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ANNO 16 CAPITAL FEDERAL, 1891 N°635
Publicada por IíífiEio3l60OTHH.~CAPITAL.Anno 16J000
Trimestre 5J0OO
CADA P0Rl«eiWf608TI«t.unoia 9 reclaméiçòe* «teWm ser dir.;,
«.^ ÃRy».D-i &0HÇALiti8 DiM. WM,Smmm.Semestre 9JOOO * «orrtMpomtenpiR 9 rectamaçòe* «teWm ser dirigidas SBmsTBE 1 láOOO
ESTADOS20HOOO
jhaa Avulso KOOO
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diii çp-tt eifineti Cheapirrtos pie hUívho rtnntero do nosso j$? eirrno .Ayoret joí podemos d»rniÍT se.ni pistxdelos t descetncetr desHíSoniin-eídos deis fetdi-a»s elo eumo de IÍA1... Çwí. Alivio'.... '
REVISTA ILLUSTRADA
Capital Federal,Dezembro th 1,11)/.
ESCROTORIO E REDACÇÃORua de Gonçalves Dias n. 50, sobrado
EXPEDIENTE
Marechal floriarço PeixotoDc Janeiro em diante começaremos a dis-
tribuir aos assignantes quites (Festa publi-cação, uni magnífico retrato do MarechalFloriano Peixoto, impresso a duas cores.
Feito a capricho e oom stiinmo vigor artis-tico, émais uma prova da muita consideraçãoqne sempre tivemos para eom os nossos ama-veis assignantes.
£CH0S l NOTASHa cá por casa boje uma grande, uma im-
mensa, uma extraordinária alegria. As fan-farras do riso tocam marchas deliciosas deregimentos em festa ; a pilhéria esfuzia ; a sa-tyra risca a pança adiposa dos artistas ea-ricatos, e a verve, a verve desenfreada e fina,a nossa verve habitual, cabe por sobre todasas cousas eomo um longo, transparente evibratil lençol de luz.
A vizinhança espia admirada pela frestadas janellas a nossa alegria cantante. O povoque passa, inofensivos burguezes que se vãocaminho de casa, sobraçando jornaes da tardee grossos volumes de papel amarello, param,levam ao ouvido a mão em concha para eseu-tarem melhor a musica sonora que palpitapelas cordas dos violinos mágicos da nossaexpansibilidade delirante. Dir-se-hia o in-ferno festivo tocando ás trompas do bomhumor walsas rodopiantes, eancans earnava-leseos, nos amplos salões da di vina epopéahumana.
As portas do nosso escriptorio estão abertas,escancaradas. Entrem, sem cerimonia. Hojedeu-se aqui a unificação geral. Taramos océo e a terra, o purgatório e o paraizo n'umconvite assombroso de humor e júbilo. Nãohouve resistir: inimigos os mais acerrimos,a ealumnia, o ódio, a vingança, a inveja, ajustiça, o direito, a gratidão, a gloria, a treva,enilim o sol e a íioute, abraçaram-se nessegrito de consciência : — vamos tomar umataça de cbampagne na Revista. A rapaziadalá está á nossa espera : sigamos. .Mulheres,as mais bonitas, flores, as mais perfumosas,em commum, em intimidade sonora de alma,esperam de trancas soltas pelas espadtias ea-hindo, de corollas abertas pelas peflas aro-matizando. Partamos.
Suba iu.— t^li 1 velho Sebastianista, tu que tens
vivido vida de asceta, qnetrngasto o venenoda ilisilliisfio, du niedii, da escaramuça ; queiizesle uni papilorio de i-liiiu doido eom mi-llitiri-s de latas e de bombas ;í cauda, dá cáesse abraço, í> .Xapol.-ão da Cidade-NuVa.qucpur hoje estás perdoado. Anda e senta-to allii-m frente ao D. Carlos de Lael.
Folgo cm vor-te, minha interessantePraça, com os teus debéntures á meia pulara ;com as tuas geraes a eem réis ; com as tuasmetropolitanas ('analisadas ao rio Parahvha ;com os teus repports mancos e com o teu ca-lombo ás ilhurgas. Folgo em ver-tc, ó minhaLuiza Miii.el, abraça-me e senla-le alli aolado do Lucetm.
