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Revista do Comité Olímpico de Portugal Publicação Bimestral - Maio|Junho de 2006 - Nº 119 - PUBLICAÇÃO GRATUITA ALVO: PEQUIM With english summaries João Costa foi o primeiro português a garantir a presença nos Jogos Olímpicos de 2008 TIRO Os herdeiros de Armando Marques CANOAGEM O melhor Centro de treino do Mundo DESPEDIDA Até sempre, Nuno Delgado

ALVO: PEQUIM · spots at a World Cup event in China, last May. Now there is only one place available for ten candidates, among them father and son, Antonio and João Paulo Azevedo

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Revista do Comité Olímpico de Portugal Publicação Bimestral - Maio|Junho de 2006 - Nº 119 - PUBLICAÇÃO GRATUITA

ALVO: PEQUIM

With english

summaries

João Costa foi o primeiro português a garantir a presença nos Jogos Olímpicos de 2008

TIROOs herdeiros deArmando Marques

CANOAGEMO melhor Centro de treino do Mundo

DESPEDIDAAté sempre,Nuno Delgado

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6 REPETENTE/TRIPEATJoão Costa, o sargento da Força Aérea quese deu a conhecer aos portugueses em ple-nos Jogos Olímpicos de Sydney, ao classifi-car-se na 7.ª posição, foi à China levantar obilhete de ida aos Jogos de Pequim, tornan-do-se no primeiro português (embora olugar seja atribuído ao país) qualificado para2008. Serão os seus terceiros Jogos conse-cutivos e, a julgar pelas provas recentes, sãograndes as hipóteses de mais um bomresultado.

Portuguese Air Force Sergeant João Costa, whorevealed himself to his fellow countrymenduring 2000 Sydney Olympics, finishing 7th atFree Pistol contest, did it again. He went toChina to buy his own ticket for BeijingOlympics, more than two years before theGames. He's the very first Portuguese athletequalified to 2008 Olympics. After Sydney andAthens, those will be his third Olympics.

10 PONTARIA/IN THE BULL’S EYEHá onze portugueses, incluindo um pai e um filho(António e João Paulo Azevedo) envolvidos nas provasde apuramento para os Jogos Olímpicos na modalidadede Fosso Olímpico em Tiro com Armas de Caça, amesma que em 1976 deu a Armando Marques a pri-meira medalha individual do olimpismo português. Oveterano atirador tem dado força aos que cedo entra-ram no Projecto Olímpico, mas à margem, ManuelVieira da Silva acabou por ser o primeiro a celebrar,conquistando também na China o primeiro dos doislugares

Eleven hit men are on the run for two places at BeijingOlympics on Trap competition, a traditional event thatgave Portugal the first ever individual medal, at Montreal1976, to Armando Marques, still on fire 30 years later. Oneof them, Manuel Vieira da Silva, who finished 7th in AtlantaOlympics, ten years ago, already grabbed one of thosespots at a World Cup event in China, last May. Now there isonly one place available for ten candidates, among themfather and son, Antonio and João Paulo Azevedo.

OLIMPO

OLIMPO 119MAIO/JUHO 2006Propriedade e Edição/Property and EditionComité Olímpico de Portugal, Travessa da Memória, 36 1300-403 LisboaTel.: 21 361 72 60 Fax: 21 363 69 67Director / Director José Vicente MouraDirector Executivo / Executive Director João Querido ManhaTextos / Text João Q. ManhaFotos / Photography Carlos Alberto Matos, C.I.O.Projecto Gráfico e Paginação / Layout and Graphics Rogério BastosImpressão / Printing Mirandela - Artes Gráficas, S.A.Tiragem / Circulation 1800 exs.Periodicidade Bimestral / Bimonthly publicationNumero de Registo ICS 102203Depósito Legal 9083/95 Distribuição gratuita / Free copyF

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FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS

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14 PROJECTO/PROJECTÀ razão de um novo nome por mês, oProjecto Pequim 2008 avança quandoestão praticamente concluídas todasas Grelhas de Integração, um processocomplexo e moroso efectuado peloDepartamento Técnico do C.O.P. Nofinal de Maio, eram 84 de 17 modali-dades, mas o Verão promete um enri-quecimento do virtual plantel olímpi-co.

Portugal NOC Beijing 2008 Project isgrowing fast with a new name writtenevery month. By the end of May, therewere 84 athletes of 17 sports, but nextSummer is promising a great enrichmentof this virtual Olympic squad. These aregood news for portuguese sport as mostof the international Federations still did-n't initiate the qualifying process toBeijing.

22 DESPEDIDA/FAREWELLNuno Delgado tomou a grande e difícildecisão de abandonar a prática da altacompetição, após esgotar todas as possibi-lidades de debelar as suas crónicas lesões.Saiu pelo próprio pé com a mesma digni-dade e espírito desportivo que lhe norteoua carreira, numa cerimónia em que oC.O.P. se associou ao Governo e ao clubeque o projectou, o Sport Algés e Dafundo.

Nuno Delgado has taken the toughest deci-sion of his life and finished his high competi-tion career, as he could not overcome hischronic health problems. He stepped out onhis own feet with his characteristic dignityand sportsmanship, in a touching ceremonythat joined together Olympic Committee,Government and Sport Algés e Dafundo, clubof his life.

26 REVOLUÇÃO/REVOLUTIONO que se passa com a Canoagem portuguesa, a pri-meira modalidade neste momento em número deatletas no Projecto de Esperanças Olímpicas 2012, éuma autêntica revolução. Da porta que Emanuel Silvaabriu em Atenas surgiu uma autêntica enxurrada, gra-ças ao trabalho sistemático que os novos dirigentesda Federação têm impulsionado, sob influência domelhor canoísta português de sempre, José Garcia,grande responsável pela contratação do credenciadotreinador polaco Riszard Hoppe.

Canoeing is becoming a phenomenon amongPortuguese sports associations, granting a great futureas a total of 23 young athletes qualified themselves tothe C.O.P. Olympic Hope Project for 2012. EmanuelSilva, young Athens flatwater finalist, sees his dreamcoming true: he will not travel alone to the next Games.This revolution is due to a former Olympic finalist, JoseGarcia, who helped to convince very know polish trainerRiszard Hoppe to come to Portugal to work at some ofthe best training fields of the world.

SUMÁRIOSUMMARY

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www.comiteolimpicoportugal.pt

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O desporto português volta aos maiores palcos internacionais - o que se torna uma constan-

te -, com a participação da nossa Selecção de Futebol na Fase Final do Campeonato do Mundo

Alemanha 2006.

O fenómeno de massas a que temos assistido, tanto internamente como no seio das comuni-

dades lusas radicadas no estrangeiro, com uma exacerbação no limite do racional de um acon-

tecimento que transcende o desporto convencional, impulsionada e explorada pelos media até

à exaustão, suscita interessantes questões sociológicas, mas também preocupantes sintomas de

alienação colectiva injustificada. Noutras culturas e latitudes sucederá o mesmo?

Expectativas desmesuradas comportam riscos e potenciam ambientes de frustração quando

os resultados não acontecem, como se recorda do insucesso do futebol nos Jogos Olímpicos de

Atenas 2004, repetido no recente Euro 2006 de Sub-21.

O futebol é um jogo apaixonante, um espectáculo de eleição. Mas há que ter a noção do

essencial: faz parte do desporto ganhar e perder. Não desonra a derrota, até porque é necessá-

ria uma trajectória de vitória para atingir uma fase final. Há vida para além do futebol, essa

modalidade que arrasta paixões.

Seja qual for a carreira da nossa Selecção (pois por razões editoriais este escrito antecede o

início do Campeonato), associamo-nos aos que clamam "Força Portugal".

Porque devemos preservar os valores e as causas que elevaram o desporto ao patamar das

realizações humanas mais impressivas e positivas da sociedade contemporânea, temperemos

euforias, sem regatear o nosso espontâneo apoio ao sucesso da Selecção de todos nós, apre-

ciando-se o inegável talento dos nossos jogadores, e esperando-se que o seu comportamento,

dentro e fora das quatro linhas, seja consentâneo com as regulamentos e as regras éticas, ser-

vindo de exemplo de fair-play aos milhões de jovens entusiastas que acompanham estes íco-

nes da actualidade.

44Maio|Junho 2006

"Expectativas desmesuradas comportamriscos e potenciam ambientes de frustraçãoquando os resultados não acontecem, comose recorda do insucesso do futebol nosJogos Olímpicos de Atenas 2004, repetidono recente Euro 2006 de Sub-21"

A paixão do futebol

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EDITORIAL

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«To big expectations comprise risks and validatefrustration atmospheres when results fail, as werecall from the collapse of soccer team at 2004Athens Olympics, recently repeated in theUnder-23 UEFA Championship, played inPortugal.»

Portuguese Sport is coming back to great international shows – which is turning usual -, as

the football national team competes once again in the FIFA World Cup 2006, in Germany.

The massive phenomenon that we’ve been watching, not only at home but particularly

among lusophone communities spread all over the world, expressing near the limits of the

rationality towards an event that transcends conventional sport, pushed and exploited by

media till exhaustion, is calling for interesting sociological questions, nevertheless some wor-

rying symptoms of non-justified general alienation.

To big expectations comprise risks and validate frustration atmospheres when results fail,

as we recall from the collapse of soccer team at 2004 Athens Olympics, recently repeated in

the Under-23 UEFA Championship, played in Portugal.

Football is a passionate game, an outstanding show. But we must be aware of something

essential: winning or losing belongs to sport. Defeat doesn’t dishonour, because it’s absolutely

necessary a winning trajectory to reach the final stages. There is life beyond football, that

heart breaking sport.

What ever will be our Selection career (as this Editorial was written before Championship

start), we associate to the crowd shouting «Go Portugal».

Because we must preserve values and causes that exalt sport to the standard of the most

impressive and positive human achievements of the contemporary society, lets cool down the

euphoria, maintaining spontaneous support to Our Selection, appreciating the enormous

talent of our players and hoping that they behave, inside and outside german pitches, under

the respect of rules and ethics, showing an example of fair-play for thousands of young fans

who follow with such passion these icons of our days.

The passion for football

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JOSÉ V ICENTE MOURAPresidente do Comité Ol ímpico de Portugal

Portuguese Olympic Committee Chairman

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Enquanto a Câmara da Figueira da Foz e oGinásio Figueirense vão preparando a transfor-mação da velha carreira de tiro em piscina, João

Costa luta denodadamente pela sua posição no tiromundial. A ameaça de extinção local da sua modali-dade não o afectou de todo: entretanto, garantiu aqualificação de Portugal para os Jogos Olímpicos dePequim e ascendeu ao primeiro lugar do rankingmundial de Pistola Livre a 50 metros.

Ter sido o primeiro a conseguir a qualificação, tãodistante ainda do Verão de 2008, não o perturba.Lembra-se que conseguiu o apuramento para osJogos de Sydney muito perto da data limite e na der-radeira prova e é excelente não voltar a passar pelomesmo sufoco. O plano anual traçado pelaFederação, que previa a participação na maioria dasgrandes competições internacionais, vai ser cumpri-do. Já depois da qualificação na China, ganhou aTaça do Mundo de Munique em Pistola Livre e foisegundo na de Ar Comprimido. De seguida disputoutambém as provas de Milão.

"Em 2007 logo se verá, mas seria bom prosseguirno mesmo ritmo competitivo", adianta. No ProjectoPequim do C.O.P. subiu de nível, entrando no lotedos Finalistas, o que lhe confere uma responsabilida-de de classificação entre os oito primeiros - tal comoalcançou em Sydney. Curiosamente, nessa estreiaolímpica, João Costa acabou por alcançar o melhorresultado na prova em que será "menos especialista",a de Pistola de Ar Comprimido a 10 metros, que ser-via de rotina para a de Pistola Livre. Na altura o 1.ºSargento da Força Aérea fazia tiro há pouco mais dequatro anos e tinha uma reduzia experiência interna-cional.

"Gosto das duas especialidades e tenho alcançadobons resultados em PAC, mas na Pistola Livre hámais possibilidades - explica. "Como se atira a 50metros, a prova é mais complicada, o que se reflecteno número (mais reduzido) de concorrentes. Mas euconsidero que é mais fácil atirar melhor, mais fácilobter bons resultados, nos 50 metros".

O atirador da Figueira da Foz reitera a intenção de

PPEEQQUUIIMM 22000088

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Pela terceira vez consecutiva, João Costa vai representar Portugal nos

Jogos Olímpicos na modalidade de Tiro de precisão. À beira de ficar priva-

do da velha carreira de tiro da Figueira da Foz, o Sargento da Força Aérea

não falha o alvo de consolidar uma grande carreira internacional

Uma carreira

de tiro certeiro

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"apostar nas duas provas" pois considera erradoconcentrar esforços numa única, quando a qualifica-ção dá abertura para ambas. Em 2008, João Costadeseja ficar entre os 12 primeiros: "O meu objectivo éfazer o melhor possível, sem pensar em medalhas.Um atleta a este nível tem de perceber o seu valorrelativo e conhecer o grau de dificuldade da prova. Aespeculação sobre objectivos e resultados, particular-mente as medalhas, fica para os jornalistas e paraquem queira alimentar a opinião pública. O atleta sótem de concentrar-se em fazer o melhor possível,tendo neste caso a consciência de que estou entre osmelhores".

Ao longo destes anos pós-Sydney, foi consolidan-do o prestígio internacional e o posicionamento noranking internacional, acumulando experiência quelhe vai ser muito útil no momento culminante.Enfatiza: "Já não pestanejo!"

A ameaça da piscinaTendo consolidado a rotina de pedidos de dispensa

militar, através doInstituto de Desportode Portugal, que nopassado lhe tinha cau-sado alguns dissabores,obrigando-o por vezes aqueimar dias de fériaspara comparecer a pro-vas, João Costa nãoenfileira hoje uma primeira linha dos atletas com faltade apoio. Mas tem um problema enorme pela frente.

A carreira de tiro municipal, podia dizer-se a car-reira de tiro dele, paredes-meias com o PavilhãoGimnodesportivo e o Estádio da Naval 1.º de Maio,foi cedida ao Ginásio Figueirense para ali construiruma piscina. É curioso percorrer os 25 metros da dis-tância para os alvos, enquadrados por muros altos eimaginar que dentro de algum tempo aquele espaçoesteja transformado para outro desporto completa-mente diverso. Mas, há que reconhecê-lo, com umaprevisivelmente enorme taxa de ocupação e procura.

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Na mala do atirador

A maleta do atirador olímpico comporta váriosutensílios especiais e indispensáveis, com muitainfluência no resultado final e não apenas coronhase canos. Mas, e o resto?- Magnésio para a mão não deixar escorregar aarma.- Um isqueiro "Black match" de fumo negro paraescurecer a mira.- Um espelho de toilette, adereço surpreendente:para tirar pestanas.- Munições (250) a contar com treino, prova e final.- Uma revista, que também pode ser um livro("Harry Potter" em Sydney-2000 e "Anjos eDemónios" de Dan Brown em Atenas-2004).- Livro de regras do Tiro, a "Bíblia", que é semprenecessária devido às dúvidas levantadas em parti-cular em caso de avarias das armas.

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Espécie de último dos Moicanos do tiro naquelacidade e na região Centro, João Costa precisará deespaço para treinar no futuro, pois a carreira estálonge de terminar em Pequim. Já é célebre a pequenacarreira de tiro rudimentar que montou no sótão daprópria residência, com uma linha oblíqua de 10metros que lhe permite treinar quando apetece: "Àsvezes, quando estou em casa subo lá acima e treinoum bocado a pistola de Ar Comprimido. Mas nãosou um atleta de treino permanente ou compulsivo,não."

O treino físico específico, como a musculação, nãofaz parte dos seus hábitos. Considera que os treinosfísicos para o tiro são as próprias sessões de tiro, acapacidade de concentração e a impressionante mãofirme. Já o treino téorico é permanente, durante asemana, procurando manter-se a par e actualizado.

"Nunca treino diariamente. Com o aproximar dasprovas posso aumentar um pouco a intensidade e afrequência, mas considero contraproducente treinarmuito. O que eu procuro é levar para as provas algu-ma sede de fazer tiro. Se treinasse muito, acabava porperder a vontade…"

RREEPPOORRTTAAGGEEMM

On fire to Beijing

For the third consecutivetime, João Costa qualifiedhimself to the OlympicGames. This Air Forcesergeant is about to loseis almost private shootingstand in his home city ofFigueira da Foz, as thelocal authority decided tobuild a swimming pool atthe same space.However, João Costa'shand and eye are steadyand sharper than ever: heclimbed to the first rankof the world's list of FreePistol and 5th of AirPistol, after a series ofextraordinary results. Hehas been really on firesince the beginning ofthe year!In one of his last trips hegot acquaintance withChina and grabbed theticket for the Games. Hebecame the firstPortuguese virtually quali-fied because there are noother candidates in thecountry to occupy thespot he conquered forthe Portuguese ShootingFederation.Costa is betting on bothcompetitions, but stilldoesn't accept to talkabout medals of greatresults: "My goal is to dothe best I can, not thin-king of medals. At thislevel, an athlete mustunderstand his relativerate and know for surethe difficulties that areexpecting him at thecompetition ground. I leftspeculations regardingpossible results and clas-sifications, and specificallythe medal spots, to thepress and to those wholike to feed public discus-sions. I just want to beaware that I'm one of thebest and that I must tryto do whatever I canevery time I compete."At 41, João Costa is not atypical athlete. He barelydoes physical training andonly practices shootingtwice or three times aweek. He built his veryown shooting stand in hishome attic. When hefeels the mood he juststeps up through the kit-chen pantry and points tothe 10 meters target.Family is used to.

OLIMPO

Primeiro a qualificar-separa Pequim 2008

O atirador olímpico João Costa tornou-se no pri-meiro atleta português qualificado para disputar osJogos Olímpicos de Pequim em 2008, ao alcançaro segundo lugar na Taça do Mundo deGuangzhou, China, na prova de Pistola Livre a 50metros.O lugar em Pequim-2008 foi garantido pelo factode o vencedor da prova, o coreano Jong Oh Jin, jáestar qualificado em outra especialidade.Na eliminatória, João Costa tinha obtido a terceiraposição com 569 pontos, estabelecendo novorecorde nacional, e na final registou 568, qualifi-cando-se para a série decisiva de dez tiros em queobteve o melhor resultado (94.6), igualando ocoreano Jin com 662.6. Devido a este empate, foinecessário um «shoot-off» em que o portuguêsconseguiu apenas 8.6 contra 10.1 do coreano.«O desempate decidiu-se com um único tiro ecom muito nervosismo», comentou João Costa,bastante feliz com a terceira qualificação olímpicaconsecutiva.

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Sexto noCampeonatoda Europa

Em Março, João Costatinha-se classificado emsexto lugar na prova dePistola de ar comprimi-do a 10 metros, noCampeonato da Europade Tiro, em Moscovo, oque lhe permitiu ascen-der no ProjectoOlímpico do Nível 3para o Nível 2. Nessaprova, totalizou 679,8pontos, contra 687,3 dovencedor, o búlgaroTanyu Kiriakov, cam-peão olímpico nosJogos de Seul-88 eSydney-2000 e medalhade bronze nos deAtlanta-96.

