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ANA ELISA FROES LOMONACO GERENCIA, MOTIVAyAo E LlDERANyA: UMA PROPOSTA Monografia apresentada para 0 Curso de P6s-Graduagao Lata Sensu em Pedagogia da Gestao Empresarial da Universidade Tuiuti do Parana, como requisito para obtengao do titulo de especialista. Orientadora: Professora Mestre Olga Maria Silva Mattos. CURITIBA 2005

ANA ELISA FROES LOMONACO GERENCIA, …tcconline.utp.br/media/tcc/2016/07/GERENCIA-MOTIVACAO-E...10.3.8. ModelosFormais.. 41 11. ANALISE CRiTICA DA TEO RIA DAS RELACOES HUMANAS. 42

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ANA ELISA FROES LOMONACO

GERENCIA, MOTIVAyAo E LlDERANyA:UMA PROPOSTA

Monografia apresentada para 0 Curso deP6s-Graduagao Lata Sensu em Pedagogiada Gestao Empresarial da UniversidadeTuiuti do Parana, como requisito paraobtengao do titulo de especialista.Orientadora: Professora Mestre Olga MariaSilva Mattos.

CURITIBA2005

SUMARIO

RESUMO.. ix1. INTRODUC;Ao ..2. A ADMINISTRAC;Ao E SUAS TEORIAS .. 2

2.1. AS FUN<;OES ADMINISTRATIVAS .. 33. A TEORIA DAS RELAC;OES HUMANAS .. 7

3.1. ORIGEM ..3.2. A NOVA CONCEP<;Ao DE HOMEM NA TEO RIA DE

RELA<;OES HUMANA .. 74. MOTIVAC;Ao DE COMPORTAMENTO SEGUNDO LEWIN... 9

4.1. JUNG - UMA VlsAo ALTERNATIVA DAS NECESSIDADESHUMANAS 124.1.1. Os instintos au impulsos fundamentais... 12

5.0 GERENTE DE UMA ORGANIZAC;Ao.. 136. SATISFAC;Ao E MOTIVAC;Ao NO TRABALHO.. 15

6.1. DESMOTIVA<;Ao NO TRABALHO.. 176.2. MORAL E ATITUDE.. 17

7. LlDERANC;A 197.1. TEORIAS DE LlDERAN<;A .. 207.2. 0 GRID GERENCIAL ... 237.3. TEORIA SOBRE ESTILO DE PERSONALIDADE .. 237.4. TEO RIA SITUACIONAIS DE LlDERAN<;A .. 25

8. COMUNICAC;Ao .. 268.1. PRINCiPIOS DE ABORDAGEM DE RELA<;OES HUMANAS 278.2. CONTRIBUI<;OES DAS RELA<;OES HUMANAS NO TRABALHO 288.3. PRINCiPIOS DE FALCONI.. 298.4. REDES DE COMUNICA<;Ao . 29

9. ORGANIZAC;Ao INFORMAL 319.1. CARACTERisTICAS DA ORGANIZA<;i\O INFORMAL .. 31

10. DINAMICA DE GRUPO.. 3410.1. PERSPECTIVAS PARA DINAMICA DE GRUPO.. 34

10.1.1.0 grupo como instrumento de mudan~a ..10.1.2.0 grupo como meta de mudan~a ..10.1.3.0 grupo como agente de mudan~a ..

10.2. CARACTERisTICAS DO GRUPO ..10.3. ESTUDO SOBRE DINAMICA DE GRUPO ..

10.3.1. Teoria de Campo ..10.3.2. Teoria de Intera~ao .10.3.3. Teoria de Sistemas.10.3.4. Teoria Sociomelrica .10.3.5. Teoria Psicanalitica .10.3.S. Teoria Cognitiva ..10.3.7. Orienta~ao empirico-estaistica ..

vi

343536373838393939404040

10.3.8. Modelos Formais .. 4111. ANALISE CRiTICA DA TEO RIA DAS RELACOES HUMANAS. 4212. 0 PLANEJAMENTO GERENCIAL E 0 DESEMPENHO DOS

FUNCIONARIOS .. 4412.1. DEMING E ISHIKAWA .... 4412.2. GERENTES .. . 45

13. PRINCiPIOS DA GESTAO DE PESSOAS...... 4613.1. DEZESSEIS PRATICAS PARA GERENCIAR PESSOAS .... 4713.2. UM RESUMO "AS DEZESSEIS pRATICAS DA GESTAO

NA PASSAGEM" ..13.3.0 GERENTE EDUCADOR ..13.4. ORGANIZAc;:AO DO TRABALHO ..13.5. NUCLEO DE INTER-RELAc;:Ao ..13.6. PROJETO GERENCIA E SUA ARTICULAc;:Ao ..

14. UMA CONTRIBUICAO PARA A INOVACAO GERANCIAL:UMA PROPOSTA ..

14.1. PARADIGMAS ..

4850515152

5555

14.1.1. As pessoas resistem a mudan~as...... 5514.1.2. Mudan~ade Cultura e Valores e Demorada .... 5614.1.3. Estados Emocionais nao Podem ser Alterados ..... 5614.1.4. A Frustra~ao e uma Etapa Necessaria a Aprendizagem .. 5614.1.5. A Pedagogia e Diferente da Andragogia.. 57

14.2. PARADIGMAS DA NOVA ERA E PARADIGMAS DA EDUCAc;:AO 5714.2.1. 0 que Ensinar? ..

14.3. METODOLOGIAS AUXILIARES DA REENGENHARIA ..5859596061

14.3.1. A programac;ao neurolingUistica ..CONSIDERACOES GERAIS ...REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ..

vii

LlSTA DE FIGURAS

Figura 01: As principais teorias administrativas e seus princlpais enfoques .. 2Figura 02: As fun\,Desda empresa.. . 3Figura 03: Fun\,Desuniversais da administra\,ao .. 4Figura 04: Esquema comparativQ das teorias da administraC;2Io . . 5Figura 05: Piramide de Maslow.... 12Figura 06: As eta pas do cicio motivacional, envolvendo a satisfaC;2Io de uma

necesidade.. .. 14Figura 07: As etapas do cicio motivacional com frustra\,ao ou compensa\,ao,

quando ha impossibilidade de satisfa\,ao da necessidade .. 14Figura 08: Os niveis da moral e as atitudes resultantes ... 18Figura 09: Estrutura\'ao do trabalho . .. 23Figura 10: Os tres estilos de lideran\,a . 24Figura 11: As diferentes enfases decorrentes dos tres estilos de lideranc;a.. 24Figura 12: Continnuum de padrDesde lideran\,a ... 25Figura 13: Os principais prop6sitos da comunica\,ao como atividade gerencial 26Figura 14: Efeito de diferentes padrDesde comunica\,ao sobre as pessoas.. 30Figura 15: A evoluc;;ao conceitual: teoria classica e teona das relac;oes humanas. 43Figura 16: Implementa\,ao do gerenciamento de qualidade.. 44Figura 17: Proposta de a,ao gerencial para qualidade .. 45Figura 18: As ferramentas da qualidade .. 45Figura 19: Principios da gestao de pessoas .. 47Figura 20: Dezesseis praticas para gerenciar pessoas . 48Figura 21: Grafico das inter-rela\,Dessegundo Katz e ;<ahn. 52

viii

RESUMO

Palavras-chaves: gerenciai, iideranca. ;-nO"il'v'8yaO. produtlvidade.

Pesquisa bibliografica que aborda as teorias de administrac;ao com enfase

nas pessoas, com 0 objetivo de traryar contribuir;oes para 0 desempenho, motivayao

e lideranrya dos envolvidos no processo do cotidiano de uma determinada empresa,

visando a produtividade.

ix

1. INTRODUC;:AO

o presente trabalho tern como objetivo de estudo enfatizar a questao

gerencia, abordando as teorias das relac;6es humanas:

• Tearia do comportamento organizacional

• Teoria do desenvolvimento organizacional, em aspectos tais como:

motiva\Oiioe lideranga.

Eo urn trabalho bibliografico.

Tern como objetivo de estudo a gestao de gerEmcia, articulando·a como

proposta motivacionais e de lideran<;a. Prop6e~se, tambem, a trazer a tona as

quest6es aeirna mencionadas, bern como trar;ar urna pequena contribuiC;80,

realizada par meia de uma proposta, para a atuac;ao, de maneira :novadora, do

papel que devera desempenhar uma geremcia em uma organizayao.

Segundo Chiavenato (1003), abrange tais questaes como objetividade,

trazendo a tona 0 objetivo de estudo deste trabalho.

Administrar e prover, organizar, comandar e controlar, segundo Fayol,

correspondendo a funt;§.o administrativa. Estas Func;6es Administrativas trazem as

exigencias que cada elemento da administrar;ao devera desenvolver.

2. A ADMINISTRA9AO E SUAS TEORIAS

Segundo Chiavenato (1993). a tarefa basica de administra9iio e de fazer as

coisas por meio das pessoas. Na administra9iio encontramos diferentes teonas, com

as seus respectivQs enfoques:

TEORIAS I PRINCIPAlS ENFOQUES . iADMINIS!~~TIVAS.--.J . .-,.---.--J

:~as Tarefa~ -.-J Adminislraca~ Cie_ntifi~.__~J~~~~~~;~o d:':~~~~~~_~~N~vel'~_ - "]

Tecna Classica !Organizayao Formal.

i Tearle Neoclassica I ~~~~~~~~~~~;:~_st.,-ra_",_-o_. ~~,

Tearia ~a BuroCt~cia IOrg~niz~~oForm"at Bur~cr~tica.· 1_ .. . ..-l ~aclo~alldadeOr~-~.']~~~!~!;.-- .._,

i Multipla Abordagem:. T . E t I r t ! Organizac;ao Formal e Informal

eona 5 ru ura IS a : Analise lnfra-Organizacional e Analise________ ,. . -.J_lnle~~~acional. _

--IOrganizayao "Infamial _.!Motivac;ao, Lideranya. Comunica¢es eI Dina-micas de Gru~. ._ ._

j Eslilos' cie Administrsc;ao.Teoria do Comportamenlo : T eoria das Decisoes. IOrganizacional i Inlegra930 dos Objelivos Organizacionais e

......_ •.__ . ._~: I~di~!~~~;,..._ ....,.-- ..--.---.-~.--_--. ,Teoria do Oesenvolvimento ,Mudan<;a Organizacional Planejada .

. ..9Eg~!!I.~_~!.e..n~!... ...,.. .~~r_~~9~~IJ.~?!!~~_~.~ Abl!'!!E~ :

, Analise Infra-Organizacional e AnaliseAmbiental.