Olá, assim tão demorado seu Vendem).Aposto em como estivesle acabando de espo-,liar o zé-povo, de cngulir-lhe o ultimo vintémazinliavrado. Sempre o mesmo, afinal decontas. Usurario, pançudo, fedorento e dechinello sem meias. Bem. Tu ficarás debaixodaquelle symbolieo abacaxi.
— Bonito, senhora dona Arte, muito bo-nito. Que diabo andaste a fazer até tãotarde ? Pois não te disseram que esla festa-lliona começava desde logo pela madrugada ?Dormiste até agora, não é? Por isso é queestás tão raehitica e trapenta. Mas. não fal-lemos,vá ticar naquelle/uiííeiíí^beni unidinhaao do Rozendo Nariz.
Collega, queira entrar. Mas antes detudo nn§pedidozinlio, sim ? Deixa lá fora estacapa que le cobre os hombros. Está de máoeffeito e se parecendo muito eom a pelle docameleão.
Iíurrah ! hurrali ! Agora vós os terri-veis, os revolucionários, os protestos vivoscontra tudo que é choldro, preconceitos, as-neiras, queixas e farolices bystericas Entraie andai por esta casa, volontier. Ella vospertence sem mais aquella.
— Já estão todos ?Se faltar alguém suppõe-se presente, e
tenha a palavra o orador official para. fizer aarenga explicativa. Silencio. Attencão.
— Meus senhores e minhas senhoras.Como deveis saber, a Revista I/lustrada é
o primeiro jornal da Republica dos EstadosUnidos do Brazil (apoiados geraes), quer emespirito (apoiados), quer em pontualidade(apoiados e nãu apoiados), quer em talentos(apoiados) e em assignantes. (Muito bem,muito bem. Uma salva dc palmai-- cobre asultimas palavras do orador}.
Entrando no seu 17? anno de existência...A Gloria : — De gloriosa e útil existen-
cia. (Apoiados.')O Orador:—... é de plena justiça que
bebamos todos uma taça de cbampagne.D. Finanças : — De magnifiea e sabo-
rosa champagne.Vozes ; — Muito bem.
O Orados: — E sem mnispalaufroriojao Vhitinpttgne. (Delirh.O orador êabraçadoe tptasi destripado pela alegria).
— Ili! abi vem o congresso. Eslão pro-lubidos os discursos.A's danças.
Fahi-'ahi-:i,i.o.
DE MAROMBA.Ha ahi por essa cidade afora,
por esse Brazil inteiro e longe d'ellemuita gente que pensa que esse povoé essencialmente choião.
O hrazileiro é por sua naturezabondoso, caritativo, inimigo de lutase, em grande maioria, commodista demais para a época em que vive.
Raramente ambicioso, elle conten-ta-se com o dinheiro que o faça vivermodestamente, não se atirando a em-prehendimentos audazes,e, convidadoa metter-se em emprezas especula-tivas que possam augmentar-lhe ocapital que porventura tem, respondelogo sem hesitação :
Mais vale um pássaro na, mão doque dous voando.
Ultimamente a ousadia para o jogoda bolsa cresceu um bocadinho, mastão pouca orientação houve que deuno que estamos vendo, acerescendopara isso o plano de meia duzia deespeculadores que nasceram parajogar sem pundonor com a boa fé dopróximo.
Pois o tal sentimentalismo brazi-leiro ainda foi mais uma vez explora-do com -a morte do Sr. D. Pedro deAlcântara.
Aqui para nós, muitos brasileiros,hoje mortos na esphera de sua acti-vidade, prestaram mais serviços aeste paiz do que o Sr. D. Pedro.
Não quero com isso dizer que oBrazil a elle não deva alguma cousae o seu espirito bemfazejo nuncacessou de salientar-se, ao passo quecomo político teve mais erros do quequalidades, e se não fora isso a Re-publica não se teria proclamado noBrazil durante o seu reinado.
Ahi estão para o provar as revolu-ções no sentido republicano que sederam em sua menoridade e maiorida-de, algumas abafadas pelo peso doouro, da traição e das armas, sendoos seus mais heróicos proclamadoresseveramente castigados e passandoesse ódio e castigo aos seus descen-dentes.
O sebastianismo pulha, idiota,cheirando a azebre das casacas ver-
REVISTA ILLUSTRADA 3
des do paço, quiz aproveitar-se dasituação para illudir' o espirito ingênuoda população não instruída, e, apoi-ado por meia dúzia dc padres queespeculavam com bilhetesde confissão,casamentos, baptisados, communhõese confissões, apresentou-se para res-taurar o monarchismo contando comuma força prodigiosa.
