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ANO XXIX - N9 118 CAPITAL FEDERAL
SEÇÃO I
QUINTA·FEIRA, 3 DE OUTUBRO DE 1974
JCONGRESSO' NACIONAL
* Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, nos termos do art. 44, inciso T, da Constituição, e eu, Adalberto Sena, 29-Vice-Presiden te, noexercício da Presidência do Senado Federal, promulgo o seguinte
DECRETO LEGISLATIVONl} 67, DE 1974
Aprova o texto da tradução do Acordo Internacional do Açúcar, de 1973, aprovado por ocasião daSessão Plenária, de 13 de outubro de 1973, da Conferência das Nações Unidas sobre Açúcar, de 1973.
Art.19 É aprovado o texto da tradução do Acordo "Internacional do Açúcar, de 1973, aprovada por ocasiãoda Sessão Plenária, de 13 de outubro de 1973, da Conferência das Nações Unidas sobre Açúcar de 1973.
Art. 29 Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em. contrário. .
Senado Federal, em 2 de outubro de 1974. - Adalberto Sena, 29-Vice-Presidente, no exercício da Presidência.
* o texto do acordo acompanha na publicação do Decreto Legislativo n.O 67174, no DCN (Seção lI) de 6-10-74,.
Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, nos termos do art. 55, § 19 , da Constituição, e eu, AdalbertoSena, 29-Vice-Presidente, no exercício da Presidência do Senado Federal, promulgo o seguinte
DECRETO LEGISLATIVONl} 68, DE 1974
Aprova o texto do Deereto-Isél TIl} 1.339, de 20 de agosto de 1974, que "autoriza a revisão de contratos de construção, nas condições que menciona, e dá outras providências".
Artigo único. É aprovado o texto do Decreto-Lei n Q 1.339, de 20 de agosto de 1974, que "autoriza a revisãode contratos de construção, nas condições que menciona, e dá outras providências".
Senado Federal, em 2 de outubro de 1974. - Adalberto Sena, 2(l·Vice-Presidente, no exercício da Presidência.
CÂMARA DOS 'DEPUTADOSSUMARIO
l - 123.a SESSÃO DA 4.a SESSÃO LEGISLATIVA DA 7.a LEGISLATUltA, El\12 DE OUTUBRo DE 1974.
I - Abertura da Sessão
U ..,. Leitura e assinatura da ata da sessão anteriorlU - Leiturà do Expediente
PROJETO APRESENTADO
Projeto de Lei n.o 2.289, de 1974 (Do Poder Executiva) - Mensagem n,? 477/74 - Autoriza o Poder Executivo a abrir créditosBu;plementares aos programas constantes da Lei n,o 5.964, de 10 del:Íezembl'O de 1973.
PROJETOS A IMPRIMIRProjeto de Decreto Legislativo nP 168-A, de 1974 (Da Comissão
fil~· Relf1,ções Exteriores) - Mensagem n.o 456/74, do Poder Executivo- Aprova o texto do Protocolo Adicional sobre Relacões de Trabalho e Previdência Social relativo aos contratos de trabalho dos
trabalhadores dos Empreiteiros e Subempreiteiros de Obras e locadores e sublocadores de serviços, assinado, no contexto do. Tratadode ITAIPU, entre a República Federativa do Brasil e o Governo daRepllblica do Paraguai, em Assunção, a 10 de setembro de ~974;
pendentes de pareceres das Oomissões de Constituição e Justiça ede Trabalho e Legislação Social.
Projeto de Lei n.02 .113-A, de 1974 (Do Poder Executivo) Mensagem n,> 3fi9/74 - Dispõe sobre a formação de Ofi?iais En:genheiros para o Corpo de Oficiais da Aeroná:ut~ca. da AtlVl:, ~ ~aoutras providências; tendo pareceres: da Comlssao de ooneütuícãoe Justiça, pela constitucionalidade e [urídicídade: e, das Oomíssõesde Segurança Nacional e de Finanças, pela aprovação.
Projeto de Lei n.a 2.140-A, de 1974 (Do poder Executivo) Mensagem n.o 378/74 - prorroga, por período indeterminado. Oprazo fixado no art. 51 da Lei n,? 4.117, de 27 de agosto de 1962,que institui o Código Brasileiro de Telecomunicações; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela consütucíonaü-
'7802 Quinta-feira 3 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1974
dade e, contra os votos dos Srs. José Bonifácio Neto, Hamilton'Xavier e Severo Eulállo, pela juridicidade; e, das comissões deOomunícações e de Finanças, pela aprovação.
projeto de Lei n.? 2.181-A, de 1974 m<J Poder ExecutiV<J)Mensagem n.o 406174 - Autoriza <J Poder Executivo a efetuar transação com o Governo da Grã-Bretanha para saldar débitos provenientes da encampação e desapropriação de eompanhías estrangeiras; tendo pareceres: da Comissão de C<Jnstituição e Justiça,pela constitucionalidade e juridicidade, com voto em separado,favorável, do Sr. Manoel Taveira; da Comissão de Relações Exteriores, emitido em audiência. pela aprovação; e, das Comissões deEconomia, Indústria e Comércio e de Finanças, pela aprovação.
Projeto de Lei n,> 2. 191-A, de 1974 (no Poder Executivo) Mensagem n.v 420/74 - Dispõe sobre doação de terreno da União àCompanhia Brasileira de Altmentos - COBAL; tendo pareceres:da Comissão de Constituição e JU3ciça. pela constitucionalidade,juridicidade e, no mérito,pela aprovação; e, das Comissões deAgricultura e Política Rural e de Finanças, pela aprovação.
Projeto de Lei n,? 2.193-A, de 1974 (Do Poder Executivo)Mensagem n.> 412/74 - Autoriza o Poder Executivo a abrir aoMinistério da Justiça, em favor do Ministério Público da União ocrédito especial de Cr$ 78.500,00, para orím que especifica; tendopareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade e [urídícídade ; e, da Oornissâo de Fiscalização Financeirae Tomada de Contas, péla aprovação. .
Projeto de Lei n.? 2. Hí4-A, de 1974 (Do Poder Executivo) Mensagem n.O 411/74 ~. Autoriza o Poder Executivo a abrir àJustiça do Trabalho, em favor do Tribunal Regional do Trabalhoda 7.8. Região, o crédito especial de Cr$ '300.000 ao, para o fim queespecifica; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça,pela constitucionalidade e juridicidade; e da Comissão de Fiscalização Financeira e Tomada de Contas, pela aprovação.
Projeto de Lei n.? 2.24-3-A, de 1974 (Do Poder Executivo) Mensagem n. o 444/74 - Acrescenta parágrafo ao art. 43 da Lein.O 4.502, de 30 de novembro de.1964, e ao art. 1.0 da Lei n,? 4.557,de 10 de dezembro de 1964; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e .rustíça, pela constitucionalidade e juridicidade; e, daComissão de Economia, Indústria e COmércio, pela aprovação.
Projeto de Lei n.> 2.258-A, de 1974> (-Do Poder Executivo)Mensagernri.? 446/74 - Dispõe sobre a transformação do ConselhoNacional de Pesquisas em Conselho Nacional de Desenvolvimento'Científico e Tecnológico !CNPq) e dá outras providências; tendopareceres: da Oomíasão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade; e, das Comissões de Ciência e Tecnologia e de Finan-ças, pela aprovação. '
Projeto de Lei n.? 2.289-A, de 1974 (Do Poder Executivo) Mensagem n.? 477/74 - Autoriza o Poder Executivo a abrir créditossuplementares aos programas constantes da Lei n.? 5.964, de 10 dedezembro de 1973: tendo parecer, da Comissão de Fiscalizacãofinanceira e Tomada de COntas, pela aprovação. '
IV - Pequeno Expediente
PARENTE FROTA - Funcíonamento paralelo do sistema integrado da Companhia Vale do Rio Doce com o da PORTOBRAS.
LUIZ LOSSO - Uso de carros oficiais.
RUY BACELAR - Administração Elmo Serejo de Farias, Distrito FedéraI.
ANTôNIO :MARIZ - Eleições para a Federação das Indústrias -do Estado da Paraíba. ' .
JOSÉ DA SILVA BARROS - Reinicio das obras da segundaadutora de Duque de ,Caxias. Estado do Rio de Janeiro.
NóSSER ALMEIDA - Projeto Aquaríus.
A:MÊRICO BRÁSIL - Ação continuada para o desenvolvimentoda região Ilhas-Marajó, Pará.
JANUARIO FEITOSA - Amparo governamental à cultura algodoeira.
LYSANEAS MACIEL - Direitos humanos.
JOEL FERREIRA, - Pagamento de gratírícação por insalu-bridade a funcionários do Amazonas. '
ILD:mLIO MARTINS - C<Jnteúdo de discurso proferido peloDeputado Faria Lima. .
GERALDO FREIRE - Necrológio dosr. Oreilio José Rodrigues.
MAURíCIO TOLEDO - Outorga' do prêmio Jurista Costa eSilva ao Sr. José Fernando da Silva Lopes.
PAULO ALBERTO - Criação e orícíalízaeão de um curso deoperador de telecomunicações para telegrafistas da Ec:rEMBRATEL, órgãos públicos estaduais e empresas privadas. Regu~lamentação da profissão de telegrafista.
JG DE ARAúJO JORGE ..:..- Propaganda eleitoral na Guanabara.AMAURY MíJLLER - Mortalidade infantil no País.
PADRE NOBRE - Criação do Banco de Educação.
CARDOSO DE ALMEIDA - Fixação do preço de garantia parao café.
ALCIR PIMENTA - Construção' de escola de ensino polívalenteem Bangu, Guanabara.
ALFEU GASPARINI - Situação dos professores 'substitutos,professores prímártos e professores secundários no Estatuto doMagistério de São Paulo, Assistência médica a militares reformadosda Aeronáutica. ' • '
OSMAR LEITãO - 117.0 aniversário de emancipação políticade Magé, Estado do Rio de Janeiro. .
ARNALDO BUSATO - Financiamento de custeio da lavourade soja. "
LUIZ BRAZ - Atenção do futuro Governo do novo Estado do-,Rio de Janeiro para com Niterói. '
ANTONIO BRESOLIN - Condenação, pelo CADE, da EmpresaRefrigerantes Sul Rio-Grandense S/A. " ,
FLORIM COTITINHO - Prisões sem causa em Brasília.
SIQUEIRA CAMPOS - O PROTE:RRA e o norte de Goiás.
JOS:I1: CAMARGO -- Falta de água em Perus, São Paulo.
FRANCISCO AMARAL - Recolhimento de contribuições deaposentados do INPS., ,
FERNANDO OUNHA - Oampanha eleitoral .cIo Deputado Jerônimo Santana no Território de Rondônia.
SYLVIO BOTELHO - Campanha eleitoral no Território deRoraima.
V - Grande Expediente
JG DE ARAúJO JORGE - A crise do papel.
MAURiCIO TOLEDO - Legislação eleitoral.
VI - Ordem do Dia
FRANCISCO AMARATJ, FLORIM COUTINHO, PACHECO OHAVES, ADHEMAR GHISI, DÁYL DE ALMEIDA, ANTONIO BRESOLIN, CANTÍDIO SAMPAIO, ALFEU GASPARINI - Apresentaçãode proposições. '
LAERTE VIEIRA - Comunicação como Líder sobre tratamento dispensado a presos políticos em São Paulo.
CÉLIO BORJA - oomuntcação como Lider sobre tratamentodispensado a presos polítícos em São Paulo.
ANTONIO BRESOLIN ....,. Discussão do Projeto 11,° 221-0, de 1971.Projeto n. O 479~A, de 1971 - Emendado.Projeto n.? 221-C, de 1971 - Rejeitado.Projeto n,v 238-A,de 1971 - Emendado.Projeto ri. 551-A, de 1972 - Rejeitado.Projeto n.> 1.123-A, de 1973 - Rejeitado.
LAERTE VIEIRA (Como Lider) - Eleições indiretas para Governador de Estado a 3 de outubro.
C:I1:LIO BOR.TA (Como Líder) - Resp<lsta ao discurso do Deputado Laerte Vieira.
VII - Comunicações das Lideranças
VIII - Designação da Ordem do Dia
IX - Encerramento
2 - MESA (Relação' dos membros)
li - LÍDERES E VICE-LíDERES DE PARTIDOS tRelação dosmembros)
4 - COMISSõES (Relação dos membros das Comissões ;permanentes, Especiais, Mistas e de Inq,uérito)
----TO T A.L •••• ~.~•• '~•• :!' ...~.:.'......:••s:•• :•.••• -•• '.-••-.:!l:.-•.•~.~ '1.532.000.000
2800 - ENCARGOS GERAIS DA UNIAO
2802 - Recursos sob a Supervisão da Secretaria de Planejamento da Presidência da República
2802.1800.1211 - Fundo de Desenvolvimento de Programas Integrados
4.1.2.0 - Serviços em Regime de Programação Especial...... 500.000.000
2802.1800.1054 - Financiamento de Projetos e Atividades Prioritários
4.1.2.0 - Serviços em Regime de Programação Especial .... "0 300.000.0002802.1800.2029 - Eeserva de Contingência, inclusive novo Plano de Clas-
sificação de Cargos
3.2.600 - Reserva de Contingência 4.732.000.000
2803 - Fundo de Desenvolvimento de Áreas Estratégicas
2803.1800.1042 - Projetos Especiais para o Desenvolvimento de ÁreasEstratégicas .
4.1.2.0 - Serviços em Eegime de Programação Especial. ••••• 1.900.000.000
2804 - Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tec-nológico
2804.0402.1130 - Apoio a Projetos de Ciência e Tecnologia4.1.2.0 - Serviços em Regime de Programação. Especial •• .-... 100.000.000
Outubr o de 1974
ATA DA 123." SESSÃOEM 2 DE OUTUBRO DE 1974
PRESIDENCIA DO SR.FLÁVIO MARCIlIO, PRESIDENTE; E
DAYl DE ALMEIDA, l.°"SECRETÁRIO;LUIZ BRAGA (artigo 76 do Rl.).
I - As 13,30 horas comparecem os Senhores:
Flávio MareílioDayl de AlmeidaJoão Castelo
Ael~e
Nosser Almeida - ARENA.
AmazonasJoel Ferreira - MDB; Leopoldo Peres
i\.EENA; Vinicius Câmara - ARENA.
Pa..áEdison Bonna - ARENA; Júlio Viveiros
-MDB.
Mal'anhãoHenrique de La Rocque - ARENA; Pires
Saboia - ARENA.
l'iauí
Milton Brandão - ARENA; Pinheiro Machado - ARENA; SevE;ro EUlália - MDB.
Cea..áJanuário Feitosa - ARENA; Marcelo Li
nhares - ARENA; Ossian Ararípa -ARENA; Parsifal Barroso - ARENA.
Rio Grande do' Nór te
Pedro Lucena - MDB..
Paraíba
Antônio, Mariz - ARENA.
Pernambueo
Airon Rios - ARENA; Mll.galhães MeloARENA; Marco Maciel - ARENA; ThalesRamalho - MPB.
Alagoas
Oceano CaJ;leial - ARENA.
sergipe
Eraldo Lemos.- ARENA; Luiz Garcia ..:.ARENA; Raimundo Diniz - ARENA.
BlJ.hia
lIanequim Dantas -'- ARENA; João Alves- ARENA; João Borges - MDB; ManoelNovaes - ARENA; Prisco Viana - ARENA;Ruy Bacelar - ARENA.
Rio de JaneiroDaso Coimbra - ARENA; José da Silva
Barros - ARENA; José Haddad - ARENA;Luiz Braz - ARENA; Walter Silva - MDB.
GuanabaraAlcir Pimenta - MDB; Bezerra de Norões
...... MDB; Célio Barja - ARENA; FlorimCOutinho - MDB; José Bonifácio Neto·MDB; JO de Araújo Jorge - MDB; NinaRibeiro - ARENA; Osnellí Martinelli _ARENA.
DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
:'ogueira de Rezende - ARENA; Padre Nobre - MDB; Paulrno Cícero - ARENA;Renato Azeredo - MDB; Sílvio de Abreu- MDB; Tancredo Neves - MDB.
São PauloAdalberto Camargo - MDB; Adhemar de
Barros Filho - ARENA; Alfeu Gasparini ARENA; Athiê Coury - MDB; CantídioSampaio - ARENA; Cardoso de AlmeidaARENA Carvalho Sobrinho - ARENA; DiasMenezes - MDB; Francisco Amaral MDB; Freitas Nobre - MDB; Henrique Turner - ARENA; Herbert Levy - ARENA;ítalo Fittipaldi - ARENA; Monteiro deBarros - ARENA; Pacheco Chaves - MDB;Paulo Abreu - 'ARENA; Paulo Alberto ARENA; Plínio Salgado -.:.- ARENA; sussumuHirata - ARENA; Ulysses Guimarães MDB.
GoiásBraailtoOalado - ARENA; Fernando Cu
nha - MDB; José Freire - MDB; JuarezBerriardes MDB; Rezende Monteiro ARENA.
Mato GrossoEdyl Ferraz - ARENA.
ParanáAgostinho Rodrtguea - ARENA; Alberto,
Costa - ARENA; Alencar Furtado - MDB;Arthur Santos - ARENA; Mário stamm ARENA; Roberto Galvani - ARENA.
Santa CatarinaAbel Ávila - ARENA; Adhemar Ghisi
ARENA; Albino Zeni - ARENA; LaerteVieira - MDB; W:lmar Dallarihol - ARENA.
Rio Grande eo SulAlberto Hoffmann - ARENA; Amaury
Müller - MDB; Antônio Bresolin - MDB;Clóvis Stenzel - ARENA; Daniel Faraco ARENA; Milton oasse; - ARENA (ME);Vasco Amaro - ARENA; Léo Riffel.
Quinta-feÍl'a 3 780S
RoraimaSilvio Botelho - ARENA.O SR. I'RESIDENTE (Luiz Braga) ....
A lista de presença acusa o comparecimentode 107 Senhores Deputados.
/ Está aberta a sessão., Sob a proteção de Deus iniciamos nossostrabalhos.
O Sr. Secretário procederá à leitura da.ata da sessão anterior. '
II - O SR. JOSÉ DA SILVA BARROS, servindo como 2.o-Secret ário, procede à leiturada ata da sessão antecedente, a qual é,sem observações, assinada.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braga) ....Passa-se à leitura- do expediente.
O SR. P~RE NOBRE, Servindo como 1.C)_Secretário, procede à leitura do seguinte.
III - E;X:PEDmNTE
PROJETO DE LEIN.o 2.289, de 1974
(Do Pode;: Executivo)
MENSAGEM N.o 477/74
Autoriza o Poder Executivo a abrfrcréditos suplementares aes programasconstantes da Lei n,? 5 o 964, de 10 dedezembro de 1973.
(A Comissão de Fiscalização Financeira e Tomada de Contas.)
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 É o Poder Executivo autorizado
a abrir eréditos suplementares ao Orçamento da União, aprovado pela Lei n,o 509H4,de 10 de dezembro de 1973, até o limite deCr$ 7.532.000.000,00 (sete bilhões, quinhentos e trinta e dois milhões de cruzeiros),conforme a especificação seguinte:
Cr$ 1,00
Art. 3.° , Esta Lei entra em vigor na da~
de sua publicação, revogadas as disposiçõeaem contrário•
Minas GeraisAécio Ollnha - ARENA; Altair Chagas
ARENA; Geraldo Freire - ARENA; GilbertoAlmeida - ARENA; João Guido - ARENA;.Jorge Ferraz - MDB; José Bonifácio ARENA; Manuel de Almeida - ARENA;
Art. 2.° Para o atendimento dos erêdítossuplementares que forem abertos conformeautorização desta Lei, serão utilizados recursos provenientes do excesso de arrecadação, previsto na forma do § 3.0 do artigo43 da Lei n.o 4.320, de 17 de março de 1964. Brasília, em de de 1974.
7804 Quinta-feira 3 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Sé1}ão I)
QUADRO I
RECEI'J:A DA UNIliO - 1974
Prevista na Lei n.o 5.964173
CJ:$Milhões
Outubro de 19'14
RECEITAS CORRENTES .
Imposto si Importação ...••.•..••....•••Imposto si Renda .......•••.........•..•Imposto si Produtos IndustrIalizados ., ••ICM - Territórios .Imposto si Operações Financeiras .Imposto si Transporte Rodoviário de Pas-
sageiros ..Impo~to único si Lubrificantes e Combus-
tíveís .Imposto único si Energia Elétrica ......•Imposto único si Minerais .............•Ts:. Fiscalização 'I'elecomuníeacôes .....•Tx. Rodoviárià única .Ts. Melhoramento dos Portos ...••......Receita Ministério da Agricultura .Cota Salário Educaçãc ..............•...Oota Contribuição Sindical .Programa de Integração Nacional (PIN)PROTERRA .Tarifas Aeroportuárias .Tarifa de Utilização de Faróis .Outras Receitas Correntes .
RECEITAS DE CAPITAL .
TOTAL .
Vinculada
20.931,7
1.701,72.619,4
2.158,4
154,0
6.570,01.665,9
315,58,3
1.980,0610,0,
78,4400,0
67,01.528,41.018,9
45,63,76,5
20.931,7
Disponível
37.273,6
4. 35lJ,312.478,919.209,2
8,8
1.217,4
350,7
'37.624,3
Total
58.205,3
4.359,314.180,621.828,6
8,82.158,4
154,0
6.570,01.665,9
315,58,3
1.980,0610,0
78,4400,0
67,01.528,41.018,9
45,63,7
1.223,9
350,7
58:1556,0
QUADRO II
RECEITA DA UNIAO - 1974
Reestímatíva ::.. Agosto/1974
Cr$ Milhões
Especificação
RECEITAS CORRENTES
lmposto si Importação ...........•.....•Imposto si Renda , .Imposto si Produtos Industrializados .ICM. - 'I'errítórlos" .....................•Imposto si operações Financeiras ...•.••
Especificação
Imposto si Transporte Rodoviário de Pas-sageiros ..
Impo~to único si Lubrificantes e Combus-tíveís ...........................•....•
Imposto único si Energia Elétrica ...••••Impo$to único si Minerais ........••••••Tx. FisCalização Telecomuníeaçôes .•••.•Tx. Rodoviária única............•...••••Tx. Melhoramento dos Portos .....•••.••Receita Ministério da Agricultura ..•••••Cota Salário Educação ....•..•..•.••••••Cota Contribuição Sindical .............•Programa de Integração Nacional (PIN)l.'RO'l'~;El.~., " "" " •. >" • ., , ..Tarifas Aeroportuárias ..........••••••••Tarifa de Utilização de Faróis ••••••••••Outras Receitas Correntes .•.••..••.•.•••
RECEITAS DE CAPITAL .
TOTAL ..
Vinculada
24.371,5
2.123,8'2.994,0
2.858,8
Vinculada
154,0
6.570,01. 992,0
411,07,0
2.290,01.000,0
127,9520,0109,3
1. 873,11.248,7
77,25,59,2
24.371,5
Disponível
44.805,6
5.500,015.574,321.956,3
15,0
. D'cponível
1.760,0
350,7
45.156,3
Total
69;177,1
5.500,017.698,124.950,3
15,02.858,8
Total
154,0
6.570,01.992,0
411,07,0
2.290,01.000,0
127,9520,0109,3
1.873,11.248,7
77,25,5
1.769,2
350,'1
69.527,8
Outubro de 1974 DIARIO DO ~ONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira li 7800
QUADRO IrI
RECEITA DA UNIÃO - 1974
Excesso. de Arrecadação Previsto
Cr$ Milhões
TotalDisponívelVinculadaEspecificação--------------------
Imposto si Importação .Imposto si Renda .....................••,Imposto si Produtos Industrializados ..••ICM - Territórios .....................•"Imposto si Operações Financeiras ..Imposto si Transporte Rodoviário de Pas-
sageiros ..............................•Imposto Único si Lubrificantes e Oombus-
tíveís .................•..............•Imposto Único si Ener,g;ia Elétrica ....•••Imposto Único si Minerais ............••Tx. Fiscalização Telecomunicações .•••••Tx. Rodoviária .tmtea .................••Tx. Melboramento dos Portos ..•.....•••Receita Ministério da Agricultura ......•
"Cota Salário Educação .................•Cota Contribuição Sindical .Programa de Integração Nacíonal (PIN)FROTERRA ............................•Tarifas Aeroportuárias ............•••..•Tarifa de Utilizaç'io de Faróis ....•....•Outras Receitas Correntes ........•..•..•
RECEITAS CORRENTES ..................; 3.439,8
422,1374,6
700,4.0,0
0,0326,1
95,5(-) 1,3
310,0390,049,5
120,042,3
344,7229.8
31,6'1,82,7
7.532,0
1.140,73.095,42.747,1
6,2
542,6
10.971,8
1.140,73.517,53.121,7
6,2
700,40,0
0,0326,1
95,5(-) 1,3
310,0390,0
49,5120,042,3
344,7229,831,6
1,8545,3
RECEITAS DE CAPITAL . 0,0 0,0
TOTAL . 3.439,8 7.532,0 10.971,8
LEGISLAÇÃO CITADA
LEI N.o 4.320DE 17 DE MARçe DE 1964
Estatut Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dosorçamentos e balanços da União, dosEstados, dos Municípios e do DistritoFederal.
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da exístên-'eía de recursos disponíveis para ocorrer àdespesa e será precedida de exposição justificativa.
§ 1.0 Consideram-se recursos para o fimdeste artigo, desde que não' comprometidos:
I - o superavit financeiro apurado embalanço patrimonial do exercício anterior;
II - os provenientes de .excesso de arrecadação;
IH - os resultantes de anulação parcialou total de dotações orçamentárias ou decrédítos adicionais, autorizados em lei;
IV - o produto de operações de créditoautorizadas, em torma que juridicamentepossibilite ao Poder Executivo realizá-Ias.
§ 2.° Entende-se por superavít financeiroa diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se,ainda, os saldos dos créditos adicionaistransferidos e as operações de créditos aeles vinculadas.
li 3.0 Entende-se por excesso de arrecadação, para os fins deste artigo, o saldo positivo das difooenças acumuladas, mês a mês,entre a arrecadação prevista e a realizada,Considerando-se, ainda, a tendência do exercício.
§ 4.° Para o fim de apurar os recursosutilizáveis, provenientes de execesso de arrecadação, deduzir-se-á a importância doscréditos extraordinários abertos no éxercício..................................................................... ,o .
Art. 66" As dotações atribuídas às diversas unidades orçamentárias poderão, quando expressamente determinado na Lei deOrçamento, ser movimentadas por órgãoscentrais de administração geral.
Parágrafo único. É permitida a redistribuição de parcelas das dotações de pessoal,de uma para outra unidade orçamentária,quando considerada indispensável à movimentação de pessoal, dentro das tabelas ouquadros comuns às unidades interessadas,e "fluee se realize em obediência à legislaçãoespecifica.oO - "".'" .
LEI N.õ 5.964
DE 10 DE DEZEMBRO DE 1973
Estima a Receita e Fixa a Despesada Unifro para o Exercício Financeirode 1974.
O Presidente da República
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1.0 O Orçamento Geral da Uniãopara o Exercicio Financeiro de 1974, composto pelas receita e despesa do Tesoul'()Nacional e pelas receita e despesa de Entidades da' Administração Indireta. Autônomas e Fundações instituidas pelo PoderPúblico, estima a Receita Geral em ...•••Cr$ 71.713.528.000,00 (setenta e um bilhões,setencentos e treze" milhões, quinhentos e
'1806 QUinta.':'feira· s DIARIODO OONGRE~"10 NAOIONAL (Seção I) Outubro de 1974
vinte e oito mil cruzeiros), inclusive .Or$ 350.000.000,00 (trezentos e cinqüentamilhões de cruzeiros) relativos a operaçõesde crédito a realizar, e fixa a despesa emigual importância.
1, REOEITA DO TESOURO
Art. 2.° A Receita será realizada mediante a arrecadação dos tributos, rendas eoutras Receitas Correntes e de CapItal, naforma da ).egislação em vigor, relacionadano Anexo I, com o seguinte desdobramento:
Or$1.1 Receitas Oorrentes ...............•...•.....................
Receita Tributária 54.207.900.800,00Receita Patrimonial.: ;......... 217.300.000.00Receita Industrial 27.300.000 00Transferências Correntes ...• 3.014.300.200.00Receitas Diversas 738.499.000,00
1.2 Receitas de Oapital ..Operações de Crédito 350.000.000,00Outras Receitas de Capital ....•......•.• 700.000,00Total .....................................................•
2. RECEITA DE OUTRAS FONTES DE ENTIDADES DA ADMINISTRAÇãO DIRETA E INDIRETA, AUTôNOMAS E FUNDAçõESINSTITUíDAS PELO PODER púBLICO (EXCLUSIVE TRANSFER:I!:NOIAS DO TESOURO)
ors2.1 Receitas Oorrentes ...........•..... » ••••••••••_•••••••••••••
2.2 Receitas de Capital .
Total
Total Geral ...............................................•
Art. 3.° A despesa será realizada segundo a díscrtmínação doAnexo lI, que apresenta a sua composição por Setores e por órgãos,conforme o seguinte desdobramento sintético:
A - DESPESAS POR SETORES
Or$ .58.205.300.000,00
350.700.000,00
58.556.000.000,00
Or$4.926.204.000,00
8.231. 324.000,00
13.157.528.000,00
71.713.528.000,00
.1. Programação à conta de Recursos do Tesouro 58:556.000.000,00
1.1 Recursos Ordinários ..........•.....
Distribuida por Setores (inclusiveBNDE, Transferências para o DistritoFederal e Estados do Acre e Guana-bara) .Programas Especiais, Ministério daIndústria e do Coméreío .Sob Coordenação Central .Outros Encargos (inclusive Inativos e
'Pensionistas Civis e Militares) .
1.2 Recursos Vinculados .....•..••••••..
Execução a cargo do Governo Federal
Distribuída por órgãos .....•..•..•..Sob Coordenação Central .•.... , ....Execução a cargo dos Estados, Distri-to Federal e dos Municípios .
38.024.295.000,00
20.820.390.800,00
219.000.000,006.371. 775.000,00
10.613.129.200,00
20.531.705.000,00
11.195.207.000,00
6.489.407.000,004.705.800.000,00
9.336.498.000,00
J. Programação à conta de Recursos de outras Fontes de Entidades da Administração Direta e Indireta, Autônomas e
. Fundações instituídas pelo Poder PÚblico ~ •.•. '.',
Total das Despesas por Setores .... o".." 0" .!'~" ".!... 'lI .. .!:
13.157.528.000,00
n.713. 528.000,00
11 ,;- DESPESAS POR óRGAOS,
,I... A. Conta de Recursos Ordinários
1.1 Poder Legislativo •••• '.o_ s.••••.••• '.'.' '''-',' .:.: ••••• :•••oc. o
Oâmara dos Deputados :;-..:.: :.; 186.500.000,00Senado Federal........ 135.000.000,00~ribunal de Contas da União • '.0 ;0> 77.036.500,00
38.024.295.000,00
398.536.500,00
Outubro de 1974 DIARIO DO CONGRESSO. NACIONAL (Seção I) Quinta-feira li 7~t
================================~=======:Cr$
i.2 Poder Judiciário .................................. ~/" ..Supremo Tribunal Federal 25.192.400,00Tribunal Federal de Recursos 31.680.200,00
Justiça Militar <........... 41.250.000.00Justiça Eleitoral 108.381.400,00Justiça dov'I'raba.lho 213.480.200.DOJustiça Federal de 1." Instância' . . . • 51.234 AlOO,OOa:u~t~çà do Distrito Federal e dos Ter-rítóríos ............••........•••...• 24.085.700,00
1.3 Poder Executivo .
Cr$
495. 303 .900,00
37.130.454.600,00
1.3.1 Distribuição por órgãos ......•
Presidência da República (inclusive Conselho Nacional dePesquisas) ...................•Ministério da Aeronáutica .Ministério da Agricultura .Ministério das oomumcacões .•Ministério da Educação eoultura (inclusive cota-parte do Sa-lário-Educação) .Ministério do Exército .Ministério da Fazenda .Mini~té!io da Indústria e doComermo .Ministério do Interior ......••Ministério da Justiça .Ministério da Marinha .Ministério das Minas e EnergiaMinistério do Planejamento eCoordenação Geral (inclusiveFundação IBGE) .Ministério 'das Relações Exte-riores ........................•Ministério da Saúde .Ministério do Trabalho e Previdência Social ................•Ministério dos Transportes ...•
1.3.2 Sob Coordenação Central .....
Programas Especiais (íncíusíveCentral de Medicamentos) .....Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público "Fundo de Desenvolvimento deProgramas Integrados .Fundo de Desenvolvimento deAreas Estratégicas .Fundo Nacional de Desenvolvimento Cientifico' e TecnológicoDesenvolvimento de Progr-amasEspeciais de Saúde .Consolidação da Capital FederalDesenvolvimento da Educação •Reserva de Contingência (Inclusive Novo Plano de Classifi-cação de Cargos) .
1.3.3 Bimco Nacional do Desenvolvimento Econômico ...........•
1.3 .4 Programas Especiais - Ministério da Indústria e do Comércio
18.379.986.400.00
292.249.100,001.929.869.700.00
613.347.900.00546 .668 .300,00
2.901. 332.900.003 . 798.183 . 000,00
807.856.300,00
54.563.000,00987 . 805 .000,00360.896.400.00
2.105.625.200.00235.082.800,00
331. 866.000,00
364.368.000.00581. 653.000,00
332.118.800.002.136.500.000.00
6.371. 775.000,00
754.625.000,00
620.400.000,00
250.000.000,00
793.700.000,00
500.000.000,00
200.000.000.00325.000.000.004:76.150.000,00
2.451.900.000,00
Cr$
800.000.000.00
219.000.000,00...
1.3.5 Outros Encargos (Inclustve Ina-.tivos e Pensionistas Civis e Mi-litares) se 10.613.129.200,00
1.11.6 Transferências para o DistritoFederal, Estados .do Acre eGuanabara 746.564.000,00
.....-----
'7808 Qninta~feíra a DIARIO rio CONGRESSO NACIONAL· (Seção n Outubro de 1974
zando como recurso as disponibilidadescaracterizadas no item UI do § Lc do art.43 da Lei n.? 4.320, de 17 de março de 1964.
Art. 7.° A programação das despesas decapital discriminada nos Anexos U e UIdesta Lei, atualiza e recodlfica a constanteqa Lei n,> 5.753, de 3 de dezembro de 1971,que aprovou o Orçamento Plurianual deInvestimentos para o triênio ,1972-1974.
Art. 8.° Fica o Poder Executlvo autorizado a realizar operações de crédito e colocar letras e outros títulos de sua responsabilidade, até o limite de Cr$ ,350.000.000,00(trezentos e cinqüenta milhões de cruzeiros)., Parágrafo único. Inclui-se no montanteautorizado neste artigo a colocação dos referidos títutos junto ao Banco Central doBrasil, de acordo com o que preceituam osH 1.0 e 2.° do art. 49 da Lei n.O 4.595, de31 de dezembro de 1964, bem como o § 3.0
do art. 6.0 do Decreto-lei n.v 1.205, de 31 dejaneiro de 1972.
Art., 9.° Revogam-tse as disposições emcontrario.
Brasília, 10 de dezembro de 1973; 152.0da Independência e 85.° da República. EMíLIO G. MÉDICI - Alfredo Buzaid _Adalberto de Barros Nunes - Orlando Geisel - Mário Gibson Barbosa - José FlávioPéeora - Mário David Andreazza - MouraCavalcanti - Jarbas G. Passarinho - JúliliBarata - J. Araripe Macedo - Mário Lemos - Marcus Vinicius Pratini de Moraes- Antônio Dias Leite Júnior - João Paulodos Reis Velloso - José Costa Cavalcanti
Uygino C. Corsetti. 'MENSAGEM N.O 477, DE 1974
DO PODER EXECUTIVOExcelentíssimos .senhores Membros do
Congresso Nacional:Nos termos do artigo 51 da Constituição,
tenho a honra de submeter à elevada deliberação de Vossas Excelências, acompanhado de Exposição de Motivos do SenhorMinistro de Estado Chefe da Secretaria dePlanejamento da Presidência da República,o anexo projeto de lei que "autoriza o PoderExecutivo a abrir créditos suplementaresaos programas constantes da Lei n.o 5.964,de 10 de dezembro de 1973".
Brasília, em 1.0 de outubro' de 1974. Ernesto GeiseL
2. A. conta de Recursos Vinculados .2.1 Poder Executivo, distribuída por
órgãos .........................•... 6.489.407.000,00
Total das Despesas com Recursos doTesouro .
3. Despesas à conta de Recursos de outras Fontes de Entidadesda Administração Direta e· Indireta, Autônomas e Fundaçõesinstituidas pelo Poder Público .
Total da Despesa por órgãos .
Ministério da Aeronáutica .....•..••Ministério da Agricultura .Ministério das Comunicações .....•••Ministério da Marinha ...........••Ministério das Minas e Energia . ,~~..Ministério do Trabalho e PrevidênciaSocial ; .Ministério dos Transportes .
2.2 Sob co~rdenação Central .
Programa de Integração Nacional .Programa de Redistribuição de Terrase Estimulo à Agroindústria do Norte edo Nordeste - PROTERRA ..... ~ ..Formaçâo de Reserva Monetária ...
2.3 'I'ransferêncías .para os Estados. Distrito Federal e Municípios (partici-pação em impostos da União) .
Parágrafo único. As despesas dos Órgãosda Administração Indireta e Fundaçõesinstituídas pelo Poder Público, realizadascom recursos por eles diretamente arreca- .dados, serão discriminadas em seus orça- .mentes próprios, aprovados em conformidade COm a legislação vigente, os quaisdeverão apresentar a mesma forma doOrçamento Geral da União e conter as discriminações por programas, subprogramas,projetos e atividades constantes do AnexoIII desta Lei.
Art. 4." O Poder Executivo, no interesseda Administração, poderá designar órgáoscentrais para movimentar dotações atribui- .das às Unidades Orçamentárias.
Art. 5." O Poder Executivo é autorizadoli. tomar as medidas necessárias para ajustar os dispêndios ao efetivo comportamentoda Receita.
Parágrafo único. Durante a execuçãoorçamentárla, o Poder Executivo é autorizado a realizar operações de crédito, por antecípação da Receita, até o limite previstona Constituição.
Art. 6.° O Poder Executivo é autorizadoli. abrir créditos suplementares, medianteutilização dos recursos adiante índíeados,até o limite correspondente a 20% (vintepor cento) do total da Despesa fixada nestaLei, com as seguintes finalidades:
I .---, reforçar dotações, especialmente asrelativas a encargos com pessoal, utilizando, como recurso, a Reserva de Contingência;
n - atender programas financiados àconta de receitas com destinação especíüca,
• utilizando, como recurso, o definido no ~ 3."do artigo 43 da Lei n.s 4.320. de 17 demarço de 1964, dispensados os decretos deabertura de créditos nos casos em que a Leidetermina a entrega em forma automátíca, dos produtos dessas receitas aosórgãos, entidades ou fundos a que estiverem vinculados:
III - suprir Insufíeíêncía nas dotaçõesatribuídas a órgãos que exerçam atividadeseconômicas, utilizando, como recurso, adiferença entre as receitas por eles auferidas e recolhidas ao Tesouro Nacional e asestimadas nesta Lei;
TV .---, atender insuficiência nas dotaçõesdestinadas a programas pnoritál'ios, utílí-
364.902.000,0034.800.000.003. SOO. 000,003.700.000,00
1.387.760.000,00
67.000.000,004.572,945.000,DO
4.705.800.000,00
1. 528.400.000,00
1. 018. 900.000,00.2.158.500.000,00
.9.336.493.000,00
20.531.705.000,00
58.556.000.000,00
13.157.528.000.00
71.713.528.000,00
EXPOSIÇAO DE MOTIVOS N.o 222-B, DE30 DE .I?ETEMBRO DE lb 14, DO SR. MINISTRO DE ESTADO CHEFE DA SECRE~
TARJA DE PLANEJAMENTO DA PRESI~
DÊNCIA DA REPúBLICA,
Excelentíssimo' Senhor Presidente daRepública:
Os recursos financeiros provenientes dasReceitas Correntes da União, nas previsõesorçamentárias, são definidos por taxas decrescimento de variáveis econômicas queintegram o modelo de comportamento decada tributo.
2. A partir da análise dos diversos setores da economia é estabelecida matriz simples de parâmetros, básica para a previsãode cada item da receita. Esta análise, paraque possa ser atendida a obrigação constí-stucíonal de encaminhamento do Projeto deLei Orçamentária, ao Congresso Nacional,ate o df!J, 31 de agosto, é realizada Comgrande antecedência, resultando, em eonseqüêncía, a necessidade de constantes re'estimatívas.
3 . Ao ser elaborada a proposta orçamentária para 1975, os órgãos técnicos desta Secretaria e do Ministério da Fazendaprocederam a nova revisão nas eetímatívasde receitas para o corrente exercício, chegandoà conclusão de que, até 31 de dezembro, deverá ser arrecadado um Volume derecursos superior ao que foi previsto na Lein. O 5.964, de 10 de dezembro de 1973, queaprovou o Orçamento vigente. .
4. O excesso de arrecadação agora esperado, em montante aproximado de Cr$ 11bilhões, conforme consta dos quadros queacompanham o Projeto de Lei n.v 5, de1974, (CN) possibilita recursos disponíveisna ordem de Cr$ 7.532- milhões, uma vezque a parcela restante corresponde a receitas vinculadas.
5. Por outro lado, os dispêndios com aoaceleração de certos programas .básicospara a manutenção do ritmo de crescimento da economia; o aumento dos níveis deremuneração do pessoal, decorrente não sóda correção salarial como, também, do início da implantação do Plano de Classificação de cargos, aliados aos efeitos da eievação de preços verlfieada, em .partãeular, noprimeiro semestre, estão a exigir recursosadicionais, que poderão ser supridos 'como excesso de arrecadação esperado.
6. Ao ensejo, cabe ressaltar os seguintes'aspectos relacionados com a execução orçamentárta:
a) para os ajustes que se fizerem necessários nas dotações fixadas na Lei n.o. 5.964,de 10 de dezembro de 1973, as UnidadesOrçamentárias têm prazo até o mês deoutubro para solicitar abertura de crédito,!!suplementares;
b) só após o referido prazo será possívelestabelecer o quantitativo necessário a cadaórgão ou Programa;
1l) há eonveníêncía de encaminhamentoimediato da matéria a apreciação do Congresso Nacional, tendo em vista, notada-omente, o calendário especial de sessõesestabelecido para este segundo semestre;
d) a especificação e classificação da despesa deverão constar do decreto de abertura do crédito adicional, segundo determina o artlgo'46 da Lei n. o 4.320. de 17de março de 1964.
7. Os projetos cujas insuficiências derecursos já se encontram identificadas,notadamente os relativos a investimentosem .áreas estratégicas, desenvolvimento deprogramas integrados e desenvolvímentocientífíco e tecnológico, podem constar,especificamente, na lei autorizativa do crê-
Outubro de 1974
dito suplementar. Os recursos excedentesseriam alocados à Reserva de Contingência,para posterior dístríbuíção, na forma doartigo 6.0 da Lei n.O 5.964, de 10 ,de dezembro de 1973, aos demais órgãos ou Pro':gramas.
8. Por todo o exposto, tenho a honra desubmeter à elevada consideração de VossaEx>celência proposta no sentido de que sejaencaminhado à apreciação do CongressoNacional o anexo projeto de lei, que autoriza o Poder Executivo a abrir créditos su-plementares, até o limite de.. , .Cr$ 7.532,000.000,00 (sete bilhões, quinhentos e trinta e dois milhões de cruzeiros),destinados ao atendimento dos programasconstantes da Lei Orçamentária vigente,utilizando como recurso o excesso de arrecadação, prevísto na forma do § 3.0 doartigo 43 da Lei n,« 4.320, anteriormentemencionada, atendendo,' desta forma, aodisposto no § 1.0 do artigo 61 da Constituição. .
Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência AS protestos do meu maisprofundo respeito. _ João Paulo dos ReisVenoso, Ministro.
PROJETO DE DECRETO LEGISLA'rIVO• N.o 16S-A, de 1974
(Da Comissão de Rela~ões Exteriores)MENSAGEM N.o 456/74,
DO PODER EXECUTIVOAprova o texto do Protocolo Adicio
nal sobre Relações de Trabalho e Previdência Social Relativo aos Contratosde Trabalho dos Trabalhadores dos Empreiteiros e Subempreiteiros de Obrase Locadores e Sublocadores de Serviços,assinado, no contexto do Tratado deITAIPU, entre a República Federativado Brasil e o Governo da República doParaguai, em Assunção, a 10 de setem.bro de 1974; pendentes de pareceres dasComissões de Constituição e Justiça ede Trabalho e Legislação Social.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1.0 Fica aprovado o Protocolo Adicional sobre Relações de Trabalho e Previdência Social relativo aos contratos de Trabalho dos Trabalhadores, dos Empreiteiros,Subempreiteiros de Obras, Locadores e Sublocadores de Serviços, no contexto do Tratado de Ltaipu, entre a República Federativa do Brasil e o Governo da República doParaguai.
Art..2.0 Este Decreto Legislativo entraem vigor na data de sua puhlícaçâo ,
. Salada Comissão, em de de1974. - Raymundo Díntz, Presidente; Marcelo Linhares, Relator.
PARECER DA COMISSAO DERELAÇÕES EXTERIORES
I - Relatório
Através da Mensagem n.? 456, de 19 domês em curso, o Excelentissimo Senhor Presidente da República submeteu à deliberação do Congresso o texto do Protocolo Adicional sobre Relações de Trabalho e Previdência Social; relativo aos Contratos de Trabalho dos Trabalhadores, dos Empreiteiros,Subempreiteiros de Obras, Locadores e Sublocadores de ServiçoS4 assinado no contextodo Tratado de Itaípu, entre a República Federativa do Brasil e o Governo da República do Paraguai, eu} Assunção, a 10 de setembro de 1974.
O Protocolo Adicional em exame é uminstrumento jurídico de disciplina das relações de trabalho e previdência social embenefício dos trabalhadores da Hidrelétricade Itaipu.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção J)
Empresa de estrutura binacíonal, commão-de-obra recrutada de ambas as partesnão poderia deixar de instit"uir um estatuto especial em que se er 'ssem as conquistas do direito trabalhista e previdenciário das duas nações.
Como está expresso na exposição de motivos, na elaboração desse documento foram observados os seguintes princípios deDireito Internacional:
"a) isonomia salarial independentemente de nacionalidade, sexo, raça, religião e estado civil;b) aplicação da lei do lugar da celebração do contrato de trabalho;c) aplicação de normas diretas uniformes;d) aplicação de normas mais favoráveisda legislação de cada uma das AltasPartes Contratantes, consideradas essasnormas em conjunto para cada maté,fia. "
A adoção do princípio do salário igual para trabalho de igual natureza, eficácia eduração, é objeto do art. 2.°
Os arts. 3.° e 4.° consagram o princípio daaplicação da lei do lugar da celebração docontrato de trabalho, estabelecendo-se aobrigação de os brasileiros serem contratados em território brasileiro e os trabalhadores paraguaios em território paraguaio,podendo os de outras naeíonalídades seremcontratados no território de qualquer daspartes contratantes.
O art. 5.° estabelece normas especiais uniformes, que serão aplicadas' ao contrato individual de trabalho, independente do lugarda sua celebração, e foram inspiradas nasdisposições de proteção do trabalho da legislação dos dois países, em consonânciacom os príncípíos de natureza social e econômica.
Dentre essas normas especiais uniformesverifica-se:
1) jornada normal de trabalho de 8 horas;
2) jornada de 6 horas para trabalho emcondições insalubres;
3) prorrogação da jornada normal, atéduas horas extraordinárias, em acordo in.dividual ou coletivo;
4) valor da remuneração da hora extraordinária eatípulado no acordo individual oucoletivo, superior em 50% ao da hora normal;
5) prorrogação da jornada normal, índependente de acordo individual ou coletivo,em caso de força maior ou de trabalhos inadiáveis;
6) trabalho noturno com o acréscimo de30% sobre o salário-hora diurno;
7) repouso remunerado, de preferênciaaos domingos, estipulando-se os dias feriados;
8) adicional de 30% em caso de trabalhopermanente com inflamáveis ou explosivos;
9) aviso prévio, se houver rescisão do contrato por tempo indeterminado, sem justacausa;
10) indenização, ao término de contratode trabalho para obra certa.
No art. 7.0 estão as medidas preventivasde higiene e segurança do trabalho.
O art. 8.0 dispõe sobre a inspeção do trabalho,
Os serviços de previdência social para ostrabalhadores e seus dependentes estão previstos no art. 9.° Serão mantidos serviços
Quinta-feira 3, 780t
médicos nos territórios das respectivas partes contratantes.
Fixou-se a responsabilidade solidária daJtaípu pelas obrigações decorrentes dos contratos de trabalho, firmados pelos empreiteiros ou subempreiteiros de obras e locadores ou sublocadores de serviços.
Em síntese, são estes os principias consagrados pelo Protocolo Adicional.
Trata-se de instrumento complementarao Tratado de Itaipu, celebrado entre oBrasil e o Paraguai para o aproveitamentohidrelétrico dos recursos do Rio Paraná.
Os prmcípíos nele consagrados são indispensáveis para a disciplina juridica das relações de trabalho e previdência social decorrentes dos contratos de trabalho dos trabalhadores, dos empreiteiros, subempreiteiros de obras, locadores e' sublocadores deserviços, nas áreas previstas no Tratado deItaipu.
II - Voto do RelatorAnte o exposto o nosso parecer é pela
aprovação do texto do referido ProtocoloAdicional, em sua forma originária.
Sala da Comissão, em ~ Marcelo Li-nhares, Relator.
III - Parecer da ComissãoA Comissão de Relações Exteriores, em
sua 5." reunião extraordinária, realizada dia1.0 de outubro de 1974, aprovou por unanimidade, a Mensagem n.> 456 de 1974, do Poder Executivo, que "submete à consideraçãodo Congresso Nacional o texto do ProtocoloAdicional sobre Relaeôes de Trabalho e Previdência Social relat.ívo aos contratos detrabalho dos trabalhadores dos empreiteirose subcmpreíteíros de obras e locadores e sublocadores de serviços, assinado, no contexto do Tratado de Itaipu, entre a RepúblicaFederativa do Brasil e o Governo da República do Paraguai, em Assunção, a 10 de setembro de 1974", nos termos do parecer favorável do Relator, Deputado Marcelo Linhares, na forma do projeto de decreto legislativo oferecido como conclusão.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: Raymundo Diniz, Presidente; Marcelo Linhares e Francisco Studart, Vice-·Presidentes; Thales Ramalho, Alberto Costa, Padre Nobre, Diogo Nomura, Bias Fortes, Pinheiro Machado, Pedro Ooliri, América deSouza, Joaquim Coutinho, Murilo. Badaró,Ulysses Guimarães, Passos Porto, TeotônioNeto, Adalberto Camargo, Henrique Turner,Pires Saboia, Marco Maciel e AdhemarGhrsí ,
Sala da 'Comissão, em 1.0 de. outubro de1974. - Raymundo Dlniz, Presidente; Marcelo Linhares, Relator.
MENSAGEMN." 456, de 1974
Submete à consideração do CongressoNacional o texto do Protocolo Adicionalsobre Relações de Trabalho e Previdência Social Relativo aos Contratos dede Trabalho dos Trabalhadores dosEmpreiteiros e Subempreiteiros deObras e Locadores e Sublocadores deServiços, assinado, no contexto do Tratado de ITAIPU, entre a RepúblicaFederativa do Brasil e o Governo daRejrúhfica do Paraguai, em Assunção,a 10 de setembro de 1974.
(ÀS Comissões de Relações Exteriores,de Constituição e Justiça e de Trabalho e Legislação Bocíal.)
Excelentíssimos Senhores membro,s· doOongresso Nacional:
De conformidade com o disposto no artigo44, inciso I, da Constituição Federal, tenho
,?810 Quinta-feira 3 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seç1i'l I) Outubro de 1974
a honra de submeter à elevada consíderaçãode vossas Excelências, acompanhado deExposição de Motivos do Senhor Ministro deEstado das Relações Exteriores, o texto doProtocolo Adicional sobre Relações de Trabalho e Previdência Social Relativo aos Contratos de Trabalho dos Trabalhadores dosEmpreiteiros e Subempreiteiros de Obras eLocadores e Sublocadores de Serviços, assínado, no contexto do Tratado de ITAIPU,entre a Repúbllca Federativa do Brasil e oGoverno da Repúblíca do Paraguai, emAssunção, a 10 de setembro de 1974.
Bra.sília, em 19 de setembro de 1974.Ernesto Geisel.
EXPOWÇAO DE MOTIVOS NÚMERO , ..DAM-I/DAI/339/241 (B45) <B44) , DE 17 DE
'SETEMBRO DE 1974. DO SENHOR MINISTRO DE ESTADO DAS RELAçõESEXTERIORES.
A Sua Excelência o SenhorGeneral-de-Exército Ernesto Geisel,Presidente da República.
Senhor Presídente,De acordo com a autorização que Vossa
Excelência houve por bem concerder-rne,tive a honra de assinar com Sua Excelência
'o Senhor Raul Sapena Pastor, Ministro dasRelações Exteriores do paraguai, no dia 1.0do corrente, durante a visita oficial querealizei a Assunção, no contexto do Tratadode ITAIPU, o "Protocolo Adíeíonal sobre ReIaeões de Trabalho e Previdência SocialRêlativo aos Contratos de Trabalho dosTrabalhadores dos Empreiteiros e Subempreiteiros de obras e Locadores e Subloca-dores de Serviços".
2. QuaIldo da. celebração, em 11 de reveretro do corrente ano, do Protocolo sobreRelações de Trabalho e Previdência Socialreferente aOS empregados da ITAIPU, aprovado pelo Decreto Legislativo n.o 40, de 14de maio de 1974, e promulgado pelo Decreto n.o 74.431, de 19 de agosto de 1974, osGovernos brasileiro e paraguaio, por trocade notas, manifestaram a intenção de concluir o Protocolo ora assinado.
3. Tal como se deu com o Protocolo jáem vigor, o documento de que me ocupoprocurou estabelecer um regime justo eeqüitativo para disciplinar as relações detrabalho e previdência social dos trabalhadores contratados pelos empreiteiros e subempreíteíros de obras e locadores e sublocadores de serviços. Com esse objetivo, tendoem vista a natureza bínacíonal do empreendimento e a área territorial de sua aplicação, buscou o Protocolo a adoção de umestatuto especial no qual foram eoneíliados' os seguintes princípios de Direito Internacional;
a) Isonomia salarial independentementede nacionalidade, sexo, raça, religião e es
}ado civil;b) aplicação da lei do lugar da celebração
do contrato de trabalho; .C) aplicação de normas diretas unifor
mes;
d) aplicação de normas mais 'favoráveisda legis'laçâo de cada uma das Altas PartesContratantes, consideradas essas normasem conjunto para cada matéria.
4. O princípio do salário igual para trabalho de igual natureza, efícácia e duração,sem distinção de nacionalidade, sexo, raça,religião ou estado civil, está consagrado nosínstrumentos internacionais de maior hierarquia e pela legislação interna das AltasPartes Contratantes. Dai ter sido ele adotado pelo Artigo 2.° do Protocolo, tornandose inaplicável somente quando a diferençade salário resultar de promoção do em-
pregado em quadro de carreí.:a, acaso-exístente.
5. A adoção do princípio da lei do lugarda celebração do contrato de trabalho, previsto no Artigo 4,°, combinada com a obrigação de serem os trabalhadores brasileirosadmitidos no Brasil e os paraguaios em território do Paraguai, tem por finalidadeassegurar, . na prática, a aplíeaeão da leinacional nas questões relacíonadus com acapacidade jurídica e identificação profissional dos trabalhad-ores, formalidades eprova do contrato e instituições jurídicascujo funcionamento pressupõe a existênciade organização administrativa.
A previsão de normas diretas uniformestornou-se imperiosa pela singularidade docaso, que imprime ao Protocolo o caráter delei especial, até porque o irrestrito apel-o àsnormas mais favoráveis de ambas as legislações oneraria demasiadamente o empreendimento.
7. Na formulação dessas normas diretas(Artigo 5.0), procurou-se chegar a soluçõescapazes de conciliar as normas pertinentesda legislação de proteção do trabalho decada uma das Altas Partes Contratantes,com os aspectos sociais e econômicos quedevem ser preservados em obra desse portee natureza.
8. Desde que não se imponha, pela natureza do assunto, a apücação da lei dolugar da celebração do contrato (Artigo 4.0),nem, pelas razões que a tornaram necessárias, dada a singularidade do caso já acentuada a aplícacâo das normas diretas estabelecidas (Artigo 5.0), reger-se-á o contratode trabalho pelas normas' mais favoráveisde cada legislação (Artigo 11). Tais normasserão consideradas em conjunto e em relalação a cada matéria - única maneira deaferir-se qual o sistema mais favorável aotrabalhador.
9, Em outros dispositivos, o Protocolodetermina a adoção de medidas preventivas de higiene e segurança do trabalho (Artigo 7.°); dispõe sobre a inspeção do trabalho (Artigo 8.°); institui um cartão deidentificação para circulação na área delimitada para as obras (Artigo 10) e estabelece a responsabilidade solidária da entidade binacional ITAIPU pelas obrigaçõesresultantes dos contratos de trabalho firmados pelos empreiteiros ou subempreitei-.ros de obras e locadores ou sublocadores deserviços.
10. Também 08 direitos e' obrigações emmatéria de Previdência Social não poderiamdeixar de ser regidos pela lei do lugar dacelebração do contrato (Artigo 4.°, alíneae). Mas, ainda aqui, consigna o Protocolo(Artigo 9.0) providência de largo alcancesocial, ao prescrever que serão mantidos,nos territórios de' ambas as Altas PartesContratantes, serviços médic-os destmadosao atendimento dos trabalhadores e seusdependentes "qualquer que seja o lugar dacelebração do contrato de trabalho", eabendo às autoridades nacionais competentes,em acordo complementar, estabelecer o sistema de reembolso das despesas.
11. Tais são, Senhor Presidente, as principais caractensttcas jío ato ínternaeíonalrecentemente firmado em Assunção e quemereceu o beneplácito dos Senhores Ministros de Estado do Trabalho e de Previdência e Assistência Social. Graças ao referido instrumento, que obedece a umaorientação pragmática e flexível, foi possível conciliar os superiores interesses deambas as Nações com a concessão da melhor situação à força de trabalho a serempregada na ITAIPU, dentro de um quadro jurídico mais justo, eficiente e racionalque permitirá a consecução do grande pro-
jeto rndroelétríco bínacíonal no prazo pre-.visto,
12. É-me assím particularmente gratosubmeter à alta eonsíderacão de VOSsa Excelência cópia do "ProtocoÍo Adicional sobreRelacôes de Trabalho e Previdência SocialRelativo aos. Contratos de Trabalho dosTrabalhadores dos Empreiteiros e Subempreiteiros de Obras e Locadores e, Sublocadores de Serviços", bem como o anexo projeto de Mensagem, a fim de que o instrumento assinado em Assunção, em 10 docorrente, seja encaminhado ao CongressoNacional, caso Vossa Excelência 'com issoconcordar.
Aproveito a oportunidade para nenovar aVossa Excelência, Senhor Presidente, osprotestos do meu mais profundo respeito. Azel'edo da Silveira.
TRATADO DE ITAIPU - PROTOCOLOADICIONAL SOBRE RELAÇOES DE TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL RELATIVO AOS CONTRATOS DE TRABALHODOS TRABALHADORES DOS EMPREITEIROS E SUBEMPREITEIROB DEOBRAS E LOCADORES E SUBLOCADO-RES DE SERVIÇOS .
O Congresso da República Federativa doBrasil e o Governo da República do Paraguai,
CONBIDERANDO.
que em cumprimento ao Tratado para oaproveitamento hidroelétrico dos recursoshídricos do rio Paraná, pertencentes emcondomínio aos dois países, desde e inclusive o Salto Grande de Sete Quedas ou Saltode Guaírá até a Foz do Rio Iguaçu, foicelebrado o Protocolo sobre relações de trabalho e previdência social dos trabalhadores contratados pela entidade bínacíonalITAIPU;
que esse Protocolo caracteriza um estatuto especial, tendo em vista, não apenas anatureza bínaelonal da referida entidade,mas também a área territorial de sua aplicação;-
que grande parte da mão-de-obra, a serutilizada no aproveitamento hidroelétricoda ITAIPU, será constituída por trabalhadores dependerites de empreiteiros e subempreiteiros de obras e locadores e sublocadores de serviços;
que, na oportunidade da celebração doaludido Protocolo, as Altas Partes Contratantes concordaram, por troca de Notas,"celebrar um Protocolo Adicional destinadoa regular as relações de trabalho e previdência social dos trabalhadores contratadospor empreiteiros e subempreiteiros paratrabalhar nas áreas que sejam delimitadasde acordo com o Artigo XVII do mencio-nado Tratado"; ,
que ambos países se acham igualmenteanimados pelo propósito de estabelecer mnregime justo e equitativo para os .trabalhadores, tendo em conta as circunstâncias quecondicionam a realízaçâo das obras,
RESOLVERAM
Celebrar o presente Protocolo, convindono seguinte;
Artigo 1.°O presente Protocolo estabelece as nor
mas [urídícae aplicáveis, em matéria detrabalho e previdência social, aos trabalhadores, independentemente de sua nacionalidade, dependentes de empreiteiros e subempreiteiros de obras e de locadores esublocadores de serviços, ocupados nas áreasdelimitadas na forma do Artigo XVII doTratado de ITAIPU.
Outubro de 1974 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 3 7811
Parágrafo único. As normas do presenteProtocolo não se aplicam:
a) à guarnição de pessoal de viaturasdestinadas ao transporte de material adquirido fora dos limites das áreas mencionadasno caput deste Artigo, desde que se tratede pessoal 'contratado pelas empresas fornecedoras;
b) ao pessoal designado para prestaçãode serviços diversos de fiscalização ou deassistência técnica, em caráter ocasional,bem como 'para a írrstaíação de equipamentos adquiridos fora dos limites das áreasreferidas na alínea anterior.
Artigo 2.0
Será observado o principio do salárioigual, para trabalho de igual natureza, eficácia e duração, sem distinção de nacionalidade, sexo, raça, religião nem estadocivil. A aplicação deste principio não afetará a diferenciação salarial proveniente daexistência de quadro de carreira.
Artigo 3.°
Os trabalhadcres brasileiros deverão sercontratados no território do Brasil e os trabalhadores paraguaios no território doParaguai.
Parágrafo único. A contratação de trabalhadores de outras nacíonalídades seráfeita, indiferentemente, no território deuma ou outra Alta Parte Contratante.
Artigo 4.°
Reger-se-ão pela lei do lugar da celebração do contrato individual de trabalho:
a) a capacidade jurídica dos trabalhadores;
b) as formalidades e a prova do contrato;
c) os direitos sindicais dos trabalhadores;d) a competência dos juizes e tribunais
para conhecer das ações resultantes daaplicação do presente Protocolo e dos contratos de trabalho;
e) os direitos e obrigações dos trabalhadores e dos empreiteiros, subempreiteiros,locadores e sublocadores de serviços, emmatéria de previdência social, bem como osrelacionados. com sistemas cujo funcionamento dependa de órgãos administrativosnacionais; e
:f) a identificação profissional.Artigo 5.°
Seja 9ual for o lugar da celebração, aplicar-se-ao ao contrato individual de trabalho as seguintes normas especiais uniformes:
a) a jornada normal será de oito horas,com intervalo para descanso e alimentação,independentemente do sexo do trabalhadore em condições normais de execução dotrabalho, salvo para os ocupantes de cargosde chefia ou da imediata confiança do empregador;
b) a [ornada será de seis horas para aexecução de trabalho em condições insalubres;
e) salvo para o menor de dezoito anos,para a mulher e para o trabalhá executadoem condições insalubres, a jornada normalpoderá ser prorrogada nos trabalhos que,por sua natureza, devam ser executadospor mais de uma turma de trabalhadores,até duas horas extraordinárias, medianteacordo individual ou coletivo;
li) do acordo individual ou coletivo deveráconstar o valor da remuneração da horaextraordinária, que será de cinqüenta porcento superior ao da hora normal. O acréscimo de salário poderá ser dispensado se,nos termos do acordo, o excesso de noraa
em um dia for compensado, durante a semana, pela correspondente redução em
, outro dia, de maneira que, no total, o número de horas de trabalho não ultrapassequarenta e oito horas semanais, nem dezdiárias;
e) a jornada normal poderá, outrossim,ser prorrogada, independentemente deacordo individual ou coletivo, além das dezhoras, nos casos de força maior ou paraatender à realízacão de trabalhos inadiáveis. Em tais casos, a remuneração dashoras extras excedentes das dez horas nãoserá inferior à da hora normal;
f) o trabalho noturno, assim consíderadoo que se realiza entre as vinte e uma e ascinco horas e tnínta minutos, será remunerado com o salário-hora diurno com umaumento de trinta por cento;
g) o descanso remunerado será assegurado na semana, preferentemente aosdomingos, e nos dias feriados: primeirode janeiro; primeiro de maio; quatorze demaio; sete de setembro; sexta-feira da pai-xão; e natal; ,
h) o trabalho prestado em contato permanente com inflamáveis ou explosivos teráum adicional de trinta por cento;
i) no caso de rescisão, sem justa causa,de contrato de trabalho por tempo índeterminado, a parte que quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra de sua resoluçãocom antecedência de trinta dias. A falta doaviso prévio pelo empregador dará ao trabalhador o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantindo-lhesempre a integração desse prazo no seutempo de serviço. A falta do aviso préviopor parte do trabalhador acarretará paraeste a obrigação de pagar ao empregadorimportância equivalente à metade do salário que corresponda ao prazo do avisoprévio;
j) no caso de rescisão pelo empregador,sem justa causa, de contrato de trabalhopor tempo indeterminado, será asseguradaao trabalhador uma indenização por tempode serviço, na base de um mês da maiorremuneração, por ano de serviço efetivo oupor ano e fração igualou superior a seismeses; e
k) no caso de término de contrato de trabalho para obra certa, 'será assegurada ao
, trabalhador indenização por tempo de serviço, correspondente a setenta por cento daprevista na alínea j anterior.
