico Rigotti, Anoar Farah, Lothário Wanck-ler, Amilto Pulcinelli e Sady da Silva Peçanha.

A primeira praça de esportes do Elite estava situada no local onde hoje é a Praça

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Leônidas Ribas (antiga Praça Rio Branco), terreno que fora cedido pela Administra-ção Municipal daquela época. No ano de sua fundação, o clube possuía uma banda de música, formada por 14 integrantes. O maestro regente, Sr. Armindo, que recebia mensalmente a fabulosa quantia de 300 mil réis. Também havia a orquestra do Elite, composta de três violinos, um pistão, um rebecão e pancadaria (hoje, chamado de bateria).

Em 18 de outubro de 1921, o Elite disputou a sua primeira partida vencendo o Esporte Clube Catuípe por 3 a 1, com gols de Carioca (2) e Nolí. A primeira forma-ção tinha Emílio Schnepfleitner, Carlos Feldmann e Jaime Policarpo. Fritz, Alberto Rieger e Helmuth Schnpfleitner. José Lucca, Nolí Kruel, Carioca, Gradim e Horácio Antunes.

ELITE EM 1921: Emílio Schnepfleitner, Carlos Feldmann e Jaime Policarpo. Fritz, Alberto Rieger e Helmuth Schnpfleitner. José Lucca, Nolí Kruel, Carioca, Gradim e Horácio Antunes.

O Elite Clube Desportivo foi campeão da cidade em 1939, 1940, 1941, 1946, 1947, 1953, 1966 (Supercampeão) e 1968. Além de ter conquistado a Taça Dia do Cronista (1953) e de ter sido a primeira equipe de Santo Ângelo/RS a ter saído do país, na década de 1940, quando o clube alvinegro excursionou à Argentina. O Elite também conquistou a Copa Arnaldo Balvé (1971). Na festa do 1º ano do Elite, foi realizado um pic-nic na chácara de Roberto Frey no dia 7 de outubro de 1922.

O canhão dos anos 1930O Elite marcou época no período de 1939 a 1941. O goleiro (na época chamado

de Golquíper) era Cardoso, funcionário da Exatoria Estadual. O zagueiro central (na época, beck) era Gugú, o qual vinha de trem de Giruá/RS para vestir a camiseta do Elite. Também na zaga, Nilvo Pippi. Na torcida pela equipe, uma das figuras mais marcantes era o “Seu Naumann”, que sempre dizia: “Aí Cucú, não deixa o Pola entrá no purraco da Cardozo!”. O Gugu do Elite foi o maior cobrador de faltas da histó-ria do clube. As suas faltas e cobranças de pênaltis eram indefensáveis a qualquer goleiro. Eram tiros rasteiros, chutados de bico, que iam levantando poeiras pelos cantos (os campos eram totalmente de terra). Nilvo Pippi foi substituído por Wíl-son Farias. E Gugu foi substituído por Coco Serizara. Mais tarde entrou Neri Pippi,

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também na zaga. Seu Center-half (hoje, meio de campo) era Evaldo Ortmann. Ótimo jogador que defendia muito bem a intermediária e apoiava, com eficiência, o ataque. Os half (laterais) direito e esquerdo eram Nato e Pietrowski. Na ponta direita jogava Nélson, um militar que tinha as pernas tortas. Na meia-direita, Ribeirinho, o qual era maquinista da Viação Férrea. O Center Fower (centroavante) era Ortmann, mais tarde substituído por Alcindo, Bruno Sacks e Tenente Pietrowski. O meia esquerda era Pietrowski III. Na ponta esquerda, Sargento Steglich, mais tarde substituído por Jorge Lied e Sargento Ramos. Mais tarde surgiram os half direito e esquerdo, Binha e Nequinha. No ataque, Luiz Feldmann, Lotário Schnepfleitner e Pelincho. Um dos maiores craques do time nesta época foi Jandir Schau de Araújo. Na lateral esquer-da, veio Willi Klauss. Na direção do clube Orthmann, Feldmann, Hugo Haas, Walter Schlik, Ithur Wagner, Jorge Lied, João Rodrigues, José Lucca e Severino Verri. O técnico em 1941 era Subtenente Pacheco (até 1944).

A primeira equipe a sair do paísO Elite excursionou pela primeira vez à Argentina no ano de 1949, enfrentando o

Clube Atlético Oberá, obtendo a vitória pelo escore de 2 a 1. Em seguida, atendendo a um convite do Elite Clube Desportivo, a equipe argentina do Clube Atlético Oberá veio a Santo Ângelo para disputar a Taça da Semana da Pátria. O prefeito de Oberá, Eulálio Gonzales, esteve acompanhando a delegação do clube, sendo recebido pelo presidente do Elite, Alfredo Mattos, e do prefeito de Santo Ângelo, Pio da Fontoura. O Elite venceu por 3 a 2, com gols de Pedrinho (2) e Sachs. O Oberá marcou com Ayala e Valdez.

Elite: Sady, Wílson, J. Soares. Binha, Toco, Brasil, Sachs, Pedrinho, Pery, Moreno e Pinho.

Oberá: Lima, Minervini e Lubacheski. Novak, Pereira e Pizzuti. Bianehard, Ama-ro, Valdez, Oro e Ayala.

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Na década de 1950, Elite e Atlético jogavam em Oberá, na Argentina, nesse con-graçamento, ideado pelo Dr. João Augusto Rodrigues. Conta Tibica, que o Elite era superior e no excesso de confiança, já perdia por 3 a 0 no 1º tempo. Eduardo, capitão do Elite, um castelhano, olhou para o banco e não teve dúvida: “Vienga, muchacho, Vienga”. O reserva, atônito, entroue o time já tinha 12. Minutos depois repetida a operação, e o time ficava com 13 jogadores em campo. Logo depois já eram 14 em campo. Não deu outra: ainda no primeiro tempo a partida já estava empatada em 3 a 3. No segundo tempo, o time voltou normal, e daí até o final, foi só segurar.

