Upload
rosevaldo-de-oliveira
View
469
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
UFMTUniversidade Federal do Mato Grosso
Departamento de Matematica-CUR
Algebra de Clifford: Uma Estrutura Coerente
Apliacacao: Generalizacao da Partıcula Relativıstica
Professor: Rosevaldo de Oliveira
1
Conteudo
1 Um pouco de Historia 4
2 Estruturas Algebricas Basicas 6
2.1 Anel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.2 Espacos vetoriais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.3 Algebras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.3.1 Algebra de Lie . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3 Algebras Geometricas do espaco euclidiano R3 12
4 Formalismo Lagrangiano da Partıcula Relativıstica comSpin 20
4.1 Algebra de Clifford no espaco Vn . . . . . . . . . . . . 20
2
4.2 Algebra Geometrica do Espaco de Minkowski R1,3 . . 25
4.3 Sistema Dinamico Classico com Spin numa VariedadeC4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
4.4 Partıcula Livre Relativıstica sem Spin . . . . . . . . . 32
5 Comentarios Finais e Pretensoes Futuras 36
5.1 Pesquisas em Andamento - (2010-2011) . . . . . . . . 39
Bibliografia 39
3
1 Um pouco de Historia
1. 1843 Hamilton e a tentativa de generalizar os numeroscomplexos: quaternions. A algebra se desvinculou daAritmetica dos numeros reais.
2. 1844 Hermann Grassmann: generaliza os quaternions deHamilton, pois ele trata de uma algebra nao comutativa em Ndimensoes; tambem conhecida como algebra de extensao.
3. 1878 Clifford A verdadeira sıntese dos trabalhos de Hamiltone Grassmann foi obtida, a Algebra Geometrica queatualmente tambem e donominada Algebra de Clifford.
A Algebra de Clifford nao possui as incoerencias da Algebra deGibbs. Mais do isso, as corrige. E uma estrutura fechada, ondeo produto da algebra e unico, e nao dois produtos como no casode Gibbs. E os spinores aparecem naturalmente na Algebra de
4
Clifford, portanto pode-se dar uma interpretacao geometricapara os spinores.
4. 1886 Gibbs: tentou unificar os quaternions com a algebra deGrassmann, e encontrou o que hoje conhecemos como algebravetorial.
5. Anos 60, Hestenes: Hestenes generalizou o calculo, criando ocalculo multivetorial, onde ele mostra que o calculo de Gibbs eapenas um caso particular de uma estrutura maior. Tambemreformulou o formalismo Hamiltoniano para usandomultivetores, [?], [?],[?], [?], [?], [?], [?], [?] e [?].
6. 2005 Pavsic: definiu a acao da partıcula livre no espaco deClifford C4, e mostrou que esta acao e equilavente a teoria deStueckelberg.
Pavsic [?], [?] e [?] definiu a acao da partıcula livre no espacode Clifford C4, e mostrou que esta acao e equilavente a teoria
5
de Stueckelberg.
2 Estruturas Algebricas Basicas
2.1 Anel
Um anel e uma estrutura algebrica (A,+, ·) satisfazendo
• (A,+) e um grupo abeliano, para a, b, c ∈ A tem-se que:
1. (a+ b) + c = a+ (b+ c) associativa
2. a+ b = b+ a comutativa
3. 0 + b = b e b+ 0 = b elemento neutro
4. a+ (−a) = (−a) + a = 0 elemento oposto
• A operacao (·) e associativa, (a.b).c = a.(b.c)
• A operacao (·) e distributiva a.(b+ c) = a.b+ a.c
6
2.2 Espacos vetoriais
Definicao Um espaco vetorial V sobre um corpo K e um conjuntode elementos chamados vetores dotados de uma operacao “ + ”:V × V → V denominada soma vetorial e tambem de um produtopor escalares K × V → V com as seguintes propriedades
1. A cada par u, v ∈ V de vetores e associado um elementou+ v ∈ V denominado soma de u e v
(a) A soma e comutativa: u+ v = v + u
(b) A soma e associativa: u+ (v + w) = (u+ v) + w
(c) A soma possui um elemento neutro: u+ 0 = u, e 0 + u = u
(d) A soma possui elemento inverso: u+ (−u) = 0
2. A cada par α ∈ K, e u ∈ V existe um vetor denotado porαu ∈ V
(a) αu = uα
7
(b) α(βu) = (αβ)u
(c) 1u = u
(d) α(u+ v) = αu+ βv
(e) (α+ β)u = αu+ βu
Exemplos
1. Seja (K,+, ·) um corpo, o produto cartesianoKn = {(k1, . . . , kn), kj ∈ K; j = 1, ..., n} e um espaco vetorialsobre K. Com operacao soma definida por(k1, . . . , kn) + (l1, . . . , ln) = (k1 + l1, . . . , kn + ln) e um produtopor escalares dado por α(k1, . . . , kn) = (αk1, . . . , αkn).