Artigo 6.°
As disposições contempladas nas alínéas je k do Artigo anterior não se aplicarão nahipótese prevista na alínea e, in fine, doArtigo 4.0 do presente Protocolo.
Artigo 7.°
O acordo previsto no Artigo, 4.° do Protocolo adicional sobre relações de trabalho eprevidência social 'dos trabalhadores contratados pela ITAIPU estipulará as medidaspreventivas de higiene e segurança do trabalho, visando a eliminar ou atenuar aomáximo o efeito da Insalubridade e doperigo na execução do trabalho, inclusiveem relação aos trabalhadores a que se refere o presente Protocolo;
Artigo 8.0A inspeção do trabalho será de competên
cia da autoridade administrativa de cadaAlta Parte Contratante do lugar em que serealiza o trabalho.
Artigo 9.°
As ínstítuíções de previdência socíal de'cada uma das Altas Partes Contratantesmanterão, nos respectivos territórios, servi,Ç08 médicos destinados a atender os trabalhadoJ;,es a que se refere este Protocolo e
as pessoas que deles dependam, qualquerque seja o lugar da celebração do contratode trabalho.
Parágrafo único. As autoridades dasAltas Partes Contratantes, competentes emmatéria de previdência soeíal, celebrarãoum acordo regulamentador deste Artigo, noqual será previsto o procedimento para oreembolso das despesas dos serviços prestados pela instituição de uma Alta Parte aosegurado da instituição da outra Alta Parte,assim como a seus dependentes.
Artigo 10Para os fins de circulação no local da
execução dos trabalhos, nas áreas mencionadas no Artigo 1.0 do presente Protocolo,exigir-se-á cartão de identificação expedidopela ITAIPU. \
Parágrafo único. O cartão de identificação a que se refere este Artigo não eonstítuirá prova da existência de contrato índívidual de trabalho. .
'Artigo 11Excetuadas as disposições dos Artigos 2.0,
4.°, 5.° e 6.0 do presente Protocolo, o contrato individual de trabalho reger-se-ápelas normas que, consideradas em conjunto para cada matéria, sejam mais favoráveis ao trabalhador, incluídas as convençõesinternacionais de trabalho ratificadas porambas Altas Partes Contratantes.
Artigo 12
A rrAIPU responderá solidariamentepelas obrigações resultantes dos contratosde trabalho celebrados pelos empreiteirosou subempreiteiros de obras e locadores ousublocadores de serviços.
'Artigo 13O presente Protocolo será ratificado e os
respectivos Instrumentos serão trocados, omais breve possível, na cidade de Brasilia.
Artigo 14
O presente Protocolo entrará em vigor nadata da troca dos Instrumentos de Ratificação e terá vigência até 'que as Altas Partes Contratantes adotem, a respeito, decomum acordo, decisão que estimem conveniente.
FEITO na cidade de Assunção, aos dezdias do mês de setembro do ano de milnovecentos e setenta e quatro, em doisexemplares, em português e espanhol, ambos os textos igualmente autênticos.
Pelo ooverno da República Federativa doBrasil: Antônio F. Azeredo da Silveira.
Pelo G<Jverno da República do Paraguai:Baúl Sapena Pastor.
PROJETO DE LEIn» 2.113-A, de 1974
(Do Poder Executivo)
MENSAGEM N,o 359/74
Dispõe sobre a formação de OficiaisEngenheiros para o Corpo de OficiaiSda Aeronáutica, da Ativa, e dá outrasprovidências; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pelaconstitucionalidade e jul'idicidade; e,das Comissões de Segurança Nacional ede Finanças pela aprovação.
(PROJETO DE LEI N.o 2.113, DE 1974, AQUE SE REFEREM OS PARECERES.)
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1.0 A formação de engenheiros destinados ao Quadro de Oficiais Engenheirosdo Corpo de Oficiais da Aeronáutica(QOEng), da Ativa, será feita através doInstituto Tecnológico da Aeronáutica (fiA).
'7812 Quinta-feira 3 DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçíio I) Outubro de 1974
§ 1.0 Qua~do essa formação for insuficiente' para o preenchimento do QOEng,poderão ser incluídos no posto ínlcíal, voluntários, engenheiros formados por ínstítulções de ensino de engenharia plena, ofí- eíalmente reconhecidas.
§ 2.° A inclusão, a que se refere o parágrafo anterior, far-se-á no posto de Primeiro-Tenente e ocorrerá, somente, para os engenheiros que tenham sido aprovados eclassificados em:
a) concurso de seleção; eb) estágio de adaptação.Art. 2.° As espeelalídades de engenharia,
para o. posto inicial do QOEng, serão fixadas anualmente por Ato do Ministro daAeronáutica. -
Art. 3.° As vagas, nas diversas especialidades de engenharia, destinadas ao reeom
.pletamento do QOEng, no posto inicial, serão fixadas, anualmente, por Ato do Ministro da Aeronáutica.
Art. 4.0 Serão Jnclufdos no QOEng osalunos civis matriculados no ITA a partir.<la vigência desta Lei e que:
1 - ao completarem o Curso do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva da Aeronáutica de São José dos Campos(CPORAer SJ), ao término do 2.0 Ano Fundamental, tenham requerido sua futura inclusão no QOEng;
2 - tenham sido selecionados ao concluírem com aproveitamento o oursô Fundamental do ITA;
8 - tenham sido convocados como Aspirantes-a-Oficial-Infantaria de Guarda, estagiários de engenharia. ao serem matriculados no 1.0 ano do Curso Profissional doITA; e
4 - tenham concluído com aproveítamento, um dos cursos de engenharia do ITA.
§ 1.° - A seleção dos alunos que concluirem com aproveitamento o Curso Fundamental do ITA, obedecerá às disposições deingresso nas Forças Armadas, previstas noEstatuto dos Militares, tendo preferênciana seleção, dentre os voluntários, o alunoque registrar melhor aproveitamento escolar no Curso Fundamental do ITA.
I 2.0 A precedência hierárquica entre osAspirantes-a-Oficial-Infantaria de Guarda,estagiários de engenharia, será estabelecidade acordo com a ordem decrescente doaproveítamento escolar no OPORAer SJ, '
§ 3.° A inclusão no QOEng far-se-á noposto de Primeiro-Tenente, a contar da data da conclusão do curso de engenharia dolTA observada a precedência hierárquica' deacordo com a ordem decrescente de aproveitamento escolar em todo o curso do ITA.
Art. 5.0 As instruções para o concurso deseleção e para o estágio de adaptação, referidos no § 2.° do artigo 1.°, serão estabelecidas na regulamentação desta Lei.
Art. 6.° A matrícula de Oficiais da 'Aeronáutica no Instituto Tecnológico daAeronáutica, a partir da vigência desta Lei,ficará restrita aos Oficiais do Quadro deOficiais Aviadores, da Ativa, incapacitadosdefinitivamente para as atividades aéreas.
Parágrafo único. Os Oficiais de que trata' este artigo, ao concluírem com aprovei-otamento o Ourso de Engenharia do ITA,permanecerão no seu Quadro de origem e!la categoria de extranumerário em que seencontravam.
Art. 7.° O Oficial do Corpo de Oficiais da:Aeronáutica, da Ativa, cursando o ITA ouo lME na data da publicação desta Lei, poàeJ:á ser transferido para o QOEng, obede-
cíd a a precedência hierárquica prevista noEstatuto dos Militares, mediante requerimento feito dentro do período de 45 (quarenta e cíneo) dias a contar da data dadiplomação,
Art. 8.° O aluno civil, cursando o-ITA nadata da publicação desta Lei, também poderá ser incluído no QOEng, satisfeitas noque couber, as exigências do artigo 4.°,mediante requerimento e na forma que forestabelecida na regulamentação desta Lei.
Parágrafo única. Os alunos previstosneste artigo, já matriculados num doscursos profissionais do ITA, quando da vigência desta Lei, poderão ser convocadoscomo Aspirantes-a-Oficial-Infantaria deGuarda, estagiários de engenharia, na forma estabelecida na regulamentação destaLei.
Art. 9.° Os engenheiros formados peloITA, não incluídos no QOEng na forma doartigo 4.0, poderão ser convocados para oServiço Ativo, por Ato do Ministro da Aeronáutica, como Aspirante-a-Oficial-Engenheiro da Reserva da - Aeronáutica, porperíodo de 2 (dois) anos, logo após a diplomação por conclusão do curso.
§ 1.0 Os Aspirantes-a-Oficial-Engenheiro de que trata este artigo serão promovidosao posto de Segundo-Tenente do Quadro dêOficiais Engenheiros, da Reserva, após decorridos 6 (seis) meses da data de incorporação, satisfeitas as condições fixadas noRegulamento para a Reserva da Aeronáutica.
§ 2.0 Os Segundos-Tenentes a que serefere o parágrafo anterior farão jus à promoção ao posto de Primeiro-Tenente, acontar da data de licenciamento, satisfeitasas condições. fixadas no Regulamento paraa Reserva da Aeronáutica.
S 3." Aos militares de que trata esteartigo aplícar-se-âo as disposições da Leide Remuneração dos Militares e do Estatuto dos Militares, que couberem.
Art. 10. O Oficial Engenheiro da Reservada Aeronáutica, de que trata o artigo anterior, poderá requerer matrícula no estágiode adaptação referido no artigo primeiro,independente de concurso de seleção, sendolhe assegurada preferência sobre os demaiscandidatos de mesma especialidade de engenharía.
Art. 11. Não será concedida transferência para a Reserva Remunerada ou demissão da Aeronáutica, a pedido; sem queindenize previamente o Ministério da Aeronáutica pelas despesas decorrentes doCurso de Engenharia, ao Oficial do Corpode Oficiais da Aeronáutica, da Ativa, que
. o requerer:1 - durante o curso do ITA; e2 - antes de decorridos 5 (cinco) anos
de interrupção em qualquer um dos trêsanos do Curso Profissional ou da conclusãodo curso do ITA.
Parágrafn, único. O disposto neste artigo .aplicar-se-á, também, ao Oficial doCorpo de Oficiais da Aeronáutica, da Ativa,matriculado ou que venha a matricular-seno ·IME.
Art. 12. Deverá indenizar o Ministérioda Aeronáutica pelas despesas decorrentesdo curso do ITA:
1 - o aluno que pedir desligamento emqualquer um dos anos .do CUrso Profissio-nal;
2 - o engenheiro .formado pelo ITA, convocado nos termos do artigo 9.°, que pedir
-Iícsncíamento do serviço ativo, antes dedecorridos 2 (dois) 'anos de sua convocação.
Art. 13. Q Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 45 (quarenta ecinco) dias, a contar da data de sua publicação.
1\rt, 14. Esta Lei entrará em vigor naclJ'l.t<l de sua publicação, ficando revogados aLe! n.« 5_728, de 5 de novembro de - 1971,e sua regulamentação; o parágrafo únicodo artigo 7.° do Decreto-lei n.O 313, de 7 demarço de 1967, e demais disposições emcontrário.
Brasília, em de de 1974.
LEGISLAÇÃO CITADA
LEI N.O 5.723DE 5 DE NOVEMBRO DE 1971Dispõe sobre a formação de Enge
nheiros Militares para o Quadro deOficiais Engenheiros do Corpo de Oficiais da Aeronáutica da Ativa, e dáoutras providências.
O President_e da RepúblicaFaço saber que o Congresso Nacional
decreta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1.0 A formação de Engenheiros Mi
litares destinados ao Quadro de OficiaisEngenheiros do Corpo de Oficiais da Aeronáutica da Ativa será feita através do lnstitúto Tecnológico de Aeronáutica, doInstituto Militar de Engenharia e do Voluntariado, mediante concurso de seleção entreEngenheiros diplomados por Institutos, Faculdades ou Escolas, oficialmente reconhecidas pelo Governo Federal.
Art. 2.° Os Oficiais da Aeronáutíca matriculados no Instituto Tecnológico de Aeronáutica ou no Instituto Militar de Engenha_ria, a partir da vigência desta lei, que venham a concluir os cursos de Engenheiros,serão transferidos para o Quadro de Oficiais Engenheiros da Aeronáutica da Ativa,após serem diplomados.
Art. 3.0 Os Oficiais da Aeronáutica, matriculados no Instituto Tecnológico de Aeronáutica, que venham a concluir o respectivocurso em 1971, poderão ser transferidos parao Quadro de Onciais Engenheiros, na formado disposto no art. 17 do Decreto-lei n.?313, de 7 de março de 1967, desde que requeiram essa transferência dentro do prazo de45 (quarenta e cinco) dias, a contar da datade diplomação.
Art. 4.0 É facultado aos Oficiais daAeronáutica, atualmente matriculados noInstituto Tecnológico de Aeronáutica, comdiplomação até 1975, e no Instituto Militarde Engenharia, com diplomação até 1973,optarem pela sua transferência para o Quadro de Oficiais Engenheiros, após a conclusão do respectivo curso, desde que requeiram dentro de 45 (quarenta e cinco) dias, acontar da data de diplomação.
Art. 5.° Os Oficiais da Aeronáutica, queconcluíram o curso do Instituto Militar deEngenharia em 1970, poderão requerertransferência para o Quadro de OficiaúlEngenheiros, dentro do prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, a contar da vigência doregulamento desta Lei.
Art. 6.° Os Oficiais transferidos para oQuadro de Oficiais Engenheiros, de aeprdocom os artigos 2.0 , 3.0, 4.0 e 5.0 desta Lei,serão incluídos no referido Quadro, obedecendo a precedência hierárquica prescritano Estatuto dos Militares,
Art.7.0 O Oficial que optar pela transferência para o Quadro de Oficiais Engenheiros só poderá sei:' transferido para a reservaremunerada, a pedido, após decorridos 3(três) anos de sua inclusão no referidoQuadro.
Parágrafo único. A demissão, a ped,ido,dos oficiais Incluídos no Quadro de Oficim
Outubro de 1974 DIARIO DO CONGRESSÕ' NACIONAL (Seção I) Qu!nta-feira 3 7813
Engenheiros, antes de terem completado 3(três)/anos da inclusão no Quadro. so seráconcedida mediante indenização de todasas despesas correspondentes ao referidocurso, na forma estabelecida pelo Estatutodos Militares. .
Art. 8.° AoS condições para inscrição doscandidatos ao concurso de seleção de quetrata o artigo 1.0 bem como para o estágíodos candidatos selecionados, serão fixadasna forma que estabelecer .o regulamentodesta Lei.
Art. 9.° O Poder Executivo regulamentará a presente Lei no prazo de 30 (trinta)dias, a contar da data de sua publicação.
Art. 10. Esta Lei entrará em vigor nadata de sua publicação, revogadas as disposíções em contrário.
Brasília, 5 de novembro de 1971; 150.° daIridependêneía e 83.° da República. - EMíLIO G. MÉDICI - Márcio de Souza c Mello.
bECRETO-LEI N.o 313DE 7 DE MARÇO DE 1967
Cria, no Corpo de Oficiais da Aeronáutica da Ativa, o Quadro de OficiaisEngenheiros e sua respectiva reserva.
CAPÍTULO IVDa Constituição e do Acesso no Q.O.Eng.
Art. 7.0 O Quadro de Oficiais Engenhei-ros terá a seguinte constituição inicial:
Major-Brigadeiro •.......•. 1Brigadeiro 2Coronel ........•......••.. 16Tenente-Coronel ... . . . . . . . 32Major .•••.....•.. 50Capitão 1001.0 Tenente .....•....... variável
Parágrafo único. As especialidades deengenharia no Quadro de Oficiais Engenheíros serão tíxadas por decreto. de formali atender às necessidades de engenharia doMinistério da Aeronáutica, dentro de 10(dez) dias, a partir da publicação desteDecreto-lei..... ~ " ..
MENSAGEM N.o 359, DE 1974DO PODER EXECUTIVO
sennores Membros do Oongresso Nacional
Na forma do artigo 51, caput, da Constituição, tenho a honra de submeter à deliberação de Vossas Excelências, acompanhado da Exposição de Motivos do Ministrode Estado da Aeronáutica, o anexo projetode lei que dispõe sobre a formação de Oficiais Engenheiros para o Corpo de Oficiaisda Aeronáutica da Ativa, e dá -outras providências.
Brasflía, DF, 30 de julho de 1974. Ernesto Geisel.
EXPOSIÇAO DE MOTIVOS N.o 54/GM3, DE17 DE JUNHO DE.1974, DO MINISTÉRIO
DA AERONÁUTICA
Excelentíssimo Senhor Presidente da República.'
Tenho a honra de submeter à alta consideração de Vossa Excelência, anteprojetode lei que dispõe sobre a formação de Oficiais Engenheiros para o Corpo de Oficiaisda Aeronáutica, da Ativa e da Reserva, e dáoutras providências.
2. Justificando a presente proposta, esteMinistério, com a devida vênia, passa a expor a Vossa Excelência as seguintes considerações:.- que, em parte o !TA já desempenhou
seus objetivos iniciais de reformular as baees do ensino universitário nacíoaar nos
campos da Engenharia e de preparar a mãode-obra de nível superior necessária à implantação, em termos difinitivos, da Indústria Aeronáutica Nacional;
- a grande deficiência de pessoal na Aeronáutica e, em particular, no que se referea profissionais diplomados em Engenharia;
- que o processo de. desenvolvimento sócio-econômico do País, principalmente riocampo tecnológico, tende a aumentar as necessidades em mão-de-obra altamente qualificada, tornando a procura de tais profissionais cada vez mais competitiva:
- que o Quadro de Oficiais Engenheirosdo Corpo de Oficiais da Aeronáutica, daAtiva (QOEng), embora criado há seis anos,ainda não foi preenchido, a despeito detodas as providências que vêm sendo tomadas pelos órgãos competentes do Ministérioda Aeronáutica;
- que o Concurso de Seleção realizado noano de 1973, para o ingresso no estágio deAdaptação e posterior. inclusão no QOEng,evidenciou o baixo nível profissional dos candidatos ínscrítos, comprovado pelo aproveitamento de apenas 10% (dez por cento)dos concorrentes, não preenchendo, conseqüentemente, as vagas fixadas;
- que, como conseqüência natural, nãosó do desenvolvimento do País como também do aprimoramento tecnológico da FAB,as necessidades relativas à mão-de-obraem Engenharia, no Ministério da Aeronáutica,aumentarão inexoravelmente;
-' o elevado padrão profissional do engenheiro formado pelo ITA, traduzido demaneira insofismável pela grande procurae oferta de salários elevados, impossibilitando, na maioria das vezes, sua contratação pelo próprio Ministério da Aeronáutica;
- que há necessidade de o Ministério daAeronáutica formar os seus próprios engenheiros, pelo menos nas especialidadesmais diretamente relacionadas com suasatividades, face à intensificação da procurade engenheiros no mercado de trabalho;
- as dificuldades de obtenção de dotaçõesorçamentárias que satisfaçam as necessidades financeiras do Ministério da Aeronáutica, conseqüência direta do próprioprocesso de desenvolvimento do Pais, ocusto do engenheiro deve ser o mínímo possível e sua retribuição adequada aos investimentos realizados na sua qualificaçãoprofissional;
- que, por forca do Decreto n.o 65.450,de 17 de outubro de 1969, o ITA é o estabelecimento de ensino superior incumbido deassegurar a consecução dos objetivos daPolitica Aeroespacial Nacional, competín-
. do-lhe, entre outras atribuições:"ministrar o ensino e a educação necessários à formação de profissionaisde nível superior, nos setores de Ciência e Teconologia, nas especialidadesde interesse do Ministério da Aeronáutica";
- que.. pela legislação atual, nenhumaretríbuícão é devida ao Ministério da Aeronáutíca, por parte dos Engenheiros formados pelo ITA.
O Ministério da Aeronáutica julga oportuna a alteração do regime atual, visando,com isso, determinar uma melhor forma deretribuição por parte dos engenheiros formados pelo mencionado Instituto, associadaa um menor custo de formação dos mesmos.
3. Finalmente, Senhor Presidente, adotada a solução ora proposta,. estaria o ITAformando o pessoal militar e civil de que oMinístél'io da Aeronáutica necessita, à Slil-
melhanea das demais Escolas de formaçãode pessoal da Aeronáutica.
Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência os protestos do meu maisprofundo respeito, -. Joelmir Campos deAraripe Macedo, Ministro da Aeronáutica.
PARECER DA COMISSÃODE CONSTITUIÇãO E JUSTIÇA
I - RelatólioCumprindo dispositivo constitucional e
fundamentado ém Exposição de Motivos doBr. Ministro de Estado da Aeronáutica. enviou o Poder Executivo à apreciação doCongresso Nacional Projeto de Lei que objetiva: "Dispõe sobre a formação de OficiaisEngenheiros para o Corpo de Oficiais daAeronáutica, da Ativa".
A E.M. n.o 54, de 17 de junho de 1974,após os eonsíderanda, conclui julgando"oportuna a alteração do regime atual, visando, com isso, determinar uma melhorforma de retribuição por parte dos engenheiros formados pelo mencionado Instituto, associada a um menor custo de formaçãodos mesmos."
In fine, a supracitada E.M. esclarece que"adotada a solução na proposta, estaria oITA formando o pessoal militar e civil deque o Ministério da Aeronáutica necessita,à semelhança das demais Escolas de formação de pessoal da Aeronáutica."
São .José dos Campos (SP) - à margemda Via Dutra - é hoje a capital aeroespacial do Pais. O complexo aeronáutico quelá se localiza é formado por um conjuntoque se assemelha a três enormes anéis concêntricos: no centro, a escola (ITA); aoredor, a pesquisa (Instituto de Pesquisa eDesenvolvimento e Instituto de AtividadesAeroespaciais); e, formando o anel maior,a indústria representada pelas aciarias, forjarias, lamtnados, metalúrgicas, eletrônicas,indústrias plásticas. telecomunicações, produção de aviões e foguetes espaciais,
Presentemente, cuida-se de elevar o níveltécnico-profissional do pessoal do Ministério da Aeronáutica, visando a melhoraproveitar as recentes ou futuras aquisiçõesde equipamentos sofisticados.
E a presente Mensagem Presidencial cuidajustamente de atualizar a formação de engenheiros destinados ao Quadro de OficiaisEngenheiros do Corpo de Oficiais da Aeronáutíea (Q O Eng) , da Ativa.
II - Voto do Relator
Não emergem do texto da iniciativa doPoder Executivo óbices de natureza jurídtcaou constitucional. motivo pelo qual opinopela conveniência da aprovação da Mensagem Presidencial, ora sub exame, submetido o mérito às doutas Comissões de Segu-
, rança Nacional, e de Finanças.lil o voto.Sala da Comissão, em 5 de setembro de
1974. - Luiz Braz, Relator,
III - Parecer da ComissãoA Comissão de Constituição e Justiça, em
reunião da turma "A", realizada em 5-9-74,opinou, unanimemente, pela constitucionalidade e [urldicídade do Projeto n.? 2.1131'14,nos termos do parecer do Relator.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: ítalo Fittipaldi, Presidente em exercício, art. 76 do R.I.; Luiz Braz, Relator;Altair Chagas, Luis Losso, José BonifácioNeto, Arlindo· Kunzler. João Línhares, Hamilton Xavier, Severo Eulãlio, Antônio Marize Djalma Marinho. . .
Sala da Comissão, em 5 de setembro de1971. .- ítalo Fittipaldi, Presidente emexercício (art. 76 do R. I.) - Luiz Braz,Relator. .
'1814 Quinta-feira li DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I) Outubro de 1974
PAE.ECER DA COMI88AODE SEGURANÇA NACIONAL
I - RelatórioO presente Projeto de Lei, que dispõe
sobre a formação de Oficiam Engenheirospara o Corpo de Oficiais da Aeronáutica, daAtiva, altera as disposições da Lei n. o 5.723,de 5 de novembro. de 1971. Pelas nova.'! disposições propostas no presente Projeto de
- Lei, a formação de Engenheiros do Corpode Oficiais da Aeronáutica (QOEng), daAtiva, será feita, em principio, através doInstituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA).Pela 'Lei n. o 5.723, essa formação podia serfeita no ITA, no IME (Instituto Militar deEngenharia, do Exérciw) e Institutos, Faculdades e Escolas oficialmente reeonhecídas pelo Governo Fed~ral. O principal recrutamento para o QOEng é feito atualmente dentre os Oficiais da. Aeronáutica,enquanto, ,pelas novas disposições, esserecrutamento será jeito normalmente dentre civis matriculados no ITA, pois ficarárestrita aos Oficiais do Quadro de OficiaisAviadores, da Ativa, a matrícula no ITA .semente aos Ineapaeítadcs definitivamentepara as atividades aéreas.
VerificR-se também que aos Engenheirosformsdos pelo !TA, não incluídos no QOEng,aplíear-se-á a. faculdade. de convocaçãopara o Serviço Ativo, por período de 2 (dois)anos, logo .após a diplomação por conclusãodo curso, obrigação essa que não era estabelecida na Lei n.o 5.723, doe 5 de novembrode 1971.
Pretende o Projeto de Lei n.o 2.113174,assim atender com o ITA, prioritariamente,as próprias deficiências de pessoal especialt~do na Aeronáutica, sem deixar de continuar contribuindo para o mundo civil,príneínalmente no campo tecnológico queestá sendo exigido cada vez mais no processo -de desenvolvimento sócio-econômicodo Pais.
Ocorre considerar ainda que muitas dasespeoíalídades, então,só formadas pelo ITAe o lME, hoje, já o estão sendo por váriasUníversídades de_Escolas do Pais, que também dispõem de cursos de pós-graduação
.para o atendimento das necessidades civis,podendo, então, o Ministério da Aeronáutica, sem maiores prejuízos a essas atividades civis, destinar o ITAà formação de.EngenheiroB mais qualítteados às suas própríás neeessídades, como à consecução dosobjetivos da política aeroespacial do País.
U - Vôto do RelatorO Projeto de Lei n.o 2.113174 busca aten
der aos superiores interesses da BegurançaNacional. •
Opino, pois, pela conveniência da aprol'açãoda Mensagem presidencial submetida1110 mérito desta Comissão.
:J!: o voto.Sala da Comissão, em 19 de setembro de
1974. - Alípio Carvalho, Relator.
UI - Parecer da Comissão
A Comissão de Segurança Nacional, emIl'eunião extraordinária realizada aos dezenove dias do mês de setembro do ano de milnovecentos e setenta e quatro, presentes osSenhores Deputados Parente Frota, Presidente; :ttalo Conti, Vice-presidente; AlípioCarvalho, Sinval Boaventura, Ruy Lino, NeyFerreira, Januário Feitosa, Milton Brandão,Sylvio Vl3:nturolli, Hanequim Dantas e Manoel Rodrigues, apreciando o Projeto de Leinúmero 2.118/74, (Mensagem número859/74), que "dispõe sobre a formação deOficiflis Engenheiros para o Corpo de OfiCiais da Aeronáuttea, da Ativa, e dá outrasprovidências", opinou, unanimemente, pela.lUa APROVaçAO, nos termos do :parecer
FAVORáVEL do Relator, Deputado AlípioCarvalho.
Sala da Comissão, em 19 de setembro de1974. - Parente Frota, Presidente - AlípioCarvalho, Relator. .
PARECER DA COMISSAODE FINANÇAS
I - RelatórioCom a Mensagem n,v 359174, o Ex.mo Sr.
Presidente da República, de conformidadecom o previsto no art. 51 da COnstituição,acompanhado de Exposição de Motivos doMinistro da Aeronáutica submeteu à deliberação do Congresso Nacional o presenteprojeto de lei, que dispõe a respeito da formação de Oficiais Engenheiros para o Corpo de Oficiais da Aeronáutica da Ativa, edetermina outras providências.
A formação de engenhetros destinados aoQuadro de Oficiais do Corpo de Oficiais daAeronáutica - QOEngP, _da Ativa, continuará a ser feita pelo ITA .- Instituto Tecnológico da Aeronáutica. Mas quando essaformação não for suficiente para o preeehímento do QOEng.o, poderão ser incluídos, noposto inicial, voluntários, engenheiros habilitados por estabelecimentos de ensíno deengenharia plena, oficialmente reconhecidos. Referida ínclusâo, no entanto, que seráfeita no posto de Primeiro Tenente, somente será deferida a engenheiros que hajamsido classificados mediante concurso de seleção e estágíoa de adaptação. 1ll o que estabelece o art. 1.0 da iniciativa em exame.
Depois de outras disposições alusivas àmaneira de proceder pertinente à mencionada seleção de candidatos, institui o art.6 o'
"A matrícula de Oficiais da Aeronáuticano ITA, a partir da vigência desta lei,ficará restrita aos Oficiais do Quadrode Oficiais Aviadores, da Ativa, incapacitados definitivamente para as atividades aéreas."
Os engenheiros formados pela ITA, nãoIncluídos no QOEng. o, poderão ser convocados para o Serviço Ativo, por ato do Ministro da Aeronáutica, como. Aspirante-aOficial-Engenheiro da Reserva da Aeronáutica, pelo período de dois anos, após a diplomação, em razão de conclusão do curso.
Preceitua ainda ·a propositura do PoderExecutivo que não será concedida transferência para a Reserva Remunerada, nempermitido desligamento da Aeronáuttcu, aoOficial do Corpo de Oficiais da Aeronáutica,da Ativa, durante o curso do !TA, antes dedecorrido cinco anos de interrupção emqualquer um dos três anos do Curso Profissional, ou da conclusão do Curso, a menosque o ínteressado indenize previamente oMinistério da Aeronáutica pelas despesasdecorrentes do Curso.
o último artigo do projeto propõe a revogação da Lei n.o 5.728, de {) de novembrode 1971; que dispõe sobre a formação de Engenhetros Militares para o Quadro de Oficiais Engenheiros do Corpo de Oficiais daAeronáutica da Ativa, e do parágrafo únicodo art. 7.0, do Decreto-lei n.O 313, de 7demarço de 1967, que criou no COrpo de Oficiais da Aeronáutica da Ativa, o Quadro deOficiais Engenheiros e sua respectiva reserva. Esse parágrafo ordenou, de expresso:
"Às especialidades de engenharia noQuadro de Oficiais Engenheiros serãofixadas por decreto, de forma a atenderàs necessidades de engenharia do Ministério da Aeronáutica, dentro de dezdias, a partir de, publicação deste Decreto-lei."
Registre. o Ministro JoeImir Campos deAraripe Macedo, na Exposição de Motivos,
que presentemente existe "grandé deficiên-·cía de pessoal na Aeronáutica e, em particular, no que se refere a profissionais diplomados em Engenharia". Que o Quadro deOficiais Engenheiros do Corpo de OfiCiais daAeronáutíca, da Ativa, embora instituído háseis anos, ainda não foi preenchido, a despeito de todas as providências que vêm sendo tomadas pelos órgãos competentes doMinistério .da Aeronáutica. Que, transubstaneíado em lei o projeto em estuda, passa-orá o ITA a formar o pessoal militar e civilde que o Ministério tanto precisa, à semelhança das demais Escolas de formação depessoal da Aeronáutica.
Foi a proposição distribuída às Comissõesde Constituição e Justiça, de Seguranca Nacional e de Finanças, nesta cabendo-nos suaapreciação.
A Comissão de Constituição e Justiça opinou, unanimemente pela constitucionalidade e [urtdíeídade do projeto, acolhendo parecer do Relator, o nobre Deputado LUÍI!lBraz, da Arena rlumtnenee.
A Comissão de Segurança Nacional,. também por unanimidade, aprovou o projeto,nos termos do pronunciamento do Relator,a digno arenísta paranaense, Deputado Alí-
. pio de Carvalho,:J!: o relatório
U - Voto do Relato~
A falta· de interesse de pessoal, para a integração dos Quadros da Aeronáutica, apontada pelo :Ministro Araripe Macedo, igualmente se vem observando respeítantemente
.à Marinha, segundo notícia recente veiculada pela imprensa.
Além disso, como acentuou o Ministro daAeronáutica, "o elevado padrão profísstonaâdo engenheiro formado pelo ITA, traduzido
. de maneira insofismável pela grande pro~
cura e oferta de salários elevados, ímpossíbillta, na maioria das vezes, sua contratação pelo Ministério d~ Aeronáutica."
Concludentemente, cooperando na elevação do presente projeto em lei, estaremosconcorrendo para a complementação dosQuadros da Aeronáutica, e habilitando-a amais adequadamente cumprir suas finalidades institucionais.
Sob o ângulo que nos compete apreciar aproposição governamental, consoante prescrito no § 7.0 do art. 28, do do RegimentoInterno, não encontramos nele nenhum dís-.posítívo contrário à recomendação de seuacolhimento.
Em tais condições, entendemos que os integrantes deste órgão téeníco- devem votarpela aprovação do Projeto n.o 2.113/74,nostermos em que formulado.
Sala da COmissão, de de 1974.- Athiê Jorge Coury, Relator.
lU - Parecer da Comissão
A Comissão de Finanças, em sua reuniãoordinária, realizada em 2 de outubro de1974, aprovou, por unanimidade, o Projeton.o 2.113174, do Poder Executivo, nos termosdo parecer do Relator, Deputado Athiê oou-ry; .
COmpareceram os Senhores Arthur ,santos, Presidente, Ildélio Martins e Ahiê Coury,Vice-Presidentes, Adhemar de Barros Filho,Homero Santos, Ivo Braga, Jorge Vargas,Tourinho Dantas, Florim Coutinho, CarlosAlberto de Oliveira, Fernando Magalhães,Hermes Macedo, João Castelo, Leopoldo Peres, Ozanan Coelho, Joel Ferreira e J.oséFreire. .
Bala da Comissão, em 2 de outubro de1974. - Arthul" Santos, Presidente - AthiêCoury, Relator.
Outubro de 1974 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 3 7815
PROJETO DE LEIN.o 2.140-A, de 1974
(Do Poder Executivo)
MENSAGEM N.o 378/74
Prorroga, por período indeterminado,o prazo fixado no artigo 51 da Lei n,v4.117, de 27 de agosto de 1962, que institui o Código Brasileiro de Telecomunicações; tendo pareceres: da Comissãode Constituição e .Justiça, pela ennatibcionalidade e, contra os votos. dos Srs.José Bonifácio Netó, Hamilton Xaviere Severo Eulálio, pela [urídícídade: e,'das Comissões de Comunicações e de
_ Finanças, pela aprovação.
(PROJETO DE LEI N.o 2.140, DE 1974, AQUE SE REFEREM OS PARECERES.)
O Congresso Naci0.nal decreta:Art. 1.0 O prazo fixado no art. 51 da
Lei n.v 4.117, de 27 de agosto de 1962" paraarrecadação dos recursos que constituem oFundo Nacional de Telecomunicações, a quese refere o art. 10 da Lei n.? 5.792, de 11 dejulho de 1972, fica prorrogado por períodoindeterminado.
Art. 2.0 Esta lei entra em vigor na datade sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário. '
Brasílía, em de de 1974.
LEGISLAÇJiO CITADA
LEI N.O 4.117,DE 27 DE AGOSTO DE 1962
Institui o Código Brasileiro de Telecomunicações........................ . . . . .. . . . . . . . . .. . .
CAPíTULO VIDo Fundo Nacional de Telecomunicações
Art. 51. I!: criado o Fundo Nacional deTelecomunicações constituído dos recursosabaixo relacionados, os quais serão arrecadados pelo prazo de 10 (dez) anos ... \Vetado) . .. para serem aplicados na formaprescrita no Plano Nacional de Telecomunicações, elaborado pelo Conselho Nacional deTelecomunicações e aprovado por decretodo Presidente da República:
a) produto de arrecadação de sobretartf'as, criadas pelo Conselho Nacional de 'Telecomunicações sobre qualquer serviço detelecomunicação, ... (Vetado) ... inclusive tráfego mútuo, taxas terminais e taxas'de radiodifusão e radioamadorismo, nãopodendo, porém, a sobretarifa ir além de30% (trinta por cento) da tarifa;
b) juros dos depósitos bancários de recursos do próprio Fundo e produto de operações de crédito por ele garantidas;
c) rendas eventuais, inclusive donativos........... , .
LEI N.o 5.792DE 11 DE JULHO DE 1972
Institui política deexploraçâü de serviços de telecomunicações, autoriza oPoder Executivo a constituir a empresaTelecomunicações Brasileiras S.A. TELEBRÁS, e dá outras providências.
Art. 10. O Fundo Nacional de Telecomunicações, de que trata o art. 51 da Lein.° 4.117,' de 27 de agosto de 1962, será colocado, pelo Ministro das Comunicações, àdisposição da TELE.BRAS, que aplicará seusrecursos de acordo com programa por elepreviamente aprovado.
§ 1.0 O programa de aplicações a que serefere este artigo poderá incluir tambémoperações de financiamen'kJ ou empréstimo.
§ 2.° O Ministro das Comunicações adotará as providências necessárias à execuçãodo disposto neste artigo.
MENSAGEM N.O 378, DE 1974DO PODER EXECUTIVO
Excelentissimos 'Senhores Membros doCongresso Nacional:
Nos termos do art. 51 da Constituição,tenho a honra de submeter à elevada deliberação de Vossas Excelências, acompanhado de exposição de motivos dos SenhoresMinistros de Estado das Comunicações eChefe '. da Secretaria de Planejamento, oanexo projeto de lei que "prorroga. por período indeterminado, o prazo fixado no art.51. da Lei n.? 4.117, de 27 de agosto de 1962,que institui o Código Brasileiro de Telecomunicações" .
Brasília, em Ú de agosto de 1974. - Ernesto Geisel.
EXPOSIÇAO DE MOTIVOS N.o 146-B, DE11 DE JULHO DE 1974, DOS SENHORES
·MINISTROS DE ESTADO DAS COMUNICAÇÕES E CHEFE DA SECRETARIA DEPLANEJAMENTO.
Excelentíssimo Senhor Presidente da República.
Temos a honra de submeter à elevadaconsideração de Vossa Excelência o anexoanteprojeto de lei. que prorroga, por prazoindeterminado, o período de arrecadação doFundo Nacional de Telecomunicações FNT - criado pela Lei n.? 4.117, de ,27 deagosto de 1962, regulamentado pelo Decreto n.o 53.353, de 26, de dezembro de 1963, ealterado pera Lei n.> 5.792, de 11 de julhode 1972.
2. O referido Fundo é constituído essencialmente pelo produto da arrecadação desobretarífas sobre serviços de telecomunicações, e foi colocado à dtspostção da EMBRATEL, para ser aplicado na forma prescrita pelo Conselho Nacional de Telecomunicações - CONTEL, à época órgão diretamente subordinado à Presidência da Repú-blica. '
3. A arrecadação do Fundo foi limitada,pela Lei n.? 4.117, ao prazo'de 10 anos, cujacontagem iniciou-se a 1.0 de março de 1967para os serviços telefônicos interurbanos,telegráficos e de telex, e a 1.0 de julho de1967 para os serviços telefônicos locais (Decisões n. Os 29/67, de 27 de' fevereiro de 1967,e 51/67, de 20 de abril de 1967, do CONTELl.
4. Como é do conhecimento de VossaExcelência, os recursos fornecidos peloFNT se constítuíram no mais importantefator do extraordinário surto de desenvol.vímento experimentado pelos serviços detelecomunicações a cargo da EMBRATEL,e que revolucionou o setor J.?-os últimos anos.
São exemplos marcantes as implantaçõesdo Sistema Básico de Telecomunicações, interligando todas as Capitais de Estados e
. Territórios à Capital Federal, de um Si..~te
ma Nacional de Discagem Direta à Oistânela e de uma rede nacional de televisão.
5. A área' de aplicação d08 recursos doFNT foi ampliada, a partir de sua transferência para a TELEBRAS, estendendo aossistemas estaduais, de forma revolucionária, o progresso experimentado .no planonacional. '
6. Desta forma, constituiu-se o FNT emfonte vital de recursos para o setor de telecomunícações, com grandes vantagenspara os próprios usuários dos serviços, que,em muitos casos, passaram a pagar tarifasinferiores, mesmo computadas as sobretarifas, resultantes da grande melhoria na
eficiência dos servicos oferecidos com oconseqüente aumento de sua utilí~ação.
7. Pelos motivos' mencionados, e considerando ainda a integração do FNT aoFundo Nacional de Desenvolvimento FND - recentemente criado, julgamosoportuno apresentar a Vossa Excelência opresente anteprojeto de lei que prevê aoprorrogação, por prazo indefinido, da arrecadação do FNT, que, de outra forma. seextinguiria em 1977, privando o Governode importante fonte de recursos para a suapolítica de desenvolvimento econômico esocial do País.
Na oportunidade, renovamos a Vossa Excelência as expressões do nosso profundorespeito. - Euclides Quandt de Oliveira, Ministro das Comunicações;' João Paulodos Reis Velloso, Ministro-Chefe da Secretaria de Planejamento.
PARECER DA COMISSÃODE CONSTITUIÇAO E JUSTIÇA
I e II - Relatório e Voto do 'RelatorO Projeto n,v 2.140/74, oriundo de Men
sagem n.> 378/74; do Poder Executivo, 'éconstitucional, jurídico e apresenta boa técnica legislativa, aspectos regimentais queesta Oomissão . de Constituicão e Justicadeve perquerír. " "
Embora o prazo de 10 anos para arrecadação dos recursos constitutivos do FundoNacional de Telecomunicações, previsto noart. 51 da Lei n,o 4.117, de 27-8-62 e noart. 10 da Lei n.? 5.792, de 11-7-72, aparentemente esteja esgotado, na verdade não oestá, pois a -coritagem dessa arrecadaçãoefetivamente iniciou-se em 1967, conformebem especifica a [ustlcatíva,
Aliás o objetivo primordial da mensagem,em nosso entender, é livrar o Governo dalimitação do prazo de 10 anos ou de qualquer outro prazo, o que é na realidade omais correto, pois a crescente demanda dodesenvolvlmento brasileiro na área das telecomunicações e telefonia bem justificaque a captação de recursos tenha prazoindeterminado.
Todas estas razões e as demais constantes da justificativa nos levam, sem qualquerhesitação, a recomendar seja o projetoaprovado.
É o nosso parecer, salvo melhor juízo.Sala da Comissão, em 5 de setembro de
1974. - Altair Chagas, Relator.lU - Parcccr da Comissão
. A Comissão de Constituição e Justiça, emreunião de sua Turma "A", realízadaem 5-9-74, opinou, unanimemente, pelaconstttucíonajídaoe e, contra os votos dossrs. José Bonifácio Neto, Hamilton Xaviere Severo Eulálio, pela j uridicidade do Projeto n.o 2.140/74, nos termos do parecer doRelator.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: ítalo Fittipaldi - Presidente emexercício (art. 76 do R.I.), Altair Chagas Relator, Luiz Braz, Luiz Lesse, José Bonifácio Neto, Arlindo Kunzler, João Línhares,Hamilton Xavier, Severo Eulálio e AlfeuGasparini.
Sala da Comissão, em 5 de setembro de1974. ..,.. ítalo Fittipaldi, Presidente emexercício (art. 76 R.I.) - Altair Chagas,Relator.
PARECER DA COMISSAODE COMUNICAçõES
I e II - Relatório e Voto do Relator
Acolhido pela Douta Comissão de Justiça, oProjeto de Lei n." 2.140/74, emanado do Poder Executivo, que cuida da revogação doprazo de 10 (dez) anos estabelecido para acobrança dos recursos arrecadados paraaplicação na forma prescrita pelo Plano
'i816 Quinta~feira3 DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1<174
Nacional de TelecomunJCações, vem agoraa exame e julgamento desta nobre Oomíssão.
Fator ímprescíndível ao desenvolvimentode uma nação, constitui a comuníeação umsistema cuja aparelhagem,. por extremamente sofisticada, é de custo elevadíssímo.
Além disso, a Oomunícação é, também, umserviço autofínanclado, cabendo aos ínteressados a cobertura dos recursos financeiros exigidos para sua instalação e manutenção,
Análise serena da coníuntura .nacionalnos índícaa inconveniência de ser o custeioda Oomunlcaçâo deferido' ao Estado, assimcomo de melhor alvitre 'colherem-se taisrecursos nas próprias fontes interessadasno seu uso e manutenção, uma vez que oPlano Nacional de Telecomunicações exigirárecursos de montante írnprevísivel para suatotal realização. .
Com' as razões aduzidas na Mensagemn.s 378, que acompanhou o Projeto de Lein.v 2.140/74, sou favorável à sua aprovaçãonos próprios termos em que está redigido.
É nosso Parecer, salvo melhor juízo.Sala da Comissão, em L° de outubro de
1974. - Monteiro de Barros, Relator.111 - Parecer da Comissão
A Comissão de Comunicações, em suareunião extraordinária do dia primeiro deoutubro de mil novecentos e setenta e quatro. aprovou, por unanímídade, apoiandovoto do Relator, Deputado Monteiro deBarros, o Projeto n.o 2.140, de 1974. queprorroga, por período indeterminado, oprazo fixado no artigo 51 da Lei n,v 4.117,de 27 de agosto de 1962, que institui o Código Brasileiro de· Telecomunicações", deautoria do Poder Executivo.
Compareceram os Senhores Deputados:Monteiro de Barros, Eloy Lenzí, José Camargo, Brasília Caiado, Uba.ldo Barérn, JairMa:rtins, Correia Lima, Ossian Ararípe. VingtRosado, Júlio Viveiros, Norberto Schmidt,Balles Filho e Amaral de Souza.
Sala da Comissão, em LO de outubro de1974, - Norberto Schmidt, Vice-Presidente,no exercício da Presidência - Mnntciro deBarros; Relator.
PARECER DA COMISSAODE FINANÇAS1- Relatório
O EXlUO. Sr. Presidente da República,com fundamento no art. 51 da Constituição,submeteu à elevada deliberação do Congresso Nacional, acompanhado de Exposição de Motivos dos Ministros de Estado dasComunicações e Chefe da Secretaria -tíePãariejarnerrto, o projeto ora em exameneste órgão técnico, que prorroga, por período indeterminado, o prazo fixado no art.51 da Lei n.? 4.117, de 27 de agosto de1962, instituidora do Código Brasileirode Telecomunicações.
Referido art. 51, da Lei n.v 4.117, esta-beleceu:
uÉ criado o Fundo Nacional de TeleComunicações, constituído dos recursosabaixo relacionados, os quais serãoarrecadados pelo prazo de dez anos ... "
Mencionado Fundo é alimentado, essencialmente, pelo produto da arrecadação desobretaríras relativas aos serviços de telecomunicações, e f9i colocado à dísposíçãoda EMBRATEL, a fim de ser aplicado segundo determinado pelo CONTEL.
A aludida Lei n.v 4.117 limitou a arrecadação do Fundo, pelo prazo de dez anos,ãnícíando-se essa contagem em 1.0 de marÇO de 1967. Os recursos conseqüentes foramdestinados aos serviços telefônicos interurbanos, telegráí'ícos, e de telex, e posteriormente aos serviços telefônicos locais.
A tais recursos deve o Pais o extraordinário surto de desenvolvimento experimentado no setor das telecomunicações.
Foi a presente proposição distribuida àsComissões de Constituição e Justiça, dcComunicações, ea esta, na qual coube-riossua aprecíação.
Ê o relatório.II - Voto do Relator
A Lei n.o 4.117/62 instituiu o CódigoBrasileiro de Telecomunicações. Sobrevindoa Lei n:.o 5.792, de 11-7-72 - que criou política de exploração de serviços de telecomunicações, e autorizou o Poder Executivo aconstituir a TELEBRAS - previu, no artigo 10:
"O Fundo Nacional de Telecomunicações, de que trata o art. 51 da Lei n.o4.117, será colocado, pelo Ministro dasComunicações, à dísposição da .TELEBRAS."
A aplicação dos recursos do FNT, pelaTELEBRÁS, estendeu-se aos sistemas estaduais. "Desta forma" - enratíza a Exposlcão de Motivos - "constitui-se o FNT emtonte de recursos para o setor de telecomu-·níeacões com grandes vantagens para ospróprios usuários dos serviços, que, em muitos casos, passaram a pagar tarifas inferiores, mesmo computadas as sobretarifas,resultantes da grande melhoria na eficiência dos serviços oferecidos, com o conseqüente aumento de sua utilização".
Donde se conclui, que a modificação proposta para a Lei n.? ·4. 117 trará reflexospositivos aos setores das finanças pátriasque atingirá.
Com essa inteligência a respeito do projeto em causa, pronunciamo-nos em favorde sua aprovação.
Ê o nosso voto.Sala da Comissão, 27 de setembro de 1974.
- Ildélio Martins, Relator.111 - Parecer de Comissão
A Comissão de Finanças, em sua reuniãoextraordinária, realizada em 1.0 de outubrode 1974, opinou, unanimemente, pela aprovação do Pro] eton.o 2.140/74, do PoderExecutivo, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Ildélio Martins.
Compareceram os Senhores Arthur santos - Presidente, Ildélio Martins e AthiêCoury - Vice-Presidentes, Adhemar deBarros, Filho, Homero Santos, Ivo Braga,Jorge Vargas, Tourinho Dantas, César Nas-.cimento, Carlos Alberto de Oliveira, Fernando Magalhães, Hermes Macedo, JoãoCastelo, Leopoldo Peres, ozanan Coelho,Joel Ferreira e José Freire.
Sala da Comíssâo, em 1.0' de outubrode 1974. - Arthur Santos, PresidenteIldéUo Martins, Relator.
PROJETO DE LEIN.o 2.181-A, de 1974(Do Poder Executivo)
MENSAÇl-EM N.o 406/74Autoriza o Poder Executivo a efetuar
transação com o Governo da Grã-Bretanha para saldar débitos provenientesda eneampaçâo e desapropriação decompanhias estrangeiras; tendo pareceres: da Comissão de Constituiçáo eJustiça, pela constitucionalidade e jurldieídade, com voto em separado, favorável, do Sr. Manoel Taveiraj da Comissão de Relações Exteriores, emitidoem audiência, pela aprovação; e, dasComissões de Economia, Indústria eComércio e de Finanças, pelaaprovação,
(PROJETO DE LEI N.o 2.181, DE 1974, AQUE SE REFEREM OS PARECE.l:"ES.)O Congresso Nacional decreta:Art. 1.° Fica o Poder Executivo autori
zado a efetuar transação com o Govern(j da
Grã-Bretanha, por intermédio do Bank (ifEngland, para saldar débitos provenientesda encampaçâo e desapropriação das companhias estrangeiras The Manaos Harbcur ,Ltd., The São Paulo <Brazill Railway Co.Ltd. e The Itabira Iron Ore Co. até o valorequivalente a f. 4.295.672 (quatro milhões,duzentas e noventa e cinco mil, seiscentas esetenta e duas libras esterlinas).
Art. 2.° Para o atendimento das desnesaadecorrentes .da transação de quetrâta oartigo 1.0, fica o Poder Executivo igualmenteautorizado a abrir, em favor do M1ilisterioda Fazenda um crédito especial de atéCr$ 71.000.000,00 (setenta e um. milhões decruzeiros), utilizando como recurso para a.sua cobertura o excesso de arrecadação 'doImposto sobre a Importação, previsto para ocorrente exercício financeiro.
Art. 3.0 Esta Lei entra em. vigor na data'de sua publicação, revogadas as dísposíçôesem contrário.
Brasília, em de de 1974.
MENSAGEM N.o 406, DE 1974DO PODER EXECUTIVO
Exc.eJentísslmos Senhores membros doCongresso Nacional:
Nos termos do artigo 51 da Constituição,tenho a honra de submeter à elevada delíberação de Vossas Excelências, acompanhado de Exposição de Motivos dos Senbores Ministros de Estado das Relacões Eíxte-
',riores e da Fazenda, o anexo pro] eto de leique "autoriza o Poder Executivo a efetuartransacâo com o Governo da Grã-Bretanhapara saldar débitos provenientes da encarnpaçâo e desapropriação de companhias estrangeiras".
Ouvida a Secretaria de Planejamento daPresidência da República, opinou que a despesa, uma vez autorízada, poderá correr àconta do excesso de arrecadação do Impostode Importação, previsto para o correnteexercício financeiro, como consignado noartigo 2.°' do projeto.
Bras1lia, em 29 de agosto de 1974.Ernesto Geisel.
EXPOSIÇAO DE MOTIVOS N.o 315, DE SDE JULHO DE 19174, DOS S~S. MINISTROS DE ESTADO DAS RELAÇOES EXTERIORES E DA FAZENDA
Excelentíssimo Senhor Presidente da Re-pública,
Desde 1944, continuam pendentes questõesde extinção de arrendamento, cassação decontratos de exploração de serviços públicos,encampação e desaproprtaçâo entre o Governo brasileiro e as companhias inglesas"The 'Manaos Tramway and Líght 00. Ltd.,The Pará Electric Rai1ways and Light 00.Ltd., The Manaos Harbour Ltd., The SanPaulo (Brazíl) Railway Co. Ltd.The BrazilRailway Company" e "The Itabíra Irorí OreCornpany", na forma descrita no ProcessoMF-7133/74.
2. O contencioso inglês vem se arrastando por diversos anos, transferindo-se deuma para outra administração, em prejuízodo interesse brasüeíro. Criando-nos dificuldades diplomáticas e comprometendo ocrédito do Brasil e sua seriedade, essaspendências chegam mesmo a sacrificar. negociações do interesse nacional diante dainadimplência brasileira. Impõe-se-nos, porconseguinte, uma solução imediata.
S. Mostra-nos a experiência que, emcasos da espécie, a melhor solução residesempre numa ecmposíção e negoctaçãc comos credores, por isso que aadecíeóeâ JUdiciais, além dos inconvenientes oriundos deuma solução extremamente demorada ecomplexa, terminam em regra por levar a
Outubro de 1974 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 3 7811
Aproveitamos a oportunidade para renovar a Vossa Excelência os protestos do nossomais profundo respeito. - Antônio Francisco Azcrcdo da Silveira, Ministro das Relações Exteriores - Mario Henrique Simunsen,Ministro da Fazenda.
empresas, no Rio de Janeiro, em novembrode 1972, tendo o Cônsul Geral da Grã-Bretanha apresentado a sugestão de que fossedada uma solução global ao contencioso,ficando o Governo inglês encarregado dedistribuir o montante eventualmente pagoentre as diversas companhias mteressadae,baseado em critério proporcional próprio.Consolidando as pretensões de indenização,apresentou-nos uma proposta segundo aqual ser-lhes-ia pago um total de .l 6.390.844 (seis milhões trezentos e noventa mil, oitocentos e quarenta e quatrolibras), assim discriminado:
ser excluídos do montante a ser eventualmente pago em solução do contencioso.
7. Por outro lado, devemos também re-.duzír de:l.' 2.638.557 para ê 1.846.990 o valordas ínõenisações pretendidas pela "The SãoPaulo Raílway Co. Ltd.", acatando-se proposta da redução de 30% (trinta por cento)do valor da proposta iniciai constante dememorial dirigido; em 2i-4-1972, por advogado da empresa, ao Ministro da Fazendada época.
8. Finalmente, com respeito aos terrenosda "The São Paulo (Braztl) Railway Co.Ltd." diante de sua utilização atual e emperspectiva, afigura-se-nos impraticável suadevolução aos ingleses. A melhor soluçãoseria se estes terrenos fossem adquiridos e,tomando-se por base o seu valor em 1949e na data da nossa contraproposta, de 21de maio do ano em curso, atualizá-lo def. 678.920 para':E 1.427.270, valor esse queseria acrescido ao valor global a ser pagoem solução do contencioso inglês.
9. Diante .do exposto, entendemos que,para a liquidação do contencioso em causa,poderia ser oferecida a importância def 4.295.672 (quatro milhões, duzentos e noventa e cinco mil, seiscentos e setenta eduas libras esterlinas), assim discriminadas:
União a pagar mais caro d<l que poderla. conseguir por ViM adminístratívas,
4. Ademais, importa salientar que, emjulho de 1944, na reunião multilateral doClube de Pàris para consolidação da dívidaexterna brasileira, o Brasil assumiu o compromisso de saldar seus débitos provenientesda encampaçâo e desapropriação de companhias estrangeiras, conforme consta daAta de Paris.
5. Nesta linha de raciocínio, o Ministérioda Fazenda manteve entendimentos com aEmbaixada britânica e representantes das
- The Manaos Tramway and Light Co. Ltd .
- The Pará Electric Railway and Light C{). Ltd. . .
- The Manaos Harbour Ltd.
- The São Paulo (Brazil) Railway Co. Ltd. . .
Material Rodante '" ;........... :lO 1. 965.145
M'ateriaf de Estoqu-e :.....:lO 673.412
- The Brazil Raiiway Cd. . ............•.•.......................
- The Itabira Iron Ore Co. . .. .'.............................•..•
Além disso, seriam também devolvidos' aosingleses onze terrenos e parte de um outrodentre os dezessete da São Paulo Railway,doescritos em relação constante do Processon. o MF-7133/74, cujo valor, em 1949, foiestimado em :lO 678.920' e, atualm-ente, emcerca de :I.' 12 milhões.
6. A proposta inglesa de solução globalcom .oonteneíoso é bastante conveniente,pois possibilita sejam definitivamente solucionadas as questões da "The ManaosTramway and Light Co." (:E.250.000), "ThePará Eletric Railway and. Líght, Co. Ltd.(:I.' 550.000), e ''The Brazíl Railway Company" (:I.' 1. 920.875), M quais o Brasil nãopode reconhecer. Com efeito, as indenizacôes da "Manaos. Tramway" e da "ParáÊletric", que junto com a "Ceará Tramway"formam o Grupo da "The Northcrn Utílíties", já foram pagas quando do acerto coma "Cear<í. Tramway" em decorrência de suaencampação pela ELETROBRAS. A índenízacão da "Brazil Pailway", por sua vez,também já foi atendida quando do acertodo contencioso francês em 1964, por ísso quea "Brazil Railway" entregou suas ações aosfranceses em garantia de empréstimo desua correspondente francesa "São PauloRio Grande Railway Co.". Obviamente nãose pode admitir pagamentos em dobro. Porconseguinte, os valores supracitados' deverão
- The Manaos Harbour Ltd. . .......••.•..••....•...•..•..•. ; .•.- The São Paulo (Brazíl) Railway Co. Ltd.......•.•..•....•.••- The Itabira Iron Ore Co. . .........•..•........•..•.........••- Terrenos (17) da "The São Paulo (Brazil) Railway Co. Ltd,"
10. A matéria envolve transação, para oque há necessidade de lei. Fizemos anexar,assim, minuta de Projeto de Lei que autorizaa União a celebrar o' acordo. A despesa, umavez autorizada, pod-erá correr à conta doFundo de Desenvolvimento de Areas Estratégicas, ouvida a Secretaria de Planejamento da Presidência da República.
250..000
550.000
909.&00
2.638.557
1.930.875
111.812
6.390.844
:lO
909.6001.846.990
111.812
1.427.270
4.295.672
PARECER DA COMISSãODE CONSTITUIÇAO E JUSTIÇA
I e II - Relatório e Voto do RelatorO Projeto n. ó 2.181, oriundo de Mensagem
n. o 406/74, do Poder Executivo,. enfoca matéria rmaneetra, cuja iniciativa para legislar é da competência exclusiva do nxceIentíssímo Senhor Presidente da República,nos exatos termos do item I do art. 57 daConstituição.
Quanto às implicações e minúcias referentes aos pagamentos às companhias estrangeiras encampadas e desapropriadas,envolvem o mérito, que deve ser apreciadona Comissão de Economia, Indústria e Comércio e na Comissão de Finanças. competentes, segundo o Regimento, para fazê-lo.
Nada encontramos para opor sobre aconstitucionalidade, juridicidade e técnicalegislativa, requisitos que devemos examinarnesta Comis~ão de Constituição e Justiça.
Pela aprovação.Sala' da Comissão, em
Altair Chagas, Relator.
. III - Parecer da Comissão
A Comissão de Constituição e Justiça, emreunião de sua Turma "B", realizada em18-9-74, opinou, unanimemente, pela constitucionalidade e juridicidade do Projeto n.o2.181/74, nos termos do parecer do Relator.A Comissão aprovou, ainda, voto do Sr. Manoel Taveira, no sentido de .ser solicitada.audiência da Comissão de Relações Exteriores.
Estiveram presentes os Senhores Deputados:
ítalo Fittipaldi - Presidente em exercício(Art.. 76 do RI), Altair Chagas - Relator,Alfeu Gasparirií, Cláudio Leite, Djalma Bessa, Ernesto Valente, Ferreira do Amaral,Hamilton Xavier, Jairo Magalhães, José Bonifácio Neto, Luiz Braz, :':"uiz Losso, Ruydalmoída Barbosa e Pires Sabóia.
Sala da Comissão, em 18 de setembro de1974. - ítalo Fíttipaldi, Presidente em exercíeío (Art. 76 do RI) - Altair Chagas, Relator.
Voto em separado do Sr. Manoel Taveira.
Concomitantemente com o nobre SenhorDeputado Lysâneas Maciel, pedi vista doparecer Altair Chagas no Proj eto ri.? 2.181,oriundo de Mensagem do Poder Executivo.A razão de ser do meu pedido se estribou nofato de que, tratando referido projeto dematéria atinente a transação entre o Governo da República Federativa do Brasil e oGoverno da Grã-Bretanha, pareceu-me devesse ser ouvida, em primeiro lugar, a doutaComissão de Relações Exteriores. Concedidavista conjunta, verifico que, em verdade eante o disposto no § 11 do art. 28 do Regi~
mente Interno da Câmara dos Deputados,tal proposição está sujeita a parecer da referida Comissão. Senão, vejamos:
"o reino da Grã-Bretanha e da Irlandado Norte, abrangendo a Ilha da GrãBretanha - Escócia, Inglaterra e Paísde Gales ... etc". (Delta Larousse, 2.aedição, vol, I, pág. 394), é, ínquestíonavelmente uma nação e, como tal, seenquadra no mencionado § 11 do art. 28,in vcrbis:
"A Comissão de Relações :Elxteriorescompete opinar sobre assuntos de política internacional e, em particular, 80'·bre:a) •••••••••••••••••••••••••••••••••• .,
b) qualquer proposição, mensagem oudocumento que se refira às relações doBrasil com outras nações."
1818 Quinta-leira 3 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I) Outubro de 1974
ora, "efetuar transação com o Governo daGrã-Bretanha prova saldar débitos provenientes da eneampação e desapropriação decompanhias estrangeiras", como diz a ementa do projeto, é, inegavelmente, ferir matéria da competência da Comissão de RelaçõesExteriores.
A vista do exposto, o meu voto, nesta preliminar, é para que se ouça, antes de qualquer outra Comissão competente, a doutaComissão de Relações Exteriores.
Sala da Comissão, em5 de setembro de1974. ~ Manoel Taveira.
COMISSAO DE CONSTITUIÇãO E JUSTIÇA
Brasília, 18 d~ setembro de 1974
Of. n. o 143/74 Deferido em 19-9-74.A Sua Excelência o SenhorDeputado Flávic MarcilioDD. Presidente da Câmara dos Deputados
Senhor Presidente,Atendendo à deliberação unânime desta
comissão, em reunião de sua Turma. "B",realizada em 18-9-74, solicito a V. Ex." quel!l. Comissão de Relações Exteriores seja ouvida sobre o Projeto 2.181, de 1974, do PoderExecutivo, que "Autoril'la o Poder Executivoa efetuar transação com o Governo da GrãBretanha para saldar débitos provenientesda 'cncampeçãc e desapropriação de companhias estrangeiras."
Aproveito a oportunidade para renovar aV. Ex." os meus protestos de elevada estima,e distinta consideração. - ítalo Fittipaldi,presidente em Exercício (Art. 76 do RI).