Abordagem de Sistema Abert;:;o :-:~."..,._~~~--~-'-~--;-.~' ~. --'-"--'-AnaliS;- Am'bi~ntal(i;;;perativo Arnbiental).eona a on mgenCla Abordagem de Siste~a A~erto.

~~~~:~f:~~~~~~;~-~~~:-~~;~~~~a_=;}=;I~~;~~~~T~-~~~~:~·:~er_a_'iv~~_~!.Figura 1: As principais teorias administrativas e seus principais enfoquas.

ENFASE

na Estrulura

Teoria das Rela¢esHumanas

nas Pessoas

no Ambiente

T eona EstruturalislaTeena Nec-Estruturalista

2.1. AS FUN~6ES ADMINISTRATIVAS

As func;6es administrativas englobam os elementos da Administrac;ao, isto e,

as fun<;6es do administrador, a saber:

1. Prever. visualizar 0 futuro e trac;ar 0 programa de 89.30.

2. Organizar. constituir 0 duplo organismo material e social da escola.

3. Comandar.dirigir e orlentar 0 pessoal.

4. Coorcienar ligar, unir, harmonizar todos as atos e todos as esforc;oscoletivos.

5. Controlar. verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas

e as ordens dadas.

Estas func;6es sao diferentes das outras e para Fayol as func;6es

administrativas enfatizam:

• Prever

• Organizar

• Comandar

• Coordenar

Controlar

Preyer I..Q~ar I

Funcoes administrativas Coman'darl~F~u!Qiid'Co~e~s!!,Ie~cn:!,,;ca~s~_--I~ Coordenar~~~~:: ~;:~~;~~: """C",o",nl""o-"Ia".,,--->

Funcoes contabeisFuncoes de seauranC.."l

Figura 2: As func;oes da empresa.

A Administra9ilo nao e senao uma das seis fun90es, cujo ritmo e assegurado

pela dire,ao. Mas ocupa tamanho lugar nas fun,ces doa altos chefes que, as vezes,

pade parecer que fungoes administrativas estejam concentradas exclusivamente no

topo da organiza9ilo, a que nao e verdade

Em sintese, as fun96es universais da administra,ao sao seis, elencadas

abaixo:

Figura 3: Funttoes universais da Administrat;ao.

FlIn~oes Universais da Administrac;ao

1 Previsao: envolve a avalia~o do futuro e aprovisionamento em funyao dele.Unidade conlinuada, flexibilidade e aprecia~o sao as aspectos principais deum born plano de a~o.

2. Organizac;ao:proporciona lodas as eoisas uteis ao funcionamenlo da empresae pode ser dividida em organizayao material e organizacao social.

3. Comando: leva a organizayao a funcionar. Seu objetivo eo alcancrar 0 maximoretorno de lodos as empregados no interesse doas aspectos globais.

4. Coordenaqao: harmoniza todas as atividades do neg6cio, facilitando seutrabalho e seu sucesso. Ela sincroniza coisas e a~6es em suas propor¢escertas e adapta os meios aos fins.

Contro/e: consista na verificaryao para certificar sa todas as coisas OCOrTemem conformidade com 0 plano adotado, as instru¢es transmitidas e ospnncipios estabelecidos. 0 objelivo e localizar as fraquezas e arras no sentidode retlfica-Ios e prevenir a recorrencia.

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Fayol, citado por Chiavenato, parte da proposic;ao de que toda empresa pode

ser dividida em seis grupos, a saber:

1. Fum;oes tecnicas, relacionadas com a produc;ao de bens au de

servic;os da empresa.

2. Fungoes comerciais, relacionadas com a compra, venda permutac;ao.

3. Fungoes financeiras, relacionadas com a procura e gerencia de

capitais.

4. Fungoes de seguranga, relacionadas com a prote,ao e preservac;ao

dos bens e das pessoas.

5. Fum;oes conlabeis, relacionadas com as inventarios, registros,

balam;os, custos e estatisticas.

6. Fungoes administrativas, relacionadas com a integrac;ao de cupula das

outras cinco 1un<;:6es. As fungoes administrativas coordenam e

sincronizam as demais fungoes da empresa, pairando sempre aeirna

delas.

3. A TEORIA DAS RELAC;;OESHUMANAS

3.1. ORIGEM

Segundo Chiavenato (1993), que aborda a Teoria das Reta90es Humanas, a

origem desta sao:

1. A necessidade de humanizar e democratizar a administra~o.

2. 0 desenvolvimento da Ciencia Humana.

3. As ideias da filosofia de John Dewey e da PSicologia Dinamica de Kurt

Lewin foram capitals para 0 humanismo na administrar;80.

4. As conclusoes da experiencia de Hawthorne, sob a coordenavao de

Elton Mayo.

3.2. A NOVA CONCEPC;;Ao DE HOMEM NA TEORIA DE RELAC;;OES

HUMANAS

A necessidade de rever 0 conceito sabre 0 homem traz no seu baja,

linguagens diferenciadas deste. Assim inicia·se as questoes como: motivavao,

lideran9C!,comunicayao. organizayao informal, dinamica de grupe.

Aborda-se, entao, 0 homem social, segundo Chiavenato (1993).

1. Os trabalhadores sao criaturas sociais complexas, com sentimentos, desejos

e temores. 0 comportamento no trabalho - como 0 comportamento em

qualquer lugar - e uma conseqQencia de muitos fatores motivacionais.

2. As pessoas sao motivadas par estas necessidades e alcanc;:am suas

satisfa90es primarias p~r meio dos grupos com os quais interagem.

Oificuldades em participar e em se relacionar com a grupo ocasionam

elevac;aoda rotac;aode pessoal, abaixamento do moral, fadiga mais

rapida, redu9ao dos niveis de desempenho, etc.

3. 0 comportamento dos grupos pode ser manipulado p~r meio de um

adequado estilo de superviseo e lideranc;:a. 0 supervisor eficaz eaquele que possui habilidade para manipular seus subordinados,

obtendo lealdade, padroes elevados de desempenho e alto

compromisso co as objetivos da organizac;ao.

4. As normas do grupo funcionam como mecanismos reguladores de

comportamento dos membros. Os niveis de produc;ao sao controlados

informalmente pelas normas do grupe. Esse centrele social pode

adotar tanto san¢es positivas (estimulos, aceita9ao social, etc.) como

negativas (goza90es, esfriamento p~r parte do grupo, san90es

simb6licas, etc.).

Aborda-se. dai, a homem social, segundo Chiavenato (1993).

4. MOTIVAI;AO DE COMPORTAMENTO SEGUNDO LEWIN, CITADO

POR CHIAVENATO (1993)

Necessidades humanas basi cas:

• Fisiol6gica,

Psicol6gica.

• Participa9ao,• Autoconfian9a;

Afei~o;

• Auto-realiz8yao.

o comportamento humane e derivado da totalidade de fatos coexistentes;

Esses fatos coexistentes tern 0 carater de urn campo dinamico, no qual cada

parte do campo depende de uma inter-relayao com as demais outras partes.

a) Necessidades Fisiol6gicas

Sao as chamadas necessidades vitais OU vegetativas, relacionadas

com a sobrevivemcia do individuo. Sao inatas e instintivas. 5ituadas no

nivel mais baixo. as necessidades fisiol6gicas sao tambem comuns aDs

animais. Exigem satisfayao peri6dica e cicl;ca.

As principais necessidades fisi%gicas sao as de alirnentac;ao, sona,

atividade fisica. satisfayao sexual. abrigo e prote~o contra os

elementos e de seguranya fisica contra as perigos.

Se urn individuo tern fome, procura alimento; porem, quando come

regularmente, a fome deixa de ser uma motiva~o importante. As

necessidades fisiol6gicas podem ser satisfeitas per antecipa~o, sem

10

mesma atuarem sabre 0 comportamento humano. Assim, a vida

moderna com as horarios de refeic;oes, de sana, bern com a

adequac;ao do vestuario etc. permite que essas necessidades passem

a ser controladas pelo cotidiano, sem que cheguem a influenciar 0

comportamento. Contudo, a medida que, por qualquer eventualidade, 0

individuo deixa de satisfaze-Ias, elas passam a atuar com intensidade

extrema mente forte.

A Experiencia de Hawthorne revelou que a Western Eletric desenvolvia

uma politica com relac;c3o ao seu pessoal que atendia plenamente asnecessidades mais basicas dos empregados. Uma vez satisfeitas estas

necessidades elas passaram a nao mais influenciar a comportamento

dos mesmas. Oeste modo, 0 comportamento passou a ser motivado par

Qutras necessidades mais complexas: as necessidades psicol6gicas.

b) Necessidades Psicol6gicas

Sao necessidades exclusivas do homem. Sao aprendidas e adquiridas no

decorrer da vida e representam um padrao mais elevado e complexo de

necessidades. As necessidades psicol6gicas sao raramente satisfeitas

em sua plenitude. 0 homem procura indefinidamente maiores satisfa90es

dessas necessidades, que V80 5e desenvolvendo e se sofisticando

gradativamente.

Sao necessidades psico/6gicas:

1. Necessidade de seguran,a intima.

E a necessidade de que leva 0 individuo a sua autodefesa, aprocura de Prote9ao contra 0 perigo, a amea9a ou a priva980

potenciais. A Necessidade de seguram;a intima conduz a uma

11

busca incessante de ajustamento e tranqOilidade pessoal em

direc;ao e uma situac;ao segura para a individuo.

2. Necessidade de participa9ao.

Eo a necessidadede fazer parte, de ter contato humano, de participar

conjuntamente com Qutras pessoas de alguma caisa au

empreendimento. A necessidade de pariicipa980 foi bastante

enfatizada por Elton Mayo na explica9i\o do comportamento em

grupo.A aprova9aosocial, 0 reconhecimentodo grupo, a necessidade

de calor humano, de fazer parte de algum grupo, de dar e receber

amizade sao necessidades que fazem parte desta classe de

necessidade e que levarn 0 homem a viver em grupo e socializar-se.

Dentro do grupo social existe a simpatia (que leva a coesao social) e a

antipatia (que leva II dispersao social), dependendo da maneira como

esta necessidade e satisfeita au nao nos diversos individuos.

3. Necessidade de autoconfian9a.

E uma necessidade decorrente da auto-avaliac;ao de cada individuo.

Refere-se a maneira pela qual cada pessoa S8 ve e S8 avalla, ao

auto-respeito e a considerac;ao que tern para consigo mesma.

4. Necessidade de afei9aO.

E a necessidade de dar e receber amor e carinho.

c) Necessidades de Auto-Realiza9ao