Baterias de nuvens, castellos defumo !
O resultado foi que o povo, que jávai felizmente comprehendendo aelevação de seus direitos, tratou im-mediatamente de desmanchar tãoridícula conspiração, ávaia, á cacetee até a tiro sc se tornasse preciso.
O qu£ os sebastianistas fizeramcom a morte de D. Pedro se parececom o costume que têm os ciganos decelebrar os funeraes de seus pa-rentes.
Morre um zingaro, immediatamentemil carpideiras surgem por todos oscantos:
Elle era tão bom, coitado !Ahn ! Ahn I Ahn ! Ahn !
Ainda ha dous dias elle comeufeijão comnosco.
¦ — E' verdade. Ahn ! Ahn ! Ahn !Ahn!
Deus nosso senhor o tenhaem sua gloria !
Amen ! Ahn !Ahn ! Ahn !Ainda na véspera de morrer
elle deu dous beijos no Juquinha!Ahn ! Ahn ! Ahn!
D'ahi ha pouco apparece uma comum trapo do defunto....
E esse chapéo que era d'elle,coitadinho.
Ahn ! Ahn ! Ahn ! Ahn !E agora parodiando eu digo :
E com que cara ficaram os se-bastianistas.
Ah ! Ah ! Ah !Viva a Republica !
Blondik.
tíM»
Mata o padre, o padre mata,Mata o padre Sen na Freitas,Parece angu de batata,Mata o padre, o padre mata,Com repolho, couve e orchata,Pepino e giló de seitas,Mata o padre, o padre mata,Mata o padre Senna Freitas.
§Entre despreoecupados.
Já não se vê mais o Rego Ma-cedo á porta da Gazeta, porqueserá ? ¦
Por um motivo muito simples,é que elle tem agora o Deiró pelafrente.
Pedimos encarecidainente ao Sr.presidente da intendencia municipalque, attendendo interesses geraes,mande cassar a ordem que concedeliberdade de transito pela estreita ruade Gonçalves Dias aos bonds da com-panhia de Botafogo.
Não precisamos mais discutir autilidade dessa medida, visto estarao alcance de todos, os seus benéficosresultados práticos, a bem da nossapopulação. Ella é de alcance tão ele-vado e tão urgente que esperamosvel-a decretada.
Vae ser levado, por esses dias, áintendencia municipal, um abaixo as-signado dos moradores da rua deGonçalves Dias, protestando contrao transito dos bonds de Botafogopela mesma rua.
Muito bem.
Foi demittido o Dr. Betim PaesLeme de director geral dos cor-reios.
§O Sr. ministro do interior autorisou
a Intendencia Municipal atonWquaes-quer providencias que julgar neces-sarias no tocante á compra de gadoe admissão do pessoal necessário,enquanto não for regular a descida degado aos campos de Santa Cruz.
Por portaria de 21 do corrente foiexonerado do logar de naturalistaviajante do Museo Nacional do Riode Janeiro, o Sr. Hermann von He-ring.
§Na Inspectoria Geral de Hygiene
da Capital Federal, acham-se á dis-posição dos Srs. facultativos, n'estedistricto federal, modelos de attesta-dos de óbitos a que se refere o decre-to n. 680 de 21 do mez findo, queentrará em vigor a contar de 1 deJaneiro próximo.
Mascarados é o titulo de um pam-phleto político que acaba de appare-cer
§A vaga deixada 110 senado francez
por M. Mestreau foí preenchida peloconhecido republicano M. Moinete.
§
Um violento incêndio destruiu naTurquia o quarteirão judeu da cidadede Aiciin.
Os indios de Arizona, nos Estados-Unidos, revoltaram-se commettendoassassinatos e desacatos horrorosos.
O governo trata de submettel-os.
§Na Allemanha continua a greve de
typographos. E' de 6.678 o numerodos grevistas.
§Os dous grandes ai listas francezes
Emilio Zola e Gny de Maupassanttrabalham actualmente sobre um mes-mo assumpto.
Segundo o conhecido critico litte-rario, nosso amigo José Verissimo, échegado o momento do segundo mos-trar sensível superioridade ao pri-meiro.
Havemos de ver.
§Preparam-se em S. Paulo grandes
festas á restauração da legalidade.Consta que a imprensa desta capi-
tal será convidada, recebida e tra-tada comme il faut.