Aí o Tibica revelou que o lado dramático do castelhano Eduardo foi inesquecí-vel. Ele resolveu abrir o jogo durante a janta festiva e quase apanhou dos colegas.

Em outro instante, em 1953, dentro da integração Brasil e Argentina era vez do Oberá jogar aqui. E veio. Hospedou-se no Hotel Maerkli. Na sua magnimidade, o Dr. João Augusto Rodrigues, deu copa livre para os argentinos. Essa franquia, no entanto, estendeu-se por toda a cidade. “Quase quebraram o Elite”, relatou o presi-dente Severino Verry. A conta foi de 21 mil contos de réis.

Em agosto de 1953, o Elite Clube Desportivo realizou uma excursão para a Ar-gentina no intuito de realizar jogos amistosos. Foi derrotado pelo Unión de Posadas (4 a 0) e pelo Posadas (6 a 3). O Elite jogou com Gaúcho, Wílson e Pippi. Adão, Bá e Armando. Mallmann, Sperotto, Só, Iran e Canhotinho.

Severino VerriO clube da estrela começou na Praça Rio Branco (hoje Leônidas Ribas), no dia 30

de setembro de 1921. Severino Verry, um dos fundadores, foi presidente, e em sua gestão construiu o atual muro, e plantou os cinamomos. Um dos primeiros atletas do clube, era conhecido como “o terror” pela potência do chute. Cita como desta-ques, entre outros, os ex-presidentes Amantino Licht, Carlos Feldmann e Frederico Ortmann.

O bicampeonatoApós ter conquistado o tricampeonato da cidade de 1939 a 1941, o Elite voltava a

ser campeão, fechando o bicampeonato nas edições de 1946 e 1947. Ao vencer o Ta-moyo por 1 a 0, em 1947, o Elite con-quistou o bicampeonato do citadino no ano em que celebrou 26 anos com uma estrondosa festa. Era o fim do mandato de Ricardo Verri. A torcida elitense almoçou dentro do campo e após correu por todo o gramado para festejar os 26 anos do clube.

Na oportunidade, foram aclama-dos o presidente Alfredo Mattos, o vice-presidente Carlos Feldmann e o 2º vice-presidente Arnaldo Hepp. Como secretários Julio Moralles e Vilmar Co-zzati. Tesoureiros Francisco Osowiski e Ivan Nunes. Diretor de Esportes, Nemésio de Miranda de Meirelles. Diretor de Propaganda, Celso Fernandes. Diretor Social, Dário Silva. No Conselho Fiscal, Bruno Geiss, Ricardo Verri, José Lucas e Reinoldo Kirchner. Foi homenageado o ex-presidente Tenente Nemésio.

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Elite: a primeira equipe de Santo Ângelo a sair do país. Clube realizou jogos na Argentina, nas décadas de 1940 e 1950

Campanha para colocar tela no campoEm 1953, o Elite realizou uma campanha com o objetivo de arrecadar fundos para

colocar tela em volta de seu campo. A campanha foi promovida por Romeu Gomes e Rodolfo Indenhock.

Os cidadãos que realizaram a doação foram os seguintes: Belmiro Bohn, Arman-do Thiessen, Walter Schlik, G. Luiz Stümpfle, José Picoli, Tancredo Moraes, Antonio Bolzan, Alvino Schrengberger, Hugo Haas, Boleslao Klidzio, Guerta Maerkli, Julio Contarde, Paulo Gressler, Estanislau Leonardo, Max Frey, Alfredo Reinheimer, As-sis Anhenha, Edgar Krug, Zimmermann & Cia, Silfredo Krug, Edwino Lange, Ro-dolfo Rogowski, Transportadora Ijuí, Afonso Atkinson, D.W Schmidt, Mincas Kruel, Amantino Licht, Reinoldo Stocker, Hepp & Cia Ltda, Arthur Christmann, Fredolino Michs, Alfredo Souebon, José Callegaro, Walter Spanring, Antonio Morari Sobrinho, Francisco Hrustchka, Tonetto & Araújo, Antonio Santos, João Colla, Dário Silva, Ma-estro Walter, Carlos Naumann, Luiz Donadel, A. München, João Especinski, Otávio Michel, João Engleitner, Antonio Farah, Plínio Pippi, Luiz Kruel, José Dill, H. Tescke, Ivo Weber, José Brinquedo, Próspero Pippi, Harry Geiss, Francisco Sperotto, Eloy Prado, David Oliveira, Edil Soares de Souza e o Jornal O Debate.

Carimbada a faixa do rivalO rival Grêmio SS foi campeão estadual de amadores em 1952, porém a decisão

ocorreu somente em 1953. Neste ano, o Elite carimbou a faixa do estadual com um 2 a 0 e ficando com o título do citadino. A arbitragem foi de Homero Cavalheiro. Os gols foram de Sperotto e Tinhoso. Elite atuou com: Gaúcho, Wílson e Pippi. Adão, Bá e Armando. Mallmann, Sperotto e Carlinhos. Tinhoso e Feldmann.

Os MandioqueirosNos anos 1940, o Elite sempre vencia os jogos contra as equipes de São Luiz

Gonzaga, São Borja e Ijuí, fora de Santo Ângelo. O curioso era que a equipe recebia uma “saraivada de pedras” ao passar por uma pedreira à beira da rua quando o ônibus pegava a estrada. Em Cruz Alta/RS, o Elite alternava vitórias e empates com o Nacional e o Guarany, os quais apelidaram a equipe de Santo Ângelo de “Os Man-dioqueiros”. O Elite era freguês do Glória (Carazinho/RS), 14 de Julho (Passo Fundo/RS) e GEPO (Tupanciretã/RS).