Líder do rankingmundial

João Costa subiu do ter-ceiro para o primeirolugar do ranking mun-dial de Pistola Livre a 50metros, em consequên-cia da sua vitória naTaça do Mundo deMunique.Na lista publicada pelaFederação Mundial deTiro com data de 1 deJunho, o atleta já qualifi-cado para os JogosOlímpicos, totaliza 2138pontos, contra 1735 deVladimir Isakov e 1614de Mikhail Nestruev,ambos da Rússia.O ex-líder do ranking, ocoreano Jong Oh Jin,desceu para a quartaposição, com 1201 pon-tos.Também no ranking dePistola de ArComprimido, o atiradorda Figueira da Foz regis-tou uma grande subida,da 17.ª para a 5.ª posi-ção, depois de ter sido2.º na Taça do Mundode Munique.Nesta especialidade,lidera o chinêsZongliang Tan, com1633 pontos, igualmen-te seguido do russoIsakov, com 1584,enquanto João Costatotaliza 1130 pontos..

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Marcas na coronhaÀ boa maneira dos pistoleiros do Oeste que iamfazendo marcas na coronha dos revólveres, tam-bém João Costa regista as suas passagens pelasgrandes provas internacionais, mantendo osrespectivos selos colados na coronha. Trata-se depeças feitas à medida para cada atirador, a partirde moldes genéricos, uma vez que grande partedo segredo do tiro certeiro está na sensibilidadedo gatilho, extremamente sensível em particularna P.A.C..

João Costa

João Carlos Calvete PereiraCostaNascido em Luanda há 41anos (28-10-1964)Altura: 1,81mPeso: 105 kgProfissão: Sargento da ForçaAéreaInício da actividade: 1992Clube: Associação Naval 1.ºde Maio, da Figueira da FozPrincipais Resultados:Campeão nacional e ibérico(múltiplos títulos)� 3.º no Campeonato doMundo de P.A.C.� 6º no Campeonato daEuropa de 2006� Vencedor da Taça doMundo de Munique (P.L.)em 2006Nos Jogos Olímpicos:Sydney-2000� 7º em Pistola de ArComprimido� 27.º em Pistola LivreAtenas-2004� 17.º em Pistola de ArComprimido� 12.º em Pistola Livre

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Manuel Vieira da Silva conquistou o direito aparticipar nos Jogos Olímpicos de Pequim,doze anos depois de ter estado presente em

Atlanta-96. O atirador nortenho superou a concor-rência nacional numa prova de qualificação paraparticipar nas Taças do Mundo de Qingyuan, naChina, e Kerrville, nos Estados Unidos, em Abril eMaio últimos, vindo a alcançar duas classificaçõesbrilhantes.

Na prova chinesa, Manuel Silva arrancou umsegundo lugar e garantiu para Portugal um lugarnos Jogos Olímpicos. Na prova de Trap, FossoOlímpico, cada país pode ocupar duas vagas e,embora sejam atribuídos aos países, é da tradiçãoportuguesa que venham a ser ocupadas pelos atletasque as conseguem. O português foi batido apenaspelo italiano Massimo Fabbrizi, campeão mundial, euma vez que a Itália já tinha assegurado os doislugares nos Jogos de Pequim, a vaga em disputanesta Taça do Mundo sobrou para Portugal.

O presidente da FPTAC, Geraldes de Oliveira,explicou que por critério da Federação já aplicadoem anteriores Jogos Olímpicos os lugares serão ocu-pados pelos atiradores que conquistarem as vagas,

RREEPPOORRTTAAGGEEMM

MMaannuueell SSiillvvaa ffooii ààCChhiinnaa aallccaannççaarr aa qquuaalliiffii--ccaaççããoo ppaarraa ooss JJooggooss ddeePPeeqquuiimm,, ccllaassssiiffiiccaannddoo--sseeeemm 22ºº.. NNaa TTaaççaa ddooMMuunnddoo ddee QQiinnggyyuuaann

Manuel Silva flew toChina to get his ticketfor the Olympics, finishing second in theQyngyuan World Cup

OLIMPO

TIRO COM ARMAS DE CAÇA

Um dos dois lugares disponíveis para

Portugal na prova de Tiro com Armas

de Caça (Fosso Olímpico) dos Jogos

Olímpicos de Pequim já foi assegura-

do por um atleta que esteve em

Atlanta-96. Outros dez atiradores

incluídos no programa de alta

competição da F.P.T.A.C., alguns deles

incluídos no Projecto do C.O.P.,

continuam na corrida, já com

os próximos Campeonatos do Mundo

de Zagreb no horizonte.

MANUEL SILVA regressa aos Jogos

1100Maio|Junho 2006

não obstante em rigor elas caberem ao país e nãodirectamente aos atletas.Manuel Silva regressaassim aos Jogos Olímpicos, doze anos depois de teralcançado o sétimo lugar em Atlanta-96, juntando-sea João Costa (Tiro de pistola) que também alcançoua qualificação olímpica numa prova disputada naChina

Na Taça do Mundo de Qingyuan, Manuel Silvafoi um dos terceiros classificados nas cinco sériesregulares, com 122 em 125 tiros, acabando por subiruma posição na série final, onde foi o melhor, ex-aequo com Fabbrizi, terminando com 145 em 150.

Um mês depois, Manuel Silva confirmou a suaboa forma e o alto nível internacional na provanorte-americana, onde também foi finalista,concluindo na sexta posição. No final de Maio, ocu-pava o 5.º posto do ranking mundial.

Estes resultados valeram-lhe a entrada noProjecto Pequim 2008 do C.O.P., no Nível 2, juntan-do-se a dois atiradores já integrados há cerca de umano, António Azevedo e Ricardo Colaço, e ainda aojovem João Paulo Azevedo, que está integrado noProjecto Esperanças Olímpicas.

Na realidade, são os onze atiradores portugueses

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AArrmmaannddoo MMaarrqquueess mmoossttrraa aa ssuuaa mmeeddaallhhaa ddee pprraattaa aaoo jjoovveemm JJooããoo PPaauulloo AAzzeevveeddoo,, ssoobb aass vviissttaass ddee RRiiccaarrddoo CCoollaaççoo ee AAnnttóónniioo AAzzeevveeddoo,, qquuaattrroo ggeerraaççõõeess ddee aattiirraaddoorreessArmando Marques shows his Silver Medal to young João Paulo Azevedo, near Ricardo Colaço and António Azevedo, four generations of Portuguese shooters

Pai e filho em competiçãoQuase 26 anos separam António e João Paulo Azevedo, dois candidatosmuito particulares a representar Portugal nos Jogos Olímpicos de Pequimde 2008. António, o pai, desenvolveu o nível desportivo ao acompanhar acarreira internacional do filho, um dos juniores do desporto português commaior experiência, todas as modalidades individuais compreendidas."Trata-se de um desafio sério entre pai e filho, mas sobretudo entre doisdesportistas. Se eu tivesse de ir aos Jogos Olímpicos em vez dele não abdi-caria disso. A derrota seria um problema dele", diz o pai.João Paulo está preparado para o combate: "Quando chegar a hora, é cadaqual por si. Mas é evidente que nos ajudamos um ao outro na preparaçãodas provas".No ranking mundial, a corrida já é favorável ao jovem João Paulo, queocupa a 62.ª posição, enquanto o pai se encontra na 112.ª

OLIMPO1111

Maio|Junho 2006

que realizam regularmente provas de qualificaçãopara cada par de Taças do Mundo, em que aFederação Portuguesa de Tiro com Armas de Caçaparticipa com três atletas de cada vez. Naquelas pri-meiras duas do ano, Manuel Silva teve a companhiade José Alves da Silva e de João Paulo Azevedo.Mas para as provas seguintes, a do Cairo já realiza-da em Maio e a de Suhl, na Alemanha, em Junho, osrepresentantes nacionais são Ricardo Colaço, o vete-rano João Rebelo, um dos raros portugueses quedisputou cinco Jogos Olímpicos, e Hélder Rosa.

Depois da conquista de Manuel Silva, há aindaum lugar em aberto para Portugal, mas o melhorresultado obtido pelos seus colegas foi o 14.º postode José Silva em Kerrville. Além da prova de Suhl,este ano ainda se disputam, em finais de Julho, emZagreb, os Campeonatos dos Mundo, que apurampara Pequim as três primeiras posições.

Competição apertadaTrata-se de uma modalidade muito competitiva anível internacional e isso reflecte-se nas dificuldadesde apuramento nacional. Os dois atletas que entra-ram no Projecto Olímpico em 2005 tiveram este anodificuldade em confirmar esse estatuto e, por exem-plo, António Azevedo ainda não conseguiu voltar aparticipar numa Taça do Mundo.

Armando Marques, que conquistou a primeiramedalha individual do Olimpismo português, aoficar em segundo lugar nesta especialidade emMontreal-76, desafia a nova geração a imitá-lo:"Entristece-me que tenham passado trinta anos semconseguirmos conquistar outra medalha no tiro,apesar dos bons valores que sempre existiram namodalidade".

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Quarenta e dois anos depois de ser ter estreadonos Jogos Olímpicos de Tóquio, Armando Marquescontinua a atirar em provas internacionais, conhecebem o meio e considera que Portugal dispõe de"massa humana para chegar às medalhas" e sur-preende-se pela ausência de resultados a esse nível:"Com uma dúzia de atiradores de tão bom nível, tal-vez se justificasse outro acompanhamento. Serianecessário perceber por que razão não alcançamosmelhores resultados olímpicos, mas eu julgo não meenganar muito ao pensar que cada um treina isola-damente, à sua maneira. Pratiquei muitos desportose sei que o tiro é a única modalidade que não temum treinador específico, definido".

Além das questões técnicas, o acompanhamentopsicológico é de capital importância no Tiro, justifi-

cando uma maior proximidade entre todos os envol-vidos. Faz falta o treino em grupo que, segundoArmando Marques, eliminaria os condicionalismosindividuais que tanto afectam os atiradores portu-gueses na hora da verdade: "a insegurança tem-semanifestado precisamente nos momentos cruciais,em particular nos Jogos Olímpicos", refere ArmandoMarques.

40 mil tiros por anoRicardo Colaço e António Azevedo, os primeirosatletas do tiro englobados no Projecto Pequim 2008,desafiam dificuldades enormes para alcançarem aboa forma.

O primeiro, algarvio, tem de percorrer mais deuma centena de quilómetros para poder treinar algu-

1122Maio|Junho 2006

On fire to Beijing II

There are now ten shoo-ters competing in Portugalfor the remaining place ofTrap event in BeijingGames, after ManuelVieira da Silva had grabthe other during a recentWorld Cup in China.Three of them are inclu-ded in Beijing Project,Ricardo Colaço, AntónioAzevedo and his son JoãoPaulo Azevedo, the youn-gest. They are encoura-ged by ArmandoMarques, who took silverin 1986 Montreal Games,the first individualPortuguese medal ever.Manuel Silva returns tothe Games 12 years aftercompeting in Atlanta,where he finished 7th,still the best result ofPortuguese shooting afterArmando Marques silver.Marques says thatPortugal has a lot of greatathletes in this particularlyevent and blames thepreparation and the lackof coaches for the incapa-city to repeat his classifi-cation, after 30 years.Father and son, Antonioand João Paulo Azevedoare fighting hard amongthe group but of coursethe youngest, one ofworlds best in his agewith multiples youthchampionships, is gettingbetter results.

OLIMPO

RREEPPOORRTTAAGGEEMM

JJooããoo PPaauulloo AAzzeevveeddoo,, aattlleettaa ddoo PPrroojjeeccttoo EEssppeerraannççaass 22001122,, rreeaalliizzaa mmaaiiss ddee 4400 mmiill ttiirrooss ppoorr aannooJoão Paulo Azevedo, athlete of the Project Olympic Hope 2012, trains intensely, about 40,000 shots per year

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AArrmmaannddoo MMaarrqquueess nnuummaa ffoottoo ddee AAnnttóónniioo CCaappeellaa ddee 11997766,, pprriimmeeiirraa mmeeddaallhhaa iinnddiivviidduuaall ddee PPoorrttuuggaallArmando Marques (photo of 1976) was the first Portuguese athlete to grab a medal in an individual sport

OLIMPO

A primeira medalhaA medalha de prata de Armando Marques, que prece-deu nalguns dias a de Carlos Lopes nos 10.000metros, foi a primeira medalha olímpica individual dodesporto português. O atirador do Sporting totalizou189 pratos, menos um que o norte-americano DonaldHaldeman e superando no desempate o italianoUbaldesco Baldi, que também totalizou 189, mas tevede contentar-se com o Bronze.O Tiro português esteve presente em 16 edições dosJogos Olímpicos, desde Antuérpia-1920, quando umaequipa de seis atiradores se classificou em 8.º lugarem Carabina. As provas de Trap (Fosso Olímpico) sócomeçaram em 1960, com Guy de Valle Flor, mas aolongo das décadas seguintes a especialidade firmou-se entre nós.Eis em resumo as participações do Tiro português emTrap, nos Jogos Olímpicos.

1133Maio|Junho 2006

1960 Roma Tiro (Trap) Guy de Valle Flor 15º

1964 Tóquio Tiro (Trap) Armando Marques 18º

Tiro (Trap) Guy de Valle Flor 28º

1972 Munique Tiro (Trap) Armando Marques 19º

1976 Montreal Tiro (Trap) Armando Marques 2º

(Medalha de Prata)

1984 Los Angeles Tiro (Trap) José Casquilho Faria 28º

Tiro (Trap) João Rebelo 54º

1992 Barcelona Tiro (Trap) João Rebelo 16º

Tiro (Trap) Manuel Vieira da Silva 11º

Tiro (Trap) António Palminha 11º

1996 Atlanta Tiro (Trap) João Rebelo 13º

Tiro (Trap) Manuel Vieira da Silva 7º

2000 Sydney Tiro (Trap) João Rebelo 26º

Tiro (Trap) Custódio Ezequiel 18º

2004 Atenas Tiro (Trap) Custódio Ezequiel 21º

mas tardes por semana, em Silves. Isso só é possívelpor exercer a actividade profissional em empresasfamiliares de construção civil e de ter o apoio do pai.Azevedo, já com 48 anos, é ele próprio empresário,tendo aperfeiçoado o amadorismo nesta modalidadeaté ao mais alto nível nacional pelo prazer de acom-panhar o filho, há vários anos um dos melhores doMundo dos escalões etários mais jovens. Beneficia dedisponibilidade financeira pessoal para a prática deuma modalidade dispendiosa, que lhe permite trei-nar duas ou três tardes por semana, à média de trêsou quatro séries de 25 tiros - em todo o caso, treinosbem mais ligeiros que os do seu filho João Paulo.

Ambos estão empenhados na corrida por umlugar em Pequim, com a consciência da competitivi-dade a nível nacional, quando se verifica um cresci-

mento regular do número de atiradores."Começamos na caça, passamos pelas provas

populares nas festas locais e acabamos federados" - otrajecto habitual descrito por Ricardo Colaço e quefoi também o dele. "Sou neto e filho de caçadores emais tarde cheguei a fazer tiro de stand. Aperfeiçoei-me um pouco consegui ir a uma Taça do Mundo emBelgrado, onde fiquei em 11º, e integrei o ProjectoOlímpico. Hoje estou em concorrência com o meufilho, que já pertence a uma geração iniciada à mar-gem da caça", explica António Azevedo.

Noutro plano, mais dedicado ao desporto, o jovemJoão Paulo Azevedo, um dos atletas mais condecora-dos do Projecto Esperanças, que já correu Mundo comas suas espingardas, estuda de manhã e treina à tarde.Dispara de 30 mil a 40 mil tiros por ano

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Nos primeiros meses de 2006, o ProjectoPequim 2008 cresceu a uma média relativa deum novo atleta por mês. Junho iniciou-se com

84 confirmados, havendo já outros nomes prontos aserem integrados. Além das novas integrações, regis-taram-se também algumas promoções, com destaquepara João Costa, da Federação de Tiro, o primeiroatleta a garantir um lugar nos próximos JogosOlímpicos, que ascendeu ao Nível 2.

O sector feminino cresceu significativamente nesteprimeiro semestre do ano, graças em particular a alte-rações no processo de admissão ao Nível 4 que possi-bilitaram a entrada de quatro atletas, duas daCanoagem, uma do Badminton e outra dosTrampolins. Além delas, verificou-se também a entra-da de Inês Henriques, do Atletismo, passando o pelo-tão feminino de nove para 14 unidades (16 por centodo total).

O ajuste do número total de atletas reflecte tam-bém a redução em uma unidade do número de joga-dores da equipa de futebol, que baixa de 21 para 20no ano -2, de acordo com os parâmetros do Projecto.E ainda com a saída do atleta da Federação deEsgrima, João Gomes, em resultado da primeira ava-liação de resultados ao fim de ano e meio de integra-ção. Em compensação para a saída momentânea daEsgrima, verifica-se a entrada do Badminton noProjecto Pequim.

Primeiros qualificadosFoi neste período que se verificaram as primeiras"inscrições" portuguesas nos Jogos Olímpicos dePequim. João Costa, que vai para os terceiros Jogos e

PPRROOJJEECCTTOO PPEEQQUUIIMM 22000088

O Projecto Pequim entra em Junho

de 2006 com 84 atletas oficial-

mente integrados, registando uma

média regular de integrações de

pelo menos uma unidade por mês.

O primeiro semestre do ano tam-

bém fica marcado pelas primeiras

duas qualificações garantidas,

ambas na área do Tiro (Pistola e

Caçadeira) e ambas alcançadas em

provas realizadas na China

MMaarraattoonniissttaa LLuuííss JJeessuuss ((oollíímmppiiccoo eemm 11999966)) ccoonnqquuiissttoouu lluuggaarr eemm MMaaiioo Luís Jesus, olympic at Atlanta-96 Olympics, was fourth in the Paris Marathon in May

Um novo atleta

todos os meses

OLIMPO1144

Maio|Junho 2006

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tem como melhor resultado um 7.º lugar em Sydney,e Manuel Vieira da Silva, da Federação de Tiro comArmas de Caça, que regressa depois de também tersido 7.º nos Jogos de Atlanta, na especialidade deTrap (Fosso Olímpico).

Tendo obtido a qualificação olímpica para asrespectivas Federações com segundos lugares em pro-vas disputadas na China, o que é de bom augúrio,João Costa e Manuel Silva foram integrados no Nível2. São agora 14 neste segundo grupo, exactamente odobro dos sete do Nível 1 e metade da soma dos atle-tas individuais integrados nos Níveis 3 e 4 (29), o quedá uma ideia do equilíbrio geral dos critérios do pro-jecto, que continua a crescer com grande proporciona-lidade e equilíbrio.