§Attingiu a 10 o numero das mortes
em Pernambuco por oecasião da de-posição do governador.
O Sr. José Mariano, aproveitan-do-se do assumpto, deitou no Con-gresso um longo discurso com fuma-ças separatistas e molho de lagrimas.
Ainda havemos de ver o Sr. JoséMariano communista.
Thomé.
gOZINJlAE' tarde, e elles não vêm ! O dia finda.E, extineto archote, tomba o sol... A .stradaLança os olhos, aneiosa, e não vê nada !Recolhe-se á cabana, e espera ainda.
Cerra-se a noite em toda curva infindaDos ceos... E elles não voltão da caçada !E ella tão só ! Jã pende fatigada,Cheia de sonino, a sua fronte linda.
Dorme. Alta noite acorda. Os cães latiamEora, e julgou ouvir, confusamente,Gomo uni tropel, na solitária rua ;
Antojou-se-lhe logo, que seriamElles o a porta abriu... Ninguém ! Somente,Por trás da serra, ia áfc erguendo a lua.
RaYMUIÍDO GoRRtA.(Das Alleluias)
yí H tvisla" vendi arptçots d setptvoei fortuna,, por ter COnseani Uoxtrptvessptr os 3ô5 dias do u-nrto dt
Htl.rio ciosa o/u ci*t>* do estylo
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mti -
-^ ...-Htseipt p/Ht te 11 het SHtttdido pios sins nm-
e qe-niilitsiinos oiisianpfntíS-
ritmos oi um cios inptis spiarçtplosvfovtres i',:Mfstt -m o me.ii To, deixássemos dt
;«,!' pí concurvenciot de cfHC ffiitnosso esenhtorio.éM^rZA ; i .
A'ís)ots proveis Fie tstinipL e dopíííp conceito trn çtyiz somos tidosCovrishen derem os' comi v -mpiiprprazer. £Z<\
Csfpts pvovots de considevptcpio sdotão piniMvetfj fpío &p*«í, atuí iipíf?i#rj um íífTií tslptl"...
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C visto istur-mos e-m época de f.íilnj, pÍíjpJí Íb deciarotmos «osmuitos pçi4C -nos cfueirpi-m P»piir«i- »mí íJpíhhjí píwíJíí-mcÍpi Wpí oí-dias, dois tf noras dpi mp/1-íftw iíí 5 (?/pí ttírde, £tk hojíp escrt-ptorio-ruM. etc Qorrcnlres $SÍhs ».¦ 5o,
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pl<r *?í fi?i tetii-tir«Tn Hin çjrocn-dt partdtfjO. ttYt a MiCOrttJojH-rwvef |ai/riÉvi'K ^ fpixív pi'r. J^níeii» ¦vfti-ntsfvo de- oíi-verseis pastets...
D qm nos «fíiviot* Ao-mniíp ifejgtw pfeieiiosfOTFÍHIHiít, JfHjellííc)-
Svj. intretApidorlS BpCcaiu «j fe^pií.Jjoií <ímí__OS TtPlíPJ «/fjfl1líl*tftj"
REVISTA ILLUSTRADA
FENIANOSMais uma festa fina, rendilhada de
graça, fervescentede espirito e cham-pague realisaram os sympathicosFenianos.
Ao som de languidas habaneras,arrebatantcs polkas, deliciosas walsase quadrilhas cheias de desmanchas,dansou-seaté á madrugada com todoenthusiasmo de quem'espera o Car-naval para recebel-o fanaticamente.
Evohé! Vivam os Fenianos e asmulheres bonitas que lá estiveram !
§TENENTES
Deslumbrante, a Caverna estevecom o ultimo baile.
Mulheres seduetoras, rapazescheios de espirito na lufa-lufa daalegria não pararam um momento.
Ãsdansas suecediam-se quasi quesem intervallo até á hora da suceu-lenta canja para depois recomeçaremainda mais animadas.
O Parafuso, velho assim mesmocomo é, está sempre disposto a darboas sortes !
Decididamente, quem quizer sabero que é espirito empenhe-se para irá Caverna em noites de folia.
Hurrah! pelos Tenentes.
Frechando
Entre matronas.Veja só você, jubilado o Mon-
senhor Brito, o santo apóstolo chris-tão que melhor interpretava os do-gmas divinos. ..
A outrr interrompendo.- - e que tão bem nos explicava
os mandamentos da lei de Deus 'Ai!