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Associação Esportiva Santo Ângelo (AESA)

A Associação Esportiva Santo Ângelo (AESA) brilhou no futebol gaúcho, ape-sar da curta temporada de existência. Resultado da fusão de Tamoio Futebol Clube e Grêmio Sportivo Santo-angelense, a AESA foi 3ª colocada na Taça

Governador do Estado em 1972. Fundada em 19 de abril daquele ano, por seu pri-meiro presidente Rolando Luís Stümpfle.

Na diretoria do AESA, em sua fundação, estavam Ivaldo Severo, Assis Brasil Ra-mos Escobar e Raul Viñas. Em 1973, o técnico Chiquinho, que mais tarde treinou Grêmio e Internacional, foi o técnico. Quem o buscou em Porto Alegre/RS, a pedido de Rolando Stümpfle, foi o jornalista Luís Valdir Andres (mais tarde prefeito de San-to Ângelo e deputado estadual). Com ele, vieram jogadores de todo o Rio Grande do Sul, tais como: Hugo (que era da Seleção Gaúcha de Futebol), Djair e Jangada (vindos do Sport Club Internacional), além de Carlos Pereira e Joel.

Em 1973, a AESA integrou a Divisão Especial do campeonato gaúcho, vindo a enfrentar o Grêmio e o Internacional. Em 1974, voltou a disputar a Taça Governador do Estado. Em 1975, participou do campeonato gaúcho da Divisão Especial.

Assembleia decidiu pela fusão em 1972Em assembleia realizada no ano de 1972, foi decidido que haveria fusão entre os

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clubes santo-angelenses. O Tamoio queria a fusão com Elite e Grêmio SS. Na época, o estádio do Tamoio tinha capacidade para 6 mil pessoas. Com a fusão, o objetivo era construir um estádio para abrigar 30 mil torcedores. O presidente do Conselho Deliberativo Irany Araújo dos Santos e o secretário Jorge Meneghetti comandaram a assembleia, que, formou a Comissão Pró-Fusão com Rolando Stümpfle, Clemente Bandeira, João Carlos Medeiros, Newton Furtado Fabrício, Assis Brasil Ramos Esco-bar, Celso Ritter e Armindo Bratz.

Convidado pela Comissão Pró-Fusão, o presidente da Federação Gaúcha de Fu-tebol (FGF), Rubens Hoffmeister, esteve em Santo Ângelo/RS para tratar do assunto, sendo recebido no Aeroporto por Rolando Stümpfle.

No dia 20 de abril de 1972, o Grêmio SS realizou uma assembleia para decidir a participação ou não na criação de uma nova equipe de futebol em Santo Ângelo, com a união de Grêmio, Elite e Tamoyo.

O presidente do Grêmio SS, Raul Viñas reuniu os seguintes cidadãos: Jorge Me-neghetti, João Carlos Almeida, João A. Filho, Eloir Leite Taborda, Djalma Ferraz, Leovegildo Moraes, João Baptista Santos da Silva, Arthur Lopes, Roque Santos, Már-cio Venacor, Onésimo Nardes, Cursino Campos, Benjamin Meneghetti, Reinoldo Panzenhagen, Rui Lourega, Devargílio Freitas, Paulo Nascimento, Eduardo Pérsigo, Roberto Paz, Otacir Dias e Olmiro Araújo.

O Grêmio SS formou a sua comissão pró-fusão com Raul Vinãs, César Zarzi, João A. Filho, João Carlos Almeida e Jorge Meneghetti.

Fusão de Grêmio e TamoioO único voto a favor da fusão dos clubes no Elite foi de Ibanês Kulman. O presi-

dente João Augusto Rodrigues reuniu os seguintes cidadãos em abril de 1972 para decidir sobre a fusão: Aury Rodrigues, Silvino Colpo, José Lucca, Henrique Fasolo, Fabiano Zembruski, Érico Brochak, Olindo Copetti, Melquiados Gazola, Fernando Mousquer, Anoar Farah, Eugênio Geiss, Harry Geiss, Norberto Lima, Jorge Lied, Vergílio Donadel, Lotário Wanchler, Edgar Geiss, Ibanês Kulmann, Júlio Becker, Derly Romero, Ludovico Rigotti, Beno Bischoff, Sargento Reneu, José Moscon, além de sete nomes não anotados na ata. Ao saber da decisão do Elite, surgiu a AESA, presidida por Rolando Stümpfle, com Grêmio SS e Tamoio.

A visita de HoffmeisterConvidado pela Comissão Pró-Fusão, o presidente da Federação Gaúcha de Fu-

tebol (FGF), Rubens Hoffmeister, esteve em Santo Ângelo em 1972, sendo recebido por Rolando Stümpfle e demais integrantes, desportistas e imprensa, no aeroporto. Rubens deslocou-se primeiramente a Ijuí e Cruz Alta, onde realizou reuniões com os dirigentes dos clubes destas cidades. À tarde, retornou a Santo Ângelo e passou algumas horas visitando amigos e conhecidos dos tempos em que fora atleta do Grêmio Sportivo Santo-angelense.

Na residência de Rolando Stümpfle, a partir das 18h30min, Hoffmeister esteve reunido com a imprensa local. Na oportunidade, estiveram presentes Celso Bernar-di, Luís Valdir Andres, João Baptista Santos da Silva e Cláudio Wilmar Schroeder. Em vez de procurar uma solução ao futebol santo-angelense, Hoffmeister culpou os insucessos do futebol do interior do Estado à imprensa e à dupla Gre-Nal, que acusava os co-irmãos de tentar prejudicar o futebol dos clubes pequenos. Após, Ho-ffmeister foi homenageado com um jantar no Restaurante Minuano.