2. Exemplos sao: Rn, Cn e K = (Zp)n sao espacos vetoriais.
8
2.3 Algebras
Definicao: Uma algebra e um espaco vetorial V sobre um corpoK dotado de uma operacao binaria “ · ” dita produto da algebra, demodo que as seguintes propriedades sao satisfeitas para a, b, c ∈ V eα, β ∈ K1. O produto da algebra e distributivo em relacao a soma vetorial
a.(b+ c) = a.b+ a.c (1)
(a+ b).c = a.c+ b.c (2)
2. O produto por escalares comuta com o produto da algebra e edistributivo
α(a.b) = (αa).b = a.(αb) (3)
Uma algebra e dita ser comutativa ou algebra abeliana se
9
a.b = b.a. Uma algebra e associativa se a.(b.c) = (a.b).c.
2.3.1 Algebra de Lie
Uma algebra L sobre um corpo K e dita ser uma algebra de Liea seseu produto alem das propriedades basicas satisfaz
• Para todo a ∈ L vale [a, a] = 0.
• Para todo a, b, c ∈ L a identidade de Jacobi e valida
[a, [b, c]] + [c, [a, b]] + [b, [c, a]] = 0 (4)
Propriedades importantes desta algebra. Para todo a, b ∈ L devidoo fato que [a, a] = 0, entao [a+ b, a+ b] = 0 e devido aspropriedades basicas de uma algebra
aMarius Sophus Lie (1842-1899)
10
[a+ b, a+ b] = 0 (5)
= [a, b] + [b, a] (6)
E assim obtemos a importante propriedade da algebra[a, b] = −[b, a].
11
3 Algebras Geometricas do espaco
euclidiano R3
Escolhemos um vetor v ∈ R3. Se {e1, e2, e3} e uma base de
v = v1e1 + v2e2 + v3e3
.
Queremos que o teorema de Pitagoras seja valido
|v|2 = v21 + v2
2 + v23 (7)
O produto de um vetor por ele mesmo e dado por
12
P (v, v) = |v|2 = v21e
21 + v2
2e22 + v2
3e23 (8)
+ v1v2[e1e2 + e2e1]
+ v1v3[e1e3 + e3e1]
+ v2v3[e2e3 + e3e2]
Para que seja valido o teorema de Pitagoras o produto deve serdefinido por
e2i = 1 com i = 1, 2, 3 (9)
eiej + ejei = 0 i 6= j
Esta e a Escolha de Clifford.
Os ei definimos como sendo vetores, mas eiej o que e? vetor?escalar? Sabemos que um escalar α e um vetor u, e valido a
13
seguinte relacaoαu = uα
Vamos verificar esta propriedades dos escalares para (e1e2)
(e1e2)e1 = −e1e1e2 = −e2 (10)
e1(e1e2) = e2 (11)
Portanto a quantidade e1e2 nao pode ser considerada um escalar.Vamos verificar se esta quantidade e um vetor. Sabemos que oquadrado de um vetor e maior ou igual a zero |v|2 = v2 > 0, entao
(e1e2)2 = e1e2e1e2 = −e21e
22 = −1 < 0 (12)
Desta forma e1e2 tambem nao e um vetor! Entao o que e?
Por enquanto vamos limitar a definicao de que eiej e um 2-vetor ou
14
bi-vetor e esta associado a um fragmento de plano.
Da mesma forma o elemento e1e2e3 tambem nao e nem escalar nemvetor, e um 3-vetor ou tri-vetor.
Podemos provar que os 2-vetores formam um espaco vetorialdenotado por ∧2(R3). E os 3-vetores tambem formam um espacovetorial dado por ∧3(R3).