Maratonistas em forçaO Atletismo foi a modalidade que mais cresceu den-tro do Projecto, graças à entrada de três novos atletas,todos para o Nível 3. Hélder Ornelas foi incorporadoem Março com retroactivos a 1 de Janeiro, em virtudedo 22.º lugar alcançado no Ranking Mundial daMaratona, da Federação Internacional (IAAF), refe-rente a 2005. O atleta, que tinha participado nos Jogosde Sydney de 2000 (27.º lugar nos 5.000 metros) tinhavencido em Dezembro a Maratona de Milão, com umtempo magnífico de 2.09,59 horas. Esta marca consti-tui a melhor estreia de sempre na Maratona, tendoficado a escassos 19 segundos da entrada directa parao Projecto, através da tabela de integração. Esta veio aconfirmar-se pouco tempo depois através do rankingmundial.

Em Maio, um terceiro maratonista juntou-se a

1155Maio|Junho 2006

HHééllddeerr OOrrnneellaass ffooii iinnccoorrppoorraaddoo eemm MMaarrççooHélder Ornelas was included in March

OLIMPO

1-6-06 84

Níveis 1 2 3 4

TOTAIS 7 14 20 43

P Nivel 7 14 20 9

Francis Obikwelu ATLETISMO 1Rui Silva ATLETISMO 1Susana Feitor ATLETISMO 1Emanuel Silva CANOAGEM 1Sérgio Paulinho CICLISMO 1Telma Monteiro JUDO 1Vanessa Fernandes TRIATLO 1Alberto Chaíça ATLETISMO 2Naide Gomes ATLETISMO 2João Neto JUDO 2João Pina JUDO 2Manuel Silva TIRO A. CAÇA 2João Costa TIRO 2Nuno Merino TRAMPOLINS 2Bruno Pais TRIATLO 2Álvaro Marinho VELA 2Miguel Nunes VELA 2Gustavo Lima VELA 2Afonso Domingos VELA 2Bernardo Santos VELA 2João Rodrigues VELA 2João Vieira ATLETISMO 3Manuel Damião ATLETISMO 3Nelson Évora ATLETISMO 3Inês Monteiro ATLETISMO 3Inês Henriques ATLETISMO 3Luís Jesus ATLETISMO 3Vera Santos ATLETISMO 3Hélder Ornelas ATLETISMO 3Miguel Maia VOLEIBOL DE PRAIA 3João Brenha VOLEIBOL DE PRAIA 3Francisco Rocha EQUESTRE 3Manuel Campos GINÁSTICA 3Andreia Cavalleri JUDO 3Ana Hormigo JUDO 3Renato Morais JUDO 3Diana Gomes NATAÇÃO 3António Azevedo TIRO A. CAÇA 3Ricardo Colaço TIRO A. CAÇA 3Jorge Lima VELA 3Francisco Andrade VELA 3Telma Santos BADMINTON 4Joana Sousa CANOAGEM 4Helena Rodrigues CANOAGEM 4Nuno Vicente EQUESTRE 4André Parada EQUESTRE 4Miguel Duarte EQUESTRE 4Carlos Pinto EQUESTRE 4Hugo Passos LUTAS AMADORAS 4Ana Rente TRAMPOLINS 4

EQUIPAS 0 0 0 34

Sel. Fut. Sub20(21) FUTEBOL 20Sel Voleibol VOLEIBOL 14

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PPRROOJJEECCTTOO PPEEQQUUIIMM 22000088

Beijing counting

Portugal NOC Beijing2008 Project is growingfast with a new namewritten every month andstill counting. By the endof May, 84 athletes of17 sports had confirmedconditions to receive thesupport of C.O.P., whichis distributing a totalamount of 14 millioneuro during the fouryears of the Olympiad.Next Summer however itis expected a significantnumber of new mem-bers after some impor-tant competitions, oflevel continental or worldclass, of a few sports, likeAthletics, Canoeing orRowing, for instance.Criteria for integration inthe Projects are almostdone, as only one oranother little difference isabout to be settled bet-ween C.O.P., and theconcerning Federations.It is the first time thatthese criteria observeFederations points ofview, trying to adequatethe same spirit andequal level of difficulty,despite the complexity ofrules and characteristicsof each sport. It is mostexpectable that in nextGames, at Beijing, themajority of the athletesqualified will belong tothe Project list and alsothat the majority of theincluded shall confirmand qualify.At this moment only afew internationalFederations did initiatedthe qualifying processand Portugal has alreadytwo names written down,João Costa and ManuelSilva, both in Shooting.The women squadshows one of the mostsignificant improvementsof the first five months of2006, with some newgirls coming in, like AnaRente (Trampoline) orInês Henriques(Athletics).

OLIMPO

Hélder Ornelas e Alberto Chaiça no ProjectoOlímpico: Luís Jesus, que também regressa aoambiente olímpico depois de ter estado presente nosJogos de Atlanta de 1996, onde igualmente disputouos 5.000 metros (30.º lugar). Jesus ingressa no Projectopela excelente marca de 2.08,55 horas, que obteve a 9de Abril na Maratona de Paris, onde se classificou naquarta posição. Esta marca valia na altura o nonolugar no ranking mundial e o primeiro no rankingeuropeu.

No mês seguinte foi a vez de Inês Henriques, atle-ta da Marcha que também já foi olímpica, em Atenas-2004, onde se classificou na 25.ª posição. Agora, aatleta de Rio Maior alcançou também um tempomagnífico de 1.30,28 horas nos 20 quilómetros mar-cha, na Taça do Mundo disputada na Corunha. Alémde recorde pessoal, a marca de Inês Henriques é asegunda melhor de sempre realizada por atletas por-tuguesas.

Badminton estreiaO Badminton foi a nova modalidade admitida noProjecto Olímpico, graças a Telma Santos, uma jovematleta que já fazia parte do Projecto Esperanças 2012.Telma Monteiro foi promovida graças à apreciaçãotécnica do ranking mundial que atingiu no final de2005, o 40.º posto da tabela da IBF.

Trata-se, no entanto, de uma entrada para o Nível4, cujos incentivos financeiros contemplam apenas aFederação e não os atletas directamente, ao contráriodo que acontece com os três níveis superiores. Este éo caso também da jovem atleta Ana Rente, daFederação Portuguesa de Trampolins e DesportosAcrobáticos, que parece seguir as pisadas de NunoMerino, sendo ambos oriundos de Tomar e formadosnos trampolins da Sociedade Filarmónica GualdimPais.

Campeã da Europa de Juniores em 2004 e igual-mente integrada desde o ano passado no Projecto deEsperanças Olímpicas, Ana Rente obteve em Maio odireito a ascender ao Projecto Pequim 2008 ao classifi-car-se em 11.º lugar na prova de Trampolim

1-6-06 84 TOTAL

Níveis 1 2 3 4

TOTAIS 7 14 20 43

P Nivel 7 14 20 9

ATLETISMO 3 2 8 13BADMINTON 1 1BEACH VOLEIBOL 2 2CANOAGEM 1 2 3CICLISMO 1 1EQUESTRE 1 4 5GINÁSTICA 1 1JUDO 1 2 3 6LUTAS AMADORAS 1 1NATAÇÃO 1 1TIRO C/ ARMAS CAÇA 1 2 3TIRO 1 1TRAMPOLINS 1 1 2TRIATLO 1 1 2VELA 6 2 8

EQUIPAS 0 0 0 34 34FUTEBOL 20 20VOLEIBOL 14 14

Individual, na Taça do Mundo de Ghent, Bélgica.Depois de clarificada com o I.D.P. a possibilidade

de admitir ao Nível 4 atletas do sexo feminino demodalidades que já tenham atletas masculinos inte-grados, ou vice-versa, também a FederaçãoPortuguesa de Canoagem engrossou o contingente,através da integração, com retroactivos a Janeiro, dadupla Helena Rodrigues-Joana Sousa, em consequên-cia da classificação de 9º lugar na prova de 1000metros (K2 Pista), no Campeonato da Europa deSeniores em Julho de 2005.

Esta integração foi tornada efectiva a partir de 1 deJaneiro de 2006, na sequência de uma proposta doDepartamento de Acompanhamento da PreparaçãoOlímpica (DAPO), aprovada pelo Comité Olímpicode Portugal, para que o 4º Nível, do Projecto Pequim2008, funcione independentemente para masculinos efemininos, limitado a um atleta/conjunto por cadasexo, dando relevância ao alargamento do apoiofinanceiro às Federações, a ambos os sexos.

Assim se uma Federação já tiver um atleta, no 4ºnível, ou mesmo em qualquer outro nível, poderásolicitar apoio para mais um atleta, de sexo diferentedo anterior, desde que este cumpra os critérios defini-dos nas grelhas de integração, para o 4º Nível. Casouma Federação já tenha um atleta de cada sexo nosníveis I, II ou III, não é aplicável esta regra.

Esta decisão foi tomada por se entender ser benéfi-ca para o desenvolvimento equitativo do DesportoNacional e redutor das assimetrias entre masculinos efemininos, actualmente existentes. As eventuais inte-grações ao abrigo desta regra são retroactivas aJaneiro de 2006.

Bruno Pais promovidoNo Triatlo, também Bruno Pais foi promovido aoNível 2 graças à solidez dos seus resultados na Taçado Mundo ao longo do ano: 3.º lugar em Aqaba,Jordânia, em Março, e 4.º em Mazatlan, México, emMaio, e outra vez 4.º em Madrid, já no mês de Junho.Bruno Pais tinha integrado no Projecto Pequim 2008em Setembro do ano passado.

1166Maio|Junho 2006

JJooããoo CCoossttaa ffooii pprroommoovviiddoo aaoo NNíívveell 22João Costa had ascend to Level 2

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OLIMPO

Quatro portugueses apoiados pela Solidariedade Olímpica

1177Maio|Junho 2006

Quatro dos atletas propostos peloComité Olímpico de Portugal foram inte-grados no programa de Bolsas dePreparação da Solidariedade Olímpicapara Atletas "Pequim 2008".

Ana Cachola (Judo), Gaspar Araújo(Atletismo), Marcos Freitas (Ténis deMesa) e Micael César (Ciclismo) terão asua preparação para os Jogos Olímpicos dePequim apoiada com uma bolsa global decerca de 108 mil dólares (mais de 80 mileuros), além do patrocínio da deslocaçãode cada um a três provas internacionais.

Trata-se do primeiro apoio concedidopela Solidariedade Olímpica ao C.O.P.,embora Marcos Freitas já tivesse sidopatrocinado em 2005 pela S.O., por pro-posta da Federação Internacional de Ténisde Mesa.

As bolsas da Solidariedade Olímpicasão concedidas a atletas de nível interna-cional de desportos olímpicos individuaisque não tenham possibilidades de benefi-ciar de adequadas condições de treino oude participação em provas internacionais,seja por falta de meios técnicos ou porconstrangimentos financeiros.

A bolsa da Solidariedade Olímpicagarante ao beneficiário treino e treinadorespecializado, condições de treino, assis-tência médica e monitorização científicaregulares, apoio logístico e patrocíniofinanceiro à participação em provas dequalificação olímpica.

O apoio é considerado condicional até

o atleta conseguir os mínimos de qualifica-ção e assim que esta é alcançada torna-seefectivo até aos Jogos de Pequim, emAgosto de 2008.

O programa de Bolsas da SolidariedadeOlímpica beneficiou 1786 atletas desde osJogos de Atlanta de 1996, os quaisconquistaram 145 medalhas.

Os atletas portugueses beneficiários doprograma de Bolsas de PreparaçãoOlímpicas Pequim 2008 são os seguintes:

- Ana Cachola, de 19 anos, atleta da cate-goria de -63 kgs do Judo Clube do Algarveintegrada no Projecto OlímpicoEsperanças 2012, sagrou-se Campeã daEuropa de sub-23 em 2004 e de Junioresem 2005.

- Gaspar Araújo, de 24 anos, atleta doSporting, participou nos Jogos Olímpicosde Atenas, classificando-se em 33.º lugar noSalto em Comprimento com 7,49 metros,depois de ter vencido a Taça da Europacom um recorde pessoal de 8,10 metros. Naépoca passada alcançou o 5º lugar nasUniversíadas e atingiu o 21.º posto do ran-king mundial da especialidade.

- Marcos Freitas, atleta de 18 anos doClube Desportivo de S.Roque, da Madeira,foi sexto classificado do últimoCampeonato da Europa de Juniores deTénis de Mesa e ocupa actualmente a oita-va posição do ranking mundial de junio-

res. Venceu recentemente o Open deMadrid de sub-23 anos. Pertence aoProjecto Olímpico Esperanças 2012.

- Micael César, de 19 anos, é um portu-guês nascido e residente na Suiça que noano passado se sagrou campeão daEuropa e do Mundo de BMX. Está tam-bém englobado no Projecto OlímpicoEsperanças 2012.

Celeste Gil na Chefia de Missão a Pequim-2008Celeste Gil, presidente da Federação Portuguesa de Trampolins e DesportosAcrobáticos e membro da Comissão Executiva do Comité Olímpico de Portugal, foinomeada Adjunta do Chefe de Missão aos Jogos de Pequim de 2008.Celeste Gil, de 43 anos, integra a Comissão Executiva do C.O.P. desde Março de 2005e já desempenhou o cargo de chefe-adjunto da Missão do C.O.P. aos Jogos A.S.E.M.,disputados em Banguecoque em Junho do ano passado, onde Portugal foi a melhorrepresentação europeia conquistando um total de 21 medalhas.A Chefia de Missão constituída por Manuel Boa de Jesus, eleito em Dezembro, eCeleste Gil iniciou funções em Março, com especial atenção à organização e coorde-nação da Missão aos I Jogos da Lusofonia a realizar em Macau em Outubro desteano.Desempenhando funções directivas na Federação de Trampolins desde 1990, CelesteGil é licenciada em Dança pela Faculdade de Motricidade Humana desde 1995 edesenvolve, desde 1994, actividade profissional no Sector de Acção Cultural daCâmara Municipal de Oeiras, onde é Técnica Superior, sendo em simultâneo professo-ra de dança., ginástica de manutenção e aeróbica em diversos ginásios e clubes daregião de Lisboa. Desportivamente, é também Juiz de Trampolins desde 1991 e JuizInternacional desde 1994.

GGaassppaarr AArraaúújjoo eesstteevvee nnooss JJooggooss ddee AAtteennaassGaspar Araújo competed in Athens Games

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AANNÁÁLLIISSEE

1199Maio|Junho 2006 OLIMPO

Judo conquistou 16 medalhas este anoNum ano que fica assinalado pelo

início de um ciclo de três grandes

provas internacionais de Judo em

Lisboa, os atletas portugueses

conquistaram 16 medalhas, com

destaque para o título europeu

de Telma Monteiro

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AA TTaaççaa ddoo MMuunnddoo ddee LLiissbbooaa tteevvee bboomm nníívveell ccoommppeettiittiivvoo ee pprrooppoorrcciioonnoouu aaooss aattlleettaass ppoorrttuugguueesseess uumm úúllttiimmoo tteessttee aanntteess ddooss CCaammppeeoonnaattooss ddaa EEuurrooppaaLisbon World Cup gave to the Portuguese male team a last chance of preparation for the Tampere European Championships

Lisboa foi palco de um Torneio Internacional deJudo masculino que proporcionou grandedivulgação da modalidade e a obtenção de

alguns resultados de bom augúrio para osCampeonatos da Europa que se disputaram naFinlândia algumas semanas depois.

João Neto, repetindo o resultado alcançado naBielorrússia, conquistou a segunda medalha de ouroda temporada, nos -81 kg, o que lhe possibilitouuma significativa ascensão no ranking mundial.

A maior promessa, contudo, veio de Pedro Diascuja medalha de prata nos -66 kg deixou anteverum bom resultado no Campeonato da Europa e aconcretização, por fim, da muito desejada integra-ção no Projecto Olímpico Pequim 2008. No Europeu,Pedro Dias veio realmente a classificar-se na quintaposição, ao perder o combate de atribuição damedalha de bronze, mas garantiu a entrada noNível 3, que deverá ser confirmada oficialmente embreve.

A boa forma dos judocas nacionais empolgou opúblico que acorreu em número elevado ao Pavilhãodo Estádio da Luz. Tratava-se de uma das mais impor-tantes manifestações desportivas do ano, realizadasem Portugal, país que vai acolher em Abril de 2008 aúltima e decisiva prova de qualificação Olímpica. AFederação Portuguesa de Judo foi posta à prova erespondeu à altura. Em 2007, a F.P.J. organizará novaTaça do Mundo, então para o sector feminino.

Pedro Dias em destaqueAlém do triunfo de João Neto e da medalha deprata de Pedro Dias, registaram-se outros resultadosde alto nível. João Cardoso, atleta do Projecto de

Esperanças Olímpicas 2012, alcançou o terceirolugar nos -60 kg, vencendo três combates e cedendoapenas para o credenciado coreano Choi, mas nosEuropeus de Tampere ficou à beira do ProjectoPequim 2008 (Nível 3), ao classificar-se na nonaposição.

Nos -66 kg, talvez a categoria mais competitiva anível nacional com três atletas (Pedro Dias, TiagoLopes e Vladimir Oleinic) nos primeiros 30 do ran-king mundial, o atleta do Algés realizou uma exce-lente carreira, vencendo atletas da Rússia, Coreia eEspanha, para ser derrotado apenas na final peloexperiente olímpico espanhol Peñas, actualmente 5.ºdo ranking mundial. No Europeu, de Tampere repe-tiu a boa sequência inicial, com três vitórias, mas foiderrotado nas meias-finais pelo francês Drabelet, 7.ºdo ranking, e depois também no combate de atribui-ção da medalha de bronze por um atleta da Estónia.A conquista dessa medalha ter-lhe-ia dado acessoao Nível 2 do Projecto Olímpico.

O olímpico João Pina, que tinha conquistadoduas medalhas de bronze nos torneios anteriores, dePraga e Boras, voltou a classificar-se na terceiraposição, prosseguindo a adaptação ao novo peso (-73 kg).

Na classe seguinte, João Neto voltou a ter umbom acompanhamento por parte de Diogo Lima,que repetiu em Lisboa a medalha de bronze alcança-da em Boras, ascendendo ao 'top 20' mundial, masque por causa do numerus clausus dos Europeusacabou por não participar na prova continental.

Renato Morais, atleta do Projecto Olímpico 2008,obteve igualmente em Lisboa a melhor classificaçãodo ano, um quinto lugar, na classe de -90 kg.

AANNÁÁLLIISSEE

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Judo goldentime

Lisbon had its firstJudo World Cup givingan exceptional visibilityfor this sport during awhole weekend,thanks to a very quali-fied field of competi-tors and to the excel-lent results ofPortuguese selection.Olympic João Netograbbed his secondgold medal of theseason in -81 kg cate-gory, a few weeksafter winning in Minsk,climbing significantlyin the worlds ranking,to the 6th spot. He'scompeting in thiscategory for less thetwo years, after being7th in -73 kg atAthens Games.Young promise PedroDias also did a greatperformance, finishingsecond, but ensuringthat he could get agood result in follo-wing EuropeanChampionships.Actually he finished5th in Tampere, aresult that grants himthe access to Beijing2008 Project (Level3).Next year, Lisbon hasanother World Cup,for women, and in2008 it will be theplace for theEuropeanChampionships, thelast opportunity ofqualifying for Beijing2008 Games.