PARECER DA COMISSãODE RE:\.>AçõES EXTERIORES
I - Relatório'Estribado no artigo 51 da Constituição
Federal S. Ex." o Senhor Presidente da República submete à consideração e deliberação do Congresso Nacional o Projeto de Lein.o 2.181, cujo expediente é datado de 29de agosto último. O projeto em apreço éacompanhado da Exposição de Motivos n.o215, de 3 de Juiho do ano corrente e quetra21 as assinaturas dos Exm.os Srs. Ministrodas Relações Exteriores e da Fazenda" Antônio Francisco Azeredo da Silveira e MárioHenrique Simonsen, respectivamente. DessaExposição de Motivos fica esclarecido que:
"desde 1944, continuam pendentes questões de extinção de arrendamento) cassação de contratos de expíoraçâo de'serviços públicos, encampação e desapropriação entre o Governo Brasileiro eas companhias inglesas" The ManaosTramway ando Light Co. Ltd., The ParáElectric Railways and Light Co. Ltd.,The Manaos Harbour Ltd., The SanPaulo (Brasil) Railway Co. Ltd.,
The Brazll Railway Company e Thertabira rron Ore Oompany",
na forma descrita no Processo MF '1.133174" •
, Ainda é a mesma Exposição de Motivosquem informa que o contencioso Inglês vemse arrastando por diversos anos, transferindo-se de uma para outra administração, emprejuízo do interesse brasileiro, criando dif:iculdades diplomáticas e comprometendo ocrédito do Brasil e sua seriedade, afirmando que tais pendências (que mais parecemuma sinfonia inacabada), vão até o pontode- prejudícar negociações de interesse na-'eíonal diante da inadimplência do nossoGoverno. É imperiosa uma solução imediata. Além dos inconvenientes de se tentaruma solução judicial porque extremamentemorosa e complexa e não raras vezes maisdíspendíõsa, cumpre ter em linha de conta
que na reunião multilateral do Clube deParis, em julho de 1944 (trinta anos sãopassados! ... ), para consolidação da dividaexterna brasileira, o Brasil assumiu o compromisso de saldar seus débitos provenientes da encampação e desapropriação decompanhias estrangeiras, conforme constada chamada "Ata de Paris". Foi em razãode tais antecedentes q.ue o Sr. ,Ministro daF'azenda, em 1972, manteve entendimentoscom a Embaixada britânica e representantes das aludidas empresas. De tais entendimentos ficou assentado que seria, dadauma solução global ao contencioso, cabendo ao' GOverno inglês o encargo de distribuir, entre as diversas empresas interessadas, o montante a ser pago. Esse montante,consolidadas. as prestações de 'indenização,resultou numa proposta segundo a quai ogoverno brasileiro pagaria um total de ....6 .390 .844 (seis milhões, trezentos e noventamil e oitocentos e quarenta e quatro librasesterlinas), assim discriminado:
250.000 libras à The Manaos Tramwayand Light Co. Ltd.;
550.000 libras à The Pará Electric Railway and Líght Co. Ltd.;
909.600 libras à The Manaos HarbourLtd.;
1. 965 .145 libras à '!'he São Paulo (Brazil)Railway Co. Ltd. - Material Rodante;
673.412 libras correspondentes a Materialem Estoque;
1.930.875 à The Braztl Raílway oo., e finalmente,
111.812 libras à The Itabira Iron Ore co.,o que perraz exatamente aquele total de6.390.844 libras esterlinas. Além dessa importância, o Governo brasileiro devolveráaos ingleses onze terrenos e parte de umoutro dentre os dezessete de são Paulo Railway, descritos no Processo n.O MF 7.13-3/74, inicialmente mencíonado e cujovalor, em 1949, foi estimado em 678.920 libras esterlinas e, atualmente, em cerca de12 milhões da moeda inglesa.
A Exposição de Motivos ministerial proclama como bastante conveniente a proposta inglesa eis que .enseja solução definitiva para as questões da ",The ManaosTramway and Light Co." (250.000 librasesterlinas), "The Pará Electric Railway andLightCo. Ltd," (550.000 libras esterlinas), e"The Brami Railway Company (1.920.875 libras esterlinas), que o Brasil não pode reconhecer, pois que as índeníaações da "Manaos Tramway" e da "Pará Electric",quecom a "Ceará Tramway" formam o grupoda "The Northern Uti1ities!', já foram pagosquando do acerto com a "Ceará Tramway"em decorrência de sua encampaçáo pelaELETROBRÁS. Por outro 1ado, dl21 a Exposição de Motivos que a índenízação à "BrazílRailway" não tem razão de ser vel'lque já foiatendida quando do acerto do contenciosofrancês em 1964, por isso que a "Brazíl Railway" entregou SUM ações aos franceses emgarantia de empréstimo de sua correspondente francesa "São Paulo-Rio GrandeRailway Co.". Assim sendo, tais valores deverão ser excluídos do montante a ser eventualmente pago corno solução do contencioso. Ainda nesta ordem de raciocínio é inevitável que se reduza de 2.638.557 libras esterlinas para 1. 846.990 o valor das índenízações pretendidas pela "São Paulo 'RailwayCo. Ltd.", acatando-se a proposta de redução de 30% (trinta por cento) do valor daproposta inicial constante do memorial queadvogado da Empresa dirigiu ao Sr. Ministro da ;Fa;;:enda a21 de julho de 1972.
Quanto aos terrenos da "The São Paulo(Brazll) Railway Co. Ltd. "diante de suautilização atual e em peespectíva, "afigu~
ra-se-nos impraticável sua devolução. Comomelhor solução sugere-se a sua aqutsíçáo,tomando-se por base o seu valor em 1949,e na data da contraproposta do Brasil, de21 de maio do corrente ano, atualizando-seo seu valor de 678.920 libras para 1. 427 . 270libras esterlinas, valor esse que seria acrescido ao valor global a ser pago em soluçãodo contencioso. Entendem os Srs. Ministrosdas Relações Exteriores e o da Fazenda que,para a liquidação do contencioso em causa,liquidando-se de unia vez por todas comtão complexa transação, poder-se-á oferecera importância de 4.295.672 (quatro mílhões,duzentos e noventa e cinco mil, seiscentos esetenta e duas libras esterlinas), cuja discriminação pelas interessadas consta da Exposição de Motivos. .De tudo isto se inrereque de uma importância reclamada de ....6,390,844 libras esterlinas o Brasil se propõê pagar 4.295.672 libras esterlinas, valedizer, liquidar o seu débito com uma diferença, para menos, de dois milhões, noventae cinco mil cento e setenta e duas librasesterlinas.
Para arremate deste relatório cumpre di~
zer que a despesa decorrente da aprovaçãodo presente projeto de lei poderá -correr àconta do Fundo de Desenvolvimento deAreas Estratégicas, dís a Exposição de Mo~
tiVOB.-Todavia, ouvfda a Secretaria de Planejamento da Presidência da Repíiblica,opinou esta no sentido de que a despesa,uma vez autorízada, poderá Correr à contado excesso de arrecadação do Imposto deImportação, previsto para o corrente exercicio financeiro. É o que dispõe o artigo 2.°do projeto quando autoriza o Poder Executivo .a abrir, em favor do Mrntstérío daFazenda, o crédito especial 'de até Cr$71.000.00,00 (setenta e um milhões de cruzeíros) , utíüzando, como recurso para a suacobertura, o excesso de arrecadação do aludido Imposto sobre a Importação previstopara o exercícío financeiro em curso.
U - O Voto do Relator
O Relator, depois de cuidadosamente examinada a Mensagem presidencial e pesadas as suas conveniências financeiras e morais para o Governo brasileiro, tão claramente demonstradas na EXpOSição de Motivos que instrui a Mensagem presidencial,vota pela sua aprovação.
Este o parecer do Relato,r, salvo melhorjuízo. .
Sala da Comissão de Relações Exteriores,aos 19 de setembro de 1974. - Manoel Ta.veíra, Relator.
lU - Parecer da ComissãoA Comissão de Relações Exteriores. em
sua reunião ordinária, realizada dia 19 dasetembro de 1974, aprovou, por unanimidade, o Projeto de Lei n.o 2.181, de 1974, oríundo da Mensagem n.O 406/74, do Poder Executivo, que "Autoriza o Poder Executivo. aefetuar transação com o oovemo da Grã~
Bretanha para saldar débitos provenientesda encampação e desapropriação de companhias estrangeiras," com parecer favo~
ráveí do Relator, Deputado Manoel Taveira.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: Marcelo Linhares, Vice-Presidente,no exercicio da Presidência, Francisco. Studart, Vice-Presidente, Padre Nobre, DíogoNomura, Manoel Taveira, Pedro Colim, BiasFortes, Ulysses Guimarães, Améríeo de Souza, Cláudio Leite, Rogério Rêgo, Pereira Lopes, Pires Sabóia, Adalberto Oamargo e AI..berto Costa.
Sala da Comissão, em 1.0 de setembro de1974. - Marcelo Línhares, Více-Presídente,no exercício da Presidência. - Manoel Ta..veíra, Relator.
Outubro de 1974 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 3 78D
TOTAL.................................................... 4.295.672
- The Manaos Harbour Ltd. . .•..•.••••.•••••••••••••••••••••.•••. ~
- Tl1e São Paulo (Brazíl) Rallway Co. Ltd .- The Itabira Iron Ore Co. . , ..........•.....•...•.•- Terrenos (17) da The São Paulo (Brazil) Railway Co. Ltd....•.•
PARECER DA COMISSAODE ECONOMIA, INDÚSTRIA E COMJí:RCIO
I - RelatórioO Projeto de Lei n.? 2.181, de 1974, ora
em estudos nesta Comissão, autoriza o Poder Executivo a efetuar transação com oGoverno da Grã-Bretanha a fim de saldardébitos, qu perduram desde 1944, provenientes da encampação e desapropriaçãode algumas companhias britânicas.
, A proposição fixa o montante da transação, que não deverá ultrapassar o montante de 4.295.672 libras, ou seja, cerca de70 milhões e 749 mil cruzeiros.
2. O projeto foi inicialmente distribuídoàs Comissões de Constituição e Justiça, Economia, Indústria e Comércio e de Finanças, sendo posteriormente também àComissão de Relações Exteriores, por solicitação da Comissão de Constituição e
- Justiça, nos termos do que preceitua o § 11do art. 28 do Regimento Interno:
3. Cabe a este órgão técnico, juntamente com a Comissão de Finanças, opinarquanto ao mérito do projeto.
4. Em fundamentada Exposição de Motivos, os Ex.mos Ministros das RelaçõesExteriores e da Fazenda esclarecem:
"O contencioso inglês vem-se arrastando por diversos anos, transferindo-sede uma para outra administração, emprejuízo dos interesses brasileiros. Criando-nos dificuldades diplomáticas ecomprometendo o crédito do Brasil esua seriedade, essas pendências chegam
,mesmo a sacrificar negociações do interesse nacional diante da inadimplência. brasileira. Impõe-se-nos, por eonseguinte, uma solução imediata.Mostra-nos a experiência que, em casosda espécie, a melhor solução residesempre numa eomposíçâo e negociaçãocom os credores, por isso que as decisões judiciais, além dos inconvenientesoriundos de uma solução extremamentedemorada e complex~ terminam emregra por levar a Uniao a pagar maiscaro do que poderia conseguir porvias administrativas."
Informam também que por ocasião da"reunião multilateral do Clube de Parispara consolidação da dívida externa brasileira, o Brasil assumiu o 'compromisso desaldar seus débitos provenientes de eneampaçâo e desapropriação de companhias estrangeiras, conforme consta da .Ata de Paris".
5. Com vistas a resolver definitivamenteessas questões pendentes há vinte anos, oMinistério, da Fazenda manteve entendimentos com a Embaixada britânica, tendoo Cônsul-Geral daquele país apresentadonos uma proposta consolidando as pretensões indenizatórias das empresas interessadas, que receberão seus débitos diretamentedo Governo britânico, no valor de 6.390.844libras (ou cerca de 105 milhões, 257 milcruzeiros), prevep'-do ainda a devolução deonze dos dezessete terrenos localizados emSão Paulo e pertencentes à São Paulo RailWay Co. Ltd., cujo valor foi estimado em678.920 libras (10 milhões, 525 mil cruzeiros) - preço de 1944.
6. Segundo esclarece a Exposição deMotivos, o Governo brasileiro discordou doValor arbitrado, por considerar que, no tocar.te a Manaos Transway and Light Co.Ltd., a Pará Electric Railway and Light Co.Ltd. e, a Brazil Railway, as questões já haviam sido anteriormente resolvidas.
De outra parte, reduziu de 2.638.557 libras (43 milhões, 457 mil cruzeiros) para1.846.990 libras (30 milhões 419 mil cruzeiros) o valor da índenízação pretendida
pela São Pauto Railway Co. Ltd., em aeatamento t.. proposta de redução de 30% novalor inicial constante do memorial encaminhado por advogado da empresa ao Ministério da Fazenda.
Relativamente aos terrenos da São PauloRailway, nossas autoridades governamentais, considerando sua atual utilização, en-
8. Sugeriram os Ex.mos srs, Ministrosdas Reiaçõea Exteriores e da Fazenda queos recursos necessários à transação corressem à conta do Fundo de Desenvolvimentode Areas Estratégicas. Todavia, ouvida aSecretaria de Planejamento da Presidênciada República preferiu utilizar os recursosprovenientes do excesso de arrecadação doImposto Sobre Importação, previsto para ocorrente exercício financeiro.
9., Considerando-se as razões expostasna Exposição de- Motivos e os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil,constantes da Ata de Paris, e que os recursos par , a transação advírão do superavit apresentado na arrecadação de umtributo, sem onerar os cofres públicos, nãovemos nenhum óbice à aprovação do projeto.
11' - Voto do RelatorOpinamos, pois, favoravelmente à apro
vação do Projeto de Lei n.O 2.181174, oriundo do Poder Executivo.
Sala da Comissão, em de .de 1974. - Wilmar Dallanhoí, Relator.
111 -'Parecer da ComissãoA Comissão de Economia, Indústria e
Comércio, em reunião extraordinária, realizada em 1.0 de outubro de 1974, aprovou,por unanimidade, o Parecer do Relator,Deputado Wilmar Dallanhol, favorável aoProjeto n. O 2.181/74, oriundo da Mensagemdo Poder Executivo n.v 406174, que "autorizao Poder Executivo a efetuar transação como Governo da Grã-Bretanha para saldardébitos provenientes da encampaçâo e desapropriação de companhias estrangeiras".
Compareceram os srs, Deputados Amaury'Müller, no exercício da Presidência, WilmarDa1lanhol, Relator, Amaral Furlan. JoãoArruda, José Haddad, ,Januário Feitosa,Paulino Cícero e José da Silva Bf1-rros,
Sala da Comissão, em 1.0 de outubro de1974. - Amaury Müller, no exercício daPresidência - Wilmar Dallanhol, Relator.
PARECER DA COMISSAODE FINANÇAS
I - RelatórioNos termos do art. 51 da Constituição,
enviou o Poder Executivo ao Congresso Nacional o proj eto ora em estudo nesta Cpmissão.
2. Por distribuição regimental, cabe aesta Comissão, assim como a douta Comissão de Economia, Indústria e comércio,pronunciar-se sobre o mérito da medidalegislativa.
3. A proposição autoriza o Poder Executivo a efetuar transação com o Governobritânico, a fim de !jaldar débitos provenientes de eneampações e desapropriaçõesde companhias estrangeiras que cita explicitamente.
tenderam por bem que melhor atenderiaaos nossos interesses a compra desses terrenos, atualizando-se seu preço para .•••1.427.270 libras (23 milhões, 507 mil cruzeiros).
7. Dessa forma, a autorização insertano proj eto em exame visa a saldar os seguintes compromissos:
f909.600
1.846.990
111.812
1.427.270
4. Em bem fundamentada Exposição deMotivos, os EX,mos Ministros das RelaçõesExteriores e da Fazenda explicam a origemdos débitos, bem como a posição do Brasilante a proposta britânica para solução global com contencioso relativamente a váriasempresas naturais daquele pais, salientando, todavia, que nossas autoridades discordaram da proposta inicial, por entenderemque alguns dos débitos já haviam sido pagos em negociações anteriores, apresentando contraproposta para cuja solução necessitam de autorização legislativa, umavez que r. matéria envolve transação comoutra nação.
5. Sugeriram S. Ex.as que a despesa corresseà conta do Fundo de Desenvolvimento de Areas Estratégicas; Ouvida, porém, aSecretaria de Planejamento da Presidênciada República, entendeu esse órgão que osrecursos deverão advir do excesso de arrecadação do Imposto Sobre Importação, previsto para o corrente exercício financeiro.
6. Não obstante o valor elevado da transação - cerca de 71 milhões de cruzeiros- não resta dúvida de que o Brasil devehonrar seus compromissos, como é o casoem foco, já que, em julho de 1944, em Paris,com vistas à consolidacão de sua dividaexterna, nosso País comprometeu-se a pagar os débítos relativos a oncampações edesapropriações de companhias estrangeiras. Se não o fez até a, presente data, nocaso especifico, foi em virtude da demorado processo, que se vem arrastando ao longo desses vinte anos. Ademais, a inadimplência brasileira, como salienta a Exposição de Motivos, compromete o crédito doBrasil e sua seriedade, em detrimento denegociações do interesse nacional.
7. Portanto, a fórmula encontrada parasolução da pendência, ou seja, através denegociação direta com o Governo britânico,que se incumbirá de distribuir o montanterecebido entre as diversas companhias in.teressadas, baseado em critério proporcional próprio, se nos afigura o mais indicado.
8. Acresce ainda considerar que os recursos destinados a esse pagamento nãorepresentarão ônus em nosso Orçamento,já que correrão por conta de um superavitapresentado na arrecadação de um tributo,
11 - Voto do Relator
Pelos motivos expostos, opinamos favoravelmente à aprovação do projeto.
Sala da Comissão, em 1.0 de outubro de1974. - I1délio Martins, Relator.
'm - Parecer da ComissãoA Comissão de Finanças, em sua reunião
extraordinária, realizada em 1.0 de outubro de 1974, opinou, unanimemente, pelaaprovação do Projeto n,o 2.181174, do PoderExecutivo, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Ildélio Martins.
7820 Quinta-feira 3 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1974
Compareceram os Senhores Arthur Santos, Presidente, Ildélio Martins e Athiê Coury, Vice-Presidentes, Adhemar de BarrosFilho, Homero Santos, Ivo Braga, JorgeVargas, Tourinho Dantas, César Nascimento, Oarlos Alberto de Oliveira, Fernando
'l'4agalhães, Hermes MacedO, João Castelo,Leopoldo Peres, Ozanan Coelho, Joel Fer-reira e José Freire. ., Sala da' Comissão, em 1.0 de outubro de1974. -- Arthur Santos,' Pres:l.dente - Udélio Martins, Relator.
PROJETO DE LEIN.o 2.191-A, de 1974(Do Poder Executivo)
MENSAGEM N.o 420/74
Dispõe sobre doação de terreno daUnião à Companhia Brasileira de Alimentos - COBAL; tendo pareceres: daComissão de Constituição e Justiça, pelaconstitucionalidade, jurídicidade .e, nomérito, pela aprovação; e,das Comissões de Agricultura e Política Rural ede Finanças, pela aprovação.
<PROJETO DE LEI N.o 2.191, DE 1974, AQUE SE REFEREM OS PARECERES.)O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Fica o Serviço do PatrimÔnio da
União autorizado a promover a transferência, por doação, para o patrimônio da Companhia Brasileira de Alimentos - COBAL,dos imóveis de propriedade da União situados na Rua Mata Machado n.O 127, AvenidaMaracanã n,v 252, Avenida Rodrigues Alvesn. o 853 e Avenida Rodrigues Alves, esquinacom a Rua Rivadávia Correia, no Estado daGuanabara, de acordo, com os eíementôsconstantes do processo protocolizado no Ministério da Fazenda sob o n.o 0768-64.818, de1972.
Art. 2.° Os imáveis mencionados no artigo 1.0 se destinam à expansão do Programade Abastecimento do Governo Federal.
Art. 3.° A desocupação dos imóveis ficaa cargo do Ministério da Agricultura.
Art. 4.0 A doação de efetivará mediantecontrato a. ser lavrado em livro próprio doServiço do Patrimônio da União.
Art. 5.0 Esta Lei entrará em vigor na,data de sua publicação, revogadas as disposíções em contrário.
Brasília, em de de 1974.
MENSAGEM N.o 420, de 1974,DO PODER EXECUTIVO
l!!xcelentissimos Senhores Membros, doCongresso Nacional:
Nos termos do artigo 51 da Constituição,tenho a honra de submeter à elevada deliberação de Vossas Excelências, acompanhado de Exposição de Motivos do Senhor Ministro de Estado da Fazenda, o anexo projeto de lei, que "dispõe sobre doação deterreno da União Companhia Brasileira deAlimentos - COBAL."
Brasília, em 3 de setembro de 1974.Ernesto Geisel.
EXPOSIÇAO DE MOTIVOS N.a 64.818!72~376, DE 28 DE AGOSTO DE 1974, DOBENHOR MINISTRO DE ESTADO DA FA-ZENDA. .Exce1entíssimo Senhor Presidente da Re
públic~.
No anexo processo, propõe o Ministério da _Agricultura seja feita doação à CompanhiaBrasileira de Alimentos - COBAL - dosimóveis situados na Rua Mata MachadO n.o127, Avenida Maracanã n.? 252, Avenida Rodrigues Alves n.o 853 e Avenida RodriguesAlves, esquina da Rua Rivac1ávia Correia, noEstado da Guanabara, para utilização no
Programa de Abastecimento do GovernoFederal.
2. O imóvel situado na Rua Mata Machado n.o 127 está ocupado pela FundaçãoNacional do índio (FUNAI), que não seopõe à medida, declarando que o' Museu doíndio, ali instalado, será oportunamentetransferido para outro prédio (fla , 24). Oda Avenida Rodrigues Alves, esquina daRua Rivadávia Correia, se acha ocupado pela Companhia Brasileira de Armazenamento (CIBRAZEM) e os demais por dependências do Ministério da Agricultura, informando este já estar processando a desocupação, tanto no que se refere às suas repartições como às entidades que lhe sãovinculadas (fIs. 22).
3 . Diante do exposto e considerando quea proposta do Ministério da Agricultura ératificada pela atual gestão (fl8. 57). opinao Serviço do Patrimônio da União, comapoio da Secretaria-Geral do Ministério daFazenda, por que se autorize a doação, mediante lei.
4. Concordando com os pareceres, tenhoa honra de submeter à elevada consideração de Vossa Excelência os anexos projetode mensagem ao Congresso Nacional e anteprojeto de lei.
aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência os protestos do meu maisprofundo respeito. - Mário Henrique Simonsen, Ministro da Fazenda.
PAREOER DA .cOMISSãODE CONSTITUIÇãO E JUSTIÇA
I - RelatórIo.Através da Mensagem n.o 420, de 1974, o
Senhor Presidente da República submete,nos termos do art. 51 da Oonstítuíçâo Federal, à apreciação do Congresso Nacionalo Projeto de Lei n. O 2.191, de 1974, que dispõe sobre a doação de terreno da União àCompanhia Brasíleíra de "Alimentos -COBAL. '
2. A Exposição de Motivos do SenhorMinistro da Fazenda, que acompanha o projeto, ao justificar a doação, diz a certa altura que "o imóvel situado na Rua MataMachado n. o. 127 está ocupado pela Fundação Nacional do índio (FUNAI), que nãoSe opõe à medida, declarando .que o Museudo índio, ali instalado, será oportunamente transferido 'para outro prédio (fls. 24).O da Avenida Rodrigues -Alves, esquina daRua Rivadávia Correia, se acha ocupado pela Companhia Brasileira de Armazenamento (CIBRAZEM) e os demais por dependência do Ministério da Agricultura, informando este já estar processando a desocupação,tanto no que se refere às suas repartiçõescomo as entidades que lhe são vinculadas(Ils, 22)."
3. A Comissão de Oonatítutção e Justiçacompete, nos termos .do § 4,0, do art. 28, doRegimento Interno da Câmara dos Deputados a apreciação do projeto, não só quanto à constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, mas também quanto ao mérim, porque a matéria é de Direito Administrativo.
4. Por distribuição regimental, as Comissões de Agricultura e Política Rural ede Finanças, sobre a Mensagem Presidencial, se pronunciarão em seguida.
5. A alienação dos bens públicos daUnião na sua modalidade de doação quepretende estabelecer o projeto em referência deve ser regida pelo art. 67 do CódigoCivil, nestes termos:
"Os bens de que trata o artigo antecedente só perderão a inalienabilidade,que lhe é peculiar, nos casos e Iorluaque a lei prescrever."
6. Comentando o dispositivo acima, valeassinalar a autorizada lição de Hely LopesMeirelles, que assim se manifesta:
"O que a lei civil quer dizer é que osbens públicos são inalienáveis enquanto destinados ao uso comum do povoou a fins administrativos, isto é, enquanto guardarem afetação pública. Éevidente que uma praça ou um edifíciopúblico não pode ser alienado enquanto tiver essa destinação, mas qualquerdeles poderá ser vendido, doado oupermutado desde que desafetado previamente de sua destinação' originária.Essa desafetação se faz por lei especial,que traspassa o bem de uma categoriainalienável (de uso comum do povo oude uso especial) para outra, alienável(dominicais ou patrimoniais dísponíveís) , Assim tanto os bens primitivamente destinados ao uso comum dó povo como os de uso especial podem serlegitimamente alienados, desde que BOfram prévia desafetação de sua destinação pública inicial."
7. A doação de que coglta .o Projeto éum ato típico do Poder Público e se reveste das formalidades previstas em lei, encontrando-se, dessa forma, em condições deatingir a eficácia desejada, mesmo porquea .utílíaação da via legislativa escolhida lheconfere o exato valor de sua eonsütuctonalidade e juridicidade.
.-8. Quanto à técnica legislativa adotadanada há a opor,
n - Voto do Relator
Ante o exposto, a constitucionalidade ejuridicidade do Projeto de Lei n,o 2.191, de1974, nos parecem írrecusáveís, e, no mérito, opinamos favoravelmente pela sua aprovação.
Sala da Comissão, em de setembro de1974. - Ruydalmeida Barbosa, Relator.
DI - Parecer da Comissão
A Comissão de Constituição e Justiça emreunião de sua Turma "A", realizada em5-9-74, opinou, unanimemente, pela constitucionalidade e juridicidade e, no mérito,pela aprovação do Projeto n.o 2.191/74, nostermos do parecer do Relator.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: ítalo Fittipaldi, Presidente em exercicio (art. 76 do RI), Ruydalmeida Barbosa, Relator, Altair Chagas, Arlindo Kunzler,Hamilton Xavier, José Bonifácio Neto, JoãoLinhares, José Sally, Luiz Braz e Severo Eulálio.
Sala da Comissão, em 5 de setembro de1974. - ítalo Fittipaldi, Presidente em exercício (RI, art. 76) - RuydaImeida Barbosa,Relator.
,PARECER DA COMISSÃO DEAGRICULTURA E POLíTICA RURAL
I - Relatório
O Poder Executivo, através da Mensagemn.o 420/74, enviou ao Congresso Nacional opresente Projeto de Lei n.o 2.191, de 1974,autorizando o "Serviço de Patrimônio daUnião a promover a transferência, por doação, para o patrimônio da Companhia Brasileira de Alimentos - COBAL, dos imóveisde propriedade da União" que menciona, situados na cidàde do Rio de Janeiro, Estado da Guanabara. 'Em tudo se deverá obedecer aos elementos constantes do precesso protocolízado no Ministério da Fazenda,sob o n. O .076B-64.818, de 1972. "A doaçãose efetivará mediante contrato a ser lavrado em livro próprio do Serviço de Pa-
Cr$1,00
Outubro de 1974
trimônio da União". Os imóveis- destinam-seà expansão do Programa de Abastecimento do Governo Federal, ficando a desocupação dos mesmos a cargo do 'Ministério daAgricultura.
'Em Exposição de Motivos, que acompanhaa Mensagem Presidencial, o Senhor Ministro da Fazenda esclarece:
", .. considerando que a proposta doMinistério da Agricultura é ratificadapela atual gestão.,., opina o Serviçode Patrimônio da União, com apoio daSecretaria Geral do Ministério da Fazenda, .por que se autorize a doação,mediante lei."
A proposição foi distribuída, inicialmente à douta Comissão de Constituição e Justiça que, à unanimidade, acolheu parecerdo: nobre colega Ruytlalmeâda Barbosa pela
, constitucionalidade e [uridínidade e, no mérito, pela aprovação do projeto..
Nos termos regimentais do art. 28, § 1.0,deve agora esta nOSSa Comissâo de Agricultura e Política Rural manifestar-se igualmente sobre o mérito do processado.
Como bem acentua a Exposição de Moti-vos do titular da Pasta da Fazenda,
"o imóvel situado na Rua Mata Machado, n.? 127, está ocupado pela Fundação Nacional do Índio (FUNAIl, quenão se opõe à medida, declarando queo Museu do índio, ali instalado, seráoportunamente transferido para outroprédio (fls. 24). O da Avenida Rodrigues Alves, esquina da Rua RivadáviaCorreia, se acha ocupado pela Companhia Brasileira de Armazenamento(CIBRAZEM) e os demais por dependências do Ministério da Agricultura,informando este já estar processandoa desocupação, tanto no que se refereàs suas repartições como às entidadesque lhe são vinculadas (fls. 22)."
A finalidade da doação - expansão doPrograma de Abastecimento do Governo Federal - é lidima e merece ser encorajada.
II - Voto do Relator
Face ao exposto, sómos pela aprovação dopresente projeto de lei n.> 2.191, de 1974,na sua forma originária.
Sala da Comissão, em - AntônioBresolín, Relator. '
IH - Parecer da Comissão
A Comissão de Agricultura e Politica -Rural, em reunião extraordinária realizada em1.0 de outubro de 1974, opinou unanimemente pela aprovação do Projeto n.o 2.191174CMensagem n.o 420/74) nos termos do Parecer do Relator.
Estiveram presentes os Senhores Deputados Renato Azeredo - Presidente, Antônio Bresolin - Relator, Cardoso de Almeida, Carvalho sobrinho, Herbert Levy, JoãoGuido, José Mandelli, Juvêncio Dias, LuizBraga, Pacheco Chaves, Paulo- Alberto eVasco Amaro.
Sala das Sessões, em 1.° de outubro de1974. - Renato Azeredo, Presidente - Antônio Bresofín, Relator.
PARECER DA COMITSSAODE FINANÇAS
I - Relatório
Por sugestão do Ministro da Fazenda,Professor Mário Henrique Simonsen, eonsubstaneíada na Exposição de Motivos n.o64.818/72 - EM N.o 376, o ExcelentíssimoSenhor Presidente da República, através da
DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Mensagem n.? ~20, de 1974, submete à deIíberacâo :do Congresso Nacíonai, nos termos do art. 51 da Constituição, o projetode lei em epigrafe, que "dispõe sobre doação de terreno da União à Comnanhia Brasileira de Alimentos - COBAL".
Os imóveis a serem doados estão descritos no art. 1.0 do projeto e se destinam àexpansão do Programa de Abastecimento doGoverno Federal. Referida doação se efetivará mediante contrato a ser lavrado em livro próprio do Serviço do Patrimônio daUnião.
A pega ministerial assinala que o imóvelda Rua Mata' Machado, onde funcionaatualmente o Museu do índio, é de propriedade da Fundação Nacional do Índio(FUNAI), "que não se opõe à medida", en-
-quanto o "da Avenida Rodrigues Alves, esquina da Rua Rivadávia Correia, se achaocupado pela Companhia Brasileira de Armazenamento (CIBRAZEM) e os demaispor dependências do Ministério da Agricultura".
O Ministro Mário Henrique Simonsen, damesma fonna que o fez o Servigo do Patrimônio da União, com o apoio da SecretariaGeral do Ministério da Fazenda, é favorável à doação dos referidos imóveis.
Derivado do latim donatio, de donare (dar,brindar, presentear), o vocábulo exprime o
. ato de liberalidade através do qual a pessoa dispõe de bens ou vantagens integradasem seu patrimônio em beneficio de outrem, que os aceita.
É, por isto, contrato unilateral, que seforma da vontade do doador, pelo qual sealiena ou se transfere para outrem, a titulo gratuito, coisa que pertencia ao doador,
A medida proposta na projetada díseípllnação legal, como visto, não discrepa dospreceitos informadores do instituto da doação.
Nos termos regimentais do art. 28, § 7.°,alínea f, deve esta Comissão manifestar-sequanto ao aspecto financeiro da proposição ora em exame. Sob este enfoque, nadaobsta à sua aprovação. É principio salutarda administração pública dispor, racionalmente, de seu patrimônio. Se o Programade Abastecimento do Governo Federal, emfase de expansão, necessita dos citados imóveis - que não estão sendo utilizados peloMinistério da Agricultura - nada maisoportuna sua destinação à Companhia Brasileira de Alimentos - COBAL.
H - Voto do RelatorNestas condições, opinamos pela aprova
ção do Projeto de Lei n.o 2.191, de 1974,do Poder Executivo.
l!i o nosso voto, s.m.í,Sala da Comissão, - Ildélin Martins.
IH::- Parecer da ComissãoA Comissão de Finanças, em sua reunião
extraordinária, realizada em 1.0 de outubro de 1974, opinou, unanimemente, pelaaprovação do Projeto n.o 2.191/74, do Poder Executivo, nos termos do parecer doRelator, Deputado Ildélío Martins.
Compareceram os Senhores Arthur Santos, Presidente, Ildélio Martins e Athiê Coury, Vice-Presidentes, Adhemar de BarrosFilho, HOmero Santos, Ivo Braga, Jorge Vargas, Tourinho Dantas, César Nascimento,Carlos Alberto de Oliveira, Fernando Magalhães, Hermes Macedo, João Castelo, Leopoldo Peres, Ozanan Coelho, Joel Ferreira eJosé Freire.
Sala da comissão, em 1.0 de outubro de1974. - Arthur Santos, Presidente - IldélioMartins, Relator. .
Quinta-feira 3 '1821
PROJETO DE LEIN.o 2.193-A, de 1974(Do Poder Executivo)
MENSAGEM N.o 412/74Autoriza o Poder Exeeutivo a abrir ao
Ministério da Justiça, em favoI' do Ministério Públieo da União o crédito especial de Cr$ 78.500,00, para o fim queespecifica; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitueionalidade e juridieidade; e, daComissão de Fiscalizacão Financeira eTomada de Contas, peÍa aprovação,
(PROJETO DE LEI N.o 2.193, DE 1974, AQUE SE REFEREM OS PARECERES).O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Fica o Poder Executivo autori
zado a abrir ao Ministério da Justiça, emfavor do Ministério Público da União, ocrédito especial de Cr$ 78~OO,OO (setenta eoito mil e quinhentos cruzeiros), para atender encargos com Contribuições de Previdência Social.
Art. 2.° Os recursos necessários à execução desta Lei decorrerão de anulaçãoparcial de dotação orçamentária consignada no vigente Orçamento ao subanexo20.00, a saber:
20.00 Ministério da Justiça
20.04 Ministério Público da União
2004.0104.2062 Defesa dos Interesses da União emJuízo
3.1. 4. O Encargos Diversos 78.500Art. 3.° Esta Lei entra em vigor na da
ta de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Brasília, em de de 1974.MENSAGEM N.o 412, DE 1974
DO PODER EXECUTIVOExcelentíssimos Senhores Membros do
Congresso Nacional:Nos termos do art. 51 da Constituição, te
nho a honra de submeter à elevada deliberação de Vossas Excelências, acompanhado de Exposição de Motivos do SenhorMinistro de Estado Chefe da Secretaria dePlanejamento da Presidência da República,o anexo projeto de Iei que "autoriza o Poder Executivo a abrir ao Ministério da Justiça, em favor do Ministério Público daUnião o crédito especial de Cr$ 78.500,00,para o fim que especifica".
Brasília, em 30 de agosto de 1974~,'-'Ernesto Geisel.EXPOSIÇAO DE MOTIVOS N.o 190-B, DE
29 DE AGOSTO DE 1974, DO SENHORMINISTRO DE ÉSTADO CHEFE DA SECRETARIA DE PLANEJAMENTO DAPRESID:ll:NCIA DA REPúBLICA. .Excelentissimo Senhor Presidente da Re-
pública \O Exmo. Sr. Ministro da Justiça, pelo
Aviso n.O 000261-B, de 8 de julho de 1974,solicita a abertura de crédito espeeial, nomontante de Cr$ 78.500,00 (setenta e 011;0mil e quinhentos cruzeiros), destinado aatender encargos com Contribuições dePrevidência ,SociaL
2. Após examinar o assunto, os órgãostécnicos desta Secretaria e do Ministérioda Fazenda se manifestaram favoráveis àconcessão do crédito solicitado, cumprindoacentuar que as despesas resultantes serãoatendidas sob a forma de compensação,
'1822 Quinta-feira 3 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro ile 1974·
conforme prevê o art. 43, § 1.0, item !II,da Lei n.o 4.320, de 17 de março de 1964,obedecidas, assim, as prescrições do art. 61,§ 1.0, letra 0, da Constituição.
3. Em face do exposto, tenho a honrade submeter à elevada consideração de Vosea Excelência o anexo pro] eto de lei.
Aproveito a oportunidade para renovara Vossa Excelência os protestos do .meumais profundo respeito. - João Paulo dosReis Velloso, Ministro.
PARECER DA COMISSAODE CONSTITUIÇAO E JUSTIÇA
I e IT - Relatório e Voto do RelatorCom fundamento no art. 51 da Constitui
ção o Exmo. Sr. Presidente da Repúblicaencaminhou â apreciação do Congresso Nacional a Mensagem n.o 412/74, que visa conseguir autorização legislativa para abrir umcrédito especial de Cr$ 78.500,00 para o fimque especifica.
A Menaagem é acompanhada da exposição de motivos do Ministro da Justiça flueInforma-nos o quantitativo destinado aatender encargo com Contribuições de previdência Social.
No art. 2.0 da proposição está prevista aanulação parcial de -dotaçâo orçamentáríapara atender ao disposto no art. 43, § 1.0,item IH, da Lei n,? 4.320, de 17 de março de1964.
O mérito de projeto tem seu exame deferido à Oomissâo .de Fiscalização Financeirae Tomada de Contas.
O projeto não ofende a Oonstítuíçâo enem viola as normas [urídlcas vigentes.
Pela constítueíonaüdade e juridicidade éO parecer.
Sala da Comissão, em 5 de setembro de1974,. - Luiz Braz, Relator.
ITI - Parecer da ComissãoA Comissão de Constituição e Justiça, em
reunião de sua Turma "A", realizada em5-9-74, opinou, unanimemente, pela constitucionalidade e jurídictdade do Projeto n.o2.193/74, nos termos .do Parecer do Relator.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: ítalo Fittipaldi, Presidente em exercício (art. 76 do R.I.); Luiz Braz, Relator,Ruydalmeida Barbosa, Altair Chagas, Arlindo Kunzler, João Llnhares, Hamilton Xavier, Severo Eulália e Osnellí Martinel1i.
Sala da Comissão, em 5 de setembro de1974,. - ítalo Fittipaldi, Presidente emexercício (art. 76 do RI) - Luiz Braz, Relator.
PAREOER DA COMISSAO DEFISCALIZAÇAO FINANCEIRA E
TOMADA DE cONTASI - Relatório
O Excelentíssimo Senhor "Presidente daRepública submete à apreciação do Congresso Nacional, acompanhado de exposição demotivos do Senhor Ministro de Estado, Chefe .da Secretaria de PlanejamentO da Presidência da República, o Projeto de Lei queautoriza o Poder Executivo a abrir ao Ministério da Justiça, em favor do Ministério PÚ-blico da União, o crédito especial de .Cr$ 78.500,00 (setenta e oito mil e quinhentos cruzeiros), para atender encargos comeontríbuíções previdenciárias.
Os órgãos técnicos da Secretaria de Planejamento c do Ministério da Fazenda manifestaram-se favoravelmente à concessãodo crédito solicitado, uma vez que os recursos indispensáveis à execução deste Projetode Lei decorrerão da anulação parcial dadotação orçamentária que se segue:
20.00 - Ministério da Justiça;'20.04 - Ministério Público da União;2004.0104.2062 - Defésa dos Interesses da
União em Juízo Cr$ 15.011.400,0'0.
Devemos esclarecer aos nobres colegas quenão haverá aumento de despesas, mas sim,compensação, conforme estipulam os seguintes artigos da Lei n.o 4.320, de 17 demarço de 1964 e da Emenda oonstrtucícnein. O 1:
"Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende daexistência de recursos disponíveis paraocorrer à despesa e será precedida deexposição justificativa.§ 1.° Consideram-se recursos, para ofim deste art., desde que não comprometidos:
IrI - os resultados da anulação parcialou total de dotações orçamentárias oude créditos adicionais autorizados emlei. "
Art. 61, § 10, da Emenda Constitucionaln.o 1, de 1969:
"É vedado:c) a abertura de crédito especial ou suplementar sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes. "
TI - Voto do Relato.A vista do exposto, não havendo impedi
mento legal, opino pela aprovação do projeto do Executivo.
É o parecer.Sala das Sessões da Comissão de Fisca
lização Financeira e Tomada de Contas,.em2 de outubro de 1974. - NO/ilser Almeida,Relator.· .
III - Parecer da Comissão
A Comissão- de Fiscalização Financeira eTomada de Contas, em sua 10.0. Reunião Ordinária, realizada em 2 de outubro de 1974,sob a presidência do Senhor Deputado Daniel Faraco, Presidente e presentes os Senhores Deputados José Bonifácio Neto, Nasser Almeida, Adhemar de Barros Filho, Parente Frota, Joel Ferreira, Euripedes Cardoso de Menezes, Henrique Fanstone e Artur Santos, opina, por unanimidade, deacordo com o parecer do Relator, DeputadoNosser Almeida, pela aprovação do Projeto n,? 2.193/74, do Poder Executivo, que"autoriza o Poder Executivo a abrir ao Ministério da Justiça, em favor do MinistérioPúblico da União ° crédito especial de ..••Cr$ 78.500,00, para o fim que especifica".
Sala das Sessões da Comissão de Fiscalização Financeira e Tomada de Contas, em 2de outubro de 1974. - Daniel Faraco, Presidente; Nosser Almeida, Relator.
PROJETO DE LEIN.o 2.194-A, de 1974
(Do Poder Executivo)
MENSAGEM N.o 411/74Autoríza o Poder Executivo a abrir à
Justiça do Trabalho, em favor do fiibunal Regional do Trabalho da 7.0. Região, o crédito especial de Cr$ 300.000,00,para· o fim que especifica; -tendo pareceres: da Comissão de Constituição eJustiça, pela constitucionalidade c juridicidade; e da Comissão de Fiscalização Financeira e Tomada de Contas,pela aprovação.
(PROJETO DE LEI N.o 2.194, de 1974, AQUE SE REFEREM OS PAREOERES),O Congresso Nacional decreta:
Art. 1.6 Fica o poder Executivo autorizado a abrir à Justiça do Trabalho, em favor do Tribunal Regional do Trabalho da7.'" Região, o crédito especial de Cr$ ....300.000,00 (trezentos mil cruzeiros), paraatender despesas com a aquisição de sede
para a Junta de Conciliação e Julgamentoem Parnaíba - PIo
Art. 2.0 Os recursos necessários à execução desta lei decorrerão de anulação parcial de dotação orçamentária consignadano vigente Orçamento ao subanexo 0800,a saber:
Cr$1,00
0800 Jbstiça do Trabalho0808 Tribunal Regional do
Trabalho da 7....· RegiãoProjeto 0808.0106.1002.001.474.1. 1. O Obras Públicas 300.000'
Art. 3.0 Esta lei entra em vigor na datade sua publicação, ·revogadas as disposições em contrário.
Brasília, em de de 1974.
MENSAGEM N.o 411, de 1974DO PODER EXEOUTIVO
Excelentíssimos Senhores Membros doCongresso Nacional:
Nos termos do art. 51 da ·Constituição,tenho a honra de submeter à elevada deliberação de Vossas Excelências, acompanhado de Exposição de Motivos do SenhorMinistro de Estado Chefe da Secretaria dePlanejamento da Presidência da Repúblíca,o anexo projeto de lei que "autoriza o Poder Executivo a abrir à Justiça do Trabalho, em favor do Tribunal Regional do Trabalho da 7." Região, o crédito especial deCr$ 300.000,00, para o fim que especifica".
Brasília, em 30 de agosto de 1974. Ernesto Geisel.
EXPOSIÇAO DE MOTIVOS N.o 189-B, DE29 DE AGOSTO DE 1974, DO SENHORMINISTRO DE ESTADO CHEFE DA SECRETARIA DE PLANEJAMENTO DAPRESIDÊNCIA DA REPúBLICA.Excelentíssimo Senhor Presidente da Re-
. pública
O Exmo. Sr. Ministro Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, pelo OfícioSTST.SCF.GP 317/74, de 24 de julho. de1974 solicita a abertura de crédito especial,no montante de Cr$ 300.000,00 (trezentosmil cruzeiros) em favor do Tlibunal Regional do Trabalho da 7." Região e destinadoà aquisição de imóvel pâ,ra a Junta de Conciliação e Julgamento em Parnaíba - PIo
2. Após examinar o assunto, Os órgãostécnicos desta Secretaria e do Min:istérioda Fazenda manifestaram-se favoravélmente à concessão do crédito solicitado,cumprindo acentuar que : as despesas .resultantea-serão atendidas sob a forma decompensação, conforme prevê o art. 43,§ 1.0 , item III, da Lei n.O 4.320, de' 17 demarço de 1964, obedecidas, assim, as prescrições do art. 61, § 1.0, letra c, da oonetítuíção.
3. Em face do exposto, tenho ·a honrade submeter à elevada consideração deVossa Excelência o anexo projeto de Lei.
Aproveito a oportunidade para renovara Vossa Excelência os protestos do meumais profundo respeito. --'- João Paulo dosReis Velloso, Ministro.
PARECER DA COMISSAODE CONSTITUIÇAO E JUSTIÇA
I e II - Relatório e -Voto do Relator
O Projeto n,o 2.194174, oriundo da Mensagem n. o 411/74, do Poder Executivo, abrecrédito especial para aquisição de sede paraa Junta de Conciliação e Julgamento na cidade de Parnaíba, estado do Piaui -,
Outubro de 1974
Dá-nos conta a justificativa do cuidadodo Governo, através dos órgãos técnicos daSecretaria do Planejamento e do Ministério da Fazenda, em examinar o, enquadramento legal e constitucional das despesasresultantes do crédito solicitado,
Dentro dos aspectos que esta Comissão deConstituição e Justiça deve examinar constitucionalidade, jurídtcídade e técnicaIegíslatíva --, nada a opor.
Sala da Comissão, 5 de setembro de 1974.- Altair Chagas, Rela.tor.
UI - Parecer da Comissão
A Comissão de Constituição e Justiça, emreunião de sua Turma "A", realizada em5-9-74, opinou, unanimemente, pela constitucionalidade e [uridícídade do Projeto n,?2.194/74, nos termos do parecer do Relator.
Estiveram presentes os Senhores Depu-tados: .
ítalo Fittipaldi - Présidente emexerci~cio (art. 76 do Ri); Altair Chagas - Relator; Arlindo Kunzler, Lauro Leitão, José Bonifácio Neto, João Línhares, Luiz'Braz, Hamilton Xavier, José Alves, Luiz Losso, Lysâneas Maciel e Oarrtídío Sampaio.
Sala da comissão, 5 de setembro de 1974.- ítalo Fittipaldi, Presidente em exercícío(art. 76 do RI) - Altair Chagas, Relator,
PARECER DA COMISSAODE FISCALIZAÇãO FINANCEIRA E
TOMADA DE CONTAS
I - Relatório
. O Excelentíssimo Senhor Presidente daRepública submete à apreciação do Congresso Nacional, acompanhado de El'.:posiçãode Motivos do Senhor Ministro de EstadoChefe da Secretaria de Planejamento daPresidência da República, o Projeto de Lein. O 2.194, de 1974, que autoriza o Poder Executivo a abrir à Justiça do Trabalho emfavor do Tribunal RegionaL do Trabalho da7." Reglâo, o crédito especial de .Cr$ 300.000,00 (trezentos mil cruzeiros) paraatender despesas com a aquisição de sedepara a Junta de Conciliação e .Tulgamentoem Parnaíba - PIo
Os órgãos técnicos da Secretaria de Planejamento e do Ministério da Fazenda manifestaram-se favoravelmente à concessãodo crédito solicitado, uma vez que os recursos indispensáveis à execução deste Projeto de Lei decorrerão da anulação parcialda dotação orçamentária que se segue:0800 - Justiça. do Trabalho0808 - Tribunal Regional do Trabalho da7.a RegiãoPrej eto 0808.0106.1002.001. 474.1. 1. O - Sede da Junta de Conciliação eJulgamento em Parnaíba - PI .Cr$ 500.000,00
Devemos esclarecer aos nobres colegas quenão haverá aumento de despesas, mas sim,compensação, conforme estipulam os seguintes artigos da Lei n.O 4.320, de 17 demarço de 19134 e da Emenda Constitucionaln,s 1:
"Art. 43 - A abertura dos créditos suplementares e especiais depende daexistência de recursos disponíveis paraocorrer à despesa e será precedida daexposição justificativa.
§ 1.0 -'Considerem-se recursos, para ofim deste artigo. desde que não comprometidos:
III - Os resultados da anulação parcial ou total de dotações orçamentáriasou de créditos adicionais autorizados emLei."
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Séção I)
Artigo 61, parágrafo 10, da Emenda Cons-titucional n.° 1, de 1969:
":ti: vedado:c) a abertura de crédito especial ousuplementar sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursoscorrespondentes."
U - Voto do Relator
À vista do exposto, não havendo impedimento legal, opino pela aprovação do Projeto do Executivo.
É o parecer.
Sala das sessões da Comissão de Fiscalização Financeira e Tomada de Contas, em 02de outubro de 1974. - Nosser Almeilla, Re- ,~
lator. .
UI - Parecer da Comissão. -A Comissão de Fiscalização Financeira e
Tomada de Contas, em sua 10." ReuniãoOrdinária, realizada em 02 de outubro de1974, sob a presidência do Senhor Deputado'Daniel Faraco, Presidente e presentes osSenhores Deputados José Bonifácio Neto,Nosser Almeida, Adernar de Barros Filho,Parente Frota, Joel Ferreira, Euripides Cardoso de Menezes, Henrique Fanstone eArthur Santos, opina, por unanimidade, deacordo com o parecer do relator,' DeputadoNasser Almeida, pela aprovação do Projeton.v 2.194/74, do Poder Executivo, que "autoriza o Poder Executivo a abrir à Justica doTrabalho, em favor do Tribunal Regionaldo Trabalho da 7.a Região, o crédito especial de Cr$ 300.000,00. para o fim que especifica".
Slj,la das Sessões da Comissão de Fiscalização Financeira e Tomada dc Contas, em02 de outubro' de 1974 - Daniel Faraco, Presidente - Nosser Almeida, Relator.
PROJETO DE LEIN.o 2.243-A, dê 1974
(Do Poder Executivo)
.MENSAGEM N." 444/74Acrescenta parágrafo ao artigo 43 da
Lei n.? 4.502, de 30 de novembro de1964, e ao artigo 1.0 da Lei n.? 4.557,de 10 de dezembro de 1964; tendo pareceres: da Comissão de Constituição eJustiça, pela constitucionalidade e juridicidade; e, da Comissão de Economia, Indústria e Comércio, pela aprovação.
(PROJETO DE LEI N.o 2.243, DE 1974, AQUE SE REFEREM OS PARECERES.JO Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 O artigo 43 da Lei n.? 4.502, de
30 de novembro de 1964, é acrescido do parágrafo seguinte:
"Art. 43. . ..§ 5.0 A indicação da origem dos produtos, consubstanciada na expressão"Indústria Braslleira", poderá ser, dispensada em casos especiais, de conformidade com as normas que a esse respeito forem baixadas pelo Conselho Nacional do Comércío Exterior, para aten-
_der às exigências do mercado importador estrangeiro."
Art. 2.° O artigo 1.0 da Lei n.? 4.557, de10 de dezembro de 1964, é acrescido de parágrafo único, com a seguinte redação:
"Art. 1.0 ....•.. , .. , ... , .......••..••.Parágrafo único. A marcação previstaneste artigo poderá ser dispensada emcasos especíaís, no todo ou em parte,Ou adaptada de conformidade com asnormas que' r.. esse respeito forem baíxadas pelo Conselho Nacional do oomér-
Quinta-feira 3 7823
cio Exterior, para atender às exigênciasdo mercado importador estrangeiro ea segurança do produto."
Art. 3.° Esta Lei entrará em vigor nadata de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Brasília, em de de 1974.LEGISLAÇlíO CITADA
LEI N.o 4.502DE 30 DE NOVEMBRO DE 1964Dispõe sobre o Imposto de Consumo
e reorganiza a Diretoria de Rendas Internas.
............................................TíTULO m
Das Obrigações AcessõríasDa Rotulagem, Marcação e Controle
dos Produtos
Art. 43. O fabricante é obrigado a rotular ou marcar seus produtos e os volumesque os acondicionarem; em lugar visível,indicando a S1:\a firma ou a sua marca fabril registrada, a situação da fábrica produtora (localidade, rua e número) a expressão "Indústria 3rasileira" e outros dizeresque forem necessários à identificação e aocontrole fiscal do produto na forma do regulamento.
~ 1-.0 Os produtos isentos conterão ainda,em caracteres visíveis, a expressão - "isento do Imposto de Consumo" - e a marcação do preço de venda no varejo e quandoa isenção decorrer dessa circunstância, asamostras de produtos farmacêuticos conterão a expressão - "Amostra Grátis".
~ 2.0 As indicações deste artigo e deseu § 1.0 serão feitas pelos processos que oregulamento estabelecer, em cada unidadedo próprio produto ou, se houver impossibilidade ou impropriedade, no recipiente,envoltório ou emoalagem.
~ 3.° O reacondtcíonador indicará aindao nome do Estado ou do país produtor,conforme o produto seja nacional ou estrangeiro.
§ 4.0 A rotulagem ou marcacão será fei ...ta antes da saída do produto do respectivoestabelecimento produtor.
., ' .LEI N.o 4.557
DE 10 DE DEZEMBRO DE 1964
Dispõe sobre a marcação de volumespara exportação, e dá outras providências.
Art. 1.0 Os volumes que contiverem produtos fabricados, beneficiados ou extraídosno Brasil, destinados à exportação, serãomarcados de forma a indicar a sua origembrasileira e o nome do produtor ou ex-portador. •
............................................ !:
MENSAGEM N.o 444, DE 1974DO PODER EXECUTIVO
Exccleutíssímos Senhores Membros doCongresso Nacional:
Nos termos do artigo 51 da Constituição,tenho a honra de submeter à elevada deliberação de Vossas Excelências, acompanhado de Exposição de Motivos do Senhor Ministro de Estado da Fazenda, o anexo projeto de lei que "acrescenta parágrafo aoartigo 43 da Lei n.v 4.502, de 30 de novembro de 1964, e ao artigo 1.0 da Lei n.0·4.557,de 10 de dezembro de 1964".
Brasilia, em 16 de setembro de 1974. _Ernesto Geisel.
'7824 Quinta-feira 3»
DIARIO DO CONGRESSO NACIONAl. (Sec;ão I) Outubro de l!17t
EXPOSrçAO DE MOTIVOS N.o 391, DE 11DE SETEMBRO DE 1974, DO MINISTÉRIO DA FAZENDA
Excelentíssimo Senhor Presidente da República:
De há muito vêm os industriais brasileiros pleiteando a modificação da legislaçãopertinente à marcação e à rotulagem dosvolumes e dos produtos destinados ao mereado externo.
2. Acontece, entretanto, que, na formada legislação vigente no Brasil - arts. 43e 44 da Lei D.o 4.502, de 30-11-64 e art. 1.0da Lei n. O 4.557, de 10-12-64 - não podemler atendidas solicitações dessa natureza.
3. Com efeito, assim dispõem os mencio-nados dispositivos legais:
"Art. 43 da Lei n.o 4.502, de 30-11-64:
O fabricante é obrigado a rotular oumarcar seus produtos e os volumes queos acondicionarem em lugar visível, indicando a sua firma ou a sua marca registrada, a situação da fábrica produtora (localidade, rua e número), a expressão "Indústria Brasileira" e outrosdizeres que forem necessários à identificação e ao controle físcal do produto,na forma do regulamento.I 1.0 Os produtos isentos conterão ainda, em caracteres vtsívets, a expressão- "Isento do Imposto de Consu-mo" e a marcação do preço de venda novarejo quando a isenção decorrer dessacircunstância; as amostras de produtostarmacêutíeos conterão a expressão"Amostra Grátis".§ 2.0 As indicações deste artigo e deseu § 1.0 serão feitas pelos processosque o regulamento estabelecer, em cada unidade do próprio produto ou, sehouver impossibilidade ou impropriedade, no recipiente, envoltório ou embalagem.§ 3.0 O reacondicionador indicará ainda o nome do Estado ou do pais produtor, conforme o produto seja nacional ou estrangeiro.§ 4.0 A rotulagem ou marcação seráfeita antes da saída do produto do respectivo estabelecimento produtor.
Art. 44 da Lei n. o 4.502, de 30-11-64:Os rótulos de produtos fabricados noBrasil serão escritos exclusivamente emidioma nacional, excetuados apenas osnomes dos produtos e outras expressõesque não tenham correspondência emportuguês, desde que constituam, aqueles nomes, marcas registradas no Departamento Nacional da PropriedadeIndustrial.
§ 1.0 Esta disposição não se aplica' aosprodutos especificamente destinados àexportação, cuja rotulagem ou marcação poderá ser adaptada às exigênciasdo mercado estrangeiro importador.
§ 2.0 Para os produtos destinados à Zona Franca de Manaus, prevalece o disposto no eaput deste artigo.Art. 1.0 da Lei n.o 4.557, de 10-12-64:Os volumes que eontiverem produtosfabricados, beneficiados ou extraídos noBrasil, destinados à exportação, serãomarcados de forma a indicar a sua ori,;,gem brasileira e o nome do produtor ouexportador."
4. No que concerne à marcação e à rotulagem dos produtos, a legislação atual,de modo geral, atende às necessidades e àsconveniências da política de exportação.Isso não obstante, vale registrar que há calIOa de produtos cujo acesso ao mercado in-
ternacional é muito difícil em razão deste se encontrar dominado pelo chamado"comércio de marcas", ou seja, a mercadoria somente atinge a população se adquirida por organizações que detêm a distribuição e operam com "marcas" de aceitação indiscutível pelo consumidor.
5. Em muitos casos, os fabricantes dealguns desses produtos não mais existem,apenas a sua marca vem sendo colocada em
- produtos fabricados em diferentes países domundo, inclusive no Brasil que já realizouexportações nessa modalidade, ficando acritério dos produtores a aceitação ou nãodas condições impostas pelo importador.
6. Analisando o assunto sob o prismada política de exportação, concluí-se pelaconveniência de se manter regras flexíveisa respeito, com vistas à abertura de novosmercados aos fabricantes nacionais.
7. Necessárias se tornam, assim, no quediz respeito à marcação de volumes destinados à exportação, as seguintes ponderações:
a) a caracterização detalhada de volumesperde o sentido com a utlllzação mais intensa de containers:
b) para certas mercadorias o nome do fabricante caracteriza o produto e induz acrescentes víolacões e roubos em portos estrangeiros, notadamente daqueles de altovalor ou de fácil manipulacâo.
8. Nestas condições, penso que se devamitigar os rigores da legislação disciplinadora da matéria, motivo pelo qual submetoà elevada consideração de Vossa Excelência o projeto de lei em anexo, que acrescenta parágrafo ao art. 43 da Lei n.? 4.502,de 30-11-64, e ao art. 1.0 da Lei n.o 4.557,de 10-12-64.
9, A proposta ora formulada, é realmente de interesse para a economia nacional,que deve atender às condições prevalecentes no mercado internacional, a exemplodo que fazem outros países.
Valho-me da oportunidade para renovara Vossa Excelência os protestos do meu maisprofundo respeito. - Mário Henrique Si·monsen, Ministro da Fazenda.
PARECER DA COMISSÃODE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA
I e 11 - Relatório e Voto do Relator
O Projeto n. o 2.243, oriundo de Mensagemn. o 444/74, do Poder Executivo, acolhe antiga pretensão de industriais brasileiros, quesegundo a exposição de motivos, "de hámuito vêm pleiteando a modificação pertinente à marcação e à rotulagem dos volumes e dos produtos destinados ao mercado externo",
Caberá à Comissão de Economia, Indústria e Comércio examinar o mérito.
Nada encontramos para objetar quanto àcompetência regimental da Comissão deConstituição e Justiça ao examinar a constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa .
Pela aprovação, é o nosso parecer.
Sala das sessões, em 21 de outubro de1974. _ Altair Chagas, Relator.
111 - Parecer da Comissão
A Comissão de Constituição e Justiça, emreunião de sua Turma "B", realizada em2-10-74, opinou, unanimemente, pela constitucionalidade e juridicidade do Projeto n. o2.243/74, nos termos do parecer do Relator.
Estiveram presentes OS senhores Deputados: Luiz Braz, Presidente em exercício(art. 76 do RI), Altair Chagas, Alceu Collares, Alfeu Gasparlní, Américo de Souza,José Bonifácio Neto, Luíz Losso, Lysaneas
Maciel, Pires Sabóia e Ruydalmeída Barbosa.
Sala das Sessões, em 2 de outubro de 1974.- Luiz Braz, Presidente em exercício, (art.76 do RI) - Altair Chagas, Relator.
PARECER DA COMISSÃO DE ECONOMIAINDÚSTRIA E COMÉRCIO
I - Relatório
1. As exportações são mais um instrumento para a construção do poder nacional brasileiro. Não houve neste Pais medida mais condizente com o interesse nacional e mais poderoso para consolidar opoder nacional do que a ampliação do nossosetor externo. '
A politica de comércio exterior constituio elemento crítico na atualidade, no modelo de desenvolvimento econômico brasileiro.
A continuação da taxa alta de crescimento da economia brasileira depende emgrande parte do aumento do volume de exportações, especíatmante dos produtos manufaturados, para conseguir reservas surt...cientes para amortizar a divida externa. epara aumentar o mercado para produtosbrasileiros em geral. '
2. Cada objeto fabricado pelo homem 'éportador como que de uma mensagem, quese traduz pela-própria forma desse objeto,ademais caracterizado pela nacionalidade deque provém, Assinala-o Douglas F. KeUy,professor de Estétlca Industrial nos Estados Unidos. Aliás, acrescenta, esse fenômeno independe da matéria e da técnica defabricação do objeto. pois por toda a parteencontramos objetos de madeira, de aço, deplástico, de vidro, de porcelana,
"De onde vem, então, esta identidade ,nacional, tão fortemente marcada para quenos seja assim comunicada de maneira sensivel? Por certo, ela deita" raizes nas tradições populares, nesse' inconsciente coletivopróprio de cada grupo étnico, tanto quantono gênio próprio dOS homens e em sua maneira de utilizar o objeto. É ao sociólogo e aoetnólogo que cabe explicar tais razões. O desenhista descobre as principais Indícaçôesvisuais, precisa esses elementos, define-os. afim de melhor compreender algumas .dasmaneiras peculiares de expressão e de tazera escolha em suas próprias criações, inscrevendo-se no quadro de um só nacíonahsmo, ou, ao contrário, recusando essa escolha para evitar qualquer referência a ummodo particular." '
3. A importância do desenho industrl'alse traduz em termos nacionais e internacionais. Nacionais, permitindo a educacãoeinformação do consumidor por uma malhoria visual e funcional dos produtos, Iriternacionais pelo conhecimento das necessidades e preferências do consumidor estrangeiro e por decorrência na adaptação do desenho do produto brasileiro a essas exigên-cias. .
Partindo-se do príncípío que ("desennoindustrial é uma atividade criativa cuíaünalldade é determinar as qualtdades rrormais dos objetos produzidos pela indústria"(Tomás Maldonado)" torna-se extremamente difícil a aplicação da política de desenhoindustrial. Por que?
Conforme se sabe o "design" de um, ph:>duto é fundamentalmente uma função doshábitos culturais .dos consumidores da 'comunidade analisada. Por outro lado, ele depende da capacidade tecnológica do sistema.
Outubro de 1974
Ora, tem-se que os hábitos de consumoelos países :subdesenvolvidos são moldadosem grande parte, sobretudo no que eoncernê aos produtos mais sofisticados, nos hábitos de consumo dos países desenvolvidos.
Em segundo lugar, para obter o produtocom a sofisticação adequada a uma economia em desenvolvimento como a nossa, necessário se faz transferir tecnologia do exterior.
Em terceiro lugar, devido à restríeão domercado interno essa tecnologia deveráatender as neeessídades do produtor interno em atingir custos de produção reduzidos a fim de conquistar mercado externo,saída viável para o desenvolvimento do Pais.
,]i:m quarto lugar, essa tecnologia traz in~orporada o "desígn" do produto a ser comercializado. Deduz-se que a criação de umdesenho de produto tipicamente brasileirotorna-se extremamente precária dada li.';
variáveis acima.
Entretanto, as saídas existem. E essas saídas se encontram dentro das próprias empresas que utilizam tecnologias avançadas;;~á, se pode mencionar exemplos de certasempresas multínacíonaís que utilizando"desígners" locais produziram bens com asôfísticação exigida pelo mercado externo.
'por outro lado, a nova opção que surgeestá intimamente ligada ao desenho industrial pela possibilidade que este permite de~4)Jc:u' o consumidor. Ora, a partir do momérito que começarem a ser expostos proqu'tos tipicamente nacionais em um localPPP:e se supõe estarão os melhores produtosdaIndústría nacional, acredita-se que o leque: de opções será aumentado. Além domaís o importador internacional tomará conhecimento do potencial brasileiro de cria.tividade, permitindo assim aos "designers"~cais incursões cada vez mais aprofundadas na cultura brasileira a fim de elevar oreal valor da expressão "made in Brazil".
.." indústria brasileira multiplicou sua produção, abriu novos mercados e prepara-se,agora, para. ingressar em novo estágio, emque buscará alcançar o nível tecnológico dospaíses industrializados. Esse êxito da políticaIndustrial somente foi possível porque oempresárto brasileiro soube utilizar com dinamismo os instrumentos e incentivos queá,. "Governo da Revolução criou para o pro·g'fesso econômico e social do País.
'4. Nos termos do artigo 51 da Constitui~ão, o Excelentíssimo Senhor Presidente daRepública, General Ernesto Geisel, através
·da-MENSAGEM 447/74 submete à elevadadeliberação dos Senhores Membros do Con'gresso tilacional, acompanhado de Exposição de Motivos do Senhor Ministro deEstado da Fazenda, projeto de lei, que
, '~a,érescenta parágrafo ao artigo 43 da Lei.n.t> 4.502, de 30 de novembro de 1964, e ao'artigo 1.0 da Lei n.? 4.557, de 10 de dezembrude 1964".
Nesta Casa, o Projeto de Lei recebeu on.o 2.243/74.