Vamos classificar os espacos vetorial gerado pelo produtogeometrico:
dimensao Espaco vetorial elementos
1 ∧0(R3) escalares
3 ∧1(R3) vetores
3 ∧2(R3) 2-vetores
1 ∧3(R3) tri-vetor
(13)
15
Seja A ∈ Cl3 um multivetor
A = A0 +A1 +A2 +A3,
onde Ak ∈ ∧k(R3) e um k-vetor.
1. PROJECAO: Definamos a relacao de projecao da seguinteforma
<>k: ∧(R3)→ ∧k(R3)
< A >k= Ak (14)
2. INVOLUCAO: esta operacao e definida por
Ak = (−1)kAk (15)
a graduacao de Ak e par se (−1)k = +1 e e ımpar se(−1)k = −1.
16
3. REVERSAO: que e denotada por Ak = (−1)k(k−1)
2 Ak,portanto o multivetor A altera-se para
A = A0 +A1 −A2 −A3 (16)
4. CONJUGACAO=INVOLUCAO+REVERSAO A = ˜A
5. NORMA A norma de um multivetor e dada por
|A|2 =< AA >0 .
6. DUALIDADE Dado um k-vetor Ak definamos o seu dual por
∗Ak = AkI (17)
I = e1e2e3
A operacao dualidade transforma um k − vetor em um
17
3− k − vetor, devido ao fato de existir um isomorfismo entre∧k(R3) ∼ ∧3−k(R3).
Alguns exemplos desta operacao:
∗1 = I = e1e2e3
∗e1 = e2e3
∗e2 = e3e1
∗e3 = e1e2
∗(e1e2) = e3
∗(e3e1) = e2
∗(e2e3) = e1
∗I = 1 (18)
7. PRODUTO VETORIAL Na algebra de Clifford definimos o
18
produto vetorial entre dois vetores da seguinte forma
v × u = ∗(v ∧ u) = −(v ∧ u)I = −I(v ∧ u) (19)
19
4 Formalismo Lagrangiano da Partıcula
Relativıstica com Spin
4.1 Algebra de Clifford no espaco Vn
Considere um espaco Vn de dimensao arbitraria n. Para cada pontodo espaco Vn podemos associar n parametros xµ, ondeµ = 1, 2, 3, . . . , n, que sao conhecidas como sendo as coordenadasdeste ponto. Podemos entender os pontos como sendo as casas emuma cidade e as coordenadas sao os numeros das casas, elas podemser escolhidas de forma arbitraria, mas uma vez definidas naodevem ser alteradas.
O quadrado da distancia entre os pontos deste espaco e definidacomo
ds2 = gµνdxµdxν (20)
20
gµν e o tensor metrico do espaco Vn. O elemento ds2 e invariantepor uma transformacao geral de coordenadas xµ → x′µ = f(xµ).Lidar com a expressao quadratica leva a algumas complicacoes naolineares quando tentamos tirar a raiz. Portanto definimos oseguinte objeto
dx = dxµeµ (21)
que satisfaz o seguinte desenvolvimento
dx2 = eµeνdxµdxν =
12
(eµeν + eνeµ)dxµdxν = gµνdxµdxν(22)
gµν ≡ 12
(eµeν + eνeµ) (23)
Os objetos eµ sao vetores bases de uma algebra de Clifford, eportanto o objeto dx = dxµeµ e um vetor contido na estruturaalgebrica citada. Enquanto que a metrica e um elemento da algebraconstituıdo de bivetores.
21
Podemos definir a seguinte diferenciacao
dx
dτ=dxµ
dτeµ (24)
onde τ e um parametro arbitrario invariante por transformacaogeral de coordenadas.
Facamos as seguintes denotacoes a = dxdτ e aµ = dxµ
dτ , com isto aequacao acima torna-se
a = aµeµ (25)
No caso de dois objetos semelhantes teremos o seguinte
(a+ b)2 = a2 + ab+ ba+ b2 (26)
e
a.b =12
(ab+ ba) =12
(eµeν + eνeµ)aµaν = gµνaµaν (27)
este e o produto interno da algebra de Clifford.