Sao produtos da educa9ao e da cultura e tambem elas, como as

necessidades psicol6gicas, sao raramente satisfeitas em sua plenitude,

pais 0 homem vai procuranda gradativamente maiores satisfac;:6ese

estabelecendo metas crescentemente sofisticadas.

12

A necessidade de auto-rea/izar;ao e a sintese de todas as Qutras

necessidades. E 0 impulso de cada um realizar a seu proprio

potencial, de estar em continuo autodesenvolvimento no senti do mais

elevado do terma.

Auto-realizac;ao: liberdade de expressao, desafio. criatividade ...

Necessidade de e5tima: promotyao pessoal. sucesso ...

Necessidade de arnor e afato: estar com as outros, apaio ...

Necessidade de seguranc;a no trabalho

Necessidades fisiol6gicas: born salario, condi90es de trabalho ...'-- ---.1Figura 5: Piramide de Maslow.

PIRAMIDE

4.1. JUNG: UMA VIsAo ALTERNATIVA DAS NECESSIDADES HUMANAS

Segundo Jung, citado por Kuller. Jung numa viseD alternativa das

necessidades humanas, elenca-se as seguintes elementos:

4,1,1, Os instintos ou impulsos fundamentais:

• 0 instinto de autoconserva98o: a nutri98o.

o instinto de conserval'eo da especie: procrial'eo.

• 0 impulso para a a<;80 au atividade.

• A reflexao.

• A criatividade.

13

o gerente na organiz89BO tecnico cientifica.

5. 0 GERENTE DE UMA ORGANIZA<;:Ao

1) A posi,ao estrutural do gerente configura sua primeira fun,ao basica: e

o respons8vel pela estratt~gjaorganizacional que esta em sua alc;ada; a

defini,ao da missao. da forma de inser,ao no mercado. dos produtos a

serem criados e desenvolvidos, da perspectiva de crescimento.

2) A segunda macrofun\Oilo e a escolha e 0 apfimoramento da organiza\Oilo do

trabalho em face da estrategia formal ou informalmente definida. A escolha da

ternologia e de seu desenvolvirnento, 0 desenho basico dos processes

produtivos e a defini\Oilo da divisao tecnica do trabalho, envolvendo a

distfibui\Oilo das tarefas, responsabilidades e instancias de peder, ou seja, a

definiQ§ode UI118 peculiar estnltura administrativa e de sua dinamica de grupo.

3) A normatiza,ao das rela,oes de trabalho travadas no interior da

organiza,ao e a terceira fun,ao do gerente. 0 poder de estabelecer 0

estatuta da "gafieira", transforma a gerente no Licurgo da organiza~o

e, ao mesmo tempo, em juiz supremo da legisla,ao por ele criada.

Nesse senti do, 0 seu poder s6 e limitado pela legisla\020 trabalhista

que, paula tina mente, vai sendo conquistada.

A motiva,ao e a rela,ao com 0 individuo, respondendo pelas suas

necessidades de maneira satisfatoria.

Segundo Levvn, p. 168, citado por Chiavenato, 0 organismo humano permanece no

pfimeiro momento em estado de equilibfio, rompe este estado e cfia uma necessidade,

sendo que esta provoca tensao. consequentemente a tensao conduz um comportamento

de necessidade e, se for satisfeita, volta ao estado inicial, ou seja, equilibfio psicol6gico.

14

Segundo Chiavenato as necessidades podem ser satisfeita, frustrada ou oompensada.

As fisiologicas sao fixadas e a compensa9ao com a satisfa9ao mediante, por

exemplo, a fome.

As psicologicas e de auto·realizac;:ao sao rnais flexiveis e possibilita

transferencias e compensac;:ao.

Figura 7: As etapas do cicio motivacional com frustrac;ao com compensalj:ao, quando hi!impossibilidade de satisfac;ao na necessidade.

15

6. SATISFAC;:AO E MOTlVAC;:AO NO TRABALHO

Segundo Herzberg (1973) citado por Kuller, pags. 109-110, e necessario

trabalhar a satisfa<;iioe motiva<;iiono trabalho. Ver texto abaixo.

1. Prepar~ em Rela~6es Humanas

Parte do principio de que uma melhora nas relagoes interpessoais produz

incremento de motiv8r;:ao. Uma estrategia motivacional coerente com esta

perspectiva sao as cursas de Relar;:oesHumanas no Trabalho.

2. Desenvolvimento da sensibilidade

Urn melhor conhecimento de si mesmo e uma abertura para 0 outro

melhora as rela<;:6es no trabalho e, conseqOentemente, a motivac;:ao.

Como eslrategia muito difundida, 0 Sensitive Training.

3. Comunicar;ao

o problema esta na deficiente comunicac;:ao de cima para baixo e na

comunica<;iio horizontal. Quanto mais desimpedidos os canais de

comunicavao. maior a motiva~o. Jornais internos, cursos de comunicac;ao,

propaganda e tecnologia de feedback podem ser listados como fonnas de

superayao do problema e de incremento da motivac;ao.

4. Comunicat;ao nos dais sentidos

Trata-s8 de abrir canafs para 0 vozerio de baixo. A suposit;:aoe a mesma

do item anterior. As estrategias diferem: pesquisas de moral, pianos de

sugestoes, porta aberta, cafe da manha com 0 presidente, etc.

5. ParticipaG30 no trabalho

Neste item e interessante voltar ao texto original de Herzberg, que diz:

"Embora talvez nao tenha sido essa a intenyao teorica, a participa<;iiono

16

trabalho transformou-se muitas vezes no metodo de dar aos empregados

uma visao maior da atividade em que estao empenhados. Se, por

exemplo, um operario aperta 20 mil porcas por dia numa linha de

montagem com uma chave-inglesa, deve-se dizer-Ihe que esta

construindo um Chevrolet" Outro metodo tinha por finalidade dar ao

empregado a sensa,ao de que ele determina, ate certo ponto, 0 que faz

no trabalho. A finalidade era proporcionar um senso de realizayiio, mais do

que uma realizayiio real em suas fun,oes. A realiza,ao real exige, e claro,

uma tarefa que a tome passive!.

6. Orientayao espiritual do empregado

Se todas as iniciativas anteriores de motivar fracassam, chega-se aconclusao de que os empregados estao doentes. Programas de apoio que

procuram propcrcionar urn sentido de vida sao, entao, acionados. Sao

programas precursores da invasao recente de formulas de auto-ajuda,

programasde recupera,ao de alcoolatras e drogados e iniciativas similares.

A partirde conceitosde fator higienicoe fator motivacional,por ele cunhados,

Herzberg critica os PEBUNS. relacionando-{)s com os fatores higienicos:

politica e administrayiio da campanhia, supervisao, rela,oes inter-pessoais,

condi,oes de trabalhoe seguran," no emprego. Os fatores higienicosatuam

na reduy80 da insatisfac;ao com 0 trabalho, mas nao sao motivadores.

Ao enfoear os fatores motivadores (reaiizayiio, reconhecimento, 0 proprio

trabalho,responsabilidade,progresso,desenvolvimento),uma unicaestrategiae

apontada:ampliayiio e enriquecimentodas tarefasdo trabalhadoroperacional.

Tal proposta, embora adequada aos principios da Escola de Rela96es

Humanas, ja transcende suas contribuic;6es mais comuns e propae uma efetiva

17

reversao de uma das forgas dinamicas do taylorismo: a fragmenta<;iio do

trabalho de execu<;iio. Esta panta avangada da abordagem vai ser retomada em

Qutros movimentos administrativQs, em especial a Abordagem SOcia- Tecnica.

6.1. DESMOTIVA<;:Ao NO TRABALHO

Quando a desmotiva<;8o pode-s8 caracterizar rea90es diferenciadas individuais

e consciente. Sao estas:

• Desmotiva<;8o

• A rotatividade

• 0 absenteismo

• A esquiva

• 0 descuido

• A sabotagem

6.2. MORAL E ATITUDE

Con forme Roethlisberger, citado por Chiavenato, p. 170, "Moral e um conceito

abstrato, inatingivel, ... moral esta ligado ao campo motivacional."

18

+:anatismoI~uforia

•~~~~S~:~:OOSjtivas'OtimismoICooperar;aoCoesao

•Colaboratyao1Aceitar;:aOdos objetivos

I~~~t~~~~~~~'Atitudes negativasI Insalisfacao

I~~~~i~~moI Negayao•Rejeic;:ao dos objetivos

I~:sr~~~c~:I DispersaoIDisforia

Moral baixo 'fgressao

Moral elevado

Figura 8: Os "iveis do moral e as atltudes resultantes.

19

7. LlDERAN<;:A

lideranc;a acontece em todas as organizac;6es e administrac;oes. Precisa

conhecer a motivayao humana para provocar as pessoas. ou seja, lidera·las.

A lideran~ e necessaria em todos as tipos de organizac;ao humana,

principalmente nas empresas e em cada urn de seus departamentos. Ela eigualmente essencial em todas as demais func;6es da Administrac;ao: 0 administrador

precisa conhecer a motivayao humana e saber conduzir as pessoas, isto e, liderar.Para Tannenbaun. citado por Chiavenato, p. 172. "Lideran,a e a infiuencia

interpessoal exercida numa 5itU8980 e dirigida par meio do processo da

comunicac;aohumana a consecUI;ao de um ou de diversos objetivos especificosn. A

lideranc;a e encarada como um fen6meno social e que ocorre exclusivamente em

grupos socia is.

Para Cecil A. Gibb (1954), a Iideran,a deve ser considerada em fun\'iio dos

relacionamentos que existem entre as pessoas em uma determinada estrutura

social, e nao pelo exame de uma serie de tra905 individuais.

A relayao entre tider e liderados repousa em tres generalizar;6es, citadas por

Chiavenato. p. 172.

a) ~A vida, para cada individuo, pode ser vista como uma continua luta

para satisfazer necessidades, aliviar tens6es e manter equilibrioH

b) A maior parte das necessidades individuais,em nossa cultura, e satisfeita

par meio de rela<;6escom outros individuosou com grupos de individuos.

c) Para qualquer individuo, 0 processo de usar as relar;aes com outros

individuos e urn processo ativo - e nao passivo - de satisfazer

necessidades. Em outrostermos 0 indivfduonao espera passivamente que

20

a rela"ao capal de proporcionar-Ihe os meios de satisfazer uma

necessidade ocorra naturalmente, mas ele pr6prio procura as

relacionamentos adequados para tanto au utiliza aqueles relacionamentos

que jil existemcom 0 prapositode satisfaler suas necessidadespessoais".

Portanto, lideranc;a cansiste numa relac;ao entre uma pessoa e um grupo,