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JJooããoo CCaarrddoossoo ee PPeeddrroo DDiiaass dduuaass eessppeerraannççaass oollíímmppiiccaass,, mmeeddaallhhaaddoosseemm LLiissbbooaaYoung João Cardoso and Pedro Dias, both got medals in LisbonWorld Cup

Telma Monteiro

invencível há nove combatesA olímpica Telma Monteiro, uma das atletas incluídas no Nível 1 do ProjectoPequim, soma nove vitórias internacionais consecutivas.Depois de um início de temporada algo frustrante, com eliminações à primei-ra no Torneio Super A de Paris e no Torneio de Tallin e uma passagem discre-ta pelo de Birmingham (9.ª posição com apenas uma vitória), a atleta daMargem Sul surgiu em grande forma em meados de Abril, depois de algunsestágios de preparação, mantendo essa capacidade competitiva até aosEuropeus de Tampere, em finais de Maio.Em Moscovo, venceu sucessivamente Bulut (Turquia), Jabarova (Azerbaijão),Dournova (Rússia), a muito conhecida AnnaKharitonova (Rússia), oitava do rankingmundial, e ainda uma terceira russanão menos conhecida, LudmilaBogdanova, actual sexta do ranking,no combate decisivo. Vencer trêsatletas russas num torneio de maisalto nível em Moscovo é extremamentesignificativo e moralizador.Nos Europeus, acabou por ter uma caminha-da mais simples, com apenas quatrocombates, ganhos de seguida: Khare(Alemanha), Cabaj (Polónia),Nareks (Eslovénia) e, na final,a também sua bem conhe-cida Ioanna-Maria AluasDinea (Roménia), tercei-ra do ranking mundial.Em Setembro do anopassado, no Cairo, jáTelma Monteiro derro-tara esta atleta rome-na no combate deatribuição daMedalha de Bronzedos Campeonatosdo Mundo.E assim, no total,são nove vitóriasconsecutivas emcombates queconferem a sua lide-rança do rankingmundial, ultrapas-sando finalmente avice-campeã olímpica evice-campeã mundial,Yuki Yokosawa, do Japão.

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ATLETA PESO PROJECTO MEDALHAS

Telma Monteiro 52k Pequim N1 Moscovo OTelma Monteiro 52k Pequim N1 Europeus OJoão Neto 81k Pequim N2 Minsk OJoão Neto 81k Pequim N2 Lisboa OPedro Dias 66k Esperanças Roterdão PPedro Dias 66k Esperanças Lisboa PJoana Ramos 52k Esperanças Birmingham BJoão Cardoso 60k Esperanças Lisboa BTiago Lopes 66k Esperanças Boras BTiago Lopes 66k Esperanças Minsk BVladimir Oleinic 66k Roterdão BJoão Pina 73k Pequim N2 Praga BJoão Pina 73k Pequim N2 Boras BJoão Pina 73k Pequim N2 Lisboa BDiogo Lima 81k Boras BDiogo Lima 81k Lisboa B

UM ANO DE MEDALHAS

Os atletas da Federação portuguesa de Judo, dosquais seis estão englobados no Projecto Pequim 2008e doze no Projecto Esperanças Olímpicas 2012,conquistaram este ano 16 classificações de pódio emprovas internacionais.Quatro das medalhas foram de ouro, com realce parao título europeu de Telma Monteiro, duas de prata eas restantes dez de bronze. Resultados significativos aum ano do início do processo de qualificação olímpicapara Pequim.

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Rosa Mota e Carlos Lopes, dois dos três medalhasde ouro de Portugal, marcaram presença nacerimónia de homenagem do Sport Algés e

Dafundo a Nuno Delgado, que assinalou também oponto final da carreira de atleta do judoca, terceiroclassificado nos Jogos Olímpicos de Sydney.

O Comité Olímpico de Portugal, representado pelopresidente Vicente Moura, associou-se à homenagem,presidida pelo Secretário de Estado da Juventude eDesporto, Laurentino Dias, e que juntou no mesmoobjectivo o clube que projectou Nuno Delgado, aFederação Portuguesa de Judo e a Câmara Municipalde Oeiras.

Estiveram presentes na cerimónia dezenas de atle-tas e desportistas que ao longo de mais de uma déca-da conviveram com Nuno Delgado, entre os quaismuitos participantes nos Jogos Olímpicos de Sydney ede Atenas, bem como as principais figuras do S.A.D. enaturalmente a família do atleta. Acompanhado dopresidente do Sport Algés e Dafundo e do Secretáriode Estado da Juventude e Desportos Nuno Delgadodescerrou uma lápide evocativa na sede do clube.

Nuno Delgado frisou que o dia da sua despedidafoi "um dia feliz e muito especial, pela presença detodos os que estiveram presentes e com quem partilheimomentos inesquecíveis. Fiquei muito sensibilizado ese o objectivo era fazerem-me feliz conseguiram. Eagora? Agora, deixei de ser atleta, mas não deixei deser lutador e vou continuar a lutar pelos meus objecti-vos!"

Laurentino Dias caracterizou o momento como"uma festa muito bonita que a determinados momen-tos quase levou os presentes ao tapete". "O fim de umacarreira do nível nacional e internacional como a doNuno deve ser celebrada desta forma. É um grandecampeão e cidadão que vai continuar dedicado àmodalidade e adivinho, de acordo com estilo de pes-soa, que vai facilitar aos judocas portugueses bonsresultados".

O presidente do C.O.P. considerou Nuno Delgado"o expoente máximo do Judo, um cidadão exemplar,um homem muito disciplinado e um exemplo vivopara a juventude portuguesa". Vicente Moura realçouo facto de Nuno Delgado abandonar a actividade sembeliscar o prestígio que conquistou.

O atleta de 29 anos, licenciado em Ciências doDesporto pela F.M.H. em 1999, teve como ponto maisalto da carreira o terceiro lugar nos Jogos Olímpicos deSydney em 2000, mas também foi Campeão da Europaem 1999, vice-campeão europeu em 2003, 5º nosMundiais de 1999 e conquistou múltiplos títulos noscampeonatos de Portugal, pelo Algés, e da Alemanha,pelo Abensburg, tendo igualmente conquistado oCampeonato Europeu de Clubes em 2000, pelo mesmoclube alemão.

HHOOMMEENNAAGGEEMM

Farewell Nuno

Portuguese JudoChampion NunoDelgado decided toend his athletecareer as he couldfind a solution for hishealth problems. Heis 29 years old.Bronze medal atSydney Olympics,Delgado left in a verydistinguished man-ner, being praised byhis lifelong clubSport Alges eDafundo withOlympic Committeeand Governmentsupport.Delgado will stayattached to Judo,preparing himself fora coaching career.He is graduated insport by LisbonUniversity, but isupgrading his skillswith a internationalMasters in sports,in England.Former PortugueseOlympic personalitieswere present in hisfarewell ceremony,but the most signifi-cant was the cer-tainty that thePortuguese Judokeeps on the righttrack, with so manyathletes competingfor the top positionsin Europe and in theWorld. Some of themalso play for Algés.Rosa Mota andCarlos Lopes appea-red in Delgado'sfarewell and applau-ded the sportsmans-hip spirit of the for-mer fighter. C.O.P.president, VicenteMoura, consideredDelgado the "toppersonality of Judo,an exemplar citizenand a living legendfor the Portugueseyouth". He praisedthe fact that NunoDelgado decided toabandon without jeo-pardizing any of theimmense prestigethat he conquered inhis career.

OLIMPO

O melhor judoca português de sempre, medalhado olímpico e

campeão da Europa, colocou ponto final na carreira de atleta, mas

vai prosseguir ligado à modalidade. A despedida foi assinalada

numa cerimónia de grande significado nas instalações do Sport

Algés e Dafundo, o clube da sua vida

NUNO DELGADO

conclui carreira

brilhante

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O privilégio dos campeões olímpicos proporciona-lhes uma vidade reconhecimento, mesmo quando são muito jovens e estão aindano activo. É o caso de Sérgio Paulinho, medalha de prata nos JogosOlímpicos de Atenas, desportista de grande humildade que realizoua memorável proeza com a mesma tranquilidade e prazer de um cir-cuito da Malveira e que, na verdade, demorou algum tempo a cons-ciencializar-se do gigantismo do seu feito.

A Federação Portuguesa de Ciclismo, com a colaboração dasCâmaras Municipais de Torres Vedras, Cascais, Sintra e Loures, ter-ras de bicicletas, ofereceu-lhe a homenagem mais singela e significa-tiva ao instituir uma prova com o seu nome no calendário nacional,o Troféu Sérgio Paulinho/Liberty Seguros, que este ano teve a parti-cipação de equipas espanholas. Paulinho não disputou a competição,mas esteve na largada e na meta e acompanhou-a com entusiasmo,consciente de que a imagem de um campeão olímpico pode ofereceruma grande visibilidade ao próprio desporto que pratica. O atleta,que engloba o Projecto Pequim 2008 (Nível 1) não escondeu o orgu-lho por esta distinção, constatando agora com mais realismo o valordaquela fuga para a medalha nas ruas de Atenas, quando ainda estáno início de uma carreira internacional que pode passar este ano poruma estreia na Volta à França.

Artur Lopes, presidente da F.P.C. e vice-presidente do C.O.P., jus-tificou a iniciativa, dizendo: "O objectivo desta prova é homenagearo atleta Sérgio Paulinho que continua a ser uma referência no ciclis-mo nacional e simultaneamente do Olimpismo português, num tra-çado que apresenta algumas dificuldades e que pensamos vir a me-lhorar ano após ano, numa zona onde o ciclismo é rei. Para esta edi-ção conseguimos dar-lhe o cunho de internacional com a presença deduas equipas espanholas da região fronteiriça".

O vencedor foi o búlgaro Danail Petrov, da Maia-Milaneza, segui-do de Célio Sousa, do Carvalhelhos-Boavista, e de Victor Rodrigues,da Barbot.

Paulinho sente o valor

de uma medalha

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Paulinho Street

Sergio Paulinho, silver medal of Cycling road race at Athens Games, hasthe great pleasure of being commended by Portuguese institutions,despite he's still an active athlete. Portuguese Cycling Federation decidedto organize yearly a race with his name on, Sergio Paulinho Trophy.Recently Torres Vedras county had given his name to the street where helives - really a very distinguished and rare honour.

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Começou por ser um fenómeno restrito aEmanuel Silva e à sua força e compleição físi-ca, menos característica da juventude portu-

guesa, mas rapidamente o trabalho de base da reno-vada Federação Portuguesa de Canoagem veio reve-lar uma geração de atletas muito acima da média ecom perspectivas de colocar o nosso país entre aspotências europeias da modalidade.

O sinal de que algo de novo estava a acontecersurgiu logo no ano a seguir aos Jogos de Atenas,onde Emanuel Silva tinha sido finalista, quando aselecção de jovens escolhida para o FestivalOlímpico da Juventude Europeia, realizado em

Lignano Sabbiadoro, Itália, arrebatou cinco meda-lhas, superando até a tradicional hegemonia doAtletismo. Como a diferença entre a idade deEmanuel, o finalista mais jovem dos JogosOlímpicos, e a dos medalhados do F.O.J.E. não émaior do que quatro anos, parecia assegurada umacontinuidade no trabalho da F.P.C., a recuperar-sede um período menos bom da sua existência, queficou assinalado pela ausência da Canoagem depista nos Jogos de Sydney-2000, interrompendouma tradição de regularidade que tivera início emSeul-88. Havia que dar tempo ao tempo...

Nem por isso. Durante o ano de 2005, sucede-

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O actual seleccionador nacional, de nacionalidade polaca, vinha para

Portugal treinar as suas equipas há mais de dez anos e não encontrava lá

atletas portugueses... Ao fim de dois anos de trabalho, é a Federação com

mais atletas jovens nos Projectos Olímpicos.

O melhor país do Mundo para a Canoagem

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ram-se os bons resultados nas provas de juniores eesperanças e na hora de fazer o balanço, a F.P.C.tinha 23 nomes para oferecer ao Projecto deEsperanças Olímpicas, o maior contingente entretodas as Federações abrangidas. Vinte e três atletasjovens com prometedor nível internacional nãopode ser resultado de um acaso, embora seja difícilentender como apareceram tantos em tão poucotempo. A primeira explicação reside nas condiçõesnaturais do país para a prática da modalidade -condições que de algum modo também potenciaramo desenvolvimento do melhor construtor de kayaksde competição do Mundo!

Curiosamente, no meio deste processo de recupe-ração surgia o nome de José Garcia, eleito naDirecção de Mário Santos, ao mesmo tempo que oresponsável pelas selecções mais jovens era o seuantigo companheiro de lides olímpicas, RuiFernandes. A Federação buscava no seu seio, as pes-soas indicadas para o recomeço e foi com esta lógicaque o técnico eleito para assumir a liderança foi opolaco Riszard Hoppe, bem conhecido dos antigosatletas agora dirigentes, que iniciou esta tarefa emAbril de 2004.

Uma das grandes vantagens deste treinador é oseu conhecimento de Portugal e dos portugueses.Há mais de dez anos que ele organizava os estágiosdas suas equipas em Vila Nova de Milfontes, no RioMira, onde, pelo contrário, Portugal nunca treinava.Este ano, por exemplo, as selecções nacionais tam-bém se tornaram clientes habituais dos seus pró-prios locais de privilégio para o trabalho, benefi-ciando sempre da companhia de equipas polacas,búlgaras, húngaras, alemãs, finlandesas ou deoutras nacionalidades, que há muito descobriramPortugal como local privilegiado para o treino destamodalidade, especialmente no Inverno.

"Este sítio é o melhor da Europa para treinar",afiança Hoppe. "De Janeiro a Março, não há naEuropa qualquer local em condições para trabalhar,pois faz muito frio. Por isso toda a gente quer vir

para Portugal, onde faz Sol e as temperaturas sãoamenas ou perfeitamente suportáveis. O que éestranho é que os portugueses disso não tirassempartido..."

Treinar e estudarAlém do rio alentejano, também o Douro é local pri-vilegiado para o treino da Canoagem, atraindo atle-tas de todo o Mundo, até da Austrália, graças aoprotocolo entretanto estabelecido entre a Federação,o fabricante de kayaks Nelo e a estalagem PortoAntigo, em Cinfães do Douro.

"A grande vantagem de Portugal é o tempo detreino na água que nos oferece, graças ao bomtempo e à temperatura amena. Com as excelentescondições de que dispõe, Portugal vai subir muitonesta modalidade", afiança o seleccionador, semesquecer a pista de Montemor-o-Velho, onde entre-tanto a Federação vai estabelecer um Centro deEstágio permanente, graças ao protocolo com aUniversidade de Coimbra que vai permitir aos atle-tas de alta competição treinar e estudar em simultâ-neo. "Por outro lado, podemos aproveitar o facto dealgumas das selecções mais fortes, como a Polónia,2.ª ou 3.ª do Mundo, virem até cá treinar.Realizamos alguns treinos em conjunto com eles oque nos permite comparar o nível e a evolução dosnossos atletas".

Segundo Riszard Hoppe não há qualquer hipóte-se de competir ao mais alto nível sem um mínimode 200 dias por ano de estágio e treino. A compati-bilização do tempo dos jovens atletas revelou-sedesde logo no maior obstáculo a vencer, pois ante-riormente só era possível reunir as selecções nacio-nais aos fins-de-semana. Para já, conseguiu estabele-cer um plano misto em que os atletas se reúnemduas semanas por mês no estágio da selecção,regressando no tempo restante aos clubes, mas complanos de trabalho traçados pelo seleccionador.

Em 2005, além dos resultados do F.O.J.E., comtrês raparigas (Márcia Costa em K1 e a dupla Inês

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Esteves-Sara Rafael em K2) a conquistarem meda-lhas em todas as provas e um K4 (FernandoPimenta, João Ribeiro, Jorge Castro e Pedro Moura)de ouro nos 1000 metros, Portugal alcançou maisuma série de excelentes resultados em Campeonatosda Europa - desde logo a medalha de bronze deEmanuel Silva, que lhe possibilitou a subida aoNível máximo do Projecto Olímpico Pequim 2008.

"A subida foi uma motivação extra para nós, umamotivação que vai ajudar a melhorar os resultadosque ambicionamos e projectámos para os próximostempos", comenta o treinador de Emanuel, JoséSousa.

O K4 1000 metros com David Fernandes, JoséRamalho, Filipe Duarte e Pedro Gomes foi 7.º noEuropeu de Sub-23 e outro quarteto mais jovem,com Bruno Vieira e Hugo Guedes, foi 10.º noEuropeu de Juniores. O K2 com Miguel Soares foi12.º no Mundial de Juniores, a mesma classificaçãoobtida por Hélder Silva em C1.

Outros excelentes resultados foram alcançadosno sector feminino, com Teresa Portela a classificar-se em 4.ª no Mundial de Juniores e nos Europeus deJuniores e de Sub-23 e a dupla Joana Sousa-HelenaRodrigues a chegar ao 9.º lugar no Europeu deSeniores em K2 Dama. Este último resultado acaboupor valer-lhes uma promoção do Projecto deEsperanças Olímpicas para o Projecto Pequim 2008,Nível 4.

Já este ano, os resultados têm sido confirmados,com realce para a Taça do Mundo de Poznan,Polónia, em Maio, onde a dupla Leonel Correia-Pedro Santos conquistou duas medalhas de bronze

em 500 e 200 metros e foi 5.ª nos 1000 metros, fican-do muito perto de também ingressar no ProjectoPequim 2008. No total, a selecção de 12 atletas,incluindo Emanuel Silva, esteve presente em cincofinais.

Contudo, Riszard Hoppe não tem pressa. Aolongo destes meses tem estudado os atletas e anali-sado as melhores composições futuras em particularpara os K4. "Temos muito bons atletas juniores e umexcelente grupo de sub-23, mas agora é preciso pre-parar a transição. Temos tempo para preparar bemo Campeonato do Mundo de 2007, onde Portugalpode esperar a obtenção de bons resultados. Estouconvencido disso", refere Riszard Hoppe, atento àsetapas de qualificação para os Jogos Olímpicos dePequim em que Portugal poderá participar com umnúmero recorde de canoístas. Para já, o primeirogrande teste é a participação, com cerca de 20 atle-tas, nos Campeonatos da Europa, marcados para ofim-de-semana de 7 a 9 de Julho em Racice, naRepública Checa, seguindo-se em Agosto osMundiais, na Hungria. Destas competições, a doisanos de distância, resultarão ideias mais precisassobre as reais possibilidades lusitanas de qualificaruma selecção numerosa para os Jogos de Pequim.

José Sousa garante que Emanuel Silva vai apare-cer em grande forma nos Europeus, uma competi-ção onde estarão uma grande parte dos melhores."Emanuel Silva tem a perspectiva de atingir níveiscompetitivos elevadíssimos, pois é ainda muitojovem, pensando que deverá em Pequim melhoraros resultados de Atenas. Para já, o nosso trabalhopassa por garantir primeiro o apuramento".