Sobre uma paginaSCENA TRÁGICA
Ereeta, macilenta, esquálida, abatida,Na fronte impressa a dôr,
Ella avançou assim,—Medéa precedidaDe um cortejo de horror ! *
E brandia febril, raivando como hyenaUm ferro nú na mão!...
Foi quando oimo-se a voz do director de sem :—Bravo ! bravo... a expressão !
Fontoura Xavier.
Phrase» o Nabuco.Antes do dia 18:
Eu liz n abolição.Eu não ndopto a republica.Eu restauro a monarchia.Et quando estive em Londres.Eu nego o meu apoio...Eu adopto o isabelismo.
Depois do dia 18 :Eu saio do Jtinietl do Brazil.Eu calo a bocea porque quem tem pellotem medo.Eu me afasto da politica.Eu não posso mais apparecer em poli-tu-a porque sou uni bacliarel pomada, tenhouma aristocracia tnearapmhaaa e estou vendoapparecer gente mais adiantada do que ai.
o saudoso Júlio Riboiru. Mas o profundorecito rpie devotamos ao nosso prooiowtempo inhibiu-nos ,},¦ formular opinião acercadesse Sr. padre littorario ou litterato, o quelaücmos agora cm summo prazer da folga eem poucas palavras.Lendo todo o seu livro, concluímos : pri-meiro, une o Sr. padre Sonna Freitas, emmaioria htferaria, é um caso pathologieo; se-
gundo, que o mesmo Sr. padre Scnna Freitasse nao (az rir quando escreve, produz a aceitodigestiva do óleo de rioino. E j>am oorroboraresta nossa opinião, temos sobre a nftsadetrabalho o livro acima citado, do mesmoSr. padre, que se acha ás ordens de quemquizer lel-o.
Prompto.O' (,'liristo, emjiresta-me o chicote com queexpulsastc do templo os pliariseus?
Conceitos de, Laet:— Comecei republicano quando estudavana Escola Central. Nesse tempo a monar-chia ensombrava esse paiz com a sua asanegra e eu tive a idéa de escrever o meu pri-meiro livro de versos, immensamente dotes-
tavel e que delle, confesso, tenho ainda hojevergonha.** *
Os tempos passaram, eu ia emmagrecendooomo um bagaço de canna e os meus amigosmonarchistas iam engordando escandalosa-mente como um mandarim.
Então resolvi tomar-me monarohista. Efiz isso, confesso, quando os dentes me come-param a apodrecer. Senti-me anêmico e presode uma dyspepsia horrível.
E' inútil dizer que fui aquinhoado pelosreaes senhores da época. Então decidi-me adefender a monarchia com toda a dedicaçãode um toma-largura.
O Oiiro-Preto deu-me duas cadeiras dedeputando e ia me fazer ministro do império.
Nisto houve o Icraah de 15 de Novembro.Eu de pernas para o ar asylei-nie na Tri-
buna.Depois houve um rolo medonho, metti-me
debaixo da batina do monsenhor Brito e ap-pareci com o Brazil mordendo com os meuscacos a Republica e a rapaziada de talento.
Tentei novamente a restauração. Vciu o18 de Dezembro. Fecho a porta e vou-meembora para a roça comer mandioca.
Tabtaeim Tarhascon.
Livros que chegamSó hoje dispuzemos de algum espaço paraas Observações criticas e descrijições de viagem
publicadas pelo muito reverendo Sr. padreSenna Freitas.De ha muito ouvimos fallar no Sr. padredesde a magnífica satyra de Guerra Jun-
queiro até a celebre lavagem que lhe passou
O Sr. Dr. Valentim Magalhães não é umsimiquira qualquer, qne'vem implorando osadjectivos avelludndos da critica. Não, se-nhor. E' um moço formado, um poeta c'eri-tico conhecidissimo, um jornalista, um im-piedoso e um presidente de... do companhia,nao éexacto? Por conseqüência, uma indivi-dualidade complexa e terrível, que deveapanhar bolos quando não andar direito.
Bem.Lendo com todo acatamento c profundorespeito o Ao que venho do seu moderno
íolhcto Ao/as politica*, concluímos a leituracom esta sentença barbaresca :—O Sr. Dr.Va-lentim vai apanhar bolos.