visando satisfaler as necessidades dentro de determinada situa"ao.

7.1 TEORIAS DE LlDERAN<;:A

Saa tres as teorias que abordam a questao lideranc;a:

a) Teorias de trac;osde personalidade.

b) Teorias sobre estilos de lideranc;a.

c) Teorias situacionais da lideranc;a.

Cada um desses grupos de teorias apresenta caracteristicas e abordagem

proprias muito interessantes.

a) Teorias de Tra~os de Personalidade

Saa as teorias mais antigas a respeito da lideranc;a. Um trac;o equalifidade ou caracteristica distintiva da persanalidade. Segundo estas

teorias, 0 lider e aquele que passui alguns trac;os especificos de

personalidade que 0 distinguem das demais pessaas. Assim, 0 lider

apresenta caracterfsticas marcantes de personalidade par meio das

quais pode influenciar 0 comportamento das demais pessoas. Essas

teorias baseadas nos tra9as de personalidade da lider foram

marcadamente influenciadas pela chamada teoria do "grande hamem",

21

que foi defendida par Carlyle em 1910 para expliear que 0 progresso

do mundo foi produto das realiza,oes pessoais de alguns homens que

dominam a hist6ria da Humanidade. As teodas dos tragos partem do

pressuposto de que certos indivlduos possuem uma combinac;ao

especial de tra,os de personalidade que podem ser definidos e

utilizados para identificar futuros lideres potenciais, bem como para

avaliar a eticacia da lideran,a, 0 que tumultuou esta forma de

abordagem. Um minueioso levantamento sobre a extensa literatura a

respeito dos tra,os de personalidade que definem 0 lider resume

alguns dos principais traqos enumerados pel os diversos autores.

Segundo eles, os tra,os mais eomumente apontados foram

1. Trar;os ffsicos: energia, aparencia e peso.

descritos a seguir.

2. Tra,os in/e/eetuais: adaptabilidade, agressividade, entusiasmo e-...!:.:.:.'-:'-/

autoconfianc;a.

3. Tra,os re/acionados com a tareta: impulso de realizac;iio,

persistencia e iniciativa.

Em resumo, para Kohn (1977), pelas teorias dos tra90s de

personalidade, um Hder deve inspirar confianc;a, ser inteligente,

perceptivD e decisive para ter melhores condi<;6es de liderar com

sucesso.

Porem estes trac;os de personalidade apresentam alguns aspectos

falhos, a seguir:

1. As teodas dos trac;os naD ponderam a importancia relativa de cada

uma das varias caraeteristicas e trac;osde personalidade que realc;am

23

7.2. 0 GRID GERENCIAL

o Grid Gerencial e uma forma de identiticar e classificar estilos de lideranva a

partir de duas dimensoes polares: 0 interesse pelas pessoas e 0 interesse pel a

produl'ao. 0 interesse pela produ\'iio e operacionalizado em graus de estrutural'ao

do trabalho e 0 interesse pelas pessoas em graus de envolvimento co os

subordinados. resultando no quadrante abaixo.

~ I Pouca estrulura,ao do IrabalhoI Grande envolvimento com as pessoasAS

Grande estrulurac;ao do trabalhoGrande envo\vimento com as pessoas

LVI PM EE SN ST 0

~Figura 9. Es:-tr--cut:-u·r-:a-:-~"-.o:-d7o:-T;Cr:-ab;:-aC;lh:-o-.---------'---------------'

1 Pouea estruturayao do trabalhoI Pequeno envolvimento com as pessoasGrande estrutura~o do trabalhoPequeno envolvimento com as pessoas

~I ~o

7.3. TEORIAS SOBRE ESTILOS DE PERSONALIDADES

Autocratica

• Democratica

• Liberal

Estas teorias Icram adaptadas do livro "Comportamento do Lider e Real'ao

dos Membros de Tres Climas Socia is, in Dinamica de Grupo: Pesquisa e Teoria, de

Dorwin Cartwright e Alvin Zander (orgs.) Sao Paulo, EP.U., 1975, vol. 2. p. 658.

24

Autocratica Democratica I liberal (Iaissez·faire)I• Apenas 0 lider fixa as. As diretrizes sao debatidas e • Ha lil::€rdaE CXlT'fJIeta paa as

diretrizes. sem qualquer deciddas pelo gnJp:>.estimulado e decisees gt.pCis au irdvO...as, o::mparticipayao do grupa. assistioo pelc Hcler. pa1iOpa;:::fK:lminil1'li3 00 1m.

o Iider determina asprovidencias e as lecnicaspara a execuyao das tarefas.cada um par vez. na medidaem que se tomamnecessarias e do modoimprevisivel para 0 grupe.

• 0 proprio grupa esboc;:a as • A participa~o do lider noprovidenclas e as tecnicas debate e limltada, apresentandopara alingir 0 aivo. solicilando apenas materiais variados aoaconselhamento lecnico ao grupe, esclarecendo quelider quando necessaria, poderia fomecer informay6espassando esle a sugerir duas desde que as pedissem.au rnais allernativas para agrupa escolher As larefasganham novas perspectivascom as debates.

o lider determina qual a • A divisao das tarefas fica atarafa qua cada Un! dave criteria do proprio grupo eexecutar e qual a seu cada membra lem liberdadecompanheiro de trabalho. de escolher as seus

companheiros de trabalho.

• Tanto a divisao das tarefas,como a escolha dosrompanheiros, frca total mente acargo do grupo. Absoluta faltade participayao do lider.

• 0 lider e dominador e e"pessoal" nos elogios e nascrilicas ao Irabalho de cada

I membra.

I

• 0 !Icier procura ser urn membra • 0 lider rOO faz nentuna lentativaramal do grupe, em espirito, sem de avaliar au de ragUa'" a a.rsoencarregar-se muito de tarefas. 0 doas aoontecimentos. 0 liderlider e "objetivo" e limtta-se 80S somente faz c:ornentaics"fatos" em suas aiticas e elogios irregulaes soI:te as ativda:jes cbs

membros qua1do pagurtado.

FIgura 10. as tres estllos de lIderant;a,

Eslilo Estilo EsliloAutocn!ltico Democratico Liberal

Lrder Lrder Llder

'''--- 1~.1. ..1Subordinados Subordinados Subofdinados

\)/

'--.-----" .-----..-/

Enfase Enfase no Enfase nosno lider !lder a subordinados subordinados

Figura 11. As dlferentes enfases decorrentes dos tr~s eslilos de Llderan~a.

25

7.4. TEORIAS SITUACIONAIS DE LlDERANCA

Segundo Balcao Ferreira, lolanda e Cordeiro, Laerte Leite (org.) no livro

Comportamento humano na empresa, citado por Chiavenato. p. 182, os padroes de

lideran9B- podem ser considerados. como a figura abaixo:

II Uderan,acentra-li-za-d-a------·no chefe

Lideranca centralizada \nos SUbOrdinadOSI

I

ta b c d e f 9

Adminisuador Administrador Adminislrador Administmdor Administrador Adminislrador AdministJadortomaadeclsao vendCSU8 aprescnta 'lpresentasua apresenlno define os permitcque

ecomunica decisao suasid(!iase decislio, problema, lim~esepede subordinadospede tenlativa recebe aogrupoqllE: funcionem

pcrguntas sujeita a sugestOcse tomeuma dentrodemodirlCa~ao tomaSU3 decisao Jimiles

decislio definidosporsuperior

Figura 12: Continuum de padroes de lideranlj:a.

26

8. COMUNICACAO

Atividades como aprender a Quvir com 0 grupo, em reuni5es, passa a ser urn

mecanisme de percep980 dos administradores.

Conforme Davis. Keith, 1972, os principais prapositos de camunicayiio como

atividade gerencial, pade ser visualizado como no quadro abaixo.

Figura 13: as principais prop6sitos da comunicac;:ao como atividade gerencial.

Para a teoria das relac;oes humanas, a comunicaC;8o e importante:

a) 0 homem trabalha melhor quando canhece os pad roes do seu trabalho;

b) a organizac;ao opera mais eficientemente quando urn homem e seu

chefe tern urn entendimento comum das suas responsabHidades e

pad roes de desempenho que a empresa espera abter deles;

c) cada homem pade ser auxiliado a dar a maxima contribuic;ao aempresa e a utilizar ao maximo as suas habilidades e capacidades.

8.1. PRINCiPIO DE ABORDAGEM DE RELAt;:6ES HUMANAS

27

Segundo Shaugghnessy, em Organiza9ao Empresarial, (1091), Motta,

Fernando C. Prestes em Tearia Geral da Administra9iio (1974). Motta. Fernando C.

Prestes e Pereira. Luiz C. em Introdu9iio a organiza9iio burocratica (1981) e Etzioni,

Amitai em Organiza90es Modernas (1973), a sintese para as principios de rela90es

humanas podem ser visualizadas abaixo.

Principios da abordagem de Rela90es Humanas

o homern e urn ser complexo e seu comportamento nao pode ser

explicado par formulas simples e mecanicistas. Decorre dai:

1. A produtyao diaria 6tima do trabalhador nao e 56 determinada pela

capacidade fisica, como queria Taylor. E, tambem, condicionada

pelo sistema social e par demandas de ordem psiquica e

biologica especificas de cada individuo.

2. As recompensas nao·economicas, como a valoriz8ty8o do propria

grupo e 0 reconhecimento pelo trabalho realizado, desempenham

urn papel central na motiv8c;ao e (elicidade do trabalhador.

3. Os trabalhadores nao reagem a administraC;80 e as suas normas

e recompensas como individuos, mas como membros de grupos.

4. Todo homem possui necessidade de seguran98, afeto, aprova9iio

social, prestigio e alto-realizayao.

5. A maior especializar;:ao nao e a forma mais eficiente de divisao do

trabalho.

~.

~S.\OAii?,,-'" . \BIB' 'J'.,

Ci~

28

Uma analise detalhada das proposi,6es te6ricas que decorrem desses

princfpios pade ser encontrada na bibliografia que motivou a sfntese. Aqui,

entretanto, vao~se perseguir as mais difundidos instrumentos te6rico-praticos que

decorrem da abordagem. como forma de aquilatar ate que ponto eles dao conta da

transforma\'iio pretendida e conseguem ser uma resposta eietiva a crise ja

explicitada. Shaugghnessy. em outra sintese. identifica os angulos de estudo

priorizados pela escola de Recursos Humanos que. adaptados. sao adiante

comentados.

8.2. CONTRIBUIc;:Ao DAS RELAC;:OES HUMANAS NO TRABALHO

Segundo Kuller (1996) p. 119. as contribui,6es da Escola de Rela,oes

Humanasao Movimento da Qualidade Total sao:

1. Tentativa de integrag80 de objetivDS organizacionais e individuais.

2. Admlnistra,ao por objetivos.

3. Teorias de motivaC;80 no trabalho.

4. Formas de recompensa e incentivD.

5. PreocupaC;8o com 0 treinamento e a desenvolvimento, em especial com 0

treinamento de supervisores.

6. Valoriza,ao do trabalho em equipe.

7. Va[orizagao do consenso, em detrimento da coerc;ao, no exercicio do

papel de supervisao.

8. Preocupa\'iio com a articula\'iio entre os grupos de trabalho.

29

8.3. PRINCiPIOS DE FALCONI

Para Falconi (1992) citado por KOller, (p. 162) os principios basicos para a

implementa~aode uma proposta para uma a~o gerencial sao'

1. Orienta~o pelo cliente.

2. Qualidade em primeiro lugar.

3. A~o orientada por prioridades.

4. A~o orientada por fatos e dados.

5. Controle de processos.

6. Controle da dispersao.

7. Pr6ximo processo e seu cliente.

8. Contrale a montante.

9. Respeito pelo em empregado como ser humano.

10.Comprometimento da alta dire~ao.

84. REDES DE COMUNICAc;:Ao

Tern caracterfsticas e func;oes diferenciadas, conforme 0 papel que cada

agente desempenha no processo administrativo.

30

Segundo Bavelas e Barret. (1951) 0 efeito dos diferentes padr6es de

comunica<;ao sabre as pessoas pode ser desenhado abaixo.

I.. .' ., .. •)..~.....~ ..

Redes de ...-. • ...Comunica¢es • ..

J. J. J. J.• .... .. .. .. ...-- ...1-Caraderisticas Roda Cadeia CircuJo

Rapidez de rapida rapida lenlainfluenciacaoAcuricidade boa boa I pobreEnfase do lider muito pronunciada marcada nenhumaMoral mUlto obre obre muito boa

Flexibilidade para lenta lenta muito lenla

FT~~r~ni:.n~fe'C":'2!~'=;(':;d;:-e"d"'fe::r:::en:-;t:::es:Cp::a:::;dC::;roC:e::-S"d::-e::-oo:::m=u::::n:C,c::a::-~a;;:'o:Cs::o:;:b:::re:Ca::s::::p::e=ss'':o::a=s ..--------'

31

9. ORGANlZAc,:AO INFORMAL

Sao processos espontaneos, e concretiza-S8 nos uscs e costumes, nas

tradi<;6es e nas norm as socials.

9.1. SEGUNDO CHIAVENATO (1993), AS CARACTERisTICAS DA

ORGANlZA<;:Ao INFORMAL sAo:

A organizayao informa apresenta as seguintes caracteristicas:

a) Rela~ao de coesao ou de antagonismo. Os individuos em sua

associac;:ao com as Qutros, situados em diferentes niveis de setores da

empresa, criam rela,oes pessoais de simpatia (de identifica9iio) au de

antagonismo (de antipatia), cuja dura9iio e intensidade sao extremamente

variaveis.

b) Status. Dai as individucs interagem-se em grupos informais, dentro dos

quais cada urn, independentemente da sua posi~o na organizar;80 formal,

adquireuma certa posi9iio social ou status em fun,ao do seu papel em cada

grupo.A posi9iio social e 0 prestigio de cada componente sao determinados

mais pela sua participa9iio e integra9iio na vida do gnupo do que

propriamente pela sua posi9iio e prestigiodentro da organizar;ao formal.

c) Colabora~ao espontanea. Destarte, a organizar;ao informal existe em

toda empresa e e urn pre-requisito necessaria a colaboravao efetiva de

pessoal, pOis no nivel informal existe urn alto indice de colaborac;ao

espontanea que pode e deve ser aplicado a favor da empresa.

32

d) A possibilidade da oposi~ao iI organiza~ao informal. Quando nae bem

entendida au manipulada inadequadamente, a organiz8qao informal pade

S8 desenvolver em oposiryao a organiz8ryao formal e em desarmonia com as

objetivos da empresa. Isto geralmente resulta da inabilidade da direc;ao em

propiciar urn clima adequado de boas rel8yoes humanas com 0 pessoal.

e) Padroes de rela~oes e atitudes. Em qualquer empresa ha grupos

informais que desenvolvem, espontaneamente, padr6es de relac;oes e de

atitudes e que passam a ser aceitos e assimilados pelos seus

componentes, pais traduzem os interesses e aspira<;6es do grupo.

f) Mudancas de niveis e alterac;6es dos grupos informais. A mudany8 de

nivel funcional de urn individuo na organiz8q8o formal pade leva-Ie a

ingressar em Qutros grupos informais em face das relal):oes funcionais que

devera manter com os outros individuos em outros niveis e setores da

empresa. Os grupos informais, portanto, tendem a se alterar com as

modifical):0es na organizaqao formal.

g) A organiza~ao informal transcende a organiza~ao formal. A

organizaqao informal e constituida por interal):oes e relal):oes espontaneas,

cuja dural):ao e natureza transcendem as interal):oes e relal):oes meramente

formais. Enquanto a organizal):ao formal esta circunscrita ao local fisico e ao

horario de trabalho da empresa, a organizal):ao informal escapa a essas

limital):oes.

h) Padroes de desempenho nos grupos informais. Os padr6es de

desempenhoe de trabalhoestabelecidospelo grupo informal nem sempre

correspondemaos padr6esestabelecidospela administray8o. Podem ser

maiores ou menores, bem como podem estar em perfeita harmonia ou em

33

completa oposi9ao, dependendo do grau de motiva9ao do grupo quanto aos

objetivos da empresa. Se a administra9ao avalia 0 desempenho do pessoal

pelos padr6es que estabelece, cada individuo e avaliado pelo seu grupo em

func;aodos padr6es grupais. Na organiz8y8o informal, 0 individuo preocupa-

5e com 0 reconhecimento e aprovac;ao social do grupo aD qual pertence. 0

seu ajustamento social renete sua integra9ao ao seu grupo.

34

10. DINAMICA DE GRUPO

Sao constelayoes de foryas existentes de um grupo que provoca um processo

de auto-regulayiio e manutenyiio do equilibrio.

10.1. PERSPECTIVAS PARA A DINAMICA DE GRUPO

Aspirac;oes, amores, creng8, preconceito e os valores sao caracteristicas de

todos os grupos, a que cada um pertence.

Cada grupo determina em maior ou menor grau sua autoconfianya,

agressividade. energia e a produyao no trabalho. A Diniimica de Grupo contribui

para que esse mecanisme ou caracteristicas aconteC;8.

10.1.1.0 grupo como Instrumento de Mudan~a.

Nesta perspectiva, 0 grupo aparece como fonte de influencia sabre seus

membros. Os esfofgos para mudar 0 comportamento podem encontrar apoio ou

resistencia do grupo sobre os seus membros. Cinco principios explicam 0 grupo

como instrumenta de mudanq8.

1. "Para que a grupo seja usado eficazmente como instrumenta de mudanqa,

as pessoas que devem mudar e aquelas que devem exercer sua influencia

na mudanya precisam ter sentimento intense de pertencer 80 grupo."

35

2. "0 grupo sera tao mais atraente para seus membros quanta maior for a

influencia que exen;a sabre eles. n

3. "Nas tentativas de mudar atitudes, valores ou comportamento, quanto

mais relevantes esses forem para atrair 0 grupo, tanto maior sera a

influencia que a grupo exercera sabre eles. n

4. "Quanto maior for 0 prestigio de um membro do grupo aos olhos de outros

membros, tanto maior a influencia que ele pode exercer."

5. "as esfor,os para mudar individuo ou partes de um grupo que tenham por

objetivo des via· los das normas do grupo encontrarao forte resistencia.·

10.1.2.0 Grupo como Meta de Mudan,a

Nesta perspectiva, para mudar 0 comportamellto de individuos, pode-se

tornar necessario mudar os padroes do grupo seu estilo de lideranqa, seu ambiente

emotivD, etc. Muito embora a finalidade possa ser a mudanC;8 do comportamento de

individuos, a grupo S8 torna a meta de mudanQa.

1. "Podemos provocar forte pressao para mudan,a no grupo, criando em

seus membros urna consciencia comum da necessidade de mudanya,

de modo que a fonte de pressao venha a situar-se dentro do grupo".

2. "As informa,oes referentes a necessidade de mudar, os pianos de

mudan,a e as conseqOemciasda mudan,a devem ser compartilhados

por todas as pessoas importantes do grupo."

36

3. "Mudan~as numa das partes do grupo provocam tensaes nas outras

partes, que podem ser reduzidas somente pela elimina9!io da mudan~

au par reajustes nas outras partes~.

10.1.3.0 Grupo como Agente de Mudan~a

Certas mudan~s de comportamento podem ser provocadas somente por meio

de esfor~s organizacionais de grupos que atuem como agen/es de mudanqas. A

resis/encia a mudanqa foi definida par Lewin como um fenomeno geral dos organismos

sociais. Pode ser esquematizadacomo uma lei de a9!io e rea9!io: toda a9!io tende a

provocar urna reaQ80 que visa a anular os seus efeitos. A preocupac;ao apenas recente

com a resistencia a mudanya deve-se ao fata de que somente ha pouco tempo a

industria desenvolveu plena mente suas caracteristicas essenciais: a complexidade

organizacional e a necessidade de urna adapta~o a urna mudanr;a permanente. Essas

duas caracteristicasse acentuamde forma concomitante: a mudan~ permanente leva

a urna complexidade crescente e essa provoca novas mudanc;as.

Assim, com a complexidade das empresas e do meio ambiente, com a

evolu9!io rapida das tecnicas e conhecimentos utilizados, 0 problema da adapta9!io

interna e externa da empresa torna-S8 permanente. Dentro dessa otica, visualiza-s8

urna resposta sempre renovada as novas mudanyas por novas modalidades de ayao

e de comportamento.

37

10.2. CARACTERisTICAS DO GRUPO

o grupo tern como caracteristica principal 0 aiva comum de todos as

participantes deste.

Essas caracteristicas sao:

a) uma finalidade, au seja, urn objetivo comum;

b) uma estrutura;

c) uma organizac;ao dinamica;

d) uma coesao interna.

Dinamica de grupo e a soma de interesses dos componentes do grupo,

podendo ser provocado atraves de estfmulos e motivagoes, visando a harmonia e 0

relacionamento satisfat6rio.

As necessidades de se estabelecer relagoes com outras pessoas e urn dos