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Canoeing WorldCenter

It began with the pheno-menon Emanuel Silva,young Portuguesecanoeist who surprisedeverybody finishing 7th inAthens Olympics flatwa-ter K1 1000 race, but thewide range of the workput in place by thePortuguese Federation isprovoking a kind of sen-sational revolution, as thissport is now the mostrepresented in theOlympic Hope Project ofPortugal NOC. It evencan put Portugal amongCanoeing leadingEuropean countries.First sign was given bythe young team thatcompeted in the lastEuropean Youth OlympicFestival, in Italy, whichgrabbed five medals,beating Athletics as themost representativeteam.During 2005 a lot ofexcellent results succee-ded and at the endPortuguese Federationhad 23 names to add to2012 Olympic HopeProject, to be the first ofall in number of athletesinvolved.When we search forexplanation, the mostobvious is that Portugalhas the best conditions inthe world to train thissport along the year.National coach RiszardHoppe, who actually is apolish citizen and led hiscountry national team foryears, knew Portugal for along time and used tocome with his athletesfor long periods of prepa-ration. He's working inPortugal since April 2004,after political changes atthe leading board ofF.P.C., now run by formerathletes, like Jose Garcia,flatwater finalist atBarcelona Olympics andthe best Portuguesecanoeist ever.With Hoppe orientation,national canoeists gather

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A CANOAGEM PORTUGUESA NOS JOGOS OLÍMPICOS

JOGOS ATLETA PROVA ELIM.ª ½ F. FINAL

Seul-88 José Garcia K1 500 6ºSeul-88 José Garcia K1 1000 4ºSeul-88 António Brinco K2 1000 4º

Eduardo GomesBarcelona-92 José Garcia K1 500 18ºBarcelona-92 José Garcia K1 1000 6º

Barcelona-92 Joaquim Queirós K2 500 13ºJosé Silva

Barcelona-92 Joaquim Queirós K2 1000 14ºJosé Silva

Barcelona-92 António Brinco K4 1000 15ºAntónio MonteiroBelmiro PenetraRui Fernandes

Atlanta-96 José Garcia K1 500 18ºAtlanta-96 José Garcia K1 1000 14ºAtlanta-96 Joaquim Queirós K2 500 11º

Rui FernandesAtlanta-96 Joaquim Queirós K2 500 13º

Rui FernandesAtlanta-96 Silvestre Pereira C1 500 12ºAtlanta-96 Silvestre Pereira C1 1000 13ºAtlanta-96 Aníbal Fernandes K1 Slalom 30ºAtlanta-96 Florence Fernandes K1 Slalom 22ªSydney-2000 Florence Fernandes K1 Slalom 20ªAtenas-04 Emanuel Silva K1 1000 21ºAtenas-04 Emanuel Silva K1 1000 7º FO

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TERESA PORTELA

"Tenho muito optimismo no futuro"Teresa Portela foi uma das figuras de 2005, aoficar à beira do pódio dos Mundiais e Europeusde Juniores em K1. "Estou no primeiro ano desénior e os resultados têm sido extremamentepositivos, ajudando-me a trabalhar com opti-mismo no futuro. Por enquanto, ainda nãotenho grandes referências das adversárias enão sei bem o que esperar, mas tenho comoobjectivo chegar a uma final A dosCampeonatos do Mundo".A jovem canoísta aplaude a evolução do depar-tamento técnico federativo e reconhece a razãoda melhoria dos seus resultados: "Estamos atrabalhar muito bem, com grande acompanha-mento. A isso também não é estranho o apoiodo Projecto Olímpico que, por sua vez, auxilia aFederação a melhorar as condições de traba-lho. E assim os resultados acabam por apare-cer".Na idade de Teresa Portela, apenas 18 anos, omais complicado é a compatibilização dosestudos, neste caso um Curso Superior deFisioterapia. "Todos os apoios são importantes, pois temos de abdicar demuita coisa e ter disposição para treinar todos os dias. Conciliar a vida deatleta de alta competição com os estudos é a maior complicação da minhavida, mas não penso abdicar e vou procurando soluções que me permitamcompensar a ausência das aulas em particular nos períodos de estágio".

JOSÉ RAMALHO

"Projecto Olímpico dá motivação"José Ramalho, que completa 24 anos emAgosto, diz que está no limite da sua carreira,depois de muitos anos a sacrificar o curso deCiências do Desporto, com uma filosofia devida curiosa: "até um certo ponto, uma certaidade, o desporto está à frente e o curso segueà velocidade de 'ir fazendo'. Mas agora chegoua altura de decidir, quanto à Canoagem: ousim ou sopas, ou é ou não é!"O atleta de Vila de Conde tem como únicoobjectivo da sua actividade "estar presente nosJogos Olímpicos de Pequim". Sente que aaproximação é grande, através da entrada noProjecto Olímpico, "uma grande motivaçãopara o futuro. Todos os atletas sentem, aoserem integrados, que deram um passo gran-de e estão mais perto do objectivo. Se esta-mos no Projecto Olímpico é porque estamosmais perto dos Jogos".Mais velho do que Emanuel Silva, ele é dosque mais sente a transformação da Federação:"Houve uma grande evolução e a tendênciaainda é para melhorar. À medida que vamosganhando experiência sentimos confiança nasnossas capacidades. Um factor muito importante é esta possibilidade detreinarmos com atletas de outros países mais evoluídos na modalidade. Éexcelente poder trabalhar com os melhores, pois sentimos logo nos treinosuma grande vontade de os vencer. Para conseguir isso é preciso trabalharmais. Por outro lado, quando chegamos às provas internacionais já nãosentimos tanta pressão, uma vez que conhecemos relativamente bem osadversários".

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Maio|Junho 2006

HHooppppee jjáá vviinnhhaa ppaarraa PPoorrttuuggaall ttrreeiinnaarr aa PPoollóónniiaaHoppe used to bring Polish team to train in Portugal

RRiisszzaarrdd HHooppppee ccoomm aa sseelleeccççããoo nnaacciioonnaall eemm eessttáággiioo nnoo rriioo MMiirraaRiszard Hoppe with the national team at Mira River training camp

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Emanuel Silva, o que significou a ascensão aoNível 1 do Projecto Pequim 2008, em resulta-do da Medalha de Bronze nos Europeus de

2005 (K1 500)?- Foi muito importante, veio premiar uma evolução eao mesmo tempo aumentar a responsabilidade.Obriga-me a procurar manter-me nesse nível deresultados. O meu objectivo para cada ano é melho-rar os resultados anteriores, assim como para osJogos de Pequim quero fazer melhor que o 7.º lugarde Atenas.Por que razão o Mundial não correu da mesmaforma (18º)?- Há sempre um momento mau na nossa carreira. Foinaquela prova como podia ser noutro momento, nãoadianta arranjar desculpas. Para a próxima tenho acerteza que será melhor.A Canoagem nacional já não é só Emanuel Silva?- Portugal tem tudo o que é melhor para a prática daCanoagem. E o trabalho que começou a ser feito coma minha presença em Atenas começa a dar frutos. Eu

ajudei a que esse trabalho se tornasse mais visível. Eagora, se tudo correr normalmente, já não irei sozin-ho aos Jogos. Como atleta olímpico desejo os melho-res resultados para Portugal, em especial naCanoagem. Sentes alguma saturação pela dureza da tua prepa-ração?- Tenho só 20 anos e não posso fazer uma série decoisas que os jovens fazem, como sair à noite e beberuns copos... Tenho treinos bidiários, escola, estágios,não sobra muito tempo. Passo mais tempo com omeu treinador do que com a família, mas tudo o quede bom me tem acontecido a ele se deve em grandeparte.E compensa?- Em contrapartida tenho conhecido outros países,aprendido a dominar outras línguas, conhecidooutras pessoas. E fui porta-estandarte de Portugal naCerimónia de Encerramento dos Jogos Olímpicos, oque constituiu um verdadeiro privilégio. E isto tudocompensa os sacrifícios que temos de fazer.

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in frequent training campsin different places likesouthern Mira River, inthe National TrainingCentre of Montemor-o-Velho or in Douro River.In those places we alsocan find foreign athleteswho often come toPortugal where they alsocan find good supportfrom the biggest canoeconstructor Nelo. In thefuture young athletes canlive in Montemor-o-Velhoand study in CoimbraUniversity, after an agree-ment has been settledbetween the multipleinstitutions involved tosolve athlete's biggestproblem, the compatibilityof training and study atthe same time.Riszard Hoppe says thatthere is no chance ofbecoming a world-classcanoeist without 200 plusdays of hard workingtrain. Somehow he's nowreaching that goal on thepreparation program for2007 WorldChampionships wherethey will discuss the quali-fication for Beijing Games.In the next two monthsPortuguese team will runin the European andWorld championships,two competitions that willshow the real level thatPortuguese Canoeing hasalready reached after twoyears of hard work.In this events, they expectEmanuel Silva shows upin great shape has heintends to beat his pre-vious results and repeatlast year medal in theEuropeans, which pushedhim up to Level 1 ofC.O.P. Beijing Project.

"Ser porta-estandarte compensou sacrifícios"

OLIMPO

EMANUEL SILVA

EEmmaannuueell SSiillvvaa lleevvaannttaa aaggoorraa mmaaiiss 2200 kkgg ((mmááxxiimmoo ddee 113388 kkgg)) qquuee hháá ddooiiss aannoossEmanuel Silva improved more than 20 kg on weightlifting in the last two years

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Maio|Junho 2006

Centro Mundial

no Rio Douro

Em Março, a Federação Portuguesade Canoagem, a empresa proprietá-ria da Estalagem Porto Antigo e aCâmara Municipal de Cinfães concre-tizaram a inauguração do Centro deEstágio Dr. José Ramos, que além dehomenagear o Presidente daComissão Médica do ComitéOlímpico de Portugal, constituiráfuturamente um ponto de passagemobrigatória na preparação dos atletasde Canoagem. Mas não apenas osportugueses.Com efeito, têm sido sobretudo osestrangeiros a tirar partido dasmagníficas condições da Barragemdo Carrapatelo e da pista montadano Rio Bestança. Desde Dezembroaté Maio mais de 14 selecções, alémde clubes, realizaram estágios suces-sivos nas águas do Douro, naqueleque já é considerado o melhor cen-tro de estágio da Europa e que osdirigentes portugueses pretendemutilizar para transformar Portugal "nocentro da Canoagem mundial",como referiu na altura o dirigenteAndré Santos.Campeões olímpicos e mundiaiscomo o italiano António Rossi ou ohúngaro Akos Vereckei assentaramarraiais no Douro e sublinham queno Inverno português chega a haveruma diferença térmica de 36º entreCinfães e os seus países. Por outrolado, a proximidade com a fábrica dekayaks Nelo, que utiliza as águasdurienses como pista de ensaio dosbarcos personalizados que constróipara os principais canoístas mun-diais, é outra justificação para as lon-gas temporadas que estão a habi-tuar-se a passar em Portugal."A existência da fábrica de Vila doConde permite-nos viajar para cásem qualquer preocupação logística.Nem temos de trazer os barcos, poiseles já cá estão à nossa espera",realçou o italiano António Rossi.

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Danny Silva

cumpriu o sonho

de participar nos

Jogos Olímpicos.

Ficou aquém do desejado e das

expectativas de um resultado a

rondar o 75º lugar, mas o balanço

da Missão considerou esta

participação producente,

dado o crescente interesse dos

portugueses pelos desportos de

Inverno e pelas atenções

mediáticas que acabou por atrair

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Danny Silva traído pormá escolha de ceras

Orepresentante de Portugal nos JogosOlímpicos de Inverno de Turim classificou-se em 94.º entre 99 participantes na prova de

15 quilómetros de esqui de fundo (clássico), ficandoum pouco frustrado pela má escolha de ceras, quelhe custou a ultrapassagem pelo brasileiro HélioFreitas, seu adversário directo.

Danny Silva realizou a marca de 54.34,1 minutos,que garantiu a qualificação para o Campeonato doMundo de 2007 a disputar em Sapporo, Japão.Ficou à frente dos concorrentes do Nepal, CostaRica e Tailândia, bem como de um lituano e de umsul-africano que desistiram.

"Estou um pouco frustrado, irritado mesmo,porque só não realizei um tempo na casa dos 50-52minutos por causa de uma má escolha de ceras.Tive fé nos "ski men" italianos e segui as indicaçõesdeles, mas erraram manifestamente até porque oseu melhor atleta, Fulvio Valbusa, um dos favori-tos, ficou em 13.º e os restantes todos fora dos pri-meiros 30 lugares. Devia ter pedido ajuda aos estó-nios…", comentou Danny Silva, aludindo à vitóriaclara de Andrus Veerpalu, da Estónia, que venceu aprova com quase 15 segundos de vantagem sobre ocheco Lukas Bauer.

As ceras e flúores a que o atleta alude são funda-mentais para a evolução dos esquiadores e têm de

FOTO

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Fulfilling a dream

Danny Silva has fulfilledthe dream of competingin the Olympic Games,despite his poor classifi-cation in the 94th placeamong 99 competitorsin the 15 km crosscountry (classic) eventof Torino 2006 Games.Portuguese Missionoverlook is howeverpositive considering thereturn of mediatic atten-tion and the raisingsignificance of wintersports amongPortuguese people.Otherwise, as DannySilva represents thesecond generation ofPortuguese born abroadin an immigrant family,the Olympic opportunityalso generated a veryinteresting curiosity ofother fellow country-men living overseaswho can step forwardto represent their origincountry in futureGames.Danny Silva blames hisbad choice of wax for arace run in very poorweather conditions, butpraises the experienceand the fact that thisresult granted him aplace in Sapporo WorldChampionships, nextyear. He’s going tocompete four moreyears planning to bepresent once more at2010 Vancouver WinterGames.

OLIMPO

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ser escolhidas em função das condições de neve,humidade e temperatura, para reduzir o atrito,colar os esquis ao chão nas subidas ou ajudar adeslizar nas descidas. Na sua prova, Danny Silvaaumentou a dose de "klister", a cera de agarre quefuncionou bem nas colinas, onde ganhou terrenoao brasileiro Freitas, acabou por abrandá-lo emdemasia nas descidas.

"Fisicamente respondi de forma excelente eestou satisfeito por isso, uma vez que esta foi aprova mais dura que alguma vez disputei. Mas acera agarrava-me de tal maneira nas descidas queacabei a realizar um enorme esforço suplementar,fazendo duplo bastão onde devia apenas deslizare recuperar um pouco de energia. E foi por issoque acabei ultrapassado pelo brasileiro na partefinal depois de ter chegado a ter cerca de meiominuto de vantagem na fase mais difícil, da su-bida", explicou.

Na última volta, o português foi forçado a sairdos "carris" da pista, para dar passagem aos atle-tas mais rápidos, vendo-se obrigado a esquiar emzonas onde se acumulava muita neve, que foicaindo durante toda a manhã e ao longo da prova,aumentando a dificuldade de deslizar.

O atleta residente em Almeirim está apostadoem prosseguir a carreira por pelo menos maisuma Olimpíada, pretendendo competir nos Jogosde Vancouver de 2010 - com a possibilidade de sefixar no estrangeiro, ou na Finlândia, onde reali-zou a parte final da preparação para Turim, ou noCanadá.

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"Melhorei marca

em nove minutos"Danny Silva, que balanço faz da participaçãonos Jogos Olímpicos de Turim?- Em termos pessoais, foi muito positivo. Apesarde algumas limitações e muitas dificuldades,consegui melhorar os tempos, atingindo assimos objectivos que, embora modestos, eram rea-listas. O mais importante acabou por ser a reali-zação dos mínimos para os Campeonatos doMundo do próximo ano, a disputar em Sapporo,no Japão.Vai prosseguir a carreira?- Já tenho planos feitos até 2010, que passampor mais participações internacionais de forma aadquirir mais experiência e ganhar outro à von-tade no meio. Depois dos Mundiais de 2007,gostaria de qualificar-me para o circuito da Taçado Mundo de 2008, que é um circuito de elite,bastante restrito. Depois, em 2009, temos novoCampeonato do Mundo e finalmente em 2010espero estar nos Jogos de Vancouver.Que importância teve o apoio do C.O.P. a esteprojecto?- O apoio que obtive do Comité Olímpico dePortugal permitiu-me treinar fora do país e emsítios específicos, de neve, o que se reveloudecisivo para a evolução registada, muito signifi-cativa, pois melhorei nove minutos numa prova

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(...)Uma vez obtida a qualificação, e conforme tinha sidoacordado com o atleta [Danny Silva] em Dezembro de2004, o Comité Olímpico de Portugal (COP) disponibi-lizou-se a apoiar a respectiva preparação.O apoio concedido pelo COP ao atleta para a sua pre-paração, durante o período de Março de 2005 aFevereiro de 2006, ascendeu a um encargo de27.400euros. Esta verba contemplava uma bolsa men-sal de 500euros, a partir do mês de Março de 2005,equivalente à concedida aos atletas que se qualificampara competir nos Jogos Olímpicos de Verão, sendo oremanescente utilizado na preparação.Para além desta dotação extraordinária, o COP despen-deu em apoio logístico (viagens, seguros, alojamento,alimentação e equipamentos) o valor de 6.349,40 euros.A verba da preparação foi utilizada na realização deestágios, competições e na aquisição de material apro-priado ao treino e à competição.Portanto, a verba global dispendida cifrou-se em33.131,52euros.(...)O atleta, com o apoio do COP, dispôs de condições depreparação sem precedentes na sua carreira. A sua classificação ficou abaixo do objectivo fixado, àvolta do 75.º lugar.(...)Apesar do resultado obtido, considera-se que a partici-pação de um representante de Portugal nos JogosOlímpicos de Inverno foi producente, pois o interesse esimpatia manifestados pela população portuguesapelos desportos de Inverno está a aumentar exponen-cialmente, conforme atestam os indicadores do nichode mercado de equipamentos desportivos de neve.Tratou-se de uma oportunidade ganha. Depois de umhiato de quatro anos, Portugal juntou-se ao conjuntode nações que pode colher dividendos da expansãodos denominados "desportos no gelo", que na actuali-dade representam um cluster em termos de captaçãode públicos para um segmento que envolve os binó-

mios desporto e turismo e desporto e ambiente, comefeitos reprodutivos no desenvolvimento regional elocal, facto vincado pela Federação da modalidade,associada a fortes investimentos na zonas de montan-ha no Continente e nas Regiões Autónomas.Por outro lado, e não menos importante, é o facto deDanny Silva ser um luso-descendente, oriundo dosEstados Unidos da América. Esta afirmação da diásporaconstitui um marco da lusofonia e assume grande sim-bolismo para os milhões de compatriotas espalhadospelo Mundo e para as novas gerações que actualmentedescobrem os valores e méritos da portugalidade.