,5. Em fundamentada Exposição de Motivos, de n.o 391, de 11-9-74, o Senhor Ministro de Estado da Fazenda, Mário,J:I~nrique Simonsen, esclarece que "De hámuito vêm os industriais brasileíros pleiteando a modificação da legislação pertinenteà.marcação e à rotulagem dos volumes edos produtos destinados ao mercado ex
.terno".
Inobstante, "na forma da legislação vigente no Brasil - arts. 43 e 44 da Lei n. o~,502, de 30-11-64 e art. 1° da Lei n.v 4.557,de 10-12-64 ~ não podem ser atendidassolícítações dessa natureza".
DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (S~ão I)
"No que eoncerne à marcação e à rotulagem dos produtos, a legislação atual, demodo geral, atende às necessidades e àsconveniências da politica de exportação".
" ... há casos de produtos cujo acesso aomercado internacional é muito difícil emrazão deste se encontrar dominado pelochamado "comércio de marcas", ou seja,a mercadoria somente atínge a populaçãose adquirida por organizações que detêma distribuição e operam com "marcas" deaceitação indiscutível pelo consumidor".
"Analisando o assunto sob o prisma dapolítica de exportação, conclui-se pela conveniência de se manter regras flexíveis arespeito. com vistas à abertura de novosmercados aos fabricantes nacionais".
"Necessárias se tornam, assim. no que dizrespeito à marcação de volumes destinadosà exportação as seguintes ponderações:
a) a caracterização detalhada de volumesperde o sentido com a utilização mais intensa de "containers";
b) para certas mercadorias o nome dofabricante caracteriza o produto e induz acrescentes violações e roubos em portos estrangeiros, notadamente daqueles de altovalor ou de fácil manipulação".
Nestas condícões, conclui a EM, subexamen, pela necessidade de serem mitigados os rigores da legislação disciplinadorada matéria, atendendo-se às condições prevalecentes no mercado internacional, a'exemplo do que fazem outros países.
6. A proposta ora formulada visa apermitir a dispensa, em casos especiais, damarcação da origem dos produtos brasileiros, porém, de conformidade com as normasque a esse respeito forem baixadas peloConselho do Comércio Exterior.
As leis, como normas que pretendem regular a vida, não devem ser estáticas. Aorevés, impõem que sejam suficientementeflexiveis, a fim de se amoldarem às diversascon tingências.
11 - Voto do Relator
Nos limites de nossa competência, consoante prescrito no § 5.0 , do artigo 28, doRegimento desta Casa, nada encontramosna iniciativa governamental que desaconselhe sua aceitação.
Nessas condições, entendemos que osmembros dessa Comissão devam votar porsua aprovação.
Sala da Comissão, em de de 1974.Wilmar Dallanhol, Relator.
IH - Parecer da Comissão
A Comissão de Economia, Indústria e Comércio, em reunião extraordinária, realizada em 1.0 de outubro de 1974, aprovou,por unanimidade, o Parecer do Relator,Deputado Wilmar Dallanhol, favorável aoProjeto n.? 2.243174, oriundo da Mensagemn.o 444174, do Poder Executivo, que "Acrescenta parágrafo ao artigo 43 da Lei n.o4.502, de 30 de novembro de 1964, e ao artigo 1.0 da Lei n.v 4.557, de 10 de dezembrode 1964".
Comparecem os Deputados Amaury Müller, no exercício da Presidência, WilmarDallanhol, Relator, Amaral Furlan, JoãoArruda, José Haddad, Januário Feitosa,
. Paulino Cícero e José da Silva Barros.
Sala da Comissão, em 1.0 de outubro de1974. - Amaury Müller, no exercício daPresidência - Wilmar Dallanhol, Relator.
Quinta-feira 3 78U
PROJETO DE LEIN.O 2.258-A, de 197<1
(Do Poder Executivo)MENSAGEM N.o 446174
Dispõe sobre a transformacão do Conselho Nacional de Pesquisas' em Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e dá outrasprovidências; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pel;lconstitucionalidade; e, das Comissõesde Oiênela e Tecnologia e de Fmanças,pela aprovação. .
(PROJETO DE LEI N.O 2.258, DE 1974, AQUE SE REFEREM OS PARECERES.)O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 É instituido, com personalidade
[uridíea de direito privado, sob a forma defundação, vinculada à Secretaria de Planejamento da Presidência da República,O Conselho Nacional de DesenvolvimentoCientífico e Tecnológíco (CNPq), por transformação do Conselho Nacional de Pesquisas.
Art. 2.0 O Conselho terá por finalidadeauxiliar o Ministro de Estado Chefe daSecretaria de Planejamento no desempenhodas atribuições que a este foram conferidas pelo artigo 7.0 , item HI, da Lei número6.036, de 1.0 de maio de 1974, principalmente quanto à análise de planos e programas setoriais de ciência e tecnologia equanto à formulação e atualização da politica de desenvolvimento científico e tecnológico, estabelecida pelo Governo Federal.
Parágt afo único. Para atender às suasfinalidades, o CNPq poderá manter os Institutos subordinados ao Conselho Nacionalde Pesquisas, bem como criar novos Institutosou outros mecanismos.
Art. 3.° O Conselho terá sede e foro noDistrito Federal e reger-se-á por estatutosa serem aprovados por decreto, no prazode 90 (noventa) dias, contados da data dapublicação desta Lei.
Parágrafo único. O Conselho considerar-se-á instalado na data da publicação,nc Diário Oficial, do ato de nomeacão dorespectivo dirigente, na conformidade dosestatutos.
"rt. 4.° Constituirão patrimônio do Conselho:
I ~ bens imóveis, móveis e instalaçõesdo Conselho Nacional de Pesquisas quesejam transferidos para a nova entidade;
II ~ dotações consignadas no orçamentoda União;
IH ~ receitas operacionais liquidas;
IV - receitas patrimoniais liquidas;V - doações;VI - recursos de outras origens.
§ 1.0 Não se aplica ao Conselho o disposto nas alíneas a e b do artigo 2.° doDecreto-Lei n.? 900, de 29 de setembro de1969.
§ 2.° O decreto que aprovar os estatutosdo Conselho será acompanhado de relaçãocontendo a discriminação e caractertzacâodos bens imóveis de que trata o item Ideste artigo, a qual servirá de titulo paraa transcrição destes no respectivo registrode imóveis.
Art. 5.° Fica autorizada a transrerênela,para o Conselho, de parcela das dc.~açnes
eonstgnadas ao Conselho Nacional de Pesquisas, no orçamento da União para o corrente exercício.
Art. 6.° O regime jurídico do pessoal doConselho será o da legislação trabalhista.
7826 Quinta-feira. 3 BURIQ DO CONGRESSO NAcIoNAL' <Seção I) Outubro de 1974
Art. 7.° O coneeíbo poderá. aproveitarintegrantes do corpo técnico e administrativo do Conselho Nacional de Pesquisas.
§ 1.0 Será. computado, para o gozo dosdireitos da legislação trabalhista e deprevidência social, o tempo de serviço anteriormente prestado à Administração PÚblica pelos funcionários que forem aproveitados na forma do disposto neste artigo.
, 2.0 A contagem do tempo de serviçoa que se refere o § 1.0 rar-se-é segundo
.as normas pertinentes ao regime estatutário; inclusive computando-se em dobro,para efeito de aposentadoria, os períodosde licença especial não gozada, cujo direitohaja sido adquírítío sob o mesmo regime.
§ 3.° A União custeará. a parcela deaposentadoria correspondente ao tempo deserviço prestado sob o regime estatutário,mediante inclusão no orçamento, anualmente, de dotação específica em favor doINPS.
§ 4.° Os funcionários que não foremaproveitados nos termos deste artigo, ouque não optarem pelo regime da legislaçãotrabalhista, integrarão Quadro Suplementar, a ser regulado por ato do Poder Executivo. '
Ar1;.8.o O Poder Executivo adotará asprovidências necessárias à oportuna extinção do Conselho Nacional de Pesquisas..
Art. 9.0 Esta Lei entra em vigor na datade sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Brasílís, em de de 1974..i LEGISLAÇÃO CITADA
DECRETO-LEI N.o 900,DE 29 DE SETEMBRO DE 1969
Altera disposições do Decreto-Lei n.?200, de 25 de fevereiro de 1967, e dáoutras providências.
Art. 2.° Não serão instituídas pelo PoderPúblíeo novas fundações que' não satisfaçam 'cumulativamente os seguintes requisitos e condições:
a) dotação específica de patrimônio, gerido pelos órgãos de direção da fundaçãosegundo os objetivos estabelecidos na respectiva lei de criação;
b) participação de recursos privados nopatrimônio e nos dispêndios correntes dafundação, equivalentes a, no mínimo, umterço do total;
c) obj etivos não lucrativos e que, por suanatureza, não possam ser satisfatoriamenteexecutados por órgãos da AdministraçãoFederal, direta ou indireta; .
d) demais requisitos estabelecidos na legíslação pertinente a fundações (artigos 24e seguintes do Código Civil)................................................. ., .
LEI N.o 6.036,DE 1.° DE MAIO DE 1974
Dispõe sobre a criação, na Presidência da República, do Conselho deDesenvolvimento Econômico e da Seeretarla de Planejamento, sobre o desdobramerrto do' Mínístêrio do Trabalhoe Previdência Social, e dá outras providências.
~ ..
Art. 5.° o parágrafo 1.0 do Artigo 15 doDecreto-Lei n.? 200, de 25 de fevereiro de196'0 passa a vigorar com a seguinte redaçao:
"§ 1.0 Cabe a cada Ministro de Estadoorientar e dirigir a elaboração do programa setorial e regional correspondente a seu Ministério e ao Ministro
de Estado Chefe da Secretaria de Planejamento, auxiliar diretamente o Presidente dá República na coordenação,revisão e consolidação dos programassetoriais e regionais e na elaboraçãoda programação geral do Governo."
Art. 7.0 A Secretaria de Planejamentoda Presidência da República incumbe, emparticular, assistir o Presidente da República:
I - na coordenação do sistema de planejamento, orçamento e modernização administrativa, inclusive no t o c a n t e aoacompanhamento da execução .dos planosnacionais de desenvolvimento;
II - na coordenação das medidas relativas à política de desenvolvimento econômico e social;
lU - na coordenação da política dedesenvolvimento científico e tecnológico,principahnente em seus aspectos econômico-financeiros, ressalvada a eompetêneíadeferida à Secretaria-Geral do Conselhode Segurança Nacional;
IV - na coordenação de assuntos afinsou ínterdependentes que interessem a maisde um Ministério.
:MENSAGE~N.o 146, DE 1974,DO PODER EXECUTIVO
Excelentlssímos Senhores Membros doCongresso Nacional:
Nos termos do artigo 51 da Ocnstítuícãotenho a honra de submeter à elevada "de~liberação de Vossas Excelências,acompanhado de Exposição de Motivos do Senhor:Ministro dr Estado "Chefe da Secretaria dePlanejamento. da Presidência da Repúblicao anexo projeto de lei que "dispõe sobre atransformação do Conselho Nacional dePesqulsas .em Conselho N a c i o n a 1 deDesenvolvimento Científico é Tecnológico<CNPq), e dá outras providências".
Brasília, em 17 de setembro de 1974. Ernesto Geisel.
EXPOSIÇAO DE MOTIVOS N.o 183-B, DE28 DE AGOSTO DE 1974, DO SENHORMINISTRO DE ESTADO C H E F E DASECRETARIA DE PLANEJAMENTO DAPRESIDtiJNCIA DA REPúBLICA.
Excelentíssimo Senhor Presidente da Re-pública:
O desenvolvimento científico e tecnológico e fi t á destinado a constituir nopróximo estágio de desenvolvimento, umdos mais importantes componentes da estratégia de desenvolvimento.
2. Além do esforço de transferir, parao 'País, tecnologia moderna, ser-á imprescindível passar a realizar, internamenteadaptações tecnológicas, e, mesmo, criarfluxo razoável de inovação tecnológica.
3. Através da Lei n,> 6.036, de 1.0 demaio aI:. 1974, esta Secretaria de Planejamento recebeu a atribuição de assistirdiretamente vossa Excelência "na coordenação da política de desenvolvimento científico e tecnológico, principalmente em seusaspectos ecouômícc-rínaneeíros, ressalvada a competência deferida à SecretariaGeral do Conselho de Segurança Nacional".
4. É chegado o momento de, a pós demorados estudos, propor a Vossa Excelência o instrumental necessário .à dinamização da ação global de Governo nessecampo, através do fortalecimento do Conselho Nacional de Pesquisas, pela suatransformação em Conselho Nacional deDesenvolvimento Científico e Tecnológico(CNPq).
5. O anexo projeto de lei eonsubstancíatal proposição, que objetiva modernizar eflexibilizar a estrutura do órgão, sob arorma de fundação, solução adotada emgrande número -de países industrializadospara o assessoramento de Governo nessecampo.
6. O novo Conselho. deverá auxiliar estaSecretaria de Planejamento no desempenhodas citadas atribuições, príncípalmentequanto à análise de planos e programassetoriais d< ciência e tecnologia e quantoà formulação e atualização da política deciência e tecnologia-do Goyerno.
7. Desta forma, estar-se-á. criando' omecanismo eficaz para consolidar o importante trabalho que o Conselho Nacional dePesquisas vem realizando, inclusive no esti••mlo à atividade de pesquisa, básica eaplicada, e 11 formação de pessoal altamente especializado, assim como na realizaçãode estudos e sugestão de opções e ~iretri
zes, A integração que o atual Conselho vempromovendo, entre representantes de Governo e cientistas e tecnólogos, deverá sermantida e ampliada, com a nova estrutura.
Aproveito a oportuntdade para renovFa Vossa Excelência os protestos do. meumais profundo respeito. - João Paulo dosReis Velloso, Ministro.
PARECER DA COMISSÃODE CONSTITUIÇãO E JUSTIÇA
I e li - Relatório e,Votó do Relàtor
O Projeto n.? 2.258/74, oriundo de Menc"Agem n.O 466, de 1974, do Poder Executl-'vo,deverá. ter seu mérito examinado, conformeo regimento, pela Comissão de Ciência" eTecnologia.
Envolvendo aspectos de forma, redação ede técnica legislativa, preenche de modo favorável as exigências que a. Comissão deConstituição e Justiça poderia faz~r paraliberá-lo.. .
Já. as despesas que fatalmente ocorrerãoe ~ contagem de tempo de serviço paraereíto de aposentadoria, previsto no § 2.0 doart. 7.° levam a iniciativa da priJposição àexclusividade do Exeelerrtíasímo Sen1lOtPresidente da República, nos termos do artigo 57 da Constituição.
Concluímos pela aprovação.
"Sala das Bessôes, em 2 de outubro de1974. - Altair Chagas, Relator.
lU - Parecer da Comissão
A 9_omissão de COnstituição e Justiça, emreumao de sua Turma "B", realizada em2/10/74, opinou, unanimemente, pela COl)Iltãtucícnalídade do Projeto n.o 2.258/74, nostermos do parecer do Relator.
Estiveram presentes os Senhores Deputados Luiz Braz, Presidente em exercício(art. 76 do RI), Altair Chagas, Relator, Alceu Oollares, Alfeu Gasparini, Améríco deSouza, José Bonifácio Neto, Luiz Lossn, Lisâneas Maciel, Pires Sabóia e Ruydalmeida.Barbosa.
Sala das Sessões, em 2 de outubro de 1974.- Luiz Braz Presidente em exercício (Art.76 do RI). - Altair Chagas, Relator.
PARECER DA COMISSãODE OI.l!:NOrA E TECNOLOGIA
I - Relatól'ioO presente projeto de lei dispõe sobre a
transrormação do Conselho Nacional dePesqnísaa em COnselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico que será.instituído sob a forma de fundação, víneula-,da à Secretaria de Planejamento da Pre- .sídêncía da República, com a finalidade deauxiliar o Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Planejamento quanto à anlilise
Outubro de 1974 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) QlIinta-feira S 7827
de planos e programas setoriais de ciênciae tecnologia e quanto à política de desenvolvimento cientifico e tecnológico.
Dispõe, ainda, sobre o patrimônio do novoórgão bem como sobre a transferência, palao mesmo, de bens e pessoal do Conselho Nacional de Pesquisas.
11 - Voto do RelatorEste País vem sendo impulsionado para o
desenvolvimento. Impõe-se, portanto, umavanço científico e tecnológico que requer autiliza~ão dos avanços já conseguidos poroutros países e a necessária adaptação dosmesmos às nossas necessidades, a ampliação da pesquisa, tanto básica quanto nocampo da ciência aplicada, planificada dentro de prioridade fixadas com objetividadee realismo e, ainda, o aumento de formaçãode pesquisadores.
A Lei n. O 6.036, de 1.0 de maio de 1974,dispõe em seu artigo 7.°, item III, que a Secretaria de Planejamento da Presidência daRepública assistirá o Excelentissímo SenhorPresidente da Repüblica na coordenação dapolítica de desenvolvimento cíentíríco e tecnológico, principalmente em seus aspectoseconômico-financeiros. lI:s.sim, o ConselhoNacional de Pesquisas, criado pela Lei n.o1.310, de 15-1-1951, necessitava de ser ampliado e dinamizado, para prestar o devidoauxilio â referida secretaria no desempenho dessa atribuição, objetivo que será possível com a sua transformação no ConselhoNacional de Desenvolvimento Cientifico eTecnológico, sob a forma de fundação, oque possibilita maior flexibilidade e prestezade ação.
Sou, asím, pela aprovação do projeto nasua integra.
Sala da Comissão, em 1.0 de outubro de1974. - Edson Bonna, Relator.
lU - Parecer da Comissão "A Comissão de Ciência e Tecnologia, em
reunião extraordinária, realizada em 1.0 deoutubro de 1974, aprovou, por unanimidade,o parecer do Relator, Senhor Deputado Edison Bonna, favorável ao Projeto n.O •••••••
2.258174. \
Estiveram presentes os Senhores Deputados Célio Marques Fernandes, Vice-Presidente, no exercício da Presidência, Ja.nduhy Carneiro, Vice-Presidente, Aldo Fagundes, Alencar Furtado, Ary Valadão,Fernando Fagundes Netto, Gonzaga Vasconcelos, Antônio Florê::1Cio, Edison Bonna,Relator, Gabriel Hermes, Carvalho Sobrinho,Luiz Garcia, Nina Ribeiro, Milton CasseI eAntônio Bresolln.
. Sala da Comissão, em 1.0 de outubro de1974. - Célio Marques Fernandes, Vice-Presidente, no exercício da Presidência - Edison Bonna, Relator.
PARECER DA COMISSãODEl FINANÇASI - Relatório
Submete-se, neste momento, à deliberaçãodos membros do Congresso Nacional, o projeto de lei acima ementado, seguido de Exposição' de Motivos do Senhor Ministro deEstado Chefe da Secretaria de Planejamento da Presidência da República, e encaminhado através da Mensagem n.o 446, de1974.
Pretende-se, com a medida:J. . transformar o Conselho, Nacional de
Pesquisas em conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, fundaçãede direito privado vinculada à Secretaria de Planejamento da Presidência daRepública;
2. fixar sede e foro do Conselho no Distrito Federal;
3. consüníír o patrimônio do referidoórgão;
4. autorizar a transferência, para o Conselho, de parcela das dotações consignadasao antigo CNPq, no orçamento da União para o corrente exercício;
5. definir o regime jurídico do pessoal doórgão, bem como dispor sobre seu aproveitamento.
O artigo 2.° da proposição em análise define li. finalidade do Conselho Nacional deDesenvolvimento Científico e Tecnológico,como órgão auxiliar do Ministro de EstadoChefe da Secretaria de Planejamento, nodesempenho das atribuições que lho foramconferidas em virtude do artigo 7.°, item UI,da Lei n.O 6.036, de 1.° de maio de 1974,
.ípsis litteris: .
"Art. 7.0 A Secretaria de Planejamentoda Presidência da República incumbe,em particular, assistir o Presidente daRepüblica:
IH - na coordenação da política de desenvolvimento científiCO e tecnológico,principalmente em seus aspectos econômico-financeiros, ressalvada a competência deferida à Secretaria- Geral doConselho de Segurança Nacional."
Competência básica do Conselho será,portanto, analisar os planos e programassetoriais de ciência e tecnologia. formulare atualizar a politica de desenvolvimentocientífico e tecnológico.
Com efeito, considerado o enfoque sístêmíco do planejamento do desenvolvimentonacional, temos como certo que o desenvolvimento científico e tecnológico constituium dos mais importantes componentes daestratégia de desenvolvimento nacional, oque corrobora com as afirmações iniciais daExposição de Motivos que justifica a medidalegal. Da mesma forma, os planos e programas setoriais de Ciência e Tecnologia constituem os elementos essenciais da estratégia de desenvolvimento da ciência e tecnologia do Governo. '
Compete a esta Comissão de :E'inançasanalisar as proposições que importem emaumento ou diminuição da receita ou dadespesa pública e o aspecto financeiro dosprojetos de lei. tnteressa, particularmente,a este órgão técnico, o disposto no artigo4.° da iniciativa de lei:
"Art. 4.° Constituirão patrimônio doConselho:I - bens imóveis, móveis e instalaçõesdo Conselho Nacional de Pesquisas quesejam transterídos para a nova entidade;Il - dotações consignadas no orçamentoda União;IrI - receitas operscíonaís líquidas;IV - receitas patrimoniais líquidas;V - doações;VI - recursos de outras origens."A Reforma Administrativa, através do
Decreto-lei n.? 900, de 29 de setembro de1969, determina que só serão Instituídas pelo Poder Público novas fundações que satisfaçam, dentre outros, os seguintes requisitos e condições:
I'a) dotação específica de patrimôniogerido pelos órgãos de direção da run
.dação segundo os objetivos estabelecidosna respectiva lei de criação; ,b) participação de recursos privados nopatrimônio e nos dispêndios correntesda fundação, equivalentes a, no mínímo,um terço do total.
As duas alíneas a que nos referimos delxam de ser aplicadas no caso particular dooonsetho Nacional de DesenvolvimentoCientífico e Tecnológico. A exceção encontra-se consubstanciada no § 1.0 do artigo4.° do projeto em exame.
Admitindo que a medida adotada venhaflexibilizar e dinamizar a estrutura do órgão, consideramos salutares as providênciasde caráter financeiro impostas pelo presente projeto.
U - Voto do Relatol'DO exposto concluímos pela conveniênl:lia
da aprovação do Projeto de Lei n.o 2.258, de1974, que dispõe sobre a transformação doConselho Nacional de Pesquisas em Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientificoe Tecnológico.
Sala da Comissão, em 1.0 de outubro de'1974. - Ildélio Martins.
IH - Parecer da ComissãoA Oomissão de Finanças, em sua reunião
extraordinária, realizada em 1.0 de outubro,de 1974, opinou, unanimemente, pela aprovação do projeto n.v 2.258/74, do Poder Executivo, nos termos do parecer do Relator,Deputado Ildélio Martins.
Compareceram os Senhores Arthur Santos, Presidente, Ildélio Martins e Ahiê ooury, Vice-Presidentes, Adhemar de Barros
.Filho, Homero Santos, Ivo Braga, Jorge Vargas, Tourinho Dantas, César Nascimento,Carlos Alberto Oliveira, Fernando Magalhães, Hermes Macedo, João Castello,Leopoldo Peres, ozanan Coelho, Joel Ferrei.ra e José Freire.
Sala da Comissão, em 1.0 de outubro de1974. - Arthur Santos, Presidente - IldélioMartins, Relator.
IV - O 8R. PRESIDENTE (Luiz Braga) -Está finda a leitura do expediente.
Passa-se ao Pequeno Expediente.Tem a palavra o Sr, Parente Frota.O SR. PARENTE FROTA - (Pronuncia o
seguinte díseurso.) Sr. Presidente, Srs.Depuputados, nossos problemas portuários,que há séculos se arrastam, agravando ocongestionamento de portos e armazéns, eprovocando prejuízos em conta, serão finalmente resgatados com a instituição daPORTOBRÁS.
A alvissareira notícia, veiculada pela imprensa, adianta que a PORTOBRÁS seráuma sociedade de economia mista, vinculada ao Conselho Porbuárío Nacional, e órgãodeliberativo ligado ao Ministério dos Transportes.
Na qualidade de entidade executiva, deverá superintender e executar a administração, exploração, melhoramento e ampliaçãoda rede portuária nacional, além de assumir, no referente aos portos, todas as atribuições que, presentemente, são executadaspelo DNPVN.
Deverá ser extinto este Departamento.Em sua substituição surgirá a HIDROBRÁS,com a finalidade de explorar nossas viasnavegáveis, até aqui subutilizadas.
Com o objetivo de racionalizar e unificara exploração dos portos brasileiros, modernizando-os e agilizando-os a ponto de tornáls auto-suficientes, a iniciativa vem recebendo aplausos de vários setores.
Atualmente se verifica tal diversificação.nas maneiras de aproveitamento dos portosnacionais, sob processos ultrapassados, queos resultados só podiam ser a negação desses regimes, como de fato vem ocorrendo.
A administração dos portos é feita hojeatravés da orientação direta do Departamento Nacional de Portos e Vias Navegáveis
7828 Quinta~feira 3 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 19'?1
em Manaus, Natal, Maceíó e Aracaju; porconcessão a governos estaduais em Recife,,Vitória, Niterói, São Sebastião, Pal'anaguá,Porto Alegre, Rio Grande e Pelotas; mediante concessão a companhias particularesem Santos e Salvador; por sociedades deeconomia mista em Belém, Rio de Janeiro eItaqui; e com terminais operados por empresas de outro tipo em Tubarão e tntrarértil.
Com a PORTOBRAS esses diversos regimos nas administrações dos portos serãosubstituídos por uma sociedade mista controlada pelo Governo Federal, com a participação de Estados e Municipios, consoantejá aplicado em outros setores da economianacional.
Mas, Sr. Presidente, e srs, Deputados, seisso procede perfeitamente no tocante aportos paralisados, constantemente congestionados ou disso ameaçados, com relaçãoaos em plena expansão, ligados aos grandesoutros mundiais de importação de nossosprodutos, não tem sentido.
Comenta-se que entre as cogitações daPORTOBRAs encontra-se a de vir a administrar e operar o Terminal de Tubarão, ea de absorver a Estrada-de-Ferro VitóriaMinas pela RFFSA.
Sobre tais pretensões, que julgamos inconvenientes aos Iegitãmos interesses nacionais, pedimos vênia para encaminhar aoGoverno Federal as considerações que seseguem, solicitando que sobre elas meditemprofundamente os estruturadores do projetocriador da PORTOBRAS e da integração detodas as estradas de ferro na RFFSA.
A Estrada dê FerrD Vitória-Minas, comseus 546 quilômetros, é reconhecida e proClamada uma ferrovia padrão, em volumetransportado e técnica operacional.
Idealizada pelo Engenheiro Pedro Nolaseo_ imorredoura glória capixaba - foi incorporada à Cia. Vale do Rio Doce em 1942,desde então entrando num ritmo de progresso que jamais se deteve.
No corrente exercício ela completará aduplicação de sua linha, passando a transportar o volume total de 110 mílhões de toneladas anuais, o que significará - e o proclamamos orgulhosamente, Sr. Presidente -o maior tráfego pesado do mundo.
Constituindo parte do sistema integradoda Vale do Rio Doce - mína-terrovia-porto- a EFVM vem realizando inúmeras obrasde retificação de linha, suavizando rampase encurtando distâncias, o que vem tornando possível a utilização de trens de até umquilômetro e meio de extensão, em que cinco locomotivas de 1.800 HP tracionam 149vagões de minério e um eaboose, representando tudo isso 13 mil e 120 toneladas brutas.
A partir de 1970, Sr. Presidente, eminentescolegas, quando a EFVM construiu um ramal de 172 Km visando o escoamento do minério das jazidas de Bicas, Fazendão, Alegria e Fábrica, e o carregamento da minado Cauê - que começou a produzir em 1972- a Estrada decidiu a duplicação de sualinha, cuidou de remodelar o parque de locomotivas e vagões - que presentementesomam 8 mil 530 unidades - e de implantarseu atual sistema de controle automático detráfego.
Em atendimento a esse programa de expansão, a Vale, no qüinqüênio 1970/74, consumiu 634 milhões de dólares ou seja, cercade 4 bilhões e 438 milhões de cruzeiros sóna duplicação das linhas da EFVM, gastando 1 bilhão 687 milhões de cruzeiros (241milhões de dólares).
Para os ínvestímentos em pelotâzaeão destinou a Vale 392 milhões; e para as obras
de adequação do porto de Tubarão, 744 milhões.
A Vitória-Minas, Sr. Presidente, que em1950 transportava 1 milhão 311 mil toneladas, no ano pasasdo passou a transportar50 milhões de toneladas liquidas e 82 milhões de toneladas brutas.
Sem contar com o ramal de Fábrica Costa Lacerda-c-Desembargador Drumond, alinha parte de Pedro Nolaseo, no litoral do'Espírito Santo, e-vai a João Paulo, além deItabira.
Descendo para o porto de Tubarão, o minério sai de mais de 800 metros de altitude.No trajeto percorri,go passa pelas estações epátios de Desembargador Drumond, Acesíta, Coronel Fabriciano, Ipatinga (USIMINAS), Governador Valadares, ConselheiroPena, e Aimorés, no Estado de Minas; eootatína, Santa Maria, porto Velho e PedroNDlasco, em território espíríto-santense.
Nesse trajeto, Sr. Presidente, encontra-seimplantado um sistema integrado de eontrole de tráfego e comunicações para linhasingela, complementado por sistemas deATC -.: Automatic Train Control, ACI Automatic Car Identifition, e AWD - Automatic Wheighing Devíce, que reduzem praticamenteazero a possibilidade de acidentes.
Sistema de telecontrole de tráfego, centralizado em Porto Velho, acompanha o .movimento de trens entre a formosa Capitaldo Espirito Santo e Itabira. Cada locomotivaé equipada com um ATC, que permite aomaquinista controlar a velocidade. As instruções partidas do centro operacional chegam codificadas através de equipamentoCAB - Sinal à Cabina, e a cada sinal estáassociado um limite de velocidade, Equipamento denominado ATS - Automatic TraioStop paralisa imediatamente a composiçãodesde que verificado excesso de velocidade.
Entre o material rodante da EFVM que vem sendo permanentemente substituído - figuram locomotivas de 1 mil 410 HPa 3 mil 900 HP diesel-elétricas, da GeneralMotors, e diesel-hidráulicas da Krauss-Mafreí, além de vagões de minério, graneleiros,drop-bottem, para o transporte de gusa, calcáreo, carvão, bríta, produtos siderúrgicos,dormentes e animais.
As oficinas de locomotivas, montadas emTubarão, facultam a manutenção sofisticada do material rodante da empresa, cujautilização cada dia é maior.
Pela Vitória-Minas circulam diariamente,Srs, Deputados, em cada sentido, nada menos de 12 trens-tipo, rebocando 15 mil toneladas brutas tracionadas por 9 mil HP.Além de transportar minério, a Estradaprossegue cumprindo sua meta inicial, queé a de escoar a produção agropastorrl e madeireira do Vale do Rio Doce, enquanto seprepara, readaptando as instalações de carga do cais de Paul e Atalaia às premêncíasdo Corredor de Exportação. Esses cais estãosendo preparados para receber e movimentar mercadorias as mais diversificadas, como grãos, gusa, álcool e melaço, e manter omesmíssímo índice de rentabilidade operacional.
Sr. Presidente, Srs. Deputados, a Cia. Vale do Rio Doce, aderindo à temática daRevolução, que vem defendendo as excelências do sistema integrado de ação, criou seuconjunto integrado: Mina - Estrada -Porto.
Quando a CVRD comprova, na práti.com número írreí'utáveís, que o GovernoFederal está certo, como admitir-se a dissociação desses três elementos: Mina Estrada - Porto? Como desprezar-se todosos apontados progressos, perseguidos e alcançados à custa de ideal e pertinácia, e do
emprego de tantos bilhões de cruzeiros?Como esquecer todo-as-e instrumental avençadíssímo, que PÔB em prática a tecnologiamais avançada que se conhece no mundomoderno? Como pensar em desintegrar oque integrado vem produzindo tão ínesperados frutos?
Foi o conjunto integrado Mina - Estrada- Porto, Sr. Presidente, que possibilitou àCVRD, em 1974, apresentar os seguintesnúmeros:
- exportação de 53 milhões de toneladasde minério;
- 400 milhões de dólares em divisas, obtidas com o minério exportado;
- elevação do capital social da CVRDpara 440 milhões de dólares; e
- lucro liquido previsto para o final desde exercício da ordem de 186 milhões de dó- 'lares, o que representa quase a metade deseu capital social.
A eficiência operacional do conjunto integrado Mina - Estrada - Porto garantíu,até a hora que vivemos - pela imagem positiva' projetada no exterior ~ os contratosa longo prazo com que a CVRD conta" defornecimento de minério de ferro para, entre outros países, o Japão, Alemanha e Es"tados Unidos.
Referida eficiência operacional, Sr. Presidente, foi mais além, eis que -propiciou osurgimento de associações internacionaisentre a CVRD e empresas estrangeiras, quesignificarão, em futuro próximo, milhões dedólares em divisas, povoamento de áreasestratégicas do Brasil, criação de novos empregos, e apoio à florescente indústria brasileira, Como alguns exemplos, passamos-acitar:
- a Amazônia Mineração é uma Sociedade Anônima constituída com a empresaamericana United State Steel, para a exploração do minério de ferro de Carajás,noEstado do Pará;
- as ITABRASCO, NIBRi\SCO e HISPANOBRAS são associações com empresas italianas, japonesas e espanholas, constituídaspara a construção de usinas de pelotísaçâono terminal de Tubarão; ,
- a Mineração Rio Norte S .A. é umaassociação com a empresa ALCAN e outras,para exploração da bauxita no Rio Trombetas, no Estado do Amazonas;
- a ITAVALE, com a ACESITA, propõese a explorar o minério de ferro das [azídasda ACESITA e as localizadas em Minas Gerais;,~ a FLONIBRA é uma assoéíacâo com a
empresa Japan Brazil Paper an Pulp, e destina-se ao reflorestamento e produção decelulose no Espírito Santo;
- a ALBRAS, com empresas japonesas dogrupo LMSA, vai produzlr alumínlo em Be-lém; ,
- Além dessas, encontram-se em face denegociação associações com países árabespara o erguímento de novas usinas de pelotízação no Estado do Espírito Santo, e deusina de ferro no Egito,
Absorvida a EFVM e onerado o Terminalde Tubarão pela POR'l'l, -"lAS, teria a CVRDcondições de manter esse ritmo de expan
, são, propiciando a seus integrantes e ao Paíaos dividendos que a cada novo ano são maissígnírícatívos?
Entendemos que não, Sr. Presidente.Só ao simples anúncio da criação da
PORTOBRAS os 10.000 ferroviários pertencentes aos quadros da CVRD entraramnuma fase de total preocupação, em face'do clima de insegurança .. emergido.
Outubro de 1974 DIáRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feirl.'- 3 7829
o atual presidente da CVRD, o economista Fernando Roquette Reis, até apresentemomento não recebeu nenhum informe sobre o assunto capaz de habilitá-lo à tranqüilização da alarmada classe ferroviária daempresa.
Aos empregados da CVRD, que percebemsalários proporcionais ao que produzem, nãointeressa a estatízaçâo. Sofreriam com eladecesso de vencimentos, o que, sobre ser iníquo, provocaria mrnímízação dos índices deexportação de minério, com reflexos negativos no setor de divisas.
Sr. Presidente, ara, Deputados, somente nomês de setembro, recém-findo, a CVRD batendo todos os recordes de sua 'história naexportação de minérios de ferro: exportou5 milhões e 238 mil toneladas.
A solução defendida pelos organizadoresda PORTOBRAS será acatáveí, desde quenão absorva empresas na situação econômica da CVRD, que com seu sistema integrado Mina - Estrada - Porto vem colhendo sucessos econômicos surpreendentes, comrepercussão no exterior das mais animadores.
Até hoje, Srs. Deputados, ao longo de todaa nossa atuação parlamentar, em razãomesmo de nossa formação, jamais nos batemos por tema que não fosse do interessenacional.
Ao ocuparmos esta tribuna com as considerações que acabamos de tecer, em favor dapermanência do sistema integrado da CVRD,agindo paralelamente com a futura PORTOBRáS, como bastião na defesa do País,e de seus autênticos interesses sóeío-econômicos, mais uma vez insistimos em manternossa linha de conduta,
O mérito desta reívíndícacão e a relevância desta causa nos dão a' inabalável certeza de que elas haverão de sensibilizar asautoridades governamentais incumbidas desua positivação,. fazendo prevalecer, acimade quaisquer pontos de vista pessoais, 08alevantados e superiores interesses do Brasil.
Era o que tinha a dizer.
O SR. LUIZ LOSSO - (Pronuncia o. seguinte díscurso.) Sr. Presidente, Srs. Deputados, o Sr. Presidente da República, General Ernesto Geisel, com o propósito de eco.nomízar combustíveis, deseja por decretorestringir os carros oficiais, limitando o seuuso apenas aos setores Indlspensáveís, taiscomo: corpo de bombeiros, policia, executivos, ministros, secretários, ambulâncias ecomandos militares.
Realmente, tal medida é de largo alcance para a nossa economia. Ê preferível queSe dê uma ajuda aos diferentes departamentes para as despesas de transportes emcasos importantes, do que continuar a manter elevados gastos com veículos, que às vezes atendem mais a interesses particularesdo que ao serviço público. Assim, haveriamelhor aplicação' dos dinheiros da Nação.
Somos de parecer, Sr. Presidente e Srs.Deputados, de que esta medida não se develimitar apenas ao âmbito federal, mas seestender a todo o território nacional, abrangendo os governos estaduais e municipais eas autarquias. .
Ê necessário que a medida seja posta emexecução o quanto antes, porque estamosdiante de problemas mundíaís sem precedentes, que ocasionam uma crise que, tudoindica, ultrapassará a ocorrida em 1930,que abalou todos os povos.
oremos, Sr, Presidente e Srs. Deputados,que todos os verdadeiros patriotas aceitarâo estas restrições do Governo, que evita- .rão prejuízo aos transportes individuais,
pois, hoje, dadas as facilidades oferecidas, ocidadão pode adquirir o seu veículo próprio.
Aliás, somos de opinião que os atuais usuários de carros oficiais poderiam dispor defacilidades para adquirir o seu próprio veículo, correndo, porém, as despesas de manutenção por conta do proprietário.
Todos somos iguais perante a lei. O usode veículos oficiais é uma regalia toda especial. Ê preciso que todos colaborem paraque a Nação saia da situação difícil em quese encontra, Estamos certos de que a medida ora cogitada proporcionará economiade milhões de litros de gasolina e, conseqüentemente, de milhares de cruzeiros men-ssalmente. pai. os nossos aplausos ao Ex.mOSr. Presidente Ernesto Geisel.
:É verdade que estamos às portas da autosuficiência do petróleo; mas isso ainda levará algum tempo. E enquanto esse dia nãochegar, compete a nós economizar o precioso combustível, mesmo com sacrifícios,para que as nossas finanças não sejam aba-:Iadas, de tal forma que venha a 'Prejudicaro nosso desenvolvimento industrial e agrí-cola. .
O SR.RUY BACELAR""; (Pronuncia o seguínte díseurse.) Sr. Presidente, Srs. Deputados, ao assumir o Governo do Distrito Federa) o engenheiro Elmo .Serejo Farias encontrou problemas graves e complexos quenão deixavam dúvida alguma sobre ° quanto seria árdua a missão que lhe fora confiada pelo eminente Presidente Ernesto Geisel.
Não alinharei aqui problemas e dificuldades que constituíram e constituem desafioà comprovada capacidade administrativa doatual Governador de Brasília, pois estamosdiante de uma situação por demais notória. O vertiginoso crescimento da nova Capital, imprevisível para aqueles que a conceberam mas, é preciso dizer, nem sempreimprevisivel para os últimos governos daCidade, bastaria, por si só, para que o cargo fosse espinhoso. Além do mais, criara-seem Brasília um clima sobremodo negativo.Divergências, atritos e uma longa série deincidentes, cuja enumeração também nãonos interessa, implantaram um verdadeiro"estado de guerra" nesta bela e hospitaleira cidade, envolvendo de forma lastimável
. o seu Governo. Não exageraremos afirmando que de anos para cá vivíamos como seuma luta sem tréguas envolvera o Governode Brasília, de um lado, e tudo mais, deoutro. '.
Qualquer que seja a posiçao em que nossituemos nesse contexto, forçoso é reconhecer, também, que erros foram cometidos ese acumularam durante anos. ao mesmotempo que o planejamento da eídade sofriadesvirtuamentos injustificáveis e contra osquais se erguia a opinião pública. Brasília,
. por razões óbvias, é sempre assunto nacional, tanto por ser a sede do Governo Fe
.deral como pela circunstância de ser ummonumento de planejamento urbanístico ede arquitetura modernas que atrai a atenção de todo o País e do mundo inteiro. Suaimportância, portanto, não poderia sermaior, o que justifica até certo ponto a paixão com que seus problemas são muitasvezes discutidos.
Essa situação, difícil e complexa, é quedeve ter preocupado o Presidente ErnestoGeisel, levando-o a extremo cuidado na escolha do novo Governador. Ainda mais que,pouco antes, escândalos haviam eclodido,objeto de intenso noticiário da imprensa local e nacional.
Felizmente, para todos nós, ri eminentePresidente Geisel fez escolha das mais acertadas, ao convidar o engenheiro Elmo Serejo Farias para governar Brasília. Alheio
às lutas locais, a escolha recaiu sobre umtécnico e administrador de comprovada capacidade, com uma extraordinária folha deserviços prestados ao Pais, Sob todos os aspectos, dispunha e dispõe S. EX,a de virtudes, qualidades e experiência que o tornam plenamente capaz de solucionar osgraves problemas desta Cidade, realizandouma administração que o tempo exibirá como um marco na história de Brasília.
Fácil, assim, compreender o regozijo econfiança com que foi recebida a noticia deque o engenheiro Elmo Serejo Farias seriao novo Governador do Distrito Federal. Enestes poucos meses tem ele correspondí-do, totalmente, a esse sentimento. .
Homem firme, mas sereno e cauteloso, enrronnou-ss dos assuntos locais no necessário preparo para seu equacion~mento.Estabeleceu certo e até mesmo indispensávelentendimento com o criador do plano deBrasília, o urbanista e engenheiro LuciaCosta, o mesmo fazendo com Oscar Niemeyer, o gênio criador da arquitetura quetornou Brasília conhecida e admirada emtodo o mundo, atraindo turistas de todas aspartes..
Sr. Presidente, cônscio de suas responsabilidades, desarmado de preconceitos, o Governador Elmo Serejo Farias vai enfrentando, com firmeza mas inteira serenidade osproblemascuja solução é do seu dever.'
Isso se deu com o rumoroso caso da permuta de terrenos e imóveis realizada entrea SHIS e a ENCOL SIA. Em momento algum deixou que a paixão o contaminassemas também não se atemorizou diante déproblema que tamanha repercussão alcançara. Deu ao assunto tratamento seguroisento e sereno, no estrito cumprimento dé.seu dever.
O problema estava sob exame da Comissão do Distrito Federal do Senado da República. Aguardou que essa se pronunciasse,nenhuma interferência fazendo. F'inalmente, o assunto foi às suas mãos, para uma decisão difícil e grave. O dilema propiciouocasião para que o Governador revelasse,mais uma vez, capacidade de díscernímen.to i tírmeza na defesa da administração pú- .blica e, SImultaneamente, serenidadé díante de ânimos exaltados. Assim é que S. Ex.adeterminou fosse d caso submetido ao exame da Justiça e do Ministério Público. Aquela proferirá palavra final sobre questõescontrovertidas, dirimindo-as. Este cuidará.de promover ações penais que porventurase façam necessárias, na defesa ímpostergável do patrimônio público.
Absolutamente certa, segura e inatacávela decisão governamental. Não permitiu queo caso, objeto de tanto escândalo e tamanha controvérsia, prosseguisse como fontede desentendimento e acusações. como queum entulho a prejudicar, permanentemente; a administração local. E, simultanea-,mente, submeteu a questão à decisão daJustiça, a única capaz de resolver, constitucional, legal e definitivamente. as controvérsias suscitadas. CO!lJ.O há grandes interesses patrimoniais envolvidos, encaminhou o assunto ao MinIstério Público do Distrito Federal para adoção de qualquer medida penal que se torne cabível ou necessária, na defesa da honorabilidade administrativa e, sobretudo, çio patrimônio público,
E, tão breve quanto possível, a Justiça sepronunciará sobre o caso, dando palavra final a respeito do mesmo.
Firmeza e serenidade são flagrantes nessa decisão dó Governador Elmo Serej\) Farias, que não se precipitou nem procrastinou, num caso difícil e que tanta paixãocontinua a despertar. Com a mesma firmeza ·com que defende a coisa pública, não
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se dá a julgamentos que só tocam à Justiça.
Necessário, Sr. Presidente, que se aplauda essa conduta do Governador Elmo Serejo Farias, que não nos surpreende poishá muito o conhecemos, mas que dá aosque não o conheciam a certeza de que Brasília tem seu Governo confiado a mãos seguras, a um homem que, competente e experimentado, ·éde absoluto rigor na defesado interesse público mas, simultaneamente,sereno na tomada de decisões, o que lhepermite fazer a opção certa, como se deu nocaso que se tornou folcloricamente conhecido como "Burítígate".
Homem simples e avesso a-- personalismos,o Governador Elmo Serejo de Farias irá serevelando ao brasílíense através de fecunda,honesta e acertada administração, dando aBrasília o que ela tanto necessitava para asolução de seus já inúmeros e graves problemas.
Era o que tinha a dizer.O SR. ANTôNIO MARIZ - (Pronuncia
o seguinte díseurso.) Sr. Presidente, Srs.Deputados, foi a FederaçãD das Indústriasdo Estado da Paraíba objeto de contundentes e injustos ataques proferidos na tribuna da Câmara dos Deputados.
A pretexto de reformar-se a legislaçãoreguladora .da representação classista, promoveu-se na realidade uma agressão ao seupresidente, industrial Agostinho Veloso daSilveira, reeleito pela unanimidade dos sindicatos filiados no Estado. Estou convencido de que o Deputado Petrônío Figueiredo,um dós mais atuantes representantes paraibanos, não teria formulado esse libelo sedispusesse de melhores informações no caso.
Na própria acusação, porém, está implícita a defesa da Federação e expressa a motivação dos ataques: a unanímídade de eleí!!ão de Agostinho Veloso provocou o íneontormísmo dos que não souberam granjear aconfiança e o mandato de seus pares.
Trata-se pura e simplesmente das eternas e sediças lamentações, lamentações dosvencidos em pleitos eleitorais, infelizmentetão comuns no Brasil.
Desfruta a Federação das Indústrias doEstado da Paraíba o melhor eonceíto e omaior prestigio, seja no meio industrial local, seja na Confederação Nacional, seja naadministração pública em todos os níveis.E ísao decorre, sem sombra de dúvida, daatuação proba e eficiente de suas diretorias,desde a fundação e, muito especialmente,do desempenho sereno e altivo, constante eíntegro do seu Presidente,
Bastaria a análise dos nomes dos subscritores do documento em que se pediu a Agostinho Veloso a apresentação de sua eandí-
. datura à reeleição, para avaliar-se a seriedade de.sua administração e a altitude emque situou sempre a ação· da entidade declasse. José Waldomiro Ribeiro Coutinho,Ayrton Pires Maia, Giovani Gioia, José Gadelha de Oliveira, Fernando Marques de AImetda, Antônio Pinheiro Dantas e tantosoutros não pediriam a recondução do Presidente da FIEP se não estivessem convencidos dos altos préstimos por ele desenvolvidos no interesse da classe.
Não será na Paraíba, Sr. Presidente, queo Ex.mo Sr. Ministro do Trabalho, DeputadoArnaldo Prieto, encontrará razões parapreocupar-se com a Federação das Indústrias.
Leio em seguida, para conhecimento daNação e para que conste dos Anais destaOasa, a carta aberta dirigida por Agostinho VelaS{) ao Deputado Petrônio Figueiredo, bem como o documento dos sindicatos
DURIO DO éONGRESSO NACIONAL (Seção I)
das indústrias paraibanas concernente àseleições na Feçleração.
A verdade, assim, Sr. Presidente e Srs.Deputados, há de revelar-se em sua plenitude e há de prevalecer.
uampina Grande, 28 de setembro d~
1974
"Ilustrissimo SflnhorDoutor Petrõnío FigueiredoDigníssimo Deputado FederalNESTACausou-nos surpresa o pronunciamentode Vossa Senhoria na Câmara Federal,transcrito no Jornal da Paraíba, no dia27 do corrente, sob o título "Petrôniodenuncia trama na FIEP". Surpresatanto maior quando Vossa Senhoria inclui empresários· tradicionais conterrâneos seus, taxando-se de pelegos e inescrupulosos. Só posso atribuir o fato auma capciosa informação, tentando envolvê-lo numa questão de cuja origemprovavelmente Vossa Senhoria não esteja inteirado. Tenho suportado, pacientemente, toda sorte de infâmias contra a minha pessoa, entretanto, agoraque o assunto extravasou todos os limites da tolerância, é bom que Vossa Senhoria e toda a Paraiba saiba da verdadeira hístóría.O referido jornal faz alusão a uma "entrevista do industrial Luiz Motta Filhoe a um seu próprio editorial do dia 22do corrente mês", razão por que fareia 'minha contestação em duas partes:
Primeiro o "Editorial": O Senhor Humberto de Almeida, Diretor Presidente doreferido jornal, o qual não pertence aosquadros da Federação das Indústrias doEstado da Paraíba por não ser associado a nenhum Sindicato filiado a nossaEntidade, irritado por não ter tido condições de apresentar um seu amigocomo candidato a Presidência do nossoórgão de classe, na eleição de 1971, desencadeou a mais torpe das campanhas.
Sempre que a FIEP promovia encontrosde industriais e destacados homens públicos do País em Campina Grande, ojornal era distribuído nos locais dereuniões, como cortesia, com artigos difamatórios contra a minha pessoa, como único objetivo de enfraquecer a Federação, consequentemente em detrimento da cidade e do Estado, unicamente por interesses pessoais.Não sei, Senhor Deputado, se Vossa Senhoria conhece a personalidade desagregadora do Senhor Humberto de almeída, Caso não conheça, sugiro queprocure se informar nas'Entidades queno passado o referido senhor participouou tentou atuar.Na recente eleição de 16 do corrente, foiapresentada uma chapa única, encabeçada por mim, com renovação da Diretoria.O Senhor Humberto Almeida, aproveitando-se do episódio Luiz Motta Filho,que mais adiante falarei, volta a usar oseu conhecido espírito de destruição edesarmonia, em tudo aquilo que nãoseja direta ou indiretamente ditado porele. Afirma fatos inexistentes, inclusivefalta de liderança de minha parte, numflagrante contraste, uma vez que a chapa foi sufragada por 12 dos 18 Sindicatos votantes, portanto por unanimidade, tendo deixado de comparecer àseleições um único Sindicato, que foi oSindicato da Indústria de Curtimentode Couros e Peles, muito embora o referído Sindicato tivesse o nome do seu
Outubro de 1974
PresIdente, Senhor José da Costa Pimentel, íncluíno na chapa única, atendendo solicitação do companheiro LuizMotta Filho. Os trabalhos da eleição foram presididos por dois representantesdo Ministério do Trabalho, indicadospelo Delegado Regional da Paraíba eninguém foi impedido de se candidatarou de apresentar chapas.Não é verdade que a FIEP venha sofrendo qualquer dcspreatlgío por partedos poderes públicos ou da Confederação Nacional da Indústria. Pelo contrário. todos os nossos pleitos são atendidos da melhor maneira e dentro dopossível Os serviços do SENAI, SESI edemais departamentos subordinados à.Federação são constantemente elogiados. O discurso que proferi por ocasiãoda posse da nova Diretoria eleita, quevai anexo, prova isto; através de umbreve relato.Não vejo nenhum crime ou qualquerdesrespeito aos dispositivos -da legislação sindical vigente, o fato de ter sidoreconduzido à presidência da Federaçãopor tanto 'anos consecutivos, mas meorgulho e sou sumamente reconhecido eagradecido aos meus companheiros daIndústria paraibana. Nunca impus aminha candidatura, nem obstaculeí ade ninguém.Gostaria que os meus poucos inimigos,frustrados por não terem obtido a Presidência da Federação, soubessem receber a derrota com altruísmo e elevadoespírito de elasse 'e respeitassem, pelomenos, o nome dos companheiros queme acompanhamj jâ que a campanha édiretamente diriglda contra mim. Melhor seria que, ao invés de lutarem contra o seu próprio órgão de classe, viessem ajudá-lo, debater os problemas ouas supostas faltas, em reuniões salutares, dentro da sua própria instituição,como demonstração de cooperação demaneira a merecer a confiança dosdemais companheiros que proporcionaram o fortalecimento da Entidade.
'Vossa Senhoria, Deputado Petrônío FIgueiredo, homem público, melhor do queninguém sabe que, qualquer setor, sejaele privado, público ou político, só podeser convenientemente dirigido por pessoas que apresentem aquelas mínimascondições de liderança e, um dos exemplos que poderia citar é o caso de Vos.saSenhoria, que tem sido constantementereconduzído a postos eletivos, graças àconfiança do seu povo, pela sua participação efetiva nos problemas do seuEstado, da sua terra, e do Brasil.Que razões teria eu, senhor Deputado,de em flagrante desconsideração à confiança, à estima e ao prestigio dDS meuscompanheiros, de recusar às suas con-vocações? .
Segundo: A Entrevista do Senhor LuizMotta Filho:Não fora a referência feita pelo "Jornalda Paraíba", sinceramente, não tocariano assunto. .Efetivamente, o industrial Luiz MottaFilho vem há bastante tempo, pertencendo à Diretoria da FIEP, sem que atéo ano passado,-tivesse.dado uma participação efetiva na administração. Comoele próprio afirma, foi ,por mim váriasvezes instàdo a assumir o cargo nosmeus impedimentos, recusando-se sempre, alegando falta de tempo. Só emfins de 1973, concordou em assumir- ocargo, ocupando a Presidência interinamente, durante as minhas ausências, oque fez com os mais amplos poderes,
Outubro de 19'14
tendo-se desempenhado com acerto eprestado valiosa colaboração.ÉÍ verdade que, em algumas oportunídades, demonstrei o desejo de não maisaceitar a minha recondução ao cargode Presidente, mas toda. vez que eraabordado por qualquer dos meus companheiros a respeito do meu possívelsucessor, a minha resposta era. invariavelmente a de que o candidato seríaoda maíoría e não poderia ser outroo meu procedimento, de vez que todossão dignos e têm o mesmo direito.Só recentemente e após a estada emCampina Grande do Senhor Ministro daFazenda, diante de apelos dos companheiros e de ter tomado conhecimento,ainda no Rio, do documento a seguirtranscrito e que está assinado por dezdos Sindicatos filiados à FIEI" e váriosindustriais paraibanos, solicitando a minha aquiescência, Ioí que passei a pensar na possibilidade de minha candidatura à reeleição. Não aceitei, entretanto, antes de comunicar ao senhorLuiz Motta Filho, que então estava noexercício da Presidência, o que o fizdurante uma conversa que durou cercade três horas, com o íntuitode solicitarpenhoradamente a sua participação nachapa, num esquema em que ele se colocaria na primeira· vice-presidência,sem que tenha logrado êxito, dado à suaintransigente decisão de não aceitaroutro cargo na Diretoria da FIEP. Tentei a interferência de companheiroscomuns, sem resultado satisfatório.Surpreendentemente, o· companheiroLuiz Motta Filho, no dia seguinte, enviou-me carta renunciando irrevogavelmente ao seu mandato, apesar de faltarpoucos dias para o término do mesmo.Diante do exposto e após a. sua detidaanálise da verdade dos fatos, espero,senhor Deputado Petrônio Figueiredo,que Vossa Senhoria faça justiça.Cordiais Saudáções. -. Agostinho VelIoso da Silveira."
TRANSCRIÇAO DO DOCUMENTOACIMA MENCIONADO
"Ilmo. Sr. Agostinho Vel1oso da Silveira - M.D. Presidente da FIEP - Local:- Prezado Companheiro. Os abaixo assinado, representando o pensamento deponderáveis setores das classes industriais do nosso Estado; considerando quea Federação das Indústrias do Estadoda Paraíba, e órgãos a ela. subordinados,receberam sempre considerável impulsosob sua administração como Presidente; considerando que sua permanênciaà frente do órgão é fator de união econgraçamento da classe; considerandoque as futuras reuniões da Confederação Nacional da Indústria, do ConselhoNacional do SESI e do Conselho Nacional do SENAI, em novembro próximo,cuja efetivação na Paraíba se deveu àsua interferência, muito terão a lucrarcom a continuação de sua atuação naPresidência da FIEP; considerando que,no Rio de Janeiro, em contato com osaltos escalões dirigentes da CNI, doSESI e do SENAI, sua ação- poderá sertransformada em maiores recursos paraas atividades da FIEP, do SESI, doSENAI, do CAMPI e do IEL em nossoEstado, enquanto aqueles organismospoderão aqui ser orientados, supervisionados e dirigidos por companheirosseus, como vice-presidentes no exercicio da Presidência da FI)'!:P; considerando, fim.hnente, que o seu valioso relacionamento no Rio de Janeiro e/ouBrasília com importantes setores daRepública, somente prestígio e benetí-
. cios tem proporcionado à FIEP: vêm so-
mARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
licitar do estimado companheiro reconsidere sua determinação de não sercandidato à reeleição para a Presidência da FIEP no exercício 1974/1977, econsinta em submeter seu nome à aprovação dos delegados-eleitores dos Sindicatos da Indústria, para maior benefíciode todos: Campina Grande, 27 de agostode 1974. - (asa.) - Cicero Patrício de.Medeiros - Presidente do Sindicato daIndústría de Extração de óleos Vegetais.e Animais do Estado da Paraíba; Giovanni Gioía - Presidente do Sindicatoda Indústria de Construção Civil deCampina Grande; Fleury Gomes Soares -- Presidente do Sindicato da Indústria de Sabão· e Velas de CampinaGrande; Fernando Marques de Almeida - Presidente do Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem em Geral doEstado da Paraíba; Eufrásio Alves daNóbrega - Presidente do Sindicato daIndústria de Panificação e Confeitariade Campina Grande; Zebraz CavalcantiGuimarães -r-r- , Presidente do Sindicatoda tndústría do Milho, Torrefação eMoagem do Café e da Refinação do Saldo Estado da Paraíba; João de SouzaBarboza - Presidente do Sindicato daIndúatría da Extração de Fibras Vegetais e Desearoçamento de Algodão deCampina Grande; José WaldomiroRibeiro Coutinho - Delegado-Representante do Sindicato da Indústria doAçúcar do Estado da Paraíba; AyronPéricles Lima Leal - Delegado-Representante do Sindicato Nacional daIndústria do Cimento; Peryllo Ramos Borba -- Presidente Eleito doSindicato da Indústria de ConstruçãoCivil de Campina Grande; RaimundoGerardo Lopes Freire - Presidenteeleito do Sindicato da Indústria da Extração de Fibras Vegetais e Descaroçamento de Algodão de Campina Grande;Antonio Correia de Vasconcelos - Presidente do Sindicato da Indústria dePanificação e Confeitaria de João Pessoa; Ayrton Pires Maia - Diretor daEmpresa Caldino Pires S.A. - Indústriae Comércio; Clotário de Paiva Gadelha- Diretor da Empresa André Gadelha& Irmãos; José Gadelha de Oliveira Diretor da Empresa Luiz Oliveira & Filhos; Antonio Pinheiro Dantas ....:..- Diretor da Empresa J.P. Dantas & Oía.;Gelmirez Santana de Souza - Diretor
r da Empresa Algodoeira Horácio Nóbre-ga S.A.." .
Era o que tinha a dizer.
O SR. JOSÉ DA SILVA BARROS - (Pronurreía o seguinte díseurso.) Sr. Presidente,Srs. Deputados, é-me grato trazer ao conhecimento desta Casa que se avizinha rapidamente a solução para o abastecimentode água no Município de Duque de Caxias.
Com a presença do Governador Raymundo Padilha, serão reiniciadas as obras dasegunda adutora naquela populosa e progressiva cidade do Estado do Rio.
De há muito que o Governo do Estadodo Rio, tendo à frente esse valoroso homempúblico que é Raymundo Padilha, vem processando concretos trabalhos no sentido deproporcionar a todo o Estado um abastecimento de água integral, permanente, comisso eliminando um dos maiores entraves equalquer planejamento, a qualquer infra-estrutura que se queira realizar para o desenvolvimento globalizarite de uma cidade e, apartir daí, de todo um território.
Duque de Caxias recebe, agora, mais. esse·beneficio do Governo do Estado do Rio. Iniciando-se nova etapa para a conclusão dasegunda actuwra, reíubtla-se com esse acontecimento todo o povo caxíense e - por quenão dizer - todo o Estado do Rio.
Quinta-feira 3 '1831
Os beneficios que advírão com o reãnícíadas obras são evidentes. A crescente Indústria de Duque de Caxias, o comércio em todos os seus ramos e o setor habitacional,principalmente tendo em vista o aspectosaúde de toda a região, não mais sofrerãosolução de continuidade em termos de desenvolvimento, de progresso.
Nenhum de nós, Sr. Presidente, desconhece a importância de um perfeito abastecimento de água. Com mais essa etapa dasobras da segunda adutora, o GovernadorRaymundo Padilha leva ao Municipio deDuque de Caxias e a todas as cidades circunvizinhas aquilo que de mais útil, maisessencial existe para que todos os seus habitantes possam continuar trabalhando peloengrandecimento da região: a água, elemento indispensável para qualquer realização de porte a que o homem se proponha..
Mais uma vez o Municipio de Duque deCaxias, o Estado do Rio congratula-se como Governador Raymundo Padilha. ·Ao reinício das obras da segunda adutora estarápresente S. Ex.", quando receberá os justosaplausos de todos os mumcípíos por maisesse grandioso beneficio que proporcionaàquela região fluminense.
E, desta tribuna, Sr. Presidente, tambémcumprimento o Governador Raymundo Padilha como parlamentar e como homem deDuque de Caxias, grato, também, pelo impulso dado às obras do serviço de abastecimento de água na região.
Era o que- tinha a dizer.O SR. NOSSER ALMEIDA - (Pronuncia
o seguinte díscurso.) Sr. Presidente, srs.Deputados, o Projeto Aquaríus, instituídopelo Ministério da Educação e Cultura, coma cobertura da Rede Globo de Televisão, representa um dos empreendimentos mais expressivos ligados à arte da música clássicae sua divulgação no País.
A Nação tem assistido - presentementeou através do vídeo - -a notáveis espetáculos de música erudita, encargo confiado arespeitáveis orquestras brasileiras, regionaisou não.
A iniciativa do Ministro da Educação eCultura, Sr. Ney Braga, coincide com asmanifestações da cultura nacional, estimulando nas novas gerações o amor pelasmanifestações do espírrto.
Cumpriu-se na Capital de Pernambuco 'aprimeira etapa do Projeto 'Aquaríus.rda qualparticiparam vários Corais. Recife - o quefoi assistido por todo o país - pôde realizar,assim, segundo as linhas desse programa,um festival do próprio povo, revivendo asglórfas do seu passado.
O convênio entre o MEC e a Rede Globode Televisão vem produzindo efeitos surpreendentes, pela coesão dos artistas que seapresentam. -
O Projeto Aquaríus, pela sua dimensão cívica, pelo seu senso de inteligência e peloseu alcance cultural, vem despertar o Brasilpara as artes, convocando os jovens ao beloapostolado. da música.
Quero congratular-me com o Ministro NeyBraga, pela iniciativa adotada, e com a RedeGlobo, pela colaboração que a ela empresta.Tal esforço eorresponde aos sentimentos daNação e aos seus fundamentos culturais.
Era o que tinha a dizer.O SUo AMÉRICO BRASIL - (Pronuncia"
seguinte díacurso.) Sr. Presidente, Srs.Deputados, a ilha do Marajó recebeu ahonrosa visita do eminente Presidente Ernesto Geisel, da qual, estamos certos, hão dedecorrer beneficios diversos para essa região. A ilha possui um rebanho bovino ebobaltnc de 900 mil cabeças, riqueza apreciável e que mais importante se torna em
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decorrência. das excepcionais condições locais para o desenvolvimento da pecuária,hoje de tamanha ímportâncía para o Bras1le todo o mundo, em face da notória escassezde alimentos.
Conhecedor dessas potencialidades e, sobretudo, das dificuldades imensas enfrentadas pelos produtores da zona das IlhasMarajá - tão relegados ao esquecimento tenho reclamado providências diversas porparte do Governo para solução de questõesque considero relevantes, para os que trabalham tão duramente nessa distante e aindatão isolada região, Aplaudindo as grandesiniciativas governamentais no Pará, I!-ão. ID;eesqueço, por um minuto sequer, de mSlst!Xcom o máximo de persistência na necessidade de serem adotadas, com rapidez, medidas diversas que possíbüítem aos moradores da região das Ilhas-Marajó - condições para que construam a riqueza doEstado contribuindo de modo importantepara o' enriquecimento nacional. Daí a insístêncía com que tenho reclamado amplae fácil ajuda financeira; novas rodovias; comunicações através do telégrafo e de novasagências da Empresa Brasileira de Correiose Telégrafos, numa sucessão de medidas quepermitam ao povo paraense dessa re.giãotrabalhar mais intensamente, construindouma economia pujante.