Em reunião na biblioteca pública municipal, Hoffmeister ouviu a imprensa e os

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dirigentes que ali estavam: Rolando Stümpfle, Raul Viñas, Leônidas Capitão, The-obaldo Müller, João Augusto Rodrigues, Armindo Braatz, João Medeiros, Newton Furtado Fabrício, Assis Brasil Ramos Escobar e Clemente Bandeira. Enfim, Hoff-meister veio, falou coisas que pouco ajudaram na luta dos três clubes santo-angelen-ses pela fusão. Elite se tornou campeão estadual neste ano, após vencer por 3 a 2 a partida decisiva em Carazinho/RS.

AESA venceu o São José/POA na estreiaCom a presença de um bom público, a

Associação Esportiva Santo Ângelo (AESA) venceu o São José de Porto Alegre (Zequi-nha), em Santo Ângelo/RS, por 1 a 0, em abril de 1972, com gol de João Carlos Pi-nheiro Machado (Gú). A festa começou quando dois garotos, vestindo as camisetas do Grêmio SS e do Tamoio entraram em campo e colocaram-se no centro do grama-do sob intensos aplausos. Foram seguidos dos presidentes Raul Viñas e Assis Brasil Ramos Escobar, que receberam as cami-sas dos garotos e as entregaram a Rolando Stümpfle, presidente da AESA, simbolizan-do a união dos dois tradicionais clubes santo-angelenses. Para dar o pontapé inicial e transformar-se em madrinha oficial da AESA, esteve no centro do gramado a jovem Nirvânia Rigo, Glamour Girl de Santo Ângelo. Arbitragem de Pedro Klein, auxiliado por Odilon Durante e Almeida.

AESA: Wilmar (Hugo), Carlos Pereira, Nei (Joubert), Betinho e Edemar. Luiz Fernando (João Carlos) e Julinho. Joel (Adair), Zé Roberto (Capitão), Jangada e Re-ginaldo (Branco). Técnico: Chiquinho.

São José/POA: Valdoci, Valdir, Paulinho, Roberto Fernandes e Renato. Pedro e Frasão. Carlos Castro, Cigano, Beto, Cará (Tarso, depois José Lopes).

As categorias de base eram o forte da AESANos anos de 1974 e 1975, as ca-

tegorias de base da AESA eram comandadas pelo técnico Carlos Antunes (Mentirinha), que teve em seu elenco os goleiros Valter Ro-dolfo Mildner, Paulo Armando e Júnior. Os zagueiros Orlando, Ola-vo, Cometa, Bilú, Álvaro, Bode e Luizão. Os meias Rufo, Hélio, Luiz Afonso e Juarez. Os atacantes Ca-pitãozinho, Luizinho, Carlão, Vil-marzinho, Nader, Minussi, Lacir, Vílson e Serginho.

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A maior glória da Associação Esporti-va Santo Ângelo (AESA) foi ter empatado em 0 a 0 com o Grêmio, em Porto Alegre/RS, no Estádio Olímpico, em partida vá-lida pelo campeonato gaúcho de 1973.

Grêmio 0x0 AESAEstádio Olímpico Monumental.Arbitragem: Luis Louros, auxiliado

por Mário Severo e Osmar Antonello.AESA: Hugo, Carlos Pereira, César,

Nei e Ferreira. Joubert (Neco), Vadi e Paulinho (Luisinho). Eraldo, Mickey e Adílson.

GRÊMIO: Picasso, Cláudio, Ancheta, Beto Fuscão e Jorge Tabajara. Paulo Sérgio (Gaspar), Carlos Alberto e Carlinhos. Mazinho (Lairton), Tarciso e Oberti.

Goleada do Grêmio nas Missões

Na partida de volta, válida pelo campeonato gaúcho de 1973, o Grêmio esteve na Capital das Missões e venceu a AESA por 4 a 0.

AESA 0x4 GrêmioAESA: Hugo, Carlos Pereira, Ferreira, Vadi e Borile. Hugo e Nei. Eraldo, Adílson,

Julinho, Mickey e Luizinho.Grêmio: Jair, Espinosa, Paulo Sérgio, Ancheta e Jorge Tabajara. Beto Fuscão, Car-

linhos, Mazinho e Tarciso. Carlos Alberto e Oberti.

O goleiro HugoO ex-goleiro da Associação Esportiva

Santo Ângelo (AESA) na década de 1970 foi convidado a jogar no México e no Hai-ti. Além disso, Hugo foi goleiro da seleção brasileira.

Hugo jogou na AESA nas temporadas de 1972 a 1974.

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A AESA jogava por música. E seu grande maestro era o técnico Francisco “Chiquinho”, o qual iniciava a sua car-reira e veio para Santo Ângelo. Mais de 30 anos depois da AESA, Chiqui-nho se apresentou como novo técnico da S.E.R Santo Ângelo, mas acabou não ficando na Capital das Missões para dirigir a equipe. Nos anos 1980, Chiquinho foi técnico do Grêmio e do Internacional.

A AESA integrou a Divisão Espe-cial do campeonato gaúcho em 1973, vindo a enfrentar o Grêmio e o Internacional. O técnico era Chiquinho.

Gaúcho 1x1 Aesa Aesa 3x1 Gaúcho Aesa 0x4 Grêmio Grêmio 0x0 Aesa Aesa 0x0 Inter/SM Inter/SM 0x0 Aesa

Aesa 1x0 Caxias Caxias 2x0 Aesa Aesa 0x0 Brasil/Pel Brasil/Pel 0x0 Aesa Aesa 2x0 Aimoré Aimoré 1x0 Aesa

Aesa 0x0 Esportivo Esportivo 1x0 Aesa Aesa 1x1 Grêmio Bagé Bagé 0x0 Aesa Aesa 0x0 São José São José 0x0 AesaAesa 2x4 Inter Inter 3x0 Aesa Aesa 0x0 Pelotas Pelotas 1x0 Aesa

AESA x InterInternacional 3x0 AESAEstádio Beira-RioGols: Carbone (contra), Claudio-

miro e Ferreira (contra). Arbitragem: José Cavalheiro de Moraes.