Um susto no geloA passagem de Portugal pelos Jogos de Turim ficou marcadapelo acidente que vitimou o presidente do Comité Olímpico dePortugal, precisamente quando se dirigia para a meta da provados 15 km a fim de saudar Danny Silva no final da prova. Numdia de condições climatéricas particularmente adversas, VicenteMoura escorregou no gelo e fracturou duas vértebras lombares,tendo de ser evacuado de helicóptero de Pragelato, no meiosdos Alpes, para Turim, a cerca de 100 km.O Comité Organizador dos Jogos accionou de imediato os segu-ros da competição, realizando o repatriamento em avião-ambu-lância, sempre acompanhado por um médico, até ao interna-mento no hospital lisboeta [na foto, a chegada a Lisboa emmaca]. Ainda em Turim, o presidente do C.O.P. foi alvo de todasas atenções dos responsáveis do COI e do CONI, tendo sido visi-tado no hospital pelo Presidente Honorário Juan AntonioSamaranch.As lesões acabaram por ser menos graves do que inicialmente setemeu e o Comandante Vicente Moura acabou por retomar aactividade ao fim de duas semanas com o auxílio de um colarortopédico que lhe limitou os movimentos (mas não a activida-de...) durante dois meses.

RELATÓRIO DA MISSÃO A TURIM-2006 (extracto)

AA MMiissssããoo OOllíímmppiiccaaddee PPoorrttuuggaall aaoossJJooggooss ddee TTuurriimm ffooiiccoonnssiiddeerraaddaa pprroodduu--cceennttee

Portuguese Missionto Torino WinterGames was conside-red positive

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AACOLOP cresceu, com a entrada de mais doispaíses associados, a pedido dos próprios, aÍndia e o Sri Lanka, que também vão partici-

par nos Jogos da Lusofonia, em Outubro em Macau.Este alargamento deixa subjacente que a associaçãopode estender-se a outros países onde existam gran-des comunidades lusófonas

A Associação dos Comités Olímpicos de LínguaOficial Portuguesa, reunida em Seul, à margem daAssembleia da Associação dos Comités OlímpicosNacionais (ACNO), decidiu adoptar como membrosassociados os Comités da Índia e do Sri Lanka permi-tindo que participem em Outubro nos primeirosJogos da Lusofonia, que se realizam em Macau,embora provavelmente com um número limitado deatletas.

Com estas admissões, com um estatuto idêntico aoconcedido em 2004 à Guiné Equatorial, a ACOLOPpassa a ser constituída por nove membros efectivos(Angola, Brasil, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Macau,Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste) e três associados (Guiné Equatorial, Índia e SriLanka).

A integração destes dois países do sudoeste asiáti-co, durante a Assembleia-geral da ACOLOP, cor-respondeu a um pedido dos próprios. A Índiapode mesmo vir a ser candidata a anfitriãdos II Jogos da Lusofonia.

O presidente em exercício daAssociação dos Comités Olímpicos deLíngua Oficial Portuguesa (ACOLOP) eda Comissão organizadora dos primeirosJogos da Lusofonia, Manuel Silvério,disse que estas integrações alargam adimensão dos Jogos da Lusofonia àsdiversas comunidades que falam portu-guês no mundo. Fica subjacente que aACOLOP pode desenvolver-se em todas asnações onde existam comunidades falantesda língua portuguesa.

Na assembleia magna de Seul,onde o Comité Olímpico dePortugal esteve representadopelo Secretário-Geral,

Victor Mota, por impedimento do Presidente doC.O.P. a convalescer do acidente sofrido um mêsantes em Turim, a realização dos Jogos da Lusofoniae a actividade da ACOLOP foram alvos de curiosida-de por parte dos dirigentes do movimento olímpicointernacional.

Manuel Silvério em LisboaA organização dos Jogos entrou na fase decisiva. Atéfinais de Junho, os Comités e as Federações partici-pantes têm de confirmar as inscrições provisórias,avançando os nomes dos atletas escolhidos paradisputar a competição, na segunda semana deOutubro.

O presidente do Comité Organizador, ManuelSilvério, e a sua equipa desdobram-se em contactoscom o objectivo de garantir as presenças do máximopossível de atletas e do melhor nível competitivo,tendo-se deslocado propositadamente a Lisboa noinício de Junho, onde voltou a manter contactos como Secretário de Estado da Juventude e Desportos,Laurentino Dias.

Slogan dos Jogos da Lusofonia"Quatro Continentes, uma Língua - Unidos

pelo Desporto" é o slogan dos I Jogosda Lusofonia que vão decorrer emMacau de 7 a 15 de Outubro próximo.

A frase foi escolhida pelaAssembleia-geral da Associaçãodos Comités Olímpicos dos Paísesde Língua Portuguesa (ACOLOP),reunida em Seul.

Na mesma ocasião foi baptiza-da o cão, mascote dos Jogos, com o

nome de "Leo", palavra do chinês quesignifica "vir a Macau", com um senti-

do de boas-vindas, e que temfonética igual em cantonense

Lusophoneworldenlarging

Two new countries,India and Sri Lanka,asked permission tocompete in the forth-coming I Jogos daLusofonia (Games ofLusophone) and wereaccepted at the lastGeneral Assembly asassociated membersof ACOLOP (the newAssociation ofOlympic Committeesof PortugueseSpeaking Countries).First Games of ACO-LOP will take placenext October inMacao.India and Sri Lankawill assume a statutelike Spanish languagecountry GuineaEquatorial and willcompete with ACO-LOP nine partnersAngola, Brazil, CapeVert, Guinea-Bissau,Macao, Mozambique,Portugal, Sao Tomeand Príncipe and EastTimor.These new integra-tions show that thiscommunity ofPortuguese cultureand language maygrow to any othercountry with a largecommunity ofPortuguese speakingpeople and it is not aclosed association -noted ACOLOP presi-dent in-chargeManuel Silverio, ofMacao.ACOLOP Assemblyalso approved theGames slogan: "FourContinents, One Idiom- United by Sport".And Games mascot, anice dog, was named"Leo", a Chinese wordmeaning "welcome toMacao".

ACOLOP integraÍndia e Sri Lanka

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MMaannuueell SSiillvvéérriioo ddeesslloo--ccoouu--ssee aa LLiissbbooaa ccoomm oossJJooggooss ddaa LLuussooffoonniiaa nnaaaaggeennddaa

Manuel Silvério cameto Lisbon withLusophone Games inthe agenda

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e em português.Os I Jogos da Lusofonia

reunirão em Macau atletasde oito

modalida-des em

representa-ção dos nove

países e territó-rios membros da

ACOLOP (Angola,Brasil, Cabo Verde,

Guiné-Bissau, Macau,Moçambique, Portugal, SãoTomé e Príncipe e TimorLeste) e dos três paísesassociados (Guiné

Equatorial, Índia e Sri Lanka).

Governante guineense visitou C.O.P.O Secretário de Estado da Juventude, Cultura eDesporto da Guiné-Bissau, Mário Lopes Martins, reu-niu em Lisboa com o presidente do C.O.P., tendocomo tema de fundo a participação nos I Jogos daLusofonia, a realizar em Outubro em Macau.

Acompanhado do Director Geral dos Desportosda Guiné-Bissau, Vítor Cassamá, o governante recol-heu informação sobre a organização dos Jogos esobre eventuais apoios à deslocação da comitiva gui-neense de Lisboa para Macau. Os responsáveis gui-neenses foram ainda recebidos pelo Secretário de

Estado do Desporto, Laurentino Dias.Além da questão logística dos Jogos da Lusofonia,

o secretário de Estado guineense solicitou apoio àformação de técnicos e à estruturação do futuro cen-tro de alto rendimento desportivo a ser montado nanova sede do Comité Olímpico da Guiné-Bissau,tendo obtido imediata satisfação.

O C.O.P. vai convidar um quadro técnico guineen-se a estagiar no Centro de Preparação Olímpica deRio Maior, de forma a estudar o funcionamento destecentro de alto rendimento. Além disso, o ComitéOlímpico de Portugal proporcionará um estágio emRio Maior de preparação de atletas guineenses antesdos Jogos Olímpicos de Pequim.

RReessppoonnssáávveeiiss ppoollííttii--ccooss ddaa GGuuiinnéé--BBiissssaauunnaa sseeddee ddoo CC..OO..PP..eemm bbuussccaa ddee aappooiioo

Political leaders fromGuinea-Bissau cameto C.O.P. headquar-ters searching forsupport

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AComissão Multidisciplinar doComité Olímpico de Portugal reu-niu pela primeira vez nas instala-

ções do C.O.P. com o presidente VicenteMoura, estabelecendo as prioridades paraa sua acção durante a presenteOlimpíada.

Inicialmente a Comissão vai prepararos termos do protocolo de cooperação aestabelecer entre o C.O.P. e asUniversidades aderentes, em seguidafazer o levantamento das valências comque cada uma pode apoiar Federações etreinadores, elaborando um documentode divulgação a distribuir na comunidadedesportiva olímpica, e finalmente estabe-lecer uma relação de apoio directo aosatletas inseridos nos Projectos OlímpicosPequim 2008 e Londres 2012.

Os três membros da Comissão, JorgeOlímpio Bento (que preside) e AntónioTeixeira Marques, ambos daUniversidade do Porto, e Sidónio Serpa,da Faculdade de Motricidade Humana daLisboa, estiveram presentes na primeirareunião, bem como representantes daUniversidade de Coimbra e daUniversidade de Trás-os-Montes.

A Comissão Multidisciplinar do C.O.P.foi criada com o objectivo de incorporarna preparação um conjunto alargado desaberes, no apoio ao treino, avaliação téc-nica, nutrição, apoio psicológico, etc.,englobando seis Universidades (EscolaSuperior de Desporto de Rio Maior,Universidade da Madeira, Universidadede Coimbra, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, UniversidadeTécnica de Lisboa e Universidade doPorto).

Rede de InstituiçõesNo âmbito das atribuições da ComissãoMultidisciplinar do COP foi constituídauma rede de instituições do ensino super-ior. O objectivo é apoiar cientificamente otrabalho dos técnicos e a preparação dosatletas envolvidos nos Projectos Pequim2008 e Londres 2012. Os laboratórios darede desenvolverão programas perma-nentes de avaliação e controlo do treino,de assessoria técnico-científica e de apoioao recrutamento de jovens talentos. - Projecto Pequim 2008

No que se refere ao projecto Pequim2008, pretende-se avaliar um vasto

conjunto de indicadores somáticos, fun-cionais, técnicos, psicológicos, nutricio-nais, por forma a obter uma listagemexaustiva de informações que ajudem otreinador a gerir de modo mais eficaz aresposta ao treino e à competição.- Projecto Esperanças Olímpicas 2012

No que se refere à olimpíada de 2012(Londres), pretende-se estruturar demodo mais eficiente o processo de selec-ção de atletas, ajudando treinadores eseleccionadores a construir valores dereferência por modalidade com base ematletas de nível intermédio e avançado eelaborando critérios de selecção com baseem informação sólida e de validadereconhecida.

Os processos de avaliação incluirãorelatórios detalhados onde constarão osprincipais resultados da avaliação, ospontos fortes e fracos, a comparação comresultados anteriores ou com tabelas dereferência e sugestões de orientação parao trabalho futuro. Estes relatórios serãoobjecto de reuniões entre investigadores etécnicos e atletas envolvidos, no sentidodo esclarecimento e discussão dos seusconteúdos.

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Comissão Multidisciplinar estabeleceu plano de trabalho

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Universitiessupport

MultidisciplinaryCommission gatheredfor the first time atC.O.P. headquarterswith President VicenteMoura to establishthe priorities for itsaction during presentOlympiad. First stepwill be the definitionof the future protocolbetween C.O.P. andthe adherentUniversities. At thesame time they aredefining the workingfields that suit foreach other to supportFederations andcoaches and will startthe process of directsupport to the athle-tes integrated in the2008 and 2012Olympic Projects.Three members ofthe Commission,Jorge Bento, AntónioMarques, both fromOporto University, andSidonio Serpa, fromLisbon, where presentin that first meeting,along with representa-tives of Coimbra andVila Real Universities.This Commissioncreated this year forthe first time has thegoal of supportingOlympic athletes pre-paration with the bestscientific assistance intraining support, tech-nical evaluation, nutri-tion, psychologicalsupport, etc.

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INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES

� Instituto Politécnico de Santarém, Escola Superior de Desporto de Rio Maior

� Universidade da Madeira, Secção Autónoma de Educação Física e Desporto

� Universidade de Coimbra, Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física

� Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Departamento de Desporto

� Universidade do Porto, Faculdade de Desporto

� Universidade Técnica de Lisboa, Faculdade de Motricidade Humana

INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM

Escola Superior de Desporto de Rio MaiorRua José Pedro Inês Canadas, Lote 1,r/ch2040-326- Rio Maiorwww.esdrm.pt

Áreas de intervençãoAvaliação do Rendimento Desportivo. Avaliação daIntervenção dos Treinadores e Atletas. IntervençãoPsicológica em Alto rendimento.

Domínios específicos de intervençãoAvaliação da potência e capacidades aeróbia e anae-róbia. Avaliação da composição corporal.Aconselhamento nutricional. Análise da execução téc-nica. Análise do comportamento técnico e táctico emcompetição. Avaliação dos treinadores na instrução,do feedback e do clima relacional. Aconselhamentotécnico aos treinadores. Avaliação, treino e assessoriapsicológicos. Análise de competências psicológicas nadetecção de talentos

UNIVERSIDADE DA MADEIRA

Departamento de Educação Físicae Desporto Campus da PenteadaCaminho da Penteada 9000 - 390 Funchalwww.uma.pt

Áreas de intervençãoAvaliação e aconselhamento técnico

Domínios específicos de intervençãoAvaliação morfológica, avaliação da composição cor-poral, avaliação do somatótipo, determinação daidade biológica, construção de tabelas com indicado-res e critérios de selecção, avaliação da capacidadefísica, avaliação psicológica, aconselhamento técniconas modalidades desportivas.

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UNIVERSIDADE DE COIMBRA

Faculdade de Ciências do Desporto ede Educação FísicaEstádio Universitário de Coimbra,Pavilhão III3040-156 Coimbrawww.fcdef.uc.pt

Áreas de intervençãoAvaliação, controlo e consultoria técnica.

Domínios específicos de intervençãoAvaliação da aptidão aeróbia e anaeróbia. Avaliação da composi-ção corporal. Avaliação da resposta ao consumo de substânciasergogénicas. Vigilância imunológica e despiste de sobretreino.Determinação da idade óssea em jovens atletas. Avaliação, acom-panhamento e consultoria psicológica. Observatório permanenteda imagem dos atletas criada pelos media. Consultoria na área dafisiopatologia e técnicas de recuperação desportiva. Consultoriatécnica em modalidades e especialidades desportivas.

UNIVERSIDADE DO PORTO

Faculdade de DesportoRua Dr. Plácido Costa, 914200-450 Portowww.fcdef.up.pt

Áreas de intervençãoAvaliação, controlo e aconselhamento técnico.

Domínios específicos de intervençãoAvaliação da capacidade física, avaliação da estrutura morfológica,avaliação técnica, avaliação psicológica, avaliação nutricional, pre-venção de lesões. Em particular a intervenção centrar-se-á sobre:Avaliação da função aeróbia, da função anaeróbia, da funçãomuscular e prevenção de lesões. Avaliação de perfis morfológicose proporcionalidade somática, avaliação da composição corporal,avaliação do somatótipo, determinação da idade biológica, elabo-ração da "carta do atleta", construção de tabelas com indicadorese critérios de selecção. Análise cinemétrica do movimento despor-tivo (como é o movimento? Como deveria ser?). Análise dinamo-métrica de impulsões e apoios (que forças são geradas?). Análiseelectromiográfica de movimentos desportivos (quando intervémum músculo? com que intensidade? com que sinergias?).Calibração e ajustamento das cargas de treino e avaliação da efi-cácia das cargas. Avaliação e diagnóstico das necessidades e com-petências psicológicas, intervenção e consultoria psicológica.Caracterização da ingestão nutricional do atleta e aconselhamentoem função do tipo de esforço. Consultoria técnica em modalida-des e especialidades desportivas. Avaliação no desporto paralím-pico.

UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA

Faculdade de Motricidade HumanaEstrada da CostaCruz Quebrada1495-688 Cruz Quebrada-Dafundowww.fmh.utl.pt

Áreas de intervençãoMorfologia e composição corporal, fisiologia do treino, psicologiado desporto, biomecânica do desporto e nutrição

Domínios específicos de intervençãoAvaliação da função cardio-respiratória e metabólica, avaliação dafunção neuromuscular, avaliação da composição corporal e mor-fológica. Identificação das zonas-alvo de intensidade do treino.Avaliação da técnica de execução do gesto desportivo, bem comoda força e do equilíbrio muscular. Caracterização individual quan-to aos factores psicológicos diferenciadores do talento desportivoe quanto aos facilitadores do sucesso. Em particular a intervençãocentrar-se-á no apoio à optimização da técnica de execução dogesto desportivo, bem como à optimização de programas de trei-no; na prevenção e reabilitação de lesões; na intervenção juntodos atletas no âmbito da optimização dos factores psicológicosdo desempenho e na perspectiva do suporte emocional; naassessoria psicológica aos treinadores; no aconselhamento eapoio nutricional.

UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES

E ALTO DOURO

Departamento de DesportoRua Dr. Manuel Cardona 5000-558 Vila Realwww.utad.pt/~desporto/

Áreas de IntervençãoAvaliação e controlo da preparação nas áreas de Fisiologia doExercício, Bioquímica, Biomecânica do Desporto, Psicologia doDesporto, Metodologia do Treino Desportivo, Nutrição Desportiva,Ajudas Ergogénicas e Controlo do Peso e da ComposiçãoCorporal. Assessoria técnico-científica.

Domínios específicos de intervençãoAvaliação da técnica desportiva (observação, análise e prescriçãodo movimento racional), avaliação da força, avaliação aeróbia eanaeróbia. Análise do padrão de actividade motora dos jogadorese equipas, avaliação e controlo do processo de preparaçãodesportiva das equipas. Consultoria em jogos desportivos colecti-vos, desportos cíclicos de resistência e desportos técnicos.

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AXIX Sessão Anual da Academia Olímpica dePortugal decorreu este ano em Almeirim,durante o primeiro fim-de-semana de Abril,

tendo-se traduzido na entrega de 16 diplomas aosparticipantes que concluiram os trabalhos. Pela pri-meira vez e doravante, de acordo com novos regula-mentos da A.O.P., a participação numa SessãoAnual não basta para assegurar o ingresso comomembro da Academia, devendo os formandos pros-seguir a sua actividade de modo a confirmaremfuturamente a respectiva qualificação.

Este ano, por sugestão do membro da Academia

David Sequerra, Almeirim foi a anfitriã dos traba-lhos, o que veio a revelar-se uma excelente escolha,dada a colaboração oferecida pela edilidade local etambém pela representatividade do mais recenteatleta olímpico, o esquiador Danny Silva, que ummês antes tinha representado Portugal nos JogosOlímpicos de Inverno de Turim. Ele foi, de resto,convidado e palestrante de uma das sessões de tra-balho.