São problemas que talvez pareçam desomenos sígníffcaçâo para os que não conheçam essa zona, mas que reputo da maiorimportância. Daí a ação continuada quetenho desenvolvido. no Congresso Nacional,batendo-me - no Plenário, nas ComissõesTécnicas e junto aos diversos órgãos governamentais - peja solução de questões que
-seí relevantes para os que residem e trabalham na região das Tlhas-Marajó. Experiêncía e conhecimento próprio me norteiamnessa luta, que precisa ser persistente, la fimde que alcance todos os resultados por nósalmejados. E é o que continuarei fazendo,com todas minhas forças e invencível persístêneía.l
Minha atuação parlamentar tem uma característica: jamais me desligo da realidadeda vida daqueles- que represento, com tantahonra para mim, no Congresso Nacional.Conheço seus problemas e dificuldades eobstáculos que enfrentam cotidianamente.E é por isso que tanto me esforço pelaobtenção de medidas aparentemente prosaicas, mas de decísiva ímpcrtâncía para asregiões a que se destinam. Assim tenho agido, assim continuarei ágindo, sem jamaisme desligar da realidade da vida dos quehabitam na Zona das Ilhas-Marajó, realidade esta que tão bem conheço, por experíêncía própria, há. tantos anos.
Li, nos jornais da terra, o interesse queS. Ex.'" demonstrou ao ver do helicópteroque o transportava a região do lago Ararí,que precisa ter seu problema resolvido definitivamente, numa ação corajosa e conjuntacom o Governo do Estado, pois abastece depeixe durante seis meses a população deBelém, que hoje tem aproximadamente800.000 habitantes. A população da regiãoIlhas-Marajá confia na ação do GovernoGeisel, o primeiro Presidente da Repúblicaa pisar na grande ilha.
Era. o que tinha a dizer.
O SR. .JANUARIO FEITOSA - (Prnnuneía o seguinte ãíscurso.) Sr. presidente,Srs. Deputados, consta que o Sr. Ministroda Fazenda, Prof. Mário Henrique Simonsen, analisando com grande prorundtdaôetodos os-aspectos da política econômicafinanceira. do Governo, está resolvido aautorizar os meios financeiros competentes a realizarem estudos a. fim de que sejaencontrada uma solução que beneficie osprodutores de algodão de todo o Pais, especíalmentada área do Nordeste, para que
saiam da situação angustiante em que seencontram os mesmos, em face da baixados preços do produto. Se esta soluçãochegar a bom termo poderemos alcançarpelo menos os preços do ano próximo passado, que atenderam aos produtores, demodo que todos satisfizeram seus compromissos.
Em que pesem as dificuldades até entãoencontradas, está de parabéns o Sr. I'vIinistro Mário Henrique Simonsen pela maneira como se tem eonduzído na direção desua dificil Pasta, frente ao Ministério daFazenda.
Nós, do Nordeste, que temos a nossa econom . baseada na agricultura, lembramosa esta Casa que S. Ex."', defende uma política de amparo aos llOSSOS produtores. Sendo assim, só podemos nos regozijar 0001 ofato; eis que do contrário a nossa regiãonão tem condições de sobreviver.
Pelo acerto dessa decisão, desejo, comorepresentante do Nordeste, manifestar osmeus aplausos a S. Ex.a , pois que tal medida muito slgrtifíca em termos de riquezae perspectiva econômica-social para a sofrida região.
Transmito ao ilustre Ministro da Fazenda a alegria de todo o povo que represento nesta Casa, pois esta decísâo, etetívarr.ente. vai ao encontro dos anseios de todopovo nordestino, posto que ela coincide comos interesses de sua economia, que assimestará fortalecida e estimulada.
Era o que tlnb;a a dizer.
O SR. LYSANEAS MACIEL - (Pronuncíao seguinte do...eurso.) 81'. 'Presidente, .srs,Deputados, é tênue, quase sutil, a linha -tracada entre a violência comum e a víolênéia tnstrtucíoriaüzada.
Os indivíduos são desembaraçados doscontroles sociais no primeiro caso e legaisou jurídicos no segundo caso.
No caso específico do Brasil, temos observado um outro fenômeno.
A repressão violenta tem gerado condições para. que forças incontroláveis surjama cada instante, e o terrorismo que reprime tem condicionado o comportamento doterrorismo que subverte.
Subtrairam~se dos brasileiros em geral,notadamente dos moços, seus meios naturais de expressão, e manifestação legítimade inconformismo e as opções que lhe restaram foram o aniquilamento, o desesperoirracional, o terrorísmo.
Temos vindo repetidas vezes a esta tribuna, Sr. Presidente, para relatar casosde violação dos direitos humanos, embora,na realidade, este Congresso tenha a tendência de não se considerar atingido poresses fatos, esquecido de que estamos napele de todos os indivíduos qUJ desencadeiam a violência, tanto quanto na daqueles que a sofrem.
Hoje vou relatar mais um caso específico,em que a vida de um moço, menor de idade, está em perigo, simplesmente porquenão se consegue evitar que a violência mstãtucionalízada, ou seja, dos órgãos de repressão, seja coibida.
Vou relatar o caso do menor Ivan Akselrud de Seixas que, ao dar entrada no presídio, viu o corpo de seu pai dali sair, J.Ssassínado pelos órgãos de repressão. Suasirmãs Iara e Ieda e sua mãe também foram presas preventivamente por um anoe posteriormente julgadas e absolvidas. ~~
to éo que acontece, Sr. Presidente, S1's.Deputados. Julga-se, absolve-se, mas antestortura-se e mata-se. Este rapaz e as duasirmãs entraram na prisão e viram o corpode seu pai. Depois foram todos absolvidos.
Ivan Akselrud de Seixas foi internado naCasa de Custódia e Tratamento de ·Taubaté em novembro de 1973, após passar anoe meio sob responsabilidade de órgãos policiais.
<Tal internamento; segundo sentença doJuiz .le MenQres, seria até que fosse cessada a pretendida "periculosidade".
Em maio de 1974 foi elaborado um laudopsiquiátrico pela própria casa de Custódiae Tratamento de Taubaté. Aconclusão deste laudo é taxativa no sentido de a.nrmarque Ivan Akselrud de Seixas não tem )e-'rículcsídade, se encontrando aptv a receber a concessão do instituto da liberdadevigiada. O Curador de Menores e o Juizde MenoreS requisitaram-no de Taubaté para a concessão de tal beneficio legal.
Entretanto, estranha e surpreendentemente, o JuiZ-Corregedor, sem mais, susta.tal remoção. Em ravor de Ivan foi proposto pela própria família. um habeas eorpus contra tal 'Sustação (RC n.O 123.665).Recua o ,Juiz-Corregedor, mesmo antes dojulgamento do feito, e retifica seu despacho no sentido de Ivan A. de Seixas serremovido para a concessão pretendida.
Mais estranho e surpreendente foi o aparato policiai-militar, constrsuído de figuras do DOI-CODI;.n Exército (OBAN) queesperou Ivan no Juizado de Menores. Ivannão saiu nesse dia porque o Juiz de Menores não se encontrava na repartíção. Nemtampouco no dia seguinte quando, atendendo a ordens daquele órgão repressivo 8a conselhos da Secretaria de Segurança Pública, Juiz e Curador, contra todos os Instrumentos legais, mas ao lado daquelas duasentidades repressivas, modíncam seus próprios despachos e sentenças, aconselhandoa reínteruacão de Ivan na .uesma Casa deCustódia de onde a custo foi retirado paraa liberdade vigiada concedida. Contra~al"arrependimento" ao arrepio da lei, novamente foi proposto outro habeas corpusem favor de Ivan. Tal feitá ainda não foijulgado, apesar de já haver tempo mais doque suficiente para tanto. O raio destehabeas corpus não ter sido julgado não nostira a certeza de que, mais uma vez, asforcas - não tão ocultas - dos aliadosdentro da Magistratura paulista com estesórgãos de repressão arranjarão, facilmente,mais uma "desculpa legal", de seus bolsosde coletes. Contra tudo isto importa lutarcom todas as forças, principalmente. noParlamento. Mesmo porque Ivan está preso, embora em seu processo já conste .queele esteja sob o regime da liberdade vigiada.
Esta, Sr. Presidente, é a preocupação uemanifestamos ao Parlamento. Na verdade,não sabemos como Ivan se amá do episódio. As absolvições a posteriori não têm ocondão de ressuscitar mortos, de repararsevícias ou torturas. O nosso receio - eisso não é fantasia, não é quimera - seupai foi assassínado ao sair do presídio,quando esse rasas lá entrava - é de queIvan Seixas também não saía com vida da
-Oasa de Custódia e Tratamentod<e Taubaté.
E é este o sentido da minha, denúncia:que o Parlamento se aperceba do clima deterror e repressão que se ínstítutu no .País,mesmo a d"s:peito das decisões da'Magistratura e das nossas Cortes excepcionais.
Era o que tinha a dizer.O SR. ;rOEL FER~tEIRA _ (Sem revisã,o
do orador.) Sr. Presídente, Sl·S. Deputados,em várias oportunidades tenho tratado deassunto que me parece de Interesse do pró.prio Governo, porque foi este quem instituiu o benefício, mas o está concedendocom discriminação e injustiQa. O escalei)
Outubro de 1974 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 3 7833
superior da Administração não deve conlieeer o fato, pois não iria criar um benef:ciopara cometer tal injustiça. Refiro-me àchamada gratificação por insalubridade,criada pelo Governo e paga apenas a algumas classes nas regiões consideradas insalubres.
No meu Estado, o Amazonas, a gratificação foi paga inicialmente r;o~ mllitarc~ e,pO,Leriormente, aos rnnctonartos da POlIClaFederal. e amais duas ou três categorias,considerando, çrelo eu. as reclamações GUeessívas que tenho feito desta tribuna. Agrande maioria dos ;SerYidDrBs lota~'~s pC:,sas regiões que o próprio Governo ínstítuíue chamou de insalubres não recebem osbenefícios da iniciativa goverria::.. ~ntal.. Aanomalia retratada por agora, ocorre também em algumas rapartíçôes. Por exemplo,paga-se a gratificação a funcionários deuma ou dua; repartições do MEC, enquantoaos de tantas outras, no mesmo Estado doAmazonas, não.
É minha intenção solicitar ao Governoque repare o erro que está cometendo; sedeie não tem conhecimento, procure conhecê-lo e fazer com que o benefício, justo, necessário e direi' até. indispensável, sejaVago àqueles servidores. Servir na Amazônia ou em outras regiões semelhantes émuito diferente do que servir em lugares
'salubres, onde o custo de vida é bem maisbaixo, Na Amazônia, justínca-se o paga-,mente de uma percentagem além dos ven
'cimentos em virtude dos preços elevados.No meu Estado a situação é aterradora,chega a ser vergonhosa: o custo de vida.ali. é quase o dobro do de Brasília e atingeo dobro do de São Paulo, paraná e Uuanabara, Há ainda, as doenças tropicais,que atacam mais as pessoas, que por issosão obrigadas a procurar as farmaclas commais rreqüêncía.
Repito: [ustifica-se o benefício governamental, mas nâr se justificam a injustiça
..e a discriminação contra os servídores doGoverno Federal nessas áreas a que me refiro, especificamente no meu Estado, oAmazonas.
Deixo aqui meu apelo e minha reclamação aos escalões superiores do ooverno, DOsentido e na esperança de que possam corrigir essas anomalias que, acredito, não sãodo conhecimento do' Governo.
Era o que tinha a dizer.O SR.ILDÉLIO MARTINS - (Pronuncia
o seguinte díscurso.) Sr. Presidente e Srs.Deputados, detenho-me, por dever de consciência polítlca, na consideração do pronunciamento com que o nobre Deputado FariaLima surpreendeu esta Casa na sessão de
'27 de setembro úLtimo.Faria Lima descortína no panorama na
cional aqueles aspectos que ficaram propositadamente lá, além dos otimismos ufanistas que prejudicam a perspectiva ampla detodos os seus contornos.
E o faz com a emoção de quem sente, melhormente do que com o cálculo de quemapenas expõe, para fruir efeitos publicitários ou elcitoreíros ,
Fá-lo com a emoção do jovem que é, semcomprometer o equilíbrio do estadista que'revelou ser e sem perturbar a convicção partidária serena do político esclarecido queele nunca deixou de ser, convencido de suasresponsabilidades. Responsabilidades queele as sublinha graves perante a Nação maisque ,unicamente perante seus eleítores.
O nosso jovem estadista traça um programa de ação aos partidos que precisam livrar-se de vez, das caracteristícas de açãoentre amigos, até mesmo na dinâmica parlamentar.
Aí está uma análise crítica, Sem deblaterações mesquinhas ou explosões demagógicas, envolvida no clamor jovem de um idealismo, superior a condicionamentos etáriose a implicações partidárias de qualquer ordem.
Negue quem o possa os fatos que ele apresenta sem as ostentadas distorções que secontorcem na maranha de interesses controvertidos.
Conteste quem tenha melhores razões asrazões que ele retira do âmago das afliçõesnacionais.
Faço-o assim quem tenha condições defazê-lo. Mas não se recuse a este País aobrigação inadiável de fazer depurar, na'retorta da autenticidade política, tudoquanto se projeta do seu clamor por soluçõesque atendam a essa ânsia de desenvolvimento, de "viabilidade" que ele patríotícamente demonstra evidente do potencialbrasileiro.
Não se lhe negue trazer ao balanceamento das verdades - que, se podem ferir, exaltam ~ esse alinhamento de providênciasem que ele se detém numa hierarquia estudada de príorídades na bem determinadaintenção de revelar o Brasil como potência.Também não se considere as verberaçôes candentes e as críticas, algumas vezescausttcantes, eomo simples vigor de mocidade ansíada por. transformações ímpossíveísou sem condições de um ajustamento àsfórmulas consideradas possíveis de coexístêncía moderna. sem incluir os fatores deum idealismo patétíeo dos que pretendidamente não amadureceram. para os proble- 'mas que afrontam soluções desde há muito.
Seria isto o apelo à incongruência. Seriaa fuga consciente do cerne vigoroso de umpronunciamento mais sentido do que audaz,mais convencido do que emocional, maisamadurecido do que sonhado.
De tudo quanto a que tenho assistido nesta Casa, o pronuncíamento de Faria Limaé a colaboração mais séria de quantas possam ter recebido as autoridades responsáveis deste Pais, não apenas a merecer respeito, mas a impor a consideração necessária, para que também não se, perca, lndescutpavelmente, no vazio das ações sem finalidades.
Nada a acrescer ao quanto disse esse brilhante e jovem estadista: da ARENA. E tudoa esperar, em relação ao que ele disse, dasautoridades que respondem pelo destino doBrasil, amadurecidas na cronologia implacável que encanece os homens ao mesmopasso que lhes permite acumular a experiência que, na sua autoridade polívalente,é constantemente Invocada para justificaraté mesmo equívocos fatais.
Faria Lima cumpriu. Cumpram, agora, osque têm a responsabilidade de cumprir.
Era o que tinha a dizer.O SR. GERALDO FRRIR,E - (Sem revi
são do orador.) Sr. Presidente, a 24 de agosto, em Campos Gerais, no sul de Minas, faleceu o Sr. Orcílio José Rodrigues, com aidade de 76 anos. Deixou viúva D. OlímpíaPassos Rodrigues e quatro filhos.
O Sr. Oreílío José Rodrigues, fazendeirodos mais adiantados da minha região, deixou um rastro de admiração ede saudadeatrás de si. Líder político de rara dedicaçãoe eficiência, em toda a região do sul deMinas, ingressou, em 1945, após a reconstítucíonaüzação do País, na União Democrática Nacional, de cujo diretório foi Presidenteem seu Munieípio. Eleito Vereador,seus pares n.escolheram para Presidente daCâmara, função que desempenhou, como todas as outras, para engrandecer sua vida eprestar serviços à sua Pátria.
Pessoalmente devo-lhe obrigações que nãose pagam. Era eu Promotor de .Justiça davizinha Comarca de Boa Esperança quandoo Sr. Orcilio .José Rodrigues, acompanhadode vários lideres de Campos Gerais, dirigiu-se à minha modesta casa do interiordo Estado e transformou a minha vida, porque foi pelas suas mãos que ingressei napolítica.
Sofreu ele certos lances de tragédia; inclusive a perda de um filho, que suportouestoicamente. Nos últimos momentos da suavida, fez as pazes comum irmão, com quem,apesar 'de grandes amigos, se havia desentendido em conseqüência de trágicos acontecimentos. O que causou admiração foique Deus propiciou a esses dois velhos irmãos a oportunidade de rezarem de mãosdadas o Pai Nosso poucas horas antes deOrcilío talecer. Ao seu sepultamento ocorreu enorme multidão do Munieípio de Campos. Gerais e de toda região do Sul de Minas, tendo feito o necrológio o ProfessorAfrânio oaíara de Mesquita, Presidente daARENA do Município de Campos Gerais,um dos mais assinalados líderes da nossaínesquecívelregíão.
Sr. Presidente, o ilustre morto deixou numerosos amigos, imensa saudade e, sobretudo, o exemplo de haver cumprido comsobranceria e dignidade seus deveres humanos.
Era o que tinha a dizer.O SR. MAURiCIO TOLEDO - (Pronun
cia o seguinte díscurso.) Sr. Presidente, Srs.Deputados, a cada dois anos a AssociaçãoPaulista do Ministério Público faz realizaro concurso de trabalhos jurídicos intitulado.Jurista Costa e Silva, prestando uma permanente homenagem a um dos maiores nomes das letras jurídicas brasileiras e visando premiar o lavor intelectual, o esforço depesquisa e o constante estudo do direito porparte dos, membros do Ministério PúblicoFederal e estadual de todo o Brasil.
Ao longo dos anos, o alto nível técnicocíentíríco dos trabalhos apresentados e orenome nacional dosmembros da comissãojulgadora fizeram do prêmio - J'urísta Costa e Silva a maior láurea a que, intelectualmente, aspiram os que integram a carreirado Ministério Público.
No corrente ano de 1974, a AssociaçãoPaulista do Ministério Público, conscientedas novas responsabilidades que a vigênciado novo Código de Processo Civil deferiuao Ministério Público, houve por bem abriro concurso J'urísta Costa e Silva subordinando os trabalhos ao tema "MinistériOPúblico e o novo Código de Processo Civil",sendo certo que até o dia 30 de maio toramrecebidos, de membros do Ministério Público de todo o Brasil, os trabalhos que concorreriam à Iáurea.
Examinados os trabalhos pela comissãojulgadora durante' quatro meses, .concluíuesta sua tarefa outorgando o Prêmio Jurista Costa e Silva ao candidato que concorreusob o pseudônimo de "M. Veferré", ao qualse atribuiu, unanimemente, o grau máximo.
o Vencedor do Prêmio Jurista Costa eSilva, José' Fernandes da Silva Lopes, que,com o pseudônimo M. vererró, conquistou oprêmio, é natural de Araraquara, Estadode São Paulo, cidade onde fez seus estudosrnícíats; tendo, posteriormente, colado grauem Direito no ano de 1964 na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.Em 15 de outubro de 1965, por concurso deprovas e títulos, ingressou no MinistérioPúblico .do Estado de São Paulo, sendo nomeado Promotor Público Substituto da comarca de Votuporanga e, nessa condíção,
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prestou serviços nas comarcas de José Bonifácio, S'anta Cruz do Rio Pardo, Barretos,Guaíra, Bebedouro, Monte Azul Paulista,Olírnpía, Franca e Araraquara, Em 23 demaio de 1966 foi promovido ao cargo dePromotor Público da comarca de Altinópolis, e, já em 27 de dezembro do mesmo ano,foi convocado para prestar serviços na co- _marca de Agudos. Em 28 de junho de 1967foi promovido para a comarca de Camposdo Jordão (2.1\ entrância), e, logo em seguida, em 28 de junho do mesmo ano, foiremovido, por permuta, para a comarca deAgudos, (2.a entrância). Por decreto de 12de novembro de 1970 foi, finalmente, promovido para a comarca de Bauru (3.a entrância), passando a ocupar o cargo de 4.°Promotor Público da Comarca de Bauru,que exerce até a presente data.
Casado com Marta Gil da Silva Lopes,possiu três filhas, Vera, Fernanda e Renata e o pseudônimo com que concorreu aoprêmio, formado das primeiras letras donome de sua esposa e filhas, visou prestarlhes uma homenagem e recompensa pelashoras de trabalho furtadas ao convívio familiar.
O candidato vencedor exerce, ainda, omagistério superior e atualmente é prorcssor titular de Direito Processual Civil daFaculdade de Direito de Bauru, mantidapela prestigiosa Instituição Toledo de Ensino.
A .tese com que venceu o concurso, intitulada "As posições do Ministério Públicono. sistema .do novo Código de Processo Civil", buscou alcançar um novo enfoque eatingir uma nova sistematização das posições processuais que o Ministério Públicoassume no processo cívíl..
Lê-se no pórtico do trabalho:"A cada ser cor respondem posições quelhe são fundamentais. Penetrando nelas e descobrindo porque, como e quando são ocupadas, equivale a revelar opróprio ser naquilo- que o marca e odistingue de todos os demais."
E, nessa linha, a partir da tríplice formade atuação do Ministério Público no Processo Oivil (tit.ular da ação civil pública,substituto processual e fiscal da lei), o autor desenvolve o estudo das posições processuais do Ministério Público, respondendo,com apoio na doutrina nacional e estrangeira, de forma sistemática e unitária, atodas as questões que o tema central engloba, à luz do novo Código de Processo Civil' brasileiro.
Nas "Posições Fundamentais do Ministério Público no Sistema do Novo Código deProcesso Civil", quer-nos parecer que, pelaprimeira vez no Direito Processual brasileiro, atingiu-se, num esforço doutrínárío deanálise e sistematização, o objetivo de explicar, dentro de um conjunto harmôníco ecoerente, a-proteírorme atividade que o Ministério Público desenvolve dentro do Processo Civil. Dái 'a razão de esperar-se venha o trabalho vencedor do Prêmio JuristaOostae Sílva a produzir profundos e frutíferos reflexos na atuação do Ministério Público brasileiro.
Ao menos, é esta a grande esperança.Deixou assim registrado esse aconteci
mento do Estado de São Paulo, quando umdos membros do Ministério Público daquela Unidade da Federação foi agraciado comesse prêmio altamente honroso.
Era o que tinha a dizer.O SR. PAULO ALBERTO (Pronuncia o se
&,uinte ãísuurso.) Sr. Presidente, srs. Deputados, ocupo hoje esta tribuna para abordar
assunto que me tem preocupado sobremaneira. Refiro-me à necessidade de umaatenção toda especíal do setor das teleeomunícações para a situação em que se encontram os telegrafistas brasileiros.
O avanço tecnológico nos dias de hoje.na área das telecomunicações, tem levadoà marginalização uma classe que foi a responsável pelo inicio e desenvolvimento detudo que ali se tem feito até agora.
Aos telegrafistas devemos as primeiras comunicações, com as transmissões de mensagens desde as mais singelas até a maisimportantes. Nas grandes capitais e nosmais ·longinquos povoados, as mais precárias condições de trabalho, foram eles devalorosa e decisiva atuação no desbravamento do interior brasileiro, como tambémna sustentação do progresso naquelas paragens.
Relegada a urna posição de esquecimento,a classe que tanto fez pelo País se encontrahoje marginalizada. Não têm os telegrafistas oportunidade para continuação ou diversificação do seu trabalho. Todavia, issoainda pode haver. Pode ser feito. E· estoucerto que será, até.. de' fácil solução.
Todos nós sabemos, 81'. Presidente e 8rs.Deputados, que, com a introdução do serviçode telex em todo o território nacional, mesmo em loeaís. longínquos, graças à ação dinâmica que vem sendo desenvolvida peloMinistério das Comunicações, mais se acentuará a condição precária dos telegrafistas,porquanto este ano a rede nactonatríe telex terá sua capacidade aumentada de4.000. para cerca de 15.000 terminais. Porém, esse 'mesmo progresso poderá ser ocaminho para que se resolva a situação daqueles profissionais, se atentarmos para acircunstância de que um operador de telexpoderá ser um profissional de muito maisgabarito, com perfeitas condições de exercer os trabalhos de manipulação dos aparelhos e até mesmo dé proporcionar sua manutenção, se tiver a formação de um telegrafista, com os conhecimentos técnicos deque necessita este profissional no desempenho de suas atividades.
Para tanto basta que seja criado - e oficializado - um Ourso de Operador de Telecomunicações, onde sejam incluídos vários setores: telex, telegrafia, telefonia, radiofonia, etc. Com essa providência" proporcionar-se-á àqueles profissionais a oportunidade de se adaptarem às novas funçõese, conseqüentemente. de serem aproveitados na expansão que virá dentro de .poucotempo. Assim, o campo de trabalho dos telegrafistas não desaparecerá, mas, pelo contrário, será ampliado. Basta que as autoridades responsáveis levem em conta o trabalho já prestado por esses abnegados servidores, que muito podem oferecer de útilno desempenho dos novos serviços que seinstalarão proximamente. Basta que sejamaproveitados como operadores de telex,campo novo de trabalho em muito parecido com aquele que vinha sendo desenvolvido pelos telegrafistas.
Para tanto, faço um apelo ao Sr, Ministrodas Comunicações para que, por intermédioda Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT - ou da Empresa Brasileirade Telecomunicações - EMBRATEL promova esse curso de adaptação para ostelegrafistas, não só no que concerne àqueles que são funcionários daquelas empresas, como também a outros pertencentesa órgãos públicos estaduais e mesmo a empresas privadas.
E, após o regular funcionamento do curso, que sej8 lY1 ntpndidos os superiores interesses dessa laboriosa e sofrida classe, com
o disciplinamento legal da profissão, desdeque o exercício da mesma continue sem regulamentação em lei. Dada à participaçãodecisiva daqueles profissionais no desenvolvimento 'do País, nada mais justo que selhes ofereça, devidamente oficializado, ocurso de adaptação, bem como, a seguir,que não se procrastine por mais tempo odisciplinamento da profissão.
Era o. que tinha a dizer.O SR. JG DE ARAÚJO JORGE - (Sem
revisão do orador.) Sr. Presidente, SrJil.Deputados, quero denunciar, desta tribuna,o processo de mistificação condenável po;rque passa o eleitorado da Guanabara.
Mais uma vez tivemos oportunidade deencaminhar ao Tribunal Regional Eleitoral,eu e meu companheiro de bancada, Deputado Lysãneas Maciel, uma representacãoreivindicando o direito de, nos horáriosgratuitos destinados aos candidatos, poder-mos usar o rádio e a televisão, .. Duran~e a tramttação do Projeto n.> 1.853,
que cogitava de normas reguladoras daseleições de 74, em vão apresentei emendasque salvaguardavam os interesses de todosos Deputados, sem quaisquer díscrímíns»,ções, especialmente porque conheço o ambiente de luta política no Estado da Guanabara, em que seu Governador se assememelha àquela figura legendária de JertyMander, Governador de Massachussetta,que ficou, no folclore e na História dos Estados Unidos, como símbolo da intervençãoindébita nos processos eleitorais, Governador que fazia questão de escolher todos oselementos que o cercavam e que intervinhanos pleitos de forma que a sua vontade semanifestava e não a vontade do povo.
Temos, na Guanabara, um novo JerryMander. Eu e o Deputado Lysânéas Macielencaminhamos representação ao TribunalRegional Eleitoral, a respeito da nota publicada nos jornais do Governador, em quedizia que não éramos candidatos a Deputado Estadual - forma tendeneíosg, e capciosa de confundir o espírito e a opiniãodo eleitor. Não conseguimos o nosso intentoe, por isso, encaminhamos a mesma representação ao Tribunal Superior Eleitoral.Desta feita as gravações que fizemos, depronunciamentos para o rádio e a televisão,não serão levadas ao ar, segundo informações que nos prestaram no Partido. Comisso, silenciam eles, na Guanabara, doiscandidatos - como os companheiros queaqui estão hão de reconhecer - daquelesque tentaram cumprir a sua missão e corresponder aos compromissos que assumiramperante o eleitorado.
O que se vê, no Rio de Janeiro, é a cidadeinteira coberta de retratos de candidatos,de Deputados que nunca se utilizaram destatribuna, que nunca fizeram aquela atuaçãoa que se propuseram quando se candidataram. É O· poder econômico, que, infelizmente, continua a se manírestar..
A Resolução do Tribunal Regional Eleitoral permite a um Deputado Federal apenas uma despesa de 40 mil cruzeiros. Fuipreparar um prospecto para divulgação efiquei surpreso com a conta, que, apenaspara esses cem mil prospectos que pretendia distribuir era de cerca de 20 mil cruzeiros. A propaganda que se vê de váriosDeputados e ·candidatos a Deputados, noEstado da Guanabara, representa muitosmilhões acima daquela cota fixada peloTribunal Regional Eleitoral. O poder econômico se faz presente e, mais do que isto,o poder político de um grupo que se assenhoreou do poder. Os jornais do Governa»dor publicam diariamente notas ou crônicas políticas de propaganda de algunsDeputados. Um desses candidatos, inclusive, teve seus diSC\t1"sOS publicados nos jor-
Outubro de 19'74 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) ~uÜBta-feira 3 ~S35
naís "O Dia" e "A Notícia" como se fossempronunciamentos feitos no plenário destaCasa, na ocasião em que nos encontrávamosem recesso. São Deputados que não falamnem quando a Câmara está em pleno funcionamento. Entretanto, fazem pronunciamentos no período em que esta Casa seencontra fechada. Este o processo que precisamos denunciar, de mistificação do eleitorado. Nos Estados Unidos, um Presidenterenunciou em virtude de processo que ficouna História com o nome de "Watergate".Infelizmente, na Guanabara, quase se poderia dízer que se encontra em pleno cursoum novo processo de mistificação e de corrupção eleitoral. Minha posição neste momento é de defesa. Entramos com nova representação perante o Tribunal RegionalEleitoral. Se lá não tivermos acesso, iremosà instância superior, porque nós, Deputadoshostilizados e sabotados pelo processo eleítoral da Guanabara, defendemos o direitode utilizarmos todos os veículos de divulgação, tal como os demais candidatos.
Na Guanabara, é extorsiva a taxa de inscrição cobrada aos candidatos a Deputadoestadual e federal. São cinco mil cruzeíros.Com isto, o Diretório Regional, sob a Presidência do Sr. Flávio Pareto Júnior, arrecadou mais de 800 mil cruzeiros ~ 800 milhões antigos - e estamos nós a financiar9S filmes de promoção dos candidatos a
"Qovenlador, que aparecem nos horárrosgratuitos das televisões, acompanhados de8.:rtistas de rádio e de novelas, numa mistificação e numa demagogia inaceitáveis, queprecisam ser corajosamente denunciadasaos eleitores, comentadas e esclarecidas. Oprocesso democrático está sendo aviltado
'em meu Estado; ou reagimos contra isso,ou os resultados das eleições não corres-
,ponderão à vontade popular, mas representarão pura e simplesmente a manifestaçãode pequena oligarquia que tomou conta doPoder, que avilta o ;MDB na Guar,tabara eque não tem autoridade para falar em no-me da 'Oposição. '
O próprio Governador sempre se disse umsoldado do regime. l!l uma sublegenda dá
. ARENA; é um traidor do seu próprio Partido e está sacrificando muitos dos correligionários que disputam junto ao eleitorado,tírando-Ihes o direito' de aqui continuarema postular pelas autênticas reivindicaçõespopulares.
Era o que tinha a dizer.O SR. AMAURY Mil'LLER - (Pronuncia
o seguinte díscurso.) Sr. Presídente; Srs.Deputados, enquanto as trombetas governamentais não se cansam de proclamar umdesenvolvimento vertiginoso, que causariaespanto e inveja às grandes potênciasmundiais, morre, no Brasil, uma pessoa emcada 30 minutos, vitimada pela tuberculose.
Aestarrecedora revelação, feita ontempela Sociedade Brasileira de Pneumologia,desmente categoricamente as reiteradasafirmações oríeíaís de que o homem brasíleiroconstitui o centro mesmo e o fim último das preocupações do Governo Federal.
Aquela instituição esclarece, ainda, queem cada 5 minutos infectam-se de uma aduas pessoas com o bacilo de Koch.
Já o Serviço de Epidemiologia e Estatistiea de Divisão Nacional de Tuberculose
, admíte a existência, no Pais, de uma multidão entre 30 e 40 milhões de pessoas potencialmente tuberculosas.
Essa, Sr. Presidente, é mais uma face do"milagre brasileiro".
O Dl'. José Antônio Paàovan, Presidenteda Sociedade Brasileira de, Pneumologia,advertiu, igualmente, que, nos países emprocesso di! desenvolvimento (eufemismocriado para ocultar o verdadeiro subdesenvolvimento), 70% das crianças são ínreeta-
das até os 14 anos, quando o ideal seria queapenas 1-% estivesse atingida pela doença.
A desnutrição, que resulta do baixo poderaquisitivo do povo brasileiro, submetido asalários de rísco e de fome, está diretamente associada às doenças de massa, dasquais a tuberculose constitui parte essencial.
Ao 'lado disso, a elevação dos índices demortalidade infantil, não obstante os avanços da medicina e da ciência.
Em São Paulo, o maior centro econômicofinanceiro do Pais, a progressão da mortalidade infantil é a seguinte:
1964 - 67 crianças por grupo de mil;1969 - 87 crianças por grupo de mil;1973 - 96 crianças por grupo 'de mil.Para o filho do operário o proclamado
"milagre brastleíro é conseguir ultrapassara idade de 5 anos.. Não faz muito, o Ministério da Saúde,falando perante a Câmara dos Deputados,admitiu que no Nordeste a taxa de mortalidade infantil é de 180 por mil. Entretanto, existem exemplos mais gritantes e crueísda verdadeira situação do povo brasileiro,impedido que está de ser partícípo da riqueza nacional. No paupérrimo Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, morrem 270crianças em cada grupo de mil. Esse índiceé ligeiramente inferior em Patos, na Paraíba, com 267 eríancaa/Lüüü e em Recife,Pernambuco, com 263 crianças/1.000.
Em 1969, segundo estatísticas oficiais,morreram no Brasil mais de 500 mil eríanças antes de completar 5 anos de idade.
A fome crônica continua perseguindomais de 60% das crianças que conseguem
,sobreviver.Esse quadro - doloroso e trágico - é o
funesto resultado de uma politica míope ecapenga, que achata salários em nome dosuposto combate à inflação.
O brasileiro consome, em média, apenas27 gramas de leite por dia. O consumo normal é 20 vezes maior (cerca de 520 gramasdiárias).
Os pregoeiros ofíclaís insistem em que oPaís precisa crescer a taxas superiores a10%. Mas o PNB não enche a barriga demilhões de brasileiros desnutridos e mise-ráveis. .
Enquanto o Ministro da Fazenda anunciaque a renda média per capita já alcança770 dólares, 42% das pessoas economicamente ativas recebem até 1 salário mínimopor mês.
A Fundação IBGE" por outro lado, revelaque somente 13% dos brasileiros dispõemde água encanada e apenas 14% contamcom rede de esgotos.
Na capital paulista, que alguns dizem sera cidade que mais cresce no mundo (emproblemas, certamente), 61% da populaçãoutilizam fossas.
Não desejo ser arauto da descrença ou dopessimismo ao trazer à colação esses dadosestarrecedores.
Cumpro apenas' Q dever humano da verdade.
Afinal, não se poCle falar em "milagrebrasileiro" quando a esmagadora maioriapermanece à deriva, como massa deserdadae desprezada por uma sociedade egoísta esem entranhas.
Era o que tinha a dizer.O SR. PADRE NOBRE - (Sem revisão
do orador.) Sr. Presidente, o interior denosso País, e aqui visualizo o meu próprioEstado, Minas Gerais, aguarda provídêneías
do Governo Federal - aquelas que temossolicitado tantas vezes deste Plenário daCâmara dos Deputados - no sentido daeríseão do Banco de Educação, ou seja, ainstituição das bolsas reembolsáveís,
Sr. Presidente, verdadeiramente a educação é o maior de todos os investimentospara a grandeza deste País. Mas é precisoque ela se torne privilégio de todos os,brasileiros e não apenas dos de filhos de ricos.Ser alguém na vida interessa ao :"uturo doBrasil, e não pode ser regalia ou privilégiode ninguém. Por esse motivo, há muito vimos lutado para que, desde o colégio até oo término dO curso superior, os brasileirostenham os seus estudos financiados peloGoverno, através da Caixa Econômica Federal. Somente doze meses após a formatura, a Caixa Econômica começaria a cobraraquele empréstimo, na base máxima de umsalário-mínimo mensal. Assim se processariaa sua restituição, e muitos jovens -teríamoportunidade .de se formar. Vejam bem V.ll;x.as o aspecto moral e psicológico do problema: A oportunidade que se oferece aalguém, que, podendo concluir seus estudos,terá estimulo muito maior para aprimorarseu curso do que aquele que recebe gratuitamente uma bolsa, pois sabe que futuramente fará o pagamento do empréstimo. Eluta em que nos temos empenhado e é oresultado que o.povo brasileiro espera, Sr. Presidente. E neste ponto dirijo apela ao Ministro da Educação e Cultura, nosso, queridocolega 'i! amigo Senador Ney Braga, paraque aceler J os estudos nesse sentido, a fimde que o financiamento da educação sejauma realidade a curto prazo - senão, pu'der ser imediato - para o beneficio de todos os brasileiros e grandeza (~o Brasil.
Era o que tinha a dizer.O SR. CARDOSO DE ALMEIDA - (Sem
revisão (lo orador.) Sr. Presidente, Srs.Deputados, foi noticiado hoje que o mofixará o preço de garantia para o café, em1.° de janeiro; em 418 cruzeiros a saca. Osprodutores que aqui estiveram na semanapassada, o Presidente da Sociedade RuralBrasileira, o Presidente da Federação daAgricultura do Estado de São Paulo, enfim,todos pleitearam melhor garantia e sugeriram o preço de 450 cruzeiros para 1.0 de janeiro e 480 para 1.0 de junho.
O Governo, porém, por intermédio do mo,não atendeu aos cafeicultores. E isso iráagravar a eríse no interior, pois o café é umdos produtos que influem na vida econômica interiorana, e de maneira intensa.
'No norte do Paraná, em quase todo oEstado de São Paulo e' agora em Minas Gerais, a cafeicultura, com a retomada de regiões de antigas terras cafeeiras, progrediumuito. Não é possível que o não-atendímento aos cafeicultores seja pura e simplesmente aceito. O Governo poderia reestudaro assunto. Partindo da cota de contribuição,do chamado .eonüseo cambial, o Governotem margem para atenuar a atual crise,que se agravará, no entanto, caso de insista no preço de 418 cruzeiros.
O IBO, que tem recursos oriundos daprópría lavoura, poderá pagar o rCM devido nessas compras, quando adquirir cafécom recursos da cota de contribuição. Pagando assim o ICM, a situação poderá senmenos grave e os cafeicultores poderão pelomenos ser atendidos em parte de suas reívindicações.
Esperamos que os srs, Ministros da Fa.·zenda e da Indústria e do Comércio, possam,entender-se na parte monetária, dandooportunidade ao cafeicultor de contínuascom sua cultura.
Era o que tinha a cUzer.
7836 Quinta-feIra:; DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (S~ão I) Outubro de 1974
o SR. ALem PIMENTA - (Sem revisãodo orador. )Sr. Presidente, srs, Deputados,na sessão de 23 de agosto do ano recémfindo, em apelo dirigido ao Sr. Jarbas Passarinho então Ministro da Educação, mostrava eu àquele eminente brasileiro a necessidade imperiosa e intransferível deconstruir-se uma escola de ensino polívalente na região de Bangu, no Estado daGuanabara, já que naquele recanto da terra carioca' se concentram, no momento,cerca de 600 mil habitantes. Não háno local. entretanto, sequer uma escolaprofissional, o que deixa em grandefalta numerosos estudantes, os quais, findos os estudos de primeiro grau, são obrigados a deslocar-se para o perímetro urbano do Rio, com graves e reais prejuízosnão só de ordem financeira, mas tambémno que toca ao tempo dísponível para estudar.
Naquela época, Sr. Presidente, o MinistroJarbas Passarinho não só acolheu ínteressadamente a sugestão, senão também 'determinou às autoridades do Departamentode Ensino Médio do, MEC que tomassemprovidências para que se concretizasse areivindicação feita. Foi firmado, então, umconvênio entre a Secretaria de Educação da Guanabara e aquele Ministério, do qual resultou verba bastante vultosa, graças à qual posso anunciar neste instante já estar em execução naquele recanto carioca a obra reclamada, o que, por sem dúvida, -eleva sobremaneira o crédito das autoridades ministeriais junto à população daquele Estadotão carente de ensino dessa modalidade.
Portanto, Sr. Presidente, na qualidade derepresentante daquela região, nesta Casa.queremos deixar consignado nosso ímpereeível agradecimento ao Ministro de então e àsatuais autoridades do Minist,ério da Educação e Cultura, à cuja frente está o Sr.Ministro Ney Braga, que não apenas deucontinuidade ao plano preestabelecido.como também determinou providênciaspara que as obras fossem iniciadas imediatamente. Foram deseortmados assim oshorizontes para uma população estudant.ilque estava em dificuldades de atender aoque preceitua a chamada Reforma do Ensino, no que toca ao ensino profissional.
É ainda oportuno. Sr. Presidente, realçar-se o empenho com que agiu, na, Guanabara. o Secretário de Educacão e Cultura.Pror, Celso Kelly., que não mediu esforçospara que a parte que tocava à Secretaria
.da Educação tivesse também a mesma celeridade, graças ao que se pode hoje jubílosamente não só agradecer ao Ministérioda Educação, senão também louvar o prestimoso zelo com que agiu para que se concretizasse aquele anseio da zona oeste daGuanabara,
Era o que tínha a dízer.
O SR. ALFEU GASPARINI - (Pronunciao seguinte díseurso.) Sr. Presidente, Srs.Deputados, desejo falar hoje não na qualidade de Deputado, permitam-me, mas como professor, soldado raso na escala hierárquica do magistério paulista: aqueleprofessor que, nos grupos escolares substituiu os efetivos, sem receber nada em pagapelo serviço prestado; aquele professor quelecionou nas escolas de roça, consumindoseu salário nas necessidades de condução' ealimentação; aquele professor que perambulou pelas unidades de ensino primáriodas vilas até chegar à cidade grande. depoisde 15 anos de andanças rudes, com a mudança às costas e sem parada.
Por diversas vezes já enfoquei a necessidade de São Paulo dar ao magistério o seu:<atuto, a exemplo de outros Estados, em
obediência à legislação vigente, O meu contentamento foi grande, quando recebi a notícia do seu encaminhamento à AssembléiaLegislativa do meu Estado.
No entanto. tão logo começaram as análíses do conteúdo do projeto governamental,a decepção foi grande dos chamados soldados rasos do magistério - marginalizados,professor substituto, professor primário. Atéo professor secundário se sente prejudicado.
Tenho dito freqüentemente que só sentindo o problema, vivendo-o intensamente,pode o legislador entender e aproximar-seda realidade. Só sendo professor pode o legislador enxergar, com a alma castigadapelas intempéries do exercicio da profissão,os reais problemas e necessidades do magistério.
Por isso mesmo, tendo sofrido na carne-. com 21 anos de idade ia diariamente aogrupo escolar, para assinar o ponto e trabalhar 4 horas sem nada receber e aindaencargos familiares de filho mais velho posso hoje avaliar com mais precisão e objetividade a situação de desespero e aflição do professor substituto - situação vexatória e deprimente imposta pelo próprioEstado, na condição de patrão. De nadaadiantaram, até agora, nossos apelos, como .também não podemos ver aprovada alegislação que tentamos dar-lhes, estabelecendo um salário mínimo regional, a titulode ajuda de custo, podendo ser complementado com substítuícões até o valor percebido pelo professor efetivo. De nada valeramminhas palavras de alerta quanto ao tratamento salarial oferecido pelo Estado ao magistério primário, o mais importante na pirâmide eduçacíonal e na formação do cidadão. Várias as oportunidades em que situeiminha condição de professor, primário, commais de vinte anos de serviços prestados,percebendo, porém, salário pouco superior amil cruzeiro mensais. E agora, como que acomprazer-se dessa condição, desej am alterar a proposição do Governo, votando umaumento de referência, em total desacordocom a admiração que a comunidade deveprestar à sacerdótica missão do professorprimário. '
Ninguém ignora que o fator primeiro deprodução - o trabalho - sem o qual nãohá desenvolvimento, é preparado e desenvolvido na escola. Como então. desprezareste fator condicionante e formador doprincipal responsável pela existência daforça de trabalho, pois, capital e máquinasnão andam, nem produzem. Por que, então•negar-lhes um salário justo e que lhes dêtranqüilidade?
Portanto, neste momento decisivo para omagistério paulista, não me posso calar eapelo ao Governo de São Paulo, no sentidode que, reestudando o Estatuto do Magistério, coloque o professor substituto, o professor primário e o secundário, soldados rasos do magistério, no justo nível em quedevem estar situados num pais com [ustlcasocial.
Passo a outro assunto.Sr. Presidente, Srs. Deputados, recebi da
Câmara Municipal de Ribeirão Preto cópiado requerimento n.o 539/73, de autoria donobre Vereador José Delibo, e aprovado porunanimidade por aquela Edilidade, pleiteando assistência médica para os militares daAeronáutica sediados nos diferentes pontosdo País. .
Sr. Presidente e Srs. Deputados, a doençanão tem hora marcada para aparecer.Quando, porém, isto acontece, o atendimento há de ser urgente, sob pena de resultados funestos.
Também é notório que os organismos assistenciais existentes para atender aos militares aposentados estão localizados nasCapitais dos Estados, o que dificulta emmuito a sua utilização. Nestas condições, sãoeles obrigados, pelas circunstâncias, a recorrer a hospitais partícujares, afetando assuas finanças e desorganizando seus orça-mentos domésticos. .
Fica, portanto, meu apelo ao Governo nosentido de que, em abono da tese que sempre defendi de descentralização administrativa, sejam firmados convênios entre hospitais particulares e públicos nas várias cidades do interior do País e o Ministério daAeronáutica, a fim de que os seus mílttaresapcsentados tenham uma assistência médica melhor e mais rápida nos seus casosde urgência.
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.Durante o discurso do Sr. AZfeu Gas
parini, O Sr. Luiz Braga (art. 76 doR.l.), deixa a cadeira da, presidência queé ocupada plo Sr. Flávio Marcílio, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Flávio Mareílio) _Tem a palavra o Sr. Osmar Leitão.
O SR. OSMAR LEITãO - (Pronnncía oseguinte discurso.) Sr. Presidente, srs.Deputados, transcorre hoje o 117.0 aniversário da emancipação político-administrativa da cidade de Magé, no meu Estado. Extenso programa, em que se destacam o desfilecívico-estudantil-militar e a inauguração de obras públicas, está sendo cumprido,em meio à natural festa popular.
Magépossul hoje mais de 29 mil habitantes e uma economia baseada em desenvolvido comércio e atualizada indústria, comdestaque especial para a grande Fábrica de Tecidos Itatiaia.
Dispõe de dezenas de escolas e outros estabelecimentos culturais e de todos os requisitos de uma cidade moderna.
Os distritos de Santo Aleixo, Guapimirim,Suruí, Guia de Pacobaíba e Vilã Jnhomtrim destacam-se também por uma intensaatividade fabril, sobretudo por uma grandeprodução têxtil. A Fábrica da Estrela, conhecida em todo o País, e outros importantes estabelecimentos usufruem os benefícios de uma oportuna isenção fiscal, quetem por objetividade instalação de novasindústrias. .
Area conhecida internàcicinalmente, lá seencontra, engastado no alto da Serra dosórgãos, o famoso "Dedo de Deus" e o Parque Nacional, estabelecimento federal destinado à proteção das imensas reservas florestais da área e ao incremento 1;10 turismo.
Concluo este registro, congratulando-mecom os habitantes desse querido Municipíofluminense, estimando que a cidade de Magé prossiga na trilha do progresso e alcançando cada vez mais os objetivos que persegue, de prosperidade e permanente alegria.para o seu operoso povo.Era o que tinha a dizer.
O SR. ARNALDO BUSATO (Pronuncia oseguinte discurso.) Sr. Presidente, Srs.Deputados, o Banco do Brasil S.A. e a redebancária privada, para fixação dos valoresdos adiantamentos concedidos aOS agricultores nos financiamentos de custeio paraformação de lavouras de soja, aceitam, comomáximo, a produtividade média de 25 sacospor hectare.
Julgamos tratar-se do rendimento médioobtido pela lavoura de soja em todo o território nacIonal, poIs, no Estado do Paraná,que é o segundo produtor do País, de acordocom dados oficiais publicados pela Comissão
Outubro de 1974 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira:l 7837
de Estudos de Previsão de Safras do Paraná - CEPRES, órgão que funciona com base em convênio mantido entre o Ministérioda Agricultura e entidades vinculadas aoGoverno do Paraná, a produtividade médiaobtida na lavoura de soja paranaense, nassafras de 1972 e 1973, foi calculada em 1.932quilos por hectare ou, aproximadamente,32 sacos de' 60 quilos..
Considerando ainda, Sr. Presidente, que os .agentes financeiros do sistema bancário nacional, para deferimento dos valores a financiar, baseiam-se no rendimento médioobtido por hectare, pelos produtores, emdois dos três últimos anos de plantio de suaslavouras de soja, reivindicamos junto aosPresidentes do Banco do Brasíl S,A, e Barrco.ocntral do Brasil e ao Ministro da Agricultura que, nas operações de financiamentos" propostas pelos agricultores do Estadodo Paraná, para custeio de suas lavourasde soja, a partir da safra de 1974, passema admitir a produtividade média de 32 sacos por hectare, para base de cálculo destinado à fixação do limite máximo a financiar.,,·0 excelente rendimento médio obtido pelos produtores paranaenses de soja, superiormesmo ao alcançado pelos agricultores dosEstados Unidos da América do Norte, é re,sl,l1tado da maior inversão de recursos, exigidos pelo alto grau de tecnologia alcançadJ).',pela lavoura do Paraná, principalmente,pera adoção de modernas práticas culturaise,.ainda, pela adequada utilização de fertilízantes, defensivos e sementes fiscalizadaspela Subcomissão Estadual de Semente deSoja do Paraná, do Ministério da Agricultura.
Apelamos, outrossim, Srs. Parlamentaresao dinâmico Ministro da Agricultura paraque, apresse os estudos da regulamentaçãodo Seguro Rural (PROAGRO), possibilitando que a' lavoura de soj a que será formadaa partir da primeira quinzena de outubropróximo seja devidamente coberta pelomencionado seguro.
A elevacào dos limites máximos financiáveis, de ér$ 900,OO'por hectare, consíderando-se o adiantamento de 60% sobre a produtividade de 25 sacos de soja, a Cr$ 60,00,para Cr$ 1.152,00por hectare, baseando-se no'rendimento de 32 sacos do produto, possibilitaria ao sojicultor paranaense aprimorar ainda mais a alta técnica adotada noplantio daquela oleaginosa, colaborando assim, para mais facilmente atingirmos_ameta dos 2 bilhões de dólares na exportaçãoda soja da próxima safra, prevista pelo Sr.Ministro da Agricultura.
Era o que tinha a dizer.O SR. LUIZ BRAZ - (Pronuncia o se
guinte díscurso.) SI', Presidente, Srs. Deputados, metrópole, e metrópole de fama mundial, cidade suí generis mesmo antes detransformada em Estado, o Rio, nem porisso, nem por sua economia, seu comércio,sua indústria, suas belezas naturais e suamilionária população, o Rio, eu dizia, deixoude ressentir-se com a criação de Brasilia ea conseqüente perda de sua condição de capital do Pais.
Houve, e muito sentido, um certo esvaziamento da cidade maravilhosa - esvaziamento que só o decorrer dos anos tem atenuado.
Cito o exemplo, que é, aliás, um tostemunho eloqüente, para COI1VClCal' f'. atenção ,~equem, já agora, é o vírtua: Gúv01'nr.dor donovo Estàdo que resultará da fusão de cariocas e fluminenses.
Entendo que é do meu' dever, obrigaçêomesmo de fluminense e de renresontantede seu povo, alertar o eminente Sr. Almirante Faria Lima para os cuidados que Ni-
teróí necessariamente reclamará do futuroGoverrio Estadual, pois a bela terra de Araríbóía será implacavelmente prejudicada. Etanto mais prejudicada se o futuro Governador não traçar, desde logo, e com carinho, com acuidade, com patriotismo e atécom amor, um plano que salve Niterói daruína,
Mais, muito mais do que centenariamentecapital do Estado do Rio, Niterói abrigacomo é natural, todas as cúpulas de todosos Poderes, todas as cúpulas de todos osserviços. Ali demoram o Governador do Estado e todos os seus Secretários; ali estãoestabelecidos todos os órgãos superiores doPoder Judiciário; ali se fixa a sede da Assembléia Legislativa, Em Niterói, como éóbvio, estão todos os comandos e os subeomandos da terra .flumínense. E tudo isso,sem transição, desaparecerá de um dia paraoomro. '
A 15 de março de 1975 os niteroienses despertarão sem que ali sobreexístam quaisquer ~
autoridades estaduais, G;overnador, Secretários de Estado, Desembargadores de Justiçae da Alçada, Deputados e Ministros do Tribunal de Contas, Presidentes de Banco eDiretores de Autarquia,'> - tudo terá desaparecido na voragem da fusão.
Isso corresponderá a uma descapítaltzaçâo humana sem precedentes na vida brasileira! Recusn-rne, até por inútil, a falar emdescapítaüzaçâo material.
O impacto será violento, mormente porque tudo quanto existe, hoje, terá necessariamente de existir até o dia 14 de março,mas não existirá, também necessariamente,a partir de 15 de março!
A população de Niterói, do mais pobre deseus moradores' até a mais rico deles; domais humilde ao mais importante, cada ume todos serão as .vítímas de um novo dilúvio.
Resta aos niteroienses a única esperança,qual aquela de que o Almirante Faria Lima,futuro timoneiro da nau do novo Estado,prepare as rotas e trace os rumos que nãopermitam aos continuadores das tradiçõesde Araribóia horas piores, muito piores ainda, do que aquelas que já naturalmente osaguardam.
E isso é o mínimo que Niterói esperadaquele brasileiro que v-aí ter a honra deimplantar uma nova Unidade no seio daFederação.
Era o que tinha a dizer.O SR. ANTôNIO BRESOI;IN - (Pronun
cia o seguinte discurso.) Sr. Presidente eSrs: Deputados; dei conhecimento à Nação,através desta tribuna, da ação que a- Refrigerantes Vontobel Ltda., de Porto Alegre,movia contra Pampa Refrigerantes Ltda., aprimeira concessionária da 2oca-Cola e asegunda da Pepsí-Oola. Ação foi movida porabuso de poder econômico.
Agora a Empresa Refrigerantes Sul Riograndense foi' condenada pela CADE, eori-.forme se pode ver por esta ampla informação de O Globo, edição de 25 de setembropróximo passado. A nota é a seguinte:
OADE OONDENA PEPSI GAúCHA PORABUSO DO PODER EOONôMICOA empresa Refrigerantes Sul Riograndense S. A., subsidiária da Pepsi Incorporation, foi condenada, ontem, porabuso de poder econômico pelo Conselho Administrativo de Defesa 1!lconômica (CADE), que, segulndo o 'loto do relator do processo, wanor POI'eira de Oliveira, fixou para o delito a multa de 500salários mínimos, ou seja, Cr$ 188.100,00.Por unanimidade, quatro votos a zero,O plenário do GADE aceitou conto pro-
cedentes as alegações das empresasgaúchas Pampa Refrigerantes Ltda. eRefrigerantes Vontobel Ltda. - "fabricantes concessionários" de "Coca-Cola"- quanto ao desvio e quebra de garrafas de "Coca-COla", "Fanta" e "Minuano".A acusação de manutenção de contratos de exclusividade com os principaispontos. de venda do mercado gaúcho 'derefrigerantes, entretanto, dividiu o plenárío e o presidente do CADE, GratuIíano de Brito, não usou para o desempate o voto de qualidade, a que tinhadireito.O presidente do grupo Vontobel, JoãoJacob Vontobel, disse em entrevista, logo após o julgamento, que caso não fique esclarecida a questão dos contratosde exclusividade, entrará com novo processo no órgão, "Hoje - disse - o grande problema de nossas empresas é aexclusividade conseguida pela Refrigerantes Sul Rio-grandense."
Hélio Faraco de Azevedo, advogado daempresa condenada, disse que "a posição da Refrigerantes Sul Rio-grandense é de total inconformismo: estamosestupefatos com a decisão", Essa é aprimeira condenação conseguida peloConselho Administrativo de DefesaEconômi<la (CADE), que está completando este mês 12 anos de atividade, ecujas decisões são irrecorríveis. Alémdo presidente do órgão, do relator e doadvogado de defesa, funcionarem nojulgamento Vicente Tourinho, procurador-geral (acusação), e os conselheirosCanedo de Magalhães e Geraldo Re?ende Martins.Acusação
Vicente Tourinho, procurador-geral doCADE, resumiu a acusação e111 poucaspalavras, referindo-se à busca e apreensão, por mandado judicial, no depósito da Refrigerantes Sul Rio-grandense,de 3,380 caixas de madeira e 12.024garrafas de "Coca-Cola" e "Fanta".
Em seguida alinhou o depoimento dasprincipais testemunhas: Lúcio Mattet,em cuja chácara foram apreendidasgarrafas e engradados que lá estavam,segundo seu depoimento, guardados porordem do gerente da Pepsí-Cola de Pelotas: João Manoel Meneses Abrantes,e Paulo Oliveira da Silva que declarou"que já trabalhou para RefrigerantesSul-Riograndense, C01110 pintor e decorador e que por várias vezes assistiu aempresa retirar do mercado. vasilhamese engradados de "Coca-Cola", (que)"em seguida eram mandados paraPorto Alegre ou quebrados no própriodepósito da empresa". ( .. ,). 'Apól/ algumas considerações sobre a. natureza das provas finalizou:
- Diante das provas, verifica-se que aindicada criou dificuldades ao desenvolvimento das empresas representadas,com a finalidade de eliminá-las daconcorrência, infringindo, assim, a Lei4,137, em seu artigo 2,0, inciso I, letra
_"g", devendo-se aplicar-lhe pena deconformidade com a Lei.Defesa
O Advogado de defesa, Hélio FaracoAzevedo, baseou sua argumentação emseis pontos principais;1) - disparidade entre o número degarrafas adquírtdas e quebradas (normalmsnte) D01' ambas as empresas: enquanto a Refrig3rantes Sul Riograndense, comprou 18 milhões' e quebrou
7838 Quinta-feira 3 DIARIO DO CONGRESSO NAClONAL <Seção I) Outubro de 1974
SOO mil quilos, as representantes adquiriram apenas :;: milhões e 200 mil equebraram 345 mil quilos;2) - a perícia confirmou que quemlidava e pintava faixas de garrafas derefrigerantes de outras mamas eram asrepresentantes:3) - das 13 testemunhas ouvidas, apenas Paulo Oliveira da Silva confirmoualgumas acusações, dizendo que as garrafas eram transportadas para PortoAlegre, no que foi desmentido pelo depoimento do dano da transportadora.4) - as declarações de Lindanor COstaAlves, que deram o principal argumenteda acusação, foram por ele próprio desmentidas. Disse ainda que assinou a declaração acusatória por estar na miséria e mediante promessa de um emprego com salário de Cr$ 4.000,00mensais, além de Cr$ 1. 000,00 à vista.Segunda a advogado, "testemunha semqualificação que faz sem qualificação oprocesso".5) - o mandado de busca e apreensãoé nulo;6) - a troca de garrafas entre empresas é comum, como admitiu o própriodiretor das representantes.VotosO conselheiro-relator, Wanor Pereira deOliveira, justificou extensamente seuvoto, concluíndo pela condenação darepresentada, embora achando que oscontratos de exclusividade não caracterizam delito por não "ocorrer agregação de empresas".
·0 presidente do CADE, Gratuliano deBrito, votou em seguida, acompanhandoo relator e 'discordando quanto aos contratos de exclusividade. O conselheiroCanedo de Magalhães também acompanhou o voto do relator, na íntegra. Oconselheiro Geraldo Rezende acompanhou o voto do presidente.
Cumprimento a Refrigerantes VontobelLtda. pelo fellz desfecho da ruidosa questão. Oxalá que esta judiciosa decisão daCADE sina de exemplo e de alerta a outrosgrupos econômicos que, abusando do poder,continuam espoliando o povo brasileiro.
Era o que tinha a dizer.O SR. FLORIM COUTINHO - (Pronun
eía o seguinte díseurso.) Br. Presidente, 81'S.Deputados, a imprensa de Brasília noticiou,há vários dias, com o maior destaque, asprovidências que a policia desta Capitaladotou, visando pôr um paradeiro nas tropelias que grupos de desajustados cometemnas ruas da cidade, em todos fins de .semana. Trata-se de competições automobilísticas clandestinas, vulgarmente chamadasde "pegas". '
Como não podia deixar de ser, a medidasó pode merecer os aplausos de todos, poisnão é possível que a, segurança e a tranqüilidade pública se vejam ameaçadas porindividuas irresponsáveis que, para dar va200 aos seus instintos bestiais, transformamlogradouros públicos em pistas de corrida.
Entr'=ltanto, o notícíàrío sobre a referidaOperação policial anota uma circunstânciaque, para mim, pareceu muito estranha. li:que, a par da prisão dos "loucos do volante", a zelosa polícia brasiliense deteveperto de duas centenas de transeuntes nas'imediações do local.
Qual o crime ou contravenção que tais indivíduos poderiam estar cometendo? Dificilde responder . Mas não custa nada raciocinarmos um pouco.
Inicialmente, estavam exercitando o di- agências distantes e à demora na atendireíto inalienável de ir e vir. Ou será que o cí- mento, a região, que tem na PROTERRA,dadão brasílíense já não tem mais direito fator fundamental para o seu desenvolvide vagar tranqüilamente pelas ruas de sua menta, vem enfrentando grave crise eeonôcidade? O fato de estarem acorrendo delí- mica e social, vez que o problema tem cautos nas proximidades não implica a sua sado enormes prejuízos à economia do norcumplicidade. Pretender acabar com corri- te de Goiás e levado o desemprego a mídas de automóveis prendendo pacatos pe- lhares de trabalhadores das fazendas quedestres, chega a constttuír uma piada do já começam a abandonar a região, após te,.mais grotesco humor negro. Quando muito, rem sido, para ali, recrutados com díríeul.poderíam ser colhidos pelas malhas da lei, dades de toda a ordem.quando os seguidores de célebre Dr. Cooper No mês de maio, quando tive o prazer e apassarem a ser transgressores da lei. honra de receber, em meu gabinete. na
A apreensão dos veiculas e a detenção dos Presidência da Oorníssão da Amazônia. oseus condutores merecem O decidido apoio Sr. Mini,stro do Interior, Dr, Rangel Reis,de todos os cidadãos ordeiros e dtscíplma- S. Ex." anunciou-me a liberação dos redos, pois enxergamos em tal medida um cursos destinados ao PROTERRA. Em agos-. ti d i d d to, em almoço com o Sr. Ministro da Fa-impera vo em defesa a soe e a e. zenda, Dr, Mário Henrique Simonsen, ouvi
Mas a prisão de pessoas que nada têm de S. Ex." a confirmação do que já disseraa ver com os fatos é uma providência que o Sr. Ministro Rangel Reis, isto é, que ospode ser chamada de odiosa. Não é a pri- recursos destinados ao financiamento domeíra vez que tal expediente é usado em PROTERRA já haviam, realmente, sidoBrasília. Há pouco tempo, a pretexto de liberados e que a ordem já estava com ocombater o tráfico .de entorpecentes, os Banco do Brasil.agentes da lei detiveram numa das nossassuperquadras mais de 300 pessoas. Mães de O próprio Presidente do Banco do Brasil,
, Dr. Angelo Calmon de Sá, naquela mesmaramítía, trabalhadores, vendedores ambu- oportunidade, confirmou a existência "doslantes, crianças, todos foram levados de recursos e acusou o recebimento da ordemroldão com meia dúzia de marginais. De- de liberação dos mesmos.pois de uma porção de vexames, foram li-bertadas com sorridentes pedidos' de des- Entretanto, vários meses são passadosculpas. A única explícação que encontro sem que as instruções regulamentares ,tepara tão inusitado procedimento é a vora- nham chegado aos gerentes para que poscidade que as autoridades têm por prisões sam liberar os financiamentos de propostasarbitrárias, somente para engordar as es- já aprovadas.natístlcas. Assim, em 110me das populações de várias
Vamos separar o joio do trigo: a dureza cidades do norte de Goiás e, especialmente,da lei só deve recair sobre aqueles que a das cidades de Paraíso do Norte, Porangàtu,transgridem. Arraias e São Miguel do Araguaia, que pos
suem agências do Banco do Brasil, renovoEra o tinha a dizer. apelo ao 8r. Presidente do Banco do Brasil,O SR. SIQUEIRA OAMPOS _ (Pronuncia Dr. Angelo Calmon de Sá, e ao Sr. Diretor
o seguinte discurso.) Sr. Presidente, Srs. Regional desse estabelecimento, rir, MárioDeputados, acabei de chegar do norte de Paciní, no sentido de apressarem a liberaGoiás, onde visitei vários Municípios e ção dos mencionados financiamentos. bemmantive contatos com inúmeras autorida- como no de adoção das medidas eabíveísdes e elementos representativos da região. para que o recebimento das propostas de
financiamentos do PJ;l.OTERRA seja efetua-Após conversações entaboladas com pes- do nas agências das cidades da região.
soas ligadas aos mais variados setores daatividade econômica pude verificar agora, Por constituir a questão problema dacama já o fizera antes, em outras viagens mais alta relevância para ° norte de Goiásà região, que a grande reivindicação daque- e fator decisivo para o desenvolvimento dala população relaciona-se à raoíonalízaeão quela imensa área, a oposição explora ae dinamização dos processos de rínancia- situação, procurando desmerecer a atuacãomanto dirigidos ao PROTERRA. governamental no setor e Ianear os fazén-
deiros contra a orientação oficial.Atualmente, 0S fazendeiros interessados . .
nesses financiamentos precisam deslocar-se.>' Nes~e peri?do. pre-ele1tora~ o prontode seus Municípios e percorrer enormes atendímento as Ju~tas pretensoes da regiaodistâncias para levar suas propostas às representará mejIda de largo a!cance eagências credenciadas do Banco do Bra- grande .repercussao, que consolidara, de vez,silo Estas agências localizam-se em capt- ~ pr.e:~tlglO do partld~ do Governo. e g~tais que distam milhares de quilômetros dos ",:~ti1a aos. seus can,d1.datos expressiva V1-locais de residência dos mutuários. tóría no pleito do proxnno 15 de novembro.