mais fortes e constantes impulsos humanos. E uma caracteristica basica, pois 0

homem e um ser eminentemente social. Os empregados, sem oportunidades de

estabelecerem contatos sociais no servi,o, tendem a achar 0 trabalho desagradavel,

monotone e mecanico, 0 que pode S8 refletir em baixa produg20 e alta mobilidade

do pessoal. Segundo a Escola das Relaqoes Humanas, a produ,ao tende a

aumentar quando ha cantatas sociais entre as elementos que executam uma

determinada apera,ao, fazendo com que 0 trabalho se torne menas insatisfatorio. As

pessoas normal mente desejam mais do que ter apenas amigos: elas desejam fazer

parte, participar de um papel dentro de uma organiza,ao u de um grupo. 0 convivia

social e as experiEmciascompartilhadas com os colegas de trabalho situam-se entre

as fontes mais pod eros as e signifrcativas de satisfagao no trabalho.

o grupo farmado de menor numero de pessoas tende a desfrutar de um moral

mais elevado do eu os grupos form ados por numero elevado de individuos onde

38

todos fazem 0 mesmo servi<;oe onde ha dificuldade de se formar grupos estaveis e

perfeitamente identificados. 0 trabalho rotineira e rico em oportunidades de

frustragoes, tens6es e de experiencias desagrada.veis, fazendo com que 0

trabalhador procure seU$ colegas que ja tenham tido experiencias similares, para

que possa compartilhar com eles as suas dificuldades e compreende-Ias melhor.

Esse conceito amplo se aplica tambem a qualquer situa<;ao: no lar, na

escolar, no trabalho etc. Como 0 interesse S8 cancentra nas refaqoes humanas no

trabalho, cada colega, chefe e subordinado passam a serem considerados mais do

que simples executores de determinadas tarefas. Sao seres humanos e nao se pode

esperar que se comportem unica e exclusivamente de acordo com a "16gican da

Adminislra<;ao e segundo os padroes de expectativa dos superiores, pOis tem

sentimentos, sensibilidade e emogoes inerentes a personalidades de cada urn.

10.3. ESTUDOS SOBRE DINAMICA DE GRUPO

Existem oito orientac;6es diferentes na pesquisa da dinamica de grupo. a saber:

10.3.1. Teoria de Campo

Criada por Lewin, segundo a qual "0 comportamento e 0 praduto de um campo

de determinantes interdependentes (conhecidos como 'espa<;osda vida' ou 'espac;o

social'). As caracteristicas estruturais desse campo sao representadas por conceitos

39

extraido$ da topologia e da teoria de conjuntos, e as ~aracteristicas dinamicas sao

representadas per meio de conceitos de forc;:aspsicologicas e socia is."

10.3.2. Teoria da Interacao

Desenvolvida par Bal/es, Homans e Whyte, segundo a qual a grupo e urn

sistema de individuos em interayao. A atividade, a interayao e 0 sentimento sao

conceitos basicos dessa teoria.

10.3.3. Teoria de sistemas

Desenvolvidas par Newcomb, Mil/ere Stogdil, segundo as quais a grupo e urn

"sistema aberto" (concep,;;o derivada da biologia) que recebe estimulos (entradas) e

manifesta urn comportamento como resposta (saida). A no,;;o de equilibrio, os

"sistemas de orientay80", as "sistemas de encadeamento de posic;:oes e papeis", as

Usistemas de comunic3c;oes" sao as conceitos principais dessas teorias.

10.3.4. Teoria Sociometrica

Criada por Moreno e elaborada por Jennings. 0 grupo e analisado pelas

escolhas interpessoais que ligam as pessoas.

40

10.3.5. Teoria Psicanalitica

Criada por Freud e ampliada por ele mesmo para a vida coleliva. Coloca

enfase nos processos motivadores e defensivos do individuo. Os conceitos de

identificac;:ao,regressao, mecanismos de defesa e 0 inconsciente sao os conceitos

principais dessa leoria.

10.3.6. Teoria Cognitiva

Procura interpretar como as individuos recebem e integram as informa<;:6es

sabre 0 mundo social e como essa informac;;ao influi em seu comportamento. Muito

influenciada pelas teorias da motiv8ryao. Os conceitos de aprendizagem e percep9c3o

sao fundamenlais. Foi desenvolvida por Asch, Feslinger, Fech e Crutchfield.

10.3.7. Orientac;ao empirico-estatistica

Segundo a qual a dinamica de grupo deve ser pesquisada par processos

estatisticos, como a analise fatarial, em vez do tratamento a priori e tecnico. Utiliza

testes de personalidade, procurando caracterizar os grupos par meia de resultados

eslatislicos. Desenvolvida por Cattell e Meyer, principalmenle.

10.3.S. Modelos formais

Orienta91io completamente oposta a anterior, segundo a qual tentam se

construir modelos formais, utilizando-se a materia e conceitos extraidos das ciencias

socia is. Desenvolvida por Simon, French e outros.

11. ANALISE CRiTiCA DA TERORIA DAS RELA<;:OES HUMANAS

42

Segundo Roethlisberger e Dickson. citado par Chiavenato, p. 199.

Caracteristicas e Premissa I Teoria Classica ITeoria das Rela~6es Humanas

1. Abordagem basica

Ci~ncia Social aplicadaEngenharia humana

• adapta~ao do homem arnaquina e vice-versa

• adaptac;ao do homem aorganizaC;3o e vice-versa

2. Modelo de homem

Econ6mico-racional Racional-emocional

• maximizador de vantagens • tambem motivado por sentimentosfinanceiras e criterios"nao-racionais~

Animal social

3. Comportamentoorganizacional doindividuo

Animal isolado

• atomismo tayloriano

• reage como individuQ

• carente de apoio e de participacaogrupal

• reage como membro grupal

Nao padronizavel4. Comportamento funcional Padronizavel

do indivlduD • the one best way para lodos • ~~t~n~:~i~:~!~~usais justificaram

5. IncentivalYc30Psicol6gica

Financeira (malerial)

maior remunerar;:ao parmaior produr;:ao • apoio, el09io, considerar;:ao

6. Fadiga

Fisiol6gica

estudo de tempos emovimentos, pausasadequadas

Psicol6gica

monotonia, rotiniza9Ao

aus~ncia de criatividade

subutilizacao de aptidoes

programalYc30 excessiva

7. Unidade de analise leargo

a tarefa, tempos emovimentos

avaliay130 de cargos esalarios

43

a equipe

avaliayao do moral grupal

enfase nas relayoes inter-cargos

enfase nas relac;:6es entre pessoasno trabalho

8. Conceito de organizayaoSistema social

Estrutural Formal

conjunto de 6rgaos, cargose tarefas

• conjunto de papeis

9. Representayao grafica

Organograma, nuxograma

• relayOes entre 6rgaos efuncOes

Sociograma

• relacoes percebidas, desejadas,rejeitadas e reais entre pessoas

Figura 15: A evoluc;ao conceptual: Teoria Classica e Teoria das Relac;oes Humanas.

12. 0 PLANEJAMENTO GERENCIAL E 0 DESEMEPNHO DOS

FUNCIONARIOS

Sao taretas tecnicas·gerenciais. possibilitando definir os papeis a serem

desempenhados no dia-a-dia:

I CONTROlE DA QUALIDADEPlANEJAMENTO DAQUALIDADE

MElHRAMENTO DAQUALIDADE

Estabelecer melas de qualidade, Avaliar 0 desempenho real.identificar quem sao as ctientes

Pravar a necessidade.

Determinar as necessidades dos Camparar 0 desempenho realclientes com as melas de qualidade

Estabelecer a infra-estrutura.

Oesenvotver as caracteristicas Agir sabre a diferenyado produlo que atendam asnecessidades dos clientes.

ldenlificar as projetos demelhoramento.

Desenvolver processos capazesde produzir as caracleristicas noproduto.

Estabelecer as equipes dosprojelos.

Prover as equipes com recursos,treinamento e motivac;:ao para'

I :~~~~~I~~~~~:mC:~i~~SIEst3belecer controles paramanter ganhos

Eslabelecer controles doprocesso; transfenr as pianospara as for~s operaclonals.

Figura 16. lmplementa'1clo do gerenclamento de quahdade.

12.1. DEMING E ISHIKAWA

Segundo Ishikawa (1993). p. 159, citado por KOller (p. 141). abaixo seguem

as principais propostas de a~o gerencial para a Qualidade tormuladas por Deming

e Ishikava. Aqui a sintese esta mais propriamente colocada nos termos de principios

de orienta~o para a a,ao gerencial.

44

45

/ Deming Ishikawa

1. Cons tan cia de prop6sitos2. Ado9iio de nova filosofia3. Elimina9iio de inspe9ao4. Parceria com fornecedores5. Melhoria constante6. Criac;:ao de treinamento7. Cria9iio de lideran9a8. Eliminar 0 medo9. Eliminar barreiras10. Eliminar slogans11. Eliminar cotas12.Aumentar 0 prazer13. Criar educa9iio14. Fazer iS50 diariamente

1. Qualidade em primeira lugar - naD aslucros a curto prazo em primeiro lugar.

2.0rienta9c30 para 0 consumidor - naoorienta9iio para 0 pradutor. Pensar sob 0

ponto de vista da outra parte.3. 0 proximo processo e 0 seu cliente -

derrubar a barreira do regionalismo.4. Usar fatos e dad os para fazer

apresenta90es - utiliza9ao de metodosestatisticos.

5. Respeito pela humanidade como umafilosofia de aciministrayao - administrac;aoplenamente participante.

6. Gerenciamento par func;oes cruzadas.

Figura 17: Proposta de a~ao gerencial para a qualidade.

12.2. GERENTES

sao:

Segundo Moura (1994), citado por Kuller (p. 163; as ferramentas de qualidade

As sete ferramentas basicas As sete ferramentas gerencias

1. G,,;fico de Pareto (... ) 1. Diagrama de afinidade (... )2. Diagrama de causa e efeito (.. ) 2. Diagrama de rela90es (... )3. Estratificac;ao 3. Diagrama da arvore ( ... )4. Folha de verifica9iio 4. Diagrama de matriz ( ... )5. Histograma 5. o QPDP (Quadra de Decisoes do6. Diagrama Scatter ( ... ) Processo) (... )7. Grafico e diagrama de contra Ie 6. Diagrama de flechas (... )

Figura 18: As ferramentas da qualidade.

46

13. PRINCiPIOS DE GESTAO DE PESSOAS

Principio nO10 - A organiza9ao do trabalho deve propiciar oportunidades parauma continua e ilimitada expansao do conhecimento sabre 0 mundo e sabre simesmo (impulso de autopreserva9ao).