Logo no segundo periodo do prólogo (?)diz muito modestamente convencido : " O cri-tico é. demutoriiado, mas ouso crer que insus-peito. "
Ora, Sr. doutor, se o próprio critico 6 oprimeiro a reconhecer-se desautorisado cmmatéria, como diabo se mette a eritieal-a?Assim, diante de confissão tão consciente, ocritico deve, por força de lógica, dizer ás-neiras, e disse.
Continuemos: "Proclamada a republica,conservou-se na sombra, sem se deslumbrarnos fulgores das glorias adhesistas e dostransiugas, que de sua vileza recebiam prêmioe sem tampouco invejal-as." '
_ Não queremos dizer que o Sr. Dr. Valen-tim Magalhães seja um adherente ou trans-fuga ; vamos apenas lembrar um facto.Deixando de parte uns versos escriptos
pelo mesmo senhor para serem recitados emcerto theatro, e referentes, cremos, ao Sr.D. Pedro de Alcântara, logo que se proclamoua republica o Dr. V. Magalhães," até certaépoca lente da Escola Militar, por decreto,vem pelas colnmnas de um jornal dizendocobras e lagartos, não nos
'lembramos de
quem.Depois, o Sr. Dr. V. Magalhães falia qneas suas palavras serão escriptas "com a tinta
da verdade". Poderá o Sr. Dr. V. Magalhãesnos dar a formula chimiea de semelhantenovidade, que com certeza vai "consolidarem nossa pátria, inabalavelmente, o unicoregimen político que pôde salval-a e engran-decel-a, o unico que se funda na Eazão e noDireito, — a Republica " f
Atacando o assumpto, formula o Sr. Dr.V.Magalhães duas perguntas deliciosas :—Pro-gredimos ou retrogradamos ?— Ganhou ouperdeu terreno a republica ?
Como se vê, o Sr. critico político não faza mínima idéa datheoria da evolução. Venha
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RKVISTA ILLUSTRADA
cá, moço, Pois um pniz quo passado regniommonnrohico ao republicano, iior acaso nãoprogrido? Pois ontfio um paus que passa denm rogimon politico obsoleto para a "unhoque se funda na razão <¦ no direito", poderá,aUidii que seja cm sonho, atrazar-sc?
O' pobre, 6 desgraçada lógica !E iiiais ainda i essa transformação benéfica
o racional, que unificou a publica americana,trazendo ao nosso paiz um desenvolvimentoafetado p.>r Iodos as estatísticos, deu, porcerto, ganho do causa á republica, deu-lheterreno, na expressão próprio elo mesmo criticocm questão. Como, pois, perguntar se n re-publica perdeu ou ganhou terreno'.' O Sr. V.Magalhães, concluo-se, nâo acompanha amarcho da moderna Republica Brasileiro, e,no emtanto, quer escrever paru a historiapolítica do pniz.Outra coitsii : que quer dizer, em matériapolitico, "golpe crestado migeneris t"
Homem, vamos pôr um ponto final aqui:o folheto .do Sr. Dr. Valentim Magalhães íuma droga.
Venha u mão para os bolos, moço.Z.
^ã^s^SÊtRECREIO
O drama Olho de Gato que estásendo levado no Recreio é mais umaprova do bom gosto do Dias Braga.
De enredo simples e attrahente,n'um crescendo sonoro de interesse eacção,o espirito do espectador interes-sa-se logo, desde o meio do primeiroacto em diante. Depois todo esse in-teresse despertado pela magníficaengrenagem do drama, é secundadopela mise-en scène, que torna-se real-mente digna de menção no g° quadro,que representa os telhados de diver-sas casas onde a policia dá caça a umassassino.
A peça foi muito bem representadaprincipalmente por Apollonia, {Olhode Gato), Dias Braga, Maggioli ePinto, que foram justamente applau-didos.
Que bella carreira não vai ter oCllw de Gato.
Mas, que olho .SANTANNA
A creoula, opera-comica de A.Millaud, traducção de FigueiredoCoimbra, musica de Offembach, estálevando ao Sant'Anna uma enchentereal. O entrecho do libreto não offe-rece grande attração : é um motivoqualquer para a musica e para a de-bochativa musica de Offembach. Entreo correr da peça ha alguns ditos debom gosto, e os números correspon-dentes da musica não precisam deelogios.
O desempenho agradou. Mattos,Colas, Oyanguren, Grau e Aliverticonseguiram um triumpho completo.Bem montada, com vestuários luxuo-sissimos á Creoula está reservadauma lua de mel eterna.