Como os fazendeiros, na maioria das ve- Ao externar, nesta tribun.a,_ as. apr~ens5eszes, necessitam de vários contatos com a de nosso povo e as suas reíviridleaçôes, taCarteira Agricola do Banco do Brasil para ço-o com a. a,bsoluta certeza de que o proverem suas propostas liberadas, a sistemá- ble~a. sensíbflazará, e()mo sempre sempretíca termina por resultar em pesadísstmos sensíbtlízou, as :;tutorl~ade~ responsaveisdispêndios aos interessados, que se vêem pelo se~or.. as qUals. e~v1darao .todes os e~forçados a empreender inúmeras viagens ~orços tndíspensáveís a regularlzação .de tãoprincipalmente à Capital da República. ' Importante programa de desenvolvímento
, regíonal.Outra ~eivindic:;tção dessas populações Era o que tinha a dizer
prende-se a neeessídade de o Banco do ara- . .sil Iíberar com mais rapidez as propostas de O SR. JOSÉ CAMARGQ - (Pronuncia o
. financiamento do PRO'l'ERRA. seguinte dlseurso.) Sr. Presidente, Srs.. . . Deputados, é voz corrente que o peru mor-
Algumas propostas J:;t fo~am ~ncammha- re de véspera, mas em São Paulo a genteda~ ao Banca do :i?raSlI ha ~alS de ano_e de Perus morre de sede todos os dias. Eaté o momento nao foram llberadas,. ~ao isso porque o Governo Laudo Natel nãoob~t~nte preench.erem t~do,s p~ requísítos quer ter ouvidos de ouvir nem sensíbílída»exígídos pela entidades ae erédíto. de para ale .nçar o sofrimento daquela po-
Em face as dificuldades que os fazendei- bre gente, desassistida de tudo, como se nãoroa têm encontrado para conseguir enca- bastasse o terrível drama da' poluição, queminhar suas propostas de íinanciamento a não tem fim.
Outubro de 1974
Na regrao de Perus - onde sobrevivem,sabe Deus como, mais de cinqüenta mil patrícios nossos - nem exísté água, nem háiluminação, nem os transportes bastam aum mínimo da população local.
Mas o drama verdadeiramente angustiante é o da agua, que só de 1'13.1"0 em rarosurge, quando .im caminhão da PrefeituraMunicipal de São Paulo aparece para queo povo possa encher algumas latas e latões.
A gente de Perus tem espírito de equipee tem espírrtc de luta. Ali se criou umaSociedade de Amigos do Bairro de Perus,associação que .luta, destemerosa e bravamente em favor do bairro, tão negligenciado, e luta com espírito de cooperação e decolaboração que vai mesmo ao ponto deoferecer-se, voluntariamente, para cobrir asdespesas necessárias a ímplaniacâo e aoruncíonamentc de todos os serviços de saneamento básico.
Exemplifico: o solo local,em profundidade variáveis, oferece lençóis de água, quepoderiam ser aproveitados de modo a orerecer a população o mínhno indispensávelde 7.500 metros cúbicos. Então aquele poVO do distrito de Perus reivindica que o.Governo, até mesmo com o concurso do.BNH, promova o aproveitamento dos lençóis de água existentes e rornsça o precio-so liquído domiciliarmente, pagando todos08 interessados não só as cotas relativas àinstalação como, e ainda, taxas de consumo.
Vários ofícios, alguns deles até mesmoãéompanhadosde estudos primários, já roram envíados ao Governador Laudo Natel,Tudo em vão, pois o Governador continuamouco em relação aos habitantes de Perus,cujo drama da falta de água atinge proporções alarmantes.
Não se trata - e todos o compreendem- de um lugarejo perdido nas infinitasIonjuras, ocasionalmente habitado por unspoucos seres humanos. Ao revés, é um dÍJ3trito industrial, dentro mesmo do GrandeSão Paulo, onde mais de 50 mil pessoashabitam.
Trago, desde esta tribuna, a minha solidariedade aos componentes da Sociedadedos Amigos do Bairro de Perus, seja nosseus altos propósítos de contribuição pessoal para a solução de seus terríveis problemas, seja, ainda, nas justas reclamações que fazem ao Governo de São Paulo,que não os assiste, como de seu dever.
Era o que tinha a dizer.O SR. FRANCISCO AMARAL - (Pro_
nuncia o seguinte díseurso.) Sr. Presidente,51'S. Deputados, tenho recebido inúmerosprotestos de aposentados do Instituto Nacional de Previdência Social em virtude dosdescontos instituídos pela Lei n,o 5.890, de1973.
Realmente, embora o conceito de direitoadquirido esteja abalado nos últímos anos,pois já se diz que contra .o Estado não hádireito adquirido, não se pode negar o desacerto da atual legislação previdenciáriainstituindo contribuições dos qpe se encontram em gozo de benefícios do próprio Instituto.
Aliás, com a devida vênia, quer-me parecer que há em tudo isso uma grande contradição. A lei pode estabelecer que o salário de benefício corresponde alO, 20 01,130 por cento do salário real, que é o quepercebe o trabalhador quando em. ativida
.de. Logo, não se compreende que tendo.estabelecido, por exemplo, que em determinados casos a aposentadoria é concecidacom salários integrais, ou COm 90% dos salários integrais, ínstdtua, porém, um des-
DIARIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
conto de contríbutçâo para o mesmo Instltutc!
O que é mais grave em tudo isso ·é quepessoas aposentadas há muitos anos - éo caso de muitos ferroviários, jornalistas etrabalhadores de todas as categorias - comproventos integrais, agora passam a contribuir para o Instituto.
Os órgãos governamentais alegam que acontribuição é intima e visa a dar meiosao Instituto para realizar seus fins, semrisco de colapso. Mas, se a contribuição éínfima, ela não irá resolver os problemasda Previdência SOcial, que já descobriu novas e mais rendosas fontes de receita, comoo ter dobrado a contribuição dos trabalhadores autônomos e o estar cobrando contribuições sobre a faixa salarial entre 10 e20 saláríos-mínímos, sem a correspondentecontraprestação em termos de beneficios.
Registrando nos Anais da Câmara osjustos protestos dos prejudicados, consignominha esperança de que os órgãos do Executivo,notadamente os do Ministério daPrevidência e Assístêncía Social, realizemestudos que conduzam à eliminação dessainjusta cobrança, tanto mais injusta emrelação àqueles já aposentados com direitoà aposentadoria sem contribuiçã.o e aos que,não se tendo aposentado, já tinham direito a uma aposentadoria nessas condições.
Enquanto não se restabelece o exato etradicional conceito jurídico de DireitoAdquírtdo, pelo menos que ele seja respeitado em relação àqueles que, por seu trabalho honesto, fizeram jus a uma aposentadoria com salários integrais.
Era o que tinha a dizer.O SR. FERNANDO CUNHA - (Pronuncia
o seguinte discurso.) Sr. Presidente, Srs.Deputados, na semana passada, quando es·teve em Brasília, o Deputado JerônimoSantana relatou o clima de intranqüilidadereinante no Terrtíórlo que representa, sobas vistas complacentes das autoridades estaduais, o que levou a pedir garantia devida ao Presidente da República. O Parlamentar teve oportunidade de narrar que agarantia que lhe haviam dado estava setransformando em verdadeira prisão. Inicíalmente colocaram policiaís em traj escivis e discretamente cuidando do esquema de segurança. De repente, descobrirama forma de ridicularizar S. Ex.a , colocandopoliciais armados até os dentes e que oacompanhavam em todos os lugares, numaverdadeira brincadeira de mau gosto.
Naquela oportunidade, o Deputado Jerônimo Santana fez um relatório, por escrito, ao Ministro Armando Falcão, que imediatamente prometeu adotar providênciasdeterminando qtre- a Policia Federal se encarregasse de cumprir as determinações .ioPresidente da Repúbllca, com respeito asegurança .solícttada pelo parlamentar doMDB.
Agora nos chegam notícias de que oDeputado Jerônimo Santana é prísíonelroda própria polícia que o está garantindono Território, o que o vem impedindo decontinuar sua campanha. Enquanto isso,o Minístro da Justiça declara que o problema é da polícia .do Estado..Ora, mas seum dos principais oposítores do parlamental' em Rondônia é exatamente o Secretário da Segurança, corno encarregá-lo detal assunto? Além do mais, o Governadoré inimigo pessoal daquele Parlamentar, conforme se infere inclusive de suas declarações a imprensa.
Segundo os jornais, o Parlamentar emedebísta estaria já recorrendo à Justiça para que seja tornado sem efeito aquele dispositivo de seguranca que se transformouem prisão para S. r .» Isto deixa muito
Quinta-feira 3 7839
mal o Presidente da República, eÍJ3 que,brincando com a autoridade do Chefe doGoverno, transformam uma ordem sua eminstrumento de perseguição e chacota, tentando diminuir de todas as formas possíveisa autorídade de um representante do Poder Legislativo.
Há poucos meses denunciamos desta Casaa tentativa de assassinato, em Rondônia,perpetrada contra o advogado Agenor Martins de Carvalho. Segundo carta que recebido Ministro Armando Falcão, o inquéritoaponta como principal responsável pelocrime o marginal Nuval Félix de Almeida.'I'qdos sabem, porém, ter sido este apenaso executor, já que por trás disso haviamandantes, ligados a autoridades do TerrlOO1io e a grupos de grileiros, os quais, numaverdadeira Máfia, tomaram conta daquelaUnidade da Federacão. Anteriormente. aameaça havia sido denunciada pelo Deputado Jerônimo Santana, mas a total omissão dàs autoridades permitiu que se consumasse o atentado ao advogado.
Agora, no caso da campanha política deS. Ex. a, a brincadeira de mau gosto levadaá efeito pelas autoridades de Rondôniapoderá ter sérias conseqüências naqueleTerritório. É preciso que o Ministro daJustiça, que está a par de tudo e que conhece a verdadeira situacão dc Rondôniaem todos os seus pormenores, tome medidas enérgicas, uma vez. que a falta de providêncías, bem como a pressão policial feitapelo Jovernador e seu Secretário da Segurança, significa completo desrespeito àautoridade do Presidente da República.
Sc voltar a ler um relatório que recebeuna semana passada, S.Ex.a o Sr. Ministroda Justiça verá que todas estas ocorrênciasestavam previstas. E muita coisa mais poderá acontecer, caso providências urgentese imediatas não sejam adotadas.
Era o que tinha a dizer.
O .SR. SYLV10 BOTELHO - (Pronunciao seguinte díseurso.) Sr. Presldente, 81's.Deputados, ao ocupar mais uma vez a tribuna da Càmart, dos Deputados trago aoconhecimento desta Casa e das autoridadesresponsáveis pelo 'cumprimento da lei e dasnormas eleitorais, os abusos. os desmandos,a opressão, o constrangimento que vêm sendo praticados e impostos pelos partidáriosdo meu oposítor, ocupantes de altos cargosna administração territorial de Roraima,àqueles que acompanham minha candtda-,tura à reeleição para a Câmara ·Federalpelo partido do Governo, a ARENA.
Se, por um acaso - e somente por umacaso - tivesse eu, atualmente, a legendado MDB em Roraima, sequer teria condições de contactar meus correligionários, talé o clima reinante naquele Território coma certeza da minha vitória em 15 de novembro. A angústia da derrota, o despreparo cívlco da livre concorrência a um postoeletivo fazem dos partidários do meu opositor uns opressores, uns intimidadores, unsperseguidores dos meus adeptos e de suasramíüas até onde podem ir nesse objetivonão visando à campanha de seu candidato, mas, unicamente, demonstrar terem poder e condições de perseguir de todas asformas possíveis tais adeptos.
Naquele Território, Sr. Presidente, ondeir.teüzmente ° atual e respeitável Juiz deDireito não está em condições de conduziros trabalhos eleitorais do principio ao fim,por ser Juiz Temporário, a designação deoutro magistrado já se faz sentir visandoa coibir abusos de direito e imprimir o respeito no cumprimento da legislação eleitoral, em toda sua plenitude, possibilitando assim, ao povo que, livre, serena e dc-
71140 Quinta-feira 3 DURIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de It7f
mocratrcamente, exerça o direito de votare escolher seu preferido.
Sr. Presidente, há poucos dias retorneido Território de Roraima, onde venho desenvolvendo minha campanha polltica, clara, limpa, respeitosa, dentro da lei, buscando sensibilizar o eleitor para comparecer às urnas, para exercitar seu direito devoto, para partícípar da vida nacional través da escolha de seu representante naCâmara Federal, e pude constatar, comtristeza, as mais variadas maneiras deselegantes que vêm sendo praticadas contraminha campanha e contra meus correligionários a ponto até de suspenderem o programa eleitoral reservado para mim na Rádíc do Governo, numa flagrante violaçãoda lei eleitoral e das normas estabelecidaspelo Tribunal Superior Eleitoral.
Como se não bastassem os abusos e víoIações, uns em cima dos outros, constateiainda as intimidacões de caráter ostensivo.pessoal e direto que estão fazendo contrafuncionários públicos ou mesmo ao pessoalregido pela legislação trabalhista, meus correligionários. para que deixam de fazer .nínha campanha política sob pena de seremadvertidos, suspensos, demitidos ou a elesse aplicar qualquer pena, sem que tenhampara isso ;)raticado alguma falta ou crime.É -ncrível, Sr.•'residente, que num Território onde os dois candidatos são da ARENAum tenha que sofrer se não diretamente,pelo menos os seus adeptos, represálias, intimidações, perseguições.
Sr. Presidente, ao encerrar este pronunciamento, agradeceria a V. Ex.a que solicitasse das autoridades eleitorais provídénelas para a urgente designação de um JuizEleitoral com responsabilidade desses trabalhos somente para Roraima e do Sr. Ministro.do Interior que recomendasse ao Governador daqi-ele Território que, na qualidade de seu delegado, minimize as conseqüências negativas dessas perseguições, represálias e intimidações, recomendando aosseus auxiliares a abstenção de tais procedimentos e, ainda, que aquela autoridadegovernamental desautorize quem os estápraticando e faça cumprir e respeitar a leieleitoral e todas as normas baixadas peloTribunal Superior Eleitoral.
V - O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcíeílio) - Passa-se ao Grande Expediente..
Tem a palavra o Sr. JG de Araújo Jorge.
O SR. JG DE ARAÚJO JORGE - (Semrevisão do orador.) Sr. Presidente. Srs.Deputados, a crise do papel é mundial. Osprodutores estão preferindo vender celuloseao estrangeiro a fabricar o papel - no casoos produtores brasileiros. Mas, enquantoaumenta o preço do papel em outros países,em porcentagem que oscila em torno de 3a 5%. vemos que no Brasil li crise do papeltem levado a aumentos absolutamente inaceitáveis, que caracterizam uma especulaçào dentro do mercado, com o apoio ou soba "vista grossa" do Governo para com a situação.
O Governo não tem controle da fabricação do papel, no Pais; só controla a importação do papel estrangeiro. E tanto isso éverdade que uma firma do Paraná, recentemente, foi punida e chegou a ser fechada,em virtude da exportação da celulose parao estrangeiro, o que sacrifica o mercado interno e encarece cada vez mais a produçãodo papel.
O papel é da maior importância, não apenas para a cultura, para o livro, para determinados veículos de divulgação, mas. principalmente para a imprensa, já que é sua matéria-prima fundamental. Por isso mesmo,através do papel, o Governo exerce tambémum tipo de censura, um tipo de pressão so-
bre a imprensa brasileira. No que diz respeito aos livros, algumas editoras nacionaisresolveram imprimir seus .livros na Argentina, porque a edição no estrangeiro sai maisbarata do que a impressão aqui no País. Éo caso da revista "Seleções", que circula emsetenta países, e o Brasil foi o únteo pais emque a revista desistiu de fazer sua impressão. A revista Seleções que aqui circula éimpressa em Portugal.
O quilo de papel no Brasil há, dois anoscustava oitenta e oito centavos: custa agora quatro cruzeiros e setenta e dois centavos. O papel nacional passou nestes doisanos de setenta e dois centavos a três cruzeiros e cinqüenta e nove, com aumento superior a três mil por cento. De abril de1973 até junho de 1974 o quilo do papel passou de Cr$ 1,50 a Cr$ 3,60.
Tenho em mãos duas notas fiscais emitidas pela Sociedade Mercantil Anglo-Brasileira, a Klabin, que, ao lado da T. Janer,representa o monopólio do papel no País.Por essas duas notas fiscais se verifica que,em abril de 1973, a Sociedade Mercantil Anglo-Brasileira fornecia à editora Tribuna daImprensa 400 kg de papel, a Cr$ 1.487,82,enquanto a 6 de setembro do corrente anoa mesma empresa fornecia à firma HeraldoTavares, do Jornal da Tijuca, 613 kg de papela a Cr$ 3.592.03.
A imprensa brasileira, como é óbvio, depende do papel e está sendo asfixiada. Porisso, muitos jornais desaparecem. Inclusivetivemos conhecimento do desaparecimentorecente de jornais, como o Correio da Manhã, e O Jornal, e isto para não falarmosda imprensa pequena do interior, pobre,que está agonizando. Paradoxalmente. enquanto desaparece o jornal do' interior jornal que é o livro do pobre -, o Governo,demagogicamente, explora a campanha doMOBRAL. Ensina-se o brasileiro a ler e nãose lhe dá o jornal, para que ele possa ler;ensina-se o brasileiro a ler, e o preço do livro torna-se inacessível cada vez mais emtodos os graus e atividades curriculares. Éimportante, porém, se acentue isto, porqueo Governo precisa tomar providências emrelação ao problema do jornal, entregue aomonopólio de duas firmas: T. Janer e Klabin.
O Sr. Célio Borja - Permite V. Ex.a?
O SR. JG DE ARAuJO JORGE - Com todo prazer ouco o eminente Líder da ARENA.
O Sr. Célio Borja - Se entendi bem,aponta V. Ex.a o encarecimento do papelcomo causa de desaparecimento de jornaisou de crescente dificuldades para sua manutenção.
O SR. JG DE ARAÚJO JORGE - Exato.
O SI', Célio Borja - Sabe V. Ex a que opreço das matérias-primas e de recursos naturais não renováveis cresceu assustadoramente em todo o mundo. A dificuldade porque passa a imprensa brasileira no tocanteao custo, sobretudo de papel e de outrosbens necessários à produção de jornal, éuniversal. Não se trata de dificuldade localizada no Brasil. Até agora não foi possível encontrar-se solução para o problema.Qu~m sabe V. Ex.a poderia indicar os remédios que, eventualmente, acudiriam o desejo do Governo, que é o de V. Ex. a , de vera ímprensa mais tranqüila com relação aosseus custos? Estão atingindo, aliás, a todos.Sabe V. Ex.a que instituições como a Câmara dos Deputados também está passandopor dificuldades em matéria de custos dopapel. A própria matéria-prima é escassa. Oque fazer, nobre Deputado, em face dessacrise, que não é apenas do papel, mas detodas as matérias-primas e de todos os re-
cursos naturais não renováveis, e até dosrenováveis como a celulose?
O SR. JG DE ARAúJO JORGE - Agradeço a V. Ex." o aparte. V. Ex.a reconheeeque a culpa é do Governo. Felizmente {)MDB não está no Governo. Mas mesmo nãoestando, eventualmente pode dar algumassugestões. Esse tem sido afinal de contaso papel que aqui temos tentado representarmuitas vezes, de realizar uma crítica nosentido construtivo. V. Ex. a referiu-se aofato de que essa é uma crise universal, eassim comecei este ligeiro comentário emtorno do problema cruciante do papel. Acrise é mundial. Nos Estados Unidos o seuaumento foi de cerca de 3% e no Brasilde 3.000% nos últimos dois anos. Além domais V. Ex.a pergunta que medidas tomar.Evidentemente a medida que o Governo deveria tomar seria aumentar o controle emrelação à exportação da celulose, da matéria-prima para o estrangeiro, que está sendo feita. O próprio Governo tomou a inicia.tiva de fechar uma firma no Paraná. Masmesmo assim, apesar do controle, o que sesabe ...
O Sr. Célio Borja - Refere-se V. Ex. a aocaso, no Rio Grande do Sul, da Borregaardj
O SR. JG DE ARAÚJO JORGE - Exato,
O Sr. Célio Borja _ Mas ai foi em razãode uma Comissão de Inquérito requeridapor seu Partido. Não tem nada a ver coma maior ou menor produção de celulose. 'ti:mais um caso de proteção à população.
O SR. JG DE ARAÚJO JORGE - Não,Enganei-me. A firma é do paraná. Não meocorre agora o nome. fechada pelo Governq,produtora de 'celulose, de matéria-prima,mas que estava exportando indevidamente,fazendo com que o Governo tomasse providências. Evidentemente. uma das medidas'seria aumentar o controle e evitar que issose processe. Da mesma maneira que há ocontrole de preços, de salários, de transportes. deve haver também a possibilidade deuma verificação para um aumento justoem relação à mão-de-obra, à matéria-prima empregada na produção de papel e aoutros elementos indispensáveis ao seu fabrico. O controle levará realmente o Governo a evitar que essas duas firmas poríerosas, que se transformaram em monopólioe tomaram conta do mercado do papel noBrasil. continuem a aumentar os preços indiscriminadamente, sacrificando com issoo livro e a imprensa.
Quanto à imprensa, citei dois jornais quedesapareceram não apenas por motivos relacionados com o papel, mas também porcausa de seu preço, encarecendo a produção e a impressão como o caso de O Jornale o Correio da Manhã, além dos pequeninosjornais do interior. Lembraria também. paradoxalmente, o MOBRAL, que tem sidoresponsável, de certa maneira, pela crisedo papel nacional. As informações que tenho são de que os seus depósitos regionaisestão eniulhados de matéria impressa queo Governo está pagando e que ultrapassa demuito as necessidades do órgão, considerando as populações ou O· mercado - vamos dizer assim ~ escolar. a que se destinam essas publicações. Então. o MOBRAL,que é uma das bandeiras do Governo e quevisa justamente a acabar com o analfabetismo, com o ensino supletivo a integrarcada vez mais o homem à sua atividade,dando-lhe condições de produzir melhor.contribui também para a crise do papelporque está beneficiando esses monopóliose permitindo que eles imprimam demais.
O Sr. CéIío Borja ;..... V. Ex. a há de convir'que nos assustaria se o MOBRAL não tivesse material para que as suas finalidadesfossem atingidas.
Outubro de 1974 mARIO, DO CONGRESSO NACIONAl, (Seçio I) Quinta.-feira. 3 7l1U
O SR. .TG DE ARAÚ.TO JORGE - Mas assusta-me muito mais que ele não tenhaum controle maior para o planejamento.
: . O, Sr. Célio Dorja - O MOBRAL,comoqualquer repartição pública, não deve estocar e mobilizar excessivamente. V, Ex. a temti;l,zão, se o fato é verdadeiro, do qual' nãotenho conhecimento. A crise não se situaapenas no fato de que duas empresas dominem praticamente o mercado, mas na~iéf).ssez da matéria-prima para a produçãoao papel, Porque, veja bem V. Ex. a, não fosse escassa a matéria-prima, outras empresas se estabeleceriam no ramo porque omercado é bom,' a mereadorfa vende beme •deixa boa margem de lucros. Mas a matéría-príma é escassa aqui e em toda parte.0'· que eventualmente se deveria fazer, arita'U juízo, seria estimular a produção da
, mê:téria-prima, Isto sim, Só que demandarán'r,iíito tempo, A solução não pode ser dada';Para víger e ter efeito imediatamente.
O SR, JG DE ARAúJO JORGE - Complementando as observações de V. Ex.a quero,l;l.í"ier que o processo de aumento do fabrico,d'a' obtenção da matéria-prima é demorado,é.~ª longo prazo. Há que se tomar medidasde caráter imediato para atenuar a crise do~iJ::pel, a situação em que se encontra oWrercado e as dificuldades das editoras e'l!'â's impressoras, Quais seriam essas medi'elas? Primeiro: o controle dessa matériaprima para evitar a exportação; segundo:fazer um levantamento dos custos para ajJiódução do papel, a fim de que o aumen'lli1 do preço, determinado por duas firmas'9;ue representam o monopólio desse produ.f!ó; não fosse feito Indíscrímínadamente;'tM,rceiro: controlar o MOBRAL e as repartiç,ões públicas. Nós, Deputados, podemosatestar isto: recebemos impressos de luxotodo os dias, em cores, da melhor qualidade.'Parece que o Brasil é, um País que tem bastante papel, e que a matérãa-príma não está
"fézendo falta. Os Ministérios se promovem(~'i>ravés de folhetos, de elementos de dívulgs cão que são verdadeiras obras de arte.
'!P!'tra qualquer quilômetro de estrada inau'gurado recebíamos do Ministro Andreazza-üm . convite para comparecer ao ato, írn1'Iresso a cores, com o traçado da estrada,Icbm todas as características. Os relatórios''d!as entidades oficiais, do Banco do Brasil,-tio Banco Oentral, das autarquias, das secC>ieiiades de economia mista - todas elasesbanjam papel ~ dão a impressão de que
!'Jjl,papel é matéria-prima farta, quando não.I? e,.." As informações que tenho são essas eV. EX,a, como Líder do Governo, poderá,
lj;nclusive, verificar. Os depósitos do , .. ".''MOBRAL, com efeito, estão entulhados de. eartflhas, livros, jornais, prospectos, ímpres- "'''Ílos em papel de qualidade boa, de muito"peso e que não têm serventia porque ultra'passam o mercado escolar a que se destí;.nam.
"; Evidentemente, falta ai um planejamento,'Uma medida de economia que facilite ascondições em que se encontra o atual mercado de papel, coltmando, primeiro, que oaeu .preço não cresça exorbítantemente, as-
"fixiando a grande e a pobre empresa do'interior, que está mendigando, está desapa; recendo; segundo, permitindo que a cultura.eontínue a dispor do livro.
Infelizmente, posso citar um caso. Eu tíi-nha um contato COm a "Editora Livros Ir-radiante de São Paulo". Talvez não seja.esserexatamente o nome da firma. Talvezseja "Sociedade Livros Irradiante, de São
'Paulo". .A firma entrou em concordata. .A: explíeação que me' deu' seu gerente foi de'o preço do, papel não lhe permite, hoje,fazer qualquer planejamento de edições, anão ser no caso de largas e grandes tiragens, Como V, Bx," reconhece, o mercado
de leitores no Brasil é pequeno. Não permite, 'então, que pela quantidade as editoras possam fazer tiragem que. , •
O Sr. Célio Borja - É um problema deescala.
Ó SR, J6 DE ARAÚJO JORGE - , ..cubram o investimento e .o capital de giro.Ouço, mais uma vez, V. Ex."
O Sr. Célio Borja - Apenas para, em socorro do que afirmou V. Ex.a, lembrar querecentemente o Governo da União tomouprovidências no sentido, de disciplinar aedição de publicações por órgãos a ele vinculados, V. Ex.a há de ter tido noticia, pelomenos' através da imprensa, de que a Presidência da República determinou o reexame da edição desse tipo de publicações aque se referiu V. Ex,", para adequá-las àspossibilidades do Tesouro Nacional e também às conveniências do mercado nacionalde papel. Portanto, veja V. Ex.a, antes deo Líder do Governo ser lembrado dessa providência, já o Governo Federal se adiantara.
O SR, JG DE ARAúJO JORGE ~ Em todo,caso, permita-me apenas, já que V, Ex,"disse desconhecer a situação do MOBRAL,trazer ao conhecimento do Governo esteproblema que é grave: o MOBRAL está gastando papel demais.
O Sr. Célio Borja - Tenho a certeza deque este fato será anotado pelo eminenteMinistro da Educação, nosso ex-colega NeyBraga.
O SE. ,lO DE ARAÚJO JORGE - Ficoentão na expectativa, pois, como V. Ex.a,acredito na capacidade administrativa donosso ex-companheiro, Senador Ney Braga.Sei que S. EX,a terá todo interesse em solucionar esse sério problema.
Estou trazendo à Casa o problema do papel, não propriamente cama escritor, mascomo quem tem ouvido queixas de editores,de jornalistas, de homens que lidam comessa matéria-prima e que dela dependempara imprimir seus jornais ou editar suasobras. Agora que estamos em campanhaeleitoral podemos constatar o descalabro, opreço absurdo do papel.
Ainda há pouco acentuava - e é oportunoque V. Ex.a, como Líder do Governo, estejapresente - que a lei continua a não sercumprida e que o poder econômico se fazatuante, novamente, decidindo o pleito eleitoral. O TRE da Guanabara estabeleceuque os candidatos a Deputados estaduais sópoderão gastar, em suas campanhas, 30 milcruzeiros e, os candírtatos a Deputados federais' 40 mil. Eu me surpreendi quando,tendo autorizado uma editora a fazer umpequeno prospecto meu de propaganda; dedivulgação eleitoral, fui perguntar o preço.Disseram-me que só de papel seriam 20 milcruzeiros. Tive de substituir o papel, queera acetinado, por papel tipo jornal, maisbarato, porque, obviamente, eu não tinhacondições para custear o Iívreto. Entretanto, V. Ex,", meu companheiro de bancadada Guanabarara ...
O Sr. Célio Borja - De representação.
O SR. JG DE ARAúJO JORGE - Apesarde representar a ARENA, há de ter notadocomo a cidade está festivamente coberta depapéis coloridos de propaganda de candidatos. A avaliação que se pode fazer, assimsuperficialmente, é de que aqueles impressos ultrapassam de muito os 40 mil cruzeiros determinados pelo Tribunal RegionalEleitoraL É claro que não cabe a nós essafiscalização atitude, profundamenteantipática - de estar denunciando estesaspectos e chamando a atenção para eles,mas é necessário que se lute contra a mistificação do processo eleitoral e que Governo e Oposição se unam a. fim de se evi-
tal' a. interferência do poder econômico,para que a manifestação das urnas represente, realmente, a vontade popular e nãoa impressão deixada através da sugestãodaquela propaganda realizada pelos maisricos e poderosos,
O Sr. Célio Borja - Sei perfeitamentebem das dificuldades com que V. Ex.a lutae, como V. Ex,", nós outros, seus companheiros de representação, para fazermos adivulgação dos nossos nomes, do nosso'pleito pela reeleição. Mas V. Ex.a há deconcordar comigo em que os campeões emmatéria de gastos, em matéria de uso eabuso do papel para fins de propagandaeleitoral são exatamente os expoentes dopartido a que V, Ex.a pertence.
O SR. JG DE ARAÚJO JORGE' - Tenhode concordar com V. EX,a
O Sr. Célio Bo ...ja - V, Ex." tem de concordar con.ígo, porque é um homem debem, honesto, que está lutando - dou testemunho disso, - com as maiores dirículdades para a divulgação e a propagandado seu nome, como aliás é de rigor, é depreceito em campanhas eleitorais, Mas,sem dúvida alguma, se os candidatos doMDB dão hoje o exemplo do uso e do abusodo papel ~ e não são apenas eles, não estouquerendo absolutamente partíeularízar neste ou naquele nome - o fato é que issopossivelmente constituirá obstáculo também para V. Ex.a, que luta com dificuldade pela afirmação de sua candidatura.
O SR. JG DE ARAÚJO JORGE - Agradeço o aparte de V. Ex.a
O Presidente acaba de me alertar, meutempo deve estar extinto. Quero encerrarentão, Sr, Presidente e srs, Deputados. estemeu pronunciamento caracterizando as dificuldades que enf-entam [ornais e editores em face ao monopólio do papel estabelecido no Brasil por duas grandes e poderosas firmas: T. Janer, que vende papelestrangeiro, e Anglo-Brasileira, a Klabin,que vende papel nacional, principalmenteesta última, que estabelece os preços .luedeseja, sem que haja por parte do Governoqualquer fiscalização e controle.
O aumento de preços no Brasil é absolutamente ínaceítável, porque, como tiveoportunidade de acentuar aqui, mesmo reconhecendo que a crise do papel é mundial,enquanto os Estados Unidos apresentaramuma majoraçâo nesses dois anos de apenas 3%, aqui uma firma como a Klabin oua Anglo-Brasileira, segundo as notas fiscaisque antes referi, em dois anos aumentaram em mais de 3.000 % o produto, Isto éuma forma de se asfixiar a imprensa, acultura, vale dizer, o descontrole do preçodo papel representa também uma formade censura exercida pelo Governo contraos órgãos de divulgação.
Era o que tinha a díser.O SE. MAURíCIO TOLEDO - (Sem re
visão do orador.) Sr. Presidente, Srs, Deputados, estamos praticamente a pouco maisde 40 dias do grande pleito eleitoral de 15de novembro. Cada um de nós, candidatosà reeleição e aqueles que estão pleiteandoo cargo representativo pela primeira vez,vem sentindo, por outro o Território Nacional, dificuldades no desenvolvimento lacampanha eleitoral.
Não há, em São Paulo, .como, de resto,em todo o Brasil, o verdadeiro clima eleitoral, tão necessário para um acontecimentodessa magnitude, qual seja, as eleições dodia 15 de novembro. Falta interesse e entusiasmo do povo em participar ao pleito,Tenho, constantemente, sr, Presidente, Srs,Deputados, consultado pessoas das mais variadas posições, recebendo sempre a 111es-
'i84~ Quinta-feira 3 ])JÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seciiol) Outubro de 1974
ma resposta, isto é, de que não têm candidato. O motorista de praça, o trabalhador, o universitário. a dona de casa, enfim,todos, de modo geral, demonstram uma.apatia que nos deixa bastante preocupados.
As dificuldades que sentimos decorrem,principalmente, da falta de meios de publicidade. A última lei eleitoral, impedindo que os jornais publiquem manifestos ououtros tipos de propaganda, a não ser dentro das limitações est.ibeleetdas, deixou scandidatos realmente desamparados, quaseflutuando e sem saber onde aterrar. A novalei eieitoral, se, de um lado, trouxe benefícios, não deixa, por outro, de apresentartambém pontos negativos, pois as restrições à divulgação da campanha implicaram na valortsacão do cabo eleitoral. Eeste abusando dá situação, promete votos.e apoio em diversas áreas mas, em troca,exige uma retribuição, com a qual absolutamente não podemos concordar. F, forçoSO reconhecer, no entanto, que há casosinevitáveis em que a atuação do cabo eleitoral se valoriza, principalmente em se tratando de candidatos novos, mais ingênuose que, por isso mesmo, acreditam na forçae no prestígio desses homens, A atuaçãodeles, porém, causa grandes malefícios atodos nós e à Nação brasíleíra. O .povonão acompanha a propaganda no rádio ena televisão. Quando se anuncia o horáriogratuito de propaganda eleitoral, seja comcandidatos da ARENA ou do MDB, os aparelhos de rádio ou de televisão são desligados. Não há aquele interesse que c.eseíávamos houvesse, com todo o povo participando do trabalho que estamos apresentandoou tomando conhecimento daquilo que poderemos fazer. Uma verdade precisa ser'dita: ainda não conseguimos que a democracia pelo vídeo fosse implantada no Brasil, como vem ocorrendo, por exemplo; naInglaterra, onde a televisão representa importante fator de divulgação, do mais alto
.ínteresse para todo o povo inglês. Os horários de propaganda eleitoral são aqueles demaior audiência, justamente o oposto doque OCOITe entre 11M. Com a divulgaçãoradiofônica e a imprensa escrita sucede omesmo. Enquanto nos jornais ingleses quaSe todos os espaços estão ocupados com notícias sobre o pleito naquele pais, aqui, noBrasil, as limitações de que temos conhecimento impedem que possamos manifestaro nosso programa de trabalho: o que fizemos, o que estamos f'azenrlo c o que pretendemos fazer.
Nessas condições, Sr. Presidente e sisoDeputados, dificilmente alcançaremos o ~li
ma eleitoral tão desejado para uma campanha como a que estamos enfrentando epara -as eleições do dia 15 de novembro.
O Sr. Célio Borja - Nobre Deputado, estou acompanhando atentamente o paralelo que V. Ex. a traça entre as eleições inglesas,' que estão sendo processadas, e as nacionais, que estão em curso. V. Ex.a , senão responsabílíaa a lei recentemente votada por nós, disciplinando o. transportee a alimentação dos eleitores no dia dopleito e proibindo a propaganda paga, limitando-a praticamente aos horários gratuitos, se V. Ex." "não responsabiliza a leipelo fato de estar cerceado ° noticiário dosjornais a respeito de nossas atividades, parlamentares e, de. outro lado, do desenvolvimento da campanha eleitoral, V. E:i\:.a. emcerta medida, associa a votação da lei aoque vem sendo resolvido pela Justiça Eleitoral. Quero; nesta oportunidade, apenasprestar uma declaração, que, evidentemente, não implica. restrição às palavras de V.Ex." Mas é que não enxergo, nem na leinem na intenção do legislador, os extremos a que temos chegado, em matéria dezestrlçôes à. propaganda eleitoral. Penso
que, se as restrições existem, decorrem elasde interpretações, mas não do texto da lei.A lei quis ser benéfica; quis evitar a influência abusiva do poder econômico nas'eleições; quis, por exemplo, que não levasse vantagem aquele que, tendo mais dinheiro, pudesse custear, durante longo prazo, aveiculação do seu nome na imprensa, mediante anúncios pagos, em detrimento daquele que não dispondo de grandes cabedais não pode pagar as quantias devidamente exigidas, com razão, pelos jornais pois vivem de publícídadc - para publicarsemelhante matéria. A lei não quis, nem opoderia, dada a respeítabílídade do Poder
'Legislativo, que as emissoras de televísào erádio ou os jornais fossem impedidos dedivulgar as atividades Iegíslatív.,s. Não. Há,sem dúvida, no Brasil -:. e isso vem de longo tempo - certa preocupação com li assepsia do processo eleitoral. É uma espécie assim de obsessão pelo fato de as elsíções envolverem grandes prcpagundas, aque durante muito tempo reclamam a atenção do eleitorado, desviando' a preocupação das pessoa, $13 seus misteres para cuidar estritamente de política. Talvez essatendência, que vem de muito tempo, pudesse explicar as aberrações a que estamos assistindo hoje. Perdoe-me V." EX." apartetão longo. Não é absolutamente de restrição ao que V. Ex.a afirma. Eu poderia tecer outros comentários discordando atémesmo das informações que V. Ex." traz.Queria limitar-me apenas a essa observação.
O SR. MAURíCIO TOLEDO - Agradeçoo aparte de V. Ex.", nobre Líder Célio Borja,Quero fixar-me num ponto do que V. Ex."externou: que a interpretação da lei regulamentada pe;o Tribunal Superior Eleitoralveio justamente causar todas essas restrições. Eu ia chegar a- este ponto, responsabilizando. o Tribunal Superior Eleitoral pelaausência de um clima eleitoral dentro doPaís. Todos, V. Ex." como candidato à reeleição, a maioria na Câmara e parte doSenado, estamos sentindo isso.
Concedo o aparte-ao nobre Deputado Antônio Bresolin.
O Sr. Antônio Bresolin -'Acompanhocom grande interesse o assunto que V. Ex. a
vem abordando. Aliás, o eminente colegae amigo tem sido nesta Casa um parlamentar que se tem destacado sobretudo pelo
- ~studo das matérias, e sempre que assomaa tribuna o faz com autoridade. Queria apenas dizer. quanto ao paralelo que V. Ex."está estabelecendo, numa prova de que nãohá interesse do eleitorado ete., que no meuEstado, para as próximas eleições, está havendo um renascimento efetivo e surpreendente. Quenl acompanhou as campanhaspolíticas para a eleição de prefeitos, hádois anos, c quem acompanhar os comícíosna presente campanha polítíca há de observar uma violenta transformação. Há menosde um mês promovemos na cidade de SãoBorja, um comício em praça pública, a quecompareceram mais de 3.500 .pessoas. Nossocandidato a Senador, o Dr. Paulo Brossardde Souza Pinto, falou das 11,30 às 12,30 horas, sem .que o povo arredasse o pé. Aindaagora, na Ultima carntnhada-rque fizemosa Planalto, Cidade que não tem 5 mil habítantes, realizamos um comício em que estiveram presentes quase 4 mil pessoas. Nasegunda-feira da Semana passada, às 20horas, entramos na cidade de Tapera, quetambém não conta sequer com 10 mil habitantes, com uma caravana de automóveis,caminhões, camionetas e tratores, talvez 50veiculas, para um comício, {to qual compareceram mais de 3.500 pessoas. É o renascimento da vida política no Brasil. Significaque o povo está-perdendo o medo. Além disso, quem vai aos comícios fica até mesmo
surpreendido com a linguagem dos oradores. Creio que esta campanha poIitica vaitrazer a maior vantagem que se possa imaginar em favor do restabelecímento das liberdades democráticas em nossa Pátria eem favor do banimento das leis que mutilam o Congresso Nacional. Desculpe, eminente amigo, o aparte' um tanto longo, masV. Ex. a , estudioso da matéria, há de permitir que um colega seu tome a liberdadedeste pequeno abuso.
O SR. MAURíCIO TOLEDO - Agradeço,nobre Deputado Antônio Bresolin, o apartede V. Ex.a Quero acrescentar que, no meuEstado, São Paulo, nem o partido de y. Ex.anem o meu partido se entusiasmou aindapelos comicíos. Intcíamos um comício naminha cidade, Bauru, onde o comparecímente foi mínimo e o desinteresse muitogrande. A partir de hoj e não mais realizaremos tal manifestação, porque nem o MD)3quis experimentar a realização do comício.
Vamos observar, Srs. Deputados, que ovoto em branco, se tudo continuar comovem acontecendo, irá superar o número devotos válidos apurados.
Vejam o que aconteceu aqui em Brasílía.,Aprovamos uma lei permitindo o voto emtrânsito. O Tribunal, ao regulamentar essalei, exigiu dos eleitores residentes em Brasilía, que mantêm o seu' título de origem,quase que um novo alistamento: devem preencher um requerimento, contendo umaséríe de informações, e juntar o título deeleitor, a carteira de identidade, para quepossam inscrever-se novamente aqui emBrasília e gozarem do direito de voto. Quan':'tos deixaram de fazer a ínscríçâo, preferindojustificar o voto no dia 15 de novembrq,dadas as dificuldades apresentadas?
Enquanto isso, na Inglaterra, como vem.sendo noticiado pela imprensa, há a democracia postal: qualquer pessoa vota através de uma carta, enviando ao seu domicilio eleitoral o seu voto. Facilitam, assim, portodos os meios, para que realmente os eleí-
~tores venham a exercer seu direito de voto.-Os obstáculos todos que aqui encontra
mos, torno a repetir, só vêm contribuir para que tenhamos votos em branco- superando os votos válidos.
Ainda comentando o que vem aconteceudo na Inglaterra - baseado em noticiárioque tenho em líláos- vemos que o primeiro-Ministro inglês é convidado para falarna televisão sobre o aumento de 10% nopreço da carne. Vejam V. Ex."s: o poderosoPrimeiro-Minjstro tem de descer do seu pedestal e responder, com um sorriso, e, °que é mais importante, provar aos eleitores e convencê-los dos bOlLS propósitos doGoverno, quando uma eleitora, simples dona-do-casa, telegrafa de uma cidade 'distante para saber por que o preço do açúcar,ou da carne, subiu, no momento, 10%. E istopassou a ser assunto de destaque. Aqui nãopoderia acontecer isto.
O Sr. Laerte Vieira - Nobre Deputado,apenas as circunstâncias que V. Ex." cita;para não falar de outras, mostram a impossibilidade de comparação entre um regimee outro.
O SR. MAURiCIO TOLEDO - Veja V.Ex.": todas essas restrições e limitações,num momento difícil, para um Pais emque o povo clama contra o aumento do custode vida. O Governo, procurando Impedir,por todos os meios, ° crescimento inflacionário, e nós, que vamos representar o povono próximo ano, não encontrando condições favoráveis para o nosso trabalho eleitoral.
Assim, Sr. Preslçiente e Srs. Deputados,queremos deixar registrados nos Anais da
Outubro de 1974 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 3 7843
Casa, através deste pronunciamento, os fatos que estão ocorrendo, para que mais tarde não sejamos, os candidatos, responsabílizados pelo que possa ocorrer.
O Sr. Oarrtídio Sampaio - Nobre Deputado Cantidio Sampaio, vem V. Ex. a analisando este tema oportuníssímo dos votosem branco, dos votos nUlos, que deve decorrer, creio eu, de várias razões acumuladas. Uma delas me parece ser a vinculaçãode voto. É alguma coisa que precisa acabar.Para dar uma idéia a V. Ex.", na eleiçãoanterior, na Capital de São Paulo, tive cerca de 10 mil votos nulos, simplesmente porque o eleitor votava em mim e' num candidato estadual do MDB. É tão absurda estavinculação que o eleitor, por mais esclarecido que seja, até hoje não atinou com ela.Não acredita que isto possa resultar na nulidade do voto, porque ele está fazendo escolha entre candidatos registrados paracargos diversos. E toca, realmente, as raiasdo absurdo o fato de que essa formalidadecondene com a pena máxima o voto do eleitor que escolhe livremente dois nomes. Creiotambém que fomos levados, para evitar ainfluência do poder econômico, a um extremo de proibições no que tange à propaganda eleitoral. Praticamente, o que se tornousecreto foi o candidato, não o voto. V. Ex."não pode mais colocar uma faixa, um retrato, um dístico, tudo é proibido. Proibiuse tanto que a lei praticamente se desmoralizou. Se os Tribunais Regionais Eleitor?-is forem levar a 'lei ao pé da letra, pratícamente cassam todos os registros de candidatos. Para evitar o abusado poder econômíeo, caímos neste absurdo. E o eleitornão fica devidamente informado porqueultimamente a divulgação só se faz pelatelevisão. Em nosso Estado, sabe V. Ex."'que há concomitância de programas de diversões e programas políticos, e o povo deSão Paulo prefere a novela e o filme. Aaudiência dos programas políticos é quasenula e não se pode fazer propaganda. Ocerto sería não dar outra opção ao telespectudo): senão ouvir o programa político àquela hora. Enfim, há uma série de medidasque precisariam ser tomadas com objetividade. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. É necessário que as candidaturas sejamplenamente divulgadas, que se escolha, então, uma forma de entregar tudo ao Partido. Nada façam os candidatos, que o partido de tudo se encarregará. :Êl necessárioalguma medida para sairmos dessa situaçãoabsolutamente hipócrita, Aqueles que querem realmente cumprir a lei sofrem umaconcorrência desleal. Se seu adversário coloca faixa, ele não tem o que perder, porque às vezes é uma càndídatura natimorta.Mas, se V. Ex."' fizer o mesmo imediatamente propõem uma reclamação no Tribunal,que só age por provocação - portanto sócuida do caso de V. Ex." Então são esta~ asrazões acumuladas, a meu ver, que resultam em um número exagerado de votos embranco e nulos que servem de tema. ao brilhante discurso de V. Ex. a nesta tarde.
O SR. MAURíCIO TOLEDO - Muito obrigado, Deputado Cantídio Sampaio. Realmente a situação é critica e dificil. V. Ex."'disse muito bem sobre a víneulacão do votode Deputado Estadual com Deputado Federal e quero acrescentar que ainda bemque o voto para Senador não é vinculado. Seo fosse, teríamos um número muito maiorde votos nulos. Devo acrescentar, nobreDeputado Cantídio Sampaio, que fiquei surpreso por esse fato ter passado despercebido ao Executivo, autor desta última leieleitoral. Não seí como aconteceu isso enós - candidatos de um ou de outro partido - fomos os beneficiados porque sefosse também vinculado o voto' para Séna-
dor, o número de votos nulos seria muitíssimo mais elevado.
O Sr. Cantídío Sampaio - Mas seria maislógico. Daria razão à vinculação, porque se'exígíría que ti editor votasse partidariamente. Seria.um título para a vinculação, se eldfosse' estendida também ao Senador. Mas ofato de o Senador não' ser vinculado e oDeputado ser, tira qualquer senso lógico,porque então não se quer estabelecer votação partidária, tanto que o Senador é isento da vinculação. Não atinei - e ninguématina - com o motivo porque se faz talvinculação entre o Deputado Federal e oDeputado Estadual, produzindo número devotos nulos tão grande que pode perfeitamente resultar na derrota de um candidatoque estaria, contrario sensu, folgadamenteeleito.
O SR. MAURíCIO TOLEDO - Exatamente, nobre Deputado, estou de pleno acordocom as palavras de V. Ex."'
Encerrando, Sr. Presidente, espero quetodas essas falhas que estamos verificando, e outras que ainda ocorrerão no espaço de tempo que aInda falta para o pleitode 15 de novembro, venham servir de exemplo para todos nós e para o Executivo afim de que no próximo ano possamos ~erormuíar a legislação eleitoral, de modo apropiciar uma efetiva participação do po-'vo. Nessas eloíçôes precisamos, antes demais nada, esclarecer o povo, ensiná-lo avotar, para que nãc se verifiquem casos,como disse muito bem o Deputado CantídioSampaio, de votação em candidatos de partidos diferentes. Muita gente ignora queisso iria causar o aumento do número devotos nulos, além dos em branco, pelo desinteresse que há pelo pleito de 15 de novembro. Quc as falhas, que os erros, quetudo que vem acontecendo possa nos orientar, a fim de, no próxímo ano, termos condições de reformular a legislação eleitoral.
Era o que tinha a' dizer. (Palmas.)
Durante o discurso do Sr. MaurícioToledo, G Sr. Flávio Marcilio, Presidente, deixa a cadeira da presidência, queé ocupada pelo Sr. Dayl de Almeida,19-5ecretárío.
O SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida)- Está findo o tempo destinado ao Expediente.
Vai-se passar à Ordem do Dia.Comparecem mais os 81's.:
Aderbal JuremaFernando GamaPetrônio FigueiredoJosé Carlos FonsecaDib CheremVinicius CansançãoTeotônio Neto,Jarmund Nasser
Acre
Joaquim Macedo - ARENA; Ruy Lino-MD~.
AmazonasRaimundo Parente - ARENA,
ParáAmérica Brasil - ARENA; Gabriel Her
mes - ARENA; João Menezes - MDB;Juvêncio Dias - ARENA; Sebastião An
. drade - ARENA.
Maranhão
América de Souza - ARENA; Eurico Ribeiro - ARENA.
PiauíCorreia Lima - ARENA; Dymo Pires _
ARENA; Heitor Cavalcanti. - ARENA;Paulo Ferraz - ARENA.
Ceará
Edilson Melo Távora. - ARENA; ErnestoValente - ARENA; Furtado Leite - ARENA; Jonas Carlos - ARENA; .rosías Gomes- ARENA; Manoel Rodrigues - ARENA;Ozirís Pontes - MDB; Paes de Andrade _MDB.
Rio Grande do NorteAntônio Plorêricío -.ARENA; Djalma
Marinho - ARENA; Grimaldi Ribeiro ARENA; Henrique Eduardo Alves - MDB;Vingt Rosado - ARENA.
Paraíbe
Cláudio Leite - ARENA; Janduhy Carneiro - MDB; Wilson Braga - ARENA.
PernambucoFernando Lyra - MDB; Gonzaga Vas
concelos - ARENA; Joaquim Coutinho ARENA; Josias Leite - ARENA; Lins e Silva - ARENA; Marcos Freire - MDB.
AlagoasGeraldo Bulhões - ARENA; José Alves
- ARENA; José Sampaio - ARENA.Sergipé
Francisco Rollemberg - ARENA; PassOSPõrto - ARENA.
BahiaDjalma Bessa - ARENA; Edvaldo Flô
res - ARENA; Fernando Magalhães ARENA; Francisco Pinto - MDB; Ivo Braga - ARENA; José Penedo - ARENA;Lornanto Júnior - ARENA; Luiz Braga ARENA; Necy Novaes - ARENA; Ney Fer-
. reíra - MDB; Odulfo Domíngues - ARENA; Rogério Rego - ARENA; Theódulode Albuquerque - ARENA; Tourinho Dantas - ARENA; Vasco Neto - ARENA;Wilson Falcão - ARENA.
Espírito SantoArgilano Dario - MDB; Dirceu Cardoso
- MDB; meio Álvares - ARENA; JoséTarso de Andrade - ARENA; Oswaldo Zanello - ARENA; Parente Frota - ARENA.
Rio de JaneiroAlair Ferreira - ARENA; Alberto Lavi
nas - MDB; Ária Theodoro - MDB; Brígído Tinoco - MDB; Hamilton Xavier MDB; José Sally - ARENA; Márcio Paes- ARENA; .Moacir Chiesse - ARENA; Osmar Leitão - ARENA; Peixoto FilhoMDB; Rozendo de Souza - ARENA.
GuanabaraAmaral Netto - ARENA; Buríptdes Car
doso de Menezes - ARENA; Francisco studart - MDB; Jair Martins - MDB; LéoSimões - MDB; Lisâneas Maciel - MDB;Marcelo Medeiros - MDB; Miro Teixeira- MDB; Pedro Faria - MDB; Rubem Medina - MDB.
Minas GeraisAureliano Chaves - ARENA; Batista
Miranda - ARENA; Bento Gonçalves ARENA; Elas Fortes - ARENA; Carlos cotta - MDB; Delson Scarano - ARENA;Elias Carmo - ARENA; Fábio Fonseca _MDB; Fernando Fagundes Netto - ARENA; Francelino Pereira - ARENA; Homero Santos - ARENA; Hugo Aguiar - ARENA; Jairo Magalhães - ARENA; José Machado - ARENA; Murilo Badaró - ARENA; "Navarro Vieira ~ ARENA; OzananCoêlho - ARENA; Sinval Boaventura ARENA.
'844 Quinta-feira 3 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 11\74
São PauloAmaral Furlan --'- ARENA; Arthur Fon
seca - ARENA; Baldacci Filho - ARENA;Bezerra de Mello -- ARENA; Chaves Amarante - ARENA; Diogo Nomura - ARENA' Faria Lima - ARENA; Ildélío Martins_ 'ARENA' João Arruda - MDB; JoaéCamargo ~ MDB; Maurício Toledo - ARENA; Rüberto Gebara - ARENA; Ruydalmeída Barbosa - ARENA; Salles Filho ARENA' Santilli Sobrinho - MDB; SilvioLopes ~ ARENA Sylvio Venturolli - ARENA.
Goiás
Ary Valadão -2 ARENA; Henrique Fanstone - ARENA; "liqueira Campos - ARENA.
Mato GrossoGarcia Netto - ARENA; Gastão Müller
- ARENA; Marcí1iü Lima - ARENA; Ubaldo Barém - ARENA.
ParanáAlípio Oarvalho - ARENA; Antônio An
nihellí - MDB; Antõi.ío Ueno - ARENA;Ary de Lima - ARENA; Arnaldo BusatoARENA; Braga Ramos - ARENA; Ferreira do Amaral - ARENA; Flávio GlovineARENA; Hermes Macêdo - ARENA; ítaloConti - ARENA; Jüão Vargas - ARENA;Luiz Losso - ARENA (SE); Maia Netto ARENA; Olivir Gabardo - MDB; TúlioVargas - ARENA.
Santa CatarinaAroldo Carvalho - ARENA; César Nas
cimento - MDB; Francisco Gríllo - ARENA; .raíson Barreto - MDB; João Línhares-'ARENA; Pedro Colin - ARENA.
Rio Grande do SulAlceu Oollares - MDB; Amaral de Sou
sa - ARENA; Célio Marques Fernandes- ARENA; Cid Furtado - ARENA; EloyLenzí - MDB; Getúlio Dias - MDB; Helbert dos Santos - ARENA; Jairo Brum MDB; José Mandelli - MDB; Lauro Leitão- ARj1]NA; Lauro Rodrigues - MDB; NadyrRossetti - MDB; Sinval Guazzelli -.ARENA.
Amapá
Antônio Pontes - MDB.
VI - Ordem do DiaO SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida)
- A lista de presença acusa o comparecimento de 276 8rs. Deputados.
Os Senhores Deputados que tenham proposições a apresentar poderão fazê-lo.
O SR. ADHEMAR OHISI - Projetode lei que dispõe sobre autorização paraa instalação de agências dos BancosOficiais Estaduais.
O 8R. PACHECO CHAVES - Projetode leI que altera a redação do art. IIda ooneoüdação das Leis do Trabalho.
O SR. FRANCISCO AMARAL - Projeto de lei que estende aos filhosmaiores de ex-combatentes os benefícios concedidos pela Lei n.? 5.507, de 10de outubro de 1968.
O SR. FLORIM COUTINHO - Projeto de lei que considera de utilidade pública a União Oientífica e Elspiritmü deXangô Pedra Negra.
ANTONIO BRESObIN - Requerimento de inserção em Ata de voto de pesarpelo falecimento do jornalista Jorge Cafruni, da imprensa de Passo Fundo, RioGrande do Sul.
- Requerimento de consignação nosAnais da Casa de voto de regozijo pelotranscurso, amanhã, do Dia do Dentista.
O SR. DAYL DE ALMEIDA - Projetode lei que acrescenta artigo à Lei n.o4.118, de 27-8-62, que "dispõe sobre aregulamentação do exercício da Profissão de Corretor de Imóveis".
O SR. ALFEU GASPARINI - Projetode lei que institui a aposentadoria especial para os empregados que exerçamsua atividade profissional em hospitais,casas de saúde e estabelecimentos congêneres.
O SR. CANTíDIO SAMPAIO ~ Projeto de lei que altera dispositivos da Lein.o 4.215, de 27 de abril de 1963 (Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil).
O SR. LAERTE VIEIRA - Sr. Presidente,peço a palavra para uma comunicação,como Líder. .
O SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida) Tem a palavra o nobre Deputado.
O SR. LAERTE VIEIRA - (Comunicaçãocomo Líder. Sem revisão do orador.) Sr.Presidente, permita V. Ex.a que eu traga aoconhecimento desta Casa - e chamo aatenção do Sr. Ministro da Justiça - a 11eeessidade de que alguns dos chamados presos subversivos que se encontram em SãoPaulo, na realidade estudantes universitários recebam no presídio tratamento adequado e humano. De tal sorte são as arbitrariedades cometidas que o Juíz AuditorMachado Guimarães dirigiu oficio ao JuizDiretor-Oorregedor dos Presídíos, alertandoo sobre a circunstância de que foi feita remoção dos chamados presos subversivos quese achavam na Casa de Detenção para aPenitenciária do Estado. O Juiz Auditor diz .que o tratamento dispensado aos presospoderá causar problemas ao GDverno, e quenão só o tratamento é ilegal como tambémabsurdo, contrastando com o regime quevinham tendo na Casa de Detenção, o queestá exaltando os ânimos e prenunciandodificuldades que as autoridades podem edevem evitar.
Assim, por importantíssimo, .leio n.a. ínte-gra o seguinte trecho do refendo oficie:
"Ohegou ao meu conhecimento que esses presos, em geral universitários ou denivel semelhante, foram colocados emsolitárias, suí eitos a uma reclusão quasetotal, sendo-lhes negadas as condiçõesmínimas de higiene e salubridade. Nãolhes dão agasalhos, impedem que seusfamiliares os atendam nessa necessidade, sendo relevante que estamos em pleno inverno. Nas solitárias em que foramcolocados, recebem, por dia, água durante cinco minutos, para beber, realizar o asseio corporal, lavar roupas edemais necessidades de limpeza. Proíbem-lhes receber livros, que antes recebiam após a devida censura. Não lhespermitem banho de sol nem esporte aoar livre, notando-se que são todos elementos jovens e, portanto, muito necessitados da prática do exercício físico.O banho lhes é permitido, frio, uma vezpor semana. Proíbem-lhes receber frutas, biscoitos e coisas tais dos familiares e só permitem visitas por 40 minutos, uma vez por semana, e à distânciados familiares. Consta, mais, das petições recebidas, que os referidos presosjá foram comunicados de que em brevepassarão a integrar-se na massa carcerária comum, em trabalhos de oficina."
O Juiz significa que integração daquelesaos presos comuns é inconveniente e afr!?n-
ta a própria segurança do presidia. Diz ainda que esses universitários não podem tero tratamento que recebem os margínaísanalfabetos, e que providências devem sertomadas, porque pode ocorrer que' se causeao Governo problemas, pois os castigos queestão os presos recebendo é indevido e osseus protestos e os de seus familiares poderão alcançar repercussão de todo desaconseíhável.
Sr. Presidente, inconveniente é o tratamento que se dispensa 'aospresoe que caracteristicamente seriam presos políticos, semprocesso próprio, sem formação de culpa,sem ordem de autoridade judiciária, que sãoremovidos de uma casa de detenção parauma penitenciária e tal tratamento recebemque o próprio Juiz Auditor se vê na obrigação de 'se dirigir ao Juiz de Direito oorregedor dos presos, conforme os termos -deste ofício.
Solicitamos ao Sr. Ministro da Justlçapara esses presos um tratamento digno deseres humanos, e lhes garanta a integridade .rísíca. Se cometeram críme, que .sejamjulgados; se não cometeram crime e estãopresos indevidamente, também não poderiam receber o tratamento que estão recebendo por serem classificados. de subversivos quando, na realidade, são universitários,alu~os de estabelecimentos de ensino superior, jogados no presidia sem maior justificação.
Era o que tinha a dizer.O SR. CÉLIO BORJA - Sr. Presidente,
peço a palavra para uma' comunicação,como Líder.
O SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida) Tem a palavra o nobre Deputade,
O SR. CÉLIO BORJA - (Comunicaçãocomo Líder. Sem revisão do orador.) Sr. Presidente, o documento que acaba de ser referido pelo eminente Líder da Minoria éoriginário de urn Juiz Auditor e dirigido aum Juiz Corregedor. Textualmente: "Ao Merítíssímo Juiz de Direito, Corregedor dosPresídios e da Polícla Judiciária". Tenhocerteza, Sr. Presidente, que, se procedentesas Informaeões contidas no ofício - e certamente merecem fé, porque são de autoriade um ilustre magistrado - a autoridadejudiciária competente adotará as providências eabíveís.»
Era o que tinha a dizer.O SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida)
Vai-se passar à votação da matéria que estásobre a Mesa e a constante da Ordem doDia. .
O SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida) Há sobre a mesa e vou submeter a votos oseguinte
REQUERIMENTOSenhor Presidente:
Transcorrendo entre 00 dias 4 e 10 docorrente a 1.'"Semana Latino-Americana deAgricultura e Alimentação, o Deputado queesta subscreve, nos termos regimentais, requer que, após ouvido o Plenário, se digneV. Ex.'" designar o dia e hora regimentalpara comemorar o feliz evento.
Sala das sessões, 2 de outubro de 1974. _Antônio Bresolin.
O SR. PRESIDENTE (D;l.yl de Almeida)- Os Ers. que o aprovam queiram ficarcomo estão. (Pausa.)
Aprovado.O SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida) _
Nos termos do artigo 86, § 3.° do RegimentoInterno, convoco a. Oâmara dos Deputadospara lima Sessão Extraordinária Matutina,amanhã, às 10:00 horas, destinada a trabalho das Comissões.
Outubl'O de 1974 DI.âRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 3 7845
O SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida) -Discussão única do Projeto n.O 479-A,
de 1971, que acrescenta dois parágrafosao artigo 98 da Lei n.o 4.504, de 30 denovembro de 1964 (Estatuto da Terra);tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade juridicidade e boa técnica Iegíslativá; e, das Comissões de Agricultura e Política Rural e de Economia, Indústria e Comércio, pela aprovação.
(Do Sr. Amaral de Souza.) Relatores:Srs. José Sally, José Mandellt e Sussumu Birata.
O SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida) Tem a palavra o Sr. Antônio Bresolín, paradiscutir o projeto.
O SR. ANTôNIO. BRESOLIN - (Sem revisão do orador.) Sr. presidente, Srs. Deputados, tenho interesse em discutir projetodo eminente colega e amigo Deputado Amaral de Souza, porque não sei se em outrosEstados da Federação, ele terá a mesma repercussão que alcançará no Rio Grande doSul. Para nós,. gaúchos, esta proposição éda maior importância. Se o Governo acharque ela deve ser aprovada só irá lucrarcom íssó, porque fará justiça a esses pequenos agricultores beneficiados.
Diz o art. 1.0:
"São acrescidos ao art. 98 da Lei n.o4.504, de 30 de novembro de 1964 (Estatuto da Terra), dois parágrafos coma seguinte redação:
§ 1.0 Idêntico direito é assegurado atodo aquele que, anteriormente a 30 denovembro de 1964, não sendo proprietário rural, nem urbano, já ocupavalote de terras devolutas, tornando-oprodutivo por seu trabalho e tendo nele a sua morada, mesmo que a áreaocupada seja inferior à do módulo darespectiva região;
§ 2.° No caso do parágrafo anterior otitulo de domínio será expedido pelo órgão competente e devidamente transcrito no R-egistro de Imóveis, após oprocesso administrativo de legitimaçãoda posse, nos termos do art. 99." ,
Este projeto foi muito discutido na Comissão de Agricultura e Politicà Rural, porisso vou ler o parecer do eminente Deputado José Mandelli, em que S, Ex.'" exprimeprecisamente o meu pensamento e também'aquilo que a Comissão, por unanimidade,houve por bem aprovar.