Inter: Schneider, Cláudio Duarte, Figueroa, Pontes (Hermínio) e Jor-ge Andrade. Carbone, Carpegianni e Djair (Escurinho). Valdomiro, Clau-diomiro e Volmir. Técnico: Rubens Minelli.

AESA: Hugo, Carlos Pereira, César, Nei e Ferreira. Vadi, Julinho, Joubert (Lui-zinho). Eraldo, Neco (Paulinho) e Adílson. Técnico: Laerte Dória.

AESA 2x4 InternacionalInter: Schneider, Cláudio Duarte, Figueroa, Hermínio e Jorge Andrade. Car-

bone, Carpegianni e Djair (Escurinho). Valdomiro, Jangada (Manoel) e Volmir (Paulo César). Técnico: Rubens Minelli.

AESA: Hugo, Carlos Pereira, César, Nei e Ferreira. Vadi, Julinho, Joubert (Lui-zinho). Eraldo, Neco (Paulinho) e Adílson. Técnico: Laerte Dória.

Arbitragem: Agomar Martins. Gols: Paulinho e Adílson, de pênalti (AESA); e Escurinho, Figueroa, Paulo

César e Manoel (Internacional).

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1976 - O Esporte Clube Santo Ângelo (ECSA)

O Esporte Clube Santo Ângelo foi fundado no dia 2 de fevereiro de 1976. A primeira partida oficial do novo clube santo-angelense ocorreu no dia 1º de março de 1976, na Capital das Missões, com vitória de 1 a 0, gol de João

Carlos Ferrinho, diante do Santa Bárbara. Em 1977, sob o comando do técnico Edgar Ferreira, a equipe conseguiu retornar à Elite do Futebol Gaúcho. Em 1978, Assis Brasil Ramos Escobar foi eleito presidente do Esporte Clube Santo Ângelo. Foi dada a ele a tarefa de montar uma equipe para a disputa da Série A do campeonato gaú-cho, ao lado do diretor de futebol Celso Bernardi. O Tenente Gabriel Alves Machado substituiu Assis Brasil Ramos Escobar na presidência, ainda em 1978.

Na época, o ex-atleta do Tamoio Futebol Clube, Dico Carioca, residia no Rio de Janeiro/RJ e através de um contato do presidente Gabriel Alves Machado, enviou da “Cidade Maravilhosa” diversos atletas para defender o Esporte Clube Santo Ângelo na Elite do Futebol Gaúcho. A torcida santo-angelense criou uma expectativa enor-me com a chegada dos atletas do Rio de Janeiro. Infelizmente, o povo santo-angelen-se se frustrou e foi encerrado o sonho em permanecer na Divisão Especial do Futebol Gaúcho. A Capital das Missões ficou sem futebol. O último técnico do Esporte Clube Santo Ângelo foi Mauro Freitas. Em uma das últimas partidas do clube, em Bagé/RS, na vitória santo-angelense por 4 a 1, Eloir Taborda pagou a viagem e a alimentação dos jogadores para que o clube pudesse jogar.

SERSAUma reunião realizada no dia 21 de janeiro de 1976 no gabinete do prefeito José

Alcebíades de Oliveira tratou sobre a fusão dos clubes de futebol de Santo Ângelo (Grêmio SS, Elite, Tamoio e AESA). Sob a presidência de João Augusto Rodrigues es-tiveram no encontro: Assis Brasil Ramos Escobar e Ivogacy Silveira (Tamoio); Carlos Assis Weidmann da Rocha e Eloir Leite Taborda (Grêmio SS); João Augusto Ribei-ro Nardes (AESA) e Nure Farah (Elite). Como o campeonato gaúcho da 1ª divisão iniciava no dia 15 de fevereiro, os dirigentes reunidos com o Poder Executivo de Santo Ângelo/RS, decidiram pela criação de um novo clube, por meio de uma fusão.

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Assim, surgia a Sociedade Esportiva Recreativa Santo Ângelo (SERSA). O nome não agradou à comunidade santo-angelense e, no dia seguinte, em menos de 24 horas após a reunião no gabinete do prefeito, surgia o Esporte Clube Santo Ângelo (ECSA) tendo João Augusto Rodrigues como o primeiro presidente. Na diretoria do novo clube: José Francisco Moscon, Gerson Agnes, Assis Brasil Ramos Escobar, Ivogacy Silveira, Ely Fróes, Carlos Weidmann da Rocha, Raul Viñas, José Diomar Fontana, João Augusto Ribeiro Nardes, Adão Alves Martins e Celso Bernardi.

O uniformeFoi decidido em assembleia que o Esporte Clube Santo Ângelo teria quatro cores

em seu uniforme oficial de jogo: verde, vermelho, preto e branco.A trajetória O Esporte Clube Santo Ângelo começou a disputar a Divisão de Acesso, chegan-

do a realizar boa campanha, sob o comando do técnico Alfredo Bernardo Torres, o qual veio de Porto Alegre e trouxe alguns jogadores da capital gaúcha para jogar por aqui. Na presidência do Esporte Clube Santo Ângelo passaram Assis Brasil Ramos Escobar, Derli Vargas, Eli Froes; mas nenhum conseguiu manter o plantel com con-dições de disputar um campeonato com tantas exigências feito o Certame Estadual de Divisão Especial do Futebol Gaúcho.