Principia nO 1 - 0 trabalho de qualidade e aquele que nao e exercido pela pessoaapenas como urn meio para a obteny80 de fins exteriores ao proprio trabalho.

Principia n° 2 - Gerenciar pessoas para a qualidade e possibilitar a engajamentoem formas de trabalho plenas de sentido.

Principia nO 3 - Uma primeira compreensao do sentido que 0 trabalho possa teraponta para a interior do homem. 0 trabalho ganha sentido na medida em quepossibilita uma amplia9ao da consciencia.

Principia nO 4 - Em uma segunda acep((ao, 0 mundo e a campo do sentido.Trabalhar com sentido implica uma participa9ao efetiva na gera9ao de um mundohumano.

Principia nO 5 - Gerenciar pessoas para a qualidade implica, entao, engaja-Ias ernformas de trabalho que possibilitem a amplia9ao da consciencia e a participa9aoefetiva da humaniza((ao do mundo.

Principia nO 6 - E papel gerencial transformar a organizay8:o do trabalho de formaque ela possa estimular e abrigar ayoes carregadas de sentido de vida, nas duasacepyoes antes consideradas.

Principia nO 7 - E na labuta pela transtormay8:o da organizay8:o do trabalho que 0papel gerencial pode. por sua vez, ganhar sentido de vida para a pessoa que 0

exerce.

Principio nO 8 - Uma possivel ay8:o gerencial para a recuperay8:o do sentido dotrabalho e realiza9ao dos que trabalham e engajar 0 coletivo dos trabalhadoresnuma transtormayao de organizay8:o do trabalho que, a par da sobrevivencia e docrescimento organizacionais, reduza as tontes de insatisfayao e amplie aspossibilidades de satisfa9ao e seja orientada pelo espirito das linhas de escape epela busca da reversao das linhas de exclusao.

Principia nO 9 - E possivel pensar numa inversao da hierarquia de necessidadesde Maslow. A necessidade de auto-realizayao, ou seja, a necessidade de atualizaras pr6prias potencialidades e possibilidades, esta por tras de todo comportamentomotivado do homem. A organiza9ao das condi9Qes para a satisfa9ao dessanecessidade deve ser central na gestao de pessoas.

Principia nO 11 - A organizayao do trabalho deve construir-se em um cenario deetetivo, produtivo e saudavel encontro com 0 outro (impulso de conservayao daespecie).

47

Principie nO 12 - No universe do trabalho, a iniciativa e a liberdade de ac;:ao deveser garantidas a todos (impulso de atividade).

Principia nO 13 - 0 exercicio de pensar sabre as destin os organizacionais, sabreos produtos e sobre as processos de trabalha deve ser estendido a tadas queatuam no espa<;:o organizacional (impulso de reflexao).

Principia nO 14 - A organizaC;:2Io deve ser urn contexto de individuagao einstrumento de cria980 de um meio ambiente humane e saudavel (criatividade).

Principia n' 15 - Todas essas possibilidades devem estar presentes ao mesmotempo.

Figura 19: Principios da Gestao de Pessoas.

13.1. DEZESSEIS PRATICAS PARA GERENCIAR PESSOAS

SEGUNDO PFEFFER (1994). CITADO POR KULLER:

1. Seguran9a no emprego

2. Seletividade no recrutamento

3. Altos salarios

4. Pagamentas de incentivas (participa98o nos resultados)

5. Funcionario acionista (participac;:ao acionaria)

6. Compartilhamento de informa90es

7. Participa98a e delega980 de poder

8. Equipes e reprojeta de tarefa

9. Treinamento e desenvolvimento de habilidades

10.UtilizaC;:8o cruzada e treinamento cruzado

11.lgualitarisma simb61ica

12.Comoreensaa de salarios

48

14. Promoyao interna

15.Perspectiva a longo prazo

16.Medidas praticas

17. Filosofia dominante

Figura 20. Dezessels pratlcas para gerenclar pessoas.

13.2. UM RESUMO: AS DEZESSEIS PRATICAS DE GESTAO NA

PASSAGEM

Tambem, Pfeffer, citado par Koller, apresenta um resumo das dezesseis

praticas de gestao na passagem.

Na lateral do palco: os trac;os

1. A gestao de pessoas e uma responsabilidade indelega'lel de todos que

coordenem trabalhadores.

2. As pessoas que atuam na organizayao sao clientes da geremcia.

3. Gerir pessoas. como clientes. significa atender as suas necessidades

manifestas e latentes.

4. Para atender as necessidades e preciso adotar urna especifica e

adequada eombinaC;aodas dezesseis pratieas de gestao de pessoas

listadas par Pfeffer.

No fundo do palco: as linhas de escape

5. Facilitar a aprendizagem e a aplicayao das propastas do Movimento da

Qualidade Total de uma forma eriativa e transformadora.

49

6. Ampliar e tornar prioritaria, como foco dos programas. a qualidade de

vida no trabalho.

7. Ser respons8vel pelas conseque!ncias ambientais, socia is e individuais

dos produtos e dos processos de produ9ao.

8. Envolver-se na tarefa de cria9ao do trabalho futuro.

9. Dividir a fun9ao gerencial com todos, em especial as decisoes sobre os

rumos da organizayao e sabre a organiz8c;ao do trabalho.

10. Tornar prioritaria, como fung80 gerencial, a prestaC;80 de servic;os aopera93o.

11. Transferir para a opera9ao a responsabilidade pelo controle da

qualidade total.

12. Transferir para a opera9ao a responsabilidade pela melhoria continua

da qualidade total.

No piso do palco: as pistas

13. Assumir a responsabilidade pela interrupyao das tendencias de exclusao.

14. Participar e estimular a reversao das tendencias de exclusao.

15. Promover 0 desenvolvimento de forrnas de trabalho que revertam a

separa930 entre concep93o e execu930 e os processos de desqualifica930

do trabalho.

16. Estimular, na terceiriz8c;ao e na 5ubcontratac;ao, as iniciativas

organizacionais que trafeguem na direc;ao indicada pelas lin has de

escape.

50

13.3. 0 GERENCIAL EDUCADOR SEGUNDO STAUDE (1988),

CITADO POR KOLLER

o gerente-educador no Projeto Reeducar

1. No Projeto Reeducar, tal como para 0 mestre-artesao, 0 papel de educador

e essencial, permanente, cotidiano e prioritario no exercicio da gerencia.

2. 0 exercicio do papel de educador impliea reorganizar 0 trabalho de

forma a possibilitar, sucessivamente: 0 dominic tecnico crescente do

campo de trabalho, 0 envolvimento na concep9ao do produto e do

processo, a possibilidade de permanente experimenta9l3o e cria9ao.

3. Decorre da conclusao anterior e para 0 papel gerencial: romper as limites

entre concepc;:ao e 8930, entre decisao e execuc;:ao, propiciando a todos a

aprendizagem do projeto, da normatiza9l3o e da formula9ao estrategica.

4. IS50 impliea, para 0 gerente, engajar-se no trabalho operacional e em

urn projeto de autodesenvolvimento.

5. Estando engajado em urn projeto de autodesenvolvimento, 0 gerente podera

atuar como urn exemplo ou como urn mentor para sua equipe de trabalho.

6. Em sua funy2lo de educador, 0 gerente sera um modele da relay2lo

homem-trabalho.

7. Isso significa, em um primeiro lugar, fidelidade ao seu proprio projeto

de desenvolvimento e de busca de sua singularidade.

8. Em segundo plano, implica respeito ao cominho e ajuda no projeto de

individuay2lo daqueles com quem se relaciona.

51

13.4. ORGANIZAc;:Ao DO TRABALHO

Organiza~ao do trabalho como instrumento do Projeto Reeducar

(principios de desenho)

1. Principio da compatibilidade: desenho organizacional participativo e

facilitador da participa,iio.

2. Principia da minima especifica<;ao critica: evitar toda regulamentayao

que dificulte a iniciativa e a criac;ao de metodos e processos.

3. Principioda multifuncionalidade:0 desenhoorganizacionaldeve possibil~ar

a expansao ilimitada da competencia.

4. Principia da localiz2<;80 de limites' as limites intersetoriais devem ser

definidos de forma a ampliar as possibilidades de aprendizagem.

5. Principia do trabalho adequado: quando for inevitavel a divisao em

cargos, eles devem ser projetados de forma a possibilitar e a favorecer

a atualizagiio de todas as potencialidades do individuo.

6. Principio do estado incompleto: a organizagiio do trabalho deve estar

submetida a urn permanente e participativQ processo de transformac;ao.

Principia da organizal;8o qualificante: a perspectiva de futuro e 0

projeto coletivo devem estar na base da organizagiio do trabalho.

13.5. NUCLEO DE INTER-RELAc;:Ao

Katz e Kahn resumiram em urn grafteD esse nucleo das inter-relac;6es, e uma

simplificagiio e adaptagiio dele e apresentada a seguir.

52

Conjunlo de papel

Fatoresorganizacionais

Figura 21: Gratico das inteHelacoes segundo Katz e Kahn

13.6. PROJETO GERENCIA E SUA ARTICULA9Ao

1. Constituindo e integrando a equipe de trabalho

Na constituic;ao do grupo, a apresentac;ao pessoal dos integrantes e a

tarefa de facilitac;aomais imediata. ~ fundamental no inicio do grupo e na

inclusao de urn novo participante. A apresentac;ao deve ser vista quase

como urn ritual de instalaryc30 e de entrada. No entanto nao deve nunca se

concluida nessa fase e, sim, ser continua mente refeita e aprofundada.

Nao e uma apresentac;ao pessoal qualquer a que se propoe. Envolve, em

especial, a visao de cada urn sobre 0 significadodo trabalho, dos valores

com ele relacionados e da utopia possivel de vislumbrar a partir do momento

e da situayao em que se troca e se conversa. Os grandes tacos do Projeto

Reeducar sao as mesmas desse conversar e trocar: a reinvenc;c3odo meio

ambiente, a recriac;ao da organizac;ao e a produc;ao da subjetividade. Em

lorno desses lemas a con versa gira e e feita a apresentac;;aoindividual.

53

Conecta-se a essa apresentac;:ao pessoal a definic;:ao da missao, dos

valares e das objetivas estrategicos, tanto em relayaa ao trabalho imediato do

grupo como em relavao a organizaC;:8o mais abrangente. Essas definic;:5es