Diz o seguinte:"0 nobre Deputado Amaral de Souza objetiva, com a presente proposição, estender os benefícios do art. 98 da Lein.> 4. 504, de 30 de novembro de 1964(Estatuto da Terra) , aos posseirosocupantes de áreas com dimensões inferiores à do módulo da respectiva re-
. 'gíâo, e que as tenham tornado produtivas por seu trabalho e nelas tenhamsua morada, desde que a ocupação sejaanterior à data daquele diploma.
Em sua justificativa fundamenta a proposição não só levando em conta o aspecto social, como também o jurídico,alinhando como argumento jurisprudência já firmada sobre a matéria peloSupl'emo Tribunal Federal.,
Quanto às ímpüeaçõesuonstrtucíonaís,juridicas e de técnica legislativa, jámanifestou-se a douta Comissão deConstituição e ,Justiça, opinando, porunanimidade, pela aprovação do projeto ora em estudo.
Cabe agora à Comissão de Agriculturae Política Rural examiná-lo quanto aomérito.A intenção manifesta no Estatuto daTerra, ao estabelecer o módulo rural, éde proporcionar condições de rentabilidade à atividade agropastoril, dificultando, dessa forma, o dívísíonamentoinfinito de áreas de terreno, gerador damais antíeconômíca forma de exploração rural, o minifúndio. A experiência,nesses anos de sua implantação, temdemonstrado quão louvável é a medida.No entanto, há que se considerar outros aspectos.
, Até a vigência do Estatuto da Terra, anossa legislação não cogitava de limitemínímo nas áreas rurais, estabelecendoapenas limite máximo para o caso previsto no proj eto ora em exame.
O conceito de módulo rural imposto' rioEstatuto citado, no entanto, apesar dosbenefícios que já lhe são credítados, veioem prejuízo de milhares de .posseírosem todo o Brasil, ocupantes de terrenos em dimensões menores que os limites atuais, uma vez que não foramressalvados os seus direitos de postularo domínio das terras já ocupadas atéàquela data.Assim, uma medida saneadora tornouse também geradora de inquietações nomeio rural, pois, continuam aquelas terras ainda ocupadas e, não havendo aperspectiva de dominio, tornando arrís-
. cada qualquer investimento em suaárea, são exploradas apenas com a chamada "lavoura de subsistência".
A proposição visa solucionar esse problema, ao restabelecer os direitos dequem já os adquiria, ao mesmo tempoem que elimina focos de intranqüilidade para a já tão sofrida população rural brasileira."
Sr. Presidente, Srs. Deputados, faço minhas as palavras do ilustre colega ,JoséMandelli. Espero que a douta bancada daMaioria determine as providências cabíveispara que este projeto seja efetivamenteaprovado o quanto antes, porquanto beneficiará milhões de patrícíos, que, na maioria das vezes, só são lembrados por ocasiãodas campanhas políticas, às vésperas daseleições. .
Era o que tinha a dizer.O SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida)
Não havendo mais oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
O SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida) Tendo sido oferecida uma emenda ao Pro-
, [eto n.? 479-A de 1971, em discussão única"volta o mesmo às Comissões de Constituição e Justtçu, de Agricultura e Política Rural, e de Economia, Indústria e Comércio.
El\offiNDA DO PROJETODE LEI N.o 4'i9-A/71
No parágrafo 1.0, a ser acrescido ao art.98 da Lei 4.504/64, substitua-se "30 de novembro de 1964" por "1.° de abril de 1971",entre as expressões ". , . anteriormente a" e"não sendo ...",
Sala das Sessões, 2 de outubro de 1974. - .Célio Borja.
O SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida) -. Segunda discussão do Projeto de Lei
n.o 221-B, de 1971, que "acrescenta parágrafo ao art. 15 da Lei n.O 5.478, de,25 de julho de 1968, que dispõe sobre aação de alimentos, e dá outras providências."
O SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida) Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
Vai-se passar à votação da matéria.O SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida)
'- Vou submeter a votos o seguinte
PROJETON.o 221-C, de 1971
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Acrescente-se ao art. 15 da Lei
n.O 5.478, de 25 de julho de 1968, um parágrafo com a seguinte. redação:
"Art. 15. . .......•.•.• , ....•..•••.•••
Parágrafo único. O reajuste das pensões alimenticias determinadas judicialmente e as homologadas em processo de desquite amigável, medianterequerimento da parte interessada, serána mesma porcentagem do reajuste dosalário percebido pelo alimentante, econcedido em prazo nunca superior asessenta (60) dias da vigência do referido aumento, seja ou não motivado pelo reaj uste do salário mínímo no País."
Art. 2.° Revogam-se as disposições emcontrário.
O SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida]- Os srs. que o aprovam queiram ficarcomo estão. (Pausa.)
Rejeitado.Vai ao Arquivo.O SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida)
Primeira discussão do Projeto número 238-A, de 1971, que modifica a Lein,v 5.316, de 14 de setembro de 1967,e regula o processamento das ações acídentárias; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela,constitucionalidade, [urldícídade e, nomérito, pela aprovação, com Substitutivo; e, da Comissão de Trabalho eLegislação Social, pela aprovação, comSubstitutivo, com voto em separado doSr. Walter Silva. (Do Sr. José Mandelli.) Relatores: Srs. Altair Chagas eFrancisco Amaral.
O SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida)- Não havendo oradores inscritos, declaroencerrada a discussão.
O SR. PRESIDENTE (Dayl. de Almeida)- Tendo sido oferecida uma emenda aoProjeto n.O 238-A, de 1971, em L'" discussão,volta o mesmo às Comissões de Constituição e ,Justiça e de Trabalho e LegislaçãoSocial.
N.O 1
"Suprima-se o § 12 do art. 15."Justifi.~a.ção
A supressão proposta tem em vísta asustentação de uma prerrogativa inalienável dos advogados, tema já sustentado pelosignatário quando ofereceu emenda, nomesmo sentido, ao Projeto de Lei n.o 275,de 1971.
.{l.. identidade de matéria, íncítarído igualmotivação, impõe o colacíonamento das razões ali expendidas. E nelas passamos adeter-nos.
A Lei n.o 4.215, de 27 de abril de 1963,que dispôs sobre o Estatuto da Ordem dosAdvogados do Brasil e regulou o exercícioda profissão do advogado delimitou a estea exclusividade do exercício dos atos queconsubstanciam a advocacia, enfatizandoo que, afinal, já vinha disposto, coni peremptoríedade, na lei de processo civil.
'846 Quinta-feira 3 DIÁRIO DO OONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1974
Realmente, o Código de Processo .Civil,no seu art. 180, textualmente dispõe que:
"Art. 180. O ingresso das partes emjuízo requer, além de capacidade legal,a outorga de mandato escrito a advogado legalmente habilitado."
A Lei n.? 4.215, de seu turno, define anatureza dos atos que competem ao advogado Iegítímamente inscrito na Ordem dosAdvogados do Brasil, abrindo exceção àsquestões que se situem no foro criminal.
O art. 71 dessa lei dispõe o seguinte:"Art. 71. A advocacia eompreende.inlémda representação em qualquer juízo outribunal, mesmo administrativo, o procuratórío extrajudicial, assim como ostrabalhos jurídicos de consultoria e assessoria, e as funções de diretoria jurídica.§ 3.° CDmpete privativamente aos advogados elaborar e subscrever petiçõesiniciais, contestações, réplicas, memoriais, razões, minutas e eontramínutasnos processos judiciais, bem como adefe~a em qualquer foro ou instância."
E culmina a Lei n.04.215 por fulminarcomo nulos
" . .. os atos privativos de advogadospraticados por pessoas não inscritas naOrdem ou por inscritos impedidos oususpensos, sem prejuizo das sançõescivis ou penais em que incorrerem."(Art. 76.)
A obrigatoriedade da representação aquidiscutida aríora .como conseqüência naturale necessária do princípio, também estatuídona Lei n,v 4.215, segundo o qual
"no seu ministério privado o advogadopresta serviço público, constituindo,com 05 juízes c membros do MinistéríoPúblico, elemento indispensável à Administração da .Justiça." (Art. 68.)
A obrigatoriedade de representação víneuía-se, irresistivelmente, a essa superiorindispensabilidade da presença do advogado na realização da Justiça.
No crime, a tradição consagrou, mais doque o direito, o devei' de qualquer cidadãosustentar as prerrogativas maiores da liberdade humana.
Na Justiça do Trabalho também se condescendeu na possibilidade de o interessadosustentar os seus próprios direitos. Mas anorma do art. 791 da CLT vai perdendosignificação face a uma jurisprudência exata. que obriga a representação advocatícianos recursos já porque legislação extravagante obriga a assistência advocatícia pelas entidades sindicais mesmo a não sindicalizados.
J1l possível que o projeto se' tenha impressiona-do com essa disposição do art. 791consolidado.
Ocorre, todavía, que as ações de acidentes, do trabalho prosseguem "da competência da justiça ordinária dos Estados, do'Distrito Federal ou dos Territórios", eonllOantedeterminação inscrita no art. 142,§ 2.0, da Constituição vigente.
Desde que assim, tais litígios se abrangem na regra geral do art. 180 do Códigode Processo Civil e art. 71 e seu § 3.° daLei n.o 4.215.
Nessas condições, permitir a ingerênciapessoal do interessado não qualificado paraa advocacia será ínjurídícídade e mencionar a necessidade da interveniência de advogado será demasia, inconveniente a umbom texto legal, desde que a representaçãodiscutida é da essência da ação judicialmesma...
Com' a devida vênia do digno' autor doprojeto.
Sala das Sessões, em 3 de setembro de1971. - ndélio Martins.
x» 2
"Suprimam-se os §§ 14, 15 e 16 do art. 15."
Justificação
Nenhum juiz de nenhuma instância subordina o advogado ou a ele se sobrepõehierarquicamente.
A lei dos advogados, um primor comosistema na díseíplínaçâo d~ atividade' advocatícía, concentra numa disposição salutar a forma superior como se projetou,na .tradição dos tempos, a função do advogado, no seu relacionamento, nos Tribunais, com os juizes e os membros do Ministério Público, na pesquisa de verdadejurídico-processual que, só ela, conduz àefetivação da Justiça. J1l assim que ao advogado essa lei, a Lei n.o 4.215, de 27 deabril de 1963, no seu art. 68, refere-se:
", .. no seu ministério privado o advogado presta serviço público, constituindo, com os juízes e. membros doMinistério Público, elemento indispensável à administração da justiça."
E porque assim, é ainda' essa leí queproclama, logo ~ seguir, que:
"Entre os juízes de qualquer instânciae os advogados não há hierarquia nemsubordinação, devendo-se todos consideração e respeito reciprocos."
Não se infere das velições humanas ouda imaginação dos doutos o princípio quese agasalha nessas normas transcritas. Elese amalgamou no tempo. Ele se Impôs naHistória. Ele se projetou da própria vidados povos organizados, aprofundando-senos estágíos em que, de íneípíente, o povose foi transmudando em nação.
Porque assim, falta ao sistema punitivoidealizado nas normas do projeto impugnadas um suporte idôneo. O direito de punir pressupõe nos agentes, ativo e passivo,um relacionamento de subordinação, ím-'possível nesse que congrega juízes e advogados. Quando nada, uma hierarquia quesubmeta. El esta também inexiste.
Por outro lado, o regime' jurídico vigentedesde novembro de 1930, no campo C:aadvocacia, institui a Ordem dos Advogados,como
" . .. órgão de seleção disciplinar e dedefesa da' classe dos advogados em todaa República." (Art. 1.° da Lei n.o 4.215.)
Mais especificamente, dispõe 'a Lei n.O
4.215, no seu art. 118, que
"O poder de punir disciplinarmente osadvogados, estagiários e provisionadoscompete ao Conselho da Secção ondeo acusado tenha inscrição principal."
Os deveres .e responsabilidades do advogado Se inscrevem, na lei em causa, emnada menos que 45 itens distribuídos emtrês artigos, tais os arts. 87, 88 e 89.
E entre os deveres está esse que o projeto quer resguardar, de forma, data venia,inadequada, pertinente ao zelo e a probidade no exercício da advocacia (item VIdo art. 87). '
.As infrações se capítulam nos 29 itensdo art. 103.
Por fim, as penalidades, discrimina-asessa lei (art. 105), segundo o tipo de infração cometida, em
"I - advertência
II - censuralU - multaIV - exclusão do recinto
V - suspensão do exercício da profissãoVI - eliminação dos quadros da' Ordem."
Ademais, a aplicação da' pena deve fundar-se em falta comprovada e apurada em .processo regular (art. 119), com a segurança do direito de defesa.
Essa circunstância fundamental não aprevê o projeto nas disposições penais oraimpugnadas.
Não há porque alterar-se a ordem jurídica assim instituída, com uma tradíçãode mais de 40 anos.
O tema das sanções previstas para osProcuradores ou advogados do INPSassumem dois aspectos: o profissional eoadministrativo. '
Quanto ao profissional, está o procuradorou advogado do INPI:. jungido ao Estatutoda Ordem (Lei n.> 4.215) e os argumentosexpendídos aproveitam a sua posição.
Quanto ao administrativo, o direito 't,iepunir é do Poder Público, do INPS a quemse vincula o profissional por força de umarelação de emprego de natureza pública'.
Esse direito não se prorroga a nenhumaautoridade, pela sua própria natureza.
Então, também faÍta ao § 16 um suportelegitimo.
Sem quebra de reverência ao nobre autordo projeto.
.sala das Sessões, em 3 de setembro de1971. - Ildélio Martins.
N.o 3
Dê-se às letras d e e do § 5.° do art. 15da Lei n,? 5.316/67, a seguinte redação:
"d) quinze dias, contados da leitura dasentença, para a interposição de ape-lação; .
e) quarenta e oito horas, contadas daresposta do apelado, para a remessados autos ao Tribunal."
Justifícação
Trata-se de ajustar o projeto às modificações introduzidas na Lei n,v 5.316/67pela Lei n.o 6.014/73, que a adaptou aonovo Código de Processo Civil.
Sala das Sessões, em 2 de outubro de1974. - Wilmar Dallanhol.
O SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida) _Primeira discussão do Projeto n.Q
551-A, de 1972, que propõe ao Mínistério da Educação e Cultura e às Secretarias de Educação, dos Estados, aremesa da relação dos bolsistas, até 31'de março de cada ano; tendo pareceres:da Comissão de Constituição e Justiça,pela constitucionalidade e [urídicídade;da Comissão de Educação e Culturapela aprovação com emenda; e, da Comissão de Finanças, pela rej eíção. (DoSr. Airon Rios) Relatores: 81'S. LísãneasMaciel e Homero Santos. '
O SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida)- Não havendo oradores inscritos, declaroencerrada a discussão.. :Vai-se passar a votação da matéría;
Outubro de 1974
O SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida)- A Comissão de Educação e Cultura, aoapreciar o projeto, ofereceu ao mesmo e vousubmeter a votos a seguinte
EMENDAAo art. 3.°, "in fine".No art. 3.°, "in fine", onde se lê:
" ... durante o mês de janeiro."Leia-se:
"... até o mês de novembro do' anoanterior."
O SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida)- Os Srs. que a aprovam queiram ficarcomo estão. (Pausa i ) •
Rejeitada.O SR. ,PRESIDENTE (Dayl de Almeida)
-Vou submeter a votos o seguinte:
PROJETON.o 551-A, de 1972
O congresso Nacional decreta:Art. 1.°0 Ministério da Educação e
Cultura e as Secretarias de Educacão dosEstados, remeterão até 31 de março de cadaimo, a relação dos bolsistas contempladospara os estabelecimentos de ensino.
Art. 2.° As direções dos educandários, apartir do recebimento da seleção dos bolsistas enviada ,pelos orgãos públicos, deixarão de cobrar dos alunos sua anuidade.
Art. '3.° O Ministério de Educação eCultura e as Secretarias de Educação, distríbuírão os formulários de bolsas de estudodurante o mês de janeiro.
Art. 4." As bolsas de estudo serão automaticamente renovadas, ,quando aprovado obolsista.
Parágrafo único. Os bolsistas aprovadosnão ficarão na dependência de terem osseus nomes incluídos na relação de' quetrata o art. 1.0 desta lei.
Art. 5.° Esta lei entrará em vigor nadata de sua publicação revogando-se as dís'posições em contrário.
O SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida)'-:- OS 81'S. que o aprovam queiram ficarCOmo estão. (Pausa.)
Rejeitado.Vai ao Arquivo.O SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida)
Primeira discussão do Projeto n.o1. 123-A, de 1973, que dá nova redaçãoao § 5.° do artigo 37, da Lei n,o 5.108,de 21 de setembro de 1966, que instituio Código Nacional de Trânsito; tendopareceres: da Comissão de Constituiçãoe Justiça, pela constitucionalidade, jurídícídade e técnica legislativa, comSubstitutivo; e, da Comissão de Transportes, pela rejeição. (Do 81'. ArgilanoDario) Relatores: 81'S. Arlindo Kunzlere João Guido.
O SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida)'_ Não havendo oradores inscritos, declaroencerrada a discussão.
',Vai-se passar à votação da matéria.O SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida)
..... A Comissão de Constituição e Justiça ao'áprecíar o projeto ofereceu ao mesmo e'vou submeter a votos o seguinte
SUBSTITUTIVOO Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 O Art. 37 da Lei n.? 5.108, de 21
de setembro de 1966, passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo:
DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
§ 5.° O cano de escapamentodos veículos automotores movidos a óleo "Diesel" será colocado com saída para cimado lado direito."
Art. 2.° Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.
Art. 3.° Revogam-se as disposições emcontrário.
O SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida)- OS 81'S. que o aprovam queiram ficarcomo estão. (Pausa.)
Rejeitado.O SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida)
, - Vou submeter a votos o seguintePROJETO
N.O 1.123-A, de 1973
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 O § 5.° do art. 37 de Código Na
cional de Trânsito (Lei n,v 5.108, de 21 desetembro de 1966), passa a viger com a seguinte redação:
"§ 5.° O cano de escapamento dosveículos automotores movidos a óleo"Diesel" deverá ser colocado com saida para cima, 'do lado direito".
Art. 2.0 Esta lei entrará em vigor noventa (90) dias após a sua publicação,revogadas es disposições em contrário.
O SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida)- Os Srs. que o aprovam queiram ficarcomo estão. (Pausa.)
Rejeitado.Vai ao Arquivo.O SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida)
- Nos termos do inciso II do art. 10 do Regimento Interno, concedo a palavra ao Sr.Laerte Vieira, na qualidade de Líder do Movimento Democrático Brasileiro.
O SR. LAERTE VIEIRA - (Como Líder.Sem revisão do orador.) Sr. Presidente, 81'S.Deputados, a Oposição não poderiasilenciar na véspera da data em que serão homologados os nomes' indicados pelo Sr.Presidente da República para os Governosdos Estados. Daí a razão da nossa presençanesta tribuna.
Inicialmente, desejo recordar os compromissos da ,Revolução de ,1964 e o longo período que já atravessamos, sem podermosconstatar o cumprimento daqueles objetivos fundamentais, que diziam respeito exatamente à garantia do regime democráticoe seu exercício e ao afastamento dos riscosa que correra o regime, antes da referidaRevolução. '
Desnecessário lembrar que o Ato Institucional de 9 de abril de 1964 adotara medidas de caráter transitório que Incluíaminicialmente o período até 31 de janeiro de1965. As eleições se deveriam processaratravés do voto direto. Aquele Ato mantinha a Constituição de 46 e suas Emendasposteriores e estabelecia o regime provisório, tendo sido julgado necessário e suficiente para a restauração das liberdadesameaçadas e do regime combalido.
Entretanto, ultimada a fase inicial daRevolução, o Ato Institucional n.? 1 sofreua primeira prorrogação, e foi alargado operíodo inicial, previsto e tido como sufí-,eíente. Retomaram-se as restrições aos direitos individuais e a fase punitiva daRevolução, através do Ato Institucional n.o2, de 27 de, outubro .de 1965.
Nessa oportunidade, entendeu o Governode extinguir os partidos' políticos. Desaparecia a estrutura partidária brasileira, e avivência desses partidos, sua formação,suas oarta« de Princípios, seus programas,tudo isso ioi relegado a plano secundário.
Quinta-feira:l '7847
A Revolução sofria, assim, sua primeirafase de retrocesso. Os compromissos assumidos, de normalização, foram dilatados,para prazo limitado nesta segunda oportunidade.
Ocorreu a prorrogação do mandato doprímelro Presidente da Revolução, e este,apesar de haver aceito o Ato Institucionaln.o 2, estabeleceu prazo para a restauraçãoda ordem política e jurídíea,
A tentativa 'de recuperação se fez atravésda Constituição de janeiro de 1967. Entretanto, antes dela - e já que estou falandoem função do ato que amanhã será praticado pelas Assembléias Legislativas dosEstados - pelo Ato Institucional n.v 3, de5 de fevereiro de 1966, estabeleceu-se arealização de eleições Indiretas para Gover-,riadores dos Estados, que ocorreram a 3 desetembro daquele ano, anteriormente àrealização de eleições gerais para a renovação das Oasas Legislativas. Foi a primeiravez, relativamente aos compromíssos deeleições ,diretas para Governador, que sedescumpriu o próprio propósito revolucionário. É interessante salientar que isso ocorreu mais duas vezes, em duas outras eleições, pois, muito embora a Emenda àConstituição de 1967 tenha disposto, no seuart. 13, § 2.0, que as eleições para Governadores seriam diretas, estabeleceu - se maisuma vez, através da Emenda Constitucional n.o 1, de 17 de outubro de 1969, eleiçõesindiretas a 3 de outubro de 1970 para oGoverno dos Estados. Repetia-se a práticaanterior, que dera ao Governo resultadosatisfatório, qual seja, o de designar caboseleitorais para o comando da campanhapolítica, declarando aos eleitores que 'estariam investidos em função de mandatoexecutivo nos quatro anos seguintes. Nesseclima e nessas condições, realizaram-se aseleições de 1970, tendo o Governo, pelasegunda vez, impedido a manifestação doeleitorado e o voto direto, num pleito emque ele próprio entendeu de poder utilizaressa norma, tanto assim que estabeleceua 'eleição direta como regra geral. Entretanto outra vez se utilizou da exceção parafavorecer o sistema que víge no Pais.
Ouço o nobre Deputado Jairo Brum.O S1'. Jairo Brum _ Lembro a V. Ex....
que se utilizou, nesses dois momentos, dosistema da ação democrática, de cassarDeputados das Assembléias Legislativas,transformando maiorias em minorias, comoocorreu no Rio Grande do Sul.
O SR. LAERTE VIEIRA - Agradeço aoportuna lembrança a V. Ex." Devo aindaacrescentar que se vem repetindo esse aspecto de falta de garantia nos pleitos a quetemos concorrido, visto que" ainda nesteano, vamos disputar eleições em plenavigência do Ato Institucional n.? 5, com oscandidatos sem a indispensável garantiapara realizar sua campanha políttca, Mas oGoverno, nesta rase crítica que atravessa aRevolução, de verdadeiro retrocesso político,ainda uma vez, através da Emenda Constitucional n,o 2, de 9 de maio de 1972, esta-,beleceu eleições indiretas para GOvernadores dos Estados em 3 de outubro de 1974,dentro da prática já adotada anteriormente de se nomear o Governador antes queocorram as eleições leg'islati'Vas.
Nesta Casa, temos verberado este precedírnento demonstrando a falta .de condições- que deveriam ser oferecidas pelo próprioGoverno - para a disputa eleitoral, considerando-se que os Deputados Estaduais _e esse aspecto jurídico foi também focalizado - não se encontravam investidos dopoder de escolha, visto que, ao serem eleitos, em 1970, estava em vigor a EmendaConstitucional n.o 1, que previa eleiçõesdiretas para os Governos dos Estados. Dessa forma não havia aquela atribuição. De
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outra parte, sempre sustentamos que é impossível, em dado mórnento, chamar deeleição um ato homologatório, quando ocorpo legislativo está por encerrar seu mandato, sua atividade. Não se entende que' umGoverno que vai tomar posse junto CDm outro corpo legislativo, com outra Assembléia,seja eleito pelas Assembléias anteriores.Além disso, estabelecer a eleição por esteprocesso, depois de previamente se conhecera cornposâçâo do chamado Colégio Eleitoral,significa um jogo de cartas marcadas, poiso' Governo já sabe que irá contar comnúmero de votos SUficiente, sem embargodaquele estratagema, há pouco lembradopelo nobre Deputado Jairo Brum, que precisou usar para poder eleger o Governadordo Rio Grande do Sul por voto indireto.
Desta sorte, o que se vai ferir amanhã,neste Pais, nas Assembléias Legislativas, nãoé, 'Srs. Deputados, uma eleição: é mais umavez a conríssâo de Incanacídade de conceder ao eleitor o direito de voto e de escolhados seus governantes. (Muito bem: ), Há,ainda, inconvenientes seríssímos para o regime, para o sistema, que residem no seguinte: admita-se, Srs. Deputados, que onosso Partãdo consiga, como estou segurode que conseguirá, apesar da desigualdadeda disputa, vitória eleitoral em muitos Estados. Que slgnlrícaré, o resultado do pleito? Exatamente 'Iue houve, por parte doGoverno Federal, a usurpação daqueles cargos que nos seriam destinados pelas urnas,se permitisse que o eleitor opinasse sobre,quem deveria ser o Governador.
Nestas condições, se as eleições - porvoto majoritário para Senadores foremvencidas pelo MDB, estará evidenciado queos Governos dos respectivos Estados foramIndevida, ilegal e antidemocraticamente retirados da Oposição e que os futuros Governadores nada mais são do que usurpadoresdo poder. Falta-lhes legitimidade para ainvestidura, requisito fundamental quandoSe cuida de cargo elétrvo.
Será que o Governo Revolucionário sofreuessas crises intermitentes, mas realizou umtrabalho de recuperação, de restauração doregime? Será que as promessas agora feItaspelo Presidente Geisel, de gradual e permanente caminhada para os objetivos democráticos, 'se cumprirão? srs. Deputados estaRevolução riâo tem um, dois ou três anos.Completou um decênio. Há dez anos vivemos sob uma legislação excepcional, Hoje, oEstado de direito é reclamado por todos.Reuniu-se recentemente um Congresso deadvogados. E que solicitaram? A restauração da ordem jurídica. Que se pede hojeem todo o Pais, senão o cumprimento, pelaRevolução, daqueles sagrados compromissosque deram Jlrigem ao movimento, ou Iníeíalmente :o justificaram.
Na atual campanha política, de tal sorteo Governo se vê desajustado dos objetivosque se traçou e dos compromissos que assumiu, que nossos ilustres adversários políticos, na. Sua pregação pelo rádio e pelatelevisão, falam como se fossem representantes da Oposição, condenando o sistema,manifestando-se a favor do voto direto,sustentando que os Vereadores precisamser remunerados, verberando a compressãosalarial, enfim, assumindo a posição oposicionista de forma tão escandalosa e inaceitável que o Presidente da aJl:"amiaçãosituactonísta se viu no dever de c.amar aatenção dos seus próprios companheiros dePartido, para que não usassem as tesespróprias aos homens da Oposição.
Ouço o nobre Deputado Jairo Brum..
O Sr. Jairo Brum - Em campanha política no interior do Rio, Grande, ouvi pelorádio - não tenho confirmação; estou relatando neste Plenário para sofrer a retí-
'ficação necessária - que o nobre DeputadoFaria Lima, de São Paulo, havia dito que ocombate contra o Al-5 e o Decreto-lei n.v477 não deveria ser somente uma tese daOposição. Surpreendido, logo pensei o seguintc: o nobre Deputado Faria Lima ingressou na Oposição.
C SR. LAERTE VIEIRA - Agradeço aV. Ex.a O fato realmente é do conhecimentopúblteo. Aliás, essa posição coincide com alínha de declarações feitas por exemplo,pelo Presidente Flávio Marcílío, quando, jácansado do regime de exceção, reclamavada Revolução a sua instítucíonaüzacão, ementrevista fartamente divulgada. Na verdade, o Governo tem retardado o cumprimentodaqueles compromissos que julgamos fundamentais e que foram a razão do Movimento de março de 64.
O Sr. Cantídio Sampaio - Nobre Deputado, nega V. Ex. a a legitimidade aos Governadores que devem ser eleitos amanhã?
O SR. LAERTE VIEIRA - Exatamente...
O Sr. Cantidio Sampaio - Baseado emque, não se entende bem.
O SR. LAERTE VIEIRA O povo en-tende.
O Sr. Cantídío Sampaio - Só se o povofor V. Ex."
O SR. LAERTE VIEIRA - Não. MasV. Ex. a sabe que na atual campanha politica- e há pouco um colega de V. Ex.a reclamava da tribuna - não há o costumeiroentusiasmo. Uma das razões fundamentaisé esta. não se permitir a escolha dosC'"ef es do E;çecutivo por voto direto, poisessas campanhas sempre empolgarem eeontíuarão a empolgar o povo.
, O Sr. Célio Borja - Quer dizer que nuncavaleu o Congresso.
O Sr. Cantídio Sampaio -- Quem assimdecidiu foi o Congresso. A Constituição foimodificada por nós legitimamente. V. Ex. anão vai negar aos Deputadas e Senadores odireito de alterar a Constituição.
O SR. LAERTE VIEIRA - Absolutamente.Apenas tem sido notado que essas alterações só se dão quando o Executivo as propõe, por iniciativa própria.
O Sr. Cantidío Sampaio - Permite-meV. Ex. a continuar o aparte?
O SR. LAERTE VIEIRA - Com muitoprazer. .
O Sr. Cantidio Sampaio _ Seja de quemfor a iniciativa, foi alterada legitimamentepelo Congresso Nacional a nossa Constituição.
O Sr. Jairo Brum - Com o nosso protestomais veemente ...
O Sr. Cantidio Sampaio - O protesto deV. Ex. a representava apenas um protesto deminoria.
O Sr. Jairo Brum - ... pois violentavama consciência cívica nacional.
O SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida) Os apartes devem ser solicitados ao oradorno microfone próprio.
O Sr. Cantídio Sampaio - As modíflcacões se fizeram obedecendo estritamenteaos cânones e ao ritual que nossa Constituição prescreve. Portanto, tudo que daídecorra é absolutamente legítimo. Legitimos são os Governadores que serão eleitosamanhã, como legítimo seria o Governadorda Guanabara se fosse eleito, como há quatro anos, pelo MDB, e que nunca mereceuum protesto de V. Ex.as ... 'Sr. Presidente,estou com a palavra.
O SR. LAERTE VIEIRA Perdoe-me,mas a reclamação me parece indevida, por-
que quem está com a palavra é este seumodesto colega. V. Ex.a é apenas o aparteante. Como tal, deve fazer uso parcímoníoso da tribuna de apartes, pará' que oorador possa contínúar sua exposição e responder inclusive à observação feita por V.Ex."', que entende que a votação de umaemenda legitimou a escolha do Governador.
Dizia, e volto a insistir para que me façáentender por V, Ex.a, que Revolução prometeu fazer eleições diretas. Todas as leisque temos, inclusive a Constituição, continuam a estabelecer eleições diretas paraGovernador. Portanto, a eleição' Indireta éuma exceção da qual o Governo se estávalendo, por motivos óbvios, para impedir _o voto popular. IstoV. Ex. a há de aceitar.Quant.o à ilegitimidade, decorre ela da circunstância de que Deputados que estão terminando os mandatos não podem elegerGovernadores, nem receberam, procuraçãopara isto. V. Ex. a dirá: "A Maioria aprova".~ exatamente pela círcunstáncía de que aMaioria aprova tudo que não estamos vivendo num regime democrático.
O SI". .Jairo Brum - A Maioria violentou a consciência nacional.
O Sr. Cantídio Sampaio - Permite-me?A Oposição não deixa - que eu terrmnomeu aparte. Permite V. Ex.a que termine oaparte ou cassou-me o direito de apartear?
O SR. LAERTE VIEIRA - Não, Excelência, pelo contrário, tenho o prazer de ouvi-lo.
O Sr. Cantídio Sampaio - Quando nãoé V. Ex.a que me interrompe, é o nobreDeputado Jairo Brurn. Não posso concluiro aparte, que sequer longo, porque entrecortado pelas interrupções.
O SR. LAERTE VIEIRA - Ouço-o paeíentemente. Temos tldotanta 'paciência queaturamos o próprio Governo. Como nãoIríamos aturar o aparte de V. Ex.a?
O Sr. Cantídío Sampaio - Pois fico imensamente grato, porque a recíproca é absolutamente verdadeira. Nobre Deputado, negar que a democracia é um regime de maioria é algo que não posso aceitar como certo.
O SR. LAERTE VIEIRA - Afirmação deV. Ex. a, não minha.
O Sr. Cantídio Sampaio - V. Ex.'" acabade dizer, está nos Anais. O -que é democracia senão o regime em que primam pordecidir as Maiorias.
O SR. LAE,RTE VIEIRA - Permita queeu responda. V.> Ex. a perguntou o que é democracla. Eu' posso responder.
O Sr. Cantídio Sampaio - Permita oaparte, Excelência, não tenha receio de queo complete. V. Ex.'" é tão pressuroso - sempre me entrecorta. Excelência, a el-eiçãode Governadores é legítima. Quem alteroua Constituição foi: o Congresso. Nacional. ARevolução tinha todo o direito de retificarsuas primeiras decisões. Sabe V. Ex.a queintervieram muitos fatores nos planos interno e externo. Não há de querer V. Ex."que o Brasil caia nesse clima de desordeme de íntranqüílrdade que 'vai avassalando omundo inteiro.
O SR. LAERTE VIEIRA - V. Ex.a estáimportando tudo. .
O Sr. Cantidio Sampaio - V; Ex. a sabeque as razões são fortes e indísputáveís. V.Ex.a não vai querer um Brasil argentino.V. Ex.'" não vai querer aqui as atrocidadesque temos verificado no palco sul-americano e mundial. O Brasil é uma ilha de ordeme' de tranqüilidade...
O SR.LAERTE VIEIRA - Há pouco provado no ofício que li sobre o tratamentodos presos polítícos,
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O Sr. Carrtídío Sampaio - A Revoluçãoproduziu para o Brasil um Tegi'lle qie vaiao encontro não da vontade de minorias,não da vontade da Ordem dos Advogados,ou deste ou daquele Congresso, mas dagrande e maciça maioria do' povo brasileiro.Isto V. Ex. a sabe no seu íntimo. Não podedizê-lo, porque faz parte da Oposição.
O SR. LAERTE VIEIRA - Não, Excelência!
O Sr. Jairo Brum - Deputado LaerteVieira, na bportunidade, conceda-me umaparte.
O SR. LAERTE VIEIRA - V. Ex. a tem oaparte. .
O Sr. Jairo Brum - Nobre Deputado Laerte Vieira, brilhante é o seu discurso, tãobrilhante que trouxe-novamente à tribunao nobre Deputado Cantídio Sampaio, queestava recolhido às suas meditações. Maseu recordo, na história das Maiorias, umapassagem no Parlamento alemão,quandoVon pappen ergueu a Pasta Vermelha, coma qual era tradição pedir-se a dissolução doCongresso, e Goering fingiu não ver. Usando a sua Maioria, partiu para o regimediscricionário maía.víolento que a Históriaregistra. Então, devemos ter muito cuidadosobre esse aspecto, cuidado extremo. E quero dizer mais. V. Ex. a tem razão em falarque houve uma violência da Maioria à consciência cívica nacional. Num dos Estadosmais polltizados desta República, o. RioGrande do Sul, assisti a um comício, emque o nobre Deputado pedro Simon, Presidente do MDB, perguntou à assistência sesabia em que dia seria eleito o Governadordo Estado e pediu àqueles que soubessemque erguessem o braço. Isso faz mais oumenos 20 dias. Apenas dois ergueram seusbracos, mas deram data errada... E essahistória da Guanabara tem que' terminarde uma vez por todas. Graças a Deus, oGoverp.o usou uma outra forma, mas queencerrava a mesma ação costumeiramenteutilizada no Rio Grande do Sul: cassou oGovernador da Guanabara pela junção- dedois Estados, e indicou um interventor. Pelo menos; desta vez foi mais honesto. Porqueo que constantemente está fazendo é indicar interventores, como' um César enfastiado, dando a um valido seu, uma Provincía para g'overnar.
O Sr. Célio Borja - Permite V. Ex.'" umaparte?
O SR. LAERTE VIEIRA - Terei muitoprazer em ouvir O nobre Líder. Permita-meapenas fazer uma pequena consideração,inclusive para justificar minha presençanesta tribuna, se não o tempo ficaria tomado pelos ilustres aparteantes e eu nãopoderia levar minha modesta mensagema esta Casa.
Rapidamente, devo dizer que o nobre,.Deputado Cantídio Sampaio se mostra in
toxicado pela masslrlcante propaganda doGoverno. S. Ex.'" está tão consciente de queo processo eleitoral adotadoé bom que nãousou seu prestigio para convencer o Governo a emendar a Constituição, estabelecendo de forma derínttdva-essa norma tãoboa e conveniente, mas sempre aplicada,nas vezes em que se realizam eleições 1966, 1970 e 1974 - de maneira dita transitória.
Depois, S. Ex. a teve a infelicidade dereferir-se ao caso da Guanabra, que agora não deveria mais ser citado, porque oGoverno usou uma inusitada forma de cassar, também coletivamente, a maioria deeleitores do Estado ...
O Sr. Cantídio Sampaio - O passado nãoexistiu.
O SR. LAERTE VIEIRA - ... impedindoo pronunciamento das Assembléias, a consulta popular, impondo a extinção de doisEstados com a criação de um novo, atobrilhantemente definido pelo eminente Lider Célio Borja, a quem tenho o prazer deouvir.
O Sr. Célio Borja - V. Ex," me honra.Quero informar ao Deputado Jaior Brumque o Deputado Cantídio Sampaio não estava entregue às suas meditações. Depoisde ter exercido a Vice-Lideranea da Maiorianesta Casa, S. Ex. a ocupa a Presidência deuma das oomíssões Técnicas. Talvez oDeputado Jfl,iro Brum não saiba do fato. Asegunda observação que me permito fazera V. Ex.a, também em atenção às palavrasdo Deputado Jairo Brum, é que o episódíolembrado por .S. Ex.a. e vivido pelo Ohariceler Von Pappen, pela Maioria do Reíchstang, mais se assemelha a outros que conhe'cemos no passado, como as tentativas desuperação do Congresso, através de um chamamento plebiscitário, da inovação dasmassas para o exercício direto do Poder, doque propriamente com o clima que vivemos hoje.
O 81'. Jairo Brum - Nobre Deputado.Laerte Vieira, permita-me mais este apartepara concluir minha impertinência paracom V. Ex.a Geralmente confesso meus ciúmes de público. Sabe V. Ex.a que durantemuito tempo tive ciúmes de uma legendaque V. Ex.'" usou eonstantemente: "O preçoda .liberade é a eterna vigilância". V. Ex.'"sabe que eu sentia vibração, embora pertencente a um outro Partido e não tendovotado nunca no Brigadeiro Eduardo Gomes, sentia que havia sintonia entre o queeu pensava e aquela legenda. Nobre Deputado, nesta tribuna,. V. Ex. a permanecetranqüilo e sereno, fiel à sua legenda dopassado, mas eu percebo que para outros,para muitos outros o preço do poder é aconstante transigência. E isso, Sr. Deputado, causa espécie e faz com que sintamosnostalgia dos que desapareceram, no nimbodas reívíndícações pessoais, e exaltamosDeputados como V. Ex.a, que, tranqüilo esereno, se mantem fiel aos seus princípios.
O SR. LAERTE VIEIRA - Nobre Deputado Jairo Brum, agradeçcu V. Ex.a Aindarespondendo aos argumentos da Maioria,que. em geral, quando usados, refletem aausência de melhor ou de mais convincenteraciocínio, afirmo que só seríam válidos secomeçássemos por consentir a realização deeleições em que houvesse igualdade dedisputa. Se o Governo está convencido. dcque a maioria do povo o apóia, por que nãoconcede poder de deliberação, sem as manobras que tem utilizado? Nós, do MDB, recentemente nos impusemos o sacrttícío, inclusive, de realizar uma campanha presidencial para utilizar, embora de modorestrito, do processo de defesa de nossasidéias e princípios. O nosso antícandídato- como fOi chamado o Deputado UlyssesGuimarães - esboçou em praça pública areação que seria a de todos os brasileiros,na preparação de um processo eleitorallegitimo. AO'')rá estamos às vésperas de umaeleição, e estão ocorrendo as mesmas distorções anteriormente constatadas.
Hoje tive o prazer de ouvir parlamentaresse pronunciarem contra o voto vinculado,dizendo que cerceia a liberdade do eleitor,que não pode votar no candidato de sua escolha, apesar de registrado, porque tem devincular o voto. No entanto, os projetos quenós e outros Deputados apresentamos, nosentido de extinguir o voto vinculado, foramrej eítados. De forma que começa a surgircontraste entre aquilo que se diz e o que/sefaz. O Sr.' Deputado Cantídio Sampaio entende que o voto vinculado é inconvenienteao regime, gera votos nulos etc., mas se dá
ao luxo de, como integrante da bancada daARENA, manter o voto vinculado. Também.a ação dos Deputados arenístas, agora nacampanha eleitoral, diverge totalmente,contradiz sua ação parlamentar. Então, nacampanha política não encontramosnenhum parlamentar da ARENA que diga,nos programas que são facultados aos candidatos, nesse curto espaço de tempo - queinfelizmente o Líder da Maioria, num tristegesto, estava pretendendo reduzir aindamais, porque deve estar. incomodando aoGoverno a eírcunstâncía de termos apenascomeçado a falar no rádio e na televisão,e possivelmente estejam achando que estamos falando de mais - nesse curtoespaço de tempo não encontramos candidatos da ARENA que se declarem contrac'Orta, posições políticas por nós adotadas.Então, está havendo uma contradição total e absoluta. A ação parlamentar já nãomais ':eflete o pensamento partidário, apolítica preconizada pelo partido, e se vincula apenas ao processo eleitoral e ao trabalho de. captação de votos.
O Sr. Célio gorja - Infelizmente V. Ex."não reproduziu por inteiro as notícias ontem vinculadas pelos jornais. Absolutamente, não advoguei o estabelecimento deum prazo de 30 dias para a propagandaeleitoral.
O SR. LAERTE VIEIRA - Mas V. Ex."',por princípio democrático, poderia advogara tese de propaganda permanente, valedizer, liberdade de imprensa, F'aríamos propaganda em todo o período. TambémV. Ex. a teria sua brilhante ação parlamentar mais divulgada.
O Sr. Célio Borja - O que afirmei - enão quero tolher a palavra e a idéia deV: Ex.'" - tínha base no que ocorre em outros paíse . com atdvídades partidárias organizadas e permanentes. Trinta dias sãosuficientes, como é o caso da Inglaterra,para que os candidatos se comuniquem comseus eleitores e esses se resolvam relativamente ao voto. A melhor utilizacão dosmeios de comunicação de massa provavelmente permitiria aos candidatos um excelente resultado durante a campanha. Foiapenas isso o que afirmei, e agora repito,apenas para registro.
O SR. LAERTE VIEIRA - A afirmacãode V. Ex.· seria aceitável, se pudéssemos,durante todo o nosso mandato, manter aligação - que de resto nos cabe e que estásendo' suprimida pelo GOverno - entrepovo e Governo, como delegados legitimas,no exercício do mandato popular em umregime representativo. Essas condições, infelizmente, não existem no Brasil. De forma que o período da campanha política senos afigura muito restrito. Desej aríamosuma dilatação de prazo para que pudéssemos divulgar as nossas idéías e programase conscientizar os eleitores. Achamos, inclusive, que os analfabetos deveriam podarvotar. Isto está em nosso programa. Estamedida traria melhores condícões aos eleitores do MOBRAL, que, como ficou constatado, são aqueles que recebem o certificado depois de aprenderem a assinar o próprio nome.
O Sr. Cantídio Sampaio - Nobre Deputado, as contradições de V. Ex.as são notórias. Às vezes V. Ex."'s vêm à tribuna criticar a Maioria por sempre concordar com oGoverno. No momento em que alguém discorda do Governo, vêm V. Ex .s como fiscais.
O SR. LAERTE, VIEIRA - V. Ex.as sódiscordam na palavra; no voto não. V. Ex.asvotam certinho.
O Sr. Cantídio Sampaio - Já vi muitadiscordância no MDB e, na hora de votar,ela não ocorre. Há discordância na palavra porque cada um tem seu ponto de vista.
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Na hora de votar os Deputados do MDB éda ARENA votam exatamente como votamos Líderes. Entretanto, sabe V. Ex." quemuitas decisões, inicialmente rejeitadas, foram depois sancionadas, justamente porque o caldo de cultura que se obtém nosnossos Partidos acaba por mudar a opiniãoe traduzir em lei o pensamento que se estátornando' dominante. Falam V: Ex.as emvitórias nos Estados, sentindo-se, de antemão, esbulhados por falta da eleição diretapara Governadores. Por outro lado, sabeV. Ex." que a eleição indireta, que levouV. Ex.as à campanha do chamado antícandidato, se faz com predominância dasCasas' Legislativas. Se V. EX.'" tiveremmaioria no Congresso, elegerão o Presidenteda República. Se V. Ex.as fizerem maiorianas Assembléias Legislativas elegerão osfuturos governadores dos Estados.
O SR. LAERTE VIEIRA - Neste aspecto,dou razão a V. Ex."
O Sr. Cantídio Sampaio - Se V. Ex.'"admitem a vitória, em alguns Estados, dosseus candidatos a Senadores é porque hácondições, também, para a vitória de Deputados e, portanto há condições para queV. Ex.as pouco a pouco ganhem o Governo.Mas sabem V. Ex."s, relativamente a esteaspecto, que a eleição indireta implicamaioria nas Casas Legislativas e que V. Ex."snão têm. Entretanto, tratem-se, dizendo queas cleicões não serão justas. fazendo questãode salientar apenas a eleição direta' de Senador, fazendo- tabula rasa da eleição proporcionai de Deputados Estaduais e Federais.
O SR. 1,AERTE VIEIRA - DeputadoCantídio Sampaio, vamos analisar as' suascontradições e as minhas. V. Ex." começoucom uma grande contradição ao dizer que,se fizermos maioria, elegeremos o Governo.A contradição reside na atuação do partido(e V. Ex. a Reconheço que conosco seria díferente.Se o MDB elegesse a maioria numprocesso de eleição direta - não em umprocesso de nomeação, como ocorre atualmente - então passaria a eleger o Governo.Neste aspecto V. Ex.a teria razão: não faríamos como V. Ex."s Por quê? Porque aARENA. tema maioria mais que absolutadede dois tercos do Parlamento, e não sabequem vai ser o Presidente da República.Recebe um nome para referendar. De modoque V. Ex."s realmente não decidem, tendomaioria. V. Ex."S têm maioria nas Assembléiasdo Estados e não sabem quem será ofuturo Governador, porque o partido nãose reúne para decidir isso. Nesse aspecto,pois, dou razão a V. Ex a No dia em que tivermos maioria se esse processo for adotado. nós saberemos quem serão os eleitos,pois 'reuniremos os órgãos' partidários e tomaremos a decisão. Essa é a primeira con-tradição. /'
A segunda contradição de V. Ex.'" é quese pode falar em eleição indireta sem primeiro eleger o colégio eleitoral, não se podefazer o jogo de designar primeiro quem irávotar de forma indireta para' proceder auma eleicão indireta. Desta sorte, o regimeatual está sendo falho, exatamente pelacircunstância de que não ne sente em condições de permitir eleições diretas.
Agora, antes de ouvir o Deputado AlceuCollares, vou dar o exemplo e a prova provada dessas circunstâncias. RenOva-seatualmente apenas um terço do Senado.Dos outros dois terços - os 44 Senadoresque ainda terão mandato de quatro anos- o MDB dispõe de quatro nomes, quatroSenadores. Vou nomeá-Ios: Senador NelsonCarneíro, Senador Franco Montoro, Senador Benjamim Farahe o Líder AmaralPeixoto. Portanto, se a Oposição, Sr. Deputado, elegesse os vinte e dois que vão serrenovados agora, o terço total, não amea-
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çaría em nada o Governo, poroue ficariacom 26 Senadores e o Governo .ería quarenta e quatro. Por que o desespero doGoverno ante a possibilidade de eleição de
.alguns Senadores? Por que deixará de tero apoio necessário e maciço no SenadoFederal? Não, Sr. Deputado: porque o Governo não quer que fique provado que nosEstados onde ele impediu se realizasse aescolha popular o MDB elegeria os Governadores. O Governo não quer que se proveque ele está - e' vou repetir o termo, poradequado - usurpando o poder que caberia ao MDB nesses Estados. -
O Sr. Cantídio Sampaio - V. Ex." caiem terrível contradição.
O SR. LAERTE VIEIRA - Agora vou ouvir o nobre Deputado Alceu Collares, coma licença de V. Ex."
O Sr. Cantidio Sampaio - V. Ex.a nãoquer abordar este aspecto do problema.
O SR. LAERTE VIEIRA - Ouço o nobreDeputado Alceu Collares. Depois voltarei aouvir V. Ex.", se o nobre colega se comportar parlamentarmente e não procurarperturbar o meu discurso.
O Sr. Alceu Collares - Nobre Deputado,tenho visto coisas absurdas em minha vida.Parece que o destino ainda me vai reservarcoisas muito mais. absurdas do que as queestamos ouvindo, e vindas de homens queconsideramos juristas.
O Sr. Jairo Brum - Por isso existe aComissão de Redação Final.
O Sr. Alceu· Collares _.. Um chefe de redaçâo não tem tanta responsabilidade, porque só a redação será alterada, e não oconteúdo. Mas há incompatibilidade, nasituação em que vivemos, entre um regimeque se diz revolucionário e a tentativa darealízacâo de um regime democrático. Achoque todos estamos como personagens deuma grande farsa, e há perfeita consciência disso. Nãc se pode falar em eleiçãoindireta quando não é indireta nem é eleição, a não ser que a palavra eleição tenhaperdido sua acepção, seu sentido. Dizer queo Presidente da' República é eleito peloCongresso é faltar com a verdade. V. Ex."acaba de dizer que a Maioria foi a últimaa saber, como no caso do marido enganado.A Maioria veio a saber e aplaudiu, comoaplaudiria qualquer candidato. Eleição é odireito, é a faculdade que tem o homemde, entre alternativas várias, fazer umaescolha. E teria a ARENA possibilidades derecusar o nome indicado pelo PresidenteMédici? Não. Se quisesse e se pudesse razê-Io, possivelmente aconteceriam duas coisas no sistema desse processo político esdrúxulo e sui génerís que estamos vivendo:estado' discricionário e tentativa de realização democrática -Ó Isso nunca irá acontecer. Vamo-nos enganando a nós mesmospor algum tempo, mas isto não pode durarmuito. V. Ex." sabe muito bem que a esses estados de exceção - e estamos vivendo em um deles - sempre faltam 5 ou lOanos para completarem sua obra. E na história dos povos não há notícia de um sóque, pacificamente, tenha resultado em redemocratização. Eles enganam por muitotempo, até falam em democracia e têm adesfaçatez de falar em liberdade. Há aqueles que a defendem, mas o fazem apenasda boca para fora, pois a consciência osestá. machucando permanentemente, porque não podem negar a realidade doa.Tatos. Nós estamos dentro desse barco; numoceano cujas correntes não sabemos aondenos levarão. O que nos causa admiração,surpresa e melancolia é a defesa que alguns parlamentares fazem da usurpação denossos próprios direitos. Se nós todos nosuníssemos para dizer ao Presidente da
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República que esse processo não é legitimo,talvez até ele aceítassa.. . ou acabasse devez conosco, ou liquidasse o Parlamento.Mas não ficaria a dizer que se realíza.npleitos neste País quando, desde 1964, .aâohouve uma só eleição. E não há quem possa- se .quiser ser respeitado diante do povoe de SUL. própria consciência - fazer umaafirmacão de ~antaanomalia, de tantaenormidade, como dizer. que houve eleiçãopara Presidente da RepúblicjJ. ou que agoraestá havendo uma para Governador.' Oconsenso escolhido, buscado e objetivadopelo Presidente da ARENA consistiaapenas na vontade do Presidente da República.É um consenso engraçado, mas é aceito;aceitam-no sempre e contínuarão a aceitá-lo. Outras alteraçóes que quiserem f",zer na Constituição poderão ser Ieitas, porque, se vindas do Executivo, ninguém semanifestará contrariamente. Parece queestá faltando grandeza... Aliás, não parece tenho certeza. Falta altivez; aquilo quedignifica o homem público está faltando aesta Casa. Está faltando grandeza, está faltando altitude ao comportamento político,para dizer de quando em quando que as 'coisas não estão ·certas. Só tenha observado, durante o tempo em que estou nestaCasa, um amém constrangedor, uma submissão e uma subserviência que comprometem a dignidade do homem público.
O SR. LAERTE VIEIRA - Nobre Deputado, agradeço a V. Ex." o brilhante aparte.Nós, da Oposição, nos vemos na circunstância de provar o óbvio, de dizer o quetodos sabem. Por exemplo, recebi hoje convite do Presidente da Assembléia Legislativa de meu Estado para comparecer aoato de diplomação do Governador. Nospaíses em que há eleição isso não ocorreantes que ela se ·efetive. A diplomação vemsempre depois.
O ·SR. PRESIDENTlt (Dayl de Almeida)- Permita-me, nobre Deputado, adverti-lode que lhe restam apenas cinco minutos.
O SR. LAERTE VIEIRA - Procurareiconcluir, Sr. Presidente. Ficamos então aprovar coisas como esta, verdadeiramenteacacíana: o convite para diplomaçâo deum candidato só pode ser enviado depoisde se ferir a oleícâo . E estes fatos sãonegados publicamente para se dizer queexistem eleições.
O Sr. Cantídio Sampaie - Excelência,vou aparteá-Io rapidamente. O Sr. Presidente da República pertence à Aliança Renovadora Nacional, partido a que nós pertencemos.
O SR. LAERTE VIEIRA - E se inscreveu antes ou depois das eleições?
O Sr. Cantídio Sampaio - Acho que ofato de resolvermos os problemas de nossopartido internamente ...
O SR. LAERTE VIEIRA - E secretamente ...
O Sr. Oantídío Sampaio - ... é qualquercoisa de lógico, natural, tradícíonal.
O SR. LAERTE VIEIRA - No pensamento de V. Ex.a
O Sr. Cantidio Sampaio - Li, há algumtempo, entrevista do Sr. Negrâo de Limacontando à Nação como foi feito .0 Governador da Guanabara.
O .SR. LAERTE VIEIRA - Pelo processoque V. Ex.as adotam. ~
O Sr. Cantídio Sampaio - S. Ex." levouo nome ao Sr. Presidente da Repúbltca. evoltou contando os pormenores. Excelência,'que isto aconteça na ARENA, vá lá, porque o Presidente da República pertence àARENA. Mas que o MDB saia de chapéuna mão e vá oferecer ao Sr. Presidente da
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:eepública a escolha prévia do Governadorda Guanabara, isto sim, é subserviência.
O SR. LAERTE VIEIRA - Não respondoà crítica de V. Ex." porque não sei se elase dirige ao MDB ou ao Sr. Presidente daRepública.
O Sr. Cantídio Sampaio - Dirige-se aoMbB, que sabe criticar, mas na hora "h"é o nrímeiro a' agir de maneira subser-vientê. .I O SR. LAERTE VmI;RA - V. Ex."' nãopode subverter meu discurso. Permita que
rtermine, em virtude da advertência do
r. Presidente desta Casa.Sr. Presidente, a Oposição vem, hoje, pela
~inha palavra, protestar mais um" vez
entra a circunstância de se retirar ao elei,-r o direito de voto e de se imporem in
erventores num país onde a federaçãoerde expressão a cada dia, embora se de
Iclare que vivemos sob, o regime federativoe isso ainda não tenha sido objeto de alteração em. nenhum ato lonstitucional. Vivemos, na realidade, o sistema unitário ·decentralização de poder, em que os EstadosI...a. valem, e os interventores que serão. nados amanhã infelizmente não são
'. . ' do que corruptores do processo eleí.toral, porque estão procurando os muníci'pios e oresecendo tobras que não podemrealizar, serviços que não podem prestar,para apresentar ao Governo um falso resultado • eleitoral, permítíndo que algunsDeputados, como o que há pouco me aparteava, venham à tribuna, depois de 15 denovembro, e continuem a dizer aquilo queaqui se tem repetido:. Sumus majuri!
.Bomos maioria. O que não dizem é quesão maioria indevidamente, são maioriavalendo-se de processos inaceitáveis numregime democrático. (Palmas.) São maioriadeturpando o processo; são maioria roubando ao povo o direito de deliberar; sãomaioria descumprindo aqueles postuladosque foram a justificativa do MovimentoRevolucionário de 1964.
Não poderíamos deixar passar a data deamanhã sem trazer. à tribuna o protestode todos os democratas brasileiros contramais essa ação nefasta, esse retrocesso político que reside na nomeação. dos interventores ao ser feita amanhã nas Assem-"ias Legislativas.i.ta o (,lue tínhamos a dizer. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida)"7'" Nos termos do íncíso II do art. 10 doRegimento Interno, concedo a palavra aoSr. Célio Barja, na qualidade de Líder daAliança Renovadora Nacional
O SR. CÉLIO BORJA - (Como Líder.Sem revisão do orador.) Sr. Presidente, SrB.Deputados, certamente o nobre Líder daMinoria sentiu-se na obrigação de vir àtribuna para registrar a circunstância deque, amanhã, contra o voto ou com a abstenção do seu Partido, serão eseolhídos pelas Assembléias Estaduais os novos Governadores dos Estados brasileiros. S. Ex." cumpriu como que um dever ritual que a Oposição se tem imposto, ao longo desses 10anos de Revolução no Brasil. Somente haveria que corrigir alguns dados históricostrazidos à baila por 8. Ex." Oreio .que, em66, pelo voto direto e secreto, as populaçõesde muitos Estados brasileiros escolheramos seus Governadores., Recordo..me, porexemplo, de que na Guanabara elegeu-seassim o nobre Sr. Embaixador Negrão deLima e em Minas Gera.is o Governador Israel Pinheiro. Outros tantos próceres politícos, em 1966, foram por esse processodireto que S. Ex.'1 reclama, elevados ao eargo de Governadores de Estado.
Certamente, Sr. Presidente, está na tradição republicana a escolha dos chefes dosExecutivos locais por esse processo. Seria
querer tapar o sol com a peneira afirmaro .contrário. Desde 1891 foi, sabemos nós,sem oposição, através de candidaturas únicas, pelo votojtas populações interessadas,que se escolheram governadores para asantigas Províncias do Império. A Revohlção,usando do poder constituinte que lhe éinerente e que em grande parte constituiua ordem normativa sob a qual vivemos, entendeu, em variados passos, de suspendera vigência -desta regra, para adotar a daescolha indireta de Governadores. Não seise ~ esse o momento exato, o momento adequa"lllo para discutir o acerto ou o desacerto dessa providência revolucionária. Poderíamos fazê-lo longamente, num debatepara o qual evidentemente nos preparássemos com dados históricos, com' rememorações de fatos e antecedentes. O que é exatoafirmar é que ainda depois da Revoluçãoforam escolhidos alguns Governadores pelovoto direto. E mais, Sr. Presidente, semprefoi com caráter emergencial que se suspendeu a vigência dessa prática e se adotoua escolha indireta. S. Ex"" o nobre Líderda Oposição, também verberou a circunstância de que neste processo de escolhainterfere o Presidente da República, na suaqualidade de Chefe da agremiação situacionista. Tem maioria. a ARENA em quasetodas as Assembléias dos Estados. É ela aagremiação que detém maioria no Congresso Nacional, seja nesta Câmara dosDeputados, seja no Senado da República.É ela que confere ao Presidente da República, que em virtude da lei é obrigado- ater filiação partidária - seja em homensgem à alta posição que 8. Ex.'" exerce, sejatambém por sus condição inata de Líderdo seu Partido - a posição, o direito e atémesmo o dever de orientar essa escolha;
Ouço V. Ex.", nobre Líder, com o maiorpllazer. -
O Sr. Laerte Vieira - Queria registrar adeclaração. de V. Ex."' de que o Presidenteda República é Ohefe da ARENA. V. Ex.",por certo, ao destituir o Senador PetrõnicPortella o faz por não considerá-lo muitorevolucionário.
O SR. CÉLIO RORJA - Nobre Líder, deixo a V. Ex;" o julgamento do caráter derevolucionário, ou não, de qualquer pessoa.V. Ex."' tem grande autoridade vara fazê-loe todos nós lhe reconhecemos essa condição.V. Ex." poderá julgar, por exemplo, dosmeus préstimos à Revolução, da minha qualidade de revolucionário, porque V. Ex." ofoi também, eu sei disso.
O Sr. Laerte Vieira - Por ter sido logradoé que estou reclamando. ,
O SR. CÉLIO RORJA _ V. Ex." se sentelogrado e é possível que nos sintamos logrados pela perda de V. Ex,'" E possível. sãosentimentos excessivamente subjetivos paraque possamos convertê-los em termos dedebate parlamentar. As opiniões do nobreLíder .Laerte Vieira são sempre recebidascom prazer e com proveito, mas o julgamento de S. Ex.'" se funda, certamente, numcr.itério excessivamente subjetivo. O Presidente da República é um chefe partidárioe todos os presidentes, no Brasil, sob regimes emergenciais ou não, assim atuaram.Nenhum deles declinou dessa qualidade etodos eles procuraram .influir nas decisõesdos partidos a que pertenciam.
Sr. Presidente, não desejava tomar muitotempo à Casa parI!!"' responder ao discursoque o nobre Líder da Minoria aqui proreríu.O que desejo afirmar é que amanhã se escolhem, pelo processo previsto em lei, osChefes dos Executivos dos Estados, (Muitobem.) e que toda a competência, todo opoder, toda a atríbuíção advém da lei. Nãovejo nenhuma ilegitimidadc na circunstância de colegas nossos virem amanhã a re-
eeber a investidura para governar seus Estados pelo fato de que os seus eleitores,aqueles que formalmente, segundo a lei, tinham competência para investi-los no cargo não receberam previamente do eleitorado autorização para esse cometimento. 'fadas as nossas atribuições são. legitimas namedida em que advêm da lei; (Muito bem.)e são ilegítimas aquelas que não encontram-fundamento e suporte na norma juridica.Se esse congresso, ainda na Legislatura aque pertencemos, como lembrava o nobreDeputado Oantidío Sampaio, entendeu deatribuir às Assembléias Legislativas dos Estados o poder e a prerrogativa de indicaros Governadores para o período 74/78, oque se pode írrogar ao Congresso quandoadotou essa decisão? Não estava ele, porventura, no exercíclo do poder constituinteque lhe é deferip.o pela Constituição Federal? Foi, por acaso, ato estranho a estaCasa, completamente -alheío à sua vontade,que determinou que assim ocorresse? Não,Sr. Presidente. Foi esta mesma ·Câmara. as-'socíada ao S'enado Federal, que ordenou àsAssembléias Legislativas que escolhessem osGovernadores e que os' investissem nos respectivos cargos.
Eu se.i, Sr. Presidente, que a nobre bancada da Oposição tem ponto de vista contrário às eleições indiretas. Respeito esseponto de vista. Penso mesmo que em algummomento haveremos de debater a conveniência ou não dessa prática. Lembro mesmo que a disposição permanente. da Constituição é a eleição direta dos Governadores. Quem na República, que autorídademaior, mais adequada para resolver emcontrário, para suspender a vigência danorma constitucional, para, em seu lugar,adotar outra senão nós? Todos os dias aprovamos leis que depois modificamos ou revogamos. Por que não proceder da mesmamaneira com relação à Constituição, desdeque razões de conveniência isso justifiquem?
Não, Sr. Presidente, não há propriamenteo que responder nas argüições do nobre Lider da Minoria. Há sim, o que compreender:a frustração de um pártido que não. chegouainda a ser maioria, que aspira a sê-lo' ecom toda razão, porque a finalidade dospartidos é o poder. Há que compreender,Sr. Presidente, muitas vezes velhas idéiasarraigadas na consciência cívica, [urídíca epolítica das pessoas que não se queremrender à evídêneía da necessidade dos teillpos novos. Há que compreender, Sr. Presidente, sobretudo essa terrível, repito, frustração de não estar no poder. Sei, Sr. Presidente, porque vivi 20 anos na Oposição;mas, ao contrario do que muitos pensamnão é difícil sustentar, quando se' está n~Governo ou no poder, as idéias que expendídas quando se estava do outro lado, quando se sofria o chicote, quando se padeciada perseguição.
'Um nobre Deputado fez alusão ao fatode que é invejável a posição do nobre Líder da Minoria, porque aInda hoje S. Ex."observa aquela máxima que nós, da antigaDDN, havíamos inscrito no dístico do nossopartido: "O preço da liberdade é a eternavígílânela". Sem dúvida é dever da .Oposição vigiar. Nós, o nobre Líder da Minoriae eu, praticamos isso durante muito tempo. Mas, de mim mesmo, posso dizer semnenhuma frustração e sem hostilidades quemantenho hoje as mesmas posições do passado. Não sou, evidentemente, o senhor dascircunstâncias; não sou Deus todo poderoso que conduz a história. que molda osfatos segunda a sua vontade. Lembro-me,neste instante, da apóstrofe de Bernardo
. Pereira de Vasconcelos: "Como há de ohomem público, Insensível e inerte, servir!lo seu País variando tanto as eírcunsfân-.eías?" Mantenho hoje OS princípios que sus-
'18.52 Quinta-feira 3 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1974.