Quando o Tenente Gabriel Alves Machado assumiu a presidência, em 1978, tra-balhou ao lado de Derli Vargas. Vieram bons jogadores para o ECSA, casos de Bozó, Djair e Zé Guimarães. O Esporte Clube Santo Ângelo disputou o campeonato gaúcho de 1978. Porém, mais uma vez, as coisas tinha sido feitas às pressas no futebol santo-angelense, eis que faltando poucos dias para o início do campeonato é que a direção começou a busca por reforços (e isto continuou durante o certame) e ainda não sabia quem seria o técnico. Em 1977, o presidente Gabriel Alves Machado havia viajado até o Rio de Janeiro/RJ e trouxe oito jogadores para o ECSA. A notícia foi manchete em todos os jornais do Estado. Porém, vieram convencidos pelo presidente que na Capital das Missões teriam toda a assistência necessária e, em poucos dias, os joga-dores não tinham onde dormir e nem onde comer, eis que os hotéis de Santo Ângelo não cediam quartos a jogadores e as churrascarias não queriam se responsabilizar disso. Assim, os dirigentes foram forçados a colocar os jogadores nas dependências do estádio. A equipe foi treinada por Edegar Ferreira em 1977.

A primeira formaçãoO primeiro técnico do Esporte Clube Santo Ângelo foi Alfredo Bernardo Torres,

o qual mandou a campo a primeira equipe, que era formada por Mílton, Rui, Edson, Edemar e Miraglia. Telo, Celso e Ronaldo. João Carlos, Mourão e Sebinho.

O último timeO ECSA disputou a 1ª divisão do campeonato gaúcho no ano de 1978, terminan-

do nas últimas colocações e fechando as portas do clube em dezembro do mesmo ano. A última formação da equipe teve Machado, Edemar, Pedro Bergoli, Rubens e Miraglia. Adair (Sartori), Telo, Pingo, Valim, João Carlos e Rigo. O técnico era Adair Bicca. Destes jogadores que vestiram a camisa do ECSA, Pingo foi para o Sport Club Internacional e Miraglia para o Fortaleza/CE. O meio-campo Adair voltou para o Sport Club Internacional em 1978. Todos estes disputaram o campeonato brasileiro da 1ª divisão em 1979 pelo Inter, o qual foi tricampeão brasileiro nesta temporada.

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Sociedade Esportiva e Recreativa Santo Ângelo

A Sociedade Esportiva e Recreativa (S.E.R) Santo Ân-gelo surgiu da fusão de Grêmio Sportivo Santo-ange-lense, Tamoio Futebol Clube e Elite Clube Desportivo

em 1989. A fundação ocorreu no dia 26 de setembro de 1989. Adroaldo Mousquer Loureiro, Bruno Steglich, Carlos Luís Lunardi, Cícero Augusto Freire Ferraz, Eloy Nelson Pedra-zza, Jairo Freitas de Almeida, Rolando Luís Stümpfle, Telmo

de Souza e Carlos Rovi de Mello.Nas dependências da AABB, reuniram-se em assembleia os membros da Co-

missão Pró-Fusão do Futebol de Campo de Santo Ângelo, os seguintes cidadãos: Adroaldo Mousquer Loureiro, Bruno Steglich, Carlos Lunardi, Cícero Ferraz, Eloy Nélson Pedrazza, Jairo Freitas de Almeida, Rolando Stümpfle e Telmo de Souza.

Representando o Elite Clube Desportivo: João de Deus Silva, Adão Fontana, Nor-berto Thielke, João Gavião de Lima e Vilmar Maicá.

Representando o Grêmio Sportivo Santo-angelense: Francisco Nunes, Eloir Leite Taborda, Itacir Rocha Dias, César Renato Geiss e Avani Serafin de Santana.

Representando o Tamoyo Futebol Clube: Sandoval Lucas Lopes e Luiz Mazanti Batista.

Todos eles devidamente nomeados pelas assembléias gerais de seus respectivos clubes, através das atas nºs 11/89 e 04 de 1º de setembro de 1989, 28 de agosto de 1989 decidiram sobre a fusão social e patrimonial das três agremiações para discussão e aprovação do estatuto social, para a primeira eleição do Conselho Deliberativo, do primeiro Conselho Fiscal, e da primeira diretoria da Sociedade Esportiva Recreativa Santo Ângelo.

Composição da primeira diretoria da S.E.R Santo Ângelo, a qual foi empossa-da no dia 15 de janeiro de 1990: Rolando Luís Stümpfle (presidente), Eloy Nelson Pedrazza (1º vice-presidente), Carlos Rovi de Mello (2º vice-presidente), Adroaldo Mousquer Loureiro (3º vice-presidente), Carlos Luís Lunardi (diretor de futebol), Bruno Steglich (diretor de finanças), Cícero Augusto Freire Ferraz (diretor de pa-trimônio), Telmo de Souza (diretor jurídico), Jairo Freitas de Almeida (diretor de relações públicas), Paulo Holsbach (diretor de marketing) e Adão Fontana (diretor do Parque Poliesportivo).

Sob ordem de nº 479, folha 162, do livro A, número 3 do Registro Civil, do Re-gistro Civil das Pessoas Jurídicas, do Primeiro Tabelionato e Cartório do Registro Especial da Comarca de Santo Ângelo, o Estatuto Social da Sociedade Esportiva e Recreativa Santo Ângelo, no dia 30 de janeiro de 1990, registrada por Cláudio Nei Ignácio da Silveira, escrevente autorizado.

A primeira partidaO primeiro amistoso da equipe profissional da S.E.R Santo Ângelo ocorreu no dia

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18 de fevereiro de 1995, em Entre-Ijuís/RS, diante do Sepé Tiaraju, treinado por João de Deus da Silva. A equipe de Entre-Ijuís venceu por 2 a 1. A S.E.R Santo Ângelo era treinada por Nestor Simionato, tendo Carlos Lunardi como presidente e Itaguaci Meirelles Corrêa como vice-presidente de futebol.