serao periodicamente repetidas e aprofundadas. Observa-se ja aqui urn inicio

de reversao da perspectiva de formulac;ao estrategica convencional. Ela naD

e realizada pela alta gerencia e nao desce pela piramide organizacional como

uma raiz OU como urn eixo unico de articulac;ao.

No plano geral da grande organizayao, 0 resultado do processo de

formulayao estrategica de cada grupo pode ser visto como hip6teses de

orientar;ao estrategica comum em busca de articulac;oes rizomaticas. Ainda no

plano de organiza~o mais abrangente, podern-se construir mecanismos de

articulayao desses resultados grupais em formula96es estrategicas globais.

Operando-se assim, e passivel construir efetivos mecanismos de participac;:ao,

como os adotados pela Prefeitura de Porto Alegre no or9<'mento participativo.

Do ponto de vista do grupo sujeito, a visao e outra. A formulayao

estrategica representa a definiyao de propostas de ayao e de articulayao

implicadas e multiplicadas par projetos de transformac;ao. Assim naD importa

que sobredefinic;:oes organizacionais sejam ou nao efetuadas em torno de

suas estrategias de a,80. Elas representam uma declarayao de

compromisso e de busca de autonomia. ACl contrario do Movimento da

Qualidade Total, que necessita da adesao e do apoio da cupula, 0 Projeto

Reunir pode come~r em qualquer grupo ou nivel organizacional. Dar contar

de um ambiente adverso pode ser uma das formula,oes estrategicas.

54

2. Articulando equipes

E na trajetoria de uma clara afirmac;ao valor.'3tiva em curso que acontece 0

encontro com 0 cliente, seja ele interne ou extemo. Ai se dialoga. Nao S9

levantam necessidades a-criticas au requisitos sagrados oriundos de pessoas

ou grupos egoistas e isolados. As sinapses sao negociadas, renegociadas ou

estabelecidas por estados momentaneos de desejo, afeto ou afei\'1io.

Feita 0 encontro nas multiplas interfaces, ha urn duplo retorno ao

processo de trabalho. Urn deles questiona a micro-processo au instancia

de trabalho do grupo, com 0 prop6sito de revisa-Io e transforma-Io. 0 outro

questiona a macro-organizac;:ao do trabali1o, tendo em vista a sua

transformac;:ao e a necessidade de recriac;:ao do meio ambiente. 0 Projeto

Reunir, como instrumento do Projeto Reeducar, esta em curso.

3. Desenvolvendo a equipe de trabalho

Agora, 0 projeto de a9ao esta formatado. Durante a processo foi

necessaria ir discutindo e definindo as fcrmas de articulaC;Elo interna. A

proposta de autonomia foi vivida na propria carne. A organiza9ao interna

do trabalho foi definida. As formas grupais de participa,ao e de tomada de

decisao foram definidas e mantidas au transformadas.

No mesmo processo, formas de valoriza9ao e de avaliayao grupal

fcram estabelecidas e utilizadas. Provavelmente valorizam-se formas de

avalia9ao do usuiuio; praticou-se a auto-avalia9ao; experimentaram-se e

fixaram-se formas de avalia9ao em grupo e intergrupos. 1550 tudo implicou

olhar 0 pequeno e 0 grande do homem. Olhar no olhar do outro e se

reconhecer como possibilidade e negaryEio. Tudo foi e esta posta.

55

14. UMA CONTRIBUI~Ao PARA A INOVA~Ao GERENCIAL: UMA

PROPOSTA

Com as novas conceitos da Ffsica Quantica e da Neurofisiologia, da visao

hoHstica, as teorias da Administrac;ao renavaram-se

Essa lase de transi~ao traz no seu bojo alguns paradigmas.

14.1. PARADIGMAS

A analise do passado e considerada uma etapa necessaria para poder

promover mudanc;a.

o mesmo racioclnio podera ser usado para outros paradigm as como:

14.1.1. As pessoas resistem a mudam;as

A palavra resistencia foi introduzida pela Psicanalise.

A questao atual e S8 0 individuo nao compreendeu a razao das mudanyas. A

questao e: "Como comunicar, dentro do universo do interlocutor, para que ele S8

aceite~

56

14.1.2. Mudanca de cultura e de valores e demorada

1550 fo; valida ate 1950, quando as empresas eram estaveis e 0 meio

ambiente idem. Com as inovac;6es tecnol6gicas, a informaC;8o promove sensiveis

diferenc;as na cultura enos valores. Estes sofrem hoje mudanc;as quase diarias.

14.1.3. Estados emocionais nao podem ser alterados

Uma vez que conhecemos hoje a maneira como processamos a apreensao

da realidade, identificar as estrategicas que nos levarn ao bem-estar e ao mal-estar,

gerando estados agradaveis e desagradaveis, e apenas uma questao de dominic ou

naD da tecnica.

14.1.4. A frustracao e uma etapa necessaria II aprendizagem

Os inumeros exercicios de sensibilizac;ao utilizados em T&D tinham como

estrutura basica a necessidade de tomar consciencia dos aspectos negativos. Urn

exemplo tipico disso sao as dinamicas, as exercicios estruturados e as teorias de

sensibilizac;ao.

Assim, 0 tempo gasto em Treinamento para levar as participantes a tamar

essa consciencia era de uma hora au ate mais.

57

o tempo naD era 9asto para exercitar novos comportamentos. Desse modo,

estava-se treinando como comportar-se de maneira impr6pria e nao como

comportar-se para obter as resultados desejados.

Os novos conceitos da visa a holistica e da Reengenharia Humana

demonstram que e passive I pedagogicamente, e naD mais psicologicamente,

modificar comportamentos sem utilizar novas experiencias desagradaveis.

14.1.5. A Pedagogia e diferente da Andragogia

Na decada de 1970, surgiu 0 termo Andragogia (ainda nao incarporada ao

dicionario Aurelio) como contraposi((ao a urn tipo especial de ensino que vigorava na

epoca. Tratava-se do desconhecimento da Historia da Educagao, ban ida dos

curriculos apos 1964. No entanto, a verdadeira pedagogia preve metod os e didaticas

de ensino para quaisquer idades e metodologias de ensino democraticas.

14.2. PARADIGMAS DA NOVA ERA E PARADIGMAS DA EDUCAc;:Ao

as novas padr6es da nova era buscam modelos de qualidade de vida, de

saude ffsica e mental e de bem-estar. As tearias que propagavam que toda a

mudanga causa dar e sofrimento caem par terra.

o primeiro dos psicologos holistas, Maslow, estudou 0 modelo de pessoas

saudilVeis para elaborar sua tearia, apenas parcialmente popularizada pela

Administrayao.

58

A velha Pedagogia, que incluia a cren98 nos recursos didaticos como

instrumento de forma~iio da personalidade do individuo, volta a ser util. E os

pressupostos a ser resgatados sao:

• A importancia do dialogo, da reflexao e do questionamento.

• 0 ser humano pode influenciar 0 meio cnde vive.

• Querer e podeL

• 0 pensamento como uma fonte de energia e, par meio dele, 0 "querer

e poder".

• A vontade como fator decisivo nos fatos.

• A possibilidadede se ter prazerno trabalho.

• 0 trabalho como meio para auto-realizac;:ao.

• 0 ser humano sendo motivado e motivando mudanc;:as.

• Ao entender a 16gica, e 0 seu pr6prio processo de aprendizagem, 0

individuopode repeti-Iopara aprender0 que quiser.

14.2.1.0 que ensinar?

• Resgatar a capacidade de autonomia e de auto-estima dos individuos.

• Prom over uma amplia<;ao na forma de perceber 0 mundo.

• Fornecer ferramentas e modelos saudaveis para que i550 S8 torne

passivel.

• Permitir vivenciar 0 positiv~ sem que para isso se vivencie 0 modelo

negativo.

59

14.3. METODOLOGIAS AUXILIARES DE REENGENHARIA

14.3.1. A programa~ao NeurolingOistica

Foi aiada por John Grinder, um estudioso da lingOistica, e por Richard Bandler, um

matematico e espedalista da area de informatica. Justam,ente por virem de areas alheias apsicologia e desprovidas de paradigmas paralisantes, buscaram conhecer a linguagem

l6gica, matematica, e os processos que os seres humanos usam para tomar decisiies e

alcan~r objetivos, principal mente registrar as experieneias. 0 principal paradigma quebrado

e 0 do conceito de normalidade: desde que 0 cerebra seja normal, existe normalidade.

o desafio e descobrir qual e 0 metodo de realidade que 0 individuo possui e

naG encaixc3-lo em padroes tidos como aceitos, dentro de uma norma.

A partir de novos comportamentos escolhidos pelo livre arbitrio do indiviuo, ja

que 0 facilitador nao trabalha 0 conteudo, mas as estrategias e os processo que as

pessoas usam para representar a realidade, pode-se ampliar a maneira de 0 individuo

relacionar-se com 0 mundo e obter maior f1exibilidade.

Oessa forma, podemos fornecer ferramentas para as pessoas identificarem:

• valores;

crengas;

• criterios;

• regras.

Enfim, os paradigmas poderosos e os paradigmas paralisantes.

A teoria das Organiza90es de Aprendizagem usa os Recursos da PNL para

ampliar percep90es.

Sendo assim, eria-se a necessidade de inova90es que sao impreseindiveis

para uma proposta de Administra9ao nas empresas.

60

CONSIDERA<;:OES GERAIS

A pesquisa bibliografica teve como prioridade caracteristica neste trabalho

pretende deixar uma pequena contribuic;iio sobre 0 desempenho gerencial,

repassando pelos percal90s do dia-a-dia dos funcionarios, clientes e todos os

envolvidos no desempenho deste.

Procurou, tambem, traQaf, mesmo que em linhas gerais, questoes sabre

motiva~o e lideran9a, trazendo a tana a gestao de pessoas.

Contribui, assim, de uma maneira simb6lica, procurando discernir questoes

proprias do cotidiano, tendo como objetivo primordial alcanvar a confianva de urn

grupo, para urn trabalho motivado e liderado e, ao mesma tempo, cumpriu as metas,

ou seja, a produtividade.

61

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