22
O produto externo e definido por
a ∧ b =12
(ab− ba) =12
(eµeν − eνeµ)aµaν (28)
E importante notar que a = aµeµ e um vetor, aµ sao suascomponentes e eµ sao suas bases. As componentes aµ e as bases eµsao alteradas devido uma transformacao geral de coordenadas,enquanto que a ou dx nao se altera (sao invariantes).
Importante:
• A raiz quadrada da distancia e um vetor
• Os vetores sao elementos da algebra de Clifford
• Os vetores sao objetos que sao invariantes sob transformacaogeral de coordenadas.
Consideremos agora o elemento mais geral possıvel desta algebra deClifford
23
A = α+ αµeµ +12αµνeµ ∧ eν +
13!αµνρeµ ∧ eν ∧ eρ ∧ eσ + . . . (29)
+1n!αµνρ...eµ ∧ eν ∧ eρ . . .
as componentes deste Polivetor sao escalares, vetores, bivetores,trivetores, quadrivetores, etc...
24
4.2 Algebra Geometrica do Espaco de
Minkowski R1,3
O espaco vetorial de Minkowsky (espaco-tempo) possui 4 vetoresbases linearmente independentes eµ, µ = 0, 1, 2, 3. Vamosconsiderar neste momento que o espaco-tempo seja plano, nestecaso as bases γµ obedecem a seguinte relacao
γµ · γν = ηµν (30)
onde ηµν e um tensor metrico diagonal com assinatura (+,−,−,−).
Um elemento geral deste espaco, isto e, um polivetor e dado por
D = d+ dµγν +12!dµνγµν +
13!dµνργµνρ +
14!dµνρσγµνρσ (31)
25
onde os coeficientes (d, dµ, dµν , dµνρ e dµνρσ) sao escalares, e
γµ vetor
γµν = γµ ∧ γν bivetor
γµνρ = γµ ∧ γν ∧ γρ trivetor
γµνρσ = γµ ∧ γν ∧ γρ ∧ γσ quadrivetor
(32)
O elemento de volume do espaco de Minkowski plano e umpseudoescalar dado por
γ5 = γ0 ∧ γ1 ∧ γ2 ∧ γ3 = γ0γ1γ2γ3 γ25 = −1 (33)
Usando as relacoes
γµνρσ = γ5εµνρσ (34)
γµνρ = γµνρσγσ (35)
onde εµνρσ e um tensor totalmente antisimetrico, introduzindo os
26
novos coeficientes
S = d, V µ = dµ, Tµν =12dµν (36)
Cσ =13!dµνρεµνρσ, P =
14!dµνρσεµνρσ (37)
Usando as relacoes acima podemos escrever D como uma soma deescalar, vetor, pseudovetor e pseudoescalar
D = S + V µγµ + Tµνγµν + Cµγ5γµ + Pγ5 (38)
27
4.3 Sistema Dinamico Classico com Spin numa
Variedade C4
Pavsic [?], [?] e [?] definiu a acao da partıcula livre no espaco deClifford C4, e mostrou que esta acao e equilavente a teoria deStueckelberg [?].
O que Pavsic propos foi escrever a acao numa variedade de Cliffordou em C4 (“C-space”) ao inves do espaco-tempo. O espaco-tempo eum sub-espaco da variedade de Clifford C4.
O conceito de velocidade e momento da partıcula sao generalizados.O momento e a velocidade sao definidos como polivetores, isto e
P = µ+ pµeµ + Sµνeµeν + πµe5eµ +me5 (39)
X = σ + xµeµ + αµνeµeν + ξµe5eµ + se5 (40)
28
onde os termos Sµν = −Sνµ e αµν = −ανµ. E a seguinte relacao evalida
eµ · eν = ηµν (41)
onde ηµν e um tensor metrico diagonal com assinatura (+,−,−,−).
A acao e definida por
I[X,P, λ] =12
∫dτ[PX + XP − λ(P 2 −K2)
](42)
onde a “massa”generalizada e dada por
K2 = η2 + kµeµ +Kµνeµeν +Kµe5eµ + k2e5 (43)
onde η2 pode ser positivo, negativo ou zero.