Verdade DesportivaOs trabalhos tiveram início e fim com cerimónias

AACCAADDEEMMIIAA OOLLÍÍMMPPIICCAA

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PPrreessiiddeennttee ee mmeemmbbrrooss ddaaCCoommiissssããoo DDiirreeccttiivvaaddaa AAccaaddeemmiiaa

New Board of thePortuguese OlympicAcademy

OLIMPO

Almeirim recebeu

XIX Sessão AnualO esquiador olímpico Danny Silva foi um dos convidados

e palestrante da sessão deste ano que formou 16 novos

candidatos a membros da Academia Olímpica de Portugal

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solenes em locais públi-cos e para as quais foramformalizados convitesespeciais pela A.O.P. epela Câmara Municipalde Almeirim. Na sessãode abertura compareceuo representante doComité OlímpicoInternacional emPortugal, Fernando LimaBello, que proferiu umabreve alocução. Tanto naabertura como no almoçode encerramento estive-ram presentes dezenasde convidados daCâmara Municipal deAlmeirim, entre figurasde renome desportivo eautarcas do distrito deSantarém.

Conforme previa oprograma, os participan-tes foram divididos emquatro grupos de traba-lho, tendo tratado osseguintes temas:

� "O 'doping' e a verda-de desportiva" (grupos 1e 3) � "Jogos Olímpicos:desporto ou espectácu-lo?" (grupos 2 e 4).

As conclusões decada grupo foram apre-sentadas antes do encer-ramento da Sessão.

Para além de outraspessoas que manifesta-ram interesse em participar na XIX Sessão Anualda A.O.P., foram recebidas 33 inscrições para a

iniciativa, tendo sido eliminadas seis por razões deidade dos interessados (quatro jovens com menos

4422Maio|Junho 2006

JJooaannaa PPeerreeiirraa,, aattlleettaa ddee JJuuddoo qquuee ppaarrttiicciippoouu nnoo FF..OO..JJ..EE.. 22000055,, ee JJoosséé TToomméé,, aasssseessssoorr ttééccnniiccoo ddoo CC..OO..PP.. rreecceebbeerraamm ddiipplloommaa ddee ppaarrttiicciippaanntteessJoana Pereira, young Judo athlete who competed in E.Y.O.F. 2005, and José Tomé, C.O.P. technical assistant received participation diplomas

PPaarrttiicciippaanntteess nnaa XXIIXX SSeessssããoo ddaa AAccaaddeemmiiaa OOllíímmppiiccaaFamily photo of the participants in the XIX Annual Session of the Olympic Academy

AcademySession

The Annual Session ofPortuguese OlympicAcademy gathered inAlmeirim, small town70 km north ofLisbon, during threedays in April, forming16 new candidates tothe membership.One of the inviteesfor the workshop waswinter Olympic athle-te Danny Silva whoactually lives inAlmeirim. PortugueseI.O.C. member,Fernando Lima Bello,also adressed aspeech to the audien-ceThe participants dis-cussed two main sub-jects- Doping and Sportstrue- Olympic Games:sport or showbusi-ness?

OLIMPO

AACCAADDEEMMIIAA OOLLÍÍMMPPIICCAA

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SSííllvviioo RRaaffaaeell ffeelliicciittaaddoo ppeelloo ooppoossiittoorr FFeerrnnaannddoo FFrreeiittaass ee eemmppoossssaaddoo ppoorr VViicceennttee MMoouurraaSílvio Rafael, shaking hands with his opponent Fernando Freitas and assuming the charge

OLIMPO

SÍLVIO RAFAEL

"Continuar aposta na vertente pedagógica"Reeleito em Fevereiro na presidência da Academia Olímpica de Portugal,Sílvio Rafael reitera os objectivos deste órgão do C.O.P. para o novo manda-to:- Tencionamos incidir sobre a vertente pedagógica com ligação às escolas,nomeadamente ao segundo e terceiro ciclo do ensino, ao movimento asso-ciativo, procurando aliar-nos fortemente às Federações, e finalmente aosatletas e técnicos, a grande massa humana, junto da qual podemos intervirmais vincadamente com essa intenção pedagógica".Na prática quais são as acções a desenvolver pela Academia no queconcerne *à investigação?- A Academia vai estabelecer também protocolos com as Escolas Superioresde Educação Física, procurando desenvolver em articulação com elas projec-tos científicos e estudos sobre o movimento olímpico. Além disso, mantere-mos os prémios para a Imprensa Regional que já promovemos há dois outrês anos".A alteração estatutária do C.O.P. que veio dar assento na ComissãoExecutiva ao presidente da Academia aumenta consideravelmente arepresentatividade da A.O.P.- Esta mudança estatutária permite uma maior interligação e que possaexpor em sede própria as necessidades e sucessos da A.O.P., permitindouma interligação muito maior com o Comité e como todo o Movimento.

Eleições e posse da nova AcademiaA Comissão Directiva da Academia Olímpica de Portugal, eleita no dia 25 deFevereiro, tomou posse um mês depois na sede do C.O.P., tendo como efei-to directo o acréscimo em mais um elemento da Comissão Executiva doComité, em consequência da alteração estatutária que atribui maior respon-sabilidade ao líder da AcademiaO Presidente empossado da A.O.P., Sílvio Rafael, reiterou a intenção deorientar as actividades da A.O.P em duas vertentes, pedagógica e científica,mantendo a ligação às escolas, mas "dando prioridade à colaboração com omovimento associativo e com as Federações em particular" e procurandoestabelecer e aprofundar protocolos com as instituições de Ensino Superior.O presidente do C.O.P., José Vicente Moura, manifestou "grande esperança"na "nova Academia" resultante das alterações estatutárias recentes, que aaproximam do Comité, pois o seu presidente passa a integrar por inerênciaa Comissão Executiva do C.O.P.A Comissão Directiva da Academia Olímpica, presidida por Sílvio Rafael, éconstituída por Manuel Ribeiro da Silva (vice-presidente), Carlos Gomes(secretário-geral), Maria Emília Azinhais, Alexandre Mestre, Paulo Marcolinoe Sandro Lúcio.

de 18 anos) e de atraso na chegada dos documen-tos (duas pessoas cujas inscrições chegaram aosecretariado da Academia já depois do início dasessão).

Dos 27 inscritos admitidos à sessão, dois desis-tiram por razões pessoais e quatro não chegaram acomparecer. No início dos trabalhos estiveram 21participantes, mas três deles não se apresentaramdepois do primeiro dia, pelo que foram entregues18 diplomas de participação.

Aos participantes foi dada informação de que,pela primeira vez no historial das sessões anuaisda A.O.P. e por via da nova regulamentação inter-na, os participantes diplomados não passam auto-maticamente a ser membros da AcademiaOlímpica de Portugal e de que a sua admissão àA.O.P. fica dependente de posterior decisão doConselho Directivo com base em proposta dosinteressados, fundamentada com actividadedesenvolvida em consonância com os objectivosda academia.

Os trabalhos da XIX Sessão Anual decorreramnas instalações dos Paços do Concelho deAlmeirim, fazendo-se uso do auditório, com umaplateia de 64 lugares, para as palestras e para ostrabalhos de dois grupos, e de salas anexas, parainstalação do secretariado da sessão e para funcio-namento de dois outros grupos de trabalho.

Para o secretariado foi usada uma sala, que ser-viu para fazer atendimento de participantes, mon-tar o sistema informático de apoio e armazenarmaterial (guardado também na sala contígua detrabalhos de grupo).

O trabalho organizativo da sessão esteve acargo do Conselho Directivo da A.O.P., com a par-ticipação dos funcionários do C.O.P. a trabalharcom a A.O.P. e a colaboração de membros daAcademia. A iniciativa contou com o apoio institu-cional da Câmara Municipal de Almeirim e dadelegação de Santarém do Instituto do Desportode Portugal. No caso da delegação do I.D.P., aintervenção traduziu-se no empenho do delegadodistrital, Luís Guedes, nos contactos que permiti-ram acelerar a criação de canais de comunicaçãoentre a A.O.P. e a câmara de Almeirim.

Exposição olímpicaEm complemento do programa e correspondendo àdisponibilização pela autarquia do espaço da gale-ria do posto de turismo, foi realizada uma exposi-ção de temática olímpica, patente ao público nosdias da sessão. Para o efeito foram utilizados os car-tazes de cada edição dos Jogos Olímpicos de Verão,em suporte vertical, e, à frente destes, alguns mate-riais, como livros, programas, fachos, mascotes,equipamentos, em suporte horizontal (mesas comtampos de vidro ou armários expositores). No meioda sala ficaram os manequins com os trajes mascu-lino e feminino da delegação portuguesa aos Jogosde Atenas de 2004 e o equipamento usado porDanny Silva, nos Jogos de Turim.

A exposição fez uso da galeria do posto munici-pal de turismo, no rés-do-chão, com superfície útilde aproximadamente 50 metros quadrados, acresci-dos de cerca de 40 metros quadrados de parede.

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NNOOTTIICCIIÁÁRRIIOO

OLIMPO

U.C.I. colabora com C.O.P.

O Presidente da União Ciclista Internacional, PatMcQuaid, esteve de visita a Portugal e reuniu na sededo C.O.P. com o presidente José Vicente Moura e na pre-sença de Artur Lopes, presidente da FederaçãoPortuguesa e vice-presidente do Comité Olímpico.

A análise dos programas da Solidariedade Olímpicade apoio a jovens esteve no centro deste encontro, numaaltura em que um atleta português, Micael Pereira, pas-sou a ser apoiado pela S.O. e um outro, o jovem IvoFernandes, da Associação Desportiva Leões Cabanenses,foi seleccionado pela U.C.I. para participar no Campo deTreino para Jovens Talentos, no Centro Mundial deCiclismo, com potencialidades para participar nos JogosOlímpicos de Londres de 2012, patrocinado pelaSolidariedade Olímpica. A candidatura a esta bolsa foipromovida pelo Comité Olímpico de Portugal e agoraaprovada pela Solidariedade Olímpica.

Esta visita do presidente da U.C.I. enquadrou-se nareunião em Lisboa da Comissão de Estrada da UniãoCiclista Internacional. O Presidente da U.C.I., PatMcQuaid, juntou-se aos membros da Comissão e estevepresente no lançamento do livro "Ciclismo eRendimento" do director técnico nacional, José LuisAlgarra, tendo ainda visitado o Museu do Ciclismo, nasCaldas da Rainha.

Gabriela Sabatini recebe Prémio Mulheres e Desporto do COIO ComitéOlímpicoInternacionalatribuiu oTroféu"Mulheres eDesporto" de2006 à antigatenista argentinaGabrielaSabatini, meda-lha de prata nosJogos Olímpicosde Seul de 1988.

O prémio foientregue numacerimónia oficialna sede daOrganizaçãoInternacional doTrabalho (OIT),em Genebra, efoi justificadonão tanto pelosseus 27 títulos individuais e 12 de pares no circuito mundial deténis, mas sobretudo pelo trabalho que tem realizado nos últimosanos de divulgação e promoção desta modalidade entre os jovens,particularmente raparigas, da Argentina.

Gabriela Sabatini patrocina integralmente um programa daFederação argentina de ténis para jovens jogadoras e financia tam-bém torneios e "clínicas" de ténis para mulheres e crianças.

Além do Troféu mundial, o COI entregou cinco troféus conti-nentais a mulheres que se têm destacado na promoção do desportonos respectivos países e regiões.

Troféu para África: Albertine Barbosa Andrade (Senegal)Troféu para a América: Charmaine Crooks (Canadá)Troféu para a Ásia: Elisa Lee (Coreia do Sul)Troféu para a Europa: Dominique Petit (França)Troféu para a Oceânia: Lorraine Mar (Ilhas Fiji)A vencedora do troféu para África tem origens lusófonas, na

Guiné Bissau.As vencedoras foram seleccionadas pela Comissão Mulheres e

Desporto do COI, presidida por Anita DeFrantz, de dezenas decandidaturas apresentadas pelos Comités Olímpicos Nacionais epelas Federações Internacionais.

Pescante resigna à Presidência dos C.O.E.Mário Pescante informou durante o mês deMaio o Comité Executivo e os 48 ComitésNacionais membros dos Comités OlímpicosEuropeus da sua resignação do cargo dePresidente dos COE.Eleito para o Parlamento italiano nas elei-ções de 9 e 10 de Abril, Pescante foicontemplado com responsabilidades políti-cas que, segundo explicou na carta aos

colegas europeus, tem dificuldade "emconciliar com os compromissos e a dedica-ção exigíveis ao Presidente dos COE".A decisão foi tomada com grande penaapós considerável reflexão, dela tendo dadoconta ao Presidente do Comité OlímpicoInternacional, Jacques Rogge, ao mesmotempo que garantia a sua intenção de per-manecer na sua posição de membro do

Comité Executivo do COI.Mário Pescante esteve 17 anos à frente daAssociação europeia, primeiro comoSecretário-Geral, entre 1989 e 2001, edepois como Presidente, tendo sido reeleitorecentemente na Assembleia-Geral deDublin. Uma Assembleia-Geral Extraordináriados COE será realizada em Roma dia 29 deJulho, para resolver esta situação.

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Europe in Lisbon

All eight members ofthe Executive of theAthletes Commissionof European OlympicCommittees (E.O.C.)met in Lisbon, atC.O.P. headquarters,in the first weekendof May, to discussinternal affairs, theaffiliation process andalso the elaborationof its web site.One of the electedmembers isPortuguese olympicsailor Diogo Cayolla,who received theteam leaded by ger-man Claudia Bockel,Fencing Silver Medalat Sydney Olympics.Other members areDecathlon OlympicChampion Erki Nool,from Estonia, formerhigh jump championInga Babakova, fromUkraine, and PeterGardner (U.K.,Rowing), Teemu Heino(Finland, Taekwondo)and Yoav Bruck(Israel, Swimming).Jergus Baca, ice hoc-key player fromSlovakia, representedthe athletes ofWinter sports.Two weeks later,Diogo Cayolla hadparticipate in theMeeting of E.O.C. inSlovenia, were theEuropean Committeestook first contactwith the BeijingGames OrganizingCommittee.

OLIMPO

Os sete membros do executivo da Comissão deAtletas dos Comités Olímpicos Europeus reu-niram durante o primeiro fim-de-semana de

Maio na sede do Comité Olímpico de Portugal, junta-mente com o elemento português, o velejador DiogoCayolla.

No sábado, realizou-se a reunião da Comissão, queanalisou vários relatórios internos e tomou decisões arespeito do processo de filiação, bem como relativa-mente à elaboração do respectivo site internet.

No domingo, realizou-se no hotel D.Pedro umareunião bilateral com a Comissão de AtletasOlímpicos do C.O.P., liderada por Nuno Fernandes.

Sob a presidência da alemã Claudia Bokel, medal-ha de prata de Esgrima nos Jogos de Sydney, aComissão inclui o campeão olímpico do Decatlo ErkiNool, da Estónia, a antiga campeã mundial e medal-ha de bronze olímpica do Salto em Altura, IngaBabakova, da Ucrânia, e os atletas olímpicos PeterGardner (Grã-Bretanha, Remo), Teemu Heino(Finlândia, Taekwondo), Yoav Bruck (Israel, Natação)e Diogo Cayolla (Portugal, Vela). Os atletas dosdesportos de Inverno são representados pelo jogadorde Hóquei sobre o Gelo eslovaco Jergus Baca.

Duas semanas mais tarde, coube ao elemento por-tuguês da Comissão, Diogo Cayolla, representar aComissão na reunião dos Comités OlímpicosEuropeus, realizada na Eslovénia, onde tomou o pri-meiro contacto com a organização dos Jogos

Olímpicos de Pequim. O representante português naComissão de Atletas dos Comités OlímpicosEuropeus, Diogo Cayolla, foi nomeado para aComissão de Preparação dos Jogos Olímpicos para oactual ciclo olímpico. O velejador português, que par-ticipou nos Jogos Olímpicos de Atlanta, Sydney eAtenas, tinha sido nomeado representante dosAtletas europeus naquela Comissão, de que já faziaparte o Secretário-Geral do C.O.P., Victor Mota,durante a última reunião do Comité Executivo dosCOE, reunido em Turim, por altura dos Jogos deInverno.

Reunião dos AtletasEuropeus em Lisboa

DDiiooggoo CCaayyoollllaa ffooii oo aannffiittrriiããoo ddooss oouuttrrooss sseettee mmeemmbbrrooss ddaa CCoommiissssããoo ddee AAttlleettaassDiogo Cayolla (back left) hosted the seven other members of Athletes Commission

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OTenente-Coronel António Neves surpreen-deu os responsáveis e os mestrandos doMEMOS (Master Executivo em Gestão de

Organizações Desportivas) em Língua espanhola,cujo primeiro módulo decorreu na Cidade doMéxico, ao apresentar um plano estratégico deComunicação e Marketing, chamado SuperAtletaPequim 2008, que servirá de apoio e financiamentoà próxima missão de Portugal aos JogosParalímpicos.

O presidente da Federação Portuguesa deDesporto para Deficientes, também dirigente daAssociação de Deficientes das Forças Armadas e daAssociação dos Cegos e Amblíopes de Portugal, rea-lizou uma carreira militar na área das RelaçõesPúblicas e da Comunicação Social que lhe serve deinspiração ao trabalho de angariação de meios parao desenvolvimento da alta competição desportivapara deficientes - o seu objectivo primordial."Trabalhei nessa área, mas sempre de forma empíri-ca, pois a minha formação académica é na área dasrelações internacionais - Estudos Europeus".

Aos 56 anos, a participação deste desportistanato (praticante de Atletismo, Ciclismo em tandem,Vela, Remo e Caça Submarina) num curso tão com-plexo representa a concretização de uma velhaideia, que já quis realizar num curso de GestãoDesportiva da F.M.H.: "A minha actividade baseia-se sobretudo no associativismo e no voluntariado,mas conclui há muito que todos teríamos imenso aganhar se lhe desse um cunho científico, desenvol-vendo as nossas ferramentas. Senti que me faltavaenquadramento técnico para a realização de umprojecto que servirá de orientação no futuro".

A concretização no âmbito de um Mestrado

PPAARRAALLÍÍMMPPIICCOOSS

O presidente dos paralímpicos

portugueses desenvolve no âmbito

do Masters em Gestão Desportiva

MEMOS um projecto de

Comunicação e Marketing como

principal forma de financiamento

nos Jogos de Pequim 2008

SuperAtletapara Pequim

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patrocinado pelo Comité Olímpico Internacionalsugere-lhe que no futuro seja o próprio ComitéParalímpico Internacional a promovê-los, masenquanto isso não é possível, avança decidido como apoio do C.O.P.

A Federação Portuguesa de Desporto paraDeficientes, que integra a Assembleia doMovimento Associativo Desportivo, pretende nofuturo transformar-se em Comité Paralímpico, àsemelhança do que acontece noutros países. Paraesse efeito, tem de fazer crescer a actividade despor-tiva federada nas diversas modalidades, procurandoactualmente novos atletas em escolas e centros dereabilitação onde existam jovens, potenciais despor-tistas, que venham a federar-se em secções especiaisdas Federações existentes. Nesta altura já existemprotocolos com as de Atletismo, Esgrima, Judo,Remo, Ténis, Tiro e Vela.

Quanto a esta evolução para Comité Paralímpico,as opiniões estão divididas. Sectores actualmenteenglobados como associações de especialidade naprópria F.P.D.D., como a de bócia, têm relutânciaem avançar para a autonomia de uma Federaçãoprópria.