LUCINDALá está a Dalila, a sympathica e
adorável Dalila, a fazer as delicias daplatéa do Lucinda.
O papel de Carnioli é desempe-nhado pelo actor Furtado Coelho.
POLYTHEAMAFuncção completa e variada.Tal qual como as feijoadas.
VARIEDADESO reigue damnou, onde o damnado
Peixoto, a salerosaPlá e Ia bella mu-chacha Leonor Rivero pintam a sa-ractira.
O rei que damnou é um rei chorão...que faz o publico arrebentar os botõesda ceroula, tal o ataque de riso queelle produz.
§Apollo fechado.Lyrico, idem.São Pedro, idem.
EL-DORADOAo céo aberto, reino da alegria e
do sal, ao El-Dorado ! vamos, meussenhores, vamos, ao el-dorado daterra, gozar o que é bom e chique echarmant.
Arcadiano
Correio
DIÁRIO DOS TRISTESPerdi a minha cadeira do congresso do
estado do Rio de Janeiro; pr'a mode apa-nhá ella outra vez vou bota a disposição dopublico a minha carne secca, a minha goi-abada e a minha espada de Damooles — o me-lhor e o mais falindo fabricante das ditas.
M. R.
Podião depor-me ; mais que lucro tirarãoprivando-me das barbas longas onde euacoi-tava os ohins"? Deus é grande, e o olóo de SãoJacob ainda é maior.
F. I.
Agüentem.Se não os martyriso mais na presidência
do senado hei de moel-os agora com os meusartigos de fundo, e a minha oposição nãomenos de fundo, bem fundamentada.
D. F.Mac-Luaein
II. de V. — Ai. menus é o que se diz, que oDr. Bandeira Júnior deve publicar muitocm breve o seu poema, em versos lie-micos : Piano» <¦ BiUinlragens.
M- J-—0 Dr. Rego Macedo nao foi chamadopara o pasta das finanças por motivo deincompatibilidades.Está satisfeito?
P- R. — Não naturalisa-se, não senhor. ODr. Josí Avelino ("• bastante patriotapara não renegar a sua pátria.J. G. — Não sabemos, se elle gosta daClementina d'Austria. Olhe, o melhoré o senhor dirigir-se a elle próprio, aoRodolpho Dantas, que lhe informarámais acerfadamente.
Zy.
Livro da PortaDurante a semana recebemos e agrade-
cemus:—• Contos Indígenas por Sérgio Cardoso.No prefacio diz o autor:—"Falta-lhes (aoscontos) talvez o colorido e a belleza da fôrma,
mas sobra-lhes a verdade da discripção.O autor não fez mais do que descrever eeompendiar o que viu e o que ouviu."Devem ser muito bons os Contos Indígenas.Amutario Medico Brazileiro fundado eredigido jielo Dr. Carlos Costa,
Notas políticas por Valentim Maga-lhães.Com vistas á secção Livros que chegam.Da importante editora Isidoro Bevi-
lacqua o Novo hymno republicano dos E. U. doBrazil, por Giraudon e dedicado a SaldanhaMarinho, assim como o n. 8 da Arte Musical
_ — Da commissão fiscal da intendencia mu-nicipal convite para assistirmos a exposiçãode objetos de arte, no theatro S. Pedro doAlcântara.
Está magnífica, muito bem organisada echeia de bibelots artísticos, do mais fino nm-late. l
De Rodolpho Bernardelli, digno di-rector da Escola Nacional de Bellas Artes,para examinarmos os quadros offerecidos peleconde de Figueiredo aquelle estabelecimento.
Agradou-nos immenso, e oxalá que sejasempre assim lembrada a nossa Academia.'—- Da Santa Casa da Misericórdia para oofício solemne pelo descanso de D. Pedro deAlcântara.
_— Uo Grêmio Fluminense, do bello gra-mio qne está se oollocando acima de elogios,para a ravissanle partida de 19 do corrente'Da Guarda do Commercio.
Folhinha da Casa Central de vinhos ecomestíveis.
Muito chique.^
— Outra da casa dos Srs. Coutiuho Bragaói Comp. em papel chromo de lavor artístico.Estrophes versos de F. Alves Lima.prefaciados por Ad. Caminha.
Formam um livro pequeno de 71 paginassem o menimo interesse litterario.
Comp. Impressora, r.'Nova do Ouvidor, 7 e 9.
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