29
Escreveremos as componentes da Lagrangiana de forma explıcita
L =12
[PX + XP − λ(P 2 −K2)
]=
4∑
k=0
< L >k (44)
Agora facamos a variacao em funcao do multiplicador de Lagrange
∂ < L >0
∂λ= 0 µ2 + pµpµ + πµπµ −m2 − 2SµνSµν − η2 = 0(45)
∂ < L >1
∂λ= 0 µπσ − Sµνπρεµνρσ − 1
2kσ = 0 (46)
∂ < L >2
∂λ= 0 (πµπν +mSµν)εµνρσ + 2µSρσ −Kρσ = 0(47)
∂ < L >3
∂λ= 0 µπσ + Sµνpρεµνρσ +
12ησ = 0 (48)
∂ < L >4
∂λ= 0 2µm+ SµνSρσεµνρσ − k2 = 0 (49)
30
Das equacoes (??) e (??) obtemos as seguintes relacoes
πσ − ησ2µ
= − 1µSµνpρεµνρσ (50)
pσ − kσ2µ
= − 1µSµνπρεµνρσ (51)
o pseudovetor πσ − ησ2µ comporta-se como o pseudovetor
Pauli-Lubanski.
Das relacoes acima podemos mostrar que
Sµν =µ
2pαpαεµνρσpρ
(πσ − ησ
2µ
)= − µ
2παπαεµνρσπρ
(pσ − kσ
2µ
)(52)
para obter a axpressao acima assumimos as seguintes relacoes
Sµνpν = 0 Sµνπν = 0 (53)
Para positivo pσpσ > 0, obtemos(πσ − ησ
2µ
)2
< 0 (sao componentesde um vetor tipo espaco. Da mesma forma, πσπσ < 0 isto resulta
31
(pσ − kσ
2µ
)2
> 0, entao estas sao as componentes de um vetor tipo
tempo. Inserindo (??) na (??) e levando em conta a (??) obtemos
2mµ− k2 = 0 (54)
4.4 Partıcula Livre Relativıstica sem Spin
Assumiremos que K2 = 0 e a condicao (??) seja mantida, dasequacoes dos vınculos (??)-(??) nos fornece que
Sµν = 0 , πµ = 0 e µ = 0 (55)
o unico vınculo que permanece e
pµpµ −m2 = 0 (56)
32
A acao (??) torna-se
I[X,P, λ] = I[s,m, xµ, pµ, λ] =∫dτ
[−ms+ pµx
µ − λ
2(pµpµ −m2)
](57)
onde a massa m e uma variavel dinamica associada ao momento s.
Temos que
P = pµeµ +me5 X = xµeµ + se5 (58)
As equacoes de movimento sao dadas por
δm : −s+ λm = 0 (59)
δs : m = 0 (60)
δpµ : xµ − λpµ = 0 (61)
δxµ : pµ = 0 (62)
δλ : pµpµ −m2 = 0 (63)
33
Podemos mostrar que
pµ =xµ
λ= m
dxµ
ds(64)
s2 = λ2m2 = x2, i.e. ds2 = dxµdxµ (65)
usando a relacao (??) encontramos que
−ms+λ
2m2 = −ms
2= −1
2d
dτ(ms) (66)
Se escolhermos fixar λ = Λ(τ) obteremos a seguinte acao
I =∫dτ(pµxµ − Λ(τ)
2pµpµ) (67)
esta e justamente a acao de Stueckelberg. As equacoes demovimento derivada da acao (??) sao dadas por
xµ − Λpµ = 0 (68)
pµ = 0 (69)
34
a equacao (??) nos informa que o momento e uma constante demovimento, denotaremos que pµpµ = m2. Da equacao (??) obtemos
pµ = mxµ√xν xν
= mdxµ
ds(70)
35
5 Comentarios Finais e Pretensoes
Futuras
O que foi feito na secao anterior foi muito diferente do que tem sidofeito na literatura ate o momento. E usual assumirmos que a fısicaacontece no espaco tempo e por isto o princıpio variacional eempregado sobre o espaco-tempo. O que a algebra de Clifford nossugere e que podemos encontrar a relatividade nao noespaco-tempo, mas em uma variedade de Clifford Cn, cujos pontossao as coordenadas dos polivetores
X =1r!
n∑r=0
Xµ1...µrγµ1 ∧ ... ∧ γµr ≡ XAEA (71)
onde XA sao as coordenadas e EA = (1, γµ, γµ ∧ γν , ...) sao osvetores bases do espaco Cn.