--------~-----TOTAL .
Especificação
Dísponíveí .Vinculada .
Paraíba
Alvaro Gaudêncio - ARENA; MarcondesGadelha - MDB.
Pernambuco
Carlos Alberto Oliveira - ARENA; Etelvíno Lins -- ARENA; Geraldo Guedes
,ARENA; Ricardo Fiuza - ARENA.
Beestímada Diferença Incremento
45.156,3 7.532,0 20%?4.371,5 3.439,8 16%
69.527,8 10.971,8 18,73%
Esclarece a Secretaria de Planejamentoque as suplementações serão financiadascom recursos provenientes do excesso, dearrecadação, previsto na forma do § 3.° doartigo 43 da Lei n,o 4.320/64.
Na revisão procedida pelos órgãos téenícos daquele órgão e os do Ministério' daFazenda o excesso esperado atingirá o montante de 11 bilhões, assim discriminado:
ORDEM DO DIAEM URG~NClA
Discussão
1
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVON.o lBS-A, DE 1974
Discussão única do Proj eto de DecretoLegislativo n.o 1B8-A, de 1974, que aprova otexto do Protocolo Adicional sobre Relaçõesde Trabalho e Previdência social Relativoaos Contratos de Trabalho dos Trabalhadores dos Empreiteiros e Submpreiteiros deObras e Locadores e Sublocadores de Servi~
ÇOs, assinado, no contexto do Tratado deITAIPU, entre a República Federativa doBrasil e o Governo da República do Para-.guaí, em Assunção, a 10 de setembro de1974; pendentes de pareceres das Comissõesde Constituição e Justiça e de Trabalho eLegislação Social. (Da Comissão de RelaçõesExteriores - Mensagem n,o 456/74) Relato~
. res: Sr. Marcelo Linhares.
Rondônia,
.Jerônimo Santana - MDB.
VII O, SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida) ...L Levanto a sessão designando paraamanhã a seguinte
Rio de Janeiro
Adolpho Oliveira - MDB.
Guanabara
Flexa Ribeiro"":" ARENA; Lopo Coêllia ......ARENA.
Minas Gerais •Athos de Andrade - ARENA; Jorge.
gas - ARENA; Manoel 'I'aveira -ARE'N.!
São PauloBraz Nogueira - ARENA; Mário Telles.~
ARENA; Orensy Rodrigues - AREMA; .or~tiz Monteiro - ARENA; Pedroso Horta
, MDB; Pereira Lopes - ARENA.
Goiás
Anapolino de Faria - MDB; WilmarGuimarães r : ARENA.
Mato Grosso
Lopes da Costa - ARENA.
Paraná
.José Carlos Leprevost - ARENA.
Santa OatanlnaFrancisco Libardoni - MDR.
Rio Grande do SulAldo Fagundes - MDB; Arlindo Kunzle~
- ARENA: Ha·rry Baúer -' MDB; Má,I'iÍoMondino ARENA; Norberto 'SchmidtARENA.
Oeará
MDB; Leão SampaioAlvaro LinsARENA.
Exposição de Motivos do Senhor Ministrode Estado Chefe da Secretaria de Planejamento da Presidência da República. submete à deliberação do Congresso Nacionalprojeto de lei que autoríza o Poder Executivo a abrir créditos suplementares aosprogramas constantes da Lei n.o 5.964, de10-12-73, até o limite de ,Cr$ 7.532.000.000,00 (sete bilhões, quinhentos e trinta e dois milhões de cruzeiros).
Os créditos suplementares serão abertosno Subanexo Encargos Gerais da União Recursos'Job a Supervisão da Secretariade Planejamento da Presidência da República, para atender a programas constantesda Lei Orçamentária vigente e cujas dotações se mostram insuficientes.
II - Voro do RelarorConsiderando que a solicitação encontra
ampare no art. 43 da Lei n,v 4.320/64 existem recursos dísponíveís para financiamento dos créditos a serem abertos e estáprecedida de exposição justificativa -, nosso parecer é pela aprovação do projeto,na forma proposta pelo Poder Executivo.
Sala das Sessões da Comissão de Fisca~lizaçâo Financeira e Tomada de Contas, em2 de outubro de 1974. - Henrique Fanstone, Relator.
lU - Parecer da Comissão
A Comissão de Fiscalização Financeira eTorna'da de Contas, em sua 10." ReuniãoOrdinária, realizada em 2 de outubro de1974, sob a presidência do Senhor Deputado Daniel Faraeo, Presidente, ,e presentes os Senhores Deputados José BonifácioNeto, Nasser .(l.lmeida, Adernar de BarrosFilho, Parente Frota, Joel Ferreira, Eurípides Cardoso de Menezes, Henrique Fanstone e Artur Santos, opina, por unanimidade, de acordo com o parecer do relator,Reputado Henrique Fanstone, pela aprovação do Projeto n,? 2.289/74, do PoderExecutivo, que "autoriza o Poder Executivoa abrir créditos suplementares aos programas constantes da Lei n,? 5.964, de 10 dedezembro de 1973".
Sala das Sessões da Comissão de Fiscalização Financeira e Tomada de Contas,em 2 de outubro de 1974. -' Daniel Fa.racn,Presidente - Henrique Fanstone, Relator.
O SR. PRESIDENTE (Dayl de Almeida)- Nada mais havendo a tratar, vou levantar a Sessão.
Deixam de comparecer os Senhores:Pará
Stélio Maroja - ARENA.
Maranhão
Freitas Diniz - MDB; Nunes FreireARENA.
PROJETO DE LEIN.o Z.289-A, de 1974
(Do 'Poder Executivo)MENSAGEM N.o 47"1/74
Autoriza o Poder Executivo a abrircréditos suplementares aos programasconstantes da Lei n.? 5.964, de 10 dedezembro de 1973; tendo parecer, daComissão de Fiscalização l!'inanceira eTomadà de Contas, pela aprovação.
,(PIWJETO DE LEI N.o 2"289, DE 1974, AQUE SE REFERE O PARECER.)
PARECER DA COMISSãODE FISCALIZAÇãO FINANCEIRA E
TOMADA DE CONTASI - Relatório
O Senhor Presidente da República, atra'Yéll da Mensagem D.o 477, e.companhadade
tentei no passado. Poderia variar, porquea' coerência, segundo Chesterton, é a virtudedos loucos. Mas, correndo o risco de ser considerado insano, penso que nunca variei,desde a juventude; nunca oscilei da esquerda para a direita, nem desta para aquela; mantive-me sempre na posição de moderação que desde jovem adotei. Se me perguntassem hoje, se considero ideal o sistema político dentro do qual vivo, responderia que não. Estou velho demais paraser hipócrita. Certamente que não, Sr. Presidente. Há nele graves imperfeições, hácontradições, não atende a muita coisa pelaqual aspiro. Mas a única coisa que não fiz,talvez o único pecado de que não precisome penitenciar é o da omissão. Porquequando muitos repeliam o mandato, comoainda hoje o maldizem, o abastardam; odeprimem sem ter nenhuma necessidadepessoal disso, tomei-o do chão em que jazia,para tentar exercê-lo com dignidade. Nãorenunciei aos meus iqeais. St;1 houvesse renunciado não estaria aqui lutando, ao contrário de muitos que falam da boca parafora, proclamam ideais e sentimentos quecalcam. aos pés todos os dias.
Tenho, Sr. Presidente, moderação no usoda palavra e decisão na hora de agir. Estoua serviço dos ideais que sempre tive.
Nunca fui partidário extremado de eleições diretas, vendo nelas a única modalidade democrática de escolha de governantes. Penso que mais importante do que oprocesso é o sistema: um processo vale esó pode ser julgado de acordo com o contexto - sístema no qual se insere. Aspiramos verdadeiramente a um regime democrático que atenda aos seus fundamentoséticos que são imperativos da consciênciahumana. Portanto, não vejo por que noscurvarmos - eu ou minha Bancada - àcensura do nobre Líder da Minoria.
Amanhã serão escolhidos legitimamenteos Governadores dos Estados. Formulamosvotos para que S. Ex.as .- entre os quaisse encontram muitos dos nossos mais' ilustres colegas - sejam felizes no desempenhodessa missão que lhes é conferida pelos representantes dos povos dos seus íDstados esob a égide soberana da Constituição Federal.
Sr. Presidente, penso que mais importantedo que apurar se a Minoria está ou nãosatisfeita com este processo, por mais queeu preze a sua opinião - e creio sempreter dado mostras disto - é termos a coragem de reconhecer as circunstâncias sob asquais vivemos e de colocar, acima de quaisquer veleidades pessoais nossas, o bem doBrasil e o interesse do seu povo.
1!:rao que tinha a dizer. (Palmas.)O SR. PRESIDEN1.'E(Dayl de Almeida)
- Vem à Mesa e vai à publicação o seguinte projeto:
Outubro de 1974
EM PRIORIDADEDiscussão
2
PROJETO N.o 2.113-A,'DE 1974Discussão única do Projeto 11.0 2 . 113-A, de
197~, que dispõe sobre a formação dc. ,?.é;cíaís Engenheiros para o Corpo de OfICIaISda L2ro11ática, da Ativa, e dá outras providências; tendo pareceres: da COmiss~o deConstituição 8 Justiça, pela eonstítuctonnlidade e juridicidade; e, das Comissões deRegurança Nacional e de Finánças, pelaaprovacão.(Do Poder Executivo -- Mensagem n.ó 359/74) ,Relatores: .Srs. Luiz Braz,Alípio Carvalho e Athiê oourv.
3 '
PROJETO N.o 2.140-A, DE 1974Discussão única do Projeto 11.° 2 .140-A, de
1974. que prorroga, por período indeterminado, o prazo fixado no artigo 51 da Lein.?4.117, de 27 de agosto de 1962, que instituio Código Brasileiro de Telecomunicaçoes;tendo pareceres: da Comissão de Constitui·c e Justiça, pela consti~ucio~a}i~ade e,-Ta os votos dos 81'S. Jose Bonifácio Neto,il'irmilton Xavier e Severo Eulálio, pela juridicidade; e, das Comissões de Oomunicações e de Finanças, pela aprovaçao. (DoPoder 'Executivo - Mensagem n. O 378/74)Relatores: 81'S. Altair Chagas, Monteiro deBarros e Ildélio Martins.
4
PROJETO N.o 2.181-A, DE 1974Discussão única do Projeto n.o 2. 181-A,
de '1974 que autoriza o Poder Executivo aefetuar' transação' com o Governo da GrãBretanha para saldar débitos provenientesda encampação e desapropriação dê companhias estrangeiras; tendo pareceres: daCOmissão de Constituição e Justiça, pelaconstitucionalidade e juridicidade, com votoem separado, favorável, do Sr. Manoel Taveira; da Comissão de Relações Exteriores,emitido em audiência, pela aprovação; e,das Comissões de Economia, Indústria e Comércio e de Finanças, pela aprovação. (DoPoder Executivo - Mensagem n.o 406/74)Relatores: 81'S. Altair Chagas, Manoel Taveíra, Wilmar Dallanhol e Ildélio Martins.
DIAFTO DO CO~t;RF,SSO NACIONAL (Seção n
5
PROJETO N.o 2.191- '\, DE 1974Discussâo única 40 Projeto n.o 2.191-A,
de 1974, que dispõe sobre doação de terrenoda União à Companhia Brasileira de Alimentos -_ COBAL; . tendo pareceres: daComissão 'de Constituição e Justiça pelaconstitucionalidade, juridicidade e; no mérito, pela aprovação;- e, -das Comissões deAgricultura e Poiítica Rural e de Finanças,pela aprovação. (:)0 Poder Executivo Mensagem n.o 420/74) Relatores: Sr. Ruydalmeida Barbosa, Antônio Bresolín eIldélio Martins.
6
PROJETO N.o 2.193-A, DE 1974Discussão única do Projeto n.v 2.193-A,
de 1974, que autoriza o Poder Executivo aabrir ao Ministério da Justiça" em favor doMinistério Público da União o crédito especial de Cr$ 78.500,00, para o fim que especifica; tendo pareceres: da Comissão deConstdtuíeâo e Justiça, pela constitucionalidade e -juridiCidade; e, da Comissão deFiscalização Financeira e Tomada de Contas, pela aprovação. (Do Poder Executivo -;Mensagem n,o 412/74), Relatores: Srs. LUIZBraz e Nasser Almeida.
'1
PROJETO N.o 2.194-A, DE! 1974Discussão única do Projeto ,n.o 2.194-A,
de 1974, que autoriza o Poder Executivo aabrir à Justiça do Trabalho em favor doTribunal Regional do Trabalho da 7.0, Região o crédito especial de Cr$ 300.000,00,para o fim que especifiea; tendo pareceres:da Comissão de Constituição e Justiça, pelaconstitucionalidade e juridicidade; e daComissão de Fiscalização Financeira e Tomada de Contas, pela aprovação. (Do PoderExecutivo -Mensagem n.o 411/74) Relatores: 81's. Altair Chagas e Nosser Almeida.
8PR0JET0 N.O 2.243-A, DE 1974
Discussão única do Projeto n.O 2.243-A,de 1974, que Acrescenta parágrafo ao artigo'43 da Lei n.o 4.502, de 30 de novembro de1964, e ao artigo 1.0 da Lei n.O 4,.557, de 10
Quinta-feira 3 7853
de dezembro de 1964; tendo pareceres: €laComissão de Constituição e Justiça, pelaconstitucionalidade e juridicidade; e, daComissão de Economia, Indústria e Comércio, péla aprovação. (Do Poder Executivo- Mensagem n.O 444/74) Relatores: srs,Altair Chagas e Wilmar Dallanhol.
9
Pt;.0JETO N.o 2 .258~A, DE 1974Discussão única do Projeto n.O -2. 258-A,
de 1974, que dispõe sobre a transformaçãodo Conselho Nacional de Pesquisas em Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPA) e dá outras provídêncías; tendo pareceres: da Comissão deConstituição e Justiça, pela constitucionalidade; e das Comissões de Ciências e Tecnologia e de Finanças, pela aprovação. (DoPoder Executivo _ Mensagem n.o 446/74)Relatores: 81'S. Altair Chagas, Édison Bonnae Ildélio Martins.
16PROJETO N.o 2.289-A, DE 1974
Discussão única do Projeto n.O 2.289-A,de 1974, que autoriza o Poder Executivo a,abrir créditos suplementares aos programasconstantes da Lei n,o 5.964, de 1Q de dezembro de llf73; tendo parecer, da Comissãode Fiscalização Financeira e Tomada deContas, pela aprovação. (Do Poder Executivo - Mensagem n.o 447/74) Relator: Sr.Henrique Fanstone.
AVISOS
ComissÕes Técnicas
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO EJUSTIÇA
Reuniões Ordinárias: Terças, Quartas eQuintas, às 10 horas.
COMISSÃO DE TRANSPORTESReunião: dia 16-10-74Hora: 10 horasPauta: Comparecimento do nr. Vicente
Fialho, Prefeito de Fortaleza.VIII - Levanta-se a Sessão âB 17
horas.
'7854 Quinta-feira li DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I) Outubro de i~'!~
MESA LIDERANÇASPresidente:
Flávio nlarcílio1.°-Vice-Presidente:
Aderbal Jurema2.°_Vice-Presidente:
Fernando Gama1.°-Secretario:
Dayl de Ahncida2.9-Secretário:
Petrônio Figueiredo3.o-Secretário:
José Carlos Fonseca4.O-Secretãrio:
Dib CheremSuplentes de Secretário:
1.°-Suplente:Vinicius Cansanção
2.0-Suplente:
Teotônio NetoS.o-Suplente:
João Castelo4.o-Suplente:
Jarmund Nasser
ARENA - MAIORIA
Lider:
Célio Borja
Vice-Lideres:
Garcia Neto
PauIino Clcero
Prisco Viana
Sinval Guazzelli
Wilmar Dallanhol
nlnB - nlINORIA
Líder:Lacrtc Vieira
Vice-Líderes:
Jairo Brum
João Menezes
Hamilton Xavier
Padre NobreJoel Ferreira
Francisco Amaral
~osé CamargoArgilano Dario
Olivír Gabardo
Ney Ferreira
Léo Simões
Ir:
MDBAldo FagundesDias' MenezesFernando Cunha
DEPARTAMENTO DE COMISSOES,paulo Rocha
Local: Anexo n - 661
Coordenação de Comissões Permane.ntcs'
Geny Xavier Marques
Local: Anexo n - Telefones: 24-5179' e24-4805 ~ Ramais: 601 e 619
José MandelliOlivir GabardoVago
REUNIõES
Quartas e Quintas-feiras: as 10:00 horasLocel : Edifício Anexo II -:.. Sala 11 - Ramal:
621 - 24-3719 (direto) .Secretária: Eni Machado Coelho
3) COMISSAO DE COMUNICAÇõES
Presidente: Monteiro de Barros - ARENA
Vice-Presidente: Norberto senmídt - ARENAVice-Presidente: Eloy Lenzi ,- MDB
TITULARES
ARENA
COMISSOES P~RMANENTES
1) COMISSAO DE AGRICULTURA E POLlTICARURALPresidente: Renato Azeredo - MDB
~unna nA"
Vice-Presidente: Francisco Libardoni - MDB
2) COMISSAO DE C1ENCIA E TECNOLOGIA
Presidente; Aureliano Chaves - ARENAVice-Presidente: Célio Marques Fernandes
ARENA
Vice-Presidente: Janduhy Carneiro - MDBTITULARES
ARENA
Amaral de SouzaBrasília CaiadoCorreia LimaEtelvino Lins '
,Luiz Braga ,Maia NetoMário MondiooOssían Ararípe
Sanes FilhoVingt RosadoVagoVago
'vago
Turma '~~'
Vice-Presidente: Paulõ Alberto - ARENA
TITULARES
ARENA
Rozendo de SouzaSilvio LopesSinval GuazzelliSiqueira CamposUbaldo BaremVago
MDB
VagoVago
MDB
Léo SimõesPeixoto Filho
SUl'LENTES
ARENA
Abel AvilaArnaldo BusatoBento GonçalvesDaso CoimbraJoão GuidoJosé da. Silva BarrosManoel TaveiraOsvaldo ZanelloPedro oomn
REUNIõES
Aldo FagundesAlencar FurtadoDias MenezesJoel Ferreira
Quartas e QUintas-feiras: àiI 10:00 horaa
Local: Anexo II - Sma 6 - Ramais 654'e~
Secretário: Abelardo Frota e Cysne
Jair MartinsJosé CamargoJúlio Viveiros
Gabriel HermesGarcia NettoGonzaga VasconcelosLuiz GarciaNina RibeiroParsifal Barroso
MDB
MDB
Dias MenezesJoáo Arruda
Alencar FurtadoVago
SUl'LENTES
ARENA
.JOSé Tasso de AndradeLomanto JúniorMário MondinoMauricio ToíedoMílton CasseIRoberto GalvanfSussumu Hirata
Alberto LavinasAldo Fagundes
Anapolino de FariaAntônio BresolinBezerra de Norões
REUNIõES ,Quartas e Quintll!S-féiras: às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala - Ramal; 766
Direto: 24-7493Secretária: Maria Célia MartiDll de Sou
za Borges
Adhemar de Bar-ros Filho
Brasília CaiadoBralZ NogueiraCorreia LimaDelson ScaranoFlávio GiovineGrimaldi Ribeiro
Antônio FlorêncíoAry ValadàoBatista MirandaCarvalho SobrinhoFernando Fagun-
des NetoEdison Bonna
Turma "B"
Cardoso de A1meidaDiogo NomuraFlávio GiovineHerbert LevyJuvêncio Di!l,SLopes da Costa'Orensy RodnguesVasco Amaro
MDBPacheco Chaves
'Vinicius Cansanção
SUPLENTES
ARENA
José Tasso de AndradeLuiz BragaManoel RodriguesMarcilio LimaMilton BrandàoRuy BacelarSinval Boaventura.
Alberto HoffmannBatista MirandaBias FortesCarvalho SobrinhoEraldo LemosHannequim DantasHugo AguiarJoão GuidoJoaquim CoutinhoJorge Vargas
Turma "A!'
Antônio BresolínJuarez Bernardes
Antônio UenoDelson 'ScaranoEdvaldo FlôresGeraldo BulhõesLomanto JúniorNunes FreireSebastião AndradeVago
I
Outubro de 1974 DIÃRIO D9 CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 3 '71155
4) COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇ~ 5) COMISSAO DE ECONOMIA, INDOSTRIA ECOMeRCIO
6) COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA
Turma "'A" Turma .4B" Turma l'A" Turma '~B"
Altair Chagas Alfeu Gasparãrri Amaral Neto Alberto HoffmannAdindo Kunzler Antonio Mariz Arthur Fonseca Amaral FurlanDjllJma Bessa ll:1cio Alvares Braga Ramos Chaves Ammante.a,MarinhO Ernesto Valente Braz Nogueira JonlW oarlos:lJ'erreira do Amaral ;fairo .Magalhães Faria Lima Luiz Losso:ttalo li'ittipllildí João Línhare.ll José Haddad Or'tiz MonteiroJosé Alves Lauro Leítâo ' stquetra Campos Stélío. MarojaJosé Sally Ruydalmeída Barbosa Sussumu Hirata VagoLuízBraz Ubaldo Barem Vago VagoVago Vago VagoVago Vago
Presidente: Gerlllldo Freire - ARENA
Vice-Presidente: Gastão MUner - ARENA
Vice-Presidente: Brígído Tinoco .,- MDB
SUPLENTESARENA
Necy Novaes
Nosser Almeida
OsneJlí Martinelli
Ossían Araripe"
Paulo Ferraz
Stélio Maroja
Vinicius càmara
Jannund Nassel'
Manoel de Almeida
Mauricio Toledo
Moacyr Chiesse
Oceano Carleial
Plínio Salgado
Vago
MDB
Nadyr Rossetti
Olívír Gabardo
TITULARESARENA
F~'anoisco Amaral
JG de Ara<újo Jorge
João Borges
Albino Zen!
Antônio Mariz
Arthur Fonseca
Brasílío Caiado
I1délio Martins
Jairo Magalhães
Luiz Braz
Ary de Lima
Bezerra de Mello
Daso Coimbra
Edyl Ferraz
Euripides Cardo-
so de Menezes
Flexa E/,ibeií:o
MDB
TITULARES
ARENA
Presidente: Harry Sauer - MDB
Turma "B"
Vice-Presidente: Márcio Paes - ARENA'
Vice-Presidente: Henrique EduaII'do Alves MDB
MDB
IVlce-Presidellte: Marcelo Medeiros - MDB
TITUURES
Presidenta: José Bonifácio - ARENA
Turma "A"
ARENA
j!Vice-Pl'esídente: Túlio Val'gas - ARENA
Tunna "B"
ARENA
SUPLENTESSUPLENTES
ARENAREUNIÕES
Vago
MDB
Henrique Eduardo Alvee
Juarez Bernardes
Santilli Sobrinho
Aleir Pimenta
Bezerra de Noroos
Fábio Fonseca
Vice-Presidente: Ildélio Martins - ARENA
Turma "A"
7) COMISSÃO DE FINANÇAS
Turma ''B''
Vice-Presidente: Athiê Coury - MDB
TI'l'ULARESARENA
Presidente: Arthur santos - ARENA
Qual'tas e Quintas-feiras: às 10:00 horas
Local: Anexo 11 - Sala 9 - Ramal: 639
Secretária: Moo:ta Clélia Orríco
José Pinheiro Machado
José da Silva Barros
Josias Gomes
Magalhâes Mello
Marco Maciel
Mário Mondino,
Nawarro Vieira
Osmar Leitão
Paulino Cícero
Rogério Rêgo
Wilmar Dallanhol
Ario Theodoro
João Arruda
.Santilli Sobrinho
Tancredo Neves
Altair Chagas
Antônio Ueno
Batista Miranda
Bento GonçalveB
Cmdoso de Almeida
Djalma Bessa
Edvaldo Flôres
Feneira do Amaral
Hermes MacedO
Januário Feitosa
João Linhares
Amaury Müller
.Marecndes Gadelha
Rubem Medina
Luiz LossoMamoel .ravcíra
Nogue1ra de Rezende
Norberto Sohmidt
Osmar Leitão
Osne1li Martinellí
Parente Frota
Pires Saboia
Raimundo Parente
Sinval Guazzellt
Alceu ooüares
Francísco Pinto
Hamílton XaVier
Severo Eulálio
José Bonifácio Neto
Ltsânees Maciel
Miro Teixeira
Sylvio Abreu
ehemar Ghisi
Amaral de Souza
Américo de Souza
A:rthur Fonseca
Cantídio Sampaio
Cláudio Leite
Edyl Ferraz
Gonzaga vasconcetos
Henrique Tumer
Homero Santos
Jarmund Nasser
José Carlos LeprevOIlt
REUNIõES
Terças, Quartas e Quintas-feiras: às 10:00 00,
Local: Anexo Ir - Sala 17 - Ramal: 626
Secretária: Sílvia BIIJ:1'OSO Martins
REUNIõES
'l'urnia "B"Oarlos Alberto Oliveira
Dyrno Pires
Fernando Magalhães
Hermes Macedo
João ClllltelO
Leopoldo Peres
OZanam coeUio
VagO
Vago
Vago
Adhemar de Bar-
ros Filho
Homero Santos
Ivo Braga
Jorge Varga/i
Tourinho Dantall
Wilmar Guimarães
Vago
Vago
Vago
Vago
Jorge Ferraz
Léo Simóes
Ruy Lino
Vago
Vago
MDB
Quartas e Quintas-feiras: àS 10:00 horas
Local: Anexo II - Sala 4 - Ramal: 681
Secretário: Angelo di? Vila
César NlWclmento
Dias Menezes
Eloy Lenzi
Vago
José Clln1a!l'go
Ney Ferreira
Ulysses Guimarães
Vago
MDB
Alencar Furtado
Argilano Darío
Eloy Lenzi
Francisco Studart
JG de Al'aújo Jorge
'l856 'Quinta-feirà 3 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL. (Seção I) Oqtnbro de Ul't4
Turma "8'"
América de Souza,Bías FOl'teIlCláudio LeiteJose Pinheiro Mach~Manoel TaveiraMurílo BadaróPedro OollinPereíra LopesRogéxio .RêgoTeotônio Neto
MDB
Hamilton XavierJairo BrumJ oel Ferreira.Osíría Pontes
MDB
João MenezesPadre NobreThales RamalhoVago
SUPLEN'l'ES
ARENA -
-Leopoldo PeresMarco MacielMário MondinoMaurício ToledoNorberto Sc.bmidtOceano CarleialOrensy, Rodriguel!ozanam ooelhoParsifal BarrosoWilmar Guimlllrã.ee
BEUNIOES
Quartas-feiras: às 10:00 horasLocal: AnexoU - Sala 14 - RaInal 6'l2Secretário; José Lyra ,BarrO/lOde Or~
11) COMISSAO DE RELAÇÕES EXTERIOR.',
Presidente: Raimundo Diníz - ARl!lNA"~
- MDB
Freitas Diniz
Turma "WB"
MDB
Antônio Bresolin
10)COMISSAO DE REDAÇAO
Prellidente: C3l1tldiq s~pl\.Íl) - A.llJl;N4Vice-presidente: Dyrno Fixes -'- ARENA
TITULARES
ARENA
Henrique de La RocqueSylvio Botelho
Vice-Presidente: Marcelo Línhares - AREI.fA". ·.'~·,l
SUPLENTES
ARENA
Ary de Lima Raimundo ParenteFrancisco RollembergPríseo Viooa
Vice-Presidente: Francisco Sludart - MDB
TITULARES
ARENA
Adhemar GllisiAroldo CarvalhoHenrique TurnerJoaquim CoutinhoJosé Carlos LeprevostJ osias GomesLins e SilvaLopa CoelhoPassos PortoPires Sabóia
Alberto CostaAlfeu GaspariniAlvaro GaudêncioAry ValadãoDaniel FaracoDiogo NomuraFariaLlm>tFernando MagalhãesFlexa RibeiroGeraldo GuedesJosé PenedoLeáo 'Sampaio
Adalberto CamargoPeuro Fm-iaU)ysses GuímarâesVago
Aldo Fagundes.i\,plfPolino de FariaBrigido TinocoDias MenezesFrancisco Pinto
Fe, Fagun-Ot;o. ~'4eto
Francisco GlilloGabriel HermesIvo BragaJoão CasteloJOBé HaddadLauro LeitãoNorberto SchmidtParente Fl"ota
Gilberto Aírneída
J 08é MachadoOdulfo Domíngues
Paulino CiceroPrisco VianaVagoVago
Freitas Dinis
Vago
MDB
Joel FerreiraJore Bonifácio NetoMarcelo Medeiros
MDB
Lauro RodriguesSílvio AbreuVago
MDB
SUPLENTES
ARENA
Parente FrotaRoberto GebaraRozendo de souzaSílvio LopesSiqueira Call1P08Vasco NetoVingt RosadoWiluiar Dallanllol
REUNIõES
QuartalS e Quintas-feiras: Íl.S 10:00 norasLocal: Anexo II - Sala :.l - Ramal: 665Secretário: Wílson Ricardo Barbosa Vianna
Freitas Diniz,Jerônimo SantanaJoáo Menezes
Presidente: Nogueira de Rezende -
SUPLENTES
ARENA
Vice-Presidente: Jose Tasso de Andrade
ARENA
Adhemar de Bar-ros Filho
Aecio CunhaAntônio FlorêncícArlindo KunzlerArthur SantosBento Gonçalvesl!:lcio AlvaresEuripides Cardo-
so de Menezes
ARENA
9) COMISSAO DE MINAS E ENERGIA
TITULARES
ARENA
Jerônimo SantanaJorge FerrazVago
Antônio PontesJlllison BarretoJoão Arruda
Turma "A"
Aécio CUnha
Edilson .Melo TávoraFrancisco GrilloJosé SampaioMarco MacielVagoVagoVago
Turma ~"BU
Vice-Presidente: Dirceu Cardoso - MDB
Batista MirandaFrancelino PereiraGarcia NetoLopes da CostatMárcio PaesMário StammNasser AlmeidaOceano CarleialOswaldo Zanello
Joel Ferreira
José Freire
Vago
Vago
Pacheco Chaves
Peixoto Filho
Vinicius Cansanção
Walter Silva
Januário Feitosa
Joáo Alves
Joaqulm Macedo
Manocl Taveira
Mário Telles
Milton Brandão
Pedro Collin
Plínio Salgado
Roberto Gebara
sebastião Andrade
Vago
Turma "B"
Athos de Andrade
Eurico Riheiro
Henrique Fanstone
Josias Leite
Ricardo Fiúza
Theôdulo de Albuquer-
que
Vago
MDa
MDB
ARENA
oesar Nascimento
OlliriB Pontes
Vago
Vago
Adalberto Camargo
Ário Theodoro
Florlm Coutinho
Freitlle Nobre
Jooé Camargo
Adhemar Ghisi
Alair Ferreira
Altair Chagas
Antônio Maríl1:
Arlindo Kunzler
Atb06 de Andrade
Fwift Lima
Ferreira do Amaral '
Furtado Leite
Herbert Levy
Hugo Aguiar
Turma "B"
V"lOO-Presidente: PeíxotoPílho - MBD
Tw"ma "A" -r--. Quartas-feml.';;; às 10:00 horas
Turma "B" - Quintas-feiras: às 10:00 norasLocal: Anexo TI - Sala 16 - Ramais: 642
e 643
6eeretf>río: Paulo José Maestrali
REUNI6ES
8) COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRAE TOMADAPE CONTAS
Turma ç~,A"
Vice-Presidente: Furtado Leite - ARENA
SUPLENTES
ARENA
Presidente: Daniel Faraco - ARENA
TITULARES
Turmll. "A"Heitor Cavalcanti
Joaquim Mooedo
Manoel Novaoo
Nosser Almeida
O/lwaldo ,'Zanello
Sinval GuazzeUi
Wilson Falcão
Vago
MDB
Vago
Vago
Vago
REUNIõES
Quintas-feiras: às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 7 - Ramal 659Secretália: Terezinha de Jesús Versiani f'l.-
tanguí
REUNIõES
Quartas-feiras: às 10:00 norasLocal: Anexo II - Sala 1 - .Ram~ fY1'lSecretária: Sylvia Oury Kramel' BenjM:i:llnd.O
Canto
,oJliubro de 1974 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçio I) Quinta-feira 3 7857
12)· COMISSAO DE SAÚDE 14) COMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO 16) COMISSÃO DE TRANSPORTES
13) COMISSÃO DE SEGURANÇA NACIONAL
TITULARES
ARENA
SUPLENTES
ARENA
Presídente: Parente Frota - ARENAVille-Presidente: ítalo Onrrtí - ARENAVice-Presidente: Florim Coutinho - MDB
MDBVagoVago
:MDBDias MenezesFranCISco LibardoniPeixoto Filho
SUPLENTES
ARENAMario MondillQMoacir omesseMonteiro de BarrOflParente FrotaPassos PortoVasco AmaroVingé Rosado
SUPLENTES
ARENALeopoldo PeresVagoVagoVago
Presidente: Vasco Netto - ARENAVice-Presidente:. Abel Avila - ARENAVICe-Presidente: José Mandelli - MDB
TITULARES
ARENARezende MonteiroRozendo de souzaRuy BacelarSílvio LopesVagoVago
Ai.on RiosAlair Fel'l'eiraAlberto CostaBento GcnçarvesJOão GuídoMario StammMário Telles
Presidente: Siqueira Campos - ARENAVICe-Presidente: Sebastião Andrade - ARENAVice-Presidente: Júlio Viveiros - MDB
TITULARES
ARENANunes FreireRaimundo ParenteVinicius Câmara'
Fernando LyraJairo BrumLéo Simões
Alípio CarvalhoEdilson Melo TávoraEraldo LemosGa.rcia NetoJose MachadoJose SampaioLeão SampaioMaia Neto
Adalberto CamargoAlberto LavínasAma<ury Müller
COMISSÕES ESPECIAIS'I) COMISSAO DA AMAZôNIA
COORDENAÇÃO DE COMISSÕESTEMPORÁRIAS
l1:dison BonnaEdyl FerrazEraldo LemosJarmuncl NasserJoão Castelo
REUNIUES
Quartas e Quintas-feiras: às 10:30 horasLocal: Anexo II - Bala fi - Ramal: 696SeCl'etária: Maria da Conceição Azevedo
Gilda Amora de Assis' RepublicanoLocal: Anexo li - Rool1ais:
Seção de Comissões de InquéritoChefe: Flávio Bastos RamosLocal: Anexo II - Ramais: 609. 610 e 6111
Seção de Comissões EspeciaisChefe: Stella Prata da Silva LOpeS
Local: Anexo II - Sala 8-B - Ramaâ: 6lK
MDBJC1'ônimo Santana Ruy LinoJoel Ferreira
MDBAntônio Pontes José FreireJG de Araújo Jorge Vago
REUNIõES
Quartas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo li - Sala 8-A - Ramais: 605,
606 e 616Secretária: Jacy da Nova Amarante
Gabriel HermesJoaquim MacedoJuvêncio DiasNasser Almeida
Pa ulo FerrazVagoVagoVagoVago
Wilmar DallanholWílson BragaVagoVagoVagoVago
Ildélío Martinsítalo ContiJoaquim MacedoJosé Pinheiro MacboooJosias GomesMauricio ToledoSussumu HirataTúlio Vargas
MOBLauro RodriguesMarcos Freire
MDBPeixoto FilhoVago
MDBFernando CunbaWalter Silva
MDBLisâneas MacielPedro FariaPeixoto Filbo
SUPLENTES
ARENA
Agostinho RodriguesElIas oarmosFrancelino PereiraGrímaldi RibeiroJoão VargasNecy NovaesM.agalhães MelloMílton Ca.sselPaulo Abreu
Freitas NobreGetúlrn Dias
Alvaro GaudêncíoCid FurtadoHenrique de La RocqueJoão AlvesOsmar LeitãoRoberto GalvaníRoberto Gebara
TITULARES
ARENA
Presidente: Raimundo Parente - ARENAVICe-Presidente: José da Silva B!lI:'l'OS - ARENAVice-Presidente: Bezerra de Norões - MDB
Alcir PimentaArgiJano DarioCarlos ootta
Francisco AmaralFrancisco PintoGetúlio Dias
REUNIõES
Quartas e Quinta.s-feiras: às 10:00 horasLocal: Anexo li - Sala 15 - Telefone:
24-87198ecretáril1-: Allla Felício Topia.s
REUNIõES
QuintltS-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo II - Sala 12 - Ramal 694Secretário: Oclaír de Mattos Rezende
Presidente: Dias Menezes - MDBVice-Presidente: Àntôllio Pontes - MDBVice-Presidente: Hugo Aguiar - ARENA
TlTULARES
ARENA
SUPLENTES
ARENA
Baldacci Filbo José PenedoCarlos Alberto Oliveira José SallyCId Furtado Lapa CoelhoDaso Coimbra Manoel de ~Almeida
EW'ico RlDeu'o :Jzanam CoelhoGilberto Almeida Roberto GalvaniJoáo Castelo Vinicius CâmaraJonas Ofirlos
15) COMISSÃO DE TRABALHO E LEGISLAÇÃOSOCIAL
Fra.ncisco Líbardoní,Ja.ir MartinsLeo SimóesPedro Lucena
Adhemar G11isiCélio Marques Fer-
nandesCláudio LeiteDaso CoimbraFernandó Pagun-
eles NetoGeraldo BulhõesRelbert dos Santos
JG de Araújo JorgeJúlio ViveirosMarcondes Gadelha
João Vargas ,.Magalhães MellAJRoberto GalvaniSanes FilhoSíaueira CamposTeotônio NetoVmgt Rosado
Juvéncio DiasNunes Freii'eOceano- OarleíalParsifal BarrosoSvlvio VenturolJiTbeódulo de Albuquer
queVingt Rosado
MDB
:MDB
JaÍ) MartinsJosé CamargoLaerte Vieir~
TITULARES
ARENA
Mllton BrandãoOsnelli MartínelliSylvio VenturolliSmval BoaventuraVinicius CâmaraVago'
MDB
VagoVagoVago
SUPLENTES
ARENA
Leão SampaioMarcilio LimaNavarro Vie:raSilvio BotelhoVagoVagoVago
MDB
Anapolino de Faria VagoJaÍllon Barreto Vago
A~l#ê'CouryFreitas DinizJllItlduby oameíro
Ney FerreiraRuy Lino
Adhemar de Bar-ros Filbo
Agostinho RodriguesArDido CaxvalhoBento GonçalvesCélio Marques Fer-
nendesEraldo LemosFlávio GíovíneJoão Guido
Albino ZeniAmérIca BrasilArnaldo BusatoBaidacci FilhoOantidio SampaioEraldo LemosEélbert dos Santos
~ Alencar FurtadoDias MenezesFrancisco Pinto
REUNIõES
Quartas-feirltS: às 10:00 horasLocal: Anexo li - Sala 10 - Ramal 682Secret,;,ria: Iná Fernandes Costá
Presidente: Pedro Lucena - MDBVice-Presidente: Fábio Fonseca - MDBVice-Presidente: Frjl,ncisco Rollemberg ARENA
REUNIõES
Quartas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 13 - Ramal 689
,,16ecl'etáÚa: Raydé FOllSllca Ba1'l'eto
. Ai:ron Rios
E·aga Ramos, ooímbra
ogo NomuraHenrique FanstoneJoão AlvesJose Tasso de Andrade
"Jo/lias Leite
IIlíPiO Carvalhoóvis Stenzelera.ldo Guedes
Hannequim DantasJanuário FeitosaJosé PenedoManoel Rodrigues
'185$ Quinta-feira 3 mARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I) Outubro de 1974
3) COMISSÃO ESPECIAL DE DESENVOLVIMENTODA REGIAO CENTRO-OESTE
4) COMISSAO DO DESENVOLVIMENTO DAREGIÁO SUL
REUNIOES
Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo TI - Sala 3Telefone: 24-2403 - Ramal: 611Secretário: Carlos Brasil de Araújo
Presidente: Adhemar 'Ghisi - ARENAVice-Presidente: Mário Mondino - ARENAVice-Presidente: Antônio Annibelli - MDB
TITULARES
ARENA
MDB
Alcir PimentaAlberto LavinacPadre ·Nobre
Lins e Silvl>Parsífal Barrosot!ldison BonnaPaulo AlbertoJosé da SiLva BarrosVago
MDB
MDB
Pedro Faria
ARENA
REUNIõES
MDB
Henrique Eduardo Alves
SUPLENTES
TITULARES
ARENA
SUPLENTES
ARENA
8télio Maroja
Quartas-feiras, às 15:00 horas
Local: Anexo TI - Sala 8~B .:- Ramais: ooae 604
Secretário: Darke Oliveira de Albuquerque
Bezerra de Norões
Quinta.s-feiras, às 09:00 horas
Local: Anexo TI - 'Sala 8-A- Ramal:li!l4
Secretária: Maria Helena May Pereira daCunha
REUNIõES
TITL'LARES
Presidente: DllIOO Coimbra - ARENA
Vice-Presidente: Furtado Leite - ARENA
Relator: João Menezes - MDB
Presidente: Osnellt M~tinelli - ARENÁ
Vice-Presidente .Brtgido Tinoco - MDB
Relator: Sinval Guazzellr - ARENA
Relator-substituto: Fâbio Feitosa - MUB
8) COMiSSÃO ESPECIAL DESTINADA A ELABORAR PROJETO POCõPIGO PE ESPORTES
7) COMiSSAO ESPECIAl DESTINADA A ELABORAR AS MEDIDAS LEGISLATIVAS NECESSÁRIAS À INTEGRAÇÃO SõCiO·ECONÕMlCA J;CULTURAL DOS POVOS DA COMUNIDADE ALiNGUA PORTUGUESA, BEM ASSIM TORNARREALIDADE A COMUNIDADE LUSO.BRASILEIRA
ARENA
Plinio Salgado8lnval BoaventuraFlexa RibeiroOswaldo ZanelloManoel TaveiraCardoso de AlmeidaJoão AlvesEuripides oardo-
so de MenezesVago
Abel Avila
Argilano DarioAthiê Cóury
Fernando Fagun-
des NetoRuy BacelarMârio TellesMárcio Paes
MDB
Pacheco Chaves
Marcos FreireSevero Eulálio
MDB
Thales RamalhoWaldemiro Teixeira
MDB
Osírís Pontes
Vinicius Cansanção
José PenedoJosé sampaioJosias GomesPinheiro MachadoPrisco Vianna
MDB
REUNIõES
SUPLENTES
ARENA
Sinval GuazzeUi'V'asco AmaroWilmar Dal1anholVagoVago
MDB
JG de Araújo JorgeJosé Mandelli
TITULARES
ARENA
Luiz GarciaManoel de AlmeidaOceano Carleial
SUPLENTES
ARENA
SUPLENTES
Alencar FurtadoCesar N2lScimento
Abel AvilaArthur SantOllFlávio Giovinettaio conn
ARENA
Mário Telles
REUNIõES
Quintas-feiras, às 10:00 horas-
Local: Anexo II - Sala S-B - Ramais: 60'1e 608
Secretário: Abeguar Machado Massera
REUNIõES
Quintas-feiras, às 10:00 norasLocal: Anexo TI - Sala S-A - Ramal: 603
Secretária: Maria Tereza de BaIl'OI1 Pereira
TITULARES
Edvaldo FlôresFrancisco RollembergFurtado LeiteGrimaldí Ribeiro
6) COMISSAO ESPECIAL DESTINADA AESTUDAR GLOBALMENTE O PROBLEMADA POLUiÇÃO AMBIENTAL
5) COMISSAO.. DO POLlGONO DAS SECAS
Presidente: Ruy Bacelar - ARENA
Vice-Presidente: Ja:nuário Feit0S9.- ARENA
Vice-Presidente:
Alvaro LinsHenrique lOOuar~
do Alves
Quintas-feiras.: às 10:lJ(} horas. .Local: Anexo II - Sala 8-~ - Ramal 695
Secretária: Vânia Garcia Dórea
Eraldo LemosErnesto ValentePranceltno PereiraJosé. Alves
Presidente: Faria Lima - AREN'A
Vice-Presidente: Aureliano Chaves - ARENA
Relator: Monteiro de Barros - ARENA
Fábio FonseeaFernando Lyra
ARENA
Célio Marques Fernandes
Ferreira do Amaral
Manoel NovaesRicardo FiuzaVasco Neto
Marco .Maocieloauiro DominguesPassos PortoPaulino Cicero
Lauro LeitãoPedro Col1inSylvio Venturolli
MDRJaison Barreto
MDB
Walter Silva.Vago
J&rmund NasserMarcilio LimaRE'Zende MonteiroUbaldo Barem
MDB
Sílvio de Abreu
Bento GonçalvesJoSé sampaioJosias LeiteLomanto Júnior
Djalma BessaEraldo LemosFernando MagalhãesGonzaga VasconcelosRomero Santos
Henrique Eduardo Alves
Ney Ferreira
Alberto HoffmannAntô.;1io UenoAroldo CarvalhoJoão VargM
ElOY LenziGetúllo Dias
Argilano DarioFernando Cunha
MDB
Francisco Pinto Thales RamalhoJanduhy Caorneiro
SUPLENTES
ARENA
SUPLENTES
ARENA
América Brasil VagoHenrique Famstone VagoLopes da Costa VagoSiqueira Camp~ VagoVago
Ary vatadâoEdyl FerrazGarcia NetoOastão Müller
Presidente: ARENAVice-Presidente: Wilmar Guimarães - ARENAVice-PreSidente: Juarez Bernerdes -MDB
TITULARES
ARENA
2) COMISsAO DA BACIA DO SÃO FRANCISCOPresidente: Rogério Rego - ARENA
Vice-Presidente: Geraldo Bulhões - ARENAVice-Presidente: Vinicius 'Oansanção - MDB .
TlTl1LARES
ARENA
MDB
Carlos ootta José Bonifácio NetoDirceu Cardoso Vago
REUNIõES
Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo TI - Sala 8-B - Ramal: 6811Secretário: Romualdo Fernandes Arnoldo
o rtubro de 1974 DIARJ() DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feir~ 3 "185'
Presidente: Norberto scnmídt - ARENA
) COMISSAO ESPECIAL PARA REVISÃO E
ATUALlZAÇAO DA LEGISLAÇAO SOBRE
DIREITOS AUTORAIS
MDB
Lisâneas MacielMarcos FreireRenato AseredoWalter Silva
Alceu CoIJaresFrancisco AmaralJairo BrumLaerte Vieira
SUPLENTES
ARENA
Garcia Neto
COMISSOES PARLAMENTARESDE INQUÉRITO
MDB
Francisoo Studard
Parente FrotaNina RibeiroHelbert dos Santos
SUPLENTES
ARENA
REUNIõES
Terças-feiras, às 10;00 horasLocal: Anexo 11 - Sala 8-A .Secretário: Antônio Estanislau Gomes
Pedro. Lucena
MDB
Leão Sampaio
14) COMISSAO ESPECIÂL DESTINADA AESTUDAR E ELABORAR PROJETO SOBRETRÁFICO E USO DE TóXICOS
REUNIõES
Terças-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo 11 - Sala 8-A - Ramal: 608Secretário: Mário Camilo de Oliveira
'Presldente: Tourinho Dantas - ARENAVice-Presidente: Jaison Barreto - MDBRelator-Geral: Manoel Taveira - ARENASub-Relator: Fábio Fonseca - MDB
TITULARES
ARENA
Moacyr ChiesseRozendo de SouzaRuy Baoelar 'Ubaldo Barem
MDB
Léo Simões
MDB
TITULARES
ARENA
Necy NovaesPlínio Salgado
MDB
SUPLENTES
ARENA
JúJiu Viveiros
Peixoto FilhG
Raymundo Diniz
Airon RiosAlberto CostaMário Mondino
Alberto Lavinas
Abel AvilaCélio Marques li'er
nandesJoáo Guído
Eloy LenziJosé MandelJi
Presidente: José Sally' - ARENAVice· Presidente: JG de Araújo Jorge - MDBRelator; Manoel de Almeida - ARENA
MDB
TITULARES
ARENA
11) COMISSÃO ESPECIAL PARA ESTUDAR EEQUACIONAR O P~OBLEMA DO MENORABANDONADO NO PAIS
Presidente: Joaquim Macedo - ARENAVice-Presidente: Adalberto Camargo - MDBRelatol': Mário Stamm - ARENA
SUPLENTES
ARENAAMeu Gasparini
12) COMISSAO ESPECIAL DE SEGURANÇA DE'VEiCULOS AUTOMOTORES E TRÁFEGO
REUNIõES
Quartas-feiras. às 15:00 horasLocal: Anexo II - Sala B-BSecretária: Gelcy Clemente Baptista
Dias Menezes
Prisco Vianna
, wnmsr Guímarães
Zacharias Seleme
MDB
MDB
ARENA
ARENA
ARENA
SUPLENTES
V ce-Presíderite: Florim ooutínnc - MDB
R~lator: Altair Chagas - ARENA
! TITULARES
i
reítas Nobre
F exa Ribeiro
aurieío Toledo
Presidente: Luiz Braz - ARENA
f,ce,.p reSiden te : Dirceu Cardoso - MDB
l~tor:
TITULARES
1· .falter Silva
I REUNIõES
IQ1Jin tas-felras, às 09:00 horas
i Local; Anexo li - Sala B-A - Ramal: 003
i Secretário: Antônio Fernando Borges Manzan
~O)COMISSÁO ESPECIAL PARA FIXAR DIRETR"I •
ZES E NORMAS DE LEI PARA O TURISMOBRASILEIRO
13) COMISSÁO ESPECIAL DESTINADA A ELABO,RAR PROJETOS DE LEIS COMPLEMENTARESA CONSTlTUlÇAO
Alvaro Gaudêneío
~l'oldo Carvalho
Célio Marques li'er-
nandes
Delson Scarano
Faria Lima.
João Alves
Lauro Leitão
Leopoldo Peres
Navarro Vieir~
Oswaldo Zanello
Túlio Vargas
MDB
REUNIõES
Quintas-feiras, às. 10:30 horasLocal: Anexo 11 - Sala 8-ASecretário; Luiz Antonio de Sá
Silvfl<Cordeiro da,
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQU~RITO
PARA INVESTIGAR AS CAUSAS DO TRÁFICOE USO DE SUBSTANCIAS ALUCINóGENAS
(RESOLUÇAO N.· 47/73)
Presidente: Wilson Braga - ARENAVice-Presidente: .Marcondes Gadelha - MDBJ;l,elator: Francelino Pereira - ARENA
TITULARES
SUPLENTES
MDBAlcir Pimenta
Josias Leite
MDB
José Bonifácio NetoPeixoto Filho
ARENA MDB
Cantldio Sampaio Olivir Gabardo
REUNIõES'
Local: Anexo 11 - Sala 3 - Ramal: 611secretfu'io; Jairo Leal Via.nna
ARENA
Alberto HoffmannChaves Am:aranteDialma BessaJosé HaddadRoberto GalvaníSilvio BotelhoSlnval Boaventura
SUPLENTES
Jairo MagalhãesJoão LínharesJosé Carlos LeprevostMagalhães MeloMarco MacielPinheiro MaohadoRaimundo DinizTúlio VargasVagoVago
Presidente: José Sampaio - ARENAVice-Presidente: José Bonifácio Neto - MDBRelator: ndélio Martins - ARENA
TITULARES
ARENA
Adhemar GhisiArlindo KunzlerCélio Marques Fer-
nandesCláudio LeiteDjalma BessaEurico RibeiroFrancelino PereiraHildebrando Guima-
rãesIvo' Braga
José Camargo
Pedro Faria
ARENA·
REUNIõES
Terças-feiras, às 10:00 horas
Looal: Anexo II - Sala,8-B - Ramal: 604
Bectetária: Ma.rla lzabel de Azevedo
Getúlio Dias
José Bonifácio Neto
'iS60 Quinta-feIra. 3 DlÃRIO DO CONGRESSO NAClONAL (Seção I) Outubro de 19~4
,CONSTITUICÃO DA-REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. ,
EMENDAS CONSTITUCIONAIS N~s 1, 2 E3 - Cr$ 2,00
REGIMENTO INTERNO DOTRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
1972 - Cr$ 10,00
ANAIS DA CO'NSTITUICÃO DE 1967•
OBRA ELABORADA PELA DIRET.ORIA DE INFORMAÇÃO LEGISLATIVA ICOMPREENDEM 7 VOLUMES - PREÇO -, Cr$ 74,00
CONSTITUI CÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL,~ . .
- .QUADRO COMPARATIVO - PREÇO - Cr$ 8~00
DIRETR,IZES E BASES PARA OENSINO - TOMOS I EIItEI N9 5.692, DE 11 DE AGOSTO DE 1971
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REFORMA AGRÁRIA' - TRÊS VOLUM'ESPREÇO DOS TRÊS VÓLUMES - Cr$ 30,00
ALTERACÕES À SÚMULA DA JURISPRUDÊNCIA PREDOMINANTE NO•SUPREMO TRIBUNAL FEO-ERAL
íNDIce GERAL: Apresentação -e- Composição do Tribunel -:. Processos 'de complltêricill do STF (Portaria n~ 87) - fndicEllllfabético •remissillo, Súmulas alteradas (nOs 2 -- 11 - 71,-73 -:. 74-118 -146 - 152- 211-240 -274-345 -358 - 370 -416
427 e 435) _. Aplicação das Súmulas nOs 473 a 551. '
Volumecom 324 páginas organizado por Jardel Noronha e,Odeléa Martjn~•
.Préço - Cr$ 2~.OO
REGIMENTO INTERNO ETABELA DE CUSTAS DO SUPREMO TRIBUNAL,FEDERAL COM íNDl,CE ELEGISLAÇÃO CITADA·
Volume com 104 pâginas - Preço: Cr$ 5,00
';-.
Outubro de 1974 mARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I) Quinta-feira S 7861
"MANUAL DE ORGANIZAÇÃO PARTIDÁRIA MUNICIPAL"Volume com 64 páginas - Preço Cr$ 5,00
INDICEI - Da Filiação Partidária
11 - Convocação da Convenção Municipal111 - Registro das Chapas
IV - Impugnação do Registro
V - Instalação e Funcionamento da Convenção
VI - Ata da ConvençãoVII - Dos Livros do Partido
VIII - Dos Diretórios Municipais
IX - Das Comissões Executivas
X - Dos Delegados dos Diretórios
xi - Do Registro dos Diretórios
XII - Dos Municípios sem Diretórios
XIII - Prazo de filiação para concorrer às eleiçõesmunicipais de 1972
XIV - Diretórios Distritais e órgãos de cooperação
ANEXOS:
a) Modelo nl? 1 - Edital de Convocação da Convenção MunicipalModelo nl? 2 - Notificação de Convencional paracomparecer à ConvençãoModelo n'? 3 - Requerimento de Registro de ChapasModelo nl? 4 - Autorização coletiva para InscriçAode candidatoModelo n'? 5 -- Ata da ConvençãoModelo n'? 6 - Termos de Abertura e EncerramentoModelo n'? 7 - Edital de Convocação do DiretÓrioMunicipalModelo."'? 8 - Notificação aos membros do DiretórioModelo n'? 9 - Requerimento ao Juiz Eleitoral indicando os Delegados
b) RESOLUÇÃO n'? 9.058, de 3 de setembrc de 197f,do Tribunal Superior Eleitoral
LEGISLAÇÃO, ELEITORAL E PARJIDÁRIAPUBLICAÇÃO DA DIRETORIA De INFORMAÇÃO LEGISLATIVA 00 SENADO FEDERAL
Volume com 326 páginas - Preço Cr$ 20,00
'NDICEI - LEI ORGÂNICA' DOS PARTIDOS POLITICOS 11 - CÓDIGO ELEITORAL
.) Lei n9 5.682, de 21 de julho de 1971 - "Lei Org4- a) Lei nl? 4.737, de 15 de julho de 1965 - "Institui onica dos Partidos Polrticos" (D.O. de 21-7-71: reto Código Eleitoral" (D.O. de 19-7-65: rei. D.O. deD.a. de 23-7-71). 30-7-65).
b) Lei n9 5.697, de 27 de agosto de 1971 _ "Dá nova b) alterações: 'redação aos artigos que menciona da Lei n~ 5.682, - Lei n'? 4,961, de 4 de maio de 1966 - "Altera '.de 21 de julho de 1971 redação da Lei nÇl 4.737, de 15 de julho de 1965_ ~el Orgânica d~s Partidos Políticos" (0.0. de (Código Eleitoral)" (0.0. de 6-5-66) (alterações ii
19-9-71). consignadas); .. - Decreto-lei ril? 441, de 29 de janeiro de 1969 _
e) Quadro· Comparativo: "Altera e revoga dispositivos da Lei n9 4.961, de- Lei n\l 5.682, de' 21 de Julho de 1971 - "lei Or4 .. de maio de 1966" (0.0. de 30-1-69; reto D.O.
gânica dos Partidos Políticos" (D.O. d~ 21-7-71i' de 4-2-69) (alterações já cons!gnadas)ireto 0.0. ,de 23-7-71)i' _ Decreto-lei n9 1.064, de 24 de outubro de 1969
- Lei n'? 5.697, de 27 de agosto de' 1971 - "Dá - "Altera a redação do art. 302 do Código Elel';'nova redação aos artigos que menciona da Lei toral, e dá outras providências" (0.0. de 27·10-69).n'? 5.682, de 21 de julho de 1971 - Lei Orgânica 111 _ SUBLEGENDASdos Partidos Polfticos" (0.0. de 19-9-71):
_ Projeto de Lei n9 8/71 (CN); e - Lei n'? 5.453, de 14 de julho de 1969 - "Inslltul, o sistema de sublegenda, e dá outras providên-
- Lei n9 4.740, de 15 de Julho de 1965 - "Lei Or. elas" (0.0. de 18-6-68).gânica dos Partidos Políticos" (0.0. de 19-7-65: IV _ INELEGIBILIDADES
• ret, 0.0. de23-7-65). .• - Lei Complementar nÇl 5, de 29 de abril de 1970
11) lnstruções para Organização, Funcionamento e Ex- - "Estabelece, de acordo com a Emenda Cons-tinção dos Partidos Políticos - Resolução n9 9.058, titucional n'? 1, de 17 de outubro de 1969. art. 151de 3 de setembro de 1971, do Tribunal Superior Elel- e seu parágrafo único, casos de inelegibilidades,toral (O.J. de 13-9-71). e dá outras providências" (0.0. de 29-4-70).
186% Quinta-feira S DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 19'74
Emendas Constitucionais1 a 3
Atos Institucionais1 a 17
Atos Complementares1 a 96
Leis Complementares1 a 12
Legislação Citada e Sinopse
Obra Elaborada Pela Divisão de Edições Técnicas
do. Senado Federal
(Antiga Direforia de Informação Legislativa)
Preço: Cr$ 15,00
Outubro de 1974 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I)
REVISTA DE INFORMAÇÃOLEGISLATIVA
Editada pelo Senado Federal
DIRETORIA DE INFORMAÇÃO LEGISLATIVA
Direção
LEYLA CASTELLO BRANCO RANGEL
Quinta-feira S 786&
Nú:MEROS PtmLICADOS. Cr$
lNDICE DO SUMÁRIO DA RJj:YISTA DE INFORMAçÃO LEGIS·Li\TIVA DE 1 a 10 (enviaremos gratuitamente a quem nos solici-tar):' ~; .
- abril ajunho n' 1B (1968) , : ., .. .. • 5,00- julho a setembro n"19 (1968) , .. ... • 5,00._ outubroadezembro.n'20(l968)....................... 5,00,
'lNDICE DO SUMÁRIO DA REVISTA DE INFORMAÇÃO LEGIS.LATIVA DE 1 a 20 (enviaremos gratuitamente a quem nos solicitar):
- janeiro a março n' 21 (1969) , ••• . • . . 5,00- abril a junho n' 22 (1969) ,' , •• ,.......... 5,00- julho a setembro n' 23 (1969) ~.......... • • • 5,00- outubro a dezembro n' 24 (1969). 15,00- janeiro a março n' 25 (1970)..••••.:..................... 10.00- julho a setembro n' 27 (1970) :.......... 10.00_ outubro a dezembro n' 28 (1970). ••• 10,00- janeiro a março n' 29 (1971)........................... 10,00_ abril a junho n' 30 (1971) .• 10,00
lNDICE DO SUMARIO· DA REVISTA DE INFORMAÇÃO LEGISLATIVA DE 1 a 30 (enviaremos gratuitamente li quem nos solícl-tar);' '.. .
- julho a setembro nv31 (1971). •••• 10,00·_ outubro a dezembro n!l32(1971) t s •••••I........ 10,00-:.. janeiro a março nl} 33 (1972) , .... U t •••••••••••• • • tI .. •• 10.00
SUMÁRIO
COLABORA9ÃO
A. Diversas Espécie. de LeiSenador Franco Monteiro
Organização Jurídica do Notariado 'na República Federal da AleftlI}anha (Um Estudo da Solução de Problemas Insolúvei. no Braaíí)
Prof. A. B. Cotrím NetoO Congelamento do Poder Mundial
Embaixador J. A. de Araújo CastroO Planejamento e os Organismos Regionai. como Prilpal'Í1ção. um
Federalismo das Regiões (a experlêneia brasileira)Prof. Paulo Bonavides .
.Aspectos Polêmicos do Estatuto Jurídico da Mulher Casada -'Lei nú
. mero 4.121, de 27-08-62, Prof. Carlos Dayrell
Situação Jurídica da NOVACAPDr. Dario Cardoso .
O. Direito. Autorais no Direito ComparadoProf, Roberto Rosas
Pergunta. e Reservas a Respeitlldo Plano de Integração SqcialProf, Wilhelmus Godefridus Hermans .
Jiluclides da Cunha e a Rodovia TraDumazômoaDr. G.lrenêoJoffily .
O Senado e.a Nova Qlnstituição. .Dr. Paulo Nunes Augusto de FigueiredoO ASBessoramento Legislativo
Dr! Atyr de A:tevedoLucciDecretos-leis
Dr. Caio TorresIniciativa e Tramitaçio de Projeto.
Jesse de AzevedoBarqueroO. Direitos da Qlmpanheira
.Ana Valderez A. N. de AlencarPoluição
João BosecAltoêSUMÁRIO
COLABORAÇAO
Política do Desenvolvimento Urbano. Senador Carvalho Pinto
o ~oblema das Fontes do Direito; Fontes Formais e Material•• Per.pectivas Filosófica, Sociológica e Jurídica .
Senador Franco MontoroATelevisão Educativa no Brasil
Prof. Gilson AmadoRUY, a Defesa dos Bíspos e.a Questão do Foro do. CriIl1el MiUtareI:
Duas Retificações Necessária.Prof. Rubem Nogueira
A Proteção Jurisdicional dos Direitos Humano. no Direito Po.lií-vo Brasileiro '
Des, Hamilton de Moraes e BarrosSobre a Metodologia do Ensino Jurídico
Prof. Hugo Gueiros BernardesPrerrogativas dos Bem. Dominais -"Ins_tlbllidade de Po.se Civil
Des. José Júlio Leal FagundesO Instituto de Aposentadoria na Atual Constituição .
Prof. Carlos Deyrell'O Apoio Técnico e Administrativo ao Partido Parlamentar
Prof. SulJy Alvesde SouzaRequção de Custos Gráficos-editoriais
Prof. Roberto Átila Amaral VieiraAdoção .
Ana Valderez Ayres Neves de AlencarIncentivos Fiscais no Planejamento
Walter FariaContabilidade: Ensino e Profissão
João BO/lcO Altoé
SUMÁRIO
HomenagemSenador Mílton Campos
COLABORAÇÃO .
Fontes do Direito em Suas Modalidades FundamentaisSenador Franco Montora
As sociedades por quotas de responsabilidade limitada, no DireitoPortuguês e no Direito Brasileiro
Prof. OttoGilAtribuições do Ministério Público no Código de Processo Penal
Dr. Márcio Antônio InacaratoDo Pagamento por Cllnsignação nas Obrigações em Dinheiro
Desembargador Domingos Sávio Brandão Lima .O Adicional Insalubridade-Periculosidade e o Decreto-lei 389
Prof. Paulo Emílio Ribeiro de VilhenaDireito do Trabalho e o Direito Penitenciário
Dra. Carmem Pinheiro de CarvalhoMoral, Direito, Profissão
Prof: AntônioAugusto de Mello Cançado
PESQUISA
O Senado do Império e a AboliçãoWalter Faria
DOCUMENTAÇÃO
Consolidação dai Leis doTrabalhoCaio Torres
PVBLICAÇOES
Obras editadas P;,la Diretoria de Informação LegislativaPreço da assinatura anual, que corresponde a quatro números, Cr$
ao.oo (trinta cruzeiros). Os pedidos de assinaturas e de números avulsos devem ser endereçados ao Centro Gráfico do Senado Federal Caixa Postal 1.503- Brasília - DF, acompanhados de cheque bancâ-rio, visado, nominal e pagável na praça de Brasília. .
Remeteremos números avulsos pelo Serviço de Reembolso Postal,)Icrescido do valor das despesas de remessa, de acordo com a tarifapostal.
IPREÇO DESTE EXEMPLAI: Cr$ 0,50I
IJeIltlo GrADclo dO senado ftderaJ.caixa ~taJ 1.a
Bra.ú1I& - Dl:
I EDIÇÃO DE HOJE: 64 PÁGINAS I