Rolando Luís StümpfleMédico, desportista de coração, coube ao Dr. Rolando Stümpfle comandar o sur-

gimento do tão sonhado e acalentado clube de futebol oriundo da fusão dos então existentes Grêmio Santo-angelense, Tamoyo Futebol Clube e Elite Clube Desportivo. Em 26 de setembro de 1989, surgia a Sociedade Esportiva e Recreativa (S.E.R) Santo Ângelo.

Os trabalhos de início foram bastante conturbados em função das dificuldades financeiras e administrativas existentes nos clubes, recém fundidos. Colocadas em ordem as contas do novo clube, iniciou-se a construção da infraestrutura do mesmo, sendo que ainda em 1990 iniciaram-se as obras de construção do novo estádio.

Stümpfle, presidente da S.E.R Santo Ângelo em 1989/1990, lembra que quando iniciaram as obras do novo campo, o arquiteto Paulo Tissot falou-lhe: “Você está vendendo um sonho”. Segundo Rolando, “aquilo que o Tissot me disse marcou-me muito, Realmente, naquele momento era um sonho que nós acreditávamos possível concretizar”.

Bruno SteglichTesoureiro na gestão de Rolando Stümpfle, Bruno Steglich, bancário e ex-vere-

ador em Santo Ângelo, foi eleito para presidente da S.E.R Santo Ângelo em 1991. A recém criada entidade ainda engatinhava, mas já dava mostras de sua grandeza, pois pensava alto e preparava o seu patrimônio, visando dessa forma dar solidez a novo clube recém surgido.

Bruno Steglich continuava com o apoio de seus companheiros da gestão anterior, os quais se mantinham presentes a todas as atividades envolvendo o clube, mostran-do a coesão existente entre toda a direção. O objetivo principal era a continuidade das obras do Estádio da Zona Sul, as quais aconteciam por meio de campanhas so-ciais, rifas e com ajuda do Poder Executivo.

O presidente Bruno Steglich apontava o futebol colo uma fonte de projetar Santo Ângelo no cenário regional, estadual e até mesmo nacional. Os esportes chamados amadores também recebiam atenção do clube e o mesmo chegou a sediar eventos estaduais nas modalidades de voleibol e basquete. “Não poderíamos ficar indiferen-tes ao crescimento do clube e procuramos da melhor maneira contribuir para o seu desenvolvimento e para a sua concretização”.

Paulo HolsbachO empresário Paulo Holsbach teve atuação destacada na presidência da S.E.R

Santo Ângelo, em 1992, sendo que sua gestão foi voltada à continuidade do arrojado plano de obras do Estádio da Zona Sul. Estava nascendo uma praça de esportes que iria orgulhar Santo Ângelo. O gramado onde tantos e legendários craques fizeram a história do futebol missioneiro, foi inteiramente trocado e se transformado num verdadeiro “tapete verde”.

O velho pavilhão do Grêmio SS dava lugar a um moderníssimo estádio, cuja primeira etapa estava praticamente concluída com o auxílio da comunidade e do governo municipal.

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Roberto HaasO patrimônio do clube estava sendo montado e, mais do que nunca, o mesmo

necessitava constituir um quadro social para amparar os investimentos que esta-vam sendo feitos. Com este objetivo, Roberto Haas assumiu o clube em 1993 e com o apoio de sua diretoria partiu para uma grande campanha de sócios. Na época, o slogan “Sócio 4 Mil” ganhou as ruas e o clube buscava novos associados a todo instante.

Na gestão de Haas, o clube deu o pontapé inicial para as vitórias pois a partir dela a equipe de juniores da S.E.R Santo Ângelo passou a ser organizada e adentrou os gramados para a disputa de certames a nível estadual. Neste ano, a S.E.R Santo Ângelo conquistou a Segunda Divisão do campeonato gaúcho de juniores. Foi este o primeiro título do clube missioneiro.

Carlos Luis Lunardi Presidente no período de 1994 a 1996 (e novamente nos anos 2000), o médico e ex-

vereador Carlos Luís Lunardi assumiu o comando da S.E.R Santo Ângelo em 1994 com um objetivo traçado, além da continuidade da construção do patrimônio do clube. O mesmo desejava ver de volta à nossa cidade o futebol profissional. Recon-duzido ao cargo em 1995, Lunardi partiu para a realização da segunda parte do seu projeto, a retomada das atividades futebolísticas pelo clube de forma profissional. Inicialmente, sofreu fortes restrições este seu projeto no âmbito do próprio clube, porém naquele mesmo ano o clube retornava aos certames profissionais.

Em 1995, veio a primeira grande conquista do time profissional da S.E.R Santo Ângelo com a conquista da Série C do campeonato gaúcho. Em 1996, Lunardi deu prosseguimento ao seu projeto, ou seja, conseguiu deixar o estádio da Zona Sul em condições de jogo e levou a S.E.R Santo Ângelo da Série B para a Série A do campe-onato gaúcho, ao lado da dupla Gre-Nal, terminando o campeonato gaúcho da Série A em 3º lugar, à frente do Sport Club Internacional (o campeão foi o Grêmio).

José Carlos Bonini PinhoOriundo de um grupo de conselheiros que assumiu o futebol da S.E.R Santo Ân-

gelo num momento de grande dificuldade do clube, o empresário José Carlos Bonini Pinho acabou sendo eleito para a presidência da S.E.R Santo Ângelo no final de 1996, comandando a gestão em 1997.

Em sua gestão, administrativamente, Bonini procurou recuperar a credibilidade do clube perante a sociedade santo-angelense, a qual se viu abalada em certo mo-mento, em virtude das dificuldades financeiras vividas pelo mesmo.

No futebol, Bonini, com sua diretoria, adotou uma preparação prévia, ou seja, visando o campeonato gaúcho de 1998. Sob o comando do técnico Eugênio Silva, em sua gestão, a equipe da S.E.R Santo Ângelo chegou a liderar o campeonato gaúcho por diversas rodadas, redimindo-se assim de campanhas anteriores, quando chegou próxima do rebaixamento.