36
A acao invariante por reparametrizacao da a partıcula livre e dadapor
I[XA] = κ
∫dτ(XAXA)
12 (72)
Se assumirmos que a dimensao do espaco-tempo e n = 4, entaoobteremos que
X ≡ XAEA = X = σ + xµeµ + αµνeµeν + ξµe5eµ + se5 (73)
Em um caso particular das condicoes iniciais teremos
I[XA] = κ
∫dτ(xµxµ − s) 1
2 (74)
Uma escolha natural do gauge e s = τ , a acao reduzida e dada por
I[XA] = κ
∫ds(xµxµ − 1)
12 (75)
37
e as equacoes de movimento sao
dpµ
ds= 0, pµ =
κxµ
(xν xν − 1)12
= constante (76)
Definindo que a constante de movimento sejapµpµ = M2 = κ2xµxµ
(xν xν−1)12
obteremos o seguinte resultado
pµ =Mxµ
(xν xν)12, M =
κ(xµxµ)1/2
(xν xν − 1)12
(77)
A diferenca neste formalismo e que a massa nao uma contantefixada na acao, mas uma constante de movimento.
38
5.1 Pesquisas em Andamento - (2010-2011)
1. Encontrar a estrutura Hamiltoniana desta teoria e quantizacaovia integracao funcional.
2. Encontrar as transformacoes passivas e ativas da relatividadeespecial. (Projeto de Iniciacao cientıfica PIBIC em andamento)
3. Relacionar a Algebra de Clifford com as Teorias de QuebraEspontanea da Simetria de Lorentz.
4. Estudar a estrutura espinorial de forma geometrica.
5. Outros projetos.
Referencias
[1] D. Hestenes, SpaceTime Algebra, Gordon and Breach, NewYork, (1966).
39
[2] Hestenes D., Multivector Calculus, J. Math. Anal. Appl., 24(1968), 313-325.
[3] D. Hestenes and G. Sobczyk (1984), Clifford Algebra toGeometric Calculus, D. Reidel Publ. Co., Dordrecht/Boston.
[4] D. Hestenes (1986), A Unified Language for Mathematics andPhysics. In: J. S. R. Chisholm and A. K. Common (eds.),Clifford Algebras and their Applications in MathematicalPhysics, D. Reidel Publ. Co., Dordrecht/Boston, pp. 1-23.
[5] D. Hestenes (1986), New Foundations for ClassicalMechanics, D. Reidel Publ. Co., Dordrecht/Boston.
[6] D. Hestenes (1987), Curvature Calculations with SpaceTimeAlgebra, Int. J. Theo. Phys. 25, 581-588; Spinor Approach toGravitational Motion and Precession, IJTP 25, 589-598.
[7] D. Hestenes (1988), Universal Geometric Algebra, SimonStevin 62, 253-274.
40
[8] Hestenes D., Mathematical viruses, in Clifford Algebras andtheir Applications in Mathematical Physics, A. Micali et al(eds.), Kluwer, Dordrecht, (1992), 3-16.
[9] Hestenes D., Differential Forms in Geometric Calculus, inClifford Algebras and their Applications in MathematicalPhysics, F. Brackx et al (eds.), Kluwer, Dordrecht, (1993),269-285.
[10] Stueckelberg, E.C.G. (1941) Un Nouveau modele de l’electronponctuel en theorie classique, Helvetica Physica Acta 14,51-55; Stueckelberg, E.C.G. (1941) Remarque a propos de lacreation de paires de particules en theorie de de relativite,Helvetica Physica Acta 14, 588 (1941); Stueckelberg, E.C.G.(1942) Helvetica Physica Acta 15, 23-37.
[11] Pavsic, M. Clifford algebra as a useful language for geometryand physics, in H.Gauster, H. Grosse and L. Pittner (eds.),
41
Geometry and Physics, Springer, Berlin, pp. 395-395 (2000)
[12] Pavsic, M. Clifford-algebra based polydimensional relativityand relativistic dynamics, Foundations of Physics 31,1185-1209 (2001).
[13] Pavsic, M. The Landscape of Theoretical Physics : A GlobalView, Kluwer Academic Publishers, Dordrecht (2001).
42