Toda a orgânica desportiva nacional é exclusiva,em relação aos deficientes, que também não têmassento no Conselho Superior de Desporto, porexemplo. António Neves diz que esteve em quatroou cinco sessões de debate da nova Lei de Bases eem nenhum dos textos que ouviu se faz referênciaao sector. Fê-lo a título pessoal, porque ninguém domovimento paralímpico foi chamado à colação. Éuma voz isolada, mas consegue fazer-se ouvir.

Assim, o projecto de António Neves divide-se emduas partes: por um lado a participação nos Jogosde Pequim, a nível imediato, e por outro a captaçãode mais praticantes e modalidades, como objectivode médio prazo. A visibilidade que o Projecto atrairajudará a financiar o primeiro ponto e a promover osegundo.

O projecto portuguêsSem os apoios dos congéneres europeus, como osespanhóis que têm uma subvenção estatal de quaseoito milhões de euros para os Jogos de Pequim, osparalímpicos portugueses têm de lançar mão de uminventivo trabalho de marketing e comunicação.Uma agência de primeiro plano, a BBDO, desenvol-ve "pro bono" o Projecto de Comunicação que ofere-ce como retorno uma boa capacidade de resultados.

O Projecto Memos visa entrar em vigor em 1 de

Janeiro de 2007 e pretende fazer evoluir o ProjectoSuperatleta que financiou em 70 por cento a partici-pação nos Jogos de Atenas de 2004. "Sem ele, a par-ticipação teria sido espartana", refere AntónioNeves. Ao longo do ciclo, os atletas receberam equi-pamentos e tiveram a possibilidade de frequentarestágios e realizar provas, graças ao "investimentoda F.P.D.D. na promoção e visibilidade" das suaspresenças em Campeonatos da Europa e do Mundo.

"Gerou-se na sociedade portuguesa pela primeiravez a ideia de que o desporto para deficientes tam-bém pode ser, também é, desporto de alta competi-ção. Era preciso mudar as mentalidades e a ideia deque o treino físico destas pessoas não é feito parareabilitar, mas sim para competir. Nesta perspecti-va, é necessário também criar cursos de treinadores,específicos para estas modalidades emergentescomo a Esgrima, o Vólei sentado ou o Remo adapta-do, que vai estar em Pequim pela primeira vez e emque Portugal já conquistou uma medalha de bronzee duas de prata nos últimos campeonatos doMundo".

A criação da mascote, o Bicas, e a mudança daimagem e do logotipo da Federação foram os passoscapitais dados nessa fase. Agora, pretendem capita-lizar apoios, conseguindo desde logo manter osprincipais patrocinadores da campanha anterior.

De alguma forma, a F.P.D.D. defronta-se presen-temente com o envelhecimento da "primeira gera-ção" de paralímpicos portugueses, verificando quehá menos jovens a iniciar-se na competição. DizAntónio Neves, ele próprio deficiente invisual e dosmembros superiores em consequência da guerracolonial: "Houve uma melhoria da qualidade devida, com mais conforto, e as pessoas tendem a ficarem casa, com a playstation ou a internet. Por outrolado, o Estado também tem vindo a acabar com oensino especial o que, se proporciona a integraçãointelectual, tende a excluir na actividade física: umaturma que tenha apenas um ou dois deficientes nãolhes pode proporcionar interactividade física. Porisso, este processo de inclusão, que apoiamos, temde ser mais acompanhado em termos de logística".

Quanto aos resultados desportivos que conti-nuam a atrair os patrocinadores da F.P.D.D., antevê-se igualmente um acréscimo das dificuldades. EmAtenas, o número de medalhas desceu 25% relativa-mente a Sydney, até porque a modalidade maisforte dos portugueses, o Atletismo, está hoje muitomais competitiva, em qualidade e número de atle-tas, a nível global.

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Super-Athlete

Portuguese ParalympicMovement presidentAntónio Neves is develo-ping a Communicationand Marketing project,called Super-Athlete, assubstantial financing pro-cess for Beijing 2008Games as a case study atthe MEMOS Masters inSpanish language.Colonel Neves who didlose his seeing capacityand both upper membersin landmine explodingduring Angola War, late inthe sixties, continued hismilitary career as a PublicRelations officer andfights now to find moneyto support his job aheadof the Sports forHandicapped Federation."I've been working in anempiric way, because myacademic skills are at theInternational Relationsareas - EuropeanStudies", he says.At 56, this sportsmanwho practices a few diffe-rent sports his fulfilling anold idea: "My activity isbased in corporation andvoluntarism and I realizedfor a while now that weall had a lot to gain if Icould give it a scientificcertification, developingour working tools. I feltthat we're missing techni-cal support for the projectthat will guide our work inthe future".His presence in theMasters sponsored byI.O.C. suggests him that inthe future theInternational ParalympicCommittee should pro-mote its own Masters.Portuguese Sports forHandicapped PersonsFederation is a memberof the Olympic Assemblybut desires to become anindependent ParalympicCommittee in the future,as it happens in othercountries. However theywere not listened by theGovernment during therecent elaboration pro-cess of the new SportsLaw.

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“Gerou-se na sociedade

portuguesa pela primeira

vez a ideia de que o

desporto para

deficientes também

pode ser, também é,

desporto de alta

competição”

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Opresidente do C.O.P., Comandante JoséVicente Moura, foi uma das 75 figuras daNatação portuguesa homenageadas na Gala

das Bodas de Diamante da Federação presidida porPaulo Frischknecht, a maioria das quais com significa-tivo passado olímpico

O Presidente do Comité Olímpico de Portugal,Comandante José Vicente Moura, foi homenageadona Gala do 75.º Aniversário da Federação Portuguesade Natação, de que passou a ser Sócio de Mérito.Setenta e cinco personalidades ligadas à modalidadeforam distinguidas pela F.P.N. na cerimónia realizadano Casino da Póvoa do Varzim, no passado dia 21 deMaio.

Diana Gomes, atleta do Projecto Olímpico Pequim2008, foi uma das quatro distinguidas com a Medalhade Ouro da Federação, a par do antigo treinadorHermano Patrone (a título póstumo) e dos atletasolímpicos José Couto e Nuno Laurentino.

Cerca de 300 pessoas, por entre dirigentes, nadado-res, treinadores, árbitros e pessoas ligadas à natação,compareceram nesta Gala do 75.º Aniversário daF.P.N., que se realizou no Casino da Póvoa deVarzim.

A Federação homenageou um total de 75 persona-lidades, entre atletas, treinadores, dirigentes e clubes,muitos deles igualmente com passado olímpico,sendo distribuídas 20 Medalhas de Prata e 50Medalhas de Bronze. Foram os casos de Ana Alegria,

Ana Francisco, Artur Costa, Luís Monteiro, MariaCarlos Santos, Miguel Cabrita, Pedro Silva, PetraChaves, Raquel Felgueiras, Simão Morgado e TiagoVenâncio, todos galardoados com a Medalha de Pratada F.P.N. Entre as Medalhas de Bronze, igualmenteuma maioria de antigos e actuais atletas olímpicoscomo os jovens Adriano Niz, João Araújo, MiguelPires ou Fernando Costa e os já retirados JoanaSoutinho, Miguel Arrobas, Paulo Camacho, PedroFerreira, entre outros.

A cerimónia contou com a presença do secretáriode Estado da Juventude e Desporto, Laurentino Dias,do presidente do Instituto do Desporto de Portugal(IDP), Luís Sardinha e do presidente do C.O.P.,Vicente Moura.

Antigo presidente da F.P.N., José Vicente Mouralembrou o passado ligado à modalidade e afirmou:"Foi na natação que me formei como homem".

O presidente do IDP anunciou que o organismoque tutela disponibilizou as verbas para as obras debeneficiação das instalações da FPN.

O presidente da FPN entregou um escudete dainstituição a Laurentino Dias, Vicente Moura, LuísSardinha, ao presidente da Associação de Natação doNorte de Portugal, Aníbal Pires, e aos representantesdas câmaras municipais da Póvoa de Varzim e de RioMaior.

O momento alto da noite foi a entrega das 75 dis-tinções honoríficas, com destaque para Hermano

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Olímpicos homenageadosnos 75 anos da F.P.N.

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Patrone, Medalha de Ouro da F.P.N. a título póstumoe representado na cerimónia pela filha, VirgíniaMaria. Os galardões foram entregues por PauloFrischknecht, Laurentino Dias, Vicente Moura, LuísSardinha e Rosa Mota.

Seguiu-se o apagar das 75 velas do bolo de aniver-sário.

SwimmingDiamonds

PortugueseSwimmingFederation celebra-ted its 75 yearsold in a spectacularGala, where thesame number ofpersonalities werecommend with thehonor prizes of theinstitution, before300 invitees.C.O.P. president,José VicenteMoura, former pre-sident of F.P.N. wasone of the 75 dis-tinguished, beco-ming Associate ofMerit.Mr. Vicente Mouraremembered hispast of passionateattachment to thissport, saying: "Itwas in Swimmingworld that I beca-me a man".Four highly ratedswimmers, threeof them Olympicand still on activity,received F.P.N. GoldMedal: DianaGomes, athlete ofthe Project Beijing2008, José Coutoand NunoLaurentino, andalso on posthu-mous title lateHerman Patrone,former swimmerand coach.There were distri-buted 20 SilverMedals, alsoamong a lot ofolympic athletes ofthe last decades,and 50 Bronze.Secretary of StateLaurentino Diasand Institute ofSports president,Luís Sardinha,attended the cere-mony.

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VViicceennttee MMoouurraa ccoomm ttrreeiinnaaddoorr JJoosséé MMaannuueell BBoorrggeessVicente Moura with swimming coach José Manuel Borges

DDiiaannaa GGoommeess ccoomm oo SSeeccrreettáárriioo ddee EEssttaaddoo LLaauurreennttiinnoo DDiiaassDiana Gomes with Secretary of State Laurentino Dias

NNuunnoo LLaauurreennttiinnoo ccoomm RRoossaa MMoottaa,, vveellhhooss ccoonnhheecciiddoossNuno Laaurentino with Rosa Mota, old Olympic friends

VViicceennttee MMoouurraa ggaallaarrddooaaddoo ppeelloo pprreessiiddeennttee ddaa FF..PP..NN..,, PPaauullooFFrriisscchhkknneecchhttVicente Moura distinguished by F.P.N. president PauloFrischknecht

JJoosséé CCoouuttoo pprreesseenntteeaaddoo ppoorr LLuuiiss SSaarrddiinnhhaa ((II..DD..PP..))José Couto award given by Luis Sardinha (I.D.P.)

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Um dos grandes objectivos para a presenteOlimpíada em matéria de Comunicação, aprodução e emissão de um programa regular

de televisão sobre as actividades do Comité Olímpicode Portugal, é já uma realidade. Olimpo TV, um pro-grama bimensal de 26 minutos, foi emitido em Marçoe Maio, estando actualmente em produção o terceiroepisódio, previsto para 22 de Julho.

O programa é emitido no canal a 2: da RTP, noâmbito do protocolo de parceira celebrado no final doano passado e que está sendo aprofundado. A produ-ção do Gabinete de Comunicação do C.O.P. é realiza-da pela empresa Sonho 21, uma produtora indepen-dente com profissionais experientes em matéria deinformação desportiva, actualidades e documentários.

O perfil do programa do C.O.P. procura algumdinamismo, diversificando a temática em sucessivaspeças de reportagem, com especial enfoque nos atletase nas actividades relacionadas com os ProjectosOlímpicos.

Dois programas

Na primeira edição, que assinalou a presença deDanny Silva nos Jogos Olímpicos de Inverno deTurim, estiveram em destaque o Tiro com Armas deCaça e a preparação dos melhores atiradores portu-gueses para as provas de qualificação para os Jogos deTurim. A reportagem possibilitou juntar os atiradoresda nova vaga com Armando Marques, até hoje oúnico medalhado português nesta modalidade, queteve oportunidade de mostrar aos seus sucessores amedalha conquistada em Montreal há 30 anos, a pri-meira medalha olímpica individual conquistada porum português.

Também Emanuel Silva e a Canoagem nacionalque emerge como uma modalidade de grande futuroforam alvo de extensa reportagem. O mesmo destaquefoi concedido à Vela, no limiar de um ano de transiçãomuito importante, em que se prepara os Campeonatosdo Mundo de Cascais, em 2007, a principal prova deapuramento para Pequim.

O segundo programa exibido a 20 de Maio na 2:deu destaque ao primeiro atleta português a garantir aqualificação para os Jogos Olímpicos, João Costa,entrevistado nos seus locais de treino. Mantendo aideia de apresentar um medalhado olímpico por pro-grama, esteve em foco a despedida de Nuno Delgado,medalha de bronze em Sydney-2000, numa reporta-gem que ajudou a enquadrar um destaque concedidoao Torneio de Judo de Lisboa e à importância damodalidade no Projecto Olímpico. Uma reportagembastante completa e inovadora em termos de imagensdissecou o triunfo de Vanessa Fernandes no Triatlo doEstoril, ajudando a perceber a sua actual hegemonia anível mundial. E ainda deu a conhecer as actividadesda Academia Olímpica, reunida em Almeirim na suaSessão Anual.

As audiências do primeiro programa em particularforam elevadas, chegando a ultrapassar os 200 milespectadores, o que levou a RTP a decidir exibi-lo emrepetição duas semanas depois da estreia. O segundoteve a concorrência de um evento mediático inusual, achamada Bandeira Mais Bela do Mundo, que foi oprograma mais visto naquela tarde.

No entanto, as audiências não se restringem aosegundo canal da RTP, pois os programas são depoisretransmitidos nos canais internacionais, RTP África eRTP internacional.

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C.O.P. tv

Portuguese OlympicCommittee is on tv.New bimonthly 26minute magazine"Olimpo", produced byC.O.P. CommunicationDepartment in associa-tion with Sonho 21studios, was airedtwice, in March andMay, on public channelRTP 2: Magazines arealso aired on RTP inter-national channels. Theaudiences have beenfair."Olimpo" contentsseek interesting anddynamic features in thewide range of theOlympic sports, focu-sing the athletes' achie-vements. Danny Silva,Shooting and Sailingteams starred the firstepisode; João Costa,Emanuel Silva andNuno Delgado ancho-red the viewers on2nd.Next show will be pre-sented on July 22ndshowing PortugueseOlympic MarathonChampion CarlosLopes presenting newMarathon team prepa-ring for the EuropeanChampionships.

OLIMPO TV um objectivo realizado

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OCNID - Associação dos Jornalistas deDesporto, Membro Extraordinário daAssembleia do Movimento Associativo,

comemorou a 15 de Maio o 40.º Aniversário comuma Gala televisionada em directo desde o novoCasino de Lisboa, onde galardoou os mais destaca-dos desportistas portugueses, e um SimpósioInternacional sobre o Jornalismo Desportivo.

O presidente do Comité Olímpico de Portugal,José Vicente Moura, foi uma das individualidadesconvidadas para entregar os prémios CNID, caben-do-lhe a distinção dos treinadores de futebol, oholandês Co Adriaanse, do FC Porto, e Paulo Bento,do Sporting, eleito o Treinador Revelação do Ano.

As selecções portuguesas de seniores de futebol ede rugby foram eleitas as melhores de 2004, enquan-to Naide Gomes (Atletismo), Vanessa Fernandes(Triatlo), Telma Monteiro (Judo) e Sílvia Saiote(duplo mini-trampolim) foram premiadas Atletasdo Ano. Emanuel Silva (Canoagem) e Anais Moniz(Triatlo) foram distinguidos como Promessas doAno.

O jovem futebolista Ricardo Quaresma, campeãoportuguês pelo Porto mas deixado de fora da listade convocados para o Campeonato do Mundo peloseleccionador Luiz Felipe Scolari, recebeu o prémiode melhor jogador do Campeonato Português,enquanto Deco, bicampeão espanhol e vencedor daLiga dos Campeões Europeus pelo Barcelona, foieleito o melhor atleta português no exterior, junta-mente com a jogadora de basquetebol TichaPenicheiro, campeã norte-americana da WNBA peloSacramento Monarchs e vencedora da EuroCuppelo Spartak de Moscovo.

O CNID também homenageou José Mourinho,actualmente no Chelsea, e Artur Jorge por serem osúnicos técnicos portugueses que venceram a Ligados Campeões, ambos pelo Porto, respectivamenteem 2004 e em 1987.

O Prémio Fernando Soromenho - instituído em

homenagem ao primeiro presidente do CNID - foientregue a Artur Agostinho, voz que trouxe aPortugal o Campeonato do Mundo de 1966, nadamais nada menos que o ano de fundação daAssociação dos Jornalistas Desportivos em Portugal.

Finalmente, o CNID homenageou a Revista Dez(Jornal Record), o programa Bola Branca (RádioRenascença), o programa Liga dos Últimos (RTP) eo fotojornalista Paulo Santos (jornal A Bola).

As comemorações dos 40 anos do CNID tiveramo apoio da Secretaria de Estado da Juventude eDesportos, da Câmara Municipal de Lisboa, doComité Olímpico de Portugal e da SIC, que transmi-tiu a Gala em directo, com a apresentação de RuiUnas e Soraia Chaves.

Simpósio sobre JornalismoUm simpósio internacional subordinado ao tema "Ojornalismo desportivo e os desafios do Século XXI",marcou o arranque das comemorações, noAuditório Municipal do Picoas Plaza, tendo contadocom as presenças de Markus Zigler, director deComunicação da FIFA, bem como de Vítor Serpa(Director de A BOLA) e de João Querido Manha,Director de Comunicação do Comité Olímpico dePortugal.

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40 yearsof Journalism

CNID - PortugueseAssociation of SportsPress, member of theOlympic Assembly,celebrated its 40years old in a tvshow, live from thenew Casino Lisboa.Main sports personali-ties of the year recei-ve CNID awards andamong them were afew Olympic athleteslike Naide Gomes(Athletics), VanessaFernandes (Triathlon)and Telma Monteiro(Judo). Emanuel Silva(Canoeing) and AnaïsMoniz (Triathlon)were given prizes forbest future athletes.CNID was created in1966 to ease theaccreditation by FIFAof Portuguese journa-lists who wanted tofollow the NationalTeam in the WorldCup. By that time,sports journalists werenot considered realjournalists in thecountry.To celebrate thisoccasion, CNID alsopromoted a Seminarregarding SportsJournalism, invitingFIFA CommunicationsDirector, MarkusZiegler, and threeforeign sports journa-lists.

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CNID festejou 40 anos

NNuunnoo DDeellggaaddoo eennttrreeggoouu ooss PPrréémmiiooss aa NNaaiiddee GGoommeess ee TTeellmmaa MMoonntteeiirroo,, aattlleettaass ddoo AAnnooNuno Delgado delivered the awards to Naide Gomes and Telma Monteiro, Female Athletes of the Year

VViicceennttee MMoouurraa eennttrreeggaa PPrréémmiioo aaoo ttrreeiinnaaddoorr PPaauulloo BBeennttoo

C.O.P. chairmancongratulatesfootball coach Paulo Bento

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