Mesmo com a credibilidade recuperada, as dívidas eram um tormento na admi-nistração do presidente Bonini, sendo que, por várias vezes, encontrou dificuldades para manter em dia o pagamento dos atletas. Mais tarde, Bonini exonerou-se do cargo de presidente, atitude acatada pelo Conselho Deliberativo do Clube, o qual indicou o seu vice, Adroaldo Mousquer Loureiro, para sucedê-lo no restante do mandato.

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Adroaldo Mousquer LoureiroO ex-prefeito de Santo Ângelo, atual deputado estadual Adroaldo Mousquer

Loureiro, foi alçado à presidência da S.E.R Santo Ângelo em 1998, quando João Car-los Bonini exonerou-se do cargo. Em sua gestão, Adroaldo Loureiro deu ênfase à conclusão do Estádio da Zona Sul e procurou realizar um reagrupamento de lide-ranças em torno do clube, procurando dessa forma dar continuidade aos trabalhos de seus antecessores. No campo futebolístico, a S.E.R Santo Ângelo sob seu coman-do fez um bom campeonato gaúcho e chegou à decisão da Copa Ênio Andrade.

Sérgio Renato Fortes GarciaO engenheiro civil Sérgio Renato Fortes Garcia foi um dos responsáveis diretos

pela projeção de todo o patrimônio do clube. Acabou assumindo o comando como o presidente da “Virada do Século”. Com Sérgio Fortes, o clube retomou o trabalho de revelar atletas “pratas da casa”. Manteve-se na Série A do campeonato gaúcho.

Nívio Braz e Itaguacy Meirelles CorrêaAssumiram a presidência da S.E.R Santo Ângelo nos anos 2000. Em ambas as ges-

tões a S.E.R Santo Ângelo disputou a 1ª divisão do campeonato gaúcho de futebol, vindo a ser rebaixada à 2ª divisão no ano de 2004, na administração de Itaguacy Mei-relles Corrêa. Neste período dos presidentes Itaguacy e Nívio, a S.E.R Santo Ângelo contou com diversos jogadores de renome estadual e nacional vestindo a gloriosa camisa do Santo Ângelo. Por meio de Itaguacy Meirelles Corrêa, com o auxílio de Eloir Leite Taborda (Lolô), o meia Vandinho da S.E.R Santo Ângelo foi para o Gua-rani de Campinas/SP e, mais tarde, para a Europa, onde joga até hoje no Braga de Portugal. Com a administração de Itaguacy, foram diversos os jogadores do Santo Ângelo que foram jogar fora do país.

O primeiro título com os juniores

Em 1993, a equipe de juniores da S.E.R Santo Ângelo sagrou-se campeã estadual de juniores da Segunda Divisão. Foi o primeiro título do clube. Em 24 jogos, a S.E.R Santo Ângelo obteve 14 vitórias, 6 empates e 4 derrotas.

O plantel campeãoGoleiros: Leandro e Danilo.Defesa: Juliano, Laurence, Clodoaldo, Carlos Alberto, Nílton, Sidnei, Antônio e

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Edson Silva.Meio-campistas: Adílson, Joel, Edson Leandro, Rogério, Guto Ravásio e Maurí-

cio.Atacantes: Fábio, Jesus, Rossano, Moraes, Gélson e Flávio.Técnico: Adão Marques.Preparador Físico: Carlos Alberto Furian e Fernando Benedetti.Massagista: Cláudio Teixeira (Pelé).Diretor de Futebol: Euvanildo Ravásio.

O Estádio da Zona SulAtravés do esforço e determi-

nação dos sucessivos presidentes, com apoio dos Poderes Legislativo e Executivo do município de Santo Ângelo, o Estádio da Zona Sul foi concluído em 1996, mas manteve-se em obras até meados de 1999. O projeto do Estádio levou a assina-tura do arquiteto Paulo Tissot, pela prefeitura de Santo Ângelo, e a exe-cução ficou por conta do engenheiro civil Sérgio Fortes. A obra de mais de R$ 2 milhões foi resultado de um plano arrojado que concretizou um sonho de centenas de associados e apoiadores do clube.

Com 100,5m por 69,5m e com ca-pacidade para em torno de oito mil pessoas, o Estádio da Zona Sul teve seu primeiro jogo oficial no ano de 1996. Antes, a S.E.R Santo Ângelo havia disputado a Série C do cam-peonato gaúcho, em 1995, no Está-dio da Zona Norte, antigo campo do Tamoio Futebol Clube.

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S.E.R campeã da Série C em 1995Sob o comando do técnico Nestor Simionato, a S.E.R Santo Ângelo conquistou o

campeonato gaúcho - Série C (3ª divisão) em 1995, conquistando a vaga para a dis-puta da Série B, em 1996. Todas as partidas da equipe foram no Estádio Assis Brasil Ramos Escobar, antiga casa do Tamoio Futebol Clube.

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Bibliografia:

Jornal A Semana.Jornal O Missioneiro.

Jornal O Minuano.Jornal O Debate.

Gazeta do Trabalho.Jornal Ponta de Lança.

Revista Placar.Correio do Povo.

Atribuna Regional.Jornal O Mensageiro.

Jornal das Missões.Correio das Missões.

Jornal Gazeta.Jornal A Cidade.

Manual do Esporte.Manual do Futebol.

Grandes Feitos do Esporte.Revista Gol.

Arquivo Histórico Municipal Dr. Augusto César Pereira dos Santos.Memórias Vivas de Léo Petersen Fett.

Historiadores Eunísia Kilian, Bedatti Finokiet e Bindé.Zero Hora.

Milton Neves.A História do Futebol Brasileiro.

Museu do Futebol .Museu do Sport Club Internacional.

Museu do Grêmio Foot-Ball Porto-Alegrense.

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