4) Morte Celular-Apoptose

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  • 8/19/2019 4) Morte Celular-Apoptose

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    Disciplina: Processos Patológicos

    APOPTOSE

    Profa. Ms. Bruna Rocha de Souza

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    É a via de morte celular que ocorre através da indução

    programada intracelular altamente regulada

    As células destinadas a morrer ativam enzimas que degradam

    seu DNA nuclear e suas proteínas citoplasmáticas

    APOPTOSE

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    Membrana da célula: permanece intacta mas sua estrutura é

    alterada e a célula apoptótica se torna um alvo primário de

    fagocitose

    Célula normal Condensação Fragmentação Corposapoptóticos

    APOPTOSE

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    Célula morta é eliminada, rapidamente

    diferentemente da necrose

    Não desencadeia uma reação inflamatória, diferentemente da

    necrose que é caracterizada pela:

    Perda da integridade da membrana=

    Reação inflamatória

    APOPTOSE

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    APOPTOSE X NECROSE

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    Foi reconhecida inicialmente me 1972 por sua morfologia

    distinta

    Ocorre em várias situações e serve para:

    • Eliminar células indesejáveis ou potencialmente danosas

    • Células que já não sejam mais úteis

    • Células danificadas que sofreram principalmente lesão no

    DNA

    APOPTOSE

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    APOPTOSE EM SITUAÇÕES

    FISIOLÓGICAS

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    Importante em situações fisiológicas como:

    • Destruição programada de células durante a embriogênese

    • Involução independente de hormônios nos adultos

    (regressão da mama após o desmame)

    • Eliminação em populações celulares em proliferação   (do

    epitélio intestinal para manter um número constante)

    APOPTOSE EM SITUAÇÕES FISIOLÓGICAS

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    Importante em situações fisiológicas como:

    • Morte de células que já cumpriram seu propósito (neutrófilos

    e linfócitos)

    Nestes casos a células morrem pois são privadas de sinais

    necessários para sobreviver

    APOPTOSE EM SITUAÇÕES FISIOLÓGICAS

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    APOPTOSE EM SITUAÇÕES

    PATOLÓGICAS

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    • Eliminação de linfócitos auto-reativos potencialmente

    danosos (antes de terem completado o amadurecimento)

    • Morte celular induzida por células T citotóxicas (mecanismo

    contra vírus e tumores que serve para eliminar célulasinfectadas)

    APOPTOSE EM SITUAÇÕES PATOLÓGICAS

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    • Morte celular produzida por vários estímulos nocivos  (lesão

    no DNA pela radiação e drogas anticancerosas)

    Ocorre se os mecanismos de reparo não puderem lidar com alesão a célula ativa a via de apoptose

    APOPTOSE EM SITUAÇÕES PATOLÓGICAS

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    • Morte celular produzida por vários estímulos nocivos

    Nesse casos a eliminação da célula pode ser melhor do que

    arriscar o desenvolvimento de mutações no DNA danificado =desenvolvimento maligno

    APOPTOSE EM SITUAÇÕES PATOLÓGICAS

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    • Lesão celular em certas doenças virais: como hepatite viral

    • Morte celular nos tumores:   frequente durante a regressão

    podendo também ocorrer nos tumores em crescimento

    APOPTOSE EM SITUAÇÕES PATOLÓGICAS

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    CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

    DE CÉLULAS EM APOPTOSE

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    Algumas são visíveis com o microscópio eletrônico

    Morfologia

    CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

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    A célula sofre retração global e a cromatinacondensa-se sob a membrana nuclearPosteriormente, a célula fragmenta-se,

    formando os corpos apoptóticos

    CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

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    Células em apoptose (HE)

    CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

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    • Tamanho diminuído

    • Citoplasma denso

     Organelas apesar de aparentemente normais, estão mais

    agrupadas

    Encolhimento Nuclear

    CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

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    • Característico da apoptose, a cromatina se condensa na

    periferia de várias formas e tamanhos. O núcleo pode se

    romper produzindo dois ou mais fragmentos

    Condensação da Cromatina

    CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

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    • A cél apresenta bolhas na sua superfície que depois sofre

    fragmentação formando corpos apoptóticos

    Formação de Bolhas

    CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

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    Com o encolhimento celular e a formação dos corpos

    apoptóticos ocorre rapidamente e os fragmentos são

    rapidamente fagocitados

    Por não estimular a inflamação sua detecção histológica torna-

    se mais difícil

    Formação dos Corpos Apoptóticos

    CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

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    CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

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    Preparo de lâminas pela técnica de imunohistoquímica

    CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

    Í Ó

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    Fotomicrografias de células mesoteliais em apoptosecoradas pela técnica de TdT Fragel (TUNEL)

    CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

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    CARACTERÍSTICAS BIOQUÍMICAS

    DE CÉLULAS EM APOPTOSE

    Í Í

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    Hidrólise de proteínas envolvendo ativação dos membros das

    caspases

    Caspases:   estão presentes em células normais como pró-

    enzimas inativas e precisam ser ativadas para induzir apoptose

    Degradação de Proteínas

    CARACTERÍSTICAS BIOQUÍMICAS

    Í Í

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    As caspases:

    • Ativam proteínas que destroem a estrutura nuclear e o

    citoesqueleto

    • Ativam DNAses que degradam o DNA nuclear

    Mudanças são vistas no núcleo e citoplasma

    das células apoptóticas

    Degradação de Proteínas

    CARACTERÍSTICAS BIOQUÍMICAS

    Í Í

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    As céls apoptóticas expressam em suas membranas plasmática

    fosfolipídeos

    Proteínas secretadas por céls fagocitárias ligam-se a céls

    apoptóticas e opsonizá-las para que sejam eliminadas

    Reconhecimento Fagocitário

    CARACTERÍSTICAS BIOQUÍMICAS

    Í Í

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    Alterações que permitem o reconhecimento precoce das

    células mortas pelos macrófagos e a resposta apoptótica

    elimina as células praticamente sem afetar o tecido

    circundante

    Reconhecimento Fagocitário

    CARACTERÍSTICAS BIOQUÍMICAS

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    MECANISMOS DE APOPTOSE

    C S OS O OS

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    É induzida por uma cascata de eventos que ativa as caspases

    na qual elas se tornam ativas

    Início da apoptose ocorre através de duas vias:

     Extrínseca - iniciada por receptores

    • Intrínseca - mitocondrial

    Ambas convergempara ativar as

    caspases

    MECANISMOS DE APOPTOSE

    MECANISMOS DE APOPTOSE

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    Iniciada pela ativação de receptores de morte celular em várias

    céls

    Ativada por membros da superfamília dos TNF, como os que

    atuam em receptores da família como TNFR1, TNFR2,

    iniciadoras levam à apoptose

    Via Extrínseca –

    Iniciada por receptor

    MECANISMOS DE APOPTOSE

    MECANISMOS DE APOPTOSE

  • 8/19/2019 4) Morte Celular-Apoptose

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    Essa via de apoptose pode ser inibida por uma proteína

    chamada FLIP

    Alguns vírus e céls normais usam esse inibidor

    para se proteger da apoptose

    Via Extrínseca –

    Iniciada por receptor

    MECANISMOS DE APOPTOSE

    MECANISMOS DE APOPTOSE

  • 8/19/2019 4) Morte Celular-Apoptose

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    Resulta do aumento mitocondrial e liberação de moléculas pró-

    apoptóticas no citoplasma

    Existem proteínas antiapoptóticas que residem na mitocôndria

    e citoplasma

    Via Intrínseca –

    Mitocondrial

    MECANISMOS DE APOPTOSE

    MECANISMOS DE APOPTOSE

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    Quando cél privada de sinais de sobrevivência ou expostas a

    estresse

    Proteínas mitocondriais entram no citoplasma e neutralizam os

    inibidores de apoptose

    Via Intrínseca –

    Mitocondrial

    MECANISMOS DE APOPTOSE

    MECANISMOS DE APOPTOSE

  • 8/19/2019 4) Morte Celular-Apoptose

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    A via intrínseca pode ser definida como:

    “Equilíbrio entre moléculas pró-apoptóticas e protetoras que

    regulam a liberação de indutores de morte normalmente

     presos dentro da mitocôndria” 

    Via Intrínseca –

    Mitocondrial

    MECANISMOS DE APOPTOSE

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    EXEMPLOS DE APOPTOSE

    APOPTOSE

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    Céls sensíveis a hormônios, linfócitos não estimulados por

    antígenos e citocinas, neurônios privados de fatores de

    crescimento de nervos morrem por apoptose

    Desencadeadas pela via intrínseca (mitocondrial)

    Apoptose após privação de fatores de crescimento

    APOPTOSE

    APOPTOSE

  • 8/19/2019 4) Morte Celular-Apoptose

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    Exposição a radiação ou agentes quimioterápicos induz

    apoptose pelo dano ao DNA

    p53 proteína citoplasmática sintetizada pela própria célula

    Apoptose mediada por dano no DNA

    APOPTOSE

    APOPTOSE

  • 8/19/2019 4) Morte Celular-Apoptose

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    p53 verifica a existência de alguma mutação na sequência do

    DNA (pode levar desenvolvimento de tumores)

    Se for verificada a existência de uma alteração, a p53 corrige a

    mutação ou induz a apoptose

    Apoptose mediada por dano no DNA

    APOPTOSE

    APOPTOSE

  • 8/19/2019 4) Morte Celular-Apoptose

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    Há acúmulo de p53 quando DNA é danificado = suspensão do

    ciclo celular para que célula se restabeleça

    Mutações no gene p53 são as alterações genéticas mais

    comumente encontradas nos casos de câncer em humanos

    Apoptose mediada por dano no DNA

    APOPTOSE

    APOPTOSE

  • 8/19/2019 4) Morte Celular-Apoptose

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    Mutação ou ausência do p53 (ocorre em cânceres)

    Ele se torna incapaz de induzir apoptose e consequente

    crescimento tumoral

    Apoptose mediada por dano no DNA

    APOPTOSE

    APOPTOSE

  • 8/19/2019 4) Morte Celular-Apoptose

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    TNF é uma citocina, também é capaz de induzir apoptose

    TNF pode se associar ao seu receptor = TRADD e FADD

    induzindo apoptose através das caspase

    Apoptose induzida por Receptores do Fator de Necrose Tumoral

    APOPTOSE

    APOPTOSE

  • 8/19/2019 4) Morte Celular-Apoptose

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    Os linfócitos T citotóxicos reconhecem antígenos estranhos

    presente na superfície de céls infectadas

    Secretam moléculas capazes de ativar várias caspases

    Apoptose Mediada pelo Linfócito T Citotóxico

    APOPTOSE